Curso Pós Op

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CURSO PROTOCOLO TERAPÊUTICO PARA PÓS-

OPERATÓRIO DE CIRURGIAS DA CABEÇA E PESCOÇO


FGA. CLÁUDIA BELÉM
CRFA. 8 – 8535
SISTEMA LINFÁTICO
AULA 01
SISTEMA LINFÁTICO

 Faz parte do Sist. Circulatório junto com o sistema cardiovascular.


 É uma via acessória pela qual o líquido intersticial e moléculas de proteína
podem fluir dos espaços intersticiais para o sangue.
 Tem 04 funções:
 REABSORÇÃO capilares
 FILTRAGEM gânglios
 DEVOLUÇÃO ductos
 IMUNIDADE
SISTEMA LINFÁTICO

 TODO ESSE PROCESSO É PERMEADO POR ÁGUA!


 A água só muda de nome a medida que muda de local!
 VASOS SANGUÍNEOS – PLASMA
 ESPAÇO INTERSTICIAL – LÍQ. INTERSTICIAL
 VASOS LINFÁTICOS – LINFA
SISTEMA LINFÁTICO – ANATOMIA DO SIST. VASCULAR LINFÁTICO
 O SVL é um componente do Sistema Linfático, do qual também fazem parte
outros órgãos linfáticos (timo, baço, tonsilas palatinas, etc.).
 As principais funções dos vasos linfáticos são drenagem e transporte do líquido
tissular e das substâncias nele contidas para a circulação sanguínea venosa.
 A pesar de os vasos linfáticos apesentarem um trajeto paralelo ao das veias, os
Sist.Vasc. Linfático e Sist.Vasc. Sanguíneo se diferenciam em alguns pontos
importantes:
 Ausência de circulação fechada;
 Ausência de “Bomba central”;
 Não existe trajeto vascular contínuo.

NO TRANSPORTE DA LINFA TAMBÉM EXISITEM MECANISMOS AUXILIARES COMO: RESPIRAÇÃO, BOMBA


MUSCULAR E ARTICULAR!
SISTEMA LINFÁTICO – ANATOMIA DO SIST. VASCULAR LINFÁTICO

 O SVL se divide em 04 trechos que se diferenciam pelo tamanho dos vasos por sua função:
 OS CAPILARES LINFÁTICOS: Servem para drenagem do líquido tissular;
 OS COLETORES E TRONCOS LINFÁTICOS: São vasos de transporte ativo;
 PRÉ COLETORES: Posição funcionalmente intermediária entre os capilares e coletores.
SISTEMA LINFÁTICO – ANATOMIA DO SIST. VASCULAR LINFÁTICO
 CAPILARES LINFÁTICOS (VASOS INICIAIS)
 Revestem todo o corpo como uma rede vascular desprovida de válvulas no interior
dos vasos.
 Têm diâmetro maior que os dos capilares sanguíneos.
 Composto de células endoteliais, membrana basal e filamentos de ancoragem.
 Escamas móveis que possibilitam o influxo do liquido tissular.
 PRÉ-COLETORES
 Estão ligados aos capilares linfáticos e fazem a intermediação entre os
Capilares e coletores.

Movimentos do corpo, por exemplo, uma pressão decorrente de contração


muscular ou uma manobra de DLM são suficientes para deixar a linfa fluir dos
capilares linfáticos para os pré-coletores.
SISTEMA LINFÁTICO – ANATOMIA DO SIST. VASCULAR LINFÁTICO

 COLETORES
 São os verdadeiros vasos de transporte de linfa.
 Possui válvulas em suas paredes internas assim como os vasos venosos.
 As válvulas funcionam de modo completamente passivo e impedem o refluxo da linfa e garantem um fluxo linfático
em direção ao centro.
 O trecho entre as duas válvulas é chamado linfangion.
 Dividem-se entre superficiais, profundos e viscerais.
SISTEMA LINFÁTICO – ANATOMIA DO SIST. VASCULAR LINFÁTICO

 COLETORES
 SUPERFICIAIS:
 Situam-se no tecido adiposo subcutâneo e drenam a pele e a hipoderme.
 Cada coletor tem um trajeto relativamente reto e e estão interligados por meio de numerosos ramos de anastomose. Por
isso, quando um coletor é interrompido, a linfa pode ser facilmente conduzida para outro vaso linfático, impedindo assim
uma estase (edema).
 PROFUNDOS:
 Das extremidades e do tronco, situados dentro da fáscia. Drenam os músculos,
articulações e ligamentos correspondentes.
 VISCERAIS:
 Em geral apresentam um trajeto paralelo ao das artérias dos órgãos correspondentes.
SISTEMA LINFÁTICO – ANATOMIA DO SIST. VASCULAR LINFÁTICO

 TRONCOS LINFÁTICOS
 São os maiores vasos linfáticos.
 Esses vasos linfáticos centrais recebem a linfa dos órgãos internos,
das extremidades e das porções correspondentes do tronco.
 Os troncos linfáticos unem-se formando os DUCTOS
LINFÁTICOS (DIREITO E TORÁCICO).
SISTEMA LINFÁTICO – ANATOMIA DO SIST. VASCULAR LINFÁTICO

 DUCTO TORÁCICO
 Recebe a linfa proveniente :
 MMII;
 Hemitronco, pescoço, cabeça do
lado esquerdo;
 MMSS esquerdo.
SISTEMA LINFÁTICO – ANATOMIA DO SIST. VASCULAR LINFÁTICO

 LINFONODOS E REGIÕES LINFÁTICAS:


 Características de um linfonodo:
 É considerado de fato um órgão, com suprimento sanguíneo e nervos
próprios;
 Formato de feijão;
 2 a 30mm de comprimento;
 Cápsula firme de tecido conjuntivo;
 Rede celular interna semelhante a um filtro.
 Os linfonodos atuam como estações de filtração.
 Normalmente não são palpáveis.
 Tem mais vias linfáticas aferentes que eferentes.
SISTEMA LINFÁTICO – ANATOMIA DO SIST. VASCULAR LINFÁTICO

Drenagem para um dos troncos linfáticos

 REGIÕES LINFÁTICAS:
 Cada nódulo linfático é responsável pela linfa de uma determinada Linfonodo
região. coletor para as
regiões I e II
 Essa região é chamada Região Tributária.
 A linfa de várias regiões flui, finalmente para linfonodos
suprarregionais, os linfonodos coletores. Linfonodo
regional

Região I Região II
FATORES QUE POTENCIALIZAM O SISTEMA

A linfa move-se lentamente e Exercício


sob baixa pressão.
bomba linfática muito ativa = aumentando o
fluxo linfático por 10 a 30x

Para fluir depende de forças


externas e internas do organismo:

 Contração muscular
 Gravidade
 Movimento de partes do corpo
 Massagem
 Pulsações arteriais próximas aos vasos
 Movimentos respiratórios
 Compressão dos tecidos por objetos por fora do corpo
ANASTOMOSES LINFÁTICAS

 Segundo Foldi. & Foldi, 2006; Herpertz, 2006:


 As anastomoses linfáticas são ligações linfogênicas que, em situações em que ocorram deficiência ou obstrução
no fluxo linfático, podem tornar-se importantes desvios no caminho da linfa.
 Há importantes anastomoses nos vasos iniciais, e devido à ausência de válvulas, a linfa pode fluir na direção
contrária ao habitual, facilitando seu direcionamento para os locais de absorção mais próximos em casos de
comprometimento linfático.
LINFONODOS DA CABEÇA E PESCOÇO
SISTEMA LINFÁTICO – ANATOMIA DO SIST. VASCULAR LINFÁTICO
 GRUPOS DE LINFONODOS E SUAS REGIÕES TRIBUTÁRIAS DA CABEÇA E PESCOÇO:

Linfonodos Regiões Tributárias


SUBMENTONIANOS Região do queixo e lábio inferior (porção mediana), ponta da língua, e porções
situados sob o queixo (mento) anteriores da mucosa do assoalho da boca, dentes incisivos inferiores e a gengiva
correspondente.
SUBMANDIBULARES Dentes restantes e gengiva, corpo lingual e assoalho da boca com as glândulas
Situados abaixo da mandíbula salivares ali situadas, palato; pele e mucosas dos lábios e bochechas; nariz, “região
das orelhas”, terço medial da pálpebra e da conjuntiva.
OCCIPITAIS Região posterior da cabeça e porção superior da nuca; musculatura da nuca
Região posterior da cabeça (também podem aumentar de tamanho com inflamação das tonsilas).
RETROAURICULARES Superfície posterior do pavilhão auricular, pele sobre a glândula mastoide (em
Situados atrás das orelhas parte, também as células mastoides); pele na região do vértice (“região de
colocação dos fones de ouvido”).
PRÉ-AURICULARES Superfície anterior do pavilhão auricular, pele da região da testa e das têmporas,
Situados na frente da orelha porção externa das pálpebras e das conjuntivas.
SISTEMA LINFÁTICO – ANATOMIA DO SIST. VASCULAR LINFÁTICO
 GRUPOS DE LINFONODOS E SUAS REGIÕES TRIBUTÁRIAS DA CABEÇA E PESCOÇO:

Linfonodos Regiões Tributárias


PAROTÍDEOS Conduto auditivo externo e cavidade timpânica, glândula parótida, ligações com os
Da glândula parótida linfonodos pré e retroauriculares.
CERVICAIS SUPERIORES Aferências de todos os linfonodos da cabeça e pescoço; existem linfonodos
(LATERAIS E ANTERIORES) cervicais superficiais e linfonodos cervicais profundos.
Linfonodos cervicais (externos
e anteriores)
SUPRACLAVICULARES Linfonodos coletores para toda a região do pescoço e da cabeça; cíngulo do
CERVICAIS INFERIORES membro superior acima das clavículas e da articulação acromioclavicular, porções
(“grande estação central” ou craniais das glândulas mamárias; tireoide, partes da traqueia e do esôfago.
“terminus”, segundo Vodder)
linfonodos situados acima da Nessa região, por meio de ligações transversais com os troncos linfáticos que
clavícula ou linfonodos cervicais desembocam no ângulo venoso, é possível o assentamento de metástases
inferiores provenientes de “órgãos distantes”, por exemplo, na região supraclavicular
esquerda decorrente de câncer de estômago.
LINFONODOS E REGIÕES TRIBUTÁRIAS DA CP

Linfonodos pré-auriculares
Linfonodos retroauriculares
Linfonodos
occipitais Linfonodos submandibulares

Linfonodos submentonianos

Linfonodos
concomitantes do
nervo acessório Linfonodos cervicais superiores

Ângulo venoso

Linfonodos
supraclaviculares
LINFONODOS CERVICAIS PROFUNDOS E SEUS NÍVEIS

 Também chamados de anterolaterais do pescoço, são


didaticamente divididos em seis níveis, I a VI, onde os níveis I, II
e V apresentam subdivisão em A e B:
 I): submentonianos (IA) e submandibulares (IB);
 II): jugulares superiores ( IIA e IIB separados pela passagem do
nervo acessório – NA);
 III): jugulares médios;
 IV): jugulares inferiores;
 V): espinhais acessórios (VA) e transversais cervicais e
supraclaviculares (VB);
 VI): pré-traqueais.
 VII): extensão da cadeia de linfonodos paratraqueais inferiores a
fúrcula esternal.
NÍVEIS LINFONODAIS
FLUXO LINFÁTICO DA CABEÇA E PESCOÇO

SUPERFÍCIE

F
L
 Através de todos esses linfonodos, o fluxo linfático U
X
direciona-se da superfície para a profundidade , da região O
superior para a inferior do pescoço e cada subgrupo
anatômico de linfonodos atua drenando um local específico
PROFUNDIDADE
da cabeça e do pescoço. SUPERIOR

 Considerando que a maioria das lesões cancerígenas F


L
primárias dessa região metastatiza nos linfonodos cervicais, é U
X
possível, por tanto, identificar um sítio primário tumoral O
relacionando-o com o subgrupo linfático.

INFERIOR
 PADRÕES DE DRENAGEM: Metástases linfonodais em CP acontecem de forma previsível e sequencial
para determinados níveis linfonodais de acordo com o sitio primário.
ESVAZIAMENTO CERVICAL – CLASSIFICAÇÃO

 Esvaziamento Cervical Radical (ECR): Remoção dos grupos linfáticos dos Níveis de I a V incluindo a VJI,
NA e ECM;
 Esvaziamento Cervical Radical Modificado (ECRM): Remoção dos Níveis de I a V preservando uma ou
mais estruturas não linfáticas
 tipo I - preserva NA
 tipo II – preserva NA, ECM
 tipo III - NA, ECM, VJI

ECR
ESVAZIAMENTO CERVICAL – CLASSIFICAÇÃO

 Esvaziamento Cervical Seletivo (ECS): Preservação de um ou mais Níveis linfonodais, sendo que os níveis removidos
são baseados nos padrões de metástases relacionadas ao sítio primário.
 Supraomo - I - III
 Supraomo extendido - I- IV
 Lateral - II - IV
 Central - VI
 Posterolateral - II-V + suboccipital
TIPOS DE INCISÃO:

 I - III  II- IV  I-V


COMPLICAÇÕES:

 Lesão do NA (síndrome do ombro caído);


 Lesão do N. Hipoglosso (paralisia hemilíngua);
 Lesão do N. Vago ( paralisia laríngea e faríngea);
 Lesão Nervo Marginal da Mandíbula;
 Lesão do Ducto Torácico ( fístula linfática);
 Infecção;
Pós-operatório – O que
precisamos saber?
AULA 02
Entendendo sobre Cicatrização

• REPARO TECIDUAL:
• Os processos de regeneração e reparo tecidual ocorrem logo após
o início da lesão.
• Após um ferimento na pele, diversos eventos são iniciados a fim
de se removerem detritos e microrganismos do leito da ferida,
uma vez que a função de barreira da pele foi perdida e se faz
necessária a restauração da sua integralidade.
• O resultado desse processo de cicatrização é um tecido cicatricial
que mimetiza a pele.
Entendendo sobre Cicatrização

• CONCEITOS:
• CICATRIZAÇÃO: Fenômeno pelo qual se garantem a restauração e
fechamento de uma lesão, de um ferimento ou da perda de substâncias
dos tecidos.
• CICATRIZ: Resultado inevitável da lesão.
• Marca depois da cura de um ferimento.
• A cicatrização da pele é multifatorial, compreendendo fatores
neurogênicos, imunes e endócrinos.

• Didaticamente pode-se dividi-la nos seguintes estágios/ fases:


inflamatória, proliferativa e de maturação.
Entendendo sobre Cicatrização

• FASES:
• INFLAMATÓRIA: Começa logo após a hemostasia ser alcançada, e o
objetivo principal dessa fase é eliminar patógenos e corpos estranhos
do leito da ferida.
• Duração de 72h em média;
• Fase aguda (inicial): 24 a 48h alterações vasculares;
• Fase subaguda (tardia) + de 48h síntese e deposição de colágeno;
• Macrófago – célula dominante nessa fase, produzindo vários fatores, dentre eles,
fibroblastos, estímulo à angiogênese e à fibroplastia.
Entendendo sobre Cicatrização

• FASES:
• CICATRIZAÇÃO:
• Proliferação – Dura de 10 a 17 dias após a lesão. É o momento de
reepitelização. É a fase de pico da atividade fibroblástica.
Angiogênese.
• Remodelação – Pode durar meses. Há a deposição de fibras colágenas.
FORMAÇÃO DE CICATRIZES

• CICATRIZAÇÃO NORMAL:
• A formação de cicatrizes marca o início da
última fase da cicatrização, a fase de
maturação.
• O reparo de feridas/cicatrização resulta no
fechamento da ferida pela substituição do
tecido original por uma cicatriz.
• A medida que a cicatrização avança, a
matriz de colágeno se forma, fibras
densamente compactadas preenchem o
leito da ferida.
• Considerada normotrófica
FORMAÇÃO DE CICATRIZES

• CICATRIZAÇÃO PATOLÓGICA:
• Atrófica: Cicatrizes que se fecham mas produzem pouco
tecido conjuntivo ou a degradação das fibras colágenas
“supera” a produção.
• Apresentam-se com espessura fina, aspecto opaco,
“quebradiço”.
FORMAÇÃO DE CICATRIZES

• CICATRIZAÇÃO PATOLÓGICA:
• Hipertrófica: Ocorre quando o colágeno é produzido em
quantidade normal, mas a sua organização é inadequada,
oferecendo aspecto não harmônico.

A cicatriz respeita o limite


anatômico da pele (dentro do
limite da incisão).
FORMAÇÃO DE CICATRIZES

• CICATRIZAÇÃO PATOLÓGICA:
• Quelóide: É decorrente da contínua produção de colágeno jovem devido a
ausência de fatores inibitórios. Elevação tumoral. oferecendo aspecto
não harmônico.
FORMAÇÃO DE CICATRIZES
RETALHOS CUTÂNEOS
Retalhos cutâneos

• Muito utilizado em cirurgia de CP, os retalhos podem ser utilizados para


cobrir áreas cruentas, estruturas nobres expostas e mais comumente para
reconstruir a forma corporal (c. plásticas).
• Retalho cutâneo é uma porção de pele e tela subcutânea transferida de uma
parte para outra do corpo, mantendo um elo vascular que é denominado
pedículo.
Retalhos cutâneos - composição

CORPO
PEDÍCULO

EXTREMIDADES
Retalhos cutâneos

• Retalhos Simples
• Constituídos por um só tecido
• Retalhos Compostos
• Constituídos por mais de um tecido

• Uma das grandes preocupações que o cirurgião tem no pós-operatório é a


viabilidade destes retalhos, a qual depende de vários fatores, entre os quais:
• Tamanho
• Irrigação sanguínea do retalho
Retalhos cutâneos

• O conhecimento do retalho é de suma importância ao profissional que atua


no pós-operatório, pois as cirurgias de maior porte geralmente envolvem
reconstruções com retalhos.
Retalhos em CCP

• TIPOS: LOCAIS PELE DA ÁREA DOADORA ≈≈≈ PELE A SER RECONSTRUÍDA


Retalhos em CCP

• TIPOS: REGIONAIS ÁREAS ANATÔMICAS DIFERENTES


Retalhos em CCP

• TIPOS: DISTANTES OU MICROCIRÚRGICOS


Retalhos – Revascularização

• SANGUÍNEA:
• TRÊS FATORES OCORREM
• 1. ABSORÇÃO DO PLASMA
• Inicia-se na área receptora a formação de líquido de aspecto plasmático, que
é absorvido pelo retalho formando uma malha de fibrina que serve para
fixação frágil e nutrição por embebidação.
• Nesse estágio, não existe circulação e o retalho torna-se edemaciado.
Retalhos – Revascularização

• SANGUÍNEA: TRÊS FATORES OCORREM


• 1. ABSORÇÃO DO PLASMA
• Inicia-se na área receptora a formação de líquido de aspecto plasmático, que é
absorvido pelo retalho formando uma malha de fibrina que serve para fixação frágil
e nutrição por embebidação.
• Nesse estágio, não existe circulação e o retalho torna-se edemaciado.

• 2. INOSCULAÇÃO DE VASOS SANGUÍNEOS


• Entre 24 e 48 horas surgem, na camada de fibrina, pequenos capilares que
comunicam as duas superfícies
• A aderência do retalho se dá por uma fina malha de fibrina em 96 horas o número de
vasos corresponde à metade do normal.
Retalhos – Revascularização

• SANGUÍNEA: TRÊS FATORES OCORREM


• 3. FORMAÇÃO DE NOVOS VASOS
• Ao redor do 4º ou 5º dia ocorre o restabelecimento do fluxo sanguíneo
• Verifica-se a penetração de novos capilares
• Acredita-se que os vasos de pequeno calibre do retalho se anastomosam com
os vasos calibrosos do leito, e vice-versa e que alguns vasos do retalho
degeneram e desaparecem
Retalhos – Revascularização

• Considera-se que, após 21 dias, a área


receptora já é capaz de nutrir adequadamente o
retalho.

• Esse processo têm-se início logo após o trauma


cirúrgico.

• Intensifica-se mais durante o 4° e 5° dia.

• A revascularização estará completa e refeita em


3 semanas.
Retalhos – Revascularização

• VASCULARIZAÇÃO LINFÁTICA:
Retalhos – Revascularização

• REVASCULARIZAÇÃO LINFÁTICA:

- A partir do primeiro dia visualiza-se a rede linfática


vazia nos retalhos

- No segundo dia inicia-se a passagem do líquido


intersticial, para o interior dos vasos

- Entre o quarto e o sétimo dia observa-se a intensa


anastomose entre os vasos linfáticos do leito receptor
e do retalho.
PSILLAKIS et al. 1969
ADERÊNCIA DO RETALHO

• A aderência do retalho se dá por uma fina malha de fibrina.

• Esta malha de fibrina é infiltrada por fibroblastos que transformam a adesão


tênue em uma conexão definitiva por tecido fibroso.
• No 4º dia de pós-operatório, têm-se uma aderência que permite o manuseio
da área.
McGREGOR, 1995.
PÓS-OPERTÓRIO:
Intercorrências e complicações
Conceitos importantes
INTERCORRÊNCIAS

• NORMAIS: Edema, dor, equimoses, hipoestesia e cicatriz.

• INTERCORRÊNCIAS: Inerentes ao procedimento ( passíveis de tratamento).


• Complicações: Perdas sanguíneas, hematomas, seroma, deiscências de
cicatriz, infecções, etc.
SEROMA

• A formação de seroma é uma complicação pós-


operatória que tem riscos bem variados, sendo
relatado em até 50% dos procedimentos cirúrgicos.
• É definido como uma coleção de fluidos no tecido
subcutâneo localizado próximo à incisão cirúrgica.

• Observado entre o 10º e 20º PO, mais comumente após cirurgias que levam grande
descolamento da pele e mobilização de tecido subcutâneo.
• O trauma cirúrgico pode resultar em ruptura do sistema linfático, criação de espaço
morto entre os tecidos e acúmulo de exudato persistente decorrente do andamento da
inflamação.
SEROMA

• Para o diagnóstico, a US é um dos melhores métodos


não invasivos para identificar a formação de seroma.
• Também pode ser identificado no exame clínico
visual da região suspeita observando-se acúmulo de
líquido, vermelhidão e aumento de temperatura.
Case courtesy of Dr Garth Kruger, Radiopaedia.org,

• Volumes de seroma superiores a 20ml podem ser rID: 18781

detectados clinicamente.
SEROMA

• O tratamento frequentemente é feito em ambulatório com aspiração ou


punção por agulha fina.
SEROMA

• O tratamento frequentemente é feito em ambulatório com aspiração ou


punção por agulha fina.
• A melhor alternativa continua sendo a prevenção como o uso de drenos.

Penrose
Portovac
SEROMA

• Dentre as alternativas não cirúrgicas de prevenção, enfatiza-se a importância


de minimizar o espaço morto imediatamente após o fechamento da incisão
cirúrgica e durante e durante as semanas seguintes no pós-operatório gerando
uma compressão adequada nos tecidos e otimizar a imobilização do retalho.
• Ex. curativos compressivos, talas e taping.
Alterações de Sensibilidade

• Grandes traumas e extensas lesões teciduais são percebidos após um


procedimento cirúrgico comprometendo muitas vezes tanto o tecido lesionado
como tecidos adjacentes.
• Na maior parte desses procedimentos, descolamentos e afastamento de
bordos incisionais são importantes, assim como elevado tempo cirúrgico,
potencializando ainda mais intercorrências como as alterações de
sensibilidade, seja de maneira transitória ou permanente.
• As neuropatias pós-cirúrgicas geralmente são atribuídas a fatores mecânicos,
como compressão, alongamento, contusão ou transecção, porém mecanismos
inflamatórios, como diminuição da vascularização no nervo ou até mesmo sua
isquemia, podem levar a alterações de sensibilidade na região inervada
correspondente.
Paralisia Facial Periférica

• A paralisia facial pós-operatória compreende um espectro de lesões variando


de fraqueza leve e temporária à paralisia grave e permanente;
• Afeta um grupo muscular ou toda a hemiface.
Paralisia Facial Periférica

• Tão importante quanto as lesões do nervo facial, outro fator a avaliar são as
cicatrizes após procedimentos cirúrgicos. O mecanismo de cicatrização de
feridas é complexo. As condições mecanofisiológicas mudam durante o processo
de cicatrização, resultando em cicatrizes desfigurantes.
Equimoses e hematomas

• EQUIMOSE: Trauma da microcirculação onde


há rompimento de vasos subcutâneos e
consequente extravasamento de hemácias
que se infiltram na malha tecidual
superficial.

• HEMATOMA: Acontece por lesões de


estruturas vasculares maiores, onde há
acúmulo de sangue em uma determinada
região, causando dor e edema. Precisa ser
tratado com urgência para não haver
necrose.
Deiscência da sutura

• Reabertura parcial ou total de qualquer camada da ferida cirúrgica.


• CAUSAS:
• Alergia ao material (micropore);
• Inflamação local;
• Tração excessiva da pele( ponto de tensão na união das incisões);
• Edema (seroma em excesso);
LINFEDEMA
AULA 03
LINFEDEMA

 DEFINIÇÃO: Também chamado de Edema Linfático, caracteriza-se


pelo acúmulo excessivo e persistente de fluidos e proteínas nos
espaços intersticiais pela incompetência do sistema linfático.

 O linfedema é uma condição crônica, grave e progressiva que


pode ser decorrente de alterações congênitas dos vasos
linfáticos (linfedema primário) ou adquiridas, como traumas,
lesões, linfadenectomias, ou enfermidades infecciosas e crônicas
(linfedema secundário).
LINFEDEMA E ALTERAÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO
NA CABEÇA E PESCOÇO

 Dentre os fatores que podem influenciar no surgimento do linfedema,


podemos listar:
 Esvaziamento cervical;
 Infecções pós-operatórias;
 Obesidade;
 Atraso da cicatrização;
 Imobilização;
 Radioterapia;
 Falta de conscientização dos cuidados pós-operatórios.
A CIRURGIA PARA O CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO
COMO CAUSA DE LINFEDEMA

A maioria dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço chegam


para tratamento já com a doença em estágio avançado com
comprometimento em linfonodos regionais em 46% dos casos.
Sendo assim, o Esvaziamento cervical, eletivo ou terapêutico, está
incluído no tratamento oncológico desses pacientes.
 Início gradual – 7 a 10 dias PO
 Edema + fibrose tecidual
 ~3 meses
 sensação peso ou aperto
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS RELACIONADAS À DRENAGEM
LINFÁTICA APÓS ESVAZIAMENTO CERVICAL

 A ressecção completa ou incompleta do tecido linfático durante o EC pode ocasionar


prejuízos na drenagem linfática, assim como a radioterapia realizada em pacientes com
CCP ou recorrência de doença, predispondo o paciente ao edema na região do pescoço,
que quando severo, pode ser suficiente para provocar obstrução respiratória e causar
disfagia.
( Dunlop, 2003; Chung et al., 2009; Chen et al., 2010).
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS RELACIONADAS À DRENAGEM
LINFÁTICA APÓS ESVAZIAMENTO CERVICAL

 O edema pós-cirúrgico pode reduzir dentro de dias ou semanas enquanto o edema


resultante do rompimento da drenagem linfática e vascular pode permanecer e demorar
meses para desaparecer.
 A quimioterapia pode também precipitar o entumecimento tecidual, inflamação e
irritação, dor e reações na pele que podem persistir após o tratamento.
( Murphy et al., 2007)
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS RELACIONADAS À DRENAGEM
LINFÁTICA APÓS ESVAZIAMENTO CERVICAL

 Após o EC o edema é um processo imediato e localizado, ocorrendo, por consequência da


obstrução da drenagem venosa e linfática por ligadura dos vasos no procedimento ou
por compressão mecânica produzida por hematomas, que pode apresentar duas fases e
manifestações distintas.
( Sá, 1989)

 Incialmente, há um desequilíbrio entre a filtragem e a evacuação pelo aumento do aporte


de líquido filtrado. Assim, os tecidos se enchem de líquido e a pressão intersticial
aumenta, havendo distensão da pele.
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS RELACIONADAS À DRENAGEM
LINFÁTICA APÓS ESVAZIAMENTO CERVICAL

 Posteriormente, quando a rede de evacuação é insuficiente, devido à ressecção dos


linfonodos, o edema se instala e se organiza, predispondo a formação de um tecido
fibroso (linfedema).
EDEMA PÓS-CIRÚRGICO DE CP
 Vários estudos apontam o edema de como uma das complicações mais comuns no pós-
operatório de câncer de cabeça e pescoço.

Foi observada incidência das seguintes


complicações:
edema de face (20,6%), pneumonia
(11,8%); broncoaspiração (5,9%),
insuficiência respiratória aguda (5,9%),
deiscência da ferida operatória externa
(5,9%), fístula (5,9%) e derrame pleural
(2,9%)
EDEMA em CCP
Este estudo teve como objetivo examinar a
prevalência, localização e gravidade do
linfedema crônico interno, externo e
combinado de cabeça e pescoço (HNL) em
pacientes com câncer de cabeça e pescoço
(HNC) que foram tratados com
quimiorradioterapia exclusiva (CRT) ou
radioterapia pós-operatória (PORT ) .
EDEMA em CCP

Head & Neck. 2020;1–11 JEANS et al.


LINFEDEMA E FIBROSE em CCP
Incidência e Prevalência - EDEMA em CCP

• Os primeiros estudos sugeriram que a incidência do Linfedema secundário ao tratamento


para o CCP varia de 12 a 54%.
• Um estudo transversal mais rigoroso descobriu que 75% dos pacientes com CCP após mais
de 3 meses de pós-tratamento tinham linfedema secundário.
• Uma outra pesquisa prospectiva recente confirmou a alta incidência de linfedema indicando
que quase 100% dos pacientes com CCP desenvolvem em algum ponto durante o
tratamento e a recuperação.
Influência da Radioterapia em CCP

• Fibrose induzida por radiação


• Dano das estruturas linfáticas por meio de cirurgia ou radioterapia

• Ridner SH et al., 2016, identificaram em seu estudo que uma porcentagem substancial de
pacientes tinha algum grau de linfedema interno ou externo , embora geralmente leve, antes de
iniciar a radiação.
• As taxas de linfedema interno e externo aumentaram até 12 meses após o TTO, quando 95,5%
dos pacientes apresentavam linfedema externo, 89,4% interno e 76% composto.
• 2/3 dos pacientes desenvolveram linfedema moderado a grave em algum ponto ao longo da
trajetória de tto.
QUAL A LOCALIZAÇÃO MAIS COMUM?
PESCOÇO  No estudo de Mozzini, 2011, o linfedema foi mais encontrado
na região mandibular e do pescoço, tanto nos pacientes com
REGIÃO SUBMENTONIANA
ressecção quanto nos com preservação da VJI.
REGIÃO MANDIBULAR
QUAL A LOCALIZAÇÃO MAIS COMUM?
 Queija, 2018, ao analisar a distribuição do edema externo,
verificou que houve maior ocorrência de linfedema na
região do pescoço (71,7%) e submandibular (63%). Nas
duas regiões o nível de estadiamento do linfedema foi
maior indicando certo grau de fibrose.
 Quanto ao edema interno, evidenciou edema em todas as
estruturas avaliadas. O maior comprometimento foi
observado em aritenóides (73,9%), epiglote (71,7%),
espaço interaritenoideo (69,6%) e pregas ariepiglóticas
(67,4%). Todos os itens demontraram um percentual
maior de edema de grau moderado/severo.
FIBROSE EM CCP:
 A fibrose dos tecidos moles se manifesta clinicamente como tecido firme
ao toque, sem edema aparente.
 A fibrose resulta da lesão dos tecidos moles que inicia uma resposta inflamatória
ativando fibroblastos e miofibroblastos, são ativadas. Essas células efetoras
depositam proteínas na matriz extracelular que se acumulam na pele e nos
tecidos moles, resultando no endurecimento característico dos tecidos e perda
de elasticidade.

Em casos extremos, a fibrose pode assumir uma textura “amadeirada” ou levar à contratura do tecido mole,
resultando em diminuição acentuada da função ou amplitude de movimento. Geralmente não há edema do
tecido. Além disso, ao contrário do tecido cicatricial fibrogorduroso tardio observado em pacientes com
linfedema de longa data, o dano aos vasos linfáticos não é um componente proeminente.
FIBROSE EM CCP:
 A fibrose é uma das toxicidades mais comuns em longo prazo da terapia do CCP. A excisão
cirúrgica e reconstrução são consideradas um evento traumático singular; assim, a fibrose
induzida por cirurgia é geralmente uma parte normal do processo de cicatrização de feridas.
 Além disso, a radioterapia causa danos repetidos aos tecidos, resultando em aumento da
produção de fibroblastos e deposição excessiva de matriz extracelular. Embora os processos
fisiopatológicos exatos da fibrose induzida por radiação (RIF) não sejam totalmente
compreendidos, os avanços da pesquisa apontam influência à níveis celular e molecular e da
suscetibilidade genética.
 Pacientes com CCP frequentemente manifestam linfedema em um local e fibrose em outro. Por
exemplo, os pacientes frequentemente desenvolvem linfedema facial e submentoniano
concomitante à fibrose cervical.
AVALIAÇÃO
AULA 04
PORQUE AVALIAR E TRATAR PRECOCEMENTE?

PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO:
PORQUE AVALIAR E TRATAR PRECOCEMENTE?

IMPACTO PSICOSSOCIAL:
INICIANDO A AVALIAÇÃO

SABER O QUE AVALIAR!!!


AVALIAR O PACIENTE
ANAMNESE
- Fatores risco linfedema
- Investigar início
SE QUISER COMPARAR EVOLUÇÃO - O que ele já fez de tto (fisio, fono)
ESTUDAR SEUS DADOS - O quanto impacta na vida dele
- Saber quem são os demais profissionais envolvidos
- Conscientizar da cronicidade da disfunção e possíveis
descompensações
FAZER DA MESMA
MANEIRA
INICIANDO A AVALIAÇÃO

O QUE E COMO?
1) DOR
Cervical
Face

• Escalas numéricas – 0 a 10 (Sist et al., 1999)


• 0 a 5 (Short et al., 1984)
• Escala visual analógica (EVA) Price et al. (1983)
INICIANDO A AVALIAÇÃO

O QUE E COMO?
I1) EDEMA/LINFEDEMA
Face
Pescoço

• Distância entre 2 pontos (fita métrica)


• Distância linear
PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO

• Principal limitações:
• Curativos dos pacientes, principalmente tqt.
• A palpação do ângulo da mandíbula em função do edema
(sugestão de marcar com caneta)
PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO

• Por meio de perimetria adaptada (trena antropométrica):


• duas medidas da circunferência facial (diagonal e submentoniana),
ponto a ponto,
• e sete medidas que caracterizam o composto facial.

• Estadiamento do linfedema:
• A MD Anderson Cancer Center Head and Neck Lymphedema Rating Scale
foi criada para caracterizar a apresentação e a gravidade do linfedema
em câncer de cabeça e pescoço, sendo baseada na tradicional Escala de
Földi para o estadiamento do linfedema de extremidades.
PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO

• Na escala adaptada do MDACC, o nível 1 foi dividido em 1a e 1b, para delinear o


edema em depressível e não depressível.

• COMO FAZER?
Sinal de cacifo
• Neste caso, a avaliação faz-se por meio de pressão digital na pele da área do
edema, que indica a presença de fluido intersticial na região.
• Sugere-se a pressão de forma leve na área avaliada por um período de 10 segundos.
• O edema é depressível quando se identifica a permanência do recuo do tecido após a pressão digital (sinal de
cacifo).
• A profundidade da depressão do tecido e o tempo de permanência deste refletem a gravidade do edema. O
edema depressível é mais mole, enquanto o edema não depressível é mais rígido e não cede com a pressão.
PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO
PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO

Instruções:
Documente a presença ou ausência de inchaço no tecido mole e fibrose
em todos os locais listados abaixo. Se mudanças no tecido mole estão
presentes, use os critérios descritos em “Head and Neck External
Lymphedema-Fibrosis Assessment Criteria”para descrever o tipo e grau
de anormalidades observadas no exame.
PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO

MODELO DESCRIÇÃO
TIPO A Sem inchaço visível no tecido; Espessamento palpável e/ou aperto da derme
TIPO B Edema dos tecidos moles visível; Os tecidos envolvidos são macios ao toque; O inchaço do tecido é
redutível e flutua em severidade. LOCAL DO EDEMA/ FIBROSE MODELO GRAU
GRAU:
REGIÃO PERI-ORBITAL E
SUAVE – inchaço visível na inspeção de perto.
MODERADO – inchaço facilmente visível com alteração dos contornos normais do tecido. REGIÃO PERI-ORBITAL D
FORTE – inchaço visível extremo ou maciço dos tecidos moles.
BOCHECHA E

TIPO C Tecidos envolvidos são firmes ao toque. O inchaço dos tecidos não é redutível e persistente. BOCHECHA D
SUAVE –
MODERADO – REGIÃO SUBMENTONIANA
FORTE –

TIPO D Pele firme com densidade aumentada e complacência diminuída na ausência de inchaço.
PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO
PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO

FOTOGRAFIA:
• Linfedema externo
• Posicionamento, cabelo, feições = IGUAIS
• Ideal: imagens tridimensionais (registrar, mostrar e
calcular o grau linfedema)
• Montagem com antes e depois
• Talvez a melhor maneira do paciente visualiza melhor
• Compreende a fisiopatologia do pré-tratamento
• Trabalha melhor a dificuldade durante o tratamento
• Esforça-se mais com atividades domiciliares
AVALIAÇÃO

O QUE E COMO?
I1I) ADM
Cervical
• Estimativa visual
• goniometria

IV) MOBILIDADE FACIAL


Flexibilidade movimentos
Dificuldade
AVALIAÇÃO

O QUE E COMO?
 “Head and Neck Quality of Life (HNQOL)” (Terrel et al., 2000)
V) QoL  “Short-Form 12 (SF-12)”(Shah et al., 2001)
 “RAND-36” - versão holandesa do “Short-Form 36 (SF-36)” (van Wilgen et al., 2004)
 “Functional Assessment of Cancer Therapy – Head and Neck (FACT-H&N)”
(McNeely et al., 2004; McNeely et al., 2008)
 European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC-C30/H&N35)
 Questionário de Qualidade de Vida da Universidade de Washington – UW-QoL
• Versão 4 em português: 12 domínios + 3 globais + composite score
Vartanian et al. (2006)
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO
TRATAMENTO DO LINFEDEMA
CONSIDERAÇÕES GERAIS
TRATAMENTO
TRATAMENTO

Lymphology 53 (2020) 3-19


FOTOBIOMODULAÇÃO
EM PÓS-OPERATÓRIO
AULA 05
FOTOBIOMODULAÇÃO:
 FOTOTERAPIA:
Utilização de luz para a produção de efeitos intra-celulares e teciduais com
características terapêuticas, para tratamentos ou prevenção.

 Transformamos energia luminosa (eletromagnética) em energia química (ATP)!


FOTOBIOMODULAÇÃO:

 A UTILIZAÇÃO depende do OBJETIVO!


FOTOBIOMODULAÇÃO:

 INDICAÇÕES:
 Acelera a regeneração tecidual/ Cicatrização;
 Regeneração neural;
 Ação analgésica;
 Ação imunológica;
 Ação antioxidante;
 Modulação da inflamação;
 Estimula a microcirculação vascular;
 Ativa sistema linfático;
 Prevenção de fadiga, aumento de força e resistência muscular;

 IMPORTANTE!!
 O LASER produz radiação NÃO ionizante!
LASER EM PACIENTES ONCOLÓGICOS:
É seguro usar?
LASER EM PACIENTES ONCOLÓGICOS:
É seguro usar?
 Em ambas as pesquisas, foram incluídos estudos in vitro, in vivo e clínicos que
investigaram o efeito da Fotobiomodulação na proliferação / diferenciação celular,
crescimento do tumor, taxa de recorrência e / ou sobrevida geral.
 Os estudos atuais em humanos, apoiados pela maioria dos estudos em animais,
mostram segurança com Fotobiomodulação usando parâmetros clínicos atualmente
recomendados, incluindo em câncer de cabeça e pescoço (HNC) na área de exposição
ao LASER. Uma literatura significativa e crescente indica que o LASER é seguro e
eficaz e pode até oferecer um benefício na sobrevida geral do paciente.
PORQUE UTILIZAR LASER NO PÓS-OPERATÓRIO?

 Os incrementos de ATP mitocondrial produzidos após a irradiação com LASER


promovem um grande número de eventos que interferem no metabolismo celular.
 Em situações patológicas, o laser influencia o processo de troca iônica e
potencializa o incremento de ATP.
 Além disso, alguns estudos mostram que o laser de baixa intensidade apresenta
efeitos mais expressivos sobre órgãos e tecidos em certas condições patológicas,
como, por exemplo, em situações de desordem funcional ou de injúria ao tecido
(RIBEIRO; ZEZELL, 2004).
 Células em estado de homeostasia sofrem pouca ou nenhuma influência da
fototerapia e, portanto, o efeito da luz nem sempre pode ser detectado
(PINHEIRO, 2009; MEYER et al., 2010).
QUAL MECANISMO DE AÇÃO?

 A CIRURGIA É UMA LESÃO INTENCIONAL AOS TECIDOS.


 Desde a sua introdução em 1967, o LASER demonstrou melhorar a reparação de feridas
e a regeneração de tecidos ao influenciar diferentes fases da resolução da lesão,
incluindo o seguinte:
 a fase inflamatória, na qual as células imunes migram para o local da lesão do tecido,
 a fase proliferativa, que inclui estimulação de fibroblastos e macrófagos bem como outros
componentes de reparo, e
 a fase de remodelação, que consiste na deposição de colágeno e reconstrução da matriz
extracelular no local da ferida.
 Vários estudos clínicos e laboratoriais comprovam que o LASER reduz significativamente
a inflamação e previne a fibrose.
QUAL MECANISMO DE AÇÃO?

 Laserterapia de Baixa Intensidade promove a vasodilatação, síntese proteica e


neoangiogênese.
 Estudos mostram que a aplicação precoce em feridas mostrou-se capaz de acelerar o
fechamento das mesmas, com efeito nas fases inflamatória e proliferativa. Além disso, o
LASER estimula um processo de cicatrização mais organizado, que influencia até mesmo o
aspecto estético da cicatriz.
 A diferença crítica entre a cicatrização normal de feridas e o desenvolvimento de fibrose
parece ser, que na fibrose, as vias de sinalização escapam da regulação celular normal.
 A redução da fibrose pode ser mediada pelos efeitos benéficos do LASER no equilíbrio
oxidante / antioxidante e inibição da proliferação excessiva de fibroblastos.
COMO USAR NAS INCISÕES CIRÚRGICAS?

 VERMELHO
 1 A 4J DE 2 EM 2CM AO REDOR
DA INCISÃO NO 1º PO;
 1 A 4J DE 1 EM 1CM EM CIMA
APÓS 5 DIAS.
 ALÉM DA INCISÃO APLICAR DE 1
A 2J NA REGIÃO DE
DESCOLAMENTO PARA
ESTIMULAR A ANGIOGÊNESE.
COMO USAR NAS INCISÕES CIRÚRGICAS?
ALTERAÇÕES DE SENSIBILIDADE E PARALISIA
FACIAL
 IDENTIFICAR QUAL NERVO FOI AFETADO
 INFRAVERMELHO NO TRAJETO DO NERVO:
 Até 4J DE 2 em 2CM NA FASE AGUDA
 6 A 9J DE 2 em 2CM NA FASE CRÔNICA.
EDEMA
 A fotobiomodulação com LASER de baixa
potência promove a linfagiogênese, que
estimula a regeneração e a regulação dos
vasos linfáticos.
 Há um estímulo sobre a circulação linfática
local, com efeitos nos vasos linfáticos,
consequente ao aumento de mobilização dos
fluidos.
 Aplicar conforme anatomia remanescente
após cirurgia.

 4J IV ou V E IV NOS GRUPOS DE LINFONODOS


RESPONSÁVEIS POR AQUELA REGIÃO DE
DRENAGEM.
ILIB – INTRAVASCULAR LASER IRRADIATION OF BLOOD
 O ILIB transdermico atua nas células sanguíneas e está cada dia mais
presente no tratamento e no auxílio da recuperação de pacientes em
diversas áreas no pré e pós-operatório. Alguns de seus benefícios são:
 Redução de edemas/redução de fibrose.
 Aumento de hidratação e Nutrição celular.
 Biomodulação da cicatrização/drenagem linfática.
 Aceleração da regeneração e recuperação tecidual.
 Ameniza e previne intercorrência comuns como o previsível processo
inflamatório.
 Estimula a mitose celular e reprodução de fibroblastos.
 Impede e minimiza queloide e alargamento cicatricial.
 Reduz radicais livres.
 Regula homeostase.
 Previne e trata doenças sistêmicas.
 Tempos de até 30 minutos por aplicação de 2 a 3x por semana.
ILIB E QUIMIOTERAPIA
 • Grupo-Controle - não recebeu a laserterapia;
 • Grupo ILIB 30’ recebeu a aplicação do laser por 30 minutos diários,
durante 10 dias consecutivos, exceto aos sábados, domingos e
feriados. Finalizado o primeiro ciclo, houve pausa de 20 dias e
repetiu-se o protocolo;
 • Grupo ILIB 60’ em um período de 10 dias recebeu cinco aplicações
do laser por 60 minutos, com intervalos de 48 horas entre cada
aplicação. Nesse período, houve interrupção aos sábados, domingos e
feriados. Finalizado o primeiro ciclo, realizou-se pausa de 20 dias e
em seguida a retomada do protocolo.

RESULTADO: Confirmou-se eficácia da laserterapia transcutânea por meio de ambos os protocolos


ILIB 30’ e 60’ como tratamento alternativo na manutenção ou aumento de parâmetros mínimos
de hemocomponentes de pacientes que estão recebendo quimioterapia.
Essa eficácia variou de 85% a 100% e se ateve ao tipo de hemocomponente: hemoglobina (85%;
86%), plaquetas (100%; 100%) e neutrófilos (95%; 92%), respectivamente aos protocolos ILIB 30’ e
60’. O protocolo ILIB 30’ mostrou-se mais eficaz na produção de plaquetas e neutrófilos quando
comparado ao ILIB 60’
COMO EU FAÇO?
SUGESTÃO DE PÓS-OPERATÓRIO DE TIREOIDECTOMIA
ACOMPANHAMENTO PÓS-OPERATÓRIO
 1º e 5º PO:
 LASER pontual nas regiões de drenagem linfática: Cervical, supraclavicular e
submandibular ( 3 a 4J IV)
 LASER pontual ao redor da cicatriz ( 3J V e IV) 1J na região de descolamento.
 ILIB 30’ (enquanto faço a aplicação da bandagem).
 Orientações quanto a exercícios.
 10º PO: De acordo com a necessidade.
Taping Pós-operatório
AULA 06
 Desenvolvida na década de 70, no Japão, pelo quiropraxista Kenzo
BANDAGEM Kase.
ELÁSTICA/  É realizada através do uso de fita de Kinesio (Kinesio Tape), fabricada
em algodão com até 140% de elasticidade, que dispõe de cola sem
taping: látex para fixar na pele (evitando obstruções), hipoalérgica, sensível ao
calor, resistente à água ou transpiração e não possui remédios em sua
composição, pois quando aplicada na pele, ocasiona estímulos
mecânicos e sensoriais.

 Utilizações:
 a aplicação ocorre em 5 sistemas fisiológicos e em seus respectivos
receptores, resultando em diferentes efeitos para cada sistema.

• Sistema Tegumentar – Fita aplicada sempre sobre este sistema


• Sistema Fascial
• Sistema Muscular
• Sistema Articular
• Sistema Circulatório/Linfático
 Investigar experiência do paciente com bandagens ou
outros adesivos na pele com relação a alergias e/ou
irritações.
 Sempre limpar a pele com água e sabão neutro. Álcool
apenas no caso de a pele estar excessivamente oleosa.
 Reduzir pelos excessivos da região.
 Cuidado com a tesoura próximo ao pacientes.
CUIDADOS E  Pacientes com pele frágil utilizar bandagens especiais e
PRECAUÇÕES: produtos protetores de pele. Na retirada, recomenda-se o
uso de algum solvente para adesivo ou óleos.
 Ensinar o paciente a melhor forma de retirar.
 Recomendar não usar secador de cabelos ou água quente
no banho.
 Aumento da dor;
 Aumento do edema/derrame articular;
 Palidez ou cianose das extremidades;
 Parestesias;
COMPLICAÇÕES  Ferimento de pele.
MAIS
FREQUENTES:  Quando acontece devemos retirar a bandagem e reavaliar
se a bandagem foi colocada corretamente.
 CLASSIFICAÇÃO DA TENSÃO DA BANDAGEM:
 Muito Leve: 10 a 15% “paperoff”
 Leve: 15 a 25%
 Moderado: 25 a 50%
 Severo/Rígido: 50 a 75%
 Total: 75 a 100%

DIREÇÃO TERAPÊUTICA, ÂNCORAS E ZONA TERAPÊUTICA.


PRINCÍPIOS
BÁSICOS:
Ancoragem incial: 0% de tensão

Direção
terapêutica Zona terapêutica

Ancoragem final: 0% de tensão


Fita em forma de "I"
As fitas em forma de I são cortadas com extremidades
arredondadas e são usadas para aplicações musculares,
corretivas, tecido endurecido e tratamento de cicatrizes.

TIPOS DE CORTES
MAIS USADOS: Fita em forma de “Y”
As fitas em forma de Y tem uma extremidade que
tem um corte longitudinal no meio da fita e são
usadas para aplicações musculares, corretivas, tecido
endurecido e tratamento de cicatrizes.
Fita em forma de "X"
As fitas em forma de X são feitas com cortes em ambas as
extremidades e são usadas para aplicações musculares e
corretivas.

TIPOS DE CORTES
MAIS USADOS:
Fita em forma de “Web"
As fitas em forma web têm 4-6 tiras longitudinais no meio da
fita de 2 "de largura e 6-8 tiras longitudinais no meio da fita de
3" de largura. Este estilo de fita é usado para aplicações
corretivas e tecido endurecido.
Fita em forma de “Fan" ou polvo
As fitas em forma de polvo possuem 4-6 tiras longitudinais em
uma extremidade da fita de 2 "de largura e 6-8 faixas
longitudinais em uma extremidade da fita de 3" de largura.
A bandagem em fan é usada para bandagem corretiva e
tecido endurecido (fibrose) e edemas.

TIPOS DE CORTES
MAIS USADOS:
Fita em forma Basket
O corte em basket tem alternadamente 3 tiras e 4 tiras
cortadas em uma fita de 2 "de largura e 5 tiras e 6 tiras em
uma fita de 3" de largura. É usada para correções e tecido
endurecido (fibrose).
 Sobre a utilização de cada corte, Chi A et al., 2018, indica “web” ou
“basket” para fibroses, corte “fan” ou “polvo” para edema e corte
“hashtag”´para equimoses, mantendo-se de 3 a 5 dias com descanso da
pele de 1 dia para a próxima aplicação quando necessário.

TIPOS DE CORTES
MAIS USADOS: APLICAÇÃO EM HASHTAG
 BASES FISIOLÓGICAS:
 Com base na anatomia e função linfática, a bandagem pode ser
utilizada nos tratamentos dos edemas, linfedemas, pós-operatórios
imediatos e tardios, hematomas, cicatrizes e fibroses.

 Quando se objetiva o aumento do fluxo linfático, faz-se necessária a


utilização de métodos que causem deformidades na pele para que,
desta forma, os vasos iniciais possam ser abertos e absorvam o
conteúdo congestionado no interstício (principalmente proteínas de
TAPING grande peso molecular), dando início à movimentação linfática
(Shim; Lee; Lee, 2003)
LINFÁTICO
 Deve ser aplicado de acordo com a anatomia linfática.
 A elasticidade da bandagem e o estiramento da pele no momento
da aplicação da técnica promovem circunvoluções que aumentam o
espaço entre a derme e a epiderme, criando uma área de menor
pressão abaixo da bandagem.
 BASES FISIOLÓGICAS:
 A elevação da pele promovida pela bandagem associada aos
TAPING movimentos corporais promovem um tracionamento dos
LINFÁTICO filamentos de ancoragem e, em consequência, uma abertura dos
vasos linfáticos iniciais.
Edema/ bandagem
linfedema
LINFA
MAIOR MENOR
PRESSÃO PRESSÃO
 A colocação deve obedecer à anatomia e circulação linfática.

TAPING 
A base e as âncoras são sempre arredondadas e sem tensão.
A pele deve estar esticada durante a aplicação, evitando rugas.
LINFÁTICO:  A área que receberá a bandagem deve estar em alongamento para
Fundamentos que se formem as circunvoluções que facilitarão a elevação da pele,
promovendo a abertura do lúmen dos linfáticos iniciais e reduzindo
para aplicação a pressão intersticial.
 As tensões na bandagem no momento da aplicação não devem ser
superiores a 10%. (diferença entre 0% e 10%)
 As âncoras devem ser colocadas próximas aos grupos de linfonodos
que receberão a drenagem linfática e as caudas direcionadas à área
a ser tratada.
 A drenagem linfática será estimulada 24h por dia.
TAPING  Para criar uma ação mais intensa, a aplicação pode ser feita cruzada
LINFÁTICO: ao invés de paralelo.
 Estudos e vivências práticas de taping linfático mostram que são
Fundamentos principalmente os vasos linfáticos iniciais e os canais pré-linfáticos
para aplicação que são influenciados pela bandagem. Sendo assim, a base da
aplicação da fita não precisa ser necessariamente posicionada em
um grupo de linfonodos, pois a colocação da fita não afetaria o
linfonodo diretamente.
 Quanto mais cedo iniciar melhores resultados terão.

 Associar a exercícios.
TAPING
LINFÁTICO:
Fundamentos
para aplicação
 Chi et al., 2016, mostraram resultados da atuação de taping
linfático acompanhada de DLM no pós-operatório, onde
Evidências obtiveram reversão total do quadro de fibrose nos pacientes que
se encontravam na fase proliferativa. Sugerindo o uso do taping
de uso no linfático no transoperatório para prevenção de fibroses.
 Para Sijmonsma, 2010, Colocar bandagens em torno da ferida
pós-operatório pode acelerar a cicatrização do tecido.
Evidências
de uso no  Revisão sistemática que dos 12 estudos avaliados 4 eram relativos
pós-operatório a cirurgias da área de Cabeça e Pescoço.
 Em todos os estudos apresentaram resultados significativos tanto
na redução de edema como de dor e trismo pós-op.
Evidências
de uso no  Revisão sistemática que dos 12 estudos avaliados 4 eram relativos
pós-operatório a cirurgias da área de Cabeça e Pescoço.
 Em todos os estudos apresentaram resultados significativos tanto
na redução de edema como de dor e trismo pós-op.
Evidências  objetivo apresentar a eficácia das aplicações do KT no manejo de
de uso no cicatrizes e queloides avaliadas pelos próprios pacientes ou
cuidadores de crianças submetidas ao tratamento.
pós-operatório  54 crianças, com idades entre 2 e 18 anos
 Em média, a fita permaneceu por 7 dias. Os intervalos entre as
aplicações consecutivas duraram de 3 a 4 dias.
 No grupo de estudo, 37 pacientes declararam que a aplicação de
KT melhorou o resultado estético e a percepção da cicatriz após 3
semanas; 10 pacientes após 6 semanas; 5 pacientes indicaram
resultados positivos após 9 semanas e 2 pacientes após 12
semanas.
Evidências
de uso no
pós-operatório
 O objetivo foi avaliar os efeitos da bandagem na dor e no edema
Evidências após expansão rápida do palato cirurgicamente assistida.
de uso no  21 pacientes em que foi aplicado a bandagem unilateralmente em
cada paciente.
pós-operatório
 Mudanças no volume facial foram avaliadas em imagens digitais
usando o 3dMD Face System.
 Resultados: O inchaço foi significativamente menor no lado em
que foi aplicado a bandagem. As pontuações VAS foram
significativamente menores também.
 objetivo apresentar a eficácia das aplicações do KT no manejo de
cicatrizes e queloides avaliadas pelos próprios pacientes ou
Evidências cuidadores de crianças submetidas ao tratamento.
de uso no  54 crianças, com idades entre 2 e 18 anos
pós-operatório  Em média, a fita permaneceu por 7 dias. Os intervalos entre as
aplicações consecutivas duraram de 3 a 4 dias.
 No grupo de estudo, 37 pacientes declararam que a aplicação de
KT melhorou o resultado estético e a percepção da cicatriz após 3
semanas; 10 pacientes após 6 semanas; 5 pacientes indicaram
resultados positivos após 9 semanas e 2 pacientes após 12
semanas.
Evidências  O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia do método kinesio
taping (KT) em pacientes após cirurgia ortognática visando a
de uso no eliminação do inchaço pós-operatório.
pós-operatório  16 pacientes
 Medidas de 6 pontos da face medidos antes da primeira aplicação
(24h após a cirurgia), 5 dias após e no 10º dia.
 Resultado: A pesquisa mostrou efeitos benéficos na redução do
edema.
 A utilização do método KT parece promissora por ser de simples
execução, não traumática, econômica e raramente causa alergias
indesejáveis.
Fita em 4 tiras com 10% de
tensão aplicada em
bochechas, pré-auricular,
masseter e pescoço.

Evidências
de uso no
pós-operatório
Evidências
de uso no
pós-operatório

O inchaço geralmente aumenta até 4 dias após a cirurgia, para regredir


lentamente em algumas semanas.
A diminuição gradual e completa do inchaço, que é uma expressão de
inflamação e ocorre no pós-operatório imediato, e foi observado após o uso de 2
aplicações de KT linfático.
 O objetivo deste estudo foi examinar o efeito da bandagem (KT) no
inchaço, dor, trismo e satisfação dos pacientes após cirurgia
Evidências bucomaxilofacial.
 Foram estudados 96 pacientes, onde metade dos pacientes foi
de uso no aplicado KT diretamente após a cirurgia e mantida por pelo menos 5
pós-operatório dias no pós-operatório.
 O edema facial foi quantificado em seis pontos específicos no tempo
usando uma medida de cinco linhas foram realizadas em seis
momentos específicos: pré-operatório; imediatamente após a
operação; o primeiro; segundo; terceiro; e sétimo dia de pós-
operatório.
 A dor e grau de abertura da boca foram medidos e o sentimento
objetivo e a satisfação dos pacientes foram questionados.
 RESULTADOS:
 A aplicação de KT após cirurgia BMF tem influência significativa na
redução do inchaço diminuindo a turgidez em 60% durante os primeiros
Evidências 2 dias após a cirurgia. Avaliando todos os pacientes o inchaço foi
significativamente menor no grupo de tratamento KT.
de uso no  Os valores de dor VAS foram pontuados significativamente mais baixos
pós-operatório para o grupo KT em comparação com o grupo sem KT.
 Uma melhora estatisticamente significativa na capacidade média de
 abertura da boca foi observada no grupo KT.
 Conclusão: O KT após a cirurgia BMF é uma abordagem promissora,
simples, menos traumática e econômica, livre de reações adversas
sistêmicas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Evidências
de uso no
pós-operatório
Taping Linfático
X
Taping mecânico
Quando usar?
 Começa pelo objetivo!
 MECÂNICO: A aplicação do Taping de forma compressiva, tem o
objetivo de conter os tecidos que foram lesionados/ descolados durante
o procedimento cirúrgico e assim, controlar o processo inflamatório
agudo, diminuir o edema, minimizar as equimoses (roxos), prevenir
LINFÁTICO seromas, minimizar as possibilidades de desenvolver fibroses e
X proporcionar um maior conforto ao paciente.
 Ele é aplicado com alta tensão na bandagem e geralmente é usado no
MECÂNICO pós-operatório imediato, inclusive transoperatório, e após punções ou
drenagens de seromas.
 LINFÁTICO: Tem o objetivo contrário. Enquanto um “segura” os tecido,
o outro visa aumentar o espaço entre os tecidos. Na aplicação linfática,
usamos baixa tensão, ou nenhuma. Nesses casos usamos para tratar
edemas, linfedemas, hematomas, cicatrizes e fibroses.
 Pode ser usado desde o pós-operatório imediato.
• Usa-se a técnica “Fan” paralela ou cruzada.
TAPING NO • Promove aumento da circulação sanguínea e linfática local
EDEMA •

Reduz o tempo de recuperação
Base próximo aos linfonodos sem tensão
• Base ativa: TENSÃO 0% a 10%
• Ancoras sem tensão

- Aplicação no 2º dia PO
- Dobro do débito no dreno ( de 200ml para 400ml)
16/11/20 18/11/20
13/11/20
TAPING NO
EDEMA

16/12/20
• Usa-se a técnica cruzada: “Hashtag” ou “Fan” cruzada. Pode ser
utilizado tanto em trans e pós-operatório para a prevenção e
tratamento das equimoses.
• Promove aumento da circulação sanguínea e linfática local
• Favorece a diminuição de aderências
• Reduz o tempo de recuperação
• Técnica em I - Banda ativa: TENSÃO 10%
TAPING NO • Base a ancora sem tensão

HEMATOMA
09/03 11/03 12/03
TAPING NO
HEMATOMA

05/03 09/03 11/03


• Corte tipo “web” ou “basket”
TAPING NA • Favorece a diminuição de aderências
FIBROSE •

Efeito desfibrosante
Banda ativa: TENSÃO 25%
• Base a ancora sem tensão
• Karwacinska J. et al. (2012) concluiram que a aplicação do taping é
efetiva para cicatrizes hipertróficas e quelóides em um curto período.
• O estresse aplicado auxilia na deposição das fibras de colágeno, reduz
TAPING NAS aderências, suaviza e “nivela” a cicatriz, melhora maleabilidade e reduz
CICATRIZES o risco de contraturas.
• Técnica em I com variadas aplicações.
• Tensão de 25% a 75% no centro da banda ativa.
• Ancoras sem tensão
• Obs.: pode colocar nas bordas uma banda sem tensão para evitar que
as outras descolem.
• Não aplique a fita diretamente em uma cicatriz até que esteja bem
cicatrizada
TAPING NAS
CICATRIZES
VAMOS PARA A
PRÁTICA?

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