Peça 2 Danos Morais e Materiais

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 4

Petição inicial

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL


DACOMARCA DE MANAUS, ESTADO DO AMAZONAS.

Ana Sousa Silva , brasileira, casada, modelo profissional, portadora da cédula


de identidade RG n° 88695371-61 SSP/AM e do CPF/MF n° 113.964.222-94,
residente e domiciliada na cidade de Manaus capital do Estado do Amazonas,
na Rua laranjeiras, 865 – Jorge Teixeira CEP 93839-838, por sua advogada ,
Vanessa Viana de sousa , inscrito na OAB/SP sob n° 9742, com escritório na
Rua Malaquias n° 112, flores CEP 12862-000, na cidade de São Paulo-SP,
onde recebe intimações e notificações, vêm muito respeitosamente com
fundamento nos artigos 186 e 927 do Código Civil, pedir à presença de Vossa
Excelência, para propor:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.

Em face de João Marcelo , inscrita no CPF Sob o nº 76576476486 profissão


cabeleireiro, residente na Rua pintamos Bairro outro dia CEP: 86486433,
Cidade São Paulo Estado SP, pelos motivos de fato e de direito a seguir
aduzidos.

DOS FATOS

A autora, residente em Manaus, viajou para São Paulo, para o casamento de


sua filha. Para lavar, pintar seus cabelos e realizar um penteado para o
casamento, Ana procurou os serviços de João Macedo, cabeleireiro e dono do
salão de beleza “Hair”, sediado na cidade de São Paulo, que lhe cobrou R$
500,00 (quinhentos reais) pela prestação do serviço. Após lavar os cabelos de
Ana, João aplicou-lhe uma tintura da marca francesa ABC, importada pela
empresa Brasil Connection Ltda. sediada na cidade de Curitiba (PR).
Ocorre que, meia hora após a aplicação da tintura, Ana sofreu uma reação
alérgica, que demandou atendimento médico hospitalar, no valor de R$
1.000,00, bem como dois dias de absoluto repouso que impossibilitou sua
presença no casamento de sua filha. Além disso, perdeu grande parte de seu
cabelo, tendo permanecido com manchas em seu rosto, por dois meses,
perdendo um ensaio fotográfico, para o qual já havia sido contratada, pelo valor
de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

Posteriormente constatou-se que a tintura utilizada continha substâncias


químicas extremamente perigosas à vida e à saúde das pessoas e que a
fabricante ABC já havia sido condenada pela justiça francesa a encerrar a
fabricação e comercialização do produto.

DOS FUNDAMENTOS:

A ação em causa deve ser embasada segundo os preceitos da lei 8.078/90,


haja vista que em seus artigos 2º e 3º definem, respectivamente, o consumidor
como a pessoa física que utiliza produto como destinatário final e o fornecedor
como a pessoa jurídica privada, incluindo entre estes, a empresa importadora
de comercialização e distribuição de produtos, como se verifica na presente
situação.

DO DIREITO

O Código de Defesa do Consumidor determina que “É direito básico do


consumidor a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais”
(art. 6º, VI, CDC).

O Código Civil de 2002 é cristalino quando dispõe sobre a necessidade de


reparar os danos causados, conforme se observa no artigo 186:
Art.186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.

Igualmente e de forma complementar, o art. 927, do mesmo códex, reitera a


previsão do dever de reparar, consubstanciado na responsabilidade civil
objetiva, senão vejamos:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de


culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.

O Código de Defesa do Consumidor dispõe ainda, por seu artigo 14, que a
responsabilidade do fornecedor de serviços é objetiva, prescindindo da
demonstração de culpa:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência


de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos.

Valor da causa R$20,000 reais

São Paulo 23-09-2021.

Adv: Vanessa Viana de Sousa.


OAB/765432.

Você também pode gostar