Estágios de Reação À Perda
Estágios de Reação À Perda
Estágios de Reação À Perda
A raiva, segundo estágio, é o momento em que as pessoas externalizam a revolta que estão sentindo.
Neste caso, tornam-se por vezes agressivos. Há também a procura de culpados e questionamentos, tal
como: "Por que ele?", com o intuito de aliviar o imenso sofrimento e revolta pela perda.
Já a barganha, percebida no terceiro estágio de reação à perda, é uma tentativa, de negociar ou adiar os
temores diante da situação; as pessoas buscam firmar acordos com figuras que segundo suas crenças
teriam poder de intervenção sobre a situação de perda. Geralmente esses acordos e promessas são
direcionados a Deus e mesmo aos profissionais de saúde que a acompanham.
A depressão, quarto estágio, é divida em preparatória e reativa. A depressão reativa ocorre quando
surgem outras perdas devido à perda por morte, por exemplo, a perda de um emprego e,
consequentemente, um prejuízo financeiro, como também a perda de papéis do âmbito familiar. Já a
depressão preparatória é o momento em que a aceitação está mais próxima, é quando as pessoas ficam
quietas, repensando e processando o que a vida fez com elas e o que elas fizeram da vida delas.
Por fim, o último estágio de reação à perda é o de aceitação. Quando se chega a esse estágio, as pessoas
encontram- -se mais serenas frente ao fato de morrer. É o momento em que conseguem expressar de
forma mais clara sentimentos, emoções, frustrações e dificuldades que as circundam. Quanto mais
negarem, mais dificilmente chegarão a este último estágio. Cabe ressaltar que, esses estágios não são um
roteiro a ser seguido e que podem sofrer alterações de acordo com cada perspectiva pessoal.
Perante os estágios de reação à perda e fases do luto compostas por Kübler-Ross e Bowlby, é
imprescindível citar a distinta leitura que os autores fizeram acerca das etapas que um indivíduo passa
diante da perda iminente e após a perda de um ente querido. Não cabe julgar qual seria o correto, mas
sim expor as excelentes contribuições particulares de cada um deles e o quanto é valido para o
entendimento de uma situação geradora de sofrimento que é a morte.
Cabe salientar que o luto é o processo inevitável de elaboração de uma perda e que todas as pessoas que
perdem um ente querido tendem a passar por isso. Possui um vasto leque de sentimentos, mudanças que
invadem e interferem no funcionamento emocional de uma pessoa. Como mencionado anteriormente,
perdas repentinas refletem um grau ainda maior de dificuldades em relação a uma perda que pode ser, de
certa forma, preparada. Podem interferir a ponto de incapacitar a pessoa de ressolucionar esses
problemas, levar o indivíduo a desenvolver um funcionamento disfuncional como resposta à perda, como
por exemplo, o luto complicado.
Nesse sentido, a perda de um ente querido é um fator gerador de muito estresse; se não for elaborada de
uma forma funcional, pode trazer inúmeras repercussões na vida de um indivíduo. Parkes (1998) coloca
que o processo do luto tende a causar desconforto, alterar funções, aumentar níveis de ansiedade, em
potencial maior para aqueles que presenciaram o momento em que o ente faleceu.