Integrais Duplas, Triplas e Coodenadas Polares
Integrais Duplas, Triplas e Coodenadas Polares
Integrais Duplas, Triplas e Coodenadas Polares
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
3.1. Introdução
107
Antes de estudarmos a integração múltipla propriamente dita vamos ver alguns exemp-
los.
Z
12{2 | 3 g{ = 4{3 | 3 + F
Porém, nesse caso, a constante F é uma função de |. Pode ser por exemplo,
F (|) = d| + e| 2 + f| + 3 e uma das primitivas de i ({> |) = 12{2 | 3 será
3
I ({> |) = 4{3 | 3 + d| 3 + e| 2 + f| + 3
Note que
CI ({> |)
= 12{2 | 3 =
C{
Exemplo 3.2. Encontrar a primitiva da função i ({> |) = 12{2 | 3 em relação à |.
Z
12{2 | 3 g| = 3{2 | 4 + N
CI ({> |)
= 12{2 | 3 =
C|
R {+1
Exemplo 3.3. Encontrar o valor da expressão {
24{|g|.
108
R {+1
{
24{|g| = 12{| 2 |{+1
{
= 12{ ({ + 1)2 12{ ({)2
= 12{3 + 24{2 + 12{ 12{3
= 24{2 + 12{
R {+1
Como podemos observar { 24{|g| é uma função de {.
R {+1
Isto é, I ({) = { 24{|g| donde I ({) = 24{2 + 12{.
R2
Exemplo 3.4. Encontrar o valor numérico de 1
I ({) g{ sendo
R {+1
I ({) = { 24{|g|.
R2 R {=2
1
I ({) g{ = {=1
(24{2 + 12{) g{
= (8{ + 6{2 ) |21
3
¡ ¢
= 8(2)3 + 6 (2)2 8 (1)3 + 6 (1)2
= 74
Z 2 Z 2 µZ {+1 ¶
I ({) g{ = 24{|g| g{
1 1 {
ou
Z 2 Z 2Z {+1
I ({) g{ = 24{|g|g{
1 1 {
109
R 2 R {+1 R 2 ³R |={+1 ´
1 {
24{|g|g{ = 1 |={
24{|g| g{
R2¡ ¢
= 1 12{| 2 ||={+1
|={ g{
R2 2
= 1 (24{ + 12{) g{
= (8{3 + 6{2 ) |21
= 74
Z 4Z 3{ s
3 16 {2 g|g{
0 {
Z 4³ s ´
= 3 16 {2 | |3{
{ g{
0
Z 4³ s ´
= 3 16 {2 (3{ {) g{
0
Z 4 s
= 6{ 16 {2 g{
0
q
= 2 (16 {2 )3 |40
q µ q ¶
3 3
= 2 (16 42 ) 2 (16 02 ) = 128
R 4 R 3{ s
Portanto, o valor da integral 0 {
3 16 {2 g|g{ = 128
Exercı́cios
110
Figura 3.1:
111
paralelepı́pedos, como mostra a Figura 3.3.
Figura 3.2:
Figura 3.3:
Então {U1 > U2 > ==Ul ===Uq }é uma partição de U. Seja |S | o comprimento da
maior de todas as diagonais dos Uq subretângulos.
Seja Dl a área da subregião Ul Para cada l escolhenos um ponto ({l > |l ) 5 Ul .
O produto Yl = i ({l > |l ) Dl é o volume do l ésimo paralelepı́pedo de área Dl e altura
112
i ({l > |l ). Como há q subdivisões, há qparalelepı́pedos. Assim, o volume aproximado
do sólido delimitado superiormente por i ({> |) e inferiormente pela região U é dado por
q
X
Yq = i ({l > |l ) Dl
l=1
RR RR
Observação 5. Se i ({> |) = 1 então i ({> |) g{g| = g{g| é, geometricamente, a
U U
área da região U.
RR
Exemplo 3.6. Calcular o valor da integral 24{|g{g| sendo U a região delimitada
s U
pelas curvas | = {2 e | = {.
4
y
3
-2 -1 0 1 2
x
113
Curvas funções
curva à esquerda {=0
curva à direita {=1
curva inferior | = {2
s
curva superior |= {
O cálculo da integral no exemplo 3.6 foi feito tomando { como variável inde-
pendente.
Vamos calcular a mesma integral tomando | como variável independente.
RR
Exemplo 3.7. Calcular o valor da integral 24{|g{g| sendo U a região delimitada
U
s
pelas curvas { = | 2 e { = |.
y 1.0
0.5
Curvas funções
0.0
0.0 0.5 1.0 1.5 curva à esquerda |=0
curva à direita |=1
{ = |2
curva inferior
s
curva superior {= |
Agora podemos efetuar os cáculos. A curvas à esquerda e à direita são os
limites do primeiro sı́mbolo de integração e as curvas inferior e superior do segundo.
Assim,
114
ZZ Z 1Z I
|
24{|g{g| = 24{|g{g|
U 0 |2
Z 1 I
|
= 12|{2 ||2 g|
0
Z hs
1 ¡ ¢2 i
= 12| ( |)2 | 2 g|
0
Z 1 ¡ 2 ¢
= 12| 12| 5 g|
0
¡ ¢
= 4| 3 2| 6 ||=1
|=0 = 2
Solução: Primeiro vamos fazer o gráfico da região (ver figura 3.4) e a tabela
de limites dessa região.
115
y 15
10
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3
x
Limites R1 R2 R3
curva à esquerda { = 3 { = 1 {=1
curva à direita { = 1 {=1 {=2
curva inferior | = {2 |=1 | = {2
curva superior | =6{ | =6{ | =6{
RR
Assim, a integral dupla g{g| será dada por :
U
Z Z Z Z Z Z Z Z
{g{g| = g{g| + g{g| + g{g|
U U1 U2 U3
Z 31 Z 1 Z 2
= ||63{
{2 g{ + ||63{
1 g{ + ||{63{
2 g{
33 31 1
Z 31 Z Z
¡ ¢ 1 2 ¡ ¢
= 6 { {2 g{ + (6 { 1) g{ + 6 { {2 g{
33 31 1
22 13 39
= + 10 + =
3 6 2
116
Vemos que a região de integração deve ser subdividida em duas sub-regiões
para que o cálculo possa ser efetivado. Portanto, a tabela de limites é dada por
Z Z Z Z Z Z
g{g| = g{g| + g{g|
U U1 U2
Z 4Z I
{= | Z 9Z 63|
= I
g{g| + I
g{g|
1 {=3 | 4 3 |
Z 4 I
Z 9
|
= {|3I| g| + {|63|
3 | g|
I
1 4
Z 4 Z 9
s s s
= ( | ( |)) g| + (6 | ( |)) g|
1 4
61 28 39
= + =
6 3 2
117
Exemplo 3.9. Escreva a integral que representa a área da região delimitada pelas
curvas { = | 2 , | { = 1> | = 1 e | = 1
Solução: A área delimitada pelas curvas pode ser vista na figura 3.5
Inicialmente,
( vamos ( encontrar os pontos
(de interseção
2 2
{=| {=| | =1+{
S (1> 1) T(1> 1) U(2> 1)
|=1 | = 1 | = 1
118
Limites R1
curva à esquerda | = 1
curva à direita |=1
curva inferior {=|1
curva superior { = |2
Z 1 Z |2
8
D= g{g| =
31 |31 3
Frequentemente, a região U sobre a qual está sendo calculada a integral dupla é mais
facilmente descrita por coordenadas polares do que por coordenadas retangulares. Va-
mos descrever o processo para o cáculo de integrais duplas em coordenadas polares. Veja
a figura ??
119
Assim, o volume sob a superfı́cie i (> ) será aproximada pela soma
q
X
Yq = i (nl > nl ) {l l {l
l=1
P
q
Y = lim Yq = lim i (nl > nl ) {l l {l ou
|S |<0 |S |<0 l=1
Z Z 2
Y = i (> ) gg
1
Observação 7. Vimos anteriormente que a partição de uma região U por retas paralelas
aos eixos { e | geram sub-regiões retangulares cujos lados são {{l e {|l e área Dl =
{{l {|l . Pergunta-se: as áreas Dl = {{l {|l e Dl = {l l {l são iguais? É claro
lim {{l {|l
{{{|<0
que não. Porém, = 1 e isso implica em g{g| = gg. Assim, a
lim {l l {l
{{<0
equivalência entre a integral dupla em coordenadas retangulares e a integral dupla em
coordenadas polares é dada por
Z {2 Z |2 Z Z 2
i ({> |) g{g| = i (> ) gg
{1 |1 1
Exemplo 3.10. Escreva a integral, em coordenadas polares, que calcula a área som-
breada 3.6
Solução:
cı́rculo 1: {2 + | 2 = 4 (em cartesianas) = 2 (em polar)
cı́rculo2: ({ 2)2 + | 2 = 4 (em cartesianas) = 4 cos (em polar)
1
a intersecção dos dois: cos = 2
$= 3
A área é Z Z
3
4 cos
D= gg
0 2
em coordenadas polares
120
Figura 3.6: área sombreada
4vhq = 2
1
vhq = 2
assim obtemos
5
= 6
ou = 6
A tabela de limites é dada por
121
Limites R1
arco inferior = 6
5
arco superior = 6
raio menor =2
raio maior = 4vhq
R 56 R 4vhq
D =
2
gg
R 656 2 4vhq
= |
2 2
g
R 6
5
(4vhq)2 2
=
6
2
22 g
R 6
5
=
6
(8vhq2 2) g
R 6
5 ³ ´
8(13cos 2)
=
6
2
2 g
6
R 5
= (4 4 cos 2 2) g
6
¡ 6
¢ 5
= 2 2 vhq2 | 6
¡ ¡ ¢ 6
¡ ¡ ¢ ¢¢
= 2 5 6
2vhq2 5
6
2 6 2vhq2 6
s
= 43 + 2 3
1. Nos items d e e, faça o gráfico, a tabela de limites e escrva a integral que permite
calcular a área da região U delimitada pelas curvas primeiro tomando { como
variavel independente e após tomando | como variável independente.
4{
1. Sendo U a região delimitada pelas curvas | = {2 1, | = 1 {, | = 3
+ 12
9{
e | = 12 2
.
4{ {
2. Sendo U a região delimitada pelas curvas | = 3
+ 83 , | = 2 {, | = 2
2
16 4{
e|= 3
3
.
2. Nos problemas a seguir faça o gráfico e use coordenadas polares para carcular as
integrais
R Rp
1. 14 {2 | 2 g{g| sendo U a região dada por 4 {2 + | 2 9.
U
R Rp
2. 14 {2 | 2 g{g| sendo U a região dada por {2 +| 2 4, { 0 e | 0.
U
R 3 R I93{2 2 3| 2
3. 33
I
3 93{2
h3{ g|g{
122
R 2 R |=3I43{2 g|g{
4. 0 |=0
s
4+ { +| 2
2
RR 1
5. ({2 +|2 )3
g{g| sendo U dada por 4 {2 + | 2 9.
U
123
4. INTEGRAIS TRIPLAS
4.1. Introdução
As integrais triplas, aplicadas sobre sólidos no espaço {|}, são definidas segundo uma
analogia com a definição das integrais duplas aplicadas sobre uma região do plano
{|. Não é nosso objetivo discutir os pormenores da definição pois estes fazem parte do
conteúdo de um texto de cálculo avançado. Vamos esboçar apenas as idéias principais.
Para fixar as idéias vamos supor que o sólido V é um paralelepı́pedo. Uma partição desse
paralelepı́pedo é obtida seccionando-o com qplanos paralelos aos eixos coordenados,
conforme ilustra a figura 4.1
Figura 4.1:
124
P
q
pq = i ({Wl > |lW > }lW ) {{l {|l {{l
l=1
ou
ZZZ
p= i ({> |> }) g{g|g}
V
Tabela de limites
Curvas equações
Curva à esquerda {=d
Curva à direita {=e
Curva inferior | = |1 ({)
Curva superior | = |2 ({)
Superfı́cie inferior } = i({> |)
Superfı́cie superior } = j({> |)
125
Exemplo 4.2. Determine o volume do sólido delimitado pelos planos } = 0> | = 0 > { =
{ }
0e|+ 2
+ 4
=2
Agora, vamos escolher o plano {| (ver figura 4.3) para fazer a projeção
(poderia ser outro)
Limites R1
à esquerda {=0
à direita {=4
curva inf |=0
{
curva sup | =2 2
sup inf }=0
{
sup sup } = 4(2 2
|)
126
2.0
y
1.5
1.0
0.5
0.0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0
x
Z 4Z 23 {2 Z 4(23 {2 3|)
Y = g}g|g{
0 0 0
Z 4Z 23 {2
4(23 {2 3|)
= } |0 g|g{
0 0
Z 4Z 23 {2
= 8 2{ 4|)g|g{
0 0
Z 4
23 {
= (8| 2{| 2| 2 ) |0 2 g{
0
Z 4" µ ¶ µ ¶2 #
1 1
= 2{ { 2 4{ 2 { 2 + 16 =
0 2 2
Z 4· ¸
1 2 32
= { 4{ + 8 g{ =
0 2 3
32
logo, o volume Y = 3
u.v
Exemplo 4.3. Calcular o volume do sólido delimitado pela interseção dos cilindros
} 2 + {2 = 9 e | 2 + {2 = 9 no I octante.
127
volume delimitado
Como o sólido faz parte do I octante, temos os planos } = 0> | = 0 e } = 0
delimitando o sólido.
Limites R1
à esquerda {=0
à direita {=3
curva inf |=0
s
curva sup | = 9 {2
sup inf }=0
s
sup sup } = 9 {2
Z 3Z I Z I
93{2 93{2
Y = g}g|g{
0 0 0
Z 3Z I
93{2 s
= 9 {2 g|g{
Z0 3 s 0
I
2
= | 9 {2 |0 93{ g{
Z0 3
= (9 {2 )g{
0
{3 3
= 9{ | = 27 9 = 18
3 0
Logo o volume do sólido é Y = 18xy
128
Igualando as duas equações obtemos a parábola | = {2 4. Desse modo, no plano {|, a
região de integração é delimitada pelas curvas | = {2 4, | = 0 e | = 5. Para diminuir
o trabalho no processo de integração é conveniente tomar | como variável independente.
Desse modo a tabela de limites é dada por ( Veja o gráfico ??)
Tabela de limites
Curvas equações
Curva à esquerda |=0
Curva à direita |=5
s
Curva inferior {= |+4
s
Curva superior {= |+4
Superfı́cie inferior } =5|
Superfı́cie superior } = 9 {2
129
R 5 R I|+4 R 93{2
Y = I g}g{g|
|+4
R05 R3I|+4 53|
2
= 3
I
|+4
}|93{
53| g{g|
R05 R I|+4
= I (9 {2 (5 |)) g{g|
R05 R3I|+4
|+4
= 0
I
3 |+4
(4 {2 + |) g{g|
Como a superfı́cie é simétrica em relação ao eixo | podemos escrever
R 5 R I|+4
=2 0 0 (4 {2 + |) g{g|
R5 ³ ´ I
= 2 0 4{ {3 + |{ |0 |+4 g|
3
µ I ¶
R5 s ( |+4)
3
s
=2 0 4 |+4 3
+ | | + 4 g|
R 5 8p³ p ´
2
= 2 0 3 (| + 4) + 3 | (| + 4) g|
³p ´3 ¡s ¢5 ¡s ¢3
= 2[ 16
9
(| + 4) + 15 4
| + 4 169
| + 4 ]|50
· ³ ´5 ¸
4
p
= 2 15 (| + 4) |50
· ³ ´5 ³ ¡s ¢5 ´¸
4
p 4
= 2 15 (5 + 4) 15 4
h ¡s ¢3 ¡s ¢5 ³ ¡s ¢3 ¡s ¢5 ´i
= 2 89 9 + 15 4
9 89 4 + 15 4
4
£ 8 4
¡ ¢¤
= 2 9 (27) + 15 (243) 89 (8) + 15 4
(32)
1688
= 15
= 112= 53xy
Exemplo 4.5. Faça a tabela de limites e escreva a integral que permite calcular a massa
do sólido delimitado pelas superfı́cies {2 + | 16 = 0, { + | 4 = 0, | = 2{ + 13 , } = 0
e } = 10 sendo a densidade g ({> |> }) = {|}
Vamos
; inicialmente identificar as superfı́cies:
A { + | 16 = 0 cilindro parabólico
A 2
A
A
A
A
A
? { + | 4 = 0 plano
| = 2{ + 13 plano
A
A
A
A } = 0 plano
A
A
A
= } = 10 plano
Agora, vamos fazer uma projeção no plano {|, conforme figura 4.4
LImites R1 R2
à esquerda { = 3 {=1
à direita {=1 {=4
curva inf | =4{ | =4{
curva sup | = 2{ + 13 | = 16 {2
sup inf }=0 }=0
sup sup } = 10 } = 10
130
y 20
10
-4 -2 2 4
-10
x
P = p1 + p2
Z 1 Z 2{+13 Z }=10 Z 4Z |=163{2 Z }=10
P= {|}g}g|g{ + {|}g}g|g{
33 |=43{ }=0 1 |=43{ }=0
Uma integral tripla pode ser convertida em coordenadas cilı́ndricas seguindo o processo
descrito a seguir.
Sejam 0 e 1 tais que 0 ? 1 0 2 e suponhamos que 1 e 2 são funções
contı́nuas de tais que 0 1 () 2 () seja verdadeiro para todos os valores tais
que 5 [1 > 2 ]. Sejam i (> ) e j (> ) funções contı́nuas tais que i (> ) j (> ) seja
verdadeiro para todo valor de com 5 [1 > 2 ] e todo 1 () 2 (). Seja V o sólido
contituido por todos os pontos cujas coordenadas cilı́ndricas satisfaçam as condições
0 1 , 1 () 2 () e i (> ) j (> ). Então temos a tabela de limites
Tabela de limites
Curvas equações
Arco inferior 1
Arco superior 2
Curva inferior 1 ()
Curva superior 2 ()
Superfı́cie inferior } = i (> )
Superfı́cie superior } = j (> )
E a integral tripla
Z eZ |2 ({) Z j({>|)
i ({> |> }) g}g|g{
d |1 ({) i ({>|)
131
Figura 4.5:
2.0
y
1.5
1.0
0.5
projeção no plano xy
132
Figura 4.6:
Z Z 2vhqw
2
= } |1+
0 gg
0 0
Z Z 2vhqw
= (1 + 2 )gg
0 0
133
Z Z 2vhqw
= ( + 3 )gg
0 0
Z
2 4 2vhq
= ( + | )g
0 2 4 0
Z
= (2vhq2 g + 4vhq4 )g
0
Z
1 cos 2 2
= (1 cos 2) + 4( ) )g
0 2
Z
= (1 cos 2 + 1 2 cos 2 + cos2 2)g
0
Z Z
= (1 cos 2 + 1 2 cos 2)g + cos2 2)g
0 0
Z
3vhq2 1 + cos 4
= 2 |0 + g
2 0 2
vhq4
= 2 + ( + |0 )
2 8
5
= 2 + =
2 2
5
Logo o volume desse sólido é Y = 2
x=y
Exemplo 4.7. Represente graficamente o sólido cujo volume é dado pela integral:
Z 2 Z 2Z 432 cos2
g}gg
0 0 0
134
Considerando os arcos inferior e superior concluı́mos que a base do sólido
está projetada sobre todos os quadrantes, pois temos 0 2= Como o 0 2
o raio varia fixamente, portanto, lateralmente temos um cilindro centrado na origem
{2 + | 2 = 4= Inferiormente temos } = 0 e superiormente o cilindro parabólico } = 4 {2
(observe que 2 cos2 = {2 )
Portanto, temos o sólido, conforme ilustra a figura 4.7
135
Curvas equações
Arco inferior 1 = 0
Arco superior 2 = 2
Curva inferior 1 = 0
Curva superior 2 = 2 cos
Superfı́cie inferior }=0
Superfı́cie superior } = 9 2
³ ´
{
=2
ou
2 = 2{
{2 + | 2 = 2{ ou
2 2
{ + | 2{ = 0 rx
({ 1)2 + | 2 = 1
136
Assim, a integral
Z Z 2 cos Z 932
2
2 g}gg
0 0 0
Z Z Z Z 2Z I Z
2
2 cos 932
2
2{3{2 93{2 3| 2 p
g}gg = {2 + | 2 g}g|g{=
0 0 0 0 0 0
As integrais triplas podem ser convertidas para coordenadas esféricas de acordo com o
processo descrito a seguir (veja a figura 4.8)
Sejam 0 > 1 > !0 > !1 > 0 e 1 tais que 0 ? 1 0 2 e 0 0 ? 1 .
Suponhamos que o sólido V seja constituido por todos os pontos cujas coor-
denadas esféricas (> > !) tais que
137
0 1 0 1 !0 ! !1
Lembrando que o ponto S ({> |> }), em coordenadas esféricas é dado por
S (> > !) em que { = cos vhq!, | = vhqvhq!, } = cos ! e 2 = {2 + | 2 + } 2 .
Considerando os acréscimos atribuidos a cada variável obtemos os pontos:
S (> > !)
T (> > ! + g!)
U (> + g> !)
W ( + g> + g> !)
¯ ¯ ¯ ¯
¯RX ¯ = ¯RT¯ vhq! = vhq!
Portanto,
¯ ¯¯ ¯¯ ¯
gY = ¯S W ¯ ¯TU¯ ¯S T¯
= g (g!) (vhq!g)
2 vhq!gg!g
138
Lembrando que em coordenadas retangulares tem-se gY = g{g|g} e, por-
tanto, a equivalência
g{g|g} = 2 vhq!gg!g
Seja i ({> |> }) uma função definida em todos os pontos do sólido V e cada
ponto S ({> |> }) pode ser escrito em coordenadas esféricas i (> > !). Então podemos
escrever
Z {1 Z |1 Z }1 Z 2 Z !2 Z 2
i ({> |> }) g}g|g{ = i (> > !) 2 vhq!gg!g
{0 |0 }0 1 !1 1
Exemplo 4.9. Mostre, usando coordenadas esféricas, que o volume de uma esfera de
4u3
raio u é Y = 3
-4 2
-2
z 00 2 4
-4 -2 -2 0
2
x -4
y
4
R 2 R R U
Y = 0 0 0
2 sin !gg!g = 43 U3
139
Figura 4.9: volume delimitado
determinar o volume do sólido dentro da esfera entre os dois cones. Veja a figura 4.9 no
primeiro octante.
Vamos determinar as curvas ( de interseção e projetadas
( sobre o plano {|.
2 2 2
} ={ +| } = 3{2 + 3| 2
2
Resolvemos os sistemas de equações e temos,
{2 + | 2 + } 2 = 4 {2 + | 2 + } 2 = 4
{2 + | 2 + {2 + | 2 = 4 h {2 + | 2 + 3{2 + 3| 2 = 4
2{2 + 2| 2 = 4 4{2 + 4| 2 = 4
{2 + | 2 = 2 {2 + | 2 = 1
O volume do sólido será dado pela diferença entre o volume do sólido delim-
itado pela esfera {2 + | 2 + } 2 = 4 e o cone } 2 = {2 + | 2 e o volume do sólido delimitado
pela esfera } 2 = {2 + | 2 e o cone } 2 = 3{2 + 3| 2 . As tabelas de limtes são:
140
Portanto, o volume será dado por
Z I
2 Z I
23{2 Z s43({2 +|2 ) Z 1 Z I
13{2 Z s43({2 +|2 )
Y = I I s g}g|g{ I s g}g|g{
3 2 3 23{2 {2 +| 2 31 3 13{2 3{2 +3|2
Z =2 Z != 4
3 2
= | vhq!g!g
=0 != 6 3 0
Z =2 Z != 4
8
= vhq!g!g
=0 != 6 3
Z =2
8
= cos !| 4 g
=0 3 6
Z Ã s s !
=0
8 2 3
= + g
=2 3 2 2
141
às s !
8 2 3
= + |2
0
3 2 2
4 ³s s ´
= 3 2
3
Exemplo 4.10. Escreva em coordenadas retangulares a integral
Z Z Z 4
2 3
4 vhq!gg!g=
0 6
0
R
Solução: O sı́mbolo 0
2
significa que a região de integração está situada no
primeiro quadrante.
R 3
O sı́mbolo indica que o sólido de integração é delimitado pelos raios cujas
6 I s
retas tem coeficientes angulares wj 6 = 33 e wj 3 = 3.
R4
E o sı́mbolo 0 indica que o sólido é também delimitado pela esfera de raio
= 4, ou seja {2 + | 2 + } 2 = 16.
I I I
Do coeficiente angular wj 6 = 3
3
obtemos as retas } = 3
3
{ e } = 3
3
| as quais
2 2
pertencem a interseção do cone } 2 = {3 + |3 com os planos {} e |}, respectivamente.
s s s
Do coeficiente angular wj 3 = 3 obtemos as retas } = 3{ e } = 3| as
2 2 2
quais pertencem a interseção do cone } = 3{ + 3| com os planos {} e |}, respectiva-
mente. ( (
{2 + | 2 + } 2 = 16 {2 + | 2 + } 2 = 16
Resolvendo os sistemas de equações 2 2 e
} 2 = {3 + |3 } 2 = 3{2 + 3| 2
obtemos as curvas que delimitam a região de integração para o cálculo da integral rela-
tiva a parte da esfera que está localizada dentro de cada um dos cones.
Em ambos os casos, substituindo a segunda equação na primeira temos
{2 + | 2 + } 2 = 16 {2 + | 2 + } 2 = 16
{2 |2
{2 + | 2 + 3
+ 3
= 16 3{2 + 3| 2 + {2 + | 2 = 16
4{2 4| 2
3
+ 3
= 16 {2 + | 2 = 4
2 2
{ + | = 12 donde
s
donde | = 4 {2
s
| = 12 {2
A integral Z Z Z
2 3
4
4 vhq!gg!g
0 6
0
142
é dada pela diferença entre a integral calculada sobre o sólido delimitado pelas superfı́cies
2
{2
{2 + | 2 + } 2 = 16 e } 2 = 3
+ |3 e o sólido delimitado pelas superfı́cies {2 + | 2 + } 2 = 16
e } 2 = 3{2 + 3| 2 . Como a integral está multiplicada por quatro significa que devemos
considerar os quatro quadrantes. Assim, a tabela de limites para os sólidos de integração
é dada por
Z I
12 Z I
123{2 Z s163({2 +|2 ) Z 2 Z I
43{2 Z s163({2 +|2 )
g}g|g{ g}g|g{
L= I I t p I s p
3 12 3 123{2 {2
3
2
+ |3 {2 + | 2 + } 2 32 3 43{2 3{2 +3| 2 {2 + | 2 + } 2
143
4.6. Exercı́cios Referente ao Trabalho
Trabalho valendo até 2 pontos na nota da terceira prova . Para fazer jus aos dois pontos
devem ser cumpridas as seguintes condições:
144
8. Determinar o volume do sólido limitado acima pelo cilindro } = 4{2 > lateralmente
pelo cilindro {2 + | 2 = 4 e inferiormente por } = 0 Resp=12
145
23. Determine o volume do sólido delimitado pelas superfı́cies } = {2 , } = 8 {2 ,
| = 0 e } + | = 9= Resp= 320
3
146
4.7. Exercı́cios Gerais
RR
1. Calcule a .({ + 3|)gD, sendo G a região triangular de vértices (0> 0)> (1> 1) e
G
(2> 0) resp 2
RR
2. Calcule s 1
gD, sendo D a região do semiplano { > 0 interna à cardióide
{2 +| 2
G
= 1 = cos e externa à circunferência = 1
{2 | 2 2 2{| d2 e2
( + ) = . uhvsrvwd =
d2 e2 f2 f2
4. O centro de uma esfera de raio u está sobre a superfı́cie de um cilı́ndro reto cuja
base tem raio igual a 2u . Encontre a área da superfı́cie cilı́ndrica que fica no interior
da esfera. Resposta 4u2 .
{2 + | 2 + 2| = 0, } = 0, } = 4 + |
147
12. Determinar o volume do sólido delimitado pelas superfı́cies
16d3
{2 + | 2 = d2 e {2 + } 2 = d2 . Resp 3
.
148