Festa Da Lanterna
Festa Da Lanterna
Festa Da Lanterna
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PREPARAÇÃO DO AMBIENTE
No dia da Festa, sugerimos que as famílias possam preparar a casa
de modo que algo especial paire no ar. Deixar o jantar preparado com
antecedência, arrumar a mesa com capricho e deixar tudo pronto.
Quando arrumamos a casa para receber uma visita, seja guardando os
objetos nos devidos lugares ou enfeitando a mesa com um singelo vaso
de flores, preparamos o ambiente para também receber algo especial.
E como estamos todos em casa há muitos dias, fazer essa preparação
garantirá um clima de celebração, de uma festa sagrada.
CONTAR A HISTÓRIA
Organizamos textos especiais para que os adultos possam se prepa-
rar, os quais ajudarão a conhecer o significado dos arquétipos da histó-
ria, o que ajudará a compreender o profundo sentido desse momento.
A história da Menina da Lanterna pode ser lida ou decorada, con-
tada com teatro de bonecos ou até mesmo encenada pela família. Deve
ser contada nesse ambiente de entrega, presença, concentração e ceri-
mônia para que seja interiorizada pela alma.
ACENDER A LANTERNA
Acender velas já é um ato repleto de significado: acendemos velas
para rezar, comemorar a vida em aniversários, iluminar a escuridão. A
luz da lanterna representa a nossa luz interior e deve ser acendida com
a merecida reverência e silêncio. Sua chama também simboliza uma
espera no ambiente anímico, a esperança e a confiança no que está por
vir, tão representativo para o momento atual.
CANTAR AS MÚSICAS
As músicas da Festa da Lanterna ampliam o significado da histó-
ria, trazendo mais referências para a comemoração. Podemos somente
cantá-las ou tocá-las com os instrumentos musicais, lembrando que
toda experiência artística, como a musical, atua no âmbito da alma.
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PASSEAR COM A LANTERNA
Caminhar no escuro da noite carregando uma chama é um ato de
coragem para os pequenos, mas também um gesto de levar a luz, de
iluminar o que for preciso, de superar os nossos medos. Ao passear,
que possamos lembrar para onde podemos levar nossa lanterna e o
quanto podemos fazer para que exista mais luz neste mundo.
Ao cantar “no céu brilham estrelas, na terra brilhamos nós”, espe-
ramos realmente que sejamos pontos de luz conectados pelo coração,
embora estejamos separados fisicamente, que possamos brilhar nessa
noite, por nós e por todos os seres humanos em nosso planeta.
O passeio poderia ser pelo condomínio, quintal, ao redor da casa ou
até mesmo dentro da casa.
A FESTA CONTINUA
A busca pela chama interna não deve acontecer somente no dia da Fes-
ta da Lanterna, mas ser uma constante em nossas vidas. Certos de que
muitos ventos ainda soprarão e apagarão a nossa vela, precisamos manter
a luz acesa em nossa alma, para que os tempos de intempéries se tornem
ensolarados e que estejamos vigilantes às mensagens das estrelas, sempre
presentes para nos ajudar a seguir mais alto, todos os dias.
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A MENINA DA LANTERNA
História para contar para as crianças
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EM BUSCA DA LUZ
A riqueza e os significados da Festa da Lanterna (somente
para os adultos)
Na escuridão da noite, quando as estrelas brilham mais forte, cami-
nhar pela escola toda apagada, sendo iluminada apenas pelas velas das
lanternas, é uma das vivências mais lindas e cheias de significados que
podemos encontrar nas escolas Waldorf. As chamas carregadas pelas
crianças se espalham pelos caminhos entre as árvores, de forma que
podem ser vistas por toda parte, se movendo em harmonia, enquanto
todos cantam músicas que tocam sutilmente a alma.
A caminhada reproduz parte da história da Menina da Lanterna,
que é contada durante a festa, rica em simbologias que remetem ao
caminho natural da vida, do nascimento do corpo físico ao desenvol-
vimento do ser humano em busca da consciência. Nessa caminhada,
é preciso superar medos, vencer desafios, não desanimar diante das
dificuldades e manter a esperança.
O significado da história da Menina da Lanterna não deve ser
contado para as crianças, é preciso que seja vivenciado pela alma e
não compreendido pela razão.
Significados profundos
Na história, a menina da Lanterna carrega a sua luz, representando
a chama divina que todos carregamos internamente. Um vento apaga
essa luz, da mesma forma que muitas situações da vida nos levam a
um mergulho na escuridão. Com isso, ela busca ajuda para reacender
a chama e reencontrar a sua conexão com o divino.
Pelo caminho, encontra animais, que são seres que vivem apenas
por instinto e estão muito ocupados para ajudá-la. O ouriço, ao repelir
a todos com os seus espinhos, pode ser compreendido como a repre-
sentação do egoísmo. O urso lento e pesado se assemelha à preguiça e
à falta de vontade. A esperta raposa parece astuta, mas sua sabedoria
é questionável por tentar desviar a menina de seu caminho. Esses ani-
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mais podem ser comparados aos nossos instintos mais animalescos,
que precisam ser trabalhados ao longo da vida.
A menina encontra também a velha fiandeira, cuja imagem pode
representar o pensar, imbuído pela antiga sabedoria, mas preso pelas
tramas do tear. O sapateiro pode simbolizar a nossa vontade menos
lapidada ao estar relacionado com os pés e ao aspecto terreno de pisar
no chão. A criança brincando com a bola está relacionada às caracte-
rísticas do sentir, uma vez que a forma esférica remete à representação
do globo, do mundo, o qual ela não sabe ainda lidar. Assim, o pensar (a
velha fiandeira), o agir (o sapateiro) e o sentir (o brincar infantil) preci-
sam ser desenvolvidos em diferentes fases da vida, e estão diretamente
relacionados à busca pela chama da consciência.
Sozinha, a menina sobe a montanha. Ninguém pode ajudá-la nessa
tarefa porque a busca pela consciência do Eu e pela reconexão com o di-
vino é estritamente individual e íntima. Subir a montanha representa ele-
var-se, buscar o alto, o céu, o Sol. Somente quando ela adormece e se en-
contra entregue ao mundo espiritual, em sono inconsciente e profundo,
é que o poderoso Sol pode atuar em seu íntimo e reacender a sua chama.
No caminho de volta, a menina, plena de consciência, ajuda a crian-
ça a encontrar a bola, transformando o sentir em atuação no mundo.
Reacende a chama do sapateiro, que volta a trabalhar com mais en-
tusiasmo, transformando a qualidade de sua vontade. Ilumina os fios
do pensamento ao trazer uma nova luz à fiandeira. Os animais, que a
tinham desprezado, agora seguem sua luz, como instintos que agora
obedecem à consciência. E é assim que a menina volta para casa, reple-
ta de alegria, confiança e de luz.
Desenho de lousa de
Marianne Reisewitz,
professora do 3o ano
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A Menina da Lanterna e a alma humana
Uma menina, uma ALMA HUMANA que por uma intempérie da
vida perdeu sua chama, seu fulgor, sua clareza do caminho a seguir,
depara-se com seu sentir confuso (encontra animais), sentimentos as-
tralizados, instintivos; quer achar a luz e sente-se perdida, pois não é
acolhida e chora.
Do céu vem as estrelas que traziam a esperança, como faz o anjo
que nos sopra um caminho invisível. O mundo celestial tem a chama
primordial do ser humano. O Sol, o Cristo Sol. Encontrando coragem
(agindo com o coração), a alma humana se anima e segue em frente.
Encontra a fiandeira, representante do PENSAR humano, que tece
muitos fios paulatinamente, muitos pensamentos, contudo as ideias
existem em um plano abstrato e requer outro âmbito para serem con-
cretizadas. O caminho não termina aqui e ele é longo, diz a velha fian-
deira, oferecendo repouso e alimento.
Seguindo adiante, a ALMA humana encontra-se com o sapatei-
ro, que conserta aquele que nos protege e nos carrega, nos leva pelas
andanças mundanas: os pés, um dos representantes do nosso FAZER
humano. São eles que promovem um grandioso processo, o agir, o con-
cretizar das obras e das ideias. Todavia o caminho não finaliza por aqui
e continua sendo longo, alerta o sapateiro, que também dá repouso e
alimento.
Uma alta montanha é avistada; novamente nosso olhar é remetido
ao céu. Seguir mirando as forças suprassensíveis é um caminho árduo
como o escalar de uma montanha.
Uma criança brincando com uma bola surge, nem percebe o que se
passa na ALMA humana. Nossa esfera inconsciente existe, com nossa
luta interna em nos desvendar.
Depois de toda trajetória nada é encontrado na montanha, o Sol
não estava lá. Durante o sono da menina, quando a nossa alma está
desperta no céu, o Sol aparece e reacende a luz da lanterna. Quando
estamos dormindo, entregues ao mundo espiritual, estamos na nossa
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casa paterna, na casa da alma e do nosso espírito (Eu). Quando, ao
longo do dia, galgamos encontrar a luz, o auxílio das forças divinas não
falham em nossa comunhão noturna.
Ambos, fiandeira e sapateiro, haviam anunciado que não podiam
acompanhar a menina, ela deveria seguir o caminho sozinha. O de-
senvolvimento espiritual é um impulso interno por meio do qual
cada um de nós pode desbravar nossas próprias lutas anímicas, aces-
sando o que pulsa no relicário do coração, em nosso sol interior.
A menina desperta. Com luz renovada, a alma humana se entu-
siasma e encontra sua trilha, podendo voltar à sua caminhada na vida
terrena, em sintonia com a casa paterna.
Reencontrando a fiandeira que estava na escuridão, a menina rea-
viva a sua luz, ou seja, acende nela ideias calorosas que servem ao bem
comum; por meio do PENSAR HUMANIZADO. Na calma, o pensa-
mento repousa, desce até o coração e é nutrido pelo calor solar.
Ao rever o sapateiro que se encontrava sem luz, a doação calorosa
da menina aviva a chama do sapateiro, que volta a trabalhar. Por meio
de um FAZER HUMANIZADO, todos são contemplados com ações
concretizadas. Um fazer que repousou tem ponderação porque se ele-
vou até o coração e todos foram acolhidos afetuosamente.
A criança que havia perdido o seu brinquedo reaparece e é ajudada
a reencontrar a sua bola. Nós ansiamos por nos compreender, acolher
e amadurecer internamente, despertando para o sentido maior da vida.
Houve ainda o reencontro com os animais que, curiosos, seguiam
aquela luz tão brilhante. Nosso SENTIR deseja ser lapidado por nosso
Eu Sol, dominando simpatias e antipatias que são qualidades animali-
zadas, almejando luzir a empatia que nos humaniza em plenitude.
Só assim podemos iluminar nossa caminhada unida a toda huma-
nidade.
Graziella Ap. Bento Campoi, professora do 2o ano
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Solstício iluminado
A data da Festa da Lanterna, no próximo sábado, dia 20 de junho,
coincide com o solstício de inverno de 2020, tornando a comemoração
ainda mais especial. O momento exato do solstício é obtido por cálcu-
los de astronomia e, neste ano, coincidirá com a data da nossa festa.
Nessa época do ano, começamos a vivenciar dias cada vez mais curtos
e noites cada vez mais longas. Isso acontece porque estamos nos apro-
ximando do solstício de inverno no hemisfério sul.
Solstício é o momento em que o Sol, durante seu movimento apa-
rente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida
a partir da linha do equador. Acontece duas vezes por ano, em junho
e dezembro, marcando a chegada do inverno e do verão. Isso significa
que, quando ocorre no inverno, a noite terá a duração mais longa do
ano. E enquanto vivemos o solstício de inverno aqui no hemisfério
sul, o hemisfério norte vivencia o solstício de verão, com o dia mais
longo do ano.
Durante o inverno, a natureza também mergulha no silêncio, pare-
ce adormecer. O ambiente exterior nos convida a fazer o mesmo mo-
vimento. No entanto, nas profundezas da terra, o calor é mantido e
uma intensa atividade prepara o despertar da vida que virá depois. Da
mesma forma, podemos trabalhar nosso pensar, sentir e querer para
que a introspecção profunda desse momento possa trazer o despertar
mais humanizado e iluminar nossa vida e de todos ao redor.
O ano de 2020 está se revelando um ano bastante atípico e, porque
não dizer, especial. A atual pandemia que enfrentamos, além de fazer
com que fiquemos em casa, está levando muitas individualidades de
volta ao Mundo Espiritual. Tal fato tem gerado, naturalmente, tristeza
e insegurança para muitos de nós. Estamos vivendo um momento em
que precisamos mais do que nunca encontrar nossa chama interior e
mantê-la acesa, conscientemente.
Baseado no texto de Adriana Aquino, professora do Maternal
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Solstício
Espírito Santo
Que às nuvens se expandiu
Amor permeando a Terra
O Homem sorriu.
Luz Crística
Que no coração do Homem habita
Onde há Caminho, Amor e Verdade
Cresce e palpita.
Clareiras e fogueiras
Refletem nossa essência
A partir dos corações humanos
Procuramos nova senda.
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LUZ E DOAÇÃO
Para afastar a escuridão da alma
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mendigo. Naquela mesma noite, enquanto dormia, Martinho sonhou.
E sonhou com a pessoa que lhe estendera as mãos na rua, mas ouviu
a voz do próprio Cristo a lhe dizer: “Martinho, quando repartiste teu
manto com o mendigo, foi comigo que o repartiste”.
Marianne Reisewitz, professora do 3o ano
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Filho de um militar, Martinho precisou ingressar nas fileiras do exército
e por isso recebeu o manto que dividiu com o mendigo, na noite fria
e escura, quando passava por Amiens. Mendigo este que foi visto por
ele, mas não pelos demais. Esse acontecimento revela a capacidade de
enxergar, de compreender os outros nos momentos sombrios da nossa
existência.
Seu nome se origina do deus romano Marte, entidade divina ligada
à guerra, à luta. Cedo, porém, ele anseia em se libertar das fileiras mi-
litares, recusando-se a prosseguir empunhando espada e lança. Uma
outra lenda que ronda a sua vida descreve como Martinho compareceu
sem armas, sem escudo, sem elmo, a um campo de batalha e o inimigo
simplesmente se retirou. A luta de Martinho é a luta interna, que busca
encontrar o Cristo no outro, compartilhar com o outro, e anseia por
uma religião de amor.
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CONVITE:
Participe da confecção do Manto Nós Somos Aitiara
A imagem da festa da lanterna e o que de peculiar todos nós esta-
mos vivendo acordou e impulsionou diversas iniciativas que anseiam
tornar vivo em nossas almas o ser Escola Aitiara - ainda que este mo-
mento também possua seus aspetos críticos. Entre essas iniciativas,
muitas já estão em curso encontrando formas diversas de realização.
Nós, professores da comissão da Festa da Lanterna, entendemos que a
proposta de criação de um grande manto, trazida pela Carolina, mãe
da Bárbara (3o ano) e da Isabela (1o ano), possa viver entre nós como
um símbolo belo e pleno de sentido do que cada um faz em sua casa
neste momento e que deverá, novamente, ser unido no futuro.
Comissão Festa da Lanterna Aitiara 2020.
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Músicas
Eu vou com a minha Lanterna, com a minha Lanterna na mão
No céu brilham estrelas, na terra brilhamos nós.
Minha luz se apagou, pra casa eu vou
Com a minha lanterna na mão.
Minha luz se apagou, pra casa eu vou
Com a minha lanterna na mão.
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G D
43
Eu vou com'a mi nha Lan ter na, com'a mi nha Lan
céu bri lham es tre las na Ter ra
6 G G
1. 2.
ter na na mão no minha luz se'a pa gou, pra ca sa eu
bri lha mos nós
13 D G
vou, com'a mi nha Lan ter na na mão minha
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Minha Luz
Minha Luz
D G D
3 G
4 D D
3 de la cui
pre
4 Mi nha
Luz
vou le do sem
van
dan do, se al
D
5 G
la
guém
pre ci sar de pos so
lhe dar.
https://drive.google.com/
file/d/1wKmeKkNVlnBu-
jru43bcO5l26G5eEN06y/
view?usp=drivesdk
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Sobe a chama, sobe a chama
Mais alto, mais alto
Ilumina, ilumina
Nossas festas, nossas almas.
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hmEC5uYUvlyI_qQ/view?usp=sharing
Sobe a chama
D G D G D G D G D
3
4
So be'a cha ma, so be'a cha ma, mais al to, mais al to, i lu
5 G D G D G D G
mi na i lu mi na nos sa fes ta, nos sa al ma.