Artigo Estado Da Arte Versão Revista
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RESUMO
O presente artigo se propõe a analisar o desenvolvimento da Linha de Pesquisa em História da
Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba,
de sua implantação no ano de 2009 ao ano de 2016, data em que foi realizado o presente
estudo. Nesse sentido, faremos um breve percurso pelo Estado da Arte e do Conhecimento da
Linha de Pesquisa em História da Educação deste programa, abordando dados que
consideramos relevantes para o entendimento da composição da mesma, como seu surgimento
no programa, os profissionais envolvidos, a adesão a Linha de Pesquisa em H.E. (História da
Educação) a cada ano, bem como sua produção qualitativa e quantitativa.
Palavras Chave: História da Arte, História da Educação, Linha de Pesquisa, PPGE, UFPB
RESUMEN
Palabras Clave: Historia del Arte, Historia de la Educación, Línea de Investigación, PPGE,
UFPB.
2 José Roberto Morais dos Santos é mestrando em Educação pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB.
Desenvolve pesquisas relacionadas à História da Educação, com ênfase em estudos relacionados às práticas
escolares no ensino confessional.
3 Renata Cristina da Silva é mestranda em Educação pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Desenvolve
pesquisas relacionadas à História da Educação, com ênfase a condição feminina na paraíba do século XIX
através das cartas publicadas na imprensa.
O que é “Estado da Arte” ou “Estado do Conhecimento”?
Esse movimento foi gerado, segundo SOARES (1989), pela necessidade de um maior
conhecimento acerca dos estudos e pesquisas desenvolvidos, “de modo que se possa ter uma
visão de estado de conhecimento”, consequência do crescimento quantitativo e qualitativo da
produção acadêmica, e de sua pouca divulgação.
Podemos aqui encontrar algumas definições para “estado da arte”, ou “estado do
conhecimento”, mas todas essas definições chegariam a um mesmo princípio, que levariam a
reflexão dos registros ou categorização de dados de determinadas pesquisas científicas, num
determinado espaço de tempo.
Para Soares (1989), “estado da arte” ou “estado do conhecimento”, é um tipo de
pesquisa que possibilita o mapeamento de produções acadêmicas em termos quantitativos:
A abordagem dessa temática, acerca do estado da arte, além de fazer um resgate das
produções já publicadas, contribuí para o condensamento de informações existentes numa
determinada área. Conforme percebemos nas palavras de Teixeira (2006), “o Estado da Arte”
ou “Estado do Conhecimento” caracteriza-se como um levantamento bibliográfico,
sistemático, analítico e crítico da produção bibliográfica acadêmica de determinado tema.
Podemos aqui mencionar que pesquisadores que se dedicam a produzir sobre o “estado
da arte” ou “estado do conhecimento”, tem como principal interesse conhecer a totalidade de
produções em determinada área, dessa forma, poder apresentar os resultados tanto em nível
quantitativo como qualitativo, e assim desencadear discussões acerca das produções
desenvolvidas, pois,
Exposto, ainda que de forma breve, o critério de organização do Quadro I, que fez
parte da discussão aqui proposta. Pensando assim, a construção desse Quadro foi bastante
cautelosa. Aróstegui (2006, p.468-470) argumenta que a “prática da pesquisa histórica tem de
ajustar-se à definição clara de problemas, à formulação de hipóteses, à construção de
mecanismos para „provar‟ comparativamente a adequação de suas explicações”.
Assim, como menciona Nunes (1992, p.14), “mapear fontes é, portanto, preparar o
terreno para uma crítica empírica vigorosa que constitua novos problemas, novos objetos e
novas abordagens”. Por isto, essa fase inicial de busca de dados diz respeito a um trabalho de
busca, que pode responder a indagações já postas, como gerar outras inquietações. A relação
do pesquisador com as fontes, como afirma Faria Filho (1998, p.96) “afetam, no conjunto,
nossas pesquisas”.
Ao observarmos no Quadro acima, é possível percebermos que no ano de 2009, a linha
de Pesquisa em História da Educação, era formada pelos docentes Charliton José dos Santos
Machado com 14 orientações, das quais 09 dissertações e 5 teses. Seguido pelo professor
Wojciech Andrzej Kulesza com 10 orientações, sendo destas 07 dissertações e 03 teses, e pelo
professor Antônio Carlos Ferreira Pinheiro, também com 10 orientações onde encontramos 06
dissertações e 04 teses.
O ano de 2010, ingressam na linha de Pesquisa em História da Educação, as docentes
a saber: Maria Lúcia da Silva Nunes que no período compreendido entre 2010 a 2016 teve sob
sua orientação 09 trabalhos, todos a nível de dissertação, seguida pela docente Claudia Engler
Cury com 08 orientações, sendo 03 dissertações e 05 teses, e pela docente Mauricéia Ananias
que teve sob sua orientação no período de 2010 a 2016, 06s dissertações. Observamos aqui
que a inovação no corpo docente ocorreu não só com relação a quantidade de profissionais
mas também em relação ao gênero, pois no primeiro ano de desenvolvimento da linha de
Pesquisa o quadro docente era composto apenas por homens.
Em 2011, três outros novos docentes passam a compor o quadro da linha de Pós-
Graduação em História da Educação, a saber: Jean Carlo de Carvalho Costa, que contribuiu
entre os anos de 2011 e 2013, e no ano de 2015 com a orientação de 06 dissertações. Seguido
do e Carlos Augusto de Amorim Cardoso que teve sob sua orientação nos anos de 2011 a
2013, um total de 05 trabalhos, sendo, 04 dissertações e 01 tese. E finalizando a docente
Maria Adailza de Albuquerque que nos anos de 2011, 2012 e 2014, teve sob a sua orientação
03 dissertações. Observamos que aqui a linha de pesquisa vem cada vez mais ganhando força,
com o ingresso de novos professores.
No ano de 2013 ingressou na linha de pesquisa o docente Iranilson Buriti de Oliveira,
que nos anos de 2013, 2015 e 2016 orientou 03 dissertações. Já no ano de 2014 ingressaram
as docentes Maria Elizete Carvalho que nos anos de 2014 a 2016 orientou 05 dissertações,
Fabiana Sena que nos anos de 2014 e 2015 teve sob sua orientação 05 dissertações. E, por
fim, Maria do Socorro Nóbrega Queiroga que nos anos de 2014 a 2016 teve sob sua
orientação 04 dissertações.
Ao longo dos oitos anos de existência da linha de Pesquisa em História da Educação
(2009 a 2016), observamos que o ingresso de novos docentes se deu gradativamente, onde até
o ano de 2016, contava no seu corpo docente com mais de uma dúzia de profissionais, onde
contribuíram com a produção de 87 publicações. Atualmente a Pós-Graduação em Educação
da Universidade Federal da Paraíba é a única que existe no Nordeste.
A seguir, apresentaremos de forma mais geral o Quadro II, mostrando a contribuição
de cada docente da linha de história da educação, desde o ano de 2009 até o ano de 2016.
MAURICEIA ANANIAS 06 00 06
TOTAL GERAL 69 18 87
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CHARTIER, Roger. História cultural: entre práticas e representações. 2. ed. São Paulo:
1988.
FARIA FILHO, L. M. de. A legislação escolar como fonte para a história da educação: uma
tentativa de interpretação. In:_____. (Org). Educação, modernidade e civilização. Belo
Horizonte: Autêntica, 1998, p. 89-125.
FARIAS, Rosilene Mariano de. NETO, José Francisco de Melo. RODRIGUES, Janine Marta
Coelho. VIRGÍNIO, Maria Helena da Silva. Pesquisa em Educação na Paraíba 30 anos
(1977 – 2007). Paraíba: Editora UFPB, 2007.
MACHADO, Charliton José dos Santos. NUNES, Maria Lúcia da Silva. RODRIGUES,
Melânia Mendonça. Dos Indícios a Constituição da Pesquisa em História da Educação no
PPGE/UFPB. In: Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. 37, p. 17-28, mar.2010.
PINHEIRO, Antonio Carlos Ferreira Pinheiro. CURY, Cláudia Engler. ANANIAS, Mauricéia.
(Orgs.). Histórias da Educação Brasileira: experiências e peculiaridades. Editora UFPB. João
Pessoa, 2014.