Produção Musical - Apostila 03 Versão AIMEC
Produção Musical - Apostila 03 Versão AIMEC
Produção Musical - Apostila 03 Versão AIMEC
Aula 17 Arranjos II
..
Objetivos:
Revisão de fraseologia
é muito recente. Sendo assim, no universo da música eletrônica
não encontramos formas convencionadas como existem na músi-
.. Análise estrutural
Estruturação do arranjo usando uma música de referência
Criando a estrutura do arranjo em Real Time
ca erudita e popular, como é o caso do choro tradicional. Mesmo
assim, já temos nela algumas características peculiares como o
“corpo” (onde há o desenvolvimento da música) e os “breaks”, que
são partes com menos elementos que geram a expectativa para a
Introdução entrada da próxima parte.
A definição da estrutura do arranjo é uma etapa crucial para a Temos abaixo algumas músicas eletrônicas dispostas na tela de
música. Cada estilo musical geralmente traz entre suas caracterís- arranjo para observarmos os corpos (partes mais densas) eos
ticas uma forma musical que é adequada para a sua finalidade. A “breaks” (partes menos densas).
cultura eletrônica é um movimento de vanguarda, pois sua criação
Produção Musical 3
..
tos fraseológicos: .
no arranjo.
O sinal “-” antes do nome do elemento indica que ele “saiu” no
..
motivo (1 Bar)
semi-frase (2 Bars)
frase (4 Bars)
.
arranjo.
O sinal “=” indica que a peça indicada tem estrutura idêntica à
peça anterior a ela.
período (8 Bars) maioria das composições, e consequentemente
seus arranjos, obedecem um padrão de organização em períodos Bloco A: (6 peças)
(8 Bars). Observamos também que, geralmente, todos os tipos de 1A: + kick, + snare, + open hat
músicas são formadas por “peças” de 8 compassos (Bars) que 2A: + FX
trazem consigo um novo acontecimento. 3A: + bass, + perc
4A: + intro lead (*) virada
Análise estrutural 5A: + lead 1 + bass com cadência harmônica (c.h.) OBS: Im–
A melhor maneira de aprender a arranjar suas músicas é fazen- IVm–bVI–Im / Im–IV–II°–Im
do a análise estrutural de músicas da sua preferência. Assim você 6A: + frase de transição do lead 1
verá as diferentes formas usadas por vários produtores, escutará Break A (2 peças)
qual é o efeito que cada uma proporciona e conseqüentemente 1 br A: - drum (kick/snare/open hat), – perc, + stab
terá maior consciência para estruturar suas músicas conforme o 2 br A: - bass + FX (*)virada de 4 bars (+ bass, + lead)
resultado sensorial que você deseja alcançar.
Bloco B: (3 peças)
Como fazer: 1B: + bass (c.h.), + drum, + perc, - stab, + lead 2 OBS: perceba
a) Coloque a música a ser analisada em um canal de áudio na tela que a base de 1B é igual a de 6A
de arranjo. 2B: = (*) virada de um bar
b) Arrume os warp points (como foi ensinado na aula de re-edit) 3B: + stab
c) Ajuste o Fixed Grid em 8/1 (8 Bars) utilizando ctrl+1 e ctrl+2 Break B (4 peças)
d) Edite a faixa (ctrl+e) cortando parte por parte (corpo, breaks) e 1 br B: - drum, - perc, - bass, + shake
coloque a cor (bot. dir. do mouse) e o nome (ctrl+r) que desejar em 2 br B: + FX
cada uma delas. 3 br B: + bass (c.h.)
e) Re-edite cada parte, dividindo-a em peças (8 bars). 4 br B: + bass (sem c.h.) (*) virada de 4 bars (+ drum)
f) Conte o numero de peças que há em cada parte
g) Escute e descrimine a entrada e a saída de cada elemento,
Peça por peça.
Exemplo:
Produção Musical 4
Bloco C: (3 peças) Procedimento para gravar na tela de arranjo
1C: + lead 2 Na tela de session, clique duas vezes no Stop da barra global
2C: = para se certificar que a gravação vai começar no primeiro Bar da
3C: frase de transição do lead 2 (*) virada 1bar
Break C (1 peças) ..
tela de arranjo
Clique no Global Record Button (barra global)
1 br C: - drum, - perc, + stab (c.h.) OBS: a cadência harmônica
do stab é identica à usada no bass .
No Quantization Menu (barra global), selecione a opção 4 Bar.
Dispare cena por cena, respeitando o número de bares que
cada uma deve tocar.
Bloco D: (4 peças)
1D: + bass (sem c.h.), + perc + envelope de volume no stab
2D: =
3D: - bass OBS: você pode monitorar o processo pressionando o tecla "Tab"
4D: + FX (atalho para alterar a visualização entre 'tela de arranjo'/'tela de
Estruturação do arranjo usando cenas'). Para otimizar esta monitoração, ajuste a lupa da tela de
uma música de referência arranjo para mais ou menos 12 Bars (uma peça e meia) e ative a
função "Follow" localizada à direita do Arrangement Position.
Depois de feita a análise estrutural, crie o seu arranjo fazendo
uma analogia entre os elementos da sua composição de acordo
com suas características sonoras e/ou função na música. Por exem-
Set Time to Insert
plo: se a música de referência tem close hat e a sua não, porém
entre os elementos que você criou há uma percussão de divisão
rítmica rápida. Eles provavelmente serão os elementos análogos
(close hat da referência e a sua percussão).
Monte o seu arranjo incluindo e retirando os seus elementos
musicais de acordo com as entradas e saídas dos elementos da
música de referência.
Depois de estruturar cada bloco musical, escute a parte da música
que você já fez e avalie se está condizente com o efeito que você
procurava. Siga o mesmo procedimento até chegar ao fim da música. Depois de gravar todo o pre-arranjo, vá para a tela de arranjo
para corrigir os possíveis erros que cometeu na sua execução e/
OBS: Se desprenda pouco a pouco do uso de arranjos de referên- ou fazer nele as alterações desejadas.
cia, siga seus instintos, acredite na sua percepção. Se achar que o Para isso temos uma ferramenta: Ctrl+i (set time to insert). A
seu break deve ser maior, não deixe de fazê-lo! Lembre-se que a ação dele é sempre realizada para a direita. Por exemplo:
música do outro produtor é só uma referência para você aprender
.
Segue abaixo algumas dicas para otimizar o seu desempenho
utilizando este método de composição da estrutura do arranjo: .
pressione ctrl+i
digite "-1" no espaço referente à compassos (retângulo da
.
transfira os loops dos elementos da música e suas variações
para os clips slots do seu respectivo canal
organize os loops e suas variações por cores e/ou renomeando-
.
esquerda)
pressione duas vezes Enter.
..
Envelopes de Efeitos em clips
Dummy Clips
FILL IN e FILL OUT
.
valor máximo a ser atingido durante a automação (100%).
Determine a automação no 'Sample Display / Note Editor' al-
terando o valor do parâmetro de 0 a 100%.
Variações e Viradas
Introdução
Nesta aula vamos abordar alguns recursos primordiais para dar
mais naturalidade e vida à rígida estrutura inicial do arranjo. Trata-se
de variações criadas em trechos do arranjo criteriosamente escolhi- DICA: Para agilizar este processo, você pode selecionar o
dos para valorizar a introdução/retirada de elementos musicais ou parâmetro do efeito que deseja automatizar clicando sobre ele.
simplesmente para manter o interesse do ouvinte ao longo da músi- Desta forma, quando retornar ao 'Envelope Box' ele já estará no
ca. Outra prática interessante é o uso de envelopes de efeito para campo de seleção.
alterar as características sonoras intrínsecas dos elementos, afim de
conferir-lhes maior "movimento" e realçar (ou recriar). UNLINKED
Na janela 'Envelope Box' temos a opção 'Region/Loop' que pode
1. Envelopes de Efeitos em clips
Já falamos em aulas passadas sobre os envelopes sonoros bá-
sicos, conhecidos também como envelope ADSR (Attack, Decay,
..
tem duas opções de ajuste:
Linked: limita o tamanho do envelope ao tamanho do loop
Unlinked: permite que o usuário determine a região de ação
Sustain e Release). O sinônimo de envelope sonoro, envoltória do envelope sem limite de tamanho
sonora, ajuda a compreensão do seu conceito: conjunto das ca-
racterísticas físicas de uma onda sonora e, por consequência, sua
sonoridade. Envelopes de efeito alteram estas características para
melhor se ajustar no arranjo. Automação de efeito é a variação
programada do(s) parâmetro(s) de um processador de audio que Logo, com esta função temos a pos-
será realizada no decorrer do tempo, resultando em um novo en- sibilidade de fazer uma automação que
velope sonoro. varie entre as repetições do loop. Para
No Ableton Live temos duas maneiras de programar automações: isso, basta ajustar a duração do enve-
na tela de arranjo e nos clips (tanto de audio quanto de MIDI). lope em um tamanho diferente do loop.
.
abaixo:
Ative a visualização do 'Envelope Box' clicando na letra 'e'
localizada no canto inferior esquerdo do 'Sample Editor' (audio)
.
ou do MIDI Editor (MIDI).
Selecione o processador de efeito (campo de seleção superi-
2. Dummy Clips
A tradução de Dummy é bobo, burro, esses clips são chamados
or) e o respectivo parâmetro (campo de seleção inferior) em que assim pois não geram nenhum som, mas nem por isso que eles
irá fazer a automação. deixam de ter grande valia. Os Dummy Clips são usados para exe-
cutar automações nos parâmetros dos efeitos inseridos no canal
onde eles estão alojados, mas que serão aplicados ao som prove-
niente de outro(s) canal(is) do seu projeto. Na prática, o uso desta
técnica aumenta as possibilidades de variação dos elementos que
constituem a sua música agregando uma nova camada de diferen-
tes características sonoras. Em performances ao vivo é uma po-
derosa ferramenta de interação com o público porque te possibili-
dade de aplicar variações sonoras quando você bem entender,
podendo surpreende-los a qualquer momento.
Produção Musical 6
.
Para montar os Dummy Clips:
Abra o patchbay do Ableton. (Essa ferramenta permite que
você faça o roteamento do audio entre os canais sequenciador
4. Variações e Viradas
Depois de definida a estrutura estrutura do arranjo, a presença de
variações sutis nas repetições dos seus elementos conferem mais
.
sejam eles de áudio, MIDI, grupos ou return).
Selecione o canal que receberá a automação em 'Audio From'
naturalidade ao arranjo, deixando-o menos monótono ao ouvinte.
Quer seja uma variação do músico durante a gravação em um arran-
.
no canal de áudio dos dummy clips.
Ajuste o 'Monitor' no patch bay do canal dos dummy clips para
jo de banda, quer seja uma variação do kick entre peças em um
arranjo de música eletrônica, cabe ao produtor ponderar quantas
.
o modo 'In' (habilitando-o a receber o áudio de outras fontes).
Coloque o dummy clip nos clip slots deste canal.
vezes e onde irão ser realizadas. Por menores que sejam estas mo-
dificações, é comum (principalmente entre produtores iniciantes) pecar
tanto por excesso quanto por falta destes detalhes.
Além dos dois exemplos citados acima, também se enquadram
neste caso o uso de pratos (crash, splash) e efeitos de ambiência.
..
Dicas:
Crie diversas variações de automação nos dummy clips;
Aula 19 Efeitos II
..
Objetivos:
Revisão efeitos Insert e Send/Return.
ÁUDIO EFFECT RACK
O Áudio effect rack nada mais é que um grupo de efeitos com
.. Erosion
Redux
de canais em efeitos nos breaks, subidas e afins.
Também é possível criar um rack de efeitos selecionando todos
. Vinyl Distorcion
Dica de envelopes
e pressionando o comando (Command + G MAC) (Cntl + G PC)
EFEITOS EM INSERT:
Para utilizar um efeito em insert, você arrasta para o canal desejado
e dosa a quantidade de efeito pelo DRY/WET (que em outras palavras
é um crossfader entre o som original e o efeito (seco/molhado).
EFEITOS EM SEND:
Você pode criar canais de RETURN clicando
com o botão direito na região dos tracks ou uti- Esses macros são botões que você “triga” com os parâmetros
lizando o atalho (Cntrl + Alt + T PC) (Command dos efeitos, como se fosse um controlador midi movimentando vá-
+ alt + T MAC) . E utilizar o mesmo efeito em rios botões ao mesmo tempo. Observe que o controlador APC 40
vários canais em quantidades diferentes. da Akai desenvolvido especialmente para o Ableton Live utiliza
essa lógica de 8 botões, então sempre que ligar efeitos em sua
Observe que cada canal tem seus SENDS. APC use e abuse dos Racks.
No momento que você aciona o botão de
SEND. Envia essa quantidade de db deste
canal para um canal de retorno (Return Track),
onde você aplicará o efeito desejado.
Lembre-se sempre que ao botar o efeito
no canal de retorno você deve deixar o dry/
wet sempre em 100%, pois deste canal
sairão apenas os efeitos. O som original já
está saindo pelo outro canal.
Para criar uma nova camada clique com o botão direito na re-
gião (Drop Audio Effects Here) ou arraste efeitos nessa janela para
criar novos layers.
Cuidado com o volume de saída das camadas pois somando
cada uma o volume irá clipar.
Produção Musical 9
Pressione Configure e movimente os parâmetros desejados para o mapeamento que eles irão aparecer na janela.
Crie combinações para o mesmo macro movimentar filtros, panorâma, volume, efeitos e outros botões.
..
repetição entrará no mix.
MIX: sairá o som original mais o repetido
.
tempo de 1/16.
REPEAT: quando pressionado aciona o efeito por tempo ili-
.. Erosion
.
mitado;
CHANCE: trabalha com a probabilidade de acioná-lo, 100% irá
.
Amount: quantidade aplicada
Freq: em qual freqüência aplicará
.
acontecer sempre, 50% metade do tempo, e assim por diante. Width: funciona apenas nas funções Noise e Wide Noise. Defi-
Interval: É o intervalo: a cada quanto tempo você deseja que ne a “largura” do ruído.
.
ele se repita;
Offset: Como se fosse o start point nos samples, você pode,
por exemplo, fazer com que ele ao invés de repetir no início do
.
som como está configurado aqui, começar pelo final, etc.
Grid: Quanto tempo vai repetir. Se você deixar em 1 BAR,
ficará um loop de 1 bar do som, observe que logo abaixo tem um
botão que diz No Trpl: (NO TRIPLED), com ele acionado a bati-
da não ficará quebrada por exemplo 1/12 não funcionará, ape-
.
nas 1/2 , ¼, 1/8, 1/26/ 1/32 .....
Variation: Cria uma variação na repetição;
Produção Musical 10
Esse efeito degrada o sinal de entrada modulando um curto atraso com ruído ou uma onda senoidal, acrescenta ruídos ou distorções
(trabalha como se fosse tirando a qualidade do que entra. O som entra em 16 bits (exemplo), e ele faz uma redução desta taxa gerando
um som digital, isso também se chama “aliasing” ou “downsampling.)
O controle Frequency determina a cor ou qualidade da distorção. Caso o interruptor MODE esteja ajustado em Noise (Ruído), este
controle funcionará em conjunto com o parâmetro Width que define a largura da banda do ruído.
Em modo Sine, o controle Width não terá nenhum efeito.
Noise e Sine utilizam um único gerador de modulação. Por sua vez Wide Noise dispõe de geradores de ruído independentes tanto
para o canal esquerdo quanto para o direito, o que produz uma sutil expansão estéreo.
É uma ferramenta muito boa para reciclar loops, uma dica é fazer envelopes rítmicos em algum parâmetro como freqüência ou Width.
.
nha um bom ambiente de monitoração para atingir os melhores guns casos comuns são:
resultados. Vocal: como é comum o vocalista cantar partes mais altas e
A melhor forma de explicar compressão é pensar em uma gra- outras mais baixas, um compressor pode ajudar a colocar esse
.
vação de um vocal, onde em algumas partes o vocalista quase elemento na mixagem.
berrou e em outras ele sussurou. Ao tocar essa gravação junto Kick / Bumbo: é um dos principais elementos na música eletrô-
com outros elementos a parte alta pode ficar boa, mas mas a sus- nica, neste caso o compressor pode ser usado para engordar esse
.
surrada provavelmente vai ficar muito mais baica. elemento e trazê-lo à frente na mixagem.
Com o compressor é possível suavizar as partes altas e trazer Bass / Baixo: divide com o kick o papel principal na maioria dos
para cima as baixas e com isso manter um volume médio com gêneros de música, o compressor pode ser usado para dar mais
menos dinâmica que vai poder ser ouvida em conjunto com os presença a esse elemento, mas também para controlar a diferen-
.
outros instrumentos. ça de volume entre as notas tocadas.
Guitarra: pedais de equalização e distorção geralmente cau-
Vocal sem compressão: sam picos que podem facilmente "clipar" o canal. O compressor
pode ser usado para suavizar estes picos e também para dar mais
.
corpo a este elemento.
Elementos de percussão: o compressor pode ser usado para
dar mais presença a estes elementos bem como controlar a pre-
.
mixagem e também para um uso criativo de sound design.
Música inteira: pode ser usado na música inteira para encorpar
a produção e também controlar picos.
Gain (Ganho)
Attack e Release
Snare com uma compressão com Attack lento e Release lento
Resultado: diminuição do volume do sustain do Snare
Lookahead
..
one um deles).
Peak: respondem aos picos curtos; Seleciona quantos milissegundos o compressor vai olhar a fren-
Rms: menos sensível a picos, respondem a média da dinâmi- te para prever a mudança de dinâmica
.
ca da fonte (volume mais alto e mais baixo);
Opto: utiliza uma forma não linear de release. Quando a re- Makeup:
dução de ganho se aproxima do zero, ele tende a diminuir a
velocidade do release.
Knee (joelho)
. Gain - não é o volume de saída e som de entrada, mede quantos Como fazer compressão de sidechain:
.
DB o som é aumentado e pressionado para o teto (ceiling);
Lookahead - mede quanto tempo o limiter vai poder olhar para
Use o projeto Compression and Sidechaining. Library > Lessons > Sets.
.
vai poder parar de ser comprimido;
Ceiling - é o volume máximo de saída, em uma masterização o ideal
.
é deixar pelo menos -0,1 para evitar que o som ultrapasse o zero dB;
Stereo - L/R - seleciona se o sinal vai ser processado da mes-
.
ma forma stereo ou de forma separada L/R;
Meter de quantidade de dBs reduzidos - demonstra quantos
decibéis estão sendo limitados.
.
3. Ligue o sidechain (função fica ligada quanto estiver em amarelo); Onde mais a compressão de side chain pode ser utilizada?
Kick contra Efeitos - experimente fazer o kick comprimir um
.
som contínuo de white noise;
Vocal contra Sintetizadores - o vocal pode com facilidade abrir
.
espaço nos sintetizadores;
Percussão versus sintetizador - a percussão pode movimen-
.
tar o sintetizador para que ele tenha mais espaço para tocar;
Kick versus Pad - neste tipo de compressão o pad ganha movimento.
.
Ratio e threshold - são modificados o movimentar a barra e as
linhas dentro dela (quanto mais próximas mais ratio, quanto mais
Deixe o canal do elemento sem compressão, em um dos canais de distantes menos ratio ou expansão.
return faça uma forte compressão envie sinal para o canal de return. O volume final do áudio é marcado pelo medidor de volume de
cada banda, o volume original é apresentado pela marca amarela.
3 - Com o Audio Effect Rack
Você pode usar o Audio Effect Rack, use duas chains, uma de-
las sem compressão e na outra com uma forte compressão.
Produção Musical 18
Aula 21 Equalização
..
Objetivos
Os fundamentos da equalização
1 - Os fundamentos da equalização
Você já deve saber o que são frequências. Elas se referem dire-
.. Análise de espectro
Bandas e filtros
tamente à nossa percepção de “pitch”, do que é mais grave ou
mais agudo. O piano é um excelente exemplo pois as teclas mais a
.. Entendendo frequências, altura (pitch) e transientes
Usando filtro passa alta (high-pass)
esquerda trazem som mais graves e as da direita, mais agudos.
A frequência é medida em hertz (ciclos por segundo), o que sig-
. Evitando o erro
Dicas e aplicação prática
nifica o número de vibrações da onda sonora a cada segundo. Os
humanos conseguem ouvir os sons dentro de um espectro de
frequências que vai de 20Hz (muito grave) a 20kHz (muito agudo).
Introdução A oitava (oito notas do piano, o intervalo musical mais puro que
O processo de equalização consiste no ajuste de níveis relativos
existe) mais baixa percebida pelos humanos vai de 20Hz a 40Hz e
de volume das frequências de um sinal de áudio. Um equalizador é
pode ser sentida em nossos corpos tanto quanto percebida por
muito utilizado para abrir espaço na mix, onde novos elementos se
nossos ouvidos. Uma dobra no valor das frequências significa o
complementam ao invés de disputar por espaço ou, também, pode
aumento de uma oitava. A próxima acima fica entre 40Hz e 80Hz,
trazer mais brilho, encorpar os graves ou trazer mais “presença”
a seguinte, entre 80Hz e 160Hz, e assim por diante.
para um determinado instrumento. A equalização ainda pode ser
Graças a essa relação de multiplicidade, nossa percepção de
utilizada para “corrigir” sons, retirando frequências desagradáveis
frequências não segue uma escala linear, mas sim logarítmica.
ao ouvido do produtor.
Instrumentista e cantores precisam de um ponto de referência
Como em qualquer área da música, não existem regras absolu-
para que possam estar sempre afinados dentro de uma mesma
tas nos processos de equalização. Você pode trabalhar em um
lógica, portanto, por padrão, utiliza-se uma frequência padrão de
som de maneira completamente diferente de outros produtores, e
referência para a afinação de qualquer instrumento. Essa frequência
ambos podem estar chegando a um bom resultado. A verdade é
é um Lá (A) em 440Hz (a mesma frequência do sinal do telefone
que você nunca deverá parar de aprender, pois esta é uma ciência
analógico). Logo, todas as notas musicais se relacionam com uma
complexa que exige um bom conhecimento sobre áudio e acústica
frequência específica e esse conhecimento pode nos ajudar muito
(frequências, harmônicos, etc.), um bom treinamento para seus
nos processos de equalização. O diapasão é um instrumento utili-
ouvidos e muita prática. Seu gosto e as tendências estarão sem-
zado para realizar afinação de instrumentos. O mais utilizado repro-
pre mudando, este é um aspecto inerente à natureza da música, e
duz a frequência de lá em 440Hz.
também o que a torna tão fascinante.
Neste capítulo, aprensetamos algumas dicas de como começar
a desenvolver sua técnica na ciência da equalização.
São os harmônicos que trazem o timbre aos instrumentos. O frequências que ficam aos seus lados irão diminuindo gradual e pro-
que você faz enquanto equaliza um instrumento é ajustar os níveis porcionalmente até voltar a 0dB. O Q irá determinar qual o tamanho
de volume relativos dos harmônicos como, por exemplo, subir o dessa curva, ou seja, o quão ressonante será o filtro. Um Q alto sig-
nível dos harmônicos mais altos traz mais brilho para o som. nifica que poucas frequências ao redor da selecionada serão afeta-
Lembre-se que vários sons também possuem frequências não das, enquanto que um Q baixo cria curvaturas mais graduais, afe-
harmônicas que não são relacionadas à frequência fundamental. tando mais frequências e criando uma sonoridade mais suave.
O som da respiração de um vocal é um exemplo disso, é um basi-
camente um pequeno “noise” filtrado, com pouca relação com a
nota que está sendo cantada. (noise é a presença de sons que
preenchem um range de frequências sem se relacionar com a
frequência fundamental, o oposto dos harmônicos).
2 - Análise de espectro
Para entender melhor o que acontece com o som, podemos co-
meçar utilizando um analizador de espectro. Ele nos mostra visu-
almente os níveis relativos de volume em relação as frequências
que estão sendo utilizadas, deixando bem clara a relação entre os
volumes das frequências de um som.
Os harmônicos serão representados, em um analizador de espec-
tro, como picos verticais, enquanto os noises aparecerão como linhas
horizontais sem picos (em frequências muito altas, os harmônicos po-
derão estar tão próximos que podem ser confundidos com noises).
Lembre-se que a disposição das frequências não está em or-
dem linear, e sim logarítimica. O intervalo que representa a distân-
cia entre 100Hz e 1000Hz é o mesmo que entre 1000Hz e 10.000Hz,
ou seja, uma oitava em ambos os casos. Você também encontrará as shelf curves, que são curvas de cor-
O Ableton possui um analizador de espectro nativo que pode ser te. A low shelf curve afeta todas as frequências à esquerda (baixas)
encontrado sob a aba Audio Effects - Spectrum. da frequência selecionada, enquanto que a high shelf faz o contrário,
afetando todas as frequências a direita daquela selecionada.
Como na bell type, possuímos um Q, que determinará a suavi-
dade da curva.
4 - Entendendo frequências,
altura (pitch) e transientes
A partir de um sintetizador, reproduzimos uma sine wave em 3
diferentes frequências: 100Hz, 1kHz, e 10kHz.
3 - Bandas e Filtros
Qualquer equalizador será dividido em um número de bandas,
cada uma capaz de trabalhar com filtros diferentes. Hoje em dia,
você pode determinar o tamanho e alcance de cada banda.
As bandas de médio deverão trabalhar com um bell type filter,
para aumentar ou diminuir o volume daquela frequência em espe-
cífico. Um bell type filter é uma rampa que sobe e desce igualmen- Como as sine waves (senóides) não possuem harmônicos,
te para ambos os lados, com seu pico na frequência selecionada. equalizá-las não altera o timbre do som, e sim o volume.
O Q (ou ressonância) é a intensidade dessas rampas, ou seja, se As ondas square (quadradas) são diferentes, pois possuem di-
você selecionar um ganho de +6dB para a frequência de 1kHz, a versos harmônicos (primeira, terça, quinta, etc.).
frequência de 1kHz sofrerá um ganho de +6dB, enquanto que as Eis o sinal de uma square wave em pitch de afinação (440Hz) e
Produção Musical 20
uma oitava abaixo (220 Hz). Experimente então brincar com high e low shelfs, atenuando as
frequências mais baixas e mais altas do som.
Começe com um high pass, cortando a partir da fundamental.
Você estará retirando progressivamente a fundamental e seus har-
mônicos mais próximos. Perceba como o resultado é um som com
mais brilho. Isso se chama equalização subtrativa e, muitas vezes,
nos traz um resultado melhor para conseguir brilho do que aumen-
tando as frequências mais altas a fim de atingir esse objetivo.
Experimente também um bell com Q baixo, de 0.5, no centro do
A seguir uma imagem de um equalizador cortando o terceiro e espectro (por volta de 3kHz). Suba e desça o volume. Veja como o
quinto harmônicos. Como nossa frequência raiz é 440Hz, nosso ter- som fica mais brilhante quando com ganho e escuro quando atenuado.
ceiro harmônico é 1320 Hz (440x3) e nosso quinto é 2200Hz (440x5).
Faça diversos testes, brinque com os equalizadores cortando e 5 - Usando filtro high pass
aumentando o volume dos harmônicos a fim de ouvir e se familia-
rizar com o efeito dos harmônicos indo e vindo, e como isso afeta o
timbre em geral.
problemáticas.
Frequentemente, volte do solo para ouvir o elemento em si
interagindo com os outros instrumentos da música. Tenha paciência
e esteja preparado para ajustar outros canais conforme achar ne-
cessário, a fim de criar uma dinâmica que funcione em sua música.
Aplicação prática
Depois de toda a teoria, é essencial a compreensão de como
Para que um equalizador possa ser chamado de equalizador isto de aplica de forma prática em uma mixagem. A equalização
paramétrico, este deve possuir um fator "Q" variável e também o pode ocorrer em diversas instâncias do nosso projeto, podendo
centro de freqüências variável. ocorrer nos canais individuais, nos subgrupos e até mesmo no canal
master. Portanto o principal é saber que a equalizaçao é mais uma
Opções de equalização ferramenta que temos para lapidar cada instrumento na nossa
Como exemplo, iremos utilizar o equalizador nativo do Ableton EQ mixagem, bem como agrupamentos de instrumentos da mesma
Eight. Ele possui oito faixas de freqüências que podem ser utilizadas. família como por ex.toda a bateria, vocais, sintetizadores...
Cada uma dessas faixas pode ser programada com um tipo de Nas próximas aulas, veremos mais dicas de como trabalhar com
equalização e também com valores de freqüência, ganho e Q diferentes. os equalizadores em cada tipo de instrumento e diversas outras
aplicações práticas.
Produção Musical 23
Introdução
Por que nossa voz soa "mais forte" quando cantamos no ba-
nheiro? Porque a superfície lisa e dura dos azulejos favorece bas-
tante um fenômeno chamado reflexão. A compreenssão desse fe-
nômeno acústico também foi usada para orientação espacial. Anti-
gamente, em caso de nevoeiro por exemplo, utilizavam-se de bu-
Representação de um eco
zinas para estimar a presença de obstáculos a frente, calculando o
tempo de reflexão do som da buzina. O sonar de um submarino
funciona com base no mesmo princípio. O veículo emite ultra-som,
2.2 Reverberação (reverb)
O reverb é melhor notado em ambientes fechados e menores,
e com sensores acurados que calculam a reflexão, o sonar constroi
onde a a quantidade de reflexões é muita rápida e sucessiva, con-
a imagem tridimensional do ambiente. Curiosamente, esse é o
fundindo-se com o som emitido. Podemos dizer que o reverb é a
mecânismo de orientação espacial que os morcegos utilizam igual-
sucessão de ecos de um ambiente ao ponto de misturarem-se com
mente. Entretanto, não é qualquer superfície que será capaz de
o som original.
refletir o som, o que depende de algumas variáveis, como o com-
O reverb foi um recurso que ocorre não apenas em espaços,
primento de onda comparado ao tamanho da superfície, a nature-
mas também em corpos, e o principio foi bastante aplicado na
za da própria superfície. Existem superfícies que ao invés de refle-
música. O reverb de mola (spring reverb) é um desses casos, bas-
tir, irão absorver o som que recebem.
tante aplicado em amplificadores de guitarra. O dispositivo consis-
Na produção musical é essencial conhecermos esses princípios
te em uma calha que abriga uma ou mais molas que recebem o
pois manipular as reflexões é parte fundamental no processo de
sinal de áudio. A reverberação do som na mola é devolvida ao
timbrar e ambientar os instrumentos de uma música.
sinal. O plate reverb funciona a partir do mesmo principio, porém
1. Reflexão e suas propriedades no lugar da mola existe uma placa metálica.
Hoje em dia conseguimos reproduzir esses efeitos digitalmente,
É uma propriedade física das ondas de refletir-se ao encontrar
os quais são recursos essenciais em qualquer DAW. Os efeitos de
um obstáculo. Em se tratando de ondas sonoras, duas variações
ambiência em uma mixagem são importantíssimos na distribuição
desse fenômeno são particularmente relevantes para nós: o eco
espacial dos instrumentos. Além de atribuirem cor, também infe-
(delay) e a reverberação.
rem profundidade.
2. Eco (delay) e Reverb
O delay acontece quando percebemos a reflexão como uma re-
petição do evento original, ou seja, quando a emissão do som e a
sua reflexão são percebidas como dois eventos distintos. O fenô-
meno é melhor percebido em ambientes grandes o suficiente para
que o som refletido demore tempo necessário para ser percebido
como um evento distinto do som emitido. Um exemplo clássico é o
de quando um sujeito a 300m de um obstáculo (um muro, um edi-
fício, uma montanha) emite um grito. O som emitido percorre os
300m até o obstáculo e percorre a mesma distância ao ser refleti- Exemplo de reverb
do até chegar ao ouvido do sujeito, totalizando uma distancia per-
corrida de 600m. Sabendo que o som viaja a 340 m/s no ar, o que As características das reflexões podem variar de acordo com as
ocorre é que iremos perceber uma repetição do som emitido em circunstâncias. O formato e material das superfícies, bem como as
um intervalo de 1,7 segundos, tempo necessário para que o som características do espaço podem valorizar ou absorver diferentes
percorra a distância total. Trocando em miúdos, significa dizer que regiões do espectro auditivo. Isso significa que os ambientes e os
nesse caso temos um delay de 1,7 segundos. materias atuam como filtros, atribuindo cor tonal as reflexões.
Produção Musical 24
Na simulação digital desses fenômenos acústicos, temos uma 4. Efeitos de ambiência no insert do canal
porção de controles sobre as características que compõe esse
Efeitos de insert por natureza costumam ser efeitos que inseri-
cenário, nos permitindo uma quantidade enorme de variações a
mos no canal para modificá-lo (compressores, equalizadores,
disposição.
distorções, etc). Efeitos de ambiência podem assumir diferentes
comportamentos para alterar a qualidade do som.
3. Reverb do Ableton É bastante comum usarmos reverbs de duração muito curta atu-
ando como espécie de “equalizador”. Podemos deixar uma voz ou
uma percussão com som mais brilhante ou escuro inserindo um
reverb curto no canal. No entanto, o efeito é ligeiramente diferente
de um equalizador dedicado, pois a equalização acontece aconte-
ce nas reflexões, o que discretamente atribui uma característica
natural de ambiente ao sinal original.
Veja o exemplo de um reverb curto aplicado no insert de um
. Input Processing - é um low cut ou hi cut filter que pode ser aplica-
do no sinal original antes dos processamento, podendo ser controlado
canal de vocal:
6. Considerações finais
. Não existe uma regra fixa ou imutável para lidar com esses con-
ceitos. O que existem são fundamentos e aplicações dos mesmos.
Experimente mecher com esses recursos e descobrir como soam
esses conceitos para o seu ouvido se familirizar com eles.
. Noise reduction
Racks de tratamento de áudio
po para a escolha dos samples e loops. Tente achar samples de
boas empresas, com uma boa definição, peso e brilho para os ele-
mentos. Se você vai gravar os instrumentos, pode sair um pouco
Introdução mais caro, pois será necessário investir em bons pré-amplicadores
Na produção de qualquer tipo de música, boas ideias contam e uma interface de áudio de qualidade.
muito mas, sozinhas, não sustentam o trabalho de qualquer artis-
ta. É necessário que as músicas soem muito bem nas caixas de Preocupando-se com a mix
som de qualquer soundsystem e, para isso, produtores utilizam Organize bem seu projeto e preocupe-se com a mixagem desde o
diversos recursos a fim de trazer o polimento necessário para cada início, principalmente no que diz respeito aos níveis relativos de volu-
um dos elementos que formam a mix. me dos instrumentos e sua distribuição na imagem estéreo (pan).
O objetivo desta aula é mostrar algumas linhas gerais de como Vamos pensar um pouco. Todas as vezes que você traz um ele-
você pode trabalhar os elementos de sua música, conseguindo, mento novo para a música, seu volume se soma com os instru-
assim, um som que se aproxime mais das características que pro- mentos já presentes, causando um acréscimo de volume no canal
cura. Para isso, utilizaremos uma série de processos que você já do master. Logo, não deixar que cada instrumento passa de 0db
conhece, porém com muitas dicas de aplicação prática para você em seu canal pode não ser o suficiente para evitar que o áudio
experimentar em suas faixas. clipe (ultrapasse 0db) no master. Para evitar perda de qualidade
em sua mix, é fundamental que você trabalhe com uma boa folga
1. O início de tudo nos níveis de volume de cada um dos canais. Para fazer isso, você
O ouvido precisa construir sua música ao redor do elemento que terá maior
Como em qualquer área da produção musical, o mais importan- importância na faixa.
te é um bom ouvido. Não existem regras absolutas para realizar o É seu dever saber, desde o princípio, qual será o elemento com
tratamento de áudio de qualquer instrumento e dificilmente você o volume mais alto na mix. Nos casos da música pop ou rock, esse
irá encontrar dois produtores que utilizam os mesmos processos. elemento pode ser a guitarra ou o vocal, então é fundamental dei-
A habilidade mais importante que você precisa desenvolver para xar esse elemento com seu volume em, no máximo -4 ou -5db. Os
produzir músicas com qualidade é um ouvido refinado. Isso leva outros instrumentos irão soar mais baixo. Isso irá gerar uma dinâ-
tempo e necessita de muita análise sobre o trabalho de outros ar- mica e volumes agradáveis no master, deixando, ainda, uma so-
tistas para se conquistar. A dica aqui é sempre comparar sua mú- bra de volume que poderá ser importante para o processo de
sica, em processo de produção, com músicas de artistas que são masterização no futuro.
conhecidos pela qualidade de suas produções. No início, você pode Se você está produzindo música eletrônica, lembre-se que o kick
até trazer uma faixa de referência para dentro do projeto no Ableton é o elemento com o volume mais alto na mix. Isso implica em um
a fim de fazer comparações entre a sua faixa e sua referência (utlize sinal que deverá ser nivelado em, no máximo, -4db. Se sua música
a função solo do canal para fazer isso). Analise o peso dos ele- terá muitos elementos, o ideal é que esse valor seja ainda mais
mentos, a distribuição desses elementos entre as caixas, o arran- baixo, algo em torno de -6db.
jo, a timbragem, a maneira como tudo soa, etc. Após inúmeras
comparações, trabalhe a fim de chegar a um resultado final o mais 2. Como melhorar sua equalização
próximo possível de sua faixa de referência. Você já tem um bom entendimento sobre o que é equalização e
Aos poucos você irá aprender o que é um instrumento que soa como funcionam os equalizadores. Por isso, separamos algumas
bem ou mal. No início pode ser difícil, mas não desista. Muitas dicas práticas para aplicação em boa parte dos elementos que for-
vezes, quando estamos trabalhando em nossas primeiras faixas, mam a sua música. Essas dicas podem começar a ser exploradas
até gostamos de certas sonoridades que são consideradas de bai- por você em todos os seus projetos. Assim que um elemento novo
xa qualidade, mas isso não é o fim do mundo. Aos poucos você for inserido na música, procure já equalizá-lo a fim de melhorar
desenvolverá o feeling e o poder de percepção necessários para seu timbre e, principalmente, deixar espaço no espectro de
chegar a um resultado final com poder de absorção pelo mercado. frequências para que novos elementos possam ser inseridos sem
disputar por espaço na mix.
Separamos características gerais de cada um dos instrumentos
Produção Musical 28
separadas por faixas de frequências, ou seja, acentuando ou ate-
nuando essas frequências através de um equalizador, você terá
. 8 - 12kHz - Qualquer excesso de agudos pode ser retirado aqui.
Kick ..
região dos 6kHz para mais clareza.
100 - 250Hz - Traz o vocal mais para frente na mix.
A sensação de som abafado pode ser diminuída atenuando as
frequências próximas a 300hz. Tente acentuar um pouco a região ..250 - 800Hz - Sensação de abafamento.
1 - 6kHz - Traz presença.
.
entre 5kHz e 7kHz para trazer um pouco de definição e brilho.
50-100 Hz - Traz mais “chão” para o som. Um pouco de peso .6 - 8kHz - Clareza.
8 - 12kHz - Brilho.
.nos graves
100-250 Hz - Deixa o som mais “redondo”. Traz um pouco Piano
..
mais de presença. A sensação de abafamento pode ser reduzida atenuando
250-800 HZ - Zona de abafamento. Atenuação por aqui é boa ideia. frequências próximas a 300Hz. Traga mais clareza ao redor de
Snare (caixa) ..
é a sua função na música.
50 - 100 Hz - Traz um pouco mais de “chão”.
Se o som de sua caixa estiver pouco definido e sem graça, tente
acentuar as frequências entre 60 e 120Hz. Tente acentuar a re- ..100 - 250 Hz - Presença na mix.
250 Hz - 1 kHz - Zona de abafamento.
..
gião próxima dos 6 kHz para mais presença.
100-250Hz - Traz mais peso para o som.
6-8kHz - Traz presença.
..
1 - 6 kHz - Traz presença.
6 - 8 kHz - Clareza.
8 - 12 kHz - Excesso de agudos pode ser retirado aqui.
.
tuando um pouco a região dos 3kHz.
250 - 800Hz - Área de abafamento. Experimente atenuar es-
dos 300Hz é bem importante e poderá ser acentuada ou atenuada
dependendo da música. Subindo as frequências próximas de 3kHz
..
sas frequências.
1 - 6kHz - Traz presença.
você poderá trazer o instrumento mais para frente na mix e vice-
versa. Teste acentuar próximo à 6kHz para adicionar presença e
..
um pouco mais para cima a região dos 6kHz.
50 - 100Hz - Traz peso e corpo.
Strings (instrumentos de cordas - violino, cello, etc)
Depende muito dos instrumentos e sua função na mix. Seguem
.
co mais de presença. ..
100 - 250Hz - Deixa o som mais “redondo”. Também um pou- algumas linhas gerais.
50 - 100Hz - Presença nos graves.
.
250 - 800Hz - Zona de “abafamento”. Experimente atenuar
um pouco nessa área. .. 100 - 250Hz - Corpo.
250 - 800Hz - Área de abafamento.
.
800 - 1kHz - Faz com que o baixo apareça em caixas peque-
nas, como as de um computador, telefone ou televisão.
6 - 8kHz - Traz definição para os agudos, também um pouco de presença.
.. 1 - 6kHz - Deixa o som mais “arenoso”.
6 - 8kHz - Adiciona clareza
8 - 12kHz - Brilho.
Produção Musical 29
Violão cos, fazendo com que os elementos interajam melhor entre si.
Qualquer sensação de abafamento pode ser retirada entre 100 - Cuidado para não exagerar nos níveis de compressão nos gru-
300Hz. Teste alguns cortes entre 1 - 3 kHz. Teste acentuar próxi- pos, faça tudo com muita calma e analise bem o que você está
mo a 5kHz para trazer presença. fazendo. Níveis de compressão muito altos nos grupos podem fa-
zer com que você perca a dinâmica que foi construída entre os
Synths e efeitos níveis de volume desses elementos.
Esses elementos não possuem linhas gerais pois variam muito Uma prática muito comum para a compressão de grupos é a
sua função de música para música. O importante é definir sua área utilização de compressores multi-banda. Através deles você pode
de atuação na mix e tentar atenuar as frequências que não apare- diminuir a dinâmica dos graves, por exemplo, sem afetar a dinâmi-
cem tanto quando tocadas com os demais instrumentos da músi- ca das demais frequências. Isso pode ser interessante para utilizar
ca. High pass em todos os canais é fundamental. na percussão, nos baixos e, até mesmo, nos synths, Trazendo mais
corpo e presença para os graves e mantendo o movimento nos
3. Dicas de compressão médios e agudos, por exemplo.
Quando trabalhamos com compressão, afetamos diretamente o
sinal de áudio e sua dinâmica. Durante a realização deste proces- Compressão e distorção paralela no baixo
so em um ambiente analógico, contamos com a adição de textura Seu baixo nunca soa nas caixinhas do computador ou em caixas
ao som através do processamento do áudio dentro de circuitos pequenas? Existe uma maneira de tentar resolver esse problema.
eletrônicos alimentados por uma fonte. Normalmente esse proces- 1 - Abra uma compressão paralela (via canal de retorno, dupli-
so traz para o som um riqueza e textura muito especiais. cando o canal ou através do rack de efeitos).
Compressores analógicos custam caro e podem ser difíceis de ser 2 - Filtre o sinal que está entrando para deixar passar apenas as
adquiridos logo no início de seu processo de produção. Por isso é fun- frequências próximas de 300Hz (entre 250 e 400 está OK).
damental que você procure alternativas para fazer seu áudio soar tão 3 - Com o sinal filtrado, faça uma compressão bem exagerada
bem (vindo de um ambiente 100% virtual) quanto o áudio processado nessas frequências.
em equipamentos analógicos em um estúdio profissional. 4 - Agora nivele os volumes do canal que está sendo utilizado
Para que isso aconteça, é importante saber que cada compres- em paralelo (cuidado para não exagerar).
sor virtual possui uma “assinatura”, uma textura que é adicionada 5 - Observe o resultado. Se não lhe agradar, experimente trocar
ao som através do processamento de algorítmos durante o a compressão por distorção e veja o que acontece.
processamento digital do áudio.
A melhor maneira de se conseguir um som mais rico é através da 4. Noise reduction
utilização de diversos compressores de marcar diferentes. Procure Sabe aquele sample que caíria muito bem em sua track mas,
expandir seu banco de plugins VST para realizar essa tarefa com por algum motivo, há algum ruído que você gostaria de retirar?
sucesso. O processo é bem simples, vamos ver como funciona. Pode ser o barulho do ambiente onde o som foi captado ou alguma
Em primeiro lugar, não iremos utilizar o make up gain de qual- sobra de frequências indesejáveis. Normalmente isso acontecerá
quer compressor. Com seu primeiro compressor (pode ser aquele quando você for gravar algum instrumento e se deparar com uma
que você usa com maior frequência) determine o nível de com- gravação que captou algo na sala como um ar condicionado ou,
pressão que você quer atingir. Feito isso, observe o valor de gain ainda, o som do próprio ambiente em uma captação externa.
reduction (GR), ou seja, a quantidade de sinal que está sendo com- Pois então, existe uma maneira de “limpar” esse material e ela
primida. Faça uma anotação mental desse valor. se chama noise reduction. Utilizaremos o plugin X-Noise da Waves
Se nosso gain reduction foi de 6db, por exemplo, iremos distribuir para entender como isso funciona.
essa redução de ganho entre 3 compressores diferentes, cada um
comprimindo 2db. Ao final da cadeia de compressão, ao invés de utilizar
o make up gain ou o output dos compressores, adicionaremos um limiter
para compensar os 6db atenuados no processo. Dessa maneira estare-
mos utilizando a “assinatura” de 4 dispositivos ao invés de apenas um.
Lembre-se de utilizar parâmetros de ratio, attack e release pare-
cidos em todos os compressores. Esse processo, por si só, já trará
uma riqueza muito maior para o som.
Comprimindo em grupos
Adquira o costume de agrupar os elementos de um mesmo gru-
po (percussão, bass, synths, vocais, efeitos, etc.) e comprimí-los
no buss ou grupo. Isso trará uma “cola” especial para esses blo-
Produção Musical 30
O X-noise trabalha sobre a análise de frequências para detectar e deste plugin.
eliminar sons que não queremos em nossa mix mas que podem es- Clicando no botão difference você poderá isolar o som que está
tar no ambiente. É um dispositivo de processamento em tempo real, sendo removido. Isso serve para você poder identificar qualquer
ou seja, você poderá ouvir os resultados do processo imediatamen- exagero na redução de ruído pois, quando ouvindo esse sinal, você
te, conforme estiver trabalhando com a manipulação do sinal. deverá evitar que ele contenha som do instrumento que você de-
Para nosso exemplo, utilizaremos a captação do microfone de seja manter.
um notebook comum. Ela é a gravação de uma caixa (snare drum) O attack determina o intervalo de tempo entre a primeira detecção
porém há o ruído de uma TV fora do ar no ambiente. Esse é um do ruído até o ponto em que o mesmo será totalmente reduzido. O
exemplo extremo mas que pode ser muito parecido com inúmeras release faz o contrário, determina o tempo que o plugin levará para
aplicações práticas (principalmente se você está fazendo takes de parar a redução de ruído após ela ter atingido seu nível máximo.
instrumentos microfonados em um ambiente com pouco ou ne- Utilize esses parâmetros com cautela. Instrumentos com notas
nhum isolamento acústico). muito curtas podem exigir valores menores de attack e release e
Basicamente, o que faremos é dizer para o software qual é a vice-versa.
frequência que gostaríamos de atenuar trabalhando com alguns Os controles de high shelf não são um equalizador como pare-
controles simples. Para isso, daremos o play em um trecho da gra- cem, mas afetam diretamente o threshold nas frequências mais
vação que possua apenas o ruído que desejamos eliminar. En- altas. Isso pode ser utilizado para remover com maior ou menor
quanto este ruído estiver tocando, clicamos no botão Learn e, an- intensidade estas frequências. Ajustando o ganho você define se a
tes do instrumento começar a soar, clicamos novamente para fi- atenuação será maior ou menor a partir da frequência estipulada
carmos apenas com o perfil do ruído. Isso acontecerá, geralmen- no controle freq.
te, no início ou final da gravação, em alguns casos até mesmo no Os controles resolution determinam a qualidade final do
break de uma música. processamento. em High, você tem a melhor qualidade, porém,
Learn: fará com que o plugin identifique o ruído e suas frequências. também uma utilização maior de seu CPU.
O X-Noise chama isso de profile, ou seja, o perfil do ruído e suas
características. Isso é o que fará a distinção entre o ruído e o sinal 5 - Racks de tratamento de áudio
de áudio. Se combinados, os efeitos de equalização e compressão podem
A linha branca gerada no gráfico é a delineação do perfil do ruí- fazer uma diferença incrível na qualidade de suas músicas. A par-
do (profile). tir da utilização dos conceitos aprendidos na aula de hoje, come-
çaremos a criar nossos racks de tratamento de áudio.
Esses racks consistem simplesmente da sucessão de
equalizadores, compressores e um limiter no final. Eles irão servir
para começar a dar um toque mais polido para os elementos que
irão formar seu arranjo e, consequentemente, sua mix.
Lembre-se que o mais importante é afinar o ouvido e utilizar os
processos (principalmente de equalização e compressão) de manei-
ra consciente, ou seja, sabendo a qual resultado você quer chegar.
No início, você poderá seguir o seguinte esquema para se guiar
durante suas primeiras experimentações:
Aula 24 Timbragem
..
Objetivos
O que é timbragem
co de samples facilmente encontrado na internet.
Lembre-se de escolher timbres provenientes de samples com
.. Layering de instrumentos
Distorção
muito cuidado. Busque instrumentos que combinem entre si e es-
tejam com boa qualidade de gravação. Uma vez que você tenha
. Stereo enhancers
Dicas para experimentação
encontrado seus preferidos, salve-os na biblioteca do Ableton para
utilização no futuro.
1. O que é timbragem?
O timbre é a característica do som que nos permite distinguir a
origem de sons parecidos em sua frequência, volume e duração.
O lá central do piano, por exemplo, situa-se em 440hz. A mesma
frequência poderá ser tocada em um violino, flauta ou xilofone e,
mesmo assim, conseguimos distinguir a fonte sonora da nota que
está tocando. Isso é o timbre e somos programados para distinguir
esses timbres desde muito pequenos.
Estudos apontam que conseguimos ouvir e distinguir a voz de nos- A partir daí, você pode jogar novos instrumentos na área circula-
sos pais mesmo antes de nascermos, ainda no útero da mãe. Atra- da abaixo. Isso fará com que os novos instrumentos sejam dispa-
vés dessa habilidade é que conseguimos saber quem está falando rados pelas mesmas notas MIDI, criando novas camadas para
ao telefone ou quais são os instrumentos presentes em uma música. compor o timbre daquele determinado instrumento.
Pense em um baterista, ele regula a timbragem de seu instrumen-
tos esticando ou laceando as peles de sua bateria. Instrumentos li-
gados em amplificadores terão uma flexibilidade muito maior para
achar a timbragem desejada. Cada marca e, às vezes, cada modelo
de amplificadores, microfones, pedais de efeito têm um padrão dife-
rente de timbragem. Instrumentos virtuais e sintetizadores possuem
infinitas possibilidades de timbragem.
Você poderá trabalhar de duas maneiras: gerando o som atra-
vés de sintetizadores ou processando o som através de efeitos. Utilize pelo menos 3 camadas, de preferência cada uma com um
Experimente muito os conceitos vistos nas aulas de síntese, hoje pad de sintetizadores diferentes. Uma delas será a principal e deve
iremos focar em como processar o sinal de áudio a fim de conse- ficar centralizada no pan (C), as outras duas serão um pouco mais
guir um resultado satisfatório em nossas músicas, sons que pos- atmosféricas e ficarão cada uma deslocada para um lado na imagem
sam ser característicos de nossas produções e que outros terão estéreo (utilize valores intermediários como na figura a seguir).
que suar muito para copiá-los, já que eles não estarão em um ban-
Produção Musical 33
1 - Insira o Simple Delay do ableton no canal dos hats.
2 - Deslique o sync de ambos os delays (L e R)
3 - Encontre valores alternados para o lado L e R, mas que fi-
quem abaixo de 30ms.
3. Distorção
Distorção é um efeito que traz ao som uma textura “quente” e
“suja”. Esse tipo de efeito é muito utilizado no rock e pode ser pro-
duzido por amplificadores específicos e processadores de efeitos
como pedais de guitarra e inúmeros plugins VST.
Se utilizada de maneira consciente, a distorção pode trazer aquele
corpo que seu som precisa. Experimente processar os timbres da
sua música através da utilização de um plugin de distorção (o 6 - Através do botão drive, nivele o nível de distorção e do botão
ableton possui alguns como o Saturator). Se você não gostar, ex- tone, ajuste até chegar ao brilho desejado.
perimente fazer isso em paralelo. 7 - Insira um filtro HP e elimine o excesso dos graves (experi-
Uma aplicação bem prática e funcional é a distorção de guitar- mente diferentes valores de ressonância).
ras, leads e pads, trazendo uma cara muito mais evoluída para o Deixe um dispositivo de distroção em um de seus canais de return
som. As vezes é só utilizar um pouco de distorção no grupo que e lembre-se de sempre testar para ver se seus timbres ficariam bem
sua mix muda de cara imediatamente. com um pouco de distorção em paralelo. Você regula o nível de
Experimente utilizar o pacote GTR da Waves em seus timbres. processamento paralelo através dos controles de send para esses
Ele foi desenhado para trabalhar especialmente com guitarras e canais de return. Mas lembre-se, não encha sua música de distorção,
possui diversos amplificadores e pedais de efeitos. Se utilizados escolha alguns elementos importantes para processar dessa manei-
em outros timbres, o resultado costuma ser bem interessante, até ra. Limiters também podem ser utilizados para processar o áudio em
mesmo para camadas de vocais. paralelo, você pode experimentar a utilização de um limiter com
Uma aplicação super simples e com um resultado bem interes- threshold bem baixo, a fim de saturar o som. Quando você pensa em
sante é o processamentos dos hats através de delay e distorção. timbrar seus elementos, experimentação é a chave.
Produção Musical 34
Multi-filtros
No S1 Imager, nos concentraremos na manipulação de 3 parâmetros
.
principais: Width, Asymmetry e rotation.
Width: Controla a amplitude estéreo do som. Esse parâmetro
está diretamente relacionado com nossa percepção de profundi-
dade do som no ambiente. Teste diversos valores diferentes, cui-
dado para não deixar tudo extremamente aberto pois, quando você
distribui o som no estéreo da música, os elementos tendem a per-
der um pouco de seu peso. Uma dica para a manipulação do width
é imaginar que o ponto onde situa-se a marcação de -24dB seja a
cabine do DJ e o PA. A sua frente, o público e a pista. O gráfico
representará para onde você deseja que o som vá, como quer que
ele se distribua no espaço. Experimente abrir mais os elementos
de ambientação, efeitos, pads, etc. As vezes, kicks e hats também
podem soar bem se processados através de um stereo enhancer.
Reverbs
Os reverbs são fundamentais para a construção de nossas mú-
sicas. Experimente utilizar pelo menos 3, um em cada canal de
return. Cada um desses reverbs exigirá um certo tempo de estudo
sobre como manipular seus parâmetros. Procure deixar cada um
deles com um valor diferente de decay time e não esqueça de
.
o outro no pan com a profundidade previamente definida pelo Width.
Assymmetry: Serve para distribuir o som de maneia assimétrica
no pan. Este controle é muito interessante pois pode ser utilizado
mam funcionar bem para os elementos de bateria. Nunca esqueça
de navegar pelos presets dos efeitos, além de sempre salvar seus
próprios sempre que chegar a um bom resultado.