Minfin 053707
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º 27/94, de 26 de Agosto
A Administração Pública, no desempenho da sua insubstituível função social, deve, através dos
seus trabalhadores, pautar a sua conduta por princípios, valores e regras alicerçados na
justiça, na transparência e na ética profissional, como primeiro passo para o estabelecimento
da necessária relação de confiança entre os serviços públicos e os cidadãos.
Assim, para alem das obrigações estabelecidas no estatuto disciplinar dos trabalhadores da
Função Pública, reconhece-se útil juntar-se-lhes os imperativos intrinsecamente entranhados
no âmago da coisa pública, ditames que transformam a obrigação em devoção e que
enobrecem o sentido e a utilidade da actuação dos órgãos e serviços da Administração
Pública.
Para tanto tem de haver uma disciplina integral que procure contemplar deveres externos e
internos na qual se interligam os comandos legal e moral e em que os poderes funcionais são
acompanhados do conhecimento e prática dos usos exemplares da sociedade, com relevância
para os que se referem às relações entre servidor pública, trabalhador da Administração
Pública e o cidadão utente, beneficiário e garante dos serviços públicos.
Sendo os serviços públicos criados para servir a comunidade e o individuo, pesa sobre o
servidor públicos, sem prejuízo da autoridade de que também está imbuído, o dever de
acatamento e respeito para com os valores fundamentais da sociedade, da ordem
constitucional, dos cidadãos e da própria Administração Pública quer Central como Local.
Assim nos termos da alínea e) do artigo 112º da Lei Constitucional o Governo delibera o
seguinte:
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II - Valores Essências
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fundamentais e das colectividades são a razão de ser última da actuação dos trabalhadores
públicos.
5. Legalidades - Os trabalhadores da Administração Pública têm o devem proceder no
exercício das funções sempre em conformidade com a lei, devendo para o efeito conhecer e
estudar as leis, regulamentos e demais actos jurídicos em vigor bem como contribuir para
ampla divulgação e conhecimento da lei e o aumento da consciência jurídica dos cidadãos.
6. Neutralidades - Os trabalhadores da Administração Pública têm o dever de adoptar uma
postura e conduta profissionais ditadas pelos critérios da imparcialidade e objectividade no
tratamento e resolução das matérias sob sua responsabilidade, observando sempre com
justiça, ponderação e respeito o princípios da igualdade jurídica de todos os cidadãos perante a
lei e isentando-se de quaisquer considerações ou interesses subjectivos de natureza política,
económica, religiosa ou outra.
7. Integridade e Responsabilidade - Os trabalhadores da Administração Pública devem no
exercício das suas funções pugnar pelo aumento da confiança dos cidadãos nas instituições
públicas bem como da eficácia e prestígio dos seus serviços. A verticalidade, a descrição, a
legalidade, e a transparência funcionais devem caracterizar actividades de todos quantos
vinculados juridicamente a Administração Pública comprometem-se em servi-la para bem dos
interesses gerias da comunidade.
8. Competências - Os trabalhadores da Administração Púbica devem assumir o mérito, o brio
e a eficiência como critérios mais elevados de profissionalismo no desempenho das suas
funções públicas. A qualidade dos serviços públicos em melhor servir depende, decisivamente,
do aumento constante da capacidade técnica e profissional dos agentes e funcionários
públicos.
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no seu relacionamento com os cidadãos e estabelecer com eles uma relação que contribua
para o desenvolvimento da civilidade e correcção dos servidores e dos utentes dos serviços
públicos. Devem os trabalhadores da Administração Pública, igualmente, serem prestáveis, no
asseguramento aos cidadãos das informações e esclarecimentos de que carecem.
13. Probidade - Os servidores da Administração Pública não podem solicitar ou aceitar, para si
ou para o terceiros, directa ou indirectamente quaisquer presentes, empréstimos facilidades ou
em geral, quaisquer ofertas que possam por em causa a liberdade da sua acção, a
independência do seu juízo e a credibilidade e a autoridade da administração pública dos seus
órgãos e serviços.
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