Normas Regulamentadoras de HST-2019 - 2

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1001601 – Engenharia de Segurança do trabalho – 2 sem/2019

NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANÇA, MEDICINA E HIGIENE


DO TRABALHO.
Prof. João A. Camarotto
1. Introdução

As Normas Regulamentadoras (NRs) são resultado de entendimento negociado da sociedade


num determinado momento histórico. Tal fato pode ser comprovado pela consulta à evolução
e profusão de portarias, decretos e instruções normativas editadas todo ano pelo, antes,
Ministério do Trabalho e Emprego (agora pela Secretaria do Trabalho do Ministério da
Economia) sobre esta questão.

Será apresentado, inicialmente, um esquema brasileiro de prevenção aos acidentes e doenças


do trabalho, mostrando os diversos órgãos e instituições formais que cuidam da questão, suas
responsabilidades e formas de atuação. Este modelo é uma representação esquemática
construída a partir de do entendimento do capítulo 5 da CLT.

2. Modelo Brasileiro de prevenção a acidentes do trabalho

O modelo brasileiro divide as responsabilidades da prevenção entre trabalhadores,


empresários e governo, preconizando uma cooperação entre estes três setores como ocorre
em toda legislação trabalhista. Esta divisão pode ser representada conforme quadro a seguir:

De acordo com o modelo apresentado, a prevenção aos acidentes e doenças do trabalho é


feita a partir do interior das empresas pelos empresários e trabalhadores por meio de

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instrumentos organizacionais específicos criados para este fim: CIPA e SESMT. As


entidades representativas das classes envolvidas (sindicatos de trabalhadores e das empresas)
cooperam na divulgação das informações e na assistência jurídica a seus associados.

O sistema normativo, que estabelece as normas sobre HST, é prerrogativa do Estado via
poderes constituídos. Destes poderes, o executivo é que tem maior atuação cotidiana sobre o
assunto de prevenção. O ex-Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), agora incorporado no
Ministério da Economia sob a denominação de Secretaria de Trabalho, é responsável pela
regulamentação de normas e instruções normativas a partir de Leis editadas pela presidência
da república e de propostas do legislativo (Câmara dos Deputados e Senado). O MTE também
é responsável pela fiscalização das empresas por meio das GRTs- Gerencias Regionais do
Trabalho (antigas Delegacias Regionais do Trabalho –DRTs). A assistência aos segurados
do sistema trabalhista, os Celetistas, é de responsabilidade do Ministério da Previdência
Social, ficando para o sistema SUS (Ministérios da Saúde e da Previdência) a parte de
atendimento à saúde. A normalização e controle do ensino e da educação em segurança de
saúde no trabalho são de responsabilidade do Ministério da Educação repassada para
instituições de ensino públicas e privadas, Funda centro e sistema S(SENAI, SESC e SESI).
As questões oriundas de interpelação judicial do trabalho ficam a cargo do poder judiciário
pela justiça do trabalho.

3. Normas Regulamentadoras de HST

A regulamentação das leis sobre segurança e medicina do trabalho se concentra na Portaria


n. 3214 de 08 de junho de 1978 (e sua legislação complementar) que aprovou as NORMAS
REGULAMANTADORAS DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO,
denominadas, no jargão da segurança, de NRs.

Atualmente temos 36 normas onde encontramos aspectos organizativos técnicos sobre


prevenção:

a) Fiscalização e penalidades – Normas que definem as responsabilidades e


autoridades para a fiscalização dos ambientes de trabalho e as penalidades a que
as empresas estão sujeitas;

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b) Organização de serviços de prevenção – principalmente as regulamentações da


CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e o SESMT – Serviço
Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho.

c) Responsabilidades – de empresas e empregados sobre a prevenção de acidentes e


doenças do trabalho

d) Limites de tolerância – de agentes ambientais

e) Formas construtivas - das instalações dos locais de trabalho, como alturas de


edificações construções especiais para caldeiras, etc.

f) Competência dos profissionais especializados em prevenção e controle de riscos.

g) Programas educacionais para formação de pessoal em prevenção de riscos.

As NRs, quando foram aprovadas em 1978, eram em número de 28, com algumas NRs ainda
superficiais, que couberam em um exemplar de 250 páginas impresso pela editora ATLAS.
A edição de 2013 contém 36 NRs que ocupam 547 páginas e uma parte destinada a legislação
complementar, que compreendem portarias e instruções normativas complementares às 36
NRs, perfazendo um total do exemplar em 771 páginas.

Nas NRs, os conceitos de insalubridade e periculosidade aparecem relacionados a situações


ou agentes causadores, sendo, portanto, mais restritos que as respectivas definições colocadas
no texto da Unidade 2 desta disciplina. Nas NRs, a preocupação é identificar agentes e
situações potencialmente causadoras de prejuízos à saúde das pessoas nos locais de trabalho.
A NR n. 15 contém os agentes e situações insalubres e estabelece os adicionais de
insalubridade. A NR n. 16 estabelece as atividades e operações perigosas.

A seguir será apresentado um resumo do conteúdo de cada NR visando à familiarização com


seus conteúdos. Nos próximos ciclos serão detalhadas as NRs de organização de serviços,
dos programas de gestão da segurança e de agentes insalubres.

(A íntegra das Normas Regulamentadoras pode ser encontrada no site:

www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp)

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NR-1 DISPOSIÇÕES GERAIS

Determina que as NRs são obrigartórias para todas as empresas privadas, públicas e órgãos
públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos do poderes legislativo e
judiciário, que possuam empregados regidos pela CLT.

Estabelece as competências do executivo sobre a coordenação, orientação, controle e


supervisão do Ministério do Trabalho sobre a segurança e saúde no trabalho. Define termos
usados nas NRs sobre os elementos sociais participantes do processo de trabalho.

Competências:

a) Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho – Ministério do trabalho e Emprego:

-Estabelecer Normas

-Coordenar, Orientar, Controlar e Supervisionar a Fiscalização

-Servir de última instância das decisões das Delegacias Regionais do


Trabalho(este nome mudou para Gerencias Regionais do Trabalho - GRTs).

b) Gerencias Regionais do Trabalho - GRTs

-Fiscalização

-Exigir obras e reparos

-Penalizar

c) Empresas:

-Cumprir as Normas

-Instruir empregados, informar sobre rtiscos e meios de prevenção, informar


resultados de exames e de avaliações ambientais.

-Adotar medidas determinadas pela DRT.

-Facilitar a fiscalização.

d) Empregados:

-Observar as normas e instruções da empresa sobre segurança.

-Usar EPIs.

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-Colaborar com a empresa

NR-2 INSPEÇÃO PRÉVIA

Inspeção obrigatória da GRT antes da empresa iniciar suas atividades e quando fizer
modificações em equipamentos ou instalações.

NR-3 EMBARGO OU INTERDIÇÃO

A Gerencia Regional do Trabalho (GRT), órgão executivo e regionalizado do Ministério do


Trabalho, pode embargar ou interditar e exigir providências mediante laudo técnico de
serviço competente do estabelecimento, setor, máquina, equipamento ou obra quando houver
eminência de risco grave para o trabalhador.

NR-4 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM SEGURANÇA E MEDICINA DO


TRABALHO - SESMT

Serviço mantido pela empresa, em função do número de empregados e do grau de risco da


sua atividade principal, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do
trabalhador no local de trabalho.

É composto de: Engenheiro de Segurança, Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho,


Técnico de Segurança do Trabalho e Auxiliar de enfermagem do Trabalho.

NR-5 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO


– CIPA.

Composta de representantes de empregados e do empregador com tamanho definido em


função do número de empregados e grau de risco da atividade principal da empresa.

São objetivos da CIPA:

- observar e relatar as condições de risco.

- solicitar medidas para reduzir os riscos.

- discutir os acidentes ocorridos.

- orientar os demais trabalhadores sobre prevenção de acidentes.

- elaborar o MAPA DE RISCOS

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NR-6 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EPI

Dispositivos de uso individual pelos trabalhadores destinados a proteger sua saúde e


integridade física. São indicados:

- quando medidas de proteção coletivas forem tecnicamente inviáveis;

-para complementar medidas de proteção coletivas;

-enquanto são implantadas proteções coletivas;

-para atender situações de emergências.

Obrigações do Empregador:

-adquirir o EPI

-treinar seu uso

-fornecer o EPI e tornar obrigatório seu uso

-substituir e reponsabilizar-se pela sua higienização e manutenção

Obrigações do Empregado:

-usar o EPI.

-guardar e conservar.

-comunicar qualquer alteração ou dano.

NR-7 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL -


PCMSO

Programa elaborado e implementado pela empresa, através do médico do SESMT ou


contratado para este fim. Este programa compreende a prevenção, rastreamento e diagnóstico
precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho e constatação de doenças profissionais
ou danos irreversíveis.

Exames mínimos obrigatórios do PCMSO:

-Admissional

-Periódico

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-de Retorno ao trabalho

-de Mudança de função

-Demissional

NR-8 EDIFICAÇÕES

Regulamenta alturas das edificações, Circulação, Pisos, Rampas e proteção contra


intempéries.

NR-9 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - PPRA

Programa elaborado e implementado pela empresa com a participação dos trabalhadores,


CIPA e SESMT.

Visa a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores, através da antecipação,


reconhecimento, avaliação e controle da ocorrência de riscos ambientais considerando a
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. O programa deve incluir os agentes
Físicos, Químicos e Biológicos, com:

-antecipação e reconhecimento dos riscos

-estabelecimento de prioridades

-avaliação dos riscos

-implantação de medidas de controle

-monitoramento da exposição

-registro e divulgação dos dados

NR-10 INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

Fixa condições de segurança dos trabalhadores nas etapas de projeto, execução, operação,
manutenção, reforma e ampliação, e a segurança de usuários e terceiros em instalações e
serviços de eletricidade na empresa.

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NR-11 TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE


MATERIAIS.

Normas de segurança para projeto e operação para: Elevadores, Guindastes, Transportadores,


Pontes rolantes, Monta-cargas, etc. Normas para Transporte de sacas e requisitos de
segurança para locais de armazenamento de materiais.

NR-12 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Regulamenta instalações e áreas de trabalho de máquinas, estabelece normas para


dispositivos de acionamento, partida e parada de máquinas; proteção de máquinas,
mecanismos e sistema de cores; assentos e mesas; e para manutenção e operação.

NR-13 CALDEIRAS E RECIPIENTES DE PRESSÃO.

Regulamenta a instalação, inspeção, recipientes e dispositivos de informação e controle e


estabelece normas de treinamento de segurança para operação de caldeiras, cadastramento e
acompanhamento de técnicos de inspeção.

NR-14 FORNOS

Regulamenta a instalação, operação, calor radiante, gases e sistemas de proteção.

NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

Define limites de tolerância para ruído, exposição ao calor, radiação ionizante, agentes
químicos e poeiras minerais. Trata dos trabalhos realizados sob pressão hiperbárica. Define
insalubridade de agentes químicos por manipulação. Define atividades que dependem de
laudo: radiações não ionizantes, vibrações, frio e umidade. Possui 14 anexos sobre os
requisitos para a determinaçõ das situações insalubres.

Define os graus do adicional de insalubridade para cada agente e o adicional sobre o salário
mínimo(40%, 20% e 10%).

NR-16 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS

Estabelece as atividades e operações consideradas perigosas: Fabricação, transformação,


operação, manuseio e transporte de: Explosivos, Inflamáveis, Radiações Ionizantes,
Substâncias radioativas, Combustíveis, Eletricidade.

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Estabelece o adicional de Periculosidade de 30% do salário.

NR-17 ERGONOMIA

Adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores


visando conforto, segurança e desempenho eficiente. São condições de trabalho:

- Levantamento, transporte e descarga de materiais.

- Mobiliário

- Equipamentos

- Condições ambientais do posto de trabalho.

- Organização do trabalho

NR-18 OBRAS DE CONSTRUÇÃO, DEMOLIÇÃO E REPAROS.

Estabelece as diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização que


objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos
processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na industria da construção civil em:

- Transporte e estocagem de materiais.

- Máquinas, ferramenta e equipamentos

- Fundações, escavações e desmonte de rochas.

- Trabalho em concreto armado, alvenaria e acabamentos.

- Tapumes, andaimes, plataformas de proteção, galerias, escadas, passagens,


rampas e aberturas.

- Instalações elétricas, condições de conforto e sanitárias nas obras, proteção


contra incêndios e EPIs.

NR-19 EXPLOSIVOS

Regulamenta formas de depósitos, manuseio, recuos, armazenagem e áreas de explosivos.


Define os diversos tipos de explosivos.

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NR-20 LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS

Regulamenta o transporte, manuseio e armazenagem de substâncias líquidas inflamáveis e


conceitua os termos.

NR-21 TRABALHO A CÉU ABERTO

Para trabalhos realizados a céu aberto é obrigatória a existência de abrigos e medidas de


proteção contra insolação excessiva, calor, frio, umidade e ventos, de higiene e de sanitários.
Trata dos serviços de exploração de pedreiras.

NR-22 MINERAÇÃO

Disciplina os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de


forma a tornar compativel a atividade de mineração. Esta norma se aplica a minerações
subterraneas, minerações a céu aberto, garimpos e pesquisa mineral.

Estabelece, entre outras condições seguras: trabalho somente permitido para homens entre
21e 50 anos; jornada de 6 horas/dia e 36 horas por semana; pausas a cada 3 horas.

NR-23 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Estabelece condições segurança conta incendios, para aproteção dos trabalhadores


estipulando que toda empresa deve possiuir: proteção contra incendiao, saidas suficientes
para arápida retirada do pessoal em serviço, em caso de eincendio; equipamentos suficientes
para combater o incendio em seu inicio e pessoas treinadas no uso correto destes
equipamentos.

Regulamenta as saídas, aberturas, passagens, escadas e ascensores; treimnamentos e


exesrcicios de alerta e combate ao fogo; define quantidades, tipos e localização de extintores
e alarmes e situações de emergências.

NR-24 CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE


TRABALHO

Trata das instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas, água potável e condições de
higiene dos locais de trabalho.

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NR-25 RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Regulamenta o lançamento, disposição e tratamento dos resíduos gasosos, líquidos e sólidos


nos locais de trabalho.

NR-26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Regulamenta o uso de cada cor nos locais de trabalho, como as cores de corpo de máquinas,
tubulações, sinalizações e depósitos. Especifica formas de rotulagens preventivas de produtos
com cores, tamanho de letras, disposição, etc.

NR-27 REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO


TRABALHO

Regulamenta o registro do Técnico de segurança do trabalho: curso profissionalizante de 2º


grau em segurança do trabalho. Para os demais profissionais componentes do SESMT os
requisitos de formação encontram-se especificadas na NR-4:

-Engenheiro de Segurança do Trabalho: ser engenheiro ou arquiteto e curso


de especialização(pós-graduação) registrado no CREA.

-Médico do Trabalho: curso de especialização ou residência médica em


medicina do trabalho.

-Enfermeiro do Trabalho: curso de Enfermagem e especialização em


enfermagem do trabalho.

-Auxiliar de enfermagem do trabalho: curso profissionalizante de 2º grau em


enfermagem do trabalho.

NR-28 FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES

Regulamenta as competências e formas de perícias, ações de fiscalização de locais de


trabalho e os procedimentos de Embargo e Interdição para o trabalho dos agentes de inspeção
da GRT. Define as formas de notificação dos infratores, auto de infração e penalidades.

NR-29 TRABALHO PORTUÁRIO

Regulamenta as atividades de carga/descarga e manuseio de sitemas de movimentação e


transporte portuário.

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NR-30 TRABALHO AQUAVIÁRIO

Regulamenta as atividades de trabalho em embarcações comerciais e de passageiros


brasileiras com atividades exclusivas em águas territoriais do Brasil.

NR-31 TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA,


EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQÜICULTURA.

Estabelece os preceitos de organização e ambiente de trabalho estabelecendo as competências


do MTE por meio da Secretaria de Inspeção do Trabalho/Departamento de Segurança e saúde
no Trabalho, do empregador e do trabalhador.

Define as Comissões Permanentes de Segurança e saúde no Trabalho Rural de âmbito


nacional e regional sob a supervisão das GRTs; os programas de gestão em segurança do
trabalho; o Serviço especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural (SESTR) e a
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural (CIPATR).

Define os tipos de exposição do trabalhador e manipulação dos agrotóxicos, adjuvantes e


produtos afins usado na agricultura. Estabelece condições mínimas de tratamento de resíduos
no meio ambiente.

Estabelece as condições de trabalho relativas à ergonomia do trabalho no campo,


ferramentas, máquinas, equipamentos, implementos, secadores e silos.

NR-32 TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

Trata dos riscos biológicos, riscos químicos, do PCMSO, do PPRA e demais condições de
trabalho visando à proteção dos trabalhadores de dos serviços de saúde e dos trabalhadores
em atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

NR-33 SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS.

Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para a ocupação humana
contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é
insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou
enriquecimento de oxigênio.

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Esta norma estabelece os requisitos para a identificação de espaços confinados e o


reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes de forma a
garantir a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem com estes ambientes.

NR-34 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA


CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL

Esta norma os estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à


saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação
naval. São consideradas atividades da indústria de construção e reparação naval todas as
atividades realizadas nas instalações utilizadas para construção e reparo ou nas próprias
embarcações ou estruturas: navios, barcos, lanchas, plataformas fixas ou flutuantes, dentre
outras.

NR-35 TRABALHO EM ALTURA

Esta norma possui objetivo de estabelecer requisitos mínimos e as medidas de proteção para
o trabalho em altura, envolvendo três etapas: planejamento, organização e execução. É
considerado trabalho em altura atividades que são executadas acima de 2,00 m (dois metros)
do nível inferior, onde haja risco de queda.

Para realizar trabalhos em altura, o empregador deve promover programa de capacitação aos
operadores. Este programa é composto por treinamento teórico e prático, com carga horária
mínima de 8 h (oito horas), onde o operador deve ser aprovado.

NR-36 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS DE ABATE E


PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS

O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle e


monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e
processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano.

4. BIBLIOGRAFIA

BRASIL-MTE. (2008). Segurança e Medicina do Trabalho: Lei nº 6.514, de 22 de


Dezembro de 1977. Manuais de Legislação atlas, 62ª Edição, Equipe Atlas. Editora
ATLAS.

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