Apostila Propagação
Apostila Propagação
Apostila Propagação
INTRODUÇÃO
1
diretamente de espécies silvestres, mas, sob o cuidado do Homem, evoluíram a
‘tipos’ que diferiam completamente dos seus ancestrais silvestres; como exemplo
deste grupo podem citar-se o tomate, a cevada e o arroz. Segundo, outras se
originaram por hibridação entre espécies, acompanhadas de mudanças no
número de cromossomos, estas plantas se conhecem somente em formas
cultivadas e não se encontram tipos silvestres. Neste grupo se encontram o milho,
o trigo, o fumo, a pereira e a ameixeira. Terceiro, aparece outro grupo de plantas
cujas formas raras diferem das demais da sua espécie e as quais, embora
inadaptadas a um ambiente natural são úteis ao Homem; entre elas estão o
repolho, os brócolis, a couve-de-Bruxelas.
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ESQUEMA DE MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO DE PLANTAS COM
EXEMPLOS TÍPICOS
I. Sexuada.
D. Mergulhia
E. Separação
F. Divisão
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(2) Filhotes (abacaxi, sempre-viva - Helichrysum macrantha -, datil)
H. Enxertia de garfagem
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(b) De coroa (diversas árvores frutíferas)
I. Enxertia de gema
(4) Em I (nogueira-pecã)
J. Micropropagação
O ciclo de vida de uma planta que produz sementes pode ser dividido em duas
grandes fases: vegetativa e reprodutiva. Estas fases são compostas pelas
seguintes etapas: a) germinação da semente; b) crescimento vegetativo; c)
indução da floração; d) iniciação e desenvolvimento da flor; e) floração
(desenvolvimento dos gametófitos masculinos e feminino, crescimento a abertura
da flor, polinização e fertilização); f) desenvolvimento do fruto e da semente; e g)
maturação do fruto e disseminação da semente. No ESQUEMA 1, são
demonstrados estes ciclos.
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Esquema 1: Ciclo de vida de uma planta.
Quando uma planta é produzida por outro método de propagação, tal como a
estaquia, a enxertia, a mergulhia e a micropropagação, o desenvolvimento segue,
em geral, a mesma seqüência daquela planta obtida por semente, descartando-se
a etapa da germinação, embora a duração do período vegetativo, via de regra,
seja menor. Esta menor duração da fase vegetativa, quando da reprodução
assexuada, deve-se à utilização de material colhido em partes da planta matriz
que já ultrapassaram a fase juvenil. Uma planta em fase de juvenilidade tende a
não responder aos estímulos indutores do florescimento, sejam eles internos
(fitohormônios) ou externos (temperatura, fotoperíodo, umidade do solo, entre
outros).
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nas plântulas. Formam-se novas plantas que diferem em características dos seus
progenitores.
Propagação Assexuada
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sexuada. Assim sendo, a propagação assexuada é imprescindível em casos em
que há interesse em manter a identidade do genótipo, ou seja, obter-se um
número infinito de plantas com a mesma constituição genética a partir de um único
indivíduo.
8
Figura 2: Locais da planta onde ocorre a mitose.
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clones. Algumas das soluções que podem ser apontadas neste caso são o cultivo
de meristemas, a termoterapia, podas drásticas na planta-matriz, a fim de
estimular a produção contínua de brotações juvenis para propagações
subseqüentes, entre outros, bem como o uso associado deste métodos. Um meio
de preservar o clone e eliminar um vírus é proporcionado pelo cultivo de plântulas
apomíticas, como tem sido usado em Citrus para obtenção de plântulas nucelares
que são a base de novas estirpes, "livres de vírus", de variedades antigas que se
encontram fortemente afetadas por viroses. Os clones, uma vez testados e
aprovados, podem ser mantidos em jardins clonais, que seriam a fonte de material
vegetativo para uso subseqüente, sem a necessidade de coletar propágulos de
indivíduos mais idosos e o conseqüente risco de transmissão de doenças. Esses
jardins clonais devem ser mantidos em condições que impeçam a contaminação e
que permitam esclarecer qualquer mudança em relação ao tipo original.
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tecnologia adequada, no próprio viveiro. Materiais importados devem ser
submetidos à quarentena, atividade de responsabilidade do Ministério da
Agricultura e órgãos de pesquisa a ele vinculados. Após obtido, o material deve
ser testado (caso isso não tenha sido feito previamente), para verificar se não está
contaminado por pragas ou doenças, principalmente viroses. A verificação da
ocorrência de virose em uma planta matriz pode ser realizada através de três
técnicas: a) indexação através de inoculação mecânica sobre plantas herbáceas;
b) indexação através de enxertia em plantas indicadoras e c) indexação através de
testes serológicos, como o teste de ELISA (Enzyme Linked Immunoabsorbant
Assay).
VANTAGENS DESVANTAGENS
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I. Propagação Sexuada
12
Fig.3: Esquema da meiose.
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Figura 4: Diagrama que representa o ciclo sexual das Gimnospermas (Araucaria), mostrando a
meiose e a fertilização.
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casos: a) obtenção de clones nucelares (ou cultivares revigoradas), o que é
comum em espécies cítricas; b) obtenção de plantas homozigotas e c) propagação
de plantas que não podem ser multiplicadas por outro meio. A principal
desvantagem da propagação por sementes, além da segregação genética nas
plantas heterozigotas, provocando dissociação de caracteres, é o longo período
exigido por algumas plantas para atingir a maturidade, embora haja algumas
exceções, como é o caso do maracujazeiro, cujo período improdutivo é
semelhante entre plantas oriundas de propagação sexuada e assexuada.
Figura 5: Diagrama que representa o ciclo sexual das Angiospermas, mostrando a meiose e a
fertilização.
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melhor adaptados a esse ambiente tendem a sobreviver e a produzir a geração
seguinte.
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Do ponto de vista do manejo da semente, não sempre é possível separá-la do
fruto, já que às vezes formam uma unidade. Nesses casos, o fruto mesmo se trata
como ‘semente’, como ocorre com o milho e o trigo.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Apomixia
17
Os Tipos de apomixia são:
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Figura 7: Desenvolvimento de embriões nucelares em Citrus.
Poliembrionia:
O fenômeno pelo qual existem dois ou mais embriões numa semente se chama
poliembrionia. Pode ser resultado de várias causas. A embrionia nucelar, como
descrita para Citrus, é uma causa. O desenvolvimento ocasional de mais de um
núcleo no saco embrionário (em adição ao núcleo da oosfera) é outra. A divisão
do proembrião durante os primeiros estágios do desenvolvimento é de ocorrência
comum nas coníferas e leva à produção de embriões múltiplos.
Significado da apomixia
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contraste com as ocasionais plântulas híbridas, mais fracas e variáveis, que
também podem ocorrer. Malus toringoides e Malus sikkimensis são espécies de
macieira apomíticas quando se autopolinizam, entretanto, se ocorre polinização
cruzada produzem grandes proporções de sementes híbridas. Algumas espécies
de gramíneas são apomíticas facultativas. Por exemplo, entre as plantas de grama
azul de Kentucky (Poa pratensis) se encontram tanto indivíduos apomiticos como
de reprodução sexuada; num estudo encontro-se que 85% das plantas eram
produzidas por apomixia. Algumas gramíneas forrageiras, como Andropogon,
Paspalum notatum e Bouteloa curtipendula, são exemplos de cultivares
apomíticas.
Tipos de polinização
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casos, a produção da semente é em parte sexuada e em parte apomítica. Quando
se cultivam plantas para semente é importante saber qual desses processos
predomina.
21
Plantas de polinização cruzada
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se semeiam em sulcos, um sulco macho por três sulcos fêmea. Não se deixa que
os sulcos fêmea produzam pólen, isto se consegue retirando as flores masculinas
ou usando plantas com esterilidade masculina (introdução de um gene de
esterilidade).
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Cultivares transgênicas
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3) Deve-se usar semente local sempre que possa se dispor de populações
locais. Por ‘semente local’ entende-se semente proveniente de uma área
exposta a influências climáticas semelhantes e esta pode, em geral, que
fique dentro 160 km da semeadura e dentro dos 300 m de altura
geográfica.
25
ocorrer num arboretum. A polinização com tipos indesejados pode anular o valor
potencial de uma fonte específica de sementes por produzir uma variabilidade
excessiva e não predecível. Por exemplo, antes da Primeira Guerra Mundial, se
produziam plântulas da pereira ‘Old French’ de sementes obtidas na Europa, de
árvores de Pyrus communis, nas quais se apresentava uma grande variabilidade
devido à hibridação com Pyrus nivalis. As plantas obtidas dessas fontes
resultaram num grupo heterogêneo, de muitas espécies e híbridos.
Prova da descendência
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Procedimentos para a seleção de sementes de plantas lenhosas
As árvores fora de tipo ou aquelas que não alcançam as normas mínimas são
eliminadas. Podem-se também remover outras árvores ou arbustos que possam
interferir com as operações. Ao redor da zona deve se estabelecer uma faixa de
isolamento não menor a 120m. A descendência das árvores produtoras de
sementes pode ou não haver sido provada antes da implantação da área.
27
preta do norte da Califórnia (Juglans hindsii) onde se sabe que á cruzamento
natural com o pólen da nogueira inglesa (Juglans regia) vizinha. As árvores que
servem para obter semente se identificam por médio da prova de descendência.
As plântulas individuais de ‘Paradox’ são identificadas no viveiro pelo seu vigor e
características das folhas, essas árvores F1, são utilizadas como porta-enxertos ou
paisagismo.
28
O isolamento adequado das plantas de polinização cruzada também é de
importância e este fator pode determinar a seleção das áreas produtoras de
sementes.
Processo de germinação
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estádio é a digestão enzimática dos complexos materiais de reserva insolúveis, a
formas solúveis que são translocadas às zonas de crescimento ativo. Um quarto
estádio é a assimilação dessas substâncias nas regiões meristemáticas
proporcionando energia para o crescimento. No quinto estádio, a plântula cresce
pelo processo ordinário de divisão. A plântula depende das reservas da semente
até o momento em que as folhas possam funcionar em forma adequada a
fotossíntese.
30
Viabilidade das sementes
31
Controle da germinação
Dormência de sementes
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Há diversas classificações para a dormência. Em uma delas são definidos dois
tipos: a) dormência primária (que se manifesta ainda durante a maturação da
semente) e b) dormência secundária (quando as sementes são induzidas a entrar
em dormência devido a condições ambientais desfavoráveis, tais como elevadas
temperaturas e falta de oxigênio).
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Essa exigência levou à prática chamada de estratificação. Como exemplo podem
citar-se as sementes de macieira, pereira, pessegueiro, entre outras.
c) Dormência interna, que pode ser dividida em: dormência fisiológica, que
ocorre devido a mecanismos internos de inibição e que tende a desaparecer com
o armazenamento a seco das sementes; dormência interna intermediária,
característica de coníferas e induzida pelos envoltórios ou tecidos de
armazenamento de semente; dormência do embrião, quando o embrião, mesmo
separado da semente tem difícil germinação, e dormência do epicótilo.
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a) Escarificação, quando o tegumento é danificado, de forma a facilitar a
entrada de água e a expansão do embrião. Deve-se tomar cuidados para evitar
que o tratamento venha a danificar também o embrião. A escarificação pode ser
feita através de duas técnicas: escarificação mecânica (leguminosas de sementes
pequenas, algumas árvores), esfregando-se as sementes contra superfícies
abrasivas – lixa, pedra, areia, e escarificação ácida, normalmente com uso de
ácido sulfúrico. O tempo de escarificação dependerá essencialmente da
espessura e resistência física do tegumento;
35
Fatores que afetam a germinação das sementes
Seleção dos frutos: devem ser selecionados frutos maduros e sadios, uma
vez que frutos atacados por microorganismos podem resultar no ataque de
doenças às plântulas.
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visando conferir às plantas na sementeira o máximo de uniformidade. Esta
seleção pode ser feita com base no tamanho ou peso, podendo-se dividir o total
de sementes em lotes, que serão semeados separadamente. Embora seja
recomendável que o intervalo entre a extração e a semeadura seja o menor
possível, em certas situações pode ser necessário o armazenamento das
sementes. Para tanto, utilizam-se, normalmente, condições de baixa temperatura
e baixa umidade. A viabilidade das sementes após o armazenamento é resultante
das condições em que o armazenamento foi efetuado, da viabilidade inicial da
semente e da taxa de deterioração da semente durante o armazenamento, que é
função do potencial genético de armazenamento.
37
que a semeadura direta e, só se justifica com material valioso ou sementes caras,
quando as mudas são difíceis de à intempérie sob condições extremas ou para
obter os benefícios de uma produção antecipada.
Instalações
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conseqüência, maior a facilidade das mudas morrerem quando da sua
transferência para o pomar. O tipo de tela mais utilizado é o que permite um
sombreamento de 50%. O telado pode ter diferentes dimensões, podendo ser
permanente ou temporário. O telado pode ser ou não dotado de sistema de
irrigação por nebulização.
39
FIGURA 11: Estufa com tela antofídeos.
40
citados os seguintes: aumento da dependência da planta em relação ao homem,
elevado custo de implantação, aumento da sensibilidade e ocorrência de doenças
e dificuldades na aclimatação.
41
Figura 12: Estufas climatizadas
42
f) Estufins, que são, na verdade, pequenas estufas, com maior versatilidade,
menor custo e menor tamanho. Os estufins são construídos, normalmente, em
madeira e com cobertura de polietileno e podem ser utilizados tanto para a
produção de mudas através de sementes quanto através de estacas
semilenhosas.
SUBSTRATOS E RECIPIENTES
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originará plantas com problemas de desenvolvimento e com reflexos negativos
sobre a futura produção.
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Características do Substrato
Além disso, um bom substrato deve ser de baixa densidade e deve ter uma
composição química e física equilibrada, elevada CTC, boa capacidade de
45
aeração e drenagem, boa coesão entre as partículas e adequada aderência junto
às raízes. Podem ser úteis, na avaliação de um substrato, parâmetros físicos tais
como a porosidade total, densidade, proporção do tamanho de partículas, espaços
com ar e água, condutividade hidráulica saturada e insaturada.
Utilização
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A associação de materiais, especialmente em mistura com o solo, permite
melhor as condições para desenvolvimento das mudas. Assim, a grande maioria
dos trabalhos com substratos na fase de desenvolvimento de mudas inclui
misturas de solo(s), vermiculita e materiais orgânicos na etapa de
desenvolvimento das mesmas. É aconselhado misturar-se ao solo materiais como
areia e materiais orgânicos, como forma de melhorar a textura e propiciar
melhores condições para o desenvolvimento das mudas. Em misturas, o solo e a
turfa participam como retentores de umidade e nutrientes e a areia, serragem ou
casca de arroz, como condicionadores físicos. A mistura com materiais orgânicos
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beneficia as condições físicas do substrato e fornece nutrientes, favorecendo o
desenvolvimento das raízes e da planta como um todo.
Mesmo que um substrato possa não reunir todas estas qualidades, deve-se
selecionar aquele que reúne o maior número de vantagens, pois isto está
estreitamente relacionado com a eficiência do sistema de propagação e da
viabilidade de uso de recipientes. Assim, a escolha do recipiente deve considerar
as qualidades de cada material, o método de propagação e os efeitos que ele
proporciona sobre o crescimento da muda.
Recipientes
48
a evolução tecnológica dos sistemas de propagação, pois são ferramentas
indispensáveis na produção intensiva de mudas. Na medida em que se avança na
pesquisa de substrato para a propagação, os recipientes assumem cada vez mais
importância. Embora, em diversos casos a produção de mudas diretamente no
viveiro, dispensando o uso de recipientes, possa ser mais econômica, cada vez
mais a produção de mudas embaladas vem sendo adotada. Mesmo nesses casos,
os recipientes podem tomar parte em alguma das etapas da propagação. É o caso
de mudas cítricas – o porta-enxerto pode ser inicialmente desenvolvido em tubetes
ou bandejas e após, as mudas são transferidas para o viveiro, onde são mantidas
até a comercialização. Em outras situações, toda a produção da muda pode ser
feita em um ou mais recipientes.
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Três aspectos são essenciais quando da produção de mudas em
recipientes:
50
Tipos de Recipientes
51
Além disso, se as perfurações devem estar localizadas próximo à base da
embalagem, caso contrário, não permitem um bom escoamento da água em
excesso, prejudicando o crescimento da muda. É importante atentar-se para a
qualidade do plástico, além do número e posição das perfurações no momento da
aquisição.
52
todo o substrato – por isso, são úteis para a primeira etapa da propagação, além
de necessitarem de irrigações periódicas, visto que o substrato facilmente se
resseca. Dependendo do substrato, o tubete pode não reter o mesmo, que é
perdido pelo orifício na base.
53
Figura 16: estaquia em bandejas plásticas
54
grande volume de substrato, de modo a permitir que a muda seja mantida neste
recipiente desde a repicagem da muda (produzida em tubetes ou bandejas) até a
comercialização e apresentam diversas vantagens, dentre as quais a facilidade de
manuseio da muda, a possibilidade de produção de mudas numa mesma área
durante vários anos (desde que o substrato seja oriundo de local isento de
patógenos), bem como permitindo o plantio da muda no pomar sem danos ao
sistema radicular. Uma das principais limitações ao uso do citropote é o levado
custo.
55
Semeadura direta
56
determinada, se pode calcular a densidade de semeadura requerida si se conhece
a percentagem de germinação, a percentagem de pureza e o número de
sementes por unidade de peso:
57
cobertura com palha ou outro material. Esta prática visa, além de manter a
umidade, controlar a incidência de invasoras. Outro cuidado essencial é quanto à
incidência de pragas e doenças, principalmente do "damping-off" (causado
principalmente por fungos dos gêneros Pythium, Rhizoctonia e Phytophthora).
Estas doenças são favorecidas pela elevada densidade de plântulas, alta umidade
na sementeira, bem com pela grande sensibilidade das plântulas aos patógenos.
Para tanto, é necessário o constante monitoramento e controle das pragas e
patógenos, normalmente com uso de defensivos. O controle de invasoras é
essencial nesta fase, podendo ser feito manualmente ou com uso de herbicidas.
58
pessegueiro, por exemplo, pode ser feita a semeadura direta no local onde
posteriormente será feita a enxertia. Em outras situações, devido à elevada
sensibilidade das plantas ao estresse da repicagem, a semeadura pode ser feita
em uma embalagem (saco plástico de dimensões grandes), com posterior enxertia
estando a muda nesta embalagem. Esta técnica é adotada em abacateiro.
59
métodos. Algumas plantas como milho, feijão, pepino, vagem, ervilha, melancia,
cenoura, almeirão e rabanete não toleram o transplante e quase sempre são
semeadas diretamente no campo. Já beterraba, brócolis, repolho, couve-flor,
alface, tomate, morango e chicória são tolerantes. E outras como salsão, berinjela,
cebola e pimentão, necessitam certo cuidado. Esta classificação refere-se ao
transplante de mudas de raízes nuas. O comportamento das plantas pode mudar
completamente quando formadas em recipientes, ou transplantadas com torrão.
ESTAQUIA
60
As estacas podem ser retiradas tanto da parte aérea quanto da parte
subterrânea da planta original. Quando retirada da parte aérea ela pode ser
herbácea ou lenhosa ao passo que as estacas radiculares são lenhosas. Existem
três tipos básicos de estacas: foliar, radicular e caulinar. Em fruticultura,
praticamente não se utilizam estacas foliares, sendo seu uso mais freqüente na
propagação de plantas ornamentais.
A. Estacas foliares
61
meio de enraizamento úmido, as plantas jovens abrem caminho rapidamente
através da epiderme foliar formando raízes, após varias semanas formam-se
muitas plantas independentes, morrendo a folha original. Assim, pois, as novas
plantas se desenvolvem dos meristemas primários latentes que não alcançaram
características maturas.
62
A.2.Estacas de folha com meristemas secundários: nas estacas de folhas
de algumas plantas, como Begonia rex, Sedum, violeta africana (Saintpaulia),
Sansevieria, Crassula e lírios (Lilium), se desenvolvem novas mudas de
meristemas secundários que se originam de células maduras na base do limbo da
folha ou do pecíolo.
63
porque embora se possam desenvolver raízes adventícias na base do pecíolo,
não é provável que se forme um caule adventício.
Estacas de raiz
64
Estacas caulinares
65
beneficiam do aquecimento basal. Exemplos de plantas ornamentais propagadas
por estacas semi-lenhosas: Camélia, azevinho, Fuchsia, Erica.
Simples
Com talão
Em cruzeta
66
Figura 23. Estacas caulinares lenhosas simples de videira
67
(as iniciais da raiz); b) diferenciação desses grupos de células em primórdios de
raiz reconhecíveis; e c) desenvolvimento e emergência das novas raízes, incluindo
a ruptura de outros tecidos do caule e a formação de conexões vasculares com os
tecidos condutores da estaca. Neste tipo de estacas, as raízes adventícias se
originam e desenvolvem vizinhas e para o exterior do cilindro central do tecido
vascular (câmbio e células muito jovens do floema). Ao emergir do caule, a raiz
adventícia geralmente já tem diferenciados uma coifa e os sistemas de tecidos
normais da raiz, bem como uma conexão vascular completa com o caule do qual
se originou.
68
Ao selecionar o material para a coleta e preparação de estacas deve-se
considerar: a) condição fisiológica da planta-mãe; b) idade da planta-mãe; c) tipo
de estaca; d) época do ano; e) posição na copa; e f) estádio de maturação.
Há muitas evidencias indicando que a nutrição da planta mãe exerce uma forte
influencia sobre o desenvolvimento das raízes e brotações nas estacas delas
tomadas. Kraus e Kraybill (1918) observaram faz muito tempo, fazendo estacas de
tomateiro, que as plantas com caules amarelados, ricos em carboidratos mas
pobres em nitrogênio, produziam muitas raízes, enquanto que aquelas de caules
verdes, com boa provisão de carboidratos porém mais ricos em nitrogênio,
produziam menos raízes. Os caules verdes, suculentos, muito pobres em
carboidratos e ricos em nitrogênio, apodreceram sem produzir raiz.
Um método para escolher o material para estacas que tenha alto teor de
amido, é a prova de iodo. Os extremos recém cortados de um molho de estacas
se submergem por um minuto em solução de 0,2% de iodo, em iodeto de potássio.
As estacas com maior conteúdo de amido se tingem de cor mais escura. Isto
permite fazer uma classificação das estacas em ricas, medianas e pobres em
carboidratos. Em provas com videira, 63% das estacas ricas em carboidratos
enraizou, 35% das medianas e somente 17% das pobres produziram raízes.
69
(a) Reduzir a provisão de nitrogênio às plantas matrizes, isto reduz o
crescimento dos ramos e permite a acumulação de carboidratos.
(b) Qualquer tipo de restrição das raízes das matrizes reduz o crescimento
vegetativo excessivo e favorece a acumulação de carboidratos.
70
facilidade, como o salgueiro (Salix), o álamo (Populus), o jasmim (Jazminum) e a
cidreira (Citrus medica).
FITORREGULADORES
Os fitohormônios são substâncias orgânicas que ocorrem naturalmente nas
diferentes partes das plantas em proporções baixíssimas que são translocadas
dos locais de síntese para o local de ação, influenciando o crescimento e
desenvolvimento das plantas. Desde a descoberta dos fitohormônios (década de
20), iniciaram-se trabalhos no sentido de procurar regular o comportamento das
plantas, passando então a serem utilizados os fitorreguladores ou reguladores do
crescimento, que são os análogos dos fitohormônios.
71
estacas. Parece que a base fisiológica da iniciação das raízes adventícias pode
residir no nível de auxina presente nos tecidos ou no equilíbrio entre a auxina e
certos outros constituintes da planta.
72
c) Partes da planta – a concentração do AIA é maior nas regiões de
crescimento ativo e muito baixa em tecidos já diferenciados.
73
Co-fatores do Enraizamento: os efeitos de folhas e gemas
74
Outros experimentos têm mostrado que a quantidade de certa substância de
presença natural, formadora de raízes e diferente da auxina, é essencial para a
iniciação de raízes, e pode ser abundante em algumas plantas e escassa ou ainda
ausente em outras. Foram tratadas com auxinas estacas de macieira e de limoeiro
(Ciampi e Gellini,1938) e após analisar grupos de ambas, se encontrou que havia
pouca diferença na quantidade de auxina recuperada, mas nenhuma estaca de
macieira enraizou, entanto que as de limoeiro sim. Supôs-se que as estacas de
macieira careciam de certas substâncias internas não identificadas (‘rizocalinas’),
necessárias para a formação de raízes; por outra parte, pensou-se que as estacas
de limoeiro tinham essa substância em abundância.
75
molecular e possivelmente um produto de condensação entre a auxina e uma
substância fenólica produzida pelas gemas.
Enzima
Parece claro que a auxina é talvez só uma das várias substâncias requeridas
para a iniciação da raiz. Há outros fatores necessários, tanto hormonais como
nutricionais. Em qualquer caso, parece certo que as folhas ou as gemas, ou
ambas, são a fonte dessas substâncias. Hoje, se sabe que essas substâncias
incluem retardantes do crescimento, poliamianas, jasmonatos, brassinoesteróis,
fenóis e salicicatos.
Pode ser que as estacas de algumas plantas difíceis de enraizar não cheguem
a formar raízes com facilidade devido à presença de inibidores químicos de
76
presença natural. As estacas de Vitis verlandieri, que enraízam com dificuldade,
têm alto conteúdo de substâncias inibidoras (ABA, Giberelinas); lixiviando as
estacas com água pode se aumentar a quantidade e qualidade de raízes.
1. Aplicação na forma de pó
A mistura auxina – pó pode ser feita pelo próprio usuário, devendo ter-se
cuidado com sua homogeneização. Uma formulação, muitas vezes, pode conter
mais de uma auxina e também, um fungicida. O tratamento com fungicida protege
a estaca e o próprio sistema radicular recém-formado de ataques de fungos,
aumentando a sua sobrevivência e a qualidade da muda. Alguns autores têm
recomendado a adição de sacarose nestas formulações.
77
Figura 25: Aplicação de auxinas em forma de pó.
Procedimento:
1 ppm = 1mg/Kg
78
0,5 kg de talco – x g de AIB
Esta técnica consiste na imersão da porção basal das estacas (1-3 cm) na
solução de uma ou mais auxinas em diferentes tempos de imersão (2-24 horas).
Considera-se solução diluída aquela cuja concentração do fitorregulador vai até
200 ppm. Na utilização de soluções diluídas deve-se realizar o tratamento das
estacas em local sombreado (para que a evaporação da água seja reduzida e
para evitar a perda de água das estacas).
79
A desvantagem é que a solução perde sua atividade em pouco tempo.
1 ppm – 1mg/l
100 ppm – x
x = 100 mg/l
0,5l de solução – x
Este é o método de imersão da base da estaca (1-3 cm) de forma muito rápida
(1-5 segundos) em concentrações de solução auxínica que variam de 200 até
10000 ppm. A exposição acima de 5 segundos pode ocasionar efeito fitotóxico
como inibição de gemas, amarelecimento, queda de folhas e até morte de
estacas.
80
O preparo da solução concentrada é feito de forma semelhante ao da solução
diluída.
1. Fatores diretos
2. Fatores indiretos
81
O aquecimento tem sido visto como um dos fatores que aumentam a resposta
a auxina. O aquecimento mantém a temperatura do meio de enraizamento numa
faixa de 18-24ºC. O calor associado à auxina estimula o enraizamento por
aumentar a taxa dos processos metabólicos, associados com o enraizamento, que
são mediados pela auxina.
82
Características do Substrato
83
adventício, no que tange a diversos parâmetros. É conveniente atentar-se para a
qualidade do sistema radicular formado, pois esta irá influenciar diretamente o
pegamento no viveiro e o desenvolvimento posterior da muda. Em geral, raízes
desenvolvidas em areia são mais grossas, menos ramificadas e mais quebradiças,
ainda que as características do sistema radicular também sejam função da
espécie. A mistura da areia com turfa ou outros materiais orgânicos
freqüentemente permitem que se forme um melhor sistema radicular. A
permanência das folhas também podem ser afetada pelo substrato. Substratos
com menor contato com a estaca tendem a ocasionar maior queda de folhas e
conseqüentemente morta das estacas.
84
A asfixia na porção da estaca enterrada no substrato pode desfavorecer o
enraizamento, ocasionando até mesmo a morte das estacas. A baixa capacidade
de drenagem do substrato na base da estaca pode ocasionar a ocorrência de um
problema denominado 'necrose na base'. Além disso, o pouco espaço poroso
pode favorecer a ocorrência de doenças. O teor de oxigênio requerido na
formação de raízes é variável conforme a espécie, mas é sempre indispensável. É
citado que, para Salix spp., 1 ppm de oxigênio é suficiente para o enraizamento,
podendo o mesmo enraizar em água, ao passo que para Hedera helix, um mínimo
de 10 ppm é necessário.
85
No que se refere às características químicas, o pH e a disponibilidade de
nutrientes são importantes. Em algumas espécies, o pH favorece o enraizamento
e desfavorece o desenvolvimento de microorganismos. O uso de materiais como a
turfa permite que o pH do substrato seja mais baixo. O uso de materiais orgânicos
pode favorecer o desenvolvimento das raízes adventícias.
ENXERTIA
86
As partes que compõem uma planta propagada por enxertia são:
Enxerto
Porta-enxerto
b) Enxerto, borbulha, garfo ou cavaleiro, parte que irá originar a parte aérea
da planta e pode consistir de um segmento de ramo com uma ou duas gemas
(garfo) ou de uma gema com uma pequena porção de casca (borbulha). O enxerto
deverá ser retirado de uma planta com todas as características da cultivar, bem
como que tenha ultrapassado o período da juvenilidade – assim, tão logo haja
área foliar suficiente para percepção dos estímulos indutores do florescimento e
para sustentação dos frutos, a planta irá produzir, reproduzindo fielmente as
características da planta-mãe.
87
Interenxerto, enxerto intermediário ou filtro, normalmente pertencente a
uma cultivar diferente do enxerto e do porta-enxerto, que seja compatível com
ambos, bem com possa conferir as características desejadas à copa. Um caso
bem ilustrativo do uso de interenxerto é a produção de mudas de macieira da
cultivar Fuji utilizando–se o porta-enxerto Marubakaido, ambos de elevado vigor.
Utiliza-se neste caso, como interenxerto o porta-enxerto M-9, de efeito ananizante.
Neste caso, o interenxerto permite a redução do vigor da cultivar-copa (Fuji),
facilitando o manejo do pomar.
88
e) Recuperação de partes danificadas da planta: danos por pragas, doenças ou
outros agentes podem causar danos significativos às raízes ou à parte aérea da
planta. Técnicas de enxertia permitem a recuperação total ou parcial destes
danos;
89
assim, deve-se evitar a completa asfixia na região da enxertia. Excessiva
luminosidade pode estar associada a elevada desidratação do enxerto. A
realização da enxertia em áreas desprotegidas e sujeitas a ventos fortes pode
levar ao insucesso sucesso, visto que o vento não apenas favorece a desidratação
do enxerto como também ocasiona a quebra na região da enxertia antes do seu
completo pegamento;
d) Idade do material utilizado: uma vez que, quanto maior a idade dos
tecidos, menor a atividade celular e a capacidade de cicatrização, é recomendável
que tanto o enxerto quanto o porta-enxerto sejam mais jovens;
CLASSIFICAÇÃO DA ENXERTIA
90
Borbulhia em T normal, que consiste na incisão do porta-enxerto (com
diâmetro em torno de 6 a 8 mm) na forma de um corte vertical de cerca de 3 cm
de comprimento, em cujo ápice é feito um corte horizontal. Com estes cortes,
abre-se um espaço para introdução da gema. Estes cortes normalmente são feitos
a uma altura de 20 a 25 cm a partir do colo. A gema é obtida da porção mediana
de ramos da última estação de crescimento. Com um canivete bem afiado, retira-
se a gema, sem lenho e introduz-se a mesma na incisão feita no porta-enxerto.
Deve-se ter o cuidado de fazer a operação o mais rápido possível, para evitar que
ocorra a desidratação e a oxidação da gema e do porta-enxerto. Após, faz-se o
amarrio, utilizando-se uma fita de polietileno, a qual deverá ser retirada tão logo o
enxerto tenha brotado.
91
Borbulhia em T invertido, feito de modo semelhante ao anterior, porém
diferindo quanto à forma da incisão – o corte horizontal é realizado na base do
corte vertical.
92
Borbulhia de gema com lenho, cuja utilização
é justificada quando a casca não se desprende
facilmente, dificultando a enxertia em T. Assim,
retira-se a gema com uma porção de lenho, a qual
é introduzida no porta-enxerto em uma incisão de
mesmo tamanho da borbulha.
93
Figura 31: Enxertia em placa ou escudo.
94
b) Garfagem, quando o enxerto consiste em um garfo, ou segmento de ramo
contendo duas ou mais gemas. Pode ser realizada tanto em ramos quanto com
raízes. Entre as técnicas de garfagem mais conhecidas, podem ser citadas:
95
Garfagem em fenda dupla, também chamada de inglês complicado, é
semelhante à técnica anterior, diferindo pelo fato de serem feita uma incisão
transversal na base do garfo e outra, no ápice do porta-enxerto. Isso aumenta
muito a aderência e o pegamento entre as partes justaposta, embora implique em
maior dificuldade na realização.
96
Figura 33: Garfagem em fenda dupla ou inglês complicado.
97
c) Encostia, quando é feita a união lateral de plantas com sistemas
radiculares diferentes, para, após a união do enxerto, separar uma das plantas do
seu sistema radicular e a outra, da sua parte aérea. Tem pouco uso em nível
comercial. Há diversas técnicas de encostia, podendo serem citadas as seguintes:
98
Figura 34: Enxertia de encostia
99
irrigação) devem ser mais intensos. Normalmente, é utilizada, neste caso, a
enxertia de borbulhia, embora também possam ser utilizados outros métodos.
Utilização de garfagem, nesta época, implica em se cobrir a região do enxerto ou
toda a planta enxertada com um saco plástico transparente, que atua como uma
câmara úmida, reduzindo a desidratação. No caso da borbulhia, logo após a
enxertia, faz-se a dobra da copa do porta-enxerto, visando forçar a brotação da
gema enxertada; esta prática também faz com que haja um sombreamento sobre
o local da enxertia, favorecendo o pegamento pela redução da desidratação. Aos
10 a 15 dias após a enxertia, é retirada a parte dobrada do porta-enxerto e,
quando a brotação da borbulha tiver 15 a 20 cm, faz-se um corte em bisel pouca
acima do ponto de enxertia.
100
Figura 35: Sobre-enxertia
101
b) Interenxertia, caso em que é interposto um enxerto intermediário entre o
porta-enxerto e o enxerto, normalmente, através de garfagem. É útil,
principalmente, em duas situações: quando o enxerto e o porta-enxerto são
incompatíveis entre si, devendo-se utilizar um interenxerto compatível com ambos,
e quando há necessidade de controlar o vigor da copa devido ao porta-enxerto
induzir elevado vigor.
102
d) Enxertia de ponte, realizada
quando a planta apresenta um dano
significativo na casca, a ponto de
interromper o fluxo de água, nutrientes
e assimilados. Neste caso, a enxertia,
normalmente de garfagem, permite que
sejam colocados ramos sobre a região
danificada, de modo a restabelecer o
fluxo normal de substâncias.
Técnicas da enxertia
103
colocados sobre o conjunto porta-enxeto / enxerto são úteis como câmara úmidas,
no caso de ser realizada a enxertia de garfagem no período de primavera-verão.
As máquinas de enxertia são ferramentas extremamente úteis na enxertia em
escala comercial, quando se trabalha com grandes volumes de mudas ou não se
dispões de pessoal com grande habilidade.
104
Mergulhia
105
Os fatores que favorecem a regeneração de plantas através da mergulhia são
a ausência de luz (que provoca estiolamento do ramo e, por conseqüência,
acúmulo de auxinas e redução dos teores de lignina e de compostos fenólicos),
cobertura com solo úmido e poroso, nutrição adequada e elevada atividade
fisiológica da planta-mãe, pouca idade dos ramos, aplicação de fitorreguladores e
prática de anelamento.
Classificação da mergulhia
Basicamente, há dois tipos de mergulhia – a mergulhia no solo e a mergulhia
aérea ou alporquia.
106
FIGURA 37. Esquema de produção de mudas por mergulhia de cepa (adaptado de Fachinello et
al., 1995)
107
c) A mergulhia aérea ou alporquia é uma prática que consiste em se envolver
um ramo com substrato de enraizamento (musgo, solo ou outro material que
proporcione boa aderência), acondicionado em plástico ou papel alumínio. A
adoção da alporquia justifica-se em espécies de difícil enraizamento, quando há
dificuldade de levar o ramo até o solo. É uma prática trabalhosa e, portanto, de
baixo rendimento. O anelamento e a aplicação de fitorreguladores podem
aumentar o percentual de alporques enraizados.
108
Estruturas especializadas
109
b) Rizomas – são utilizados na propagação da bananeira. Os rizomas são
caules subterrâneos que se desenvolvem para formar uma estrutura denominada
"cormo" e, a partir de suas gemas, formam-se novas brotações, as quais
originarão novos pseudocaules e passarão a ter o seu próprio sistema radicular.
Na propagação, faz-se a divisão dos rizomas, sendo que cada parte dividida
deverá ter pelo menos duas gemas.
CULTURA DE TECIDOS
110
Hanning (1904) foi o primeiro a cultivar in vitro embriões imaturos de crucíferas
(Raphanus sativus, R. landra, R. caudatus e Colchlearia danica). Ele observou a
necessidade de suplementação do meio mineral com sacarose para germinação
dos embriões, bem como mostrou o efeito de diferentes fontes de nitrogênio sobre
a sua morfologia. Aiblach (1925) foi o primeiro a visualizar a aplicação da cultura
de embriões no melhoramento genético, recuperando plantas híbridas de
cruzamentos incompatíveis entre Linum austriacum x L. perene.
111
da cultura de tecidos é a totipotencialidade das células, segundo o qual, qualquer
célula no organismo vegetal contém toda a informação genética necessária à
regeneração de uma planta completa.
Estas técnicas são caracterizadas por serem realizadas "in vitro" e por
utilizarem pequenos segmentos de vegetais e condições ambientais otimizadas
com relação a fatores físicos, nutricionais e hormonais, por terem todos os
microorganismos (fungos, bactérias e vírus) e pragas (insetos, nematóides)
excluídos, por apresentarem desvios no padrão normal de desenvolvimento e,
devido ao isolamento de células e protoplastos, permitir manipulações até então
impossíveis.
MICROPROPAGAÇÃO
112
visando a conservação e multiplicação rápida de genótipos desejados.
Significativos progressos neste sentido têm sido verificados em inúmeras espécies
entre as quais as frutíferas (maçã, pêra, pêssego, ameixa, banana, abacaxi, uva,
citros, entre outros), que são propagadas vegetativamente por enxertia e nas
quais a micropropagação tem possibilidade a multiplicação rápida de porta-
enxertos e/ou de cultivares-copa.
113
possibilitado a obtenção de até 1.250.000 plantas num período de 6-8 meses,
partindo-se de 30 explantes.
114
Conforme pode ser visto no Esquema, a micropropagação pode ser conduzida
através de:
115
c) Embriogênese somática: embrióides podem ser formados direta ou
indiretamente, apresentando grande potencial de multiplicação, inclusive com o
uso de suspensões de células embriogênicas, registrando produção contínua de
embriões. A embriogênese indireta se dá através da formação de calos, os quais
apresentam o risco da variabilidade genética, indesejável no processo de
propagação e da perda da capacidade embriogênica das células com o passar do
tempo. Na embriogênese direta, os embriões se originam diretamente de uma
célula ou tecido sem a formação prévia de calos. São exemplos, o tecido nucelar
em espécies cítricas e mangueira, que têm tendência à poliembrionia.
116
Esta etapa inicia-se com a seleção dos explantes mais adequados para a
micropropagação e termina com a obtenção de uma cultura livre de contaminantes
visíveis e suficientemente adaptadas às condições in vitro, de modo que apresente
reação à aplicação de fitorreguladores na fase seguinte de multiplicação. A
condição da planta-matriz, a descontaminação e o manejo dos explantes iniciais
são os principais aspectos a serem considerados.
Planta-matriz
117
mais limpo, como uma casa de vegetação ou câmara de crescimento. Este fato
não constitui problema para as plantas herbáceas, mas torna-se às vezes
bastante complicado quando se trata de uma planta arbórea. Na casa de
vegetação, o controle de insetos e microrganismos torna-se possível mediante
aplicações de fungicidas, bactericidas e inseticidas. O controle de ácaros e
pulgões é muito importante e inspeções constantes devem ser feitas.
118
como vírus, bactéria ou micoplasma, considerar, que quando menor o explante
isolado, ou quanto mais isolado das regiões subjacentes vascularizadas, maior
chance de sucesso. O tamanho do explante também determina suas
possibilidades de sobrevivência e capacidade de crescimento. Se o objetivo for
simplesmente o de propagar, é mais adequado iniciar as culturas com ápices ou
segmentos caulinares que contêm gemas axilares, pois frequentemente explantes
muito pequenos não conseguem crescer. Kartha & Gamborg (1975) verificaram
que ápices caulinares de mandioca com menos de 0,2 mm, embora estivessem
livres de vírus, somente formaram calo ou raízes. Entre 0,2 e 0,8 mm, de 90 a
95% dos ápices caulinares regeneraram plantas livres de vírus, enquanto que
plantas regeneradas de explantes com 0,9 e 1mm apresentaram virose.
Desinfestação
119
material sofre uma primeira toalete, quando são retirados o excesso de folhas e o
caule das brotações.
Isolamento de explantes
Meios de cultura
120
as possíveis deficiências dos teores endógenos de hormônios nos explantes que
se encontram isolados das regiões produtoras da planta-matriz. A adição de
citocininas é favorável, ou até necessária. Das citocininas comercialmente
disponíveis, o BAP é a que, em geral, apresenta melhores resultados. As
concentrações podem variar bastante em função da espécie e do tipo de explante.
Meios com 0,05 a 1,0 mg.l-1 de BAP têm sido utilizados com bons resultados para
o cultivo de ápices caulinares de várias espécies herbáceas e lenhosas.
Além das vitaminas que fazem parte da constituição do meio básico, vários
outros componentes orgânicos podem ser adicionados ao meio, como por
exemplo, substâncias que reduzem a oxidação fenólica dos explantes.
Condições de incubação
121
Fase de multiplicação
As variáveis que podem ser manipuladas para otimizar essa fase incluem: 1) a
composição do meio de cultura; 2) as condições ambientais de crescimento; 3) os
cuidados na manipulação do material durante as subculturas.
Meios de cultura
122
Embora nem sempre sejam necessárias no meio de multiplicação, as auxinas
são utilizadas para estimular o crescimento das partes aéreas. As concentrações
de auxina são baixas se comparadas com as das citocininas para manter um
balanço auxina/citocinina menor que 1. O ANA é a auxina mais utilizada em meios
de multiplicação, seguido de AIB e AIA. O ANA e o AIB são, normalmente
adicionados em concentrações abaixo de 0,5 mg.l-1.
Condições de incubação
123
Esta talvez seja a aplicação da cultura de tecidos vegetais mais amplamente
utilizada, principalmente naquelas que se propagam vegetativamente, as quais, a
cada geração vão apresentando disseminação e agravamento das viroses,
culminando com acentuada redução na produtividade e qualidade dos produtos.
No Esquema, são apresentadas as modalidades de obtenção de plantas isentas
de viroses.
Culturas de Meristemas
Os meristemas formam a única parte da planta não infectada por vírus
(Esquema). Assim sendo, a cultura do meristema propriamente dito acompanhado
de dois primórdios foliares, permite a regeneração de plantas isentas de viroses.
Quanto maior o número de primórdios foliares utilizado tanto mais facilmente se
124
obterá uma planta, porém, tanto mais dificilmente esta planta será isenta de
viroses e vice-versa.
125
c) Durante a divisão celular, a capacidade para síntese de ácidos nucléicos
está sendo utilizada para a produção de células, em detrimento da multiplicação
de vírus.
Microenxertia
126
FIGURA 13.5 Diagrama da técnica da microenxertia "in vitro" para obtenção de
plantas livres de vírus (Baptista et al., 1991).
127
plântula poderá ser transferida para substrato em vaso, aclimatizada e
posteriormente levada para o campo.
Termoterapia
Indexação
128
borbulhas de cada árvore a ser testada e, 5 cm acima, enxertam-se borbulhas-
inóculo da variedade indicadora, que para o viróide da exocorte é a cidra (Citrus
medica L.). Para o vírus da sorose, a indicadora é a laranja doce do céu (Citrus
sinensis Osb.) . Nos testes para o viróide da xiloporose, a tangerina Parson
Special (Citrus reticulata Blanco) é usada como indicadora, porém, neste caso é
utilizado o limão rugoso. Se a planta a ser testada estiver infectada, serão
observados, nas brotações da planta indicadora, os sintomas da doença.
Certos cuidados devem ser tomados para se evitar o risco da reinfecção por
vírus: as plantas livres de vírus precisam ser mantidas em telado que impeça a
presença de insetos vetores ou em locais isolados; os vetores, principalmente
insetos e nematóides devem ser controlados; evitar a transferência mecânica,
procedendo assepsia das mãos, objetos de uso pessoal e instrumentos; esterilizar
os potes e substratos; proceder a uma seleção contínua, visualmente e por testes;
manter material livre de vírus "in vitro".
CULTURA DE EMBRIÕES
129
Embriões híbridos são salvos se forem removidos antes que ocorra o aborto e
cultivados artificialmente sobre um meio nutritivo. Os citros, de modo geral,
apresentam o fenômeno da poliembrionia, onde o embrião zigítico é inibido pelos
embriões nucelares, sendo esta a causa principal do insucesso do melhoramento
das espécies cítricas. A cultura de embriões zigóticos "in vitro", desde que bem
identificados, viabiliza o processo.
130
Em citros, a cultura de embriões tem sido usada posteriormente ao cruzamento
entre espécies monoembriônicas diplóides e poliembriônicas tetraplóides,
objetivando a produção de híbridos triplóides sem sementes.
MEIOS NUTRITIVOS
Os meios nutritivos utilizados para a cultura de células, tecidos e órgãos de plantas fornecem as
substâncias essenciais para o crescimento dos tecidos e controlam, em grande parte, o padrão de
desenvolvimento in vitro. As mesmas vias bioquímicas e metabólicas básicas que funcionam nas plantas são
conservadas nas células cultivadas, embora alguns processos, como fotossíntese, possam ser inativados
pelas condições de cultivo e pelo estado de diferenciação das células. Por isso, os meios nutritivos se
baseiam nas exigências das plantas quanto aos nutrientes minerais, com algumas modificações para atender
compostos orgânicos são adicionados ao meio para suprirem as necessidades metabólicos, energéticos e
Alguns dos primeiros meios apresentavam, entre os micronutrientes, metais exóticos como níquel,
titânio e berílio, além dos mais comuns (ferro, manganês, zinco, cobre e boro). A lista dos minerais incluídos
na maioria dos meios utilizados hoje foi definida por White (1943b; 1945). O meio de White continha, ainda,
vitaminas e sacarose como suplementos orgânicos. Dos hormônios vegetais, ou reguladores de crescimento,
apenas a auxina ácido 3-indolacético era conhecida nas décadas de trinta e quarenta.
Na tabela 1 são mostradas as concentrações dos diversos componentes de um dos principais meios
INORGÂNICOS
NH4NO3 1650
KNO3 1900
KH2PO4 170
131
KI 0,83
H3BO3 6,2
ORGÂNICOS
Inositol 100
Tiamina Hl 0,1
Glicina 2,0
Sacarose 30000
Ágar 0,8%
No desenvolvimento dos meios nutritivos para a cultura de tecidos de plantas, houve desde o início,
uma procura de meios definidos de composição conhecida e controlada. Assim, torna-se possível a
reprodução dos resultados em qualquer época ou lugar. Para evitar a contaminação dos meios por impurezas
minerais, todos os sais utilizados na sua preparação devem ser de qualidade analítica (‘p.a’.).
Água
A água é o componente de maior quantidade no meio. É uma fonte potencial de impurezas que
podem afetar o crescimento de tecidos in vitro. A água destilada e deionizada, ou bi-destilada, normalmente,
é suficiente pura para uso nos meios. No entanto, dependendo da fonte da água de laboratório (poço
artesiano, por exemplo), podem ser encontrados contaminantes orgânicos voláteis, que permanecem após a
132
Macronutrientes
Os elementos exigidos em maiores quantidades para o crescimento de plantas inteiras são incluídos
nos meios nutritivos na forma de sais inorgânicos, são eles o nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e
enxofre.
Micronutrientes
Os micronutrientes incluem todos aqueles elementos minerais aceitos atualmente como essenciais para
plantas clorofiladas (manganês, zinco, boro, cobre, cloro, Ferro e molibdênio), além do cobalto e iodo.
Carboidratos
As células, tecidos e plântulas cultivadas in vitro não encontram condições adequadas de iluminação
e concentração de CO2 e, às vezes, não apresentam teores de clorofila suficiente para realizar fotossíntese
que sustenta o crescimento. Portanto, a sacarose é o carboidrato mais utilizado nos meios nutritivos, sendo
que esse açúcar suporta as mais altas taxas de crescimento na maioria das espécies. A concentração de
sacarose também é um fator importante para obter crescimento ótimo, dependendo do explante. Culturas de
embriões nos estágios iniciais de desenvolvimento necessitam de concentrações elevadas de sacarose (12-
18%), e altas concentrações também estimulam a formação de embriões em cultura de anteras de fumo
(Sharp et al., 1971). A concentração de sacarose mais usada é 3%. Outros compostos orgânicos, além de
carboidratos, foram testados como fonte de carbono, normalmente com pouco sucesso.
Vitaminas
Os primeiros estudos com cultura de raízes definiram a mistura básica de vitaminas utilizadas até
hoje. Essa mistura consiste de tiamina (vitamina B1), ácido nicotínico (niacina) e piridoxina (vitamina B6), a
Mio-Inositol
O mio-inositol é um componente do meio MS e da maioria dos outros meios em uso atualmente. A
padrão de desenvolvimento na maioria dos sistemas de cultura de tecidos. As auxinas e as citocininas são as
classes de reguladores de crescimento mais utilizadas na cultura de tecidos. A formação de raiz, parte aérea
e calo em cultura de tecidos é regulada pela disponibilidade e interação dessas duas classes de reguladores
de crescimento.
Existem várias substâncias que pertencem a cada uma dessas classes de reguladores e que são
usadas, de acordo com o objetivo do estudo, nos meios de cultura. As várias auxinas (AIA - ácido 3-
133
indolacético, AIB - ácido indolbutírico e 2,4-D ácido 2,4-diclorofenoxiacético, entre outras) dão respostas
diferentes in vitro. AIA é considerada uma auxina instável, que se degrada facilmente pela luz ou pela
Também existem diferenças entre as citocininas, sendo que o BAP – 6-benzilaminopurina induz a
Ágar e Semelhantes
Os meios nutritivos podem ser líquidos ou sólidos, sendo que a cultura em meio líquido
normalmente exige algum tipo de suporte ou agitação para fornecer o oxigênio necessário para a respiração
do explante. Os meios líquidos possuem a vantagem de preparo mais rápido (e mais barato) do que os
sólidos.
extraído de algas marinhas) o qual é dissolvido em água fervente sendo responsável pela consistência do
pH
O pH dos meios nutritivos em culturas de células vegetais é normalmente ajustado com HCl ou
NaOH, depois de adicionar todo os componentes, para um valor ligeiramente ácido (entre 5 e 6).
Normalmente, mantêm-se soluções-estoque dos sais minerais na geladeira em concetrações mais elevadas,
mio-inositol, que são utilizados em quantidades elevadas, são pesados sempre que se prepara um meio
nutritivo.
ESTERILIZAÇÃO
Os meios são esterilizados após serem distribuídos nos frascos ou vasilhames de cultura, por
autoclavagem a 121oC (1 kg.cm-2) por 15 – 20 minutos. Os explantes (tecido, orgão ou qualquer parte da
planta a ser propagada) também são submetidos a desinfecção. Para isto existem muitas drogas, mas é
quase generalizado o emprego de etanol (70%) por 1-2 minutos. Os explantes são imersos nesta solução e
mantidos sob constante agitação. Em seguida, deve ser enxaguados com água destilada e imersos em
134
solução de hipoclorito de sódio (2%) durante 15-20 minutos sob agitação e enxaguados com água
autoclavada, sendo este passo, feito em câmara de fluxo laminar, evitando a recontaminação do material.
1- MICROPROPAGAÇÃO
Muitas vezes a propagação convencional é um processo lento durante o qual doenças e problemas com
patógenos podem diminuir a produção. A micropropagação oferece o potencial para produzir milhares, ou às
Multiplicação por meio de brotos apicais e axilares: ambos, os brotos apicais e axilares contêm
meristemas quiescentes ou ativos, dependendo do estado fisiológico da planta. Estes brotos apicais
semelhantes a plântulas, com forte dominância apical. Quando colocados na presença de citocininas de uma
forma geral, brotos axilares se desenvolvem prematuramente produzindo ramificações (brotos secundários e
terciários) que originam uma proliferação em massa resultando numa grande produção de plantas com alta
identidade genética.
Multiplicação por meio de cultura de calos: apesar da cultura de calo possibilitar a ocorrência de
multiplicação, eliminando as plantas indesejáveis. Esta técnica possibilita a obtenção de uma grande
quantidade de plantas a partir de um único explante, sendo uma dos procedimentos mais eficientes na
produção rápida de plantas in vitro. No entanto a propagação via calos deve ser evitada, principalmente, no
Uma das vantagens deste sistema é a manutenção da identidade do genótipo (planta) regenerado, que
ocorre na maioria dos casos em virtude das células do meristema do ápice caulinar serem mais estáveis
geneticamente. Além disso, o ápice é uma estrutura organizada, que pode desenvolver-se diretamente em
parte aérea, em meio de cultura adequado, sem passar pela fase de calo (crescimento desordenada de
3- MICROENXERTIA
135
Essa técnica consiste em microenxertar, em condições assépticas, um ápice caulinar,
contendo dois a três primórdios foliares, excisado de uma planta matriz, sobre um porta-enxerto
estabelecido (cultivado) in vitro. Decapita-se o porta-enxerto e faz-se uma excisão em T invertido no seu
topo, onde é introduzido o microenxerto. Com esta técnica torna-se possível a produção de matrizes de
fruteiras e outras plantas arbóreas, com alta qualidade fitossanitária e com características adultas, não se
de espécies, mas também para o melhoramento vegetal. A conservação in vitro é feita utilizando-se
das culturas, tais como: redução da temperatura de incubação, aplicação de retardantes osmóticos e
hormonais no meio nutritivo, submersão das culturas em óleo minerais, utilização de suspensões celulares
criopreservação.
5- SUSPENSÃO CELULAR
Este processo é utilizado para a obtenção e proliferação de células em meio líquido, sob condição de
agitação contínua, para evitar possíveis gradientes nutricionais e gasosos no meio de cultura. Além de ser
uma técnica eficiente de multiplicação rápida, as suspensões celulares tem uma grande aplicação para o
estudos de bioquímica, genética, citologia, fisiologia vegetal e fitopatologia. Este tipo de cultivo também é
empregado na produção de metabólitos secundários ou material clonal em escala comercial pela utilização
de biorreatores.
Biorreatores podem ser conceituados como equipamentos para cultivo sob imersão temporária ou
permanente de células, gemas, embriões ou qualquer tipo de propágulo que possa ser utilizado na
durante este processo, bem como o monitoramento de alguns parâmetros essenciais ao crescimento do
propágulo, tais como pH, oxigênio dissolvido, temperatura, concentração de íons, etc.
inter e entra-específicos, intergenéricos ou entre espécies de famílias distintas, é dificultada por barreiras
que podem ocorrer antes da fertilização. Esta técnica permite, além de estudar os processos de polinização,
136
transpor barreiras à fertilização, impostas pelo estigma, estilete ou ovário e recuperar híbridos
interespecíficos e intergenéricos que não podem ser obtidos pelos métodos convencionais in vivo.
7- CULTURA DE EMBRIÕES
Este tipo de cultivo tem sido usado para superar dormência de sementes, em virtude da
híbridos raros de cruzamentos incompatíveis; e como fonte de explantes devido a elevada totipotência.
8- CULTURAS DE OVÁRIOS
A cultura de ovários fornece um sistema controlado para o estudo dos aspectos nutricionais e
fisiológicos do desenvolvimento de frutos e formação de sementes. Este método também é utilizado para a
intergenéricos.
9- CULTURA DE PROTOPLASTOS
O cultivo de protoplastos (células vegetais desprovidas de parede celular) vem sendo utilizados no
Por meio da utilização de agentes mutagênicos físicos (luz UV, raios X, raios gama etc) e químicos
(antibióticos, alquilantes, azidas etc), é possível obter mutantes induzidos apresentando mutações gênicas,
cromossômicas e extranucleares. Esta técnica tem uma grande aplicação para os melhoristas por possibilitar
Embriogênese somática, adventícia ou assexual são termos usualmente empregados para designar
o processo pelo qual células haplóides ou somáticas desenvolvem-se por meio de diferentes estádios
embriogênicos, dando origem a uma planta, sem que ocorra a fusão de gametas. A embriogênese somática
é um método importante para propagação de plantas elite in vitro, em larga escala. Além de servir de
137
modelo para estudos básicos relacionados com a fisiologia do desenvolvimento do embrião, esse sistema
Para a produção de haplóides são utilizados principalmente a cultura de anteras ou pólen, obtendo
uma planta haplóide a qual passa por um tratamento específico com antimitóticos (ex.: colchicina) para a
duplicação do cromossomos. Já os duplo-haplóides podem ser obtidos a partir da cultura in vitro de ovários
intergenéricos.
A aplicação dos princípios genéticos na obtenção de plantas com desempenho agrícola superior tem
sido sistemático e determinante para o aumento da produtividade e para a conquista de novas fronteiras
agrícolas. Para isto o emprego de vários métodos de melhoramento e a utilização de novas tecnologias,
como a cultura in vitro de células e tecidos de plantas, têm sido determinantes. Estas técnicas são
novas cultivares.
Com o advento dos transgênicos, que do ponto de vista de um melhorista, não passa de uma
técnica avançada de melhoramento de última geração, a cultura de tecidos vegetais também vem
contribuindo para o sucesso da transformação genética, dando suporte para a produção de transgênicos,
regenerando e selecionando plantas geneticamente transformadas. Vale ressaltar que o primeiro grupo de
insetos e patógenos, foi desenvolvido mediante uso de cultura de tecidos em combinação com métodos de
Biologia Molecular.
Substratos em Micropropagação
138
Objetiva-se aqui dar algumas informações a respeito do uso dos substratos na
fase de aclimatização das plantas propagadas 'in vitro' e do enraizamento 'ex vitro'
de brotações, ainda que possa-se considerar como substratos também os
diversos meios de cultura utilizados no estabelecimento e cultivo de plantas em
laboratório. Dentro deste enfoque, o objetivo do substrato nesta fase é propiciar
condições que minimizem o 'stress' da planta quando da sua transferência de um
ambiente mais favoráveis para outro com condições mais adversas, bem como na
passagem de um mecanismo heterotrófico para outro, autotrófico. O substrato de
transplantio na aclimatização é um ponto crítico. Além dos fatores endógenos que
controlam a rizogênese, fatores externos relativos ao substrato, como o pH e a
aeração do meio são importantes. Devido à fragilidade do sistema radicular
desenvolvido em ágar, a transferência na aclimatização é uma fase muito
delicada. Além disso, devido ao pequeno número de raízes e a sua não-
funcionalidade, há necessidade de readaptação de um meio saturado para outro,
mais seco.
a) Com relação à planta – estéril; não tóxico; que não provoque dano às
raízes; que ofereça facilidade de penetração pelas raízes, mesmo que sejam finas;
pH adequado ao desenvolvimento das plantas; com poder tampão do pH; com
reservas de nutrientes ou com CTC; com relação ar/água próxima a 50% sob
irrigação; capaz de absorver exsudados tóxicos produzidos durante a rizogênese;
capaz de permitir a estocagem das mudas; capaz de permitir a inoculação com
microrrizas;
139
de permitir a esterilização por autoclavagem; com uma competitiva relação
qualidade/preço.
5.3.2. Utilização
140
é enriquecida com fitorreguladores e tem o pH ajustado, como num meio normal
de cultivo. Brotações de 3 a 5 cm são utilizadas e transferidas para areia sob alta
umidade relativa do ar. É neste meio que o enraizamento é induzido e esta técnica
pode reduzir os custos da micropropagação. Tem sido sugerido o uso de 'plugs',
blocos de substrato (em geral compostos de materiais fibrosos), nos quais é
impregnada a solução nutritiva, de maneira que a planta é aclimatada e
transplantada no lugar definitivo sem qualquer injúria no sistema radicular.
VIVEIROS
Tipos
141
Entende-se por viveiro a área onde são concentradas todas as atividades de
produção de mudas.
Localização
142
A escolha do local é o primeiro passo para a instalação do viveiro e apresenta
grande importância. Para tanto, diversos aspectos a seguir devem ser
considerados:
143
dizem respeito a vetores aéreos de viroses (afídeos) e vetores do solo
(nematóides).
144
raízes e de toxidez de manganês. Para a adoção de sistemas de drenagem, deve-
se estudar as características físicas do solo, tais como a profundidade do
horizonte impermeável, condutividade hidráulica e textura.
145
k) Aspectos climáticos: o melhor clima do local onde o viveiro será implantado
depende da(s) espécie(s) a ser(em) propagada(s). Entre os fatores climáticos mais
limitantes estão a temperatura, a luz e a ocorrência de ventos. No que se refere à
temperatura, é importante que o viveiro esteja localizado em área o mais livre
possível de geadas. Além disso, temperaturas médias mais elevadas facilitam a
produção de mudas em menor tempo. Como exemplo, pode ser citado o fato de
que, enquanto mudas cítricas requerem cerca de 24 meses para serem
produzidas em SP, no RS requerem cerca de 36 meses. A exposição à luz é
fundamental, especialmente na fase final de propagação, sendo preferencial a
exposição Norte. Ventos muito fortes aumentam a quebra no local da enxertia,
podendo requerer a implantação de quebra-ventos.
Dimensionamento
146
e) Dimensões das instalações, que são determinadas principalmente, pela
quantidade de mudas que são produzidas, pelo método de propagação adotado e
pelo grau de tecnologia empregado.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DE MUDAS
147
disponível para as plantas em formação, quando estes estão disponíveis na
solução do solo em quantidades menores que as requeridas pelas plantas. A
adubação em mudas objetiva essencialmente conferir à planta uma situação
nutricional equilibrada, bem como uma redução no tempo de produção da muda.
Dessa forma, a planta terá boas condições para suportar o estresse do transplante
para a área de produção e se desenvolverá satisfatoriamente. É interesse do
produtor obter plantas vigorosas e uniformes na sementeira e, para tanto, a adição
de fertilizantes contribui significativamente. A adubação é uma das técnicas que
podem ser usadas com a finalidade de reduzir o tempo necessário entre a
semeadura e a enxertia.
6.1 Nutrição
148
significa que estes nutrientes tenham maior importância que os demais, mas sim
que são exigidos em elevadas quantidades e são encontrados em menor
quantidade no solo. Apesar da sua importância, a adubação potássica não
provoca grandes efeitos no crescimento, sendo o K aplicado mais como medida
de segurança ou para corrigir desequilíbrios com outros cátions (Ca e Mg).
149
Os fertilizantes minerais mais utilizados na produção de mudas, bem como a
concentração de nutrientes são citados na Tabela 6.1.
150
nutrientes já disponíveis no substrato a ser utilizado. Dessa forma, muita vezes a
adubação pode ser sub ou superestimada, dependendo da doses a serem
aplicadas. Isto se deve ao fato de que muitas vezes são utilizados materiais
pobres em nutrientes, como areia e "terra de barranco" ou pequenos volumes de
substrato, nos quais os nutrientes se esgotariam facilmente. Dessa forma, a
recomendação de adubação pode ser inadequada.
151
abacateiros. Em sementeira de citros, o adubo orgânico favorece o
desenvolvimento de doenças no sistema radicular e no colo da planta.
Muitos materiais podem ser utilizados para a adubação orgânica, tais como o
composto orgânico, vermicomposto, esterco, composto de lixo urbano, entre
outros. Há muita variação na composição dos materiais orgânicos, conforme a sua
origem. Na Tabela 6.2, são apresentados alguns teores de nutrientes em adubos
orgânicos. Em função desta diversidade, estas informações devem ser utilizadas
como um indicativo no momento da adubação, mas não como parâmetro seguro
do teor de nutrientes.
152
6.4 Adubação em sementeiras e recipientes
153
manifestação de sintomas de carência. Em se trabalhando com recipientes, é feita
uma boa homogeinização quando do preparo do substrato. O excesso de N em
adubações de cobertura, especialmente em solos ricos em matéria orgânica, pode
aumentar a incidência de doenças. A adubação nitrogenada deve ser realizada
com cautela, devendo-se também evitar excessos de fertilizantes, pois a
concentração de sais na solução do solo pode ser tornar muito elevada, inibindo a
germinação.
154
A quantidade de adubo a ser aplicado interfere na rentabilidade do viveiro e na
ação fitotóxica da adubação.
155
Vários aspectos na produção de uma muda de qualidade devem ser
considerados. Entre os vários pontos relevantes pode-se citar o local de instalação
do viveiro, controle de plantas daninhas, pragas e doenças, nutrição mineral e a
irrigação.
156
7.2 Frequência
Irrigação no final do dia permite que o substrato permaneça úmido por mais
tempo, de modo que o potencial hídrico das mudas mantenha-se com valores
mais altos durante à noite. Apesar da experiência ser um fator que pode auxiliar o
viveirista, este pode lançar mão de recursos técnicos de baixo custo e ótimos
resultados. Pode-se adotar como regra geral que a época de irrigação é mais
157
importante do que a quantidade de água aplicada. Enfim, verifica-se que há
necessidade de pesquisas, direcionadas às diferentes espécies, para
determinação de água e freqüência de irrigação para a obtenção de mudas de alta
qualidade.
Não haveria investimento com melhor retorno para o produtor do que aquele
que visa a obtenção de uma muda isenta de vírus e outros microorganismos
patogênos sistêmicos, ou pragas que contaminem o pomar através das mudas,
como a pérola-da-terra da videira, ou nematóides. Mesmo quando apenas
algumas mudas estão contaminadas, o resultado pode ser desastroso.
158
Quando a doença foi diagnosticada no sul no Brasil, em 1975, a área de
ameixeiras em Santa Catarina era de cerca de 400 ha, regredindo para menos de
50 ha em 1982. Voltou, então, novamente a crescer, devido ao fato de que era
tecnicamente possível obter mudas isentas de bactéria. Com a pressa de plantar,
devido aos altos preços da ameixa no mercado, esqueceu-se de questionar as
garantias de sanidades das mudas e os riscos de contaminação a partir de
ameixeiras doentes nas proximidades do pomar. Hoje são 1000 ha de ameixeiras
com os dias contados, ou seja, um investimento de quatro milhões de reais
ameaçado, já que o custo de implantação por hectare, gira em torno de R$
4.000,00.
159
Em plantas frutíferas, que são propagadas vegetativamente, a importância das
doenças causadas por vírus é grande, pois todas as plantas obtidas de uma planta
infectada também se apresentarão com o patógeno.
160
vírus é transmitido por pulgões e o uso de material sadio não resolveria o
problema pois todas as plantas ficariam expostas no campo ao ataque do vetor.
Desta forma, só devem ser multiplicadas plantas que tenham sido submetidas
a testes de sanidade. Todas as matrizes devem ser testadas periodicamente, pois
uma planta considerada sadia pode se tornar infectada.
De modo geral, pode-se afirmar que o primeiro passo para o controle de uma
praga no pomar é dado no controle fitossanitário no viveiro, pois isto dificultará a
disseminação das pragas através das mudas.
161
É bom lembrar que o controle fitossanitário em sementeiras, viveiros e em
plantas matrizes fornecedoras de material propagativo é feito de acordo com as
necessidades. Esse controle deve ser monitorado utilizando-se os produtos de
forma correta, preservando a integridade do meio ambiente e a saúde do
trabalhador.
9) MICORRIZAS
162
toxicidade do produto remanescente no solo. Posteriormente, encontraram-se
evidências que a causa deste problema era a nutrição inadequada das plantas
devido à morte dos fungos endomicorrízicos, provocada pela fumigação. Em
viveiros em que se utilizava a prática da fumigação nas mudas cítricas, ocorria
principalmente a deficiência dos nutrientes P, Zn e Cu.
163
(local de armazenamento de reservas do fungo, principalmente fósforo extraído da
solução do solo); e c) micélio extra-radicular (faz exploração do solo). Os fungos
MVA caracterizam-se pela penetração da hifa inter e intracelular no córtex, pela
ausência de manto de micélio externo e de modificações morfológicas visuais na
raízes e por não crescerem em meio de cultura na ausência de raízes vivas,
sendo portanto, simbiontes obrigatórios. Outra característica do FMVA é a baixa
especificidade, ou seja, o fungo isolado de determinada espécie, geralmente pode
colonizar qualquer outra, capaz de formar micorriza versículo-arbuscular. O
processo de formação das MVA inicia-se pela germinação dos propágulos do
fungo existentes no solo, tais como: esporos, pedaços de raiz colonizada e parte
de hifa sobrevivente no solo; crescimento da hifa infectiva e penetração na raiz
através do apressório, originando a colonização do córtex inter e
intracelularmente.
A taxa de colonização nas raízes pode ser influenciada por diversos fatores:
teor de P no solo, espécie da planta, tipo de solo, temperatura, pH do solo,
defensivos agrícolas (fungicidas, inseticidas e herbicidas).
164
com MVA (Glomus mosseae, Glomus clarum e Glomus caledonium). A inoculação
do fungo no solo esterilizado diminuiu o comprimento, peso seco da planta e a
quantidade do P na parte aérea de 5,4; 13,5 e 3,0% respectivamente. As raízes
das plantas no solo não esterilizado foram grandemente colonizadas, enquanto
que as do solo esterilizado não foram colonizados e deram origem a porta-
enxertos mais raquíticos (Pallazzo et al., 1994).
165
9.3 Pesquisas com FMVA em Outras Espécies
166
no controle, 1,18 cm, ficando evidente que a micorrização favoreceu a
aclimatização das mudas.
167
hipótese de que a inoculação de MVA, durante a aclimatização, pode aumentar o
crescimento e a sobrevivência das plantas.
Uma boa condução e formação de mudas exige uma série de operações que
estão estreitamente relacionadas, tais como: seleção das plantas matrizes, copas
e porta-enxertos, controle de pragas e doenças além de tratos culturais
adequados. Dentro desse aspecto, o controle de plantas daninhas, tanto em
sementeiras como em viveiros, é de grande importância. Modernamente tem-se
propagado, principalmente porta-enxertos, como é o caso específico de mudas
cítricas, por tubetes, bandejas ou similares. Essa metodologia permite a utilização
de substratos tratados, isentos de plantas daninhas e garante um maior controle
de pragas e doenças. Entretanto, na Segunda fase de propagação, com utilização
de viveiros, o controle de invasoras é fundamental, pois, nesse local é que serão
realizadas todas as operações que vão resultar em uma muda de boa qualidade.
CONCEITOS BÁSICOS
a) O termo viveiro, inicialmente definido como uma área de terreno destinada à
produção de mudas, na qual, as mesmas são formadas até irem para o campo.
168
Neste caso tem um conceito mais diversificado que engloba a utilização de
estruturas como sementeiras, valetas para estratificação, áreas para plantio de
porta-enxertos, casas de vegetação, câmaras de nebulização e coberturas de
tela plástica. Também estão relacionados materiais como sacos de polietileno,
tubetes, vasos, bandejas de isopor, componentes de substrato como solo,
areia, esterco, compostos orgânicos, cascas e palhas, vermiculita, casca de
madeira triturada, terriço, etc.
Dentro deste contexto, a correlação entre o "enviveiramente" de mudas
frutíferas e os possíveis problemas com plantas daninhas tem um sentido amplo
que envolve cuidados e práticas bem distintas, de acordo com a fase de produção
da muda e a metodologia utilizada.
169
Beldroega – Portulacea oleracea
a) espécies anuais
b) espécies perenes
170
10.2 Métodos de Controle
171
10.2.1. Manual
10.2.2. Mecânico
10.2.3. Cultural
172
cultura. Dentre estes, e especificamente em viveiros, seria recomendável após o
arranquio das mudas, fazer a alternância com outra cultura na mesma área (1-2
anos).
10.2.4. Biológico
Consiste em um método que procura manter uma população de plantas
daninhas a um nível que não causa danos econômicos, através do uso de um
agente biológico (por exemplo: fungos). A utilização de bioherbicidas ainda é
pouco pesquisada e não é utilizada em larga escala.
10.2.5 Químico
O uso de herbicidas sintéticos, em associação com o método manual, é a
metodologia mais utilizada nos vários sistemas de produção de mudas.
173
afetar outras. Quando se diz que o produto é "seletivo" para folhas largas, significa
que as espécies de folhas largas são resistentes ou tolerantes ao produto e o
mesmo irá eliminar as demais. Esta seletividade depende das características
físico-químicas do herbicida, da resistência da planta e do meio ambiente.
174
11) CONDICIONAMENTO DE MATRIZES COPAS E PORTA-ENXERTOS
175
pragas e doenças, isentas de viroses precoces, com grande capacidade de
regeneração e produtoras de grandes quantidades de brotos vigorosos, entre
outras características.
Plantio Adensado
176
Condução
A condução será feita de acordo com o tipo de planta-matriz e do espaçamento
adotado. No caso específico de plantio adensado, é necessário conduzi-lo de
maneira que as plantas tenham um porte baixo.
Adubações
Poda
Desfolha
Anelamento
Arqueamento
Em plantas de difícil enraizamento, pode ser utilizada essa prática. Ela tem
como principal objetivo o aumento da relação carbono/nitrogênio (C/N), facilitando
o enraizamento.
Aplicação de Fitorreguladores
Modernamente, essa operação tem sido feita com maior freqüência e com
resultados satisfatórios. De maneira geral, visa facilitar o enraizamento e,
conseqüentemente, o pegamento das estacas.
177
Estiolamento
Essa prática pode ser feita em ramos isolados e até em plantas inteiras,
dependendo dos objetivos a que se pretende. O objetivo desta prática é o
desenvolvimento dos ramos em ausência total ou parcial de luz, com maior teor de
auxina e menores teores de lignina e fenóis.
São aquelas que podem ser dessecadas a baixo teor de umidade (4 a 6%) e
armazenadas por longo período em temperaturas abaixo de 0º C.
178
A finalidade da conservação das sementes é manter a sua viabilidade pelo
maior tempo possível, de modo a permitir a semeadura na época mais adequada,
bem como garantir a manutenção do germoplasma na forma de semente.
179
O teor de umidade das sementes é, acima de tudo, função da umidade relativa
do ar. Este é tido, como o mais importante dos fatores que influenciam o potencial
de armazenamento de sementes.
A maioria das espécies terá suas sementes tanto melhor conservadas quanto
menor for a temperatura.
Harrington (1972) propôs duas regras empíricas, que servem como guias para
prever os efeitos da temperatura e o teor de umidade sobre a longevidade das
sementes armazenadas:
180
de atacar as sementes inteiras, enquanto os secundários somente se alimentam
de sementes já danificada, resultante de injúrias mecânicas ou ação dos insetos
primários. Os primários são os mais importantes, dada a capacidade de romper o
tegumento da semente. Entre estes, encontram-se: os gorgulhos, o caruncho do
feijão, a traça dos cereais e os besourinhos.
181
Não há alterações no peso das sementes.
182
vezes relacionada com exigência em frio. Esta característica permite-lhes
permanecer viáveis até que as condições adversas do inverno tenham passado.
183
Diferentes métodos de armazenamento de sementes recalcitrantes têm sido
estudados. Em geral, os que têm apresentado os melhores resultados são os que
levam em consideração os fatores limitantes, evitando a perda de água, realizando
tratamento preventivo contra microrganismos, evitando a germinação durante o
armazenamento, e mantendo um suprimento adequado do oxigênio. Os métodos
mais empregados são: sacos de polietileno, recipientes selados, carvão, areia e
turfa. São citados também o armazenamento em água, pó de serra, latas, fracos
de vidro e esfagno.
13.3 Estacas
184
a) Estresses hídricos devem ser minimizados;
Umidade Relativa
O potencial hídrico do tecido das plantas é influenciado não somente pela água
absorvida pela planta e transpiração, mas também pelo anabolismo e catabolismo
dos compostos osmoticamente ativos, especialmente de carboidratos de baixo
peso molecular. Portanto, pode ocorrer o aumento ou a manutenção do potencial
hídrico constante durante o armazenamento, apesar da contínua transpiração.
185
necessário usar um filme plástico, impermeável ao vapor d'água para manter alto
o teor de água nas estacas. Embalando as estacas em sacos perfurados, baixa o
risco de dessecação durante o armazenamento por longo tempo. Quando estacas
são armazenadas por longos período amarradas em filme plásticos ou sacos
plásticos, as trocas gasosas podem ser mantidas, o que pode ser causado pelo
filme de polietileno que é permeável a CO2 e etileno.
Temperatura
186
A manipulação de gases atmosféricos no armazenamento é um tratamento
adicional, pois reduz o ataque de fungos, o catabolismo e a formação de etileno.
Dois métodos são usados:
187
também, cortar a parte basal da estaca, antes de colocá-la no substrato para
enraizamento.
Borbulhas
188
Para controlar a infecção por microorganismos durante o armazenamento,
deve-se tratar previamente os ramos porta-borbulhas com hipoclorito de sódio
(água sanitária) ou fungicidas de amplo espectro (a exemplo de Benormyl e
Maneb). Alguns produtos podem ser fitotóxicos às borbulhas, o que também pode
ocorrer sob altas concentrações dos produtos ou após longos períodos de
tratamento.
189
A temperatura é um dos principais fatores que determinam a velocidade das
reações metabólicas nos tecidos.
190
clones. O Banco de Germoplasma de espécies frutíferas "in vitro" basicamente
consiste em se introduzir explantes de plantas adultas em meio estéril de cultura e
mantê-los em condições livres de patógenos para uso futuro.
191
manutenção de uma linhagem persistente através de várias gerações requer um
processo ordenado de replicação cromossômica, o que ocorre em meristemas
apicais, que são por isto, preferíveis em sistemas de conservação "in vitro" de
espécies perenes.
CRIOPRESERVAÇÃO
192
No congelamento lento, o congelamento extra-celular permite a proteção da
célula contra danos e, por isto, é preferível ao primeiro. Nos dois métodos, os
tecidos são tratados com crioprotetores, substâncias que protegem os tecidos
vegetais contra os danos do congelamento.
193
c) Esfriamento – o esfriamento pode ser feito lenta ou rapidamente. As duas
formas proporcionam diferentes mecanismos de sobrevivência. No esfriamento
lento, o gelo se forma fora da célula, evitando a cristalização de gelo na célula. A
água é retirada da célula para o meio extracelular, a célula fica desidratada. Essa
desidratação reduz a quantidade de água disponível a formação de cristais de
gelo. Conseqüentemente, o conteúdo da célula se solidifica, usualmente com a
formação de gelo relativamente inofensivos. Já o esfriamento rápido induz a um
congelamento intracelular evitando a desidratação celular. Minimiza a formação de
gelo prejudicial pela formação de pequenos cristais de gelo, evitados pela
presença de crioprotetores, permitindo um congelamento bastante rápido.
14) ACLIMATAÇÃO
194
Este aspecto da propagação, que constitui a etapa final da produção de
mudas, será abordado sob dois enfoques: na propagação por métodos
convencionais (sementes, estacas, enxertia, mergulhia) e na propagação através
de técnicas "in vitro". Será dado maior detalhamento a este último caso, pois a ele
referem-se os maiores problemas e o maior número de informação na literatura.
A aclimatização vem sendo cada vez mais utilizada, pois à medida que
aumenta o controle ambiental para produção da muda, maior se torna a distância
entre o ambiente de propagação e o ambiente do viveiro ou do pomar. Como
exemplos, podem ser citados os seguintes: a) o substrato de produção da muda
pode diferir grandemente em características físicas e químicas do solo do viveiro
ou do pomar; b) o ambiente da estufa com nebulização intermitente apresenta alta
umidade relativa do ar, ausência de ventos e temperatura controlada, condições
bastante diferentes do ambiente externo. Esta diferença entre condições
ambientais pode provocar um estresse divido ao transplante, em intensidade
variável conforme as espécies e o método de propagação.
195
Entre as técnicas que visam diminuir o estresse durante a aclimatização,
podem ser citadas o uso da irrigação, a redução da área foliar, o sombreamento
(telado ou ripado) e a repicagem intermediária.
196
da casa de vegetação, como também é favorável a manutenção da muda, após o
transplante no pomar, sob meia-sombra.
197
ambiente, em um processo orientado pelo homem. Em contraste, o termo
'aclimatação' tem um significado semelhante, mas é um processo natural, ou seja,
não é necessariamente conduzido pelo homem.
198
TABELA 14.1 Características do ambiente do cultivo "in vitro" e seus
efeitos sobre as plantas
199
micropropagação apresente algumas características peculiares. Ainda que haja
variação entre espécies, algumas características são encontradas em
praticamente todas as plantas. A descrição destas características pode ser feita
em relação às folhas, às raízes e ao mecanismo de nutrição.
200
As características das folhas oriundas do cultivo "in vitro", especialmente no
que se refere à sua anatomia, tem reflexo sobre a elevada perda de água quando
da aclimatização. As folhas de plantas micropropagadas apresentam pouca
quantidade de ceras epicuticulares cutícula mais fina e baixa habilidade dos
estômatos fecharem-se sob condições de baixa umidade relativa do ar. Há
indicações de que os estômatos das folhas de plantas micropropagadas têm
estrutura similar às desenvolvidas em ambiente externo, ainda que apresentem
células-guardas mais ricas em amido e cloroplasto. A densidade estomática tende
a ser menor em plantas em aclimatização, comparada com plantas desenvolvidas
no campo (em macieira, 150 e 300 estômatos/mm3, respectivamente). Foi
observado que as folhas originárias do cultivo "in vitro" têm uma menor densidade
de células do mesófilo e apenas um camada de parênquima paliçádico. Observou-
se também que o espaço aéreo do mesófilo foi maior em planta de ameixeira em
aclimatização do que nas plantas desenvolvidas no campo. Porém, o comprimento
das células epidérmicas (superiores e inferiores) não foi afetado. Brotações
obtidas por micropropagação tem reduzido tamanho das células se comparadas a
brotações de plantas desenvolvidas em estufa. A quantidade de tecido vascular
também é menor quando as plantas são obtidas "in vitro", tendo como efeito uma
menor eficiência na translocação de água, o que facilita a ocorrência de estresse
hídrico. Em um estudo de anatomia de framboeseira antes e após a aclimatização,
foi observado que as folhas de plantas formadas "in vitro" foram menores, mas
finas, com arranjamento menos compacto das células do parênquima paliçádico e
do mesófilo e menor número de pêlos da epiderme. A presença de pêlos, em
geral, associada a uma menor perda de água, afeta a morte das plantas por
estresse hídrico.
201
micropropagadas é menor do que a metade daquela que ocorre em folhas dentro
da estufa e, portanto, muito inferior àquela que ocorre em condições de campo. A
fotossíntese pode ocorrer, mas em geral é limitada pela baixa concentração de
CO2 no interior do recipiente. No ambiente de cultivo "in vitro", as condições para
fotossíntese parecem ser sub-ótimas, devido à pouca luminosidade (1 a 10% de
intensidade luminosa a pleno sol), troca limitada de gases e altos níveis de
açúcares exógenos.
202
outro pode ser responsável pela sobrevivência da planta. Quando da
transferência, um máximo desenvolvimento da produção fotossintética é crítico
para a sobrevivência da muda.
203
autotrófico das plântulas. Logo, é importante maximizar a capacidade
fotossintética das folhas formadas "in vitro".
204
transferência. Este estresse hídrico pode ocasionar a morte das plantas. É citado
na literatura que a perda de água é a principal causa do "choque do transplante".
Com folhas de mudas de macieira micropropagadas, dentro de 15 minutos após a
exposição a 40% de umidade relativa do ar, menos de 10% dos estômatos se
fecharam, denotando um mecanismo lento de fechamento estomático. Em folhas
de ameixeria, macieira e framboeseira, foi observado que há poucas células do
parêmquima paliçádico e grandes espaços intercelulares. Disso decorre que, ao
menos em parte, o fator limitante da transferência é a baixa umidade relativa do
ar. Foi demonstrado, também, que as plantas micropropagadas têm
consideravelmente menos cutícula, além de outras diferenças na anatomia da
folha.
205
vitro", os teores de celulose e lignina apresentaram ótima relação com a tolerância
da planta para aclimatizar-se. O teor de hemicelulose não diferiu conforme este
grau de facilidade. A deposição de calose é uma resposta ao estresse e beneficia
uma maior tolerância da planta aos estresses, dentre os quais o estresse hídrico.
206
da nebulização são cuidadosamente diminuídos com o passar do tempo,
favorecendo o desenvolvimento do autotrofismo.
Foi relatada uma maneira eficiente para o controle do ambiente nos estágios
da aclimatização, onde habilitaram-se as plantas a um crescimento vigoroso
durante e depois dos estágios de aclimatização, sem perda de plântulas. Contudo,
existem duas possibilidades para resolver o problema:
207
Sombreamento e nebulização são necessárias durante o dia para manter umidade
elevada e baixa incidência de luz solar. 4) A fotossíntese das plântulas é suprimida
sob as condições de sombreamento. 5) Supressão da fotossíntese causa
supressão do desenvolvimento do autotrofismo. 6) Supressão da fotossíntese
(autotrofismo) causa supressão do enraizamento e brotação das plântulas. 7) A
absorção de água e nutrientes é suprimida pela insuficiência de raízes
secundárias. 8) Uma pequena quantidade de água absorvida e o excesso de
transpiração foliar causa danos e morte às plântulas. 9) Parte das folhas podem
ser removidas quando da aclimatização para reduzir o excesso de transpiração. A
fotossíntese é suprimida pela pequena área foliar, 10) Retorna ao item 1.
Plantas enraizadas "ex vitro" são muito susceptíveis a danos por fungos, sendo
necessários tratamentos com fungicidas de largo espectro. Plantas enraizadas "in
vitro" devem também sofrer os mesmos tratamentos. O tratamento com fungicidas
também é utilizado por laboratórios no momento da expedição das plantas. Nessa
208
ocasião, a parte aérea é pulverizada e o substrato, encharcado com a solução. É
mostrado na literatura que diversos fungicidas têm sido utilizados com sucesso:
Benomyl, Dichlofuanide, Propanocarb, Iprodione, Thiram, Metalaxil, Mancozeb,
Etridiazole e Zineb, entre outros. As dosagens de aplicação devem ser geralmente
menores que as recomendadas pelo fabricante, em função das plantas de cultura
de tecidos terem a cutícula mal formada, sendo assim mais sensíveis. Os
fungicidas devem ser aplicados a intervalos de 10 a 14 dias, procurando-se
alternar o princípio ativo usado, com a finalidade de ampliar o espectro de ação.
Nos primeiros estágios da aclimatização, os produtos podem prejudicar a
folhagem das plantas; aplicações mais segurar acontecem após 2 ou 3 semanas.
Quando se está trabalhando com uma nova espécie, da qual não se tem
conhecimento da sensibilidade aos fungicidas, é necessário se realizar testes
prévios
209
deficiência hídrica das plantas na fase de transferência para a casa-de-vegetação
é o uso de antitranspirantes.
210
pela tecnologia existente e pela falta de tecidos de armazenagem para sustentar o
crescimento de embriões, bem como pela falta de camadas externas protetoras da
semente normal. Para ser capaz de geminar após plantio direto no campo,
embriões somáticos devem tolerar algum grau de dessecação.
211
1) QUALIDADE DA MUDA
Embora a produção de mudas possa ser feita, muitas vezes, com emprego de
uma infraestrutura muito simples, cada vez mais a propagação de plantas vem
lançando mão de apurada tecnologia, pois isso é muito importante para a
obtenção de mudas de qualidade no menor tempo possível. Esta tecnologia
abrange, diversos componentes, que no decorrer do assunto serão abordados.
Este módulo tem dupla importância: em primeiro lugar, para o viveirista, que
necessita conhecer as técnicas de propagação e, em segundo lugar, para o
fruticultor, que deve conhecer os princípios da produção de mudas para que
adquira este insumo com segurança. É comum muitos produtores não observarem
a qualidade da muda ao comprarem este insumo, além de adquirirem mudas de
vendedores ambulantes inescrupulosos. Isso é muito preocupante, pois além de
serem mudas não adaptadas, têm-se o agravante de serem mudas de baixa
212
qualidade morfológica e genética, Decorrente disso, o fruticultor sofrerá resultados
desastrosos notados só depois de algum tempo, acarretando prejuízos
irreparáveis.
213
Sistemas de Produção
Fiscalização
214
Normas Gerais de Produção, Comercialização e Transporte de Mudas
Dos Objetivos:
215
3. Submeter as áreas de produção de mudas fiscalizadas (viveiros) aos
inspetores da DFAARA ou por ela credenciados;
Das Inspeções:
216
b. Inspeção durante o ciclo da muda: o inspetor procederá no mínimo, duas
inspeções, com a finalidade de observar o desenvolvimento e o aspecto sanitário
das mudas em produção, emitindo parecer final sobre a viabilidade na liberação
das mesmas para comercialização.
Da Responsabilidade Técnica:
217
Do Material de origem e multiplicação:
Da embalagem:
Da Identificação:
Toda muda deverá ser identificada com uma etiqueta, obedecendo as normas
para o comércio, conforme estabelecidas no padrão específico.
Da comercialização:
Das Penalidades:
Advertência;
Multa;
218
Suspensão da comercialização;
Apreensão;
Condenação;
Suspensão do registro;
Cassação do registro;
Mudas de Abacateiro
219
A muda deve ser comercializada entre 6 a 8 meses de idade.
Mudas de Abacaxizeiro
220
cochonilhas, não se permitindo, durante o período de formação das mudas, uma
incidência de pragas ou doenças superior a 5% das plantas.
c) O peso das mudas "Pérola" deverá estar entre 150 e 250 gramas e as da
variedade "Smoth Cayenne" entre 200 e 350 gramas.
Mudas de Aceroleira
221
As mudas devem ter de 20 a 40 cm de altura, 3 a 6 meses de idade, isentas de
pragas e doenças;
Mudas de Bananeira
O pseudocaule das mudas com rizomas inteiros deve ser aparado entre 5 a 12
cm acima do ponto de inserção da última folha viva externa ou colo da planta,
sendo que o peso varia de acordo com o tipo de muda:
Nas mudas do tipo replante, com mais de 5.000 g, o pseudocaule deve ser
aparado no comprimento máximo de 50 cm;
Todos os tipos de mudas devem ter o sistema radicular aparado, para que as
raízes apresentem o comprimento máximo de 3 cm;
Mudas de Cajueiro
222
As mudas devem ter haste única, o mais ereta possível, com altura mínima de
15 cm;
Citros
223
aspectos fitossanitários, podem ser mencionados: construção com telado
antiafídios e em local distante, no mínimo, de 20m de plantas cítricas; construção
de um pedilúvio, na entrada do viveiro, para a desinfestação de calçados; água
para irrigação das mudas tratada com cloro a 5ppm; não permitir a entrada de
águas invasoras; proceder à desinfestação do material e equipamento utilizado no
viveiro, com formalina a 2,5%, bem como à desinfestação de pisos, paredes e
bancadas, com hipoclorito de sódio a 0,5%, após a retirada das mudas do viveiro,
dentre outras exigências.
224
Os viveiros deverão ser instalados em áreas isentas das plantas daninhas, tais
como tiririca, trevo, grama seda.
A quantidade mínima de mudas por viveiro não poderá ser inferior a 5.000.
Da Cultura:
Do padrão da muda:
225
e) Apresentarem a haste principal com 40 a 50 cm de altura (tangerinas) e 50
a 70 cm (laranja, lima, pomelos e limão), medidos a partir do colo da planta;
226
Do tipo de muda:
b) Com raiz nua: as raízes das mudas cítricas, tipo raiz nua deverão ser
barreadas ou protegidas com outro material equivalente e envoltas em material
não fermentescível e úmido.
227
Mudas de Coqueiro
Mudas de Goiabeira
228
A idade das mudas para comercialização não deve ultrapassar os 15 meses,
contados a partir da data de semeadura do porta-enxerto, devendo estar isenta de
pragas e doenças;
Mudas de Mangueira
A região de enxertia deve estar a 15 cm acima do colo da planta, sem que haja
diferença entre enxerto e porta-enxerto;
229
A comercialização da muda somente será permitida se a mesma estiver
colocada em saco plástico ou similar, com 20 cm de diâmetro e 35 cm de altura.
Mudas de Mamoeiro
Mudas de Maracujazeiro
Mudas de Videira
230
Apresentar a 5 cm acima do ponto de enxertia o diâmetro de 0,8 a 2.0 cm.
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IV. Os ramos destinados a obtenção de estacas, bacelos e garfos, deverão
apresentar as seguintes características:
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Outras Espécies
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Quando o porta enxerto for produzido por estaca, deve apresentar sistema
radicular bem desenvolvido ao longo de no mínimo 20 cm basais da estaca, com
raízes secundárias abundantes e não enoveladas.
234