1. O documento fornece informações sobre como interpretar uma análise de solo, incluindo suas características químicas e físicas.
2. É explicado que uma análise de solo avalia fatores como pH, teores de nutrientes, matéria orgânica e características do solo.
3. Uma boa interpretação da análise é essencial para identificar as necessidades do solo e aplicar corretivos de forma adequada, melhorando a produtividade da lavoura.
1. O documento fornece informações sobre como interpretar uma análise de solo, incluindo suas características químicas e físicas.
2. É explicado que uma análise de solo avalia fatores como pH, teores de nutrientes, matéria orgânica e características do solo.
3. Uma boa interpretação da análise é essencial para identificar as necessidades do solo e aplicar corretivos de forma adequada, melhorando a produtividade da lavoura.
1. O documento fornece informações sobre como interpretar uma análise de solo, incluindo suas características químicas e físicas.
2. É explicado que uma análise de solo avalia fatores como pH, teores de nutrientes, matéria orgânica e características do solo.
3. Uma boa interpretação da análise é essencial para identificar as necessidades do solo e aplicar corretivos de forma adequada, melhorando a produtividade da lavoura.
1. O documento fornece informações sobre como interpretar uma análise de solo, incluindo suas características químicas e físicas.
2. É explicado que uma análise de solo avalia fatores como pH, teores de nutrientes, matéria orgânica e características do solo.
3. Uma boa interpretação da análise é essencial para identificar as necessidades do solo e aplicar corretivos de forma adequada, melhorando a produtividade da lavoura.
Baixe no formato PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 18
INTERPRETAÇÃO
DA ANÁLISE DE SOLO
Aplique todo conteúdo desse material
e descubra os grandes segredos da alta produtividade.
MATERIAL AGRONÕMICO Sumário
1. Características de uma análise;
2. Como interpretar a análise química do solo; 3. Acidez ativa do solo – pH; 4. Acidez trocável ou Alumínio trocável – Al3+; 5. Acidez potencial – H+Al; 6. Bases trocáveis – P, K, Ca, Mg, H e Al; 7. Teor de matéria orgânica – M.O; 8. Saturação por bases – V%; 9. Saturação por Alumínio – m%; 10. Micronutrientes; Para obter lucro na produção, saber quais são as demandas do solo e da planta são atividades indispensáveis. Portanto, uma amostragem adequada é muito importante, assim é possível ter uma noção real desta demanda.
Porém, apenas a amostragem adequada
não é o suficiente para identificar quais são as necessidades da sua lavoura. É indispensável, também, saber interpretar a análise e entender o que ela está “dizendo” sobre aquilo que foi amostrado. Funciona como um exame médico, você apenas saberá como realmente está sua saúde após realizar um.
Neste e-book, vamos entender como
realizar uma interpretação adequada da sua análise de solo e com isso, realizar um melhor manejo da sua lavoura. Características de uma análise
Primeiramente, a avaliação da demanda pode
ser dividida em três tipos de análise:
–Análise química do solo: Quando são feitas
avaliações químicas em cima de amostras de solo e a partir delas, se avalia fatores como o teor de um determinado nutriente na amostra. –Análise física do solo: É composta por avaliações de características físicas do solo, determinando sua qualidade física, o que auxilia em diversas tomadas de decisão pelo produtor. Um exemplo, é a averiguação da porcentagem de macro e microporos na amostra. –Análise química de plantas: Quando são realizadas avaliações químicas com amostras da planta e a partir destas amostras, avaliar o teor de algum fator presente na mesma.
Iremos entender como interpretar a análise
química do solo, que é a mais comum quando se trata das demandas da lavoura e sua correção por meio de adubação, calagem e gessagem. Como interpretar a análise química do solo
Já é de conhecimento de todos que uma boa
lucratividade da lavoura depende da produção máxima alcançada pela mesma. Leia em nosso artigo “Cálculo de Calagem: aprenda a fazer”. Mas além de lucrar mais ao final da safra, também é importante não desperdiçar com investimentos desnecessários. É aí que entra a importância da análise de solo.
Cada cultura demanda uma quantidade diferente
de nutrientes e condicionante de solo e é importante disponibilizar essa quantidade.
Com a análise química do solo é possível saber a
quantidade dos nutrientes que já estão disponíveis no solo e com isso basta calcular o que está em falta e suprir apenas esta demanda. Essa precaução evita um imenso desperdício com adubos e condicionantes desnecessários que não serão refletidos na produtividade final. Mas como fazer uma boa interpretação da análise de solo? São todos símbolos desconhecidos!
Segue a explicação.
Após a amostragem do solo e o envio para o laboratório,
é comum receber um laudo de avaliação muito parecido com este:
Figura 1: Laudo de análise química do solo, feita pelo
laboratório de análise de solo “Solo Análise”, para a interpretação da análise de solo. Fonte: Arquivo Agromove.
Neste laudo, é possível verificar as colunas: pH (água e
CaCl2); P (teor de fósforo) e K (teor de potássio) (mg/dm3); K (teor de potássio), Ca (teor de cálcio), Mg (teor de magnésio), Al e H+Al (cmolc/dm3); M.O. (teor de matéria orgânica) (g/dm3); Argila, Silte e Areia (g/dm3). Além destes dados, seu laudo da análise de solo virá com informações complementares: SB (soma de bases), CTC (capacidade de troca catiônica), V% (saturação por bases), etc.
Figura 2: Informações complementares “Solo Análise”,
para a interpretação da análise de solo. Fonte: Arquivo Agromove.
Cada um destes símbolos representa uma característica
do solo. E eles podem e devem ser utilizados da melhor forma possível para melhorar o manejo da lavoura. Para ir mais além no estudo da CORREÇÃO DE SOLO + PLANILHA.
Temos uma condição
especial para você que baixou esse material.
CLIQUE AQUI PARA SABER
MAIS! Acidez ativa do solo – pH
A acidez é uma informação muito importante na
hora de interpretar a análise de solo. Cada cultura possui uma preferência. Algumas preferem solos considerados mais ácidos, outras preferem solos mais alcalinos ou básicos. Tudo vai depender da espécie e da cultivar.
Esta acidez é indicada pelo pH, que é uma unidade
de medida (valores 0 a 14) utilizada para avaliar a atividade dos íons de hidrogênio (H+). Os íons H+ são elementos monovalentes e por conta disso, realizam ligações de alta energia. Essas ligações são de extrema importância para as reações que ocorrem no solo e acabam por influenciar significativamente a atividade das plantas.
O valor do pH é inversamente proporcional ao teor
de H+ presente no solo e quanto mais H+, mais ácido o ambiente se torna. Ou seja, quanto menor o valor do pH, mais ácido está o solo, pois mais H+ está presente. E quanto mais alto este valor de pH, mais alcalino é considerado o mesmo. Figura 3: Escala de pH. Fonte: Toda Matéria.
Na análise de solo, este valor é calculado de duas
diferentes formas: a base de água e a base de CaCl2.pH em água – Nesta análise mistura-se o solo com água e realiza-se a avaliação com o auxílio de um equipamento composto por um eletrodo.
Neste caso, no entanto, ocorre o problema da
turbidez e parte do solo pode ficar aderido ao eletrodo, o que pode afetar a leitura. Para isso, uma leitura complementar a base de CaCl2 é necessária.
pH em CaCl2 – Esse tipo de leitura corrige a
condutividade elétrica da solução. O que auxilia na decantação do solo e com isso melhora os problemas com contaminação de eletrodo.
Geralmente, a leitura do pH em CaCl2 é cerca
de 0,5 ponto abaixo da leitura em água. Mas é importante deixar claro que, uma leitura é complementar à outra e ambas, são de extrema importância na interpretação da análise de solo.
A acidez do solo é considerada:
muito alta quando o pH é até 4,3;
alta: 4,4 – 5,0; média: 5,1 – 5,5; baixa: 5,6 – 6,0 e muito baixa: > 6,0 Acidez trocável ou Alumínio trocável – Al3+ A acidez trocável representa o teor de Al3+ no solo.
Este elemento atua como um ácido fraco, liberando
H+ na solução do solo e alterando o pH do mesmo.
Além de atuar como ácido fraco, saber o teor de
Al3+ é importante, pois o mesmo possui propriedades tóxicas e afeta de maneira negativa o crescimento radicular. A correção ideal para este elemento é a calagem, que age como um neutralizante de sua ação acidificante e o insolubiliza, tornando-o inofensivo às plantas.
Acidez potencial – H+Al
Esta acidez é composta pela acidez trocável e não trocável do solo (H+Al), e é calculada através da relação do pH de uma solução tamponada, ou seja, uma solução neutra capaz de resistir às mudanças de pH e o teor destes dois elementos. Esta avaliação depende dos atributos físicos, químicos e mineralógicos do solo.
Este dado é muito importante para realizar cálculos
de CTC e SB. Bases trocáveis – P, K, Ca, Mg, H e Al A argila do solo possui uma superfície eletricamente carregada, juntamente com a matéria orgânica e alguns minérios de ferro. Por conta disso, íons e moléculas polarizadas se ligam a esta superfície. Essa ligação pode ser desfeita e pode ocorrer uma outra ligação com outro íon ou molécula polarizada.
A capacidade de troca entre estas ligações é
conhecida como capacidade de troca catiônica (CTC). Na maioria dos casos essa superfície negativa atrai os cátions essenciais Ca2+, Mg2+ e K+, mas as vezes podem se ligar a ânions como H+ e Al2+.
Se a CTC do solo se mostra em maior parte ocupada
por cátions essenciais, pode-se dizer que o solo está bem nutrido, mas quando os teores de ânions tóxicos estão mais altos, o solo necessita de correção.
Os teores de P, K, Ca, Mg, Al e H+Al indicam o teor de
cátions permutáveis presentes no solo, e com estes valores é possível verificar a soma de bases (SB). Com a SB encontramos o número de cargas negativas que estão ocupadas com estes cátions. Teor de matéria orgânica – M.O.
A matéria orgânica (M.O.) é composta por todo
material orgânico em decomposição e pelos microrganismos presentes no solo. Junto com o teor de argila, a matéria orgânica é um dos principais reguladores da CTC do solo e se liga aos cátions essenciais. Essa ligação evita que os mesmos sejam lixiviados e com isso possam ser disponibilizados para as plantas.
Saturação por bases – V%
A saturação por bases é o teor em porcentagem da
proporção ocupada por bases na troca catiônica. Este dado é extremamente importante nos cálculos de correção do solo e mostra uma primeira noção do solo de modo geral.
Solos com V% igual ou superior a 60% dispensam a
necessidade de calagem e solos com teores inferiores a 50% tendem a necessitar de correção.
No entanto, é importante lembrar que cada cultura
possui uma exigência diferente em cada aspecto do solo que é apresentado na análise química. Saturação por Alumínio – m%
Alguns laudos de análise de solo apresentam
também, o valor de saturação por alumínio (m%). Este valor indica a porcentagem do solo ocupada pelo ânion Al3+ e expressa a toxidez do mesmo no solo.
Quanto mais ácido o pH do solo, maiores são as
chances do mesmo ter um alto m%.
Micronutrientes
Ao solicitar o seu laudo de análise do solo, é
possível pedir à parte, alguns dados adicionais. Dentre estes dados solicitados, os mais comuns são os micronutrientes. Figura 4: Dados adicionais: micronutrientes, para a interpretação da análise de solo. Fonte: Arquivo Agromove.
Os micronutrientes são essenciais para o bom
desenvolvimento da cultura, assim como os macronutrientes. O que os difere é a quantidade exigida pela planta.
Como sempre lembro, tudo vai depender da
espécie e da cultivar, mas o IAC lançou uma média da necessidade de cada micronutriente para a planta e é possível usá-la como base para os cálculos de adubação.
Mas é sempre importante utilizar dos boletins de
adubação que indicarão o teor de nutriente necessário para cada uma das principais culturas cultivadas no Brasil. Figura 5: Teores ideais de micronutrientes. Fonte: IAC.
Com todos estes requisitos e sabendo um pouco
mais sobre a interpretação da análise de solo, é possível conseguir um melhor aproveitamento da cultura na lavoura e com isso obter uma maior lucratividade. Para ir mais além no estudo da CORREÇÃO DE SOLO + PLANILHA.