POP PRO 01-Manipulação de Estéreis Rev 004
POP PRO 01-Manipulação de Estéreis Rev 004
POP PRO 01-Manipulação de Estéreis Rev 004
no POP PRO 01
Manipulação de Estéreis em Área Limpa Revisão 004
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Elaborado por: Drª Regiane Ap. E. Santo, Revisado por: Drª Priscila Calil Aprovado por: Drº Marcelo Martins
Data: 24/02/2015 Rubrica: Data: 25/02/2015 Rubrica:
Data: 23/02/2015 Rubrica:
1. Objetivo
Estabelecer procedimento para higiene, conduta e etapas de manipulação de fórmulas estéreis, assim como seu
controle.
2. Responsabilidade
CQ PRO E
Farmacêutico Controle de Produção
s Qualidade Estéreis
3. Definições
3.1. Água WFI (Water for Injectable): É a água preparada por um processo de purificação, passando por um
filtro de osmose reversa, carvão ativado e filtro esterilizante que é superior a destilação, onde há remoção de
microrganismos e de agentes químicos. É específica para sanitização dos frascos, utensílios e preparação de
medicamentos estéreis.
3.2. Ampolas: ampola é um tubo de vidro, plástico ou metal, hermeticamente fechado terminado em ponta.
3.3. Antecâmaras: Sala classificada com gradiente de pressão maior que a área externa, mas menor que da
sala limpa, destinada a paramentação e assepsia das mãos.
3.4. Antisséptico: Substância ou produto capaz de inibir ou destruir os microorganismos. São preparações
contendo substâncias microbicidas ou microbiostáticas.
3.5. Área Limpa: Área na qual o suprimento e a distribuição do ar, sua filtragem, materiais de construção e
procedimentos de operação visam controlar as concentrações de partículas em suspensão no ar, atendendo aos
níveis de limpeza definidos pelo usuário.
3.6. Assepsia: Processo de lavagem das camadas superficiais da pele utilizando substâncias ou produtos
capazes de inibir ou destruir microorganismos.
3.7. Bio-indicador (BI): Carga microbiana embebida em um meio indicador de crescimento contendo esporos
Geobacillusstearothermophillus. O indicador é designado para o controle de Processos de Esterilização a
vapor saturado a temperatura de 120 a 134°C.
3.8. Botas: Cobertura inteiriça para os pés com fechamento acima do tornozelo, em tecido sintético não
descartável, que não solte fibras e estéril.
3.9. Capela de Exaustão: tem como funcionalidade a captação e filtração de partículas sólidas (pó), visando à
segurança do manipulador evitando a contaminação do ambiente.
3.10. Capelas de Fluxo Laminar (CFL): São equipamentos capazes de promover um fluxo de ar limpo. Elas
são equipadas com filtros muito eficientes, chamados filtros HEPA, que filtram o ar da sala até obter um
ambiente Classe ISO 5 (100 partículas/ pé cúbico), ou seja, no máximo 100 partículas maiores que 0,5 micra
por pé cúbico de ar, o que significa um ambiente 100 vezes mais limpo que a sala limpa.
3.11. Capuz: Cobertura inteiriça da cabeça e face, em tecido sintético não descartável que não solte fibras e
estéril deixando livre apenas a abertura para os olhos.
3.12. Chama Oxidante: é a chama resultante da mistura de acetileno com oxigênio, com um excesso de
oxigênio. Esta chama pode atingir uma temperatura de 3150°C. Apresenta duas zonas bem distintas: o cone e
o envoltório.
3.13. Chama Redutora: é a chama resultante da mistura de acetileno com oxigênio, com um excesso de
acetileno. Nesta chama, as três regiões apresentam-se bem distintas: cone, envoltório e o véu. O véu apresenta-
se muito brilhante e este brilho é devido a partículas de carbono incandescentes sob alta temperatura
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3.14. Desinfecção/sanitização: Operação na qual se previne a proliferação microbiológica ao aplicar um
agente desinfetante de maneira apropriada a superfícies e/ou objetos. Utilizamos como desinfetantes: Solução
de Ácido Peracético 0,6%®, Álcool 81ºGL e Solução de Virkon 1%, em alternância.
3.15. Embalagem para esterilização por calor úmido (Sispack®): Sacos com vedação adesiva, com uma
superfície de papel cirúrgico e outra de PVC.
3.16. Esterilização: Destruição ou eliminação total dos microorganismos.
3.17. EPI: Equipamento de proteção individual.
3.18. Gorro ou touca: Cobertura para a cabeça, provida de elástico nas bordas em material não tecido e
descartável.
3.19. Liofilização: também denominada criodesidratação ou criosecagem, é um processo de desidratação de
produtos, ocorre em condições especiais de pressão e temperatura, possibilitando que o solvente previamente
congelado passe ao estado gasoso, essa mudança ocorre por sublimação. A liofilização tem por objetivo
estabilizar os produtos.
3.20. Luvas para procedimento: Luvas descartáveis de látex, estéreis sem talco.
3.21. Macacão: Cobertura inteiriça para braços, pernas e tronco, em tecido sintético não descartável, que não
solte fibras e estéril.
3.22. Máscara descartável: Cobertura para o nariz e boca em material não tecido e descartável. Para
utilização na área limpa as máscaras deverão ser estéreis.
3.23. Ordem de Produção: A Ordem de produção é a solicitação de produção de determinado produto.
Contém todas as informações e especificações do produto e as instruções de produção para que o colaborador,
ao receber o documento, saiba exatamente o que deve ser feito.
3.24. Peso Padrão: São pesos utilizados para a realização de ajustes, calibração, aferição ou conferência.
Confeccionados em aço inoxidável, conforme recomendação R-111 da Organização Internacional de
Metrologia Legal e conforme portaria 233/94 publicada pelo INMETRO.
3.25. RNC: Registro de Não Conformidade
3.26. Sanitização: procedimento que envolve diferentes processos, visando obter o grau de higiene e limpeza
adequado.
3.27. Sublimação: é a mudança do estado sólido para o gasoso, sem passar pelo estado líquido
3.28. Tara: É uma função que zera qualquer valor considerado pela balança antes do início da pesagem.
4. Ordem de produção:
NOTA 1: O procedimento de inclusão e emissão da ordem de produção se encontram descritas no POP GQ
01.
4.1. Preenchimento do cabeçalho da Ordem de produção feito no sistema Formula Certa®:
4.1.1. Filial Prod.- Filial de Produção da Ordem de Manipulação;
4.1.2. Filial Dest. - Local onde será armazenado o produto;
4.1.3. Data da manipulação;
4.1.4. Nº Lote- Cada produção gera um nº de lote para Rastreabilidade da Formulação;
4.1.5. Fórmula - Fórmula a ser produzida;
4.1.6. Forma Farma - Forma Farmacêutica;
4.1.7. Quantidade
4.1.8. Código do produto acabado;
4.1.9. Validade;
4.1.10. Manipulador;
4.1.11. Composição: descreve todas as matérias-primas e materiais de acondicionamento com sua respectiva
quantidade e lote a serem utilizadas para produção desse lote, conforme figura 1
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4.1.12. A ordem de produção deve ser preenchida seguindo o POP GQ 01.
4.1.13. O farmacêutico deve realizar a conferência farmacêutica inicial, carimbar e assinar a ordem de
produção no campo conferência farmacêutica inicial.
Figura 1
4.2. Produção
4.2.1. Os produtos acabados têm a sua técnica de manipulação detalhada na ordem de produção que deve
conter:
4.2.2. Nome e a Forma farmacêutica;
4.2.3. Relação das substâncias que entram na composição da preparação e suas respectivas quantidades;
4.2.4. Quantidade a ser produzida no lote;
4.2.5. Data da preparação;
4.2.6. Prazo de validade;
4.2.7. Número de identificação do lote;
4.2.8. Número de lote de cada componente utilizado na formulação;
4.2.9. Registro devidamente assinado de todas as operações realizadas;
4.2.10. Registro dos controles realizados durante o processo;
4.2.11. Registro das precauções adotadas;
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Figura 2
Figura 3
4.3.3. São autorizados para entrada em área limpa os Farmacêuticos, auxiliares de farmácia devidamente
treinados e Prestadores de Serviços (previamente autorizados e com acompanhamento). Demais colaboradores
necessitam de autorização do farmacêutico responsável;
4.3.4. Portadores de doenças infecto-contagiosas NÃO estão autorizados a entrar em áreas limpas;
4.3.5. Canetas que entrarem na área limpa são de uso exclusivo e NUNCA poderá ser colocado sob o fluxo
laminar, papéis como registros e “Ordem de produção” serão preenchidos fora das capelas de fluxo laminar, e
colocados dentro de sacos plásticos, outros materiais não especificados necessitarão da autorização de um
Farmacêutico para entrar na área limpa. SOMENTE materiais estritamente necessários serão colocados
dentro da sala limpa com prévia limpeza e deverão entrar pelo PassThrough;
4.3.6. Não portar nenhum tipo de jóia ou adereço (relógio, anel, aliança, brinco, pulseira ou colar etc);
4.3.7. Não usar maquilagem, cosméticos ou perfume;
4.3.8. Não mascar balas, chicletes ou qualquer alimento;
4.3.9. Unhas curtas e limpas, sem esmaltes;
4.3.10. Além de todos os requisitos e procedimentos mencionados, o trabalho em área limpa requer que as
conversas sejam apenas o mínimo necessário, assim como os movimentos bruscos devem ser evitados, muita
atenção e concentração;
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Figura 4
4.4. Procedimento para entrada na área limpa
4.4.1. Colocar touca descartável cobrindo as orelhas e totalmente os cabelos e lavar as mãos na área de
Paramentação no piso inferior;
4.4.2. Calçar os pro - pés descartáveis, antes de entrar na área acesso à área limpa (piso superior) sanitizar as
mãos com álcool gel, que encontra se na porta do acesso a área limpa;
4.4.3. Separar o macacão descartável de TNT, a Paramentação, luva e máscara e escova de clorexidina 2%
que será utilizado que se encontram armazenados em armário próprio.
4.4.4. Entrar na antecâmara acionando o botão preto que permitirá a abertura da porta caso a porta interna
não esteja aberta. Caso a porta não abra esperar até que a porta interna seja fechada e a externa poderá ser
aberta. Com este dispositivo há o impedimento da abertura simultânea das portas, pois esta antecâmara serve
de barreira para entrada na área de pesagem, manipulação, envase, lavagem e esterilização.
4.4.5. Vestir o macacão descartável.
4.4.6. O macacão descartável será utilizado para diminuir a carga microbiana ao entrar na área limpa,
evitando o contato do macacão estéril com a roupa do colaborador e deve ser trocado pelo colaborador a cada
vez que o mesmo entrar na área limpa.
4.4.7. Fazer a lavagem e assepsia das mãos e Antebraços.
4.4.8. Registrar na Ordem de Produção.
4.5. Lavagem e Assepsia das Mãos e Antebraços
4.5.1. Abrir a embalagem e umedecer a escova de clorexidina 2% e as mãos com um pouco de água.
4.5.2. Juntar os dedos das mãos e esfregar a região das unhas, conforme figura 5, aproximadamente 10 vezes
com a escova no sentido de cima para baixo e com o lado das cerdas. Repetir a operação na outra mão.
4.5.3. Passar a escova entre os dedos da região menos crítica (lado de dentro) para a mais crítica(ponta dos
dedos) do polegar até o dedo mínimo, por no mínimo 10 vezes. Repetir a operação na outra mão.
4.5.4. Com os braços para cima esfregá-los com a escova em movimentos uniformes começando das mãos até
os antebraços.
4.5.5. Enxaguar as mãos e antebraços de modo que a água potável de enxágue escorra das mãos até os
antebraços e não escorra dos antebraços para as mãos.
4.5.6. Secar as mãos e antebraços no secador. Não tocar em nenhuma superfície e calçar as luvas sem talco.
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Figura 5
4.6. Paramentação para entrada na área limpa
4.6.1. Com as mãos lavadas e já realizada a assepsia, colocar a máscara estéril, calçar as luvas sem talco,
capuz estéril, macacão estéril e botas estéreis, conforme figura 6;
4.6.2. Iniciar a paramentação colocando o capuz estéril. Tocar somente do lado interno do capuz e colocá-lo
sobre a cabeça (com touca) e amarrá-lo para firmá-lo na cabeça.
4.6.3. Tocar o macacão pela gola e iniciar a paramentação abrindo o zíper.
4.6.4. Dobrar o macacão aberto, segurando-o pelo lado interno.
4.6.5. Segurar a manga do braço esquerdo na mão esquerda, e as manga do braço direito na mão direita.
4.6.6. Em seguida segurar a perna direita do macacão junto com a manga direita do braço e depois a perna
esquerda do macacão junto com a manga do braço esquerdo.
4.6.7. Iniciar a paramentação soltando primeiro a perna e depois a outra perna e vestir as mangas dos braços.
4.6.8. Ajustar o capuz dentro do macacão e fechar o zíper.
4.6.9. Colocar as botas estéreis e pisar do lado “limpo da sala”.
4.6.10. Ajustar as botas.
4.6.11. Entrar para a área de manipulação;
4.6.12. As trocas de uniformes devem ser registradas na ordem de produção.
4.6.13. O colaborador revisará o estado da vestimenta, certificando-se das boas condições para uso. Caso haja
algum defeito, será responsabilidade do usuário separar e notificar ao Farmacêutico para a devida reparação.
4.6.14. Todos os uniformes devem estar esterilizados e identificados. Os uniformes devem ser trocados a cada
sessão de manipulação, a fim de garantir a higiene. As trocas devem ser registradas nas ordens de produção
de cada lote.
4.6.15. O colaborador deve respeitar a barreira sujo/limpo constituída pelo banco, ou seja, no momento que
ele calçar a bota ele só poderá pisar com a mesma na barreira limpa.
4.6.16. Já com as luvas e paramentado, não se deve tocar paredes e porta. Para abrir a porta utilizar-se dos
cotovelos.
4.6.17. Os colaboradores que trabalham em área limpa tocarão unicamente com suas luvas a porta dos
PassThrough (entrada e saída), os materiais para manipulação (que já passaram por processo de assepsia de
materiais), produtos acabados, ordens de manipulação, registros e canetas que circularão na área limpa.
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Figura 6
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4.7. Calçamento e troca de luvas estéreis
4.7.1. Calçar a luva estéril ao entrar na área limpa e realizar procedimentos debaixo do fluxo laminar e ou
fazer pesagem de matérias-prima.
4.7.2. Abrir a embalagem de luvas estéreis e colocá-la sobre o balcão/bancada.
4.7.3. Calçar a luva descartável estéril tocando somente o lado interno da mesma
4.7.4. Realizar o calçamento colocando suas bordas sobre os punhos do macacão.
4.7.5. Na retirada das luvas, pegar com a mão direita na parte externa da luva da mão esquerda e retirá-la por
completo, mantendo-a segura na mão direita.
4.7.6. Com a mão esquerda retirar a luva da mão direita pela parte interna, mantendo a luva da mão esquerda
dentro da luva da mão direita.
4.7.7. Conforme Figura 7
Figura 7
4.7.8. O descarte das luvas deverá ser realizado em local apropriado, em um saco de lixo da cor branca, as
trocas de luvas durante o processo são registradas na ordem de produção.
4.7.9. As luvas estéreis deverão ser trocadas a cada 2 horas de trabalho de manipulação ou sempre que sua
integridade estiver comprometida. As trocas devem ser registradas nas ordens de produção de cada lote.
4.7.10. Quando necessário, realizar a assepsia das luvas com álcool 81°GL.
4.7.11. No item Paramentação e Assepsia de mãos e antebraços, os colaboradores irão assinar e preencher os
dados referentes aos EPI’s (data da esterilização (quando aplicáveis) e lote dos mesmos).
4.7.12. Máscara data de esterilização: Preencher com DD/MM/AA, de acordo com a data de esterilização.
Esta data sempre será igual ou anterior à data de manipulação;
4.7.13. Item Paramentação: preencher com DD/MM/AA, de acordo com data de esterilização. Esta data
sempre será igual ou anterior à data de manipulação;
4.7.14. Luva: Preencher o item lote, com o lote da luva;
4.7.15. Item validade: Preencher com a validade da luva em DD/MM/AA.
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Figura 8
Figura 9
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4.8.3. Deve ser usado rodo nº04, pano e balde nº04, exclusivos para área limpa. Os responsáveis pela limpeza
deverão usar a vestimenta de trabalho da área limpa e luvas para a execução da mesma.
4.8.4. Materiais utilizados para a limpeza das áreas limpas deverão ser guardados limpos e secos em local
apropriado.
4.8.5. Na área limpa NUNCA realizar movimentos circulares e sim de cima para baixo e de dentro para fora e
nunca aplicar o produto diretamente no pano, preparar uma solução no balde antes da aplicação. Não deixar
acumular lixo dentro da área limpa e no PassThrough.
4.8.6. Utilizamos oPassThrough para evitar contaminação microbiana durante o processo. Deve ser limpo
periodicamente (sempre antes e depois de ser utilizado), com movimentos unilaterais de dentro para fora, com
sanitizante adequado com pano que não desprenda partícula, tipo Wypall®.
4.8.7. Caso falte energia elétrica ou o sistema de ar seja desligado momentaneamente, será feita nova limpeza
no fluxo laminar. No caso do sistema de ar ser desligado, a limpeza do fluxo laminar será feita 30 minutos
após. Essa operação deve ser registrada na ordem de produção.
4.8.8. A limpeza será feita sempre passando o pano que não desprenda partícula, tipo Wypall ® embebido na
solução de limpeza em um único sentido, e sempre de cima para baixo, do mais limpo para o mais sujo, e do
fundo para a saída na sequência: primeiro teto, paredes, bancadas, pias, e o piso por último.
4.8.9. A temperatura e umidade marcadas no termohigrômetro de cada sala devem ser registradas na ordem de
produção;
4.8.10. Caso os valores estejam fora da especificação (temperatura de 15° a 30°C e umidade 35% a 65%)
tomar as medidas cabíveis de acordo com procedimento e orientação do farmacêutico.
Figura 10
4.8.11. Limpeza e Desinfecção da CFL e Verificação da Integridade do Filtro da CFL e Sala Limpa
4.8.12. Limpeza e desinfecção do interior da capela de fluxo laminar (CFL) ocorre de sexta-feira e sempre que
houver manipulação, antes e após o uso;
4.8.13. A limpeza e desinfecção serão realizadas antes do início das operações diárias e ao término das
manipulações e a verificação diária da integridade do filtro do fluxo laminar deve ser registrada na ordem de
produção;
4.8.14. A verificação consiste em examinar o filtro que deve estar íntegro, com a troca dentro do prazo de
validade;
4.8.15. Para a CFL horizontal, inicia-se a limpeza e desinfecção pela tela de cima com movimentos unilaterais
de dentro para fora, depois para laterais (cortina de plástico) com movimentos de cima para baixo, seguindo o
fluxo de ar, e por último a superfície de trabalho de dentro para fora;
4.8.16. Nunca promover aspersão de qualquer substância desinfetante na CFL, pois esta pode atingir os filtros
HEPA e danificá-los;
4.8.17. Em caso de derramamento de algum medicamento na superfície ou nas paredes da CFL,limpar
primeiro com água WFI, eliminando por completo todo o resíduo do medicamento e após sanitizar com álcool
81°GL.
4.8.18. Limpeza e desinfecção semanal do interior da CFL:
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4.8.19. Uma vez por semana, ao final do expediente, serão completamente retiradas as cortinas das CFL
horizontal que deverá ser desinfetado com movimentos horizontais, de dentro para fora, especialmente as
arestas, com pano que não desprenda partícula, tipo Wypall® embebido em álcool 81°GL;
4.8.20. A cortina deverá ser lavada uma vez ao mês ou sempre que necessário;
4.8.21. Os registros dessa limpeza e desinfecção serão feitos na ordem de produção;
4.8.22. O sistema de purificação do ar pelo fluxo laminar é validado por empresa terceirizada de 6 em 6 meses
e o registro fica no armário da Garantia da Qualidade;
4.8.23. Deve haver esterilização e despirogenização dos frascos e utensílios que serão utilizados na
manipulação. O processo de esterilização e despirogenização devem ser registrados na ordem de produção. Os
utensílios podem ser esterilizados enquanto a sala é higienizada.
Figura 11
NOTA 2: Os recipientes adquiridos e destinados ao envase dos produtos manipulados devem ser atóxicos,
compatíveis físico-quimicamente com a composição do seu conteúdo e devem manter a qualidade e
estabilidade dos mesmos durante o seu armazenamento e transporte, de acordo com as suas especificações.
Figura 12
4.11. Aferição de Balanças
4.11.1. O usuário da balança deve verificar o estado de limpeza da balança, se necessário limpe-a antes de
iniciar a verificação;
4.11.2. A freqüência de aferição das balanças deve ser antes da utilização e registrada na ordem de produção;
4.11.3. A freqüência estabelecida para a verificação deve ser seguida rigorosamente, lembrando que, a mesma
deve ocorrer antes de qualquer utilização da balança.
4.11.4. Ligue a balança no mínimo trinta minutos antes de iniciar a verificação;
4.11.5. Certifique-se que a balança está nivelada. Caso necessário ajuste o nível (Figura 13) girando os
parafusos frontais de nivelamento (pés da balança) que apóiam a balança na bancada. Gire os parafusos de
forma a trazer a bolha do indicador de nível para o centro do círculo vermelho no painel da balança.
Figura 13
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4.11.6. Separe o peso padrão a serem utilizados, conforme especificado, verificando sempre a data de validade
da calibração por empresa terceirizada;
4.11.7. A calibração do peso padrão é realizada conforme a validade do certificado, por empresa terceirizada
certificada pela RBC (Rede Brasileira de Calibração);
4.11.8. O peso padrão deve ser manuseado sempre de forma delicada, o colaborador deverá estar utilizando
luvas limpas, retirá-lo cuidadosamente da caixa e limpa-lo com pano seco ou papel toalha macia e descartável.
4.11.9. Inicie a aferição do equipamento com o peso específico
4.11.10. Esvazie o recipiente de pesagem do equipamento;
4.11.11. Efetue a tara da balança, verifique se no display está indicando “0” (zero);
4.11.12. Se o valor indicado no display estiver diferente de “0” (zero), desligue a balança e ligue-a novamente
para verificar se a mesma estabiliza-se nesta posição.
4.11.13. Comunique ao Farmacêutico que tomará as disposições cabíveis;
4.11.14. Coloque o peso padrão no centro do recipiente de pesagem da balança;
4.11.15. Anote o valor indicado na ordem de produção;
4.11.16. Caso o valor indicado no display da balança esteja acima ou abaixo do peso admissível (Critério de
Aceitação), retire o peso do recipiente de pesagem e efetue a tara da balança novamente;
Figura 14
4.12.4. Ligar a balança, aguardar 30min e logo após aferir a balança conforme descrito neste procedimento.
4.12.5. Ligar a capela de exaustão conforme descrito no procedimento.
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4.12.6. O Colaborador pesa as matérias-primas separadamente em papel manteiga (+ ou- 20cm x 20cm)
vincar nas duas diagonais, de forma que fique da seguinte maneira:
Figura 15
4.12.14. As matérias-primas seguem dentro de cada saquinho com a ordem de produção para a sala de
manipulação, através do PassTrought de saída da sala de pesagem, a sala esta classificada ISO CLASSE 100
(ISO7) de acordo com relatório emitido durante a qualificação da área limpa, através de PassThrough,
sanitizado com alternância de sanitizante de acordo com registro em ordem de produção;
4.12.15. A balança deve ser limpa ao final do processo de pesagem.
4.13. Manipulação
4.13.1. No item Manipulação, o colaborador da área limpa deve verificar a limpeza e organização da sala, a
ausência de utensílios e materiais estranhos ao processo, deve preencher a hora e a data inicial e final da
manipulação, na ordem de produção;
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Figura 16
4.13.2. O colaborador deve verificar quanto de água será utilizada para preparar o produto que está em linha,
separar a quantidade de bolsas de água estéril WFI aprovadas conforme laudo de análise interna e externo,
sanitizá-las com álcool 81ºGL, colocá-las no PassThrough que dá acesso à sala de manipulação e envase,
sanitizado com alternância de sanitizante de acordo com registro em ordem de produção;
4.13.3. A água para injetáveis (WFI) é obtida de fornecedor qualificado.
4.13.4. O Colaborador deve aquecer QS de água WFI em um béquer a 40ºC (para a manipulação de
papaverina, atropina e fentolamina) utilizando um termômetro calibrado para aferir a temperatura, após total
solubilização das matérias-prima, homogeneizar com um bastão de vidro esterilizado – PARA A
MANIPULAÇÃO DE PROSTAGLANDINA NÃO SE DEVE AQUECER A ÁGUA. Se houver prostaglandina na
formulação incorporá-la na solução após ter colocado o restante da água WFI e certificar-se que a solução
está completamente fria, após homogeneizar com bastão de vidro medir o volume final em proveta graduada
devidamente calibrada e encaminhar para filtração.
Figura 17
4.14.7. Limpeza da Placa Aquecedora:
4.14.8. Verificar se a placa está desligada e fria;
4.14.9. Desconectar o plug do aparelho da tomada de energia;
4.14.10. Passar pano de limpeza descartável umedecido com água potável para remover sujidades, com
movimentos unilaterais;
4.14.11. Passar pano de limpeza umedecido com o sanitizante específico, conforme registrado na ordem de
produção;
4.14.12. A limpeza do equipamento realizada antes do uso do mesmo e deve ser registrada na ordem de
produção.
Figura 18
4.16. pHmetro
4.16.1. A determinação potenciométrica do pH, é feita pela medida da diferença de potencial entre dois
eletrodos adequados, imersos na solução em análise. Um destes eletrodos é sensível aos íons Hidrogênio e o
outro é o eletrodo de referência de potencial constante;
4.16.2. O eletrodo do pHmetro deve ficar submergido em solução de Cloreto de Potássio 3M;
4.16.3. Na troca de solução o eletrodo do pHmetro deve ser limpo com água purificada com o auxílio da
pisseta e papel macio;
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4.16.4. Considerar a especificação de pH descrita na monografia/ordem de produção do produto;
4.16.5. Os valores obtidos da análise devem ser registrados, considerando duas casas decimais após a vírgula.
Figura19
Bomba a vácuo
Vacuômetro
Mangueira de silicone
Frasco tipo Schott esterilizado
Seringa Estéril 60ml
Filtros esterilizantes (Millex / Steritop)
4.17.2. Após verificação dos itens, o colaborador deve preencher os campos de data inicial e horário inicial da
filtração na ordem de produção;
4.17.3 Embaixo do Fluxo Laminar FLUX – 01, retirar a seringa da embalagem estéril;
4.17.4. Retirar da embalagem estéril o filtro Millex esterilizante 0,22micras;
4.17.5. Aspirar a solução com a seringa, e encaixar no filtro esterilizante 0,22micras;
4.17.6. Realizar o procedimento até que toda a solução seja filtrada;
4.17.7. Após a primeira filtração com o filtro Millex-GP Syringe Filter Unit, 0.22 µm, polyethersulfone,
33 mm, gamma sterilized, deve-se filtrar a solução novamente com o filtro esterilizando Steritop;
4.17.8.Encaixar o filtro esterilizante 0,22micras com o frasco tipo Schott previamente esterilizados girando em
sentido horário, até o encaixe total;
4.17.9. Conectar umas das extremidades da mangueira de silicones sanitizada com álcool 81% junto à bomba
de vácuo e a outra extremidade conectar junto ao filtro esterilizante de 0,22micras, adquirido da empresa
Millipore, empresa certificada que garante a qualidade de seus produtos através do sistema ISO 9001:2000;
4.17.10. Ligar a bomba vácua até atingir a pressão de 3.0 kgf. indicada no vacuômetro da bomba vácuo;
4.17.11. Iniciar a filtração, despejando a solução a ser filtrada;
4.17.12. Finalizar a filtração, desligar a bomba a vácuo, desconectar a mangueira do filtro esterilizante;
4.17.13. Levar o conjunto do filtro esterilizante e frasco Schott até o fluxo laminar;
4.17.14. Antes de entrar no fluxo desconectar o sistema;
4.17.15. Colocar o frasco tipo Schott com a solução embaixo do fluxo laminar aguardando o envase;
4.17.16. Fazer o descarte do filtro esterilizante 0,22 micra em saco de lixo branco;
4.17.17. Registrar a data e o horário do término da filtração, na ordem de produção.
Figura 20
Doc. no POP PRO 01
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Figura 21
4.17.18 Teste de Ponto de Bolha
4.17.18.1 O teste de Ponto de Bolha consiste em se molhar o filtro com líquido conveniente (água para filtros
hidrofílicos e mistura de álcool e água para filtros hidrofóbicos) e aplicar uma pressão de gás (ar comprimido)
suficiente para expulsar o líquido de dentro dos maiores poros da membrana. Ao atingir esta pressão, o gás
que está pressurizando a membrana molhada consegue atravessá-la e pode ser visualizado na saída do
filtrado. Esta pressão é chamada de pressão de “Ponto de Bolha” e deve ser maior que a pressão de Ponto de
Bolha mínima especificada pelo fabricante do filtro, que por sua vez deve comprovar a correlação do valor
mínimo de pressão de Ponto de Bolha com a retenção microbiológica, para garantir um grau de retenção
esterilizante para cada lote de fabricação do elemento filtrante, realizar teste conforme figura 22:
Figura 22
4.18. Envase
4.18.1. No item envase, o colaborador da área limpa deve verificar a limpeza e organização da sala, a
ausência de utensílios e materiais estranhos ao processo;
4.18.2. O envase do frasco-ampola é realizado embaixo de fluxo qualificado FLUX-01;
4.18.3. O envase da ampola é realizado embaixo do fluxo qualificado FLUX-02;
4.18.4. O envase é realizado em frascos-ampolas e/ou ampolas, lavados, esterilizados e despirogenizados em
estufa qualificada EST-03.
4.18.5. O envase do frasco-ampola é realizado com o equipamento Dispensette® calibrado, o colaborador
deve selecionar o volume que será envasado no equipamento, colocar o volume sempre verificando a
especificação da ordem de produção (volume solicitado de acordo com a farmacopéia brasileira 5ª edição),
Doc. no POP PRO 01
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encaixar o Dispensette® no frasco Schott, realizar a aferição do volume com proveta calibrada e registrar na
ordem de produção (volume envasado);
4.18.6. O envase das ampolas é realizado pela máquina envasadora de ampolas. O colaborador deve
selecionar o volume que será envasado no equipamento, colocar o volume sempre verificando a especificação
da ordem de produção (volume solicitado de acordo com a farmacopéia brasileira 5ª edição)e realizar a
aferição com proveta calibrada e registrar na ordem de produção(volume envasado);
Figura 23
Figura 24
4.19.2. O colaborador deve movimentar a válvula do Dispensette ® para cima e para baixo para retirar a
solução do frasco Schott filtrada para uma proveta para aferir o volume, após a primeira dispensação,
descartar o volume, pegar o frasco-ampola estéril com uma mão e com a outra fazer o movimento para cima e
para baixo.
4.19.3. O colaborador deve fazer o envase de todos os frascos e colocar a tampa butílica (autoclavada), com o
auxílio da pinça estéril, devidamente esterilizada;
Doc. no POP PRO 01
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Figura 25
4.19.4. O colaborador deve colocar os frascos-ampola um a um, cuidadosamente em uma bandeja, retirando-a
do FLUX-01;
4.19.5. O Colaborador deve se direcionar para a bancada de apoio, onde deve colocar a tampa Flip-off e
iniciar a recravagem dos frascos.
4.20. Recravagem
4.20.1. Verificar o tamanho do copo a ser utilizado na recravadeira (pequeno (1 a 6ml) e grande (7 a 10ml) e
ligar a recravadeira a 220 Volts;
4.20.2. O colaborador deve encaixar o frasco na recravadeira;
4.20.3. O frasco fará um giro de 360º;
4.20.4. Retirar o frasco após o giro;
4.20.5. Verificar a eficácia do fechamento;
4.20.6. Recolocar o frasco recravado na bandeja de inox;
4.20.7. Após a recravagem de todos os frascos o colaborador deve verificar na ordem de produção, se o
produto final deve ser autoclavado.
Figura 26
4.20.8. Se houver, retirar os frascos da bandeja de inox e colocar na autoclave;
4.20.9. Se não houver, colocar os frascos em uma bandeja de plástico junto com a ordem de produção no
PassThrough de saída de materiais da área e o farmacêutico seguirá todas as etapas do POP CQ 01Retém,
Análise e Descarte de Produtos Acabados;
Figura 27
Figura 28
4.21.4. As partes metálicas, como copos, suporte para o cilindro, as seringas e agulhas, devem ser esterilizadas
na EST 03 à 220o C por 2 horas.
Figura 29
4.21.5. Após a limpeza, ligar a máquina de ampolas na tomada de acordo com a sua voltagem, 220 Volts.
4.21.6. Realizar a montagem da máquina;
4.21.7.Encaixar os copos para ampolas de acordo com o tamanho da ampola que será utilizada no envase,
colocar os copos encima dos encaixes e rosqueá-los no sentido horário até que fiquem bem fixos;
4.21.8.Realizar a montagem das seringas;
4.21.9. Primeiramente montar a seringa: Uma parte da mangueira cortada do tamanho da ponta da seringa, e
encaixar na seringa, fazendo com que a ponta fique protegida no momento do envase e não aconteça a quebra
da seringa.
4.21.10. Após encaixar essa ponta com a mangueira na parte de metal e encaixá-la no suporte do cilindro e
fechar com os parafusos;
4.21.11. Para montagem do suporte do êmbolo, deve-se abri-lo, encaixar o êmbolo, colocar a junta de
proteção, e fechar o suporte;
4.21.12. Encaixar o êmbolo dentro da seringa, e colocá-lo na máquina;
4.21.13. Segue abaixo passo a passo na Figura30 e 31 de como proceder:
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Figura 30
Figura 31
4.21.14. Este procedimento deve ser realizado nas duas seringas;
4.21.15. Conectar a mangueira mais grossa no frasco Shott com a solução a ser envasada, passar a mangueira
pelo lado direito da máquina seguindo o percurso marcado até o bico de extração;
4.21.16. A mangueira mais fina é conectada na parte da saída da solução da seringa e passa pelo lado
esquerdo da máquina seguindo percurso até a agulha.
Figura 32
4.21.17. Colocar a solução já manipulada e filtrada, para a realização do acerto da quantidade que deverá ser
injetada na ampola, de acordo com a ordem de produção, baseada nos excessos mínimos descritos na
Farmacopéia Brasileira 5a Edição.
4.21.18. Ligar a máquina para que o líquido passe pela mangueira e chegue até a seringa, quando o líquido
chegar até a seringa, desligar a máquina;
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4.21.19. Soltar a alavanca que fica na parte de cima da máquina envasadora de ampolas entre as seringas;
Figura 33
4.21.20. Colocar a máquina no modo automático;
Figura 34
4.21.21. Ligar novamente a máquina e retirar o ar de dentro das seringas, empurrando o carrinho onde ficam
as seringas para frente e para trás seguindo o movimento automático que a própria máquina realiza;
4.21.22. Após retirar todo o ar, desligar a máquina, colocar no modo 0 da máquina e travar a alavanca;
4.21.23. Deixar uma folga na seringa de 2 mL, para que quando a máquina começar a funcionar o êmbolo não
entre em contato com o cilindro promovendo a quebra da seringa.
4.21.24. Na parte superior da máquina existe uma peça chamada ajustador de gotas (figura 35), essa peça
ajustar a quantidade que deverá ser injetada na ampola, na ponta dela um parafuso, com ele ajustamos a
quantidade a ser envasada;
4.21.25. Para aumentar o volume gira-se o parafuso no sentido horário;
4.21.26. Para diminuir o volume girar-se o parafuso no sentido anti-horário.
4.21.27. Após regular o envase fazer a aferição do volume utilizando uma proveta calibrada e registrar na
ordem de produção (volume envasado);
Figura 35
4.21.28. Após a retirada do ar e conferência do volume, ajustar a agulha para que ela esteja de acordo com a
ampola;
4.21.29. A agulha não pode ficar imersa na solução envasada e nem acima da marca verde na ampola
(vibrac);
4.21.30. Colocar a máquina no modo manual, conforme figura abaixo:
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Figura 36
4.22.Existem dois botões na máquina que ligam o maçarico, um botão vermelho que liga o gás, e um botão
azul que liga o oxigênio.
4.22.1. Para ascender o maçarico vira-se o botão vermelho devagar para o sentido anti-horário, ascender a
chama cuidadosamente com um isqueiro, primeiro o maçarico do lado direito e depois do lado esquerdo,
quando estiver uma chama alta alaranjada (Chama Oxidante), abrir o botão azul também devagar para o
sentido anti-horário, até a chama ficar com um azul constante (Chama Redutora);
4.22.2. Caso a chama esteja alaranjada diminuir a quantidade de gás, virando o botão vermelho no sentido
horário.
4.22.3. Proceder um teste de fechamento com 4 ampolas para verificar o fechamento.
Figura 37
4.22.4. Montar o captador de cacos, para que a ponta da ampola possa sair do cata cacos para um refratário
que deve estar abaixo do captador para os cacos sejam descartados após o processo de envase;
Figura 38
4.22.5. Montar as bandejas que dão apoio as ampolas que serão utilizadas e a bandeja que servirá de apoio
para a coleta das ampolas prontas retiradas da máquina envasadora de ampolas.
Figura 39
4.22.6. Após o envase de todas as ampolas o colaborador deve verificar na ordem de produção, se o produto
final deve ser autoclavado.
4.22.7. Se houver, retirar as ampolas da bandeja de inox e colocar na autoclave;
Doc. no POP PRO 01
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4.22.8. Se não houver, colocar as ampolas em uma bandeja de plástico junto com a ordem de produção no
PassThrough de saída de materiais da área e o farmacêutico seguirá todas as etapas do POP CQ 01Retém,
Análise e Descarte de Produtos Acabados.
NOTA 4: Os conjuntos da maquina de ampolas são destinados para cada produto, são separados kits
identificando o produto que será produzido, as mangueiras são desprezadas após o termino de cada
produção, e são separadas e autoclavadas novas mangueiras antes da próxima utilização.
4.23. Autoclave
4.23.1. A autoclave realiza esterilização por calor úmido;
4.23.2. Verificar sempre o nível da água que deve estar acima da resistência;
4.23.3. Verificar sempre a pressão, que nunca deve estar acima de 1,5 kgf;
4.23.4. Nunca abrir a autoclave com pressão interna;
4.23.5. Quando fechar a tampa procure apertar os manípulos cruzadamente;
4.23.6. As únicas peças que podem ser repostas na autoclave são: a chave seletora, manômetro, manípulos,
contrapeso (conjunto), borracha de vedação e resistências;
4.23.7. A limpeza do equipamento deve ser registrada na ordem de produção.
4.23.8. Operação da Autoclave QUIMIS
4.23.9. Ligar o cabo bifásico a uma chave com fusíveis verificando antes a voltagem na placa do aparelho;
4.23.10. Abrir a tampa e colocar água purificada na caldeira até cobrir o descanso no cesto, em seguida
introduzir o material a ser esterilizado, fechar a tampa, apertando bem e por igual os manípulos;
4.23.11. Abrir o registro e ligar a chave elétrica no calor máximo verificando antes que não falte água para
evitar a queima do aparelho;
4.23.12. Aguardar a saída de vapor no bico do registro e em seguida fechá-lo;
4.23.13. Atingida a pressão de trabalho, passar a chave elétrica em calor “médio” para manter a pressão;
4.23.14. Terminando o tempo de esterilização desligar a chave elétrica, abrir o registro, esperar o manômetro
voltar a 0 (ZERO) em seguida abrir a tampa;
4.23.15. Deslocar o contrapeso para frente ou para trás de maneira a estabilizar a pressão desejada até o
limite de 1-1/2 /atm;
Figura 40
4.23.16. Autoclavagem
4.23.16.1. O colaborador deve autoclavar (quando aplicável) os frascos e/ou ampolas na autoclave AUT-01 ou
AUT-02;
4.23.16.2. O colaborador deve retirar os frascos da bandeja de inox;
4.23.16.3. Acondicionar os frascos e/ou ampolas no cesto da autoclave AUT- 01 ou AUT-02;
Doc. no POP PRO 01
Manipulação de Estéreis em Área Limpa Revisão 004
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4.23.16.4. Colocar o bio indicador e respeitando a posição mediana no cesto;
4.23.16.5. Fechar a tampa da autoclave e verificar se a válvula superior está fechada;
4.23.16.6. Verificar na ordem de produção o tempo e temperatura de autoclavação do lote produzido;
4.23.16.7. Ligar a autoclave, esperar que ela alcance a temperatura desejada;
4.23.16.8. Contar o tempo de esterilização a partir do momento que a autoclave alcançou a temperatura
desejada;
4.23.16.9. Concluído o tempo de esterilização, desligar a autoclave e abrir a válvula para retirar o vapor
interno;
4.23.16.10. Após toda a vazão do vapor, abrir a autoclave e esperar os frascos e/ou ampolas esfriarem
naturalmente.
4.23.16.11. Após o resfriamento dos frascos e/ou, acondicioná-los em uma bandeja, juntamente com a ordem
de produção e colocá-los no PassThrough de saída de materiais da área;
4.23.16.12. Os frascos recém produzidos são armazenados em prateleira na sala de quarentena e etiquetados
como QUARENTENA, aguardando revisão.
4.23.16.13. O colaborador deve anotar o tempo de autoclavação, temperatura e deve preencher também a hora
e a data inicial e final da esterilização, além da limpeza;
4.23.16.14.Para controle de processo o colaborador deve utilizar bio indicador que após o período de
incubação a fita do bio indicador será colada na ordem.
Figura 41
Luz Indicativa
Esporos do de Equipamento
Geobacillusstearotherm Ligado
ophilus impregnados em
tira de papel
Figura 42
Figura 43
Figura 44
4.27.3. Caso o valor obtido não esteja correto, repetir o ensaio no mínimo mais duas vezes com outros frascos
para obter contra provas. Se confirmada a não conformidade, o Farmacêutico deve abrir um RNC REG GQ
24, a fim de identificar e sanar o problema ocorrido. Identificar o lote produto acabado estéril com a etiqueta
REPROVADO, no sistema Fórmula Certa® identificá-lo com REJEITADO, retira-lo da área de quarentena e
colocará o lote reprovado no armário de reprovados trancado por chave localizado no laboratório de Controle
de Qualidade, colocará no sistema Alternate® Fórmula Certa como rejeitado, o lote será destruído e
descartado em barrica fornecida pela Ambicamp conforme POP GQ 04 e o produto é incinerado seguindo o
PGRRS.
Figura 45
4.28. Liofilização:
4.28.1. Ligar o Ultrafreezer na tomada de acordo com sua voltagem, 220 Volts;
4.28.2. Aguardar 30 minutos para estabilizar a temperatura;
4.28.3. O Ultrafreezer possui média de temperatura de -30 a -50ºC a temperatura ambiente, e está programado
a manter a temperatura a -40ºC;
4.28.4. Ele possui uma variação padrão de 2ºC;
4.28.5. O controle da temperatura é feito pelo display localizado na parte superior do ultrafreezer
4.28.6. A estabilidade da temperatura depende da quantidade de material dentro do ultrafreezer e do tempo.
Doc. no POP PRO 01
Manipulação de Estéreis em Área Limpa Revisão 004
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4.28.7. O produto estéril já manipulado, quando for destinado a liofilização deve receber as tampas butílicas
para liofilização (Figura 45), essas não deverão ser completamente vedadas, apenas encaixadas, para que
ocorra o processo de liofilização;
Figura 46
4.28.8. Os produtos já com a tampa butílica devem ser colocados na bandeja do liofilizador cruzadamente e
distribuídos homogeneamente;
4.28.9. As bandejas devem ser distribuídas de maneira homogênea dentro do freezer com temperatura -40ºC
por 24 horas para que ocorra o congelamento completo;
4.28.10. Após o período de 24horas, ligar o liofilizador;
Figura 47
4.28.11. Ligar o plug do liofilizador na tomada respeitando sua voltagem, 220 Volts;
4.28.12. No painel apertar o botão de ligar o liofilizador ;
4.28.13. Aguardar 30min. A estabilização do aparelho;
4.28.14. Apertar o botão função selecionar CONDENSADOR, apertar o botão OK ;
4.28.15. Quando aparecer no painel CONDENSADOR OK, retirar a campânula do liofilizador;
4.28.16. Colocar os produtos do ultrafreezer dentro do liofilizador e distribuí-los de maneira homogênea de
baixo para cima;
4.28.17. Quando retirar os produtos do ultrafreezer, para acomodá-los no liofilizador, seja o mais rápido
possível a fim de evitar ganho de temperatura durante as transferências, evitando que haja o inicio do processo
de descongelamento.
4.28.18. Esse processo não pode demorar mais que 30 a 40 segundos para acomodar todas as plataformas
dentro da câmara de secagem.
4.28.19. Após colocar os produtos fechar a campânula apertar o botão função após apertar o botão vácuo
e apertar OK ;
Figura 48
4.28.21. Após as 24horas, apertar no painel de controle o botão função , após o botão lacrar ;
4.28.22. A função lacrar fechará todas as butílicas dos produtos, vedando-os completamente;
4.28.23. O resultado final é um produto com estrutura porosa e livre de umidade, capaz de ser reconstituída
pela simples adição de água.
4.28.24. Toda operação deve ser registrada na ordem de produção;
4.28.25. Colocar os frascos em uma bandeja de plástico junto com a ordem de produção no PassThrough de
saída de materiais da área e o farmacêutico seguirá todas as etapas do POP CQ 01Retém, Análise e Descarte
de Produtos Acabados;
Figura 49
Figura 50
4.30. Inspeção Visual de produtos estéreis
NOTA 5: A revisão visual é realizada lote a lote, com inspeção de 100% do lote no processo de inspeção
visual preto no branco (método Ecrã). Todo funcionário que faz a revisão é submetido a exame visual uma
vez ao ano. A revisão deve ser registrada na ordem de produção.
4.30.1. Frascos-Ampola e/ou Ampolas
4.30.1.1. Colocá-los em contraste com o plano preto;
4.30.1.2. Observar atentamente se existem quaisquer partículas claras nas ampolas e frascos-ampola;
4.30.1.3. Repetir o processo no plano branco e observar atentamente se existe quaisquer partículas escuras nas
ampolas e/ou frascos-ampola;
4.30.1.4. Caso seja encontrada alguma alteração, fragilidade, vazamento ou outro desvio de qualidade o
produto deve ser descartado;
4.30.1.5. Caso a integridade esteja de acordo, esta pode ser liberada para rotulagem;
4.30.1.6. O responsável pela revisão óptica deve passar por exame oftalmológico periodicamente(uma vez por
ano);
4.30.1.7. A cada 45 minutos trabalhados o colaborador deve descansar 15 minutos, visando à segurança da
inspeção e a saúde do colaborador;
4.30.1.8. Tudo deve ser registrado na ordem de produção.
Figura 51
5. Documentos Relacionados
POP CQ 01
POP CQ 02
DAD GQ 02
POP GQ 01
REG GQ 15
6. Histórico de Alterações
DATA REVISÃO DESCRIÇÃO DAS ALTERAÇÕES
10/08/2012 000 Unificação dos procedimentos relacionados à Produção de Estéreis:
POP PRO 01 Conduta de Entrada e Permanência em Área
Limpa
POP PRO 02 Paramentação para entrada em Áreas limpas
POP PRO 03 Calçamento e Troca de Luvas Estéreis
POP PRO 04 Manipulação de Produtos Estéreis
POP PRO 05 Limpeza, Desinfecção e Inspeção de Materiais
em Área Limpa
POP PRO 06 Inspeção Visual de Produtos Estéreis
POP PRO 07 Sanitização e esterilização Frasco-Ampola
POP PRO 09 Limpeza e Desinfecção da CFL e Verificação da
Integridade do Filtro da CFL e Sala Limpa
POP PRO 13 Falta de energia Elétrica em Sala Limpa
POP PRO 21 Produtos Semi-Acabados
POP PRO 29 Esterilização de Uniformes e Utensílios
Utilizando Autoclave
POP PRO 30 Operação e Limpeza de Autoclave
POP PRO 31 Operação e Limpeza de Estufa
POP GQ 11 Lavagem e Assepsia das Mãos e Antebraço
POP GQ 16 Balança Analítica e Semi-Analítica
POP GQ 17 Utilização de Peso Padrão
POP GQ 29 Operação e Limpeza do pHmêtro
POP GQ 35 Preenchimento de Ordem de Produção
POP GQ 38 Aferição de Balanças
POP GQ 39 Operação e Limpeza da Capela de Exaustão
POP GQ 41 Preenchimento do Registro de Limpeza de
Equipamentos
POP GQ 43 Operação e Limpeza da Placa Aquecedora
POP GQ 46 Monitoramento da autoclave com Bio Indicador
Inclusão dos Registros
Doc. no POP PRO 01
Manipulação de Estéreis em Área Limpa Revisão 004
Página 36 de 37
REG PRO 02 Limpeza e aferição de Balanças
REG PRO 07 Registro de Limpeza e Calibração do pHmetro
REG PRO 05 Registro de Limpeza de Equipamentos
REG PRO 06 Registro de Teste com Bioindicador
REG PRO 01 Registro de Limpeza e Desinfecção da CFL e
Verificação da Integridade do Filtro da CFL
REG PRO 04 Registro de troca de luvas
REG PRO 03 Registro de troca de uniformes
REG PRO 11 Registro de Controle de Temperatura da Estufa
REG PRO 12 Relatório de Descanso Revisores
Menção dosPOPs
POP PRO 04 Limpeza e Rodízio de Saneantes
POP CQ 02 Amostragem da Água para as Análises e Critérios
de Aceitação
7. Referências
Resolução ANVISA / RDC 67 – 08/10/2007
Resolução ANVISA / RDC 87 – 24/11/2008
Resolução ANVISA / RDC 44 – 26/10/2010
Ferreira A.O., Brandão M. - Guia Prático da Farmácia Magistral, Vol. 1 e Vol.2 – 3a edição – 2008 –
Ed. Pharmabooks
Farmacopeia dos Estados Unidos Mexicanos 7° edição
Resolução ANVISA/RDC 17 – 16/04/2010- Anexo- Tabela 2 e 3
Farmacopéia Brasileira 5ª edição – Volume 1 – página 61 e páginas 319 a 327