ESCARLATE E A BESTA Volume 1 - 1523V1P

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1

ESCARLATE
EA

BESTA
Volume 1
3ª Edição

UMA HISTÓRIA DE GUERRA ENTRE AS


MAÇONARIAS INGLESA E FRANCESA

Por
JOHN DANIEL
Nota da Publicadora DAY: John Daniel não escreveu outros livros a respeito da Maçonaria a
não ser os 3 volumes de Escarlate e a Besta. Um autor, reivindicando o mesmo nome de nosso
John Daniel, tentou provar que os Jesuítas estão por trás da conspiração Maçônica. Nosso John
Daniel aborda a Ordem Jesuíta no Capítulo 8 de Escarlate e a Besta, confirmando que ela não
está no controle da Maçonaria. Nosso John Daniel é também o autor do Livro Ilustrado intitulado
As Duas Faces da Maçonaria, o qual é um álbum fotográfico suplemento de Escarlate e a Besta.
Ele contém mais de 1000 fotos de Maçons e suas atividades, assim como fotos de
sociedades secretas competitivas. É uma leitura livre para todos. Não há planos de publicar As
Duas Faces da Maçonaria.
Após a leitura de Escarlate e a Besta, se você entender que seus amigos, vizinhos ou pastor
deveriam lê-lo também, estimule-os a acessar www.scarletandthebeast.com para verem nossos
livros, vídeos e áudios sobre Maçonaria, escritos ou gravados em sua maioria pelo nosso John
Daniel.

DAY Publishing, P.O. Box 7491


Longview, Texas – 75607-7491

i
Pode a evolução ser provada cientificamente?
“A Evolução, além de improvável, não é provada. Nós cremos nisso porque a única
alternativa é a especial criação e que é impensável!”
Sir Arthur Keith, cientista da evolução Britânico
Longview News Journal, 26/08/1984

A “separação entre Igreja e Estado” está em nossa Constituição?


“Ativistas conservadores apontam que as palavras ‘separação entre igreja e estado’
não aparecem em nenhum lugar de nossa Constituição, e eles estão corretos. A frase
veio de uma carta que Thomas Jefferson escreveu para um grupo de Batistas de Con-
necticut na qual ele louvava o ‘muro de separação entre Igreja e Estado da Primeira
Emenda’. Estudiosos conservadores tem, de há muito, argumentado que esse ‘muro’ era
destinado principalmente para evitar a criação de uma religião oficial do estado – não
para fechar completamente a porta entre o governo e a vida religiosa.”
Newsweek, p. 9, 11/09/2006

Porque eu deveria crer na Bíblia?


“Se eu fosse um cético honesto, disposto a ser persuadido pela precisão das Escritu-
ras Sagradas, acho que pediria que você me provasse tal precisão por meio do cumpri-
mento das profecias.”
Dr. Paul R. Bauman, Professor Emérito da Bíblia
Universidade LeTourneau, Longview, Texas

Ao longo de Escarlate e a Besta, o autor John Daniel oferece esmagadoras evidên-


cias do cumprimento das profecias Bíblicas na história revolucionária da América e da
Europa.

1ª Edição, 1994
2ª Edição, 1995
3ª Edição, 2007

Direitos autorais © 1994,1995, 2007 por John Daniel


Todos os direitos reservados, incluindo o direito de reprodução no todo ou em parte,
de qualquer forma, exceto breves extratos usados em revisões de revistas, etc.
DAY Publishing
Longview, Texas

ISBN: 1-890913-99-5

ii
TABELA DE CONTEÚDO
da 3ª edição de Escarlate e a Besta, Volume 1
www.scarletandthebeast.com contem um Livro Ilustrado de personalidades e eventos menciona-
dos em Escarlate e a Besta. O Livro Ilustrado o ajuda a identificar os participantes e eventos.
Quando no texto de Escarlate e a Besta houver, por exemplo, uma referência (PB.S2.F36), signi-
fica que você deve abrir o Livro Ilustrado na Seção 2, Figura 36. Exemplos do Livro Ilustrado
estão espalhados em Escarlate e a Besta.

Citações sobre a Maçonaria em livros e revistas ...................................... v


Porque não há Prefácio para este livro ................................................... xv
Prefácio ..................................................................................................... 1
Introdução - O que é a Maçonaria? ......................................................... 15
Página título ............................................................................................. 57
Carta da Maçonaria Internacional ............................................................ 58
Capítulo 1: O Conflito: Priorado de Sião vs.Cavaleiros Templários ........................... 61
Capítulo 2: Maçonaria e Revolução Inglesa .............................................................. 97
Capítulo 3: As guerras religiosas da França ............................................................ 117
Capítulo 4: Da Inglaterra para a França ................................................................... 135
Capítulo 5: Rejeitando o Cristianismo: Símbolos Pagãos
da Maçonaria e dos Illuminati ................................................................ 153
Capítulo 6: Música e Revolução .............................................................................. 177
Capítulo 7: A conexão Judaica ................................................................................ 187
Capítulo 8: A conexão dos Jesuítas ....................................................................... 211
Capítulo 9: Educação Secular - Um projeto Maçônico ............................................ 235
Capítulo 10: Controle Maçônico da Mídia ................................................................. 267
Capítulo 11: Primeira Guerra entre as Maçonarias Inglêsa e Francesa .................... 303
Capítulo 12: A Maçonaria Francesa tenta, e tenta novamente .................................. 325
Capítulo 13: Os Protocolos dos Anciãos Instruídos de Sião (não Sião) .................... 345
Capítulo 14: Lúcifer - Deus da Maçonaria .................................................................. 385
Capítulo 15: Maçonaria e o Movimento da Nova Era ................................................ 407
Capítulo 16: O movimento da nova era se une às Maçonarias
Inglesa e Francesa ................................................................................ 423
Capítulo 17: A Primeira Guerra Mundial Maçônica .................................................... 443
Capítulo 18: A Revolução Maçônica Húngara ........................................................... 463
Capítulo 19: A Revolução Maçônica Russa ............................................................... 471

iii
Capítulo 20: O assassinato ritual Maçônico de Czar Nicolau II ................................. 517
Capítulo 21: Competindo pela Governança Mundial: A Mesa Redonda vs.
A Liga das Nações ................................................................................ 525
Capítulo 22: Maçonaria Inglesa e o Projeto Hitler ..................................................... 549
Capítulo 23: A destruição de Hitler Maçonaria Francesa ........................................... 587
Capítulo 24: Yalta, Maçonaria do Pós-Guerra e as Nações Unidas .......................... 595
Capítulo 25: O Endereço de Escarlate ...................................................................... 631
Capítulo 26: Em Busca do Império da Besta ............................................................. 661
Capítulo 27: A Sede do Império da Besta .................................................................. 675
Referências: .................................................................................................................. 715

iv
CITAÇÕES
sobre a Maçonaria em Livros e Revistas
O TEMPLO E A LOJA
Por Michael Baigent e Richard Leigh, 1989
“A Guarda Escocêsa devia sua lealdade ao trono Francês – ou, mais especificamen-
te, à dinastia Valois [1328-1589]... A Guarda Escocêsa era, na realidade, uma instituição
neo-Templária... Inicialmente, ela consistia de 13 homens armados e 20 arqueiros, num
total de 33... Foi assim que se abriu o caminho para o refúgio dos últimos Stuarts que se
encontravam na França e para o tipo de Maçonaria Jacobita [ou Jacobina] - que se fun-
diu em torno deles.”

A NOVA ORDEM: O ANTIGO PLANO DAS SOCIEDADES SECRETAS


Por Willian T. Still, 1990
Tão completa foi a organização dos Clubes Jacobinos na França que, entre 1791 e
1792, todas as lojas Maçônicas foram fechadas. A razão para isso foi que, uma vez que
os Jacobinos sentiram estar no controle da nação, eles temeram que a Maçonaria pu-
desse ser usada - como posteriormente o foi – como uma fachada para um esquema de
contra-revolução. Esse aspecto da história repetiu-se na Alemanha Nazista 150 anos
depois, quando Hitler suprimiu a verdadeira Maçonaria que o ajudara a alcançar o poder.
[Quase no final da Revolução Francesa (1792),] “A economia Francesa estava em
frangalhos. O desemprego estava desenfreado. Ao final de 1793, a nova república Revo-
lucionária encontrou-se diante de centenas de milhares de trabalhadores para os quais
ela não podia encontrar trabalho. Os líderes revolucionários embarcaram em um novo e
terrível projeto, que foi copiado para sempre por tiranos, denominado ‘depopulação’.”

A idéia era reduzir a população da França de 25 milhões para 8 ou 6 milhões, depen-


dendo da fonte consultada. O sistema de Terror foi a resposta para o problema do de-
semprego – o qual acarretou em larga escala a destruição dos negócios supérfluos.
Na França, os membros do comitê revolucionário a cargo do extermínio examinaram
mapas dia e noite, calculando quantas cabeças deveriam ser sacrificadas em cada cida-
de. Os assustadores Tribunais Revolucionários tentaram determinar quem deveria ser
morto, e um fluxo sem fim de vítimas marchou para vários tipos de mortes. Em Nantes,
500 crianças foram mortas em uma carnificina, e 144 mulheres pobres que costuravam
camisas para o exército foram jogadas no rio. As pedreiras foram os locais favoritos para
o extermínio em massa devido suas encostas e fundos rochosos, e foi dito que muitas
operadoras fecharam devido à pilha de corpos.

v
ESCARLATE E A BESTA _____________________________________________________

CONSPIRAÇÃO CONTRA DEUS E O HOMEM


pelo Revmo Francis Clarence Kelly, 1974
“Nikolai Lenin, quando chamado de Jacobino, pode responder: ‘Nós, os Bolchevi-
ques, somos os Jacobinos do Século 20, isto é, os Jacobinos da revolução proletária...’

ALTARES ENSOPADOS DE SANGUE


Pelo Revmo Francis Clement Kelley, 1935
A partir da chegada dos oficiais Espanhois civis e militares no México, durante e após
as guerras Napoleônicas na Espanha, sob o advento de Benito Juarez na política Mexi-
cana, a Maçonaria deixou o desafortunado país em um turbilhão de problemas, incluindo
revoluções, conflitos e tumultos...”
[Existiam duas Maçonarias Templárias no México, o Rito Escocês e o Rito de York.
Joel Roberts Poinsett trouxe o Rito de York para o México].
“Poinsett era um homem prático. Ele resolveu colocar em luta Maçonaria contra Ma-
çonaria. Em seu bolso..., ele carregava uma carta para estabelecer o Rito de York no
México, e prosseguiu para colocá-la em uso. O Rito de York estabelecido por ele pode-
ria, é claro, ser republicano e proletário.
“Ambas [as Maçonarias] ficaram contra o Imperador. Ambas ficaram, também, contra
a Igreja. Mas, em outros pontos, elas concordavam. Os Escocêses queriam o controle
aristocrático, sendo eles os aristocratas. Os York queriam enfraquecer o México colo-
cando o controle nas mãos de irresponsáveis.”

REVISTA NEW AGE NO RITO ESCOCÊS


Abril de 1940, p. 202
“Foram os Maçons que trouxeram a guerra (de Independência dos EUA), e foram os
generais Maçônicos que a conduziram para uma conclusão de sucesso. De fato, a famo-
sa Festa do Chá de Boston, a qual precipitou a guerra, foi, na realidade, o recesso de
uma reunião de uma Loja Maçônica.”

De acordo com uma edição Maçônica de 1951 da Bíblia Sagrada, p. 6: “ 24 dos Majo-
res-Generais de George Washington eram Maçons, assim como eram 30 dos 33 Briga-
deiros-Generais. Dos 56 signatários da Declaração de Independência, 53 deles eram
Mestre-Maçons.”

vi
_________________________________________________________________CITAÇÕES

NOVA ORDEM MUNDIAL


Por William T. Still, 1990
O desenho inicial do Grande Selo [dos Estados Unidos da América] encontrou gran-
de resistência. Isto foi tão descaradamente Maçônico que os estudiosos fumegaram em
uma desaprovação aberta. O Professor Charles Eliot Norton (1827-1908), quando lecio-
nava em Harvard de 1871 a 1898, disse: “O dispositivo adotado pelo Congresso é prati-
camente incapaz de um tratamento eficaz; ele dificilmente pode (porém tratado artistica-
mente pelo desenhista) enxergar de outra maneira do que ser um emblema maçante de
uma Fraternidade Maçônica.

CONSPIRAÇÃO CONTRA DEUS E O HOMEM


pelo Revmo Francis Clarence Kelly, 1974
“Em vista da implacável prática dos Illuminati em usar a Maçonaria como fachada e
instrumento, não é surpresa que o resultado dessa tentativa de tornar a Nova Inglaterra
em ‘um país secularista’ sob a cobertura da Maçonaria, foi que o clero da Nova Inglater-
ra, de 1793 a 1800, voltou-se para a Maçonaria.

O PLANO CONTRA A IGREJA


Por Maurice Pinay, 1982
“Os Papas, nossos antepassados, que tinham uma preocupação consciente pela
salvação espiritual do povo Cristão, logo souberam muito bem quem era esse inimigo
mortal e o que ele desejava, mesmo que ele quase nunca saísse das trevas dessa cons-
piração secreta para a luz... O primeiro anúncio do perigo foi dado no ano de 1738 pelo
Papa Clemente XII, o qual confirmou que a Maçonaria era a ‘Sinagoga de Satanás’.
“Na Suécia, o irmão de Gustavo III foi assassinado por H. Ankerstrom, um emissário
secreto enviado pela grande loja, que Condorcet direcionou, conforme a concordância
dos Maçons que haviam se reunido em Frankfurt, em 1786.
“Na Rússia, Paulo I foi assassinado, ele próprio um Maçom, que apesar de saber o
perigo da fraternidade, proibiu-a estritamente. Pela mesma razão, seu filho, Alexandre I,
sofreu idêntico destino, assassinado em Tagarong, em 1825. Todos os assassinos eram,
em sua totalidade, Maçons.
“Na Áustria, o famoso crime de Sarajevo, o estopim da 1ª Guerra Mundial, foi arquite-
tado por Maçons, anunciado e levado a cabo em momento determinado. Um alto dignitá-
rio Maçônico, de nacionalidade Suíça, expressou-se em 1912 [com essas palavras]: ‘O
sucessor do trono é uma personalidade com muito talento, uma pena que ele esteja
condenado; ele irá morrer a caminho do trono.’”
“Na Alemanha, o Marechal Echhorn e seu ajudante, o Capitão von Dressler, foram
assassinados em 30 de julho de 1918. Um dia depois, o jornal Maçom de Paris, ‘Le Ma-

vii
ESCARLATE E A BESTA _____________________________________________________

tin’ escreveu que uma sociedade secreta patriótica tinha oferecido um alto preço pela
cabeça de Echhorn.
“Na Itália, Humberto I foi assassinado pelo anarquista Pressi, que como Maçom, per-
tencia a uma loja em Peterson, Nova Jersey... Assim, a declaração que, em certos
Graus, homens arrogantes deram a inscrição colocada na cruz, foi transformada em seus
opostos: I.N.R.I. tornou-se ‘Justum necare regens Italiae’ – ‘é só matar os reis da Itália’.
“Em 26 de março de 1885, o Duque Carlos III foi assassinado em Parma; o assassi-
no, Antonio Carra, tinha, um dia antes, sido escolhido e incitado em uma sessão secreta,
cuja presidência Lemmi exerceu (Lemmi foi mais tarde... Grão-Mestre da Maçonaria
Italiana e, como parece, também da Maçonaria mundial). Um certo Lippo tinha preparado
um boneco para explicar como a maioria das punhaladas mortais poderiam ser dadas, e
o carrasco foi escolhido por sorteio.
“Em 22 de maio, Ferdinando II de Nápoles morreu; foi-lhe dado veneno em uma fatia
de melão, que causou uma morte terrivelmente dolorosa. O instigador da morte do rei foi
um Maçom, que pertencia à [Mafia], um dos ramos mais criminosos desta seita... Ele era
um discípulo de Mazzini e uma das pessoas mais respeitadas da corte real.”

EM NOME DE DEUS
Uma investigação sobre o Assassinato do Papa João Paulo I
por David A. Yallop, 1984
“Em 28 de setembro de 1978, ele havia sido Papa por 33 dias [sendo 33 uma assi-
natura Maçônica do 33º Supremo Conselho]. Em menos de um mês, ele havia iniciado
várias linhas de ação que, se concluídas, poderiam ter dado um efeito direto e dinâmico
sobre todos nós. A maioria neste mundo teria aplaudido suas decisões; uma minoria
ficaria horrorizada. O homem que tinha sido rapidamente rotulado de ‘o papa sorridente’,
pretendia remover o sorriso de várias faces nos dias seguintes...
“A evidência é de que o papa tinha obtido informações de que dentro da Cidade Es-
tado do Vaticano havia mais de uma centena de Maçons, de cardeais a sacerdotes. Isso,
apesar do fato da Lei Canônica estabelecer que, ser um Maçom, redunda na excomu-
nhão automática...
“Em algum momento durante a noite de 28 e a manhã de 29 de setembro de 1978,
33 dias após sua eleição, o Papa Albino Luciani morreu.
“Hora da morte: desconhecida. Causa da morte: desconhecida.”

As próximas quatro páginas são exemplos de nosso Livro Ilustrado, adendo de Es-
carlate e a Besta. O Livro Ilustrado contem dez seções, mostrando centenas de Maçons
e eventos Maçônicos. Visite nosso site em www.scarletandthebeast.com, procure e cli-
que em Picture Book.

viii
_________________________________________________________________CITAÇÕES

Retrato do Maçom Albert Pike, 33º, como mostrado na Mackey’s Encyclopedia of


Freemasonry. De 1859 até sua morte, em 1891, Pike ocupou simultaneamente as posi-
ções de Grão-Mestre do Diretório Central da Maçonaria do Rito Escocês em Washington,
DC, Soberano Grande Comandante do Supremo Conselho da Maçonaria do Rito Esco-
cês, Jurisdição Sul (SJ), Charleston, SC, e Soberano Pontífice da Maçonaria Universal.
Pike criou o “Rito Luciferiano” para o 33º grau da Maçonaria.
ix
ESCARLATE E A BESTA _____________________________________________________

Abaixo, estão duas reproduções de páginas de Morals and Dogma, um livro Maçôni-
co escrito em 1871 pelo Maçom mais estimado do mundo, o 33º grau Albert Pike.

Na edição da revista New Age de janeiro de 1990, uma publicação mensal da Juris-
dição Sul da Maçonaria do Rito Escocês de Charleston, SC, lê-se que Morals and Dog-
ma de Pike é considerado um “guia para a vida diária do Maçom”.

Albert Pike escreve com sarcasmo, e Morals and Dogma deve ser lido com tal enten-
dimento. Imediatamente abaixo, está uma reprodução do que Pike escreve na página
321 de Morals and Dogma. O “Apocalipse”, na primeira citação, se refere ao Livro da
Revelação. Na primeira parte da citação, Pike confirma a decepção do iniciado no 19º
Grau, “o qual aspira a Deus sozinho”. Na última parte da citação, Pike novamente con-
firma a decepção, declarando que Lucifer é o verdadeiro Deus para os Maçons do mais
alto grau. Na segunda citação ao final da página, Pike explica que os Maçons de baixos
graus são “intencionalmente enganados”.

O Apocalipse é, para aqueles que recebem o 19º Grau, a Apo-


teose da Sublime Fé que aspira por Deus apenas, e despreza toda a
pompa e trabalho de Lucifer. Lucifer, o Portador da Luz! Estranho
e misterioso nome para ser dado ao Espírito das Trevas! Lúcifer, o
Filho da Manhã! É ele quem porta a Luz, que com seu esplendor
intolerável cega almas frágeis, sensuais ou egoístas? Duvido que
não! Por tradições, são plenos de Divinas Revelações e Inspirações:
e Inspiração não de uma Era, nem de um Credo. Philo e Platão
também foram inspirados.

Por que 85% dos Maçons, que são dos Graus Azuis (1 a 3), não sabem a verdade de
que os Maçons dos graus mais altos são Luciferianos? O Maçom 33º grau Albert Pike diz
a você na página 819 de Morals and Dogma.

Os Graus Azuis são apenas outra corte ou pórtico do Templo.


Parte dos símbolos são mostrados lá para o Iniciado, mas ele é in-
tencionalmente enganado por falsas interpretações. Não se pretende
que ele os entenda; mas que ele imagine que os entende. Sua ver-
dadeira explicação é reservada para os Adeptos, os Príncipes da
Maçonaria. O corpo inteiro da Real e Sacerdotal Arte foi escondido
tão cuidadosamente por séculos nos Altos Graus, que ainda é im-
possível resolver muitos dos enigmas que eles contêm. È suficiente
para a massa dos chamados Maçons imaginar que tudo está contido
nos Graus Azuis; e quem tentar desenganá-los trabalhará em vão...

x
_________________________________________________________________CITAÇÕES

Adoração à Arca da Aliança. A Maçonaria é uma instituição Judaica? Apocalipse 2:9-10


identifica os perseguidores da Igreja. Cristo diz: "... Eu conheço a blasfêmia dos que
dizem que são Judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás. Não temas estas
coisas que tu sofrerás...”

A dedicação do Templo de Salomão é reencenada pelos Maçons do Arco Real do


Brooklyn (M.A.R.) Capítulo Orient Nº 138. O ritual faz parte da cerimônia de premiação
do grau de Mestre Mais Excelente para futuros Maçons do Arco Real. O Sumo Sacerdote
dos Judeus (centro) se ajoelha diante da Arca da Aliança decorada com os querubins,
ladeada por membros das tribos Judaicas. O rei Salomão fica diante da Bíblia (ao fundo)
cercado por príncipes, operários e atendentes do tribunal. Figura e citação da Revista
LIFE, de 8 de outubro de 1956.

xi
AS DUAS FACES DA MAÇONARIA
Capa e conteúdo nas próximas duas páginas, que nós identi-
ficamos como Livro Ilustrado – um álbum suplementar de

ESCARLATE E A BESTA, Volume 1

LIVRO ILUSTRADO – com centenas de páginas de “leitura gratuita” em nosso site, con-
tém material adicional e fotos que correspondem a pessoas e eventos específicos discu-
tidos em Escarlate e a Besta. Nós referenciamos figuras em Escarlate e a Besta como
mostrado no seguinte exemplo – (PB.S5.F12).

PB significa Picture Book (Livro Ilustrado);


S5 significa Seção 5;
F12 significa Figura 12.

O Livro Ilustrado (página de capa e tabela de conteúdo nas próximas duas páginas)
contém 10 Seções com centenas de figuras. Para ver as figuras, acesse nosso portal em

www.scarletandthebeast.com
Você irá precisar de um leitor de PDF para ver o Livro Ilustrado. Para obter um leitor de PDF
gratuito, clique em PDF Reader em nosso website. Depois de instalá-lo, clique em Picture Book.
Irá abrir a página título As Duas Faces da Maçonaria, como mostrado à direita. Clique na Seção
apropriada que você deseja ver (veja exemplos de Seções na página xiv). Role a página para
baixo até a Figura apropriada. Embora a leitura do Livro Ilustrado seja gratuita, ele tem direitos
autorais – está bloqueado para impressão.

Escarlate e a Besta é um clássico. É a trilogia mais compacta no mercado que aborda o as-
sunto “teoria da conspiração”. Devido ao tamanho do livro, nós imprimimos cópias limitadas, na
intenção do autor dar continuidade à sua pesquisa para adicioná-las em edições posteriores.
A Amazon.com vende cópias usadas da 1ª e da 2ª edição entre US$250 e US$440. Outros
websites as oferecem por até US$650, dependendo do estado. Se algum site afirmar que o volu-
me é novo, ELE NÃO É. Apenas nós vendemos cópias novas. Então, recomendamos que você
não empreste sua cópia, pois poderá não tê-la de volta. Se alguém asks to borrow o livro, ou se
você deseja que alguém o leia, ele é cheaper se você purchase para eles, ou direcioná-los para
nosso website. No final deste livro, tem um formulário para pedidos. Faça cópias e repasse para
as pessoas interessadas.

DAY Publishing, PO Box 7491, Longview TX 75607-7491

xii
AS DUAS FACES
DA

MAÇONARIA
POR
JOHN DANIEL

Livro Ilustrado, suplemento do


Volume I – Terceira Edição

De

Escarlate e a Besta
UMA HISTÓRIA DE GUERRA ENTRE
AS MAÇONARIAS INGLESA E FRANCESA

Publicadora DAY
Longview, TX

xiii
“As Duas Faces da Maçonaria”

O Livro Ilustrado contem mais de 630 páginas de fotos


de pessoas e eventos, abordando ambas as faces,
do bem e do mal, da Conspiração Maçonica.

© John Daniel 2007

As credenciais Maçonicas aqui citadas são, principalmente, oriundas de: Mackey's History of
Freemasonry, do 33º Robert Ingham Clegg; Mackey's Encylopedia of Freemasonry, do 33º Albert
G. Mackey; History and Evolution of Freemasonry, do 33º Delmar Duane Darrah; Little Masonic
Library, 4 volumes, de vários autores Masônicos; 10.000 Famous Freemasons, do 33º William R.
Denslow; House Undivided, do 33º Allen E. Roberts; Morals and Dogma, do 33º Albert Pike; Lost
Keys of Freemasonry, do 33º Manly P. Hall; New Age Magazines; and Scottish Rite Journals.
Livros não Maçônicos: Blood-Drenched Altars, A Catholic Commentary on the Masonic History of
Mexico, do Rev.mo Francis Clement Kelley; Al-Islam, Christianity & Freemasonry, do Mustafa El-
Amin; e outras fontes tão numerosas para mencionar. Documentação precisa pode ser encontra-
da em Escarlate e a Besta, Vols. 1 – 3.

CONTEÚDO
Seção 1 – Simbologia Maçônica ...................................................................................... 1
Seção 2 – Personalidades Maçônicas ........................................................................... 83
Seção 3 – A Revolução Maçônica Americana ............................................................. 171
Seção 4 – O Período Anti-Maçônico e Guerra Civil ..................................................... 261
Seção 5 – O Período de Reconstrução da 1ª Guerra Mundial ..................................... 375
Seção 5 – A Lei da Reserva Federal e a 1ª Guerra Mundial ....................................... 407
Seção 7 – A Revolução Comunista Russa de 1917 .................................................... 419
Seção 8 – Entre as duas Guerras Mundiais ................................................................. 441
Seção 9 – A Maçonaria desencadeia a 2ª Guerra Mundial .......................................... 477
Seção 10 – Pós 2ª Guerra Mundial, Maçonaria, Astronautas Maçônicos & Miscelânea 557

xiv
Porque não há Prefácio para Escarlate e a Besta

Durante o verão de 1989, John Daniel (apelidado de Jack), autor de Escarlate e a


Besta, teve o privilégio de conduzir para e da conferência Cristã na qual Irwin era um
palestrante convidado. Em posse de Daniel estava uma brochura Maçônica listando os
astronautas como Maçons. Obviamente, o nome de Erwin estava na lista.
Depois da conferência, enquanto Daniel levava Erwin para o aeroporto, ele perguntou
ao caminhante lunar sua opinião a respeito da Maçonaria. Irwin respondeu: “Eu penso
que ela é um engano de Satanás”. Então, Daniel perguntou: “Você renunciou à Maçona-
ria?” Erwin replicou com uma pergunta: “Como você sabe que eu era Maçom?” Daniel
mostrou-lhe a brochura. Erwin respondeu: "Eu não sabia que eles ainda estavam usando
meu nome. Eu renunciei à Maçonaria anos atrás". Daniel então perguntou: "É verdade
que um dos pré-requisitos para se tornar um astronauta é se juntar à Loja? Erwin, olhan-
do para fora, permaneceu calado.
Quando Daniel informou a Erwin a respeito do livro que estava escrevendo (Escarlate
e a Besta), ele perguntou ao caminhante lunar se poderia escrever o Prefácio. Irwin
concordou, mas morreu dois dias antes do manuscrito estar pronto para ser-lhe enviado.

xv
Caro Jack, quero obter seu endereço no Texas, mas talvez o tenha no escritório. Obrigado por
convidar-me para o Acampamento e providenciar todo o transporte para mim, do aeroporto ao
hotel. Foi uma bênção para estar com você e sua família. Eu apreciei toda a informação que você
compartilhou comigo a respeito da Maçonaria. Seu livro precisa se publicado. Você pode ter que
publicá-lo por si mesmo. Estarei ansioso para aprender mais sobre esse tão importante projeto. O
Senhor nos uniu por mais de uma razão. Irei sempre me lembrar que aquele homem sábio ainda
O serve. Você pode ser diariamente recompensado por seu amor e serviço para nosso Senhor
Jesus Cristo. Obrigado, Jack. Seu agradecido irmão, da lua.

xvi
Daniel havia solicitado a Jim Erwin escrever o Prefácio de Escarlate e a Besta. Erwin
concordou, mas faleceu dois dias depois do manuscrito estar pronto para ser-lhe envia-
do. Abaixo, está uma cópia da carta de sua secretária, informando a Daniel sobre a
morte de Erwin.

O envelope contendo esta carta foi postado em 19 de agosto de 1991, onze dias
depois da morte de Erwin.
xvii
Obituário

O Coronel James B.
Irwin, Astronauta da Apollo
15 e um dos doze homens
a caminhar na lua, morreu
por volta das 17:50h MDT
de um ataque cardíaco.
Ele estava em uma turnê
com uma apresentação
musical especial chamada
“Sabor de Liberdade”,
comemorando o 20º ani-
versário do voo da Apollo
15. O programa saudava o
sonho Americano.
A apresentação tam-
bém mostrava a convicção
de Jim a respeito do fato
de sua fé Cristã de infân-
cia ter sido confirmada tão
fortemente durante a mis-
são Apollo, e de que ele
dedicaria o restante de
sua vida para levar a
mensagem da salvação
eterna através de Jesus
Cristo para outros ao redor
do mundo. Isto ele fez!
Jim estava acostuma-
do a arriscar, pesando seu
rumo ao longo da vida.
Os serviços fúnebres serão realizados terça-feira, dia 13 de agosto, às 14 ho-
ras, na Igreja Radiant, localizada na Maizeland Leste, 4020, em Colorado
Springs.

xviii
PREFÁCIO
Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e
da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!
(Isaías 5: 20, ARA).

O que começou por acaso transformou-se em um projeto de pesquisa e reda-


ção de 30 anos. Em 1972, enquanto cursava a Bíblia na Universidade LeTorneaou, de-
parei-me com um livro que relatava certas profecias bíblicas nas quais fiquei interessado,
cujo contexto, hoje, geralmente é considerado de teorias de "conspiração" da história.

Venho de uma família evangélica Protestante, fortemente conservadora, Tanto


pela educação religiosa, quanto pelo estudo dos acontecimentos e direção da história
moderna, eu estou convencido de que vivemos nos "últimos dias" profetizados na Bíblia.

Como todos os cristãos crentes, eu entendo a história como uma batalha entre
as forças do bem e do mal, entre Deus e Satanás, desde o Jardim do Éden até a Segun-
da Vinda de Cristo.

Como cristão, também acredito que o Deus Todo-Poderoso é o vencedor nesta


grande batalha, pois Ele é soberano sobre todos os eventos, assim como somente irá
permitir o desenvolvimento do Apocalipse segundo Sua providencia e predestinação.
Como está escrito em Daniel 2:21, Deus “remove reis e estabelece reis”.2

Mas, retornemos àquele longínquo dia, em 1972.

Em oração, para relacionar a profecia bíblica com os eventos atuais, eu pedi o-


rientação especial, quando procurei o significado da visão selada de Deus sobre Daniel
12:9. O profeta Daniel escreveu a respeito da progressão dos governos mundiais, que
acabaria com o reino da besta. No último capítulo do livro de Daniel, Deus diz a ele: Vai,
Daniel, porque estas palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim. Muitos
serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversa-
mente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão. Dn 12,9-10.

Ponderando sobre este verso de Daniel a respeito do fim dos tempos, lembrei-
me da responsabilidade de viver nos últimos dias, quando o Deus Todo-Poderoso está
revelando aos "sábios" o que Ele proibiu a Daniel falar. E eu me vi atraído, repetidamen-

1
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

te, para o Apocalipse, capítulos 17 e 18, que delineiam em linguagem simbólica a natu-
reza dos tempos finais.

Como esta grande batalha entre o bem e o mal, entre Deus e Satanás irá se
desenvolver, eu perguntei. Como essas profecias bíblicas estão relacionadas? Se é
verdade que as Escrituras fornecem pistas para interpretar a história, existe uma forma
política ou histórica definida para o drama do fim dos tempos? Estas foram apenas algu-
mas das minhas perguntas. Talvez elas também sejam as suas.

Indícios Bíblicos sobre o "Mistério da Iniquidade"


O apóstolo Paulo, em 2 Tessalonicenses 2:3a, 7, 8a, 9-12, fala sobre o "misté-
rio da iniquidade":

Ninguém, de nenhum modo, vos engane, ... Com efeito, o mistério da iniquida-
de já opera e aguarda somente que seja afastado aquele (o Espírito Santo) que agora o
detém; então, será, de fato, revelado o iníquo, ... Ora, o aparecimento do iníquo é segun-
do a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo
engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para
serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para
darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à
verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.

Como Paulo nos diz nesta passagem, o maligno, o Anticristo, que é habitado
por Satanás, trabalha através de mentiras, com sinais, prodígios e maravilhas para en-
ganar. E todos aqueles que o seguem, não tem "amor à verdade": eles permanecem
numa "forte ilusão", acreditando "em mentiras".

De fato, os servos humanos de Satanás tentarão "enganar" os outros "por qual-


quer meio". Não é de surpreender que Satanás, o Adversário, seja o pai da mentira, pois
ele tem sido ativo na corrupção do ser humano, desde que tentou Adão e Eva, no Jardim
do Éden.

Até onde podemos traçar o "mistério da iniqüidade" do qual Paulo fala? Paulo
nos dá uma pista sobre sua duração quando ele diz que "já funciona". Retornando ao
Antigo Testamento, em Gênesis 11:1-9, encontramos o primeiro relato bíblico da primeira
tentativa organizada de "iniquidade", quando a humanidade tentou unir o mundo conhe-
cido, em desafio contra Deus:

2
_________________________________________________________________PREFÁCIO

Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar.
Sucedeu que, partindo eles do Oriente, deram com uma planície na terra de Sinar; e
habitaram ali. E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem.
Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa. Disseram: Vinde, edifi-
quemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos
célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra. Então, desceu
o SENHOR para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam; e o SE-
NHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o
começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e
confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro. Des-
tarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a
cidade. Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o SENHOR a
linguagem de toda a terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a superfície dela.3

Desta passagem em Gênesis, pode-se concluir que o Adversário, por milênios,


teve um projeto para jogar fora o suave jugo da autoridade de Deus. Desde o começo, o
plano de Satanás foi reunir a humanidade sob a bandeira de um governo global - o que
hoje denominamos de globalismo ou Nova Ordem Mundial. Como tenho sugerido, o guia
profético primário para entender a forma histórica e o drama dos tempos finais é Apoca-
lipse 17-18. Se você não está familiarizado com estes dois capítulos do Novo Testamen-
to, é aconselhável lê-los, pois são extensos para serem colocados aquí.

Nos capítulos 17-18 de Apocalipse, João descreve dois poderes como ativos
nos últimos dias. Inicialmente, esses dois poderes são aliados de alguma forma, pois
João nos diz que a prostituta chamada MISTÉRIO, BABILÔNIA, A GRANDE MÃE DAS
PROSTITUTAS, está cavalgando a Besta (Apocalipse 17: 3).

Embora aparentemente unida, a Escritura revela que os dois poderes estão em


conflito, cada um lutando para dominar o outro. De fato, a Prostituta cavalgando a Besta
é um retrato figurativo de seu domínio inicial. Mas "a Besta odiará a Prostituta" e, no final,
ela conspirará com dez reis, que queimarão a Prostituta (Apocalipse 17:16). A Besta vai
triunfar sobre a Prostituta.

Mas a questão permanece: quem ou o que, em termos históricos, é MISTÉRIO,


BABILÔNIA, A GRANDE MÃE DAS PROSTITUTAS? E quem ou o que é a Besta? Os
estudiosos da profecia geralmente identificam a Besta como um poder político e a Prosti-
tuta como uma força ou poder espiritual.

Vinte anos explorando e pesquisando essas questões persuadiram-me ainda


mais a crer que os dois poderes descritos por João são inicialmente aliados em um único

3
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

governo mundial, no qual a Prostituta controla a Besta. Mas devemos lembrar que ambos
os poderes também estão em conflito, lutando pelo dominio mundial.

Eu identifico MISTÉRIO, BABILÔNIA, A GRANDE MÃE DAS PROSTITUTAS


como um sistema que é idólatra e panteísta. O outro poder, a Besta, parece ser ateísta e
humanista. Ambos os poderes são anti-semitas e anti-cristãos. No início, a Prostituta
(que ao longo deste livro eu chamo de Escarlate) controla a Besta. Mas, no final, a Besta
destrói Escarlate, a Prostituta.

Escritura, História e Conspiração


Quando li pela primeira vez o livro que apresentava uma visão conspiratória da
história, cerca de vinte anos atrás, eu fiquei tão chocado e perturbado por seu conteúdo
e reivindicações, que encontrei dificuldade em acreditar. Minhas reações foram as mes-
mas de muitos com quem tenho discutido este assunto desde então: Você deve estar
fora do seu juizo! O que quer dizer "conspiração"? Como poderia uma intriga dessa
percorrer toda a história?

Muitos não-cristãos acham especialmente ridículo qualquer sugestão a respeito


de tal intriga. Eles sustentam que todos os eventos “apenas acontecem”

Para alguém sugerir que um fio de conspiração é tecido no passado para pro-
vocar eventos políticos atuais, e que tal conspiração está moldando eventos futuros
provoca hostilidade. Por quê? Porque aceitar tal visão requer uma mudança radical de
percepção da história do mundo. Minhas dúvidas, no entanto, foram de curta duração.

Como cristão, eu aceito o fato de que Satanás é o antigo Adversário e Engana-


dor da humanidade. Eu também sei que pelo fato de Satanás ser um espírito, ele deve
confiar e aperfeiçoar seu trabalho através de homens mortais.

Eu também acredito na afirmação de Paulo em 2 Tessalonicenses de que "o


mistério da iniquidade já opera”. Descobri que a palavra grega "mistério", neste versículo,
significa "um segredo através da idéia de silêncio imposto pela iniciação dentro de ritos
religiosos".4

Em Apocalipse 17, encontramos a mesma palavra grega "Mistério, a Grande


Babilonia", referindo-se à futura Babilônia que será destruída pelo governo da Besta do
tempo final.

4
_________________________________________________________________PREFÁCIO

Se conectarmos o mistério nessas duas passagens, seria possível concluir que


o "Maligno" ganhará poder por meios clandestinos através de uma religião misteriosa?
Uma religião mistériosa que há milênios atrás tentou unir o mundo conhecido em desafio
a Deus na Babilônia. Uma religião misteriosa que o Apocalipse revela irá comandar o
império global da Besta antes de sua destruição pelo fogo.

Mas quando tudo isso acontecerá? De acordo com 2 Tessalonicenses, o malig-


no não pode assumir o poder até que "ele [o Espírito Santo] seja tirado do caminho".
Teólogos protestantes sustentam que a saída do Espírito Santo do mundo coincidirá com
o Arrebatamento da Igreja.

Meu pai terreno, professor de profecia, ensinou-me que o Arrebatamento ou a


remoção de Cristãos do mundo antes da Grande Tribulação causariam um caos interna-
cional. Ele sustentou que quando os cristãos forem tirados deste mundo, um homem
maligno, chamado a Besta, irá formar, instantaneamente, um governo global. A Besta irá,
então, governar com força brutal.

Eu ainda aceito este cenário dos últimos dias, mas com algumas reservas
quanto à sequência de eventos. Mesmo quando criança, eu me perguntava como um
reino tão vasto e complexo, como descrito em Apocalipse 17 e 18, de repente pode
surgir durante uma noite. Nenhum poder na terra já avançou tão rapidamente. Por que
esse poder deveria ser uma exceção? Eu raciocinei que tal império deveria ser concebi-
do e gestado. Depois do nascimento, deveria seguir estágios de desenvolvimento, exi-
gindo tempo e paciência. Somente, então, poderia tal governo ou império impor seu
poder. No meu entender, o desenvolvimento de tal poder demandaria décadas, se não
séculos, para estar completo.

Se minha suposição estivesse correta, eu poderia pesquisar a história e encon-


trar o começo do Império do Adversário. Comecei a explorar histórias convencionais
recentes, procurando respostas. Mas, nenhuma foi apresentada em trabalhos históricos
geralmente aceitos. Eles se mostravam estranhamente silenciosos. Foi, então, que me
deparei com meu primeiro livro de "conspiração".

História Revisionista
A intriga delineada na história da "conspiração" que eu havia lido em 1972,
obedecia à minha compreensão bíblica de que o plano do Adversário para um governo
do tempo do fim poderia estar alojado dentro de uma religião secreta de mistério e que
amadureceria por meios clandestinos.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A tese desta história "conspiratória" ou "revisionista", como os livros sobre este


assunto são muitas vezes chamados, foi a de que uma conspiração definitiva tem estado
ativa nos eventos dos últimos 200 anos. O autor alegou, ainda, que a conspiração foi
uma continuação do antigo enredo de Satanás contra Deus e contra a humanidade. Isto
convergia com a compreensão bíblica que, francamente, chocou-me e fez-me rever o
meu próprio ceticismo em relação às teorias da "conspiração" da história. Para manter
minha honestidade intelectual, senti-me obrigado a examinar essa visão da história mais
a fundo.

O livro que estou lendo, assim como as centenas de outros livros e documentos
que tenho acumulado sobre o assunto desde então, propõe que um grupo conspiratório
tenha estado ativo nos últimos dois séculos, trabalhando para unir o mundo sob um único
governo.

Foi a experiência devastadora da Primeira Guerra Mundial que fez iniciar em


toda a Europa e América um grande repensar ou rever a história do mundo - assim, o
termo história "revisionista" foi cunhado na América em 1921 - embora o primeiro deste
gênero apareceu há muito tempo atrás, em 1798. Durante o exame e estudo destes
materiais, encontrei a mesma opinião a respeito de um fato.

Cada autor descreve e tenta expor uma organização, uma sociedade secreta,
envolta em mistério, nascida há mais de dois séculos e meio. De acordo com os historia-
dores revisionistas, esta organização - operando uma única conspiração - tenta controlar
ou alterar a política mundial em direção ao seu objetivo de dominação mundial.

Envolta em mistério, esta sociedade tem uma enorme adesão, com mais de
9.000 centros operacionais em todo o mundo. Um grupo selecionado, em um diretório
central, comanda todos os centros com agentes locais trabalhando a partir de cada um.
Dezenas de milhares de pessoas, em todas as nações, podem ser ativadas a qualquer
momento pela voz coletiva do diretório central.

Descobri, no entanto, que nenhum autor poderia, com certeza, identificar a


quais indivíduos ou grupo correspondia a "voz coletiva" dentro da sociedade secreta.
Assim, eles cunharam o termo "mão oculta" para descrever o poder final ou quem decide
os rumos da conspiração.

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Uma Visão Geral: As Teorias do Polvo


A literatura da história revisionista ou conspiratória desenvolveu não menos do
que oito teorias para explicar os propósitos e atividades da conspiração única que cada
um descreve. Eu chamo isso de Teorias do Polvo.

Alguns escrevem que os Jesuítas (a Companhia de Jesus, um poderoso sacer-


dócio militar da Igreja Católica) são os organizadores e propagadores da conspiração.
Outros reivindicam que sejam os Illuminati, uma sociedade secreta dedicada à derrubada
do domínio absoluto, surgindo na era da iluminação. Outros, ainda, propõem serem a
Maçonaria, os Judeus, os Comunistas, os banqueiros mundiais e as corporações multi-
nacionais.

Mais recentemente, a intriga tem sido creditada à Oligarquia, os Pretendentes


aos antigos tronos europeus. Este grupo é composto por membros das famílias ricas,
descendentes dos monarcas absolutos da Europa, que foram destronados durante as
numerosas revoluções dos últimos 300 anos. Inicialmente, fiquei perplexo com tantas
conjecturas e aparentes contradições apontadas na conspiração. Eu coloco uma obje-
ção, como exemplo típico, em relação à teoria oligárquica: as revoluções que convulsio-
naram a Europa expulsaram reis e suas ricas cortes. Por que a mesma classe estaria
envolvida na intriga que os eliminou do poder?

Apesar desses obstáculos, descobri que cada uma dessas entidades descritas
e investigadas por vários autores estavam, de alguma forma, envolvidas no enredo. De
fato, um autor expondo qualquer um dos oito grupos poderia apresentar uma evidencia
tão convincente, que sem o conhecimento do papel peculiar desempenhado por cada um
dos outros no todo, ele ou ela poderia apresentar uma prova plausível de que a entidade
era de fato uma "mão escondida" no controle da conspiração para estabelecer um go-
verno mundial.

No entanto, eu lutei com mais duas perguntas ao avaliar essas razões da cons-
piração. Primeiro, como pode um grupo tão diversificado cooperar? Segundo, o que
mantém esses homens e mulheres trabalhando suas vidas inteiras, de uma geração para
a próxima, sem ver o fruto do seu trabalho?

Alguns autores propõem que os conspiradores foram motivados pela ganância


por poder. Outros sugerem que são movidos por um desejo insaciável de riqueza. Sem
dúvida, os conspiradores têm obtido riqueza e poder com a expansão das intrigas. Como
um fator unificador, no entanto, a busca de riqueza e poder raramente traz cooperação.
Em vez disso, causa divisão.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Outro aparente obstáculo no caminho da cooperação seriam os professos de


uma crença, dogmas religiosos opostos e teorias políticas dos oito grupos. Como pode
Jesuítas, Judeus, Comunistas, banqueiros aristocráticos do mundo, membros da elite
empresarial, realeza, e até membros do clero Protestante trabalharem em direção a um
ideal comum?

O que poderia sustentar esse tipo de empreendimento, quando seu objetivo


não é realizado em uma geração? Pesquisadores de conspiração, de fato, cunharam o
termo "gradualismo" para descrever o lento progresso pelo qual os conspiradores estão
atingindo seu objetivo. Mas, como poderiam esses diversos grupos trabalharem juntos
sem se destruírem no processo?

Como já sugeri, eu encontrei a resposta para estas perguntas voltando-me para


as Sagradas Escrituras. Lembrando a declaração de Paulo, em 2 Tessalonicenses, de
que "o mistério da iniquidade já opera”, percebi que a harmonia entre esses grupos só
poderia ser alcançada através dos laços unificadores de uma religião de mistério.

Essa religião misteriosa é a irmandade da Maçonaria. Eu descobri que todos os


atores da conspiração foram ou são membros da Loja Maçônica ou de suas sociedades
secretas afiliadas. A maior e mais poderosa religião misteriosa ou sociedade secreta,
como é conhecida hoje na terra, é a Maçonaria, que permite todas as profissões de fé e
partidos políticos dentro de todas as nações para se juntarem às suas fileiras, sem dis-
criminação.

Em meus anos de pesquisa e avaliação desses livros e documentos, também


descobri que o mecanismo de controle da conspiração, também chamado de “Mão Ocul-
ta”, estava e ainda está escondido dentro do mais alto grau da Maçonaria, o 33o grau do
Conselho Supremo, cujos membros incluem Jesuítas, Judeus, Comunistas, banqueiros
aristocráticos mundiais, membros da elite corporativa, realeza e, é triste dizer, muitos
pastores de igrejas Protestantes.

Uma Interpretação Bíblica: Uma Conspiração


ou Duas?
Autores revisionistas, como vimos, lançam a conspiração na porta dos mencio-
nados grupos. Todos os autores concordam, no entanto, que embora possa haver uma
conspiração, dois conflitos podem ser traçados ao longo da história moderna. O primeiro
conflito, originário há cerca de 200-300 anos, foi a luta da democracia contra a monar-
quia. O segundo conflito, no nosso século, foi o do comunismo contra a democracia. Os

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autores revisionistas afirmam que ambos os conflitos foram, e ainda são, manipulados
pela mesma conspiração. "Dividir e conquistar é a tática do conspirador ", escrevem eles.

Aqui deparei-me com a mesma contradição que tive na minha avaliação da teo-
ria da "oligarquia": Por que um único grupo de pessoas - a monarquia, por exemplo - que
controlou a Velha Ordem Mundial, arriscaria sua própria destruição para alcançar o obje-
tivo do globalismo? Por que não criar um governo mundial usando o sistema antigo?

Como eu disse, a maioria dos autores revisionistas atribuem a direção e o con-


trole da trama para um círculo interno, chamado de Mão Oculta. Apenas alguns desses
autores relacionam suas informações com as Escrituras e, quando o fazem, apenas em
parte. Além disso, ainda menos examinam minuciosamente suas evidências em relação
à profecia apocalíptica.

Alguns vêem a conspiração como uma luta entre as forças do bem e do mal. A
maioria considera-a apenas como a luta do homem contra o homem pelo domínio do
mundo. Muitos alegam que os conspiradores originais, junto com seus sucessores, estão
dentro de um modelo pré-concebido e precisamente projetado.

No entanto, acredito que é humanamente impossível e Biblicamente impreciso


atribuir tal controle completo da história para homens e mulheres mortais. Nenhum ser
humano pode conhecer o futuro, muito menos manipulá-lo. Tal empreendimento só pode
ser planejado gradualmente, etapa por etapa, e somente quando os conspiradores são
"iluminados" por poderes invisíveis. Devemos lembrar ainda que Deus está no controle
soberano de todos os eventos e só Ele permitirá que o Apocalipse se desenvolva dentro
de seu próprio tempo.

Minha conclusão, alcançada após muitos anos de investigação, pesquisa e es-


tudo - e sempre em conjunção com as Escrituras - é que os grupos descritos pela teoria
do polvo foram e estão aliados através da Maçonaria. Cada grupo ou entidade tem seu
papel e missão.

O que alia os conspiradores é o seu intenso ódio à Velha Ordem Mundial, e


seus desejos mútuos de estabelecer uma Nova Ordem Mundial em seu lugar.

A Velha Ordem Mundial é incorporada religiosamente pelos Judeus e pelos


Cristãos (ambos Protestantes e Católicos). Politicamente, a Velha Ordem Mundial é um
termo que descreve o sistema pelo qual a Europa era governada antes das revoluções
modernas. Na Velha Ordem Mundial, a Coroa e a Igreja governaram, com a Coroa usu-
almente responsável perante o Igreja.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Em contraste com a Velha Ordem Mundial, a Nova Ordem Mundial está associ-
ada com o "novo mundo" do Hemisfério Ocidental e das Américas. A Nova Ordem Mun-
dial é um termo que designa o sistema político da democracia, o governo do povo. O
objetivo político da Nova Ordem Mundial, no entanto, não é simplesmente democracias
nacionais, mas sim, a manipulação de tal sistema em direção a um governo global. A
Nova Ordem Mundial será marcada por um governo universal. O objetivo na religião da
Nova Ordem Mundial é a separação total entre Igreja e Estado, com o propósito de des-
truir a Igreja.

O ódio dos conspiradores pela Velha Ordem Mundial ofusca qualquer diferença
ideológica entre eles. Eles cooperam para destruir o poderoso obstáculo que impede o
globalismo - a Igreja. Como tenho sugerido, a visão da história como sendo moldada por
uma única conspiração, deixa também muitas perguntas sem resposta. Aqui, novamente,
precisamos lembrar de Apocalipse 17 e 18. As Escrituras não indicam um único grupo
conspiratório mortal manipulando a história. Pelo contrário, existem dois conflitos sepa-
rados, duas conspirações distintas.

Um é chamado MISTÉRIO, A GRANDE BABILÔNIA, A MÃE DAS PROSTITU-


TAS, representando um sistema que é panteísta e idólatra. A Prostituta da Babilônia
representa a Velha Ordem Mundial. O outro é chamado de A BESTA, que parece ser
ateísta e humanista. A Besta representa a Nova Ordem Mundial, que irá destruir a Mere-
triz e inaugurar o holocausto Apocalíptico do amanhã.

Eu descobri ambas as tramas na Maçonaria.

Os Dois Poderes da Maçonaria


Minha pesquisa revelou que existem dois poderes separados e opostos na Ma-
çonaria. Um deles, sediado em Londres, apoia e promove uma visão idólatra e panteísta
do mundo. É monarquista, capitalista, rico, de direita. O outro, em Paris, é ateísta e hu-
manista em origem e perspectiva. Isto é, republicano, socialista, pobre, de esquerda.

Um é Escarlate. O outro, A Besta. A teoria inovadora que eu tenho desenvolvi-


do com as Escrituras como meu guia, faz sentido com a literatura maciça que tenho
coletado na Maçonaria, bem como suas aparentes contradições. Minha biblioteca inclui
livros escritos por membros e desertores das Maçonarias francesa e inglesa.

No início da minha pesquisa, assim como muitos outros autores revisionistas,


eu considerei que tais autores estavam relatando uma única conspiração. No entanto, eu
gradualmente percebi que muitos autores estavam expondo o que, na realidade, eram
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muitas vezes as maquinações de um grupo de conspiradores contra outro grupo. Os


dispositivos das duas alas da Maçonaria eram tão parecidos que, sem a Escritura como
guia, pode-se facilmente perceber apenas uma única intriga.

Essa reviravolta interessante no drama histórico, confirmada repetidas vezes


pela minha pesquisa, aponta para a existência de uma luta entre os dois poderes na
Maçonaria. Embora os autores revisionistas estejam supostamente preocupados com
apenas uma trama, notei que todas as exposições apontavam para Paris como o centro
de intriga antes da Primeira Guerra Mundial. Após a guerra, no entanto, evidências apon-
tam que o centro de intriga deslocou-se para Londres. Eu explicarei essa mudança no
decorrer do livro.

O Propósito deste Livro


Milhares de livros foram escritos para expor o funcionamento de uma conspira-
ção na história humana. Mas todos esses livros pouco fizeram para impedir seu progres-
so.

Apenas algumas pessoas estão cientes da verdade. Como Daniel profetiza em


12:3, o sábio ouve e leva muitos à justiça e à verdade. No entanto, para a maioria das
pessoas, essa conspiração, ou como mostrarei, essas conspirações permanecem um
mistério.

Não estou dirigindo-me aos incrédulos. Aqueles que não reconhecem Cristo
como seu Salvador, a fim de manter sua paz de espírito, precisam zombar da evidência
assustadora que eu apresentarei nestas páginas. Para essas pessoas, Deus enviou uma
"forte ilusão" e eu orarei por elas.

Em vez disso, estou escrevendo para trazer Cristãos e Judeus enganados para
fora da Maçonaria. Uma descoberta perturbadora e triste para mim tem sido constatar
quantos Cristãos, Protestantes e Católicos, foram iludidos pela Maçonaria.

Como mais adiante mostrarei em detalhes, a Maçonaria em sua forma atual foi
criada pela Reforma Protestante - organizada com o propósito expresso de eliminar a
Igreja Católica. Assim, muitos Reformadores juntaram-se à Maçonaria para combater o
inimigo. A Maçonaria está repleta de Protestantes até hoje.

Em contraste, a Igreja Católica, até o Vaticano II, tem sido mais vigilante. Cató-
licos foram proibidos de entrar na Maçonaria. Para autopreservação, Roma manteve

11
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

investigadores que foram bem versados nesta intriga, e historicamente, ela tem estado
ciente da animosidade mortal da Maçonaria para com as Igrejas Cristãs.

Por que é tão importante que Cristãos e Judeus sejam advertidos sobre a Ma-
çonaria?
Apocalipse 17:6 revela que Escarlate é tanto antissemita quanto anticristã, pois
ela está "embriagada com o sangue dos santos, e com o sangue dos mártires de Je-
sus…" O “sangue dos santos" que ela bebe é o sangue dos Judeus, e o "sangue dos
mártires de Jesus" é o sangue dos Cristãos. Ambos, Cristãos e Judeus serão devorados
por Escarlate e a Besta.

O apóstolo Paulo adverte os cristãos para não se aliarem à falsa religião e seus
seguidores: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que socie-
dade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as tre-
vas?” (2Cor 6:14).

Através de João, Cristo adverte cristãos e judeus que se juntaram ao mistério


da Babilônia:“Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e
para não participardes dos seus flagelos;" (Ap 18: 4).

É um fato terrível, como mostrarei, que a Maçonaria é uma religião pagã. Em-
bora seus líderes o neguem abertamente, seu objetivo final inclui o ritual de abate de
todos os Judeus, a destruição de todo o Cristianismo (Católicos e Protestantes), e a
inauguração de um governo mundial sem deus. Isso trará esse globalismo ou Nova
Ordem Mundial, de acordo com Apocalipse 18:23 pelo engano de "feitiçarias", envolven-
do o uso de magia, bruxaria e drogas, como irei mostrar.

Alguns cristãos estão cientes dos perigos da Maçonaria. Um deles, Rev. Wayne
Poucher, um ministro da Igreja de Cristo e fundador do famoso programa de rádio con-
servador Lifeline dos anos 50, advertiu-me há mais de dez anos que poucas pessoas
iriam dar atenção às minhas descobertas. "Você não será capaz de dizer toda a verda-
de", disse ele. "E se você tenta, será tão inacreditável que você se tornará incrível ".

O Conflito Histórico
Há muitos cristãos que estão cientes da forte onda satânica da Maçonaria. Al-
guns Maçons (embora não todos, como mostrarei) são atores plenamente conscientes
em trazer a Nova Ordem Mundial através de atividades secretas, assim como os Cristãos
estão cientes de sua própria atividade aberta em ganhar o mundo para o conhecimento
da salvação em Jesus Cristo.
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As escrituras ensinam que a salvação de Deus tem um duplo propósito. Ele não
apenas nos oferece a vida eterna no além, mas também quer que levemos o Evangelho
de Jesus Cristo até os confins da terra.

Deus tem um projeto para cada cristão cumprir. Nós devemos completar sua
comissão aqui e agora. A estratégia de Deus não é vaga. Se buscarmos a vontade de
Deus, o Espírito Santo confirmará em nossos corações qual é a nossa parte no plano de
Deus. Com confiança e amor por Ele, arrisca-se tudo para realizar essa tarefa. Somos
conspiradores? Não! Nossa atividade está às claras, para o mundo ver.

Satanás também tem servos. Eles são movidos por seu intenso ódio a Jesus
Cristo e Sua Igreja. Se eles estão conscientes de que suas ações favorecem o objetivo
do Adversário para dominação do mundo, não importam as consequências.

O que está claro é que eles se opõem conscientemente a tudo o que é Biblica-
mente correto. Publicações Maçonicas afirmam que o Deus dos cristãos é mau. Eles O
acusam de se opor a todo esforço humano para avançar na ciência. O dilúvio em Gêne-
sis, a destruição de Babel e as Inquisições Católicas durante a Idade Média, são todas
citadas como exemplos primários da repulsa de Deus em relação à ciência e outras
religiões.

Para evitar a perseguição, os Maçons alegam que devem permanecer como


uma sociedade secreta.

Ao contrário dos Maçons, homens e mulheres justos de Deus, desejando re-


formar o Catolicismo, lutaram suas batalhas às claras. Eles não se esconderam como
covardes em sociedades secretas.

Eu estou escrevendo este livro para eles, porque alguns na ignorância, durante
a Reforma, juntaram-se à Maçonaria para combater o inimigo comum. Como resultado,
Cristãos Protestantes enchem as Lojas Maçônicas, até hoje.

Por outro lado, os covardes capangas de Satanás não ousam assumir suas
maquinações explicitamente, para que não sofram oposição pelos governos soberanos e
pela Igreja Romana. Eles se aliaram politicamente, embora não espiritualmente, com a
Reforma Protestante, no propósito de destruir a antiga aliança da Coroa e da Igreja. Mas
eles se esconderam nas sombras das sociedades secretas, a fim de provocarem suas
revoluções políticas.

13
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Nem Cristãos nem Judeus devem estar envolvidos nesse plano, pois a Maço-
naria é o veículo no qual a Besta do Apocalipse vai cavalgar para sua inauguração uni-
versal. Este livro é dedicado a trazer o povo de Deus para fora da Maçonaria.

John Daniel,
Verão de 1993

14
INTRODUÇÃO

O QUE É MAÇONARIA?

Uma Palavra sobre as Fontes


Nesta introdução, inicialmente irei tratar a Maçonaria como uma religião. Vou
traçar a história dos poderosos ancestrais da Maçonaria, o Rosacrucianismo e os Cava-
leiros Templários, bem como delinear o desenvolvimento da Maçonaria com seus vários
braços e ramificações.

Em seguida, examinarei os graus da Maçonaria, o conhecimento e os seus se-


gredos disponíveis para os membros, nos vários graus, além de discutir seus apelos,
enganos e métodos. Mas, antes de prosseguir, gostaria de dizer algo sobre minhas fon-
tes.

Embora a história da Maçonaria seja reconhecidamente difícil de construir, exis-


tem muitas referências históricas a partir das quais seu desenvolvimento pode ser ras-
treado. Informações valiosas podem ser encontradas em materiais escritos por ex-
membros da Maçonaria.

Também, bastante esclarecedoras são aquelas obras de "pessoas de dentro"


que, embora permanecendo leais aos objetivos da Maçonaria, sentiram que essa conspi-
ração em direção a um governo mundial não deveria permanecer em segredo. Eles
querem que a Maçonaria "benevolente" receba crédito pelo que vem fazendo. Incluído
em meus materiais de origem, também estão muitos livros de investigadores Católicos
Romanos, bem como investigações de Protestantes.

Mais uma vez, devo reiterar o inestimável valor desses livros, documentos e
publicações, passados e presentes, escritos e utilizados pelos próprios Maçons. Ao longo
do texto, tentei documentar fontes com notas de rodapé e apêndices concisos, mas
completos.1

Os textos bíblicos citados ao longo dos três volumes são da Versão King James
da Bíblia Sagrada, a menos que indicado de outra forma.

15
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A Religião Universal da Maçonaria


Os Maçons muitas vezes tentam apresentar a Maçonaria como uma irmandade
Judaico-Cristã, enquanto, na verdade, é uma religião pagã universal. Temos apenas de
recorrer aos próprios Maçons, em particular aos "Altos Maçons" dos graus 32 e 33, para
descobrir as crenças e princípios da religião maçônica.

Em Morals and Dogma (1871), um livro ainda considerado "guia de vida diário"
do Maçom, o Maçom Albert Pike, do grau 33, escreve que "a Maçonaria é uma busca
após a Luz ... Toda Loja Maçônica é um templo de religião; os ensinamentos são instru-
ções na religião ".2

Albert Mackey, também Maçom do grau 33, em seu Textbook of Masonic Juris-
prudence, afirma que a Maçonaria é "indubitavelmente uma instituição religiosa" .3 E em
seu Manual of The Lodge ele declara: "Como Maçons, somos ensinados a nunca come-
çar nenhum grande ou importante empreendimento, sem primeiro invocar a bênção e
proteção da divindade, e isso porquê a Maçonaria é uma instituição religiosa.4

Para o cristão inocente, a Maçonaria pode parecer uma instituição cristã, pois,
ao se unir à Loja, ele encontra a Bíblia Sagrada colocada sobre o altar.

Publicações maçônicas sugerem que a Maçonaria é uma instituição cristã e pa-


triótica. Por exemplo, o investigador que está lendo a brochura To a Non-Mason: You
Must Seek Masonic Membership, encontrará um direcionamento para um poema medie-
val, o poema Regius, cujo texto diz: "estabeleça artigos e quinze pontos e regras de
comportamento na igreja, ensinando deveres a Deus, à Igreja e ao País, e incutindo a
fraternidade".

O não-iniciado, ou o membro nos graus mais baixos da Maçonaria, procurará e


encontrará na Maçonaria o que quer que seja. No entanto, a verdade é outra.

Como o Maçom Robert Morris escreve em Webb’s Monitor, "Tão ampla é a reli-
gião da Maçonaria e tão cuidadosamente são todos os princípios sectários excluídos do
sistema, que o Cristão, o Judeu e o Maometano, em todas as suas incontáveis seitas e
divisões, podem estar combinados harmoniosamente em seu trabalho moral e intelectual
com o Budista, o Parsi, o Confucionista e o adorador de qualquer outra Divindade".

Assim, Albert Pike, em Morals and Dogma, revela o verdadeiro propósito da co-
locação de uma Bíblia sobre o altar Maçônico: "A Bíblia é uma parte indispensável do
mobiliário de um Loja Cristã (entenda-se como Loja em uma nação cristã), só porque é o

16
_________________________________________________________________PREFÁCIO

sagrado livro da religião Cristã. O Pentateuco hebraico numa Loja de Hebreus e um


Alcorão numa Loja de Maometanos, farão parte de seus respectivos altares".6

Ao contrário do Cristianismo, a Maçonaria não oferece à humanidade um sal-


vador, um credo universal. Em vez disso, diz o Maçom do 32º grau Dr. J. D. Buck, em
seu livro Mystic Masonry (1925), a Maçonaria é uma "ciência universal" e "uma religião
mundial, e não deve fidelidade a qualquer credo, nem pode adotar dogmas sectários,
caso contrário, deixaria de ser Maçônica... A Maçonaria é a religião universal apenas
porquê, e somente enquanto, abraça todas as religiões".7

De acordo com o Maçom do 33º grau Delmar Duane Darrah, em seu livro His-
tory and Evolution of Freemasonry (1954), a Maçonaria se adapta publicamente à fé
predominante ou sistema moral da nação na qual opera. "O plano original da Maçonaria",
afirma ele, "pretendia dar ao mundo uma instituição bem tolerante. E o reconhecido livro
a ser usado seria aquele aceito como a base da crença religiosa do país ou nação no
qual a Maçonaria poderia se propagar."

Enquanto Darrah afirma que a Maçonaria "não diz a ninguém como deve adorar
a Deus, mas deixa o método à sua própria escolha ", ele também insiste que a Maçona-
ria transcende a fé particular de seus membros: "Aqueles primeiros fundadores da Ma-
çonaria conceberam um sistema de religião moral, em cujo santuário todos os homens
podem adorar, o Cristão, o Católico, o Protestante, o Confucionista, o Budista, o Maome-
tano, assim como todos quantos estão dispostos a reconhecer um ser supremo... Assim,
tem evoluído uma sociedade religiosa, que tem sido suficientemente caridosa para reco-
nhecer o bem, seja ele encontrado na Bíblia ou no Alcorão, ou no Código Moral daqueles
que procuram as coisas superiores da vida ".8

Salvação Sem Cristo


Neste ponto, devemos nos perguntar: Deus aceita a adoração de adeptos de
todas as religiões? Certamente não o Deus da Bíblia Sagrada. Quando cristãos, estando
na Maçonaria, são confrontados com as reivindicações sincréticas e universais da mes-
ma, como as que tenho acabado de apresentar? Mas alguns justificam a sua afiliação,
dizendo que a mesma lhes dá a oportunidade de testemunharem de Jesus Cristo na
Loja. No entanto, a doutrina da Maçonaria proíbe, estritamente, o testemunho Cristão
dentro da Loja.

O Dr. Mackey, em seu Lexicon of Freemasonry, torna essa proibição explícita:


"A religião da Maçonaria é o puro teísmo, no qual seus diferentes membros enxertam
suas opiniões peculiares, mas eles não estão autorizados a introduzi-los na Loja, ou

17
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

conectar sua verdade ou falsidade com a verdade da Maçonaria... Ao Cristão Maçom


não é permitido, dentro da Loja, apresentar suas próprias opiniões peculiares com rela-
ção à função mediadora de Cristo."9

De fato, a um Cristão, sob pena de morte, nem sequer é permitido orar em no-
me de Jesus Cristo dentro do templo Maçônico. De acordo com Edmond Ronayne, um
mestre Maçom que escreveu o Masonic Handbook e que mais tarde renunciou à Maço-
naria, "sempre que um ministro ora em nome de Cristo em qualquer de nossas assem-
bléias, você deve sempre se manter em prontidão para, se solicitado, cortar sua garganta
de orelha a orelha, puxar sua língua pelas raízes e enterrar seu corpo no fundo de algum
lago ou lagoa." (Desde que esta verdade foi exposta, o Masonic Handbook foi revisado,
excluindo-se esta e outras evidências incriminatórias.)

O Rev. Jim Shaw, membro do 33º grau que renunciou à Maçonaria, tornando-
se depois um Cristão, fala de um pastor iniciado no primeiro grau da Maçonaria, que foi
convidado a orar em uma reunião Maçônica. O pastor, na ignorância, terminou sua ora-
ção no nome de Jesus. Shaw relata que o pastor foi mais tarde levado à parte e gentil-
mente repreendido com estas palavras: "Nós não queremos ofender nossos irmãos que
são de outras religiões, terminando as orações em nome de Jesus. De agora em diante,
termine suas orações com “em teu nome, amém”, ou use apenas “amém”.11

As autoridades Maçônicas insistem que o nome "Jesus Cristo" não deve ser
pronunciado no templo Maçônico. Se o Maçom Cristão faz um deslize da língua, terá
início sua programação anticristã.

Uma Falsa Religião de Obras


É uma conclusão lógica que se o fundador do Cristianismo não pode ser men-
cionado em uma Loja Maçônica, a Maçonaria não pode ser uma instituição Cristã. De
fato, Dr. Mackey confirma isso em sua Encyclopedia of Freemasonry. "Maçonaria não é
Cristianismo", afirma ele. "Sua religião é aquela geral, de natureza e revelação primitiva –
que chegou até nós através de algum Sacerdócio antigo e Patriarcal - no qual todos os
homens podem concordar, mas que nenhum homem pode diferir."12

Mas, se a Maçonaria não adora a Cristo como o Filho de Deus e nosso Salva-
dor, qual deus, caso exista, ela adora? Que tipo de religião é essa?

Mais uma vez, os Maçons fornecem a resposta. Eles se referem a Deus como o
Grande Arquiteto do Universo, um deus que é uma personificação da humanidade. Dr. J.
D. Buck, em Mystic Masonry, afirma que "o único deus pessoal que a Maçonaria aceita é
18
_________________________________________________________________PREFÁCIO

a humanidade no total. Deus, o Grande Arquiteto do Universo, personifica-se através do


homem. Humanidade, portanto, é o único deus pessoal que existe."13

O falecido Maçom e Grão-Mestre Daniel Sickles elabora, em seu livro Ahiman


Rezon: "Se nós, com devida devoção verdadeira, mantivermos nossa profissão Maçôni-
ca, nossa fé se tornará um raio de luz e nos levará àquelas mansões abençoadas, onde
estaremos eternamente felizes com Deus, o Grande Arquiteto do Universo".14

Da mesma forma, diz o Dr. Mackey, em seu Lexicon of Freemasonry: "Um Ma-
çom que vive em obediência estrita às obrigações e preceitos da fraternidade é livre do
pecado”.

Para um Cristão, a equação Maçônica de Deus com a humanidade lembra a


mentira da Serpente no Jardim do Éden, quando esta disse a Adão e Eva: "...vós sereis
como deuses,.." (Gên. 3:5). Como sabemos, a humanidade novamente tentou se tornar
como Deus na Babilônia, após o Grande Dilúvio, de onde nasceu a Babilônia Misteriosa.
A Maçonaria tem adotado a crença da Babilônia Misteriosa, na qual Deus e o homem
são iguais.

A Maçonaria é também uma religião de obras, pois ensina que o homem pode
obter a salvação fora da obra mediadora de Jesus Cristo. Isto é claramente contrário ao
ensinamento expresso pelo apóstolo Paulo, em Efésios 2:8-9: "Porque pela graça sois
salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que
ninguém se glorie”.

A representação simbólica da religião das "obras" dos Maçons é encontrada no


emblema mais proeminente da Maçonaria Universal: o Esquadro e o Compasso.

O Esquadro e o Compasso representam as ferramentas usadas para criar os


céus e a terra pelo Grande Arquiteto Maçônico do Universo. Na América, a letra "G" no
centro do Esquadro e do Compasso é dito representar Deus. O emblema da Maçonaria
Inglesa, no entanto, mais poderosamente ilustra o deus Maçônico e a religião de traba-
lho. No centro do Esquadro e do Compasso está um braço humano segurando um mar-
telo na mão. A curvatura do braço e a posição do martelo moldam a letra "G" para repre-
sentar Deus. Este emblema da Maçonaria Inglesa mostra o deus do Maçom como "ho-
mem no trabalho" construindo seu próprio templo no céu.

A Maçonaria Francesa exibe a mesma simbologia que as Maçonarias America-


na e Inglesa. Em 1877, declarando que "Não há deus além da humanidade", os Maçons
franceses incorporaram a foice e o martelo como seu símbolo.

19
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

No entanto, os Maçons franceses inverteram seu desenho para que ele ficasse
como a letra "G" ao contrário o que, na simbologia Maçônica, significa a negação de
Deus, ou a declaração do ateísmo.

Que divindade aceita a adoração de "boas obras" do Egípcio, Hindu, Budista,


Zoroastrista, Confucionista, Maometano, Mórmon, Vuduista, Cientista Cristão, Espírita ou
adepto de qualquer outra religião? Certamente, não o Deus da Bíblia Sagrada!

Obviamente, a Maçonaria é uma religião, mas não compatível com o Cristia-


nismo. Os Cristãos são obrigados a não ter parte nisso.
No entanto, os Cristãos enganados permanecem na Loja por duas razões. Pri-
meira, ou eles não são estudiosos diligentes da Santa Palavra de Deus, que proíbe co-
munhão com falsas religiões; ou, segundo, não foram expostos à verdade da Maçonaria
como revelado nos livros Maçônicos.

MAÇONARIA E MISTÉRIO BABILÔNICO:


UMA RELIGIÃO PAGÃ

A Torre de Babel e o Templo de Salomão


Os Maçons traçam sua ancestralidade espiritual até Ninrode, a quem Gênesis
identifica como o fundador do Reino da Babilônia (Gen.10:10). Os Maçons vêem na
destruição da Torre de Babel a destruição da antiga Maçonaria. Assim também, em seus
escritos e rituais, eles vêem o Templo de Salomão como simbólico do seu renascimento
e progresso. Da mesma forma, seus ritos e símbolos contêm muitos elementos pagãos,
reminiscentes das religiões de mistério babilônicas.

Dr. Mackey, na Encyclopedia of Masonry, cita o Manuscrito de York no 1, que


contém Antigos Deveres da Maçonaria, em pergaminho datado de 1560. Escrito no in-

20
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glês burlesco (doggerel), o manuscrito de York localiza as origens da Maçonaria na Ba-


bilônia: "Em vós, fazendo de vós Torre de Babel, houve um primeiro Maçom muito esti-
mado, o Rei da Babilonia, que ainda foi chamado Ninrode; ele mesmo era um Maçom e
amava muito os Maçons".16

Mackey também cita o Cooke Manuscript, que às vezes é chamado de "A Len-
da do Ofício".17 É a segunda mais antiga escritura Maçônica, datada na época de sua
descoberta (1450), mas acredita-se ter sido escrita em 1420. Também escrita em dogge-
rel, ela repete a afirmação do manuscrito de York: "E este mesmo Nembroth começou a
torre da babilonia e ele ensinou aos seus operários o ofício da Maçonaria, e teve com ele
muitos Maçons, mais de quarenta mil. E ele amava e cuidadava bem deles."19 Mackey
explica o significado e uso desses textos na Maçonaria:

As velhas instruções falam da alta torre de Babel como o lugar onde a lingua-
gem foi confundida e a Maçonaria se perdeu .... Então, quando o neófito, sendo pergun-
tado "de onde ele vem e para onde ele está indo", responde, "da altiva torre de Babel,
onde a linguagem foi confundida e a Maçonaria perdida, para a eira de Ornã, o jebuseu,
[local em que mais tarde foi construído o Templo de Salomão] onde a língua foi restaura-
da e a Maçonaria encontrada.” 20

Que o Templo do Rei Salomão é de extraordinária importância para os Maçons


é confirmado por numerosos textos Maçônicos. A Biblioteca Maçônica afirma: "O Templo
de Salomão é um dos símbolos mais sublimes na ordem da Maçonaria."21 E Mackey
concorda: "A tradição nos informa que as Lojas Maçônicas foram originalmente dedica-
das ao rei Salomão, porque ele foi o nosso primeiro Mais Excelente Grande Mestre." 22

Enquanto os Maçons tomam emprestado a imagem do Templo de Salomão dos


Judeus (e o colocam para seu próprio uso, como veremos em breve), eles também citam
outra fonte de inspiração, que na verdade deriva da Babilônia: A Cabala Judaica.

De acordo com a Encyclopedia of Freemasonry, a Loja Maçônica atraiu grande


parte de sua inspiração inicial da Cabala, o livro rabínico de mistério oculto, que Mackey
reconhece ser um desenvolvimento do Zoroastrismo Persa.23 A Cabala é uma forma
ocultista e apóstata do Judaísmo, uma antiga tradição esotérica que os rabinos Judeus
adquiriram enquanto estavam no cativeiro, na Babilônia. Mackey comenta sobre seu uso:
"Muito uso é feito dele em graus avançados, e ritos inteiros foram construídos com base
em seus princípios. Por isso, demanda um lugar em qualquer trabalho geral na Maçona-
ria." 24

De fato, o Rito Escocês da Maçonaria é chamado de Rito Judaico, não porque


foi fundado pelos Judeus, mas porque os maçons derivaram sua doutrina da Cabala.

21
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Além disso, o ritual na Loja Azul (os primeiros três graus da Maçonaria) centra-se em
torno da alegoria de construir o Templo de Salomão.

A Maçonaria absorveu o misticismo oriental dualista através da Cabala. Mas,


enquanto os Judeus tem esperado a reconstrução literal do Templo de Salomão como
restauração de sua religião, a Maçonaria importou do Rosacrucianismo e dos Cavaleiros
Templários as especulações alegóricas sobre o Templo de Salomão. O Templo de Sa-
lomão foi usado simbolicamente no ritual de iniciação Maçônica para significar a recons-
trução espiritual ou restauração no alto da Torre de Babel. Mais uma vez Mackey explica:

Se a torre de Babel representa o mundo profano da ignorância e da escuridão,


e a eira de Ornã, o jebuseu, é o símbolo da Maçonaria, porque o Templo de Salomão, o
qual ficava nesse local, é o protótipo do templo espiritual que os maçons estão erigindo,
então podemos entender prontamente como a Maçonaria e o verdadeiro uso da lingua-
gem são perdidos em um e recuperados no outro, e como o progresso do candidato, em
sua iniciação, pode ser apropriadamente comparado com o progresso da verdade, da
confusão e da ignorância dos construtores da Torre de Babel, para a perfeição e ilumina-
ção dos construtores templários, que todos os maçons são. 25

Mackey afirma ainda que "Cada Loja é e deve ser um símbolo do Templo Ju-
deu; cada Mestre na cadeira representando o Rei Judeu; e todo Maçom uma personifica-
ção do trabalhador Judeu". 26

Os Maçons, no entanto, estão longe de igualar Salomão e seu templo com a


realidade histórica e bíblica. Na verdade, que o rei Salomão significa o deus sol para os
Maçons está proposto por Martin L. Wagner em Un Interpretation of Freemasonry, onde
ele explica como o significado Maçônico do nome Salomão difere de qualquer compre-
ensão Bíblica:

O nome Salomão não é o rei Israelita. É o nome na forma, mas diferente em


seu significado. É um substituto que "externamente" parece com o nome real. Este nome
é um composto, Sol-om-on, os nomes do sol em Latim, Indiano e Egípcio, o qual é proje-
tado para mostrar a unidade de várias ideias de deus das religiões antigas, bem como
com os da Maçonaria. É um glifo que indica a unidade das ideias de deus destes vários
cultos, uma coordenação de suas divindades, e expressa a ideia Maçônica da "unidade
de Deus", como foi concebida nestas religiões. 27

A análise de Wagner é apoiada pela literatura Maçônica. Dr. Mackey, no Manu-


al of The Lodge, confirma a preocupação maçônica com uma orientação para o sol:

22
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A orientação das lojas, ou a sua posição leste-oeste, é derivada do costume u-


niversal da antiguidade... A razão primitiva para este costume indubitavelmente encontra-
se na prevalência precoce do culto ao sol. A Maçonaria retém neste simbolismo a refe-
rência típica da loja em relação à terra, constantemente voltada para o sol em sua apa-
rente revolução diurna, requerendo para que isso ocorra, que a loja deva estar posicio-
nada no sentido leste-oeste, de modo que cada cerimônia possa lembrar ao Maçom do
progresso desse luminar.

Como os ritos se desenvolvem na religião Maçônica das "obras", os Maçons fo-


ram ensinados que, ao irem avançando através dos vários degraus, eles estavam simbo-
licamente subindo a “Escada de Jacó" para a Loja Celestial, nos altos. Novamente, a
Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry explica a conexão entre a corrupção Maçônica de
uma imagem Bíblica e das antigas religiões de mistério:

Quanto ao moderno simbolismo Maçônico da escada, é um símbolo de pro-


gresso, tal como é em todas as antigas iniciações. Suas três rodadas principais, repre-
sentando a Fé, Esperança e Caridade, nos apresentam os meios de avançar da terra
para o céu, da morte para a vida - do mortal para a imortalidade. Daí, seu pé é colocado
no piso térreo da Loja, que é típico do mundo, e seu topo repousa sobre a cobertura da
Loja, que é simbolo do céu.

As semelhanças entre a Maçonaria e as antigas religiões de mistério são mui-


tas. Um exemplo pode ser visto no padrão de iniciação na Loja, que refaz o padrão de
iniciação em uma religião de mistério. Como os Maçons estão bem cientes, as religiões
Babilônicas de mistério conduziam suas iniciações no subterrâneo, à noite, no escuro.
Os Maçons Pierson e Mackey, em Traditions of Freemasonry e em Symbolism of Free-
masonry, respectivamente, revelam como a Maçonaria se baseia e reencena costumes
antigos:

Em todos os países sob o céu, as iniciações, isto é, em mistérios, foram reali-


zadas em cavernas naturais ou artificiais.30 Escuridão como a morte é o símbolo da
iniciação. Foi por esse motivo que todas as iniciações antigas foram realizadas à noite. A
celebração dos mistérios foi sempre noturna. O mesmo costume prevalece na Maçonaria
e a explicação é a mesma.31

Da mesma forma, a estrutura e os costumes da Loja imitam as antigas religiões


de mistério. Como o Maçom Daniel Sickles, no General Ahiman Rezon, relata, "As reuni-
ões na Loja, nos dias de hoje, são geralmente realizadas em câmaras superiores... [por-
que]..., antes da construção de templos, os corpos celestes eram adorados em colinas e
os terrestres nos Vales".32

23
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

É um fato estabelecido de antigas religiões pagãs, onde as montanhas eram


abundantes e os pagãos adoravam o sol nos picos das mesmas. Onde não havia monta-
nhas, eles construíram pirâmides. Na Mesopotâmia, essas pirâmides eram chamadas
zigurates. Como arqueólogos e estudiosos da Bíblia confirmam, o zigurate foi chamado
pelos pagãos, "pico da montanha, colina do céu, montanha de Deus ou lugar alto".

As diferenças entre o Deus dos israelitas e o deus dos Maçons são óbvias e
instrutivas. Primeiro, embora os Israelitas, por vezes, caíssem na idolatria, o Deus dos
Israelitas nunca foi identificado ou confundido com a natureza criada, por exemplo, o sol.
Segundo, o Deus Todo Poderoso nunca falou em segredo. Deus, falando através do
profeta Isaías (45:19) diz: “Não falei em segredo, nem em lugar algum de trevas da terra;
não disse à descendência de Jacó: Buscai-me em vão; eu, o SENHOR, falo a verdade e
proclamo o que é direito.”

Maçonaria e Anti-Semitismo
Embora os Maçons se apropriem de símbolos ou objetos Bíblicos e Cristãos
(como o Templo de Salomão, a Bíblia e a Cruz) e os usam em suas cerimônias, ao fazê-
lo, tornam sua irmandade nem Judaica nem Cristã, como veremos agora e depois. As-
sim, também, o uso Maçônico do termo "Gentio", para se referir a não-Maçons, está
longe de provar que a Maçonaria é uma conspiração Judaica. Eu gostaria de sugerir o
contrário: que a Maçonaria é, de fato, mortal em seu anti-semitismo.

A prática Maçônica de se referir a não-Maçons como Gentios, levou muitos


pesquisadores da conspiração a uma conclusão errônea de que a Maçonaria é uma
conspiração Judaica, empenhada na destruição do Cristianismo e de todos os governos
Gentios. Até mesmo um breve exame dos rituais Maçônicos revelará o profundo anti-
semitismo da Maçonaria, pois, como diz Mackey, dos rituais Maçônicos "um Maçom
moderno pode aprender mais sobre os fundos da Loja Maçônica."34

Stephen Knight, em The Brotherhood (1984), conta que quando uma reunião é
convocada no Templo Maçônico, Maçons convergem para a Loja, vindo de todas as
direções. "Uma vez dentro do salão, cada um deles orienta seus passos em direção à
Cripta, a qual é isolada por uma corda, a fim de que nenhum intruso possa descer a
escada e relatar o que se segue para qualquer Gentio."35

Knight revela, ainda, que a cerimônia do Mestre Maçom (o terceiro grau da Loja
Azul) "envolve o assassinato de Hiram [Abif] por três aprendizes Maçons e sua subse-
quente ressurreição. Os três aprendizes são nomeados Jubela, Jubelo e Jubelum, co-
nhecidos coletivamente como os Juwes [ortografia Maçônica para judeus]. No folclore

24
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Maçônico, os Judeus são caçados e executados..."36 O Mestre de Cerimônia Maçom, em


seguida, conclui com mímica o ritual de abate dos três malfeitores Judeus.

Para entender o significado horrível dessa cerimônia, devemos primeiro desco-


brir quem é Hiram Abif. Voltamos novamente à Mackey’s Enciclopédia of Freemasonry
para uma resposta: "Não há nos anais da Maçonaria um personagem cuja vida é tão
dependente da tradição como o célebre arquiteto do Templo do Rei Salomão".37 Mackey
relata que na tradição Maçônica, Hiram Abif é identificado como o arquiteto Sírio de Tiro,
que foi contratado pelo rei Salomão para construir seu templo. Em quatro páginas de
explicação, Mackey gradualmente se move para além da tradição Salomônica, revelando
que o Hiram Abif da Maçonaria não é, afinal de contas, o construtor vindo de Tiro. "Hi-
ram", diz Mackey, "representa um popular deus sírio, contra quem os campeões de Jeo-
vá [os Judeus] lutaram incessantemente."38

O Maçom Daniel Sickles oferece outra explicação, identificando Hiram, alterna-


tivamente, como um deus Egípcio. No General Ahiman Rezon, Sickles afirma que a
lenda de Hiram Abif "é completamente Egípcia."39 Tradition of Freemasonry de Pearson,
confirma, sem dúvida, que o Hiram Abif do ritual do Mestre Maçom representa todos os
deuses-sol pagãos:

A lenda e as tradições de Hiram Abif formam a consumação do elo de ligação


entre a Maçonaria e os antigos mistérios... Nós, prontamente, reconhecemos em Hiram
Abif o Osíris dos Egípcios, o Mitras dos Persas, o Baco dos Gregos, o Dionísio da Fra-
ternidade dos artífices, o Atys dos Frígios, cuja paixão, morte e ressurreição eram cele-
brados por estes povos, respectivamente.40

O Lexicon of Freemasonry de Mackey concorda que a lenda de Hiram Abif é


puramente astronômica e simbólica - que o Hiram da Maçonaria é, na realidade, equiva-
lente aos deuses-sol pagãos.

Se a figura Maçônica de Hiram Abif é uma representação esotérica do deus-sol,


então a Maçonaria está ritualmente ensinando aos seus iniciados que o deus-sol é o
verdadeiro construtor do Templo de Salomão. O Templo Maçônico de Salomão, portanto,
não pode ser igualado, por qualquer meio, com o Templo Judaico em Jerusalém. (Lem-
bre-se do que Wagner, em An Interpretation of Freemasonry, disse: "Este nome é um
composto, Sol-om-on, os nomes do sol em Latim, Indiano e Egípcio...")

Em Morals and Dogma, Albert Pike confirma o significado oculto do Templo de


Salomão: "O Templo de Salomão apresentou uma imagem simbólica do Universo; e
assemelhava-se, em seus arranjos e móveis, a todos os templos das antigas nações que
praticaram os mistérios ".42

25
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Allen Douglas, em seu artigo "Templo de Salomão: uma cruzada pagã contra
Israel", através do Executive Intelligence Review, confirma o anti-Semitismo do ritual de
Hiram Abif: "Os Maçons consideram que seus antepassados espirituais são, não os
Judeus, mas os maçons Fenícios adoradores de Baal, liderados por Hiram, os quais
foram os construtores do primeiro Templo de Salomão, no século 10 a.C."43

Em resumo, o Maçom Hiram Abif, que supostamente construiu o Templo de Sa-


lomão, é equivalente ao deus-sol pagão. O Templo de Salomão não é representativo do
Templo Judaico em absoluto, mas é, de acordo com as autoridades Maçônicas, um
símbolo esotérico de antigos templos pagãos, sendo cada loja local uma instância do
Templo de Salomão, um lugar alto pagão, dedicado ao deus-sol.

Sem dúvida, a Maçonaria em nossos dias é uma ressurreição da antiga religião


pagã de adoração ao sol e, portanto, o significado do ritual do Mestre Maçom está claro.
O iniciado toma o lugar do deus-sol, Hiram Abif. Jubela, Jubelo e Jubelum, conhecidos
coletivamente na Maçonaria como os Juwes, são aqueles israelitas que mataram o deus
sol, Hiram Abif, e sua religião. No ritual de retaliação Maçônico, representa-se o genocí-
dio dos Judeus.

A razão da animosidade teológica da Maçonaria para com os Judeus e o Juda-


ísmo poderia ser clara. Historicamente, os Judeus destruíram as religiões dos deuses-
sol. Os cinco livros de Moisés e o livro de Josué contam a história desse combate. No
Supplement to Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry, sob o título "Anti- Semitismo e
Maçonaria", H. L. Haywood justifica o genocídio Judaico com estas palavras sarcásticas:
"O registro das perseguições Judaicas aos Gentios é longo e algumas vezes foram reali-
zadas com uma crueldade indescritível; o antigo Testamento, em alguns capítulos, é
obviamente anti-Gentilico."44

Eu vou mostrar em Scarlet and The Beast que a Maçonaria não é uma conspi-
ração Judaica empenhada na destruição do Cristianismo e de todos os governos Genti-
os. Ao contrário, a Maçonaria é uma ordem Gentilica, chamando a si mesma de Judia
como um chamariz. Irei mostrar como os Judeus foram usados como frentes nesta cons-
piração para o seguinte fim: no caso da conspiração ser revelada, os Judeus seriam os
bodes expiatórios. O assustador holocausto Judaico da Segunda Guerra Mundial é um
exemplo horripilante do que a Maçonaria pode infligir a um povo, quando apóia um indi-
víduo demente como Adolf Hitler. A Maçonaria em si é anti-Semita.

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MAÇONARIA MODERNA: UMA VISÃO HISTÓRICA


A Maçonaria em sua forma atual tem apenas 300 anos de idade. Antes da or-
ganização de várias lojas Maçônicas independentes em uma Grande Loja, em Londres,
em 1717, a “maçonaria” não existia de nenhuma forma comparável ao que vemos hoje.

Os "maçons" originais eram pedreiros, carpinteiros, desenhistas, operários e


outros que viajaram pela Europa e Inglaterra, construindo as enormes catedrais da Igreja
Romana, bem como várias fortificações, abadias, castelos, etc. Um conglomerado de
trabalhadores associados, equivalente aos sindicatos de hoje, esses maçons tem sua
origem no primeiro milênio após o nascimento de Cristo. Trabalhadores maçons ficavam
alojados juntos durante a construção de catedrais, daí o termo "loja maçônica".

A Maçonaria adotou nomes comerciais, tais como Operários, Artesãos, Cons-


trutores, Carpinteiros e Pedreiros, oriundos das associações trabalhadoras das quais se
desenvolveu. Em seus rituais, as associações usavam títulos como Viajantes, Colegas,
Irmãos, Companheiros, e Camaradas. A Maçonaria, hoje, retém esses vários nomes: o
Ofício, a Loja, a Ordem, a Fraternidade, a Sociedade e a Irmandade.

Além disso, os nomes dos três primeiros graus - "Aprendiz", "Companheiro", e


“Mestre Maçom”, como registrado no rito mais antigo da Inglaterra, o Rito de York,45
reflete as origens da Maçonaria nas associações.

A Igreja Católica exigia que aqueles que construíssem as igrejas aderissem à fé


cristã. Assim, judeus ou pagãos foram excluídos das associações. Os maçons protege-
ram ainda mais seus empregos e os segredos de seu negócio, proibindo qualquer ho-
mem de entrar em seus aposentos que não apresentasse documento de pertencer à
associação. Para expor impostores, eles inventaram um elaborado sistema de controles
e senhas, que ainda estão em uso nos primeiros três graus da moderna Maçonaria,
conhecida como "Graus da Loja Azul".

Com a ascensão do Protestantismo, a partir dos anos 1500, e o declínio da


construção de grandes catedrais na Europa, o número de "operários" ou trabalhadores
maçons – pedreiros, carpinteiros, etc, - começou a declinar. Enquanto isso, os Rosacru-
zes estavam se infiltrando nas associações de operários. Os Rosacruzes eram aristocra-
tas ou membros da nova classe média. Eles se chamavam de maçons "especulativos" e
acabaram assumindo o controle das associações. Em 1717, o "maçom operário" já não
mais existia.

27
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Os Rosacruzes
Um século antes das Lojas Maçônicas se unirem em Londres, em 1717, as as-
sociações de operários foram infiltradas por uma sociedade secreta chamada Rose Croix
(Rose Cross), ou Rosacruzes. Estes distinguiram-se dos "operários" ou pedreiros ma-
çons, chamando-se pedreiros "especulativos", por causa de sua compreensão de teoria
esotérica ou especulativa. Logo, esses pedreiros especulativos superaram em número os
operários pedreiros, tomando o controle de centenas de lojas maçônicas independentes
em toda a Inglaterra.

A Encyclopedia Americana nos fornece uma versão convencional e resumida


da doutrina Rosacruz:

Rosacruzes geralmente acreditam que tudo no universo é permeado pelo divi-


no. Uma vez que o homem é iniciado na consciência da divindade dentro de si mesmo,
ele , como microcosmo do universo, pode controlar suas forças. Tão capacitado, ele
pode diminuir os males do sofrimento e da ignorância. Estas elevadas doutrinas panteís-
tas e humanistas são, freqüentemente, misturadas com elementos da alquimia, da astro-
logia e do oculto.46

Os Rosacruzes surgiram na Europa durante a agitação da Reforma e da Contra


Reforma. Enquanto, na verdade, uma associação gnóstica ("gnóstica" do Grego, signifi-
cando "em busca de conhecimento"), o Rosacrucianismo foi associado ao Protestantis-
mo e, de fato, ajudou a financiar o movimento Protestante.

Os Rosacruzes desenvolveram uma mistura enganosa de Cristianismo com seu


paganismo, para atrair Reformadores Protestantes para sua Ordem. Fracos na doutrina
Bíblica, os recém protestantes emergentes não tinham convicção contraria a se afiliarem
aos Rosacruzes. Alguns desses Reformadores uniram-se em aliança com os Rosacruzes
para combater o que eles viram como um inimigo comum - a Igreja Católica. Diferenças
teológicas foram negligenciadas e gradualmente sincretizadas.

Os Rosacruzes, no entanto, estavam menos interessados em religião do que


em política.47 Por exemplo, na Inglaterra eles atraíram para suas fileiras membros da
pequena nobreza, os novos ricos das classes média e alta da sociedade Britânica. A
nova classe queria uma voz política, sem a qual eles perderiam, através da tributação
gananciosa, o que haviam ganho.
,
Seu objetivo final era "reformar a raça humana pelo extermínio dos reis e de to-
dos os poderes régios."48 O que eles implantaram foi uma monarquia constitucional e um
parlamento eleito, através do qual eles teriam uma voz política e pela qual eles poderiam

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_________________________________________________________________PREFÁCIO

proteger seus bens mundanos da tributação excessiva. "Monarquia absoluta deve ser
mudada para uma Monarquia Constitucional, para garantir nossa proteção", exigiram
eles.49

Na Inglaterra, eles alcançaram seu objetivo com a "Revolução Gloriosa" de


1688, que será examinada em detalhes no Capítulo 2. Nesta revolução, a dinastia dos
Stuart, que sucedeu a solteira e sem filhos Elizabeth I, foi derrubada.

Os Rosacruzes são importantes por serem os primeiros a plantar as sementes


do revolucionário, cogitado em Lojas Maçônicas. A ordem Rosacruz na Grã-Bretanha viu
a chance de rápida expansão de sua sociedade secreta, através das corporações maçô-
nicas operativas da Inglaterra Protestante. Nesta Webster, em Secret Societs and Sub-
versive Movements, cita uma palestra proferida em 1883 pelo Maçom do grau 33, John
Yarker, que por sua vez faz citações de um livro Maçônico, History of Freemasonry, de
Robert F. Gould:

"É evidente, portanto, que os Rosacruzes... encontraram a associação operati-


va convenientemente pronta para seu controle, enxertando sobre ela seus próprios mis-
térios... também, a partir deste momento, o Rosacrucianismo desaparece e a Maçonaria
vem à tona com todas as posses do primeiro."50

Depois da Revolução Gloriosa, os Ingleses ficaram livres, isto é, a eles foram


confiados certos direitos. Os Maçons tomaram o nome de Maçons Livres, o que significa
"Maçons Livres e aceitos." Mackey elabora em sua Enciclopedia of Freemasonry:

Em referência ao outro sentido de livre, como significado de não ligado, não em


cativeiro, é uma regra da Maçonaria que ninguém pode ser iniciado caso esteja, no mo-
mento, com sua liberdade restrita. A Grande Loja da Inglaterra estende essa doutrina,
que os Maçons devem ser livres em todos os seus pensamentos e ações...

Como observado acima, o Rosacrucianismo é uma religião hermética. "Hermé-


tico", uma palavra derivada do deus grego Hermes, mensageiro dos deuses e deus de
muitos ofícios, é um termo que indica as ciências místicas, mágicas ou ocultas.52 Os
Rosacruzes eram fortemente envolvidos nas ciencias ocultas e eram líderes notáveis na
alquimia.

Novamente, Nesta Webster, em Secret Societs and Subversive Movements, ao


discutir três séculos de ocultismo na Europa e na Inglaterra, levando à formação de Lojas
Maçônicas como as conhecemos hoje, observa sobre a reputação dos Rosacruzes,
contratando envenenadores e assassinos:

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Os chefes intelectuais [Rosacruzes], de quem os envenenadores obtiveram


inspiração, eram homens versados na química, na ciência, na física e no tratamento de
doenças... [Eles] incluíram alquimistas e pessoas que declaravam estar de posse da
Pedra Filosofal... 53

Como a Maçonaria, o Rosacrucianismo revela seu caráter oculto pelo uso do


oculto, do simbolismo pagão. Por exemplo, o deus dos Rosacruzes é simbolizado pelo
"zero": um círculo criado pela serpente engolindo o próprio rabo. Este símbolo foi sobre-
posto na cruz cristã com um raio de sol ao redor do círculo. O círculo também represen-
tava o sol, assim como o "olho" de Osíris, o deus-sol egípcio.

O emblema mais proeminente da crença Rosacruz é uma rosa vermelha entre-


laçada ao redor da base da cruz em pé. A rosa é o símbolo fálico oculto da serpente.
Juntos, a rosa e a cruz ficaram conhecidas como "Rosy Cross" ou "Rose-Croix", daí o
nome Rosacruz.

A cruz da Rosacruz certamente será inquietante para qualquer Cristão que es-
teja ciente do seu verdadeiro significado.

O Rosacruz e Maçom Carl Gustav Jung (1875-1961), fundador da psicologia


analítica, revela o significado deste símbolo em uma analogia que ele desenhou entre o
símbolo Rosacruz e o brasão de armas de sua família. (o avô de Jung, a propósito, foi
um ardente Maçom e Grão-Mestre da loja suíça Alpina, a suprema Loja Maçônica da
Suíça.) 54 "O simbolismo desses braços é Maçônico, ou Rosacruz", disse Jung." Assim
como a cruz e a rosa representam o problema Rosacruz de opostos, isto é, os elementos
Cristãos e Dionisícos, assim a cruz e as uvas são símbolos do espírito celestial e ctônico
[infernal]."55

Os Templários
A segunda grande corrente da Maçonaria encontra suas origens nos Templá-
rios, ou Cavaleiros Templários, como eram oficialmente conhecidos. Um sacerdócio
militar da Igreja Católica, os Templários foram formalmente organizados em 1118, por
Hugh de Payens, seu primeiro Grão-Mestre, o qual, após as Cruzadas, derivou o nome
do Templo de Jerusalém.

Os Templários foram a primeira comunidade religiosa a unir a cruz à espada. O


objetivo inicial declarado dos Templários era guardar e guiar os peregrinos para a Cidade
Santa de Jerusalém. Gradualmente, os deveres dos Templários se expandiram para

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defender a Terra Santa contra todos os infiéis e "qualquer força que pudesse ameaçar
Jerusalém de sua religião".

O núcleo dos Templários consistia em nove homens. Como a Ordem cresceu,


de Payens criou 13 graus dentro dela.57 O motivo pelo qual ele escolheu parar em "treze"
não é conhecido. Talvez representasse as tribos de Israel (onze tribos completas e as
duas meias tribos de José - Efraim e Manassés). Talvez representasse os doze discípu-
los e Jesus Cristo.

O que é significativo sobre o número "13" é que ele identifica o quartel-general


Templário de nossos dias. Outro símbolo que identifica os Templários é o emblema de
sua ordem. Eles adotam a famosa cruz vermelha espalhada dos reis merovíngios da
França, colocando-o em seus mandatos, espadas, edifícios e lápides. Este símbolo
também é importante no rastreamento de seus movimentos para seu quartel-general
atual, o que será discutido em detalhes no capítulo final deste livro.

Depois de fundar sua ordem em Jerusalém, em 1118, os Templários se enquar-


telaram numa abadia fortificada, acima das ruínas do Templo de Salomão, no Monte
doTemplo, em Jerusalém - daí o nome Templários. Seu domicílio é de grande significa-
do, pois em algum lugar abaixo, supostamente, foi enterrada a insondável riqueza de
Salomão.

À medida que a fama dos Templários aumentava, também crescia a riqueza de-
les. De acordo com a história padrão, uma fonte de sua riqueza eram presentes de reis e
príncipes, gratos pelos seus serviços. Embora se diga que muitos da nobreza se junta-
ram a suas fileiras,58 aprenderemos mais tarde porque tão poucos o fizeram no início.

À medida que sua riqueza e influência cresciam, os Templários "desenvolve-


ram-se em uma eficiente organização militar, que adotava sigilo absoluto para cobrir
todas as atividades internas."59

Os Templários também fizeram inimigos poderosos, entre eles o rei Filipe IV (o


Justo), que subiu ao trono da França em 1268, quando seu país estava perto da falência.
Os Templários possuíam dinheiro e terra em abundância.

O fracasso dos Templários em defender Jerusalém contra os Muçulmanos, em


1187, seus vastos interesses financeiros e bancários, tanto em Londres quanto em Paris,
seus ricos estabelecimentos e os rumores de práticas heréticas dentro da ordem, deram
a Philip munição da qual precisava para lançar uma campanha bem sucedida para des-
truir a ordem em toda a Europa. A associação dos Templários com a seita herética dos
Cátaros (ou Albigenses, como também são conhecidos) são de especial interesse, como

31
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

essa associação ajudou a alimentar a acusação de heresia contra eles. Os Cátaros eram
gnósticos, substituindo a fé pelo conhecimento. O conhecimento para eles foi, em primei-
ra mão, uma experiência religiosa ou mística.

Os Cavaleiros Templários absorveram as doutrinas do gnosticismo dos Cáta-


ros, mas também,adicionaram elaboradas heresias Cátaras. De seu longo mandato na
Terra Santa, eles também absorveram o misticismo oriental. Como os Cátaros, eles
praticavam meditação - no caso deles Yoga Hindu - para alcançar um estado alterado de
consciência, a fim de abrir o "terceiro olho." Isso era conhecido como magia branca.

Há evidências, também, que serão discutidas no capítulo 1, abordando a histó-


ria complicada dos Templários e seu envolvimento com drogas.
É suficiente dizer que, eventualmente, os Templários assumiram o símbolo Sa-
tânico da caveira e ossos cruzados, o símbolo da morte. Na Maçonaria, o crânio e os
ossos cruzados tornou-se o símbolo do Mestre Maçom, mas foi abandonado após a
Segunda Guerra Mundial porque Hitler o usou para sua SS.60

Mas, retornando à campanha de Filipe IV contra os Templários: Na sexta-feira,


em 13 de outubro de 1307, Philip ordenou a prisão de todos os Templários na França.
Seguindo a Inquisição francesa dos Templários em 1314, por ordem de Filipe, então, o
Grão-Mestre Jacques de Molay e outros dignatários dos Templários foram queimados na
fogueira. Durante estes anos, um remanescente da ordem fugiu para a Escócia, aliando-
se com a ela contra a Inglaterra.

Michael Baigent, co-autor de Holy Blood, Holy Grail, confirma esta história:
"Muitos Ingleses, e isto poderia aparecer Templários franceses", afirma ele, "encontraram
um refúgio Escocês, e um contingente considerável que é dito ter lutado ao lado de [Rei]
Robert Bruce na Batalha de Bannockburn, em 1314. De acordo com a lenda - e há evi-
dências para apoiá-la - a ordem manteve-se como um corpo coerente na Escócia por
outros quatro séculos."61

Na Escócia, os Cavaleiros Templários deixaram sua marca - um padrão octo-


gonal com a cruz alargada no meio. Às vezes, a marca era apenas o octógono. Este
símbolo, junto com o crânio e ossos cruzados, e o número 13, impressos em lápides
datadas, tem ajudado pesquisadores a traçar a migração dos Templários.

Um descendente de Robert Bruce, o Católico James Stuart VI, reinou na Escó-


cia de 1567 até ascender ao trono britânico como James I, em 1603. Ele sucedeu à
Elizabeth I, solteira (r. 1558-1603), que impôs o Protestantismo por lei, mas que, por
causa de sua falta de herdeiro, designou, em seu leito de morte, James como seu suces-

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_________________________________________________________________PREFÁCIO

sor. Durante o reinado de James I (1603-1625), recebemos a versão King James da


Bíblia, a primeira tradução oficial da Bíblia, em inglês.

Como seus ancestrais, os Stuarts foram iniciados na Ordem dos Cavaleiros


Templários, e James era mais Templário do que Católico. James chegou na Inglaterra
com um contingente de Templários Escoceses, e sua primeira loja foi aberta em York, no
norte da Inglaterra, na virada do século XVII.

Durante o reinado de James Stuart, os embriões de ambos os Ritos, Escocês e


York, da Maçonaria, desenvolveram-se na Inglaterra. Naquela época, era chamada Ma-
çonaria Jacobita, em memória do martirizado grande mestre dos Templários, Jacques de
Molay. James e seus descendentes eram membros das Lojas Jacobitas Realistas, que
praticavam rituais Templarios. Mais tarde, esses rituais se tornaram conhecidos pelos
Maçons, na Inglaterra e na América, como Rito de York e, na França e na América, como
Rito Escocês.

Maçonarias Francesa e Inglesa


Londres, na Inglaterra, pode ser justamente chamada de berço de ambos os
ramos da Maçonaria, já que as Maçonarias Rosacruz e Templária lá se desenvolveram.
Depois da Revolução Gloriosa de 1688, que teve o apoio e suporte da elite emergente da
Maçonaria Inglesa ou Rosacruz, os Maçons Ingleses continuaram divididos, em lealdade
entre a nova monarquia Hanoveriana (estabelecida em 1714) e os pretendentes ao trono
do deposto Stuart. Em 4 de janeiro de 1717, os Stuarts escoceses foram enviados para a
França, em exílio permanente. Com eles, foi a Maçonaria Jacobita (Templária). No dia 24
de junho de 1717, seis meses após o exílio dos Stuarts, quatro lojas em Londres (nomes
não fornecidos) encontraram-se na Apple-Tree Tavern, onde se uniram à Maçonaria
Inglesa sob o nome de "Grande Loja Unida", que foi apelidada de Loja Grande Mãe, ou
Loja Mãe Grande.

A primeira Loja Templária Francesa foi fundada em 1725, por um contingente


de exilados simpatizantes de Stuart. Em 1745, o Príncipe Charles Edward Stuart, o Jo-
vem Pretendente, tentou recuperar seu trono Escocês e foi derrotado em menos de um
ano. Ao retornar à França, os Templários Escoceses fundaram o Rito Escocês Antigo e
Aceito da Maçonaria, desenvolvendo-o rapidamente em 32 graus, até 1755. Em 1801, as
lojas francesas aceitaram os graus do Rito Escocês Templário. Nesse mesmo ano, o Rito
escocês de Charleston, S.C. criou o grau 33 e final da Maçonaria Templária.

No continente da Europa, a Maçonaria Francesa é conhecida como Rito Esco-


cês, Grande Oriente, Grande Loja Francesa, Continental ou Maçonaria Latina. O Rito
33
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Templário de York foi transportado da Inglaterra para a América, onde permanece até
hoje. A Maçonaria Inglesa continuou com os três Graus de Artesanato até 1860, quando
adotou os trinta graus adicionais do Rito Escocês, mas, por razões competitivas, recu-
sou-se a chamá-lo de "Escocês".

Após a expulsão dos Stuarts para a França, a Igreja da Inglaterra e a monar-


quia Britânica tornaram-se subservientes à Maçonaria Rosacruz. Desde 1737, todo ho-
mem monarca na Grã-Bretanha tem sido um Maçom, enquanto o chefe da Igreja Angli-
cana (Igreja da Inglaterra) é um membro da hierarquia Maçônica. Desde então, a Maço-
naria na Inglaterra controla a Igreja e a Coroa. Ainda hoje, vemos essa aliança em vigor.
Por exemplo, Geoffrey Fisher, o antigo arcebispo de Canterbury, era Maçom. Da mesma
forma, a Rainha Elizabeth II, a monarca reinante, é a Padroeira da Maçonaria Inglesa,
enquanto seu consorte, o príncipe Philip, é Maçom.62

A EXPANSÃO DA MAÇONARIA A PARTIR


DA LOJA MÃE

Os Ritos de York e Escocês na América


A Maçonaria Inglesa foi conhecida pela primeira vez como Maçonaria de York,
depois da mais antiga Loja conhecida, fundada pelos Templários, na cidade de York.63
Mackey, na Enciclopedia of Freemasonry, confirma que o Rito de York "é o mais antigo
de todos os Ritos, e consistia originalmente de três graus: (1) Aprendiz Inscrito; (2) Com-
panheiro de Ofício; e (3) Mestre Maçom."Depois que os Templários Stuart foram depos-
tos e exilados para a França, o Rito de York foi praticado na Grande Loja Constitucional
da Inglaterra por cinquenta anos, antes de se espalhar para a América.

Algum tempo antes da nossa Guerra Revolucionária (possivelmente em 1767),


o Rito de York foi estabelecido na Virgínia, onde manteve os três graus originais. Como
se espalhou para outras colônias, os americanos acrescentaram 10 graus adicionais,
sendo o 13º chamado de Grau dos Cavaleiros Templários. Hoje, o Rito de York Maçoni-
co é praticada apenas na América do Norte e, por causa de seus graus Templários, é
conhecido como o Rito Cristão.

A Maçonaria do Rito Escocês já havia se desenvolvido para 32 graus, no mo-


mento em que chegou na América. Seus graus foram derivados da Cabala Judaica e,
portanto, é às vezes chamada de Rito Judaico.65 O Rito Escocês na América "derivou
sua autoridade e sua informação das chamadas Constituições Francesas "de 1786.66 O

34
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Rito Escocês estabeleceu sua sede em Charleston, Carolina do Sul, pelo fato da locali-
zação geográfica da cidade encontrar-se no paralelo 33º grau. Em 1801, os Americanos
haviam acrescentado o grau 33 e final, e o Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria,
em Charleston, tornou-se conhecido como o Supremo Conselho Mãe do Mundo.

A Maçonaria Inglesa permaneceu com apenas os três Graus de Artesanato até


1860. Então, acrescentou os outros graus desenvolvidos pela Maçonaria Francesa e
Americana, para totalizar os 33 graus. Os Britânicos, por razões competitivas, recusaram
a palavra "Escocês" e denominaram seus 33 graus de "Rito Antigo e Aceito da Maçona-
ria".

O grau 33 é o grau de "controle" da Maçonaria. Maçons desse posto, aproxi-


madamente 5.000 em todo o mundo, são conhecidos como "Grandes Inspetores Sobe-
ranos Gerais", e estão autorizados a participar de qualquer reunião da Loja Maçônica no
mundo. Os maçons do trigésimo terceiro grau também são membros do "Supremo Con-
selho ", o corpo governante da Maçonaria. De acordo com o Ronayne’s Handbook of
Freemasonry, os Supremos Conselhos, originalmente, se reuniam uma vez por ano. A
prática atual é realizar reuniões uma vez a cada dois anos.

Pouco antes da Guerra de 1812, os Britânicos organizaram no nordeste, clan-


destinamente, várias Lojas do Rito Escoces, com sede em Boston. Depois da Guerra,
eles foram descobertos por Charleston e, após algumas negociações, foi-lhes permitido
operar sob obediência à Maçonaria Inglesa (obediência significa "constituição"). A sede
de Boston ficou conhecida como Jurisdição Norte da Maçonaria do Rito Escocês e, des-
de então, tem sido apelidada de "Estabelecimento Oriental". A Sede de Charleston ficou
conhecida como Jurisdição Sul da Maçonaria do Rito Escocês. Como dito anteriormente,
a Jurisdição Sul seguiu obediente à Maçonaria Francesa.

O Supremo Conselho da Jurisdição Sul opera seu "Grande Oriente" ou sede


espiritual a partir de Charleston. Em 1870, mudou o seu "Secretariado" (gabinete político)
para Washington, D.C.68 Uma indicação da influência da Maçonaria é o fato de que dos
dois desfiles autorizados a marchar pela Avenida Pensilvania, em Washington D.C., um
deles é a Parada Inaugural e a outra é a Parada dos Shriners. Shriners são, às vezes,
referência aos Maçons do grau 32 ½. Os Shriners operam hospitais infantis.

Todos os Maçons na América devem passar pelos três primeiros graus da "Loja
Azul", antes de escolher o Rito de York ou Rito Escoces, ambos Ritos Templários. O 13o
Grau da Maçonaria de York e o Grau 32 da Maçonaria Escocesa se unem no Shriner.

Podemos fazer algumas observações gerais sobre as Jurisdições Norte e Sul


da Maçonaria Americana. A Jurisdição Norte, que podemos identificar na política ameri-

35
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

cana com o Estabelecimento Oriental, é de direita ou moderada. É a sede da aristocracia


americana e é, principalmente, republicana. A Jurisdição Sul é de esquerda ou liberal,
mais ou menos composta por trabalhadores da classe média e trabalhadores comuns e,
geralmente, democrata. Existem cruzamentos em ambas as Jurisdições e, quando os
eleitores na América tomam partido em questões importantes, somos apanhados nesta
luta Maçônica de conservador versus liberal, de direita versus esquerda, grande empresa
versus trabalho, livre empresa versus socialismo, etc.

UM CONFLITO AMARGO
Maçonaria Inglesa X Maçonaria Francesa
Após a união das lojas na Inglaterra sob a Loja da Grande Mãe, em 1717, a
formação de outras lojas foram então "garantidas", ou certificadas por esta Loja. A Ma-
çonaria Inglesa espalhou-se rapidamente pelo mundo, durante a expansão colonial do
Império Britânico. Acredita-se que a Maçonaria Inglesa exerceu influência encoberta, e
até controle de suas colônias, em grande parte, através dessas lojas.

Hoje, existem mais de 9.000 Lojas Maçônicas garantidas pela Loja da Grande
Mãe, de Londres. Três mil estão nas Ilhas Britânicas, apenas. A Grã-Bretanha e os Esta-
dos Unidos têm mais Maçons registrados do que o mundo inteiro junto!

A Maçonaria Inglesa fez sua primeira tentativa de controlar a Maçonaria Fran-


cesa em 1743, certificando ou "garantindo", como a Grande Loja Francesa, a Loja Jaco-
bita existente, fundada em 1725 pelos simpatizantes dos Stuart. Lembre-se que os Stu-
arts tinham sido exilados da Inglaterra para a França e já haviam restabelecido a Maço-
naria Templária com esta Loja em Paris.

No entanto, havia aqueles que se opunham à dominação Britânica das lojas do


Continente e, em 1772, fundaram a Loja do Grande Oriente, em Paris. Esta foi a primeira
Loja "irregular" ou "clandestina" - significando uma Loja não garantida pela Grande Loja,
e considerada estar operando ilegalmente. Logo, o Grande Oriente infiltrou-se na Grande
Loja Francesa e assumiu o controle da iminente Revolução Francesa. A Grande Loja
Francesa, no entanto, permaneceu uma entidade separada, ainda "garantida" pela Loja
da Grande Mãe, de Londres.

A Loja do Grande Oriente Francêsa tornou-se a mais poderosa das Lojas Ma-
çônicas clandestinas ou irregulares. Em 1801, adotou os 33 graus do Rito Escocês da
Maçonaria. A Grande Loja Francesa também contém os graus do Rito Escocês.

36
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É claro que os ritos e graus são universais e se sobrepõem nas várias lojas e
sub lojas, justificadas e injustificadas. O significativo é que os poderes por trás das lojas -
as Maçonarias Francesa e Inglesa - estão em conflito amargo e prolongado.

A Loja do Grande Oriente de Paris é o principal rival da Maçonaria Inglesa e


seu inimigo mais amargo. Embora a Maçonaria Inglesa mantivesse a comunhão com o
Grande Oriente até 1877, 1801 marca o ano em que as Maçonarias Inglesa e Francesa
começaram a rivalidade, que se tornaria uma guerra pelo domínio do mundo. A amargura
dessa rivalidade pode ser inferida, a partir da escrita de Maçons Franceses e Ingleses.

O Maçom George H. Steinmetz afirma as reivindicações da Maçonaria Inglesa


no livro Freemasonry, Its Hidden Meaning: "Uma Loja pode ser formada sem uma carta
de uma Grande Loja [significado da Maçonaria Inglesa], mas seria clandestina e não
'reconhecida' por 'maçons regulares' [aqueles com cartas inglesas], e não iria prosperar
porque estaria operando ‘ilegalmente’".69

A Maçonaria Inglesa teria o mundo Maçônico acreditando que está no total con-
trole de toda a Maçonaria. No entanto, o contrário é verdadeiro. Lojas "clandestinas" têm
sido formadas e prosperaram por dois séculos. É importante para o leitor compreender
desde o início, que essas duas instituições Maçônicas distintas - a Francesa e a Inglesa -
estão em pleno funcionamento, hoje. Elas estão em desacordo. E sua recusa em reco-
nhecer a outra, não cancela o poder nem a longevidade de nenhuma delas.

Em 1963, o Maçom do Grande Oriente, J.C. Corneloup, Grande Comandante


de Honra do Grande Colégio de Ritos de Paris, narrou as reivindicações persistentes e a
ambição da Maçonaria Inglesa para controlar toda a Maçonaria, especialmente a Fran-
cesa. Em seu livro Universalisme et Franc-Maçonnerie, ele documenta a divisão entre as
Maçonarias Inglesa e Francesa, que ainda existe hoje:

Londres [Maçonaria Inglesa] reivindica o direito de estabelecer a lei Maçônica; a


Grande Loja Unida da Inglaterra afirma dominar o mundo Maçônico, ser o juiz soberano
da autenticidade das diferentes potências Maçônicas, e de impor sua lei sobre elas.
Confiante em seus poderes de intimidação, que habilmente foram cultivados, e devido à
ignorância pusilânime dos líderes das diferentes obediências, que têm medo da menor
sugestão de ruptura, corrige arbitrariamente o critério da regularidade, de tal forma que,
em última instância, pode sempre impor uma decisão de acordo com seu único prazer.

Mas qual é o objetivo deles, ou melhor, o sonho deles?

Eles querem fazer da Loja Grande Mãe a única autoridade soberana sobre toda
a Maçonaria em todo o mundo, a fim de condenar qualquer grupo suspeito de ser capaz

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

de ofuscá-los, para qualificar qualquer obediência independente como irregular e cismá-


tica e, acima de tudo, destruir ou, pelo menos, isolar o inimigo número um: o Grande
Oriente da França, que por 190 anos tem sido considerado como um rival perigoso.

A amargura [entre as duas Maçonarias] revela claramente que Londres consi-


derou que era a Loja Grande Mãe, e que todas as outras eram subsidiárias que ela que-
ria manter sob sua dependência, sinal de um forte desejo de estabelecer universalidade
para seu exclusivo benefício.

Duzentos anos depois que esta luta eclodiu, ainda encontramos um espírito tão
animado de hostilidade, embora expresso em termos menos truculentos, por parte da
Grande Loja da Inglaterra em relação à Maçonaria Francesa, aparentemente concentra-
da contra o Grande Oriente da França, mas igualmente aparente contra a Grande Loja
da França.

O fato é que somos confrontados com duas organizações, surgidas do mesmo


tronco [Maçonaria operativa], e palpavelmente nascidas ao mesmo tempo e no mesmo
país, mas que evoluíram de maneira diferente, porque uma se desenvolveu na poderosa
classe média, num ambiente intelectual e aristocrático, enquanto a outra em um clima
muito mais democrático.70

Como Corneloup comenta e como observamos, a filiação da Maçonaria Inglesa


consiste, principalmente, das classes média e alta - aristocratas, profissionais e empresá-
rios. A Maçonaria Francesa, por outro lado, é principalmente composta da classe traba-
lhadora. Como na Maçonaria Americana, os cruzamentos ocorrem. No entanto, a classe
média sofre mais na batalha entre as Lojas Francesas e Inglesas. O sistema Francês
quer que as classes média e alta sejam destruídas, enquanto o sistema Inglês quer que
as classes média e baixa sejam subjugadas.

Ao longo do restante desta Introdução, usarei a palavra "clandestina", quando


fizer referência às Lojas não garantidas pela Grande Loja Inglesa. Estas Lojas clandesti-
nas se opõem à Maçonaria Inglesa monárquica constitucional. No continente da Europa,
elas são geralmente conhecidas como Lojas Continentais, e especificamente como Lojas
do Grande Oriente. Também, ao longo do livro, você encontrará o uso de "Londres"
referindo-se à Maçonaria Inglesa e "Paris", referindo-se à Maçonaria Francesa.

A Propagação da Maçonaria Francesa


Durante o último quarto do século XVIII, a Maçonaria Francesa desenvolveu a
ideia ou teoria da nossa democracia ou república moderna. Os resultados foram a Revo-

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_________________________________________________________________PREFÁCIO

lução Americana de 1776 e a Revolução Francesa de 1789. Em 1794, após o reinado de


terror na França, a Revolução estava tropeçando e precisava de um líder forte. O Grande
Oriente apoiou um dos seus próprios, Napoleão Bonaparte, para solidificar o que havia
ganho anteriormente, mas agora estava em perigo de perder. Em 1799, Napoleão che-
gou ao poder.

As Guerras Napoleônicas subsequentes exportaram Lojas do Grande Oriente


ao longo da Europa continental e da Rússia. Mais tarde, eles se espalharam para a Áfri-
ca através da Itália, e para a América Latina e do Sul via Espanha, embora as Lojas
Inglesas estivessem espalhadas em outros territórios também. A Maçonaria Inglesa
dominava a Inglaterra, os países árabes e as nações orientais. Ao contemplar a geogra-
fia da Maçonaria, podemos entender como o mundo se dividiu em duas facções Maçôni-
cas em guerra, que disputam domínio político e econômico.

Em 1840, as lojas clandestinas ou Continentais tornaram-se ateístas, gerando o


socialismo e o comunismo. O Maçom do Grande Oriente do trigésimo segundo grau, Karl
Marx, tornou-se seu porta-voz, planejando, sob orientação Maçônica, a substituição de
todas as monarquias por repúblicas socialistas, com o próximo passo de conversão para
repúblicas comunistas.

Para sobreviver, a Maçonaria Inglesa, que apoia a Monarquia constitucional,


mais uma vez se viu em uma indesejada guerra política secreta. Finalmente, em 1877, a
Maçonaria Francesa declarou o que tinha escondido há algum tempo - que não há deus,
mas humanidade. A Maçonaria Inglesa, que exige, pelo menos, uma crença ostensiva na
divindade, rompeu completamente o relacionamento com os Franceses.

Embora essas duas fraternidades continuem a guerrear entre si, ainda são ir-
mãs - e irmãos ficam juntos quando lutam contra um inimigo comum. O inimigo comum
da Maçonaria foi, inicialmente, a Igreja Católica. Hoje é tudo Cristandade. Como cada
ordem Maçônica tenta dominar a outra, Escarlate e a Besta sempre estarão unidas con-
tra a Igreja.

Sub-Lojas Maçônicas
Ambas as potências Maçônicas estabeleceram lojas cujos nomes são projeta-
dos para disfarçar sua filiação Maçônica. Tais lojas são, direta ou indiretamente, contro-
ladas por um dos dois poderes Maçônicos.

Em meados da década de 1960, a Maçonaria do Grande Oriente da Itália orga-


nizou a clandestina e infame Loja Maçônica Propaganda Dois (P-2). O Grande Oriente
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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Italiano também fundou a Máfia, em 1860. Tráfico de heroína é o trabalho da Máfia,


estranhamente, para a hierarquia da Maçonaria Inglesa. O trabalho da P-2 é lavar o
dinheiro das drogas da Máfia. O livro de David Yallop, In God’s Name, bem como outras
publicações, documentam fatos que discutirei no Volume III desta série de três livros.

No Extremo Oriente, encontramos lojas de drogas orientais clandestinas, cha-


madas Tríades, que fornecem heroína para a Máfia. Os rituais das Tríades, de acordo
com Fenton Bresler em seu livro The Chinese Mafia, são idênticos aos da Maçonaria. As
Tríades, muito mais antigas do que a Maçonaria ocidental, obviamente não foram funda-
das pelos Britânicos. Mas eles eram usados pela Maçonaria Inglesa, durante as Guerras
do Ópio Britânico contra a China, em 1840 e 1860. As Tríades viciosas continuam sua
atividade ilegal de drogas, até os dias atuais.

Assim como as Tríades no Oriente protegem a droga Maçônica Britânica pro-


veniente do Leste, as Lojas Maçônicas terroristas clandestinas do Sendero Luminoso
protegem o cartel de drogas do Grande Oriente, na América do Sul.71

Quatuor Coronati, a mais secreta das Lojas Maçônicas, foi fundada em Lon-
dres, em 12 de janeiro de 1886. Sua função era e é pesquisar as raízes da Maçonaria.
Hoje, toda jurisdição da Grande Loja no mundo tem sua própria loja de pesquisa, que
concentra dados sobre arqueologia, história e religião antiga para a Loja Mãe de Pesqui-
sa Quatuor Coronati.

Quando a Maçonaria Inglesa cortou o relacionamento com o Grande Oriente,


em 1877, foi a Loja Quatuor Coronati que conectou suas atividades, na virada do século
20, através de várias sub-sociedades licenciosas e homicidas.

A Quatuor Coronati fundou várias sub-lojas, incluindo a Ordem da Golden


Dawn, de drogas e sexo. Em 1888, a Loja Quatuor Coronati apoiou o Maçom inglês do
33º grau William Wynn Westcott e o cabalista MacGregor Mathers, maçom do 32º grau,
na organização da Golden Dawn. No início do século XX, o Maçom de Grau 33 Aleister
Crowley (1875-1947) tornou-se membro da Golden Dawn e, finalmente, seu líder.
Crowley, um viciado em drogas e satanista declarado, é o ídolo de muitos artistas de
rock and roll hoje, alguns dos quais são membros de sua Golden Dawn.

Um primo da Golden Dawn é a Ordo Temple Orientis (O.T.O.), traficante de


drogas. Enquanto a Golden Dawn é licenciosa, a O.T.O. é homicida. Originalmente, a
O.T.O. foi abrigada dentro do 33º grau do Grande Oriente. A O.T.O. foi infiltrado pela
Golden Dawn na Alemanha, e organizou-se em 1902. Um dos primeiros membros da
O.T.O. foi o Maçom Louis Constant (também conhecido como Eliphas Levi). Ele foi a
principal influência sobre Aleister Crowley, que também liderou o capítulo Inglês da

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_________________________________________________________________PREFÁCIO

O.T.O. O próprio Crowley supostamente realizou, pelo menos, 150 sacrifícios humanos
nos altares profanos da O.T.O.

De acordo com o jornalista investigativo Maury Terry, que publicou The Ultimate
Euil, em 1987, a organização de Aleister Crowley tornou-se o mais poderoso e duradouro
capítulo da O.T.O., o qual se estende aos Estados Unidos. Hoje, diz Terry, opera uma
rede de assassinos neste país, dois dos quais eram Charles Manson e "O Filho de Sam",
David Berkowitz. Terry também afirma que a O.T.O. é responsável por muitos dos se-
qüestros de crianças e assassinatos satânicos ritualistas na América do Norte. A O.T.O.
tem centros em Dakota do Norte e Texas, Califórnia e Nova Iorque. Quando linhas são
desenhadas em um mapa, a partir de seus centros geográficos, de norte a sul, e de leste
a oeste, eles, blasfemamente, formam uma cruz.

Um dos sub-produtos da Golden Dawn foi a Sociedade Thule. Também era


homicida. Tanto a O.T.O. quanto a Sociedade Thule foram usadas como locais de repro-
dução para o núcleo interior do movimento de Hitler. Isso será totalmente documentado
no Capítulo 22.

Outros sub-produtos da Maçonaria incluem a Sociedade Teosófica, ou Co-


Maçonaria, fundada e sediada em Nova York, em 1875, por Helena Petrovna Blavatsky,
uma russa que se juntou a ambas as Maçonarias, Francesa e Inglesa. Sua sociedade é a
mãe do movimento da Nova Era. Em 1887, Blavatsky mudou-se para Londres. Depois da
morte de Blavatsky, em 1891, a Sociedade Teosófica funcionou como agente de recru-
tamento para a O.T.O. De acordo com Maury Terry, o agente de recrutamento atual para
a O.T.O. é a Igreja da Cientologia, do Maçom L. Ron Hubbard. Crowley iniciou Hubbard
na O.T.O., em 1944. Vinte anos depois, diz Terry, Charlie Manson foi recrutado pela
Cientologia, antes de ser iniciado na O.T.O.72

Na virada do século, em um cisma com a Sociedade Teosófica, o Maçom do


Grande Oriente Rudolph Steiner, 33º grau, fundou a Sociedade Antroposófica. Pesquisa-
dores de conspiração ligaram a Sociedade Antroposófica com os Maçons e com a Revo-
lução Bolchevista.

Para a raça negra, a Maçonaria fundou, em Boston, Massachusetts, uma loja


chamada Prince Hall (em homenagem a um negro do mesmo nome), em 1775. Prince
Hall é considerada clandestina pela Jurisdição Sul da Maçonaria. Nunca um homem
negro foi autorizado a juntar-se às Lojas da Jurisdição Sul. No entanto, os negros são
bem-vindos na Jurisdição Norte, e em outras lojas em todo o mundo.

Outros descendentes da Maçonaria exercem, hoje, poder político e espiritual


por causa deles. Em 1830, um Mestre Maçom chamado Joseph Smith fundou um novo

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

rito na Loja Maçônica em Nauvoo, Illinois, e o nomeou Rito Mórmon. Smith planejou
tornar o Mormonismo um rito superior na Maçonaria. O Mormonismo começou a tomar
conta de Lojas Maçônicas em Illinois, e muitos pesquisadores acreditam que Joseph
Smith foi morto a fim de parar seu movimento. Seja ou não essa especulação verdadeira,
a Grande Loja de Illinois revogou a carta da Loja Maçônica Mórmon.

Após o assassinato de Smith, o maçom Brigham Young levou os Mórmons para


Salt Lake City e estabeleceu a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, agora
conhecida como a Igreja Mórmon. Young foi sucedido pelo Maçom John Taylor. Desde
então, todos os sucessores "apostólicos" foram Maçons: Wilford Woodruff, Lorenzo
Snow, Joseph Fielding Smith, e Herbert J. Grant.73

A participação Maçônica ainda é um requisito para os membros da Igreja Mór-


mon em sua hierarquia "apostólica". De acordo com Tom McKenney, co-autor de The
Deadly Deception, a hierarquia Mórmon deve ser composta por membros da Loja Azul
Maçônica.74 Em Scottish Rite Masonry Illustrated, Dr. J. Blanchard declara a respeito do
Mormonismo e da Maçonaria: "As duas instituições são, moral e legalmente, as mes-
mas".

Não apenas a hierarquia Mórmon é necessária para se juntar à Loja Maçônica,


mas outras instituições na América têm o mesmo requisito. Na edição de maio de 1972,
da Revista mensal do Rito Escocês New Age, o Maçom Stuart Parker apontou que "há
pelo menos 160 organizações que exigem que seus membros também sejam iniciados
na Fraternidade Maçônica."76 Como resultado, de acordo com a revista New Age, estima-
se que "um entre cada cinco e um entre cada 10 da população de adultos que pensam"
77 [ na América] vem diretamente do círculo de influência Maçônica...

Um exemplo dessa "influência Maçônica" é visto em outra religião fundada na


América. Durante a segunda metade do século XIX, o Maçom Charles Taze Russell
desiludiu-se com a Loja e começou a estudar a Bíblia. Seu estudo Bíblico foi um pouco
tendencioso devido seu passado Maçônico, e ele não encontrou nenhuma religião que
gostasse. Ele tornou-se "Pastor" em seu próprio Movimento Internacional de Estudo da
Bíblia, que começou com seus próprios ensinamentos peculiares do estudo das Escritu-
ras. Esse movimento ficou conhecido como os Russelitas. Em 1879, ele começou a
revista The Watch Tower, da qual ele era o único editor. Hoje, os Russelitas são conhe-
cidos como Testemunhas de Jeová.78

Em um capítulo posterior, irei discutir em mais detalhes duas outras seitas que
se desenvolveram da Maçonaria: os Cientistas Cristãos e a atual anti-semita e anti-
negros Ku Klux Klan (não confundir com o Klan, dos tempos da Guerra Civil, que tam-
bém foi Maçônica. Veja o Vol. III).

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O espaço não permite nomear todos os braços da conspiração Maçônica. Ape-


nas nos Estados Unidos existem centenas, se não milhares, de organizações secretas e
semi-secretas que derivam ou são controladas, direta ou indiretamente, pela Loja. Cada
um tem sua função na conspiração para um governo mundial. Esta rede é comumente
conhecida hoje como o “Movimento Nova Era”.

A Benevolente Decepção da Maçonaria


Na edição de julho de 1950 da revista New Age, o Maçom do 33º grau, Harry
L.Baum escreveu:

"Esta nação [Estados Unidos] foi alimentada pelos ideais da Maçonaria... a


maioria daqueles que hoje são seus líderes, também são membros e líderes do Ofício.
Eles sabem que a nossa Democracia Americana, com ênfase nos direitos inalienáveis e
liberdades do indivíduo, é a Maçonaria no governo..."

Os membros da Loja Maçônica são algumas das pessoas mais proeminentes


nos Estados Unidos da America. A maioria dos nossos pais fundadores, quase metade
dos nossos presidentes, muitos juízes federais, a maioria dos juízes da Suprema Corte
dos últimos cinquenta anos, um quarto de nossos políticos, pessoas-chave nas Nações
Unidas e mais de cinquenta por cento dos pastores das maiores igrejas principais na
América são Maçons. A maioria são bons homens, sem saber que sua tarefa específica
é uma pequena parte de um "Grande Plano" para restabelecer um governo mundial - um
governo que os Maçons reivindicam ter sido destruído por Deus, na Babilônia.

Para o mundo em geral, no entanto, e em particular para os Cristãos, os Ma-


çons apresentam um rosto benevolente. A brochura Maçônica, To a Non-Mason: You
Must Seek Masonic Membership, ilustra isso:

Os maçons praticam caridade e benevolência e se esforçam para promover o


bem-estar humano. Em todo o mundo, os Maçons cuidam de seus irmãos indigentes,
viúvas e órfãos; mantêm familias: apoiam seus países-mãe em grandes guerras; ajudam
pesquisa médica, gerontologia, bancos de sangue, programas para jovens, reabilitação
militar; contribuem com bolsas e praticam a construção do caráter.

É surpresa que a Maçonaria possa usar a filantropia como escudo protetor, a


fim de esconder seus outros propósitos secretos? Se a integridade da Maçonaria é ques-
tionada, os Maçons só precisam apelar para suas atividades benevolentes, de modo a
silenciar os que duvidam.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Um exemplo dessa "estratégia benevolente" em ação está registrado no Con-


gressional Record - Senate, de 9 de setembro de 1987.80 A nomeação de um juiz para o
judiciário federal foi questionada no Comitê Judiciário do Senado, com base na filiação
do candidato na Maçonaria. Alguns perguntaram: "Poderia este Juiz, enquanto em um
cargo federal, tomar uma decisão imparcial quando ele pertence a uma loja Maçônica
que proíbe a adesão a uma determinada raça de pessoas?"

Os Maçons no Senado estavam estranhamente silenciosos até o debate pare-


cer estar se movendo a seu favor. Então, eles saíram da toca, defendendo a Maçonaria
com base na filantropia.

Vários dos senadores Maçônicos falaram. O Senador Simpson, do Wyoming,


disse: "É meu prazer manter o grau 33 na Maçonaria .... [Senador] Byrd afirma que dis-
tinção ... Quarenta e um membros do judiciário federal são atualmente Maçons ... eu
apenas digo que a Maçonaria neste país é o alicerce."

Então, o Senador Byrd, da Virgínia Ocidental, falou. "Tenho orgulho de ser Ma-
çom. Eu tenho sido um Maçom desde 1958 ou 1959 .... Eu sou um Maçom grau 33 ....
Espero que este horrendo preconceito contra os Maçons não volte a se erguer."

Finalmente, o Senador Thurmond, da Carolina do Sul, falou. "Eu acho que cer-
ca de metade dos membros do Comitê Judiciário são membros da ordem Maçônica. Eu
sou membro desde 1924 e, como foi afirmado pelo líder assistente aqui, Senador Simp-
son, a Maçonaria significa simplesmente pessoas que acreditam em Deus e amam seus
semelhantes. Em suma, é isso que significa."

Thurmond continuou. "Eu recomendo ao líder da maioria, que é um Maçom de


grau 33, Bob Dole, que é um Maçom de grau 33... Acho que os Maçons tem feito muito
bem ao mundo. Você tem que ser um Maçom antes de se tornar um Shriner e os Shri-
ners estão mantendo hospitais em todo o país, para tratar de crianças deficientes e curar
queimaduras, uma causa muito digna.

"Então, eu espero que a pergunta levantada sobre a Maçonaria, para tentar im-
pedir que alguém possa tornar-se um juiz, esteja agora finalmente resolvida, que isso
seja o fim e que nós não mais ouçamos sobre isso."

A estratégia benevolente funcionou. Os não-Maçons atordoados no Senado ca-


laram-se em suas objeções. A questão do preconceito racial dos Maçons foi abandona-
da. E o Maçom Juiz Sentelle foi unanimemente nomeado para o judiciário federal.

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Entre os negros, a participação de membros proeminentes de suas comunida-


des em lojas negras é suficiente para dissuadir muitos de qualquer suspeita ou dúvida
sobre o que pode estar por trás dos propósitos publicamente promovidos pela Maçonari-
a.

Mustafa El-Arnin, Muçulmano Negro, em Freemasonry, Ancient Egypt and the


Islamic Destiny (1988), publicou a seguinte lista de Maçons negros contemporâneos:
"Jesse Jackson, Candidato Democrata para Presidente dos Estados Unidos; Andrew
Young, Prefeito de Atlanta, Geórgia; Kenneth Gibson, ex-Prefeito de três mandatos na
cidade de Newark, New Jersey; o falecido Harold Washington, ex-Prefeito de Chicago,
Illinois; o Senador Estadual Julian Bond; o [ex] Juiz da Suprema Corte, Thurgood Mars-
hall; e, finalmente, Marion Barry (ex-Prefeita do Distrito de Columbia).”81

Em seu prefácio, El-Amin também identifica como Maçons negros, o Diretor


Executivo da NAACP, Benjamin Hooks; o Prefeito Thomas Bradley (Los Angeles); o
Congressista Louis Stokes; o Prefeito Coleman Young (Detroit); e John A. Johnson,
Editor da Revista Ebony and Jet.

Quando eu discuti minha pesquisa com pessoas que não eram Maçons nem
Cristãos, descobri que a maioria sabe da Maçonaria somente através dos Shriners e dos
Hospitais Infantis. No entanto, se as atividades humanas são o único propósito da Maço-
naria, por que as reuniões Maçônicas estão sempre envoltas em segredo e mistério?

Uma resposta a esta pergunta foi sugerida em 1954 pela Commodore G. S.


Oddie, da Força Aérea Britanica, no prefácio do livro do Dr. Meyrick Booth, Rudolph
Hess: Prisoner of Peace: "É quase impossível para o cidadão comum ficar suficiente-
mente familiarizado com fatos para julgar um caso. Ele sabe, no entanto, que o segredo
nunca foi e nunca será uma arma do bem, enquanto, mais sim do que não, é o distintivo
da marca do Mal. "82

Graus de Iniciação e Conhecimento


Como foi indicado, descobriu-se que os mistérios da Maçonaria nada têm a ver
com filantropia. O manto da benevolência da Maçonaria é um desvio para esconder
segredos conhecidos apenas por iniciados de alto grau. Eu discuti minha pesquisa com
alguns clientes de negócios e amigos que são Maçons. Como eu havia aprendido seus
cumprimentos e senhas Maçônicos, alguns falaram livremente, acreditando que eu tam-
bém era Maçom. Todos eram homens sinceros, honestos e patrióticos. A maioria deles
não acreditava no que eu havia descoberto, uma vez que eram da Loja Azul. Eles consi-
deravam seu envolvimento com a Loja uma comunhão saudável, não colocando muita
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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

importância com os segredos, afirmando que os juramentos absurdos são todos diverti-
dos.

O iniciado também acredita que está entrando em uma comunhão Cristã. Esse
entendimento é encorajado, não somente pela Bíblia sobre o altar, mas também pela
alegação Maçônica de que Jesus Cristo foi um Maçom. Um dos apelidos dado a um
Maçom é "Carpinteiro", que a Maçonaria Americana usa como prova de que Jesus era
um Maçom. Na verdade, aos Maçons da Loja Azul, é dito que Jesus, o Carpinteiro, man-
teve sua obrigação Maçônica (ou juramento) quando recusou-se a responder às pergun-
tas a Ele formuladas por Pôncio Pilatos.83

Nos primeiros três graus - o que é chamado de Loja Azul - o iniciado é informa-
do de que tudo na Maçonaria foi transmitido oralmente por milênios. Nada, dizem, está
escrito. Isso, claro, está longe da verdade. O que os Maçons usam em suas longas ceri-
mônias para perpetuar este mito da transmissão oral, é algo chamado de livro "ajuda de
memória codificada". Os "códigos" usados nesses livros são compostos de vários glifos e
abreviações, e são tão infantis que qualquer um pode quebrá-los em questão de minutos.

Se algum dos iniciados ou membros da Loja entrasse na biblioteca Maçônica


de sua própria loja, sua educação iria começar, pois ele iria descobrir que tudo sobre a
Maçonaria, desde o seu início, foi escrito por autores Maçons.

Os Maçons da Loja Azul que lhe dizem com toda a honestidade e sinceridade
que a Maçonaria é uma instituição Cristã, são confundidos quando lhes é mostrado, em
seus próprios livros, que a Maçonaria é uma religião pagã. O que eles não percebem,
inicialmente, é que eles foram intencionalmente enganados. O Maçom do 33o grau Albert
Pike, em Morals and Dogma, afirma que o engano aplicado aos membros dos primeiros
graus é algo deliberado.

Os Graus Azuis são apenas o pátio exterior ou pórtico do Templo. Parte dos
símbolos são exibidos para o Iniciado, mas ele é intencionalmente enganado por falsas
interpretações. Não se pretende que ele as compreenda; mas, sim, que imagine que as
entende ... e quem tentar abrir seus olhos, irá trabalhar em vão ...

Pike confirma o engano deliberado que a Maçonaria aplica em seus membros.


Para convencer um Maçom que ele não é um membro de uma instituição genuinamente
Judaico-Cristã é quase impossível. O Supremo Conselho Maçônico acredita que o enga-
no aplicado nos Maçons de graus inferiores é tão poderoso que ninguém pode "desen-
ganá-los", pois os induzem a esquecer ou mesmo negar o poder do Deus Todo-
Poderoso, Aquele que pode tirá-los do engano, se estudarem a Sua Palavra.

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De fato, ao nos voltarmos para as Escrituras, em João 18:20, observamos um


repúdio à heresia Maçônica de que Jesus foi um Maçom, pois Jesus diz: "Eu sempre
ensinei na sinagoga, e no templo, para onde os judeus sempre se ajuntam; e nada disse
em oculto". Em outras palavras, Jesus nunca fez o juramento Maçônico!

Os juramentos de sangue a que são submetidos os graus mais baixos para si-
lenciarem são, na realidade, sem sentido, porque os segredos que esses juramentos
escondem são triviais. O verdadeiro propósito dos graus mais baixos é manter uma
reserva para selecionar homens testados, aos quais, então, são confiados os segredos
mais profundos da subversão e da revolução, ensinados apenas para aqueles dos graus
mais altos. Os das classes mais baixas são usados apenas para disseminar propaganda,
com o propósito de alterar a opinião pública.

A Hierarquia Maçônica e a Conspiração


A pesquisa revelou que apenas a Hierarquia na Maçonaria - um grupo seleto
dentro do Conselho Supremo do 33º grau - tem pleno conhecimento da conspiração
Maçônica. Isto sempre foi essencial para esta hierarquia aumentar a participação Maçô-
nica nos baixos graus, enquanto ao mesmo tempo pode manter o novato ignorante.

A Maçonaria percebe que a consciência espiritual de um homem é acalmada


quando ele se junta a uma causa benevolente. A cortina de fumaça das atividades de
caridade ajuda os conspiradores. Com uma presunção tão bela, mas enganosa, de que a
Maçonaria faz o bem para a humanidade, o iniciado pode ser mantido ignorante, enquan-
to é levado mais fundo nos mistérios da Maçonaria Livre.

Começando com sua primeira iniciação, o novato é compelido a uma inquestio-


nável e cega obediência a seus superiores invisíveis. O falecido Grão-Mestre Robert
Morris confirma no livro maçônico Webb's Monitor que “Certo ou errado, a própria exis-
tência do iniciado como Maçom depende de sua obediência aos poderes imediatamente
acima dele."85

O ex-Maçom do grau 33 Jim Shaw, co-autor de The Deadly Deception, declara


em seu testemunho gravado, Degrees of The Adepts, que "À medida que se progride na
Maçonaria, seja no Rito Escocês, ou no Rito de York, você é estreitamente observado, e
é informado disso nos Graus Azuis."86

Com o juramento de sigilo feito pelos membros em cada grau, os conspiradores


se asseguram de que o silêncio é mantido dentro e fora da Loja.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A princípio, o Maçom obedece a sua obrigação de guardar sigilo com amor e


lealdade à Ordem. À medida que ele sobe os graus e é gradualmente "iluminado", ele
mantém seus juramentos, porque tem o privilégio de conhecer um segredo que somente
os "dignos" têm o direito de conhecer. Finalmente, os Maçons mantêm seu juramento de
silêncio por medo de represálias, caso exponham a verdade. Tal medo, muitas vezes,
silencia os Maçons que se afastaram da Loja (alguns dos quais eu conheço). Em ambos
os casos, um Maçom mantém o silêncio sob pena de morte, de acordo com o juramento
pelo qual ele se obriga.

Obviamente, a maioria dos Maçons não percebe que é manipulada. Alguns, tão
altos como o 32º grau, permanecem ignorantes da intriga da Maçonaria, especialmente
aqueles que passam pelos graus mais elevados em um a três dias. Como esses homens
podem possivelmente perceber que estão sendo enganados? Esses Maçons geralmente
são membros "portadores de carteirinha", raramente freqüentando a Loja, mas pagando
suas anuidades.

Alguns altos Maçons, membros do 30º ao 32º grau, revelam certos conheci-
mentos da conspiração, através de suas próprias palavras e ações. Eles não são Ma-
çons “portadores de carteirinha”, pois conseguiram passar pelas "cadeiras", um processo
em que se tornam governantes, sacerdotes ou homens sábios na Loja. Tal processo
pode levar cerca de 20 anos, tempo suficiente para “iluminá-los” para a "verdade" da
Maçonaria.

Essa "verdade", no entanto, pode ter uma das dez interpretações da Maçonaria
– uma interpretação que seus instrutores de grau superior tinham previamente determi-
nado para eles, enquanto ainda estavam na Loja Azul. Lembre-se que o Maçom de grau
33, Jim Shaw, disse que cada Maçom é "observado de perto" na Loja Azul. Shaw quer
dizer que cada iniciado é, a princípio, observado para determinar qual interpretação
possa aceitar. Se não, ele fica na Loja Azul. Mas, se o iniciado demonstra interesse em
avançar para graus mais elevados, a ele é determinado de antemão o que lhe será ensi-
nado.

Por exemplo, se o iniciado é um clérigo, lhe será ensinada uma interpretação


espiritual, enquanto a um que aspira ser político, ser-lhe-á ensinada uma interpretação
política. Se o iniciado for um Judeu, Hindu ou Cristão, lhe será ensinada uma interpreta-
ção compatível com sua religião particular. E se o iniciado é um comunista, ele aprende-
rá uma interpretação diferente da de um democrata.

Existem dez interpretações da Maçonaria. E uma vez que o Maçom chega ao


33º grau, a interpretação que ele aprendeu permanece com ele por toda a vida. Portanto,
a Hierarquia na Maçonaria (o Conselho Supremo do 33º grau - aproximadamente 5.000

48
_________________________________________________________________PREFÁCIO

ao todo) não têm uma única opinião quanto à verdadeira Maçonaria. De fato, como a-
prenderemos mais tarde, dentro do Conselho Supremo existe ainda outra sociedade
secreta, composta de aproximadamente 300 homens, que, na verdade, governam o
mundo da Maçonaria e, finalmente, o mundo como um todo. São eles que possuem a
verdadeira interpretação - uma interpretação que será discutida em um capítulo futuro.

Esses homens são a verdadeira "Mão Oculta". Acredita-se que eles estejam
espiritualmente em sintonia com o Grande Arquiteto do Universo que, como vimos, não é
o Deus dos Cristãos. Assim, o Adversário trabalha no reino espiritual da mesma maneira
como o Deus Todo Poderoso - através de homens e mulheres mortais. A única diferença
é que a atividade do Adversário é uma atividade injusta.

Pregação Maçônica e Propaganda


As cerimônias nas reuniões da loja - excluindo iniciações - são semelhantes
aos serviços das igrejas Protestantes. Hinos Maçônicos são cantados e um sermão é
ministrado.

O sermão tem um lugar especial na vida Maçônica, pois é o meio pelo qual o
pensamento Maçônico é inculcado nos membros. É também o meio pelo qual tal pensa-
mento é disseminado pela comunidade maior em que cada loja existente.

A importância dos sermões Maçônicos é explicada por Copin Albancelli, um


Maçom Francês especialista em ocultismo. Albancelli é citado pelo cardeal Caro e Rodri-
guez, Arcebispo de Santiago, Chile, emseu livro The Mystery of Freemasonry Unveiled:

O que eu tenha feito na Maçonaria? É uma questão que o leitor deveria pergun-
tar a mim. É, na verdade, o que sempre se ouve: “O que é feito nas reuniões Maçôni-
cas?" A resposta é tão simples que surpreende sempre quem a ouve pela primeira vez.
Nas reuniões Maçônicas, começa-se ouvindo os sermões, e depois a proferí-los.

Suas lojas são lugares onde se é pregado e onde se prega, e nada mais. Se
esta resposta foi capaz de surpreender o leitor no início de nosso estudo, não deveria
fazê-lo agora. Aquele que tenta entender as sugestões do oculto poder que reside no
espírito da Maçonaria, tem apenas um meio à sua disposição, ou seja, o sermão.

Sobre o que esses sermões são baseados? Sobre dois temas principais que gi-
ram incessantemente para todo propósito e para nenhum propósito.

49
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Primeiro tema: a Maçonaria é uma instituição sublime, sagrada e santa. Ela é a


iniciadora eterna de tudo o que é justo, bom e grande na humanidade.

Segundo tema: Essa associação, tão elevada, tão respeitável, tão venerável,
tem um inimigo. Esse inimigo é o Cristianismo. Como se chega a tal conclusão? Já que o
Cristianismo é o inimigo da Maçonaria, torna-se inimigo de todas as grandes causas
pelas quais ela pretende dedicar-se. Consequentemente, se eles [os Maçons] realmente
amam essas grandes causas, é necessário que combatam o Cristianismo.

Essas são as duas idéias embrionárias que servem como uma articulação para
os ensinamentos Maçônicos. Essas são as duas sugestões que o Poder Ocultista deseja
implantar a todo custo nas mentes dos membros, as duas ideias que se pretende lhes
impor, para o bem ou para o mal, até ao ponto em que aqueles que se recusam a aceitá-
las são definitivamente expulsos da Maçonaria. Isso, acima de tudo, deve servir de base
para todo o resto.

Em torno disso, existem estudos em comum, na forma de palestras e discus-


sões, em que os membros são encorajados e que lidam com questões políticas e sociais
etc. 88

Conforme relatado por Albancelli, os dois temas do sermão Maçônico podem


ser reduzidos em apenas um: a exaltação e veneração da Maçonaria sobre o Cristianis-
mo, que é considerado como o "inimigo". Tal tema ou entendimento é verdadeiramente o
produto de um "Poder Oculto". E é claro que o seu tema, em seguida, informa todos os
estudos, palestras e discussões de "questões políticas e sociais".

O processo de sermão da Maçonaria é, de fato, um modo muito pragmático e


efetivo de espalhar a propaganda - uma propaganda de origem demoníaca.

A obrigação do Maçom comum de disseminar os ensinamentos Maçônicos em


sua comunidade é incorporada na cerimônia Maçônica. Por exemplo, as observações
dadas ao candidato, após a conclusão do 13º e último grau dos Cavaleiros Templários
do Rito de York, em que o Maçom é instruído a espalhar a propaganda Maçônica em sua
comunidade. A seguinte passagem em In-Hoc-Signo-Vinces, um livreto de auxílio à
memória codificado, de autoria de C. Gavitt (1894), estabelece essa obrigação:

Nesta ocasião, permita-me, Cavaleiro, lembrá-lo do seu mútuo compromisso,


nossos laços recíprocos; para qualquer que seja a sua situação ou classificação na vida,
você pode encontrar aqueles em posições similares, que se dignaram e foram úteis para
a humanidade. Você é, portanto, chamado a cumprir todas as suas dívidas [para com a

50
_________________________________________________________________PREFÁCIO

Maçonaria] com fidelidade e paciência, seja no Campo [militar], no Senado [político], na


Bancada [juiz], no Tribunal [advogado], ou no Santo Altar [pastor] 89

Esta amostra de uma "acusação Maçônica" confirma que os Maçons são obri-
gados ("em dívida") a levar o pensamento Maçônico em sua vocação, seja qual for.
Assim, a "mensagem" ouvida na Loja é rapidamente divulgada em toda a comunidade,
assim que os Maçons retornam das reuniões para suas ocupações diárias. Desde que
cada Maçom fez um juramento de segredo para nunca divulgar o que acontece dentro da
reunião da Loja, nenhum estranho fica ciente de onde essas "opiniões" se originam.
Desta forma, o pensamento Maçônico influencia, infecta e molda a "opinião pública".

Tão mortal quanto os sermões pregados nos templos Maçônicos, é a centená-


ria publicação mensal do Conselho Supremo do Rito Escocês Maçônico, New Age Ma-
gazine, cujo título foi mudado em 1990 para The Scottish Rite Journal, depois de ter sido
exposto por Paul Fisher em Behind The Lodge Door (1988), como sendo anti-Cristão,
anti-Igreja, e anti-família.

De acordo com o artigo, The New Age Dawns, de outubro de 1959, a revista
mensal New Age é geralmente reconhecida como a mais influente publicação Maçônica,
amplamente lida no mundo. Na edição de janeiro de 1980, o artigo “Report of the
Committee on Publications”, afirmou que "As edições mensais da New Age, se combina-
das, apresentariam um bom resumo da filosofia do Rito Escocês em ação."92 Desta for-
ma, o leitor Maçônico fiel absorve a filosofia Maçônica regularmente.

E qual é a filosofia que a revista promove? No artigo "Por que você está aqui
ocioso?”, publicado na New Age, em março de 1959, aprende-se que todo Maçom torna-
se o professor da "filosofia Maçônica para a comunidade", e que a Maçonaria é "a missi-
onária da nova ordem - uma ordem Liberal ... na qual os Maçons se tornam sumo sacer-
dotes."93

Quando uma questão local, estadual ou nacional está diante do público, o jor-
nalista, o juiz, o advogado, o legislador, o político, o empresário ou (Deus me livre) o
pastor Cristão, que foram programados na Loja Maçônica, assim como pela leitura con-
sistente da revista New Age, estão preparados em como devem reagir ao assunto em
questão.

Ao usar "cavaleiros" Maçônicos leais, o Supremo Conselho Maçônico dissemina


uma agenda de formação de atitude, à medida que seus membros carregam opiniões
inspiradas na Loja e levadas às suas comunidades, através de seus empregos e voca-
ções diárias. Assim, informações ou opiniões que a Maçonaria deseja propagar permei-
am todos os níveis da sociedade. Não-Maçons, influenciados pela maré da "opinião

51
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

pública", começam a papaguear as mesmas doutrinas. Finalmente, a opinião Maçônica


ou versão de eventos é aceita pelo público como "verdade", pois a verdade, hoje, é me-
dida pelo que é percebido como sendo a opinião da maioria.

A Decepção dos Cristãos


Que os Cristãos, mesmo pastores, podem ser profundamente enganados ou
comprometidos pela Maçonaria está caracterizado pelo número de pastores de Igrejas
Cristãs que são Altos Maçons.

A seguinte defesa da Maçonaria, oferecida pelo Rev. Forrest D. Haggard, um


Maçom do 33º grau e autor do livro The Clergy and The Craft, ilustra como a Maçonaria
pode cooptar o Cristianismo de seus membros e usar cristãos autoproclamados para
seus próprios fins. As credenciais Maçônicas de Haggard são impressionantes e ele é
um orador Maçônico respeitado. A seguir, ele aborda o assunto "Maçonaria Sob Ataque”.
O texto apareceu no Texas Mason (Summer, 1990):

Nos últimos dois anos, eu escutei, assisti na TV ou li todos os programas, arti-


gos e itens sobre o movimento anti-Maçônico moderno; isso chamou minha atenção.

Foi bom para mim. Eu reexamei minha própria participação em todos os meus
compromissos "além da Igreja".

Eu cheguei a uma decisão considerada de que a Maçonaria não é agora, e


nunca tem sido, prejudicial à minha fé e doutrina cristãs. De fato, meus relacionamentos
fraternais se fortaleceram e me ajudaram no meu ministério, bem como na minha vida e
fé pessoais.

Nós [Maçons] não temos "uma só voz", nem um líder, nem um ritual. Nossos
críticos escolhem suas citações ou dramatizações oriundas de qualquer época, fonte ou
suprimento que atendam às suas necessidades particulares.

Podem sempre justificar a sua posição, com base na sua própria interpretação
de sua Fonte, como a Palavra.

É perturbador que os oponentes da Maçonaria estejam, de fato, atacando aqui-


lo que é suportado pela fé Cristã.

52
_________________________________________________________________PREFÁCIO

Os líderes anti-Maçônicos "Cristãos" não são apenas imprecisos em seu ataque


à Maçonaria, mas eles estão, na minha opinião, fazendo um ataque muito mais sério à fé
Cristã basilar, sob cuja bandeira afirmam operar.

Onde a Maçonaria tem instruido seus candidatos em sua história, propósito e


intenção, e onde uma loja local está agindo sobre seus negócios com orgulho e dignida-
de, muito pouco há que grupos anti-Maçônicos possam fazer para destruir o Ofício.94

O fato mais interessante desse testemunho da Maçonaria vinda de um pastor


Cristão é que o Rev. Haggard nunca testifica a sua fé em Jesus Cristo, nem menciona o
Nome do Salvador, nem seu papel mediador. Haggard afirma, inflexivelmente, que os
Maçons "não têm uma voz, nem um líder, nem um ritual!"

O Cristianismo, por outro lado, tem uma Voz, um Líder e um ritual! Todos os
três estão centrados em Jesus Cristo. E a comunhão com nosso Salvador está no corpo
formado pelos crentes que são a Igreja, não em um templo pagão com aqueles que
adoram outros deuses. Rev. Haggard também fala de uma "fé pessoal", mas não dá
nenhuma pista sobre quem ou em que essa fé está apoiada. Ele afirma que a Maçonaria
não é prejudicial à sua crença Cristã, mas falha em articular o que é essa crença. Além
disso, ele rebate os críticos que se baseiam na Palavra de Deus.

Devemos, com toda devoção à caridade e à verdade cristãs, perguntar ao Rev.


Haggards e outros Maçons como eles interpretariam a seguinte Palavra de Deuteronô-
mio 13: 6-8: Se teu irmão, filho de tua mãe, ou teu filho, ou tua filha, ou a mulher do teu
amor, ou teu amigo que amas como à tua alma te incitar em segredo, dizendo: Vamos e
sirvamos a outros deuses, que não conheceste, nem tu, nem teus pais, dentre os deuses
dos povos que estão em redor de ti, perto ou longe de ti, desde uma até à outra extremi-
dade da terra, não concordarás com ele, nem o ouvirás; não olharás com piedade, não o
pouparás, nem o esconderás,...

Não importa quão eloqüentemente um pastor Maçônico defenda a Loja, quando


está claro, pela Palavra de Deus, que a Maçonaria é uma falsa religião, de sigilo e se-
gredos, decepções e falsos deuses, bem como que a comunhão com pessoas dessa
religião é estritamente proibido. A pessoa que falha em ouvir a advertência de Deus pode
ser enganada para adorar falsos deuses.

Escarlate e a Besta: em três volumes


Scarlet and The Beast irá examinar mil e quinhentos anos de política, finanças
e intriga espiritual entre dois poderes conspiratórios. Como um investigador experiente,
53
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

examinei as evidências circunstanciais, avaliei-as de acordo com fortes evidências e


combinei o que é relevante com fatos sólidos, para desenvolver uma história que foi
intencionalmente escondida por um milênio e meio.

Você tem a oportunidade de avaliar estas evidências e compará-las com o que


a profecia Bíblica confirma que irá acontecer nos últimos dias.

O Volume I é intitulado “Uma História da Guerra entre as Maçonarias Inglesa e


Francesa”. Este livro irá traçar cada poder oculto, enquanto trabalha separadamente para
o domínio do mundo. Iremos examinar as quatro grandes revoluções políticas que cada
uma delas gerou: a Revolução Gloriosa na Grã-Bretanha (1688), a Revolução Americana
(1776), a Revolução Francesa (1789) e a Revolução Russa (1917). Vamos abordar tam-
bém suas atividades através das duas Guerras Mundiais. Finalmente, vamos examinar a
Palavra de Deus para ver o que Seus profetas dizem sobre a Maçonaria e o Império da
Besta, que irá surgir nos últimos dias.

O Volume II é intitulado “Maçonaria Inglesa, Mãe dos Cultos Modernos”, ou


“Babilônia Misteriosa, Mãe das Prostitutas”. Vamos viajar de volta para os patriarcas da
antiga Babilônia, de onde vem as raízes da Maçonaria. Vamos discutir Ham, Cush, Nim-
rod, e sua esposa Semiramis, e examinar como as cerimônias da Maçonaria estão liga-
das aos cultos de adoração da fertilidade da Babilônia de deuses masculinos e femini-
nos. Vamos aprender porque a religião Babilonica se escondeu e por que continua hoje
em sociedades secretas como a Maçonaria.

O volume III tem como título “A Maçonaria Inglesa, os Bancos e o Comércio Ile-
gal de Drogas”. Este volume coloca a taça das abominaçoes da prostituta diretamente
nas mãos da Maçonaria Inglesa. Vamos aprender como e porque as drogas foram usa-
das em todas as religiões de mistério orientais, e traçar o envolvimento da Maçonaria
Britanica na guerra do ópio contra a China. Este livro examinará o papel da Maçonaria
Inglesa como financiadora do tráfico mundial de drogas e lavagem de dinheiro, e o papel
da Maçonaria Francesa no tráfico mundial de drogas. Examinaremos a terrível perspecti-
va da destruição nuclear de Londres pela Besta, e como depois a Besta irá marcar o
mundo.

54
_________________________________________________________________PREFÁCIO

Retrato de Albert Pike

Retrato de Albert Pike, Maçom do 33° grau, conforme mostrado na capa de seu
livro Morals and Dogma. Pike, que viveu de 1859 a 1891, ocupou simultaneamente as
posições de Grão Mestre do Diretorio Central da Maçonaria do Rito Escocês, em Wa-
shington, DC, Soberano Grande Comandante do Conselho da Maçonaria do Rio Esco-
cês, Jurisdição Sul, em Charleston, SC e Soberano Pontífice da Maçonaria Universal.

55
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Símbolo de Baphomet
Note o símbolo de Baphomet em torno do pescoço de Albert Pike (superior es-
querdo) e no chapéu de Henry C. Clausen (superior direito), antigo Soberano Grande
Comandante do Conselho da Maçonaria do Rio Escocês, Jurisdição Sul, em Charleston,
SC. Ao centro, está o mesmo símbolo, usado pelo satanista e Maçom do 33° grau Aleis-
ter Crowley onde assinava seu nome “Baphomet X”.

General Albert Símbolo de Baphomet Henry C. Clausen


Pike

Note o símbolo
de Baphomet no
cabeçalho de uma
correspondência
oficial do Soberano
Grande Coman-
dante do Supremo
Conselho, Henry C.
Clausen, ao lado.

Em Morals and Dogma


(pag. 734), Albert Pike
define Baphomet como “o
bode hermafrodita de
Mendes”. A cabeça do
bode de Mendes é tam-
bém mostrada na Estrela
Oriental invertida. Bapho-
met é um símbolo univer-
sal de satanás.

56
ESCARLATE
E

A BESTA
VOLUME 1

O adversário do Deus Todo-Poderoso está manipulando eventos para trazer o


seu tão desejado governo universal do Anticristo. Sua luta pelo domínio do mundo come-
çou no Éden, onde ele sussurrou seus planos para Adão e Eva. Dentro de dois milênios,
Satanás tem capturado a todos, menos oito da raça Humana - Noé e sua esposa, seus
três filhos e suas esposas. Deus parou a tentativa de Satanás para o globalismo com um
dilúvio universal.

Depois do Grande Dilúvio, Satanás tentou na Babilônia restabelecer o globalis-


mo, mas Deus o impediu novamente. Satanás, então, levou sua conspiração para o
subterrâneo. Ficou conhecido como a Babilônia Misteriosa.

O plano clandestino do adversário ainda está sendo dirigido por trás das portas
das lojas das religiões de mistério, hoje, das quais a mais poderosa é a Maçonaria. Aqui
podemos encontrar os planos da Babilônia para inaugurar um governo mundial sem
deus.

A Maçonaria planeja um Império Universal, o mesmo falado pelos profetas Da-


niel e João. Neste livro, vamos revelar seus planos.

57
ESCARLATE
Dinastia Merovingia (496 A.D.)
|
Priorado de Sião (1090)
|
Rosicrucianismo (1188)
|
MACONARIA INGLESA (1600s)
|
Grande Loja Unida (1717)
(Mãe de todas as sociedades secretas e cultos modernos)
|
Rica e Abastada
|
de Direita
|
Deista / Panteista / Nova Era
|

Aristocracia Constitucional Classe Média e acima Pró-negócios


| | Capitalista
Monarquia Financistas Monopolista
Reis I |
Lordes Barões de terra Corporações
Contas corporativas profissionais multinacionais
Socialismo Banco Mundial
Barões FMI / BIC
Etc. Financistas da droga

Dominação: Grã-Bretanha; Canadá; EUA (nordeste); maioria dos países orientais;


Hong-Kong; Australia; e Africa do Sul.

58
A BESTA
Dinastia Merovingia (496 A.D.)
|
Priorado de Sião (1090)
|
Cavaleiros Templários (1118)
|
MACONARIA FRANCESA (1725)
|
Grande Loja Francesa (1743) – Grande Oriente Frances (1772)
(também conhecidas como Continental ou Maconaria Latina)
|
Pobre
|
de Esquerda
|
Ateista
|

República do Proletariado Abaixo da Classe Média Anti-negócios


| | |
Democratica Trabalhador comum Sindicatos
Socialista Alguns profissionais Crime organizado
Comunista Alguns ricos Carteis da droga

ominação: Continente da Europa; EUA (sul e oeste); antiga URSS; Ilhas do Paci-
fico; Filipinas; América Latina e do Sul; Africa (tem tomado recente-
mente a Africa do Sul).

59
60
Capítulo 1
O CONFLITO: PRIORADO DE SIÃO X CAVALEIROS
TEMPLÁRIOS
As sociedades secretas, em virtude de seu sigilo, freqüentemente mantêm os
historiadores à baila, e estes, relutantes em confessar sua ignorância, preferem diminuir
a conseqüência do respectivo assunto. Maçonaria é de importância vital para qualquer
história social, psicológica, cultural ou política da Europa do século XVIII, e até mesmo
para a fundação dos Estados Unidos; mas a maioria dos livros de história nem sequer a
menciona. É quase como se houvesse uma política implícita: se algo não pode ser exa-
ustivamente documentado, deve ser irrelevante e, portanto, não vale a pena discutir.

Investigadores do Santo Graal 1

As Maçonarias Francêsa e Inglêsa, como as conhecemos hoje, encontram seus


inícios em duas organizações da Idade Média - o Priorado de Sião e a Ordem dos Cava-
leiros Templários.

O que se segue é a fascinante, embora, às vezes, a história é complicada e


obscura, de como essas duas sociedades secretas seculares anti-Cristãs modernas –
Maçonarias Inglêsa e Francêsa – desenvolveram-se a partir de dois grupos que tinham
raízes no ocultismo. Veremos como o Priorado de Sião desejava governar o mundo a
partir do trono de Davi, em Jerusalém, através de sua linhagem Judaica Merovíngia
falsificada e como sua própria criação, os Cavaleiros Templários, ultrapassou seu papel
de polícia e protetor de Sião para os mestres financeiros da Europa medieval. Vamos
traçar a aliança de Sião e dos Templários, sua disputa pela descoberta dos tesouros de
Salomão, e as terríveis intrigas que se seguiram, as quais levaram à ruína dos Templá-
rios em sua luta por riqueza, poder e política.

Vamos revelar as crenças desses dois grupos: que Jesus teve filhos de Maria
Madalena; que um deus espiritual do bem (Satanás) luta contra um deus material do mal;
que Lúcifer, não Jesus, merece adoração; que uma "lança do destino" (mais tarde procu-
rada e possuída por Hitler) permite ao detentor governar o mundo. Também, apresenta-
remos dados sobre o paradeiro da riqueza do rei Salomão, o plano de um dia devolvê-la
a Jerusalém, e revelar que o objetivo final desses dois grupos é o governo mundial e que
seus descendentes, as Maçonarias Inglesa e Francesa, desejam o mesmo.

61
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A Trilha Histórica: O Priorado de Sião e o Santo Graal


Em 1982 e 1986, três autores revisionistas seculares, Michael Baigent, Richard
Leigh e Henry Lincoln publicaram Holy Blood, Holy Grail, seguido de The Messianic
Legacy. Esses dois livros revelam, dramaticamente, uma ordem secreta estruturada à
maneira da Maçonaria, e fundada na Europa doze séculos antes da Grande Loja ser
oficialmente formada, em 1717. Essa ordem protege o Santo Graal e a linhagem sanguí-
nea dos Merovíngios, que transportou a Babilonia Misteriosa para a Igreja Católica, em
496 A.C.

O Santo Graal, é claro, é o chamado copo no qual Jesus bebeu a Última Ceia.
Os Merovíngios, donos do Santo Graal, ensinam que Jesus foi pai dos filhos de Maria
Madalena. Os Merovíngios afirmam serem descendentes dessa "santa" união e, como
tal, afirmam que são Judeus da linha Davídica.

Em Apocalipse 17:3-5, o apóstolo João descreve uma visão na qual o Rev. J.


R. Church, em Guardians of The Grail, acredita que estar cumprida na lenda do Graal. A
Prostituta da Babilônia está segurando na mão um cálice de ouro cheio de blasfêmia. A
Igreja acredita que o cálice é o blasfemo Santo Graal.

Outro elemento da lenda do Graal é a lança que supostamente perfurou o lado


de Jesus, também conhecida como a lança de Longinus ou a lança do Destino. Quem
possui esta lança, diz a lenda, vai governar o mundo. Os Merovíngios, cujos descenden-
tes são os pretendentes de Habsburg ao trono austríaco hoje, estão em posse da lança,
a qual está em exibição no museu de Habsburg em Viena, Áustria. No entanto, ninguém
sabe a localização do Santo Graal. Pelo menos ninguém o diz.

Embora herética, essa sociedade secreta não deve ser descartada, pois está
viva e bem, hoje. De fato, em 1956, uma Ordem que se autodenomina Prieure de Sion,
ou Priorado de Sião, registrou-se publicamente pela primeira vez no governo Francês. É
dessa ordem que se origina a lenda do Santo Graal, cinco séculos após a morte de Cris-
to. Rev. Church observa desta organização:

Atualmente, este misterioso grupo é composto por mais de 9.000 homens, in-
cluindo Protestantes, Católicos Romanos, Judeus e Muçulmanos. Os membros desta
seita secreta devem ser considerados infiéis às suas respectivas crenças, pois, na reali-
dade, não são nem Cristãos nem Católicos, não são Judeus nem Muçulmanos. A doutri-
na deles evita os princípios básicos dessas crenças e os substitui pelos ensinamentos de
seu maior profeta - a quem eles acreditam ser Buda.2

62
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

Desta ordem secreta, J. R. Church acredita que virá o Anticristo, pois ele escre-
ve:"O objetivo final deles é o governo mundial!" 3

Documentação: Pergaminhos Antigos


do Priorado de Sião
Os adeptos do governo de Sião são conhecidos como "Nautonniers", signifi-
cando navegadores, pilotos ou timoneiros. O dever deles é dirigir o curso traçado pelo
Priorado de Sião. Um Nautonnier está vivo o tempo todo e outro sempre está sendo
preparado para tomar seu lugar. Vamos nos referir a esses Nautonniers como Grão-
Mestres.

"Em 1982, o Grão-Mestre de Sião era um homem chamado Pierre Plantard, de


acordo com os autores de Holy Bood, Holy Grail. No Legado Messiânico, esses autores
entrevistaram Plantard, que lhes disse que o Priorado de Sião "realmente possuía o
tesouro perdido do templo de Jerusalém. Seria devolvido a Israel, ele disse, na hora
certa.”4

Antes de 1956, nenhum "estranho" já ouvira falar do Priorado de Sião. No en-


tanto, como os autores de Holy Bood, Holy Grail em 1982 escreveram:

Desde 1956, uma quantidade de material relevante foi deliberada e sistemati-


camente "vazada" de maneira fragmentada, parte por parte. O máximo que esses frag-
mentos pretendem, implícita ou explicitamente, é emitir de algumas fontes "privilegiadas"
ou “internas''. A maioria contém informações adicionais, que complementam o que foi
conhecido antes e, portanto, contribui para o quebra-cabeça geral. Nem a importância
nem o significado do quebra-cabeça geral ainda foi esclarecido. Em vez disso, cada novo
trecho de informação fez mais para intensificar do que dissipar o mistério. O resultado
tem sido uma rede sempre crescente de alusões sedutoras, dicas provocantes, referên-
cias cruzadas sugestivas e conexões. Em confronto com os dados disponíveis agora, o
leitor pode sentir que está sendo enganado – ou engenhosa e habilmente conduzido de
uma conclusão à outra, por sucessivas cenouras balançando diante do nariz.

E, subjacente a tudo isso, está a constante e penetrante intimação de um se-


gredo - um segredo de proporções monumentais e explosivas.5

Os autores de Holy Bood, Holy Grail iniciaram uma investigação de dez anos
que os levou por toda a Europa. Os resultados de sua investigação causaram espanto-
sas repercussões. Um exemplo é a trilogia de Hollywood, Indiana Jones, baseada em

63
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

sua pesquisa. Os espectadores reconhecerão Caçadores da Arca Perdida, o Templo de


Perdição e A Última Cruzada.

Os documentos mais importantes descobertos pelos autores sobre o Priorado


de Sião veio da Grande Loja Alpina, a Loja Maçônica Suprema da Suíça - o equivalente
suíço da Grande Loja, em Londres e da Loja Grande Oriente, na França. Esses docu-
mentos denominados de O Dossiê, secretamente falam de um padre Católico chamado
Berenger Sauniere, que também era Maçom. Mas esta Maçonaria, observam o autores,
"diferiam da maioria das outras formas por serem Cristãs, Herméticas e aristocráticas ".6

Esta descrição corresponde à de uma Ordem Rosacruz fundada em 1873, à


qual Sauniere se juntou. Em 1 de junho de 1885, Sauniere foi destacado para uma pe-
quena paróquia no vilarejo de Rennes-le-Chateau, no sul da França. Oito séculos antes,
em 1059, a igreja da vila de Rennes-le-Chateau foi consagrada a Maria Madalena, a
santa padroeira do sul da França.

Na época da designação de Sauniere, a igreja precisava de reparos e, em


1891, Sauniere embarcou em uma restauração modesta. Relatam os autores de Holy
Bood, Holy Grail: "No curso de seus esforços, ele removeu a pedra do altar, que repou-
sava sobre duas colunas Visigodas arcaicas. Uma dessas colunas estava oca. Dentro
dela, o padre encontrou quatro pergaminhos preservados em tubos de madeira selados.
Diz-se que dois desses pergaminhos compreendem genealogias, uma datada de 1244, a
outra de 1644."7

A Linhagem do Anticristo
Esses pergaminhos continham uma lista de Grão-Mestres de ambos, Os Cava-
leiros Templários e o Priorado de Sião, bem como uma história da linhagem Merovíngia.
O título de um dos documentos estava cifrado e, quando traduzido, dizia: "Para o Rei
Dagoberto II e para Sião pertence esse tesouro e ele está morto."

A pesquisa realizada pelos autores de Holy Bood, Holy Grail, foi principalmente
centrada em torno da autenticação dessas genealogias. Eles descobriram que os Dos-
siês Secretos, catalogados na Loja Maçônica Alpina, eram incrivelmente precisos. Suas
investigações revelaram o que a história secular esqueceu ou intencionalmente reteve.

64
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

A Babilonia Misteriosa entra na Igreja Católica


Uma avaliação Cristã complementar e corretiva do que esses pesquisadores
têm descoberto é fornecido pelo Rev. J. R. Church em seu Guardians of The Grail.
Church escreve:

De acordo com os princípios da organização [Priorado de Sião], Jesus Cristo


não morreu no Calvário - mas apenas fingiu morrer, foi tirado da cruz, furtado do túmulo,
e acreditava-se que se casou com Maria Madalena e até teve filhos com ela.

Eles afirmam que quando os Romanos destruíram o Templo em Jerusalém, em


70 d.C., Madalena fugiu com seus filhos sagrados de barco pelo Mediterrâneo para a
França. Lá, ela encontrou refúgio em uma comunidade Judaica. Dizia-se que filhos de
sua descendência se casaram com a família real francesa e até o quinto século produziu
um rei.

O nome dele era Merovee. Ele foi o primeiro de uma série de reis, chamados de
linhagem Merovíngia. Diz-se que os filhos de Merovee foram marcados por um sinal de
nascença acima do coração - uma pequena cruz vermelha. Esse símbolo acabou se
tornando o emblema dos Guardiões do Graal.

Merovee, rei dos francos de 447 a 458 d.C., era um adepto do culto religioso de
Diana. Seu filho, Childeric I (458-481 dC), praticava bruxaria. O filho dele, Clóvis I (481-
511 d.C.) adotou o Cristianismo em 496 d.C.

Em 496 d.C., o Bispo de Roma fez um pacto com Clovis, neto de Merovee, e rei
dos francos, chamando-o de "Novo Constantino", dando-lhe autoridade para presidir um
império Romano "Cristianizado". (O termo "Santo Imperio Romano" não foi usado ofici-
almente até 962 d.C). Os chamados filhos de Maria Madalena foram assim estabelecidos
como líderes do império.8

Rev. Church acredita que a linhagem Merovíngia e seu protetor, o Priorado de


Sião, é um braço da Babilonia Misteriosa, se não a própria Escarlate. A religião deles não
é nova, mas antes, o reavivamento da antiga religião na Babilônia, alterada para enganar
a Igreja.

Inicialmente, o Vaticano estava ignorante a respeito da heresia do "Sangue Sa-


grado" que havia entrado na Igreja. Com o tempo, isso seria descoberto, com uma tenta-
tiva de extirpá-la. Mas os Merovíngios secretamente comprariam seu caminho de volta à
Igreja Romana através de simonia, a prática de comprar ou vender compromissos ecle-
siásticos, perdões e benefícios. A palavra "simonia" deriva de Simon Magus, um Samari-
65
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

tano que tentou comprar dos apóstolos Pedro e João o poder de conferir o Espírito Santo
(Atos 8: 18-19).

J. R. Church traça a linhagem desses reis Merovíngios, documentando que a


maioria da realeza européia descende dessa linhagem, incluindo a dinastia Habsburg e a
atual realeza da Espanha.9

Hoje, doze famílias reais da Europa têm sangue do Graal.10 Alegando serem
descendentes de Jesus Cristo e Maria Madalena, eles acreditam serem Judeus da linha-
gem de Davi. Entre seus muitos nomes nobres, está o título "Rei de Jerusalém", o qual
lhes foi dado na conclusão bem-sucedida da Primeira Cruzada. Rev. Church acredita que
esse título, é claro, trata-se de uma blasfêmia. De fato, eles são usurpadores da linha
Davídica.11

Jesus Cristo fala de tal heresia em Apocalipse 3: 9, onde admoesta a Igreja de


Filadélfia, a qual representa a história da Igreja desde, aproximadamente,1750 a 1900:
"Eis que farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não o são, mas
mentem, - eis que farei que venham, e adorem prostrados aos teus pés, e saibam que eu
te amo.”

A Vida Secreta de Dagobert II


Em 1891, quando o Maçom Sauniere descobriu os pergaminhos contendo o
Dossie Secreto do Priorado de Sião, em Rennes-le-Chateau, um estava com a inscrição:
"Para o Rei Dagobert II e para Sião pertencem este tesouro e ele está morto."

A história fala de Dagobert I e Dagobert III, mas silencia quanto a Dagobert II.
Quem é ele? E por que ele foi removido dos registros históricos? Que segredo ele pos-
suia que causou temor à realeza européia e ao Vaticano, a ponto de seu nome ter sido
tirado da memória, se ele realmente existiu?

A pesquisa dos autores de Holy Blood, Holy Grail, revelou Dagobert II. Clovis foi
sucedido por seu filho Dagobert II, nascido em 651 d.C. Clovis governou os Francos e os
Gauleses da França e morreu quando Dagobert tinha cinco anos. Começou uma luta por
ascendência ao trono. Dagobert II, de cinco anos, foi relatado como tendo sido morto.
Mas o fato é que ele foi sequestrado por um padre Católico e levado para a Irlanda, onde
foi criado e protegido no mosteiro irlandês de Slane, "não muito longe de Dublin; e aqui,
na escola anexa ao mosteiro, ele recebeu uma educação inatingível na França, na épo-
ca."12

66
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

Em 666 d.C., Dagobert casou-se com uma princesa Celta, tendo três filhas,
mas não filhos. Logo ele se mudou para a Inglaterra, estabelecendo residência em York.
Sua primeira esposa morreu em 670 d.C. e Dagobert II retornou à França. Ele se casou
com sua segunda esposa, Giselle de Razes, filha do conde de Razes e sobrinha do rei
dos Visigodos, no sul da França. O casamento foi celebrado em Rennes-le-Chateau, um
bastião Visigodo, a mesma vila onde Sauniere encontrou as genologias secretas, em
1891. Com este casamento, a linhagem Merovíngia estava agora aliada à linhagem real
dos Visigodos, que tinham fortes tendências gnósticas. Dagobert II foi, de fato, convertido
para a religião de sua esposa, afastando-se de sua herança Católica. Por três anos,
Dagobert passou o tempo em Rennes-le-Chateau, observando as mudanças feitas em
seus domínios ao norte. Finalmente, em 674 d.C., com o apoio de sua mãe e dos conse-
lheiros dela, o monarca, de longa data exilado, anunciou quem ele era, recuperou seu
reino e foi proclamado oficialmente rei da Austrásia, que tomou o território do noroeste da
Europa e partes do que são hoje a Alemanha e a Áustria.13

Dagobert II estabeleceu um brasão para Rennes-


le-Chateau, consistindo de dois triângulos entrelaçados, um
branco e vertical, e outro preto e de cabeça para baixo,
formando uma estrela de seis pontas.14 Esse emblema
permitiu aos pesquisadores rastrear a migração do Priorado
de Sião ao longo dos séculos, pois é um símbolo dominante
usado na Maçonaria. A Mackey’s Enciclopedia of Freema-
sonry define a estrela de seis pontas como representando
os poderes do bem e do mal na vida,15 uma divisão de po-
deres que eram detidos pelos Visigodos gnósticos. De fato, esta estrela está, hoje, em
um mosaico no piso do saguão de muitas Lojas Maçônicas.16 A partir dela, desenvolveu-
se o Esquadro e o Compasso.

O Assassinato de Dagobert II
Dagobert foi um sucessor digno de Clovis. A Austrasia foi dividida em pequenos
principados. A anarquia prevaleceu, então, ele começou a afirmar e consolidar sua auto-
ridade, restabelecendo a ordem. Seu governo firme quebrou os vários nobres rebeldes
que mobilizaram poder militar e econômico suficiente para confrontá-lo. Ele se apoiou em
seu substancial tesouro, em Rennes-le-Chateau, usando esses recursos para financiar a
reconquista da Austrásia.17

Dagobert II também se colocou contra a Igreja Romana. As crenças gnósticas


recém-adquiridas por ele não deixaram espaço para o Cristianismo. Em todas as frentes
ele restringiu a expansão do Vigário de Cristo. Nessa época, Roma conhecia bem a
67
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

heresia Merovíngia e não podia permitir que continuasse. Em 23 de dezembro de 679


d.C., enquanto descansava debaixo de uma árvore, durante uma caçada nas florestas
Arteries do norte da França, Dagobert foi assassinado. Então, seus assassinos retorna-
ram ao seu palácio do norte, com a intenção de exterminar o resto da família real.

Sobrevivência dos Merovíngios


Antes das descobertas dos autores de Holy Blood, Holy Grail, o assassinato de
Dagobert era considerado o fim da dinastia Merovíngia. Pelo menos, isso é no que a
Igreja Católica queria que o mundo acreditasse. Em seu lugar, em 754 d.C., Roma esta-
beleceu a dinastia Carolíngia com Pepin II. O nome "Carolíngia" deriva de Charles Mar-
tel, avô de Carlos Magno, o primeiro designado "Imperador Santo Romano". Este título,
em virtude do pacto com Clóvis três séculos antes, deveria ser reservado exclusivamente
para os Merovíngios.

Os autores de Holy Blood, descobriram, no entanto, que o filho de Dagobert


(Sigisbert IV), de sua segunda esposa, havia sobrevivido. Sua irmã o resgatou e o con-
trabandeou para o sul, para o domínio de sua mãe, a princesa Visigoda Giselle de Ra-
zes. Chegando a Lanquedoc (sul da França) em 681 d.C., logo depois ele herdou os
títulos de seu tio - Duque de Razes e Conde de Rhedae. Sigisbert também adotou o
sobrenome "Plant-Ard" (posteriormente Plantard), que significa "brotação ardente" da
videira Merovíngia. Sob esse nome e sob os títulos adquiridos de seu tio, ele perpetuou
sua linhagem. Em 886 d.C., um ramo desse linhagem culminou em um certo Bernard
Plantavelu (nome derivado de Plant-Ard ou Plantard), cujo filho se tornou o primeiro
Duque da Aquitânia.18

Guillem: Pai da Família Graal


Durante 100 anos após o assassinato de Dagobert II, a linhagem Merovíngia foi
protegida por uma sociedade secreta anônima. Então, em 790 d.C., um tal de Guillem de
Gellone assumiu "o título de conde de Razes – é dito ser aquele que Sigisbert possuía e
passado a seus descendentes. Ele deveria dirigir o restabelecimento da linhagem Mero-
víngia.

Guillem foi um dos homens mais famosos do seu tempo. Tanto assim, relatam
os autores de Holy Blood, “que sua realidade histórica ... foi obscurecida por lendas.
Antes da época das Cruzadas, havia pelo menos seis grandes poemas épicos compos-
tos sobre ele, chansons de geste semelhante à famosa Chanson de Roland. Na Divine

68
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

Comedy, Dante concedeu-lhe um status excepcionalmente exaltado. Mas, mesmo antes


de Dante, Guillem tinha novamente se tornado um objeto de atenção literária. No início
do século XIII, ele figura como protagonista de Willehalm, um romance épico inacabado
composto por Wolfram von Eschenbach - cuja obra mais famosa, Parzival, é provavel-
mente o mais importante de todos os romances que lidam com os mistérios do Santo
Graal .... Wolfram afirmou em outro poema que o 'castelo do Graal', morada da 'família
Graal', estava situado nos Pirineus [sul da França], o qual, no início do século IX, era
domínio de Guillem de Gellone."20

Casamentos pelo Poder e Sangue do Graal


Guillem manteve uma estreita relação com Charlesmagne da dinastia Carolín-
gia. Sua irmã casou-se com um dos filhos de Charlesmagne, estabelecendo mais uma
vez a linhagem Merovíngia na realeza europeia. "Em 886 d.C., a linha de Guillem de
Gellone culminou ... em [Bernard Plantavelu-Plantard], precisamente o mesmo indivíduo
como ... Sigisbert IV e seus descendentes."21 Os autores de Holy Bood, Holy Grail acredi-
tam que Guillem de Gellone era, de fato, Sigisbert VI, neto de Sigisbert IV, tornando ele
bisneto de Dagobert II.

Sigisbert VI também era conhecido como Príncipe Ursus. Ursus em latim signi-
fica um eco. Como posteriormente tornou-se aparente, ele era de fato um eco de Dago-
bert II. Entre 877 e 879 d.C., o príncipe Ursus foi oficialmente proclamado Rei Ursus. Ele
empreendeu uma insurreição contra Luís II da França, na tentativa de restabelecer a
dinastia Merovíngia. A insurreição, no entanto, falhou. O príncipe Ursus e seus apoiado-
res foram derrotados em uma batalha, perto de Pointiers, em 881 d.C. Com esse revés, a
família Plantard perdeu suas posses no sul da França. Ursus morreu na Bretanha (noro-
este da França), sua linhagem aliou-se por casamento com a casa ducal Bretã. Na virada
do nono século, o sangue Merovíngio fluía para os ducados da Bretanha e da Aquitânia.

Aproximadamente dois séculos antes das Cruzadas, a família Plantard buscou


refúgio na Inglaterra, estabelecendo um ramo inglês da família chamado Planta. A partir
desta linha, veio Bera VI, apelidado de "O Arquiteto". É interessante notar que ele e seus
descendentes, tendo encontrado um refúgio na Inglaterra sob o rei Athelstan, praticavam
"a arte da construção". Os autores do Holy Bood declaram que "as fontes Maçônicas
datam a origem da Maçonaria na Inglaterra desde o reinado do Rei Athelstan. Poderia a
linhagem Merovíngia ... além de reivindicar o trono Francês, estar de alguma forma co-
nectada com algo no núcleo da Maçonaria?"22

69
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

As Cruzadas e uma Sociedade Secreta


"As Cruzadas", escreve o Rev. J.R. Church, "desempenhou um papel importan-
te na promoção da linhagem Merovíngia. Muitos dos Cruzados eram Franceses que
foram para a Palestina, a fim de libertar a Terra Santa dos Muçulmanos. Os Cruzados
Católicos conquistaram a cidade de Jerusalém e estabeleceram Godfroi de Bouillon no
trono de Jerusalém. Alegando ser da linhagem de Davi, Godfroi de Bouillon organizou
uma sociedade secreta chamada Ordem de Sião."23

Sião: Culto ao Santo Graal


Os autores de Holy Blood, Holy Grail elucidam os aspectos das ambições políti-
cas e familiares bizantinas do clã Merovíngio, por trás da participação de Godfroi de
Bouillon nas Cruzadas.

Meio século antes da conclusão da Primeira Cruzada de 1099, Godfroi reinou


nas proximidades da Floresta de Ardennes, no norte da França, onde Dagobert II fora
assassinado, cinco séculos antes. Como observamos, três séculos depois desse assas-
sinato, o neto de Dagobert, príncipe Ursus (Sigisbert VI) foi derrotado próximo de Pointi-
ers, em 881 d.C. Após esse revés, os Merovíngios estabeleceram e financiaram uma
fundação de monges na Calábria, no sul da Itália, para alertá-los sobre qualquer movi-
mento do Vaticano contra sua linhagem. Pelos próximos 200 anos, a linhagem do Santo
Graal continuou a prática da simonia, enquanto os monges da Calábria esperavam,
observavam e ouviam. Em 1070, um papa subiu ao trono de Pedro, que poderia causar
problemas para os Merovíngios. Isso foi três décadas antes da Primeira Cruzada.

Os Merovíngios Tramam e Planejam


Os monges da Calábria imediatamente embarcaram em uma viagem para o
norte da França, a fim de visitar Godfroi de Bouillon. Eles estavam cientes de sua supos-
ta herança do Sangue Sagrado. Seu líder era chamado Ursus, cujo nome, como vimos,
associado à linhagem Merovíngia. Quando os monges se identificaram a Godfroi como
protetores do Santo Graal, eles receberam o terreno em Orval, onde Dagobert II fora
assassinado. Lá eles construíram uma abadia. Também, viajou com eles um homem
posteriormente conhecido como Pedro, o Eremita.

O objetivo da jornada dos monges era duplo. Primeiro, eles avisariam Godfroi
de sussurros no Vaticano. O Papa Alexander II (1061-1073) estava promovendo a aboli-

70
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

ção da simonia. Desde a usurpação do trono do Sacro Império Romano pelos Carolín-
gios, a simonia era o principal meio pelo qual os Merovíngios, por séculos, haviam pene-
trado o Vaticano, na tentativa de recuperar sua ascensão. Aparentemente, o papa estava
ciente de seus métodos e objetivos. Portanto, o segundo objetivo da jornada dos monges
era apresentar um plano para se antecipar ao papa.

Governar o Mundo a Partir do Trono de Davi


O culto Merovíngio do Santo Graal precisava da Igreja Católica para estabele-
cer sua legitimidade: não apenas para recuperar a posição cobiçada do Sacro Imperador
Romano, mas também legitimar sua reivindicação ao trono de Israel. O objetivo final dos
Merovíngios era governar o mundo, a partir do trono Davídico em Jerusalém. O plano
papal para eliminar a simonia comprometeria a avenida principal dos Merovíngios para a
Igreja e seu poder.

Portanto, os monges incentivaram Godfroi de Bouillon a iniciar uma Guerra


Santa contra os Muçulmanos pela conquista de Jerusalém, deportar os Muçulmanos e
estabelecer-se como Rei de Jerusalém no trono de Davi, antes que o Papa Alexandre
pudesse avançar mais uma vez para extirpar os Merovíngios.

O papa Alexandre morreu três anos após o encontro dos monges com Godfroi.
O próximo Papa, Gregory VII, assumiu a causa de Alexander e, em 1073, iniciou sua
série de reformas, das quais Malachi Martin escreveu em seu livro The Decline and Fall
of the Roman Church (1981). Martin diz que Gregory continuou a abolição da simonia,
proibindo "sob as mais severas penalidades, toda e qualquer investidura de qualquer
clérigo (bispo, padre, abade, diácono, subdiácono) por qualquer governante leigo do
Santo Imperio Romano, até o escudeiro mais impotente da vila em Haddam-Haddam,
Inglaterra."24

Sua ordem papal também pretendia libertar as enormes propriedades imobiliá-


rias da igreja do controle e posse de reis e príncipes. Isso foi para atacar o próprio siste-
ma feudal, o único sistema que a Europa naquela época conhecia.

Gregory aparentemente foi avaliado pela suspeita de Alexander - de que ainda


havia "Eco" Merovíngio de Dagobert II em curso. O confisco de propriedades reais da
terra, em adição à abolição da simonia, impediria os descendentes de Dagobert de se
tornanarem muito poderosos. O plano de Gregory, se bem-sucedido, teria sido tão de-
sastroso para as ambições dos Merovíngios como para as de Alexander. Por isso, a
revolta contra Gregory fervia em todo lugar. Enquanto isso, os monges da Calábria conti-
nuavam incentivando Godfroi de Bouillon em direção a Jerusalém.
71
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Um Rei de Jerusalém
Gregory morreu sem alcançar seu objetivo de reforma. Em 1086, Victor Ill as-
cendeu ao trono papal. Ele não era melhor que Gregory. Ele morreu misteriosamente
dentro de um ano. O próximo papa, no entanto, era um Merovíngio, de acordo com os
Secret Dossiers. Os Merovíngios, através da simonia, alcançaram um de seus objetivos.
Urban II ascendeu ao trono de Pedro em 1088, apenas uma década antes da Primeira
Cruzada.

Enquanto isso, Peter, o Eremita, foi tutor de Godfroi de Bouillon em sua nomea-
ção para se tornar o Rei de Jerusalém. Em 1090, Godfroi fundou a "Ordem de Sião ", em
preparação para sua missão. Na mesma data, os monges Calabrianos partiram do norte
da França com destino a Jerusalém.

Em 1095, Peter, o Eremita, juntamente com o Papa Urban II, preparou a Euro-
pa para mobilizar-se contra a Palestina, pregando a necessidade de uma cruzada - "uma
guerra santa que reivindicaria o Sepulcro de Cristo e a Terra Santa das mãos do infiel
Muçulmano."26 Os Cruzados começaram a marchar em direção a Jerusalém. Ursus e
Peter, o Eremita, já estavam lá quando os Cruzados chegaram.

Em 1099, Godfroi de Bouillon, com outros três potentados Europeus, conquis-


tou Jerusalém. Imediatamente, os monges da Calábria se reuniram em conclave secreto
com Ursus e Peter, o Eremita, para eleger um Rei de Jerusalém. O trono foi oferecido a
Godfroi de Bouillon.

A pedido de Godfroi, uma abadia foi construída no Monte Sião que abrigava a
Ordem dos Sionistas. Quando Godfroi morreu um ano depois, em 1100, seu irmão mais
novo, Baudoum, aceitou a tendência e o trono do Rei de Jerusalém.

Os Cavaleiros Templários: Protetores da Ordem


de Sião
Para proteger o novo Rei de Jerusalém e seu culto a Sião, a Ordem de Sião
apoiou Hugues de Payens na fundação dos Cavaleiros Templários, organizados oficial-
mente em 1118. De Payens, como o primeiro Grão-Mestre, criou 13 graus para a Ordem
dos Templários, um número esotérico importante que permitiu aos pesquisadores da
conspiração rastrear o movimento dos Templários até o presente.27

72
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

"O propósito secreto dos Cavaleiros Templários", segundo J. R. Church, "era


preservar a linhagem Merovíngia na esperança de um dia estabelecer um governo mun-
dial e colocar seu rei no trono - um rei que poderia reivindicar ser da descendencia de
Jesus Cristo e Maria Madalena."28

Os Cavaleiros estavam não oficialmente em operação desde 1114. Em data an-


terior eles eram conhecidos como milice du Christ, soldados de Cristo. Em março de
1117, o Rei Baudoum I, que devia seu trono à Ordem de Sião, assumiu a constituição
dos Cavaleiros Templários da Ordem de Sião para aprovação. A Ordem dos Cavaleiros
Templários foi aprovada em 1118.

Os Templários se tornaram o braço militar e administrativo da Ordem de Sião.


Seu nome deriva de seus aposentos na abadia fortificada de Sião, acima das ruínas do
Templo de Salomão. O local específico de domicílio dos Cavaleiros, a ala da realeza do
palácio no monte do templo, acredita-se ser de grande importância, pois em algum lugar
embaixo, supostamente estava enterrada a riqueza insondável de Salomão.

Riqueza de Salomão
Está relatado na Nova Versão Internacional da Bíblia sobre a tremenda riqueza
do rei Salomão. I Reis 10:14 nos informa que entravam 25 toneladas de barras de ouro
no tesouro de Salomão todos os anos, durante 40 anos. Baseando-se em um padrão
atual de US$ 48 por grama, Salomão teria acumulado cerca de US$ 48 trilhões em bar-
ras de ouro durante seu reinado. I Reis também nos informa que essa riqueza não inclui
"as receitas de comerciantes e de todos os reis da Arábia e os governadores da terra ".
Segundo I Reis, havia tanto ouro que a prata era considerada inútil durante os dias de
Salomão.

O ouro de Salomão vinha de um lugar chamado Ofir. Ele construiu uma mari-
nha para trazer o ouro deste lugar lendário. Há também evidências em I Reis de que os
navios de Társis trouxeram ouro para Salomão de suas minas em Ofir.

Quando Salomão morreu, seu reino se dividiu. As Escrituras não fazem menção
a uma imensa quantidade de ouro sendo levada pela conquista dos reis. Somente o ouro
usado na construção do Templo foi tomado, e isso está muito aquém do que as Escritu-
ras indicam que Salomão teria acumulado.

Os autores de Holy Blood traçam a dispersão da riqueza de Salomão séculos


depois: "Em 70 d.C., o templo que então estava ... foi saqueado pelas legiões romanas
sob Tito. Seu tesouro foi saqueado e levado para Roma, depois saqueado novamente e,
73
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

talvez, trazido aos Pirenéus [sul da França]."29 Mas esses saques ainda não esgotariam
a abundância da riqueza descrita nas Escrituras. Onde o tesouro de Salomão poderia
estar escondido?

Os Manuscritos do Mar Morto, descobertos em 1949, fornecem uma pista. Um


dos pergaminhos, o Manuscrito Cobre, “decifrado na Universidade de Manchester em
1955-1956, torna explícita uma referência a grandes quantidades de lingotes, vasos
sagrados, outros itens de material não especificado, e 'tesouros' de um tipo indetermina-
do. Cita 24 tesouros diferentes enterrados sob o próprio templo."30

A Riqueza dos Monges Guerreiros


Segundo os autores do Holy Blood, "a ordem incipiente" dos Cavaleiros Tem-
plários, "quase imediatamente após sua criação, realizou escavações sob o templo".31

Essa "ordem incipiente", composta apenas por nove homens, havia alojado
seus cavalos nos chamados estábulos de Salomão, logo abaixo do templo, e podem ter
sido os primeiros a tropeçar no antigo tesouro de Salomão. Aparentemente, algo teria
sido encontrado em 1104, porque Hughes de Payens, em breve o primeiro Grão-Mestre
dos Cavaleiros, mandou recado ao conde de Champagne, seu senhor vassalo na Fran-
ça. O conde encontrou-se imediata e secretamente com certos nobres de alto escalão,
um dos quais já havia retornado de Jerusalém com informações da descoberta.

Logo após essa reunião secreta, o conde de Champagne partiu para a Terra
Santa e lá permaneceu por quatro anos, aparentemente como observador, retornando à
França em 1108. Em 1114, ele fez uma segunda viagem à Palestina, pretendendo inici-
ar-se nos Cavaleiros Templários, ainda chamados de milice du Christ. No entanto, ele
ficou apenas um ano, retornando às pressas.

A Rede de Inteligência Templária


Aparentemente, enquanto o conde estava em Jerusalém naquele ano, os Cava-
leiros, ainda consistindo de nove homens, encontrou todo o tesouro embaixo do templo.
Voltando à França em 1115, o conde começou a preparar um depósito. Foi nessa época
que os Templários desenvolveram um serviço de suporte de inteligência para proteger o
transporte do tesouro. John J. Robinson, autor de Born in Blood: The Lost Secrets of
Freemasonry (1989), nos informa sobre a extensão da rede de inteligência dos Templá-
rios:

74
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

Os Templários eram conhecidos por manter agentes de inteligência nas princi-


pais cidades do Oriente Médio e da costa do Mediterrâneo, e eles necessariamente
teriam meios de comunicação secretos empregados. Relações financeiras internacionais
requeriam total sigilo, as operações navais exigiram que ocultasse as informações de
remessa das forças Muçulmanas ou piratas, e a administração militar em dois continen-
tes certamente exigiria isso. Por uma questão de registro, os Templários ganharam repu-
tação, e não é boa, por sua dedicação ao sigilo, mesmo nas reuniões e conselhos da
ordem.32
Nos dez anos que se seguiram, os Templários tornaram-se imensamente ricos.
A história nos informa que eles adquiriram sua riqueza dos Cruzados, em pagamento por
proteção. O que não é revelado é que havia apenas nove Cavaleiros para proteger de-
zenas de milhares de Cruzados - uma tarefa impossível. Até as autoridades do dia sabi-
am melhor. Eles questionaram os Cavaleiros sobre a origem de sua riqueza, especial-
mente o ouro, e estes lhes disseram que haviam descoberto o segredo alquímico da
transmutação de metal.

Propaganda e Influência
Saint Bernard, o principal porta-voz do Cristianismo ortodoxo e uma dominante
influência na ordem monástica Cisterciense, foi um dos principais propagandistas da
imagem e reputação dos Templários. Esta, é claro, seria a resposta apropriada de um
homem que se beneficiaria de sua riqueza. Os autores do Holy Blood relatam que "em
1115, o dinheiro já estava voltando para a Europa e para os cofres dos Cistercienses, os
quais, sob Saint Bernard e sua nova posição de força, endossaram e conferiram credibi-
lidade à incipiente Ordem do Templo".33

Uma década após a fundação oficial da Ordem dos Cavaleiros Templários, no


entanto, ainda havia apenas nove membros. Até então, Bernard estava trabalhando para
o seu estabelecimento como um sacerdócio militar religioso na Igreja. Em um de seus
folhetos, ele louva suas virtudes e qualidades, declarando que os Templários são o epí-
tome e apoteose dos valores Cristãos. Em 1127, todos os nove haviam retornado à
Europa para um bem-vindo triunfal, orquestrado em grande parte por Saint Bernard. Em
janeiro de 1128, em um Conselho da Igreja reunido em Troyes, os Cavaleiros foram
oficialmente reconhecidos e incorporados como uma ordem militar-religiosa. Hughes de
Payens foi nomeado Grão-Mestre da ordem.

Após sua aprovação como uma ordem militar-religiosa oficial da Igreja, os Ca-
valeiros Templários realmente se tornaram monges guerreiros. Por meio da riqueza dos
Templários, Bernard guiou os Cistercienses à ascensão espiritual na Europa, enquanto
Hughes de Payens e Andre de Montbard alcançaram para os Templários uma missão
75
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

militar e administrativa de ascendência na Terra Santa, cuja fama se espalhou rapida-


mente para a Europa.

O próximo papa, sem surpresa, foi um monge Cisterciense. Um protegido de


Bernard de Clairvaux, Innocent II ascendeu ao trono de Pedro, em 1130. Em 1139, Inno-
cent emitiu um edito papal de que os Templários não deviam lealdade a nenhum poder
secular ou eclesiástico, além de si mesmo. Os autores de Holy Blood, com razão, obser-
vam que o Templários "se tornaram totalmente independentes de todos os reis, príncipes
e prelados, e de toda interferência de autoridades políticas e religiosas. Eles se tornaram,
com efeito, uma lei em si, um império internacional autônomo ".34

Em 1146, os Templários adotaram suas famosas insígnias: a cruz vermelha es-


palhada do Merovíngios, colocando-a em seus mantos, espadas, prédios e lápides. O
design mudou um pouco ao longo dos anos, mas a cruz sempre permaneceu espalhada.
Os pesquisadores também rastreiam os movimentos dos Templários na Europa, Escócia
e Inglaterra, examinando cemitérios em busca das lápides que exibem tais insígnias.

Com a cruz espalhada estampada em seus mantos, os Cavaleiros acompanha-


ram o Rei Louis VII da França na Segunda Cruzada. "Aqui eles estabeleceram sua repu-
tação pelo zelo marcial, juntamente com uma tolice quase insana, assim como uma
arrogância feroz", relatam os autores de Holy Blood. “No geral, porém, eles foram magni-
ficamente disciplinados - a força de combate mais disciplinada do mundo em seu tem-
po."35

Heresia, Perversão e Derramamento de Sangue:


Templários e Cátaros
Em 1153, Bertrand de Blanchefort, um nobre de uma família Cátara, tornou-se
o quarto Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários. Os Cátaros eram uma seita gnóstica,
também conhecida como Albigenses, um nome derivado da cidade de Albi, no sul da
França, onde um conselho eclesiástico os condenou por heresia, em 1165.

A casa ancestral de Bertrand de Blanchefort estava situada no pico de uma


montanha, a algumas milhas de distância de Rennes-le-Chateau, onde, alegadamente, o
tesouro Templário está enterrado. Podemos datar a aparente inclinação dos Templários
ao paganismo desde a ascensão de Bertrand de Blanchefort à posição de Grão-Mestre,
em 1153. Os Cátaros sustentavam as doutrinas gnósticas que a Maçonaria abraçaria
500 anos depois. Por exemplo, os Cátaros substituíram a salvação pela "fé" pela salva-
ção através do "conhecimento." Eles receberam suas doutrinas gnósticas dos Judeus,

76
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

que preservaram a esotérica antiga em sua cabala. E eles praticaram tolerância religiosa,
assim como a Maçonaria.

Anti-Procriação
As práticas dos Cátaros refletiam seus dogmas. Na busca de conhecimento,
eles praticavam meditação. Eles também eram vegetarianos estritos, embora o consumo
de peixe era permitido. Eles mantinham a doutrina da reencarnação e reconheceram o
princípio feminino na religião. Para controlar o crescimento populacional, o sacerdócio
franziu o cenho sobre qualquer tipo de união sexual que resultaria em parto. Por isso,
eles foram os primeiros controladores populacionais conhecidos, experimentando vários
métodos de controle de natalidade, incluindo o aborto.

O sexo para procriação era tolerado apenas para sustentar sua raça. Perce-
bendo que os elementos inferiores em sua sociedade não seriam capazes de eliminar
seus impulsos animais inteiramente, o sacerdócio Cátaro introduziu a prática da homos-
sexualidade e atos não naturais de sodomia, incluindo relações sexuais com animais
como forma de controlar a natalidade.36

A heresia mais séria dos Cátaros, no entanto, foi a negação de que Cristo era o
Filho de Deus. Eles O consideraram um profeta não diferente de qualquer outro, um ser
mortal. Eles repudiaram veementemente o significado, tanto da crucificação quanto da
cruz. Eles também negaram a validade dos sacramentos, como o batismo e o sacramen-
to da Santa Eucaristia da Igreja Católica.
.
Um conselho local da Igreja Romana, como observamos, condenou o Cátaro,
ou heresia Albigense, em 1165. Mas, em 1200, a própria Roma havia crescido nitidamen-
te alarmada na heresia dos Cátaros. O papado acusou-os de "práticas de relações sexu-
ais não naturais", que foram entendidas como homossexualidade e bestialidade. Embora
essas acusações eram verdadeiras, seu objetivo era incitar os nobres do norte contra
eles.

Em 14 de janeiro de 1208, um dos legados papais do sul da França foi assassi-


nado, mas não pelos Cátaros. Alguns sugerem que o assassinato foi planejado por Ro-
ma - para criar um mártir. De qualquer forma, Roma não hesitou em culpar os Cátaros.
De uma só vez, o Papa Innocent III ordenou uma cruzada. A heresia seria extirpada de
uma vez por todas. Seguiu-se um banho de sangue inigualável até as I e II Guerras
Mundiais. Assim começaram as Inquisições.

77
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Foram nessas comunidades Cátaras no sul da França que os Cavaleiros Tem-


plários, fundadores da Maçonaria Francesa, estabeleceram-se no início e meados dos
anos 1100.

Dinheiro, Poder e Política: A Riqueza de Salomão


Credita-se a Bertrand de Blanchefort a transtormação dos Cavaleiros Templá-
rios em uma instituição hierárquica e soberbamente eficiente, bem organizada e magnifi-
camente disciplinada que acabou se tornando. Sob sua administração, os Cavaleiros, em
1156, importaram para a área de Rennes-le-Chateau, um contingente de mineiros de
língua Alemã. De acordo com autores de Holy Blood, "Sua suposta tarefa era trabalhar
nas minas de ouro nas encostas da montanha de Blanchefort - minas de ouro que havi-
am sido totalmente esgotadas pelos Romanos quase mil anos antes."37

A verdade é outra. Os trabalhadores alemães não estavam minerando. Investi-


gações posteriores revelam que estavam "fundindo, talvez derretendo algo, construindo
algo de metal, talvez até escavando uma cripta subterrânea de algum tipo e criar uma
espécie de depósito".38

Os Templários: Banqueiros e Corretores de Energia


Internacionais
Acredita-se que os trabalhadores Alemães tenham cavado grandes cofres sub-
terrâneos para armazenar a vasta riqueza descoberta pelos Templários sob o Templo de
Salomão - riqueza que os Templários haviam fundido. Quase imediatamente depois,
relatam os autores de Holy Blood, os Templários "criaram e estabeleceram a instituição
bancária moderna. Emprestando grandes somas a monarcas necessitados, eles torna-
ram-se os banqueiros de todos os tronos da Europa ... Com sua rede de agências na
Europa e no Oriente Médio, eles também organizaram, a taxas de juros modestas, a
transferência segura e eficiente de dinheiro para os comerciantes .... Dinheiro depositado
em uma cidade, por exemplo, poderia ser reivindicada e retirada em outra, por meio de
notas promissórias inscritas com códigos intrincados. Os Templários tornaram-se, assim,
os principais cambistas da época, e a agência de Paris tornou-se o centro financeiro da
Europa. É até provável que a verificação como a conhecemos e a utilizamos hoje, tenha
sido inventada pela ordem. "39

Nenhuma instituição medieval fez mais pela ascensão do capitalismo do que os


Templários:

78
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

Durante os cem anos seguintes, os Templários se tornaram uma potência com


influência internacional. Eles estavam constantemente envolvidos na diplomacia de alto
nível entre nobres e monarcas em todo o mundo ocidental e na Terra Santa.

Podemos recorrer à Inglaterra para um exemplo, de como foi a influência gene-


ralizada dos Templários na Europa. O Mestre do Templo era tão poderoso que era cha-
mado regularmente ao parlamento do Rei e era considerado chefe de todas as ordens
religiosas, levando precedência sobre todos os sacerdotes e abades da terra.40

A certa altura, a Inglaterra chegou a armazenar parte das jóias da coroa com os
Templários. Quando o Rei Richard, o Coração de Leão, levou seu exército inglês em
uma Cruzada à Terra Santa, ele viveu com os Cavaleiros Templários na cidade de Acre
(Israel), em 1191. Em junho de 1215, quando John assinou a Carta Magna, documento
que constitui uma garantia fundamental de direitos e privilégios, o Mestre dos Cavaleiros
Templários estava ao seu lado.

Em quase todos os níveis políticos os Templários agiram como árbitros oficiais


nas disputas, e até reis submeterem-se à sua autoridade. Tornaram-se tão poderosos
que podiam colocar ou depor monarcas à vontade.

A Queda de Jerusalém: Conspiração ou Acaso?


Dentro de sete décadas de sua fundação, em vez de serem os protetores do
Culto Merovíngio de Sião "Rei de Jerusalém", os Templários começaram a negligenciar
esse papel. Enquanto iam alcançando prosperidade e notoriedade na Europa, permitiram
que a situação na Terra Santa se deteriorasse seriamente. A Ordem de Sião, pela qual
os Cavaleiros haviam feito um juramento de sangue para defender e obedecer, foi enfra-
quecida. Os autores de Holy Blood, Holy Grail contam a história:

Em 1185, o rei Baudoum IV de Jerusalém morreu. Na disputa dinástica que se


seguiu, Gerard de Ridefort, Grão-Mestre do Templo, traiu um juramento feito ao monarca
morto e, assim, levou a comunidade européia da Palestina à beira da guerra civil. Tam-
pouco foi a única ação questionável de Ridefort. Sua descuidada atitude em relação aos
Sarracenos precipitou a ruptura de uma trégua de longa data e provocou um novo ciclo
de hostilidades. Então, em julho de 1187, Ridefort liderou seus cavaleiros, juntamente
com o resto do exército Cristão, em uma precipitada, mal concebida, e como aconteceu,
uma desastrosa batalha em Hattin. As forças Cristãs foram virtualmente aniquiladas; e
dois meses depois, a própria Jerusalém, capturada quase um século antes, estava no-
vamente nas mãos dos Sarracenos.42

79
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Aparentemente, o abandono de Jerusalém foi planejado, pois, após a obtenção


dos 24 tesouros escondidos sob o templo de Salomão e seu transporte para abóbadas
secretas subterrâneas no sul da França, a lealdade dos Templários à Ordem de Sião e
seus reis Merovíngios voltaram-se para a animosidade. Talvez os Cavaleiros tenham
visto a Ordem de Sião como um rival a ser eliminado.

O "Corte do Olmo" em Gisors


pelos Fundadores das Duas Maçonarias Modernas
Um texto do Dossiers secret dos pergaminhos do Priorado de Sião, encontrado
em Rennes-le-Chateau sugere que os Cavaleiros estavam planejando a destruição da
Ordem de Sião. Como afirmam os investigadores de Holy Blood: "Não fala da impetuosi-
dade de Gerard ou ineptidão, mas de sua 'traição' - uma palavra muito dura mesmo. O
que constituiu essa 'traição' não é explicado. Mas, como resultado, dizem que os 'inicia-
dos' de Sião têm voltado em massa para a França - presumivelmente para Orleans [no
norte da França] ".43

A "traição" de Gerard de Ridefort, de 1187, qualquer que seja, resultou na per-


da de Jerusalém, e precipitou uma brecha desastrosa entre a Ordem de Sião e os Cava-
leiros Templários. Segundo o Dossiers secret, o ano seguinte testemunhou um decisivo
ponto de virada nos assuntos de ambas as ordens. Em 1188, uma separação formal
ocorreu, quando a Ordem de Sião, que criou os Cavaleiros Templários, lavou suas mãos
a respeito de seu célebre protegido. Essa ruptura é registrada no Dossiers secret como
um ritual ou cerimônia de algum tipo, e é chamada de "corte do olmo". O evento ocorreu
em Gisors, uma cidade próxima à costa do norte da França e sob o controle da monar-
quia Inglesa.

Os documentos do Priorado encobrem com alegoria e simbologia o que acon-


teceu em Gisors. Algum tipo de batalha sangrenta entre o rei Henry II da Inglaterra e o rei
Philippe II da França, no entanto, ocorreu lá em 1188. Aparentemente, no final da bata-
lha, uma trégua foi feita, e uma árvore de olmo enorme foi cortada, como um símbolo
dessa trégua. Os autores de Holy Blood sugerem que os Cavaleiros Templários e a
Ordem de Sião foram envolvidos no conflito. O "corte do olmo" era, portanto, simbólico
de sua divisão e trégua, também. Sua trégua, como veremos, aparentemente era permitir
que cada lado pudesse operar independentemente do outro.

Em Gisors, quando o rei da Inglaterra tomou partido de Sião, Londres se tornou


seu novo protetor. A partir de 1188, a Ordem de Sião permaneceu sediada no norte da
França, sob seus protetores Ingleses, enquanto os Cavaleiros Templários permaneceram

80
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

com sede em Rennes-le-Chateau, no sul da França, onde sua riqueza está supostamen-
te oculta. Sião acabaria por dar à luz ao Rosacrucianismo e à Maçonaria Inglesa, como a
conhecemos hoje. Dos Cavaleiros Templários, surgiria sua descendência revolucionária
- a Maçonaria Francesa.

Sião e Inglaterra
Após a batalha em Gisors, a Ordem de Sião passou por um grande processo
administrativo de reestruturação interna, mudando seu nome para Priorado de Sião e
selecionando como primeiro Grão-Mestre, Jean de Gisors, vassalo do rei da Inglaterra. O
Grão-Mestre também possuía propriedades na Inglaterra.

O Priorado de Sião também tinha outro nome - "Ormus". Sociedades secretas


são conhecidas por alterar nomes, para fins de ocultação ao embarcar em alguma ativi-
dade clandestina. O Priorado de Sião estava planejando tal atividade. Embora Sião con-
cordara em permitir que os Templários operassem de forma independente, Sião não
pretendia deixa-los com sua riqueza. Em vez disso, seus iniciados se preparavam para
penetrar na Ordem do adversário com o objetivo de recuperar a riqueza de Salomão.

Elementos de Culto de Sião


A palavra Ormus continha em sua ortografia a história de Sião. Seu símbolo era
como a forma de uma letra maiúscula M. Dentro da moldura do M havia quatro letras -
OR e US – as quais, junto com o M, soletrava-se "Ormus". Essas letras combinam várias
outras palavras-chave e símbolos importantes para Sião. "Ours significa 'urso' em fran-
cês. Ursus, ou eco em latim, sugeriam, como subseqüentemente se tornou aparente,
Dagobert II e a Dinastia Merovíngia. Orme é francês para 'olmo'. Ou, é claro, é 'ouro'. E o
M que forma o quadro que encerra as outras letras não é apenas um M, mas, também, o
astrológico signo de Virgem - conotando, na linguagem da iconografia medieval, Notre
Dame"45 que na França não é comemorativo da Virgem Maria, mas de Maria Madalena.
O nome Ormus também representa a religião de Sião. Ormus era o nome de um egípcio
sábio e místico que supostamente se converteu ao cristianismo em 46 d.C. Na realidade,
ele era um adepto gnóstico de Alexandria, misturando o cristianismo com o Masdaismo,
que era a forma greco-romana do Zoroastrismo. O Zoroastrismo foi uma modificação do
Bramanismo (agora Hinduismo) em uma época em que o Budismo era uma reforma do
mesmo. Como era prática comum nas religiões de mistério orientais, o Priorado de Sião
freqüentemente usava drogas que expandem a mente em suas cerimônias.

81
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O Priorado de Sião começou a imitar os Cavaleiros Templários, usando a reli-


gião do Egípcio Ormus. Ormus e seus iniciados haviam tomado a cruz vermelha como
seu símbolo de identificação, quatro séculos antes de Merovee (fundador da dinastia
Merovíngia do Santo Graal) que nascera com a marca de nascença da cruz vermelha
acima do coração. Os cavaleiros Templários adotaram a cruz vermelha de Merovee, seis
séculos depois. Para imitar os Templários, o Priorado de Sião tomou a cruz vermelha de
Ormus como seu próprio emblema e adotou o título l'Ordre de Ia Rose-Croix Veritas, que
significa "A Ordem da Cruz Vermelha". Esse nome adicional foi colocado a pedido do
Grão-Mestre de Sião, Jean de Gisors.46 Assim, Jean de Gisors é considerado o fundador
da Rose-Croix, ou Rosacruzes.

Naquela época, Sião adotou o "olho" do deus egípcio Osíris como seu símbolo.
O mesmo "olho" é conhecido como "terceiro olho" do conhecimento na religião Hindu,
que era adotado pelos Templários. Na Maçonaria, é conhecido como o "Olho que Tudo
Vê". Com tantas semelhanças com os Cavaleiros Templários, o Priorado de Sião não
tinha dificuldade em penetrar nas fileiras de seus adversários.

Satanismo e Drogas "Sacramentais"


em Sociedades Secretas:
Os Templários Abraçam o Diabo e as Drogas
Após o cisma da Ordem de Sião em Gisors, os Cavaleiros Templários mergu-
lharam no satanismo. Eles encontraram o misticismo oriental, em parte por permanecer
na Terra Santa, e parcialmente através da integração com os Cátaros. Dos Cátaros eles
haviam absorvido as doutrinas secretas do gnosticismo.

Como nos rituais do Priorado de Sião, as drogas tinham um importante papel


nos rituais Templários. Os autores de Holy Blood nos dizem que os Cavaleiros adquiri-
ram seu conhecimento sobre as drogas devido sua estreita associação com os
"Hashishim, ou Assassinos [Máfia Medieval], a famosa seita de militantes e adeptos
fanáticos que foram o equivalente do Islã dos Templários. Os Hashishim prestavam
homenagem ao Templo e havia rumores de que estavam a seu serviço."47

O fundador dos Hashishim era um Persa chamado Hasan Saba. A droga "haxi-
xe" e o nome "assassino" são derivados de Hashishim. Antes de executar um assassina-
to, os adeptos de Hasan tomavam esta droga viciante para obter coragem. Deles, os
Templários adquiriram o conhecimento da fabricação de haxixe e como usá-lo nos seus
próprios feridos em batalha - eventualmente incorporando seu uso nos seus rituais pa-
gãos.

82
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

Os Templários também eram bem versados na doutrina Hindu. Eles praticavam


Yoga para alcançar um estado alterado de consciência, a fim de abrir o "terceiro olho".
Isso era conhecido como magia branca. Quando praticavam magia negra, atingiam o
mesmo estado alterado de consciência mais rapidamente, através do uso de drogas que
expandem a mente.48

A droga foi usada tanto pelos Templários quanto pelos Sionistas e introduzida
nas lojas degeneradas de ambas as Maçonarias. Nos próximos capítulos e no volume
três de Scarlet and the Beast, aprenderemos como nosso tráfico moderno de drogas flui
e é protegido por essas sub-lojas.

Quando os Templários se aprofundaram nas drogas e na bruxaria, viram em


Jesus Cristo seu inimigo e começaram a odiar a Igreja Católica. Gradualmente, eles
abandonaram o Catolicismo, tornando-se adoradores de Baphomet, um símbolo pagão
de Satanás retratado como uma cabeça de cabra dentro de uma estrela de cabeça para
baixo. Os Templários também adotaram o Símbolo satânico do crânio e ossos cruzados,
que é um símbolo da morte e que os seguiria durante suas migrações, até a cidade onde
estão atualmente sediados. O uso do crânio e ossos cruzados persistiu na Maçonaria,
onde se tornou o símbolo do Mestre Maçom até depois da Segunda Guerra Mundial. Foi
descartado porque Hitler o usou como um emblema para sua SS.49

De acordo com o dualismo gnóstico da doutrina templária, Deus teve dois filhos
– Jesus e Satanás. Jesus era o irmão mais novo. Do seu Catolicismo, os Templários
entenderam que Jesus era bom e Satanás era mau. No entanto, eles ensinaram que "o
filho mais velho de Deus, Satanael ou Lúcifer, somente ele tem o direito de ser homena-
geado pelos mortais; Jesus, o irmão mais novo, não merece essa honra."50 Talvez essa
doutrina tenha se desenvolvido por causa da animosidade dos Templários em relação
aos Merovíngios, os chamados filhos de Jesus e Maria Madalena.

A adoração mais fervorosa dos Templários foi dirigida a esse deus do mal, que
sozinho teria poder de enriquece-los, e de fato tinha. Sem dúvida, eles compreenderam o
Lúcifer dos mitos orientais, dos quais, na década de 1930, o escritor britânico Warren
Weston escreveu em Father of Lies:

Em sua presunção, ele finge ter inspirado no homem todas as invenções da ra-
zão humana. "Ele é Prometeu, amigo dos homens, que lhes deu fogo, ensinou todos
eles, mostrou-lhes o rico minério e pedras preciosas enterradas na terra, e assim por
diante. Por esses inúmeros benefícios conferidos à humanidade, é que os espíritos ciu-
mentos, que afirmam serem deuses verdadeiros, se combinaram contra ele e o prejudi-
caram. Ele é [para o pagão] o anjo mais brilhante, injustamente expulso do céu, Lúcifer, o
filho da manhã." 51

83
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Destruição dos Cavaleiros Templários


Se o Priorado de Sião sabia das riquezas sob o Monte do Templo em Jerusa-
lém, e estava ciente de que os Templários as haviam encontrado, como os autores de
Holy Blood, Holy Grail sugerem, a "traição" dos Cavaleiros pode ter sido em função deles
escaparem com o Tesouro. Sião, agora desprovido de fundos e desprotegido, foi compe-
lida a encontrar e recuperar a vasta riqueza de Salomão, se ela estava pretendendo
promover sua causa de domínio mundial.

Duas gerações depois que o Priorado de Sião e os Templários se separaram


em Gisors, em 1188, a realeza Européia voltou a ser Merovíngia, através de casamen-
tos. No entanto, os monarcas de Sião, em vez de reservar o ouro sob o templo de Salo-
mão, o estavam emprestando. Mais e mais eles se viram endividados financeiramente
com sua própria criação Templária.

Uma Rede Secreta de Inteligência


O Rei Philip, o Justo, da França (Philip IV), foi um dos monarcas Merovíngios
mendigos. A história nos diz que, na virada do século 14, ele ficou alarmado com o Poder
dos Templários e cobiçou sua riqueza. Ele decidiu agir. O que se seguiu foi a destruição
imediata e quase perfeitamente realizada de sua ordem. Tão rápido foi o colapso dos
Templários, que parece duvidoso ter sido obra de um único monarca. No entanto, era
quase impossível para outros reis terem ajudado Philip. Os Templários dominaram as
cortes reais em toda a Europa e Inglaterra. Eles mesmos eram subversivos experientes,
operando uma rede de inteligência inigualável, com espiões em todos os lugares.

No entanto, em uma atmosfera de segredo inigualável, o rei Philip destruiu


completamente os Templários. Portanto, devemos assumir que ele tinha uma força de
inteligência superior que a história não registra. Para Philip ter realizado o que fez, ne-
cessitou, no mínimo, da assistência de uma sociedade igual em segredo e subversão
aos Templários - uma que tivesse os mesmos símbolos, que conhecesse suas garras e
senhas - para se infiltrar em suas fileiras. Esta só pode ter sido o Priorado de Sião.

Existem certos documentos do Priorado indicando que Sião supervisionou a ex-


tinção dos Templários. Embora os autores de Holy Blood não se comprometam com
essa hipótese, eles fazem uma declaração que pode ser assim interpretada. Eles relatam
que "após a separação formal em 1188, Sião continuou, de fato, exercendo algum con-
trole clandestino sobre os assuntos do Templo."52 Esse "controle clandestino" poderia ter

84
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

sido subversivo, exercido por infiltrados, espiões e agentes duplos, não necessariamente
de cúmplices.

O Seqüestro e a Morte de Um Papa


O Rei Philip percebeu que o Vaticano tinha que ser trazido à intriga. Os Cava-
leirosTemplários, independentemente de sua blasfêmia, ainda eram um braço da Igreja
Católica. Tão ricos eram os Templários que nenhum papa ousava concordar com sua
destruição - a menos que ele tivesse ganho para a Igreja ou para si mesmo. Portanto,
Plilip planejou colocar o próprio papa no trono de Pedro, alguém que cumprisse sua
ordem. Isso significava ter que livrar-se do papa existente.

Entre 1303 e 1305, o Rei Francês, juntamente com seus ministros, arquitetaram
o seqüestro e morte do Papa Boniface VIII, e possivelmente envenenou o Papa Benedict
XI. Em 1305, o arcebispo de Bordeaux subiu ao trono papal, assumindo o nome de Cle-
ment V. Ele era o próprio candidato do Rei Philip - alguém com sangue Merovíngio. Os
autores de Holy Blood nos informam: "Em débito, ele estava sob a influencia de Philip, e
dificilmente poderia recusar as exigências do Rei. E essas demandas incluíam a eventual
supressão dos Cavaleiros Templários."53

Recuperando o Santo Graal


Enquanto o objetivo principal de Philip, O Justo, era adquirir a riqueza dos
Templários, o Priorado de Sião estava preocupado em recuperar algo mais significativo
do que as riquezas de Salomão. Os Templários, aparentemente, tinham em custódia o
Santo Graal, supostamente o cálice usado na Última Ceia por Cristo, antes de Sua cruci-
ficação. Segundo a lenda, José de Arimatéia, suposto tio de Maria Madalena, segurava o
cálice ao pé da cruz, enchendo-o com o Santo Sangue de Cristo. Em sua fuga para o sul
da França, em 70 d.C., Maria Madalena levara o cálice e o sangue com ela. Alguns acre-
ditam que foi levado para os arredores de Rennes-le-Chateau. O Priorado de Sião queria
recuperar o cálice dos Templários, bem como a riqueza supostamente armazenada lá.

Rev. Church fornece uma pista para a localização do cálice, hoje. Em Guardi-
ans of The Grail, ele diz: "Alguns relatos dizem que José levou o Graal para a Inglaterra,
enquanto outros sustentam que Maria Madalena manteve o Graal na França".54

Essas especulações sobre o paradeiro do Graal podem ter se desenvolvido


após a perseguição aos Cavaleiros. Maria Madalena, ou alguma impostora afirmando ser

85
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

ela, pode ter levado o chamado Santo Graal para o sul da França, no ano 70 d.C. Em
alguma data posterior, talvez no início do século XIV, ele foi removido por alguém ou por
alguma instituição e levado para a Inglaterra. Se o Priorado de Sião era essa instituição,
ela naturalmente escondia sua ação por trás da alegoria de “José de Arimatéia”. Portan-
to, ambas as lendas teriam alguma base de verdade.

Um Golpe Repentino, Rápido e Letal


O Rei Philip, como um Merovíngio que tentava adquirir a riqueza Templária,
certamente solicitou a ajuda do Priorado de Sião, que tinha seus próprios motivos para
ajudá-lo. Com uma assistência tão superior, ele planejou seus movimentos cuidadosa-
mente. Os autores de Holy Blood nos informam que "Uma lista de acusações foi compi-
lada, em parte dos espiões do rei [possivelmente Sionista] que se infiltraram na ordem,
em parte devido à confissão voluntária de um suposto Templário renegado. Armado com
essas acusações, Philip pôde finalmente se mover; e quando ele deu o golpe, foi repen-
tino, rápido, eficiente e letal".

Antes do Rei agir contra os Templários, em 1307, o Priorado de Sião fez um


dos movimentos mais debilitantes das operações de inteligência, que polarizou os Cava-
leiros Templários. Em 1306, o Priorado de Sião levantou o véu, expondo sua verdadeira
identidade escondida por trás da capa "Ormus". Os Cavaleiros ficaram confusos quando,
de repente, eles perceberam que seus perseguidores não eram o rei e o papa, mas sim,
seus inimigos centenários. Quantos do Priorado de Sião haviam se infiltrado em suas
fileiras era impossível para os Templários saberem. Lutar seria inútil.

História Convencional Perplexa


A história convencional é perplexa pelo fracasso dos Cavaleiros em oferecer
resistência. Uma perspectiva revisionista, no entanto, pode explicar seu súbito colapso:
eles foram psicologica e militarmente despreparados contra seus inimigos. Os autores de
Holy Blood descrevem-na desta maneira: "Em uma operação de segurança digna das SS
ou da Gestapo, o Rei emitiu ordens seladas e secretas para seus maiorais em todo o
país. Estes pedidos deveriam ser abertos em todos os lugares, simultaneamente, e im-
plementados de uma só vez. Na madrugada de sexta-feira, 13 de outubro de 1307, todos
os Templários na França seriam apreendidos e colocados sob prisão pelos homens do
Rei, seus preceptores colocados sob o seqüestro da realeza, seus bens confiscados".56

86
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

Sexta-Feira 13
“Sexta-feira 13” entrou na cultura como um dia de "mau presságio". O Priorado
de Sião, não por ignorância, escolheu a sexta-feira 13 para atacar os Templários. Bem
cientes da importância que os Templários atribuíam ao valor esotérico desse número
(sua Ordem continha 13 graus), o Priorado deve ter percebido o efeito debilitante que um
ataque nesse dia teria. O Rei Plilip, por outro lado, provavelmente era menos exigente.
Tudo o que ele queria era a imensa riqueza dos Templários, o que o iludiu. Nunca foi
encontrada, o que é realmente estranho, pois em Paris ficava o banco central dos Tem-
plários para toda a Europa. Os preceptores teriam escondido lá a maior quantidade de
ouro, perdendo apenas para o que, supostamente, estava oculto em Rennes-le-Chateau.

Outra Cruzada Dupla?


O Priorado de Sião havia enganado o Rei Philip, também? Uma evidência cir-
cunstancial apoia esta conclusão. Por exemplo, durante todo o período dessa intriga,
Guillaume Pidoye - um dos homens e guardião do rei e administrador dos bens dos
Templários na agência de Paris após a prisão dos Templários - também foi um colega de
Guillaume de Gisors, Grão-Mestre de Sião. Se Pidoye fosse ele próprio um Sionista, que
parece ter sido o caso, ele certamente teria sido mais leal ao seu Grão-Mestre que ao
Rei.

Os autores de Holy Blood também sugerem que Pidoye agiu como um "agente
duplo", alertando os Templários de sua prisão iminente na agência de Paris. Isso parece-
ria ser um ato de traição contra o rei e Sião. De acordo com a lenda, algum tempo antes
da sexta-feira 13, o tesouro na agência, junto com quase todos os seus documentos e
registros, foi transportado para a base naval dos Templários em LaRochelle, e carregada
em dezoito galés, das quais nunca mais se ouviu falar.

Por que Pidoye alertaria os Templários? É improvável que ele avisasse o inimi-
go de seu Grão-Mestre Sionista. Ele, provavelmente, informaria Guillaume de Gisors a
respeito do movimento iminente do Rei contra os Templários. Os autores de Holy Blood
sugerem outra explicação, quando dizem que o Grão-Mestre de Sião "pode ter sido
parcialmente responsável por... o inexplicável desaparecimento do seu tesouro".57

Alertar os Templários seria, então, parte de um plano intricadamente tecido. Pi-


doye pode não ter sido um "agente duplo", como foi sugerido, mas um "agente triplo".
Pidoye sabia que Sião não tinha meios de transportar o ouro Templário para a costa.
Nem navios eles tinham. Somente os Cavaleiros Templários tinham meios de transporte,

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

com uma frota em La Rochelle. Se avisado com antecedência, os Cavaleiros poderiam


chegar à cidade portuária a tempo. Pidoye, como representante do Rei, fingiria simpatia
pelos Templários, avisando-os do perigo iminente, sugerindo que eles transportassem
sua riqueza para fora do país, antes da Sexta-feira 13. Como agente triplo, ele informaria
o Grão-Mestre de Sião sobre o transporte do ouro. O Priorado, por sua vez, instruiria seu
protetor, a marinha Inglesa, para interceptar e afundar os navios depois de confiscar o
ouro. O ouro seria, então, levado para a Inglaterra.

Cumplicidade Inglêsa e Novo Poder


Embora essa hipótese nunca possa ser provada, é interessante notar que a In-
glaterra, ao longo do século seguinte, rapidamente se tornou o poder dominante no mun-
do antigo. A riqueza dos Templários certamente poderia estar no cerne do que acabaria
por se tornar o Império Britânico.

Outra indicação de que os Ingleses podem ter ajudado o Priorado de Sião é o


fato de que os Cavaleiros Hospitaleiros de São João, ou os Hospitaleiros como vieram a
ser conhecidos, adquiriram as propriedades dos Templários após sua perseguição, em
1314. Os Hospitaleiros foram os concorrentes Ingleses do século XII dos Cavaleiros
Templários, durante as Cruzadas.58 Depois que os Sarracenos recuperaram Jerusalém
dos Cruzados, em 1187, um grupo de Hospitaleiros desembarcou na ilha de Rodes,
mudando seu nome para Templo de São João de Jerusalém, e outro grupo desembarcou
na ilha de Malta, mudando seu nome para Cavaleiros de Malta. O jornalista Britânico
Stephen Knight, autor de The Brotherhood (1984), afirma que ambas as ordens são,
hoje, Ordens Militares Maçônicas Inglesas.59 Além disso, os autores de The Messianic
Legacy afirmam que os Cavaleiros de Malta também, hoje, são vistos como um canal
ideal para o ajuntamento da inteligência Maçônica Inglesa.60

Uma terceira indicação de que os Britânicos podem ter ajudado o Priorado de


Sião em La Rochelle, é o fato de que os Templários fugiram para a Escócia logo após
sua repressão, e lá lutaram ao lado do Rei Robert Bruce, que estava em guerra com a
Inglaterra. Por que os Templários viajariam para um lugar tão remoto e mediriam armas
contra a Inglaterra, a menos que isso estivesse relacionado ao desaparecimento de suas
galeras em La Rochelle e ao confisco de todas as suas posses pelos Hospitaleiros con-
trolados pelos Ingleses?

88
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

Mistério em Rennes-le-Chateau: Graal e o Ouro


Na captura dos Templários, de sua propriedade e riqueza, aquela fortaleza dos
Templários, Rennes-le-Chateau, não teria sido esquecida. Escondida em cofres feitos
pelo homem nas colinas acima do castelo, estavam o Santo Graal e a suposta riqueza de
Salomão. A investigação das atividades de Rennes-le-Chateau revela, no entanto, que
de todos os Templários presos, os da pequena aldeia no sul da França ficaram intocá-
veis, fazendo com que os investigadores de Holy Blood tenham sugerido que o Papa
Clement era um agente duplo trabalhando para os Templários, ao invés de fazê-lo para o
Rei. Mas por que? Se Clement não concordara com o assassinato de dois de seus ante-
cessores, a fim de obter o trono de Pedro, por que proteger os Templários agora?

Os autores de Santo Sangue sugerem várias razões: (1) a família do Papa


Clement era dessa área; (2) o Papa ainda conhecia muitas pessoas lá, mesmo as que
guardavam o castelo; e (3) a história revela que ele demorou a processar os Templários,
embora tenha escolhido a dedo o rei para fazê-lo.

Uma leitura ligeiramente diferente desses fatos, no entanto, oferece uma razão
mais plausível para a proteção de Rennes-le-Chateau. O fracasso das autoridades em
agir contra uma fortaleza tão significativa, poderia ter sido pelo fato da guarnição não
estar constituida por Templários. Como o papa era um Merovíngio, ele provavelmente
não protegeria os guardas que eram Templários. E se os guardas fossem impostores -
impostores vestidos como Templários, mas que, talvez, fossem Sionistas? Essa suges-
tão não deixa de ter mérito, pois a lenda "José de Arimatéia" afirma que o Santo Graal foi
levado para a Inglaterra.

A história não registra o que aconteceu com a riqueza dos Templários, nem no
depositário de Paris ou em Rennes-le-Chateau. No entanto, fazemos bem em ouvir a
afirmação feita em 1981 por Pierre Plantard, o Grão-Mestre contemporâneo do Priorado
de Sião, para os autores de Messianic Legacy: "A Ordem realmente possui o tesouro
perdido do templo de Jerusalém. Será devolvido a Israel quando for a hora certa."61

Uma coisa é certa: quando os Templários foram esmagados, todas as menções


a respeito do que aconteceu com sua riqueza foram expurgadas da história.

Rennes-le-Chateau continua sendo um enigma. A história esqueceu os intocá-


veis Templários aprisionados lá. O destino deles permanece um mistério até hoje. En-
quanto isso, a Inglaterra cresceu rapidamente durante os próximos quatro séculos, para
se tornar a nação mais poderosa e rica do mundo. Hoje, Londres é o centro financeiro do
mundo. É por causa da riqueza dos Templários?

89
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A Maldição dos Cavaleiros Templários:


Poderes Ocultos?
O ano de 1307 não completou a Inquisição dos Templários. Jacques de Molay,
Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários, ainda estava solto. Quando ele foi capturado
sete anos depois, em 1314, foi julgado e queimado na fogueira.

Os autores de SaHoly Blood descrevem as consequências da execução de


Jacques de Molay: "Quando a fumaça do fogo lento sufocou a vida de seu corpo, dizem
que Jacques deMolay, em chamas, emitiu uma imprecação. Segundo a tradição, ele
convocou seus perseguidores - o Papa Clement e o rei Philip - a se unirem e prestarem
contas de si mesmos perante a corte de Deus, dentro de um ano. Após um mês, o Papa
Clement estava morto, supostamente por um ataque repentino de disenteria. Até o final
do ano Philip também estava morto, por causas que permanecem obscuras até hoje.
Não existe, é claro, necessidade de se procurar explicações sobrenaturais. Os Templá-
rios possuíam grande perícia no uso de venenos ... "62 Por isso, devemos lembrar, o
mesmo aconteceu com o Priorado de Sião. Eles também tinham motivos para eliminar o
rei, a quem enganaram, e o papa, que sabia demais.

No entanto, o aparente cumprimento da maldição de Jacques de Molay, deu


crédito à crença nos poderes ocultos dos Templários. Além disso, segundo a lenda, a
maldição não terminaria aí. Deveria lançar um fardo sobre a linha real Francesa no futu-
ro.63

Jacques de Molay e o "Terceiro Grau"


Os Templários nunca perdoariam a Coroa e a Igreja por sua destruição. Have-
ria um dia do acerto de contas. Para manter viva a lembrança dessa atrocidade, os Tem-
plários que fugiram para a Escócia adotaram a lenda da morte de Hiram Abif - suposto
construtor do Templo de Salomão na Maçonaria - como símbolo da destruição de sua
ordem, a perda de sua riqueza e a morte de seu Grão-Mestre Jacques de Molay.64

Hoje, a lenda de Hiram Abif é encenada durante a iniciação no grau de Mestre


Maçom, chamado terceiro grau. Desde então, até agora, quando alguém diz: "Ele deu-
me o terceiro grau", significa que a pessoa é ignorante em usar uma expressão que
deriva da inquisição de Jacques de Molay.

90
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

Os Templários Fogem para a Escócia


Quando os Templários foram suprimidos em toda a Europa e Inglaterra, durante
o início do século XIV, eles fugiram para a Escócia, que estava em guerra com a Inglater-
ra, na época. Somente na Escócia os Templários foram protegidos. Os autores de Holy
Blood, Holy Grail afirmam que "Muitos Ingleses e, ao que parece, os Templários France-
ses encontraram um refúgio Escocês, e diz-se que um contingente considerável lutou ao
lado do [Rei] Robert Bruce na Batalha de Bannockburn, em 1314. Segundo a lenda - e
há evidências para apoiá-la - a ordem se manteve como um organismo coerente na
Escócia por mais de quatro séculos".65

Os Templários e a Maçonaria Francesa:


Banco Internacional
Um descendente de Robert Bruce, James Stuart VI, reinou na Escócia de 1567
até ascender ao trono Britânico em 1603, a pedido da rainha Elizabeth I que não tinha
filhos. Os Stuarts, e seus ancestrais, foram todos iniciados na Ordem dos Cavaleiros
Templários na Escócia, trazendo para Londres um contingente de Templários Escoce-
ses. Os Cavaleiros que viajaram da Escócia para residir em Londres compraram proprie-
dades lá, que ainda hoje possuem. Um fato fascinante é que, construído sobre esta terra,
fica o distrito financeiro de Londres, que atualmente autoriza a maioria das transações
dos bancos internacionais, diariamente.

A Bíblia e Sion
Como sabemos, durante o reinado Britânico de James Stuart (1603-1625), o
mundo Cristão recebeu a primeira tradução da Bíblia para o inglês - chamada King Ja-
mes Version (KJV). Entre o conclave de estudiosos que presidiram a tradução, estava
Robert Fludd, Grão-Mestre do Priorado de Sião.66 Curiosamente, ao longo da tradução
do Novo Testamento, quando é feita uma referência a Sião, a ortografia encontrada é na
forma francesa - Sion!

A Maçonaria do Rito Escocês


Durante o reinado de James Stuart, o embrião da Maçonaria do Rito Escocês
começou a se desenvolver na Inglaterra. Naquela época, chamava-se Maçonaria Jacobi-
91
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

ta, em memória de Jacques de Molay. James e seus descendentes eram todos membros
das Lojas Jacobitas Monarquistas, que praticavam rituais Templários. Os Templários
também se infiltraram na Loja "operativa" ou operária em York. Mais tarde, seus rituais
se tornaram conhecidos pelos Maçons como o Rito de York.

O reinado dos Templários-Stuart na Inglaterra durou pouco. Sião mais uma vez
arrancou os Templários. Robert Fludd, o primeiro Grão-Mestre Britânico de Sião, foi
nomeado para essa finalidade expressa. A expulsão dos Stuart foi rápida e completa e,
como vimos, eles foram exilados na França após a Revolução Gloriosa de 1688. Então, o
Priorado de Sião uniu as lojas espalhadas da Maçonaria Inglesa sob uma Grande Loja
Mãe, em 1717. Sião tem permanecido no controle da Irmandade Britânica até hoje.67

Os Templários Escoceses, é claro, retornaram à França com o exílio do prínci-


pe Charles Edward Stuart e fundaram a Maçonaria Francesa, em 1725. Em 1755, eram
conhecidos como o Rito Escocês, com 32 graus. Tanto na França como na Escócia, os
Templários têm deixado as marcas de sua presença: o símbolo octogonal e seu número
"13".

Templarismo = Maçonaria Francesa


Hoje, a Maçonaria Francesa é o Templarismo. Visto que os Templários nunca
recuperaram suas riquezas da Inglaterra, a Maçonaria Francesa permanece financeira-
mente carente até hoje. A guerra entre os Cavaleiros Templários e o Priorado de Sião,
que começou em Gisors com o "Corte do Olmo", em 1188, ainda está viva entre as Ma-
çonarias Inglêsa e Francêsa.
.
A Maçonaria homenageia os Templários em vários graus, tanto no Rito Esco-
ces quanto no Rito de York. A Ordem de DeMolay, na América, é a sociedade secreta
dos filhos dos Maçons, em honra ao Grão-Mestre dos Templários, Jacques de Molay. É
fácil ver os ideais dos primeiros Templários pagãos na Maçonaria moderna.

A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry confirma a evolução do Templarismo


na Maçonaria: "De Larmenius vieram os Templários Franceses; De Aumont, os Templá-
rios Alemães de Estrita Observância; De Beaujeu, os Templários Suecos do Rito de
Zinnendorf; dos Templários Protestantes da Escócia e da Antiga Loja de Stirling, os
Templários Escoceses; do príncipe Charles Edward [o rei Stuart que fugiu para a França
quando deposto, em 1688] e seus seguidores, os Templários do Rito Escocês Antigo e
Aceito."68

92
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

Sião e a Maçonaria Inglesa


Seguimos os Templários desde o "Corte do Olmo" em Gisors, em 1188, até a
criação da Maçonaria Francesa, em 1725. Agora, retornaremos a Gisors e traçaremos a
atividade da Ordem de Sião para a criação da Maçonaria Inglesa.

Após o "Corte do Olmo", em 1188, enquanto os Templários estavam desenvol-


vendo sua Ordem dentro de uma instituição bancária internacional, a Ordem de Sião
modificou seu nome para o Prieuré de (Priorado de) Sion. Para ocultar mais profunda-
mente o nome "Sion", o Priorado tomou o nome "Ormus", também adotando o título
L'Ordre de la Rose-Croix Veritas, ou A ordem da Verdadeira Cruz Vermelha. Este nome
adicional foi colocado a pedido do primeiro Grão-Mestre do Priorado, Jean de Gisors. Foi
ele quem fundou a Rose-Croix, ou Rosicrucianismo.

Rosicrucianismo
Quatro séculos depois, outro Grão-Mestre de Sião, Johann Valentin Andrea
(GM 1637-1654), popularizou a Rosa-Croix como Rosicrucianismo na lenda de Christian
Rosenkreuz - com seu famoso Chemical Wedding of Christian Rosenkreuz. De acordo
com esta lenda, Rosenkreuz fundou o Rosacrucianismo próximo ao tempo em que o
Priorado de Sião, o Papa Clement V e o Rei Philip, o Justo, perseguiam os Templários. O
Grão Mestre do Priorado de Sião, na época, era Guillaume de Gisors, o mesmo Grão
Mestre que ajudou no confisco da riqueza dos Templários. Ele é creditado por Andrea
como quem organizou os Rosacruzes em um tipo de Maçonaria Hermética. Ele, prova-
velmente, é o modelo fictício para Christian Rosenkreuz.

Satanás contra Jesus


Discutimos muitos dos elementos pagãos do Rosacrucianismo na Introdução,
mas, agora, vamos retornar a uma em particular que ilustra a semelhança das doutrinas
dos Templários e dos Rosacruzes: uma crença gnóstica em um universo dualistico.

Como observado anteriormente, o Maçom Rosacruz, Gustav Carl Jung, obser-


vou que "A cruz [Cristã] e a rosa [Rosacruz] representam o problema Rosacrucionista de
opostos, que são os elementos Cristãos e Dionisícos...." Na sua explicação do significa-
do da cruz e da rosa entrelaçados no emblema Rosacruz, Jung confirma a crença Rosa-
cruz de que Satanás tem as mesmas qualidades redentoras que Jesus Cristo - a mesma
crença dos adversários gnósticos dos Rosacruzes - os Templários.
93
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O nome Christian Rosenkreuz (cruz rosa Cristã ou cruz cobra) ilustra por si só a
crença Rosacruz no dualismo. E o Rose-Croix é a cruz vermelha de Satanás – um insulto
blasfemo à cruz de Cristo.

Protestantes e Rosacrucianismo
Como vimos, muitos Protestantes se uniram ao movimento Rosacruz para
combater a Igreja Católica - que eles viam como um inimigo comum. A Reforma incorpo-
rada por esses Protestantes, no entanto, era uma "reforma" apenas no nome, pois eles
estavam espiritualmente mortos, tendo bebido uma mistura enganosa e mortal de Cristi-
anismo e paganismo.

Novamente, as Escrituras profetizam esse período da história da Igreja no livro


de Apocalipse. O período da Reforma, segundo Clarence Larkin, é representado pela
Igreja de Sardes. A palavra Sardes significa aqueles que escaparam.69 Esses Cristãos
estavam escapando da era da Igreja de Tiatira, em outras palavras, o Catolicismo Ro-
mano. Jesus, através do apóstolo João, fala de sua condição enfraquecida, em Apocalip-
se 3:1-3:

Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante
e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas
obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guar-
da-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de
modo algum em que hora virei contra ti.

Os Rosacruzes, tendo recrutado o apoio de Protestantes fracos nas Escrituras,


alcançaram seus objetivos políticos com a Revolução Gloriosa da Inglaterra, plantando
as sementes do pensamento revolucionário nas lojas Maçônicas. Os Rosacruzes expan-
diram sua sociedade secreta através das guildas maçônicas operativas da Inglaterra
Protestante.

Fundador da Maçonaria Inglesa


Assim, podemos ver como o Priorado de Sião, através dos Rosacruzes, fundou
a Maçonaria Inglesa.
.
Desde que ambos os ramos da Maçonaria nasceram em Londres, vemos no-
vamente ambas as Maçonarias Francesa e Inglesa comemorando o Rosacrucianismo

94
_______________________________________________________________CAPÍTULO 1

em seus rituais Maçônicos. A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry lista os graus Ro-


sacruzes em vários ritos da Maçonaria: "O Sétimo Grau do Rito Francês. O Sétimo Grau
dos Filaletos. O Oitavo Grau da Loja Mãe do Rito Filosófico Escocês. O Décimo Segundo
Grau dos eleitos da verdade. O Décimo Oitavo Grau da Loja Mãe Escocesa de Marselha.
O Décimo Oitavo Grau do rito de Heredom, ou da perfeição."70

Passaremos agora à causa da primeira revolução Maçônica, chamada Revolu-


ção Gloriosa de 1688, na Inglaterra, que foi uma guerra civil entre Sião e os Templários.

95
96
Capítulo 2

MAÇONARIA INGLESA E REVOLUÇÃO


Quando a Grande Loja foi fundada (1717), George I estava no trono há apenas
três anos. Os proeminentes da Maçonaria estavam prontos para ter uma mão na manipu-
lação da nova dinastia Hanoveriana.
Jornalista Britânico Stephen Knight1

No século XVII, foi necessária uma redistribuição do poder político para prote-
ger os novos-ricos das Ilhas Britânicas, que haviam se tornado ricos durante a expansão
das colônias Britânicas. Essa nova elite era composta pelos Maçons, que deram à Ingla-
terra a Revolução Gloriosa de 1688 - a primeira experiência do mundo moderno com um
governo representativo.

O jornalista Britânico Stephen Knight documenta em seu livro The Brotherhood


que a Maçonaria Inglesa, após a rebelião, esteve envolvida em todas as esferas da vida.
A filiação com a Loja era um pré-requisito para qualquer pessoa, incluindo o rei, que
quisesse alcançar destaque e influência. O ponto mais significativo de Knight é que, a
partir daí até agora, a Maçonaria Inglesa esteve profundamente envolvida na política
Britânica.2

Antes da Revolução Gloriosa de 1688, a perseguição eclesiástica havia alimen-


tado os fogos de rebelião. Por exemplo, durante o reinado de Edward III (r.1327-1377), a
Igreja na Inglaterra havia sido corrompida por erros e superstições. A luz do Evangelho
de Cristo foi grandemente eclipsada por invenções humanas, cerimônias onerosas e
idolatria grosseira. John Wycliffe (1330-1384), desejando expor esses erros, traduziu a
Bíblia para o Inglês. Quando muitos começaram a seguir seus ensinamentos, o clero
prevaleceu sobre o rei para permitir que um projeto de lei fosse apresentado ao parla-
mento. A lei foi aprovada em 1401. Dizia em parte: "todos que venham ler as Escrituras
na língua materna [que era então chamada de 'aprendizado de Wycliffe'], devem perder
terras, gado, corpo, vida e bens de seus herdeiros para sempre, e assim serem conde-
nados como hereges a Deus, inimigos da coroa e os mais notórios traidores da terra."3

A perseguição religiosa convulsionou a Inglaterra pelo próximo século e meio -


desaparecendo até o reinado de Elizabeth I (r.1558-1603). As matanças mais sangrentas
ocorreram durante o reinado da meia-irmã de Elizabeth, Mary I (r.1553-1558), apelidada
Maria Sangrenta. John Foxe4 (1517-1587) escreveu sobre os sofrimentos dos Protestan-

97
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

tes durante seu reinado. Uma história retirada do Foxe’s Book of Martyrs (1569), de-
monstrará os horrores sofridos por Protestantes Britânicos que viviam sob o reinado de
Mary I.

Mártir Protestante: O Martírio de John Hooper


Por volta das oito horas, em 9 de fevereiro de 1555, ele foi levado adiante, e mi-
lhares de pessoas estavam reunidas, pois era dia de mercado. Por todo o caminho,
sendo cobrado diretamente para não falar, e vendo o povo que chorava amargamente
por ele, ele às vezes erguia os olhos para o céu e olhava com muita alegria para aqueles
que conhecia; e ele nunca foi conhecido durante o tempo em que esteve entre eles, para
ver um semblante tão alegre e corado como estava naquele momento. Quando ele veio
ao local designado onde deveria morrer, contemplou com alegria a estaca e a prepara-
ção feita para ele, a qual estava perto da grande árvore de olmo, adjacente ao colégio de
padres, onde costumava pregar.

Agora, depois que entrara em oração, uma caixa foi trazida e colocada diante
dele como um banquinho, com o perdão da rainha, caso se arrependesse. À vista do que
ele gritou: "Se você ama minha alma, afaste-a!" Sendo a caixa retirada, Lorde Chandois
disse: "Vendo que não há remédio; despache-o rapidamente."

Foi dado, então, comando para que o fogo fosse aceso. Mas, pelo fato de terem
colocado feixes verdes em quantidade menor do que dois cavalos podiam carregar, o
fogo não acendia rapidamente, e demorou um bom tempo antes de se colocar os juncos
sobre os feixes. Finalmente, teve inicio o fogo, mas o vento, tendo força total naquele
lugar e sendo uma fria e sombria manhã, a chama apenas chamuscou os feixes e extin-
guiu-se.

Algum tempo depois, alguns feixes foram trazidos e um novo fogo foi aceso
com gravetos (porque não havia mais juncos) queimando os feixes por baixo, mas com
pequeno poder acima, por causa do vento, o que não permitiu que queimasse seu cabe-
lo, mas apenas chamuscasse um pouco sua pele. Mais uma vez, assim como no primei-
ro fogo, ele orou, dizendo suavemente e não muito alto, mas como alguém que não
sentia dor: "Ó Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim e recebe minha alma!" Depois
que o segundo fogo foi aceso, ele enxugou os dois olhos com as mãos e, vendo o povo,
disse com uma voz indiferente e alta: "Pelo amor de Deus, gente boa, deixe-me ter mais
fogo!" e tudo isso enquanto suas partes inferiores queimavam; mas os feixes eram tão
poucos que a chama apenas chamuscava suas partes superiores.

98
_______________________________________________________________CAPÍTULO 2

Então, o terceiro incêndio foi aceso algum tempo depois, com uma intensidade
mais extrema que os anteriores. Desta vez, ele orou em alta voz: "Senhor Jesus, tenha
piedade de mim! Senhor Jesus, receba meu espírito!" E estas foram as últimas palavras
que se ouviu. Mas, quando ele estava já com a boca escura e a língua tão inchada que
não conseguia falar, seus lábios se encolheram até as gengivas; e ele bateu no peito
com as mãos, até um dos braços cair e, depois, bateu ainda com o outro, enquanto a
gordura, a água e o sangue caíam das pontas dos dedos, até que, renovando-se o fogo,
suas forças se foram e sua mão fechou-se rapidamente, batendo sobre o peito. Então,
imediatamente curvou-se para a frente, e rendeu o espírito.5

Muitos Protestantes Britânicos sofreram nas chamas durante a Reforma. Ao


longo desses anos, os monarcas da Inglaterra, dirigidos pela Igreja, massacraram ou
prenderam milhares de pessoas que não aderiram à doutrina da Igreja. Alguns dos mé-
todos mais imaginativos de tortura foram usados - tudo em nome de Deus!

Suprimir a oposição espiritual era apenas parte da responsabilidade da Inquisi-


ção. A experimentação científica também foi tentada. Reis e clérigos ignorantes haviam
concebido certas superstições de que a terra era plana e que o sol orbitava a terra. Eles
proibiram qualquer descoberta científica que refutasse sua doutrina. Em toda a Europa, a
Inquisição determinou que os inventores fossem queimados na fogueira por praticarem
feitiçaria.

Embora seja verdade que muitos alquimistas Rosacruzes, na época, pratica-


vam bruxaria, a Igreja também suprimiu teorias científicas sólidas. A história de Galileu,
lembrada no Foxe’s Book of Martyrs, é um excelente exemplo:

Os homens mais eminentes da ciência e da filosofia da época não escaparam


do olhar atento desse despotismo cruel. Galileu, o astrônomo chefe e matemático da sua
era, foi o primeiro a usar o telescópio com sucesso, de modo a entender os movimentos
dos corpos celestes. Ele descobriu que o sol é o ponto central, em torno do qual a Terra
e vários planetas giram. Após divulgar esta grande descoberta, Galileu foi convocado a
se apresentar diante da Inquisição, e por um tempo esteve em grande perigo de ser
morto.

Depois de uma longa e amarga revisão dos escritos de Galileu, em que muitas
de suas descobertas importantes foram condenadas como erros, a acusação dos inqui-
sidores foi para declarar: "Você, Galileu, tem em conta as coisas que você escreveu e
confessou, sujeitando-se a uma forte suspeita de heresia no Santo Ofício, por crer e
manter verdadeira uma doutrina falsa, e contrária às Escrituras sagradas e divinas - ou
seja, que o sol é o centro da órbita da terra e que não se move do leste para o oeste;
mas a terra é que se move e não é o centro do mundo".

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Para salvar sua vida, Galileu admitiu que estava errado ao pensar que a terra
girava em torno do sol e jurou - "Para o futuro, nunca mais dizer ou afirmar, por palavra
ou por escrito, qualquer coisa que dê ocasião a tal suspeita."Mas, imediatamente depois
de fazer esse juramento forçado, ele disse ter sussurrado para um amigo próximo: "A
terra se move, por tudo isso".6

É de se admirar que muitas revoluções estão ligadas a política, economia, reli-


gião e iluminação científica, separando a Igreja do Estado e, finalmente, mergulhando
homens em um tempo de terror e sangue? Quando as revoluções começaram, a Ingla-
terra foi a primeira a cair.

Um Rei Templário para a Inglaterra


A conspiração por trás da Revolução Gloriosa começou em Londres, em 1603,
após a morte da rainha Elizabeth I, que não tinha filhos. Como vimos, ela havia fornecido
um herdeiro, por nomear o rei Templário da Escócia para ascender ao trono Britânico,
após sua morte. O rei James Stuart VI da Escócia se tornou o rei James Stuart I da Ingla-
terra.

Priorado de Sião e o Rei Perdido


O Priorado de Sião, é claro, não podia permitir que os Templários capturassem
um trono tão poderoso. Pela terceira vez, Sião se viu lutando contra seu adversário. O
dever de Sião era proteger os interesses da linhagem Merovíngia. Conforme os docu-
mentos do Priorado, "Sem os Merovíngios, o Prieuré de Sion não existiria, e sem o Prieu-
ré de Sion, a dinastia Merovíngia seria extinta."7

Para garantir a proteção dos interesses Merovíngios, os Grão-Mestres de Sião


determinaram atribuições que, se executadas adequadamente, garantiriam a perpetua-
ção da linhagem do Graal. Os Grãos-Mestres foram e são cuidadosamente selecionados
pelo monarca Merovíngio, atualmente com o título "Rei de Jerusalém". Os documentos
do Priorado confirmam que um rei Merovíngio secreto de Jerusalém existe o tempo todo,
reinando em um dos tronos da Europa: "O rei é pastor e líder ao mesmo tempo." Ele é
reverenciado como um deus, e os "soberanos temporais estão cientes de sua existência,
reconhecem-no, respeitam-no e o temem."8

Embora invisível para o mundo, sua posição elevada é conhecida pelos monar-
cas Merovíngios. Para os iniciados, o "rei de Jerusalém" é considerado o "Rei Perdido".

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_______________________________________________________________CAPÍTULO 2

Spymasters e Conspiradores:
Os Grão-Mestres de Sião
Os Grão-Mestres de Sião estavam a par da identidade do Rei Perdido. Selecio-
nados pela capacidade de avançar na conspiração, sua ocupação na vida foi determina-
da por sua missão. Alguns eram, ou se tornaram homens famosos, como Leonardo Da
Vinci, Sir Isaac Newton e Victor Hugo. Outros permaneceram obscuros. Muitos alcança-
ram fama no desempenho de suas atribuições, a menos que tenham fracassado – então,
a história parece ter se esquecido deles.9

Os Grão-Mestres de Sião sempre estavam sediados perto de sua missão. Em-


bora o Rei Perdido tenha escolhido sua tarefa, o Grão-Mestre designou qual ação tomar
para completá-la. Ninguém tomou essa decisão por ele. Ele poderia operar sozinho, ou
empregar a ajuda necessária.

Toda ação de um Grão-Mestre reinante parece ter girado em torno de uma das
duas atribuições: (1) a proteção do "Rei Perdido" e sua linhagem imediata; ou (2) a pro-
teção do tesouro Templário confiscado. A conclusão bem-sucedida de cada missão era
avançar ainda mais para o objetivo final de Sião: o de progredir em direção a um governo
mundial, governado pelo próprio Rei de Jerusalém.10

Essas designações tornaram a vida dos Grão-Mestres precária, exigindo brilho,


astúcia, subversividade e dispensabilidade. Eles deveriam aceitar sua tarefa, sendo
vitoriosos ou destruídos - com um tremendo incentivo para o sucesso. Se seu objetivo
fosse alcançado, eles poderiam se tornar famosos - talvez ricos.

Explicando o que o Grão-Mestre espera por sucesso ou fracasso, um dos do-


cumentos do Priorado afirma: Como "guardiões de um segredo, só se pode exaltá-los ou
destruí-los" O documento afirma ainda que, após a morte de um Grão-Mestre, sua "vigília
é assistida por um perfume de magia, em que enxofre é misturado com incenso – o
perfume de Madalena"- indicando, é claro, tanto a glória quanto o sofrimento que ele
aceita ao executar a missão.11

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GRÃOS-MESTRES (GM) DE SIÃO VS. OS STUARTS

Robert Fludd (GM 1595-1637): Pai da Maçonaria


Rosacruz-Inglêsa
Os reis Merovíngios reinaram no continente da Europa, protegidos pela coroa
Britânica. Mas, quando um monarca Templário ascendeu ao trono Britânico, em 1603, o
Rei Perdido agiu, nomeando Robert Fludd como Grão-Mestre do Priorado de Sião.

Robert Fludd foi o principal expoente do pensamento esotérico da Inglaterra.


Embora ele nunca alegasse ser Rosacruz, cujo movimento estava causando uma sensa-
ção na Alemanha, Fludd endossou calorosamente tal movimento, declarando que o "bem
maior" era a "Magia, Cabala e Alquimia dos Irmãos Rosacruz."12

A Enciclopedia of Freemasonry afirma que Fludd era "um membro proeminente


da Fraternidade Rosacruz... Os Rosacruzes talvez devessem mais a Fludd do que a
qualquer outra pessoa, por sua introdução, da Alemanha na Inglaterra, e por sua influên-
cia na moldagem da forma da Maçonaria Especulativa ..."13 Citando a revista londrina
Freemason Magazine (abril de 1858, p.677), a Enciclopedia of Freemasonry relata ainda
que "Fludd deve ser considerado o pai imediato da Maçonaria ..."14 A Encyclopaedia
Britannica concorda ao relatar que os escritos de Fludd eram "a principal fonte das idéias
simbólicas da Maçonaria [sic]" 15.

Quando os Stuarts pareciam subir ao trono, Fludd dedicou sua vida a escrever
e pesquisar sobre o Rosacrucianismo. Em toda a Inglaterra havia apenas as guildas de
Maçons operários, mas como ainda não havia uma sociedade esotérica disponível para
subverter os Templários, aparentemente, a tarefa de Fludd era preparar o terreno para
receber a Rose-Croix da Alemanha, a fim de conspirar contra o trono dos Templários em
alguma data futura.

Enquanto isso, Fludd trabalhou nas boas graças de James I e, de acordo co-
mos autores de Holy Blood, Holy Grail, ele "estava entre o conclave de estudiosos que
presidiram a tradução da Bíblia King James."16 A presença de Fludd pode explicar por
que uma tradução da Bíblia para o Inglês contém a grafia francesa "Sion" todas as vezes
que aparece no Novo Testamento (somente KJV).

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_______________________________________________________________CAPÍTULO 2

Johann Valentin Andrea (GM 1637-1654):


Criador das Sociedades Secretas
Valentin Andrea, filho de um pastor luterano e teólogo de Wurttemberg, Alema-
nha, ficou incólume no caos da Guerra dos Trinta Anos. Sua principal atribuição parece
ter sido a mesma do seu antecessor: popularizar o Rosicrucianismo, escrevendo Chemi-
cal Wedding of Christian Rosenkreuz. Depois de Fludd haver preparado as guildas de
trabalhadores Maçônicos na Inglaterra para sua recepção, Andrea importou Rosacruzes
da Alemanha. Holy Blood, Holy Grail confirma que,

Em meio à turbulência que o cercava, Andrea criou uma rede de sociedades


mais ou menos secretas, conhecidas como Uniões Cristãs. De acordo com o projeto de
Andrea, cada sociedade era chefiada por um príncipe anônimo, assistido por outros
doze, divididos em grupos de estudo. O objetivo original das Uniões Cristãs era preservar
o conhecimento ameaçado - especialmente os mais recentes avanços científicos, muitos
dos quais a Igreja considerou heréticos. Ao mesmo tempo, porém, as Uniões Cristãs
também funcionavam como refúgio para as pessoas que fugiam da Inquisição – que
acompanhavam os exércitos Católicos invasores que pretendiam erradicar todos os
vestígios do pensamento Rosacruz. Assim, numerosos estudiosos, cientistas, filósofos, e
esoteristas encontraram um refúgio nas instituições de Andrea. Através delas, muitos
foram contrabandeados em segurança para a Inglaterra - onde a Maçonaria estava ape-
nas começando a se unir. Em certo sentido, as Uniões Cristãs de Andrea podem ter
contribuído para a organização do sistema das lojas Maçônicas.17

A Criação de Lojas Maçônicas na Inglaterra


Uma vez na Inglaterra, esses refugiados da Inquisição se infiltraram nas guildas
que Fludd tinha preparado, enquanto continuava a correspondência com Andrea no
Continente. Dentro de meio século, eles haviam assumido completamente a Maçonaria
operativa e formaram o que chamam de Maçonaria Especulativa, mantendo os três pri-
meiros graus das guildas operárias, e sobrepondo-lhes rituais Rosacruzes. Eles introdu-
ziram muitos dos novos-ricos em sua sociedade.

Eles também fizeram contato com Elias Ashmole (1617-1692), um célebre anti-
quário, especialista em ordens cavalheirescas e autor da bem conhecida History of the
Order of the Garter, iniciando-o em suas Lojas Maçônicas Rosacruzes, em 1646. Eles se
tornaram íntimos do jovem e precoce Robert Boyle, que estava destinado a ser o próxi-
mo Grão-Mestre do Priorado de Sião. E eles introduziram em sua forma de Maçonaria

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um rebelde chamado Oliver Cromwell (1599-1658), dirigindo-o para o vanguarda da


revolução.18 (mais tarde, Ashmole faria a Maçonaria virar-se contra Cromwell.)

Cromwell e a Maçonaria Rosacruz


Enquanto o braço invisível que guiava Cromwell era a Maçonaria Rosacruz, ele,
de Unitarista tornou-se Puritano, um Protestante reconhecido, fazendo sua rebelião na
Inglaterra como sendo um movimento Protestante. No entanto, um estudo cuidadoso do
Unitarismo revelará que seu dogma religioso é idêntico à Maçonaria deísta. De fato,
Oliver Cromwell foi o primeiro e mais famoso Maçom, assim como muitos dos Puritanos.
Sua afiliação Maçônica foi, anos depois, confirmada pelos Maçons Franceses, cujas
cerimônias se originaram com os Templários que ele derrubou. Os Franceses alegaram
que Cromwell era um alto iniciado nos mistérios da Maçonaria, e que usou o sistema
para guindar-se ao poder.19

Abbe Larudan, um Católico especialista em Maçonaria, de Amsterdã, em seu li-


vro The Freemasons Crushed (1746), afirma que Oliver Cromwell "estabeleceu a Ordem
[da Maçonaria] para promover seus [próprios] projetos políticos", e que "A Maçonaria foi
organizada, seus graus estabelecidos, [e] suas cerimônias e rituais prescritos" por Cro-
mwell e vários dos aderentes que ele iniciou. Larudan alega que "a instituição foi usada
por Cromwell para o avanço de seus projetos, pela união das partes concorrentes na
Inglaterra, pela extirpação da monarquia e sua própria elevação subsequente ao poder
supremo. "20

A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry tenta desacreditar Larudan: "[Laru-


dan] escreve com aparente justiça e brandura. Mas, é necessário dizer enfaticamente
que essa teoria da origem da Maçonaria também não encontra apoio nas lendas da
Instituição, ou na história autêntica que está conectada com sua ascensão e progresso
".21

No entanto, outra publicação Maçônica, History and Evolution of Freemasonry,


confirma as ligações de Oliver Cromwell com a Maçonaria. Segundo ela, Cromwell se
reunia regularmente na Loja Maçônica, na taberna chamada Crown. Esta era uma loja
para os aristocráticos da nobreza Rosacruz, a nova elite que eram os novos ricos.22
Cromwell foi considerado por muitos ser ele mesmo um Rosacruz, já que estava no
melhor dos termos com eles.23 Essa visão é endossada pela Enciclopedia of Freemason-
ry.

Embora Cromwell tenha sido indiretamente selecionado pelo Grão-Mestre do


Priorado de Sião para fomentar a revolução, não há evidências de que o Protetor tenha
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_______________________________________________________________CAPÍTULO 2

estado pessoalmente associado a Sião. Há ampla evidência, no entanto, de que ele


estava cercado por Rosacruzes e que sua revolução foi traçada nas Lojas Maçônicas
Rosacruzes. A Maçonaria Inglesa, no entanto, tinha uma segunda casa - as Lojas Maçô-
nicas Templárias.

Uma Casa Maçônica Dividida


Durante os dias de Cromwell, a Maçonaria na Inglaterra ainda não estava uni-
da. Cada loja operava independentemente. Alguns apoiaram Cromwell, enquanto outros
apoiaram os Stuarts. Cromwell ganhou o controle do governo, porque sua seita Maçônica
era mais poderosa. Menos de uma década depois do Protetorado de Cromwell começar
em 1653, uma oposição sectária Maçônica, os Levellers - cujos símbolos eram o esqua-
drado e o compasso - apoiaram os Monarquistas e mudou o equilíbrio de poder de volta
para os destronados reis Stuart. As Lojas Inglesas, no final do século XVII, eram mais
uma vez Monarquistas.25

Na superfície, a Maçonaria embrionária parece ter consistido de várias facções


tentando arrancar poder umas das outras, quando, na verdade, seus conflitos eram uma
continuidade da divisão entre os Cavaleiros Templários e os Rosacruzes de Sião. A
Maçonaria à qual Cromwell pertencia era Rosacruz. A Maçonaria dos Stuart, conhecida
como Maçonaria Jacobita depois de 1688, e mais tarde como Maçonaria do Rito Escocês
no Continente, era de origem Templária, retornando a Jacques de Molay.

A Revolução de Cromwell:
O Triunfo da Maçonaria Rosacruz
Um século antes da revolução de Cromwell, John Hooper, e muitos mais Pro-
testantes como ele, foram queimados na fogueira. Quando o Protestantismo foi protegido
pela rainha Elizabeth em 1558, os reformadores não eram melhores que seus persegui-
dores, pois eles puniram os Católicos com a mesma severidade. Consequentemente,
muitos Católicos fugiram para a Irlanda, onde foram protegidos pelos "The Defenders",
uma ordem Católica Irlandesa fundada por Roger Moore em 1562 para proteger a Coroa
e a Igreja contra os Reformadores Protestantes. Por trás de Moore estavam os Jesuítas
Franceses e Espanhóis. Em 1641, os Defensores se levantaram e massacraram muitos
Protestantes Irlandeses e Ingleses, mas foram esmagados por Cromwell em 1649.26

Oliver Cromwell, o porta-estandarte político do Protestantismo triunfante, tor-


nou-se Lorde Protetor da Inglaterra quatro anos depois do rei Stuart, Charles I, ter sido
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decapitado, em 30 de janeiro de 1649. Os historiadores Durant, em The Story of Civiliza-


tion, Vol. VII, descrevem as execuções:

O príncipe Charles enviou da Holanda uma folha contendo apenas sua assina-
tura e prometeu aos juízes que respeitaria os termos que escreveriam sob seu nome, se
poupassem a vida de seu pai. Quatro nobres se ofereceram para morrer no lugar de
Charles; eles foram recusados. Cinqüenta e nove juízes, incluindo Cromwell, assinaram
a sentença de morte. Em 30 de janeiro, diante de uma multidão vasta e horrorizada, o rei
foi calmamente morto. Sua cabeça foi cortada com um golpe de machado. "Houve um
gemido dos milhares então presentes", escreveu uma testemunha ocular, "como eu
nunca tinha ouvido antes e desejo que nunca mais possa ouvir." 27

A execução foi legal? Claro que não. Com base na legislação existente, o Par-
lamento apropriou-se progressiva e rudemente dos direitos reais sancionados pelos
precedentes de cem anos. Por definição, uma revolução é ilegal; ela pode avançar para
o novo somente se violar o antigo. Charles foi sincero ao defender os poderes que herda-
ra de Elizabeth e James; ele foi contra o pecado, mas pecou; seu erro fatal residiu em
não reconhecer que a nova distribuição da riqueza requeria, para a estabilidade social,
de uma nova distribuição do poder político.28

Os novos-ricos dos quais os Durants falam eram, de fato, a nobreza Rosacruz


que havia cooptado uma das facções opostas da Maçonaria Operativa. Muitos dessa
classe eram acionistas da monopolista British East India Company. Eles acumularam
suas riquezas através do comércio com as colônias, ou seja, o comércio de algodão do
novo mundo em troca de escravos africanos; ópio, chá e especiarias do Oriente. Outros
tornaram-se prósperos através de invenções científicas, durante o Renascimento, que
forneceu os meios para a fabricação de mercadorias vendáveis a partir de matérias-
prima, também comercializados pela British East India Company.

Os novos-ricos queriam uma voz política. Sem ela, eles estavam sujeitos a per-
der, através de tributação gananciosa sem representação, o que haviam ganho. "A Mo-
narquia Absoluta deve ser alterada para uma Monarquia Constitucional para nossa pro-
teção", exigiam eles.

As Lojas Maçônicas ofereciam tal proteção. Lá eles poderiam encontram e pla-


nejar uma estratégia para ganhar uma posição política. Uma vez no governo, a Maçona-
ria permaneceu com uma força de cobertura política para garantir que sua voz sobrevi-
vesse. Como escreve o jornalista britânico Stephen Knight em The Brotherhood, os In-
gleses viram "a necessidade de preservar o ganho da Guerra Civil de 1642-1651 - a
limitação do poder do Rei... Não se sabe se foram as Lojas Maçonicas ou os Maçons que

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_______________________________________________________________CAPÍTULO 2

participaram da iniciativa de convidar William de Orange e sua consorte Mary para, jun-
tos, se tornarem soberanos em 1688, mas a sugestão é plausível". 29

Financiando a Revolução de Cromwell


Quando Cromwell destronou a monarquia de Stuart, ele dissolveu todos os mo-
nopólios protegidos pelo mesmo, incluindo a British East India Company (BEIC). Por três
anos, a BEIC deixou de existir como uma empresa licenciada. Em outubro de 1657, no
entanto, com falta de capital para seu novo governo, Cromwell concedeu à empresa uma
nova licença, em troca de auxílio financeiro.30 Os acionistas da BEIC correram para se
juntar à agora ascendente Loja Maçônica de Cromwell.

Cromwell e o Financiamento Judaico


Os Judeus de Amsterdã também ajudaram a financiar o governo de Cromwell.
Como os mais perseguidos e destituídos de todas as pessoas, eles comprariam sua
liberdade, se necessário. Will e Ariel Durant, em The Story of Civilization: The Age of
Reason Regins, fala da miséria Judaica. Os Durants escrevem que os Cristãos da Euro-
pa, para protegerem sua fé,

procuraram isolar os Judeus com barreiras geográficas, deficiências políticas, censu-


ra intelectual e restrições econômicas. Em nenhum lugar da Europa Cristã, antes da
Revolução Francesa - nem mesmo em Amsterdã - eram permitidos aos Judeus plena
cidadania e direitos. Eles foram excluídos de cargos públicos, do exército, das escolas e
universidades e da prática do direito nos tribunais Cristãos. Eles eram tributados pesa-
damente, estavam sujeitos a empréstimos forçados, poderiam a qualquer momento
sofrer confisco de suas propriedades. Eles foram excluídos da agricultura por restrições
na propriedade da terra e pela insegurança assustadora que os forçou a colocar suas
economias em moeda ou bens móveis. Eles não eram elegíveis para as associações, por
estas serem parcialmente religiosas em forma e propósito, e exigiam juramentos e rituais
Cristãos. Limitado à pequena indústria, ao comércio e às finanças, eles se viram assedi-
ados, mesmo nessas ocupações, por proibições especiais que variavam de lugar e mu-
táveis a qualquer momento: em um distrito, eles não podiam ser vendedores ambulantes,
em outro, eles não podiam ser lojistas; em outro, não podiam tratar de couro ou lã. As-
sim, a maioria dos Judeus vivia como pequenos comerciantes, vendedores de mercado-
rias de segunda mão ou roupas usadas, alfaiates, criados de seus semelhantes, artesãos
que produziam mercadorias para Judeus. Destas ocupações e humilhações do gueto, os

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

judeus mais pobres desenvolveram hábitos de vestir e falar, truques comerciais e quali-
dades mentais que eram desagradáveis para outros povos e de mais altas posições.31

Promessa Maçônica para Reconstruir


o Templo de Salomão
Assim, quando Cromwell garantiu aos Judeus que aliviaria sua situação, eles
concordaram em financiar sua revolução. Em apreciação, Cromwell inventou a alegoria
do Templo de Salomão e prometeu aos judeus que a Maçonaria, um dia, reconstruiria
seu Templo.32

Monsenhor Dr. George E. Dillon, em Freemasonry Unmasked, escreve:

A construção do templo de Salomão foi o sonho de suas vidas. É inquestionável


que eles desejavam ter uma causa em comum com outros grupos de religiosos perse-
guidos. Eles tinham motivos especiais para acolher com alegria os hereges que foram
rejeitados pelo Catolicismo. Portanto, não é de todo improvável que eles admitidiam em
seus conclaves secretos alguns, pelo menos descontentes... queimando por vingança
contra aqueles que os expropriaram e reprimiram [eles] 33.

Alguns Judeus também consideravam Cromwell um possível Messias. Como


observam os Durants, "Para os judeus tão dispersos, e muitas vezes destituídos e difa-
mados, o suporte da vida era a fé de que algum dia, em breve, o verdadeiro Messias viria
para ressuscitá-los da miséria e ignomínia para o poder e a glória.34

Nesta Webster elabora: "Agora, apenas neste período, os Judeus criam que a
era Messiânica se aproximava, e parece ter ocorrido a eles que Cromwell faria parte da
mesma. Consequentemente, emissários foram enviados para consultar os arquivos de
Cambridge, a fim de descobrir se o Protetor poderia, possivelmente, ser de ascendência
Judaica. Como essa missão se mostrou infrutífera, o Rabino Cabalista de Amsterdã,
Manasseh ben Israel, dirigiu uma petição a Cromwell, reivindicando a readmissão dos
Judeus pela Inglaterra".35

Emancipação Parcial de Judeus Ingleses


Cromwell ganhou a emancipação parcial de seus amigos Judeus, mas não sem
oposição. Os Anabatistas, uma seita Protestante radical que defendia o rebatismo de
membros da igreja, e que promoveu a separação entre igreja e estado, denunciou Cro-

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_______________________________________________________________CAPÍTULO 2

mwell como a Besta do Apocalipse, por causa da maneira Messiânica pela qual se apre-
sentou aos Judeus.36 (As escrituras indicam que os Judeus adorarão A Besta como seu
Messias durante a tribulação - veja o capítulo 27). Edith Starr Miller, em Theoculty Theo-
crasy, nos fala do desastre que mais tarde renovou o sentimento anti-Judaico na Inglater-
ra:

Após a morte de Charles I, Cromwell nomeou uma assembléia de advogados e


religiosos para analisar a petição de Manassés ben Israel, que reivindicava a abolição da
exclusão legal dos Judeus da Inglaterra. Em dezembro de 1655, a proibição foi removida.
Onze anos depois, ocorreu o grande incêndio de Londres. 37

O centro comercial da cidade estava quase destruído. Mas o coração político


da cidade, Westminster, fora salvo. No total, dois terços de Londres fora destruído.38
Obviamente, os Judeus foram responsabilizados pelo fogo, mas não havia provas para
comprovar tal acusação. 39

Os Judeus Trocam de Lado


e Voltam a Rivalizar com os Templários
Não satisfeitos com o sucesso parcial de Cromwell em conquistar sua liberda-
de, os Judeus apoiaram financeiramente a causa dos Stuart para recuperar o trono Bri-
tânico para a Maçonaria Templária. Os Judeus esperavam que os Stuarts lhes dessem
total emancipação por seus serviços financeiros.

Os Judeus também se voltaram para Elias Ashmole, que havia sido introduzido
no Rosacrucianismo em 1646, e que, através dele, voltou o sistema Maçônico Rosacruz
contra Cromwell, de modo que, no final do século XVII, a Ordem também se uniu à causa
aos Stuart. 40

Sem o apoio financeiro Judaico, o governo de Cromwell vacilou e entrou em co-


lapso, mergulhando a nação em depressão. Os Britânicos começaram a pedir o retorno
dos Stuarts, na esperança de que uma mudança de administração melhorasse sua con-
dição desesperadora. Para evitar outra guerra civil, os Rosacruzes permitiram que o Rei
Stuart Templario, Charles II, recuperasse o trono da Inglaterra, onze anos depois da
decapitação de seu pai.

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Robert Boyle (GM 1654-1691):


A Maçonaria Funda a Sociedade Real da Inglaterra
Robert Boyle, um alquimista Rosacruz, estava à frente do Priorado de Sião
quando Cromwell ainda estava no poder, mas antes que o Templário Charles II subisse
ao trono. Em suas cartas, Boyle fala repetidamente do "Colégio Invisível", que os autores
de Holy Blood, Holy Grail, sugerem ter sido um codinome secreto para o Priorado de
Sião, ou, pelo menos, para a atividade do Grão-Mestre.

Robert Boyle parece ter-se preocupado com a alquimia. Sua volumosa corres-
pondência com o Continente aborda, extensivamente, alquimia e alquimia experimental.
Mais importante, suas cartas confirmam sua participação em uma sociedade secreta
hermética - provavelmente os Rosacruzes.41

O interesse de Boyle pela alquimia, no entanto, mascarou sua ocupação princi-


pal. Com outro Stuart no trono real, sua principal tarefa era controlar Charles II. Ele reali-
zou isso através da Royal Society de 1660, criada no mesmo ano em que Charles II
ascendeu ao trono. Seus fundadores eram apenas Maçons Rosacruzes, incluindo o
Grão-Mestre de Sião, Robert Boyle, e o próximo Grão-Mestre, Isaac Newton. Eles, graci-
osamente nomearam o rei Templário como patrono e patrocinador da Sociedade. 42

O jovem e ingênuo Charles II dificilmente resistiria a uma nomeação tão presti-


giada, que o associavam a mentes científicas. Consequentemente, Charles seguiu o
conselho dos Sionistas Rosacruzes, em vez do dos Templários que o levaram ao poder.

Os Durants consideraram o reinado de 25 anos do rei Charles (1660-1685) co-


mo incompetente. Mas ele foi incompetente porque seus conselheiros assim o garantiam.
Sião jogou esse jogo por 800 anos!

A Conspiração de Sião para Livrar a Inglaterra


dos Stuarts Templários
Em 1660, o Priorado de Sião poderia facilmente ter assassinado Charles II. A
decapitação de Charles I onze anos antes, no entanto, havia transformado muitos assun-
tos contra a revolução. Qualquer movimento contra o jovem monarca significaria guerra
civil, o que não seria do melhor interesse de Sião. Com uma economia vacilante, e com a
morte de Cromwell em 1658, Sião estava determinada a preservar seus avanços, mesmo
que isso significasse o retorno de um Stuart ao trono - por um tempo, pelo menos. Se

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_______________________________________________________________CAPÍTULO 2

Charles II fosse mantido incompetente, o entusiasmo de Stuart enfraqueceria gradual-


mente, revertendo a tendência Monarquista.

Vinte e cinco anos se passaram antes que a estratégia funcionasse. James II,
irmão de Charles II, ascendeu ao trono em 1685. A Grã-Bretanha, no entanto, teve o
suficiente de incompetência. O reinado de James durou apenas três anos, antes de ser
destronado pela Revolução Gloriosa de 1688.

Novamente, os Judeus estavam na vanguarda financeira da revolução. Em


1688, eles ajudaram sua causa, financiando William de Orange contra James II. A essa
altura, como os Durants escrevem, os Judeus estavam fortemente envolvidos no comér-
cio Britânico: "A mente Judaica, aguçada pelas dificuldades, opressão e estudo, desen-
volvidas no comércio e nas finanças, tinha uma sutileza aquisitiva nunca perdoada por
seus concorrentes. A atividade dos Judeus exportadores e importadores teve um papel
significativo na prosperidade de Hamburgo e de Amsterdã. Doze por cento do comércio
exterior da Inglaterra passou por mãos de Judeus na primeira metade do século XVII."44
Como resultado, comerciantes Judeus e banqueiros rapidamente se tornaram ricos. Eles
eram tão ricos, de fato, que a partir de Cromwell vamos testemunhar alguns Judeus
proeminentes, fortemente envolvidos no financiamento da revolução através de socieda-
des secretas, em um esforço para promover o governo mundial do Priorado de Sião.

Durante as insurreições Britânicas, os Judeus mudavam continuamente a leal-


dade, não para ganhar poder ou riqueza, mas para garantir e aumentar sua liberdade.
Assim, os Judeus não estavam dirigindo a Revolução Gloriosa, como alguns autores de
conspiração poderiam dizer, mas estavam aproveitando uma oportunidade de liberdade,
como qualquer povo faria se estivesse nas mesmas circunstâncias insustentáveis.

Knight sustenta que a revolução não era Judia, mas puramente Maçônica,
quando escreve que os ingleses viam "a necessidade de preservar o ganho da Guerra
Civil de 1642-1651- a limitação do poder do Rei... Se foram as Lojas como tais ou os
Maçons como Maçons que participaram da iniciativa de convidar William de Orange e
sua consorte Mary para se tornarem soberanos conjuntos em 1688 não é algo conheci-
do, mas a sugestão é plausível. "45

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Sir Isaac Newton (GM 1691-1727):


Viajante Religioso Cético e Companheiro Maçonico
Robert Boyle era amigo íntimo do próximo Grão-Mestre de Sião, até ensinando
a ele os segredos da alquimia. O nome dele era Isaac Newton. Reinando como Grão-
Mestre de 1691-1727, sua tarefa foi a de zelador de uma revolução aperfeiçoada.

Newton foi educado em Cambridge e eleito em 1672 para a Royal Society. Du-
rante esse período, ele teve intimidade com um jovem refugiado Protestante francês,
Jean Desaguliers, também alquimista e um dos dois curadores de experimentos da Ro-
yal Society. A amizade deles era tão próxima que, segundo a Encyclopedia of Freema-
sonry, Newton foi padrinho da filha do Dr. Desaguliers.46 Nos anos seguintes, os Desagu-
liers se tornaram uma das principais figuras da surpreendente proliferação da Maçonaria
Inglesa em toda a Europa. Ele também foi fundamental para a iniciação na Maçonaria do
duque de Lorena, um Merovíngio cujo irmão mais novo se tornaria um futuro Grão-
Mestre do Priorado de Sião, no Continente.

Não há registro de que o próprio Isaac Newton fosse um Maçom. No entanto,


certas atitudes dele e obras refletem interesses compartilhados pelos Maçons. Por
exemplo, assim como os Maçons, ele "atribuiu grande significado à configuração e di-
mensões do templo de Salomão. Ele acreditava que as dimensões e a configuração do
templo ocultavam fórmulas alquímicas; ele acreditava que as cerimônias antigas no
templo envolviam processos alquímicos."47.

A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry indica o desejo dos Maçons de reivin-


dicar Newton como sendo um deles, pelo menos por associação: "A Royal Society era a
menina dos olhos de Newton; Newton, por sua vez, era o líder, inspiração e glória da
Royal Society; e os membros da Royal Society eram totalmente Maçônicos; Newton
estava, portanto, em um círculo Maçônico". 48

Holy Blood, Holy Grail declara que "Os interesses científicos de Newton foram
menos ortodoxos do que tínhamos imaginado a princípio, assim como suas visões religi-
osas. Ele era militantemente, embora silenciosamente, hostil à idéia da Trindade... Ele
questionou a divindade de Jesus e colecionou avidamente todos os manuscritos referen-
tes ao assunto. Ele duvidou da autenticidade completa do Novo Testamento, acreditando
que certas passagens tinham corrupções interpoladas no século V. Ele ficou profunda-
mente intrigado com algumas das heresias Gnósticas primitivas e escreveu um estudo a
respeito de uma delas."49.

112
_______________________________________________________________CAPÍTULO 2

Charles Radcliffe (GM 1727-1746)


Parece não ter havido relação pessoal entre Isaac Newton e Charles Radcliffe,
que era um conhecido Maçom e o último Grão-Mestre Britânico do Priorado de Sião.
Depois que a revolução britânica de Oliver Cromwell foi solidificada, após a revolução
Gloriosa de 1688 ter destronado permanentemente os Stuarts, e depois da Maçonaria
estar unida em 1717 e os Stuarts Templários serem exilados para a França – Charles
Radcliffe foi com eles. Sua tarefa era garantir que eles não retornassem.

O Nascimento da Maçonaria Francesa


A Maçonaria Francesa nasceu, como vimos, com a chegada dos exilados Stu-
arts na França. A Maçonaria Francesa recém-criada, como seria de esperar, alterou o
mito do templo de Salomão para refletir suas próprias origens e aspirações políticas.
Nesta Webster observa que "quando a revolução de 1688 dividiu a causa Monarquista,
os Jacobitas que fugiram para a França com James II levaram a Maçonaria com eles.
Com a ajuda dos Franceses, eles estabeleceram lojas nas quais, era dito, os ritos e
símbolos [sic] Maçônicos foram usados para promover a causa dos Stuarts. Assim, a
terra da promessa significava a Grã-Bretanha, Jerusalém ficou sendo Londres e o assas-
sinato de Hiram [que originalmente simbolizava seu Grão-Mestre Templário Jacques de
Molay] representava a execução de Charles I."50.

Webster relata a conseqüente mudança na Maçonaria Inglesa: "A Maçonaria na


Inglaterra não continuou a aderir à causa Stuart, como havia feito sob a égide de Elias
Ashmole e, em 1717, é dito ter se tornado Hanoveriana". 51

Knight concorda com a avaliação de Webster: "Quando a Grande Loja foi fun-
dada [1717], George I [de Hannover] estava no trono há apenas três anos. Os principais
na Maçonaria estavam prontos para ter uma mão na manipulação da nova Dinastia Ha-
noveriana."52

Com a Maçonaria Inglesa firmemente dominada pelos Rosacruzes de Sião,


Charles Radcliffe, o próximo Grão-Mestre do Priorado de Sião (GM 1727-1746), estava
livre para "fugir" para a França com os Stuarts. O "Rei Perdido" não poderia ter feito
melhor escolha que Radcliffe, o qual, como alto iniciado nos Cavaleiros Templários, era
um agente duplo do Priorado de Sião.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Maçonaria Inglesa Unificada e Descristianizada


Com a dinastia Protestante de Hannover firmemente no poder, e o império sob
controle Maçônico, era hora de unificar a Maçonaria, dividida entre Templarismo e Rosa-
crucionismo. Em 24 de junho de 1717, quatro lojas londrinas de Maçons Rosacruzes se
reuniram na Apple Tree Tavern, situada na Charles Street, Covent Garden e, com o mais
antigo Mestre Maçom como presidente, eles constituíram a Grande Loja. O rabino Ma-
nasseh ben Israel, o Maçom Judeu de Amsterdã, já havia, antes de sua morte, projetado
o brasão de armas que foi adotado como o símbolo da Assembléia da Grande Loja, em
Londres.

Sete Gentios Gnósticos, Magos da Rosacruz Inglesa, a Ordem fundada pelo


Priorado de Sião, foram os principais organizadores da Grande Loja Unida. Quem eram
estes homens? O Dr. James Anderson, formado em Oxford e conhecido como pensador
livre, era também ministro Presbiteriano e pregador para o Rei da Inglaterra. Dr. John
Theophile Desagulliers (um dos amigos mais próximos de Isaac Newton) era advogado,
Membro da Royal Society de Sião, filósofo natural e Protestante Francês; Ele tinha rece-
bido ordens sagradas na Inglaterra e foi nomeado Capelão do Príncipe de Gales pelo Rei
George II. Desaguliers também era considerado um ocultista e um consumado inventor
alquimista. Havia o menos conhecido: George Payne, um Modernista (termo Maçônico
que denota aqueles que modificaram ou alteraram o então chamado rito antigo da Maço-
naria) que, como o segundo Grão-Mestre eleito, introduziu a Bíblia na Loja, sob o pretex-
to de que os Maçons deveriam prestar juramento. Finalmente, haviam James King, Cal-
vert, Luinden-Madden e Elliot.53

O Dr. James Anderson foi selecionado para redigir uma constituição que, sob
suas mãos, começou a descristianização da Loja. Na nova constituição, intitulada Char-
ges of a Freemason, Anderson, seguindo a linha Modernista, escreve: "Agora, penso ser
mais conveniente apenas obrigá-los [membros da Irmandade] àquela religião com a qual
todos os homens concordam, deixando suas opiniões particulares para si".54

Em relação à Constituição de Anderson, Edith Starr Miller afirma: "A Maçonaria,


que como associação secreta havia mantido sua existência por anos, tinha descoberto
ela própria, tornando-se uma organização declarada com a proclamação da Constituição
de Anderson. Uma vez aberta, era para ser a tela universal pela qual todas as socieda-
des secretas, teúrgicas ou políticas, operariam clandestinamente. A Maçonaria, com sua
proclamação de três graus filantrópicos e altruístas, sem aparente segredo real, decla-
rando-se Cristã e apolítica, se tornaria o centro em que homens ignorantes, recrutados e
enganados, poderiam agir como bonecos animados por mãos invisíveis, controlados por
cordas invisíveis. Desta forma, todos os golpes contra o Cristianismo e os Estados foram
preparados pelas sociedades secretas, agindo por trás do véu da Maçonaria."55
114
_______________________________________________________________CAPÍTULO 2

A Constituição de Anderson abriu a porta a homens de toda e qualquer fé, na


comunhão da Maçonaria. O descristianismo das Lojas, no entanto, levou quase 100
anos. As orações nas Lojas Inglesas eram concluídas com o nome de Cristo até 1813,
quando a Loja, novamente, mudou as fórmulas sob os “Anciãos” Grão-Mestre e livre-
pensador, o duque de Sussex, que fez a ordem puramente Deísta. Os "Anciãos" alega-
ram que suas cerimônias vinham desde as lojas antigas ou operativas sem mudança.
Naquela época, Turcos, Judeus, Jacobitas, não jurados, Protestantes e Católicos (princi-
palmente Jesuítas) foram admitidos na ordem.

Importando Elementos Pagãos


Ao longo do século XVIII, mais e mais elementos pagãos foram trazidos para
substituir a fé descartada pelos Modernistas. Por exemplo, o Gnosticismo foi considerado
a Mãe da Maçonaria, e por ela, todas as religiões seriam unificadas; o nome de Cristo
concluindo cada oração, gradualmente desapareceu; nas citações Maçônicas das Escri-
turas (por exemplo, 1 Pedro 2:5; II Tessalonicenses 3:2 e 13), o nome de Cristo era
nitidamente excluído do texto; e, finalmente, o misticismo oriental entrou em seus ritu-
ais.56

O Nome de Jesus Cristo é Proibido


Até hoje, o nome sagrado de Jesus Cristo é proibido de ser proferido em qual-
quer Assembléia Maçônica, como afirmam os Maçons, "por medo de ofender seus ir-
mãos não-Cristãos. "Essa "ofensa" perpetrada pela Maçonaria Sionista pode ser a única
profetizada por Paulo em Romanos 9:33: Como está escrito: “Eis que ponho em Sião
uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo; mas aquele que nela confia jamais
será envergonhado!”

Ao excluir o nome de Cristo da Loja, os Anciãos conseguiram introduzir o ine-


gavelmente oculto - notavelmente a invocação do "nome perdido" de Deus. Se a Deidade
não fosse identificada como o Deus Cristão Trinitário, então, Deus poderia ser definido
como o Grande Arquiteto do Universo - um nome associado ao ramo inglês dos Mero-
víngios do 10º século - Bera VI, conhecido como o Arquiteto. Os autores de Holy Blood,
Holy Grail, sugerem que o Grande Arquiteto do Universo Maçonico geralmente se refere
à linhagem Merovíngia e especificamente ao próprio "Rei Perdido".57 Portanto, o "nome
perdido" de Deus seria o nome do rei secreto que reinava sobre os Merovíngios, o usur-
pador da linha Davídica, o qual, blasfemamente, reivindica o título de "Rei de Jerusalém.”

115
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A Conspiração da Oligarquia e da Maçonaria Inglesa


Os Durants avaliam a nova "Declaração de Direitos" do Parlamento da Inglater-
ra, após a Revolução Maçônica de 1688: "Esta proclamação histórica expressou os
resultados do que a Inglaterra Protestante chamou de a 'Revolução Gloriosa': a explícita
afirmação da supremacia legislativa do Parlamento, há tanto tempo contestada por qua-
tro reis Stuart... a monarquia "absoluta" por "direito divino" havia sido transformada em
oligarquia, caracterizada por moderação, assiduidade e habilidade no governo, coope-
rando com os príncipes da indústria, comércio e finanças, e geralmente descuidados com
os artesãos e camponeses. As classes médias altas se beneficiaram substancialmente
da revolução. As cidades da Inglaterra recuperaram sua liberdade [apenas] para serem
governadas por oligarquias mercantis."58

Os Durants reconhecem claramente a riqueza, influência e poder político das


oligarquias mercantis da Inglaterra. Somente pesquisadores de conspiração, no entanto,
têm reconhecido a união entre industriais ricos, comerciantes, banqueiros e monarcas,
através de sua associação na irmandade da aristocrática Maçonaria Inglesa. Essa "as-
sociação" é o que tem sido chamada de Conspiração da Oligarquia.

É verdade que apenas as classes médias altas se beneficiaram da revolução


inglesa. Assim como os reis Stuart templários falharam em reconhecer e conceder à
aristocracia uma voz em seu governo, também a nova Oligarquia Maçônica falhou em
reconhecer as necessidades daqueles que estão abaixo deles –os trabalhadores pobres.
Mais de 100 anos se passaram antes do trabalhador comum ganhar reconhecimento.
Seu sucesso, no entanto, veio da mais sinistra revolução Maçônica Templária que fer-
mentou no continente Europeu. Aquilo que os aristocratas ganharam com sua revolução
Maçônica Inglesa capitalista, foram destinados a perder na revolução socialista Maçônica
Francesa.

Conclusão
Cinco das oito "teorias do polvo" foram abordadas neste capítulo. Aprendemos
que a oligarquia é formada por realeza, banqueiros mundiais e corporações multinacio-
nais. Vimos como e por que os Judeus estavam envolvidos - financiando a Revolução
apenas com o objetivo de obter sua própria liberdade. Descobrimos que essas quatro
teorias estão alojadas na quinta teoria, a Maçonaria Inglesa Rosacruz.

116
Capítulo 3
AS GUERRAS RELIGIOSAS DA FRANÇA
Não poderia haver maior falácia do que a teoria de que conspirações subterrâ-
neas são levadas a cabo apenas por pobres, oprimidos e revolucionários. A guerra Real
Francesa contra os Huguenotes começou como um movimento subterrâneo.

Enciclopédia Mackey de Maçonaria 1

As guerras religiosas da França começaram após o reinado do rei Henry II de


Valois (r.1547-1559) e durante a regência de sua rainha, Catherine. A causa subjacente
das guerras religiosas não foi a Reforma; nem foi um conflito entre Sião e os Templários.
Foi uma luta interna entre concorrentes Merovíngios. Este capítulo se concentrará nas
intrigas que envolvem a segunda e a terceira Guerras Religiosas, que mergulharam a
realeza do Santo Graal em um banho de sangue que durou de 1562 a 1594.

O "Grande Plano" Merovíngio


Como observado no capítulo 1, os Merovíngios tinham uma "Doutrina Secreta"
(também chamada de "Grande Plano"), que em parte pedia a criação de um Trono Uni-
versal na Europa. Seriam necessárias três propriedades esotéricas para que o detentor
do Trono Universal fosse legítimo: (1) ele deveria possuir a Lança do Destino, conforme
descrito no capítulo 1; (2) ele também deveria ser o Sacro Imperador Romano; e (3) ele
deveria possuir o título de "Rei de Jerusalém." O rei Merovíngio em posse dessas três
propriedades seria, não apenas o governante do mundo, mas o Rei Perdido dos Mero-
víngios, ou na escatologia do Santo Graal - o Messias de Israel.

O Plano começou a sério em Gisors, logo após o Priorado de Sião oficialmente


se separar dos Templários, em 1188. Para iniciar o Plano, os tronos Carolíngios existen-
tes na Europa deveriam ser subvertidos ou derrubados. Isto não apenas envolveu casa-
mentos com a realeza Carolíngia, mas, às vezes, exigia intriga política, assassinato ou
uma tomada aberta de poder. Uma vez os Carolíngios removidos, os Merovíngios pode-
riam cooperar na combinação, através de casamentos, na união de várias famílias de
Sangue Sagrado, a fim de criar em uma linha sanguínea as três propriedades esotéricas
necessárias para estabelecer o governo mundial.2

117
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Planejando a Destruição da Igreja


Para manter a legitimidade política e o controle esotérico, os Merovíngios confi-
aram inicialmente na Igreja. Eventualmente, no entanto, Roma provou ser um obstáculo
e teve que ser enfraquecida ou removida. Os Merovíngios planejavam diminuir a influên-
cia da Igreja através da guerra psicológica - uma tradição clandestina destinada a corroer
o espírito hegemônico de Roma - uma tradição que encontrou expressão no pensamento
Hermético e esotérico, como nas sociedades secretas Rosacruzes e Maçônicas.3

Manipulando Protestantes Bourbon e


Católicos Disfarçados:
Guerra Civil por um Trono Universal Merovíngio
A história nos diz que a Reforma do século XVI dividiu a França antiga entre
Protestantes e Católicos. O consenso histórico aceito é que um grupo de Protestantes
bélicos, autodenominados de Huguenotes, precipitaram os eventos que culminaram em
seu massacre, no dia de São Bartolomeu, em 24 de agosto de 1572. Não estamos falan-
do da conspiração do Priorado de Sião que manipulou os dois lados do conflito – um
conflito que foi travado para criar um Trono Universal para os Merovíngios.

Jogadores no Drama
Conspirando pelo domínio ou sobrevivência, em meio às Guerras Religiosas da
França, três famílias reais: (1) a Casa pró-protestante de Bourbon: (2) a fervorosa Católi-
ca Casa de Guise (subordinada à Casa de Lorraine); e (3) a amável Católica Casa de
Valois. As Casas de Valois e de Guise eram Merovíngias, enquanto a de Bourbons não
era. Ainda não.

A realeza Bourbon, protegendo os Huguenotes, governou o sudoeste da França


sob uma forma de republicanismo. A Casa de Guise, lutando violentamente para aniqui-
lar os Huguenotes, era o ramo de cadetes ou braço militar da Casa Merovíngia de Lor-
reine, então governando a Holanda. Mais poderosa foi a Casa de Valois, governando o
norte da França. Os reis de Valois, mais ou menos, desejavam paz em vez de guerra
civil entre Protestantes e Católicos. A atitude deles enfraqueceu apenas uma, corroendo
a posição Católica dominante.

118
_______________________________________________________________CAPÍTULO 3

A dinastia Valois começou com Charles de Valois (1328-1350), sobrinho do Me-


rovíngio Philip IV; também conhecido como Philip, o Justo. Ele era o mesmo Philip que
tentou a destruição dos Cavaleiros Templários e que tinha queimado Jacques de Molay
na estaca, em 1314.4 Charles de Valois tornou-se o rei Philip VI e manteve o título Mero-
víngio de Rei de Jerusalém.5 Em 1483, o título passou para a Casa de Lorraine através
de casamento, permanecendo lá até 1735.

Um século após o nascimento da dinastia Valois, a dinastia Bourbon, ao sul,


juntou-se ao movimento Protestante. Os reis Valois, já tentando conter o valor nominal
dos Bourbons Protestantes, também estavam tendo dificuldades fora de suas fronteiras.
A Casa Áustriaca de Habsburg (ou Hapsburgo) teve filhos nos tronos que cercavam a
França. O objetivo de Habsburg era capturar o trono Francês e, depois, forçar um casa-
mento com a Casa de Lorraine para obter, em uma ou duas gerações, o título de "Rei de
Jerusalém". O título de Sacro Imperador Romano já estava anexado ao trono Austríaco,
o qual também possuía a Lança do Destino. Os Habsburgs estavam a caminho de cum-
prir as condições da Doutrina Secreta para o tão desejado império mundial dos Merovín-
gios!

Não estando disposta a renunciar ao título de "Rei de Jerusalém", a Casa de


Lorraine conspirou com sua jovem Casade Guise para assumir o poderoso trono Fran-
cês, na esperança de, assim, coibir o plano dos Habsburgs. A estratégia deles era enfra-
quecer a dinastia Valois, através da guerra civil, o que significava exacerbar o conflito
existente entre Protestantes e Católicos.

Para preservar seu reino contra essa turbulência, a Casa de Valois foi forçada
ao apaziguamento contínuo, quando eclodiram guerras entre os Protestantes Bourbon e
os Catolicos Guise. Esses conflitos ficaram conhecidos como as Guerras Religiosas da
França.

Priorado de Sião e as Guerras Religiosas:


Os Grão-Mestres de Sião apoiam os Huguenotes de
Bourbon
Evidências substanciais confirmam que o Priorado de Sião estava manipulando
os dois lados nas guerras religiosas. O duque de Lorraine, com o título de "Rei de Jeru-
salém", enviou dois Grão-Mestres para a França, ambos do clã Guise. Eram eles Ferdi-
nand de Gonzague, mais conhecido como Ferrante de Gonzaga (GM 1527-1575), e
Louis de Nevers, também conhecido como Louis de Gonzaga (GM 1575-1595). Louis era

119
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

o sobrinho de Ferrante. Sua aparente designação, que obteve sucesso parcial, foi exter-
minar a Casa Merovíngia de Valois, em favor da Casa Merovíngia de Guise.6

As evidências apóiam a afirmação de que, para cumprir sua tarefa, os dois


Grão-Mestres de Sião apoiaram os exércitos dos Huguenotes de Bourbon, a fim de en-
fraquecer, tanto a dinastia Valois, quanto a Igreja Católica. De acordo com Holy Blood,
Holy Grail, durante o segundo e terceiro quartos do século XVI, o Grão-Mestre Ferrante
"parece ter secretamente se aliado ao duque de Guise, que [em 1563] ficou a um passo
da tomada do trono Francês."7 No último quarto do século XVI, o Grão Mestre Louis de
Nevers "efetivamente exterminou a antiga dinastia Valois da França e quase obteve o
trono para a [Casa de Guise]."8

Nostradamus: Profeta ou Agente Secreto de Sião?


De acordo com os "documentos do Priorado", os Guises e os Lorraines encon-
traram um aliado no Judeu chamado Nostradamus (1503-1566).9 Nostradamus estava
bem ciente da história do Priorado de Sião e dos Cavaleiros Templários. Como os auto-
res de Holy Blood, Holy Grail notam, muitos de seus escritos "se referiam, explicitamen-
te, ao passado - aos Cavaleiros Templários, à dinastia Merovíngia, à história da casa de
Lorraine... ao Razes - o antigo condado de Rennes-le-Chateau... De qualquer forma,
existem evidências abundantes sugerindo que Nostradamus era, de fato, um agente
secreto trabalhando para François de Guise e Charles, cardeal de Lorraine."10

A Casa de Valois, por ignorância, contratou Nostradamus como médico da cor-


te e astrólogo. Não surpreende que uma de suas primeiras profecias tenha sido a de que
a dinastia Valois logo seria extinta.

Antes de iniciar sua carreira como profeta do trono Francês, no entanto, Nos-
tradamus passou um tempo considerável em Lorraine, onde foi iniciado em algum por-
tentoso segredo. Um livro misterioso, sobre o qual basearia suas profecias, foi suposta-
mente apresentado a ele na abadia de Orval, a mesma abadia onde o Priorado de Sião
teve início, em 1070.

Holy Blood, Holy Grail afirma que "tão tarde quanto a Revolução Francesa e a
era Napoleônica, os livros de profecias supostamente de autoria de Nostradamus foram
[ainda] sendo emitidos de Orval."11 Holy Blood conclui: "Muitas das profecias de Nostra-
damus, em resumo, podem não ter sido profecias. Podem ter sido mensagens enigmáti-
cas, cifras, agendas, cronogramas, instruções, projetos para a ação."12

120
_______________________________________________________________CAPÍTULO 3

A implementação dessas mensagens codificadas foi uma das atribuições dos


Grão-Mestres de Sião. François, duque de Guise, e seu irmão Charles (cardeal de Lor-
raine) estavam relacionados com os Grão-Mestres e podem muito bem ter recebido
ordens diretamente deles. Por exemplo, os supostamente Católicos Guises e Lorraines
financiaram os Protestantes, de tempos em tempos, enquanto o próprio cardeal, secre-
tamente, dava dinheiro para certos grupos Protestantes. Mais uma vez, em 7 de março
de 1560, o Cardeal propôs anistia para os Huguenotes.13
A Casa de Guise foi estigmatizada pelos historiadores como "raivosamente fa-
náticos e Católicos fanáticos, intolerantes, brutais e sedentos de sangue".14 No entanto,
como os autores de Holy Blood apontam, “existem evidências substanciais que sugerem
que essa reputação é, para alguns, de medida injustificada, pelo menos no que diz res-
peito à adesão ao Catolicismo. François e seu irmão parecem, com toda a clareza, terem
sido descarados, senão astutos oportunistas, cortejando Católicos e Protestantes em
nome de seus projetos posteriores".15

Problemas na Linhagem Merovíngia:


o Estigma de Valois
Em 1533, o jovem Henry de Valois (Henry II) foi casado com Catherine de Me-
dicis, da antiga família real Medici da Itália. Ambos tinham quatorze anos. Catherine era
sobrinha do Papa Clement VII. Os rumores de doença e insanidade mental começaram
quando, por dez anos, nenhum filho nasceu da união desse jovem casal real. Alguns
culparam uma deficiência inerente em Catherine, já que seus pais haviam morrido de
sífilis, dentro de vinte e dois dias do nascimento dela. No entanto, depois de dez anos, as
crianças vieram quase anualmente - dez no total. Três morreram na tenra idade. Três se
tornaram reis. Duas eram rainhas. Embora Catherine tenha sobrevivido a seu marido e
três filhos reais sucessivos, seus filhos estavam todos doentes, física ou mentalmente.16

Trono Francês para a Casa de Guise


As doenças em uma dinastia Merovíngia não podiam ser toleradas pelo Priora-
do de Sião, cujo dever era manter pura a chamada "Linhagem Sagrada". Consequente-
mente, houve justificativa adicional para encerrar a dinastia Valois em nome da Casa de
Guise.

121
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Sião Tenta Entronar a Casa de Guise


Quando Henry morreu em 1559, o filho de Catharine, Francis II, foi coroado aos
dezesseis anos. Dentro de um ano ele morreu. Seu segundo filho, Charles IX, ao subir
ao trono em 1560, aos 10 anos, aceitou a regência de sua mãe.

Os historiadores Durant comentam a respeito de Charles: "O mais doente dos


filhos, Charles IX, poderia ter sido um jovem adorável, exceto por ataques ocasionais de
crueldade e temperamento, que às vezes resplandecia em uma paixão à beira da insani-
dade. Entre tais tempestades, ele era uma folha ao vento, raramente tendo uma opinião
própria."17

Com a ascensão de Charles IX, Ferrante de Gonzaga, Grão-Mestre de Sião,


deu ordens à Casa de Guise que agora era o momento de capturar o enfraquecido trono
Frances. Antecipando uma mudança de administração da Casa de Valois para a Casa de
Guise, o Conselho de Trento foi convocado em 1562, para preparar a paz para a França.
Ferrante também pretendia que o Conselho enfraquecesse o poder de Roma na França,
usando o cardeal de Lorraine para lançar "uma tentativa de descentralizar o papado -
conferir autonomia aos bispos locais e restaurar a hierarquia eclesiástica para o que
havia sido nos tempos Merovíngios."18

O Grão-Mestre Ferrante deu a François, Duque de Guise, uma ajuda secreta


para tomar o trono. Em 1563, François se preparava para autodeclarar-se rei da França
quando foi morto por uma bala assassina. Em 15 de setembro daquele ano, Charles IX,
que ainda não completara quatorze anos, foi declarado maior de idade. Catherine, no
entanto, embora tenha cedido sua regência, não desistiu de sua liderança.

Movendo-se contra os Huguenotes


Coligny e Coned: Guerreiros Protestantes
Em 1564, começou a aumentar a pressão na coroa para usar medidas forçadas
contra os Protestantes Huguenotes, cujos líderes eram o almirante Gaspard de Coligny e
o Príncipe Condé (Louis I da Casa de Bourbon).

O Principe Condé se converteu ao Protestantismo como um meio de obter


apoio dos súditos Huguenotes. Coligny, por outro lado, era um Cristão devoto, que estu-
dou as Escrituras e orou todas as manhãs e noites. Ele detestava o mundanismo da
Igreja Católica e estava desconfortável com a pompa da realeza, mas não encontrou
dificuldade em fazer lobby político com uma monarquia Católica. Ele não bebia, fez opo-

122
_______________________________________________________________CAPÍTULO 3

sição à dança e viveu uma vida virtuosa. Sua única fraqueza foi sua disposição militar,
que o atraiu para muitas batalhas sangrentas com os Católicos pelo direito de adorar em
paz. João Calvino o alertou contra essa ação.

Condé controlava o sudoeste da França. Coligny, presunçoso e sem medo, va-


gou por toda a França. Felizmente para ambos, Catherine costumava usar sua influência
para protegê-los contra a enganosa Casa de Guise. Ela continuou a fazê-lo agora, mes-
mo sob grande pressão.

Para ajudar a restringir a oposição de Guise, Catherine contratou mercenários


da Suíça. Mal entendendo seus motivos, os dois líderes Huguenotes, com seguidores
armados, tentaram, em setembro de 1567, capturar o jovem rei e a rainha mãe. Embora
a rainha mãe frustrasse a tentativa, Catherine agora temia os dois homens que uma vez
protegera.

Uma Segunda Guerra Religiosa


Para adicionar mais tensão ao conflito, a jovem e vigorosa Sociedade de Jesus
(os Jesuítas), fundada apenas treze anos antes, havia entrado na França em 1564. Em-
bora este novo sacerdócio militar fora prometido e dedicado ao papado, não demorou
que levantasse armas, como fizeram os Templários cinco séculos antes. Os sermões
Jesuítas foram, para a casa de Guise, uma partida de boas-vindas aos Huguenotes
bélicos, pelo menos. Agitados pelas mensagens Jesuítas de ódio, os Católicos repetida-
mente violaram os decretos de tolerância assinados pela Casa de Valois, e a barbárie
reinou. Coligny sentiu que outra tentativa de tomar o Trono era necessária para restaurar
os limitados direitos dos Huguenotes. Posteriormente, a França entrou em sua Segunda
Guerra Religiosa.19

Pio V
Em 1566, Antonio Ghislieri, 62 anos, frade Dominicano e Grão-Inquisidor, tor-
nou-se o Papa Pio V. O historiador Will Durant descreve sua personalidade: "Ele exco-
mungou Elizabeth da Inglaterra e libertou os Católicos Ingleses de sua lealdade. Ele
pediu a Charles IX da França e a Catherine de Medicis para entrarem em guerra contra
os Huguenotes, até que estes fossem total e impiedosamente destruídos."20

123
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Tolerância e Paz com os Huguenotes


Catherine, religiosamente tolerante, recusou. A paz foi feita com os Hugueno-
tes, em 23 de março de 1568, restaurando modesta tolerância. Mas os Guises Católicos,
percebendo que os Protestantes estavam se tornando poderosos demais, denunciaram o
tratado e se recusaram a implementá-lo. Coligny protestou contra Catherine, mas, lem-
brando ela das tentativas anteriores dele em sua vida, mostrou-se surda ao protesto.

Terceira Guerra Religiosa e Termos de Paz Religiosa


Em maio de 1568, o Papa Pio finalmente convenceu a Casa de Valois a assas-
sinar Coligny e Condé. Quando os dois líderes Protestantes receberam essa informação,
eles formaram um novo exército Huguenote. Uma frota foi montada. Os Ingleses simpáti-
cos aos Rozacruzes ofereceram seus navios particulares para servirem sob o comando
de Condé.

Os Durants explicam a reação de Catherine a esses eventos: "Catherine olhou


para a Terceira Guerra Religiosa como uma revolução, uma tentativa de dividir a França
em duas nações, uma Católica e outra Protestante."21 Em 3 de março de 1569, a Tercei-
ra Guerra Religiosa eclodiu. Os Huguenotes foram derrotados e Condé morreu devido
aos ferimentos.

Em seguida, Catherine ofereceu a Coligny uma renovação do tratado original.


Ele recusou, considerando-o inadequado e continuou seu avanço. Então, de repente, em
8 de agosto de 1570, o jovem Charles IX afirmou sua autoridade e assinou um tratado de
paz. O tratado deu aos Huguenotes, freqüentemente derrotados, mais do que jamais
haviam esperado. A eles foram concedidas "liberdade de culto, exceto em Paris ou pró-
ximo ao tribunal, total elegibilidade a cargos públicos e, como garantia de que esses
termos seriam cumpridos na prática, o direito de manter quatro cidades sob seu governo
independente por dois anos".22

Em setembro de 1571, Coligny ingressou na corte de Valois, em Blois. Charles


IX se apegou a ele como a fraqueza se apega à força, mas Coligny começou a fazer
fortes exigências a ele. Catherine foi avisada dos conselhos secretos do rei com Coligny
e, tomando Charles, afastou-o para censurá-lo por ter renunciado a Coligny. Ele pediu
seu perdão e prometeu obediência a ela.

124
_______________________________________________________________CAPÍTULO 3

Casamento Dinástico entre Católico e Protestante


Naquele mesmo ano, Catherine fez sua última e mais ousada tentativa de tra-
zer paz à França, com um plano que acabaria por frustrar o plano de Sião de estabelecer
a Casa de Guise no trono Francês. Ela decidiu oferecer sua filha Marguerite em casa-
mento a Henry III, rei Protestante de Navarre, da Casa de Bourbon, que, após a morte de
Condé, era chefe do império Huguenote. O casamento aconteceu em 18 de agosto de
1572, seis dias antes do dia de São Bartolomeu. Essa união, se Henry vivesse, poderia
efetivamente sepultar o plano de Sião para uma rápida monarquia universal.

Catherine não percebeu as consequências de longo alcance, destrutivas e be-


néficas, desta aliança. Foi destrutivo para sua casa real porque terminaria a dinastia
Valois, profetizada por Nostradamus. Seria destrutiva para todos da França, dali a dois
séculos, desde que o casamento ligou a Casa de Bourbon a Philip, o Justo, o assassino
de Jacques de Molay - um evento que foi uma causa subjacente da Revolução Francesa.
Foi benéfico para a França porque Henry III de Navarre se tornaria Henry IV, o primeiro
rei Bourbon a unir toda a França - e, finalmente, ele traria tolerância religiosa e paz à
França por quase um século, assinando o Decreto de Nantes, em 1598.

A Casa de Guisé e o Abate dos Huguenotes


Enquanto isso, a Holanda se revoltava contra a Casa de Lorraine. Isso agradou
Coligny, que começou a pressionar o rei Charles para dar ajuda aberta à revolta dos
Países Baixos. Enquanto Coligny previa a aprovação de seu pedido, o martelar de bigor-
nas em toda a França revelava o forjamento apressado de armas. Vendo uma chance
de, para sempre, livrar a França de Coligny e de seus seguidores Protestantes, a Casa
da Guisé alertou Catherine que os preparativos para a batalha foram outra tentativa de
sequestro dela e do menino rei. Catherine deu seu consentimento para assassinar o
almirante Coligny. A aprovação pelo rei Charles era desejável, mas não necessária.

Catherine e seus conselheiros de Guisé cercaram o jovem governante. De


acordo com os Durants, o soberano inseguro foi informado de que trinta mil Huguenotes
estavam planejando prendê-lo no dia seguinte e levá-lo a algum povo Protestante, onde
ele ficaria cativo e impotente; não tinham eles antes tentado por duas vezes tal movimen-
to? Charles ficou agitado com eles, e Catherine, reconhecendo a hesitação do filho,
ameaçou se retirar para a Itália e deixá-lo ao seu destino. Sua agitação se transformou
em emoção, aproximando-o da loucura. Ao menino rei, de 23 anos, foi dito para escolher
entre sua mãe e Coligny. Se ele recusasse sua mãe, seria posto de lado como covarde e

125
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

tolo. Finalmente, em um ataque de nervos e raiva, Charles gritou: "Mate todos eles! Mate
todos eles!" Amaldiçoando, ele fugiu e calou-se em seu quarto.23 Os Durants concluem:

Se os conspiradores planejavam matar apenas alguns, agora se aproveitavam


da louca ordem do rei de tornar o massacre dos Huguenotes tão completo quanto possí-
vel. Catherine insistiu em proteger [seu novo genro], Henrique de Navarre ... a palavra foi
enviada aos capitães distritais de Paris para armar seus homens e ficarem prontos para
a ação, tocando os sinos da igreja às três horas da manhã de 24 de agosto, dia de São
Bartolomeu. Os Guisés receberam carta branca para executar sua vingança, há muito
adiada contra o Almirante. Henrique de Guise enviou uma mensagem aos oficiais da
milícia que, ao som do toque de alarme, matariam todos os Huguenotes que pudessem
encontrar.24

Quase toda a raça dos Huguenotes foi extinta. Setenta mil foram mortos duran-
te as semanas seguintes ao 24 de agosto de 1572. Muitos milhares escaparam e nave-
garam para o Novo Mundo, estabelecendo-se na América. Ao todo - e em nome de Deus
– mais de 100 mil Protestantes foram mortos em diferentes partes do reino.

Casa de Bourbon vs. Casa de Guise


Os vinte anos de guerra civil que se seguiram determinaram qual casa nobre
iria substituir a Casa de Valois na França. Seria a Casa de Bourbon ou a Casa de Guise?

Em 1584, um novo ataque ao trono foi tentado pelo novo duque de Guise e no-
vo cardeal de Lorraine. Ao lado deles estava Louis de Gonzaga, duque de Nevers, Grão-
Mestre de Sião desde 1575. A bandeira dos conspiradores era, agora, a Cruz de Lorrai-
ne, um símbolo Rosacruz.

Holy Blood registra os resultados dessa batalha: "A briga continuou. No final do
século, os Valois foram finalmente extintos. Mas a casa de Guise tinha sangrado até a
morte no processo e não poderia apresentar nenhum candidato elegível para um trono
que finalmente estava ao seu alcance".25

Tolerância e Flexibilidade
Henry III, Rei de Navarre, que se casara com Marguerite de Valois, filha de Ca-
therine, finalmente ganhou o trono através de uma sucessão de guerras. Ele se tornou o
rei Henry IV de toda a França, em 1593. Henry foi o primeiro de uma longa linhagem de

126
_______________________________________________________________CAPÍTULO 3

reis Bourbon, cuja dinastia duraria dois séculos. A França permaneceu Católica, mas
Henry persuadiu o Parlamento (ortografia francesa) a aceitar seis Huguenotes em sua
assembléia. A tolerância foi restaurada e o terror diminuiu.

A tolerância foi mantida, no entanto, apenas enquanto um soberano leniente


fosse persuasivo ao Parlamento e politicamente ágil o suficiente para aceitar conselhos
dele, enquanto mantinha seu poder. Ao contrário do parlamento Inglês eleito, o Parla-
mento Francês foi nomeado pelo rei. Se o soberano estivesse descontente ou ameaçado
por esta assembléia, ele simplesmente a desfaria. Assim, o Parlamento só poderia ser
tão tolerante quanto o rei.

Henry mostrou flexibilidade com seu tribunal de justiça. Em 1598, o Decreto de


Nantes foi aprovado pelo Parlamento e assinado pelo rei, trazendo paz à França por
quase um século. Após a morte de Henry, o Parlamento tornou-se uma instituição volátil.

Sião Contra os Stuarts


Com a extinção da dinastia Valois concluida, Sião olhou através do canal para
os Stuarts Templários Escoceses na linha para ascender ao trono Inglês (ver Capítulo 2).
A rainha Elizabeth era velha e sem filhos. Em seu leito de morte, em 1603, ela formal-
mente reconheceu James VI da Escócia como seu sucessor, o qual se tornou o rei Ja-
mes I da Inglaterra.

Um trono dos Templários na Inglaterra era um problema mais sério para Sião
do que o novo Trono Merovíngio de Bourbon, na França. Portanto, os próximos cinco
Grão-Mestres de Sião concentraram-se na deposição dos Stuarts Templários - uma meta
que levou quase um século para ser realizada.

Sião contra os Bourbons:


Sião Incentiva a Casa de Guise
a Derrubar os Bourbon
A deposição dos Bourbons, no entanto, demoraria duzentos anos, embora uma
tentativa de subversão tenha sido feita durante o reinado de Robert Fludd como Grão-
Mestre de Sião, na Inglaterra. Em 1602, um ano antes de James Stuart I ascender ao
trono Britânico, Fludd fez uma longa viagem à França. Ele havia recebido uma comissão
"a Marselha para atuar como tutor pessoal dos filhos de Henry de Lorraine, particular-

127
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

mente Charles, o jovem duque de Guise. Sua associação com Charles parece ter conti-
nuado até 1620."26

Embora não haja registros sobre o que sua tutela implicou, certamente teria in-
cluido a história de Sião e a dinastia Merovíngia, em conexão com a tentativa de capturar
o trono Francês para a Casa de Guise durante as Guerras Religiosas. Inclusive, possi-
velmente incluía um esquema para uma tomada aberta do trono de Bourbon. Essa teoria
é creditada pelas ações posteriores do duque de Guise. Por exemplo, em 1610, o duque
casou-se com Henriette-Catherine de Joyeuse, cujas posses incluíam Couiza, no sopé
da montanha em que Rennes-le-Chateau está situado. Em 1631, o duque de Guise
conspirou, sem sucesso, contra o trono Francês e entrou em exílio voluntário.27

Cardeal Richelieu: Uma Política Adequada


ao Paladar Rosacruz
De 1610 a 1643, o trono da França foi ocupado por Louis XV, que foi casado
com Anne da Áustria. Louis prestou pouca atenção à sua rainha, que estava sozinha e
desejosa de companhia masculina.

O verdadeiro poder por trás do trono era o cardeal Richelieu, o primeiro ministro
do rei. Richelieu, se não um membro do Priorado de Sião, era definitivamente um merce-
nário. Enquanto o resto da Europa se inflamava em meio da Guerra dos Trinta Anos,
Richelieu estabeleceu uma estabilidade sem precedentes na França - até 1633. Antes de
1633, os Protestantes na Alemanha estavam sendo financiados pelos Rosacruzes Sio-
nistas da Inglaterra e do Continente. Richelieu continuou um precedente estabelecido por
Sião durante as Guerras Religiosas da França: em 1633 ele começou a financiar os
Protestantes alemães.

Holy Blood explica esta política aparentemente bizarra: "Em 1633, o cardeal Ri-
chelieu embarcou em uma política audaciosa e aparentemente incrível. Ele trouxe a
França para a Guerra dos Trinta Anos - mas não para o lado que se esperaria... Um
cardeal Católico, presidindo um país Católico, despacha [ndo] tropas Católicas para lutar
pelo Lado Protestante - contra outros Católicos... Nenhum historiador sugeriu que Riche-
lieu era um Rosacruz. Mas ele não poderia ter feito nada mais que manter-se com as
atitudes Rosacruzes ou, mais provavelmente, ganhar favor dos Rosacruzes."26

128
_______________________________________________________________CAPÍTULO 3

Louis XIV Ascende ao Trono


Louis XIII (r.1610-1643) e Anne continuaram sem filhos. De repente, em 1638,
depois de 23 anos de casamento estéril, Anne teve um filho. Poucas pessoas na época
acreditavam que ele era legítimo. As fofocas diziam que o pai da criança seria o cardeal
Richelieu ou, possivelmente, um substituto empregado por Richelieu, talvez o cardeal
Mazarin, o protegido e sucessor de Richelieu. Louis XIII e Richelieu morreram em 1642.
Alguns historiadores alegam que o cardeal Mazarin depois se casou secretamente com a
rainha mãe, Anne.29

Após a morte de Luís XIII, o menino rei ascendeu ao trono em 1643. Luís XIV
tinha cinco anos. A rainha mãe tomou a regência pelo filho. O cardeal Mazarin era o
primeiro ministro. A pedido da rainha mãe, o jovem rei abraçou o Catolicismo.

"Companhia" de Sião: Precursora da Maçonaria


De acordo com os "documentos do Prieure", o Priorado de Sião se dedicou a
depor Mazarin e o jovem rei.30 Para realizar essa tarefa, Sião fundou uma sociedade
secreta altamente organizada e eficiente chamada "The Compagnie du Saint-
Sacrement". A Compagnie (ou Companhia), encontrando apenas sucesso marginal,
estava sediada em Saint Sulpice, e estabeleceu uma intrincada rede de ramos provinci-
ais. Semelhante às operações dos Illuminati um século depois, seus membros permane-
ciam ignorantes a respeito da identidade de seus diretores. Em suma, a Companhia
compreendia uma organização liderada por várias cabeças, sob uma "mão oculta".

A Companhia era de fato uma precursora da Maçonaria. Nos níveis mais bai-
xos, os iniciados ficavam ostensivamente dedicados ao trabalho de caridade, especial-
mente nas regiões devastadas pelas guerras da religião. "Agora, é geralmente aceito",
dizem os autores de Holy Blood, “que esse 'trabalho de caridade' era meramente uma
fachada engenhosa, que pouco tinha a ver com o real propósito da Companhia. O objeti-
vo real era duplo - envolver-se no que era chamada de espionagem piedosa, reunindo
informações de inteligência e infiltrando-se nos escritórios mais importantes do país,
incluindo os círculos diretamente próximos do trono" 31

A Influência Revolucionária da Companhia


Em meados de 1600, a Compagnie du Saint-Sacrement exercia o poder através
da aristocracia, do Parlamento Francês, do judiciário e da polícia - tanto que, por várias
129
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

vezes, esses organismos desafiaram abertamente o rei.32 Na verdade, a Companhia


desejava controlar a monarquia através do parlamento, mas encontrou uma monarquia
absoluta e resistente a tal controle. Por exemplo, em 1648, o Parlamento encaminhou
várias exigências ao Rei e sua mãe, que devem ter parecido revolucionárias para eles.
Com o rejeito dessas exigências por parte da rainha-mãe, treze meses de guerra civil,
chamada Fronde, irromperam.

A Tolerância Inicial de Louis


Em 8 de setembro de 1651, quando Louis XIV tinha treze anos, ele anunciou
que estava colocando fim à regência de sua mãe e tomando o governo em suas próprias
mãos. Mesmo nessa tenra idade, a justiça, a indulgência, a generosidade e o autocontro-
le de Louis impressionaram a corte. Em 1652, Louis confirmou o Decreto de Nantes. Ele
expressou sua apreciação à lealdade Huguenote e permitiu que eles mantivessem seus
sínodos em paz.

Embora o Rei Louis estivesse disposto a abrir seu reinado para alguma tolerân-
cia, ele ainda era um monarca absoluto. Ele agiu vigorosamente como tal, quando, em
1665, o Parlamento desejava discutir alguns de seus decretos insatisfatórios, e ele, ime-
diatamente, ordenou a dissolução da assembléia e declarou ilegal a Compagnie du
Saint-Sacrement.

Louis Abandona a Tolerância:


Revoga o Decreto de Nantes
Enquanto isso, como parte da Contra-Reforma da Igreja Católica, os Jesuítas
haviam se envolvido nas cortes reais em toda a Europa como confessores do rei. Na
realidade, eles também funcionavam como conselheiros, assim como os antigos Cavalei-
ros Templários.

O Rei Louis também tinha seus confessores Jesuítas. Este jovem Rei ficou tris-
te porque a França não estava unida sob o Catolicismo. Quando a angústia se transfor-
mou em desconfiança, seus conselheiros Jesuítas viram a chance de alimentar as dúvi-
das do rei, sugerindo que os Huguenotes eram subversivos - que eles o desafiaram na
Companhia. Nas próximas duas décadas (de 1665 a 1685), as liberdades foram gradu-
almente retiradas dos Protestantes. Em 17 de outubro de 1685, 104 anos antes da Revo-
lução Maçônica Francesa, Louis revogou o Decreto de Nantes - o mesmo documento
que ele já havia confirmado.33 O Foxe's Book of Martyrs detalha as consequências:

130
_______________________________________________________________CAPÍTULO 3

Instantaneamente, os dragões [infantaria montada] aquartelaram-se contra os


Protestantes em todo o reino, enchendo a França de notícias semelhantes, de que o rei
não permitiria mais Huguenotes em seu reino e, portanto, eles deveriam mudar sua
religião. Em seguida, os intendentes em todas as paróquias (que eram governadores do
papa) espiões colocados sobre os Protestantes), reuniram os habitantes reformados e
disseram a eles que deveriam, sem demora, se converterem ao Catolicismo, livremente
ou à força. Os Protestantes responderam que "estavam prontos para sacrificar suas
vidas e propriedades ao rei, mas, quanto às suas consciências, sendo estas de Deus,
delas não poderiam dispor".

Instantaneamente, as tropas tomaram os portões e avenidas das cidades e co-


locaram guardas em todas as passagens, entraram com espadas na mão, gritando:
"Morra ou seja católico!" Em suma, eles praticaram toda maldade e horror que podiam
imaginar para forçar os Protestantes a mudar sua religião.

Penduravam homens e mulheres pelos cabelos ou pelos pés e os defumavam


com feno até quase morrerem; e se eles ainda se recusassem a assinar sua renúncia,
eles os penduravam novamente e repetiam suas barbáries, até que, devido a tantos
tormentos, muitos foram forçados a ceder. Arrancavam todos os cabelos de suas cabe-
ças e barbas com pinças. Lançavam outros em grandes fogos e os puxavam de novo,
repetindo-o até extorquirem uma promessa de renúncia.

Alguns foram deixados nús e, depois de lhes imputarem os mais infames insul-
tos, furados com alfinetes da cabeça aos pés, além de lancetados com canivetes e, às
vezes, com pinças em brasa, arrastados pelo nariz até prometerem se converter. Às
vezes, eles amarravam maridos e pais, enquanto violetavam suas esposas e filhas diante
de seus olhos. Multidões foram aprisionadas em masmorras barulhentas, onde pratica-
vam todo tipo de tormentos em segredo. Suas esposas e crianças foram fechadas em
mosteiros.

Os que tentavam escapar em fuga eram perseguidos na floresta e caçados nos


campos, e alvejados como animais selvagens; nenhuma condição ou qualidade os pro-
tegeu da ferocidade desses dragões infernais; até membros do parlamento e oficiais
militares, embora em serviço, receberam ordem de deixar seus postos e voltarem dire-
tamente para suas casas, a fim de sofrerem a mesma tormenta. Os que reclamaram ao
rei foram enviados para a Bastilha, onde beberam do mesmo copo. Os bispos e os inten-
dentes marcharam à frente dos dragões, com uma tropa de missionários, monges e
outros eclesiásticos para animar os soldados a uma execução tão agradável para sua
Santa Igreja, e tão gloriosa para o seu deus satanás e para seu rei tirano.

131
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Mais tarde, esse terrível exemplo de fanatismo foi empregado pela caneta de
Voltaire (1694-1778) em depreciação aos horrores da superstição; e, apesar de ser um
infiel, seu ensaio sobre tolerância honra sua caneta e foi um meio abençoado de diminuir
o rigor da perseguição na maioria dos estados europeus.34

Voltaire, Sião e a Maçonaria


Voltaire (1694-1778) foi um revolucionário cuja filosofia liberal ajudou a preparar
a mente Francesa para se revoltar. Nascido nove anos após a revogação do Decreto de
Nantes, Voltaire cresceu com esses horrores impressos em sua mente jovem. Com a
caneta na mão, ele se envolveu em rebelião contra a Coroa e a Igreja.

Dr. George E. Dillon fornece uma breve história de infância de Voltaire: "Seu
nome verdadeiro era Francis Mary Arouet, mas, por alguma razão que nunca foi clara-
mente explicada, ele escolheu se chamar Voltaire. Ele era filho de bons pais e, por posi-
ção e educação, poderia ter sido um excelente Católico. Ele foi treinado por muito Jesuí-
tas, que mais tarde odiou e perseguiu." 35

Voltaire tinha 20 anos quando os Stuarts Templários foram exilados para a


França e 32 anos quando ele próprio foi "exilado" da França para a Inglaterra. De 1726 a
1728, enquanto residente em Londres, Voltaire conheceu quase todos os cidadãos de
destaque em letras ou política, incluindo o Rei George I, o primeiro rei Maçônico da Ingla-
terra. A partir de então, Voltaire acreditava que a melhor perspectiva de reforma social
seria através de uma "monarquia iluminada", significando uma monarquia cujo rei era um
Maçom. 36

O mentor de Voltaire na Inglaterra era o Maçom Alexander Pope,37 o famoso


poeta Inglês, membro de uma instituição bastante obscura chamada Clube dos Cavalhei-
ros de Spalding.38 Este clube era formado por Rosacruzes, incluindo o Maçom Desaguli-
ers, que ajudaram a organizar a Grande Loja, e Sir Isaac Newton, Grão Mestre do Prio-
rado de Sião.

Voltaire foi apresentado a Newton quando conheceu os membros da Sociedade


Real de Sião. Um ano depois, ele participou do funeral de Newton. Posteriormente, ele
leu todo o trabalho do falecido Grão Mestre, bem como os livros do Maçom John Locke,39
que antes de sua morte, em 1704, tinha sido íntimo de Newton e do anterior Grão-Mestre
de Sião, Robert Boyle. Finalmente, em 1728, pouco antes de retornar à França, Voltaire
juntou-se à Maçonaria Inglesa.40

132
_______________________________________________________________CAPÍTULO 3

Não há registro do que aconteceu na associação de dois anos de Voltaire com


a Hierarquia Maçônica de Sião - no entanto, parece que Voltaire era um agente do Prio-
rado de Sião. Por exemplo, quando ele retornou à França de seu exílio Inglês, elogiou e
imitou o Essay on Man, do Papa Alexander. Ele levava os livros dos deístas Ingleses
para casa, incluindo os de Isaac Newton e John Locke. Tais livros forneceram a ele
munição que usaria em sua guerra contra o infame trono Francês.

Voltaire retornou à França em 1728, um ano após Charles Radcliffe (já na


França) tornar-se Grão-Mestre do Priorado de Sião. Embora não haja evidências que
Voltaire e Radcliffe se conhessem, ambos estavam trabalhando para a conspiração
Sionista. A tarefa de Radclyffe era garantir que os Stuarts Templários não voltariam para
a Inglaterra. A tarefa de Voltaire era fomentar a revolução nas mentes dos Franceses.

Como um Maçom Inglês, Voltaire tinha credenciais para entrar na Lojas da Ma-
çonaria Francesa, onde ele era protegido. Seus escritos também inflamaram os Templá-
rios, que desejavam vingar o assassinato de Jacques de Molay, um assassinato ordena-
do por um rei Francês, cujo sangue agora corria nas veias dos Bourbons.

Voltaire também se tornou confidente do líder da Maçonaria do Rito Escocês,


do 32º grau, Frederick, o Grande, rei da Prússia - um rei Templário. O compromisso de
Voltaire para uma monarquia Maçônica era tão avassaladora que, quando enviado à
corte de Frederick, em 1750, passou três anos lá, incentivando o rei a destruir, não ape-
nas a Igreja Católica, mas todo o Cristianismo. Voltaire continuou a corresponder-se com
Frederick, até 1767. Pouco antes de sua morte, Voltaire foi iniciado na Maçonaria Fran-
cesa. 42

Um Mistério Conspiratório: Aliados ou Inimigos?


Estranhamente, Voltaire e Radcliffe estavam envolvidos com os Templários e o
Priorado de Sião. Por exemplo, enquanto Radcliffe era um Cavaleiro Templário lutando
ao lado dos Stuarts, foi nomeado Grão-Mestre do Priorado de Sião, após a morte de
Isaac Newton. Da mesma forma, Voltaire havia se juntado à Maçonaria Sionista Inglesa,
além de ter colaborado com Frederick, o Grande, o rei dos Templários da Prússia. Assim,
ou Sião e o Templo haviam se reconciliado para unir esforços a fim de destronar os
Bourbons, ou foram ambos, Radcliffe e Voltaire, agentes duplos do Priorado de Sião.

133
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

134
Capítulo 4
DA INGLATERRA PARA A FRANÇA
A Ordem dos Illuminati foi o maior infortúnio que já aconteceu para a Maçonaria
Européia porque se tornou, ao mesmo tempo, o padrão e o ponto de partida para uma
sucessão de conspirações secretas, subterrâneas e políticas que dividiram a Maçonaria
e trouxe desgraça ao seu nome.

Enciclopédia Mackey de Maçonaria 1

Sião Falha em Capturar a Coroa Francêsa:


Além da Monarquia, Rumo à Revolução
Sião falhou em capturar o trono francês da Casa Merovíngia de Lorraine duran-
te as guerras religiosas da França. Como veremos neste capítulo, Sião continuou seu
esquema para garantir a coroa Francesa, tendo trazido com sucesso a coroa Britânica
para seu domínio, através da Revolução Gloriosa da Inglaterra.

Analisaremos as intrigas de Sião, realizadas pelo Grão-Mestre Charles Radclif-


fe, para impedir o retorno do Templário Charles Edward Stuart ao trono da Inglaterra.
Estes planos também envolveram a criação e a expansão de lojas Maçônicas de inspira-
ção Sionista na Europa, que figurará mais adiante em nossa história.

Das cabeças coroadas da Europa, uma em particular surgiu para frustrar os de-
sígnios de Sião no trono Francês - Frederick, o Grande, da Prússia, um poderoso líder
militar e Maçom Templário do 32º grau. Opondo-se a Frederick, após a morte de Radclif-
fe, estava o Grão-Mestre de Sião, Carlos de Lorraine, que apesar de derrotado por Fre-
derick, ajudou a selecionar Adam Weishaupt como fundador dos Illuminati - uma socie-
dade secreta que acabaria por penetrar e, finalmente, transformar a Maçonaria Francesa
no Continente em um poder revolucionário, além de moldar a criação de uma nova po-
tência mundial na América do Norte.

135
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Sião Controla a Monarquia Britânica


Quando os Rosacruzes de Sião uniram as facções fragmentadas da Maçonaria
Inglesa em 1717, eles embarcaram em um curso para controlar permanentemente a
Monarquia Britânica. A facilidade com que eles conseguiram isso é indicada pelos três
fatos a seguir. Primeiro, o rei era Maçom. Segundo, a corte real de Sua Majestade era
composta por companheiros de viagem Maçônicos. Terceiro, começando em 1737, o
primogênito de todos os reinos monarquicos, exceto um, foi chefe titular da Maçonaria
Inglesa.

Sião Se Volta Para o Continente


Com os reis Britânicos sob obediência Maçônica, os Grão-Mestres de Sião não
eram mais necessários na Inglaterra. Após a morte de Isaac Newton, em 1727, encon-
tramos Sião mudando sua atenção para o Continente onde os Stuarts estavam exilados.
O novo Grão-Mestre de Sião parece ter tido uma designação dupla: (1) dirigir os Templá-
rios contra o trono Francês: e (2) frustrar qualquer tentativa dos Stuarts de recuperar a
coroa Britânica.

Sião e Templários: Aliados ou Inimigos?


Astutamente, Sião selecionou como novo Grão-Mestre Charles Radcliffe (GM
1727-1746), sendo ele próprio um Cavaleiro Templário. Assim, ou a hierarquia do Priora-
do de Sião e dos Cavaleiros Templários tinham se unido para vincular as organizações
em torno desse homem, ou é possível que Radcliffe fosse um agente duplo na causa de
Sião.

Eventos subsequentes e simbologia Maçônica sugerem os dois cenários.


Radcliffe parece ter sido um agente duplo, mas apenas a hierarquia de Sião estava cien-
te de sua missão. Iniciados de nível inferior que manobravam com o Grão-Mestre foram
Templários inabaláveis. Para eles, ele parecia leal à sua causa.

O envolvimento de Radcliffe e o apoio à causa dos Stuarts estava há muito


tempo estabelecida. Ele e seu irmão James participaram da rebelião Escocesa de 1715.
Ambos foram capturados e presos, e James executado. Radcliffe escapou ousadamente
e encontrou refúgio nas fileiras Jacobitas da França. Até onde os Jacobitas estavam
interessados, ele era um deles.

136
_______________________________________________________________CAPÍTULO 4

Radcliffe tinha credenciais adicionais e incomuns que o tornavam amável para


os Stuarts. Sua mãe era filha ilegítima de Charles Stuart II, de uma amante do rei, tor-
nando-o neto do monarca e primo do exilado Príncipe (Bonnie) Charles Edward. Radcliffe
poderia ter conquistado a confiança do Jovem Pretendente apenas através do parentes-
co, mesmo que não tivesse construído sua reputação de defensor Jacobita.

Em 1727, Radcliffe estava em Paris quando aceitou humildemente a nomeação


de Grão Mestre do Priorado de Sião. As evidências revelam que ele estava ciente dos
perigos que enfrentaria no trabalho como agente duplo. Radcliffe, por exemplo, manteve
um perfil discreto, operando em um grau significativo através de intermediários. Não
surpreendentemente, suas táticas se provaram inteligentes, mesmo diante da execução.
Para ele, mais importante do que a vida foi o sucesso de sua missão. Radcliffe pode
muito bem ter sido o mais brilhante dos Grãos Mestres de Sião. No entanto, ele continua
sendo uma personalidade obscura.

Plantando a Maçonaria Inglesa no Continente


Enquanto isso, as sementes da Maçonaria Inglesa estavam sendo semeadas
durante todo o Continente pelo Dr. Desaguliers, um dos fundadores Rosacruzes da
Grande Loja Unida. Desaguliers visitou Haia, em 1731, para iniciar na Maçonaria o Me-
rovíngio Nicolas Francois, duque de Lorraine.2 François, detentor do título "Rei da Jeru-
salém", tornou-se chefe da Maçonaria Inglesa no Continente.

A cronologia de Desaguliers não foi por acaso. Dois anos antes, em 1729,
François havia iniciado uma longa estadia na Inglaterra, para a qual não foi dada explica-
ção. Seus contatos, no entanto, merecem menção, pois nos dizem o que pode ter acon-
tecido lá. Ele tornou-se membro do Clube dos Cavalheiros de Spalding, composto por
vários Rosacruzes, dentre os quais o próprio Desaguliers, Isaac Newton e o Maçom
Alexander Pope, mentor de Voltaire durante os anos de 1726 a 1728. 3

O Templário Charles Ramsay:


Porta-voz Maçônico de sua Época
Outro contato de Desaguliers em Londres foi o Templário Chevalier Ramsay.
Ramsay, que havia sido exilado com os Stuarts, voltou para se juntar ao Clube dos Ca-
valheiros de Spalding, precisamente ao mesmo tempo que François. Mais significativa é
a indicação imediata de Ramsay para a Royal Society, sem credenciais aparentes. A

137
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Royal Society, liderada por Desaguliers e Newton, era, como você deve se lembrar, o
controle de Sião sobre a Monarquia Britânica, antes da Maçonaria Inglesa estar unida.

Não existe registro do que aconteceu durante os encontros de François com os


Sionistas Ingleses. No entanto, podemos especular, com base em eventos subsequen-
tes. François e Ramsay retornaram ao continente em 1730, com designações distintas
para atuarem contra o trono Francês. Se um falhasse, o outro teria sucesso.

Radcliffe: Poder e Voz Por Trás de Ramsay


Quando Ramsay voltou à França, tornou-se cada vez mais ativo em nome da
Maçonaria Templária. Em 21 de março de 1737, ele fez um famoso discurso Maçônico
diante da Grande Loja da França, em Paris, a base na qual ele se tornou o proeminente
Porta-voz Maçônico de sua era. Os autores de Holy Blood, Holy Grail concluem, no en-
tanto, que outra figura pairava por trás de Ramsay: "a voz real por trás de Ramsay era a
de Charles Radcliffe - que presidia a Loja na qual Ramsay proferiu seu discurso e que
apareceu novamente, em 1743, como principal signatário no funeral de Ramsay." 4

Proposta: Maçonaria Francesa (Reformada)


A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry registra o famoso discurso de
Ramsay como tendo sido o sétimo proferimento histórico da Maçonaria. Ramsay "discu-
tiu a Maçonaria e os Cruzados e traçou uma história imaginária de seu curso através da
Escócia e da Inglaterra para a França, que se tornaria o centro da reforma da Ordem
[dos Templários]." 5

Com base no conteúdo de seu discurso (obviamente destinado aos ouvidos de


seus Companheiros Templários), a tarefa de Ramsay era afastar os Stuarts Templários
dos tronos Escoceses e Britânicos para permanecerem na França", o centro da Ordem
reformada. "Seu discurso, no entanto, falhou em seu propósito.

Radcliffe Sionista: O Pretendente Disfarçado


Em 1742, Charles Radcliffe, que agora era secretário pessoal do Jovem Pre-
tendente, Charles Edward Stuart, soube que o Príncipe estava planejando uma tentativa
de ascender ao trono Britânico através da Escócia. Imediatamente, Radcliffe entrou em
ação para frustrar o esquema de sua Majestade. Ele utilizou um nobre aventureiro, um

138
_______________________________________________________________CAPÍTULO 4

Protestante e Maçom alemão sob obediência Maçônica Inglesa, o qual poderia, se ne-
cessário, se comunicar com Londres. Seu nome era Barão Karl Gottlieb von Hundt, ou
Hund.

Hund acabara de chegar a Paris, vindo de Londres. Enquanto estava na loja de


Paris, ele aprendeu sobre a existência da Ordem dos Cavaleiros Templários na Escócia.
Fascinado pelos Cavaleiros, procurou ser membro e foi iniciado nos graus mais altos da
Ordem, apenas antes de embarcar para a Alemanha. O homem que presidiu sua inicia-
ção foi considerado por Hund o próprio bonnie Prince Charlie. Foi provado que a inicia-
ção não estava absolutamente sob a liderança do Pretendente, mas sim de Charles
Radcliffe disfarçado.6

Missão de Hund:
Espalhar a Maçonaria Templária na Alemanha
Representando o Jovem Pretendente, Radcliffe disse a Hund sua intenção de
recuperar a coroa Britânica, esperando que a divulgação chegasse de alguma forma à
Londres Protestante, através do Alemão Protestante Hund.

Então, Hund recebeu o mandato de levar o comunicado para a Alemanha, com


toda a pressa, aos altos graus da Maçonaria Jacobita, e estabelecer uma loja aristocráti-
ca que seria descendente direta dos Cavaleiros Templários. Lá, ele ficaria aguardando
mais instruções de "Superiores Desconhecidos". Antes de partir, Hund recebeu uma lista
de Grão-Mestres dos Cavaleiros Templários, de Hughes de Payens em diante.

A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry conta a história: "Von Hund retornou


à Alemanha possuindo poderes, ou uma delegação que lhe fora concedida em Paris,
pela qual ele estava autorizado a disseminar os Graus avançados naquele país. Ele não
demorou a exibir esses documentos e logo reuniu em torno de si um bando de adeptos.
Então, tentou o que chamou de uma reforma da Maçonaria primitiva no simples Sistema
Inglês dos três graus simbólicos, o qual somente a maioria das Lojas Alemãs reconheci-
am. O resultado foi o estabelecimento de um novo sistema, conhecido como o Rito da
Estrita Observância".7 Seu nome derivava do juramento que exigia um pacto de obediên-
cia inabalável e inquestionável aos misteriosos Superiores Desconhecidos.

O Rito da Estrita Observância era composto por alemães extraídos inteiramente


das classes intelectuais e aristocráticas, de acordo com as instruções de Radcliffe. Seus
membros eram príncipes, duques, barões, ministros Prussianos e Alemães, todos Pro-
testantes.8 O Maçom Gould, em History of Freemasonry, observa que "[nenhum] traço de

139
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

intrigas Jacobitas já se misturou ao ensino da Estrita Observância"9, o que significa que


nenhuma instrução adicional chegou a Hund proveniente de seus Superiores Desconhe-
cidos.

Consequências Políticas das "Instruções" de Hund


A falta de mais "instrução" pode muito bem ter sido a intenção de Radcliffe. Es-
perar continuamente por mais pedidos frustraria o aventureiro Hund, e até o embaraçaria
- talvez o forçaria a falar. De fato, ele começou a reclamar que seus Superiores Desco-
nhecidos o haviam abandonado. Em sua defesa, ele revelou que sua iniciação havia sido
conduzida por Bonnie Prince - e que o Jovem Pretendente almejava recuperar a coroa
Britânica. Tal conversa, politicamente indiscreta e inflamável, poderia, por sua natureza,
chegar a Londres.

Enquanto isso, o Jovem Pretendente planejava invadir a Escócia, em 1745.


Radcliffe esperou para seguir, atrasando vários meses. Ninguém sabe o porquê. Só se
pode especular. Talvez Radcliffe tenha esperado uma confirmação de Londres de que
sabia dos planos de Bonnie Prince. Talvez ele tenha demorado a "vazar" para a Inglater-
ra a data de sua própria partida. De qualquer forma, para manter sua proteção, Radcliffe
finalmente partiu para a Escócia.

Holy Blood, Holy Grail fornece detalhes de todo o empreendimento infeliz: "Em
1745, o [Jovem Pretendente] desembarcou na Escócia e empreendeu sua quixotesca
tentativa de restabelecer os Stuarts no trono Britânico. No mesmo ano, Radcliffe, em rota
para se juntar a ele, foi capturado em um navio francês ao largo de Dogger Bank. Um
ano depois, em 1746, o Jovem Pretendente foi desastrosamente derrotado na batalha de
Culloden Moor. Poucos meses depois, Charles Radcliffe foi morto sob o machado do
carrasco, na Torre de Londres."10

Charles Radcliffe, Grão-Mestre de Sião, pagou o maior preço pela derrota da


causa Stuart. Em um elogio a ele, os autores de Holy Blood declaram: "É provável que a
Maçonaria do Rito Escocês tenha sido originalmente promulgada, se não de fato inven-
tada, por Charles Radcliffe. De qualquer forma, diz-se que Radcliffe, em 1725, fundou a
primeira loja Maçônica no Continente, em Paris. Durante o mesmo ano, ou talvez no ano
seguinte, ele parece ter sido reconhecido como grão-mestre de todas as lojas Francesas,
e ainda é citado como tal uma década mais tarde, em 1736. A disseminação da Maçona-
ria no século XVIII deve, em última análise, mais a Radcliffe do que a qualquer outro
homem."11

140
_______________________________________________________________CAPÍTULO 4

Sião Vitorioso e Charles Stuart:


O Pretendente Admitido nos Templários
A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry revela que alguns meses depois do
Principe Charles Edward chegar à Escócia, "em 24 de setembro de 1745, ele foi admitido
na Ordem dos Cavaleiros Templários, e eleito Grão-Mestre, um cargo no qual, é dito,
permaneceu até sua morte [em 1788]."12 Durante sua iniciação, o Jovem Pretendente
aparentemente soube da trama Sionista-Rosacruz que derrotaria sua tentativa para
ascender ao trono Escocês. Ele faz alusão a esses oponentes ao retornar à França,
onde fundou, em 1747, o Capítulo Jacobita Escocês da Maçonaria, mais conhecido como
o Rito Escocês. Em sua carta de três parágrafos, o Príncipe escreveu: "nossa tristezas e
infortúnios [vieram] dos de Rose Croix... "13

Percebendo que uma força mais poderosa que os Templários causara sua
queda, o Príncipe Charles virou as costas para a Inglaterra e dirigiu sua atenção para o
trono Francês, a fim de vingar a morte de Jacques de Molay. A Mackey’s Enciclopedia of
Freemasonry confirma que os Templários Escoceses foram os que "inventaram o Grau
de Kadosh, que representa a vingança dos Templários."14

Confirmando as Reivindicações de Hund


Enquanto isso, o Barão von Hund ainda aguardava ordens de seus Superiores
Desconhecidos. Por dez anos, e para seu próprio embaraço e subsequente desgraça,
Hund não recebeu mais instruções. Como resultado, seus contemporâneos o demitiram
como charlatão e o acusaram de ter inventado a história. Em sua defesa, ele só podia
responder que seus Superiores Desconhecidos o haviam abandonado. Até sua morte,
ele afirmou sua integridade.15

Os autores de Holy Blood, Holy Grail creditam a veracidade da afirmação de


Hund: "Em 1746... Radcliffe estava morto, assim como muitos de seus colegas, enquanto
outros estavam na prisão ou no exílio - tão longe, em alguns casos, como na América do
Norte. Se os 'Superiores Desconhecidos' de Hund falharam em restabelecer o contato
com seu protegido, a omissão não parece ter sido voluntária. O fato de Hund ter sido
abandonado imediatamente após o colapso da causa Jacobita parecia, de alguma forma,
confirmar sua história."16

A evidência mais convincente para confirmar a história de Hund, continuam os


autores, "é uma lista dos grãos mestres dos Cavaleiros Templários que Hund insistiu ter
obtido de seus 'Superiores Desconhecidos'. Com base em nossa própria pesquisa, con-
141
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

cluímos que a lista de grãos mestres Templários nos Dossiers secrets era precisa – tão
precisa, de fato, que parecia derivar de informações privilegiadas. Reduzida pela grafia
de um único sobrenome, a lista que Hund produziu concordava precisamente com a dos
Dossiers secrets. Em suma, Hund, de alguma forma, obteve uma lista dos grãos mestres
Templários com maior precisão do que qualquer outro conhecido na época... Isso parece
confirmar que a história de Hund sobre os 'Superiores Desconhecidos' não era uma
invenção. Também parece indicar que aqueles 'Superiores Desconhecidos' eram extra-
ordinariamente conhecedores a respeito da Ordem do Templo - mais conhecedores do
que poderiam ter sido sem acesso a fontes privilegiadas."17

Um Casamento Sião-Merovíngio:
Na Esperança de Um Futuro Messias de Israel
O Merovíngio Nickolas François, duque de Lorraine, retornou para a França
vindo da Inglaterra em 1730, a fim de ativar sua missão Sionista. Ele primeiro planejou se
casar com a Imperatriz Merovíngia Maria Theresa von Habsburg, da Áustria. A aliança
seria para, pela primeira vez, fundir em uma família de "Sangue Sagrado" os títulos Rei
de Jerusalém e Santo Imperador Romano, com a Lança do Destino em sua posse. Em
uma ou duas gerações, o Messias de Israel (conhecido pela linhagem do Santo Graal
como o Rei Perdido) poderia nascer. Para os Merovíngios, o Rei Perdido poderia combi-
nar impressionantes poderes esotéricos, políticos e militares - e ser um personagem a
ser temido e obedecido.

Consolidação de Poder:
Conquistar a França por Casamento
Em 1731, François foi iniciado na Maçonaria Inglesa, em Haia, pelo Dr. Desa-
guliers. Quatro anos depois, ele se casou com Maria Theresa von Habsburg. Quando
François mudou sua corte para Viena, esta cidade tornou-se a capital europeia da Maço-
naria Inglesa Sionista.

O irmão mais novo de François, aos quatro anos, era Charles de Lorraine, um
comandante militar habilidoso. Em 1744, Charles se casou com a irmã de Maria Teresa,
Marie Anne, e tornou-se comandante-chefe do exército Austríaco, colocando as forças
armadas Austríacas a serviço dos objetivos Merovíngios-Sionistas. Em 1746, com a
morte de Charles Radcliffe, François nomeou Charles de Lorraine como Grão-Mestre do
Priorado de Sião. De fato, a corte real em Viena tornou-se o mais poderoso órgão políti-

142
_______________________________________________________________CAPÍTULO 4

co-esotérico do mundo. Para se tornar a maior potência militar, Viena teria apenas que
ocupar o poderoso trono Francês. Para conseguir isso, o Grão-Mestre de Sião tinha três
opções sob seu comando - tomar a França à força, por casamento ou subversão.

No entanto, tomar a França à força estava fora de questão. Os historiadores


Will e Ariel Durant descrevem o poder da França:

O estado francês era o mais forte da Cristandade, confiante em seus recursos


naturais, nas habilidades e lealdade de seu povo, na estratégia de seus generais, no
destino de seu Rei.

Uma razão para o domínio Francês era a mão de obra. A França tinha uma po-
pulação de 20.000.000... enquanto Espanha e Inglaterra tinham 5.000.000 cada, Itália
6.000.000, República Holandesa 2.000.000. O Sacro Império Romano, que incluía a
Alemanha, Áustria, Boêmia e Hungria tinha cerca de 21.000.000; mas era um império
apenas de nome... e dividido em mais de quatrocentos estados ciumentos 'soberanos',
quase todos pequenos e fracos, cada um com seu próprio governante, exército, moeda e
leis, e nenhum com mais de 2.000.000 de habitantes. A França... era uma nação geogra-
ficamente compacta, unida sob um forte governo central ..

Para garantir o trono francês por casamento, François e Maria deram a filha
Marie Antoinette em casamento para o rei Bourbon da França, Louis XVI. Este casamen-
to real trouxe as ambições finais dos Merovíngios ao seu alcance. Como Holy Blood,
Holy Grail observa: "Foi no século XVIII... que a linhagem Merovíngia provavelmente
chegou mais perto da realização de seus objetivos. Em virtude de seu casamento com os
Hapsburgs [ou Habsburgos], a casa de Lorraine realmente adquiriu o trono da Áustria, o
Sacro Império Romano. Quando Marie Antoinette, filha de François de Lorraine, tornou-
se rainha da França, o trono da França, também, permaneceu apenas uma geração ou
tanto mais longe. Se a Revolução Francesa não interviesse, a casa dos Habsburgs-
Lorraine poderia, muito bem, no início de 1800, estar a caminho de estabelecer domínio
sobre toda a Europa".20

O Poderoso Rival de Sião: Frederick, o Grande,


Rei Templário da Prússia e Chefe da Alta Maçonaria
Segundo a Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry, "a Casa de Stuart exilada
exerceu uma parte importante na invenção e extensão do que foi chamada de Alta Ma-
çonaria."21 Sabemos que, em 1755, o Rito Escocês Templário havia avançado os 32
graus. À frente da Alta Maçonaria estava Frederick, o Grande (Frederico II), o poderoso

143
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

líder militar da Prússia. A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry nos diz que Frederick
"foi iniciado como Maçom, em Brunswick, na noite de 14 de agosto de 1738, nem dois
anos antes de subir ao trono."22

A iniciação de Frederick ocorreu apressadamente, após o famoso discurso de


Ramsay. Frederick sentiu que o Templarismo estava sendo desenvolvido para derrubar o
trono Francês. Ele queria usá-lo para promover a supremacia Prussiana. Ao subir ao
trono, em 1740, ele se tornou ainda mais ativo na Maçonaria, iniciando dois de seus
irmãos, um cunhado e um duque no Rito Templário. Nesse mesmo ano, ele convocou
uma conferência urgente com Voltaire. Dois eventos notáveis se seguiram: (1) novos
graus foram adicionados à Maçonaria Templária; e (2) instruções para uma revivida
Ordem do Templarismo foi levada para Paris.

Em 1746, os iniciados de Frederick haviam fundado catorze Lojas Maçônicas.


No mesmo ano, após a morte de Radcliffe, Frederick tornou-se o aclamado chefe da
Maçonaria Continental. Então, ele usou o Rito Escocês para promover sua própria candi-
datura independente ao trono Francês, tentando destruir a aliança entre a França e a
Áustria. E novamente, ele criou discórdia entre Versalhes e Viena, através de seu agen-
tes Maçonicos.

Sião foi pego de surpresa e forçado a contrariar as políticas e empreendimentos


militares de Frederick. Em 1750, Voltaire foi implantado pela segunda vez na Prússia,
para persuadir o Rei a redirecionar seus esforços para a Igreja Católica. Charles de
Lorraine, o novo Grão-Mestre de Sião, levou os exércitos da Áustria a várias batalhas
contra o rei Templário. Charles lutou contra o monarca em uma batalha final, em 1757,
(chamada a Batalha de Leuthen) e perdeu. "E, no entanto, Frederick considerava Char-
les um adversário digno e 'formidável' e falou dele apenas em termos brilhantes."23

Em conseqüência da derrota de Charles, a imperatriz Maria Theresa von Habs-


burg o dispensou da sua função de comando, e Charles de Lorraine se retirou para sua
capital em Bruxelas.24 De lá, ele trabalhou através de intermediários, assim como Radclif-
fe. Por exemplo, Charles, aparentemente, tinha algo a ver com a seleção de um Jesuíta
renegado, chamado Adam Weishaupt, para promover os objetivos de Sião. Weishaupt,
por sua vez, foi o fundador dos Illuminati.

Os Illuminati: Uma Aliança Conveniente


Sião e os Templários estavam de olho no trono Francês, mas não estavam ain-
da unidos em seus esforços. Por exemplo, Frederick, o Grande, como chefe dos Templá-

144
_______________________________________________________________CAPÍTULO 4

rios do Rito Escocês no Continente, queria tomar o trono Francês por intrigas, enquanto
Sião planejava absorvê-lo através de casamento.

Como observamos, Sião tinha vários programas simultâneos para atingir seu
objetivo de governo mundial. Os Illuminati, embora de vida curta com esse nome, pare-
cem ter tido o único programa de maior sucesso. Sua tarefa era desenvolver uma forma
alternativa de governo em Paris - uma república democrática, envolvendo uma coalizão
com os Templários, deveria impedir que a Revolução Francesa derrubasse a dinastia
Bourbon.

A primeira exposição mundial da conspiração Continental envolvendo os Illumi-


nati foi publicada em 1798, nove anos após o início da Revolução Francesa. De autoria
de John Robison, professor de Filosofia Natural da Universidade de Edimburgo, Proofs of
a Conspiracy against all the Religions and Governments of Europe foi, entre outras coi-
sas, um aviso por escrito à Grã-Bretanha e sua Irmandade oligárquica.

John Robison, um Mestre Maçom da Maçonaria Inglesa, era um homem de ca-


ráter inquestionável. Ele expôs os illuminati como uma ordem alojada na Maçonaria
Francesa, voltada para a destruição da Igreja Católica Romana, o destronamento de
todas as monarquias e o confisco de negócios e terras.25 Seu objetivo final era inaugurar
uma Nova Ordem Mundial governada por poucos iniciados.

Por vários anos antes da Revolução Francesa, Robison viajou por toda a Euro-
pa, freqüentando muitas Lojas Continentais. Sendo um Escocês, ele naturalmente queria
receber os altos graus no Rito Escocês. Durante suas viagens, ele aprendeu dos Illumi-
nati. Parecendo simpatizante de sua causa, Robison foi encarregado de documentos
Illuminati. Após a Revolução Francesa e suas atrocidades, ele estudou esses documen-
tos Illuminati e, pela primeira vez, percebeu que a Maçonaria Francesa republicana esta-
va em total oposição aos desígnios e orientações estabelecidos pela Maçonaria Inglesa
monarquista. Portanto, ele sentiu que não estava infringindo sua obrigação Maçônica de
silêncio, desmascarando essa Ordem clandestina.

A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry descreve o livro de Robison como


"uma história da introdução da Maçonaria no Continente, e de suas corrupções, e... a um
ataque violento aos Illuminati. Mas, enquanto recomenda que as Lojas na Inglaterra
devam ser suspensas, ele não se responsabiliza por corrupção contra elas, mas admite
as instituições de caridade da Ordem e sua respeitabilidade de caráter."26

Mackey, em seu comentário final, parece concordar com a avaliação do Profes-


sor Robison sobre a Maçonaria Francesa durante a Revolução: "Para que, afinal, as

145
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

acusações de [Robison] não sejam contra a Maçonaria em sua constituição original, mas
contra sua corrupção em um momento de grande entusiasmo político. 27

Weishaupt e os Illuminati
A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry descreve os Illuminati como: "Uma
sociedade secreta, fundada em 1º de maio de 1776, por Adam Weishaupt, professor de
Direito Canônico na Universidade de Ingolstadt. A princípio, seu fundador a chamou de
Ordem dos Perfectibilistas; mas, posteriormente, deu-lhe o nome pelo qual agora é uni-
versalmente conhecida... Weishaupt, embora um reformador na religião e um liberal na
política, tinha sido originalmente um Jesuíta ... Para dar à Ordem uma influência mais
alta, Weishaupt conectou-a com a Instituição Maçônica, cujo sistema de Graus, de ins-
truções esotéricas e modos secretos de reconhecimento, foi organizado depois... O
personagem [ou símbolo desenhado como um retângulo], agora muito usado pelos Ma-
çons para representar uma Loja, foi inventado e usado pela primeira vez pelos Illuminati
[como era o ponto dentro de um círculo, pelo qual os Illuminati eram identificados simbo-
lica e universalmente]... [Isso] não pode ser negado, que no decorrer do tempo, os abu-
sos se infiltraram na Instituição e que, pela influência de homens indignos, o sistema foi
corrompido."28

Os pesquisadores de conspiração têm opiniões contraditórias sobre quem esta-


va por trás dos Illuminati. Certa "Miss Stoddard", autora de Trail of the Serpent e escre-
vendo sob o pseudônimo "Enquire Within", enxerga os Illuminati como "Os Cavaleiros
Templários... reunindo-se novamente".29 Muitos Templários se juntaram aos Illuminati.
Tão evidente, porém, é que os Rosacruzes também estavam representados na Ordem.
Edith Starr Miller, em Ocult Theocrasy, afirma que os Illuminati eram tanto Rosacruzes
quanto Templários.30

Cada autor chama os Illuminati de "curta duração"; cada um concorda que, ini-
cialmente, seu "Grande Plano "era puro, mas a corrupção se estabeleceu; e cada um
declara que seus membros eram Templários e Rosacruzes.

O plano da Hierarquia em Sião e nos Templários permaneceu tão secreto, no


entanto, que mesmo os Maçons de mais alto grau estavam perplexos quanto à função
real dos Illuminati. Os Illuminati parecem ter sido um empreendimento cooperativo para
inaugurar a Nova Ordem Mundial há muito sonhada pelo Priorado de Sião e pelos Cava-
leiros Templários.

146
_______________________________________________________________CAPÍTULO 4

Sião e Weishaupt
A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry indica a data de nascimento de
Weishaupt e declara sua hostilidade em relação aos Jesuítas: Ele "adotou a característi-
ca ou o nome da Ordem de Spartacus, nasceu em 6 de fevereiro de 1748, em Ingolds-
tadt, e foi educado pelos Jesuítas, para quem, no entanto, mais tarde exibiu a mais
amarga inimizade, e foi igualmente odiado por eles, em troca."31

Quando Weishaupt formou os Illuminati, ele usou a estrutura Jesuíta como guia,
ainda empregou os ritos Egípcios de Ormus em suas cerimônias, os mesmos ritos exer-
cidos pelo Priorado de Sião. O Rev. J. R. Church concorda que, provavelmente,
Weishaupt era um Sionista e conclui: "Os Illuminati, então, podem ser simplesmente
outro nome no atual desenvolvimento do Priorado de Sião..."32

Church também compara as cerimônias, símbolos e teologia dos Illuminati com


Sião e os Rosacruzes e os encontra idênticos, todos os três derivados do misticismo
Egipcio.33 Por exemplo, o ponto dentro de um círculo (uma forma do Olho Que Tudo Vê
do deus-sol egípcio Osíris), é um símbolo em todas as três ordens.34 O objetivo de
Weishaupt também era idêntico ao de Sião: uma Nova Ordem Mundial controlada por
poucos iniciados.

A Encyclopedia Britannica (1984) conecta indiretamente os Illuminati com Sião,


via Rosacruzes, observando que "[o] nome illuminati também é dado aos Rosacruzes."35
Esse fato está documentado no próprio Manual Rosacruz:

Membros que alcançam e completam a instrução psíquica do nono grau ou


aqueles acima dele podem entrar nos Illuminati, que é uma organização superior da
ordem em que os membros dignos continuam a realizar trabalhos e estudos especializa-
dos, sob a direção do imperador de sua jurisdição e dos mestres cósmicos pessoais. Os
membros não podem pedir admissão aos Illuminati, mas devem esperar até que sejam
considerados prontos e serem convidados para este trabalho adicional.36

Um dos primeiros iniciados de Weishaupt foi traidor de sua própria casa real –
Louis Philippe Joseph, Duque de Orleans, primo do rei Bourbon da França. O Duque já
havia sido iniciado na Maçonaria Francesa da Grande Loja e, de acordo com a Mackey’s
Enciclopedia of Freemasonry, ele "foi eleito Grão-Mestre no ano de 1771, com a morte
do conde de'Clermont."37

O Duque de Orleans rompeu com a turbulência Maçônica na França, que esta-


va centrada em torno da obediência Britânica na Grande Loja Francesa, e fundou a
clandestina Loja do Grande Oriente Francesa, em 1772. O Duque, de acordo com a
147
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry, também ocupou o cargo de Grão-Mestre nesta


Loja de oposição, até que foi guilhotinado durante a Revolução, em 1793.

A Brilhante Carreira de Weishaupt


Em 1772, Weishaupt, aos 24 anos, era um brilhante religioso. O Dr. Mackey re-
lata que ele tornou-se, naquele ano, Professor Extraordinário de Direito e, em 1775,
Professor de História e Direito Canônico, na Universidade de Ingoldstadt.38 Em 1º de
maio de 1776, aos 28 anos, ele organizou oficialmente a sociedade secreta que havia
iniciado na universidade, cinco anos antes. Os estudantes da Universidade de Ingolstadt
foram seus primeiros iniciados. Após a graduação, eles se espalharam por todo o Conti-
nente, trabalhando em suas várias profissões, nas quais Weishaupt os engajou para
promover seus objetivos revolucionários.

Segundo a Mackey’s Enciclopédia of Freemasonry, "Weishaupt não foi iniciado


antes de 1777 na Loja Theodore do Bom Conselho, em Munique. Daí em diante,
Weishaupt procurou incorporar seu sistema ao da Maçonaria, para que esta se tornasse
subserviente a seus pontos de vista. Com a assistência de um Templário, o Barão
Knigge, que trouxe suas energias ativas e genialidade para ajudar a causa, ele conse-
guiu completar seu sistema de Iluminismo."39

Os Illuminati e a Maçonaria
Em 1785, nove anos após Weishaupt ter registrado oficialmente os Illuminati
como operativas, as doutrinas dos Illuminati haviam penetrado suficientemente na Gran-
de Loja Francesa e no Grande Oriente Francês, a ponto de alterar para sempre a direção
dessas duas Fraternidades Continentais, em última análise, remodelando a Maçonaria
Internacional.

A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry condena a influência Illuminati de


Weishaupt sobre a Maçonaria: "A Ordem dos Illuminati foi o maior e único infortúnio que
aconteceu na Maçonaria Europeia, porque ele se tornou, de uma só vez, o padrão e o
ponto de partida para uma sucessão de conspirações secretas, clandestinas e políticas
que dividiram a Maçonaria e trouxeram desgraça ao seu nome "40

Não surpreendentemente, os autores de Holy Blood, Holy Grail mencionam


Adam Weishaupt. Sua pesquisa, restrita a indivíduos nomeados nos "documentos do
Priorado", não encontraria Weishaupt entre eles. No entanto, eles nomeiam um Sionista
Rosacruz que figurou na trama dos Illuminati, e que pode muito bem ter sido o "controla-

148
_______________________________________________________________CAPÍTULO 4

dor" de Weishaupt. Ele é mencionado junto com dois Grão-Mestres de Sião, embora ele
próprio nunca tenha sido um Grão-Mestre. Seu nome era Joseph Balsamo.41

Balsamo trabalhou como agente duplo para Sião, juntando-se à Estrita Obser-
vância Templária. Logo depois, Adam Weishaupt ordenou aos Illuminati que absorves-
sem o melhor dos iniciados na Estrita Observância. Nesta Webster confirma que "O
primeiro corpo Maçônico com o qual os Illuminati formaram uma aliança foi o Stricte [sic]
Observance..."42

Illuminati: Um Plano de Contingência


Nossa pesquisa conclui que os Illuminati foram formados inicialmente como
uma cooperativa entre as hierarquias de Sião e dos Templários, a fim de concluir a tarefa
de dois séculos atrás - a de destronar os Bourbons. Os Templários estavam buscando
vingança pela morte de Jacques de Molay. Sião estava buscando o trono Francês para a
Dinastia Merovíngia de Lorraine-Habsburg. Caso Sião fracasse em sua tentativa de uma
monarquia universal, poderia transformar sua estratégia de modo a criar uma Nova Or-
dem Mundial de republicanismo. Em ambos os casos, a coroa Britânica não era mais
necessária para a proteção dos reis Merovíngios. Os Templários poderiam assumir no-
vamente essa função, pois já havia lojas militares Templárias em formação nas forças
Francesas.

Manipulador de Weishaupt:
Kolmer ou Charles de Lorraine?
Nesta Webster relata que Weishaupt não recebeu a inspiração por conta pró-
pria para formar os Illuminati. Em 1771, ela afirma, um misterioso comerciante da Jutlân-
dia chamado Kolmer, que supostamente passou muitos anos no Egito, retornou à Europa
para iniciar Weishaupt nos ritos Rosacruz do misticismo Egípcio. Em seu caminho do
Egito para a Alemanha, Kolmer parou em Malta, onde um remanescente dos concorren-
tes Ingleses dos Cavaleiros Templários existia sob o nome de Cavaleiros de Malta. Lá,
Kolmer se encontrou com um famoso Maçom e mágico chamado Cagliostro. Juntos, eles
exibiram sua magia para a multidão, quase provocando uma insurreição entre o povo.
Ambos os homens foram expulsos da ilha pelos Cavaleiros de Malta e Kolmer foi imedia-
tamente para a Alemanha, a fim de ter um encontro com Adam Weishaupt. Durante os
cinco anos seguintes, Kolmer iniciou Weishaupt em todos os mistérios de sua doutrina
secreta, terminando sua instrução na primavera de 1776. Em 1º de maio de 1776,
Weishaupt fundou os Illuminati.43
149
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Kolmer não é mencionado nos documentos do Priorado. De fato, Nesta Webs-


ter diz que ele é o homem mais misterioso de toda essa trama. Antes de conhecer
Weishaupt, não havia história anterior dele, além de seu encontro em Malta com Caglios-
tro. Mais tarde, ele desapareceu. No entanto, Cagliostro descreveu Kolmer com respeito
e admiração, chamando-o de "esse gênio universal, quase divino". 44

Eventos subsequentes sugerem que Kolmer não era outro senão o Grão-
Mestre do Priorado de Sião - Charles de Lorraine. Mas, quem é esse misterioso Maçom,
Cagliostro?

Cagliostro e a Maçonaria Egípcia


A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry reconhece a importância de Caglios-
tro na disseminação da Maçonaria em toda a Europa: "A história da Maçonaria naquele
século não estaria completa sem referência a este personagem. Escrever a história da
Maçonaria no século XVIII e deixar de fora Cagliostro, seria como encenar a peça de
Hamlet e deixar de fora a parte do Príncipe da Dinamarca."45

Cagliostro estabeleceu mais Lojas Maçônicas em toda a Europa do que qual-


quer homem, desde então. Em Malta, foi nomeado por Charles de Lorraine (disfarçado
como o comerciante Kolmer da Jutlândia) para agir em seu nome - como o elo entre o
Grão Mestre de Sião e Weishaupt. A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry diz que o
nome verdadeiro de Cagliostro era Joseph Balsamo46, o homem mencionado nos docu-
mentos do Priorado como uma figura na conspiração Sionista, juntamente com vários
Grão-Mestres de Sião. Esse homem tinha o poder de um Grão-Mestre de Sião, mas
nunca foi um Grão-Mestre ele próprio. Os documentos do Priorado dizem sobre esses
homens: "Guardiões de um segredo, só podemos exaltá-los ou destruí-los. Assim, as
pessoas como... Joseph Balsamo, os Duques de Nevers e Gonzaga, tinham suas vigílias
assistidas por um perfume de magia em que o enxofre é misturado com incenso - o
perfume de Madalena. "47

Cinco anos depois de Joseph Balsamo/Cagliostro conhecer Kolmer em Malta,


encontramos Cagliostro em Londres, onde ele se conecta com a Maçonaria Rosacruz
Inglesa. De acordo com a Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry, em abril de 1776, um
mês antes Adam Weishaupt fundara oficialmente os Illuminati, Cagliostro foi iniciado
como um Maçom inglês "na Esperance Lodge, nº 289, que se reuniu na Taverna King’s
Head."48 Em 1777, o ano em que Weishaupt foi iniciado na Maçonaria do Grande Oriente
Francesa, Cagliostro "foi subsidiado", segundo Mackey, "por vários homens extremamen-
te ricos que, insatisfeitos com a situação da Europa, não hesitaram em colocar suas

150
_______________________________________________________________CAPÍTULO 4

riquezas à sua disposição, com o objetivo de minar os poderes tirânicos que, então,
exerciam influência".49

Os "poderes tirânicos" na Europa, sem dúvida, se referem ao trono Francês. E


os homens ricos na Inglaterra podem muito bem ter sido os Rosacruzes Sionistas. Uma
vez que Mackey não os menciona pelo nome, não podemos conectá-los positivamente
com Sião, nem podemos especular sobre quem esses indivíduos podem ter sido. No
entanto, com recursos substanciais da Inglaterra, o Sionista Cagliostro retornou ao Con-
tinente e fundou a Maçonaria Egipcia, que desempenhou um papel significativo na trama
Sionista contra a França, não apenas na Revolução Francesa, mas por um século e meio
depois. O brasão de armas Cagliostro, adotado para sua Ordem, era a estrela de seis
pontas, idêntica à criada pelo Merovíngio Dagobert II, em Rennes-le-Chateau, e mais
tarde adotada pelo Priorado de Sião. Esta estrela de seis pontas mais tarde se tornou o
arauto do futuro e genuíno Movimento Sionista Judeu, cujas insígnias levaram, erronea-
mente, muitos pesquisadores de conspiração a acreditar na conspiração de origem Ju-
daica.

Nesta Webster conta que, quando Cagliostro voltou ao Continente, ele se jun-
tou aos Illuminati. Ela relata que "Cagliostro também havia sido iniciado na Estrita Obser-
vância [Templária], perto de Frankfurt, e agora era empregado como agente da ordem
combinada. De acordo com sua própria confissão, sua missão 'era trabalhar para trans-
formar a Maçonaria em direção dos projetos de Weishaupt ... Cagliostro também formou
um elo com os Martinistes que [seguiram] os passos dos Rosacruzes... "50

Cagliostro recebeu ordens e agiu em nome de Charles de Lorraine, o Grão-


Mestre de Sião reinante, que foi dispensado de seu comando militar por não conseguir
derrotar Frederick, o Grande. Disfarçado de Kolmer, comerciante da Jutlândia, o Grão
Mestre encontrou Cagliostro em Malta, onde planejaram sua estratégia. Cagliostro deve-
ria se juntar aos Illuminati com dois notáveis objetivos em mente: (1) transformar os
Maçons Franceses em revoltosos, através de dependência de drogas, prostituição e
bruxaria; e (2) unir os Rosacruzes e a Maçonaria Templária no Continente. O objetivo
ostensivo deste último não ficaria evidente até mais tarde. No entanto, a partir do dia de
Cagliostro, encontramos uma mistura de cerimônias Rosacruzes e Templárias em ambas
as ordens Maçônicas.

É inegável que o frenesi que antecedeu a Revolução Francesa foi criado pela
Maçonaria Egípcia esotérica de Cagliostro. Ao mesmo tempo, Weishaupt e seus Illumina-
ti operaram na arena política.

151
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Um Resumo
Sião não alterou seu plano de capturar o trono Francês para a Casa de Lorrai-
ne, desde o seu fracasso durante as Guerras Religiosas. Teve parcial sucesso apenas
sob Weishaupt. A Revolução Francesa destronou os Bourbons, como Sião desejava. A
dinastia do Rei de Jerusalém, no entanto, não conseguiu ascender ao trono Francês
após a Revolução que destruiu a monarquia.

Essa intriga, com suas contra-intrigas, parecia misturar Rosacrucianismo e


Templarismo. Portanto, os pesquisadores de conspiração não entenderam o duplo confli-
to dentro da Revolução Francesa e interpretaram mal a conspiração da Maçonaria Fran-
cesa como sendo uma continuação da trama Illuminati de Adam Weishaupt. Por outro
lado, oponentes da teoria da conspiração veem os Illuminati como inexistentes após
1785, já que naquele ano foram expostos pelo governo da Baviera que ordenou sua
dissolução. O que realmente aconteceu não ficou aparente de imediato. Sião e o Templo,
no entanto, tinham outros planos para os Illuminati, em outro continente, em um novo
mundo.

152
Capítulo 5
REJEITANDO O CRISTIANISMO:
SÍMBOLOS PAGÃOS DA MAÇONARIA
E DOS ILUMINATI
Devemos ter constantemente em mente esse fato, da existência primária e pre-
dominante do simbolismo nos primeiros tempos, quando estamos investigando a nature-
za das religiões antigas, com as quais a história da Maçonaria é tão intimamente conec-
tada. Quanto mais antiga a religião, mais o simbolismo é abundante.

Mackey's Symbolism of Freemasonry 1

Símbolos e Alegorias
Todas as religiões usam simbolismo, incluindo o Judaico-Cristianismo. Em toda
a Bíblia, símbolos, lições sobre objetos, fala figurativa e parábolas são usados para ocul-
tar e revelar. Ezequiel viu a "roda". Zacarias observou "montanhas de bronze". Daniel
maravilhou-se com os "chifres". João descreveu os julgamentos de Deus como "selos" e
"trombetas". Deus usou símbolos para ocultar Seus planos futuros a partir das gerações
dos profetas, mistificando os próprios profetas. Por exemplo, Deus disse a Daniel em
12:9: "Vá Daniel, pois as palavras estão fechadas e seladas até o tempo do fim." Jeremi-
as usou lições sobre objetos (Jeremias 13-19) para simbolizar o julgamento de Deus
sobre Israel. No Novo Testamento, um discurso figurativo ilustra os vários atributos de
nosso Salvador: Cristo é o Cordeiro de Deus e o Leão de Judá. E Jesus ensinou verda-
des espirituais através de parábolas. Por exemplo, em Marcos 4:1-12, quando nosso
Senhor diz a Seus discípulos a parábola do "semeador", eles perguntam a Ele o signifi-
cado, e Ele responde: “A vós foi concedido o mistério do Reino de Deus; aos de fora,
entretanto, tudo é pregado por parábolas, com o propósito de que: ‘mesmo que vejam,
não percebam; ainda que ouçam, não compreendam, e isso para que não se convertam
e sejam perdoados’”

Os únicos símbolos que Deus proibiu foram aqueles que se dizia representá-Lo.
Em Deuteronômio 4:12, Moisés lembra Israel que quando o Senhor lhes falou em Hore-
be, eles "ouviram a voz das palavras, mas não viram semelhança [símbolo]; somente vós
ouvistes um voz ". Em 4:15-16 e seguintes, Moisés explica o limite contra figuras ou

153
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

imagens: “Ficai, portanto, muito atentos a vós mesmos! Uma vez que nenhuma forma
[símbolo] vistes no dia em que Yahweh vos falou no monte Horebe, do meio do fogo, não
vos permitais corromper, fazendo para vós uma imagem esculpida em forma de ídolo:
uma figura de ser humano, homem ou mulher,... para que, ao levantardes vossos olhos
em direção ao céu e observardes o sol, a lua, as estrelas e todos os demais corpos
celestes, não vos deixeis seduzir por esses astros para adorá-los e a eles servir!

Símbolos, figuras ou imagens de Deus eram de origem e uso pagãos, levando


à adoração da criação ou mesmo de demônios no lugar de Deus. Portanto, Deus proibiu
Seu povo de tal prática.

Os deuses pagãos eram, é claro, divididos em divindades masculinas e femini-


nas, que por sua vez foram identificados com fenômenos cosmológicos - como a lua, o
sol, as estrelas, ou outros fenômenos ou forças naturais - chuva, céu, montanhas, caver-
nas, oceano etc. A humanidade, em um estado de idolatria, apelaria a esses deuses
como poderes, forças ou árbitros de fertilidade, vida e morte.

O restante deste capítulo explorará o uso do simbolismo pagão, incluindo o de


cultos pagãos de fertilidade, nos símbolos e emblemas da Maçonaria e dos Illuminati, e
mostrar como esses símbolos e a religião que eles representam - previstos nos livros de
Zacarias e Apocalipse - são de origem blasfema e intenções anticristãs.

Símbolos Sexuais
Os símbolos geométricos ostensivos das divindades pagãs representam deu-
ses masculinos e femininos. Seu significado secreto é mais repreensível, pois eles, como
veremos, representam homem e mulher em um ato procriador para alcançar a divindade.

Hoje, os símbolos Maçônicos são usados da mesma maneira e pela mesma ra-
zão. Os significados ocultos e reais da simbologia Maçônica são retidos até que os inici-
ados sejam achados "dignos" de recebê-los. O Maçom J. D. Buck revela essa progres-
são da revelação Maçônica em seu livro Mystic Masonry:

Deve-se ter em mente que na Maçonaria moderna há sempre uma porção exo-
térica entregue ao mundo, aos não iniciados, e uma porção esotérica reservada aos
iniciados e revelada gradualmente, conforme o candidato demonstra sua aptidão para
receber, ocultar e usar corretamente o conhecimento transmitido.2

Em The Meaning of Freemasonry, o Maçom W. L. Wilmshurst também confirma


a existência de significados claros e secretos nos símbolos e rituais Maçônicos:
154
_______________________________________________________________CAPÍTULO 5

Nosso ensino é propositalmente velado em alegoria e símbolo e sua importân-


cia mais profunda não aparece na superfície do próprio ritual. [Ocultação é] parcialmente
intencional também, para que apenas aqueles que têm mentes reverentes e compreensi-
vas possam penetrar no significado mais oculto da doutrina da Arte. [Significados] são
divulgados apenas para aqueles que agem de acordo com as dicas dadas em nossas
conferências.... 3

Martin L. Wagner discute em seu livro Freemasonry, An Interpretation, a delibe-


rada e auto-proclamada estratégia de engano pelos Maçons na apresentação de seus
rituais e símbolos:

Todos os escritores Maçons concordam que as doutrinas da Maçonaria são


apresentadas ao Maçom não de maneira aberta, direta e dogmática, mas de forma vela-
da ou alegórica, ou por meio de hieróglifos, ideógrafos, cifras, símbolos e em linguagem
ambígua, da qual interpretações enganosas são propositalmente dadas, a fim de que o
significado real seja aprendido pelo Maçom apenas através de sua própria inteligência e
poder de discernimento.

Para que a instituição possa ser perpetuada de geração em geração, e sua in-
tegridade possa ser mantida, é imperativo que sua doutrina secreta essencial seja comu-
nicada, do Maçom ao neófito, de uma maneira segura para não ser descoberta pelos não
iniciados. Isso é feito por meio de símbolos e discursos, a fim de disfarçar um sistema
completo dos ideais Maçônicos da divindade, natureza e homem. Este ensinamento deve
ser feito por símbolos, pois somente por estes pode-se promulgar a doutrina Maçônica.
Todas as explicações dadas desses símbolos são interpretações enganosamente proje-
tadas, de forma o mais completa possível, para derrotar o intérprete, ocultar seu signifi-
cado Maçônico e provar a capacidade do candidato de entender a doutrina Maçônica.4

Na Introdução, você deve se lembrar que Albert Pike, em Morals and Dogma,
confirma que os iniciados na Loja Azul são deliberadamente enganados.5 Uma pessoa
razoável poderia aqui colocar objeção, de que ninguém se juntaria à Maçonaria se lhe
dissessem com antecedência que ele seria intencionalmente enganado. E nenhuma
pessoa decente se uniria à Maçonaria, se informada a respeito do verdadeiro significado
desses símbolos. Tomemos, por exemplo, o Esquadro e o Compasso, com a letra "G" no
centro. Este é o principal símbolo da Maçonaria Livre. Poderia, de fato, um Cristão usá-lo
na lapela ou no dedo anelar, se for dito a ele que tal símbolo representa algo contrário à
Sagrada Escritura? Claro que não.

Em sabendo disso, o que um Cristão objetaria a respeito desse símbolo central


da Maçonaria?

155
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O Maçom do 33° grau, H. L. Haywood, nos instrui no método para descobrir seu sig-
nificado em The Great Teachings of Masonry:

Não pode haver interpretação dogmática e oficial de um símbolo para obrigar o


consentimento involuntário de qualquer mente; a mensagem do símbolo é, em virtude de
sua própria natureza, fluida e livre, para que todo homem tenha o direito de pensar por si
mesmo. De professores e estudiosos Maçônicos, tem havido muitos - Oliver, Preston,
Pike, Mackey e outros igualmente dignos de nossa história - e isso nos deu nobres inter-
pretações da Maçonaria, mas nenhum Maçom é obrigado a aceitá-las, a menos que ele
decida.

Depois de estudar a filosofia do simbolismo sob a observância das dicas anteri-


ores, seria bom para o aluno investigar uma pergunta adicional: qual regra deve ser
seguida na tentativa de interpretar os símbolos Maçônicos? O que foi dito a respeito do
direito do membro de pensar nos símbolos por si mesmo, não implica, é claro, que ele
sempre deva ter o direito de interpretar um símbolo Maçônico sem pensar, ou que ele
possa descobrir uma verdadeira interpretação sem a devida consideração pelo que os
outros têm pensado. Esse procedimento não seria um pensamento livre, mas uma au-
sência de pensamento .... Se nos perguntarmos, por exemplo, qual é o significado do
esquadro e do compasso, devemos tentar descobrir quando esse símbolo entrou em uso
na Fraternidade; por que entrou em uso; o que isso significava, e então devemos tentar
aprender o que a Fraternidade entendeu por este símbolo durante os séculos subse-
quentes. Isso nos salvaria de uma interpretação baseada na ignorância ou na arbitrarie-
dade, ou em nossa própria fantasia, e também lançaria uma nova luz para nós sobre o
que a Maçonaria significa como um todo.6

O Esquadro e o Compasso
Para descobrir o verdadeiro significado do Esquadro e do Compasso, vamos
seguir as instruções de Haywood, e examinar vários dos autores "honoráveis", que ele
sugere a todos os Maçons investigarem para evitar "ignorância" e "arbitrariedade" de
interpretação. Primeiro, aprendemos do Maçom do 32º, J. D. Buck, em Symbolism of
Mystic Masonry, que o Esquadro e o Compasso têm um significado que transcende a
ordem prática:

Talvez o símbolo mais familiar de um Maçom seja o Esquadro e o Compasso,


encontrado em toda Loja, usado como distintivo de reconhecimento fraterno. Nas Lojas é
dito que o Esquadro é um instrumento com o qual o pedreiro prático mede e estabelece
seu trabalho, mas nós, como Maçons livres e aceitos, somos ensinados a usá-lo para o
propósito mais nobre e glorioso ... Assim também o Compasso; o uso prático simboliza a
156
_______________________________________________________________CAPÍTULO 5

obrigação moral mais elevada de circunscrever nossos desejos e manter nossas paixões
dentro dos devidos limites.... Em um sentido geral, o Esquadro é um símbolo da matéria
e da terra; o Compasso, do Espírito e dos céus.7

O Maçom George H. Steinmetz, em Freemasonry, its Hidden Meaning, concor-


da com J. D. Buck: "Simbolicamente, o Esquadro representa a terra, e o Compasso os
céus". Steinmetz expande seu significado: "Tanto a Praça como a Bússola são símbolos
do Homem".

Como podemos ver, a Maçonaria não apenas acredita que o homem tem algo
em comum com o céu e a terra, mas ainda identifica, reduz e dividr os poderes sexuais
intocosmológicos masculinos e femininos da Divindade. O Maçom do 32º Albert Pike
elabora esse esquema em Morals and Dogma:

O Compasso, portanto, é o Símbolo Hermético [gnóstico] da Divindade Criativa


e o Esquadro, da Terra ou Universo produtivo .... Como agentes procriadores e generati-
vos, os Céus e o Sol sempre foram considerados como masculinos; como geradores que
frutificam a Terra e fazem-na produzir ... A Fé, portanto, o grande Produtor, sempre foi
representado pelo feminino.

Essas duas Divindades, os Princípios Ativos e Passivos do Universo, foram


comumente simbolizado pelas partes generativas do homem e da mulher ... [o] Phallus
[órgão sexual masculino] e o Cteis [órgão sexual feminino], emblemas de geração e
produção, e que, como tal, apareceu nos Mistérios.

Os Brâmanes da Índia expressaram a mesma idéia cosmogônica por uma está-


tua, representante do Universo, unindo em si ambos os sexos. O sexo masculino na
imagem do sol, centro do princípio ativo e o sexo feminino, na imagem da lua, em cuja
esfera, procedendo para baixo, a parte passiva da natureza começa. O Lingam, divinda-
de reverenciada até os dias atuais nos templos Indianos, mostra a conjunção dos órgãos
de geração dos dois sexos, era um emblema do mesmo.9

O Maçom do 32º Albert G. Mackey em Symbolism of Freemasonry oferece a mesma


interpretação do Esquadro e do Compasso que Pike, vinculando-o à adoração de pode-
res procriadores na religião pagã:

O falo (ou Lingam dos Indianos) era uma representação esculpida do membro
viril, ou órgão de geração masculino... os Cteis dos gregos e os Yoni dos Indianos, um
símbolo do princípio gerador feminino, de coextensivo prevalência com o Phallus .... A
união do Phallus e Cteis, ou do Lingam e Yoni, em uma figura composta, como objeto de
adoração, era o modo mais comum de representação.10

157
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Finalmente, o Maçom Delmar Duane Darrah do 33º


grau, em History and Evolution of Freemasonry, explicita o
significado dos símbolos Maçonicos, incluindo seu símbolo
mais proeminente, o Esquadro e o Compasso: "O simbolis-
mo da Maçonaria é simplesmente a vida humana em figu-
ras... um compêndio expressivo e completo do dever cons-
tante do homem [procriação] ao Deus que fez ele e seu
companheiro de viagem [parceiro sexual] na jornada da
vida."11

Um Maçom que lê a "nobre interpretação" de Darrah não pode ter dúvida a res-
peito de seu significado. Os "honoráveis" da Maçonaria explicam que o Lingam no Hindu-
ísmo representa a relação da natureza consigo mesma e a comparam com o Esquadro e
o Compasso, cujo símbolo representa as forças ativas na natureza acima (significando
os céus) e as Forças passivas abaixo (significando a terra). Diz-se que o Esquadro e o
Compasso representa o homem em seu dever de procriação.

Observe que o Compasso está na posição sexual ativa, com as duas pernas
abertas para baixo, representando as pernas do homem. O Esquadro está na posição
sexual passiva, com as duas pernas afastadas, representando as pernas de uma mulher.
Sempre juntos, simbolizam homem e mulher entrelaçados na posição de contínua rela-
ção sexual, que age, quando literalmente realizada, como um sacramento ao deus-
demônio da Maçonaria.

As religiões pagãs não representam meramente seus deuses da fertilidade no


ato da procriação em estátuas ou de outras formas. Pagãos antigos imitavam seus deu-
ses na adoração no templo coabitando com prostitutas cultuais.

Henry H. Halley, no Halley's Bible Handbook, nos informa que esse foi o caso
nas religiões Babilônicas. A deusa mãe, ele diz, "foi a deificação da paixão sexual; seu
culto exigia licenciosidade; prostituição sagrada em conexão com seus santuários eram
um costume universal entre as mulheres da Babilônia. Conectados aos seus templos
ficavam retiros ou câmaras encantadoras, onde sacerdotisas entretinham adoradores do
sexo masculino em cerimônias vergonhosas. Além dessas sacerdotisas prostitutas, toda
empregada, esposa ou viúva teve que oficiar nestes ritos pelo menos uma vez em sua
vida ".12

Deus sabe o que há de maldade por trás dos símbolos pagãos. Por essa razão,
Ele proibiu Israel a fazer uma semelhança d’Ele. No entanto, em nossos dias, a Maçona-
ria comemora e retrata essas práticas vergonhosas no Esquadro e Compasso. Ainda
mais corrupto é sua noção de Deus, vulgarmente representada pela letra "G", posiciona-

158
_______________________________________________________________CAPÍTULO 5

da no centro do Esquadro e do Compasso, onde os órgãos sexuais masculino e feminino


se unem. Não há dúvida de que um Cristão deveria se abster de ter comunhão com
homens que adoram como deus uma divindade tão vulgar e básica, que é apresentada
em forma simbólica como o ato da relação sexual.

Agora você entende por que a Maçonaria deve apresentar diferentes camadas
de significado simbólico para iniciados do que para adeptos, se é para adquirir associa-
ção? Uma vez que o candidato é aceito como membro, é enganado em cada iniciação do
Grau Azul. Os Maçons da Loja Azul dizem que "G" é um símbolo de Deus, o que, é claro,
pode significar qualquer conceito de Deus. Depois de avançar em graus acima da Loja
Azul, o "G" se torna Gnose, a adoração do conhecimento. A Gnose é então expandida
para significar o conhecimento da criação - mais especificamente, a criação do céu e da
terra pela união das forças sexuais da natureza. Por fim, isto chega a alguns altos inicia-
dos significando que o homem perpetua a criação de Deus emulando a natureza. Esses
Maçons são considerados dignos de serem ensinados a respeito do ato mais sublime por
trás desse símbolo repugnante - que é dever do homem imitar seu deus, através da
adoração de sua própria atividade procriadora. Vemos claramente que o símbolo do
chefe da Maçonaria volta e comemora a antiga religião da fertilidade. O Esquadro e o
Compasso revela a humanidade como deuses.

A Mackey’s Enciclopedia of Freemasonry faz uma declaração, de que todos os


Cristãos devem prestar atenção ao decidir se devem ou não descartar a questão da
simbologia Maçonica: "Retire da Maçonaria seu Simbolismo, e você retira do corpo sua
alma .... "13

A Designação dos Illuminati está Oculta no


Simbolismo
Adam Weishaupt, fundador dos illuminati, usou o simbolismo para ocultar a
ambos, o deus e a designação de sua organização. Para começar com um exemplo
simples, vemos que a palavra illuminati é simplesmente um substantivo no plural Latino
que significa iluminado. Apenas em si, parece bastante inofensivo. No entanto, quando
pesquisamos seu uso em religiões misteriosas, descobre-se uma verdade perturbadora.
Os antigos chamavam Lúcifer de o iluminado, ou o portador da luz. Vênus, deusa do
amor, também era conhecida como portadora da luz. Vênus, o planeta, foi chamado de
estrela de Lúcifer, ou a estrela da manhã. No Hebraico, Lúcifer significa estrela da manhã
ou estrela brilhante.14 Um exame minucioso da etimologia revela que os iluminados signi-
fica aqueles que imitam Lúcifer, ou seguidores de Lúcifer.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Podemos legitimamente esperar que a linguagem e os símbolos usados pelos


Illuminati não apenas revelará sua doutrina religiosa, mas também revelará a designação
dada por Weishaupt.

Primeiro de Maio: Símbolo da Revolução


Quando Weishaupt foi escolhido pelo Grão-Mestre de Sião para incrementar o
próximo passo em direção à unificação Sião-Templária, ele teve a liberdade de escolher
como deveria cumprir sua tarefa. A princípio, ele optou por permanecer obscuro. Apenas
seis indivíduos dentro dos Illuminati o conheciam como Chefe. Um deles provaria ser um
Judas.

Na primavera de 1776, a doutrinação de cinco anos de Weishaupt foi concluída


pelo comerciante ilusório da Jutlândia, Kolmer, que sugerimos ser o Grão-Mestre de Sião
disfarçado, ou seu agente. Weishaupt recebeu, então, sua tarefa: destruir o trono Fran-
cês através da revolução, em seguida, unir Sião e os Templários em uma Nova Ordem
mundial. Em 1 de maio de 1776, Weishaupt fundou os Illuminati.

1º de maio de 1776: naquele dia, Weishaupt escolheu a cor "vermelha" para re-
presentar o sangue humano, que logo seria derramado em homenagem a sua revolução
benevolente. Treze anos depois - o número é significativo - a nova Assembléia Consti-
tuinte Francesa de 1789, que consistia de 300 Mestres Maçons iluminados, 15 escolhe-
ram "vermelho" como sua cor nacional.16

1º de maio de 1776: esse dia simbólico foi lembrado em 1917, quando Lenin
inaugurou o sistema revolucionário "vermelho" de Weishaupt na Rússia, escolhendo o 1º
de maio como Feriado nacional comunista. Até seu recente colapso, a URSS ostentava
anualmente seu poderio militar sob milhares de bandeiras vermelhas. Armas impressio-
nantes, criadas para derramar o sangue do homem em rios vermelhos atravessou a
"Praça Vermelha". 17

1º de maio de 1776: naquele dia infame, tão sutilmente entrelaçado na consci-


ência de nossa sociedade, de que a revolução nunca será esquecida.

1º de maio de 1776: esse dia catastrófico é lembrado simbolicamente como


"May-day! May-day!", quando transmitido através de ondas de rádio como sinal interna-
cional de perigo. Aquele dia se tornou o ponto focal em torno do qual todas as revoluções
se reuniram desde então.

160
_______________________________________________________________CAPÍTULO 5

Naquele dia, o sistema iluminado de Weishaupt, uma estratégia satânica de


domínio, projetada de maneira semelhante à do comunismo hoje, tornou-se o "efeito
borboleta"18, que mexeu suavemente o ar revolucionário, até se tornar uma violenta
tempestade. Um dia, terminará em horrível selvageria "Porque haverá então grande
tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais have-
rá." (Mateus 24:21)

Maçonaria Iluminadora
Weishaupt deveria levar à maturidade a iminente Revolução Francesa, que vi-
nha crescendo há várias décadas sem direção. Isso envolveu três etapas: (1) encontrou
os Illuminati, que já discutimos; (2) iluminar as várias Ordens Maçônicas Templárias; e
(3) iluminar a Grande Loja Francesa.

A primeira ordem dos Templários iluminada foi a ociosa Estrita Observância.


Um membro de sua hierarquia era um Templário firme, o Barão Adolph von Knigge. Von
Knigge tinha sido iniciado na estrita observância em 1770, um ano antes de Kolmer
iniciar a doutrinação de Weishaupt. Em 1780, o Sionista Weishaupt procurou o Templário
Knigge, após saber que ele havia sido iniciado nos Illuminati. Naquele ano, a Estrita
Observância ficou sob o controle dos Illuminati, quando Weishaupt deu ordens ao Barão
para "atrair o melhor entre eles para nós".19 Os Superiores Desconhecidos, que deveriam
orientar a Estrita Observância três décadas e meia antes, foram então declarados por
Weishaupt como os Illuminati.

A Hierarquia nos Illuminati assumiu nomes codificados, uma prática continuada


até hoje pela Hierarquia da Maçonaria. Seu objetivo é proteger as identidades dos envol-
vidos em atividades perigosas. O nome de código de Weishaupt era Spartacus. Seu
associado próximo, Herr von Zwack, era secretamente conhecido como Cato. O Barão
von Knigge era Philo. Nós temos registro de sua trama, devido a uma exposição inco-
mum 'e à publicação de seu código em cartas (discutidas no capítulo 9).

Sob o pseudônimo de Spartacus, Weishaupt escreveu a Cato (von Zwack): "Eu


deveria permanecer oculto da maioria dos membros enquanto eu viver. Eu sou obrigado
a fazer tudo através de cinco ou seis pessoas."20

Em outra carta, ele descreveu a estrutura de sua organização: "Eu tenho dois
imediatamente abaixo de mim em quem respiro todo o meu espírito, e cada um desses
dois tem novamente outros dois, e assim por diante. Desta forma, eu posso colocar mil
homens em movimento e em chamas da maneira mais simples, e dessa maneira deve-
se dar ordens e operar na política". 21
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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

As ordens não apenas desceram rapidamente na hierarquia dos Illuminati atra-


vés dessa cadeia de comando, mas a comunicação ascendeu a Weishaupt tão rapida-
mente através de um elaborado sistema de espionagem interna. Como Salem Kirban
explica nos Satan's Angels Exposed: "Todo membro espionava os outros membros. Todo
mês, o Noviço tinha que entregar a Weishaupt uma carta selada, que revelando todos os
aspectos de seu relacionamento com seu superior."22 Tais informantes permitiram que
Weishaupt comandasse eventos, mantendo-se a par dos resultados que levaram à Revo-
lução Francesa. O sigilo era fundamental para as operações dos Illuminati, como Sparta-
cus diz a Cato: "A grande força da nossa Ordem está em sua ocultação; nunca apareça
em nenhum lugar com seu próprio nome, mas sempre coberto por outro nome e outra
ocupação. Nenhuma é mais adequada que os três graus mais baixos da Maçonaria
Livre; o público está acostumado a isso, espera pouco disso e, portanto, não presta
muita atenção."23

Weishaupt escondeu os Illuminati nos três primeiros graus do Grande Oriente


da Maçonaria, anteriormente organizada em 1772. Dr. George E. Dillon, em Grand Orient
Freemasonry Unmasked, registra que a Grande Loja do Oriente foi fundada porque "os
Maçons Franceses na obediência inglesa, desejando independência da Loja Mãe da
Inglaterra, separaram-se e elegeram o duque de Orleans como primeiro Grão-Mestre
desde o celebrado Grande Oriente da França."24

Como os Illuminati, o nome da Grande Loja do Oriente tem uma paternidade si-
nistra. Nós recorremos à história de Juliano, o Apóstata, para explicar. Antes de Juliano
se tornar imperador de Roma (361-363 DC), ele foi iniciado nos Mistérios - uma das
cabeças de hidra da religião Babilônica - do teurgista Maximus de Éfeso. À medida que a
cerimônia subterrânea progredia, Maximus dirigiu seu iniciado, perguntando:

"Em meu nome, negue os Galileus." (Três vezes exigido e três vezes negado.)
"Quem és tu?"
"Eu sou a Luz, eu sou o Oriente, eu sou a Estrela da Manhã!"
"Como és linda!"
"Seja como eu sou."
“Que tristeza aos teus olhos!”
“Sofro por todos os vivos; não deve haver nascimento nem morte.
Vinde a mim, eu sou a sombra, sou a paz, sou a liberdade '[R]ebel,
Eu te darei força .. viole a lei, ame, amaldiçoe-o e seja como eu sou. 25

Observe que a aparição de Lúcifer disse: "Eu sou o Oriente". Então, também,
na linguagem velada da Maçonaria, Oriente, na verdade, significa Lúcifer! Este fato foi
crucial para sucesso de Weishaupt. Ele pode doutrinar seus iniciados sob o manto de
inofensivos três graus da Maçonaria do Grande Oriente, ensinando progressivamente a

162
_______________________________________________________________CAPÍTULO 5

eles que o deus dos Illuminati e do Grande Oriente eram os mesmos - Lúcifer. Weishaupt
pode, então, enviar seus mestres Maçons iluminados para organizar as Grandes Lojas
"Lúcifer" adicionais sob outros nomes.

O próximo corpo Templário a ser iluminado foi o Rito Escocês. Isso não foi difí-
cil, posto que muitos Maçons Escoceses se reuniram para se unirem ao Grande Oriente
e, posteriormente, aos Illuminati. Penetrar na Grande Loja Francesa com iluminismo era
mais difícil, ainda mais crucial. Com a Grande Loja permanecendo obediente à Maçona-
ria Inglesa monarquista, era imperativo reverter sua atitude antes de destronar a dinastia
dos Bourbon.

A Pirâmide e o Olho Que Tudo Vê


A fundação dos Illuminati, no ano de 1776, tem significativas implicações esoté-
ricas e numéricas. Da mesma forma, o Selo dos Illuminati é esotericamente importante,
pois, simbolicamente, comunica aos iniciados a tarefa dada desta ordem Luciferiana.

O selo é retratado como uma pirâmide inacabada de 13 camadas com sua pe-
dra angular faltando. Pairando acima, está um triângulo com raios de sol, como se espe-
rasse ser abaixado para completar a estrutura. Nas religiões de mistério, o triângulo
simboliza poder, como um trono ou reino, e às vezes é retratado como um chifre. O
triângulo também é um símbolo da morada do poder superior pagão, representado por
um topo de montanha em um país montanhoso, uma pirâmide no Egito ou um zigurate
na Mesopotâmia. Os antigos chamavam o zigurate de Colina do Céu, ou Montanha de
Deus.26 Números 22:41 e Deuteronômio 12:2. referem-se a esses santuários pagãos
como "lugares altos".

Quando Weishaupt projetou o triângulo com raios de sol, ele colocou nele um
olho como o olho do homem - conhecido pelos Maçons como o Olho Que Tudo Vê. Este
símbolo é uma versão do olho Egípcio de Osíris.27 A Mackey’s Encyclopedia of Freema-
sonry explica como a Maçonaria adotou este símbolo da religião pagã antiga:

Olho que tudo vê: Um símbolo importante do Ser Supremo, emprestado pelos
Maçons das nações da antiguidade ... [Os] egípcios representavam Osíris, sua principal
divindade, pelo símbolo de um olho aberto, e colocavam esse hieróglifo em todos os
seus templos. Seu nome simbólico, nos monumentos, era representado pelo olho que
acompanha um trono, ao qual às vezes foi adicionada uma figura abreviada de deus, que
às vezes tem sido chamada de machadinha, mas que pode corretamente ser uma repre-
sentação do esquadro [o símbolo de uma Loja Maçonica] 28

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O fato do olho estar posicionado em um triângulo pairando acima de uma pirâ-


mide inacabada tem um significado simbólico para a conspiração Iluminista. Primeiro, o
olho representa Weishaupt. Salem Kirban em Satan's Angels Exposed explica que "o
sistema de espionagem mútua de Weishaupt era parte integrante de seu programa para
manter seus associados alinhados. O olho simbolizava um Big Brother controlando seu
domínio. "29

Segundo, o olho representa o Priorado de Sião (Sião adotou o mesmo símbolo


dos Egípcios) e o triângulo, o poder dos tronos Merovíngios europeus. A pirâmide inaca-
bada de treze degraus comemora o trabalho designado aos Cavaleiros Templários. Na
simbologia Maçônica, o Selo dos Illuminati significa simplesmente que aos Templários foi
dada a tarefa de construir um governo mundial sob o olhar atento do Priorado de Sião.
Quando Sião, protetor dos tronos Merovíngios, colocar o cume Merovíngio dos raios
solares no lugar, o governo mundial estará completo.

Estranhamente, o Selo dos Illuminati foi adotado pela Maçonaria Americana,


dois meses após a sua criação. Mais estranho ainda - tornou-se parte do Grande Selo
dos Estados Unidos. Os Illuminati foram fundados em 1776, aparentemente para coinci-
dir com a Revolução Americana. De forma aparentemente igual, Weishaupt foi instruído
a projetar o Selo dos Illuminati como parte do Grande Selo dos Estados Unidos.

Desde 1934, o Selo Illuminati adorna o lado esquerdo da nota de um dolar.


Acima da pirâmide, estão as palavras em Latim (com uma contagem de 13 letras) Annuit
Coeptis, que significa Anúncio do Nascimento. Abaixo, está Novus Ordo Seclorum, que
significa Nova Ordem Secular, também traduzida por Nova Ordem Mundial. Sobreposto
em algarismos romanos, na camada inferior dos tijolos, está o ano de 1776, o ano em
que os Illuminati foram fundados, bem como o ano em que as colônias Americanas de-
clararam independência.

As treze camadas de tijolos na pirâmide são, obviamente, simbólicas das 13 co-


lônias Americanas. Treze também é o número mais sagrado dos Cavaleiros Templários,
representando seus 13 graus de iniciação e comemorando o dia em que iniciou a perse-
guição dos Templários – uma sexta-feira 13, no ano de 1307. A simbologia Maçônica no
selo dos Illuminati, quando incorporada como parte do Grande Selo dos Estados Unidos,
colocou ao mundo das sociedades secretas um aviso, que os Templários estavam co-
meçando a construir, na América, a tão desejada base da Nova Ordem Mundial de Sião.

164
_______________________________________________________________CAPÍTULO 5

Os Illuminati na América
O professor Charles Eliott Norton (1827-1908) lecionou em Harvard, de 1874 a
1898, a respeito da pirâmide inacabada dos Illuminati e seu Olho Que Tudo Vê, que
nossos antepassados, disse ele, imprimiram no verso de um de nossos grandes símbo-
los, a Flying Eagle, que fica na frente do Grande Selo dos Estados Unidos Unidos. O
professor Norton não era Maçom, embora tenha feito amizade com muitos deles, incluin-
do Emerson, Ruskin, Longfellow e Lowell.31 Nem fez oposição a sua conspiração. Em
uma de suas repetidas palestras, ele fez uma declaração interessante sobre o envolvi-
mento dos Illuminati na Revolução Americana, que lança luz sobre o movimento sem
precedentes que nossos líderes, hoje, estão demonstrando no uso de nossa nação como
o catalisador do sucesso da Nova Ordem Mundial. O professor disse: "Não somente
foram Maçons muitos dos fundadores do governo dos Estados Unidos, mas receberam
ajuda de um órgão secreto e augusto existente na Europa, que os ajudou a estabelecer
esse país para um propósito peculiar e particular, conhecido apenas por poucos inicia-
dos."32

Aquele "corpo secreto e augusto" eram os Illuminati. Author Salem Kirban nos
informa que, em 1785, "15 lojas da Ordem dos Illuminati haviam sido estabelecidas nas
13 colônias. Isso foi antes das colônias serem unidas e da Constituição adotada. Em
1785, a Loja Colombiana da Ordem dos Illuminati foi estabelecida na Cidade de Nova
York Cidade. Seus membros incluíam o governador Dewitt Clinton, Clinton Roosevelt
[ancestral de Franklin D. Roosevelt] e Horace Greeley. Uma Loja na Virgínia foi identifi-
cada com Thomas Jefferson."33

Ben Franklin, Thomas Jefferson e John Adams foram os homens mais respon-
sáveis por trazerem os Illuminati para a América. O Rev. J. R. Church escreve sobre a
associação dos Maçons com os Illuminati dos Pais Fundadores em Guardians of the
Grail:
É relatado que Benjamin Franklin era um Rosacruz. Thomas Jefferson, John
Adams e George Washington eram Maçons. É interessante notar que, embora esses
homens fizessem parte dessas ordens, George Washington advertiu a Loja Maçonica na
América sobre os perigos dos Illuminati, enquanto Thomas Jefferson e John Adams mais
tarde discordaram sobre o uso da Loja Maçônica pelos Illuminati. John Adams, o qual é
relatado ter sido o fundador das Lojas Maçônicas na Nova Inglaterra, acusou Jefferson
de usar as lojas que ele próprio havia fundado para fins subversivos dos Illuminati. As
três cartas de Adams que tratam desse problema estão na Biblioteca da Praça Witten-
burg, na Filadélfia. Muitos, hoje, estão convencidos de que Franklin, Adams e Jefferson
foram manipulados pelos Illuminati, até John Adams ser alertado.34

165
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry relata a extensa filiação Maçônica de


Franklin. Franklin estava associado à Maçonaria Americana já em 1730. Antes da Revo-
lução Americana, ele visitou Londres, onde foi iniciado como um Rosacruz e membro da
Sociedade Real Sionista. Ele também era membro de várias lojas Francesas em Paris,
durante e após a nossa Revolução. Em 1777, por exemplo, ele foi iniciado na Loja Gran-
de Oriente das Nove Irmãs; em 1779 ele foi eleito seu Mestre Adorador; em 1782 ele se
tornou seu Venerável Mestre. Ele ajudou a oficiar na iniciação de Voltaire, na mesma
loja, em 7 de abril de 1778. Em 28 de novembro de 1778, ele é listado como um dos
fundadores da Loja das Dores, em honra a Voltaire, oficiando lá no funeral Maçônico
deste. Nesse mesmo ano, ele tornou-se membro da respeitável Loja de São João de
Jerusalém da Maçonaria Templária. Em 1782, ele se juntou à mais indescritível e miste-
riosa loja Templária, chamada de Loja Real dos Comandantes do Templo Oeste. Final-
mente, depois de uma longa e ilustre carreira Maçônica, o Dr. Mackey relata que "em 17
de abril de 1790, Benjamin Franklin passou para a Grande Loja de cima."35

Benjamin Franklin e Thomas Jefferson, dois dos três patriotas creditados com o
desenho do nosso Grande Selo dos Estados Unidos, eram defensores inflexíveis dos
Illuminati - tanto que eles adotaram seu Selo como parte do nosso.

De acordo com os Journals of Congress, 1776, Vol.1, páginas 248 e 397, em 4


de julho de 1776, Thomas Jefferson, John Adams e Benjamin Franklin foram nomeados
pelo Congresso Continental para preparar o selo. Isso foi treze anos antes de John
Adams ficar preocupado com uma conspiração. O selo inclui, não apenas a Flying Eagle
no lado da frente, mas o selo Illuminati projetado por Weishaupt no verso. O Grande Selo
dos Estados Unidos parece ser uma obra-prima dos Illuminati.

Só podemos especular que Franklin recebeu suas ordens de Londres e Paris.


Os eventos subsequentes, apresentados no capítulo 27, confirmam que ele era um agen-
te duplo, aparentemente trabalhando para o Priorado de Sião, assim como Voltaire,
Nicholas François e Chevaller Ramsay. Como eles, ele também viajou para a Inglaterra.
De 1757 a 1762 ele foi a Londres, em uma viagem "diplomática", e lá foi feito um Rosa-
cruz. (Cinco anos antes, Franklin havia sido homenageado pela Royal Society de Sião
por descobrir que raios e eletricidade eram iguais.) 36 Ele voltou a Londres em 1764,
retornando à América em 1775, pouco antes do início da revolução. Em 1776, ele foi a
Paris para procurar ajuda militar e financeira para as colônias. Aparentemente, enquanto
estava lá, Franklin conheceu Weishaupt, ou algum outro agente dos Illuminati. Quando
ele voltou para a América, ele trouxe em sua bagagem a doutrina republicana dos Illumi-
nati, juntamente com seu Selo da pirâmide inacabada.

Benjamin Franklin, Thomas Jefferson e John Adams se conheceram numa tar-


de de verão, em 4 de julho de 1776, e discutiram sobre o projeto do Grande Selo dos

166
_______________________________________________________________CAPÍTULO 5

Estados Unidos. Franklin convenceu os dois patriotas de que o número romano 1776 na
base do Selo Illuminati significava o ano em que a América declarou independência. As
treze camadas de tijolos na pirâmide inacabada simplesmente representavam as treze
colônias. Todos os três patriotas aceitaram o Selo dos Illuminati sem alteração.

O que eles mesmos projetaram é o Selo Flying Eagle. Contém treze listras no
escudo do peito da águia, treze bagas e treze folhas no ramo de azeitona na garra direita
da águia, treze flechas na garra esquerda, treze letras nas Palavras latinas E Pluribus
Unum, e treze estrelas acima de sua cabeça. Esotericamente, treze representa as treze
colônias originais, bem como sugere que os Cavaleiros Templários tiveram um papel
significativo na fundação dos Estados Unidos.

Dois dos três pais fundadores foram sinceros em seu zelo patriótico. Ben Fran-
klin, no entanto, estava em total conformidade com o "Grande Plano" do Priorado de
Sião. Evidências circunstanciais sugerem sua cumplicidade. Por exemplo, Franklin era o
único pai fundador que era membro das três obediências Maçônicas - Americana, Inglês
e Francesa - assim como um iniciado na Rosacruz de Sião, membro dos Illuminati de
Sião, e um Cavaleiro Templário. Só ele estava em uma posição única para aprender a
"Doutrina Secreta" de ambos os lados. Não há outra explicação para o peculiar e signifi-
cativo arranjo das treze estrelas, pairando na Glory Cloud (Nuvem de Glória) acima da
Flying Eagle (Águia Voando), que também aparece no verso nota de dólar. Há treze
estrelas Templárias na Nuvem de Glória que formam a estrela de seis pontas do Priora-
do de Sião.

Os símbolos e sua colocação são de grande importância para a Maçonaria.


Eles revelam a "Doutrina Secreta" do Priorado de Sião. As treze estrelas dos Templários
organizadas para formar a estrela de seis pontas de Sião, enviou uma mensagem clara
aos poucos iniciados de que Sião e o Templo estavam unidos na fundação dos Estados
Unidos da América. Os símbolos sagrados de Sião e o Templo, unidos no mesmo dese-
nho, espreitando através da nuvem de glória que paira sobre a Grande Águia Americana,
significa que Sião e o Templo supervisionam a direção de nossa nação. Nós poderemos
aprender as ramificações desta verdade esotérica no capítulo 27, onde descobrimos que
o Grande Selo dos Estados Unidos da América foi visto nas visões do apóstolo João e do
profeta Daniel.

167
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Estados Unidos: Filha da Babilônia?


Quando as treze colônias conquistaram sua independência da mãe Inglaterra,
houve uma mudança na potência mundial. Grã-Bretanha, lar da moderna Babilônia Mis-
teriosa, entregou seu prestígio à sua prole. Surge a questão de saber se isso faz da
América, a "filha da Babilônia" mencionada em Jeremias 50:42; 51:33 e Zacarias 2:7. O
Rev. J. R. Church pensa assim. Ele cita Jeremias 50:12, falando com um nação que não
é a Babilônia, mas a filha da Babilônia: "Vossa mãe [Babilônia] estará profundamente
perplexa...”

Rev. Church comenta: "Deveria ser os Estados Unidos a nação do fim dos tem-
pos nessa profecia? Numa simples dedução, a Grã-Bretanha seria a mãe e, para ter
certeza, hoje a Grã-Bretanha está ‘profundamente perplexa' A palavra perplexa, neste
versículo, significa 'empalidecer, secar ou perder força’".37

O Priorado de Sião planejou o enfraquecimento da Grã-Bretanha? Foram os


Estados Unidos selecionados como o novo protetor do culto ao rei de Jerusalém, quando
Sião e o Templo estavam reunidos sob o grão-mestre Charles Radcliffe? Esses eventos
certamente tornaram a Inglaterra "profundamente perplexa", como sugere a profecia
acima. As respostas para essas perguntas serão apresentadas no capítulo 27.

O Olho Que Tudo Vê: Rejeitando a Pedra Angular


Das três interpretações dadas ao Olho Que Tudo Vê, discutimos duas: na pri-
meira, Kirban diz que o Olho representa Adam Weishaupt em sua posição como um "Big
Brother" controlando seu domínio dos Illuminati. No segundo, simboliza o Priorado de
Sião supervisionando seu projeto Templário. No terceiro, e mais blasfemo, o olho pairan-
do dentro da pedra angular, simboliza a rejeição Maçônica a Jesus Cristo, a Principal
Pedra de Esquina. Em Grego, Pedra de Esquina, como sabemos, pode também signifi-
car pedra superior ou pedra angular.38

Como podemos ver, séculos antes de Adam Weishaupt rejeitar Jesus Cristo, o
Priorado de Sião havia rejeitado a Cruz de nosso Senhor e Salvador, substituindo-a pela
cruz Rosacruz de Satanás. Cristo havia se tornado uma rocha de ofensa a Weishaupt,
como nosso Salvador já foi uma pedra de tropeço para Sião. A própria Escritura, na
profecia de 1 Pedro 2:6-8, nos lembra o conflito entre Cristo e os "desobedientes" segui-
dores de Sião:

168
_______________________________________________________________CAPÍTULO 5

Porquanto também a Escritura contém: Eis que ponho em Sião a principal pe-
dra angular, eleita e preciosa; e aquele que nela crer não será confundido. E assim para
vós, os que credes, ele é precioso, mas para os desobedientes, a pedra que os constru-
tores reprovaram, essa mesma foi feita a principal da esquina. E uma pedra de tropeço e
rocha de ofensa, também para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes;
para o que também foram destinados.

Adam Weishaupt, como ministro da Palavra de Deus, é claro, sabia que Efésios
2:20 se refere à liderança da igreja de Cristo nos seguintes termos: "Jesus Cristo ... a
pedra principal da esquina." Weishaupt também teria estudado as palavras proféticas de
nosso próprio Senhor em Lucas 20:17: “Então, o que é isto que está escrito: A pedra
que os edificadores rejeitaram, essa se tornou a cabeça de esquina? De Atos 4:10-11,
Weishaupt teria ensinado a declaração de Jesus Cristo por Pedro “a quem Deus ressus-
citou dentre os mortos, por ele este homem está em pé diante de vós. Ele é a pedra que
foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina”.

Quando Weishaupt apostatou, ele decidiu criar um emblema que simbolizava a


rejeição de Cristo como a pedra de esquina ou pedra angular. A pirâmide inacabada com
a pedra angular faltando é esse emblema. Até hoje, no interior da Bíblia Maçônica, em
toda nação onde a Palavra de Deus é blasfemamente colocada, sob espadas cruzadas
no "altar do sacrifício" Maçônico, estão escritas estas palavras de zombaria: "A Pedra
que os Construtores Rejeitaram!"40

Em alguns estados de nossa nação, como o Mississippi, a Loja piedosamente


oferece ao Mestre Maçom, após a conclusão do seu 3º grau, uma Versão King James da
Bíblia, que é estranhamente chamada de "Bíblia Maçônica".41 John Hall, ex-Mestre Ma-
çom do Mississippi, em uma entrevista de rádio, citou a blasema introdução à Bíblia dada
pelos Maçons de sua Loja, cuja introdução afirma explicitamente a rejeição Maçônica da
Pedra Angular:

A Pedra Que Os Construtores Rejeitaram


Quais eram as características peculiares desta pedra? Não era oblonga nem
quadrada e tem referência à pedra de esquina ou à pedra angular. De acordo com len-
das Maçônicas, os construtores do Templo de Salomão ficaram perplexos quando eles
receberam uma pedra em particular que não era oblonga nem quadrada, como eram
acostumado a receber. Assim, posteriormente, eles a deixaram de lado.42

Para entender completamente a importância dessa passagem, precisamos sa-


ber que, na Maçonaria, retângulos e quadrados são simbólicos das pedras necessárias
169
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

para a construção de um templo espiritual perfeito, nas alturas. De acordo com a Ma-
ckey’s Encyclopedia of Freemasonry, esses dois símbolos geométricos, o oblongo e o
quadrado, representam a Loja Maçônica,43 e significa a crença da Maçonaria de que está
construindo a religião perfeita. Por outro lado, um pedra de formato particular, como uma
pedra em forma de cunha ou pedra angular, usada apenas no pináculo de um arco ou
pirâmide para completar a estrutura, é rejeitada na construção da base da mesma.

A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry explica ainda mais porque a pedra


em forma de cunha, ou pedra angular, é rejeitada pelo pedreiro enquanto constrói seu
templo espiritual no alto: "No simbolismo Maçônico [A Principal Pedra Angular] significa
um verdadeiro Maçom e, portanto, ela é o primeiro personagem que o Aprendiz [1º grau]
vai representar, após sua iniciação ter sido concluida."44

Em outras palavras, na religião da Maçonaria, Jesus Cristo, a Principal Pedra


Angular, é rejeitado como Salvador, e o mais baixo grau Maçom, o Aprendiz, se torna
seu próprio salvador. O método pelo qual ele realiza sua própria salvação é ilustrado na
Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry. Em uma gravura, estão três trabalhadores (re-
presentando o Aprendiz, o Companheiro de Artesanato e o Mestre Pedreiro) construindo
uma estrutura de pedras quadradas. Enquanto eles trabalham, olham para o céu, onde
fracamente veem os frutos de seu trabalho - uma pirâmide inacabada, faltando a pedra
angular. Pairando acima está o Olho que Tudo Vê. A legenda diz: "Avante para as Altu-
ras".45 Em outra gravura, os três Maçons descansam de seu trabalho. A legenda diz: "O
Trabalho é Adoração".

Como a definição de Mackey indica e as figuras ilustram, o Aprendiz Maçom


Iniciado (o iniciado do primeiro grau) usurpa a posição de Jesus Cristo quando aceita a si
mesmo como a pedra angular. Ele é ensinado que seu trabalho na terra nunca termina.
Sua vida é gasta adorando suas próprias boas obras na Loja Maçônica, esperando que,
quando ele chegar na Grande Loja no alto, terá adquirido tijolos suficientes para construir
sua nova morada, permitindo que permaneça como pedra de esquina ou pedra angular
em seu pináculo.

Manly P. Hall, um Maçom do 33º grau, explica a vocação espiritual dos três
primeiros graus na Maçonaria da Loja Azul em seu livro The Lost Keys of Freemasonry.
Na página 52, há uma figura com a legenda "O Mestre Maçom" (terceiro grau). O mestre
Maçom está de pé no topo de sua pirâmide no céu, assumindo a posição da pedra angu-
lar. Após a legenda está escrito: "Nesta imagem está oculta a alegoria da Palavra Perdi-
da. O Mestre Maçom, tendo completado seus trabalhos, torna-se um trabalhador de nível
mais alto, em um plano superior daquele em que o construtor comum e Maçom do 2º
grau é permitido trabalhar. O Mestre Maçom se torna a pedra angular do Templo Univer-
sal ".47

170
_______________________________________________________________CAPÍTULO 5

Nesta religião de "salvação pelas obras", um Maçom nunca aceitaria a obra de


Jesus Cristo, a Principal Pedra Angular, uma vez que o trabalho de Cristo como nosso
Salvador entra em conflito com o primeiro ritual na Loja. Por outro lado, um Maçom deve-
ria perceber que é incapaz de obter sua própria salvação através de boas obras, e acei-
tar a Cristo como sua "peculiar" ou "particular" pedra angular para a salvação, deixando
de ser um Maçom e saindo da Loja. O mais perturbador, no entanto, é o fato do Cristão
que, após aceitar a Cristo como Salvador, inicia-se no primeiro grau e se aceita como a
Principal Pedra Angular. Por implicação, ele rejeitou a Jesus Cristo.

Weishaupt era uma pessoa assim. Ele simbolizou sua rejeição de Cristo, proje-
tando a "pirâmide inacabada" com a pedra angular faltando. Em seu lugar, ele criou a
pedra angular pairando e, colocado nela, não os sete olhos do Cordeiro de Deus apre-
sentados em Apocalipse 5:6, mas o Olho Que Tudo Vê do deus sol egípcio, Osíris.

Profecia Bíblica e O Olho Que Tudo Vê


Uma passagem interessante das Escrituras, no quinto capítulo de Zacarias,
descreve o Olho que Tudo Vê das religiões pagãs. O mesmo capítulo também contém
uma surpreendente profecia da Maçonaria iluminada. Antes de discutir o Olho Que Tudo
Vê nesta passagem, primeiro estabeleceremos que, embora a visão de Zacarias seja
descritiva da Babilônia Misteriosa, profetiza especificamente a Loja Maçônica de nossos
dias.

No início da visão de Zacarias (versículos 1-5), o profeta vê um "rolo voante"


(rolante em algumas traduções) com as dimensões de um retângulo. O retângulo, obvi-
amente, é um símbolo da Loja Maçônica. A palavra voando em hebraico significa "cobrir
com obscuridade."48 Juntas, as palavras "rolo voante" descrevem uma religião misteriosa
ou sociedade secreta, como a Maçonaria.

No versículo 3, o anjo, falando ao profeta, revela que o rolo voante "é a maldi-
ção que sai sobre a face de toda a terra .... "Em hebraico, a palavra maldição significa
"prestar juramento, geralmente em mau sentido". 49 Alojado no rolo voadnte há uma
cesta, contendo uma mulher. A cesta é suportada por duas outras mulheres, que, em
hebraico, são duas prostitutas. ~ Descobriremos que essas duas prostitutas são descriti-
vas do Rosacruciano (Inglês) e da Maçonaria (Francesa) Templária.

Nos versículos 10-11, Zacarias pergunta sobre o destino da cesta: "Então eu


disse ao anjo que falava comigo: Para onde estas duas prostitutas carregam o efa [ces-
ta]? E ele me disse: Para edificar uma casa na terra de Sinar [Babilônia]: e será estabe-
lecido e assentado ali em sua própria base."
171
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Como vimos, o "rolo voante" sugere uma religião misteriosa e o destino da ces-
ta dentro do rolo é a Babilônia. Sem dúvida, a mulher dentro da cesta é a Prostituta da
Babilônia Misteriosa, pois, no versículo 8, o anjo revela sua identidade como "maldade."
Sua "maldade" é descrita em Apocalipse 17: 2-4. No versículo 6 de Zacarias 5, há uma
troca muito desconcertante e significativa entre o profeta e o
anjo. Quando o profeta recebeu a cesta escondendo a religião da prostituta, ele per-
guntou 'O que é isso? E ele [o anjo] disse: Esta é um efa [cesta] que sai. Além disso, ele
disse: Esta é a semelhança entre eles por toda a terra "(grifo meu).

Mas, semelhança com o que? Semelhança com o que foi apresentado nos dois
capítulos anteriores de Zacarias. Por exemplo, no terceiro capítulo de Zacarias, o profeta
vê uma cena celestial em que móveis cercam o trono de Deus - móveis que Zacarias
duplicaria na reconstrução do Templo de Salomão, em Jerusalém. Sabemos, é claro, que
a Maçonaria pretendia, desde o início, ser uma "semelhança" do templo de Salomão –
até mesmo com a construção e arranjo de seus móveis na Loja, conforme retratado na
Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry.51 Não é uma conclusão forçada para entender a
cesta que contém a Prostituta da Babilônia como sendo uma referência à Maçonaria, que
se anuncia como uma semelhança do Templo de Salomão.

Em Zacarias 4:2, o profeta descreve outra peça de mobiliário, um castiçal com


sete lâmpadas. Nos versículos 4b-6a e 10b, o profeta pergunta sobre as sete lâmpadas:
"O que são, Senhor? Então, o anjo que falava comigo respondeu e disse-me: Não sabes
o que são? E eu disse: não, meu Senhor. Então ele respondeu e falou comigo, dizendo
... aqueles sete ... são os olhos do Senhor, que corre de um lado para o outro por toda a
terra."52

O apóstolo João teve uma visão semelhante em Apocalipse. No primeiro capí-


tulo, ele viu sete estrelas e sete castiçais. No versículo 20b, Cristo revela a João que "As
sete estrelas são os anjos das sete igrejas; e os sete castiçais que viste são as sete
igrejas." No verso 3:1, é dito que Deus tem os Sete Espíritos, e as sete estrelas". No
versículo 5:6, Jesus Cristo é visto como "um Cordeiro em pé, como se tivesse sido mor-
to; tendo sete chifres e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados a toda a
terra.

João e Zacarias viram os "sete olhos" do Senhor, que eram sete anjos domi-
nantes (possivelmente arcanjos) de Deus, cujo dever é proteger a fé Judaico-Cristã. Na
visão de Zacarias, os sete olhos de Deus estavam sediados no templo de Jerusalém e
dali corriam "de um lado para o outro por toda a terra". Na visão de João, eles estavam
sediados nas sete igrejas, e dali foram "enviados a toda a terra."

172
_______________________________________________________________CAPÍTULO 5

Que a Maçonaria vê os sete olhos do Senhor como sete arcanjos é encontrado


em Morals and Dogma de Albert Pike. "Não foi sem um significado secreto", escreve
Pike, "que João dirigiu suas repreensões e ameaças às Sete igrejas, o número dos Ar-
canjos ...

Em Apocalipse 5: 6, João nos informa que os sete olhos, ou espíritos de Deus,


estão sob o comando de nosso Senhor Jesus Cristo. Assim também disse Zacarias:
"eles são os olhos do Senhor. "Com base nessas passagens, podemos concluir, razoa-
velmente, que a Babilônia Misteriosa de Zacarias 5: 5-11 se assemelha, não apenas ao
Templo de Salomão no Antigo Testamento, mas também às sete igrejas no Novo Testa-
mento. Não pode haver dúvida sobre o que isso implica para a Maçonaria, a qual é a
Babilônia Misteriosa de nossos dias, a alegação de uma "semelhança" Judaica e Cristã
com o Rito Escocês Templário Francês e o Rito Rosacruz Inglês.

Um outro significado perturbador da palavra semelhança surge quando exami-


namos sua raiz hebraica. Semelhança, uma palavra usada em nenhum outro lugar nas
Escrituras, refere-se não apenas a uma "semelhança" com o Templo de Salomão e as
sete igrejas, mas uma "semelhança" com os "sete olhos do Senhor" também. Essa pala-
vra hebraica, "semelhança", é ayin, uma raiz primordial que pode ser traduzida como
"aparência externa ou semelhança”. No entanto, seu significado primário é, literal e figu-
rativamente, um olho só.54

Todas as religiões pagãs têm seu "olho só". Por exemplo, no Hinduísmo é
chamado o "terceiro olho". No Egito, é o "olho de Osíris". E na Maçonaria é o "Olho que
Tudo Vê".

Que a Maçonaria vê
Lúcifer como a mais alta autori-
dade no céu, é encontrado atra-
vés do posicionamento blasfemo
do Olho Que Tudo Vê como
aplicado no avental Maçônico de
George Washington. O design é
obviamente extraído da descri-
ção da queda de Lúcifer, em
Isaías 14:12-13: “Como caíste do
céu, Ó Lúcifer, filho da manhã!
Tu, que foste derrubado ao chão,
que enfraquece as nações! Por-
que tu tens dito em teu coração:
Eu ascenderei em direção ao

173
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

céu. Eu exaltarei meu trono acima das estrelas de Deus. Eu também sentarei sobre o
monte da congregação, nos lados do norte.”

O Deus Todo-Poderoso escolheu cuidadosamente a palavra "semelhança" - a


única palavra que poderia vincular a Maçonaria com a Babilônia Misteriosa. A Babilônia
Misteriosa, a Mãe das Meretrizes, que nos dias finais encontraria sua casa no Priorado
de Sião, no Rose-Croix, na Maçonaria Inglesa, e agora os Illuminati, que tem sua seme-
lhança - o Olho Que Tudo Vê dos Illuminati, que é o Olho de Lúcifer.

O Olho Que Tudo Vê na América


Os Americanos pouco suspeitam da influência generalizada da Maçonaria na
América e no mundo. Por exemplo, podemos olhar mais uma vez a pirâmide inacabada e
o Olho Que Tudo Vê na parte de trás da nossa nota de dólar.

O Presidente Maçom do trigésimo segundo grau Franklin D. Roosevelt ordenou


a colocação do emblema, em 1934, depois de ler The History of the Seal of the United
States. Seu vice-presidente, Henry A. Wallace, também um Maçom de 32º grau, compar-
tilha a história:

Roosevelt, ao olhar para a reprodução colorida do selo, foi atingido pela primei-
ra vez com a representação do "Olho que Tudo Vê", uma representação Maçônica do
Grande Arquiteto do Universo. Em seguida, ele ficou impressionado com a ideia de que a
fundação para a nova ordem dos tempos [Nova Ordem Mundial] fora lançada em 1776,
mas só seria concluída sob o olho do Grande Arquiteto. Roosevelt, assim como eu, era
um Maçom do 32º grau. Ele sugeriu que o Selo fosse colocado na nota de dólar ...

O Presidente Roosevelt recebeu inspiração por sua política do New Deal (Novo
Acordo) deste símbolo Maçonico.56 Vale ressaltar que parte do New Deal incluíu a funda-
ção das Nações Unidas, para as quais o Presidente Roosevelt trabalhou para ver incor-
porada. Quarenta e seis anos mais tarde, em 6 de fevereiro de 1991, no auge da Guerra
do Golfo Pérsico, o Presidente George Bush falou perante o Clube Econômico de Nova
York e descreveu as Nações Unidas como o organismo catalisador por trás do sucesso
da Nova Ordem Mundial. 57

Hoje, o Olho Que Tudo Vê dos Illuminati pode ser visto na sala de meditação
das Nações Unidas, em Nova York. Ao visualizar a sala de cima, ela tem o formato da
Pirâmide inacabada de Weishaupt. O Olho Que Tudo Vê está no extremo estreito da
sala, na posição de pedra angular.58 A adoção do Selo Illuminati de Weishaupt pelas

174
_______________________________________________________________CAPÍTULO 5

Nações Unidas, significa que a mesma também está sob o olhar atento de Lúcifer e seu
falsificado Priorado de Sião.

Um Chamado aos Cristãos


Irmão Cristão que se encontra na Maçonaria, você está contribuindo para um
governo mundial que culminará na Besta do Apocalipse. Se você permanecer na Loja
após essas revelações, talvez você seja como Weishaupt - um apóstata. Em sua rebe-
lião, Weishaupt, consciente e desafiadoramente, apertou o punho diante da face do Deus
Todo-Poderoso, dizendo arrogantemente de si mesmo: "Tenho orgulho de ser conhecido
no mundo como o fundador da Ordem dos Illuminati ... Passei por todo o círculo da in-
vestigação humana. Eu tenho espíritos exorcizados - fantasmas elevados - tesouros
descobertos - buscados na Cabala... Em 1830, no entanto, quando chegou o dia do
acerto de contas, Weishaupt implorou para ser restabelecido na Igreja, mas acabou
morrendo como um apóstata miserável, incapaz de renovar o arrependimento.

Irmão em Cristo, você foi enganado pela Maçonaria no momento em que o "tra-
paceiro" foi colocado sobre sua cabeça, na iniciação de Maçom Aprendiz (1º grau)60. Não
defenda a Loja devido seu orgulho. Você não pode mais justificar sua afiliação contínua
com essa ordem Satânica alegando ignorância, pois agora você sabe a verdade sobre a
Maçonaria. Jesus implora a você: "Sai dela, povo meu, para que não sejais participantes
de seus pecados, e para que não recebam suas pragas." (Rev.18:4).

Para sair da Maçonaria, há três etapas que você, como Cristão, deve seguir. O
primeiro passo é importante apenas para você. Confesse ao Deus da Bíblia que você foi
enganado e pecou ao ingressar nesta religião pagã. Então, peça perdão. Ele é miseri-
cordioso e promete perdoar.

O segundo passo é importante para você e sua família. O profeta diz, em Zaca-
rias 5:4, que quando um homem se junta à religião babilônica da Maçonaria, uma maldi-
ção "permanecerá no meio de sua casa, e consumirá sua madeira e suas pedras. "Casa
em hebraico pode ser traduzida como "família", enquanto pedras pode ser traduzido
como "filhos".61

A "maldição" é entendida como atividade demoníaca, para quem se junta a uma


ordem satânica, sujeita a si e sua família a essa atividade. A maldição pode ser removida
pelo poder do sangue derramado por Jesus Cristo. Renuncie à Maçonaria e peça a Je-
sus para limpar você e sua família desta maldição. Em seguida, aplique, em sua cami-
nhada diária com Deus, Efésios 6:11-18: "Revesti-vos de toda a armadura de Deus,
para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo...”. Se você não é um
175
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Maçom, mas é um Cristão com um pai ou avô que é (ou foi) afiliado à Loja Maçônica,
tanto você quanto seus filhos são afetados por esta maldição. Renuncie à maldição
geracional pela cobertura do sangue de Jesus Cristo.

O terceiro passo é importante para você e para os enganados que permanecem


na Loja. Renuncie a Maçonaria por escrito. Envie sua carta de renúncia ao guardião da
sua Loja. Pela Lei Maçônica, o guardião deve ler sua carta aos reunidos. Isto é seu tes-
temunho para eles de que você recebeu a verdadeira Luz, Jesus Cristo.

176
Capítulo 6

MÚSICA E REVOLUÇÃO
A música é uma arte curiosamente sutil ... pode ser reconfortante ou revigoran-
te, estimulante ou vulgar, filosófica ou orgiastica. Tem poderes, tanto para o mal quanto
para o bem.

Compositor americano - Dr. Howard Hanson 1

A música tem uma coisa espiritual própria. Você pode hipnotizar as pessoas
com música e quando você as coloca em seu ponto mais fraco, você pode impregar o
subconsciente delas com o que quiser.

Estrela do rock - Jimi Hendrix2

Antes e durante a Revolução Francesa, a Maçonaria iluminada usava música


anti-Cristã para espalhar a revolução por toda a Europa. Um dos recrutas de Weishaupt,
por exemplo, um retardatário da Maçonaria, foi o famoso médico Suábio Frederic Antoine
Mesmer (1733-1815). Mesmer originou a "ciência" do Mesmerismo – um precursor do
hipnotismo. Nesta Webster descreve como Mesmer usou uma forma de música para
hipnotizar:

Mesmer - mexendo o líquido em seu balde mágico, ao redor do qual seus discí-
pulos choravam, dormiam, caiam em transe ou convulsões, deliravam ou profetizavam....
A Maçonaria, ansiosa para descobrir o segredo do balde mágico, apressou-se a inscre-
vê-lo em sua Ordem, e Mesmer foi recebido no Rito Primitivo dos Maçons Livres e Acei-
tos, em 1785. 3

O "balde mágico" de Mesmer era de fato um instrumento musical. O Pianista


Leonard J. Seidel, em Face the Music, explica como Mesmer usou a música para alterar
os estados emocionais e mentais de seus pacientes: "Mesmer, amigo íntimo de Mozart,
tratou vários pacientes com música tocada ao piano ou uma harmônica de formada por
cilindros de vidro que produziam tons, quando esfregados com os dedos molhados. Ele
relatou como uma mudança na chave ou medidor pode causar espasmos." 4

Os mesmos espasmos, induzidos por chave ou medidor, são gerados com a


música rock and roll, hoje, e coloca artistas de rock e seu público no que eles chamam

177
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

de "o estado". A partir da biografia de Doors, No One Here Gets Out Alive, explica o
tecladista Ray Manzarek:

Quando o xamã Siberiano se prepara para entrar em transe, todos os aldeões


ficam juntos e agitam chocalhos, assim como assobiam e tocam quaisquer instrumentos
que eles tem. Há um constante pam, pam, pam .... Foi da mesma forma com Doors
quando tocamos em um concerto.

Conhecíamos os sintomas do estado, para que pudéssemos tentar alcançá-lo.


Isto era como Jim, um xamã elétrico, e nós éramos a banda do xamã elétrico, batendo
atrás dele. Às vezes, ele não queria entrar no estado, mas a banda continuava batendo e
batendo, e pouco a pouco ele assumia. Deus, eu poderia enviar um choque elétrico
através dele com o órgão. John podia fazer isso com suas batidas de tambor. Você podia
ver de vez em quando - estremecer. Eu podia tocar um acorde e fazê-lo tremer. E ele iria
embora de novo. As vezes, ele foi simplesmente incrível. Simplesmente incrível. E o
público também sentiu! 5

Mesmer, o Ray Manzarek do passado, foi incentivado pelo Maçom Wolfgang


Amadeus Mozart para se juntar à Maçonaria. A Loja na qual Mesmer se juntou foi a da
Maçonaria Egípcia iluminada, fundada pelo Sionista Cagliostro. Mozart é, provavelmente,
a pessoa que ensinou Mesmer de como usar a música para controlar as pessoas, já que
Mozart compôs para a Loja Maçônica certas peças destinadas a incitar a revolução nos
corações da população.6

A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry confirma que as "obras de Mozart fo-


ram supostamente destinadas para uso Maçônico."7 Por exemplo, a famosa ópera de
Mozart, The Magic Flute, era uma obra-prima Maçônica. The Magic Flute foi composta na
Loja União Maçônica Perfect Union, uma loja vienense dedicada ao uso Maçônico das
artes. O mentor de Mozart foi o novo Grão-Mestre (GM) do Priorado de Sião, Maximilian
de Lorraine (GM 1780 - 1801), sobrinho anterior do Grão-Mestre. A missão de Maximilian
parece ter sido o desenvolvimento da música liberal para incitar sentimentos anti-
Cristãos.

Maçons e Maçonaria foram essenciais para a criação da The Magic Flute. Por
exemplo, o Grão-Mestre da União Perfeita, Ignaz von Born, “deu a Mozart o material e a
inspiração para sua ópera 'The Magic Flute'. Schikaneder, que escreveu o livreto de 'The
Magic Flute' e Giesecke, seu assistente, eram Maçons. O personagem, Sarastro, na
ópera, era Born." 8

Dr. Mackey resume o conteúdo da ópera: "O enredo da Magic Flute é, agora,
geralmente considerado ter sido extraído de um livro publicado em 1731 por Abbe Ter-

178
_______________________________________________________________CAPÍTULO 6

rasson, denominado Sethos, descrito como uma história de vida extraída dos monumen-
tos do Egito antigo, contendo uma descrição da iniciação de Sethos, um sacerdote Egíp-
cio, nos mistérios do Egito." 9

Fontes Maçônicas confirmam que The Magic Flute foi projetada para distanciar
a população da Igreja Católica, e direcioná-la ao misticismo oculto, assim como o rock é
projetado para fazê-lo hoje. O Maçom do Trigésimo terceiro grau Dr. Mackey elogiou o
sucesso da Perfect Union no uso das artes para promover a rebelião espiritual. "Foi o
próprio sucesso desta Loja", escreve Mackey, “que moveu a Igreja Romana a lançar sua
cruzada contra a Maçonaria Austríaca, por razões compreensíveis o suficiente para
qualquer homem que sabe quão mortal é a iluminação livre e genuína para o programa
do Vaticano."10

Os Efeitos Físicos da Música


Antes da Maçonaria descobrir que a música poderia ser usada na revolução,
outros tinham comprovado muito antes seu efeito no corpo humano. Seidel escreve:

Um compositor do século XVI, Gioseffo Zarlino, experimentou o que chamou de


quatro humores do corpo e os quatro modos de música. Athanasius Kircher demonstrou,
no século XVII, como os tons musicais podiam mover cada um dos quatro humores,
construindo sobre o que Zarlino havia descoberto. Kircher usou vários copos, cada qual
preenchido com um líquido diferente que correspondia a cada um dos quatro humores.
Ao esfregar um dedo umedecido ao redor da borda dos copos, produzia-se um tom mu-
sical, sendo que cada fluido foi ajustado para uma frequência de movimento diferente,
resultando que cada humor era movido por um tom particular.

No século XVIII, E. A. Nicolai descreveu músculos, nervos e artérias como fi-


bras que eram dissonantes ou consoantes. Eu mostrei que a música poderia alterar a
condição dessas fibras. H. W. Albrecht, professor de anatomia na Gottingen, escreveu
que as fibras [músculos], quando estavam muito soltas ou tensas, podiam ser sintoniza-
das pela música.11

Menos de um século depois da Maçonaria ter usado com sucesso a música de


Mozart para incitar a revolução, a música foi cientificamente comprovada ser passível de
alterar os estados fisiológicos. Seidel escreve:

As primeiras medições precisas dos efeitos físicos da música foram gravadas


no século XIX, pelo cientista alemão Hermann von Helmholtz. Em seu trabalho, “Die
Lebre von den Tonempfindungen”, publicado em 1863, ele descreveu os componentes
179
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

do tom musical e a base física de nossa percepção de consonância e dissonância. Mui-


tos outros construíram suas descobertas, mostrando que pulso, sangue, pressão e respi-
ração podiam ser afetados de forma mensurável pelos vários elementos musicais de
ritmo, dissonância e consonância, tom e sonoridade.12

Como a ciência tem provado, a música não é neutra. Pode ser usada para o
bem ou para o mal. O jovem pastor, Davi, que mais tarde se tornou rei de Israel, tocou
harpa para acalmar o espírito maligno no rei Saul. De acordo com Seidel, a música é,
similarmente, usada hoje em instituições psiquiátricas no tratamento de doentes men-
tais.13

Como todos sabemos e já experimentamos, a música também desperta emo-


ções nas pessoas. A música pode causar lágrimas e alegria. Música militar incita vigor.
Canções de ninar produzem sonolência. Canções de amor geram sentimentos sensuais.
Hollywood usa fundo musical em grande escala para criar emoção, medo, suspense etc.
Experiências recentes no uso subliminar da música em lojas de varejo, provaram fazer
com que os clientes comprem mais. A corporação Musak lucrou com esse aspecto da
música que influencia a mente. Agora, há música da Nova Era, que coloca algumas
pessoas em transe.

O som sozinho, sem música, causará o mesmo efeito. Um gênio em eletrônica


e som, de Kansas City, que deseja permanecer anônimo, explicou isso ao autor. Vamos
nos referir a ele como Clark. Clark e o autor estavam reunidos para discutir o interesse
mútuo em um projeto de segurança no qual planejavam investir. A descoberta de Clark
utiliza som de alta frequência, inaudível para a faixa normal do ouvido humano. Ele disse
que o sucesso com o controle mental subliminar provou-se tão eficaz que foi contestado
em 1983 e considerado ilegal no setor privado.

Clark descobriu que uma certa frequência, além do alcance do ouvido humano,
impede furtos em lojas. A demonstração do autor ocorreu em um supermercado, conhe-
cido por seu problema de furtos. Clark estava perto, mas escondido na seção de fárma-
cos, a área mais vulnerável a furtos. Em seguida, um cliente colocou alguns produtos de
saúde e beleza dentro de sua jaqueta. Simultaneamente, Clark pressionou um botão em
uma pequena caixa que estava segurando, ativando o som inaudível. O ladrão parou,
enfiou a mão dentro de sua jaqueta e, depois de colocar o item de volta na prateleira,
deixou a loja!

Muitos testes foram feitos neste supermercado - todos com os mesmos resulta-
dos positivos. Como isso mostra, som e música não são neutros! Eles afetam a mente, o
sistema nervoso e as emoções. A música pode ser usada para o bem, como muitos
cientistas percebem. Outros, no entanto, sabem que ela pode ser usada para o mal.14

180
_______________________________________________________________CAPÍTULO 6

Música Subversiva
Ajudar a compor músicas revolucionárias parece ter sido a atribuição do Grão-
Mestre do Priorado de Sião, Maximilian de Lorraine (GM 1780-1801), sobrinho favorito de
Charles de Lorraine. Maximilian era o filho mais novo de Maria Theresa, mantendo o
comitê diretor de Sião na corte imperial de Viena.

A irmã de Maximilian, Marie Antoinette, era rainha da França. Ela tinha sido da-
da em casamento ao rei francês Louis XVI, para produzir, em uma ou duas gerações, um
herdeiro Habsburg-Lorraine para o trono Francês. Embora a iminente Revolução France-
sa fosse uma ameaça à sua vida, Maximilian não ousou demonstrar ansiedade. Embora
simulasse simpatia pelos objetivos originais da Revolução (isto é, a deposição do Dinas-
tia Bourbon), ele forneceu um abrigo para os refugiados aristocráticos. Quando a tem-
pestade passou, Maximilian não entrou em pânico.15

Quatro anos depois que Maximilian aceitou sua tarefa como Grão-Mestre, ele
"voltou suas energias para a Igreja, tornando-se, em 1784, Bispo de Munster, bem como
arcebispo e eleitor imperial de Colônia".16 Esse movimento também parece ter sido um
esforço clandestino para mascarar sua atividade Maçônica. Maximilian, por exemplo, era
conhecido por conviver abertamente com os Maçons, embora ele tenha declarado que
não era um deles. Os autores de Holy Blood, Holy Grail, no entanto, acreditam que ele
era. A negação dele é compreensível, pois ser Maçom colocaria em risco sua posição
como arcebispo, uma posição vital para sua designação. Pois, como um subversivo
dentro da igreja, ele poderia medir melhor o efeito de sua música revolucionária nos
Cristãos.

Maximiliano tornou-se um patrono assíduo das artes. Não era apenas Mozart
seu protegido, mas Haydn e o jovem Beethoven também. Haydn e Mozart eram ambos
membros da mesma Loja Maçônica.

De acordo com a Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry, existem Lojas Maçô-


nicas de músicos hoje, na Inglaterra, idênticas àquelas do Continente que foram usadas
por Mozart e outros, onde artistas se reúnem para discutir seus objetivos mútuos.17

Mark Spaulding, ex-baterista de uma banda de rock and roll, conecta essas Lojas
Maçônicas inglesas com o surgimento moderno do rock and roll anti-Cristão. Em seu
livro, The Heartbeat of the Dragon: The Occult Roots of Rock & Roll (1992), Spaulding
escreve:

No final do século XIX, muitas organizações ocultas Britânicas foram formadas.


A Sociedade Teosófica, a Ordem Hermética da Golden Dawn, a Ordem da Estrela de
181
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Prata, a Maçonaria e o Rosacrucianismo, foram apenas algumas das muitas sociedades


esotéricas que encontraram seus lares na Inglaterra ... O início dos anos 60 testemunhou
a Inglaterra, de repente, se enchendo de pessoas apanhadas no ocultismo; e o rock and
roll Britânico estava prestes a seguir o exemplo.18

Como a música de Mozart, Spaulding confirma que o rock and roll "foi especifi-
camente projetado para instigar REBELIÃO no ouvinte... bem como minar seu inato
Código moral ordenado por Deus."19

O livro de Spaulding é o resultado de uma extensa pesquisa sobre as origens


ocultas e o projeto satânico do rock and roll. Ele disse: "Eu descobri evidências que
claramente expõe uma incrível interconexão entre rock and roll, hinduísmo, Xamanismo,
Satanismo e Vodu .... Na superfície, essas ideologias podem parecer bastante diversas,
mas, no fundo de seu núcleo, elas são inconfundivelmente idênticas."20

O fascínio que as estrelas do rock and roll têm pelos Maçons e coisas que são
Maçônicas é visto nas capas de seus álbuns e ouvido nas letras de suas músicas. A
seguir estão alguns exemplos:

1. Britisher Lord David Sutch, ou Screaming Lord Sutch, como era carinhosamen-
te chamado por sua banda, os Savages, tinha uma paixão por teatrais chocan-
tes de espetáculos de terror. Por exemplo, em um show, ele entrou no palco em
um caixão preto, carregado por monges encapuzados. Ele emergiu do caixão
com três gritos arrepiantes - sem cabeça e ensanguentado, com mãos grotes-
cas. Foi assim que Sutch lançou seu álbum intitulado Hands of Jack the Ripper.
No capítulo 20, aprenderemos que os assassinatos do Estripador foram, real-
mente, assassinatos rituais Maçônicos.

2. A capa do álbum Sgt. Pepper dos Beatles, parece ser apenas o retrato de um
grupo de pessoas. No entanto, alguns são Maçons conhecidos do passado, in-
cluindo Aleister Crowley, um Maçom do Grande Oriente, de Grau 33, e Grão-
Mestre de três degeneradas ordens Maçônicas Britânicas; Karl Marx, Maçom
do Grande Oriente, do 32º grau; Carl Jung, um Maçom Rosacruz; e H. G.
Wells, um Maçom Inglês. Quando Ringo Starr foi questionado em uma entrevis-
ta por que escolheram essas pessoas, ele disse: "Nós apenas pensamos que
gostaríamos de reunir muitas pessoas das quais gostamos e admiramos."21

3. Ozzy Osbourne disse que o Maçom Crowley era "o fenômeno de seu tempo" 22.
Osbourne escreveu uma música sobre esse satanista, intitulada "Mr. Crowley".

4. Sting passou muitas horas lendo os livros ocultos de Crowley e Jung.

182
_______________________________________________________________CAPÍTULO 6

5. Jim Morrison posou com um busto de Crowley para uma foto promocional da
banda, que foi usado na parte de trás da capa do álbum Doors 13.

6. Graham Bond alegou ser filho de Crowley. Quando ele formou sua banda "Holy
Magick" dedicada a Crowley, ele escreveu "Magick" à moda de Crowley.

7. Na música do Led Zeppelin, "Stairway to Heaven", estão as palavras da ceri-


mônia de iniciação da Ordem Maçônica do Amanhecer Dourado, uma ordem
Maçônica Inglesa liderada por Crowley.23

8. No início da W.A.S.P. no palco, Blackie Lawless bebeu sangue em um crânio


humano24, que faz parte da cerimônia de iniciação no 30º grau da Maçonaria do
Rito Escocês.25

9. No álbum Hemispheres, de Rush, Geddy Lee canta a doutrina da "irmandade"


da Maçonaria. Em "Witch Hunt", de Rush, o letrista Neil Peart escreve os ter-
mos Maçônicos "ignorância e preconceito" para se refererir ao Cristianismo.26

10. No álbum At War With Satan, de Venom, a letra define e elogia a Revolução
Maçonica Russa de 1917 (ver capítulo 19):

A condenação afundou suas garras profundamente no útero da utopia, derramando


grandes correntes [de sangue] de pureza e bem-aventurança virginal. O trono de ouro do
tetragrammaton [estrela vermelha] está em chamas. Sua majestade [Satanás] está orgu-
lhoso, alegres zangões de celebrações encenam cenas de blasfêmia, luxúria e destrui-
ção, violentando a Trindade Santa.27

11. Paul Kantner, do Jefferson Airplane, escreveu letras como "Jesus teve um filho
de Maria Madalena. "28 Como sabemos, essa doutrina vem diretamente da tra-
dição do Priorado de Sião, fundador da Maçonaria Inglesa.

12. Jimi Hendrix também canta a lenda do Priorado de Sião:

A história de Jesus, tão fácil explicar,


depois que o crucificaram, uma mulher [Maria Madalena]
reivindicou seu nome
A história de Jesus, toda a Bíblia sabe,
foi por todo o deserto e no meio, eu achei uma rosa. [Rosacruzes]
Não deveria haver perguntas, não deveria haver mentiras,
Ele sempre foi casado, felizmente depois por todas as Lágrimas
que choramos. 29

183
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

As estrelas do rock não são apenas fascinadas com símbolos Maçônicos nas
capas de seus álbuns, a doutrina Maçônica cantada em suas letras, e cerimônias de
iniciação Maçônica encenadas em seus shows, mas muitos deles são Maçons. Por
exemplo, Jimmy Page, guitarrista principal do Led Zeppelin, foi iniciado, no início dos
anos 70, na ordem Maçônica Inglesa chamada Ordem Hermética da Golden Dawn, do
Maçom Kenneth Anger. Anger era discípulo de Aleister Crowley. Crowley, até sua morte
em 1947, foi Grão-Mestre da Golden Dawn.30

Page ficou tão apaixonado pelo potencial de misturar os poderes mágicos de


Crowley com o rock and roll, que comprou a antiga mansão de Crowley, localizada às
margens do famoso lago Loch Ness. Após a compra, ele mandou um satanista decorar o
interior da mansão com símbolos ocultos para depois ocupa-la.

No álbum Led Zeppelin II, existe gravada no disco de vinil, no entorno do selo
da gravadora, a frase "FAÇA O QUE QUISER".31 Essa frase é toda a "Lei" do Ordo Tem-
pli Orientis (O.T.O.), a Loja Maçônica mais degenerada fundada pela Maçonaria Inglesa -
uma loja que executa sacrifícios até hoje. (Veja o capítulo 15) Seu capítulo Inglês não foi
liderado por qualquer outro, a não ser Aleister Crowley.

Na capa interna do álbum Led Zeppelin IV está a figura de um eremita. O ere-


mita simboliza o poder oculto e a luz da verdade. Na mão do eremita há uma lanterna. A
luz de dentro da lanterna tem a forma de uma estrela de seis pontas (hexagrama) do
Priorado de Sião. O hexagrama também é conhecido como a Estrela de Lúcifer.32

Outras estrelas famosas do rock Maçônico Inglês são Mick Jagger e Keith Ri-
chards, dos Rolling Stones. O Maçom Kenneth Anger iniciou os dois homens na Ordem
da Golden Dawn, de Crowley.33

Após sua prisão por heroína, Richards admitiu: "Há mágicos negros que pen-
sam que nós estamos agindo como agentes desconhecidos de Lúcifer. Os hinos dos
Rolling Stones para Satanás, "Sympathy for the Devil" e "Dancing with Mr. D" (o Diabo),
confirma o comentário de Richards. E, assim como a propaganda revolucionária de Mo-
zart atuou na música há dois séculos, os Rolling Stones espalham hoje a propaganda
revolucionária, através de sua música "Street Fighting Man".35

Lúcifer - Deus da Música do Mal


Como a Maçonaria descobriu que a música poderia ser usada para provocar a
revolução? Do deus deles, é claro! As escrituras sugerem que o Anjo Caído foi criado
como músico. O profeta Ezequiel, em 28:13, diz sobre a personalidade musical de Lúci-
184
_______________________________________________________________CAPÍTULO 6

fer: “Tu estiveste no Éden, o jardim de Deus; ...os trabalhos de teus tambores [pandeiros]
e de teus tubos [flautas] foram preparados em ti no dia em que foste criado.”36

A Concordância de Strong define tubos como uma moldura para uma jóia;37 e
tambores como um pandeiro; da raiz primitiva para tambor, ou seja, tocar (como:) no
pandeiro: - taber, brincar com tambores.38 A mesma palavra hebraica é usada em Gêne-
sis 31:27; 1 Samuel 10:5; e Isaías 24:8 em contexto com outros instrumentos musicais.

Como vimos, o nome Lúcifer significa "estrela da manhã", aparentemente um tí-


tulo de posição na hierarquia angélica. Em Jó 38:4-7, "as estrelas da manhã cantavam
juntas" quando Deus "fundava a terra!"39 - enquanto todos os filhos de Deus gritavam de
alegria. Estrelas da manhã, ou arcanjos, foram aparentemente criados com a capacidade
de fazer música Quando Lúcifer se tornou corrupto, o mesmo aconteceu com sua músi-
ca! Ele passou esse conhecimento corrupto da música que altera a mente para a Hierar-
quia Maçônica. O Volume III de Scarlet and The Beast irá expandir esse fato - que o
rock, hoje, é Maçônicamente criado e projetado para (1) incitar a revolução mundial e (2)
comercializar drogas ilegais para a Maçonaria Inglêsa.

185
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

186
Capítulo 7

A CONEXÃO JUDAICA
[Durante a Revolução Francesa], os Maçons Judeus não eram, proporcionalmente,
maiores em número que a população Judaica; e a maioria dos Maçons Judeus do perío-
do foram Espanhois ou Franceses.

Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry 1

Muitos autores revisionistas assumiram que a conspiração Maçônica e suas vá-


rias ramificações são de origem Judaica, porque Weishaupt, o pai-fundador do Iluminis-
mo, era Judeu. Como suporte a essa hipótese, eles apontam que muitos dos agentes
eram descendentes de Judeus. Por exemplo, Gerald B. Winrod, em seu pequeno livro
Adam Weishaupt, A Human Devil, escreve: "Documentos confiscados da organização
divulgam que dos trinta e nove chefes, sub-líderes de Weishaupt, dezessete eram Ju-
deus". 2

É verdade que muitos dos mais ardentes adeptos e tenentes de Weishaupt


eram Judeus. Um dos discípulos mais confiáveis foi Joseph Balsamo (também conhecido
por Cagliostro), um Rosacruz Judeu de nascimento.

Balsamo, você se lembra, figura nos documentos do Priorado como equivalente


a um Grão-Mestre do Priorado de Sião. Balsamo / Cagliostro foi um feiticeiro e mágico
que realizou sua bruxaria em toda a Europa. Ele, individualmente, fundou mais lojas
iluminadas do que qualquer outro Maçom, desde então. Ele é o pai do rito existente de
Misraim, que é o rito Egípcio na Maçonaria. Seu símbolo é a mesma estrela de seis
pontas criada como brasão de armas para o Rennes-le-Chateau pelo rei Merovíngio
Dagobert II.3

O inglês Monsenhor Dr. George E. Dillon fornece detalhes explícitos dos fatos
da feitiçaria de Cagliostro:

Em Paris, ele estabeleceu lojas para mulheres de natureza peculiarmente caba-


lística e impura, com departamentos internos terrivelmente misteriosos ... Ele era um
feiticeiro inveterado, e em suas peregrinações no Oriente, capturou, de todas as fontes,
os segredos de alquimia [que incluía a fabricação de drogas alucinantes], astrologia,
malabarismo, domínio das legendas e ciência oculta de todo tipo ... [Nas lojas que esta-
187
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

beleceu] ele usou ritos e cerimônias exatamente semelhantes às práticas absurdas dos
médiuns espiritas, que vêem e falam com espíritos, etc. Ele reivindicou o poder de confe-
rir juventude imortal, saúde e beleza, ao qual ele chamou de regeneração moral e física,
com o auxílio de drogas e Maçonaria Iluminada.4

Um século depois, a Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry lembra a impor-


tância de Cagliostro para a Irmandade: "A história da Maçonaria Livre naquele século
não estaria completa sem uma referência a este personagem. Para escrever a história da
Maçonaria no século XVIII e deixar de fora Cagliostro, seria como encenar a peça de
Hamlet, deixando de fora o papel do príncipe da Dinamarca."5

Nesta H. Webster, em Secret Societies and Subversive Movements, descreve


como o ocultismo de inspiração Iluminista afetou a França antes da Revolução:

Sob a orientação dessas várias seitas de Iluministas, uma onda de ocultismo


varreu a França, e lojas em todos os lugares se tornaram centros de instrução da Caba-
la, magia, adivinhação, alquimia e teosofia; ritos Maçônicos [sic] degeneraram em ceri-
mônias para a evocação de espíritos - mulheres, que agora estavam sendo admitidas
nessas assembléias, gritavam, desmaiavam, caíram em convulsões e emprestavam-se a
experiências do tipo mais horrível.

O Barão de Gleichen, ao descrever os "Convulsionistas", diz que jovens mulhe-


res deixavam-se crucificar, às vezes de cabeça para baixo, nas reuniões dos fanáticos.
Ele próprio viu uma pregada no chão, com sua língua cortada com uma navalha.6

Outro membro da seita Illuminati foi o mentor de Cagliostro, Daniel Wolf (tam-
bém conhecido por Saint-Germain), filho de um médico Judeu de Strasburg. Ele encan-
tou o rei da França e a Madame de Pompadour com sua magia.

Saint-Germain fez muitas alegações ultrajantes, por uma que ele era o Grão
Mestre da Maçonaria Continental, no momento em que esse cargo era ocupado por
Frederick, o Grande, rei da Prússia. Ele também declarou que havia descoberto o segre-
do para manter sua juventude, mostrando-se como exemplo. Quando ele tinha apenas
cinquenta anos, por exemplo, ele dizia ter setenta e quatro. O Dr. Mackey confirma que
St. Germain "reivindicou a mais alta patente da Maçonaria, sendo a Ordem naquele
momento forte na França, alegando também que tinha mais de quinhentos anos de ida-
de, havia nascido na Caldéia, e possuía os segredos dos sábios Egípcios."7 Na sua
morte, ele tinha aumentado sua idade para 1.500 anos, sustentando que havia passado
por várias encarnações. Embora ele tenha morrido em 1784, seus admiradores confirma-
ram que ele estava em algum canto remoto da Europa.8

188
_______________________________________________________________CAPÍTULO 7

Nem todos os promotores do Iluminismo eram Judeus. Um não-Judeu que figu-


ra no enredo Illuminati do Priorado de Sião é Louis Claude de Saint Martin. Em 1775,
este homem reformou a Ordem Martinista fundada em 1754 por um Judeu espanhol,
Martinez Paschalis.

(Paschalis, se não estiver diretamente conectado ao Priorado de Sião, está indi-


retamente de duas maneiras: (1) ele era um Rosacruz, criando os graus mais altos da
Ordem Martinista com cerimônias Rose-Croix; e (2) o símbolo que ele projetou para a
Ordem Martinista consistia em seis pontos dispostos de tal maneira que, quando a es-
trela de seis pontas do Priorado de Sião é sobreposta aos pontos, cada ponto cai no
vértice de um dos triângulos.)

Quando São Martinho reformou a Ordem, em 1775, tornou-se intimamente as-


sociado aos Illuminati. Ele estava em um relacionamento íntimo com o Illuminatus Jean
Willermoz, que presidiu a duas das grandes convenções Maçônicas que antecederam a
Revolução Francesa.9 Uma das tarefas mais importantes de São Martinho foi a proteção
dos antigos documentos que a Ordem Martinista possuía - documentos que se acredita
terem vindo de uma área em torno de Rennes-le-Chateau, no sul da França.10

Paschilis, St. Germain, bem como outros Judeus menos importantes, eram sub-
líderes na Conspiração dos Illuminati. A maioria foi empregada apenas para propagar
anarquia e vida licenciosa. Tal foi a designação do Maçom do Rito Escocês Moses Men-
delssohn, cujo papel dentro dos Illuminati começa com o Maçom e o Illuminatus Gotthold
Ephraim Lessing (1729-1781).

Lessing e Mendelssohn
Lessing era um filho rebelde do pastor chefe Luterano em Kamenz, Alemanha.
Contra a maré do sentimento popular, ele era um grande admirador dos Judeus. O cari-
nho dele era, não tanto por sua raça, mas por um segmento de Judeus liberais conheci-
dos como Franquistas, que estavam dispostos a derrubar a Igreja, escrevendo ataques
contra ela. Ele apenas os defendeu pela maior causa dos Illuminati - a destruição total do
Cristianismo e do Judaísmo.

Will e Ariel Durant escrevem que "as heresias de Lessing e sua ocasional trucu-
lência na controvérsia, deixaram-no sozinho em seus últimos anos." Enquanto seus
adversários o denunciavam em toda a Alemanha como um ateu monstruoso, seus admi-
radores - os Maçons Kant, Schiller, Goethe etc. - "olharam para Lessing como o grande
libertador, o pai do Iluminismo alemão." Os Durants citam Goethe falando a respeito de

189
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Lessing: "Na vida nós honramos você como um dos deuses; agora que você está morto,
seu espírito reina sobre todas as almas."11

A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry explica a designação de Lessing na


Conspiração Maçônica: "O poema dramático do irmão Lessing, Nathan the Wise, é vigo-
rosamente Maçônico. O autor estava convencido de que o estágio seria útil .. na circula-
ção da boa doutrina [da Maçonaria] ... e ele se esforçou nesta peça para pregar a frater-
nidade universal."12

Lessing foi o fundador da literatura Alemã moderna e, como tal, emprestou seu
forte apoio à Liga anti-Cristã.13 Lessing estava disposto a editar e distribuir qualquer
coisa publicada de natureza irreligiosa. Isso o levou, em 1754, ao Judeu liberal, Moses
Mendelssohn (1728-1786), que mais tarde se uniu a uma iluminada Loja do Grande
Oriente, na Alemanha.

O Rabino Ortodoxo Lessing Marvin S. Antelman, em To Eliminate The Opiate,


relata que "Moses Mendelssohn é considerado por muitos como o pai do movimento
Haskala".14 Haskala é o nome dado aos primeiros Judeus liberais que eram conhecidos
como "iluminadores", depois chamados de Movimento de Reforma Judaica.15 Esses
judeus eram os seguidores de um falso Messias, Shabbetai Tzvi ou Sabbatai Zevi (1626-
1676), e foram, nos dias de Mendelssohn, conhecidos como Franquistas, em homena-
gem a Jacob Frank (1726-1791), o qual, como veremos, ressuscitou o movimento Sa-
bbatai, com o propósito expresso de destruir o Judaísmo ortodoxo.

Antes da fundação dos Illuminati, em 1776, Moses Mendelssohn, que era um


Maçom do Rito Escocês, era conhecido como o líder dessa seita Judaica subversiva, a
Haskala. A Maçonaria, no entanto, foi seu veículo de destaque. Com a ajuda do Maçom
Lessing, seu amigo Judeu foi bem-vindo, escreve os Durants, "para a ‘irmandade não
serena dos filósofos’, em Berlim".16

Essa "irmandade não serena" era composta pelos Iluministas que viviam um es-
tilo de vida licencioso, enquanto espalhavam a anarquia nas mentes das pessoas. Reu-
nindo-se em várias tabernas em toda a Alemanha, Lessing apresentou Mendelssohn a
esta irmandade, muitos dos quais mais tarde se tornariam membros do ramo alemão dos
Illuminati, perversamente conhecidos como Tugendbund, ou, em inglês, Union of Virtue
[União da Virtude].

As primeiras Lojas Tugendbund foram fundadas em 1786, como frentes Illumi-


nati. Como nós sabemos, os Maçons do Grande Oriente foram enviados por Weishaupt
para organizar Lojas iluminadas sob vários nomes. Os Tugendbunds, de acordo com
Nesta Webster, foram "dirigidos pelos chefes secundários dos Illuumines".17

190
_______________________________________________________________CAPÍTULO 7

Mendelssohn, embora iluminado muito antes de Weishaupt nascer, juntou-se à


Tugendbund logo antes de sua morte. Não existe evidência de que os dois homens
tenham se conhecido; ainda há registros de que Weishaupt foi inspirado por Mendels-
sohn.18

Jacob Frank e o Assalto ao Judaísmo


Como observado acima, Jacob Frank reviveu o movimento Sabbatai, com o ob-
jetivo de minar e destruir o que hoje chamamos de Judaísmo Ortodoxo. O Rabino Antel-
man justamente chama os Franquistas de anti-Semitas. Ele também afirma que os Fran-
quistas deram à luz o que conhecemos como Crítica Bíblica moderna - uma visão liberal
das Escrituras que diminui a autoridade da Palavra de Deus.19

Sabbatai Zevi era um Judeu Turco licencioso, nascido em Smyrna, que, aliás,
casou-se com uma das muitas prostitutas com quem ele era íntimo. A Encyclopedia of
Jewish History afirma que "[ele] não hesitou em pronunciar o nome inefável de Deus
(uma prática proibida ao Judeu religioso) e afirmou que ele próprio era o Messias."20
Nessa época (1650), ele foi oficialmente excomungado pelos rabinos de sua geração.
Por vários anos, ele vagou pelas comunidades Judaicas nos Balcãs e, em 1662, mudou-
se para a Terra Santa. O movimento Sabático foi lançado em 31 de maio de 1665, quan-
do um jovem cabalista "curador de almas" anunciou Sabbatai Zevi como o Messias.

Sabbatai, um homem bonito, com uma voz magnética, ganhou um tremendo


número de seguidores, quando anunciou que marcharia contra Constantinopla para se
opor ao Sultão. No entanto, seu movimento se desintegrou, quando foi capturado pelo
Sultão, em setembro de 1666, o qual ofereceu-lhe a vida se se convertesse ao Islã, o
que ele fez. Seus seguidores, que toleraram este ato, sustentaram que, temporariamen-
te, o Messias deveria enterrar-se no pecado, "para salvar a 'centelha' da santidade".21

Um século depois, Jacob Frank ressuscitou o movimento Messiânico do Sabá,


refinando o conceito do pecado do Messias como a "doutrina da inversão". Frank, então,
instou "os membros do movimento a pecar, argumentando que, se a salvação pudesse
ser obtida através da pureza, também poderia ser alcançada através do pecado."22

O rabino Antelman observa que "uma das maneiras pelas quais os Franquistas
se entregaram ao pecado era envolvendo-se em orgias sexuais."23 Antelman também vê
os Franquistas como precursores do movimento de libertação das mulheres modernas,
porque incentivaram-nas a abandonar seus maridos e se juntar a suas orgias. Outro
pecado permitido pelos franquistas, foi que seus seguidores poderiam se juntar a qual-
quer religião, especialmente o Catolicismo. O Rabino Antelman salienta que "a sua con-
191
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

versão a essas religiões teve o objetivo de imitar os modelos Sabáticos, bem como sub-
verter e destruir essas crenças."24 O Rabino resume as cinco crenças distintivas do Sa-
batianismo radical:

1. A apostasia do Messias é uma necessidade;


2. A Torá real não é a Torá real e deve ser violada em conformidade com outra
superior, a Torá mística e alienígena chamada Torá de Atzilut;
3. A Primeira Causa e o Deus de Israel não são os mesmos, sendo o primeiro, o
Deus dos filósofos racionais e este último, o Deus da religião;
4. A divindade assume a forma humana, permitindo que os líderes da seita sejam
encarnados naquela Divindade, de Shabbetai Tzvi até Frank e outros.
5. Um "Crente" não deve parecer ser o que realmente é.

Essa última crença justificou especialmente seus seguidores a viver uma vida
dupla. Antelman, citando Gershom Scholem em The Messianic Idea in Judaism, diz que,
embora os Franquistas fossem externamente religiosos, "eles ainda queriam como obje-
tivo 'a aniquilação de todas as religiões e sistemas positivos de crença’, e eles sonhavam
‘com uma revolução que varreria o passado em um único golpe, para que o mundo pu-
desse ser reconstruído’."

Antelman afirma que, para fomentar a revolução:

Jacob Frank pregou o "Mito Religioso do Niilismo" em mais de dois mil ditados
dogmáticos. Uma das publicações do culto Franquista que chegou em nossa posse, é
um livro intitulado “The Words of the Lord” que [o professor Judeu agnóstico, Gershom]
Scholem caracteriza como "uma mistura de selvageria primitiva e moral putrescente." Os
Franquistas tinham uma maneira de mudar em torno de velhas homilias e ditos comuns
entre as pessoas, torcendo-os em sua niilista "Torá de Atzilut". Por exemplo, Judeus
religiosos, no início do culto da manhã, iniciavam suas orações com uma série de treze
bênçãos, agradecendo a Deus por prover as necessidades da vida, por vestir os desnu-
dos, etc. Entre essas bênçãos está uma que louvava a Deus por libertar aqueles em
cativeiro. O Hebraico para isso é “matir asurim”. No culto Franquista, a bênção foi pro-
nunciada louvando a Deus como “matir isurim”, o que significa permitir o proibido. Da
mesma forma, eles se contorceram com outras palavras. Eles diriam "a subversão da
Torá pode se tornar seu verdadeiro cumprimento" e "grande é um pecado cometido por
si próprio". 26

Como os Rabinos Ortodoxos tentaram erradicar os Judeus Francos anti-


Semitas? Citando a Jewish Encyclopedia, o Rabino Antelman escreve: "'[Era] obrigatório
para todo Judeu piedoso procurá-los e expô-los".27 Os Franquistas foram excomunga-
dos pela Ortodoxia, no 20º dia do mês Hebraico de Sivan, em 1756. Posteriormente, os

192
_______________________________________________________________CAPÍTULO 7

adeptos do movimento da Reforma Franquista construíram suas próprias sinagogas,


estabeleceram suas próprias escolas e consagraram seus próprios Rabinos.

No julgamento dos Reformadores Franquistas, o rabino Antelman diz: "O Juda-


ísmo não tem ramos. Existe uma só Torá e um só Deus, e nossa Torá ensina que cada
Judeu, em seu dia do julgamento, independentemente da afiliação, será individualmente
solicitado a prestar contas de si mesmo ... Uma vez que alguém abraçou essas ideologi-
as [dos Franquistas] ele deixa de ser Judeu, sendo Judeu apenas por nascimento ou se
tornando Judeu somente pelo nome (JINO)."28

Os judeus JINO estavam maduros para serem explorados pela Maçonaria ilu-
minada. A Loja Maçônica não os criou, mas certamente os usou. Antelman traça o Mo-
vimento Reformador, desde o momento em que foi absorvido pelos Illuminati até as
revoltas Maçonico-Comunistas de 1848 que varreram a Europa. O Franquista mais pro-
eminente, em 1848, era um Judeu Alemão e Maçom do Grande Oriente, Karl Marx, 32º
grau, cujo nome real era Levi Mordechai. O rabino Antelman relata que embora "[o] pri-
meiro serviço da Reforma [tenha sido] conduzido pelo israelense Bundista Illuminati
Israel Jacobson, em 1807",29 os Judeus Franquistas tornaram-se oficialmente conheci-
dos como Movimento de Reforma Judaica somente na década de 1850. O líder deles era
o chamado "Pai do Comunismo" - Karl Marx.

Em 1843, os Judeus Reformistas de Nova York fundaram a Loja Maçônica ex-


clusivamente Judaica, B'nai B'rith. Suas instituições e influência cresceram. Na virada do
século XX,, a B'nai B'rith fundou a Liga Anti-Difamação, o Congresso Judaico Americano
e as Federações das Instituições de Caridade Judaicas. Segundo o rabino Antelman, os
Judeus Reformadores que tornaram-se advogados eram, e ainda são, ativos na orienta-
ção subversiva da Associação Nacional dos Advogados. 30 Além disso, esses advoga-
dos foram fundamentais para fundar a União Americana das Liberdades Civis (ACLU).

Uma vez que os Judeus da Reforma Franquista estavam bem estabelecidos


nas Lojas Maçonicas iluminadas, eles defendiam os direitos civis dos oprimidos, princi-
palmente dos Negros, objetivando, segundo Antelman, "explorá-los para seus próprios
fins".31 Ele ainda comenta sobre sua influência nos eventos da década de 1960:

Eu descobri que seus descendentes nos Estados Unidos são muito ativos nas
atividades Marxistas-Leninistas e do Terceiro Mundo. Eles tentaram converter o movi-
mento dos Direitos Civis em uma revolução Negra, e estão tentando polarizar ainda mais
esse país, promovendo a libertação das mulheres. Seus filhos que são proeminentes na
ESD [Estudantes para uma Sociedade Democrática] organizam e recrutam para o El
Fatah, e conseguiram destruir sinagogas e instituições Judaicas, instigando Negros
radicais, principalmente concentrados em nove centros urbanos nos EUA.32

193
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O Rabino Antelman lista três etapas que os Judeus Reformistas planejam usar
para eliminar todos os Judeus: "O impulso inicial foi filosoficamente Karaítico, um ataque
ao Talmude. [Os Karaitas eram uma seita Judaica fundada na Babilônia, no final do
século 8, que negou a autoridade da Lei Oral e do Talmude.] O estágio intermediário foi a
completa apostasia, um ataque à Torá. No entanto, o estado final é ainda pior: "uma
reversão completa de todas as leis Bíblicas. Antelman, escrevendo em 1974, disse que a
Reforma "tem, hoje, seguidores que estão pedindo a abolição da pena de morte em
nossa sociedade, que apóiam o aborto, que buscam justificar a tolerância a elementos
criminosos, que aprovam o adultério e as relações sexuais ilícitas e que até incorporaram
congregações homossexuais em sua estrutura e elogios a rabinos 'ateus' .... "33

A destruição planejada pela Reforma da sociedade tradicionalmente Judaica e


Cristã, através da revolução Maçônica, foi premeditada. Antelman afirma que "quando
tentativas foram feitas pelos Illuminati, Jacobinos e Franquistas para se infiltrarem nos
Maçons, tal infiltração não significava que eles mantinham algum amor particular pela
Maçonaria. Pelo contrário, odiavam com paixão e só desejavam utilizar a cobertura da
Maçonaria como um meio de espalhar suas doutrinas revolucionárias, bem como terem
um lugar onde eles poderiam se encontrar secretamente, sem levantar suspeitas."34

Antelman escreveu, oito anos antes dos autores de Holy Blood, Holy Grail, ex-
pondo a Maçonaria como uma frente para Sião e os Templários. Agora, sabemos que,
em vez de assumirem a Maçonaria, como muitos pesquisadores de conspiração pensa-
ram, os Judeus Franco-Iluministas foram absorvidos e depois explorados pelas mais
poderosas Lojas Maçônicas. A Maçonaria aprendeu bem as doutrinas Franquistas e
usurpou seu sistema da Reforma, a fim de destruir a ordem existente. Judeus como
Moses Mendelssohn e, mais tarde, Karl Marx, Vladimir Lenin e Leon Trotsky, foram usa-
dos pela Maçonaria para substituirem a ordem antiga por sua própria Nova Ordem Mun-
dial Maçônica Gentia. Com a conspiração sendo exposta, os Judeus Reformadores
Franquistas, doutrinariamente subversivos, seriam o bode expiatório.

Fomento Social
Quando a Maçonaria iluminada tentou, primeiramente, fomentar a libertação
das mulheres, estas, especialmente as de baixa moral, foram incentivadas a deixar seus
maridos e se juntarem aos Tugendbunds. Sua profissão era praticada nas Lojas Maçôni-
cas do Grande Oriente de Tugendbund, que deram origem à licenciosidade dos filósofos.
Os Tugendbund originais, ou Loja União da Virtude, em Berlim, a que Mendelssohn se
juntou em 1786, reunia-se em uma casa de prostituição onde duas das filhas de Men-
delssohn estavam empregadas. Depois que a Revolução Francesa falhou, esta Ordem

194
_______________________________________________________________CAPÍTULO 7

entrou em rápida decadência. Uma segunda Tugendbund, mais nobre que a primeira, foi
fundada em 1810, e de maneira alguma foi afiliada ao seu antecessor de mesmo nome.

Seguindo a doutrina Franquista da reversão, os escritos de Mendelssohn inver-


tem a compreensão tradicional da palavra virtude, especialmente em sua percepção da
Loja da Virtude de Tugendbund. Nesta Webster cita Mendelssohn: "Aqueles que regulam
suas vidas de acordo com os preceitos dessa religião da natureza e da razão, são cha-
mados homens virtuosos ... e são filhos da salvação eterna."35

Segundo a Occult Theocrasy de Edith Miller, essa "União da Virtude" foi opera-
da pela "Judia Henrietta Herz, cujo marido, Marcus Herz, um Judeu Illuminatus, era o
discípulo, amigo e sucessor de Moses Mendelssohn. Os Illuminati notáveis foram fre-
qüentadores dessa morada de licenciosidade", um dos quais era o revolucionário Maçom
Francês Gabriel Mirabeau. Quando Mirabeau viajou entre Paris e Berlim em missões
diplomáticas secretas que antecederam a Revolução Francesa, ele foi apresentado na
"União da Virtude" de Henrietta.

O "honorável" Gabriel Mirabeau e vários de seus amigos do Grande Oriente


trouxeram os Illuminati para a Revolução Francesa. Miller explica: "O Bispo de Autun
[Talleyrand], Mirabeau, e o Duc d'Orleans, Grão-Mestre do Grande-Oriente da França
fundou uma Loja em Paris, em 1786, que foi devidamente 'iluminada' por Bode e Guil-
laume Barão de Busche. Este foi o Club Breton que mais tarde se tornou conhecido
como Clube Jacobino, um nome de origem Templária, lembrando o de Jacques de Mo-
lay."37

Após a Revolução, Mirabeau também lutou vigorosamente na Assembléia


Constituinte pela emancipação dos Judeus e venceu. O Rabino Antelman conta a histó-
ria:

Em 1789, havia aproximadamente 40.000 judeus na França, 30.000 dos quais viviam
em guetos. Durante o Reino do Terror, todas as casas de culto foram fechadas, de acor-
do com a política anti-religiosa Jacobina. As igrejas e sinagogas foram reabertas depois
que Robespierre foi guilhotinado, em 28 de julho de 1794, significando o fim do terror e a
base de poder Jacobino. Os Judeus, agora, podiam desfrutar de todos os benefícios de
um votação realizada em 28 de setembro de 1791 pela Comuna perante a Assembléia
Nacional, em que 53 dos 60 distritos da França votaram a favor da concessão para todos
os judeus da França plenosos direitos civis, em pé de igualdade com todos os cidadãos,
o que significou que a decisão favoreceu os anti-Semitas espirituais, para que os Judeus
assimilassem.38

195
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Homens como Mirabeau, e muitas centenas menos conhecidas, influenciaram


ou vieram sob o feitiço hipnótico de Weishaupt. Weishaupt, um homem que procurou
uma poção para provocar o aborto de um bebê de sua cunhada, após vários encontros
sexuais com ela; um homem que era um subversivo, enganador e destruidor, bem como
um auto proclamado adorador de Lúcifer, foi bem nomeado por Gerald B. Winrod em
Adam Weishaupt, A Human Devil. Winrod escreve sobre a condição degenerada das
Lojas Maçônicas antes da Revolução Francesa: "Lojas locais, assim poluídas, tornaram-
se criadouros para a reprodução do vício e da revolução. Foi nesses centros subterrâ-
neos que a atividade revolucionária, que produziu a Revolução Francesa, eclodiu. Uni-
dades Maçônicas, pontilhadas aos milhares em todo o mapa da Europa, foram assim
transformados em lugares de anarquia, dedicadas à criação da violência na multidão".39

Os efeitos da reforma Franquista nos Judeus e na sociedade Européia foram


amplos. Logo após a Revolução Francesa, por exemplo, os Judeus reformados, com
sede em Berlim, estavam causando tanto estrago na sociedade que os rabinos Ortodo-
xos profetizaram o holocausto Judeu, 150 anos antes do advento de Hitler e do nazismo
na Alemanha. O rabino Antelman relata a perspicácia dos rabinos Judeus da época:

Tanto em relação às profundas intuições proféticas quanto à previsão dos rabi-


nos, que eles já previam, há mais de 150 anos antes dos eventos reais, que um holo-
causto iria recair sobre o povo Judeu. Eles citaram o talmude em Tractate Sotah, que faz
a pergunta: por que os olhos de Sansão estavam cegos na cidade de Gaza? "A corrup-
ção de Sansão começou em Gaza, portanto, ele foi punido em Gaza." Como está escrito
em Juizes 16:1: "Então Sansão foi a Gaza, e lá viu uma prostituta, e entrou a ela." Por-
tanto, ele foi punido em Gaza, como está escrito em Juizes 16:21: “Mas os filisteus o
apanharam, e lhe arrancaram os olhos, e o fizeram descer até Gaza, ...” Os rabinos
compararam Mendelssohn e seu círculo de Berlim com a prostituta [de Sansão] e adverti-
ram que, se Israel fosse tentada por Berlim, então a destruição de Israel viria de Berlim, e
assim foi.40

Segundo Antelman, "os Franquistas, hoje, não mais se chamam por esse no-
me. A Organização tornou-se um grupo internacional, rotulado por pessoas de fora como
o Culto do Olho que Tudo Vê.41 Um costume bastante interessante começou a se espa-
lhar como uma praga, no tempo de Mendelssohn, a partir dos Illuminati e da Haskala,
tornando-se uma prática durante o início da reforma, a qual consistia em colocar um
símbolo de iluminação [o Olho Que Tudo Vê] nas sinagogas de todo o mundo."42

O livro do rabino Antelman nomeia muitos Judeus bem conhecidos no movi-


mento da Reforma Franquista. Para as pessoas, praticamente eles eram Maçons, embo-
ra o rabino mantenha que "houve uma conspiração, mas que não era Judia, nem Católi-
ca, nem Maçônica.

196
_______________________________________________________________CAPÍTULO 7

Rothschild e a Oligarquia
Judeus famosos e ricos também foram acusados de terem participado do plano
dos Illuminati. Assim, alguns autores revisionistas suspeitam que a conspiração tenha
sido criada por Banqueiros do mundo Judeu. A alegação mais conspícua envolve o Ju-
deu Alemão, Meyer Amschel, de Rot Schild, que, segundo os historiadores Will e Ariel
Durant, tomou o nome territorial como seu sobrenome. Rot Schild, em Alemão, significa
escudo vermelho. Anglicizado, tornou-se Rothschild.44

A história da família Rothschild foi narrada pelo conde Egon Caesar Corti, em
The Rise Of The House Of Rothschild.45 As evidências do Conde, bem documentadas e
autenticadas, provém de arquivos governamentais de toda a Europa, incluindo cartas de
comunicação, registros comerciais e transações financeiras.

Meyer Rothschild (1743-1812) foi o fundador da maior casa bancária da história


mundial, originalmente sediada em Frankfurt, na Alemanha. De 1770 a 1776, Weishaupt
foi supostamente financiado pela recém-organizada House of Rothschild.46 Há muitas
alegações de que Meyer Rothschild, junto com vários Judeus proeminentes, encontra-
ram-se com Weishaupt, em 1773, para planejar a revolução mundial.47 O Conde Corti, ao
longo de seu livro, nega essas alegações, argumentando que as mesmas não têm fun-
damento.

Rothschild não é mencionado nos documentos do Priorado, nem está vinculado


por associação a Sião. No entanto, após a Revolução Francesa, ele subsidiou os reis
depostos em sua luta contra Napoleão Bonaparte. No entanto, "foi Napoleão que, em
1810, insistiu em aplicar para os Judeus de Frankfurt a plena liberdade garantida pelo
Código de Napoleão."48

A boa vontade de Napoleão para com os Judeus era devida a seu apoio finan-
ceiro. A história revela que Rothschild emprestou dinheiro para ambos os lados, fato que
levou os autores revisionistas a suspeitar de que ele estava colocando um lado contra o
outro, a fim de acumular grande riqueza. A verdade é que o próprio Napoleão fez o pri-
meiro avanço, cortejando ricos Judeus pelo dinheiro. Assim como os reis contra os quais
ele lutava, Napoleão também precisava desesperadamente de fundos. Rothschild res-
pondeu, mas apenas para salvar vidas Judaicas em Frankfurt, e os empréstimos foram
em pequenas quantidades. Como resultado, Napoleão concedeu a todos Judeus plena
liberdade. A maioria dos empréstimos de Rothschild, no entanto, foi destinada às monar-
quias.

Durante as Guerras Napoleônicas, Rothschild e seus cinco filhos tornaram-se


incomumente ricos - tanto que sua casa bancária acumulou os recursos financeiros com
197
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

que fazem, até hoje, empréstimos a nações. A força da fortuna dos Rothschild e o alcan-
ce internacional de seus interesses tem alimentado as acusações de anti-Semitismo, que
acusam os Judeus de estarem à frente de uma conspiração bancária mundial. O Conde
Corti relata que Rothschild realmente ganhou seu negócio não por conspiração, mas
através de negócios engenhosos. Rothschild foi totalmente honesto com todos os seus
comércios. Suas taxas de juros eram consistentemente mais baixas do que as chamadas
"Cristãs" concorrentes. De fato, os banqueiros "Cristãos" não podiam confiar em nada,
pois levavam vantagem de toda crise para cobrar taxas usurárias. Rothschild nunca
explorou situações dessa maneira. Além disso, diferentemente de seus concorrentes,
seu serviço era rápido. As alegações de que ele e seus filhos estavam financiando a
revolução mundial, emprestando igualmente para ambos os lados, eram apenas imagi-
nações de seus concorrentes "Cristãos" descontentes, diz Conde Corti.

Os colegas banqueiros Judeus também estavam descontentes com os Roths-


childs, uma amargura que foi transportada para o século XX pelas Casas de Warburg e
Schiff, também com sede em Frankfurt. Max Warburg e Jacob Schiff eram Judeus refor-
mados, bem como Maçons do Grande Oriente. Na virada do século 20, eles fundiram
suas casas bancárias através de casamento.49 De acordo com o Rabino Antelman, os
Warburg estavam profundamente envolvidos na trama do Grande Oriente Illuminati. De
fato, Eric Warburg, o único filho sobrevivente de Max Warburg, possui documentos Illu-
minati que foram entregues a ele por seu pai - documentos Illuminati que ele pessoal-
mente fotocopiou e enviou para Antelman.50

Meyer Rothschild, patriarca da casa de Rothschild, estava ciente da conspira-


ção dos Illuminati. Ele até se infiltrou por pouco tempo com seu próprio agente. O Rabino
Antelman afirma:

Os Rothschild utilizaram os serviços de Sigmund Geisenheimer, seu chefe de


gabinete, que por sua vez foi auxiliado por Itrig de Berlim, os Illuminati da Loja Toleranz e
da Loja Parisiense do Grande Oriente. Geisenheimer era membro da Loja Maçonica
Illuminati Mayence, e foi o fundador da Judenloge de Frankfurt; por cujo intento ele foi
excomungado pelo Rabino-Chefe de Frankfurt, Tzvi Hirsch Horowitz. Mais tarde, os
Rothschild se juntaram à Loja. Solomon Mayer (ou Meir) Rothschild (1774-1855) foi
membro por pouco tempo antes de se mudar para Viena.51

Fora essa breve participação no Judenloge, os Rothschilds não estavam envol-


vidos na conspiração dos Illuminati, mas na verdade estavam fortemente envolvidos em
sua oposição. Embora o próprio Meyer Rothschild não fosse membro da Maçonaria
Inglesa, como foram os reis que ele serviu, seus filhos foram. A Mackey’s Encyclopedia
of Freemasonry relatata: "A família Rothschild da França contribuiu com membros para o

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_______________________________________________________________CAPÍTULO 7

Ofício, mas não assumiu qualquer posição de liderança. O Barão Nathan Mayer Roths-
child foi iniciado na Emulation Lodge, nº 12, em 24 de outubro de 1802, em Londres."52

Evidências revelam que os Rothschilds financiaram a Maçonaria Inglesa, en-


quanto os Warburgs financiaram a Maçonaria Francesa. Portanto, os filhos de Rothschild
não apenas eram concorrentes bancários dos Warburgs, mas também concorrentes na
conspiração.53

Como evidenciado, Rothschild figurou na conspiração, mas não do lado dos


Illuminati. Enquanto ajudava os reis a controlarem suas finanças, e em alguns casos,
esconderem suas riquezas de Napoleão, além de aumentar seu próprio patrimônio, ele
estava ajudando todo o sistema Maçônico oligárquico. Seu esquema, no entanto, era
mais nobre que a aquisição de riqueza. De acordo com Corti, o objetivo principal de
Rothschild era atingir os corações dos reis, esperando obter liberdade, não apenas para
sua família, mas para todos os Judeus.

Considere os fatos. Criado nos guetos de Frankfurt, Rothschild estava bem ci-
ente da situação desprezível dos Judeus. Leis restritivas contra Judeus não o permitiri-
am, mesmo como um homem rico, romper com essas condições horríveis. Ele morreu
naqueles mesmos guetos sem realizar seu sonho. Seu único objetivo na vida era libertar
os Judeus deste estado desprezível, enquanto, ao mesmo tempo, construia um futuro
para sua família - uma tradição Judaica honrosa. Nenhum pensamento de conspiração
entrou na mente de Rothschild, nem a corrupção macula sua prática. Pelo contrário, ele
trabalhou para nunca cometer um erro contábil. Além disso, sua honra foi confirmada
com elogios de seus clientes reais. Quando a Revolução chegou, a realeza, temendo por
suas vidas e riquezas, procurou ajuda em Rothschild; e ele não os decepcionou.

Embora Rothschild nunca tenha traido seus clientes reais, ele realmente não ti-
nha preocupação sobre quem governaria a Europa, desde que seus próprios interesses
e os dos Judeus fossem protegidos. Ele estava apostando que os reis como um todo
tinham uma chance melhor do que Napoleão, especialmente com a Inglaterra ao lado
deles. Portanto, quando a Revolução Francesa fracassou e Napoleão começou a fazer
seus avanços militares, Rothschild escondeu a riqueza móvel de seus patronos reais,
para que pudessem sobreviver no exílio, se o inevitável acontecesse. Embora Napoleão
tenha pressionado Rothschild por maior envolvimento financeiro, Rothschild lançou sua
sorte com os reis, e venceu.

199
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O Segundo Tugendbund
O primeiro registro de Rothschild financiando a Oligarquia contra Napoleão
ocorreu em 1810, quando ele financiou o que parecia ser um renascimento do primeiro
Tugendbund (União da Virtude). Pesquisadores de conspiração consideraram, erronea-
mente, o segundo Tugendbund uma continuação dos Illuminati, e a participação de
Rothschild como prova de sua cumplicidade com a trama original dos Illuminati. O se-
gundo Tugendbund, no entanto, foi bem diferente do primeiro. Somente os nomes eram
idênticos.

A síndrome do "nome idêntico" é um problema crônico para pesquisadores de


conspiração. Tenha em mente que Satanás, o grande divisor, esconde sua estratégia
com esta forma de engano. O fato de haver duas Maçonarias em guerra é um excelente
exemplo dessa estratégia: ambos usam os mesmos símbolos, senhas e apertos de mão.
Da mesma forma, a existência de dois Tugendbunds confundiram os investigadores.
Devemos, portanto, olhar além de seus nomes idênticos para entender suas diferenças.
O primeiro Tugendbund foi anárquico, revolucionário e licencioso. Miller afirma que a
revivida "União da Virtude [foi] uma liga puramente política [numeração] em suas fileiras,
a maioria dos Conselheiros de Estado, muitos oficiais de exército e um número conside-
rável de professores de literatura e ciência. O que foi tão significativo no segundo Tugen-
dbund foi que "ele era obediente tão implicitamente quanto os decretos do Imperador ou
do Rei ".54

Aqui reside a diferença: a liderança deles. O primeiro Tugendbund foi fundado


por agentes do Grande Oriente e dirigidos pela sub-liderança dos Illuminati. O segundo
Tugendbund era governado pela oligarquia Maçônica em oposição a Napoleão Bonapar-
te. Usando o nome do primeiro Tugendbund, a Oligarquia conseguiu adquirir a participa-
ção suprimida do original para ajudar a expulsar o temido Corso - uma manobra engano-
sa, mas brilhante. Podemos documentar isso com fatos.

O Conde Egon Caesar Corti, escrevendo sobre o segundo Tugendbund, afirma


que:

A Realeza teve um interesse ativo nos assuntos atuais e acompanhou de perto


os poderosos movimentos que estavam se desenvolvendo na Alemanha, particularmente
na Prússia, cujo objetivo era sacudir o jugo estrangeiro [Napoleão]. Este movimento
ainda não poderia vir em campo aberto, mas em Konigsberg, onde o rei e o governo da
Prússia residiam, foi formado o "Tugendbund", uma liga que ostensivamente perseguia
objetivos moral-científicos, mas cujo objetivo final era a libertação da Alemanha.

200
_______________________________________________________________CAPÍTULO 7

O principal protetor da liga era o ministro Barão von Stein; e Guilherme de Hes-
se ocupou uma posição importante nela. Sua membresia era tão ampla que também
incluía Judeus, e os Rothschilds parecem ter se tornado membros. A qualquer custo,
eles agiram como intermediários na troca de correspondências do eleitor sobre esse
assunto, e efetuaram pagamentos em favor do Tugendbund.55

Miller, citando Heckethorn sobre a função do segundo Tugendbund, observa


que um de seus primeiros atos "foi enviar tropas auxiliares para ajudar os russos na
campanha de 1813. A Prússia, tendo sido, ao longo dos eventos, obrigada a abandonar
sua política de temporização, fez com que Gneisenau, Scharnhorst e Grollmann abra-
çassem o plano militar do Tugendbund."56

Assim, somos capazes de separar os objetivos dos dois Tugendbunds. Embora


ambas as organizações fossem Alemãs, a primeira foi usada pelos Illuminati para des-
tronar a dinastia Bourbon. Seu objetivo era espalhar a anarquia, a vida licenciosa e a
revolução, em um esforço para minar, à distância, a Coroa Francesa, a Igreja Romana e
o Judaísmo Ortodoxo. Quando Napoleão espalhou a Revolução na Europa, o segundo
Tugendbund foi então organizado como um movimento de resistência subterrânea, con-
trolado pela realeza Maçônica para proteger seus tronos dos avanços do exército de
Napoleão. Ambos eram Tugendbunds Maçônicos, mas não ramos da mesma conspira-
ção.

Quando Napoleão soube da oposição de Tugendbund contra ele, ele a supri-


miu. Isso apenas aprofundou a intriga. O segundo Tugendbund, segundo Miller, escon-
deu-se em lojas Maçônicas Continentais sob obediência Inglesa.57

O Priorado de Sião se opôs a Napoleão


Rothschild não apenas se opôs a Napoleão; o mesmo fez o Priorado de Sião.
Naquela época, o Grão Mestre era Charles Nodier (GM 1801-1844), que assumiu o
comando de Sião após a morte de Maximilian de Lorraine. Os autores do Holy Blood
comentam que "Depois da Revolução Francesa, o Priorado de Sião - ou pelo menos
seus supostos grão mestres - parecem ter se divorciado, tanto da antiga aristocracia,
quanto dos corredores do poder político."58

Com mais pesquisas, no entanto, eles descobriram que esse não é o caso. No
início, Charles Nodier parecia simpático à Revolução Francesa, como foi o caso do Grão-
Mestre anterior. Mas a simpatia só continuou enquanto houve confiança de que a dinas-
tia Lorraine-Habsburg ascenderia ao trono Francês. A exposição da trama dos Illuminati
frustrou essas esperanças. Quando Napoleão, e não a Casa de Lorraine-Habsburg,
201
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

assumiu a França, o Corso tornou-se naturalmente um inimigo do Priorado de Sião. Em


1804, Charles Nodier "era vociferante em sua oposição ao imperador... envolvendo-se
em duas conspirações separadas contra Napoleão, uma em 1804 e outra em 1812."59

O fato de Sião e os Rothschild serem ambos contra Napoleão não prova uma
conexão, pelo menos não neste momento. O Conde Corti confirma que o principal objeti-
vo de Meyer Rothschild era a liberdade, e ele estava disposto a comprá-la, mesmo que
isso significasse financiamento para ambos os lados. Ele jogou e venceu, para desgosto
daqueles que odiavam os Judeus. No entanto, sua rápida aquisição de riqueza subsidi-
ando guerras, apenas alimentou os fogos dos anti-Semitas, que ofereceram esse fato
como evidência de que os Judeus eram a Mão Oculta.

O Rito Escocês da Maçonaria - A Sinagoga


de Satanás
Talvez, a evidência mais forte usada por aqueles que culpam os Judeus pela
conspiração seja o fato do rito mais poderoso da Maçonaria, o Rito Escocês, ser conhe-
cido por todos os Maçons como o Rito Judaico. Ainda hoje, qualquer Gentio que viaja na
graduação do Rito Escocês é considerado um trabalhador Judeu. Seu rei é Salomão, e
ele até se curva diante de uma réplica da Arca da Aliança, dentro das muralhas do Tem-
plo Judeu Simbólico, chamado Maçonaria.

Embora o Maçom Inglês Cromwell tenha prometido aos Judeus que "reconstrui-
ria o Templo de Salomão na Maçonaria", o Rito Escocês não era de origem Inglesa, nem
foi criado pelos Judeus. Como vimos, foi desenvolvido no continente da Europa pelos
Maçons Templários que eram descendentes de Escoceses. No entanto, o Rito Escocês
ainda é chamado de Rito Judaico.

É um fato interessante que, quando os cultos foram fundados, eles assumiram


uma característica Judaica, ou reivindicam ser o substituto de Deus para a religião He-
braica. Os exemplos mais recentes são os dois cultos modernos, do Mormonismo e o
das Testemunhas de Jeová, ambos fundados por Maçons Gentios. Um estudo cuidadoso
revela que essas duas instituições acreditam ser os eleitos de Deus, afirmando ser a
reforma de Deus da religião Judaica.

O mesmo aconteceu durante os dias medievais. Na virada do primeiro milênio


d.C., os Cavaleiros Templários assumiram um caráter Judaico, tomando o nome do
Templo de Salomão. Um milênio antes, durante as viagens missionárias apostólicas, os
mistérios Eleusianos da Grécia e da Ásia Menor afirmavam ser Judaicos. O Mackey's

202
_______________________________________________________________CAPÍTULO 7

Symbolism of Freemasonry afirma: "De todos os mistérios dos antigos, esses [mistérios
eleusinianos] eram os mais populares ".60 Miller, em Occult Theocrasy, informa que os
mistérios Eleusinianos continham doze graus que, quando completados, tornavam o
iniciado Gentio em um Judeu.61

Esses cultos alegaram, e ainda afirmam ser Judeus, mas obviamente não são.
Todos foram, e são, anti-Cristãos, fazendo guerra contra a Igreja, cujas atividades con-
firmam que eles estão sob o controle do Adversário. De acordo com o engano de Sata-
nás da síndrome do "nome idêntico", seus templos religiosos podem ser chamados de
"sinagogas" de fato - "sinagogas de Satanás".

As Escrituras e a Sinagoga de Satanás


Um texto interessante em Apocalipse 2:9 identifica essa conspiração pelo que
realmente ela é. Jesus estava exortando a Igreja em Esmirna, quando disse: "Eu conhe-
ço as tuas obras, e a tribulação, e a pobreza (mas tu és rico), e eu conheço a blasfêmia
dos que dizem que são judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás." Novamen-
te, em Apocalipse 3:9, quando Cristo estava elogiando a Igreja da Filadélfia, Ele disse:
"Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que dizem ser Judeus e não o são,
mas mentem; eis que eu farei com que venham e adorem diante de teus pés e saibam
que te amo."

As igrejas de Esmirna e Filadélfia estavam localizadas na Ásia Menor, hoje a


Turquia, onde os mistérios Eleusianos eram imensamente populares. Esses mistérios
podem ser denominados "a sinagoga de Satanás", pois, após a conclusão do 12º grau, o
iniciado era declarado Judeu. Certamente, Apocalipse 3:9 testifica contra os mistérios
Eleusinianos, durante os primeiros 100 anos da história da Igreja, ao mesmo tempo em
que profetiza aos Mórmons, às Testemunhas de Jeová e aos cultos anticristãos similares
de nossos dias. Mais especificamente, esta Escritura se refere à Maçonaria do Rito Es-
cocês durante os últimos 250 anos, considerando que o período profetizado para a Igreja
da Filadélfia tenha se iniciado por volta de 1750.

Muitos teólogos concordam que as sete igrejas no livro do Apocalipse são pro-
fecias das várias eras da história da Igreja. Por exemplo, Clarence Larkin acredita que a
era da Igreja de Filadélfia começou com o grande movimento missionário nos anos 1750.
Isto também foi ensinado pelo Dr. English e Marian Bower na Escola (agora Faculdade)
Bíblica da Filadélfia.62 Não surpreende que a realeza dos Stuart tenha fundado o Rito
Escocês da Maçonaria em 1747-1748, precisamente ao mesmo tempo em que se iniciou
o período da Igreja de Filadélfia.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O tempo de Deus é sempre exato. Quando a era da Igreja de Filadélfia come-


çou a emergir, o Rito Escocês da Maçonaria havia avançado seus graus para trinta e
dois. Isto foi chamado de Rito Judaico porque seu sistema era baseado na Cabala Judai-
ca. No entanto, tal rito foi fundado por Gentios. Quando Cristo admoestou a Igreja de
Filadélfia, Ele se referiu a uma entidade que Ele chamou de "a sinagoga de Satanás, que
diz que são Judeus, e não o são, mas mentem." A evidência mais convincente de que a
Maçonaria é a "sinagoga de Satanás" profetizada por Cristo, vem de seus próprios ritu-
ais. Father of Lies, escrito na década de 1930 pelo autor britânico Warren Weston, revela
como a Cabala Judaica foi usado para desenvolver os 33 graus do Rito Escocês. Weston
sustenta que não são dez interpretações separadas para cada grau. Ele afirma, ainda,
que essas interpretações são de natureza Cabalística - originárias das dez Sephiroth, ou
dez emanações do deus Cabalístico. Weston lista cinco interpretações: a filosófica, a
política, a religiosa, a judaica e a luciferiana. A interpretação luciferiana afirma que,
quando um Maçom atinge o 33º grau, 'o Ego se torna Soberano Pontífice da Sinagoga de
Satanás. Identificado com Satanás, o Ego exerce autoridade Caesaro-papal completa: o
Homem é seu próprio Rei."63

Dr. J. Blanchard, um ex-Maçom do 33º grau e ex-presidente do Wheaton Colle-


ge, 64 confirma a descoberta de Weston. Depois que Blanchard se tornou Cristão, ele
escreveu seu Scottish Rite Masonry Illustrated em dois volumes. Abaixo está um trecho
que estabelece a opinião de Blanchard sobre a Maçonaria:

Que o ensino autoritário do Dr. Mackey seja continuamente lembrado: - "a mis-
são e o objetivo da Maçonaria é a adoração do Grande Arquiteto do Universo. "Daqui
resulta que as lojas devem ter algo para seus enganados fazerem, chamado adoração. E
o que homens maus e demônios poderiam inventar, mais habilmente ou melhor, como
enganar os simples, do que esse mesmo esquema do "Antigo Rito Escocês" que agora
governa os ritos do mundo. Apreende e se apropria de toda a religião, exceto sua santi-
dade e justiça; e tudo de Cristo, exceto sua verdade e expiação. Mistura coisas sagradas
com coisas profanas, até que todo o composto seja palavrões; e cite a Bíblia como se ela
acreditasse ser a verdade, que notoriamente não é, mas que tem fornecido um sistema
escuro do qual os anjos fogem e no qual os demônios habitam. Cada Loja é uma Sina-
goga de Satanás e seu ritual é Feitiçaria.65

A Igreja Católica também confirma a estimativa do Dr. Blanchard. Em 1961, an-


tes do Concílio Vaticano II, a Cúria Romana, o governo supremo do Vaticano, escreveu
The Plot Against the Church, como um aviso aos Católicos de que sua igreja havia sido
infiltrada pela Maçonaria. A Cúria lista cinco papas que identificaram a Maçonaria como
sendo a Sinagoga de Satanás.66 The Plot foi distribuído em agosto de 1962 aos 2.200
Bispos e cardeais que estavam presentes no Concílio Vaticano II. A Introdução continha
um aviso específico sobre a penetração Maçônica na Igreja Católica: "Uma conspiração

204
_______________________________________________________________CAPÍTULO 7

covarde é estar contra a Igreja. Seus inimigos estão prestes a destruir suas tradições
mais sagradas e propor tal ousadia e reformas malévolas .... No meio do ano passado
[1961], descobrimos que o inimigo está novamente tentando iniciar uma conspiração
para abrir as portas ao Comunismo, provocar o colapso do mundo livre e entregar a
Santa Igreja nas garras da Sinagoga de Satanás."67

Autores seculares, Maçônicos, Papas e Cúria Romana - todos identificam a


Maçonaria como sendo a Sinagoga de Satanás. O mais significativo é o fato de que a
própria Maçonaria afirma que seus iniciados Gentios se tornam Judeus ao ingressar no
Rito Escocês. Comentaristas Bíblicos associam a fundação do Rito Escocês, ocorrido em
meados do século 18, com o início da era da Igreja de Filadélfia. Por dedução, pode-se
dizer que o Rito Escocês confirma Apocalipse 3:9: "aos da sinagoga de Satanás, aos que
dizem ser Judeus e não o são, mas mentem..."

33 Graus da Maçonaria
Os Stuarts criaram o que é chamado Rito Escocês da "Alta Maçonaria". O Rito
Escocês "prometeu iniciação a mistérios maiores e mais profundos - mistérios suposta-
mente preservados e entregues na Escócia. Estabeleceu conexões mais diretas entre a
Maçonaria e as várias atividades - alquimia, Cabalismo e pensamento Hermético, por
exemplo - que eram considerados Rosacruzes. E elaborou, não apenas na antiguidade,
mas também no ilustre pedigree do Ofício."68

A principal fonte para a criação dos graus do Rito Escocês veio de volumes de
opiniões rabínicas complicadas, conhecidos como Rabbinical Books of Concealed Mys-
tery, ou a Cabala. A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry nos informa que os Judeus
desenvolveram a Cabala enquanto estavam no cativeiro da Babilônia.69

A Cabala era a tradição pós-Babilônica de como os rabinos deveriam entender


Deus. Não ouvir o Deus Todo-Poderoso durante o cativeiro, levou os rabinos para a
apostasia Babilônica. Eles haviam assumido que Deus deveria ser como o deus dos
pagãos – incapaz de se comunicar diretamente com o homem e, portanto, incompreensí-
vel. Para se tornar conhecido, o deus babilônico teve que se revelar na criação, através
de trinta e três emanações. O Dr. Mackey explica que as emanações ocorreram em três
mundos - céu, terra, e inferno. Segundo a Cabala, cada mundo experimentou dez ema-
nações chamadas "Sephiroh" - para um total de trinta. Pairando acima de cada mundo,
havia um deus oculto. Três deuses mais trinta emanações é igual a trinta e três etapas
na criação.70

205
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

As religiões orientais são conhecidas por construir sua teologia em torno de trí-
ades de números. Os judeus cativos incorporaram o sistema de numeração na Cabala
ostensivamente para interpretar Moisés. A numerologia mística começa com "0", repre-
sentado pelo Cabalístico En Soph, o deus oculto, que em sua origem era considerado
inexistente. A partir do "Nada", o grande Zero no vasto vazio do espaço, emanava o
"Existente", representado pelo número 1. O "Existente" foi considerado um hermafrodita,
tendo órgãos masculino e feminino. Com o tempo, o "Existent One" foi capaz de dividir-
se em deuses separados - masculino e feminino, representados pelos números 1 e 2. Os
deuses masculino e feminino coabitaram e deram à luz o filho oculto de deus, represen-
tado pelo número 3. Essa trindade pagã continuou sua atividade criativa fálica por mais
atos procriadores até dez emanações completarem o ciclo evolutivo, representado pelo
número 10. Simbolicamente, Dez (1 mais 0), leva a criação de volta ao deus oculto, o
que, pelo raciocínio pagão, significa que os seres humanos podem se tornar deuses,
através da reencarnação.

Este ciclo de criação é representado pelo "Círculo" que abrange todas as dez
emanações. Portanto, qualquer coisa em forma de disco ou redonda se tornou o símbolo
pagão de deus. O sol, a lua e as estrelas eram assim adorados como deuses.

Esse processo é duplicado em cada um dos três mundos. Os números em cada


total de onze (0 a 10), levam para um total geral de 33. O círculo maior é conhecido
como "Em Soph " para os Judeus Cabalístas, o "Terceiro Olho" no Hinduísmo, o "Olho
de Osíris" para os Egípcios, e o "Olho Que Tudo Vê" na Maçonaria. A serpente que
morde sua própria cauda é outro símbolo do círculo, ou olho.

Os místicos Cabalístas afirmam


que somos parte do deus oculto, uma vez
que emanamos dele. Este processo, de
acordo com todas as religiões orientais,
pode ser revertido através da reencarna-
ção.71 Os modernos chamam de "a ciên-
cia da evolução", definido pelo Webster's
Ninth New Collegiate Dictionary como
"um processo de mudança contínua de
um nível inferior, mais simples ou pior
[estado] para um estado mais alto, mais
complexo ou melhor.” Esses místicos
afirmam que um estado mental de divin-
dade pode ser alcançado aqui na terra,
através da meditação. Pode-se chegar
mais rapidamente a esse estado, dizem

206
_______________________________________________________________CAPÍTULO 7

os místicos, ingerindo drogas que alteram a mente. Portanto, onde quer que praticadas
as religiões orientais, haverá um aumento substancial na dependência de drogas.

Rabinos Judeus saíram da Babilônia com essa doutrina em sua Cabala. Tito
1:13-14 refere-se a ela como "fábulas Judaicas". O Thayer's Greek English Lexicon defi-
ne "fábulas" como "um discurso, palavra, provérbio, ficção, fábula; uma invenção, falsi-
dade: as ficções do Teosofistas Judeus e Gnósticos, especialmente a respeito das ema-
nações e ordens dos aeons."72 " Fábulas "vem de uma palavra Grega que significa inicia-
ção em segredo para aprender sobre a fábula.”73 A Maçonaria do Rito Escocês adquiriu
esse sistema da Cabala, no século XVIII. Hoje, um Maçom que alcança os trinta e três
graus é, simbolicamente, praticante da doutrina da reencarnação, a chamada "ciência"
da evolução - a religião da Serpente. Quando o Maçom atinge o 33º grau, ele é identifi-
cado com Satanás e "se torna Soberano Pontífice da Sinagoga de Satanás".74

A "Jóia" do Maçom do 33º grau conta simbolicamente a mesma história. Ela é


composta por três triângulos entrelaçados, representando os três mundos ocultos. No
centro, está a serpente que morde sua própria cauda. Aqui, de forma simbólica, vemos a
verdade que a Maçonaria é a religião da Serpente, a religião que afirma que os homens
podem se tornar deuses, subindo os graus Maçônicos. O Rito Escocês da Maçonaria, o
chamado Rito Judeu, trai a si mesmo como a Sinagoga de Satanás.

Subversão por Superposição:


Os Graus do Rito Escocês
Cinqüenta anos antes da criação do 33º grau, os ocultistas Gentios se aprofun-
daram nos mistérios. Eles rapidamente descobriram que alguns Maçons não aceitariam
seus ensinamentos. Com cada nova descoberta pagã, portanto, um grau mais alto foi
adicionado, a fim de manter seus segredos ocultos do menor grau possível de dissiden-
tes. O número de iniciados em cada grau ascendente se tornava cada vez menor, crian-
do uma pirâmide com um pequeno número de homens no topo.

Entre 1747 e 1762, o Rito Escocês aumentou dos três graus originais da Maço-
naria Inglesa para trinta e dois graus, sobrepondo-se à Blue Lodge. Em outras palavras,
por "superposição" ou a criação de informações adicionais, os graus mais altos, uma
sociedade secreta, o Rito Escocês, assumiu outra, a Blue Lodge. A parte inferior do
corpo não teve o que dizer sobre o assunto. Obviamente, isso deixou a Maçonaria do
Rito Escocês Templário de trinta e dois graus pronta para uma terceira aquisição da
sociedade secreta.

207
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Quando Weishaupt apareceu, seu objetivo era dominar a Grande Loja Maçoni-
ca Francesa, que praticava a Maçonaria de três graus da obediência Inglesa. Primeiro,
ele sobrepôs os Illuminati na clandestina Loja do Grande Oriente, não por criar graus
extras, mas por substituir os três graus da mesma por rituais iluminados. Então, ele usou
o Grande Oriente para penetrar na Grande Loja com o iluminismo. Através deste sistema
de sobreposição, o graus mais baixos iniciados na Europa foram deixados ignorantes a
respeito dos desenvolvimentos revolucionários sutimente projetados pelos Illuminati no
Grande Oriente. Em 1789, quando a Revolução Francesa começou, a maioria dos Ma-
çons não sabia por que estavam em rebelião, ou quem os havia colocado nessa situa-
ção.

Aqui reside o perigo da Maçonaria. Qualquer indivíduo pode subverter qualquer


sociedade secreta. Um Weishaupt, um Lenin, um Hitler, ou a Besta do Apocalipse, pode
assumir por sobreposição, deixando os graus inferiores completamente ignorantes.
Qualquer grupo (como o Priorado de Sião, os Templários, os Bolcheviques, os Nazistas,
ou a Escarlate do Apocalipse) pode fazer o mesmo. Através deste sistema piramidal,
iniciantes ingênuos podem ser controlados por Satanistas, Luciferianos, seguidores da
Nova Era, Ateus, Panteístas, Comunistas, Fascistas ou Terroristas. Isso porque seus
juramentos sangrentos exigem obediência inquestionável aos governantes invisíveis
acima, e os graus inferiores seguem cegamente todos os ditames deles.

Em 1801, o Grande Oriente, que estava sob a influência dos Illuminati, fundiu-
se com o Rito Escocês e importou a doutrina dos Illuminati para esta Ordem dos Templá-
rios. A Grande Loja Francesa juntou-se a eles no mesmo ano, colocando todos os corpos
da Maçonaria na Europa sob o controle dos trinta e dois graus iluminados do Rito Esco-
cês, em Paris.

Nesse mesmo ano, alguns Maçons de Charleston, Carolina do Sul, decidiram


governar o mundo Maçônico. Mais uma vez, a sobreposição foi forçada no corpo da
Maçonaria Universal. A Encyclopedia of Freemasonry nos diz como aconteceu. Nove
Maçons Americanos criaram o 33º grau, e por conta própria, sem autoridade do grande
corpo dos Maçons Americanos, em 31 de maio de 1801, foi constituido o Supremo Con-
cílio Mãe do Mundo. A Grande Loja Francesa, o Grande Oriente e o Rito Escocês ime-
diatamente aceitaram a sobreposição do Supremo Concílio de Charleston porque, como
diz Mackey, "O Conselho Supremo Concílio de Charleston derivou sua autoridade e suas
informações do que é chamado de Constituições [Maçônicas] Francesas."75

De repente, e sem o voto do corpo mundial dos Maçons, a obediência dos ilu-
minados do Rito Escocês Templário mudou da Europa para os Estados Unidos - tudo por
causa de nove homens! E se a sobreposição tivesse sido adiada um século e tinha sido
feito pela Rússia Comunista em vez da América Democrática. E se o topo dos Maçons

208
_______________________________________________________________CAPÍTULO 7

tivessem sido Trotsky, Lenin e Stalin, em vez de nove americanos? Poderia Isso fazer
uma diferença? Se isso tivesse acontecido, estaria a América jogando fora a Democracia
hoje, como a Rússia desmantelou o Comunismo?

O risco para os Cristãos na Maçonaria é que os Maçons de baixo grau devem


sempre, inquestionavelmente, obedecer às autoridades invisíveis acima deles. Quando
há uma nova sobreposição, que sempre provou ser mais sinistra que a anterior, os Ma-
çons abaixo devem obedecer à nova ordem. Um dia, a Besta do Apocalipse pode assu-
mir o controle da mesma maneira, e tornar-se o Maçom mais alto do mundo. Ordens
serão dadas para adorá-lo como Deus. Os Maçons serão obrigados a se curvar em
obediência inquestionável, já que o juramento assim o exige.

Uma sobreposição de um homem à Maçonaria Universal não é um pensamento


novo, pois foi realizado com sucesso há mais de um século por um Maçom Gentio do 33º
grau de Little Rock, Arkansas. Ele estava estudando a pirâmide inacabada de Weishaupt
e descobriu o segredo final - que o Grande Arquiteto do Universo Maçônico é Lúcifer. Em
1859, ele se tornou o Grande Comandante do Supremo Concílio, em Charleston. Este
Maçom tentou sobrepor sua descoberta na hierarquia, mas a grande maioria se opunha
a ele. Os poucos que concordaram com ele, ajudaram a fundar um Super Rito, chamado
Palladium. O Palladium ficou dentro do 33º grau do Supremo Concílio, sem nenhum grau
adicional criado. Um homem, o Maçom mais reverenciado desde então, tornou-se o
Soberano Pontífice da Maçonaria Universal. Trinta anos depois, em 14 de julho de 1889,
esse deus-homem da Maçonaria informou aos vinte e três Supremos Concílios do mun-
do, reunidos em Paris, que Lúcifer era o deus da Maçonaria - permitindo-lhes, a seu
critério, passar a informação para os Maçons do 30º, 31º e 32º graus. Os Maçons de
grau mais baixo, no entanto, deveriam permanecer ignorantes a respeito. No capítulo 14,
aprenderemos sobre a ascensão individual de Albert Pike à preeminência Maçônica.

Regra Gentia da Maçonaria


Um Gentio, não um Judeu, sempre esteve à frente da Maçonaria. Embora
Adam Weishaupt, um Judeu, tentou dominar a Maçonaria um século antes de Albert
Pike, ele era apenas um bebê quando o Rito Escocês nasceu. Portanto, este jovem
menino Judeu não poderia ter participado de seu desenvolvimento. Em 1761, quando
Weishaupt tinha 13 anos de idade, Frederick II (Frederick, o Grande da Prússia), um rei
Gentio Templário, "foi por consentimento geral reconhecido e aceito como Soberano e
Supremo Chefe do Rito Escocês."76

Um Gentio, e não um Judeu, governou o Rito Escocês antes da Revolução


Francesa. Naquela época, a Grande Loja Francesa ainda era leal à obediência Inglesa.
209
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Em 1776, quando Weishaupt criou os Illuminati, havia três sociedades secretas podero-
sas na França: o Rito Escocês Templário, a Grande Loja Sionista e o Grande Oriente
Sionista-Templário. Todos estavam se posicionando para tomar a França pela revolução.
Nenhum deles era controlado por Judeus.

Uma Escritura final refuta a teoria da conspiração Judaica, colocando o controle


da intriga diretamente nas mãos dos Gentios. Em Lucas 21:24, Cristo está falando ao
Seus discípulos sobre a questão Judaica nos últimos dias: "E eles [os Judeus] cairão ao
fio de espada e serão levados cativos para todas as nações, e Jerusalém será pisada
pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem.” A profecia de Cristo foi
parcialmente cumprida em 70 d.C., quando Roma dispersou os Judeus para todas as
nações. Desde então, até agora, vivemos os "tempos dos Gentios", que não terminarão
até que Cristo volte. Segundo o próprio Cristo, não há nenhuma conspiração Judaica,
apenas uma conspiração Maçônica - e é Gentia.

210
Capítulo 8

A CONEXÃO JESUÍTICA
(A Companhia de Jesus)

No século XVIII, os Jesuítas foram acusados de ter uma íntima conexão com a
Maçonaria, e a invenção do Grau de Kadosh foi ainda atribuída aos membros da Socie-
dade que constituíam o Colégio de Clermont. Esta teoria de uma Maçonaria Jesuítica
parece ter se originado com os Illuminati.

Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry 1

Conspiração Jesuítica?
Alguns autores revisionistas sugeriram que a Igreja Católica é a controladora da
conspiração Maçônica, através da Ordem dos Jesuítas. Há várias razões para esse
ponto de vista: (1) os Jesuítas precederam a Maçonaria organizada por quase dois sécu-
los; (2) como os Maçons, os Jesuítas têm vários graus de iniciação; (3) como os Maçons,
os Jesuítas fazem um juramento; (4) como os Maçons, os Jesuítas subverteram gover-
nos no passado; (5) os Jesuítas surgiram na Maçonaria; (6) Os Jesuítas foram incentiva-
dos e protegidos pelo Maçom Frederick, o Grande, durante sua repressão, em 1773; e
(7) Weishaupt foi Jesuíta durante um tempo.

Charles W. Heckethorn, em Secret Societies of All Ages and Countries, acredi-


tava que os Jesuítas estavam à frente da conspiração Maçônica, porque suas cerimônias
eram semelhantes às da Maçonaria. "Existe uma analogia considerável", ele supôs,
"entre os graus Maçônico e Jesuítico; e os Jesuítas também pisam no sapato e carregam
o joelho, porque Ignatius Loyola assim se apresentou em Roma ao papa, para pedir a
confirmação da ordem Jesuíta."3

O Dr. Mackey despreza a comparação: "Como o óleo e a água, a tolerância da


Maçonaria e a intolerância da 'Companhia de Jesus' não podem se misturar."4

Quais são os méritos da acusação citada no início deste capítulo, de que "A
Maçonaria Jesuítica parece ter se originado com os Illuminati"?

211
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Nesta Webster trata do assunto, perguntando se os Jesuítas eram ou não o canal de


idéias Iluministas-orientais para Weishaupt, o "Professor da Baviera": "Como esses mé-
todos orientais penetraram no professor da Baviera? Segundo certos escritores, foi atra-
vés dos Jesuítas. O fato de Weishaupt ter sido criado por essa Ordem, forneceu aos
inimigos dos Jesuítas o argumento de que eles eram os inspiradores secretos dos Illumi-
nati."5 Webster conclui: "Suponho que amigos íntimos dificilmente negarão que, no déci-
mo sétimo século, certos jesuítas desempenharam o papel de fomentar intrigas políticas,
mas que para isso empregaram qualquer segredo do sistema maçônico [sic] parece-me
perfeitamente incapaz de provar... O fato é que a acusação de que Jesuítas atuaram na
intriga por trás das sociedades secretas, emanou principalmente dessas sociedades
secretas, parecendo ser um dispositivo adotado por eles para encobrir seus próprios
rastros".6

O debate e a especulação derramaram muita tinta. Como observa Mackey,


"quase uma biblioteca de livros foi escrita dos dois lados deste assunto na Alemanha e
na França".7 Alguns desses livros são Maçônicos. Maurice Pinay, citando a Abbreviated
Encyclopedic Dictionary of Freemasonry em seu livro The Plot Against The Church
(1967), relata que a Estrita Observância que aprendemos ter sido, indiretamente, funda-
da por Charles Radcliffe ", foi a terceira inovação maçônica [sic] dos Jesuítas, que des-
pertaram a esperança entre seus apoiadores de entrar na posse das riquezas dos anti-
gos Templários. A história cronológica dos Grão Mestres corresponde à dos generais da
Companhia de Jesus".8

De fato, os Jesuítas seguiram os Stuarts Templários até o Continente, para


apoiar a causa dos Stuart - não porque os Stuarts eram Templários, mas porque eram
Católicos. Charles Radcliffe, portanto, pode muito bem ter desenvolvido um rito Jesuíta
para esconder a atividade Templária. Nesse caso, o Rito parecia temporário, já que os
Stuarts foram derrotados em 1745.

Também devemos considerar que a afirmação do Masonic Dictionary de que


um Rito Jesuíta existia, pode ser uma desinformação. Tal rito, dentro da Estrita Obser-
vância Sionista-Templária, nunca foi mencionada pelos autores de Holy Blood, Holy Grail
em sua extensa pesquisa.

O Masonic Dictionary também menciona a Ordem Martinista como outra orga-


nização com inspiração Jesuíta. Pinay diz que o Masonic Dictionary define o rito de
Chosen Cohen como sendo "um rito filosófico espiritual, ultra-Jesuítico, que foi fundado
em 1754."9 Mas nós já mostramos que os Martinistas são Sionistas, protegendo certos
documentos do Priorado.

212
_______________________________________________________________CAPÍTULO 8

O Masonic Dictionary parece estar publicando desinformação. Isso pode ser


uma manobra feita pela Maçonaria para implicar e envolver os Jesuítas na Maçonaria. A
Curia Romana do Vaticano pensa assim. Ela indica o propósito pelo qual a Maçonaria
usaria os Jesuítas: "As infiltrações da Maçonaria na Companhia de Jesus seguiram visi-
velmente os mesmos objetivos, pois esse rito Maçônico-Templário dos Jesuítas deseja
aparentemente fazer da Sociedade de Jesus uma nova Ordem Templária com a reten-
ção de sua estrutura oficial externa... [Os jesuítas então poderiam ser] secretamente
governados pelos inimigos da Igreja e então [serem] usados para destruir seus defenso-
res, com o objetivo de facilitar a vitória da ... Maçonaria ... "10

A Supressão e os Jesuítas
Houve um tempo em que os Jesuítas se reuniram na Loja Maçônica. Em 14 de
junho de 1773, o Papa Clement XIV dissolveu a Ordem dos Jesuítas, após a qual os reis
da Europa confiscaram suas propriedades. A supressão continuou sob a administração
do Papa Pius VI. Em 1814, os Jesuítas foram restabelecidos pelo papa Pius VII.

Curiosamente, no momento da dissolução (1773), o fundador da dinastia ban-


cária Meyer Rothschild supostamente se encontrou com Weishaupt para planejar a revo-
lução mundial. Alguns acreditam que esses dois eventos estavam conectados, já que
Weishaupt, um Jesuíta, não foi prejudicado pela supressão dos Jesuítas. Uma análise
mais aprofundada, porém, revela que, embora muitos Jesuítas se uniram à Maçonaria
iluminada na época, eles o fizeram não porque estivessem liderando uma conspiração,
mas sim porque estavam buscando proteção de ambas as perseguições, da papal e da
estatal.

Para alcançar a revolução na França, era imperativo que os conspiradores Ma-


çônicos se livrassem dos poderosos Jesuítas. A Maçonaria, e não a Igreja, estava real-
mente por trás da supressão Jesuíta. O papa Clement XIV sucumbiu à pressão Maçôni-
ca. O Monsenhor Dr. Dillon, em seu breve relato, sustenta que a supressão dos Jesuítas
foi mais Maçônica do que Católica: "O Duque de Choiseul, um Maçom, com a ajuda do
abominável Pompadour, a prostituta do ainda mais abominável Louis XV, conseguiu
conduzir os Jesuítas da França. Ele então começou a influenciar seus irmãos Maçons, o
Conde De Aranda, Primeiro Ministro de Charles III da Espanha, e o infame Carvalho-
Pombal para fazerem o mesmo trabalho nos Estados Católicos de seus respectivos
soberanos".11

Embora os Jesuítas tenham sido restabelecidos em 1814 pelo papa Pius VII, o
dano já ocorrera. Alguns Jesuítas haviam se juntado à Maçonaria iluminada. Isto tem

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

erroneamente levado alguns pesquisadores a concluir que a conspiração para aniquilar a


Igreja e o Estado eram de origem Jesuíta em retaliação por sua repressão.

De acordo com Jack Chick (o mais raivoso anti-Católico do país), em sua histó-
ria em quadrinhos livro "Alberto", a ordem superior dos Jesuítas ainda hoje são membros
da Loja Maçonica, incluindo o atual Padre Geral.12 O envolvimento dos Jesuítas na Ma-
çonaria é também confirmado em The Jesuits (1987), pelo ex-Jesuíta, Dr. Malachi Martin.

Em The Jesuits, Martin traça a história da Companhia de Jesus. Ele diz que a
missão original dos Jesuítas era apoiar o Papa em todas as suas diretrizes. Esses pa-
dres eram conhecidos como "Homens do Papa". Martin observa o sofrimento que os
Jesuítas sofreram como resultado da supressão de 1773. Quando o Papa, diz ele, "colo-
cou seu Padre Geral e seu conselheiros em masmorras papais, mesmo quando ele
impôs exílio e morte lenta a milhares de Jesuítas que ficaram presos sem ajuda ou apoio
em partes perigosas do mundo, [quando eles foram restabelecidos em 1814], [os] Jesuí-
tas revificados começaram novamente, com renovado zelo pela vontade papal .... "13

Embora alguns Jesuítas tenham se juntado aos Illuminati e à Maçonaria duran-


te sua supressão, Martin acredita, como um todo, que eles permaneceram fiéis ao Papa.
Ele coloca sua mudança de lealdade após o Concílio Vaticano II em 1965. Ele escreve:

Nunca, pode-se dizer, a Companhia de Jesus como um corpo se desviou dessa


missão [de ser os "Homens do Papa"] até 1965. Naquele ano, o Concílio Vaticano II
encerrou a última de suas quatro sessões; e Pedro de Arrupe e Gondra foi eleito para ser
o 27º Padre Geral dos Jesuítas. Sob a liderança de Arrupe, e na expectativa inusitada de
mudança provocada pelo próprio Concílio, a nova perspectiva – de natureza antipapal e
sociopolítica - que florescia de maneira secreta por mais de um século, foi defendida pela
Sociedade como um organismo corporativo.14

A Cúria Romana estava correta. Em vez dos Jesuítas penetrarem na Ordem


Maçonica, a Maçonaria penetrou nos Jesuítas. Malachi Martin sugere que a Maçonaria
se infiltrou na Ordem dos Jesuítas ao longo do século passado, cujos efeitos finalmente
se manifestaram durante a administração do Padre Geral Arrupe. Ele confirma que mui-
tos dos Jesuítas agora são Maçons. O falecido padre Arrupe também foi um Maçom.
Martin documenta que a "Teologia da Libertação" Marxista, apoiada pelos Jesuítas na
América do Sul, é de origem Maçônica.15

214
_______________________________________________________________CAPÍTULO 8

O Assassinato Maçônico de Um Papa Moderno


O envolvimento atual de padres Católicos, exceto os Jesuítas, na Maçonaria é
documentado por David Yallop em seu livro contemporâneo, In God’s Name. O livro dele
é sub-intitulado An Investigation into the Assassination of Pope John Paul I. Yallop revela
informações surpreendentes que incriminam a Maçonaria na morte do primeiro João
Paulo. Ele observa a misteriosa correlação entre os 33 graus da Maçonaria e o tempo da
morte do novo papa: "Em algum momento da noite de 28 de setembro de 1978, e na
manhã de 29 de setembro de 1978, trinta e três dias após sua eleição, Albino Luciani
[Papa João Paulo I] morreu."16

Yallop confirma que todos os Cardeais e Bispos do Vaticano que estavam fisi-
camente próximos ao Papa naquela noite eram Maçons do Grande Oriente. Ele lista
algumas das Lojas nas quais eles foram iniciados e dá seus nomes de código Maçôni-
cos. Ele observa também que a Maçonaria do Grande Oriente italiano fundou uma loja
chamada Propaganda Dois (P-2), cuja participação era, e ainda é, principalmente da
Máfia.

O que traria a mão violenta da Maçonaria sobre um pontífice tão popular e não
experimentado? Segundo Yallop, a transgressão do Papa João Paulo I foi ter descoberto
que alguns padres do Vaticano haviam se juntado à Loja Maçônica e estavam, naquele
momento, lavando dinheiro oriundo de drogas ilegais e conduzindo práticas bancárias
ilegais através do Banco do Vaticano, em nome da Loja Maçônica P-2. Notícias vazaram
que em 29 de setembro o novo Papa substituiria cerca de 20 Bispos e Cardeais que ele
sabia estarem envolvidos. Durante a noite de 28 de setembro, ele morreu misteriosamen-
te. Yallop oferece evidências convincentes de que o Papa foi envenenado. Ele também
sugere que matar o Papa em seu trigésimo terceiro dia no cargo foi uma assinatura
Maçônica.

Infiltrando-se na Igreja Católica


Como a Maçonaria conseguiu penetrar na Igreja Católica? Quando o seu plano
de infiltração começou? Edith Starr Miller lança luz sobre essas duas questões em Occult
Theocrasy. Miller explica que após a destruição da antiga França, de 1789 a 1793, e
antes do reinado de Napoleão, o objetivo da Maçonaria do Grande Oriente era destruir o
Cristianismo em sua fonte. Das atas da loja Maçônica italiana, Permanent Instructions, or
Practical Code of Rules: Guide for the Heads of the Highest Grades of Masonry, Miller
cita:

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Agora que estamos constituídos em um corpo ativo e que nossa Ordem come-
ça a reinar tão bem nos lugares mais remotos, assim como nos mais próximos do nosso
centro, surge um grande pensamento, um pensamento que sempre ocupou muito dos
homens que aspiram à regeneração universal do mundo, ou seja, a Libertação da Itália,
pois da Itália deverá um dia sair a liberdade de todo o mundo - uma República de Frater-
nidade, Harmonia e Humanidade.

Nosso objetivo final é o de Voltaire e da Revolução Francesa - a completa ani-


quilação do Catolicismo e, finalmente, do Cristianismo. Sob esta capa [da Maçonaria],
podemos conspirar conforme nossa conveniência, e chegar, pouco a pouco, ao nosso
objetivo final.

O Papa, quem quer que seja, nunca entrará em uma sociedade secreta. Desse
modo, torna-se dever da Sociedade Secreta fazer o primeiro avanço em direção à Igreja
e ao Papa, com o objetivo de conquistar os dois.

O trabalho pelo qual cingimos nós mesmos não é o trabalho de um dia, nem de
um mês, nem de um ano. Pode durar muitos anos, talvez um século; em nossas fileiras o
soldado morre, mas a guerra continua. Atualmente, não pretendemos ganhar o Papa
para a nossa causa, nem fazer dele um neófito de nossos princípios, ou um propagador
de nossas idéias. Isso seria um sonho.

O que devemos procurar, o que devemos esperar, assim como os Judeus es-
peram um Messias, é ter um Papa de acordo com nossos desejos.17

O que o Grande Oriente desejava era um Papa fraco, ou alguém que pudesse
manipular de maneira direta. Esse Papa surgiu em 1958. Ele não era um homem fraco,
mas um habilmente preparado pelo Grão-Mestre do Priorado de Sião. De acordo com os
autores do Holy Blood, Holy Grail, enquanto atuava como núncio papal na Turquia em
1935, o prelado se juntara secretamente a uma ordem Rosacruz, possivelmente o Prio-
rado de Sião.18

O Grão-Mestre (GM) do Priorado de Sião na época era o artista Jean Cocteau


(GM) 1918-1963). Como timoneiro de Sião, sua aparente tarefa era dirigir a Igreja Católi-
ca para longe de sua atitude anti-Maçônica secular, para uma que favorecesse a Frater-
nidade. Um Papa preparado em sua juventude em uma ordem Rosacruz faria o trabalho
para Sião. O Cardeal Angelo Roncalli de Veneza foi o padre escolhido por Cocteau. Para
garantir que esse prelado conhecesse as pessoas certas, Cocteau o apresentou àqueles
com quem ele passou boa parte de sua vida - membros da realeza e dos círculos aristo-
cráticos Católicos. Quando chegou a hora de nomear o núncio papal para a Turquia, o

216
_______________________________________________________________CAPÍTULO 8

aceno foi para o Cardeal Roncalli. Quando chegou a hora da aristocracia Católica exer-
cer sua influência para eleger um papa, foi suficiente a sugestão de Jean Cocteau.

Um ponto interessante dessa intriga é que, dois anos antes de Roncalli subir ao
trono Papal, os documentos do Priorado de 1956 listam Jean Cocteau como Jean (João)
XXIII. Os autores de Holy Blood, Holy Grail relatam que dois anos depois, "em 1958,
enquanto Cocteau ainda presumivelmente detinha grande domínio... os Cardeais eleito-
res, reunidos em um conclave, elegeram como seu novo pontífice o cardeal Angelo Ron-
calli, de Veneza."19 O novo papa tomou o nome de João XXIII, o mesmo nome listado
nos documentos do Priorado para seu mentor Rosacruz.

Um Papa recém-eleito tradicionalmente escolhe seu próprio nome papal, cujo


nome significa em que direção o Vigário de Cristo liderará a Igreja. Se ele toma o nome
de um papa anterior, acrescentando um número romano a ele, significa que seguirá os
passos do mesmo. Os autores de Holy Blood relatam que "o cardeal Roncalli causou
considerável consternação quando escolheu o nome de João XXIII. Tal consternação
não era injustificada. Em primeiro lugar, o nome João havia sido implicitamente execrado
desde que foi usado pela última vez, no início do século XV - por um Antipapa."20

Quem era esse Antipapa? A Encyclopaedia Britannica afirma que Baldassare Cossa
foi o Antipapa João XXIII, um Papa cismático de 1410 a 1415. Cossa viveu durante os
dias da mais forte Reforma Protestante, época também em que o Rosacrucianismo esta-
va em ascensão. Desde que ele era ecumênico em filosofia, ele ficou do lado dos cismá-
ticos. E, como cismático, a reivindicação de Cossa ao nome João XXIII é geralmente
considerada pela Igreja Católica Romana como sendo ilegal.21

Por causa do estigma de Cossa, o nome "João" não havia sido usado pelos Papas
até Roncalli, em 1958. O que é tão significativo sobre o renascimento do cardeal Roncalli
da linha dos Joãos é que ele pegou precisamente o número romano do Antipapa cismáti-
co, sinalizando ao mundo Católico que ele não apenas seguiria os passos do prelado
cismático mas os duplicaria. O cardeal Roncalli era conhecido como o "Papa ecumêni-
co".

Os autores de Holy Blood veem outra camada de significado no nome: "Se o


Papa João fosse afiliado a uma organização Rosacruz, e se essa organização fosse o
Priorado de Sião, as implicações seriam extremamente intrigantes. Entre outras coisas
que eles sugeriram foi que o cardeal Roncalli, ao se tornar Papa, escolheu o nome de
seu próprio Grão-Mestre secreto - para que, por algum motivo simbólico, houvesse um
João XXIII presidindo Sião e o papado, simultaneamente."22

217
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Acreditamos que o significado do nome é diferente. O Grão-Mestre de Sião cer-


tamente conhecia esse Antipapa ecumênico cismático do século XV. A "razão simbólica"
para a escolha do nome não estava no fato de que dois Joãos XXIII tenham reinado
simultaneamente em meados do século XX. Era mais provável uma confirmação de
identidade. O Grão-Mestre Jean Cocteau, ao publicar seu próprio nome como Jean (Jo-
ão) XXIII nos documentos do Priorado em 1956, estava enviando uma mensagem ao Rei
Perdido do Priorado de Sião: "O Papa que se autodenominar João XXIII, assim como eu
me nomeei neste documento, é o Papa que eu tenho preparado na doutrina do Antipapa
com o mesmo nome!" O nome indicaria ao "Rei Perdido" de Sião que Cocteau havia
alcançado sua missão.

Em 1963, ambos os Joãos morreram. Os autores de Holy Blood resumem os


profundos efeitos do pontificado de João XXIII na Igreja Católica:

Qualquer que seja a verdade subjacente a essas estranhas coincidências, não


há dúvida que mais do que qualquer outro homem, o Papa João XXIII foi responsável por
reorientar a Igreja Católica Romana - e trazê-la, como os comentaristas costumam dizer,
para o século XX. Muito disso foi realizado pelas reformas do Concílio Vaticano II que
João inaugurou. Ao mesmo tempo, no entanto, João também foi responsável por outras
mudanças. Ele revisou a posição da Igreja em relação à Maçonaria, por exemplo - rom-
pendo com pelo menos dois séculos de tradição e declarando que um católico pode ser
Maçom.23

Grão-Mestre Cocteau Envia Outra


Mensagem Simbólica para Sião
Cocteau, como artista, ajudou a redecorar muitas igrejas Católicas destruídas
pela Segunda Guerra Mundial. Suas mensagens simbólicas na arte oferecem mais con-
firmação de que o Priorado de Sião tornou a Igreja Romana pró-Maçônica. Um exemplo
pode ser visto na Igreja de Notre Dame de France, na esquina da Leicester Square, em
Londres. Durante a guerra, a igreja foi seriamente danificada. Após a guerra foi restaura-
da e redecorada por artistas de toda a França. Os autores de Holy Blood, Holy Grail
afirmam que Cocteau era um deles,

que, em 1960, três anos antes de sua morte, executou um mural representando a
Crucificação. É uma Crucificação extremamente singular. Há um sol negro e uma figura
sinistra, verde, tingida e não identificada no canto inferior direito. Lá está um soldado
romano segurando um escudo com um pássaro estampado nele - um pássaro altamente
estilizado, sugerindo uma representação Egípcia de Hórus. Entre as mulheres de luto e

218
_______________________________________________________________CAPÍTULO 8

os centuriões jogando dados, existem duas figuras incongruentemente modernas - uma


das quais é o próprio Cocteau, apresentado como um auto-retrato, com as costas signifi-
cativamente voltadas para a cruz. O mais impressionante de tudo é o fato do mural retra-
tar apenas a porção inferior da cruz. Para o observador, pode-se ver apenas até o ponto
dos joelhos - para que não se possa ver o rosto ou determinar a identidade de quem está
sendo crucificado. E fixado na cruz, imediatamente abaixo dos pés da vítima anônima,
está uma rosa gigantesca. Em suma, o design é de um flagrante dispositivo Rosacruz.24

A simbologia é surpreendente e blasfema. A rosa afixada na base da cruz em


que uma pessoa sem rosto está pendurada é representativa da doutrina Rosacruz dos
opostos. Sabemos que no simbolismo Rosacruz a rosa entrelaçada ao redor da parte
vertical da cruz representa a Serpente (Satanás). Portanto, a pessoa anônima na cruz
seria o Adversário, a antítese Rosacruz de Cristo. A hierarquia do Priorado de Sião en-
tenderia prontamente a mensagem simbólica: "À frente da Igreja Católica está o papa
que representa, não Cristo, mas o Adversário. "O Grão-Mestre de Sião, encarregado de
dirigir a Igreja Católica em direção a uma postura pró-Maçônica, pintou seu triunfo neste
mural!

Malachi Martin documenta as bases de Cocteau, sobre as quais a aquisição


Maçônica da Igreja Católica, na verdade, seguiu após as mortes de Jean Cocteau e do
Papa João, em 1963. Martin observa a violência e a rapidez do que se seguiu na Igreja
Católica: "Nada do que aconteceu podia prever a violenta mudança que aguardava a
Igreja, o papado e os Jesuítas na década de 1960 .... [É] a primeira vez que a Compa-
nhia de Jesus ativou o papado. ... Nunca, pode-se dizer, a Companhia de Jesus como
um corpo desviara dessa missão até 1965."25

O papa que sucedeu Roncalli em 1963 foi Giovanni Battista Montini. Montini le-
vou o nome de Paulo VI em um intervalo de Joãos. Yallop observa, no entanto, que o
Papa Paulo foi doentio e fraco, e documenta repetidamente como ele, devido a proble-
mas físicos e fraqueza emocional, foi manipulado. O fraco desempenho de Paulo VI fez
com que seu sucessor de trinta e três dias, o papa João Paulo I, em 1978, se perguntas-
se: "Será que o papa Paulo previu uma mudança na posição da Igreja sobre a Maçona-
ria?"26 João Paulo I foi logo assassinado pelos Maçons.

A Tentativa de João Paulo II


Karol Woityla da Polônia foi eleito o novo vigário de Cristo. Woityla levou o no-
me de João Paulo, acrescentando um número romano, o que significava que ele aceita-
ria a cruzada anti-Maçônica do antecessor. Martin confirma que a Maçonaria mais uma
vez foi trabalhar para se opor ao novo papa:
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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Houve revelações de que certos círculos da seção internacional da Loja Maçô-


nica na Europa e na América Latina estavam organizando ativamente a oposição ao
pontífice na Polônia; que os prelados do Vaticano - cerca de vinte no total - eram mem-
bros formais da Loja Italiana; e que mais uma vez os jesuítas de Arrupe pareciam envol-
vidos com os círculos da Loja opostos ao Pontífice. O Papa Paulo VI já havia, em 1965,
alertado Arrupe e os Delegados para a 31ª Congregação Geral Jesuíta a respeito dos
perigos de pertencer ao pacto [Maçônico]; começou parecer para João Paulo de que a
advertência não fora muito ampla.27

Em maio de 1981, houve uma tentativa contra a vida de João Paulo II. Vários
investigadores suspeitaram da Maçonaria. A França, dominada pela Maçonaria do Gran-
de Oriente, tentou jogar a culpa pela tentativa de assassinato na Bulgária comunista. O
principal jornal de Paris, Le Monde, relatou em 3 de dezembro de 1982 que "os oponen-
tes faccionais Soviéticos do ex-chefe da KGB, Yuri Andropov, eram suspeitos de estarem
por trás das revelações de uma conexão Búlgara, com a tentativa de assassinar o Papa
João Paulo II em 13 de maio de 1981."28

Com base em evidências subsequentes, no entanto, o artigo do Le Monde apa-


rentemente foi uma desinformação Maçônica. O governo Búlgaro lançou uma investiga-
ção própria para limpar seu nome e descobriu que os controladores de Mehmet Ali Agca,
o pretenso assassino, era a máfia Turca sob a figura de Bekir Celenk e dois espiões
Italianos mantidos na Bulgária. Em resposta direta aos holofotes internacionais sobre o
caso Celenk, o governo Búlgaro anunciou em 22 de dezembro de 1982 que colocaria os
dois espiões italianos acusados, Paolo Farsetti e sua namorada Gabriella Trevisini, em
julgamento. A acusação, segundo o relatório divulgado, dizia que os dois eram agentes
da Loja Maçonica do Grande Oriente do Rito Escocês, chamada Propaganda Dois, a
mesma Loja acusada de assassinar o Papa João Paulo I!29

Curiosamente, o atentado contra a vida do Papa fez com que João Paulo II mu-
dasse de direção e modificasse sua oposição à Maçonaria. Em 12 de janeiro de 1983, o
Papa emitiu um código revisado do direito canônico. George W. Cornell, redator de reli-
gião da Associated Press, afirmou que o código revisado "avança na legislação de re-
formas e princípios aprovados pelo Concílio Vaticano II de 1962-1965 .... O código im-
plementa outras mudanças nas regras da igreja, tais como permitir que os católicos se
tornem Maçons".

Como é prática comum na imprensa controlada pela Maçonaria, o jornalista


Cornell está esticando a verdade. Em 17 de agosto de 1985, ele esclareceu o que o
código do direito canônico revisado em 1983 realmente havia fornecido. Ele "omitiu uma
provisão do antigo código de 1917 excomungando Católicos que se juntam às ordens
Maçônicas." Embora o resultado seja essencialmente o mesmo, que os Católicos podem

220
_______________________________________________________________CAPÍTULO 8

ingressar na Maçonaria sem medo de represálias, o Vaticano ainda se opõe à Maçona-


ria. No entanto, o papa João Paulo II abriu as portas para muitos Católicos se unirem à
Ordem Maçônica.

Jack Chick e Malachi Martin afirmam que muitos Jesuítas são Maçons. Portan-
to, Chick propõe que a Igreja Católica, através da ordem dos Jesuítas Maçônicos, são os
conspiradores. Em apoio a essa teoria está o fato de Adam Weishaupt, fundador dos
Illuminati, já ter sido um Jesuíta.

A filiação de alguns padres católicos na Maçonaria, no entanto, não é evidência


suficiente para estabelecer a Igreja Católica como chefe da conspiração. Quando se
considera as oito partes da Teoria do Polvo, não há evidências de que os Jesuítas pene-
traram na hierarquia da Maçonaria. Ao contrário, a Maçonaria, usando um papa Rosa-
cruz traidor e Jesuítas Maçons apóstatas, se infiltrou na Igreja. Lembre-se, a Maçonaria é
o único fator comum a todas as oito pernas da Teoria do Polvo, não o Catolicismo (Ver
Prefácio). Portanto, da mesma maneira que a Maçonaria pretende usar Judeus Refor-
mados renegados para executar sua planejada destruição do Judaísmo, os Maçons
também usaram os Jesuítas para ajudar a aniquilar sua própria igreja.

O cisma entre a Igreja e os Jesuítas começou em 1773, quando o papado des-


congelou os jesuítas. A ação do Vaticano naquela época, certa ou errada, não tem con-
sequência. De importância significativa é o fato de ter desencadeado uma cadeia de
eventos que resultou na Maçonaria penetrando no Vaticano.

Weishaupt emergiu como vencedor. Naquele ano crucial, quando os Jesuítas


correram para se juntarem à sua Ordem dos Illuminati, eles não o fizeram porque ama-
vam Weishaupt, pois o odiavam tanto quanto ele os desprezava, nem porque o Iluminis-
mo era uma conspiração Jesuíta. Eles se uniram à sua Ordem por uma razão - para se
protegerem contra a perseguição da Igreja e do Estado. Mal sabiam eles que estavam se
unindo à Ordem inclinada a destruir sua amada Igreja.

Podemos ver vividamente a principal arma dos conspiradores quando ela entra
em foco. Ao envolver os Judeus e os Jesuítas através de engano e desinformação na
Maçonaria, esta poderia promover sua agenda e deixar seus planos crescerem e amadu-
recerem, desviando os cães da conspiração para presas falsas. O "jogo esquivo" em
todas as teorias de conspiração, quando finalmente encurraladas, é a Maçonaria. Judeus
e Jesuítas são apenas chamarizes. Weishaupt usou a ambos.

221
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O Anti-Catolicismo Maçônico de Voltaire


O antigo Jesuíta Weishaupt foi a figura de proa de uma conspiração, mas não
de uma conspiração Jesuíta. Seu envolvimento com Voltaire, um vociferante odiador dos
Jesuítas, é prova de seu profundo ódio, não apenas aos Jesuítas, mas a todas as coisas
Cristãs. As vidas de Weishaupt e Voltaire [um dos autores Maçônicos iluminados mais
prolíficos] estão sobrepostas por trinta anos. Muito antes do Iluminista Weishaupt criar a
Ordem com esse nome, Voltaire se gabava do sofrimento dos Jesuítas. Em 1773, ao
receber as notícias de sua situação, ele exclamou: "Veja, uma cabeça da hidra caiu. Eu
levanto meus olhos para o céu e clamo 'esmague o desgraçado'.”30

Voltaire não se calou sobre sua intensa oposição ao Cristianismo. Dillon o cita,
dizendo: "Estou cansado de ouvir dizer que doze homens foram suficientes para estabe-
lecer o Cristianismo, e desejo mostrar que exige apenas um homem para derrubá-lo."31
Nascido Francis Mary Arouet, Voltaire ingressou na Maçonaria Inglesa enquan-
to residia em Londres, em 1726-1728. Nosso próprio Benjamin Franklin o introduziu na
Maçonaria Francesa, em 1778.

Voltaire não escreveu com seu próprio nome, mas usou um codinome para se
proteger.32(Anteriormente discutimos o motivo de nomes secretos e mudanças de no-
me). Segundo Dillon, "Voltaire descobriu que a Maçonaria à qual ele havia sido afiliado
em Londres, era um meio capital de difundir suas doutrinas entre os cortesãos, homens
de letras e o público da França ... Nos recessos de suas lojas, o conspirador político
encontrou os homens e os meios para chegar a seus fins em segurança."33

Voltaire defendia a mentira como uma virtude quando praticada para o "bem"
que defendia. Dillon cita Voltaire dizendo: "Mentir é um vício quando faz o mal. É uma
grande virtude quando faz o bem. Seja, portanto, mais virtuoso do que nunca. É neces-
sário mentir como o diabo, não timidamente e por um tempo, mas com ousadia e sem-
pre. "34 O Comandante Carr, em The Conspiracy, também mostra Voltaire justificando
todo tipo de falsidade, dizendo a seus companheiros iluminados: "Devemos fazer com
que [a população] receba promessas pródigas e usar frases extravagantes... O oposto do
que prometemos pode ser feito depois... isso não tem importância."35

Voltaire era um homem que desprezava todas as restrições morais tradicionais.


Diz Dillon, "Ele
vivia sem vergonha e até ostensivamente em adultério aberto. Ele ria de cada restri-
ção moral. Ele pregou a libertinagem e a praticou."36

Durante seu zênite, Voltaire foi o herói dos irreligionistas. De acordo com os his-
toriadores Durant, sob a influência de Voltaire e seus companheiros,
222
_______________________________________________________________CAPÍTULO 8

todo o tom da sociedade Francesa havia mudado. Quase todos os escritores da


França seguiram a linha e buscaram a aprovação dos ‘filósofos’; a ‘filosofia’ estava em
cem tendências e mil bocas; "uma palavra de louvor dos [Maçons] Voltaire, Diderot ou
d'Alembert foram mais valorizados do que o favor de um príncipe."

Os visitantes estrangeiros procuravam entrar em salões onde poderiam encon-


trar e animar filósofos famosos; retornando às suas próprias terras, eles espalharam as
novas idéias. O [Maçom] Hume, embora em muitos de seus pontos de vista tenha prece-
dido Voltaire, olhou para ele como mestre ... O [Maçom Benjamin] Franklin e outros se
juntaram na preparação de uma tradução e edição para o inglês das obras de Voltaire
em trinta e sete volumes (1762). Na América, os fundadores da nova república ficaram
profundamente comovidos pelos escritos dos ‘filósofos’. Quanto à Alemanha, ouça o
[Maçom] Goethe em suas observações ao irmão Eckermann em 1820 e 1831: "Você não
tem idéia da influência que Voltaire e seus grandes contemporâneos tiveram na minha
juventude e como eles governavam a [mente de] todo o mundo civilizado ... Parece-me
bastante extraordinário ver o que os Franceses tinham na literatura no século passado.
Eu fico surpreso quando apenas olho para isso. Era a metamorfose de uma literatura de
cem anos de idade, que vinha crescendo desde Luís XIV; e agora ficou com poder to-
tal."37

O próprio Voltaire, superando o pessimismo natural da velhice, soou uma nota


de vitória Maçônica em 1771, quando ele avaliou o sucesso de sua "filosofia":

Mentes bem constituídas são agora muito numerosas, estão à frente das na-
ções; eles influenciam as maneiras públicas; e, ano após ano, o fanatismo que se espa-
lhou na terra está retrocedendo em sua detestável usurpação ... Se a religião não mais
dá à luz guerras civis, é apenas à filosofia que estamos em dívida ... Uma usurpação
[pelo Cristianismo] odiosa e prejudicial, apoiada em fraudes de um lado e estupidez de
outro, está sendo minada a todo instante pela razão, que está estabelecendo seu reino.38

Voltaire equiparou "fanatismo" com Cristianismo e "filosofia" com a Maçonaria


Iluminada. Na Prússia, vinte anos antes, Voltaire havia escolhido o rei Templário, Frede-
rick II, o plano Maçônico de minar o Cristianismo pela "razão". Frederick II tinha sido
iniciado na Maçonaria em 1738. Em 1761, ele havia sido reconhecido como chefe do Rito
Escocês, sendo ele próprio do 32º grau. De 1750 a 1755, Voltaire havia sido convidado
do Monsenhor Dillon, de Frederick, para descrever o escopo dos objetivos de Voltaire e
trabalho durante essa visita:

Ele esboçou para eles todo o modo de procedimento contra a Igreja. Sua políti-
ca, como revelada pela correspondência de Frederick II e outros, foi para não iniciar uma
perseguição imediata, mas primeiro suprimir os Jesuítas e todas as Ordens religiosas e

223
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

secularizar seus bens; então, privar o Papa de autoridade temporal e a Igreja da proprie-
dade e do reconhecimento do estado. A educação primária e superior de caráter leigo e
infiel [sic] deveria ser estabelecida, assim como afirmado o princípio do divórcio e o res-
peito pelos eclesiásticos diminuído e destruído. Finalmente, quando todo o corpo da
Igreja estivesse suficientemente enfraquecido e a Infidelidade [sic] forte o suficiente, o
golpe final deveria ser dado pela abertamente pela espada, uma perseguição implacável.
Um reino de terror deveria se espalhar por toda a terra e continuar, enquanto houvesse
um Cristão obstinado o suficiente para estar aderido à Cristandade. Isto, é claro, deveria
ser seguido por uma Irmandade Universal, sem casamento, família, propriedade, Deus
ou lei ... 40

É claro que a Revolução Francesa colocou a Igreja sob a espada. Dr. Dillon,
escrevendo em 1885, trinta e dois anos antes da Revolução Russa, previa outro tumulto
que, no século XX, eclodiu novamente com toda a fúria contida nas sugestões de Voltai-
re.

Dillon ilustra o ódio intenso de Voltaire pela Igreja, citando os comentários blas-
femos do autor: "Termino todas as minhas cartas dizendo: Vamos esmagar o desgraça-
do, esmague o desgraçado!"41 Novamente, Dillon cita Voltaire escrevendo para Damila-
ville: "A religião Cristã é uma religião infame, uma hidra abominável que deve ser destru-
ída por cem mãos invisíveis. É necessário que os filósofos passem através das ruas para
destruí-la, à medida que os missionários percorrem a terra e o mar para propagá-la. Eles
devem ousar todas as coisas, arriscar todas as coisas, até serem queimadas, a fim de
destruí-la. Vamos esmagar a desgraçada! Esmague a desgraçada!"42

Homens depravados agitarão com ousadia o punho diante da face do Deus To-
do-Poderoso, quando estiverem cavalgando na crista da juventude, saúde e popularida-
de. Mas, quando confrontados com a morte, eles se escondem. Foi o que aconteceu com
Voltaire. No leito de morte, ele estava em extrema solidão e medo. Ele pensou nas in-
venções que sua mente corrupta havia arquitetado contra Jesus Cristo e Sua Igreja.
Quando ele estava morrendo, o horror encheu seus olhos, e ele gritou "Oh, Deus! Oh,
Cristo! Eu gostaria de ter prestado mais atenção às Suas palavras. Agora que estou
morrendo, eu sinta o fogo do inferno! Oh Deus! Oh, Cristo!"43

Na época de sua morte, cinquenta anos haviam se passado desde que Voltaire
ficara membro da Maçonaria Inglesa. Cinquenta e um dias antes de sua morte, ele in-
gressou na Maçonaria Francesa. No entanto, o Maçônico Grande Arquiteto do Universo
não estava lá para confortá-lo. Mergulhando de cabeça em uma eternidade sem Cristo,
Voltaire gritou suas últimas palavras na fúria do desespero e da agonia, "Fui abandonado
por Deus e pelo homem".44

224
_______________________________________________________________CAPÍTULO 8

Dillon cita o Dr. Fruchen, que testemunhou o terrível espetáculo da morte de


Voltaire: "Será que se todos os que foram seduzidos pelos escritos de Voltaire fossem
testemunhas de sua morte, suportariam [não se tornar um Cristão] diante de um espetá-
culo tão terrível?"45

Em contraste, a Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry relata apenas o fato da


morte de Voltaire e a tristeza que causou a outros Maçons:

Voltaire foi facilmente mal compreendido. Ele foi iniciado na Loja das Nove Ir-
mãs [uma loja iluminada] em Paris, em 7 de abril de 1778. Benjamin Franklin e outros
distinguidos na Maçonaria eram membros desta famosa Loja. Franklin, na época da
iniciação de Voltaire, era apenas um visitante, mas posteriormente tornou-se o Venerável
Mestre da Loja. A morte de Voltaire, em 30 de maio de 1778, deu origem a memorável
Lodge of Sorrow, realizada em 28 de novembro do mesmo ano.46

Uma triste nota na Cristandade é emitida pelo Dr. Dillon quando confirma que
os Protestantes ficaram felizes em ver os seguidores de Voltaire triunfarem sobre a Igreja
Católica. Como aviso aos Protestantes, este padre Católico escreveu aos "nossos sepa-
rados irmãos Cristãos [que] isto tem sido um ponto fundamental da política dos seguido-
res de [Voltaire], de tomar vantagem das infelizes diferenças entre os vários segmentos
dos Cristãos no mundo e na Igreja, para arruinar a ambos; para a destruição de toda
forma de Cristianismo, assim como do Catolicismo, era o objetivo de Voltaire, e certa-
mente permanece sendo o objetivo de seus discípulos."47

Olhando a vida de Voltaire e seu esforço incessante para destruir a Igreja Cató-
lica através da intriga Maçônica iluminada, os Jesuítas provavelmente não usariam a
Maçonaria para promover uma conspiração mundial papista. Em vez disso, a Maçonaria
enganosamente promove a ideia de que alguns Jesuítas e Papas foram Maçons.

Desinformação Maçônica: Divisão Cristã


A desinformação é a principal ferramenta usada pela Maçonaria para destruir
todo o Cristianismo. Foi usada nos dias de Weishaupt e ainda hoje é usada para atingir
quatro objetivos: (1) incentivar os Cristãos a se juntarem à Loja Maçônica; (2) colocar
Protestantes contra Católicos; (3) destruir a credibilidade de qualquer publicação anti-
Maçônica; e (4) desacreditar o clero aos olhos da população. Vamos examinar alguns
exemplos nesta ordem.

225
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Cristãos na Maçonaria
A Maçonaria inventou histórias de que alguns Papas se juntaram à Ordem Ma-
çônica. Embora os Papas tenham condenado a Maçonaria quase sem interrupção e, até
recentemente, proibiam os Católicos de se unirem à Ordem, os Maçons usavam essa
mentira para seduzir os Católicos a se tornarem membros. Por exemplo, a história que
circulou por volta de 1884 do Papa Pius IX (1846-1878) parece cumprir o plano Maçônico
de espalhar mentiras com o propósito expresso de atrair os Católicos a reconsiderar as
"virtudes" da Maçonaria. Os Maçons do continente europeu acreditavam que, ao colocar
a suposta iniciação de um papa na América, suas mentiras poderiam escapar da investi-
gação. O Reverendo Cardeal Caro y Rodriguez, Arcebispo de Santiago, Chile, conta a
história:

A afirmação de que houve Papas Maçons tem sido uma das invenções mais
desprezíveis que ocorreram na Maçonaria para enganar e iludir Católicos ignorantes e
simples .... Eles declararam positivamente que Pius IX tinha sido recebidos em uma certa
loja Maçônica na Filadélfia, citaram seus discursos e declararam que vários de seus
autógrafos foram mantidos nessa loja .... A alegação foi investigada e verificou-se que
nessa cidade não há a Loja Maçonica citada .... Os próprios Maçons testemunharam que
tal assunto era apenas uma invenção. A calúnia assim refutada foi revivida de tempos
em tempos e, na última versão, foi tomado o cuidado de não especificar a loja ou a cida-
de. Para tornar a calúnia mais crível, eles adulteraram a fotografia de um Maçom com
insígnias, de modo a substituir sua cabeça pela do Papa, cortada de seu retrato.

Protestantes contra Católicos


Uma década depois, em 1894, para agitar os Protestantes, a desinformação
Maçônica foi dirigida mais uma vez contra a Igreja Católica nos Estados Unidos. A orga-
nização usada para espalhar a desinformação foi a American Protective Association
(APA), fundada em 13 de março de 1887, em Clinton, Iowa, por Henry Francis Bowers,
um Maçom entusiasta do 32º grau. Bowers insistiu que a América fora fundada pelos
Maçons contra os desejos de Roma. Ele considerou a APA uma prole da Maçonaria,
"protegendo as instituições republicanas que os Maçons haviam estabelecido". Em 1894,
a Century Magazine expôs Bowers como uma fraude. Paul Fisher, em Behind The Lodge
Door, descreve a origem e a propagação da calúnia:

A Century Magazine contou como a APA circulou uma encíclica falsa do Papa
Leão XIII, que pretendia afirmar que os Estados Unidos lhe pertenciam e que os cida-
dãos Americanos são absolvidos do juramento de lealdade ao seu país.

226
_______________________________________________________________CAPÍTULO 8

O documento falso também dizia que o Papa deveria tomar "posse forçada" dos
Estados Unidos, e "será dever dos fiéis exterminar todos os hereges encontrados dentro
da jurisdição dos Estados Unidos." [Ênfase no original.]

Esse documento e declarações falsas semelhantes relacionadas à Igreja, inclu-


indo uma variedade de supostos "juramentos de líderes papais e extratos ilegais de
escritos Católicos", foram "usados como literatura de campanha em todo o país, em
todos os tipos de publicações, e ... sua genuinidade foi declarada e defendida editorial-
mente nos órgãos da ordem [Maçônica]".

Além disso, houve relatos de remessas de armas sendo enviadas para reitorias
de todo o país, enquanto os Católicos se preparavam para a guerra nos porões de suas
igrejas. No entanto, nem um único exemplo dessas imaginações selvagens, apresenta-
das como fatos, já foram corroboradas.50

Embora há muito que se prove ser uma fabricação da Maçonaria, essa propa-
ganda anti-Católica durou meio século. Aqueles em idade de votar durante a campanha
presidencial de John F. Kennedy podem se lembrar do sentimento anti-Católico generali-
zado. Até hoje, boa parte da Cristandade Protestante ataca os Católicos.

Outra seita Maçônica que espalha a desinformação para dividir ainda mais os
Protestantes e Católicos é a Ku Klux Klan reorganizada, fundada em 1915 pelo Maçom
do Arco Real, Coronel William Simmons.51 Simmons era um admirador ardente da Ku
Klux Klan, após os dias da Guerra Civil (1866-1869). Mais uma vez, de acordo com Paul
Fisher, o ponto de vista da Klan reorganizada era surpreendentemente semelhante à
filosofia da APA de períodos anteriores.52 Ele observa, por exemplo, que "a maioria dos
principais líderes da Klan eram Maçons." Fisher, então, documenta sua reivindicação,
nomeando-os nas próximas duas páginas.53 Em 1924 - 1.125.000 Maçons eram mem-
bros do KKK. Um dos mais proeminentes homens da Klan foi o Maçom do 33º grau, o
Juiz Hugo Black, da Suprema Corte.54

Devido a tantos Maçons do Sul serem homens da Klan, o fanatismo Maçônico


foi transferido para a mesma. Naqueles dias, a exigência de ingressar na Jurisdição Sul
da Maçonaria era que você deveria ter nascido livre (o que excluía os negros), ter nasci-
do branco (que excluia negros), seja Protestante (que excluia católicos) e ter 21 anos de
idade.
Como a Maçonaria, a Klan não apenas odiava os negros, mas também os Ca-
tólicos. Portanto, para incitar os Protestantes contra os Católicos, um membro Maçônico
da Klan escreveu e publicou o chamado juramento feito por membros do 4º grau dos
Cavaleiros Católicos de Columbus. O juramento falso afirmava que "o Papa ... tem poder
para depor reis heréticos, príncipes, Estados, Comunidades e Governos, e eles podem

227
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

ser destruidos em segurança .... "O juramento afirmava ainda que os Cavaleiros também
"travariam guerra secretamente, usando copo com veneno, cordão de estrangulamento,
punhal ou bala de chumbo ...."Se se provar que o Cavaleiro foi falso em seu juramento, o
juramento diz que concorda em "ter as mãos e pés cortados, a garganta cortada de
orelha a orelha, a barriga aberta e colocado enxofre dentro para queimar .... "55

Embora uma investigação de três meses do New York World tenha provado a
falsidade de tal juramento (ver a Edição de 6 de setembro de 1921),56 essa desinforma-
ção Maçônica cumpriu o que tinha estabelecido para alcançar. Os Protestantes dos
Estados Unidos, que já possuíam um viés anti-Católico nos primeiros assentamentos
coloniais, haviam sido agitados pela Maçonaria para oporem-se ao Catolicismo em todos
os níveis. Isso se estendeu até a candidatura à presidência de 1960 de John F. Kennedy.
Seu assassinato, como aprenderemos no volume III de Scarlet and The Beast, foi traça-
do pelos Maçons.

Após a década de 1960, a Maçonaria cessou sua guerra contra os Católicos e


se voltou contra Protestantes fundamentalistas e evangélicos. O que aconteceu para
causar essa mudança? – o Concílio Vaticano II, que permitiu que os católicos ingressas-
sem na Maçonaria. Então, e só então, a Irmandade cessou sua guerra contra a Igreja
Romana, transformando, em vez disso, seus esforços em direção ao Cristianismo Pro-
testante evangélico e fundamentalista.

Coincidência? De modo nenhum. A estratégia foi calculada, pois esse plano es-
teve nos escritos Maçônicos por mais de um século. A Maçonaria Italiana escreveu há
mais de 150 anos: "Nosso objetivo final é o de Voltaire e o da Revolução Francesa, a
completa aniquilação do Catolicismo e, finalmente, de (todo) Cristianismo ".

Publicações Anti-Maçônicas
A Maçonaria também usa desinformação contra si mesma. Por que razão? Pa-
ra criar relatórios externos sensacionais que mais tarde podem se provar errados. O
motivo é criar dúvida na mente da população sobre qualquer coisa negativa dita na im-
prensa sobre a Maçonaria. O falecido jornalista britânico Stephen Knight descobriu isso
na década de 1980, enquanto pesquisava para seu livro, The Brotherhood:

[O] investigador deve enfrentar o problema do sigilo organizado e da "desinfor-


mação". Esta última pode ser grosseira e facilmente detectada, a exemplo das informa-
ções que me foram passadas secretamente por um Maçom de alto escalão posando
como um informante, o qual disse que, em determinado grau, o candidato era obrigado a
defecar em um crucifixo. Esse tipo absurdo de tática é voltada para o crédulo anti-Maçom
228
_______________________________________________________________CAPÍTULO 8

que está à procura de escândalos e sensacionalismo, suscetível a acreditar em qualquer


coisa que lance uma luz desfavorável na Irmandade. Esses escritores existem e, em
certo número, com os quais tive contato para preparar o livro. Essas são as pessoas que
repetem o que lhes é dito, sem verificação de fatos e fontes, e que ignoram todas as
evidências que são contrárias a seu próprio argumento. E são eles que se apaixonam
pelo tipo de tática da desinformação que vários Maçons tentaram aplicar em mim.57

Desacreditando o Clero
Finalmente, a desinformação mais eficaz visa desacreditar o clero aos olhos da
população. A Maçonaria Italiana do Grande Oriente explicou a tática no início dos anos
1800:

Pouco se pode fazer com velhos Cardeais e com prelados de caráter decidido.
Esses incorrigíveis devem ser deixados para a escola de Gonsalve e, em nossas revistas
de popularidade e impopularidade, precisamos encontrar os meios para utilizar ou ridicu-
larizar o poder em suas mãos. Um relatório bem inventado deve ser espalhado habilmen-
te entre os boas famílias Cristãs: como um Cardeal, por exemplo, é um avarento; tal
prelado é licencioso; tal oficial é um pensador livre, um infiel, um Maçom e asssim por
diante, da mesma estirpe. Essas coisas se espalharão rapidamente para os cafés, daí
para as praças, e um relatório às vezes é suficiente para arruinar um homem.

Os jornais estrangeiros tomarão conhecimento e copiarão esses fatos, assim


como saberão embelezá-los e colorí-los de acordo com seu estilo usual.

Pelo devido respeito ao show da verdade, melhor ainda será a divulgação de


algum tolo respeitável como tendo citado o número da revista que deu os nomes, atos e
ações desses personagens. Como na Inglaterra e na França, também na Itália não falta-
rão escritores que sabem muito bem contar mentiras pela boa causa e que não têm
qualquer dificuldade em fazê-lo. Um jornal publicando nomes de um Monsenhor Delega-
do, Sua Excelência, Eminência ou Lorde da Justiça fornecerão provas suficientes para as
pessoas; elas não precisarão de outro veículo de comunicação.58

Se espalhar mentiras sobre a moralidade de Cristãos notáveis era prática Ma-


çônica 150 anos atrás, é lamentável que hoje os chamados Cristãos, incluindo Evangelis-
tas televisivos, muitas vezes criam seus próprios escândalos.

Em referência a um dos evangelistas, o autor solicitou a um investigador parti-


cular que descobrisse se a Maçonaria estava envolvida. O investigador é um Maçom do
Rito de York Rite e um Shriner na equipe de segurança desse infeliz evangelista de
229
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

renome mundial. O autor cumprimentou este investigador várias vezes com um aperto de
mão Maçônico e recebeu informações Maçônicas em troca. O investigador disse que
quando ele pessoalmente submeteu a mulher envolvida ao polígrafo, ela falhou. O inves-
tigador acredita que ela foi plantada. Ele disse: "O que as notícias relataram e o que
realmente aconteceu são pólos distintos. "Sobre a questão do envolvimento da Maçona-
ria, ele não quis dizer.

Uma história mais recente, amplamente divulgada, é que Billy Graham é um


Maçom do 33º grau.59 Por mais absurdo que isso possa parecer, devemos considerar as
circunstâncias em torno desta acusação para determinar se o boato é desinformação
Maçônica. A acusação foi feita pelo Rev. Jim Shaw. Shaw, dando seu testemunho Cris-
tão em fita cassete, afirma que Billy Graham estava presente na cerimônia de sua inicia-
ção ao 33º grau.60 Se for verdade, Graham é de fato um Maçom do 33º grau, uma vez
que, pela lei Maçônica, nenhuma pessoa profana (significando não Maçom), nem qual-
quer Maçom abaixo da classificação dos iniciados, podem estar presentes durante as
cerimônias de iniciação.

Shaw oferece os nomes de mais alguns que estavam presentes na referida ce-
rimônia, entre eles J. Edgar Hoover, Príncipe Bernhardt da Holanda e o presidente dos
Estados Unidos (que provavelmente era Gerald Ford). Shaw é um homem honrado, um
homem que não mentiria, um homem que diria exatamente o que ele pensou ter visto.

Se considerarmos o que aconteceu com Jim Shaw duas semanas antes dele
ser iniciado no grau 33, a aparição de Billy Graham em sua iniciação poder muito bem ter
sido um disfarce - destinado ao efeito. Shaw diz que foi levado ao conhecimento da
salvação em Jesus Cristo apenas duas semanas antes de sua iniciação. Mas, desde que
vinha há 19 anos trabalhando para alcançar esta posição de prestígio, ele sentiu que
deveria continuar com sua iniciação. Antes, porém, a comunidade Maçônica havia sabido
que Shaw se tornara um Cristão. Na sua iniciação, o Conselho Supremo perguntou se o
boato era verdadeiro. Shaw afirmou que sim e passou a testemunhar Jesus Cristo aos
principais homens do mundo. Então, "Billy Graham" entrou na sala.

Se considerarmos que há cem anos, a fim de enganar os Católicos e induzí-los


a se unirem à Maçonaria, uma imagem da cabeça do Papa foi sobreposta ao retrato de
um Maçom vestido com suas roupas Maçônicas - e que, há duzentos anos atrás, Charles
Radcliffe, o Grão-Mestre do Priorado de Sião, se disfarçou do príncipe Charles Edward
Stuart durante uma iniciação Maçônica, para fazer o iniciado acreditar que o Rei Preten-
dente presidia sua iniciação, podemos entender rapidamente por que a Maçonaria disfar-
çaria um Maçom para se parecer com Billy Graham, a fim de enganar Jim Shaw. Ao
fazer isso, eles esperavam que Shaw ficasse na Maçonaria.

230
_______________________________________________________________CAPÍTULO 8

Iniciações Maçônicas são realizadas em salas mal iluminadas. Considere a


avançado tecnologia da arte da maquiagem hoje, os espelhos enganosos usados pelos
mágicos, e personificadores e impressionistas que podem parecer e falar idênticos às
reais celebridades ou pessoas importantes. Com todas essas possibilidades, o Rev.
Shaw poderia muito bem ter visto e ouvido um imitador de "Billy Graham". Não devemos
nos surpreender com esse golpe arquitetado pela Maçonaria. Ele foi projetado para
causar tumulto na comunidade Cristã. Cem anos atrás, a Maçonaria do Grande Oriente
da Itália planejou tal programa para a destruição da Igreja.

A Meia-Verdade
Outro exemplo de desinformação é a meia-verdade Maçônica. Recentemente, o
autor recebeu uma brochura Maçônica listando alguns dos Maçons proeminentes nos
Estados Unidos. O astronauta Jim Irwin estava na lista. Essa declaração intrigou o autor,
pois ele ouvira o testemunho Cristão de Irwin. Durante o verão de 1989, o autor teve o
privilégio de transportar Irwin de e para um aeroporto. Por três dias ele foi da escolta de
Irwin, conhecendo o quanto esse astronauta amava o Senhor Jesus Cristo. No caminho
de volta ao aeroporto, o autor perguntou a Irwin sua opinião sobre a Maçonaria. A con-
versa foi algo como isto:

Irwin: "Eu acho que é uma ferramenta enganosa de Satanás".


Autor: "Então você renunciou à Maçonaria?"
Irwin: "Como você sabe que eu fui Maçom?"

Quando o autor contou a Irwin sobre o folheto Maçônico, ele disse: "Eu não sa-
bia que eles ainda estavam usando meu nome. Eu renunciei à Maçonaria anos atrás."61

Weishaupt e Desinformação
A desinformação para dividir o Cristianismo não é uma política recente na Ma-
çonaria. Em 1776, foi a principal ferramenta empregada por Weishaupt em sua guerra
contra a Igreja. Aproveitando a animosidade preexistente entre Protestantes e Católicos,
e a recente supressão dos Jesuítas em 1773, Weishaupt foi capaz de colocar os Cristãos
um contra o outro. Ele usou os Jesuítas para escrever sentimentos liberais com o objeti-
vo de incitar os protestantes e alimentá-los a mentirem sobre os Jesuítas, no pressupos-
to de que os Protestantes acreditariam nele desde que já fora um Jesuíta.

231
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Em sua campanha de desinformação contra os Católicos, Weishaupt soube de


um tal de Leuchtsenring, um Protestante fanático de cabeça quente, que espiava Jesuí-
tas em todos os cantos. Durante a supressão dos Jesuítas, Weishaupt apresentou Leu-
chtsenring ao Maçom Christoph Friedrich Nikolai (1733-1811), um livreiro Alemão que se
deleitava em tornar o Cristianismo ainda mais baixo na opinião do povo, publicando
literatura anti-Cristã. Quando a união entre os dois homens foi feita, Weishaupt recuou e
viu Leuchtsenring enviar Nikolai por toda a Alemanha, no objetivo de caçar Jesuítas para
exposição em suas publicações. Quando Nikolai descobriu que os Jesuítas eram igual-
mente odiados pelos Illuminati, Weishaupt ganhou um dos mais zelosos e indiferentes
campeões.62

Antes de Nikolai se juntar aos Illuminati, ele era íntimo do Judeu Franquista,
Moses Mendelssohn, que viveu na casa de Nikolai de 1762 até o dia em que morreu.
Nikolai havia encorajado Mendelssohn a traduzir para o alemão a Republic de Platão.63
Os ideais republicanos foram então trazidos para os Illuminati. Weishaupt planejava
adotar essa forma de governo após a Revolução Francesa.

Mais tarde, Nikolai ajudou Weishaupt a projetar os símbolos ensinados no Ilu-


minismo inspirados na moda da Maçonaria Rosacruz. Nikolai então partiu para pregar
que os Illuminati eram uma Ordem Cristã e ele ganhou muitos Protestantes para suas
fileiras.64 Salem Kirban cita Weishaupt regozijando-se com seus sucessos em uma carta
para o Illuminatus Cato:

O mais admirável de tudo é que grandes teólogos Protestantes e reformados


[Luteranos e Calvinistas] que pertencem à nossa Ordem realmente acreditam que vêem
nela a mente verdadeira e genuína da religião Cristã. Oh cara, o que você não pode
trazer para ser crido?

Essas pessoas aumentam nossos números e enchem nosso tesouro; fique


ocupado e faça as pessoas morderem nossa isca ... mas não lhes contem nossos segre-
dos. Elas devem ser induzidas a acreditar que o mais baixo nível atingido é o mais alto.65

Weishaupt empregou duas lojas Maçônicas de oposição para ajudá-lo a vencer


o clero Protestante Illuminati convertidos. A primeira foi a Estrita Observância dos Ritos
Templários. A segunda era composta pelos Martinistas Rosacruzes de Sião. Nesta
Webster conta a história:

O primeiro corpo Maçônico com o qual os Illuminati formaram uma aliança foi o
Stricte Observance, à qual pertenciam os Illuminati Knigge e Bode. Cagliostro também
havia sido iniciado na Stricte Observance, perto de Frankfurt e agora era empregado
como agente da ordem combinada. De acordo com sua própria confissão, sua missão

232
_______________________________________________________________CAPÍTULO 8

"era trabalhar de modo a conduzir a Maçonaria na direção dos projetos de Weishaupt"; e


os fundos aos quais ele recorreu eram dos Illuminati. Cagliostro também estabeleceu um
vínculo com os Martinistas, cujas doutrinas, embora ridicularizadas por Weishaupt, foram
úteis ao seu plano para atrair, devido seu caráter místico, aqueles que haviam sido repe-
lidos pelo cinismo dos Illuminati. De acordo com Barruel, foram os Martinistas que - se-
guindo os passos dos Rosacruzes - sugeriram a Weishaupt o dispositivo de apresentar
Cristo como um "Illuminatus", o que levou a resultados tão triunfantes entre o clero Pro-
testante.66

O ódio dos teólogos Protestantes ao Catolicismo foi tão intenso que uma vez
enganados pelas mentiras dos Illuminati, foram enganados para sempre.

A ressaca de Satanás é visível quando ele manipula os eventos para completar


o desígnio perverso que implantou na mente de homens degenerados. Antes da Revolu-
ção Francesa, Weishaupt foi a principal ferramenta de Satanás para destruir a Igreja e o
poder Jesuíta. As decisões vacilantes dos Papas, uma suprimindo os Jesuítas, outra
reintegrando-os, por mais irracionais que possam nos parecer, foram manobras brilhan-
tes de Satanás. Deu à Maçonaria iluminada a oportunidade de penetrar no Vaticano.
Também, permitiu a entrada Maçônica na educação secular, pois todas as Academias
Jesuítas tinham sido suprimidas. Além disso, as posições políticas dos Jesuítas como
"Confessores do Rei" (conselheiros da realeza) foram substituídas após 1773 pelos
Maçons iluminados. Eles permanecem nessas posições governamentais em todas as
nações livres até hoje.

233
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234
Capítulo 9

EDUCAÇÃO SECULAR: UM PROJETO MAÇÔNICO

Por meio das atividades de nossas organizações estaduais e através da New


Age Magazine, nosso mural de serviços e Departamento de Notícias, estamos estimu-
lando o interesse público e fornecendo muito material valioso para palestrantes e escrito-
res e, portanto, pode razoavelmente reivindicar muito crédito pelo crescente interesse em
favor da educação obrigatória por parte do Estado.

Supreme Council of Scottish Rite Freemasonry, Charleston, S.C.,


24 de setembro de 1924

Secularismo x Religião
Após a supressão dos Jesuítas em 1773, a Maçonaria do Grande Oriente subs-
tituiu as Academias Jesuítas na Alemanha por escolas chamadas Philanthropine, ou
academias de educação geral, muito semelhante às nossas escolas primárias e secun-
dárias de hoje. As Philanthropine foram as primeiras escolas do Judaísmo reformista.
Seu fundador era o Maçom do Grande Oriente Sigmund Geisenheimer, secretário do
banco de Meyer Rothschild, em Frankfurt. Segundo o rabino Marvin Antelman, a Casa de
Rothschild financiou essas escolas.1

Embora as Philanthropine fossem privadas (na época, não existiam escolas fi-
nanciadas pelo Estado na Europa), elas foram autorizadas pelos governantes Maçônicos
iluminados para funcionarem nos Principados alemães. As escolas não ofereciam ne-
nhuma instrução religiosa - Deus e a oração foram intencionalmente deixados de fora. O
professor John Robison documenta que, quando os graduados se tornaram profissionais,
a moral declinou rapidamente em escala nacional.2

Enquanto isso, na França, foram aprovadas leis proibindo as escolas da Igreja.


"Laicismo" ou a secularização das escolas era a nova ordem do dia. Com escolas públi-
cas veio uma nova geração de professores chamada de "ateus"3.

Mons. Dr. George Dillon diz que a decisão de secularizar escolas públicas veio
das lojas Maçônicas francesas, uma das quais era uma loja chamada Rose of Perfect

235
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Silence. Em uma de suas reuniões, ele relata, foi perguntado: "Deveria ser suprimida a
educação religiosa?"

A resposta era previsível: "Sem dúvida, o diretor da autoridade sobrenatural,


que é fé em Deus, tira do homem sua dignidade; é inútil para a disciplina de crianças; e
também há nela o perigo do abandono de toda moralidade .... O respeito, especialmente
devido à criança, proíbe-lhe o ensino de doutrinas, que perturbam sua razão".4

Essa supressão da religião parece familiar? Em 1885, Mons. Dillon já vira as


consequências da secularização da educação na sociedade e ele, com razão, perguntou:
"Como podemos nos surpreender se as universidades do continente se tornaram o foco
do vício, da revolução e do Ateísmo?" 5

O que a Maçonaria iniciou antes e durante a Revolução Francesa se espalhou


em todo o mundo via Lojas Maçônicas. A secularização de nossas instituições educacio-
nais, hoje, com a eliminação da Bíblia e da oração nas escolas, é o resultado de dois
séculos de educação secularizada e a criação de críticas bíblicas modernas, que come-
çou nas lojas Maçônicas do Grande Oriente no continente europeu. De acordo com o
Rabino Ortodoxo Antelman, na vanguarda desse criticismo Bíblico estavam o Grande
Oriente, os Judeus Franquistas em suas escolas Philanthropine.

O Bund e o Anti-Semitismo
Como vimos, o objetivo da educação secular era destruir tanto o Cristianismo
quanto o Judaísmo. Depois de 1848, Karl Marx, um Maçom do Grande Oriente de 32º
grau, 6 realizou o trabalho subversivo da Reforma Frankista. Marx era profundamente
anti-religioso e, de fato, ele foi contra todas as religiões. Ele é famoso por ter dito: "A
religião é o ópio do povo.”7 Em 1844, ele observou: "O críticismo à religião é o começo
de todo criticismo."8 "Foi Karl Marx", comenta Antelman", que nasceu Judeu e cuja famí-
lia se converteu ao Cristianismo quando ele tinha seis anos, que escreveu um livro, A
World Without Jews. Karl Marx ajudou a promover o anti-Semitismo? "9

Segundo Antelman, Marx, o chamado pai do Comunismo, "foi pago por seus
serviços pela Liga dos Justos, a qual era conhecida em seu país de origem, Alemanha,
como a Bund per Gerechten."10 Antelman afirma que a Liga dos Justos é uma extensão
dos Illuminati. Os membros da Liga foram todos Maçons iluminados do Grande Oriente.
Na verdade, aqueles que ingressaram na Liga eram os remanescentes do velho Clube
Jacobino que fugiram para a Alemanha após o Reinado do Terror que acabou com a
Revolução Francesa. A Liga dos Justos, ou "Bund", abrevia ele, "tornou-se posteriormen-
te conhecido como Partido Comunista Internacional."11
236
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

"Pode ser difícil conceber como um Judeu ou Católico professo tentaria destruir
sua própria religião", escreve o rabino Antelman." No entanto, deve-se considerar que o
círculo interno do Bund consistia de intelectuais extraordinariamente talentosos que eram
membros de uma religião específica apenas por nascimento, e indivíduos super-ricos
cujos limites e ambições de poder os haviam tornado inescrupulosos."12

Um desses reformadores era Abraham Geiger (1810-1874), um rabino que ha-


via se juntado ao Bund per Gerechten, que operava dentro das iluminadas Lojas Maçôni-
cas do Grande Oriente.13 O rabino Antelman credita ao Bund "a concepção dos planos
finais para a secularização e destruição do Judaísmo... Abraham Geiger", ele relata, "foi
o homem que o Bund escolheu para ser sua personalidade principal para implementar o
Movimento da Reforma .... Devido em grande parte a Geiger, o Movimento de Reforma
tornou-se em 1850 o cisma Judeu dominante na Alemanha."14

O Judaísmo reformista começou a abrir escolas Judaicas nas quais os profes-


sores poderiam implantar as sementes da destruição contra sua própria religião. "Eles
conceberam a idéia de desenvolver sua própria rede de seminários rabínicos para orde-
nar seus próprios rabinos fraudulentos", diz o rabino Antelman.15 Antelman confirma
ainda que o Bund na Maçonaria do Grande "planejara construir um seminário em nome
de Geiger que educaria e treinaria mais rabinos falsos para o movimento da Reforma."16
Estes mesmos homens também lançaram as bases para as escolas seculares patrocina-
das pelo governo.17

Depois de 1870, quando a Reforma Judaica anti-Semita estava em sua glória, o


Rabino Antelman observa que os Judeus religiosos não reformados ficaram conhecidos
como Ortodoxia: "O ortodoxo deveria ser usado como um termo depreciativo fanático, da
mesma maneira que um fanático branco empregaria o termo negro. Isso estava na me-
lhor tradição de Marx e seus patrocinadores do Bund. Deve-se notar que Marx usou o
termo negro para realmente degradar todos os Judeus quando ele publicou outro de
seus ataques anti-Semitas, intitulado The Jewish Nigger."18

Em sua condenação final a Karl Marx, Antelman observa: "A perspectiva anti-
Semita de Marx tinha uma relação com ... Líderes do movimento conservador ou da
reforma, [cujo] profundo ódio pela Torá, verdadeiro Judaísmo, Talmude e rabinos... mani-
festa-se, infelizmente, até os dias de hoje entre grandes segmentos da liderança de
movimentos Conservadores e da Reforma em toda a Diáspora."19

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Frederick Engels, Fundador do "Marxismo"


A vida de Karl Marx serve como outro exemplo de como os Gentios anti-
Semitas da Maçonaria usam e abusam dos Judeus para enfrentar suas revoluções. Toda
atividade de Marx era controlada por um Maçom gentio, Frederick Engels (1820-1895).
Engels, um improvável sujeito a se envolver na chamada "revolução do proletariado",
nasceu de um rico proprietário de fábrica têxtil Gentia na Renânia da Alemanha. Em uma
idade jovem, Engels juntou-se ao Jovem Alemanha, estabelecido na Suíça em 1835 a
mando do Maçom Giuseppe Mazzini, um revolucionário italiano, e do Maçom Henry
Palmerston, na época ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha. A Suíça se
tornou o campo de treinamento do Grande Oriente para o jovem Engels.20 Mais tarde, ele
se juntou ao Scottish Rite, trabalhando até o 32º grau.

Engels adorava jornalismo, tendo estudado antes de se formar no Ginásio El-


berfeld em 1837. Anton Chaitkin, autor Judeu de Treason in America, observa que o
primeiro grande jornalismo de Engels, Letters from Wuppertal, apareceu no início de
1839 na publicação do Alemanha Jovem, de Hamburgo, Telegraph fur Deutschland.
Nesse ataque sarcástico à sua cidade natal, Engels culpou a pobreza, a doença, o anal-
fabetismo, a superstição, a embriaguez e a feiúra em geral, não no baixo nível industrial
e desenvolvimento científico, mas no próprio "trabalho de fábrica". Ele também pediu
pelo ateísmo como um meio de libertar a consciência popular.

Engels passou um ano no serviço militar da Prússia, mergulhando simultanea-


mente a si próprio no movimento Jovem Hegeliano. Em 1842, ele conheceu o democrata
radical Karl Marx, que estava editando o Rheinische Zeitung e procurando novas doutri-
nas fora da órbita de Hegel e do Alemanha Jovem.21

Em 1842, Engels atingiu a maioridade e foi enviado à Inglaterra por seu pai, a
fim de ser treinado para ocupar a posição de gerente geral da fábrica têxtil de Manches-
ter da família. Em 1843 ele publicou na Alemanha seu primeiro trabalho sobre economia,
Outlines of a Critique of Political Economy. Neste artigo, Engels atacou o Cristianismo,
"como opressores".22

Engels não se tornou famoso até 1844, quando o Deutsche Franzosische Jar-
bucher imprimiu sua homenagem a Thomas Carlyle, o ensaísta e historiador Escocês.
Citando o Past and Present de Carlyle sobre a solução definitiva para a opressão do
homem, Engels escreveu que o trabalho libertaria os homens: "Quem és tu que reclama
de tua vida de labuta? Não reclame."23

Sua revisão de Carlyle não foi o que ganhou a fama de Engels - foi a influência
dos Maçons comunistas que o lêem. Lord Palmerston tornou-se o promotor Maçônico de
238
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

Engels, e viu que a fama de Engels se espalhou por toda a Alemanha através do Jarbu-
cher controlado pela Maçonaria, o jornal co-editado por Karl Marx e pelo agente de Pal-
merston, Arnold Ruge.24 Engels deveria desenvolver uma doutrina para o movimento
comunista. A mídia maçônica iria promovê-la.

Na opinião de Engels, os artigos que ele escreveu sobre economia eram muito
superiores que sua revisão de Carlyle. Ele se ressentiu do fato de sua reputação ter sido
feita sobre o que considerava um trabalho inferior. Ele escreveu a Marx: "É ridículo que
meu artigo sobre Carlyle fez-me conquistar uma fama incrível com a 'massa'."25

Obviamente, Engels não sabia naquele momento a quem ou a que devia sua
fama. A Maçonaria o estava promovendo pela maior causa comunista. A Irmandade
Continental sabia que apenas alguns radicais liam os artigos de Engels sobre economia
divulgados no Alemanha Jovem. Para criar um nome para Engels, era necessária uma
base mais ampla de leitores. Carlyle já era famoso. Engels ficaria famoso através do
trabalho de Carlyle. Anton Chaitkin explica:

Agora era dever de Frederick Engels "traduzir" o ponto de vista de Carlyle, ves-
tindo o feudalismo com roupas Hegelianas para a edificação dos revolucionários Ale-
mães. Assim, armado e equipado com uma reputação, ele agora retornava ao continente
por um tempo, encontrando Marx em Paris e se fixando em seu [sic] como um instrumen-
to útil para a propagação de uma nova doutrina. Marx, o jovem revolucionário vindo do
exílio na Alemanha, ficou impressionado com a erudição econômica da ‘Crítica de En-
gels’. Então, quando Engels publicou ‘The Condition of the Working Class’ na Inglaterra,
em 1844, Marx foi totalmente conquistado com o que deveria ser chamado de "Engel-
sismo".26

Engels, não Marx, foi o pai do Marxismo. A Maçonaria Templária Gentia não
pretendia que os seus, especialmente os ricos, fossem vistos como promotores do co-
munismo. Os Maçons do Grande Oriente de esquerda não estavam desenvolvendo um
sistema para ganho pessoal, mas sim para o futuro governo global dos Templários. Para
se proteger da exposição, Karl Marx "o Judeu" era um camarada adequado para susten-
tar a filosofia comunista de Engels. Na época, por insistência de Engels e sob sua tutela,
Karl Marx começou a publicar a filosofia comunista do mesmo. Se houvesse uma reação,
os Judeus seriam responsabilizados - não a Maçonaria Gentia.

Marx estava mais do que disposto a colocar seus companheiros Judeus em ris-
co, pois odiava sua herança. Segundo o Rabino Antelman, duas das obras anti-Semitas
de Marx eram A World Without Jews e The Jewish Nigger.27 Quando Marx produziu esse
artigo para o New York Tribune do Maçom Iluminista Horace Greeley, Antelman cita Marx
dizendo: "Assim, encontramos todo tirano apoiado por um Judeu." Em 1856, quando ele

239
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

escreveu para Greeley sobre o suposto controle bancário Judeu, Marx observou: "Assim
fazem com que esses empréstimos sejam uma maldição para o povo, uma ruína para o
governo tornando-se uma bênção para a casa de Judá. Essa organização Judaica de
credores é tão perigosa para o povo quanto a organização aristocrática dos proprietários
de terras ".28

Marx nunca teve um emprego regular. Quando ele enviou artigos para o New
York Tribune, na realidade escritos por Engels, ele recebeu uma ou duas libras por cada
um. Marx recebeu centavos por outra série de reescritas de Engels submetidas a David
Urguhart, funcionário do Ministério das Relações Exteriores treinado por Maçons.29

Percebendo no carente Marx um mártir em potencial para a causa comunista,


Engels o trouxe para a Inglaterra, onde sua subserviência foi reforçada ainda mais por
um escravo existencial. A Maçonaria do Grande Oriente de esquerda planejava explorar
esse Judeu, usando Marx como porta-voz para culpar o sistema Maçonico Britânico do
capitalismo pelo triste estado de coisas dos pobres.

Para muitos, pode ser uma surpresa saber que Engels não odiava o capitalis-
mo. Afinal, ele era um produto disso. O que ele detestava era a oligarquia Maçônica
Britânica. Desde a sua criação, a Maçonaria Francesa de esquerda estava empenhada
em destruir a Maçonaria Inglesa de direita. Como o capitalismo era sinônimo de Irman-
dade Britânica, era preciso destruir o capitalismo para destruir a oligarquia Maçônica. O
Comunismo seria a ferramenta dessa destruição.

Marx era apenas um Judeu de uma longa fila de Judeus que seria explorado
para ajudar a realizar esta tarefa. Ele foi intencionalmente mantido pobre. Além de míse-
ros centavos por alguns artigos que ele próprio não escreveu, a única outra fonte de
renda de Marx veio em forma de "contribuições" filantrópicas de Engels, que somaram
uma quantia de 70 libras esterlinas por ano, com um ano baixo de 10 libras. Em compa-
ração, Engels recebia um salário anual de sua empresa familiar de 4.000 libras esterli-
nas. Se Engels gostasse tanto de Marx, certamente pagaria o suficiente para que sobre-
vivesse com dignidade, pois sua família estava morrendo de fome. Dois de seus filhos
morreram de desnutrição e outro cometeu suicídio.

A obra mais famosa atribuída a Karl Marx é o Communist Manifesto. Suposta-


mente escrito em 1848, foi na verdade uma reescrita de uma peça anterior de Engels,
intitulado Confessions of a Communist. Do relacionamento de Marx e Engels, Chaitkin
escreve: "Esse era o padrão. O Cotton Prince [Engels] escreveria um rascunho, ou sim-
plesmente faria uma sugestão para o tema apropriado de uma obra e a repassava a
Marx para coloca-la em 'boa forma revolucionária".30

240
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

O esquema dos Templários estava funcionando. Karl Marx, o Judeu, seria


chamado "Pai do Comunismo", não o gentio Engels e, definitivamente, não a Maçonaria
do Grande Oriente. Os chamados "males" do capitalismo seriam o ‘bode expiatório’ do
comunismo. Os Judeus seriam responsabilizados se a conspiração comunista fosse
exposta. Em 1848, a França experimentou a primeira Revolução Comunista do mundo.

O Legado Educacional de Karl Marx


Como vimos, de 1842 a 1848, a verdadeira voz por trás de Marx era Frederick
Engels. Engels, assim como Marx, procurou excluir a religião da vida pública e da educa-
ção: "Todos os órgãos religiosos, sem exceção, devem ser tratados pelo Estado como
associações particulares. Eles não devem receber apoio de fundos públicos ou exercer
qualquer influência sobre a educação pública".31

Depois de criar tanta confusão na Alemanha, Karl Marx foi forçado a sair, en-
contrando refúgio na França, onde suas doutrinas foram introduzidas nas lojas do Gran-
de Oriente lá. Enquanto Engels estava na Inglaterra gerenciando a expansão dos negó-
cios têxteis de seu pai, Marx viajou entre Paris e Londres para visitá-lo, residindo final-
mente em Londres até sua morte em 1883.

Marx, porém, deixou sua marca na França. Em 1º de maio de 1865, o 89º ani-
versário da fundação dos Illuminati, uma publicação Maçônica francesa, Monde Macon-
nique, proclamou que "Um imenso campo está aberto à nossa atividade. Ignorância e
superstição [palavras da moda para o Cristianismo] pesam sobre o mundo. Vamos pro-
curar criar escolas, cadeiras de professores, bibliotecas."32

Apenas cinco anos depois, em 1870, a Convenção Maçônica Francesa chegou


à seguinte decisão unânime: "A Maçonaria da França se associa às forças em ação no
país para tornar a educação gratuita, obrigatória e laica". 33 E, durante um festival Maçô-
nico Belga, um certo irmão Boulard exclamou em um discurso: "Quando ministros anun-
ciarem ao país que pretendem regular a educação das pessoas, vou chorar em alta voz,
para mim um Maçom, somente para mim a questão da educação deve ser deixada; para
mim o ensino; para mim o exame; para mim a solução".34

Marx também deixou sua marca na Inglaterra. Dr. Dillon confirma que durante a
administração do Primeiro-Ministro Britânico Henry Palmerston, um Maçom do 33º grau,
foi feita uma tentativa na década de 1860 de introduzir o secularismo "no ensino superior
na Irlanda, pelo Queen's Colleges e no ensino fundamental por certos atos do Conselho
Nacional de Educação."35 Ambos foram derrotados pelo corpo predominantemente Cató-
lico.
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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A introdução do secularismo no ensino superior teve, no entanto, sucesso na


Inglaterra. O Dr. Dillon escreveu em 1885: "Lá, aos poucos, os conselhos escolares, com
assistência quase ilimitada dos impostos tem sido legalizadas e, então, mais habilmente
incentivadas. As escolas da Igreja têm sido sistematicamente desencorajadas e têm
chegado, agora, ao ponto de perigo. Isto foi dirigido, primeiro, pela Maçonaria de Pal-
merston nos lugares mais altos, e em segundo lugar pela Maçonaria da Inglaterra, ge-
ralmente .... "36

O legado de Marx estendeu-se à Itália. Durante um congresso Maçônico reali-


zado em Milão em 1881, a seguinte resolução foi adotada: "A supressão de toda instru-
ção religiosa nas escolas: A criação de escolas para meninas, onde as alunas podem ser
protegidas de qualquer tipo de influência clerical."37

Depois que Benito Mussolini assumiu o poder na Itália em 1922, e proibiu a


Maçonaria em 1923, ele devolveu alguns direitos ao Vaticano. E, em 1924, houve um
reavivamento na França das relações com o Vaticano. Alarmada, a Grande Loja France-
sa escreveu: "se essa renovação, como tememos, ocorrer, começará um movimento de
regressão contra as leis de laicização que nos deram tantos problemas para passar pela
Câmara .... É na defesa da escola e do espírito do laicismo que iremos encontrar o pro-
grama que pode e deve unir todo o partido Republicano."38

Em 1928, o Sexto Congresso Mundial da Internacional Comunista ecoou o cre-


do anti-religioso de Marx e Engels ao dizer: "Uma das tarefas mais importantes da revo-
lução cultural que afeta as grandes massas é de, sistematicamente, combater com firme-
za a religião - o ópio [ópio] do povo. O governo do proletariado deve retirar todo o apoio
estatal da igreja, que é a agência da antiga classe dominante; deve impedir toda interfe-
rência da igreja nos assuntos educacionais organizados pelo estado e suprimir impiedo-
samente a atividade contra-revolucionária das organizações eclesiásticas."39

Escolas Públicas Maçônicas na América


A Maçonaria Americana esteve envolvida na educação secular gratuita desde o
início da nossa república. A Mackey’s Encyclopedia of Freemasory de fornece uma histó-
ria completa do envolvimento Maçônico na criação do sistema americano de educação
pública.

Em "Freemasonry and Public Schools", Mackey relata toda a atividade educaci-


onal Maçonica durante o século XIX, incluindo a fundação de faculdades e fraternidades
Maçônicas. Em 1809, no Estado de Nova York, "o irmão Dewitt Clinton fundou a Socie-
dade Escola Livre de Nova York, que mais tarde se tornou a Sociedade de Escola Públi-
242
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

ca de Nova York.... Ele foi Presidente do Conselho de Administração e muito ativo até
sua morte em 1828." Clinton também foi membro do ramo Americano dos Illuminati. Ele
serviu como Grão Mestre da Loja de Nova York, de 1806 a 1820, e foi por oito anos
Governador do Estado de Nova York.

Mackey conta como o financiamento estatal das escolas evoluiu: "A Escola Li-
vre foi inicialmente apoiada por doações voluntárias, mas quando a legislatura começou
a reconhecer o valor do trabalho realizado, foram concedidas somas de dinheiro. No final
de 1817, a Escola Livre foi formalmente criada sob a supervisão do Estado e o apoio da
Fraternidade Maçônica não era mais necessário".41

Em meados da década de 1850, a Maçonaria iniciou um esforço para controlar


os professores das escolas, mediante o estabelecimento de uma associação profissional
para os mesmos. O Rito Escocês foi a principal força por trás da fundação da National
Education Association (NEA) em 1857, que hoje é um poderoso sindicato profissional e
lobby político.42

Após a Primeira Guerra Mundial, a Maçonaria Americana começou a pressionar


o governo Federal para que as escolas públicas fossem financiadas pelo mesmo. Ma-
ckey’s Encyclopedia of Freemasonry esboça a história: "O Supremo Conselho da Jurisdi-
ção Sul dos Estados Unidos da América, O Rito Escocês Antigo e Aceito em 1920, decla-
rou-se abertamente a favor da criação de um Departamento de Educação com um Se-
cretário no Gabinete do Presidente ...." Mackey nos informa ainda que o Rito Escocês foi
responsável pela "aprovação da que era então conhecida como Lei Educacional Smith-
Tower, incorporando o princípio de Auxílio Federal às Escolas Públicas, a fim de prover
recursos para a equalização de oportunidades educacionais para as crianças da nação.
Os Irmãos declararam sua crença no comparecimento obrigatório de todas as crianças
às Escolas Públicas... "43

Neste artigo, Mackey lembra à Irmandade que, quando o ensino obrigatório se


torna uma realidade, os Maçons devem incentivar os pais a tornar as escolas tão eficien-
tes "que sua superioridade sobre todas as outras escolas [significando escolas da Igreja]
seja tão óbvia, que todo pai terá que enviar seus filhos a elas ... "44

Na década de 1920, o Maçom Earl Warren, 33º grau, era Grão-Mestre da


Grande Loja da Califórnia, e ainda não havia recebido sua nomeação como Chefe de
Justiça da Suprema Corte. Em sua mensagem anual de 1936 aos Irmãos da Califórnia,
ele disse que a educação de nossa juventude... pode ser feita da melhor maneira possí-
vel, de fato, somente por um sistema de educação pública gratuito. É por esse motivo
que a Grande Loja da Califórnia, sempre se esforçando para substituir a escuridão pela
luz, é tão vitalmente interessada nas escolas públicas do nosso estado ....

243
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Destruindo o preconceito [Cristianismo] e plantando a razão em seu lugar, pre-


para a fundação de um povo amante da liberdade para um governo livre ...

A Guerra Maçônica Contra Igreja, Pais e Filhos


O jornalista investigativo Paul Fisher resumiu os objetivos da Maçonaria na
América, na criação e promoção de um sistema de educação pública obrigatória: "(1)
destruição de toda influência social da Igreja e da religião em geral, seja por meio da
perseguição ou pela chamada separação entre Igreja e Estado; (2) Laicizar ou seculari-
zar toda a vida pública e privada e, acima de tudo, a educação popular; e (3) para, siste-
maticamente, desenvolver liberdade de pensamento e consciência em crianças na idade
escolar, e protegê-los, tanto quanto possível, contra todas as influências perturbadoras
da Igreja, e até de seus próprios pais - por compulsão, se necessário."46

Segundo Fisher, esse plano foi lançado em grande escala quando, 24 de se-
tembro de 1924, o Conselho Supremo do Rito Escocês se reuniu em Charleston, S.C. A
revista mensal New Age publicou a "Alocução" do Grande Comandante na Edição de
outubro daquele ano: "Por meio das atividades de nossas organizações estatais, a revis-
ta New Age, nosso clipe de serviço e departamento de notícias, estamos estimulando o
interesse público e fornecendo muito material valioso para palestrantes e escritores e,
portanto, pode razoavelmente reivindicar muito crédito pelo crescente interesse em favor
da educação obrigatória por parte do Estado."47

A mesma publicação do Rito Escocês, em abril de 1934, "defendia a escola pú-


blica como a ‘única agência’ capaz de fundir vários povos, línguas e costumes; e onde se
observa que a Maçonaria foi pioneira na defesa de um Departamento Federal de Educa-
ção."48

Quando a Segunda Guerra Mundial começou, havia um interesse renovado nos


campus das escolas públicas, com oração e estudo da Bíblia. Em Illinois, o "tempo de
liberação" foi concedido por uma lei estadual. Um Maçom lutou contra esta lei até a Su-
prema Corte, onde McCollum vs. Conselho de Educação foi ouvido. O Conselho Supre-
mo do Rito Escocês começou a trabalhar em nome de McCollum. Vinte e quatro artigos
que se opunham ao tempo de liberação da educação religiosa apareceu na revista Scot-
tish Rite New Age entre fevereiro de 1941 e janeiro de 1948. Os Maçons de todo o país
começaram a atacar o conceito do movimento para o tempo de liberação. Justice Black,
um Maçom do 33º grau, falou pela maioria da Suprema Corte e, em 1963, a lei do Estado
de Illinois foi derrubada.49

244
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

Em 1944, a Maçonaria perdeu uma grande batalha educacional quando a Lei


do Reajuste dos Militares, mais conhecida como "Declaração de Direitos do G.I.", foi
aprovada. Paul Fisher diz: "A nova lei forneceu uma ampla gama de benefícios para os
veteranos que retornavam, incluindo educação virtualmente gratuita na escola escolhida
pelo veterano - mesmo em seminários religiosos. Foi um golpe devastador para os esfor-
ços da Maçonaria de negar assistência governamental a instituições 'sectárias'."50 Fisher
empresta quatro páginas de documentação para a luta da Maçonaria contra o Projeto de
Lei.

Ao perder esta batalha, a Maçonaria retaliou. Fisher observa que "Logo depois,
em 9 e 10 de janeiro de 1945, uma legislação patrocinada pela National Education Asso-
ciation (NEA) - uma organização que está historica e intimamente ligada à Maçonaria do
Rito Escocês - foi introduzido na Câmara e no Senado. Fornecia fundos substanciais
para a educação pública, mas não previa assistência a escolas não públicas".51 Fisher
fornece outros documentos mostrando que o Conselho Supremo do Rito Escocês finan-
ciou a propaganda para aprovação deste projeto.

A Maçonaria tinha seus agentes em todo lugar. Neste momento, o Secretário


Executivo da Associação Nacional de Educação de quase vinte anos (desde 1935) era o
Maçom do 33º grau, Willard E. Givens. Sua missão era consolidar o controle da educa-
ção através da NEA. Em Freemasonry, Antichrist Upon Us, publicado em 1957 por uma
organização chamada Fragmentos da Verdade do Elon College, Carolina do Norte, le-
mos:

Quando o programa de Educação para uma Nova América estava firmemente


estabelecido nas escolas públicas e o controle da NEA na educação um fato indiscutível,
o Maçom do 33º grau, Willard E. Givens renunciou ao cargo de Secretário Executivo da
NEA para assumir o Programa Educacional do prestigiado Conselho Supremo do 33º
grau do Rito Escocês da Maçonaria.52

A Maçonaria montou outro ataque. As táticas de controle da mente necessárias


para ensinar o ateísmo e o globalismo, necessários para inaugurar com sucesso o futuro
governo mundial sem Deus, não podia ser ensinado em escolas rurais onde os currículos
eram controlado pelos pais. A consolidação foi a próxima ordem de ataque do Rito Esco-
cês contra a influência dos pais. A Maçonaria enviou o ex-presidente da Universidade de
Harvard James B. Conant (Maçom do 33º grau, membro da Comissão das Políticas
Educacionais da NEA e membro do Conselho de Relações Exteriores) em uma turnê de
palestras. Fragmentos da Verdade conta a história:

Quando o enorme programa de construção de escolas estava sendo lançado


no início dos anos 50, o Dr. James B. Conant foi contratado para visitar o país em nome

245
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

da consolidação escolar. Um resumo das recomendações do Dr. Conant foi publicado


em forma de livreto e enviado pelo Conselho Supremo do Rito Escocês aos principais
líderes em 35 estados do sul e oeste.53

Com a propaganda Maçônica precedendo as palestras do Dr. Conant, ele rece-


beu audiências onde quer que falasse. Em todas as reuniões, o público era salpicado de
Maçons daquela jurisdição em particular - Maçons aguardando ordens de seu Grande
Mestre. Após a turnê de Conant, cada uma das 35 jurisdições da Grande Loja ordenou a
seus constituintes Maçonicos que em todas as esferas da vida falassem positivamente a
respeito da consolidação, no trabalho, nas igrejas e nos bares. Como resultado, os pais
de todos os lugares foram às urnas e votaram para renunciar ao seu controle. A consoli-
dação de 259.000 distritos escolares em apenas 1.600 tornou-se uma realidade.54

Após a consolidação, os pais não eram mais íntimos dos professores. Confor-
me planejado, ambos ficaram alienados pelo corpo maior, o NEA. Gradualmente, mas
com certeza, a NEA controlada pelos Maçons se tornou adversária em relação aos pais.
Embora o PTA tenha sido formado para preencher essa lacuna, empalidece em força ao
revolucionário sindicato dos professores da Maçonaria.

Na edição de março de 1959 da revista New Age do Rito Escocês, a Maçonaria lou-
vou os esforços dos Maçons responsáveis por este golpe de estado educacional:

Cada Maçom se torna um professor de "filosofia Maçônica para a comunidade"


e o Ofício é "o missionário da nova ordem - uma ordem Liberal ... na qual os Maçons se
tornam sumos sacerdotes".

[Nós proclamamos] que essa "filosofia Maçônica" que trouxe uma "Nova Or-
dem" [tem] trazido uma realidade pelo "estabelecimento do sistema escolar público,
financiado pelo Estado, com a finalidade combinada da educação técnica e sociológica
da massa da humanidade, começando cedo, na infância".55

Como os pais não estavam mais no controle das escolas e do currículo, a NEA,
criada e consolidada pelos Maçons, passou a trabalhar na mente de nossos filhos. A ex-
presidente da NEA, Katherine Barrett articulou o novo papel revolucionário dos professo-
res: "o professor será o transportador de valores, um filósofo. Os professores não serão
mais vítimas de mudança [significando o controle pelos pais]; seremos agentes de mu-
dança".56
Na mesma década da consolidação, a Maçonaria começou a selecionar os ma-
nuais que deveriam ser usados no novo sistema de escolas públicas.

246
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

A edição de fevereiro de 1959 da revista New Age anunciou uma "Evolução da


Educação Americana" aos Maçons em todo o país e "determinou que os membros da
Fraternidade disseminassem materiais Maçônicos nas escolas públicas." Eles foram
instruídos a "levar esse papel a sério".57 E de fato eles o fizeram. Fisher dá alguns
exemplos de sua diligência:

Em 1959 ... Franklin W. Patterson, Maçom do 33º grau, secretário da Loja do


Rito Escocês em Baker, Oregon, conseguiu persuadir o diretor da escola colegial a usar
textos Maçônicos nas escolas públicas locais. Além disso, os organismos do Rito Esco-
cês de Alexandria, Virgínia, "colocaram a revista ‘New Age’ em todos as bibliotecas esco-
lares dentro de sua jurisdição".

Em 1964, o Grande Comandante Luther A. Smith relatou que os folhetos Maçô-


nicos foram "distribuídos por conjuntos para todas as salas de todas as escolas" no
condado de Charlotte, no sistema de ensino público da Carolina do Norte. O superinten-
dente de Escolas dessa jurisdição fez com que fosse "exigida a leitura" da propaganda
Maçônica.

Em 1965, o Major-General Herman Nickerson, Maçom do 33º grau, Comandan-


te dos Fuzileiros Navais dos EUA em Camp Lejune, N.C., foi elogiado pelo Supremo
Conselho por introduzir os livros do mesmo sobre "americanismo" nas escolas sob seu
comando atendidas por filhos do pessoal do Corpo de Fuzileiros Navais.58

A Maçonaria implementou três das quatro etapas necessárias antes que nossas
escolas pudessem ser consideradas como ateistas. Eles (1) pregou a consolidação; (2)
tirou dos pais o controle sobre a educação dos filhos, colocando-o nas mãos de sua
serva militante, a NEA; e (3) colocou seus próprios livros nas escolas. O quarto e último
golpe Maçônico contra o Cristianismo ensinado na sala de aula, diz Fisher, foi a decisão
da Suprema Corte de 1962/1963, que proíbe a leitura da Bíblia e as orações nas escolas
públicas.59 Seis dos nove Juízes da Suprema Corte eram Maçons.

Cinco anos depois, o Maçom do 33º grau Leonard A. Wenz se gabou do suces-
so da Maçonaria em um artigo, "Masonry And The Bible", escrito para a revista New Age,
de fevereiro de 1968. Segue um trecho:

A tônica do pensamento religioso Maçônico é o naturalismo, que vê toda a vida


e pensamento como sempre estando em desenvolvimento e evolução. ... A Bíblia não é
hoje o que antes foi. O maior criticismo da atualidade tem tornado obsoleta a idéia de
que a Bíblia é a única revelação da verdade sobrenatural.60

247
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Alguns pais Cristãos, reconhecendo a propaganda ateísta, ensinaram seus fi-


lhos, incentivaram suas igrejas fundamentalistas e evangélicas a iniciar escolas particula-
res. Alarmado que a educação Cristã possa perseverar e até florescer, o Maçom do 33º
grau Dr. James B. Conant declarou:

Eu acredito ... há alguma razão para temer que um sistema duplo de educação
em alguns estados, pelo menos, pode vir a ameaçar a unidade democrática fornecida por
nossas escolas públicas.

Refiro-me ao desejo de algumas pessoas de aumentar o escopo e o número de


escolas particulares....

A meu ver, nossas escolas servem para todos os credos. Quanto maior a par-
cela de nossos jovens que freqüenta escolas independentes, maior a ameaça à nossa
unidade democrática.61

Conant está claramente definindo a educação ateísta da agenda Maçônica con-


tra a educação inspirada e formada pelo Cristianismo e sua doutrina. Ele, obviamente,
teme que os Cristãos ("algumas pessoas") encontrarão escolas "independentes" suficien-
tes para constituir uma "ameaça" aos desígnios Maçônicos, tanto religiosos quanto políti-
cos.

Dr. Conant espalha ainda mais a desinformação Maçônica ao reivindicar que as


escolas públicas Americanas "servem todos os credos". Como pais e outros cidadãos
preocupados veem tão tristemente hoje, a Maçonaria baniu efetivamente o credo dos
Cristãos da escola pública. A Loja Maçônica tem substituido o Cristianismo pelo evoluci-
onista e ateísta credo da Babilônia Misteriosa.

Maçons nas Igrejas


Assim como os Cristãos se tornaram mornos na velha França antes da desas-
trosa Revolução Francesa, o mesmo ocorre na América hoje. Nossas igrejas "Laodiceia-
nas" não são mais capazes de montar, muito menos sustentar, uma luta pela justiça.
Uma pesquisa publicada em agosto de 1988 pela Associação de Missões da América do
Norte acusa a Igreja. A pesquisa revelou que a maioria dos Cristãos pouco se importa
com as necessidades da Igreja. "As pessoas estão colocando um valor mais alto em
seus estilos de vida do que em sua igreja."62

Essa atitude de egoísmo e indiferença à obra de Deus através da igreja floresce


porque nossas igrejas foram infiltradas por Maçons materialistas. Tom C. McKenney, co-
248
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

autor de The Deadly Deception, revela uma estatística chocante. Em julho de 1989, o
autor assistiu a uma palestra em que McKenney nomeou as duas maiores denominações
protestantes nos Estados Unidos e disse: "Através de nossas melhores estimativas, 90
por cento de uma e 70 por cento de outra têm pastores que são membros da Loja Maçô-
nica."63

A infiltração Maçônica em nossas igrejas começou na virada do século XX.


Myron Fagan, em The Illuminati, conta como essa conquista foi efetivamente realizada.

Segundo Fagan, no final do século XIX, a Maçonaria do Grande Oriente delibe-


radamente enviou Jacob Schiff (filho de um Rabino Reformista nascido em Frankfurt,
Alemanha) para os Estados Unidos, a fim de realizar quatro tarefas específicas. A primei-
ra foi adquirir o controle do sistema monetário da América. Isso foi realizado com a fun-
dação do Sistema de Reserva Federal. A segundo era encontrar homens desejáveis que,
por um preço, de bom grado serviriam de marionetes para a grande conspiração. Uma
vez encontrados, eles seriam promovidos a cargos federais no Congresso, na Suprema
Corte dos EUA e em todos as agências Federais. A agência criada para preparar esses
homens é o Conselho de Relações Exteriores (CFR). A terceira foi criar conflitos entre
grupos minoritários em todo a nação, particularmente entre brancos e negros. A Associa-
ção Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP) foi fundada para esse fim. A
quarta era criar um movimento para destruir a religião nos Estados Unidos, tendo o Cris-
tianismo como o alvo principal. Isso se tornou tarefa do Conselho Nacional de Igrejas
(NCC).64

A formação de Jacob Schiffs convinha de forma ideal para sua missão na Amé-
rica. Como Rabino, Antelman observa: "Foi Jacob Schiff e sua família que desempenha-
ram um papel proeminente em desenvolver os movimentos Judaicos apóstatas Conser-
vadores e Reformadores e quem os ajudaram nos estágios críticos de desenvolvimento,
ao colocar em ação o plano mestre demoníaco [sic] para minar todas as religiões do
mundo. Fragmentação, divisão e táticas de conquista estavam na ordem do dia."65

Segundo Myron Fagan, Schiff foi ajudado em suas três primeiras tarefas por vá-
rios Maçons do Grande Oriente anti-Semitas e anti-Cristãos. Fagan detalha como o
dinheiro e poder Maçônicos apoiaram Jacob Schiff e estabeleceram para a Casa Alemã
de Warburg, um sistema bancário na América, com J. P. Morgan e John D. Rockefeller
como homens de frente. O Dr. Carroll Quigley, em Tragedy And Hope, concorda com
Fagan.66 Assim como o Rabino Antelman.67

249
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Conselho Nacional de Igrejas


Jacob Schiff não teve tempo suficiente para realizar a destruição da igreja na
América, sua quarta e última designação. Próximo da morte, ele selecionou Rockefeller
para financiar e direcionar uma instituição para esse fim. Fagan conta como jovens ho-
mens foram selecionados para o ministério e depois ensinados a diluir a mensagem
Cristã:

A destruição do Cristianismo poderia ser realizada apenas por aqueles que são
encarregados de preservá-lo, pelos pastores, pelos clérigos. Como titular, John D.
Rockefeller escolheu um jovem ministro Cristão chamado pelo nome de Dr. Harry F.
Ward. Na época, ele estava ensinando religião no Seminário Teológico Union. Então, em
1907, Rockfeller o financiou para estabelecer a Fundação Metodista do Serviço Social, e
o trabalho de Ward era ensinar jovens brilhantes a se tornarem os chamados ministros
de Cristo, assim como colocá-los como pastores de igrejas. Ao ensiná-los a se tornarem
ministros, o Reverendo Ward também os ensinou como, muito sutil e habilmente, pregar
às congregações que toda a história de Cristo é um mito, lançar dúvidas sobre a divinda-
de de Cristo, lançar dúvidas sobre a Virgem Maria. Em resumo, lançar dúvidas sobre o
Cristianismo como um todo. Não era para ser um ataque direto, mas muito por insinua-
ção astuta que deveria ser aplicada, em especial, aos jovens nas Escolas Dominicais.

Então, em 1908, a Fundação Metodista do Serviço Social mudou seu nome pa-
ra Conselho Federal de Igrejas. Em 1950, o Conselho Federal de Igrejas estava se tor-
nando muito suspeito como sendo uma frente Comunista. Então, eles mudaram o nome
para Conselho Nacional de Igrejas. A partir disso, foi criado o Conselho Mundial de Igre-
jas.68

A atividade Comunista dessa frente Maçônica não cessou com a alteração de


seus muitos nomes. A publicação Reader's Digest, de janeiro de 1983, documenta que
tanto o Conselho Nacional de Igrejas quanto o Conselho Mundial de Igrejas financiaram
comunistas e terroristas. O título do artigo de seis páginas faz a pergunta: "Você sabe
para onde vão as ofertas de sua igreja?" Sem nomear a Maçonaria, o artigo mostra como
os Cristãos bem intecionados foram enganados para financiar a revolução anti-Cristã da
Maçonaria:

Durante um período de dois anos, US$ 442.000 em dinheiro, apenas dos fiéis
Metodistas, foi enviado a várias organizações políticas, entre elas ... "grupos de apoio à
Organização de Libertação da Palestina, governos de Cuba e Vietnã, movimentos totali-
tários pró-Soviéticos da América Latina, Ásia e África, e vários grupos marginais propen-
sos à violência nos Estados Unidos ".69

250
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

Em 1980, os freqüentadores de igrejas, respondendo a apelos à fome, levanta-


ram mais de US$ 650.000. O projeto de captação de recursos normalmente mostrava
uma fotografia de crianças carentes. Mas, uma parcela significativa do dinheiro foi desti-
nada a ativistas políticos.70

Em 1983, de acordo com o artigo da Reader's Digest: "O NCC consiste em 32


denominações Protestantes e Ortodoxas, representando 40 milhões de Cristãos (Batistas
e Católicos são as maiores igrejas que não pertencem ao NCC). A Igreja Metodista, com
nove milhões de membros, é a maior denominação do NCC e sua principal colaboradora.
Após os Metodistas, com sua contribuição de 1980 de quase US$ 8 milhões, vêm os
Presbiterianos Unidos com quase US$ 3 milhões, seguidos pela Igreja Unida de Cristo,
com quase US$ 2 milhões, e os Discípulos de Cristo e a Igreja Episcopal, cada uma das
quais contribui com mais de US$ 1 milhão."71

O Serviço Mundial da Igreja (CWS), um braço do Conselho Nacional de Igrejas,


se envolve em advocacia política e contribui com fundos de frequentadores da igreja
para programas destinados a objetivos estratégicos dos governos com os quais os líde-
res da CWS simpatizam. Por exemplo, a CWS contribuiu com quase meio milhão de
dólares para os campos de concentração do Vietnã de "indesejáveis políticos". Em 1973,
numa época em que os Jesuítas Maçônicos da América do Sul começaram com sua
"Teologia da Libertação", a CWS, da mesma forma, embarcou em uma nova direção,
comprometendo fundos à "libertação e justiça".72 Se os pastores membros questionas-
sem para onde esses fundos estavam indo, eles eram "punidos, e alguns realmente
forçados a sair da igreja".73

Como era de se esperar, o artigo relata que o presidente do NCC, de 1979 a


1981, embarcou em uma série de visitas descritas por ele como "prisioneiros políticos"
dos EUA. "A organização que o ajudou a selecionar quais prisioneiros iria visitar, foi
listada pela CIA como uma organização internacional de fachada Soviética. A Reader's
Digest aponta que muitos executivos da NCC acreditam que uma sociedade justa só é
possível sob o comunismo. No entanto, a maioria dos grandes ultrajes comunistas contra
os direitos humanos de nosso tempo nunca foi condenado pelo conselho de administra-
ção da NCC.

Por outro lado, o conselho diretor do NCC censurou El Salvador, Turquia, Nica-
rágua (sob Somoza), Chile, Coréia do Sul e Guatemala, cujas violações não podem ser
comparadas com os países comunistas que o conselho de administração da NCC igno-
rou. Pior ainda, o NCC identificou vários dos países comunistas com os piores registros
de direitos humanos como modelos para os Cristãos. Cuba, por exemplo, foi considerada
pelo NCC como uma nação "que cremos pode informar aos cristãos de todo o mundo
sobre uma nova intensidade e profundidade de compreensão sobre o significado da fé".75

251
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O NCC afirma que Cuba permite total liberdade de culto. No entanto, de acordo
com o artigo da Reader's Digest, nenhuma menção foi feita que "as crianças Cubanas
são doutrinadas no ateísmo nas escolas, e que ninguém que professa crença em Deus
possa ser membro do Partido Comunista ou avançar em sua carreira".

Deus: Andrógino / Castrado


O Conselho Nacional de Igrejas não apenas financiou revoluções Comunistas
com as ofertas dos fiéis, como também reescreveu a Bíblia para conformá-la com a
Prostituta da religião do deus macho/fêmea da Babilônia. O primeiro passo é neutralizar
Deus. James Kilpatrick, em seu artigo de 23 de outubro de 1983, na Universal Press
Syndicate, "Scriptures Change in Overhaul Job", escreveu que "O Conselho Nacional de
Igrejas estava disposto a fazer sexo das Escrituras". Ele acrescentou que o NCC está
reescrevendo certas passagens das Escrituras do Antigo e Novo Testamentos, a fim de
eliminar referências a gênero ou, como alternativa, espalhar o gênero. Assim, Jesus não
seria mais identificado como o "filho" de Deus, mas sim como "criança" de Deus. Nesta
versão igualitária, é "Deus o Pai (e Mãe)."

As igrejas membros não demoraram muito a seguir o Conselho Nacional de


Igrejas. A maior colaboradora da NCC, como observado acima, é a Igreja Metodista
Unida. A Associated Press informou em 10 de dezembro de 1983 que o corpo governan-
te da Igreja Metodista Unida em Nashville, Tennessee, "havia aprovado diretrizes sobre e
linguagem teológica que sugere que menos substantivos e pronomes masculinos sejam
usados para se referir a Jesus. "Em 1986, a blasfêmia tornou-se ainda maior quando em
Denver, Colorado, a Região das Montanhas Rochosas da Igreja Metodista Unida "adotou
uma nova política que proíbe a candidatos ao ministério de se referirem a Deus como
exclusivamente masculino na documentação da igreja e em entrevistas. A política permi-
te que o Jesus 'histórico' seja chamado ‘Ele’, mas proíbe qualquer referência exclusiva-
mente masculina a um Jesus divino ou messiânico. A política também exige que frases
como Luz Divina [termo Maçônico] sejam usadas no lugar de Pai, Rei ou Senhor. Os
candidatos podem se referir a Deus como Mãe e Pai, ou como Ele e Ela."77

"Na raiz do problema", diz o evangelista Metodista Edmund Robb, "está a secu-
larização da Igreja. O NCC substituiu a revolução pela religião."78

252
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

O Que Vem Depois?


Não satisfeitos com seu golpe na linha mestra das igrejas, os Maçons domina-
ram o Conselho Nacional das Igrejas, o qual agora está proibindo a instrução cristã de
nossos jovens nas creches administradas pelas igrejas. Um artigo no USA Today de 9 de
maio de 1989, intitulado "Edição da Igreja Ameaça Projeto de Assistência à Infância", nos
informa que o Conselho Nacional de Igrejas "apóia uma provisão ao projeto de lei que diz
que os pais que recebem subsídios federais podem enviar suas crianças para programas
em igrejas que evitam a instrução religiosa".

Desde o início, o plano da Maçonaria era sincretizar todas as religiões. Dr. John
Coleman, um oficial de inteligência Britânico aposentado, confirma que o Conselho Mun-
dial de Igrejas (CMI), que é uma extensão do Conselho Nacional de Igrejas, é dominado
pelos Maçons. De fato, o primeiro presidente do CMI, 1948-1954, foi o Maçom de 33º
grau G. Bromley Oxnam, um bispo Metodista. Coleman diz que, agora, o CMI pratica
bruxaria. Em Witchcraft in Politics, Coleman afirma que a 6a Assembléia Legislativa do
CMI se reuniu em Vancouver, B.C., de 24 de julho a 12 de agosto de 1983. Nela, foi
decidido doar fundos para o estudo do ocultismo.79

Uma vez que o ocultismo é estudado - o que vem depois? A seção "Religião"
da revista Time, de 22 de maio de 1989, apresenta as perspectivas terríveis. Dr. Richard
Mouw, do Califórnia Fuller Theological Seminary, é citado nesse artigo como dizendo que
as igrejas que são membros do NCC estão agora ensinando "magia, ocultismo e Nova
Era. Há um retorno a uma visão pré-moderna do mundo".

O ex-Maçom do 33º grau, Rev. Jim Shaw, expõe o vínculo entre a Maçonaria e
o Conselho Nacional de Igrejas. Rev. Shaw declarou em um sermão que os pastores no
Conselho Nacional de Igrejas e no Conselho Mundial de Igrejas estão promovendo a
Maçonaria. "Eu servi na Loja com eles", disse Shaw. "Eu tenho uma lista de muitos pas-
tores da NCC que estão trabalhando para o monstro Maçônico com toda a força que eles
têm. Eles não estão interessados no Senhor Jesus Cristo, embora eles pretendam es-
tar."80 Em outro sermão, Shaw acrescenta:" Um pregador no Conselho Nacional de Igre-
jas não o é até que seja um Maçom."81

Laicismo e a Igreja de Laodicéia:


A Razão pela Qual Não Há Reavivamento
A palavra "secularismo" é sinônimo de "laicismo", que vem da palavra "Laodi-
céia", a igreja "morna" de Apocalipse 3:14-22. A Maçonaria se trai como sendo a organi-
253
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

zação responsável pela era da igreja de Laodicéia. A igreja da era anterior, referida pelas
Escrituras como a igreja de Filadélfia, foi elogiada por Cristo por repelir os avanços Ma-
çônicos. Por exemplo, em Apocalipse 3:9, Cristo diz à Igreja da Filadélfia: "Eis que eu
farei aos da sinagoga de Satanás, aos que dizem ser Judeus e não o são, mas mentem;
eis que eu farei com que venham e adorem diante de teus pés e saibam que te amo."

A infiltração Maçônica na igreja de Filadélfia, que a transformou na igreja secu-


lar da era de Laodicéia, começou há mais de meio século e está registrada na edição de
janeiro de 1926 da revista Masonica New Age. Esta publicação do Rito Escocês exortou
todos os membros do Ofício a "fazerem parte da Igreja - para ajudar a vitalizá-la, torná-la
liberal, modernizá-la e torná-la agressiva e eficiente - fazer menos é traição ao seu país,
ao seu Criador e à obrigação que você prometeu obedecer."82

Esses infiltrados Maçônicos começaram a trabalhar em seus pastores, muitos


dos quais se uniram a Maçonaria. The Craft and the Clergy, escrito pelo Maçom do 33º
grau, Rev. Dr. Forrest Haggard, entrevista pastores Protestantes e Rabinos Judeus que
ingressaram na irmandade da Loja. Todos eles elogiam a religião Babilônica da Maçona-
ria. Além disso, é mencionado no livro de Haggard, o fato do Bispo James A. Armstrong,
da Igreja Metodista Unida, ex-presidente do Conselho Nacional de Igrejas, ser um Ma-
çom.83

As citações abaixo, tiradas do livro do Dr. Haggard, são de um Rabino e dois


Pastores Protestantes:

Religião e Maçonaria andam de mãos dadas. O mundo também não pode viver
sem ambas. Onde não há paz e fraternidade, o estudo da Bíblia diminui. Onde há discór-
dia, o espírito da Maçonaria não pode permanecer. Ambos buscam um papel onde todos
os homens reconhecerão a paternidade de Deus e a irmandade do homem. [Rabino E.J.
Block - Sinagoga da Irmandade de Nova York.]

Eu acredito que o senso de fraternidade universal na Maçonaria é uma comu-


nhão muito saudável e significativa para nossa época. Onde existe muita divisão e des-
confiança em nosso mundo, precisamos da mistura de homens de muitos credos e cren-
ças, e a Maçonaria fornece isso." [Roger L. Fredrickson – Primeira Igreja Batista, Sioux
Falls, SD.]

Estou em um poderoso exército de homens que se comprometeram a minimizar


a importância dos ensinamentos éticos e morais. [Frank M. Bush - Primeira Igreja Con-
gregacional, Salt Lake City, UT.]

254
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

Pastores Sem Fé
Que resultados degenerativos têm sessenta e seis anos de consciência e ativa
infiltração Maçônica trazido para nossas igrejas na América? As estatísticas assustado-
ras foram reunidas pela pesquisa de Jeffrey Hadden e publicadas na Pulpit Helps de
dezembro de 1987, que atinge milhares de ministros. Foram enviadas perguntas a cerca
de 10.000 Clérigos protestantes, sendo que 7.441 responderam. As perguntas, junta-
mente com as porcentagens nas respostas são as seguintes:

"Você aceita na ressurreição física de Jesus como um fato? 51% dos Metodis-
tas, 35 por cento dos Presbiterianos Unidos, 30 por cento dos Episcopais, 33 por cento
dos Batistas Americanos, 13% dos Luteranos Americanos e 7% do Sínodo do Missouri
disseram não.”

"Você acredita no nascimento virginal de Jesus? 60% dos Metodistas, 44% dos
Episcopais, 49% dos Presbiterianos, 34% dos Batistas, 19% dos Luteranos Americanos
e 5% dos Luteranos do Sínodo do Missouri disseram que não."

"Você acredita no poder demoníaco do mal no mundo hoje? 62% dos Metodis-
tas, 37% dos Episcopais, 47% dos Presbiterianos, 33% dos Batistas, 14 por cento dos
Luteranos Americanos e 9 por cento dos Luteranos do Sínodo do Missouri disseram que
não."

"Você acredita que as Escrituras são a Palavra de Deus inspirada e inerrante


em fé, história e assuntos seculares? 87% dos Metodistas, 95% dos Episcopais, 82%
dos Presbiterianos, 67% dos Batistas Americanos, 77 por cento dos Luteranos America-
nos e 24 por cento dos Luteranos do Sínodo do Missouri disseram que não."85
Muitos desses chamados pastores são Maçons, treinados para tornar o Cristia-
nismo liberal. Isto é o fruto da estratégia iniciada na virada do século 20, quando o Ma-
çom Jacob Schiff, como vimos, foi enviado para esse fim aos Estados Unidos pela Ma-
çonaria ateísta do Grande Oriente e apoiada em 1926 pela Jurisdição Sul da Maçonaria
do Rito Escocês.

Maçons na Minha Igreja?


A Maçonaria tem tido tanto sucesso através de seus substitutos, o Conselho
Nacional de Igrejas e o Conselho Mundial de Igrejas, na conversão de pastores para a
Maçonaria que nenhum Cristão ousa ignorar a possibilidade de que seu pastor possa ser
Maçom.

255
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Examine seu pastor. Se ele prega "a paternidade de Deus e a irmandade do


homem", ele está pregando doutrina Maçônica - não a doutrina de Cristo.

Examine os líderes leigos em sua igreja. Quando suas orações, ou as orações


do pastor, não terminam "em nome de Jesus", mas termina em algumas alternativas,
como "em Teu Nome", ou um abreviado "Amém", dê uma olhada neles. Eles podem ser
Maçons que não acreditam na Deidade de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Por
não orar em nome de Cristo, eles estão obedecendo a lei Maçônica. Os mais blasfemos
são aqueles que oram no nome de "O Grande Arquiteto do Universo!" Eles estão orando
ao nosso adversário, o Diabo!

Examine sua igreja. O seu pastor ou algum dos líderes leigos é Maçom? Você
não tem que sentar sob sua blasfêmia de Laodicéia. Eles empurraram Cristo para fora da
porta da igreja. Jesus está batendo na reentrada (Apocalipse 3:20). Participe de sua
reunião congregacional anual e, depois de votar para que os patifes estejam fora, vote no
retorno de Cristo. Antes de você votar por um novo pastor, certifique-se de investigar se
ele é afiliado a Maçonaria.

Examine sua denominação. Se houver uma luta entre líderes liberais e conser-
vadores na hierarquia, apenas conte os liberais causadores de problemas e veja quantos
deles são Maçons! Torne-se um delegado da sua convenção anual da igreja e vote para
colocar os patifes fora!

Finalmente, se a sua igreja é membro do Conselho Nacional de Igrejas, cujos


fundos são canalizados para o Conselho Mundial de Igrejas, diz Myron Fagan: "Suas
contribuições estão ajudando o plano da Maçonaria para destruir a religião e sua fé em
Deus e em Jesus Cristo. Assim, você está deliberadamente entregando seus filhos para
serem doutrinados, com a descrença em Deus e na igreja, o que pode facilmente trans-
formá-los em ateus. Descubra imediatamente se sua igreja é membro do Conselho Naci-
onal de Igrejas e, pelo amor de Deus e de seus filhos, se for o caso, saia dela de uma
vez."86

Julgamento de Cristo
Os mais abomináveis são os pastores que se tornam Maçons. O ex-Maçom do
33º grau, Rev. Jim Shaw, os chama de "sacerdotes de Baal". Cristo os condena ainda
mais fortemente. Quando Ele andou pela terra, o sacerdócio Judeu havia caído na mes-
ma armadilha mística. Jesus deu um aviso eterno a esses líderes apóstatas em Mateus
23:14b, 33: "por isso recebereis a maior condenação... Serpentes, geração de víboras,
como podeis escapar da condenação do inferno?”
256
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

No dia do julgamento, os chamados ministros da Palavra de Deus estarão dian-


te de nosso Senhor e Salvador. Eles deverão prestar contas ao Messias a respeito do
que tem negado. Jesus responderá ao clamor deles: "Eu nunca vos conheci; apartai-vos
de mim, vós trabalhadores da iniquidade."(Mateus 7:23).

A Maçonaria assumiu algumas das principais igrejas da América. E nosso tem-


po é o tempo da era da igreja morna de Laodicéia - o último período da igreja antes que
Cristo volte. Nós empurramos nosso Salvador para fora da porta (Apocalipse 3:20). Sem
Sua ajuda, não podemos nos defender contra o flagelo Maçônico. Conseqüentemente,
nós não apenas encontramos a educação secular controlada pela Maçonaria em nossos
sistemas de escolas públicas, como também nossas igrejas

Planejando a Destruição do Cristianismo


O plano para destruir a Igreja por esse meio foi elaborado há mais de 200 anos
atrás por Adam Weishaupt, que foi chamado de "O Diabo Humano". Se Weishaupt o
recebeu de Voltaire ou Frederick, o Grande, não se sabe. Nesta Webster sugere alguma
conexão quando observa que "As semelhanças entre a correspondência de Weishaupt e
a de Voltaire e de Frederick, o Grande, certamente são muito impressionantes."87

Você se lembra que, de 1750 a 1755, Voltaire foi um convidado na corte de


Frederick.88 Monsenhor Dillon escreveu sobre essa visita:

[Voltaire] esboçou para eles todo o modo de procedimento contra a Igreja. Sua
política, conforme revelada pela correspondência de Frederick II, e outros com ele, não
era iniciar uma perseguição imediata, mas primeiro suprimir os Jesuítas e todas as Or-
dens religiosas e secularizar seus bens; então, privar o Papa da autoridade temporal e a
Igreja da propriedade e do reconhecimento do estado. A educação primária e do colegial,
de caráter leigo e infiel [sic], deveria ser estabelecida, o princípio do divórcio afirmado e o
respeito pelos eclesiásticos diminuído e destruído. Por fim, quando todo o corpo da Igreja
estivesse suficientemente enfraquecido e a infidelidade [sic] forte o suficiente, o golpe
final deveria ser dado pela espada da perseguição aberta e implacável. Um reino de
terror deveria se espalhar por toda a terra, e continuar enquanto um Cristão pudesse ser
encontrado obstinado o suficiente para continuar aderido ao Cristianismo. Obviamente,
isso seria seguido por uma Irmandade Universal sem casamento, família, propriedade,
Deus, ou lei ....

Weishaupt assumiu a causa de Voltaire, fornecendo o veículo pelo qual o plano


seria levado para as gerações futuras. Quando Weishaupt penetrou na Maçonaria com o
iluminismo, a Loja assumiu a causa, citando Voltaire como patrono. Miller explica em
257
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Occult Theocrasy que, após a destruição de 1789-1793 da antiga França, e após o rei-
nado de Napoleão, o objetivo da Maçonaria do Grande Oriente era o mesmo do de Vol-
taire. Das atas da Loja Maçônica Italiana, Permanent Instructions, or Practical Code of
Rules: Guide for the Heads of the Highest Grades of Masonry, Miller cita: "Nosso objetivo
final é o de Voltaire e o da Revolução Francesa – a completa aniquilação do Catolicismo
e, finalmente, do Cristianismo ... Sob esta capa [da Maçonaria], podemos conspirar con-
forme nossa conveniência e chegar, pouco a pouco, ao nosso objetivo final".

A Loja Maçônica desde então tem se empenhado na destruição de nossas fa-


mílias, nossas igrejas, nossa nação, nosso mundo e nosso Deus. O objetivo final da
Maçonaria é um governo único humanista, sem Cristo e Sua Igreja. Obviamente, a Loja
Maçônica ainda está cumprindo o plano de Voltaire.

O Maçom Voltaire, nascido cinquenta e quatro anos antes de Weishaupt, lan-


çou as bases para a insurreição. Weishaupt avançou. Percebendo uma revolução emi-
nente na França, que há muito agitava os Maçons Franceses, Weishaupt viu e aprovei-
tou sua chance de impor as doutrinas dos Illuminati na Grande Loja Francesa existente.
Isso lhe deu uma plataforma a partir da qual pode operar. Percebendo que a Grande Loja
tinha que ser separada da obediência Maçônica Inglesa antes de iniciar e apoiar plena-
mente uma revolução contra a monarquia, Weishaupt usou os Maçons do Grande Orien-
te iluminado para subverter a Grande Loja.91

O autor e Maçom inglês do século XVIII John Robison, em Proofs of a Conspi-


racy (1798), cita uma carta de Weishaupt a seu irmão illuminatus Cato, em que afirma o
uso da Maçonaria para outro fim: "A grande força de nossa Ordem reside em sua oculta-
ção; que nunca apareça em qualquer lugar em seu próprio nome, mas sempre encoberta
por outro nome e outra ocupação. Nenhum é mais adequado que os três graus mais
baixos da Maçonaria Livre; o público está acostumado com eles, espera pouco deles e,
portanto, não presta atenção."

Tendo alcançado esse objetivo, o próximo passo de Weishaupt foi duplo: (1)
através da revolução, ganhar a liberdade para os sujeitos do que ele considerava reis
despóticos e Igreja; e (2) após a revolução, inaugurar um governo ostensivamente ateís-
ta sob o disfarce de democracia. O Comandante Guy Carr em The Conspiracy, escreve
que "Weishaupt nunca pretendeu que qualquer pessoa, exceto Maçons especialmente
selecionados, de Graus Superiores, deveriam aprender 'O Segredo Total' de Lúcifer.
Somente aqueles conhecidos por terem desertados completamente do Deus Todo-
Poderoso foram iniciados nos Graus Superiores das Lojas do Grande Oriente e disse
que os Illuminati eram uma organização secreta com o ordem dedicada à causa da for-
mação de um governo único mundial.... Weishaupt afirmou que esta ação garantiria paz

258
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

e prosperidade permanentes. Somente aos iniciados no grau final foi permitido saber a
respeito ...

Não deveria surpreender que o anti-religioso Weishaupt se opusesse à tolerân-


cia dada ao Catolicismo e à proteção concedida ao Protestantismo na Revolução Glorio-
sa Inglesa. Robison cita que a revolução que Weishaupt estava planejando seria "Os
meios para recuperar a Razão de seus direitos - elevar a liberdade de suas cinzas –
restaurar ao homem seus direitos originais - produzir a revolução anterior na mente do
homem - para obter uma vitória eterna sobre os opressores - para trabalhar a redenção
de humanidade ... "

Cada uma dessas frases em ordem revela a intenção de Weishaupt. "Razão"


tomaria o lugar da fé. "Liberdade" significa auto-governo, além dos ditames de Deus.
“Direitos originais" do homem, segundo Weishaupt, haviam começado na "revolução
anterior "- a rebelião de Lúcifer, seguida pela rebelião de Adão no Éden. A "vitória eterna
sobre os opressores" significa a derrubada dos reis e da Igreja. E, finalmente, o homem
não precisaria da graça salvadora de Jesus Cristo. O sistema iluminado de Weishaupt
permitiria "a redenção da humanidade", primeiro politicamente e depois espiritualmente,
sem qualquer intervenção de Deus.

Ao contrário do Inglês, cuja revolução Maçônica inicialmente protegeu a livre


empresa, assim como a Coroa e a Igreja, o plano de Weishaupt era eliminar completa-
mente tronos e religiões. O comércio, concluiu, seria controlado pelo governo. O sistema
dele prenunciava o comunismo. Isso é revelado pelo que os iniciados de Weishaupt
haviam aprendido, quando atingiram o segundo de três graus, chamado Minerval, sobre
os objetivos finais dos Illuminati: "(1) Abolição de todo governo ordenado; (2) Abolição de
propriedade; (3) Abolição de herança; (4) Abolição do patriotismo; (5) Abolição de todos
as religiões; (6) Abolição da família [via abolição do casamento]; e (7) Criação de um
Governo Mundial".95 Os atuais regimes políticos dificilmente eram indiferentes aos objeti-
vos revolucionários de Weishaupt e seus Illuminati. No início de 1785, os Illuminati foram
expostos pelo governo da Baviera e suprimidos. A Mackey’s Encyclopedia of Freemason-
ry relata que "os Decretos do Eleitor da Baviera foram repetidos em março e agosto de
1785, e a Ordem começou a declinar, de modo que até o final do século dezoito deixou
de existir. "Mackey naturalmente nega qualquer cooptação a longo prazo da Maçonaria
pelo Iluminismo. Ele continua: "Adotando a Maçonaria apenas como um meio para sua
mais bem-sucedida propagação, e usando-a apenas de maneira acidental à sua própria
organização, o Iluminismo não exerceu nenhuma influência na prosperidade ou vanta-
gem sobre a instituição Maçônica, nem qualquer efeito desfavorável sobre sua dissolu-
ção".96

259
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Mackey nos teria feito acreditar que a penetração secreta do globalismo Lucife-
riano nas fileiras da Maçonaria desapareceu após a exposição e subsequente supressão
dos Illuminati. No entanto, não é esse o caso, pois a infecção Illuminati permanece, e seu
objetivo de globalismo está em curso nas lojas Maçônicas hoje. Um exemplo disso é
fornecido pela edição de 16 de agosto de 1928 do Patriot, um periódico britânico que cita
o Orador da convenção da Grande Loja Francesa de 1922: "Meu irmão Maçom, minha
esperança é que a Maçonaria, a qual tem feito tanto pela emancipação dos homens, e a
quem a história deve as revoluções nacionais, saberá também fazer a maior revolução,
que será a Revolução Internacional".97

Esta declaração elogiando a próxima "Revolução Internacional" seguiu a funda-


ção da Liga das Nações. O discurso do Orador confirma em nosso século, não apenas a
sobrevivência, mas o florescimento do veneno do globalismo de Weishaupt, o qual foi
injetado pelos Illuminati na Maçonaria 140 anos antes.

Os Templários e a Revolução Francesa


Weishaupt desejava que a revolução de 1789 produzisse pura democracia,
mais que aquela existente em Israel durante o tempo dos Juízes, quando cada israelita
fazia "aquilo que era certo aos seus próprios olhos." (Juízes 17:6; 21:25). A conseqüên-
cia desse tipo de regra, no entanto, leva à anarquia. Tal foi o caso após a Revolução
Francesa. A história registra como o "Reinado do Terror" foi perpetrado pelos Clubes
Jacobinos. Como devemos saber, no entanto, os Jacobinos eram todos Maçons Templá-
rios. O nome "Jacobino", como nós sabemos, lembra Jacques de Molay, o Grão-Mestre
dos Cavaleiros Templários que foi vingado pela Revolução Francesa.

Se os Cavaleiros Templários, e não o Priorado de Sião, foi a Ordem que aper-


feiçoou a Revolução Francesa, então, de alguma forma, em algum momento entre o
plano de Weishaupt e o início da Revolução Francesa, o controle da conspiração foi
transferido do Priorado de Sião para os Cavaleiros Templários. Esta conclusão foi con-
firmada pelo Abade Augustin Barruel em 1799, um ano após a publicação da exposição
de Robison dos Illuminati. Durante a supressão dos Jesuítas de 1773, Barruel, patriota e
Jesuíta Francês, ingressou na Maçonaria, subindo ao posto de Mestre Maçom (3º grau).
Depois de ver a devastação causada pela Revolução Francesa e sabendo que era Ma-
çônica, ele renunciou à Maçonaria e escreveu suas Memoirs Illustrating the History of
Jacobinism. Nelas, ele documentou que os Clubes Jacobinos eram frentes Maçônicas
Templárias.98

O Abade Barruel, um clérigo Francês, e John Robison, professor na Escócia,


eram dois homens desconhecidos um do outro. Eles eram membros da oposição às
260
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

Ordens Maçônicas, e escreveram em diferentes países e idiomas. Ambos cobriram o


mesmo assunto e chegaram às mesmas conclusões - que uma conspiração estava por
trás da Revolução Francesa. Robison alegou que os Illuminati controlavam a conspira-
ção, enquanto Barruel mantinha os Templários no comando.99

Weishaupt e Knigge
Robison escreveu que a estratégia de Weishaupt era "unir, por meio de um
maior interesse e por um vínculo duradouro, homens de todas as partes do globo, de
todas as classes e de todas as religiões, apesar da diversidade de suas opiniões e pai-
xões, de modo a fazê-los amar esse interesse comum e se vincular ao ponto em que,
juntos ou sozinhos, venham agir como um indivíduo."100

Nesta Webster sugeriu que até Weishaupt entrar em cena, a Maçonaria no


Continente estava no "mar no que diz respeito a todo o assunto da Maçonaria e precisa-
va de alguém para dar um ponto [propósito] às suas deliberações."101 Em outras pala-
vras, os filósofos das Lojas Maçônicas Francesas sabiam como incitar a revolução nas
mentes da população, mas não poderia trazê-la para a realidade política. Na busca por
um propósito para deliberação, foram realizados três congressos Maçônicos universais.

O primeiro ocorreu em Wilhelmsbad, em 1782. Dr. Dillon escreve que "deputa-


dos de todos os países em que a Maçonaria existia foram convocados para se encontrar
em Wilhelmsbad, em um conselho. Eles vieram de todas as partes do Império Britânico;
do recém-formado Estados Unidos da America; de todas as nações da Europa Continen-
tal, cada uma que, naquele período, possuía Lojas; dos territórios da Grande Turquia; e
de todas as possessões indianas e coloniais da França, Espanha, Portugal e Holanda.
Os representantes principais e mais numerosos eram, no entanto, da Alemanha e da
França".102

Embora Weishaupt não estivesse presente em Wilhelmsbad, ele enviou seu as-
sistente, o Barão Adolph von Knigge. Knigge, um membro fiel dos Cavaleiros Templários,
era um organizador de primeira classe que viajava pela Alemanha, proclamando-se o
reformador da Maçonaria. Webster relata que ele "se apresentou em Wilhelmsbad, ar-
mado com total autoridade de Weishaupt, conseguiu inscrever um número de magistra-
dos, sábios, eclesiásticos e ministros de estado como Illuminati, além de se e aliar aos
deputados de Saint-Martin e Willermoz."103

Weishaupt, ainda não disposto a apresentar seu plano de como iniciar uma re-
volução política, esperou pacientemente. Embora a primeira conferência tenha fracassa-
do, Weishaupt se reuniu com sucesso, pois Knigge aumentara a filiação aos Illuminati.
261
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Com esses iniciados, Weishaupt continuou sua subversão da Maçonaria, enquanto


Knigge permaneceu como porta-voz dele.

Dois anos depois, os Maçons da Grande Loja Francesa ainda estavam no escu-
ro quanto à sua missão institucional. Voltando a Londres para a resposta, já que a Maço-
naria se originara na Inglaterra, eles escreveram uma carta ao General Rainsford, um
dos Maçons Britânicos que havia participado do Congresso de Wilhelmsbad. Webster
relata a carta, que em parte lê:

Se você diz que a Maçonaria nunca experimentou nenhuma variação em seu


objetivo, você sabe com certeza qual é esse objeto único? É útil para a felicidade da
humanidade? Diga-nos se é de natureza histórica, política, hermética ou científica? Mo-
ral, social ou religiosa? As tradições são orais ou escritas? 104

Londres sabia, mas permaneceu em silêncio. Weishaupt sabia, mas não estava
pronto para contar. Desconhecido para o Priorado de Sião, Weishaupt estava planejando
um golpe. Nesta Webster aponta que ele tinha um objetivo muito definido em vista - obter
controle pessoal de toda Maçonaria.105 Weishaupt precisaria de Knigge por mais algum
tempo, mas o Barão logo tornou-se um obstáculo.

O segundo congresso Maçônico se reuniu em 15 de fevereiro de 1785, desta


vez em Paris. Webster relata que muitos dos membros dos Illuminati estavam lá: "Bode
(também conhecido como Amlius) e o Barão de Busche (também conhecido por Bayard)
estavam presentes, também .. o mágico Cagliostro, o magnetizador Mesmer, o Cabalista
Duchanteau e, claro, o líder dos Philalethes, Savalette de Langes, que foi eleito Presi-
dente, o Marquês de Chefdebien e vários membros Alemães da mesma Ordem."106

Este congresso fracassou devido a uma fenda que surgiu entre Weishaupt e
Knigge.

A Traição de Knigge
De acordo com a Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry, nove anos antes do
Barão Knigge conhecer Weishaupt, ele havia sido iniciado na Loja Templária da Estrito
Observância, em Cassel, em 20 de janeiro de 1772, a mesma Loja Sionista à qual se
juntara Cagliostro. Em 1780, Knigge foi iniciado como Illuminatus pelo Marquês de Cos-
tanzo, um dos muitos discípulos de Weishaupt. Knigge iniciou correspondência com
Weishaupt sob o codinome Philo, eventualmente recebendo ordens para recrutar os
melhores da Estrita Observância para os Illuminati.

262
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

Percebendo o talento superior de Knigge, Weishaupt pediu-lhe que se juntasse


a ele na Baviera para auxiliar na construção dos graus avançados para o Rito Illuminati,
que tinha apenas três graus naquele tempo. Weishaupt pretendia que os graus avança-
dos penetrassem na Maçonaria do Rito Escocês na França, transformando os Templá-
rios Franceses em revolucionários. Mackey nos informa que "Knigge foi adequadamente
restaurado para a Baviera em 1781 e, quando ele conheceu Weishaupt, este concordou
que Knigge deveria elaborar todo o sistema até os mistérios mais altos. Knigge concluiu
essa tarefa e entrou em correspondência com as Lojas, exercendo todos os seus talen-
tos, que não significaram uma ordem, para o avanço do Rito. Ele trouxe em seu auxílio
os trabalhos inestimáveis de Bode, o qual prevaleceu para receber os Graus."107

Mackey afirma que quando Knigge descobriu que os Illuminati não eram de ori-
gem antiga, ele ficou inicialmente desiludido com Weishaupt. No entanto, considerando
Weishaupt um homem brilhante, o Barão aceitou de bom grado o desafio de avançar os
graus Illuminati. Ao ler o relato sobre Knigge na Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry,
surge a nítida impressão de que o Barão tinha objetivos pessoais - que ele estava usan-
do Weishaupt para seu próprio avanço, ou talvez para o avanço dos Templários.

Um confronto entre Knigge e Weishaupt se desenvolveu no segundo congresso


Maçônico em Paris, em 15 de fevereiro de 1785. Tudo começou quando Weishaupt
decidiu fazer sua jogada contra Knigge. De acordo com a Mackey’s Encyclopedia of
Freemasonry, Weishaupt começou a interferir no trabalho de Knigge e "fez muitas altera-
ções e adições, que imperiosamente ordenou aos Diretores Provinciais fossem inseridas
no ritual. Knigge, enojado com esse processo, retirou-se da Ordem e tornou-se um anti-
Maçom feroz."108 Consequentemente, o Congresso falhou e Weishaupt ganhou um inimi-
go.

Com base em eventos subsequentes, a "ferocidade anti-Maçonica" de Knigge


pode ter sido apenas uma cortina de fumaça. Duas semanas depois de Knigge renunciar
aos Illuminati, o Eleitor da Baviera possuía informações incriminadoras sobre os Illuminati
e as apresentou para suprimir a Ordem. Mackey sugere que os Jesuítas tenham infor-
mado o Eleitor, mas isso não poderia ter sido possível por duas razões: (1) os Jesuítas
haviam sido expulsos da comissão doze anos antes; e (2) eles não estavam a par dos
documentos Illuminati, já que Weishaupt havia se assegurado disso. O informante tinha
que ser alguém no comando dos Illuminati, alguém próximo a Weishaupt, alguém que
tivera acesso a todos os documentos Illuminati. Só poderia ter sido o Barão Adolf von
Knigge, o homem que havia sido frustrado por Weishaupt.

Em 2 de março de 1785, o Eleitor suprimiu os Illuminati. Até 10 de julho de


1785, não chegaram ao Eleitor evidências mais prejudiciais.

263
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Supostamente, um iniciado Illuminati de baixo nível, um evangelista viajante


chamado Jacob Lang (ou Lanze), havia sido enviado como emissário dos Illuminati para
a Silésia. Ele teria sido atingido e morto por um raio em Ratisbona. Edith Miller afirma
que Weishaupt estava com ele.109 Nesta Webster diz que Lang foi enviado por Weishaupt
e viajava sozinho.110 Myron Fagan diz que o raio foi um ato de Deus.111

As evidências sugerem que Lang não foi morto por um raio, mas assassinado,
e seu corpo posicionado para ser descoberto. Por exemplo, Lang levava papéis Illuminati
incriminadores, papéis que nenhum Illuminatus deveria estar carregando. As circunstân-
cias parecem estranhamente suspeitas - quase como se os documentos tivessem sido
plantados para serem descobertos. Costuradas nas roupas de Lang, foram encontradas
instruções da Ordem e uma extensa lista de membros dos Illuminati. Em seguida, foram
feitas pesquisas nas casas dos indivíduos nomeados. Evidências mais incriminatórias
revelaram todo o seu plano, até agora mencionado, incluindo as comunicações codifica-
das de Weishaupt. Tudo foi confiscado, os Illuminati banidos e os documentos publica-
dos na íntegra.

Weishaupt, astuto e completamente sagaz, tinha anos antes se preparado para


o dia da repressão governamental. Ele escreveu para seu irmão Illuminatus, Cato, "eu
tenho considerado tudo e estou preparado para, caso a Ordem seja, algum dia, levada à
ruína, em um ano eu a restabelecerei mais brilhante do que nunca."112 Weishaupt, no
entanto, não lideraria a reencarnação do iluminismo.

O Barão von Knigge, o terceiro homem no comando dos Illuminati, estava cien-
te da comunicação de Weishaupt. Dois anos e meio após a supressão da Baviera, os
Illuminati reapareceram, não sob o nome original e nem sob a orientação do Sionista
Weishaupt, mas sob o Templário Baron von Knigge. Edith Miller escreve que "Em 1788,
após a supressão do Iluminismo na Baviera... Knigge tentou revivê-lo na União Alemã",
através de uma editora de livros fundada pelo Maçom iluminado Karl Freiderich Bahrdt a
fim de iluminar a humanidade.113

Weishaupt, o Judeu, foi usado e depois descartado pela conspiração Maçônica gen-
tia, e finalmente exilado em Gotha, Alemanha. O Barão Adolph von Knigge ficou ileso e
foi encontrado para ser o novo líder dos Illuminati - os Illuminati com outro nome, é cla-
ro.114

O Terceiro Congresso
Em 1786, o terceiro e último congresso foi secretamente agendado em Frank-
furt, onde uma Grande Loja Continental havia sido criada, em 1783. Até então, o ilumi-
264
_______________________________________________________________CAPÍTULO 9

nismo do Grande Oriente havia saturado a Grande Loja Francesa. No controle estavam
os Jacobinos Templários. Weishaupt não participou do congresso final. No entanto, suas
propostas maquiavélicas sugeridas em Paris um ano antes foram adotadas, as quais, em
suma, ditavam que "na política o fim justifica os meios". Mons. Dillon relata que a Maço-
naria Iluminada recebeu dos delegados a aprovação de que o último fim da Maçonaria e
toda conspiração secreta seria: "(1) panteísmo para os altos graus, ateísmo para os
graus mais baixos e a população; (2) comunismo de bens, mulheres e preocupações
gerais; (3) a destruição da Igreja e todas as formas de Cristianismo e a remoção de todos
os governos humanos existentes para dar lugar a uma república universal, em que as
idéias utópicas de completa liberdade das restrições sociais, morais e religiosas existen-
tes, igualdade absoluta e fraternidade social, deveriam reinar. Quando esses fins forem
atingidos, mas não antes, o trabalho secreto dos Maçons ateístas deve cessar."115

Desde então, a direção da Maçonaria Francesa tem sido subversão, insurreição


e assassinato para alcançar fins políticos. Nesta Webster afirma que no terceiro congres-
so "é dito que as mortes de Louis XVI e Gustavus III da Suécia foram decretadas".116 E
Dom Dillon relata que um dos representantes nesse conclave secreto foi o Conde de
Virene, que ficou tão horrorizado com a depravação do corpo, que ele abandonou o
Iluminismo e se tornou um Católico fervoroso. Este Iluminista arrependido escreveu a um
amigo: "Não vou lhe contar os segredos que eu trago, mas posso dizer que uma conspi-
ração é colocada tão secreta e tão profundamente que será muito difícil para a monar-
quia e a religião não sucumbir a ela ".117

A Revolução Francesa ocorreu como programado, precipitada pelo primeiro


evento organizado em 1785, que foi o famoso "Caso do Colar". Este ardil Maçônico era
uma tentativa de desacreditar tanto a Igreja quanto a Monarquia, expondo fraudulenta-
mente a licenciosidade de um padre Católico com a rainha Marie-Antoinette.118 Anos
depois, Napoleão diria que, em sua opinião, esse plano contribuiu mais do que qualquer
outro para causar a explosão de 1789. Na opinião de Nesta Webster, "Em seu duplo
ataque à Igreja e à Monarquia, o Caso do Colar cumpriu o objetivo de Frederick, o Gran-
de e dos Illuminati."119

Nesta Webster afirma que Cagliostro recebeu dinheiro e instruções de uma so-
ciedade secreta para realizar o enredo, após o qual, em novembro de 1785, partiu para
Inglaterra. Como revelam suas atividades em Londres, ele relatou seu sucesso aos Ro-
sacruzes Britânicos. Webster observa o uso do monograma Rosacruz anexado a um
aviso misterioso, publicado em um jornal de Londres, em 2 de novembro de 1786: "De
acordo com uma opinião geralmente recebida, Cagliostro foi o autor de uma proclamação
misteriosa que apareceu neste momento no Morning Herald no monograma da Rose-
Croix "120

265
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Nenhum autor de conspiração conseguiu decifrar essa "proclamação misterio-


sa" feita em hieróglifos Rose-Croix. Sabemos, no entanto, que Cagliostro era membro de
uma ordem Rosacruz. Sabemos que ele recebeu fundos de ingleses ricos (possivelmen-
te Rosacruzes) para financiar a derrubada do trono Francês. E nós sabemos que ele era
o Grão-Mestre interino do Priorado de Sião.121 Portanto, a "proclamação misteriosa"
provavelmente foi direcionada à Hierarquia do Priorado de Sião, informando-os de que a
missão de Cagliostro havia sido cumprida.

Cagliostro, e não Weishaupt, foi o verdadeiro poder por trás dos Illuminati.
Quando o desejo de Weishaupt por poder tornou-se insaciável, Cagliostro o substituiu
pelo Barão Adolph von Knigge. Então, Knigge escondeu a atividade dos Illuminati na
União Alemã.

266
Capítulo 10

CONTROLE MAÇÔNICO DA MÍDIA

Quando, gradualmente, colocarmos todo o comércio de livros vendidos em


nossas mãos (assim como os bons escritores trarão todas as suas realizações ao mer-
cado através dos nossos meios) nós iremos mostrar que, finalmente, os escritores que
trabalham na causa da superstição [Cristianismo] e restrição [moralidade], não terão
editores, nem leitores.1

A União Alemã, 1788

Quando os Illuminati foram suprimidos em 1785, Mackey diz que havia mais de
2.000 Maçons em suas listas, "entre os quais alguns dos homens mais distintos [em
Lojas] encontrados na França, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Suécia, Polônia, Hungria e
Itália."2 Após a supressão, o nome dos Illuminati desapareceu, dando à Maçonaria, nos
anos seguintes, a oportunidade de auto-preservação ao se desassociar do estigma do
qual se apropriara. A princípio, o Ofício negou que o Iluminismo tivera algum efeito dura-
douro na Loja. A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry assim argumenta:

[A] Ordem começou a declinar, de modo que, no final do século XVIII, havia
deixado de existir. Adotando a Maçonaria apenas como um meio para o seu próprio
sucesso e maior propagação, e usando-a apenas como incidental à sua própria organi-
zação, ela exerceu, enquanto na prosperidade, nenhuma influência favorável sobre a
instituição Maçônica, nem efeito desfavorável pela sua dissolução.3

Mackey estava espalhando desinformação Maçônica, pois outros pesquisado-


res descobriram que a doutrina dos Illuminati permanece com a Maçonaria até hoje.
Alguém duvida que sua influência, tão profunda e difundida, desapareça sem deixar
vestígios. Edith Miller cita Thomas Frost, de seu Secret Societies of the European Revo-
lution, sobre a profundidade da absorção do Iluminismo pela Maçonaria: "Todas as lojas
Maçônicas do Grande Oriente, em número de 266, foram iluminadas até o final de março
de 1789, e não há dúvida de que, com um solo tão bem preparado... o sistema tenha se
espalhado com rapidez."4

267
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A negação de Mackey deve-se à absorção Maçônica. Mackey estava escre-


vendo três décadas antes da Primeira Guerra Mundial, quando uma série de livros de
conspiração estava causando uma sensação na Europa. Novamente, na década de
1920, outro dilúvio da história revisionista inundou o mundo antigo, acusando os Illumina-
ti de serem a força por trás da Grande Guerra. Dez anos depois, pesquisadores da cons-
piração haviam reunido evidências suficientes para expor a Revoluçaõ Bolchevista como
tendo sido apoiada pelo Grande Oriente iluminado. Com tanta exposição, a Besta come-
çou a enfraquecer. Quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu, a Irmandade estava
desorganizada. De acordo com a Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry, até o final da
Segunda Guerra Mundial, a Maçonaria Continental tinha sido destruída pelos Nazistas.5

Após a Segunda Guerra Mundial, a Irmandade decidiu dar uma outra olhada
nos Illuminati. Em 1946, o Maçom do 33º grau H. L. Haywood, com a ajuda das Lojas de
Pesquisa ao redor do mundo, completou um Suplemento para o segundo volume da
Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry. O Volume III reverteu a negação anterior da
influência iluminista de Mackey declarando que

A Ordem dos Illuminati foi o maior infortúnio que já aconteceu na Maçonaria Eu-
ropéoa, porque se tornou ao mesmo tempo o padrão e o ponto de partida para uma
sucessão de conspirações secretas, obscuras e políticas que... dividiram a Maçonaria e
trouxe desgraça ao seu nome.6

Enquanto Haywood admite que Weishaupt mudou a direção do Irmandade Con-


tinental, ele data a divisão ocorrida entre a Maçonaria Inglesa e Francesa a partir da
entrada dos Illuminati. No entanto, já descobrimos que o conflito entre Escarlate e a
Besta começou muito antes da chegada de Weishaupt. A Revolução Francesa, com seus
ideais republicanos, ampliou a brecha com a Maçonaria Inglesa, e a supressão dos Illu-
minati apenas acirrou a intriga com maior profundidade. A conspiração dos Illuminati
continuou, de fato. O nome, no entanto, como vimos, mudou.

Mackey não sabia disso? Mackey chamou o professor Robison, um Maçom In-
glês altamente respeitado, que expôs os Illuminati pela primeira vez em todo o mundo,
um mentiroso.7 Mackey também falhou em sua Encyclopedia para referenciar três símbo-
los Illuminati significativos adotados pela Maçonaria: (1) o retângulo - representando a
Loja: (2) o Olho Que Tudo Vê - representando o Grande Arquiteto do Universo; e (3) o
ponto dentro de um círculo, outra forma do olho. Todo iniciado logo aprende em seu
treinamento Maçônico que o simbolismo místico é o principal agente pelo qual a verdade
Maçônica é ensinada. Estes três símbolos foram adotados pela Maçonaria dos Illuminati
após a Revolução Francêsa.8

268
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

O Dr. Mackey estava correto em um aspecto. Os "Illuminati" cessaram pelo no-


me, devido ao envolvimento pessoal de Weishaupt. A maioria dos pesquisadores de
conspiração, no entanto, acredita que Weishaupt avançou a intriga até sua morte, em
1830, uma data disputada por Mackey, o qual diz que Weishaupt morreu em 1811.9 No
entanto, um contemporâneo de Mackey, o Maçom do 33º grau Robert Ingham Clegg, no
sétimo volume de sua History of Freemasonry, concorda com a data de 1830.10 Parece
razoável acreditar que Mackey estava envolvido em um acobertamento.

O Controle da Mídia
Muito antes de Weishaupt ser exilado da Baviera, ele comunicou seu plano pa-
ra Cato, de como deveria ocorrer a supressão dos Illuminati:

[A] forma de uma sociedade instruída ou literária é mais adequada ao nosso


propósito, e tivesse a Maçonaria não existido, essa cobertura teria sido empregada [pri-
meiro]; e pode ser muito mais do que uma cobertura, pode ser um motor poderoso em
nossas mãos. Através do estabelecendo de sociedades de leitura e bibliotecas de assi-
naturas e levando-as sob nossa direção, bem como suprindo-as com nossos trabalhos,
podemos direcionar a mente do público para o caminho que desejarmos.

Uma Sociedade Literária é a forma mais adequada para a introdução de nossa


Ordem em qualquer estado onde ainda somos Estranhos.11

O Barão Adolph von Knigge, e não Weishaupt, ocultou os Illuminati em uma re-
de de sociedades de leitura pré-existentes em toda a Alemanha e França.12 O Iluminis-
mo, perpetuado por Knigge na União Alemã (uma empresa publicadora de livro fundada
pela Maçonaria para iluminar a humanidade, veja nota 1), controlava as sociedades de
leitura, algumas das quais portáteis, e através das quais os conspiradores direcionaram
as mentes da população em direção à revolução. Em suma, 2.000 distintos Maçons, uma
vez seguindo as ordens do Sionista Weishaupt, estavam ostensivamente seguindo o
mesmo programa sob a liderança do Templário Knigge. Knigge, com uma legião de
Maçons sob seu comando, monopolizaram a redação, revisão, publicação e distribuição
da maior parte da literatura nos dois países.

A União Alemã obteve apenas um ano de sucesso sob a administração de


Knigge antes de ser exposta. Goschen (sem nome próprio), um livreiro de Leipzig, des-
mascarou a União como sendo Illuminati. Essa exposição ocorreu tarde demais, no
entanto, pois não havia como inverter a mentalidade que promoveu a Revolução France-
sa. O Professor Robison, em Proofs of a Conspiracy, não fornece mais informações
sobre o livreiro Goschen, exceto que ele publicou com "toda velocidade" as informações
269
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

que encontrou na União Alemã", devido às muitas travessuras que esta Sociedade pode-
ria causar ao mundo, e ao comércio, se lhe fosse permitido continuar trabalhando em
segredo".13

A publicação de Goschen foi sarcástica, intitulada More Notes than Text, on the Ger-
man Union of X~U, a new Secret Society for the Good of Mankind (Leipzig, 1789). Ele
escreveu a seguinte declaração de pressentimento, antes de reimprimir uma parte das
anotações. (Esteja ciente de que a União Alemã está equiparando superstição, restrição
e fanatismo com o Cristianismo e a moralidade; instrução e iluminação com razão revo-
lucionária e progresso.)

E agora, todo olho pode perceber a progressiva influência moral que a União adquiri-
rá na nação. Vamos apenas conceber o que a superstição vai perder, e que instrução
deve ganhar com isso; quando,
1. Em toda Sociedade de Leitura, os livros são selecionados por nossa Fraternidade;
2. Temos pessoas confidenciais [2.000 Maçons ilustres] em cada lugar, que farão
com que haja séria preocupação em se divulgar literaturas que promovam o esclareci-
mento da humanidade e introduzi-los em todos os ambientes.
3. Temos a alta voz do público do nosso lado e, já que somos capazes, explorar à
sombra todos os escritos fanáticos que apareçam nas críticas que são comumente lidas,
a fim de alertar o público contra elas; e, por outro lado, chamar a atenção e recomendar
apenas aquelas literaturas que dão luz à mente humana.
4. Nós, gradualmente, trazemos todo o comércio de venda de livros em nossas mãos
(como os bons escritores trarão todas as suas literaturas ao mercado através dos nossos
meios) vamos fazer com que, finalmente, os escritores que trabalham na causa da su-
perstição e restrição não tenham editores nem leitores.
5. Por fim, com a expansão de nossa Fraternidade, todos os bons corações e ho-
mens sensíveis irão aderir a nós, e por nossos meios, serão colocados em uma condição
que lhes permita trabalhar em silêncio em todos os tribunais, famílias e indivíduos em
todos os lugares; e adquirirem influência na nomeação de oficiais de justiça, administra-
dores, secretários, párocos, professores públicos e professores particulares.14

Weishaupt disse uma vez a Knigge: "Se um escritor publica qualquer coisa que
atraia notícia, e por si própria é justa, mas não está de acordo com o nosso plano, deve-
mos nos esforçar para conquistá-lo ou condená-lo."15

Um século depois, os Conspiradores ainda estavam no controle da imprensa,


evidenciado por uma declaração feita no Supremo Conselho de Cagliostro da Loja Ma-
çônica Rosacruz iluminada de Mizraim, em Paris, na França. O pronunciamento soou
como se o próprio Weishaupt tivesse escrito as palavras:

270
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

Teremos um triunfo seguro sobre nossos oponentes, já que eles não terão à
sua disposição organismos de imprensa, nos quais poderão dar expressão completa e
final a seus pontos de vista.... Não precisaremos nem mesmo refutá-los, exceto muito
superficialmente. Se houver alguém que deseje escrever contra nós, eles não encontra-
rão qualquer pessoa ansiosa para imprimir suas produções.16

Esse controle da mídia persistiu em nossos tempos. O Visconde Leon de Pon-


cins dá um exemplo de controle da mídia no século XX. Seu livro The Secret Powers
Behind Revolution contém um discurso do jornalista John Swinton em um banquete de
imprensa de 1920, em Nova York. Segue uma porção:

Uma Imprensa independente não existe na América, exceto talvez em peque-


nas cidades do interior; jornalistas sabem e eu sei; nenhum deles se atreve a expressar
uma opinião sincera; se o fizerem, sabem de antemão que nunca serão seus artigos
impressos. Pagam-me 150 dólares para não colocar minhas idéias no jornal no qual
escrevo e que devo guardá-las para mim. Outros são pagos de maneira semelhante, por
um semelhante serviço. Se eu conseguisse publicar minhas opiniões em uma única
edição do meu jornal, perderia meu cargo em vinte e quatro horas.

O homem que fosse suficientemente louco para dar expressão franca aos seus
pensamentos, logo se encontraria nas ruas à procura de outra ocupação. Este é o dever
dos jornalistas de Nova York: mentir, ameaçar, curvar-se aos pés de Mammon, e vender
seu país .. por seu salário ....

Nós somos as ferramentas e os vassalos dos ricos que se mantêm em segundo


plano; nós somos os bonecos; eles puxam as cordas e nós dançamos. Nosso tempo,
nosso talento, nossa vida, nossas habilidades, são todas propriedade desses homens.
Somos prostitutas intelectuais.17

Na virada do século 20, a Maçonaria ganhou influência sobre, se não controle,


de uma grande parte da imprensa mundial. Cinqüenta anos antes do discurso de Swin-
ton, o Supremo Conselho Maçônico de Mizraim confirmava: "Nenhum anúncio vai chegar
ao público sem nosso controle. Mesmo agora, isso já é alcançado por nós, na medida em
que todas as notícias são recebidas por algumas agências, de cujos escritórios elas são
distribuidas para todas as partes do mundo. Essas agências já serão inteiramente nos-
sas e apenas publicarão o que ditarmos a elas".18

Muitos exemplos de controle da mídia Maçônica são apresentados por Miller


em Occult Theocrasy. Em um exemplo, na virada do século 20, Miller relata que a hierar-
quia na Maçonaria Inglesa e Francesa tentou se unir sob uma Loja sub-secreta chamada
de "Ordo Templi Orientis" (O.T.O.), que Miller chama de "diretoria interligada" dos Illumi-

271
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

nati. Na década de 1890, a Maçonaria iluminada tinha o correspondente Theodore Reuss


em cena na Alemanha, para relatar os eventos políticos que, no final, levaram à Primeira
Guerra Mundial. Reuss era um Maçom Inglês Rosacruz do 33º grau, bem como um Ma-
çom Templário do Grande Oriente do 33º grau. Miller afirma que, em 1902, Reuss co-
fundou (com Karl Kellner) a O.T.O., e nomeou o Maçom Inglês do 33º grau William Wynn
Westcott "como Regente dos Illuminati na Inglaterra, estabelecendo assim a direção
interligada" entre a Maçonaria Inglesa e Francesa.19

Na realidade, Reuss foi um agente duplo da inteligência Britânica, contratado


pelas Central News, Londres; Daily Chronicle, Londres; Central Press, Londres; e United
Press, Nova Iorque. Ele também escreveu para muitas publicações não Inglesas. Reuss
foi realizada em alta estima por membros de sua profissão e oficiais do governo e milita-
res. As citações a seguir que elogiam Theodore Reuss são de cartas escritas à mão,
fotocopiadas e reproduzidas no livro de Miller.20

A Central Press, em 16 de janeiro de 1892, escreveu: "Devo confessar que vo-


cê exerce maravilhosa engenhosidade na coleta de uma grande variedade de fatos inte-
ressantes que poucos outros parecem oferecer".

A United Press, 27 de fevereiro de 1894, observou: "ele fez, em minha opinião,


alguns excelentes trabalhos para nós. Em várias ocasiões, ele venceu o mundo com
suas notícias, e nos enviou um assunto que os jornais alemães copiaram três semanas
depois de nosso relatório. Se o perdermos, duvido que ele possa ser substituído."

Em 1º de novembro de 1896, o Capitão e Adido Militar na embaixada de Berlim


nos Estados Unidos, enviou a Reuss uma carta de agradecimento. "Eu aprendi com você
várias coisas que escaparam do meu conhecimento no campo. Suas observações sobre
a Cavalaria, o Destacamento de Bicicletas e o Departamento de Comissariado que
utilizei no meu relatório."

Como Reuss conseguia vencer em três semanas todos os outros coletores de


notícias? Miller dá a resposta, reproduzindo 28 páginas de correspondência entre Reuss
e outro Maçom Inglês, membro do 33º grau, John Yarker. Como Reuss, Yarker estava na
Inteligência Britânica e também foi associado próximo de William Wynn Westcott, um
Maçom a quem Reuss nomeou chefe do capítulo inglês dos Illuminati. Yarker abastecia
Reuss com informações antecipadas.

Operários Maçônicos disfarçados de jornalistas estavam por toda parte, prepa-


rando as notícias influenciadas pelo Conselho Supremo do 33º grau, que por sua vez
eram editadas e distribuídas a outros correspondentes Maçônicos para publicação em
jornais de todo o mundo. Em 1922, a Loja Templária do Grande Oriente, em Paris, con-

272
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

firma esta tática realizada por correspondentes Maçônicos. De Poncins cita a minuta do
Supremo Conselho do Grande Oriente: "Propaganda escrita, juntamente com a influência
pessoal dos Irmãos pertencentes à Imprensa, deve ser aumentada por propaganda oral
na forma de reuniões e conferências [reacionárias]... para que o [Supremo Conselho]
possa enviar a eles, seja qual for a comunicação que acharem adequada".21

Paul Fisher, em Behind the Lodge Door, cita o historiador Mildred Headings fa-
lando a respeito da Influência Maçônica na mídia naqueles dias: "Maçons influenciaram
pelo menos 47 periódicos em toda a França, repetidamente, durante o final do século
XIX e início do século XX."22 Durante o Segundo Império e o reinado de Napoleão III, o O
Supremo Conselho Maçônico Sionista de Mizraim, em Paris, informou em sua ata da
convenção que

Todos os nossos jornais terão todos as aparências possíveis - aristocráticas,


republicanas, revolucionário, até anárquico - por tanto tempo, é claro, quanto a constitui-
ção existe ... Como o ídolo indiano Vishnu, eles terão cem mãos, e cada um deles terá
um dedo em qualquer uma das opiniões públicas, conforme necessário. Quando um
pulso estimula estas mãos, levará a opinião do na direção de nossos objetivos, para uma
o paciente excitado que perde todo o poder de julgamento e cede facilmente à sugestão.
Aqueles tolos que pensam que estão repetindo a opinião de um jornal de seu próprio
campo, estão repetindo nossa opinião ou qualquer opinião que nos pareça desejável. Na
vã crença de que estão seguindo o órgão de seu partido, de fato seguirão a bandeira que
apresentamos para eles.23

Uma frase interessante no início desta passagem está na afirmação de que a


Maçonaria controlaria a imprensa "por tanto tempo, é claro, quanto a constituição existe".

A história, é claro, revela os Franceses como notoriamente desprovidos de con-


fiança em seus governos. Em sua primeira revolução, a Maçonaria Francesa matou a
maioria de seus homens capazes de governar.

Após a Primeira Guerra Mundial, quando os reis da Europa foram derrubados, a


Maçonaria Sionista tinha mais uma vez perdido o controle na França. Em 1922, cerca de
50 anos na Terceira República, a Loja do Grande Oriente Templária estava encorajando
seu controle da imprensa mais uma vez. De Poncins cita as atas do Supremo Conselho
daquele ano:

"O Convento [convenção] pede ao Conselho que chame a atenção das lojas à
experiência das lojas da Baixa Normandia, que criaram um serviço semanal inteiramente
editado por Maçons, e convida as lojas a seguir este exemplo, seguindo as diferentes

273
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

circunstâncias locais, e montando documentos ao longo de toda a França, produzidos


inteiramente sob nosso controle".24

Enquanto isso, o Grande Oriente pretendia fazer propaganda pública usando a


imprensa existente. Citações de De Poncins citas as atas do Supremo Conselho do
Grande Oriente de 1922:

"A Circular nº 5 diz respeito à propaganda da imprensa e pede que as lojas tragam
para nossa atenção os nomes dos artigos que provavelmente publicarão os relatórios do
Grande Oriente, e informações sobre sua regularidade, clientela, quantidade de circula-
ção, e suas simpatias políticas. Então, que o Conselho possa enviar a eles o qualquer
comunicação que acharem conveniente... e informar à imprensa republicana que podem
contar com o apoio da Maçonaria, se necessário. - -. Nosso maior apoio financeiro deve
ser reservado para a imprensa que é republicana em perspectiva."25

Desde o Segundo Império até depois da Segunda Guerra Mundial, a revolução


Francesa Maçônica em curso tinha sido uma montanha-russa, mudando de administra-
ções Sionistas para Templárias e vice-versa. Cidadãos Franceses foram transportados
através de dois Impérios e cinco Repúblicas, totalizando sete constituições. A cada mu-
dança, a sociedade secreta no poder começaria de novo, o que significava iniciar nova-
mente o longo processo de monopolização da imprensa.

Propaganda e Maçonaria Americana


As mesmas táticas de propaganda foram usadas pela Maçonaria Americana.
Paul Fisher confirma em Behind the Lodge Door que "nos Estados Unidos, em 1920, o
Rito Escocês estabeleceu um serviço de notícias para ‘fornecer informações precisas e
gratuitas aos jornais’."26

Que um serviço de notícias Maçônico manipula a opinião pública na direção


desejada pela Maçonaria é confirmada na revista New Age do Rito Escocês, de outubro
de 1924, no mesmo artigo que documentou o envolvimento da Maçonaria na educação
compulsória. Agora, do referido artigo, vamos citar o mesmo parágrafo usado no capítulo
anterior - desta vez para documentar o uso da imprensa pela Maçonaria para formar a
opinião pública:

"Através das atividades de nossas organizações estatais, a revista ‘New Age’,


nosso serviço de clipes e Bureau de Notícias, estamos estimulando o interesse público e
fornecendo muito material valioso para palestrantes e escritores e, portanto, pode razoa-

274
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

velmente reivindicar muito crédito pelo crescente interesse em favor da educação obriga-
tória pelo estado".27

Fisher diz que a edição da New Age de julho de 1928 reivindicou que "muitos
membros do National Press Club são Maçons, e não poucos deles Maçons muito impor-
tantes. "Fisher lista esses "Maçons proeminentes" em Behind The Lodge Door.28 Este
catálogo é semelhante ao ‘Quem é Quem’ na indústria da publicação e transmissão.

Fisher relata que o sucesso Maçônico no controle da imprensa também foi pu-
blicado na edição de janeiro de 1926 da New Age: "é seguro afirmar que a maioria das
publicações parecem muito amigáveis em sua atitude em relação ao Ofício".29

Uma editora amiga do Ofício é o pastor Protestante da Nova Era, Dr. Norman
Vincent Peale, um Maçom do 33º grau. A Maçonaria tem tanto orgulho de Peale que seu
nome é listado em brochuras Maçônicas em toda a América como um dos Maçons de
destaque que divulga o pensamento Maçônico em seu periódico Guidepost. De fato,
Peale estava na capa do The Scottish Rite Journal (anteriormente revista New Age) de
março de 1991. "A Maçonaria", disse Peale, "tornou-se uma parte inicial e essencial do
meu sucesso".30

O esboço de três pontos de seu artigo no Journal, "Entusiasmo faz a Diferen-


ça", é "Confidence (confiança), Understanding (entendimento), Enthusiasm (entusias-
mo)”, cujas primeiras letras formam a sigla “(CUE)” que, em inglês, significa (sugestão).
Essas três palavras, de acordo com Peale, são a ‘sugestão’ para o sucesso e a felicida-
de. "Tome sua ‘sugestão’ da Maçonaria como eu tomo", escreveu o Dr. Peale.31

O artigo nunca menciona Cristo como sendo a "sugestão" do sucesso do Rev.


Peale. Nem é Cristo, a luz guia por trás da Guidepost de Peale, que é uma das revistas
mais poderosas do movimento da Nova Era que penetram hoje na comunidade Cristã. A
política anti-Cristã oficial e publicamente declarada da revista Guidepost foi revelada em
maio de 1982, quando Dina Donahue, editora colaboradora da Guidepost, realizou um
seminário em Dallas, Texas, para autores Cristãos que desejam escrever para revistas
Cristãs, do qual o autor e sua esposa participaram. Donahue informou aos presentes que
os artigos submetidos ao Guidepost nunca devem mencionar Jesus Cristo como Media-
dor entre Deus e o homem. Nem Cristo pode ser retratado como a única Verdade, como
Deus encarnado, como o único meio de salvação, ou como o único caminho para Deus,
o Pai. O artigo pode mencionar Jesus em Sua posição histórica, como profeta e filósofo.
O editor deu o seguinte motivo para essas restrições: "Guidepost é uma revista inter-
religiosa, e o Dr. Peale não quer ofender aqueles que não são Cristãos."32

275
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Em 24 de fevereiro de 1991, o Dr. Peale falou à congregação na Robert Crystal


Cathedral de Schuller, na Califórnia. Naquela manhã de domingo, durante o serviço,
Peale disse: "Jesus Cristo, Buda e Krishna são exemplos de grandes filósofos que ensi-
naram como usar o poder da mente".33

Finalmente, o Dr. Peale endossou The Jesus Letters. Seus autores são duas
mulheres de Connecticut, Jane Palzere e Anna Brown, que afirmam que um espírito
chamado "Mestre Jesus" veio a elas durante a meditação e deu-lhes este livro. Este
"Jesus" disse a Jane e Anna, que não existe Deus fora de nós, que Deus não cura -
apenas a mente da própria pessoa pode curar; que o céu é para todos, não apenas para
os crentes em Jesus, e que toda pessoa - incluindo os pagãos - tem Cristo dentro de si.
Este livro também promove médiuns espirituais e canalizadores espirituais e confidencia
que a verdadeira Bíblia - a Palavra de Deus – é "limitada". Existem muitos "Cristos", não
apenas Jesus, insistem as autoras. Atrás da capa do The Jesus Letters encontra-se esse
entusiasmado endosso de Norman Vincent Peale: "Que presente maravilhoso para todos
nós em seu livro, The Jesus Letters... Vocês abençoarão a muitos através deste livro
verdadeiramente inspirado."34

Outra publicação "amigável à Maçonaria" é o Christian Science Monitor, promo-


vido como o jornal favorito dos políticos. Fisher cita a New Age, de julho de 1938, confir-
mando que vários funcionários da Christian Science tem sido Maçons e a revista observa
que o Christian Science Monitor "dedica um espaço considerável às atividades Maçôni-
cas em todo o mundo."35

Desde a sua criação, a Ciência Cristã tem sido influenciada pelos Maçons e pe-
la arte da Maçonaria. Sua fundadora foi Mary Baker Eddy (1821-1910), que desde tenra
idade era doente crônica. Seu primeiro de três maridos, George Washington Glover, foi
um Maçom, bem como um membro da Oddfellows. No início do casamento (1843),
Glover transferiu Mary para a sede Maçônica em Charleston. Seis meses depois ele
morreu. Em 1853, Mary se casou com Daniel Patterson, médico, de quem ela mais tarde
separou-se. Em outubro de 1862, ela solicitou assistência médica a Phineas Parkhurst
Quimby, um curandeiro que usou a arte oculta do Magnetismo Animal descoberta pelo
Maçom Mesmer. Quando Quimby curou Mary de sua doença crônica, ela passou, nos
próximos dois anos, dando palestras e tentando "Cristianizar" as teorias de Quimby.
Quando Mary Baker praticou a arte de curar, Quimby descreveu os horrores demoníacos
que se manifestaram como "Magnetismo Animal Malicioso", familiarmente referido a seus
alunos como M.A.M. Alega-se que Mary Baker derivou seu sistema de cura de Quimby,
embora ela tenha negado isso nos últimos anos.

Em 1866, Mary Baker fundou a Ciência Cristã. Sua crença pode ser resumida
em uma frase: Deus é espírito - espírito é o oposto da matéria - portanto, Deus nunca

276
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

criou a matéria. Essa é a mesma crença gnóstica dos Cátaros, cuja doutrina entrou nas
crenças religiosas dos Cavaleiros Templários e Rosacruzes.

Em 1877, Mary Baker casou-se com Asa Gilbert Eddy, que a deixou viúva em
1882. Em 1881, Mary Baker Eddy fundou o Massachusetts Metaphysical College, em
Boston, e dois anos depois, quando o movimento estava bem estabelecido, começou a
publicar o Christian Science Journal, agora conhecido como Christian Science Monitor.

Em 1884, a Sra. Eddy retornou a Charleston, onde conheceu uma mulher que
teve a maior influência em sua vida, Sra. August Stetson, cujo marido era um Maçom
Inglês. Sra. Stetson, que viajara com o marido para Bombaim, na Índia, aprendera lá o
misticismo oriental e o ensinou a Eddy. Em 13 de junho de 1888, a Associação Nacional
de Ciência Cristã realizou sua segunda reunião anual no Central Music Hall, em Chicago.
Eddy foi a oradora principal. A partir de então, o futuro religioso da Sra. Eddy estava
garantido.36

A verdadeira força da Ciência Cristã, no entanto, são suas "Salas de Leitura",


onde os inquiridores pode ler a literatura do movimento, que elucida uma forma gnóstica
da Cristandade. Um Cientista Cristão é fortemente encorajado a "registrar" milhares
horas de leitura. Podemos lembrar aqui o que disse Weishaupt: "Uma sociedade literária
é a mais apropriada forma para a introdução de nossa Ordem em qualquer estado no
qual ainda somos estranhos."37 As salas de leitura da Ciência Cristã parecem ser o que
Weishaupt tinha em mente.

Maçonaria e Outras Mídias


O dramaturgo de Hollywood, Myron C. Fagan, que passou a maior parte de sua
vida profissional pesquisando os Illuminati, foi fundador, na década de 1940, do Cinema
Educational Guild, Inc. The Guild publicou The Point, uma exposição mensal da influên-
cia dos Illuminati na América. Em 1967-1968, Fagan produziu "The Illuminati" em duas
fitas cassete de áudio, em que ele rastreia a aquisição da mídia Americana pelos conspi-
radores após a Maçonaria ter fundado o Conselho de Relações Exteriores, o qual, por
sua vez, direta ou indiretamente, fundou e moldou a principal mídia da América no século
XX. Fagan descreve sua gênese:

O CFR criou comitês especiais em todos os estados da União aos quais ele
atribuiu as várias operações locais no estado .... O controle da imprensa foi atribuído a
Rockefeller. [Através dele], Henry Luce foi financiado para criar um número de revistas
nacionais, entre elas a ‘Life’, a ‘Fortune’ entre outras. Os Rockefellers também financia-
ram, direta ou indiretamente, os irmãos Cowles, a revista ‘Look’ e uma cadeia de jornais.
277
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Eles também financiaram um homem chamado Sam Newhouse para comprar e construir
uma cadeia de jornais em todo o país. E Eugene Meyer, um dos fundadores do CFR,
comprou o ‘Washington Post’, o ‘Newsweek’ e outras publicações. Ao mesmo tempo, o
CFR começou a desenvolver e nutrir uma nova geração de colunistas atrevidos e redato-
res editoriais, além de emissoras.38

Myron Fagan também afirma que as três principais redes de notícias são hoje
dominadas pela Maçonaria iluminada de esquerda. William Sutton confirma o mesmo em
The New Age Movement e no The Illuminati 666. Além disso, Sutton sustenta que as
logomarcas para cada uma das três redes de televisão são símbolos Maçônicos. Por
exemplo, NBC exibe o pavão com suas penas de cauda cheias de Olhos Que Tudo Vê.
No Hinduísmo, diz Sutton, "quando o deus Indra se transforma em animal, ele se torna
um pavão. Na Índia, acreditava-se que o pavão tivesse mil olhos em suas penas". Ele
também observa que a deusa grega Hera "colocou Argus de cem olhos para protegê-la
da amante do marido, depois que Zeus enviou Hermes para encantar e matar Argus.
Hera usou os olhos do gigante para ornamentar a cauda do pavão. Em Java, o pavão foi
associado ao diabo. Em Mosul, no norte do Iraque, há uma seita de Yezidis que sustenta
que o Diabo não é mau, chamando-o de Anjo Pavão."39

A NBC não poderia ter escolhido um símbolo melhor para representar sua visão
de mundo anti-Cristã do que o pavão com Olhos Que Tudo Vê. A ABC é mais sutil, sim-
bolizando-se no disco solar, que é apenas outra forma do Olho Que Tudo Vê. A CBS é
mais flagrante. Sua logomarca é o Olho Que Tudo Vê Maçônico, e apresenta diariamente
em seu noticiário noturno um segmento intitulado "Eye on America", usando sua logo-
marca para a palavra "eye". Recentemente, a CBS incluiu um triângulo subliminar giran-
do ao redor do olho. O triângulo e o olho surgem na tela no programa antes dos comerci-
ais, com a seguinte narração: "Esta ... [pausa] ... é a CBS." O triângulo gira rapidamente,
depois se quebra em um arco-íris de raios solares. Parece idêntico ao cume dos Illumina-
ti, com raios de sol, e os olhos pairando sobre a pirâmide inacabada, como apresentado
na parte de trás da nossa nota de 1 dolar.

A Mídia e a Revolução Francesa


Como vimos acima, a imprensa mundial, se não sob a direção Maçônica, é for-
temente influenciada pela Maçonaria. Os autores revisionistas geralmente lidam com o
controle Maçônico da imprensa. Leon de Poncins, em The Secret Powers Behind Revolu-
tion, faz o mesmo, levando o leitor desde a Revolução Francesa de 1789 até e através
das revoluções controladas pela Maçonaria em Portugal, Espanha, Itália, Turquia, Áustria
e Hungria. Seu livro expõe o envolvimento da Maçonaria Francesa no início da Primeira
Guerra Mundial, com o objetivo de destronar todos os reis da Europa. E, finalmente, ele
278
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

documenta o envolvimento total da Maçonaria Inglesa e Francesa na Revolução Bolche-


vista, a insurreição mais cruel da história do nosso século. Antes de cada uma dessas
catástrofes, a Maçonaria manipulava a opinião pública através da imprensa.40

Segundo De Poncins, os Maçons em 1904 estavam prontos para admitir o en-


volvimento da Fraternidade na Revolução Francesa. "Na câmara [Francesa] de Deputa-
dos", escreve de Poncins, "durante a sessão de 1 de julho de 1904, o Marquês de Ro-
sanbo pronunciou as seguintes palavras: 'A Maçonaria trabalhou de maneira oculta e
constante para preparar a revolução’."41

Rosanbo estava sentado no lado direito da câmara, seus oponentes Maçônicos


à esquerda, um sistema estabelecido inconscientemente na primeira Assembléia Consti-
tuinte em 1789. (Os Monarquistas, não querendo estar perto dos Maçons radicais à
esquerda, sentavam-se mais à direita da câmara possível. Os moderados sentaram no
meio. Da Revolução Francesa, em diante, comunistas anti-capitalistas, socialistas, radi-
cais e liberais, tem sido designados "ala esquerda", enquanto aristocratas e conservado-
res pró-capitalistas são chamados "ala direita". Aqueles que querem um pouco de ambos
são os "moderados".)

Na época do discurso de Rosanbo, quando ele declarou a seus oponentes Ma-


çônicos que a Maçonaria era revolucionária, o arranjo dos assentos não havia mudado
na Câmara dos Deputados. Três deputados da esquerda, cada um por sua vez, respon-
deram à sua acusação:

"É disso que nos orgulhamos."

"Esse é o maior elogio que você pode nos dar."

"Essa é a razão pela qual você e seus amigos odeiam isso".42

Rosanbo respondeu: "Estamos, então, de pleno acordo no ponto em que a ma-


çonaria [sic] foi a única autora da revolução, e os aplausos que eu receber da Esquerda,
aos quais estou pouco acostumado, prova, senhores, que vocês reconhecem comigo
que foi a Maçonaria que fez a Revolução Francesa."

"Fazemos mais do que reconhecer isso, proclamamos isso".43

Rosanbo sentou-se na Assembléia em 1904, durante a Terceira República. Em


1976, Fred Zeller, ex-Grão-Mestre do Grande Oriente da França, em seu livro Trois
Points, C'est Tout, revelou que entre 1912 e 1971, "todos da Terceira e grande parte dos
da Quarta República da França foram dominados pelos Maçons, que travaram duas

279
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

grandes reformas anti-clericais em uma batalha contra a influência da Igreja."44 Esses


batalhas foram travadas na imprensa dominada pela Maçonaria.

Leon de Poncins publicou mais duas evidências nas quais os Maçons admitem
seu papel no fomento da Revolução Francesa e, implicita e explicitamente, creditam a si
mesmos o desenvolvimento da revolução na opinião pública. A primeira é uma circular,
enviada a todas as Lojas do Supremo Conselho Maçônico para preparar o centenário de
1789, que proclamava: "A Maçonaria, que preparou a revolução de 1789, está no dever
de continuar seu trabalho; o atual estado de opinião a convida a fazê-lo."45

O segundo é um relatório lido na Loja do Grande Oriente de Nantes, em 23 de


abril de 1883: "Foi entre 1772 e 1789 que a Maçonaria elaborou a grande revolução que
deveria mudar a face do mundo. Foi então que os Maçons deram ao povo as idéias que
haviam adotado em suas lojas."46

Este último relatório refere-se à atividade do Grande Oriente, fundada em 1772.


Em 1782, haviam 266 lojas do Grande Oriente na França. O iluminismo foi se espalhan-
do rapidamente, mas seu maior sucesso e influência foi realmente alcançado pelo Con-
trole iluminista da mídia da época - as Sociedades de Leitura expandidas pelo Barão
Adolph von Knigge. John Robison e Abbe Barruel, ambos escrevendo em 1798 e 1799,
respectivamente, confirmam o uso da mídia pelos Illuminati. Robison escreve que

os Illuminati contrataram um exército de escritores; eles diligentemente empur-


raram seus escritos para toda casa e todo chalé. Aqueles que escreveram foram igual-
mente calculados para inflamar os apetites sensuais dos homens e por perverter seus
julgamentos. Eles se esforçaram para obter o comando das escolas, particularmente as
das classes mais baixas; e eles montaram e administraram um número prodigioso de
Bibliotecas de Circulação e Sociedades de Leitura.

Empregaram escritores para compor livros corruptos e ímpios - estes eram re-
visados pela Sociedade e corrigidos, até que se adequassem ao seu propósito. Foram
impressos determinado número de livros com acabamento diferenciado, para custear as
despesas; e, então, um maior número foi impresso da forma mais barata possível e
fornecido por nada, ou a preços muito baixos, para vendedores ambulantes, com a de-
terminação de distribuí-los secretamente pelas cidades e vilas.47

O The Britânico Patriot, de 7 de março de 1929, comenta a respeito da corrup-


ção deliberada dos Maçons e a perversão da velha ordem pela criação sistemática das
Sociedades de Leitura anti-Cristãs e associações acadêmicas:

280
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

Por mais de meio século, os Maçons foram, de fato, secretamente preparando


as mentes, cuja explosão, em 1789, destruiu .. a velha França .... Desde 1750 em diante,
as Sociedades de Leitura foram sendo fundadas na maioria das cidades da França.
Como as Sociedades de Pensamento Livre dos dias atuais, estavam sob o controle de
Maçons .... Membros dessas sociedades que foram mais facilmente capturados pela isca
Maçônica e que, além disso, possuíam talento literário, foram admitidos em grupos de
grau superior, nas sociedades denominadas "Acadêmicas". Assim como as Sociedades
de Leitura, as Sociedades Acadêmicas eram secretamente dirigidas pelos Maçons ... que
forneciam o dinheiro gasto em prêmios dados a panfletos anti-Cristãos ou na impressão
e publicação deles.48

As Sociedades Acadêmicas eram compostas por três escolas, cada uma com
subdivisões. A primeira escola foi dividida em dois graus, Iniciante e Minerval. Mons.
Dillon escreve que os professores dos Minervals foram instruídos "a propor anualmente a
seus estudantes algumas perguntas interessantes, para fazê-los escrever temas calcula-
dos para espalhar impiedade entre o povo, como textos cômicos dos Salmos, textos
satíricos dos Profetas e caricaturas de personagens do Antigo Testamento, seguindo a
maneira de Voltaire e sua escola."49

Maçonaria e Pornografia
Essas corrupções abriram o caminho para a aceitação da literatura pornográfi-
ca. Como vimos no capítulo 5, os próprios rituais Maçônicos são pornográficos, assim
como os significados esotéricos. dos símbolos Maçônicos. Os Maçons dizem que esses
emblemas são antigas representações de deus. E a Maçonaria ensina, como todas as
religiões de mistério, que a criação evoluiu unindo os princípios masculino e feminino da
natureza. Portanto, cada um desses caracteres geométricos é representativo do homem
e da mulher, no contínuo ato de criação através da relação sexual.

Também é fato histórico que as antigas religiões de mistério forneciam prostitu-


tas em seus templos para reencenar esses "mistérios". No Haley's Bible Handbook,
aprendemos que a deusa mãe era a deificação do amor erótico. Halley escreve que

Sua adoração exigia licenciosidade: prostituição sagrada em conexão com seus


santuários era um costume universal entre as mulheres da Babilônia. Anexos aos tem-
plos haviam retiros ou câmaras encantadoras, onde suas sacerdotisas entretinham ado-
radores do sexo masculino em cerimônias vergonhosas. Além dessas sacerdotisas pros-
titutas, toda moça, esposa ou viúva deveria participar pelo menos uma vez na vida des-
ses ritos.50

281
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O Maçom Americano Albert Pike, soberano pontífice da Maçonaria Universal,


de 1859 a 1891, tentou introduzir prostituição ritual nas Lojas Maçônicas, praticando
primeiro por conta própria. Por exemplo, ele era conhecido no Arkansas por ter levado
cargas de carroça de comida, uísque e mulheres nas montanhas Ozark para dias de
orgias. A tentativa dele de incorporar a prostituição nos templos Maçônicos em todo o
mundo, ocorreu em 14 de julho de 1889, em Paris, França, na maior convenção Maçôni-
ca desde o Congresso de Viena, em 1815. Edith Miller cita uma parte do discurso de
Pike, que foi lido aos Supremos Conselhos do mundo, nessa reunião:

Recomendamos, sinceramente, a criação de Lojas de Adoção. Elas são indis-


pensáveis à formação de Maçons que são, de fato, Mestres de si mesmos. O padre tenta
subjugar sua carne pelo celibato forçado ... O verdadeiro Maçom, pelo contrário, alcança
a perfeição, ou seja, alcança o domínio próprio, usando seu zelo nas Lojas de Adoção,
ao submeter-se a todas as provações naturais. O comércio com mulheres, pertencente a
todos os irmãos, forma para ele uma armadura contra essas paixões que desviam os
corações. Somente ele pode realmente possuir voluptuosidade. Ser capaz, sob sua
vontade, de usar ou abster-se de usar, é um poder duplo. "A mulher te prende por teus
desejos", dizemos ao adepto; "Bem, use mulheres frequentemente e sem paixão; assim,
vos tornareis mestres dos teus desejos, e prenderás a mulher." Do que, forçosamente,
deve resultar que o Maçom conseguirá resolver facilmente o problema da carne.51

A idéia de Pike de controlar o apetite sensual de alguém era abrir casas de


prostituição Maçônicas, onde os Maçons poderiam equilibrar seu desejo sexual. Pike
afirmou que tais exercícios eram "ensinados pelo BALANCE, o símbolo de todo o Equilí-
brio ...."52

O método de Pike para "equilibrar" o "apetite sensual" de um Maçom era idênti-


co ao dos templos pagãos licenciosos da antiga Babilônia. Ele queria que as Lojas Ma-
çônicas fossem erguidas para prostitutas. "Lojas de Adoção", ele as chamava, idênticas
às Illuminati aos Tugendbunds da Alemanha, antes da Revolução Francesa.53

Revisamos, no capítulo 5, uma série de símbolos Maçônicos representando re-


lações sexuais. Por exemplo, aprendemos que o compasso está na posição dominante,
com as duas pernas apontando para baixo; o esquadro está na posição passiva, com
suas duas pernas apontando para cima. Entrelaçados, eles simbolizam as pernas do
homem e da mulher tendo relações sexuais contínuas. Pike confirma que este símbolo
maçônico da força sexual mais proeminente aprova o desejo interminável do Maçom pela
procura de prazer sexual. Em Morals and Dogma, ele pergunta: "O que lucra [o Maçom]
com o simbolismo do Compasso e do Esquadro se seus apetites sensuais e paixões
mais básicas não forem governados pelos ... dois pontos do compasso que permanecem
abaixo do esquadro?"54

282
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

Mais pervertido que o esquadro e o compasso é o significado da letra "G" posi-


cionado onde o Falo (órgão sexual masculino) e o Cteis (órgão sexual feminino) estão,
de forma sugestiva, unidos. Dizem os Maçons Americanos que o "G" representa Deus.
Podemos razoavelmente concluir que o ritual Maçônico é a adoração dos órgãos sexuais
masculino e feminino como Deus. A Antiguidade conhecia isto como "adoração fálica". A
Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry define "Adoração Fálica" como a adoração "do
membro viril, ou órgão masculino de geração", e reconhece a adoção dos símbolos pela
Maçonaria:" Aqui, sem dúvida, encontramos a origem remota do ponto dentro de um
círculo, um símbolo antigo que foi adotado pelos adoradores do sol do passado ... e
incorporado como parte do simbolismo da Maçonaria."55

Pornografia, Aborto e Sacrifício Humano


Os iniciados na Maçonaria devem, obviamente, criar sua própria interpretação
dos símbolos Maçônicos, aceitando-os inicialmente como representações do "poder
divino". Uma vez que os iniciados passam pelas "cadeiras" em cada grau, eles são guia-
dos pela hierarquia Maçônica, que oferece as mais "nobres interpretações". Aqueles que
aceitam o significado mais nobre, demonstram aprovar todas as formas de sexo como
um curso natural da criação. Devem ser Juízes, Legisladores ou Juízes da Suprema
Corte, que devem e irão defender um indivíduo "certo" em uma "sociedade livre" para
praticar qualquer forma de sexo, sem consequência. Na Maçonaria, esses atos não são
pecaminosos, mas expressões da divina unidade com o criador.

Muitos problemas surgem desse estilo de vida, incluindo lares desfeitos, doen-
ças venéreas e o uso do aborto como controle de natalidade. Desde os tempos antigos,
o descarte de crianças indesejadas foram resolvidas através do sacrifício de crianças.
Hoje, esse crime é cometido contra os nascituros pelo aborto.

Os males sociais da sociedade moderna - famílias desfeitas, aborto, pornogra-


fia etc. – podem ser encontrados no microcosmo da vida de Adam Weishaupt. Por
exemplo, o aborto em sua cunhada foi a solução de Adam Weishaupt por ser ele ser pai
de um filho ilegítimo. Ele procurou um produto químico que interromperia a gravidez.56 A
promiscuidade de Weishaupt começou com a pornografia, quando, antes da Revolução
Francesa, ele empregou escritores de baixa moral para incitar a população a viver licen-
ciosamente. Após a Revolução, a pornografia ainda era o meio pelo qual a emancipação
sexual era alcançada. O resultado foi um rápido aumento na taxa de natalidade. Reay
Tannahill, em Sex In History, explica como a taxa de natalidade mais alta foi tratada:
"Durante grande parte do século XVIII, o infanticídio e o abandono de crianças indeseja-
das em casas de repouso [aumentou]."57

283
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

No final do século XIX, a desculpa de "superpopulação" havia sido fabricada


para tornar aceitável o controle de natalidade. Superpopulação não é um fenômeno
moderno. As nações antigas e, até certo ponto, as sociedades modernas eram e são,
confrontadas com a fome. Embora as taxas de mortalidade do século XIX já fossem
altas, algumas áreas do mundo ainda não conseguiam sustentar suas populações. O
problema foi resolvido através da "relação oral e anal, homossexualidade, posturas es-
peciais, gestos meramente sugestivos de coito e uma série de outras técnicas... às quais
se recorreu a fim de alcançar satisfação, mas evitar a concepção."58 O mais odioso, no
entanto, era o infanticídio ou o sacrifício de crianças, às vezes realizado como um ritual
religioso a um deus demônio que queria sangue em troca de colheitas.59 Tannahill dá
alguns exemplos:

O método mais simples e óbvio de manter baixa a taxa de natalidade foi o in-
fanticídio, que permaneceria tão comum na Europa, Índia e China até o século XIX,
assim como o aborto se tornou no Ocidente hoje. Muitas vezes, pode não ser tão eficien-
te quanto um assassinato – o fato de deixar um recém-nascido exposto às intempéries,
ou permitir que um doente simplesmente vá embora. Muitas vezes, pode ter sido mais
positivo. Em tempos relativamente recentes, relata-se que algumas tribos Polinésias têm
matado dois terços de seus filhos, enquanto os Jagas, guerreiros nômades de Angola,
tem matado a todos, para que as mulheres não ficassem sobrecarregadas ao caminhar;
quando necessário, adotaram adolescentes à força de outras tribos. Na Austrália Ociden-
tal do século XIX, havia até uma tribo que comia cada décimo bebê nascido, a fim de
manter a população abaixo do que o território suportaria.60

Mito Maçônico da Superpopulação


John Robison explica como os Illuminati ocultaram sua atividade pornográfica
nas Lojas Maçônicas Continentais:

Descobri que a cobertura de uma Loja Maçônica havia sido empregada em ca-
da país, exalando e propagando sentimentos na religião e na política, que não poderiam
circular em público sem expor o autor a grandes perigos. Constatei que essa impunidade
gradualmente encorajou homens de princípios licenciosos a se tornarem mais ousados,
de modo a ensinarem doutrinas subversivas de todas as nossas noções de moralidade.
Fui capaz de rastrear essas tentativas feitas ao longo de cinquenta anos .... e pude ob-
servar que essas doutrinas foram gradualmente se difundindo e se misturando com todos
os diferentes sistemas de Maçonaria Livre; até que, finalmente, uma Associação [os
Illuminati] foi formada com o propósito expresso de erradicar todos os estabelecimentos
religiosos, e derrubar todos os governos existentes da Europa.61

284
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

Os "princípios licenciosos" dos Illuminati gradualmente encontraram seu merca-


do nas ruas. Robison continua, "escritores de princípios morais frouxos e de corações
perversos foram encorajados pela impunidade que os escritores céticos experimentaram,
e arriscaram-se a publicar coisas da mais vil tendência, inflamando as paixões e justifi-
cando maneiras licenciosas ... e os livros encontraram um mercado rápido".

Robison ainda documenta que esses escritores foram educados em escolas


iluminadas chamadas Philanthropine, academias de ensino geral operadas pelos Maçons
do Grande Oriente.63 Quando os graduados se tornaram profissionais, a moral declinou
rapidamente em escala nacional.64

Após a Revolução Francesa, a idéia de controlar o crescimento populacional da


sociedade promíscua encontrou seu lar na Maçonaria Inglesa. O pai da nossa moderna
teoria do controle populacional foi um padre Anglicano, Thomas Maithus (1766-1834). O
Dr. John Coleman, em Freemasonry and the One-World Conspiracy, afirma que Malthus
foi um dos principais Maçons que publicou um documento sombrio sobre controle popu-
lacional, depois de ter sido ensinado pelo Maçom Lord Shelburn. Em seu Essay on the
Principle of Population, Malthus alegou que a população sempre superaria os recursos
disponíveis. Ele não via maneira de mudar essa perspectiva, a não ser através do contro-
le de seu desenvolvimento por meio de um sistema de pesos e contrapesos. Isso, ne-
cessariamente, deveria operar contra os pobres, que formam a maioria numérica da
população.65

Na década de 1860, outro Maçom Inglês, George Drysdale, espalhou as teorias


populacionais de Thomas Malthus, fundando a Liga Malthusiana. Em 1874, a Liga estava
sob controle Maçônico na pessoa de Annie Besant, uma Maçon do sexo feminino, trafi-
cante de drogas e promotora do sexo livre. Albert Pike, o Maçom que carregava várias
carroças de prostitutas nas montanhas Ozark para dias de orgias, era um dos amantes
de Annie. O irmão de Annie era Sir Walter Besant, o Maçom que primeiro concebeu a
idéia de formar a Loja de Pesquisa Maçônica Quatuor Coronati para investigar as origens
da Maçonaria.66

Na realidade, o controle de natalidade foi promovido para compensar os resul-


tados óbvios do movimento de libertação sexual das mulheres liderado por Annie Besant.
A desculpa da superpopulação foi apenas uma tática assustadora para forçar a legisla-
ção a autorizar os contraceptivos. Apesar da mídia controlada pelos Maçons ter promovi-
do a pesquisa de Malthus, a Liga Malthusiana, e não o próprio Malthus, foi a frente Ma-
çônica empregada para criar uma razão aceitável por trás da "necessidade" do controle
de natalidade.

285
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A própria Maçonaria começou a promover vários métodos de controle de natali-


dade, como contraceptivos e abortos. Por exemplo, em 1876, um distribuidor de livros de
Bristol, Inglaterra, foi preso por vender The Fruits of Philosophy: The Private Companion
Of Young Married People, escrito em 1832 por um americano, Dr. Charles Knowlton. O
livro, um relato bastante completo das práticas contraceptivas, foi chamado de panfleto
pornográfico O Procurador-Geral Britânico que processou o caso o descreveu no tribunal
como "um livro sujo e imundo". O caso resultou na aprovação de uma lei de obscenida-
de. O Maçom Charles Bradlaugh, líder da Sociedade Secular Nacional da Grã-Bretanha,
e Annie Besant desafiaram a lei da obscenidade, reeditando o panfleto. Ações foram
movidas contra eles por corrupção na juventude, mas eles venceram o caso alegando
motivos insuficientes de acusação.

Essa vitória abriu as portas para mais e ousada pornografia. Quando a taxa de
natalidade das mulheres pobres e solteiras disparou, a Liga Malthusiana aumentou seus
esforços "para agitar pela abolição de todas as penalidades, colocar em discussão públi-
ca a questão populacional [e] espalhar entre as pessoas, por todos os meios possíveis, o
conhecimento da lei da população, de suas conseqüências e de sua influência sobre a
conduta e a moral humanas".68

As Ligas Malthusianas começaram a se espalhar, não apenas na Inglaterra,


mas em toda a Europa. Os médicos que ingressaram nas Ligas iniciaram "ramos médi-
cos" para auxiliar na fabricação de contraceptivos e na realização de abortos. A América
foi introduzida no conceito de Margaret Sanger (1883-1966), que publicou um periódico
intitulado Woman Rebel. Em 1915, a feminista Mary Ware Dennett formou a primeira
sociedade de controle de natalidade nos EUA, que ficou conhecida em 1942 como
"Planned Parenthood". Margaret Sanger viajou amplamente para promover a sociedade.
Seu trabalho resultou na formação do Comitê Internacional de Paternidade Planejada,
em 1948, em uma conferência em Cheltenham, Inglaterra. Em 1964, a Planned Paren-
thood ganhou status consultivo no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, e
estabeleceu sede na United Nations Plaza.69 Seu vizinho, no 866 da United Nations
Plaza, Suite 56617, é a Lucis Trust, fundada pela Maçonaria, anteriormente denominada
Lucifer Publishing Company (veja o capítulo 16). Uma membro do Lucis Trust, Barbara
Marx Hubbard, uma mulher Maçom e adepta da Nova Era, também exige a eliminação
de um quarto da humanidade para evitar a fome.70

Em 1969, os Maçons do Grande Oriente fundaram o Clube de Roma para estu-


dar expressamente a superpopulação futura da terra. O relatório "Limites ao Crescimen-
to" foi concluído em 1973 para inaugurar a fundação da Comissão Trilateral. Durante o
período presidencial da administração do trilateralista Jimmy Carter, o relatório do Clube
de Roma foi ampliado por uma alta força-tarefa burocrática em Washington. Em 24 de
julho de 1980, a força-tarefa divulgou o relatório final, chamado The Global 2000 Report

286
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

to The President. Este estudo de dois volumes foi aclamado como o esforço mais abran-
gente para projetar as tendências econômicas para os próximos vinte anos. As perspec-
tivas para o ano 2000 foram sombrias, afirmou o relatório, porque a "capacidade de
recursos" do globo não é adequada para a explosão populacional prevista.

Seis meses depois, o Conselho de Qualidade Ambiental publicou um segundo


documento, o Global Future: A Time to Act. Este documento apresentou recomendações
sobre os problemas que o Global 2000 pretendia apenas definir. O Global Future elogiou
o "controle populacional" como a pedra angular de uma política para combater os pro-
blemas descritos no Global 2000, argumentando, de fato, que a humanidade será impe-
dida de se multiplicar rápido demais apenas através de um agressivo programa de esteri-
lização, contracepção e aborto. Caso contrário, o Global Future prevê que milhões de
pessoas vão morrer por fome e violência.

Uma análise do Global 2000 e do Global Future foi publicada pelo Executive In-
telligence Review, em agosto de 1982. Seu relatório especial, intitulado Global 2000:
Blueprint for Genocide, afirma que os dois relatórios Presidenciais "estão corretamente
entendidos como ‘declarações políticas de intenção’ - a intenção de parte dos centros
políticos, tais como o Conselho de Relações Exteriores, a Comissão Trilateral e o Fundo
Monetário Internacional, de seguir políticas que resultarão, não apenas na morte dos 170
milhões citados nos relatórios, mas na morte de mais de 2 bilhões de pessoas até o ano
2000."71 De acordo com o Blueprint for Genocide, os dois relatórios sugeriram vários
métodos de despopulação, entre os quais o aumento de abortos, a criação da fome em
países onde haja "comedores inúteis" e, se todos os métodos fracassarem, provocar
uma guerra nuclear limitada e estrategicamente localizada.

Como os antigos pagãos licenciosos sacrificavam seus filhos para controlar a


população, e enquanto a Europa do século XVIII praticava infanticídio pela mesma razão,
a Maçonaria, da mesma forma, colocou toda a raça humana em risco com as sugestões
do Global 2000.

O Paradigma Francês
A corrupção da França pré-revolucionária forneceu o padrão para a corrupção
da América Cristã, dos quais o pecado abominável do sacrifício de crianças pelo aborto é
sua atrocidade mais horrível e pervertida.

Não havia justos na França para resistir à corrupção? Não muitos! A Maçonaria
destruiu a moralidade. Os poucos Cristãos que restaram eram mornos. A sociedade
estava cheia de crimes, com todos os vícios pensáveis e impensáveis sendo realizados,
287
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

incluindo sacrifício humano. Não havia amor um pelo outro, nem por Cristo, nosso Se-
nhor. Então, Deus permitiu que os estragos do inferno os destruíssem. Aqueles eram
dias sombrios para a Igreja. O horror era indizível. Malachi Martin dá a contabilidade:

"A França... aboliu toda religião, decapitou seu rei, entronizou oficialmente a
Razão como divindade suprema, massacrou mais de 17.000 padres e mais de 30.000
freiras, bem como quarenta e sete bispos, aboliu todos os seminários, escolas, ordens
religiosas, queimou todas as igrejas e bibliotecas; em seguida, enviou Bonaparte da
Córsega para libertar a Itália e Roma."72

Antes do massacre, uma das primeiras ações dos revolucionários foi a invasão
da Bastilha, em 14 de julho de 1789. A Bastilha era uma fortaleza medieval Na zona leste
de Paris, que havia sido transformada em prisão política. Embora apenas sete prisionei-
ros foram confinados lá na manhã de sua captura (dois dos quais loucos), essa ação se
tornou um símbolo importante para todas as futuras revoluções Maçônicas. Posterior-
mente, a primeira ação tomada em uma nação onde as revoluções do Grande Oriente
estavam ocorrendo era abrir todas as prisões. O objetivo? - libertar o elemento criminoso
para causar estragos na sociedade. Na França, depois de invadir a Bastilha, a próxima
ação tomada pelos Maçons foi formar um novo governo. O Conde de Poncins conta
como isso foi feito citando o Maçom Bonnet (sem o primeiro nome), o orador na Assem-
bléia do Grande Oriente de 1904:

Durante o século XVIII, a gloriosa linhagem dos "Enciclopedistas" encontrou em


nossos templos um público fervoroso que, sozinho naquele período, invocou o lema
radiante, ainda desconhecido pelo povo, de "Liberdade, Igualdade, Fraternidade". A
semente revolucionária germinou rapidamente naquela empresa selecionada. Nossos
ilustres irmãos Maçons [sic] d'Alembert, Diderot, Helvetius, Voltaire e Condorcet, comple-
taram a evolução nas mentes das pessoas e prepararam o caminho para uma nova era.
E, quando a Bastilha caiu, a Maçonaria [sic] teve a suprema honra de apresentar à hu-
manidade a carta que ele havia amigávelmente elaborado. Foi nosso Irmão, de La Fayet-
te, quem primeiro apresentou o projeto de uma declaração dos direitos naturais do ho-
mem e da Constituição. Em 25 de agosto de 1789, a Assembléia Constituinte, da qual
mais de 300 membros eram Maçons, definitivamente adotaram, quase palavra por pala-
vra, na forma determinada nas Lojas, o texto da imortal Declaração dos Direitos do Ho-
mem.73

O Abade Joseph Lemann, citado no Prefácio do livro do Mons. Dillon, Grand


Orient Freemasonry Unmasked, nos fala de outra ação tomada pela Assembléia Consti-
tuinte Maçonica:

288
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

"Quando a questão da emancipação Judaica passou a ser examinada pela As-


sembléia Constituinte (1789-1791), os deputados que assumiram a responsabilidade de
colocar o tema em pauta para votação eram todos maçons. Mirabeau deu a ajuda perse-
verante de sua eloquência, enquanto Mirabeau era um Maçom de alto grau, íntimo de
Weishaupt e de seus associados, e estreitamente ligado aos Judeus Reformistas de
Berlim. Quando, após hesitar por dois anos, a Assembléia Constituinte, em sua segunda
reunião, ainda estava hesitante, foi o Maçom e Jacobino, A. Duport, quem exigiu o voto
sob ameaças."74

O Rabino Marvin Antelman faz uma apresentação mais concisa da Assembléia


que votou a questão dos direitos civis para a população Judaica:

Em 1789, havia aproximadamente 40.000 Judeus na França, 30.000 dos quais


viviam nos guetos... Os Judeus agora podiam desfrutar dos benefícios de uma votação,
de 28 de setembro de 1791, pela Comuna perante a Assembléia Nacional, na qual 53
dos 60 distritos da França votaram a favor da concessão completa, para todos os Judeus
da França, de todos os direitos civis em pé de igualdade com todos os cidadãos ... .75

A Revolução, no entanto, começou a vacilar. Muitos Monarquistas na Assem-


bléia Constituinte se opuseram a essas propostas radicais. O único recurso para os
Templários cruéis era manter o controle através do medo e do terror. Light-bearers of
Darkness citam um artigo, "Revolução, Terror e Maçonaria", publicado no Revue Intemo-
tionale des Societes Secretes, sobre a decisão de instituir o famoso Reino do Terror:

Em 1789, os crimes revolucionários foram preparados pelo Comitê de Propa-


ganda da Loja ‘Les Amis reunis’ e o plano de "Terror" deve-se a um de seus membros
mais influentes, o Maçom Jacobino, Adrien Duport [que ao ser questionado quanto ao
seu plano disse]: "Agora, é apenas por meio do terror que alguém pode colocar-se à
frente de uma revolução de maneira a governá-la. Isto é necessário, qualquer que seja
sua repugnância, para se resignar ao sacrifício de algumas pessoas marcadas".

Foram dadas instruções em conformidade com o plano aos principais agentes


do departamento de insurreições, que já estava organizado e para o qual Adrien Duport
não era estranho; a execução seguiu-se rapidamente. O massacre de de Launay, de
Flesselles, Foulon e Berthier, com suas cabeças desfilavando em lanças, foram os pri-
meiros efeitos dessa conspiração filantrópica.76

A multidão tumultuada, com o cérebro lavado por décadas de literatura Maçôni-


ca ateísta, estava cheia de desprezo pelo Deus e Rei. Em desafio, eles invadiram as
ruas de Paris gritando: "Não teremos Deus, nem mestre." A multidão saqueava igrejas
através da França e nelas, blasfemamente, realizaram a "Festa da Razão".77 Um autor

289
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

escreve: "Então, eles pegaram uma mulher nas ruas de Paris, vestiram-na com roupas
caras e profanaram a Catedral de Notre Dame, adorando-a como a Deusa da Razão."78

O Tribunal Revolucionário determinou que de um terço até a metade da popu-


lação tinha que ser eliminada para estabelecer a segurança na República Francesa. Os
massacres foram cuidadosamente organizados pelos Comitês Revolucionários, cujos
membros eram seletivamente escolhidos pelos Clubes Jacobinos. Os Jacobinos eram
um, e todos Maçons Templários. Aqueles que não eram Maçons, não tinham idéia de
como se comportar, ou mesmo como sobreviver. Somente os Maçons lucraram e dirigi-
ram todos os aspectos da Revolução. Vestidos com as roupas mais esfarrapadas, com
longos cabelos sujos presos por bandanas imundas, desfilando de maneira arrogante, os
Maçons foram os únicos a salvo do terror. Além disso, havia os "ouvintes" em todos os
lugares. Esses espiões aumentaram o clima de terror quando retornavam às Lojas Ma-
çônicas e informavam aos Comitês Revolucionários a respeito daqueles cujo único crime
era a decência. Em todos os lugares, os Maçons dementes, vestidos em trapos, senta-
vam-se em frente à guilhotina, gritando de alegria toda vez que cabeças rolavam na
sarjeta, e constantemente gritando por mais e mais sangue. Paris se gabava de ter os
executores mais eficientes, que degolavam doze cabeças por guilhotina a cada treze
minutos. Executores de outras partes da França foram enviados a Paris para aprender
suas técnicas.79

Muitos dos atos cometidos durante o Terror desafiam a crença. Típico foi o des-
tino da Princesa de Lamballe, uma agradável aristocrata de meia-idade que havia esca-
pado da cidade. Impulsionada pela lealdade à sua amiga e confidente Marie Antoinette, a
Princesa Lamballe retornou a Paris para ministrar a ela. A princesa foi prontamente cap-
turada pela multidão, que estripou-a publicamente, tendo suas partes íntimas expostas
em desfile pela cidade, como troféus do triunfo da revolução! Após o assalto dos Guiler-
riers, um jovem aprendiz foi vítima da multidão. Um grande plano foi armado e muito fogo
aceso sob ele.

Depois de fritá-lo com manteiga, a multidão rasgou sua carne e desfrutou de


um banquete. No oeste da França, camponeses e agricultores Keltic, chamados bezerros
e cães pelos revolucionários, "foram reunidos em igrejas e queimados até a morte. Ou-
tros Kelts foram empilhados em navios de carga, pregados nos porões e os navios afun-
dados. Forças do Grande Oriente passaram por cidades, matando todos à vista, usando
até guilhotinas portáteis que trabalharam o tempo todo."80

Entre 1789 e 1795, 3,5 milhões de Kelts morreram nas mãos da Maçonaria be-
nevolente do Grande Oriente. Até hoje, as Lojas do Grande Oriente, através da França,
reconstituem o genocídio dos Kelts, guilhotinando ritualmente bezerros e cães durante
uma celebração anual.

290
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

A celebração mais grandiosa de todas as Lojas Francesas do Grande Oriente,


hoje, é a representação por mímica do assassinato do rei Luís XVI e de sua esposa,
Maria Antonieta. Participam deste evento anual os notáveis do estabelecimento, vestidos
com roupas elaboradas. No banquete, "mordomos especiais agrupam um número de
bezerros em espera nas guilhotinas. Os animais aterrorizados são então decapitados aos
gritos de Morte para Luis; morte para o rei; morte para os lírios (o emblema real Fran-
cês). As cabeças dos bezerros são, então, jogadas em água fervente e posteriormente
consumidas pelos foliões".81

O significado do ritual é que Luis XVI, um homem e rei gentil, foi chamado "o
Bezerro" pelo Grande Oriente, antes de decapitá-lo. Quando Luís XVI foi executado em
1793, um Maçom idoso mergulhou as mãos no sangue real, e disse: "Eu te batizo em
nome da Liberdade e Jacques". A vingança dos Templários estava completa. Albert Pike
alegou que "Os agentes secretos da Revolução Francesa juraram derrubar o Trono e o
Altar sobre o Túmulo de Jacques de Molay. Quando Luís XVI foi executado, metade do
trabalho foi realizado; e daí em diante o Exército do Templo deveria dirigir todos os seus
esforços contra o Papa."82

Enquanto isso, o Sionista Weishaupt, autor da Revolução Francesa, estava no


exílio, longe dos perigos que havia posto em movimento. Durante o Reinado do Terror,
quando os Templários ganharam o controle através dos Clubes Jacobinos, as Lojas do
Grande Oriente, fundadas pelo duque de Orleans e iluminadas por Weishaupt, cessaram
suas atividades. Em 1793, os Jacobinos prenderam o traidor Merovíngio, Philippe, duque
de Orleans, e o decapitaram. Com o duque morto, Weishaupt não teve mais chance de
contato com a Revolução.

Em 1794, havia 6.800 Clubes Jacobinos, totalizando meio milhão de mem-


bros.83 Todos eram ex-Maçons do Grande Oriente, ensinados pela primeira vez sobre a
revolução pelos Illuminati de Sião, e depois doutrinados pelos Cavaleiros Templários
para vingar a morte de seu Grão-Mestre medieval, Jacques de Molay. Ao fazer isso, eles
se vingaram das injustiças trazidas por seus adversários, os reis Merovíngios.

Mesmo com uma força tão dominante e organizada quanto dos Jacobinos a im-
pulsioná-la, a revolução começou a vacilar. Ao procurar reforçar seu poder, os Templá-
rios voltaram-se para os Monarquistas, começando a matá-los. O banho de sangue foi
tão intenso, que a Besta começou a matar a si mesma. Os três arquitetos Maçônicos do
Reino do Terror, Marat, Danton e Robespierre foram assassinados ou decapitados, e
Paris lentamente começou a voltar ao normal.

O fervor anti-religioso da Revolução foi verdadeiramente demoníaco. O Rabino


Ortodoxo Antelman observa que "durante o Reinado do Terror, todas as casas de culto

291
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

foram fechadas, de acordo com a política anti-religiosa Jacobina. As igrejas e sinagogas


foram reabertas depois que Robespierre foi guilhotinado, em 28 de julho de 1794, signifi-
cando o fim do terror e da base de poder Jacobina".84 Para proteger seus terroristas
sedentos de sangue de uma ação legal adicional, a Assembléia Constituinte aprovou
rapidamente uma resolução para que a França abrigasse terroristas políticos. A lei per-
manece nos livros até hoje.

Albert Pike lamentou o que viu como o fracasso da Revolução: Jacques de Mo-
lay e seus companheiros talvez fossem mártires, mas seus vingadores desonraram suas
memórias. A realeza foi regenerada no cadafalso de Luís XVI, a Igreja triunfou no cativei-
ro de Pio VI, levou um prisioneiro a Valence e morreu de fadiga e tristeza, mas os suces-
sores dos Antigos Cavaleiros do Templo pereceram, oprimidos em sua vitória fatal."85

Pike está se referindo ao fracasso de Napoleão Bonaparte em conquistar a Eu-


ropa para os Templários. Os Templários Maçônicos selecionaram Napoleão para esse
fim, depois que ele apoiou sua Revolução após o desastre do Reino do Terror. Mons.
Dillon escreve que, em 1804, quando o Jacobino Napoleão pretendia proclamar-se Impe-
rador, desejava dar aos Maçons uma promessa de seus princípios, e... ele fez isso,
matando o duque d'Enghien, após o que ele disse: "Eles desejam destruir a Revolução
ao atacá-la em minha pessoa. Eu vou defendê-la, porque eu sou a Revolução. Eu, eu
mesmo, eu mesmo. Eles irão considerar isso a partir de hoje, pois eles saberão do que
somos capazes."86

Em 1799, quando Napoleão tomou o poder, as Grandes Lojas do Oriente foram


abertas em todos os lugares, assumidas pelos Cavaleiros Templários. Em 1801, o Gran-
de Oriente e o Rito Escocês se fundiram. Em 1804, Napoleão se declarou imperador.
Nesta Webster escreve que, em pouco tempo, "Quase 1.200 lojas existiam na França
sob o Império; generais, magistrados, artistas, eruditos e notáveis, de todas as linhas,
foram iniciados na Ordem. O mais eminente deles foi o príncipe Cambaceres, pro Grão-
Mestre do Grande Oriente."87

Não há registro de que Napoleão tenha sido um Illuminatus. Há um amplo re-


gistro, no entanto, que ele era um firme Templário. Ele era Jacobino e, de acordo com a
Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry, também membro da Maçonaria do Grande
Oriente, como eram seus irmãos, mas somente depois que o Grande Oriente se fundiu
com os Templários do Rito Escoces.88

No entanto, Napoleão falhou com os Templários. Suas aventuras militares tor-


naram-se muito estendidas geograficamente. A Maçonaria inglesa, desconfiada de sua
intenção, finalmente enviou o General Maçom Wellington para derrotá-lo em Waterloo.89

292
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

Enquanto isso, em 1815, a Irmandade Britânica, com sua aristocracia oligárquica, esteve
representada no Congresso de Viena para ajudar a restabelecer o domínio Merovíngio.

Adam Weishaupt viveu até os oitenta e dois anos e morreu solitário, em 1830.
Antes de passar para a eternidade, ele chamou um padre Católico e pediu para ser res-
tabelecido na Igreja. Alguns autores revisionistas acreditam que isso foi uma manobra de
um revolucionário endurecido que queria fazer parecer que os Illuminati estavam sendo
enterrados com ele. Pode haver algum mérito nessa especulação, já que ele suposta-
mente nomeou um sucessor - um Maçom do Grande Oriente Italiano chamado Giuseppe
Mazzini.

A Itália caiu pouco depois da França. Edith Starr Miller fala de um incidente em
1824 em que um dos chefes do Conselho Supremo da França, de codinome Nubio, foi
enviado para a Itália para destruir lá a moralidade Cristã. Para instruí-lo em sua chegada,
foi-lhe dado o Guide for the Heads of the Highest Grades of Masonry. Este alto Maçom
escreveu ao Signor Volpi, chefe da Maçonaria na Itália, "fui designado para desmoralizar
[sic] a educação dos jovens da Igreja. "90

Quarenta e cinco anos depois, essa desmoralização continuou sendo a menta-


lidade da Maçonaria Francesa. Em 1869, as atas ao Conselho Supremo da Maçonaria de
Mizralm (Criação Sionista de Cagliostro) dizia: "Vamos promover a idéia do amor livre,
para que possamos destruir entre as mulheres Cristãs o apego aos princípios e práticas
de sua religião ".91

Duas décadas depois, o "sexo livre" foi recomendado à Maçonaria Universal


como um estilo de vida Maçônico. No verão de 1889, como vimos, Albert Pike sugeriu
aos vinte e três Supremos Conselhos reunidos em Paris, que deveriam erguer casas de
prostituição, ás quais chamou de "Lojas de Adoção" para "Comércio com mulheres,
pertencendo a todos os irmãos..."92

Claramente, a licenciosidade está no coração da hierarquia Maçônica. É um rito


Maçônico, já que a Loja Maçônica é a sede moderna da religião sensual da Babilônia.
Esse estilo de vida foi promovido nos Tugendbunds do Grande Oriente, antes da Revolu-
ção Francesa. Usando Judeus da reforma anti-Semita como frentes, os Tugendbunds
ensinaram como virtuoso tudo que era contrário à Lei Mosaica. Lojas Maçônicas torna-
ram-se antros de corrupção e prostituição.

293
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A Corrupção Maçônica da América


A história dos eventos em nosso país, levando à secularização de nossa cultura
e o concomitante mal do aborto generalizado, começou durante a Segunda Guerra Mun-
dial. Em retrospecto, essa sequência é tão obviamente Maçônica, que não poderia ter
sido um mero acidente, mas deve ter sido um plano bem calculado. Usando a Revolução
Francesa Maçônica como nosso padrão e medidor, descobriremos que oito dos dez
passos para destruir a América Cristã foram realizados. São eles em ordem: (1) a maio-
ria dos indicados para a Suprema Corte foram Maçons; (2) a mesma Suprema Corte, sob
domínio Maçônico, reinterpretou nossa Constituição para implementar a "Separação de
Igreja e Estado"; (3) a mídia Maçônica promoveu falsamente a Constituição para incorpo-
rar e proteger a "separação entre Igreja e Estado"; (4) o Supremo Tribunal Federal de-
terminou a insconstitucionalidade da leitura e da oração da Bíblia em escolas públicas,
por causa da separação de Estado e Igreja; (5) o NEA, controlado por Maçons, substituiu
imediatamente a Moralidade bíblica nas escolas públicas por uma nova moralidade licen-
ciosa; (6) o Supremo Tribunal legalizou prontamente a pornografia para estender a nova
moralidade do sexo livre para a vida pública; (7) o mesmo Tribunal, em seguida, tomou
medidas contra a autoridade dos pais sobre os filhos; e (8) legalizou a distribuição de
contraceptivos e o assassinato de nascituros através do aborto.

Vamos agora documentar que a Maçonaria é a força por trás de cada uma das
dez etapas para destruir o Cristianismo na América. Paul Fisher detalha essa sequência
de sucessos Maçonicos em Behind The Lodge Door. Primeiro, ele diz que nosso Supre-
mo Tribunal foi entulhado com Maçons durante os três mandatos presidenciais do Ma-
çom de 32º grau, Presidente Franklin Roosevelt. Cinco dos nove juízes eram seus Ir-
mãos do Rito Escocês. Os outros compartilhavam visões Maçônicas. De 1941 a 1971, de
cinco a oito Maçons sentaram-se nas cadeiras do Supremo Tribunal Federal, em qual-
quer ano.

Segundo, a Primeira Emenda de nossa Constituição teve que ser Maçonica-


mente interpretada para dar significado à "Separação de Igreja e Estado". As palavras
reais da Emenda diziam: "O Congresso não fará nenhuma lei a respeito do estabeleci-
mento de religião, ou proibindo seu livre exercício; ou abreviar a liberdade de expressão
ou de imprensa; ou o direito do povo de se reunir pacificamente, e de solicitar ao governo
uma reparação de injustiça".

Nossos antepassados escreveram a Primeira Emenda para que a liberdade de


religião e liberdade de expressão andassem juntas. Portanto, era constitucional para
todos os Cristãos o direito de orar e ler nossas Bíblias em voz alta onde bem quisessem,
mesmo nas escolas públicas. A emenda afirmava que nenhuma lei deveria ser feita para
proibir essa liberdade. Portanto, para suprimir esse direito constitucional, a Maçonaria
294
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

teve que anular a Primeira Emenda com outra – de sua própria interpretação. Uma decla-
ração feita em 1941 pelo Maçom do 32º grau, o juiz da Suprema Corte Robert H. Jack-
son, confirma esse fato. Ele disse que a Constituição e suas emendas "são o que os
juízes dizem que são".94 Uma vez que a decisão é tomada, estabelece um precedente e
se torna lei.

"Separação de Igreja e Estado" são palavras originadas nas mentes dos revo-
lucionários Maçônicos Franceses, não na mente de nossos antepassados. Por exemplo,
a constituição Francesa de inspiração Maçônica de 1791 previa a criação de um sistema
de educação pública gratuita e secular, cujo resultado é que a religião não é mais ensi-
nada nas escolas públicas da França até hoje.95

Essas mesmas restrições de religião se estenderam à maioria dos países co-


munistas. Por exemplo, na antiga União Soviética, a frase "separação entre Igreja e
Estado" foi escrita em sua constituição. Mas não na nossa. Após a Segunda Guerra
Mundial, a Maçonaria Americana decidiu seguir o padrão da União Soviética. Para con-
tornar uma flagrante traição, nossa Suprema Corte, dominada pela Maçonaria, disse que
a separação de igreja e estado estavam "implícita" na Primeira Emenda.96

O terceiro passo na conspiração Maçônica para destruir o Cristianismo na Amé-


rica foi ativar a imprensa Maçônica controlada. A mídia repetiu várias vezes a interpreta-
ção da Suprema Corte sobre a Primeira Emenda, como se fossem as palavras reais da
Constituição. "A separação entre Igreja e Estado faz parte da nossa Constituição", dizia a
imprensa. "Portanto, a atividade religiosa nas escolas financiadas pelo estado viola nos-
sa Constituição." Até hoje, a maioria dos Americanos acredita nessa desinformação
Maçônica, porque eles não leem a Constituição desde os dias do ensino médio.

Após o ataque de propaganda da mídia, o quarto passo para destruir a América


Cristã foi proibir a atividade religiosa (que significa Cristianismo, é claro) em nossas salas
de aula. Quatorze anos antes da decisão de Schempp de 1962-1963 que derrubou a
oração e a leitura da Bíblia em nossas escolas públicas,97 a Maçonaria começou a pro-
gramar seus membros para aceitarem a mudança. A propaganda Maçônica foi publicada
pela primeira vez na revista New Age, de novembro de 1948. Em um artigo intitulado
"Religião nas escolas públicas", a Jurisdição Sul da Maçonaria do Rito Escocês promo-
veu a "religião natural" para substituir o Cristianismo em nossas escolas públicas:

A dramática apresentação do 32º grau do Rito Escocês expressa um código de


ética que é essencialmente a religião natural. A Maçonaria do Rito Escocês apresenta
um excelente exemplo do que pode ser seguido em nossas escolas públicas.... Não pode
haver objeção bem fundamentada à apresentação da religião natural.98

295
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A definição de "religião natural" da Maçonaria foi explicada como a religião do


"conhecimento do bem e do mal" na New Age de janeiro de 1949 e setembro de 1958.
Os artigos publicados neste órgão Maçônico recomendavam que as escolas públicas
deveriam ensinar às crianças o "equilíbrio entre o bem e o mal" e "o conhecimento do
bem e o mal".99 Como sabemos, essa é a religião da Serpente, em Gênesis 2:16-17;
3:1-5.

Menos de três anos antes da Bíblia e da oração serem proibidas nas escolas
públicas, a New Age (março de 1959) se gabava da Nova Ordem da Maçonaria, trazida
pelo "estabelecimento da rede pública de ensino, financiada pelo Estado, com o objetivo
combinado da educação tecnológica e sociológica da massa da humanidade, começan-
do cedo nas crianças".100 O artigo confirmou que a "educação sociológica" seria uma
educação "Liberal".

Após o quarto passo de proibir a Bíblia e a oração nas escolas públicas tornar-
se realidade, o quinto passo veio rapidamente. Com a expressão da moral Cristã não
sendo mais permitida após 1963, a Associação Nacional de Educação criada pela Maço-
naria (NEA) teve o reinado livre como "agentes de mudança" para ensinar e formar uma
geração de "religiosos naturais" com uma "nova moralidade" - ou melhor, com "nenhuma
moralidade". Esta técnica era comparável ao procedimento empregado pelas escolas de
Filantropia dos Illuminati.

Tão rapidamente veio o sexto passo. Percebendo que as mentes jovens nas
escolas públicas, agora vazias da moralidade Bíblica, eram presas fáceis para a sedução
contínua após a graduação, nossa Suprema Corte, dominada por Maçons, autorizou, e
de fato protegeu, as incitações para um viver indecente, com sua decisão sobre porno-
grafia. Desta vez, o juiz Brennan, não um próprio Maçom, mas alguém cujo pensamento
era paralelo ao pensamento Maçônico, estava na vanguarda. Fisher explica:

Em ‘Roth vs. United States’, 354 EUA 476 (1957), o Juiz Brennan na opinião
majoritária, embora negando que a obscenidade é protegida pela Constituição, postulou
a definição única de obscenidade como "material que lida com o sexo de uma maneira
atraente para interesses lascivos." Ele então disse que o teste da obscenidade é "se a
pessoa média, aplicando os padrões comunitários contemporâneos, o tema dominante
do material, considerado como um todo, apela para interesses lascivos". Isso permitiu
que publicações como Playboy e Penthouse exibissem nudez pornográfica em suas
revistas, além de artigos sobre política, artes, economia, etc. de especialistas reconheci-
dos em suas respectivas áreas.101

Na esteira da pornografia legalizada, surgiu a legislação dos "direitos humanos


e civis", que deu origem ao muito divulgado "direito à privacidade", não um direito legis-

296
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

lado, mas uma interpretação dos "direitos civis". Enquanto isso, a "nova moralidade"
ensinada nas escolas públicas começou a se estabelecer. Sexo livre e aberto, agora
muito exibido em ambos as comunidades heterossexual e homossexual, tornou-se a
ordem do dia. O número de mães solteiras começou a subir.

Os sétimo e oitavo passos para destruir a América Cristã foram dados quando a
Suprema Corte, dominada por Maçons, agiu contra a autoridade dos pais sobre seus
próprios filhos. Fisher nos informa que a aprovação da Suprema Corte de distribuir con-
traceptivos para crianças sem o consentimento dos pais, e autorizando-as a realizarem
abortos sem o mesmo consentimento, é paralelo ao pensamento Maçônico.102 Mais uma
vez, o Juiz Brennen foi um dos principais arquitetos da decisão do aborto em Roe vs.
Wade, de 1973.103

Após esta legislação, vieram as repetidas frases Maçônicas "direitos das mulhe-
res" e "pró-escolha". Novamente, esses não são direitos legislados, mas direitos impla-
cavelmente divulgados e promovidos pela elite da mídia de nosso país. Uma citação de
Citizen, de 15 de outubro de 1990, uma revista publicada por "Focus on the Family", de
James Dobson, aborda a promoção da agenda da agenda Maçônica anti-familia:

A maioria dos principais jornais apóia os direitos ao aborto em suas páginas


editoriais, e repórteres são decididamente pró-aborto. Uma pesquisa de 1985 do ‘Los
Angeles Times’ descobriu que 82 por cento dos jornalistas em jornais de todos os tama-
nhos dizem que são a favor do direito ao aborto. Alguns repórteres participaram de uma
grande marcha pelos direitos ao aborto em Washington, em 1989 ....

As maiores redes de jornais do país dão dinheiro a grupos a favor do aborto ....
Os jornalistas tendem a considerar os oponentes ao aborto como "fanáticos religiosos" e
"extremistas radicais ..." 104

Existe uma conexão entre as visões anti-familiares e anti-religiosas da mídia e


da Maçonaria? Para uma resposta, lembre-se da declaração feita na edição de julho de
1928 da Revista Maçônica New Age: "'muitos membros do National Press Club são
Maçons, e não poucos deles Maçons muito importantes."

O The Washington Post, um dos jornais listados por Myron Fagan como pro-
Masônico, fornece um estudo de caso clássico de viés institucionalizador de "pró-
escolha". A declaração a seguir vem diretamente do Washington Post Deskbook on
Style:

Os termos ‘direito à Vida’ e ‘pró-Vida’ são usados pelos advogados na contro-


vérsia do aborto para reforçar seus argumentos. Eles geralmente devem ser usados

297
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

como parte de títulos ou citações de uma organização e entre aspas, mas não como
adjetivos descritivos no texto. Deve-se usar ‘defensores dos direitos ao aborto’ para
aqueles que apóiam a liberdade de escolha e ‘anti-aborto’ para aqueles que se opõem a
ela.106

As diretrizes do Post para combater os "pró-vidas" aparentemente insistem que


eles sejam chamados "anti-abortistas", e por forte implicação, supressores dos direitos
das mulheres. Por outro lado, o movimento "pró-abortista" deveria ser intitulado "advoga-
dos dos direitos ao aborto" ou promotores dos direitos da mulher. Esses termos, negati-
vos para aqueles que se opõem ao assassinato, e positivos para aqueles que apreciam o
massacre de nascituros, são palavras sanitárias que ocultam a realidade - sacrifício
seletivo de crianças por egoísmo e controle populacional. Na realidade, o aborto se torna
um abate "científico" do rebanho humano.

O sacerdócio nas antigas religiões de mistério usava a mesma desculpa "cientí-


fica", ao sacrificar crianças em um rito religioso. As práticas antigas são paralelas ao
pensamento Maçônico de hoje, o qual é deliberadamente projetado para acalmar a cons-
ciência daqueles que oficiam na cerimônia dos sacrifícios infantis, agora legais. Mais
revelador é o fato de que muitos que trabalham em clínicas de aborto são os próprios
adoradores de Satanás, que, pelo ato de matar os nascituros, estão, consciente e volun-
tariamente, realizando sacrifícios humanos ao deus demônio. Esse fato é confirmado por
Carol Everett, ex-proprietária de várias clínicas de aborto, em Dallas, Texas. Wendell
Amstutz, em Exposing and Confronting Satan & Associates, cita-a dizendo: "Um grande
número de ocultistas trabalha nas clínicas. Existe uma ligação definitiva entre as fábricas
do aborto e o oculto. Pessoas envolvidas no aborto estão envolvidas em atividades de-
moníacas."107

Hoje, a corrupção moral permeia a sociedade Americana, incluindo a comuni-


dade Cristã. Oito das dez medidas tomadas pela Maçonaria para destruir a América
Cristã foram bem sucedidas. A nona será uma "lei anti-proselitismo", iniciada nas escolas
públicas, mas eventualmente se estendendo à vida pública, proibindo até o convite para
não salvos frequentarem a igreja. O precedente já foi estabelecido por uma lei Francesa.
Um testemunho Cristão, ou qualquer testemunha religiosa, é proibido nas escolas públi-
cas Francesas.108 Quando (e não se) esta lei for promulgada nos Estados Unidos, pode-
mos ter certeza que será apoiada pelo traiçoeiro Conselho Nacional de Igrejas dominado
pela Maçonaria.

O décimo passo da Maçonaria ocorrerá rapidamente se os Cristãos resistirem


ao nono. O "Reino de Terror" da Revolução Francesa e o "Terror Vermelho" da Revolu-
ção Russa são exemplos da "solução final" planejada para professar Cristãos na Améri-
ca. Os seguidores da “Nova Era” Maçônica estão preparando o caminho. Ken Eyers,

298
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

porta-voz da Nova Era, escreveu na Parade Magazine, de 9 de agosto de 1987, "Aqueles


que não podem ser iluminados [Cristãos] não terão permissão para habitar neste mundo.
Eles serão enviados [significando mortos] para algum lugar igualmente apropriado para
trabalhar o seu caminho para a compreensão".

Aparentemente, a Maçonaria na América está seguindo o plano desenhado pe-


la Maçonaria de Voltaire, que em uma carta ao rei Frederick, o Grande, chefe do Rito
Escocês Templário, compartilhou sua "solução final": "Por fim, quando todo o corpo da
Igreja estiver suficientemente enfraquecido e a infidelidade forte o suficiente, o golpe final
[deve] ser dado pela espada da perseguição aberta e implacável. Um reino de terror
[deve] se espalhar sobre a terra inteira, e... continuar enquanto um Cristão possa ser
considerado obstinado o suficiente para aderir ao Cristianismo".109

A América, hoje, está colhendo os frutos das sementes plantadas por


Weishaupt e sua obscena Maçonaria iluminada. Cem anos atrás, os agentes do Grande
Oriente foram enviados para a América, a fim de minar o Cristianismo em nossa nação.
Em um século, a Maçonaria cumpriu seu objetivo. Por acaso, somos a última grande
nação a cair.

Arrependimento
Se os Cristãos apáticos não resistem agora, pode ser tarde demais. Jesus Cris-
to, ao condenar a Igreja de Laodicéia por sua apatia, nos dá a solução para tirar nossa
nação de sua decadência moral. Em Apocalipse 3:18-19, Ele diz: "Aconselho-te comprar
de mim ouro refinado no fogo, para que tu sejas rico; e vestes brancas, para que te vis-
tas, e que a vergonha da tua nudez não apareça; e que unjas teus olhos com colírio,
para que possas ver. A todos que eu amo, eu repreendo e castigo; sê zeloso, portanto, e
arrepende-te."

O arrependimento é um ato de separação do mundo - um afastamento da luxú-


ria do mundo. O apóstolo Paulo escreveu em II Coríntios 6:14-17:

Não estejais unidos em jugo desigual com incrédulos, pois que companheirismo
tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que harmonia
há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o crente com o infiel? E que acordo tem o
templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivo, como Deus
disse: Eu habitarei neles e andarei entre eles; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu
povo. Portanto, saí do meio deles, e separai-vos, diz o Senhor. E não toqueis
em coisa imunda, e eu vos receberei...

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Nosso Senhor quer que nos separemos de tudo o que é impuro, profano e mau.
As Escrituras implicam especificamente na separação de uma religião oriental, como
inferido pelas palavras indiferentes, injustiça, escuridão, Belial e infiel. Exige que essa
idolatria não seja trazida para nossas vidas.

Todas essas palavras estão ligadas pela palavra jugo. No sentido Grego, essa pala-
vra jugo é usada apenas uma vez no Novo Testamento - aqui, no versículo acima - signi-
ficando "para associar a discórdia."110 Deus nos adverte contra associações discordan-
tes (conflitantes, contrárias e incompatíveis).

A palavra primitiva Grega para jugo significa literalmente "braço da balança que
conecta o par de pesos em equilíbrio." Esta definição é descritiva do "equilíbrio" da Ma-
çonaria em todas as coisas. A Loja tenta igualar ou equilibrar todos os relacionamentos,
todas as ações e todas as religiões na Maçonaria. Figurativamente, a raiz desta palavra
significa estar "unido por obrigação, ou servidão por lei ou obrigação".111

Todas as religiões orientais exigem servidão por obrigação, vinculando seu sa-
cerdócio a este curso de ação por juramentos irrevogáveis. A Maçonaria exige o mesmo
de seus iniciados.

Os Cristãos devem estar separados dessa religião. Alguns, no entanto, "se uni-
ram" com os Maçons e a Maçonaria. Como Paulo advertiu, "saia dentre eles", Jesus
Cristo adverte em Apocalipse 18:4: "Sai dela, povo meu, para que não sejais participan-
tes de seus pecados, e para que não recebam suas pragas."

A palavra Grega traduzida como "pragas" é usada apenas no livro do Apocalip-


se. Ela literalmente significa "um golpe" e, figurativamente, significa calamidades.112 Hoje,
nossa nação está experimentando calamidades repetidas e crescentes, provocadas por
terremotos, mau clima, AIDS, economia ruim, além de empresários, banqueiros e políti-
cos desonestos.

No Israel antigo, o Senhor deu ao rei Salomão quatro etapas para verificar a
decadência moral de sua nação. Lembre-se do conselho do Deus Todo-Poderoso, em II
Crônicas 7:14: "Se o meu povo, que é chamado pelo meu nome, se humilhar, e orar, e
buscar a minha face, e voltar dos seus caminhos iníquos; então eu ouvirei do céu, e
perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra."

O convite de Deus é tão simples. No entanto, em uma terra de liberdade, os


Cristãos não respondem para isso. A liberdade fez com que a Igreja se tornasse morna.
Perseguição, não liberdade, sempre purificou a Igreja. Cristo advertiu a respeito da per-

300
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

seguição na era da Igreja de Laodicéia. Ele disse: "A todos que eu amo, eu repreendo e
castigo; sê zeloso, portanto, e arrepende-te."(Apocalipse 3:19).

Devemos nos humilhar, orar, buscar o rosto de Deus e nos arrepender. Se qui-
sermos sobreviver como uma nação Cristã, devemos agir de acordo com essas palavras
do Deus Todo-Poderoso, assim como ensiná-las como um modo de vida para nossos
filhos. Pastores separados do mundo precisam pregar essa mensagem de pureza à sua
congregação. Somente nisso reside nossa segurança nacional. Nada mais! Nada menos!
Estamos dispostos? Vai ser necessário um esforço concentrado. Depende de nós! Uma
terra curada será o resultado.

301
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Conclusão
Quatro das oito pernas da "teoria do polvo" são realmente parte da conspiração
do Templarismo Francês. Duas das pernas também eram tentáculos do Sionismo Inglês
- os Judeus e a Maçonaria. Os Judeus, no entanto, participaram da Revolução Francesa
pela mesma razão pela qual participaram da Revolução Gloriosa Inglesa - para ganhar
liberdade, como qualquer raça oprimida o faria. Em relação aos Jesuítas, embora muitos
se uniram à Maçonaria, não há evidências concretas de que elas sejam a mão oculta. Os
Illuminati, criados pelo ainda mais secreto Priorado de Sião, pareciam ter sido a mão
oculta. Quando os Illuminati foram expostos e suprimidos pelos Templários, os Cavalei-
ros assumiram a revolução.

Das sete teorias de conspiração discutidas, a Maçonaria é o abrigo no qual to-


dos se alojam - não a Igreja Católica, não o Judaísmo. Uma teoria da conspiração ainda
precisa ser trazida à luz. O comunismo. É Templário ou Sionista? Em capítulos futuros,
iremos aprender sobre sua criação Maçônica, seu desenvolvimento Maçônico e sua
proteção Maçônica.

302
Capítulo 11

PRIMEIRA GUERRA ENTRE AS MAÇONARIAS


INGLÊSA E FRANCÊSA

Muitos Príncipes Alemães menores continuaram sendo Maçons. O Duque de


Brunswick foi a figura central da primeira conspiração Maçônica. Viena era mais ou me-
nos Maçônica, desde o reinado do miserável Joseph II. Alexandre da Rússia foi educado
por La Harpe, Maçom do [Grande Oriente]...1

O Eleitor de Hesse, Príncipe William de Hanau, teve amplas visões em assun-


tos de religião, muito associado com os Maçons e praticaram completa tolerância religio-
sas.2

A realeza da Europa já estava envolvida na Maçonaria muito tempo antes da


chegada de Weishaupt em cena - não que eles fossem revolucionários, embora alguns,
claro, o fossem – mas porque eles eram curiosos. A Maçonaria era considerada a guar-
diã da ciência, algo para o que um homem inteligente deve olhar. Também era anti-
Católica, que serviu a muitos dos príncipes Protestantes Alemães. Até os monarcas
Católicos, nominais em seu Cristianismo, desconsideraram a proibição de filiação do
Vaticano e anexaram-se à Ordem. Após a Revolução Francesa, a Europa mergulhou no
caos político, os monarcas Protestantes e Católicos mudaram suas atitudes em relação
ao Ofício.

Como sabemos, a intenção original da Revolução Francesa era destronar a Di-


nastia Bourbon em favor do culto ao "Rei de Jerusalém" Lorraine-Habsburg de Sião.
Ainda, quando a Revolução começou, os jogadores mais fortes pareciam ser os Templá-
rios, que superaram os Illuminati de Sião ao expô-los. Forte evidência do envolvimento
Templário é vista na aparência dos Clubes Jacobinos, quando as portas das lojas do
Grande Oriente dos Illuminati são fechadas. É verdade que a maioria dos pesquisadores
de conspiração viram isso como nada mais do que uma mudança de nome por parte dos
Illuminati. Os Clubes Jacobinos foram iluminados e, como já vimos, o nome Jacobin
lembra Jacques de Molay, sugerindo fortemente a influência dos Templários, se não seu
controle.

Na época da Revolução Francesa, havia na verdade três grandes conspirações


trabalhando - tudo sob a bandeira Maçônica. Eles supostamente se uniram em 1782, em

303
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Wilhelmsbad, para cooperar na revolução. Todos os três foram iluminados naquela con-
ferência. Como os eventos subsequentes revelam, no entanto, cada um planejou secre-
tamente seu próprio resultado via Revolução. Por exemplo, a Grande Loja Francesa,
uma frente Maçônica Inglesa, foi Monarquista, querendo uma monarquia constitucional.
O Grande Oriente Francês, uma frente Illuminati do Priorado de Sião, lutou para substitu-
ir a dinastia Bourbon por outra. O Rito Escocês, uma frente Templária, planejava vingar
um assassinato de quatro séculos de idade, destruindo a monarquia e substituindo-a por
uma república. Assim dividida, a revolução estava fadada ao fracasso.

O desejo da Maçonaria de alterar a política despótica da Europa pode ter sido


um empreendimento admirável, mas o resultado não poderia ter sido previsto, nem resul-
tado nas paixões anti-sociais que foram despertadas, de possível contenção. A revolução
Francesa terminou no Terror. De acordo com a Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry,
não até 27 de dezembro de 1801, duas das facções em guerra da Maçonaria, os corpos
do Rito Escocês Templário e do Grande Oriente, se fundem.3 Logo depois, o terceiro
partido Maçônico, a Grande Loja, entrou na fila e os três mantiveram Napoleão. De Pon-
cins, em The Secret Powers Behind Revolution, explica que

Ao querer ir muito rápido, a maçonaria [sic] abortou. Os excessos do Terror


provocaram uma reação violenta do país. Sendo incapaz de fazer melhor, a maçonaria
[sic] retomou seu disfarce filantrópico e atitude respeitosa para a ordem social. Manteve
Napoleão, o qual, além disso, serviu para espalhar o espírito revolucionário em toda a
Europa .... Em uma palavra, ele foi para a Europa o que a revolução fora para a França.4

Napoleão Bonaparte e os Templários


Napoleão Bonaparte não foi um homem feito por si mesmo. Ele foi selecionado
pela Maçonaria Templária para salvar a revolução - para solidificar a revolução em seu
nome, uma vez que persistiam os rumores de que os Bourbons exilados retornariam.
Mons. Dillon escreve que "como um mal menor, portanto, e como meio de levar avante a
unificação da Europa, a qual eles haviam planejado através de suas conquistas, os Ma-
çons colocaram o poder supremo nas mãos de Bonaparte, e o incentivaram em sua
carreira ... "5 Embora a história geral apresente Napoleão como um católico fervoroso,
Mons. Dillon contradiz esse julgamento:

As cartas [de Napoleão] transpiram por toda parte o espírito da Maçonaria


avançada, regozijando-se das feridas que tinha sido capaz de infligir à Esposa de Cristo.
Ainda, este aventureiro conseguiu, com grande destreza, passar com muitos... como um
bom Católico... mas ele foi, em todos os seus atos, o que a Maçonaria fez dele. Ele era
mesquinho, egoísta, tirânico, cruel. Ele era indiferente a sangue. Ele poderia tolerar ou
304
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

usar a Igreja, enquanto isso se adequava à sua política. Mas ele teve, desde o início até
o próprio final de sua carreira, indiferença completa ao bem-estar dela e falta de crença
em suas doutrinas, inspirada por uma conexão precoce e ao longo da vida com os Illumi-
nati.6

Dillon nos informa que Napoleão realmente tinha conexões com o Iluminismo.
Ele tinha sido membro de uma Loja Templária, a extrema Loja Iluminada de Lyon e dera
prova de sua fidelidade à Maçonaria Italiana ao seqüestrar o Papa.7 Dillon também cita o
padre Deschamps, o qual afirma que "Napoleão Bonaparte era de fato um Maçom avan-
çado, e seu reinado ocorre na época mais florescente da Maçonaria."8

Embora não haja registro de Napoleão encontrar Weishaupt, existem muitas


evidências de que Napoleão era um Jacobino Templário. Quando os Illuminati foram
expostos, Napoleão mergulhou no Templarismo, absorvendo o quanto pode toda a sua
história, fascinado pela sua riqueza passada. Um de seus objetivos pessoais como Impe-
rador era capturar a Igreja Romana e confiscar todos os documentos Templários, o que
ele fez em 1810. Naquele ano, todo o arquivo do Vaticano, com mais de três mil caixas
de material - incluindo todos os documentos pertencentes aos Templários - foram trazi-
dos de volta a Paris. Apesar de alguns desses documentos terem sido, posteriormente,
devolvidos a Roma, muitos permaneceram na França.9

A Maçonaria, na Mackey’s Encyclopedia, certamente afirma Bonaparte como


uma de seus próprios:

Foi reivindicado, e com muita razão, como mostrado em seu curso da vida, que
Napoleão, o Grande, era membro da Irmandade ... É dito que a Loja de Strassburg brin-
dou Napoleão como Maçom. A descrição do brinde mostra que isso foi antes de Napo-
leão se tornar imperador... Em março de 1807, em Milão, [Itália], Napoleão é brindado
como "Irmão, Imperador e Rei, Protetor".10

Claramente, Napoleão Bonaparte foi levado ao poder por causa da falha da


Maçonaria em solidificar a Revolução. Os Templários o viam especialmente como o
homem que poderia unir o continente sob uma república Maçônica. Os odiados reis
Merovíngios do Graal seriam, de uma vez por todas, exterminados. Em nome de Napo-
leão, a revolução poderia continuar.

305
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Talleyrand e Napoleão
Os Templários levaram Napoleão ao poder com a assistência de Charles-
Maurice de Talleyrand-Perigord (1754-1838), um padre Católico renegado que tinha
ingressado na Maçonaria. A história de Talleyrand é desconcertante, para dizer o míni-
mo. Em 1779, no ano em que ele se alinhou com os Illuminati, ele também começou sua
carreira como um clérigo da corte, na Casa de Bourbon. Em 1780, ele foi nomeado agen-
te geral do clero Francês. Em 1786, na tentativa de continuar a atividade dos suprimidos
Illuminati, Talleyrand, juntamente com Mirabeau e Philippe, duque de Orleans, fundaram
o Clube Breton. O Clube Breton foi assumido pelos Templários que o renomearam para
Clube Jacobino.11

Sem piscar, Talleyrand fez a transição do Clube Breton Sionista para o Clube
Jacobino Templário. Lá ele conheceu Napoleão. Em 1788, Talleyrand foi nomeado Bispo
de Autun. Ele foi excomungado pelo Papa quando, durante a Revolução, ele cooperou
na reorganização radical da igreja. Quando a revolução fracassou, o hábil Talleyrand
provou seu valor para os Templários. Sob sua recomendação, os Templários encontra-
ram em Napoleão seu homem forte, o qual voltaria para salvar os ganhos da Revolução.
"Coloquem Napoleão no trono e abram as Grande Oriente", aconselhou Talleyrand.

Talleyrand não teve problemas em mudar dos Sionistas para os Templários. De


fato, ao longo de sua carreira, esse político astuto mudou de lado continuamente. Nin-
guém nunca sugeriu que ele poderia ter sido um agente duplo para o Priorado de Sião.
No entanto, suas atividades sugerem essa conclusão. Por exemplo, enquanto conversa-
va com os Templários no Clube Jacobino, Talleyrand também era membro de um clube
mais ilusório chamado Filadelfos, uma sociedade secreta Rosacruz fundada em 1790,
que era antagônica aos Templários e a Napoleão.12

Pesquisadores da conspiração disseram que Talleyrand estava jogando nos


dois lados da conspiração para sua própria elevação ao poder. A história registra que ele
certamente era adepto em se agradar de qualquer administração. A Encyclopaedia Bri-
tannica oferece um breve relato de sua agilidade política:

Um deputado na Assembléia Nacional durante os últimos anos da Revolução e


ministro das Relações Exteriores [1797-1799] sob o Diretório, Talleyrand alcançou gran-
de poder e influência sob Napoleão I como ministro das Relações Exteriores e mordomo
do império, antes de sua demissão [1807]. Ele, então, serviu como consultor para Napo-
leão... 13

Em 1810, Talleyrand começou a se distanciar do Imperador. Em 1812, ele to-


mou partido com o general Malet (um irmão Filadelfo) em uma conspiração para derrubar
306
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

o Império.14 Em 1815, ele estava no Congresso de Viena, misturando-se com os sangue


azul do Graal de Sião.

Enquanto os historiadores descrevem Talleyrand como astuto, discreto, astuto


e hábil, eles não registram aqueles com quem ele se associou na Ordem Rosacruz dos
Filadelfos, um grupo de frente Sionista. Um associado era Charles Nodier, o novo Grão-
Mestre do Priorado de Sião (G.M.1801-1844).

Quando Tallleyrand aconselhou os Templários a colocarem Napoleão no trono,


ele planejou cercar o imperador com o restante dos iluminado de Sião. No momento em
que Napoleão tomara o poder (1799), Talleyrand encontrou algum sucesso, quando as
lojas do Grande Oriente, onde os remanescentes do Iluminismo buscavam um lar, foram
abertas em todos os lugares.15 No entanto, esse sucesso foi abalado quando, em 1801,
os Grande Orientes fundiram-se com os rivais de Sião, o Rito Escocês Templário, que
adotou o republicanismo radical.

Os Templários, vendo em Napoleão sua chance de unificar a Europa, permiti-


ram ao Corso se declarar Imperador, em 1804. A Maçonaria conspirou durante o Império,
ajudando Napoleão em 1805, minando o poder dos militares Austríacos e Russos na
Batalha de Austerlitz, dando a Napoleão sua maior vitória. Mons. Dillon explica como a
conspiração funcionou: "As estratégias dos Austríacos e de outros generais opostos a
Napoleão foram frustradas, a traição era predominante em seus campos e as informa-
ções cruciais de suas estratégias foram transmitidas ao comandante Francês."16

A Maçonaria estava, então, do lado de Napoleão. Nos próximos quatro anos,


seu poder de ocultar influência e espionagem foram colocadas à disposição do Impera-
dor. Napoleão, no entanto, não fazia ideia de que seu rápido sucesso se devia ao serviço
de inteligência Maçônico. Altivo e arrogante, cego pelo poder, ele acreditava que era a
fonte de todas as suas brilhantes vitórias. Mons. Dillon escreve que o maior erro de Na-
poleão foi o encorajamento que ele deu à Maçonaria. Serviu ao seu "propósito admira-
velmente por um tempo, isto é, enquanto atendia às visões atuais e finais da conspira-
ção..."17

No entanto, os problemas começaram a surgir entre Napoleão e os poderes


dos Templários quando estes assistiram seus irmãos colocados nos tronos conquistados
da Europa, todos mergulhados nos segredos da Maçonaria. Quando Napoleão desejou
uma esposa com sangue Habsburg para tornar seu reinado mais legítimo na França, a
Maçonaria ficou nervosa.

Napoleão não queria mais ser Imperador. Ele queria ser Rei. Em 1809, ele di-
vorciou-se de Josephine, da Casa de Bourbon. O Príncipe Metternich, ministro das rela-

307
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

ções exteriores Austríaco, respondeu a um esforço para trazer paz à Europa e providen-
ciou para que Napoleão se casasse com uma princesa Merovíngia, a arquiduquesa
Maria Louise, da Casa de Habsburg.18 A Maçonaria temia que o poder do Imperador
pudesse se perpetuar com essa aliança, cuja conseqüência seria gerar um herdeiro para
seu trono. Um segundo Napoleão poderia causar perigo para a república universal, a
qual poderia ser inaugurada pela Maçonaria com a morte do primeiro Napoleão.

Mons. Dillon escreve que a Maçonaria observou como o Imperador "começou a


mostrar uma frieza com a seita, e buscou meios para evitar isso a partir do propagandis-
mo de suas ofertas diabólicas. Então, a Maçonaria se tornou sua inimiga, e seu fim não
estava longe."19

Em 1810, Napoleão se tornou o primeiro excomungado da Maçonaria. Mons.


Dillon escreve que, em 1812, "os membros da seita insistiram em sua louca expedição a
Moscou. Seus recursos estavam paralisados; e ele foi, em uma palavra, vendido por
inimigos secretos e invisíveis para as mãos de seus inimigos".20

Sião e Charles Nodier


Enquanto as Lojas Francesas no Continente estavam se distanciando de Napo-
leão, a intriga Maçônica através do canal começou a se desenvolver em 1811. O Maçom
e Príncipe Alemão William de Hesse estava negociando com a Inglaterra o desembarque
na costa, para uma ação combinada contra os Franceses.21 Para ajudar os Alemães, o
Maçom General Malet, um Filadélfio, tentou em 1812 derrubar o Império, usando a Ingla-
terra como sua base de operações. O comandante das tropas era o General Massena,
Grão-Mestre do Grande Oriente, que na época estava em desgraça com Napoleão.
Implicados na trama estavam Charles Nodier, Talleyrand e os Generais Moreau e Tro-
chot, todos Maçons.22

Antes de embarcar em seu empreendimento, um dos conspiradores abordou a


montagem dos Filadelfos. O discurso sugere Sião, quando o orador diz que a queda do
Imperador seria "o último dos opressores de Jerusalém". 23 - uma referência óbvia ao
culto Merovíngio do "rei de Jerusalém".

Essa ousada conspiração quase teve sucesso. O general Malet, no entanto,


carregou o segredo dos Filadelfos para o túmulo. Após a derrota de Malet, o Priorado de
Sião parecia ter abaixado as armas e pego a caneta. Aprendendo bem com os Illuminati
que o controle da imprensa era uma arma mais eficaz, os Grão-Mestres de Sião, desde
então, usaram a imprensa para manipular a opinião pública.

308
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

O Priorado de Sião planejava a derrubada de Napoleão desde 1804, quando


ele declarou-se Imperador. O indivíduo designado para a tarefa foi Charles Nodier, o
novo Grão-Mestre de Sião.

Nodier foi uma excelente escolha. Como Charles Radcliffe, ele nasceu no
acampamento inimigo. O pai de Nodier, um Jacobino e estimado Mestre Maçom em uma
Loja Templária, foi Prefeito de Besancon e presidente do tribunal revolucionário da cida-
de. O idoso Nodier, na vanguarda das atividades e políticas Maçônicas da época, estava
aparentemente ocupado demais para saber, ou mesmo se importar, com as atividades
subversivas de seu jovem e brilhante filho.24

O jovem Nodier era o que chamaríamos hoje de "aprendiz avançado" ou prodí-


gio. Quando ele foi levado pelos Filadelfos, aos dez anos de idade, para ser preparado
para pilotar o navio de Sião, ele demonstrou uma habilidade extraordinária em assuntos
culturais e políticos. "Aos dezoito anos", escrevem os autores de Holy Bood, Holy Grail,
"ele havia estabelecido uma reputação literária e continuou a publicar prolificamente pelo
resto de sua vida, na média de um livro por ano."25 Em seu tempo, "Nodier era conside-
rado uma das principais figuras e sua influência foi enorme."

Tirando todas as outras qualificações, apenas o talento literário de Nodier o fa-


ria uma excelente escolha como Grão-Mestre de Sião, pois foi isso que o preparou para
sua tarefa final – a tarefa mais importante para a Maçonaria iluminada dentre as que ele
havia realizado até aquele momento. Na década de 1830, Nodier e seus associados
tiveram a tarefa de catalogar os livros e manuscritos ocultistas Templários que Napoleão
havia saqueado do Vaticano em 1810.

Um dos colegas de Nodier que o ajudou nessa tarefa, foi o Rosacruz Louis
Constant (também conhecido por Eliphas Levi (1810-1875).27 Em 1870, Levi teria um
papel significativo na conspiração Sionista contra Napoleão III. De acordo com a Ma-
ckey’s Encyclopedia of Freemasonry, Eliphas Levi tornou-se um escritor prolífico sobre a
Maçonaria mágica,28 cujo esoterismo ele obviamente aprendeu enquanto examinava
metodicamente os manuscritos Templários. Charles Nodier foi o primeiro a experimentar
o uso de desinformação deliberada e amplamente divulgada, tarefa à qual seus grandes
talentos literários se adequavam. Em 1816, ele escreveu A History of Secret Societies in
the Army under Napoleon. Nodier credita a essas sociedades secretas a queda de
Napoleão. Apesar do Grão-Mestre mencionar em seu livro serem os Filadelfios os princi-
pais conspiradores, ele prometeu não revelar a identidade real de seus controladores.
Nodier escreve que "o juramento que me liga aos Filadelfos ... me proíbe de torná-los
conhecidos sob seu nome social.29

309
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Nodier aqui admite que os Filadélfios eram uma "frente" para uma sociedade
secreta conspiratória muito maior. Holy Blood, Holy Grail sugere que Nodier estava ocul-
tando o Priorado de Sião na frase "sob seu nome social". Mas Sião não era um "nome
social". De fato, a existência de Sião era tão secreta que ela não se tornou conhecida
dos pesquisadores de conspiração até os nossos dias, especificamente em 1982, quan-
do Holy Blood, Holy Grail foi publicado. Qual é, então, o "nome social" ao qual Nodier se
refere?

A resposta pode ser encontrada analisando o enredo Filadelfiano. Desde que


os Filadelfios usaram a Inglaterra como sua base de operações, e considerando o fato de
que a maioria dos conspiradores era Rosacruz, o "nome social" ao qual Nodier estava se
referindo parece mais provável que tenha sido os Rosacruzes, ou seus descendentes, a
Maçonaria Inglesa. Possivelmente, Nodier estava sugerindo que a Maçonaria Inglesa
projetara a trama para depor Napoleão.

De qualquer forma, o Priorado de Sião nunca foi revelado. Por outro lado, o li-
vro de Nodier sugeriu outros conspiradores e tramas. Os autores de Holy Blood descre-
vem o efeito que o livro de Nodier teve na comunidade Europeia:

O livro de Nodier entrou em cena quando o medo de sociedades secretas as-


sumiu proporções virtualmente patológicas.... As pessoas viam, ou imaginaram que viam,
conspirações em toda parte... Essa mentalidade gerou medidas de extrema repressão.

E a repressão, freqüentemente direcionada a uma ameaça fictícia, gera, por


sua vez, oponentes, reais, grupos reais de conspiradores subversivos - que poderiam
formar eles mesmos de acordo com as tramas fictícias.30

Como Nodier deixou cães de conspiração perseguindo fantasmas, os Maçons


Ingleses Rosacruzes de Sião estavam livres para continuar sua conspiração. Se esse foi
o efeito pretendido pelo Grão-Mestre ou apenas um experimento não se sabe, todos os
futuros Grão-Mestres de Sião manipulariam a opinião pública através da imprensa. Essa
técnica foi aperfeiçoada e praticada através de "vazamentos de imprensa", que muitas
vezes eram mentiras flagrantes. Outras vezes, verdades parciais ou fatos reais vazaram.
Vazamentos dessa natureza ficaram conhecidos como má informação ou desinformação.
Tais difamações permitiram à Maçonaria destruir alguém que não aderisse à linha liberal
Maçônica: clérigo, político, rei, presidente, ou presidente nomeado para o Supremo Tri-
bunal, todos estavam em risco.

310
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

A Queda de Napoleão
Quando Napoleão chegou ao poder, a Maçonaria Francesa "não ficou com me-
do nem revoltada", escreve Dom Dillon." O que ela desejava de fato? Para ampliar seu
império - 'Ela permitiu-se ficar sujeita a despotismo para se tornar soberana.’ Isto nos dá
toda a razão pela qual a Maçonaria permitiu a Napoleão, primeiro governar, em seguida
reinar, depois conquistar e, finalmente, cair."31

Quando Talleyrand descobriu que a Maçonaria não aprovava mais a autocracia


de Napoleão, ele conseguiu se distanciar do Imperador e se preparar para a mudança
que viria. De fato, todos os Altos-Maçons estavam prontos para trair o imperador. Eles já
tinham determinado que seu substituto deveria estar muito distante da Igreja Católica. E,
se possível, o novo governante não deveria ser membro da Casa de Bourbon. Quando
Napoleão foi enviado para o exílio permanente, os Maçons Franceses exigiram o Protes-
tante e Maçônico Rei da Holanda para ser o Rei da França. "Esta deficiência", diz Dillon",
permitiu que eles utilizassem de astúcias maçônicas para obter os primeiros lugares no
Governo Provisório que sucedeu Napoleão. Eles se esforçaram para fazer o inevitável, e
para governar o novo [Bourbon] Louis XVIII, no interesse de sua seita e em detrimento
da Igreja e do Cristianismo."32

A Maçonaria Inglesa e a Casa de Rothschild


Quando a Maçonaria Continental começou a apoiar Napoleão, a Irmandade não
previu que isso enfraqueceria sua poderosa influência sobre os monarcas Europeus, os
quais eram eles mesmos Maçons, ou tinham ministros que eram membros do Ofício.
Segundo o Conde Corti, quando os reis do Santo Graal finalmente perceberam que a
Maçonaria Iluminada era uma conspiração contra seus tronos, eles mudaram sua lealda-
de para o Tugendbund Alemão ressuscitado, sob a proteção dos Loja Maçonica Inglesa,
em Hannover. A partir daí, eles lutaram para recuperar ou proteger seus tronos, auxilia-
dos pelo financiamento dos Rothschilds e do poder militar da Grã-Bretanha.33

A Maçonaria Britânica estava mais do que disposta a defender os reis Merovín-


gios da Europa. Sua própria aristocracia temia por seus privilégios a cada vitória de
Napoleão. De Poncins cita o Maçom J. C. Corneloup, 33o grau do Grande Oriente, ex-
Grande comandante do Grande Colégio de Ritos que, em 1963, no seu Universalism of
French Freemasonry, disse: "É a partir desta época na Inglaterra que a não registrada,
mas real aliança tripla entre a Monarquia, a Igreja da Inglaterra e a Maçonaria foi firmada
- uma aliança que até hoje tem sido muito eficaz."34

311
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A assistência à oligarquia Maçônica era dada pela empresa bancária mais fa-
mosa do mundo, a Casa de Rothschild. Seu fundador, Meyer Amschel Rothschild, havia
localizado estrategicamente seus filhos na Europa, para melhor servir a guerra dos mo-
narcas contra Napoleão. Uma lenda da conspiração bem-circulada foi que, em 1812,
"Meyer Amschel reuniu seus cinco filhos sobre em seu leito de morte e dividiu a Europa
entre eles."35 No entanto, registros policiais franceses e registros de vistos emitidos pro-
vam que essa divisão no leito de morte é uma farsa, revelando, em vez disso, que os
filhos do ancião Rothschild haviam se estabelecido na Europa uma década antes de
Napoleão chegar ao poder. "Além disso", diz Corti, “a doença de Rothschild surgiu abrup-
tamente e se desenvolveu tão rapidamente que a idéia de chamar os filhos que estavam
no exterior nunca poderia ter sido considerada."36

Quando a morte chegou ao velho patriarca em 1812, seu filho mais velho, Ams-
chel, e seu mais novo, Carl, já administravam o banco em sua cidade natal, Frankfurt.
Nathan, seu filho mais agressivo, administrava a filial de Londres desde, pelo menos,
1801. Salomão estava morando em Paris, e James (um Maçom do 33º grau) era quem
mantinha a comunicação entre Salomão e Nathan na Inglaterra, cuja moradia ficava em
Gravelines, na costa do Canal, no Departamento Pas-de-Calais.37

Logo após a chegada de Nathan Rothschild a Londres, ele entrou para a Maço-
naria Inglêsa.38 Quando as guerras Napoleônicas ameaçaram seus patronos reais no
Continente, Nathan começou a procurar apoio para os reis Europeus nos corredores das
Lojas, em Londres. Consequentemente, em 1807, a poderosa Marinha Inglesa bloqueou
todos os portos Franceses. Em 1812, no entanto, a Grã-Bretanha estava em guerra com
os novatos Estados Unidos da América (Guerra de 1812), e não podia esticar-se para
desembarcar tropas no Continente. Finalmente, em 24 de dezembro de 1814, Londres
assinou um tratado com a América, liberando os recursos militares da Inglaterra. No
Congresso de Viena, quando Londres teve a garantia do apoio dos monarcas arrependi-
dos que renunciaram sua filiação ao Grande Oriente, as forças armadas da Inglaterra
entraram em ação pela oligarquia Européia..

Aproveitando a fraqueza dos republicanos Franceses, a Inglaterra enviou o Ma-


çom Duque de Wellington, de sua campanha em Portugal, para confrontar Napoleão, em
Waterloo. A batalha poderia ter sido de qualquer maneira e de fato, em um ponto, Napo-
leão parecia estar ganhando. Quando o primeiro enviado militar levou para Londres o
relatório do sucesso de Napoleão sobre Wellington, o mercado de ações Britânico des-
pencou. Nathan Rothschild ganhou dinheiro com as ações em baixa e, da noite para o
dia, se tornou o homem mais rico da Inglaterra, controlando finalmente seu banco cen-
tral. Desde aquele dia até o final de sua vida, Nathan era conhecido como o "banqueiro
da Inglaterra".39

312
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

Alguns autores de conspiração culparam Nathan por criar a crise no mercado


de ações, acusando-o de falsificar os relatórios anteriores da batalha de Waterloo. No
entanto, segundo Corti, isso não poderia ter acontecido, uma vez que o primeiro relatório
foi transportado secretamente por um enviado do governo. Corti confirma que quando
Nathan, através de seus próprios canais, ouviu pela primeira vez a vitória de Wellington
sobre Napoleão, o estoque do mercado já havia caído e Nathan comprou as ações. Além
disso, quando Nathan recebeu seu relatório da vitória de Wellington, ele não o reteve,
mas, em vez disso, deu-o imediatamente ao governo Britânico. O governo Britânico
escolheu não dar crédito ao relatório de Nathan, preferindo crer no relatório anterior de
seus próprios militares enviados. O governo Britânico adiou um dia inteiro até que seu
segundo correio chegasse e confirmasse as informações de Nathan. Corti narra os deta-
lhes desses eventos:

Sobre a retomada das hostilidades na França, Herries [Comissário-chefe de fi-


nanciamento das forças Britânicas e Aliadas no Continente] e Nathan [Rothschild] havi-
am retornado a Londres e aguardavam ansiosamente as notícias do resultado do confli-
to. Nathan e seus irmãos sempre fizeram questão de deixar um ao outro ter notícias tão
rápido quanto possível, diretamente ou através de seus amigos de negócios, de qualquer
evento importante que pudesse influenciar seus negócios ou ser algo determinante para
novos empreendimentos. Nathan prometeu prêmios para o fornecimento mais rápido de
notícias aos barcos que navegavam entre a Inglaterra e o Continente. Ele também instru-
iu seus agentes em todo o mundo, para fornecerem a ele informações, o mais cedo
possível, em relação ao resultado do conflito esperado. Tais medidas foram particular-
mente importantes naquele momento, porque nenhum dos métodos modernos de trans-
mitir notícias tinha sido inventado - o correio por etapa, ou seja, mensageiros em série,
era a maneira mais rápida e habitual de enviar notícias que havia.

Os arranjos de Nathan funcionaram perfeitamente em relação à batalha de Wa-


terloo. Um de seus agentes, cujo nome era Rothworth, esperava em Ostende por notí-
cias do resultado da batalha. Ele conseguiu obter a primeira edição em jornal contendo o
relato do sucedido na batalha, e com uma cópia do Dutch Gazette recém-impressa,
pegou um barco que ia apenas para Londres.

Ele entrou na capital Britânica bem cedo, na manhã de 20 de junho de 1815, e


imediatamente relatou a Nathan, que transmitiu a notícia da vitória a Herries, e através
dele, para o governo Britânico.

O governo [era], a princípio, cético por não ter recebido qualquer informação di-
reta, e o enviado de Wellington, o major Henry Percy, não chegou com o relatório do
marechal de campo até 21 de junho. Os membros do governo Britânico ficaram tremen-
damente impressionados com o conhecimento avançado de Nathan de tal evento impor-

313
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

tante; e quando isso se tornou conhecido, o público, que estava apenas começando a
entender até que ponto Nathan era utilizado pelo Tesouro Inglês, começou a inventar
todo tipo de lendas sobre o método pelo qual Nathan havia adquirido esse conhecimento
e a maneira pela qual ele o havia explorado.

Alguns disseram que ele tinha um serviço privado de pombos-correio; outros,


que ele havia estado pessoalmente na batalha de Waterloo, e viajara para a costa em
alta velocidade. Para tornar a história mais romântica, ele teria encontrado tempestades
intensas quando chegou ao Canal e o atravessou sob risco de vida. Nathan também foi
acusado de ter explorado as notícias sobre as ações e, assim, de uma só vez, criado as
enormes fortunas dos Rothschilds.40

Em defesa dos Rothschilds, Corti escreve: "Nathan naturalmente aplicou as in-


formações antecipadas que obteve para seu próprio lucro nos negócios. Ele foi particu-
larmente habilidoso em explorar as condições anormais do período, condições tais que
proporcionam a quem tem o dom da especulação, uma oportunidade de enriquecer
enquanto aqueles que permanecem passivos são reduzidos à pobreza".41

Eventos dessa natureza ocorreram durante as Guerras Napoleônicas. Com a


ajuda dos Rothschilds e da Maçonaria Inglesa, juntamente com a retirada de Napoleão
da Maçonaria Francesa, o Corso caiu. De fato, o Grande Oriente estava tão enfraquecido
nesse tempo, que não poderia se opor ao desejo de toda a nação da França, sendo
obrigado a submeter-se ao retorno dos Bourbons.

A Riqueza dos Maçons Britânicos


Durante o curso dessa luta continental, a Inglaterra, com seu extenso litoral,
não foi tocado pelas guerras. Comerciantes Britânicos do mar, mais conhecidos como a
Companhia Britânica das Índias Orientais, transportou materiais de guerra desespera-
damente necessários, medicamentos (principalmente ópio) e suprimentos para o Conti-
nente. Esses comerciantes eram todos "nascidos e criados" na Maçonaria Inglesa. Como
"Irmãos Maçônicos", eles eram herdeiros de monopólios comerciais com aliados Euro-
peus da Grã-Bretanha. Embora Napoleão tenha tentado o bloqueio, a rede subterrânea
de Maçons no Continente, obediente à Grande Loja Inglesa, ajudou a contrabandear
materiais de guerra para seus destinos. O governo Britânico encorajou esses contraban-
distas com prêmios para romper o bloqueio Napoleônico.42 Dessa maneira, Nathan
Rothschild conseguiu financiar o Exército de Wellington.

A oligarquia na Maçonaria Britânica, incluindo a Casa de Rothschild, tornou-se


extremamente rica e poderosa. Em contraste, os reis Europeus, emprestando fundos
314
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

para lutar uma guerra de sobrevivência, estavam sofrendo perto da falência. Embora a
Casa de Rothschild veio em seu socorro financeiro, os empréstimos eram intermináveis,
gerando juros por interesse, gradualmente minando a riqueza dos reis. No entanto, eles
não tiveram nenhum recurso. Eles precisavam da assistência para sobreviverem.

Napoleão, na tentativa de romper os canais comerciais entre a Grã-Bretanha e


a Rússia, entrou em guerra com a mesma. O comércio originário das margens do mar da
Inglaterra, no entanto, não pôde ser parado, e a oligarquia britânica exerceu uma influên-
cia política e financeira mais poderosa sobre os soberanos continentais. Em casa, Lon-
dres foi capaz de dedicar sua principal atenção, praticamente imperturbável, ao desen-
volvimento de seu comércio e a prosperidade de seus cidadãos.

Corti escreve que "No final do século XVIII, a Inglaterra era, indiscutivelmente, o
poder comercial mais importante da Europa, e a Casa dos Rothschild fez uma jogada
extremamente inteligente, ao providenciar que um de seus filhos, e o mais talentoso
nisso, fixasse residência naquele reino".43

O mito de que somente os Rothschilds se tornaram ricos durante as Guerras


Napoleônicas é infundado. Toda a oligarquia Britânica foi beneficiada - de fato, toda a
Grã-Bretanha compartilhava da riqueza. Posteriormente, as Guerras Napoleônicas solidi-
ficaram o casamento entre os Rothschilds e a Maçonaria Inglesa. Como resultado, os
Rothschilds mudaram sua sede bancária para Londres, onde permanecem até hoje.
Além disso, neste ponto, testemunhamos um despertar da Maçonaria Inglesa, que duran-
te o próximo século, gradualmente transferiu a sede da conspiração para o domínio
mundial, de Paris para Londres. A Casa de Rothschild estava, é claro, numa posição
única para ajudar; seu envolvimento com a Maçonaria Inglesa tem motivado alguns
pesquisadores de conspiração a declararem que este clã Judeu era a Mão Oculta que
planejava esses eventos.44

No entanto, como Corti confirma ao longo de seu livro, essa identificação dos
Rothschilds como a Mão Oculta é bastante impossível. Embora os Rothschilds tivessem
alinhados com a mais poderosa Grande Loja Inglesa, eles não controlavam a conspira-
ção Maçônica Sionista. Eles, provavelmente, ignoravam isso; os "documentos do Priora-
do" não fizeram menção significativa ao seu clã.

Os Templários e o Grande Oriente Missionário


Após as guerras Napoleônicas, o Grande Oriente Francês reinava supremo em
quantidade no Continente. Mons. Dillon confirma que, após a derrota de Napoleão Bona-
parte, os exércitos revolucionários Franceses em retirada deixaram para trás um flagelo
315
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

mortal que não pôde ser removido. Esse "flagelo mortal" era o sistema ateístico da Ma-
çonaria do Grande Oriente Francesa.45

Destas nações européias, a Grande Maçonaria do Oriente foi então transporta-


da para suas colônias. Por exemplo, da Itália, foi levada para a Sicília e para a África. Da
Espanha e de Portugal, embarcou para a América Central e do Sul, e para as Filipinas.
Soldados russos, perseguindo Napoleão em retirada pela Europa, pararam de vez em
quando para investigar a função das Lojas do Grande Oriente. Muitos oficiais russos
ficaram sob a influência das idéias revolucionárias do Grande Oriente, levando-as para
sua pátria. O historiador russo Dimitri Merejkovsky nos informa que, quando esses ofici-
ais retornaram à Rússia, fundaram, em 1816, uma loja chamada aliança de Salut, "tendo
por objetivo a abolição violenta da autocracia."46

A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry escreve sobre o fracasso do esforço


revolucionário realizado por essa loja Russa:

No final das guerras Napoleônicas e com o retorno do exército à Rússia, este


corpo Maçônico cresceu a ponto de ter quarenta lojas sob [sua] jurisdição. Essas lojas,
sob influência francesa, voltaram sua atenção para a política, e encerraram sua carreira
no tumulto da tentativa de revolução, em dezembro de 1825.47

Mas as lojas não terminaram sua "turbulência" após o fracasso de 1825, como
Mackey nos faria acreditar. Paul Fisher, usando a edição de fevereiro de 1945 do Rito
Escocês, tendo a revista New Age como fonte, conta como os revolucionários russos
fugiram para a França, onde foram protegidos e rejuvenescidos pelas lojas do Grande
Oriente, de onde retornaram para a Rússia a fim de continuar sua "turbulência":

"Depois de 1825, muitos Maçons Russos se exilaram na França, onde as lojas,


operando no idioma russo, foram patrocinadas pelo Grande Oriente. Alguns exilados
mais tarde retornaram à Rússia e organizaram lojas em São Petersburgo e Moscou. Mais
tarde, lojas adicionais foram organizadas no início do século XX e tinham objetivos e
visão declaradamente políticos: isto é, a derrubada da autocracia."48

O reinado de Napoleão Bonaparte foi a época mais florescente da Maçonaria.49


Isso, apesar de Napoleão ter sido derrotado, exilado em Elba, e a Casa de Bourbon ter
voltado ao trono Francês.

316
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

Planos para Impedir o Republicanismo Templário


Durante os setenta e cinco anos que antecederam a Revolução Francesa, os
reis Europeus haviam cooperado com a maré do Iluminismo, ignorando-o, tolerando-o ou
juntando-o através da iniciação à Maçonaria Continental. Eles permaneceram, no entan-
to, monarcas absolutos. Como tal, poucos se alinharam com a Maçonaria Inglesa. Eles
detestavam a monarquia constitucional em Londres, cientes do motivo pelo qual a Maço-
naria Inglesa favorecia esse sistema de governo. Como soberanos absolutos, eles não
queriam fazer parte disso. As guerras Napoleônicas, no entanto, os forçaram a reconsi-
derar. Assim, dois congressos oligárquicos, o de Viena, em 1815, e o de Verona, em
1822, foram realizados para solidificar a unidade da realeza Européia, sob a bandeira
Maçônica Britânica. A Maçonaria Inglesa representava a única esperança da realeza
contra os Republicanos Templários.

O Congresso de Viena (setembro de 1814 a junho de 1815) foi a mais destaca-


da assembléia política na história da Europa. Os "Quatro Grandes" - Rússia, Prússia,
Áustria, e Grã-Bretanha - foram os principais vencedores sobre Napoleão. A aliança de
suas forças, que expulsou o Corso, era o brilhante plano de Metternich, ministro Austría-
co de assuntos estrangeiros. Juntos, eles derrotaram e exilaram Napoleão para Elba. A
Casa de Bourbon recuperou o trono da França. Durante o Congresso, no entanto, Napo-
leão eclodiu e criou algumas travessuras por um curto período de tempo, antes de ser
derrotado em Waterloo, e então banido para Santa Helena. Em Viena, no entanto, o
nome de Metternich estava nos lábios de todos, pois ele havia planejado a brilhante
derrota de Napoleão.

Também presentes no congresso estavam os delegados da Suécia, da Dina-


marca, da Espanha, de Portugal, do Papado, da Baviera, da Saxônia, de Wurttemberg, e
da derrotada França - esta última representada por ninguém menos que o Illuminatus e
astuto agente duplo de Sião, Talleyrand.50 Através desta toupeira, o Grão-Mestre do
Priorado de Sião foi, sem dúvida, mantido a par dos procedimentos.51

Os soberanos Merovíngios representados no Congresso entendiam bem sua


herança monárquica. O conflito interminável entre os Cavaleiros Templários e o Priorado
de Sião, então enfurecido entre as Maçonarias Francesa e Inglesa, teve frustrado, no
passado, o sonho de Sião de conquistar o mundo. Os Merovíngios sabiam que as Guer-
ras Napoleônicas foram apenas mais uma tentativa dos Templários de usurpar seus
tronos. Eles temiam que esse conflito recente não seria o último, mas esperavam que o
Congresso estabelecesse seu objetivo milenar de colocar seu "Rei de Jerusalém" no
trono de uma Europa unida - em última análise, para governar um mundo unido.

317
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Quatro grandes estratégias foram desenvolvidas no Congresso de Viena para


manter o Republicanismo Templário sob controle: (1) devolver a Igreja Católica ao seu
status unificador original, um status do qual os monarcas haviam tão tolamente se afas-
tado; (2) estabelecer uma poderosa Federação monárquica da Europa para impedir a
propagação do republicanismo do Grande Oriente Templário; (3) reconsiderar a situação
dos Judeus, cuja perseguição anterior pelas monarquias resultaram em sua emancipa-
ção por seu adversário Templário; e (4) estabelecer a Suíça como um Estado neutro
para armazenar sua riqueza móvel, caso outra erupção Templária ocorresse.52

O primeiro tópico não foi difícil. Antes da Revolução Francesa, os soberanos ti-
nham sido enganados para se unirem com seu adversário Templário, esperando que
dentro da Maçonaria Francesa, houvesse a oportunidade de rejeitar o jugo do Catolicis-
mo Romano. No Congresso, eles perceberam o erro e sentiram que tinham que voltar o
Catolicismo ao seu status original. O único obstáculo deles era o Czar Alexander I. Ele
não era de sangue do Graal, e o Cristianismo de seu reino não era Romano. Iniciando no
século XV, sua nação foi Cristianizada e governada religiosamente por Constantinopla, a
Igreja Ortodoxa Oriental. Além disso, Alexander estava solidamente ancorado no campo
do inimigo. Ele estava mergulhado na Maçonaria do Grande Oriente, treinado e guiado
pelos depravados daquela sociedade degenerada. Os reis Europeus Ocidentais não
poderiam mais progredir com ele, a não ser concordar no desejo mútuo de livrar o mundo
de Napoleão.

A Oligarquia e o Catolicismo
Antes da derrota de Napoleão, os monarcas Europeus haviam assistido horrori-
zados o pequeno Imperador-General destruir progressivamente um trono após o outro,
através do auxílio da Maçonaria Republicana do Grande Oriente. Como resultado, muitos
soberanos que tinham se juntado à Maçonaria Continental renunciaram à sua afiliação,
pagando caro para abraçar a Maçonaria Inglesa.

Nos dois Congressos reais, esses nobres começaram a confessar seu erro um
ao outro, alguns em particular, outros em amplos discursos. Um sangue azul era o Con-
de de Virieu. Virieu fora delegado em Wilhelmsbad, representando a Loja Maçônica de
Lyon, Les chevaliers bienfaisants. Ao voltar para Wilhelmsbad em Paris, ele disse a um
amigo, "não vou lhe contar os segredos que trouxe, mas o que eu acredito, posso lhe
dizer, que uma trama está sendo traçada, tão bem planejada e tão profunda que será
difícil para a religião e para o governo não sucumbir".53 Ele renunciou à Maçonaria e
retornou à Igreja Católica. Ele fez esta confissão novamente no Congresso de Viena.

318
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

No Congresso de Verona, sete anos depois, o Conde von Haugwitz, que havia
acompanhado seu mestre, o Rei da Prússia, confessou o papel da Maçonaria do Grande
Oriente. Seu discurso é gravado por ambos, De Poncins e Dillon. Dillon cita Haugwitz,
dizendo: “[Quando eu] cheguei ao final da minha carreira, acredito ser meu dever lançar
um olhar sobre as sociedades secretas cujo poder ameaça a humanidade, hoje mais do
que nunca. A história deles está tão ligada à da minha vida, que não posso deixar de
publicá-lo mais uma vez e de fornecer alguns detalhes sobre isto.”

Minha disposição natural e minha educação, tendo excitado em mim um desejo


tão grande para obter informações, fez com que eu não pudesse me contentar com o
conhecimento comum, eu desejava penetrar na própria essência das coisas. Mas a
sombra segue a luz; assim, uma curiosidade insaciável se desenvolve, proporcionalmen-
te aos esforços que se faz para penetrar ainda mais no santuário da ciência. Esses dois
sentimentos me impulsionaram a entrar na sociedade dos Maçons.

É sabido que o primeiro passo que se dá na ordem é pouco calculado para sa-
tisfazer a mente. Esse é precisamente o perigo a ser temido pela imaginação infame da
juventude. Mal havia atingido a maioria, quando, não só me encontrei à frente da Maço-
naria, mas além do mais, ocupei um lugar de destaque no capítulo de altos graus. Antes
que eu tivesse o poder de conhecer a mim mesmo, antes que eu pudesse compreender
a situação na qual eu tinha me comprometido, vi-me encarregado da direção superior
das reuniões Maçonicas de uma parte da Prússia, da Polônia e da Rússia.54

O conde Haugwitz continuou sua longa confissão, descrevendo como a Maço-


naria está dividida em dois campos, Deísmo versus Ateísmo, obviamente referindo-se à
Maçonaria Inglêsa deista e à Maçonaria Francesa ateísta. Haugwitz confessou que era
membro de ambas. Em seguida, ele alertou o Congresso contra a Maçonaria Francesa:

Foi no ano de 1777 que fiquei encarregado da direção de uma parte das lojas
Prussianas, três ou quatro anos antes do convento de Wilhelmsbad e da invasão das
lojas pelo iluminismo. Minha ação se estendeu até sobre os irmãos dispersos por toda a
Polônia e Rússia. Se eu não o visse, não poderia dar uma explicação a mim mesmo, do
descuido com o qual os Governos conseguiram fechar os olhos para esse distúrbio, um
verdadeiro estado dentro de um Estado. Não eram apenas os chefes em correspondên-
cia constante, empregando determinados códigos, mas mesmo eles enviavam, recipro-
camente, emissários um para o outro. Nosso objetivo era exercer uma influência domi-
nante sobre os tronos, assim como fora o dos Cavaleiros Templários.55

Haugwitz concluiu informando ao Congresso como as Lojas do Grande Oriente


Templário iluminado iniciaram o drama de 1789, conhecido como a Revolução Francesa.

319
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Ele lamentou: "De todos os meus contemporâneos daquela época, não resta um - todos
foram mortos.... [Isso] me levou a tomar a firme resolução de renunciar à Maçonaria."56

Que excessos deploráveis esses soberanos desfrutaram por séculos, ambos to-
lerando e lutando contra os domínios temporais da Igreja Católica, eles agora temiam
nas mãos dos Templários. As discussões no Congresso de Viena foram focadas na
proteção de seus tronos do republicanismo Templário. A primeira decisão foi restaurar a
Igreja Católica à sua posição anterior. Dillon escreve que

O poder temporal [da Igreja] era sua fortaleza, o ponto de encontro de toda au-
toridade legítima da Europa. Com um certo instinto de auto-preservação, o cismático
Lorde da Rússia, o evangélico Rei da Prússia, os governos Protestantes da Inglaterra, da
Dinamarca e da Suécia, bem como as antigas legítimas dinastias Católicas de Portugal,
da Áustria, da Baviera e da Espanha, haviam determinado no Congresso de Viena sobre
a restauração dos domínios temporais do Papa. Os conservadores da Europa, sejam
Católicos, Protestantes ou cismáticos [Orthodoxos Orientais], sentiram que, enquanto os
Estados da Igreja foram preservados intactos para o líder da religião Católica, seus pró-
prios direitos poderiam permanecer inquestionáveis – que para alcançar seus direitos,
eles deveriam ser primeiramente atacados.57

Isso levou o mundo a acreditar que os reis da Europa eram Católicos fervoro-
sos, quando na verdade, eles usavam o Catolicismo apenas como um mecanismo de
controle. Primeiro, eles eram sionistas Merovíngios. Segundo, eles eram soberanos.
Terceiro, eles eram Católicos, ou se Protestantes - tolerando o Catolicismo.

O Congresso de Viena conseguiu restaurar a maior parte dos antigos estados


Italianos, bem como os estados da Igreja, a seus legítimos (significando hereditários)
governantes. No entanto, não teve êxito sua tentativa de contrariar a proposta de uma
república universal do Grande Oriente, com sua própria federação monárquica, que foi o
segundo tópico considerado no Congresso.

Proposta de Um Governo Mundial


Sob Napoleão, a Maçonaria Templária do Grande Oriente falhou em estabele-
cer a República da Europa. Agora, era a vez de Sião, protegida pela Maçonaria Inglesa
Rosacruz. No Congresso de Viena, o Príncipe Clemens Lothar von Metternich, ministro
Austríaco de Assuntos Estrangeiros, introduziu o conceito de Federação Unida da Euro-
pa. O plano dele era formar uma confederação de reinos, cada um dos quais permanece-
ria independente, mas tendo um órgão de governo comum em Viena. A Federação das
Nações combinaria suas forças armadas sob um poderoso exército federal para manter a
320
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

paz. Os Estados fracos deveriam ser ocupados pelo Exército para deter a propagação do
republicanismo.59

O Czar Alexander I recusou-se a apoiar o impressionante exército de 500.000


homens e, assim, o plano falhou. Ele suspeitava da influência dos Illuminati no Congres-
so e impediu que se tornasse cedo uma Liga de Nações.60 Em vez disso, ele queria
dividir os despojos da vitória - com a Rússia, é claro, recebendo a maior parte. Os Du-
rants escrevem isso em resposta aos desejos de Alexander,

Metternich procurou aliados contra o [czar Alexander] entre os delegados dos


poderes das minorias. Ele argumentou que o princípio da legitimidade proibia tal espolia-
ção de um rei, como a Rússia e a Prússia propuseram na Saxônia. Eles concordaram,
mas, como eles poderiam falar o princípio para uma Rússia que tinha 500.000 soldados
esquartejados em sua frente ocidental? Metternich apelou a Lorde Castlereagh, que
falava pela Inglaterra: Não faria a Inglaterra sentir-se desconfortável com a Rússia inva-
dindo a Polônia e aliada à uma Prússia anexando a Saxônia? O que isso faria com o
equilíbrio de poder entre leste e oeste? Castlereagh pediu licença; a Grã-Bretanha esta-
va em guerra com os Estados Unidos e não podia arriscar-se em um confronto com a
Rússia.61

Durante essas discussões, Napoleão ainda não havia escapado de Elba para
sofrer sua última
derrota em Waterloo. Metternich, como último recurso, voltou-se para a toupeira do
Priorado de Sião, Talleyrand. Metternich detestava esse homem astuto, mas precisava
de sua ajuda contra a Rússia. Tallleyrand prometeu a Metternich um exército Francês
com 300.000 homens bem treinados. Os Durants descrevem as negociações de Tal-
leyrand e a resolução da situação:

Tallleyrand obteve [do novo Rei Bourbon] o consentimento de Louis XVIII; os


dois diplomatas conquistaram Castlereagh, agora que a paz havia sido feita com a Amé-
rica. Em 3 de janeiro de 1815, França, Áustria e Grã-Bretanha formaram uma Aliança
Tripla para ajuda mútua na manutenção do equilíbrio de poder. A Rússia retirou sua
reivindicação de toda a Polônia; e a Prússia, depois de recuperar Thorn e Posen, con-
cordou em levar apenas dois décimos da Saxônia. Talleyrand recebeu a maior parte do
crédito e se gabou de que a diplomacia havia mudado a França de um mendigo espan-
cado para novamente uma grande potência.62

Embora o Czar da Rússia não tenha obtido tudo o que havia pedido, afundou o
Plano Veneziano para uma federação Européia de monarcas. Sua ação não seria es-
quecida por Sião, nem seria perdoado.63 Na próxima vez em que a linhagem do Graal

321
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

estivesse em posição de dominar o mundo, a Rússia não seria capaz de interferir, pois
não haveria Czar em seu trono.

A Aliança Tripla foi tudo o que Metternich pôde reunir para sua proposta de fe-
deração da Europa. Embora os Merovíngios tenham falhado em sua primeira tentativa de
criar um estado maciço, o conceito nunca morreu. No entanto, vinculou o culto ao Venes-
iano "Rei de Jerusalém" à Maçonaria Britânica. O plano de Sião para uma Europa Unida
foi apenas atrasado. Apareceria novamente, mas não antes de dois séculos.64

Os Illuminati e o Congresso de Viena


O envolvimento de Talleyrand no Congresso de Viena convenceu muitos pes-
quisadores de conspiração que Weishaupt estava secretamente manipulando o proces-
so. Além disso, revisionistas tem descrito Nathan Rothschild na história, apresentando-o
como o homem forte das finanças por trás de Weishaupt. Se fosse verdade, Weishaupt
teria participado do Congresso, o que não foi possível, pois ele estava no exílio. Nathan
Rothschild também não estava presente no Congresso. Como confirmado anteriormente,
ele estava em Londres, aguardando o resultado dos novos empreendimentos militares de
Napoleão, os quais se sobrepuseram com o Congresso de Viena por cerca de seis me-
ses.

Além disso, como já discutimos, não há conexão positiva entre Weishaupt e os


Rothschilds. Se Weishaupt tinha um representante no Congresso, a única pessoa lógica
seria o Illuminatus Talleyrand. Talleyrand, no entanto, era mais íntimo de Charles Nodier,
o Grão-Mestre do Priorado de Sião, do que de Weishaupt. Talleyrand e Nodier, com a
ajuda dos Filadelfianos de Sião, em nome dos Merovíngios e da Maçonaria Inglesa,
conspiraram contra Napoleão. Se algum dos principais conspiradores influenciou o Con-
gresso, teria sido Charles Nodier, não Weishaupt, e definitivamente não Nathan Roths-
child. A única preocupação de Rothschild no resultado do Congresso foi a liberdade dos
Judeus. Por esse motivo, a família bancária enviou representantes para o Congresso,
não para manipular eventos mundiais, mas para fazer lobby pela emancipação Judaica.
Este foi seu único envolvimento, na verdade, sua única preocupação na época, que era a
terceira consideração no Congresso. Corti esclarece as preocupações e o interesse dos
Rothschilds no Congresso:

[A] decisão sobre o status futuro dos Judeus foi uma das perguntas a ser resol-
vida pelo Congresso de Viena .... A escolha de Viena não foi muito aceitável para os
Rothschild, pois a Áustria era o estado que, até então, obstinadamente, recusava-se a
manter relações comerciais estreitas com eles, e estadistas, como Ugarte, ainda não
confiavam realmente na empresa Judaica em Frankfort. Além disso, os Rothschild co-
322
______________________________________________________________CAPÍTULO 11

nheciam bem o rigoroso controle policial ao qual os Judeus estrangeiros eram submeti-
dos em Viena, e como todos os Judeus eram restringidos na liberdade de fazer negócios
na Áustria. No entanto, como eles estavam determinados a garantir as desejadas cone-
xões comerciais com o estado Austríaco, não queriam dificultar a realização de seu plano
através de possíveis conflitos com a polícia de Viena.

Tais considerações fizeram com que a Casa de Rothschild se abstivesse de


enviar um membro da família para lá. Os Israelitas de Frankfort enviaram o velho Born,
Jacob Baruch, e J. J. Gumprecht, como seus representantes. Eles foram vigiados de
perto pela polícia Vienense; de fato, sua expulsão foi ordenada e sancionada pelo próprio
imperador; mas Metternich interveio e impediu que fossem expulsos. A intervenção de
Metternich deveu-se, provavelmente, ao fato dele ter conhecido Baruch quando era
embaixador em Frankfort. Não há provas de que Rothschild teve alguma influência em
particular com o ministro na época.65

Suíça - O Cofre da Oligarquia


Durante nove meses, de setembro de 1814 a junho de 1815, as cabeças coro-
adas e seus renomados diplomatas haviam redesenhado o mapa da Europa. Eles, no
entanto, não estavam seguros naquilo que haviam realizado. Embora eles desprezassem
as teorias do governo democrático e se opusessem às doutrinas da auto-determinação
nacional, eles temiam os princípios da Revolução Francesa. A Revolução não apenas
colocara em risco sua soberania, como também comprometera sua riqueza. A agenda
final do Congresso era remediar esse problema.

No passado, a Casa de Rothschild havia desempenhado um papel significativo


no transporte e proteção da riqueza da realeza, mas, em 1815, seus bancos não se
situavam em nações neutras. Era necessário um local apartidário para satisfazer todas
as partes. A Áustria não era aceitável. Além disso, os Merovíngios estavam inseguros em
suas sedes remotas em Viena. Se os republicanos Templários revivessem, um território
mais próximo da fronteira Francesa seria mais desejável para a coleta de informações. A
Suíça havia provado seu valor estratégico anteriormente. Quando os Quatro Grandes
estavam se aproximando de Napoleão, Metternich havia transferido a sede imperial
austríaca de Viena para Freiburg, na Suíça, para melhor organizar de perto sua defesa
contra o Corso.66 Portanto, a decisão foi tomada no Congresso de Viena, para criar a
Suíça como um banco tendo um exército. Se as revoluções voltassem a ganhar impulso
e a realeza fosse exilada de suas respectivas terras, a Suíça neutra os protegeria, bem
como lhes forneceria amplos fundos para viverem várias vidas no luxo.

323
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A Inglaterra, não prejudicada pelos temores da oligarquia Veneziana e determi-


nada a salvaguardar seus interesses comerciais e coloniais, foi plenamente de acordo
em ratificar a neutralidade da Suíça. Antes de qualquer movimento financeiro, contudo,
Londres requereu o fechamento dos Swiss Grand Orients, sendo substituídos pelas
Swiss Grand Lodges sob Obediência inglesa. Só então a Inglaterra cooperaria.

Em Paris, em 20 de novembro de 1815, a neutralidade da Suíça foi garantida


por França, Áustria, Grã-Bretanha, Portugal, Prússia, Suécia e Rússia. Um século de-
pois, em 1919, no Tratado de Versalhes, a neutralidade foi novamente confirmada. Em
1920, a Liga das Nações reconheceram a Suíça como "condicionada por uma tradição
secular explicitamente incorporada no direito internacional".68 A tradição da neutralidade
suíça era novamente mantida de 1935 a 1945 - mesmo enquanto acontecia a guerra em
torno de suas fronteiras.

O Congresso de Viena foi encerrado em 18 de junho de 1815. Dois dias antes,


Napoleão havia sido derrotado em Waterloo. Nas próximas décadas, a linhagem oligár-
quica do Graal mudaria suas sedes financeiras de Viena para Zurique, na Suíça. Imedia-
tamente, eles começariam a trabalhar absorvendo as Lojas Francesas do Grande Orien-
te, colocando-as sob obediência Maçônica inglesa. O Maçom do 32o grau A. E. Waite,
em A New Encyclopaedia of Freemasonry nos dá um século de história a respeito das
manobras Maçônicas na Suíça. Ele relata que a Maçonaria Suíça foi fundada pelos Bri-
tânicos, já em 1736. Em 1775, as lojas Suíças transferiram sua lealdade da Maçonaria
Inglesa para a Estrita Observância Alemã. Sob Napoleão, os Franceses do Grande Ori-
ente invadiram a Suíça, e um certo número de lojas existentes veio sob sua obediência.
Genebra foi cedida à França durante as guerras de Napoleão, e a Maçonaria Suíça
tornou-se um apêndice do Grande Oriente Francês. Em 1818, como exigido por Londres,
a obediência Maçônica Inglesa começou a substituir o Grande Oriente, exceto em Gene-
bra, onde a aristocracia permitiu que uma Grande Loja do Oriente funcionasse.69

Em 1844, quatorze lojas na Suíça haviam se unido sob obediência Inglesa,


concordando com a Constituição da Grande Loja, e organizando a Grande Loja Alpina
em Zurich.70 Dentro de algumas décadas, a sede da Alpina mudou-se para Genebra, ao
lado de sua Grande rival do Oriente. Destas duas lojas, ambas dentro de uma nação
neutra, ambas com sede na mesma cidade, Escarlate e a Besta continuariam a planejar
suas separadas intrigas para dominar o mundo. De Genebra, tanto as revoluções de
direita quanto as revoluções de esquerda se espalhariam pela face da terra. Em Gene-
bra, ambas iriam se unir um século depois.

324
Capítulo 12

MAÇONARIA FRANCESA TENTA, E TENTA


NOVAMENTE

A Maçonaria, em seu comando momentâneo de poder, falhou em seu supremo


esforço. Ensinado por essas experiências, seu progresso se tornou mais lento e seguro.1

Conde Leon de Poncins

Em 1796, os sobreviventes da Casa de Bourbon escaparam para a ilha da Sicí-


lia, onde viveram protegidos pela Marinha Britânica até depois da Batalha de Waterloo.2
Quando Napoleão foi banido para a ilha de Santa Helena, e a Europa se reorganizou sob
o domínio oligárquico, os Bourbons se ofereceram para retornar, mas os Maçons Fran-
ceses não procuravam um rei, nem Bourbon nem Católico. Eles abordaram o Protestante
e Maçônico rei da Holanda para ser o rei da França. Dillon explica o lance mal sucedido
que se seguiu:

Falhando, eles planejaram as artimanhas Maçônicas para obter os primeiros lu-


gares no Governo Provisório que sucedeu Napoleão. Eles se esforçaram para fazer o
mais inevitável, e para governar o [Rei Bourbon] Louis XVIII que chegava, visando os
interesses de sua seita e em detrimento da Igreja e do Cristianismo.3

Na primeira revolução, a Maçonaria Francesa havia mostrado hostilidade aberta


à Casa de Bourbon. Por mais bizarro que possa parecer, quando Louis XVIII subiu ao
trono, ele favoreceu o Grande Oriente republicano Templário. Mais estranho ainda, Tal-
leyrand se tornou ministro. Além disso, outros Maçons avançados do império Napoleôni-
co, como Emmanuel Sieyes, Regis de Cambaceres e Joseph Fouche, também obtiveram
posições na corte. A corte de Louis estava cheia de Maçons Templários e Sionistas, que
novamente foram conspirando contra o trono. Dillon descreve os eventos desastrosos
que fluíram de seus esquemas:

Esses homens imediatamente se esforçaram para subverter o sentimento de


reação em favor da monarquia e da religião. Logo, Louis XVIII deu ao mundo o triste
espetáculo de um homem preparado na tentativa de cortar a própria garganta. Ele dis-
solveu um Parlamento ultra legalista, porque seus membros eram muito leais a ele. Os

325
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Maçons tiveram o cuidado de que o próximo Parlamento estivesse cheio de suas pró-
prias criaturas. Eles também arrancadam do Rei, sob a alegação de liberdade de im-
prensa, a permissão para inundar o país novamente com as publicações infiéis e imorais
de Voltaire e seus confederados, e com jornais e periódicos que se mostraram desastro-
sos para sua casa, e para o Cristianismo, na França. Isso levou, em pouco tempo, ao
atentado contra a vida do Duque de Berry, à revolução contra Charles X, à elevação do
filho do Grão-Mestre, o traidor Duque de Orleans, Philip Igualdade, como Rei Constituci-
onal, e a todos os resultados revolucionários que, desde então, distraíram e desgraçaram
a infeliz França.4

A Revolução Francesa de 1830


Incapaz de destronar os Bourbons, o Priorado de Sião estabeleceu um acordo
constitucional monárquico. Esse ajuste à realidade política não foi de fato uma manobra
tão estranha ao caráter de Sião, como pode parecer de início. Os autores de The Messi-
anic Legacy explicam a razão de Sião ter aceitado uma monarquia constitucional:
A essência de tal monarquia é que ela repousava na base defendida pelo Prio-
rado de Sião e atribuído à antiga dinastia Merovíngia da França. Para os Merovíngios, o
rei governava, mas não mandava. Em outras palavras, ele era meramente uma figura
simbólica. Na medida em que ele permanecia intocado pelo negócio maléfico da política
e do governo, seu status simbólico permanecia intocado. Como um dos escritores do
Priorado de Sião declarou em um artigo, "O rei é". Em outras palavras, sua moeda reside
no que ele encarna como símbolo, e não em qualquer coisa que ele exerça ou em qual-
quer poder real que possa ou não exercer. Os mais potentes símbolos sempre exercem
uma autoridade intangível, que só podem estar comprometidas pelas mais tangíveis
formas de poder.5

As "mais tangíveis formas de poder" eram, obviamente, os conspiradores no


parlamento da França, composto por representantes de Sião e do Templo. A designação
constante dos Grão-Mestres de Sião era comandar o navio de Sião em direção a um
curso favorável aos interesses do "Rei Perdido". Este objetivo provou ser mais difícil na
França do que na Inglaterra. Na Inglaterra, Sião não tinha adversário. Dentro da França,
no entanto, uma monarquia constitucional foi tão facilmente subvertida pelos Templários.
Tal foi o caso quando, na revolução de três dias de 1830, os Templários mais uma vez
assumiram o poder, quando a realeza foi deposta em favor de uma república. Em um
discurso cheio de terminologia Maçônica, de Poncins cita o Maçom M. Dupin, que credita
o golpe a um planejamento de longo prazo:

Não acredito que em apenas três dias tenhamos feito tudo. Se a revolução foi
tão rápida e repentina, se conseguimos fazê-la em alguns dias, é porque tivemos uma
326
______________________________________________________________CAPÍTULO 12

pedra angular pronta para ser colocada, e porque estávamos aptos a substituir imedia-
tamente aquilo que acabara de ser destruído por uma ordem nova e completa das coi-
sas.6

Maçonaria e a Revolução Italiana


Enquanto isso, a Maçonaria do Grande Oriente estava desenvolvendo uma re-
volução na Itália. Uma vez mais, a evidência dos próprios Maçons confirma a mão Maçô-
nica por trás da revolução. De Poncins cita Chiossone (sem nome próprio), um Maçom
italiano, falando na Solidariedade da Loja Parisiense, em 1907, que proclamou: "'As
tentativas revolucionárias que ocorreram desde 1821 na Itália foram obra da Maçona-
ria."'7 De Poncins continua:

Foi nesse período que Giuseppe [Joseph] Mazzini (1805-1872) iniciou sua ativi-
dade revolucionária, cujos principais objetivos eram a libertação, a unidade e a republi-
canização da Itália, a supressão do poder temporal do Papa, a destruição da Áustria e o
estabelecimento de repúblicas em toda parte.8

A operação de Mazzini foi semelhante à dos Illuminati. Tão semelhante, de fato,


que alguns pesquisadores de conspiração sugeriram que Adam Weishaupt nomeou
Mazzini como diretor dos Illuminati.9 Mazzini era Maçom há apenas três anos quando
Weishaupt morreu em 1830, mas seu caráter cruel, afirmam os pesquisadores, havia
chegado à atenção de Weishaupt. A única diferença entre os dois era que, embora
Weishaupt fosse Luciferiano, Mazzini era inicialmente ateu puro – tão bem sucedidos
foram os propagandistas dos Illuminati negando a existência de Deus.

A Carbonari
Mazzini foi iniciado na Maçonaria aos 22 anos. Naquela época, a forma inicial
da Maçonaria Italiana era chamada Carbonari. Miller observa a semelhança entre as
ordenanças e rituais da Carbonari e da Maçonaria:

O Carbonarismo Moderno foi fundado em 1815 por Maghella, natural de Gêno-


va, que, no momento em que Joachim Murat se tornou rei das duas Sicílias, era subordi-
nado de Saliceti, o Ministro da Polícia Napolitana. Ele [Maghella] era um Maçom que
isentava da iniciação e do período probatório a todos os Maçons que desejavam se
tornar Carbonari. Quem leu os estatutos e o ritual do Carbonarismo verá que são os
mesmos da Maçonaria.10

327
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Os planos da Carbonari foram registrados em 1818 em seu documento oficial


secreto, sob o título Permanent Instructions, ou Practical Code of Rules; Guide for the
Heads of the Highest Grades of Masonry. Este documento, de acordo com Miller, listou
vários objetivos, o último dos quais afirmou: "Nosso objetivo final é o de Voltaire e da
Revolução Francesa - a completa aniquilação do Catolicismo e, finalmente, de todo o
Cristianismo."11

Durante os primeiros anos de Mazzini como Maçom, o Grande Oriente havia


penetrado na Carbonari. Eventualmente, o último desapareceu e o primeiro se tornou a
Maçonaria dominante na Itália.

Jovem Europa
Giuseppe Mazzini, após três anos de intenso treinamento revolucionário (1827-
1830), concentrou-se em recrutar jovens rebeldes para promover sua conspiração de
revolução. Em 1831, ele foi exilado da Itália para a França. Em 1832, ele fundou para
seus jovens revolucionários sua própria forma de Maçonaria, prefixada pela palavra
Jovem.12 Em 1833, A Jovem Itália cresceu para 60.000 membros e foi suprimida naquele
ano pelo Governo italiano.

Em 1835, com a ajuda do Maçom Henry Palmerston, Mazzini fundou a Jovem


Europa na Suíça.13 Da mesma maneira que as idéias conspiratórias de Weishaupt conti-
nuaram a se espalhar depois que os Illuminati foram suprimidos, as Jovens sociedades
de Mazzini continuaram a se organizar em novos territórios, muito depois de sua morte.
No novo mundo, eles eram chamados Jovem America; na Inglaterra - Jovem Inglaterra,
na Itália – Jovem Itália, na Turquia - Jovens Turcos. No continente, eles eram, é claro, a
Jovem Europa.

As sociedades Jovens consistiam em jovens radicais e desordeiros, muitos dos


quais eram posteriormente iniciados nas lojas dos Templários do Grande Oriente em
seus respectivos países. A hierarquia no Rito Escocês dirigia sua atividade, enquanto a
imprensa Maçônica os descrevia como trabalhadores e estudantes expressando suas
queixas. Essa prática continua ainda hoje.14

Todos os jovens membros da sociedade Jovem em toda a Europa aprenderam


a arte da subversão pela Maçonaria do Grande Oriente. Estavam prontos para, quando
chamados, agitar, manifestar, instigar greves de trabalhadores, realizar comícios ou
espionar, bombardear e assassinar. Também conhecidos como Anarquistas e Niilistas,
eles eram imprudentes em todas as consequências, usando dinamite, faca ou revólver,
pela causa benevolente da Maçonaria do Grande Oriente. Mons. Dillon menciona especi-
328
______________________________________________________________CAPÍTULO 12

ficamente que esses bandidos (cuja proteção foi inclusa na Constituição Francesa), iriam
para Paris, ondeaprenderiam o uso e a fabricação de dinamite.15

Embora os membros da sociedade Jovem nos dias de Mazzini tenham sido


descritos como frouxos sem direção, eles eram, de fato, altamente organizados. Alguns
eram ricos. Alguns eram trabalhadores e estudantes, outros, manifestantes pagos. A
maioria não tinha emprego, mas gastava dinheiro livremente - um enigma para aqueles
que não tinham conhecimento de seus apoiadores Maçônicos. Depois que suas reivindi-
cações foram divulgadas pela imprensa Maçônica, a opinião pública se voltou favorável-
mente à Maçonaria do Grande Oriente.

Em suma, os membros da sociedade Jovem eram arruaceiros treinados para


agir sob comando da Hierarquia do Rito Escoces Templário. O dever deles era espalhar
a revolução dos Templários em toda a Europa. Mazzini era o líder deles.

Com essa multidão, Mazzini trouxe à Itália sua Revolução Maçônica. Ao longo
das insurreições, os bandidos Jovens da Itália, sem habilidades ou objetivos além de
causar estragos, se sustentavam roubando bancos, saqueando ou queimando empresas
se a proteção ao dinheiro não era paga, e sequestro por resgate. Em toda a Itália, a
notícia se espalhou que "Mazzini autorizza furti, incendi, e attentati", ou seja, "Mazzini
autoriza roubo, incêndio criminoso e sequestro. "Esta frase foi abreviada para a sigla
M.A.F.I.A.16 Assim, nascia o crime organizado.

Uma Conexão Weishaupt-Mazzini


Muitos pesquisadores de conspiração, como observamos, postulam uma asso-
ciação formal entre Adam Weishaupt, pai do Iluminismo, e Guiseppe Mazzini. Se, de fato,
Weishaupt nomeou Mazzini, como alguns alegam, nenhuma fonte de documentação foi
oferecida que possa ser verificada. No entanto, uma comparação dos sistemas revoluci-
onários de Mazzini e Weishaupt mostram que ambos são idênticos em muitas áreas. Por
exemplo: (1) ambas as hierarquias eram Maçônicas; (2) ambas as Maçonarias ofereciam
os mesmos graus; (3) ambos usavam símbolos, senhas e apertos de mão idênticos; (4)
ambos queriam destruir a Igreja; (5) ambos usaram o assassinato como um meio para
atingir um fim; (6) ambos mantiveram a doutrina Luciferiana, embora Mazzini a tenha
adotado mais tarde na vida; e (7) ambos tiveram o objetivo de estabelecer um governo
mundial. Portanto, é fácil sugerir que Weishaupt nomeou Mazzini.

Semelhanças são boas evidências circunstanciais, e muitos casos foram ga-


nhos com apenas isso - isto é, se as diferenças forem negligenciadas. Embora existam
semelhanças entre os propósitos de Weishaupt e Mazzini e respectivas execuções, ao
329
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

examinar as diferenças entre os dois homens é altamente improvável que as atividades


deste último sejam a continuação do programa do primeiro. Weishaupt era um Sionista-
Rosacruz. Mazzini era um Templário firme.

As diferenças secundárias os afastam ainda mais. Por exemplo, o Priorado de


Sião era monarquista, republicano dos Templários - uma forte divisão política. Os mo-
narquistas eram de direita, os republicanos de esquerda; a ala direita era capitalista, a
ala esquerda, socialista-comunista. Os capitalistas não eram sindicalizados, os socialis-
tas eram sindicalizados – fazendo uma forte divisão econômica. Os capitalistas eram
ricos, os trabalhadores sindicalizados eram pobres - o que contribui para uma profunda
divisão social. Finalmente, a conspiração Sionista mantinha o controle através do dinhei-
ro, enquanto que a conspiração Templária controlava pela força bruta.

Guerras foram travadas por qualquer um dos, ou por todos esses problemas de
divisão. Ainda, o objetivo definido pelos conspiradores era, e ainda é, unir o mundo, e
não dividi-lo. Portanto, uma única conspiração que planeja a divisão como um meio de
união é ilógica. Nossos antepassados entenderam esse conceito quando Patrick Henry
disse: "Unidos estamos de pé, divididos caímos!"

No entanto, os pesquisadores alegaram que os conspiradores projetaram inten-


cionalmente um programa para dividir como um meio de controle. É verdade que as
pessoas se polarizam quando estão divididas. Como tal, uma nação dividida está tão
enfraquecida que pode ser tomada em cativeiro. No entanto, nações divididas não po-
dem ser unidas, nem um mundo dividido. A única resposta lógica para a divisão na cons-
piração é que existem duas ordens conspiratórias disputando o controle da única Nova
Ordem Mundial. No livro do Apocalipse, nós os reconhecemos como Escarlate e a Besta.
As escrituras confirmam que Satanás controla a ambas.

Satanás é o pai da divisão. Vemos o seu reino dividido aqui na terra, manifes-
tado na luta entre os Cavaleiros Templários (Maçonaria Francesa) e o Priorado de Sião
(Maçonaria Inglesa). Maçons de ambos os lados da conspiração podem querer se unir,
mas quando Satanás é o deus deles, a divisão é certa. O Adversário pode achar que a
divisão é uma manobra brilhante, mas Jesus diz em Mateus 12: 25-26 que isso lhes trará
a destruição. Essa é a nossa esperança.

O fato é que, quando Weishaupt morreu, Mazzini emergiu como alguém que
parecia liderar a mesma conspiração. E, como Weishaupt, Mazzini e seus companheiros
fizeram a tentativa de unir as duas Maçonarias. De fato, Mazzini teve mais sucesso.

330
______________________________________________________________CAPÍTULO 12

Mazzini e a Maçonaria Internacional


Mazzini estava em contato com revolucionários Maçônicos em todo o mundo:
Giuseppe Garibaldi, líder do exército revolucionário na Itália; Louis Kossuth, da Hungria;
Stanislas Vorcell, da Polônia; Alexander Herzen, da Rússia; Henry Palmerston, da Ingla-
terra; Otto von Bismarck, da Alemanha; e Albert Pike, dos Estados Unidos. De Poncins
observa que, vinte e dois anos após a morte de Mazzini, a Rivista della Massoneria Itali-
ana disse sobre ele e seus assistentes: "Mazzini, Garibaldi e Kossuth brilham com glória
insuperável que empalidece a cabeça coroada."17

De fato, antes de sua morte, Mazzini, com o Maçom Americano Albert Pike
(1809-1891), o Maçom Inglês Henry Palmerston (1784-1865) e o Maçom Alemão Otto
von Bismarck (1815-1898), cooperaram para a união das hierarquias das Maçonarias
Francesa, Inglesa e Americana, em um super rito fundado por Albert Pike. Todos os
quatro homens, como Maçons do 33º grau, estavam destinados a governar a Maçonaria
Universal através deste rito. Miller afirma que "Albert Pike, em homenagem a seu Ba-
phomet Templário,18 o qual estava no poder de seu primeiro e histórico Supremo Conse-
lho, nomeou a ordem de Rito Paladiano Novo e Reformado ou Paládio Novo e Reforma-
do.19

A palavra "Paladiano" é a chave aqui para a orientação Templária do Supremo


Conselho. A palavra "Paládio" vem do Hindu "pala", para o órgão sexual masculino.
"Pala" em Latim significa "Falo" que é o emblema universal dos reis. Então, o Paládio
governava como um rei.20 O símbolo Baphomet de Pike também representa as forças
geradoras dentro do homem, que, segundo a doutrina Maçônica, são os meios de deifi-
cação do homem.21 O Paládio, como Baphomet, tem suas origens nos Templários, não
nos Sionistas-Illuminati. No entanto, como veremos em outro capítulo, seu dogma religio-
so é idêntico à doutrina Luciferiana estabelecida por Weishaupt.

Sob a administração desses quatro Maçons, as doutrinas do Paládio espalha-


ram-se rapidamente dentro das Lojas Templárias do Rito Escocês. Altos Maçons, com
quem os Paladianos entraram em contato, foram candidatos à iniciação. Eles, por sua
vez, levaram tal doutrina para suas respectivas lojas.

Lord Palmerston
Pike, Mazzini, Bismarck e Palmerston foram os líderes da Maçonaria em seus
respectivos países. Tão importante foi para a Maçonaria Inglesa o Primeiro Ministro
Palmerston, que os autores da Dope, Inc. afirmam que "quase todos os... ocupantes do

331
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

mundo político inferior da Grã-Bretanha seguiram uma cadeia de comando que os levou,
através da Maçonaria do Rito Escocês, diretamente a Lord Palmerston e seus sucesso-
res."22

Essa cadeia de comando permitiu a Palmerston ajudar as revoluções Maçôni-


cas com libras Britânicas. Quando Mazzini pediu ajuda financeira para financiar sua
insurreição do Grande Oriente na Itália (1848-1865), ele se voltou para Palmerston, que
incentivou Parlamento a apoiar o esforço de Mazzini. Os políticos enganados alocaram
fundos para seu adversário Templário.

Após a morte de Palmerston, o conde de Beaconsfield, Benjamin Disraeli


(1804-1881), um Maçom Judeu, foi eleito Primeiro-Ministro, assumindo a causa de Maz-
zini. Disraeli teve mais decência do que Palmerston. Em vez de usar as libras do contri-
buinte, ele foi aos dois principais banqueiros Judeus, os Maçons Lionel Rothschild e
Montefiore, e o financiamento para Mazzini continuou.23 Mais tarde, Disraeli descobriu
seu erro e publicou Lothair, um romance sobre sociedades secretas na política Européia.
O romance afirmava: "O mundo é governado por personagens muito diferentes do que
aqueles imaginados por quem não está nos bastidores..."24

Companhia Britânica das Índias Orientais


A Maçonaria Inglesa interessou-se na MAFIA do Grande Oriente de Mazzini por
uma razão específica. Para entender o porquê, precisamos primeiro dar uma olhada em
uma breve história da Companhia das Índias Britânicas (BEIC), conforme relatado pelos
autores da Dope, Inc.

No final dos anos 1600, a BEIC, cujos acionistas eram Maçons Ingleses, esteve
fortemente envolvida no comércio de ópio e de escravos. O comércio de escravos, no
entanto, foi drasticamente reduzido quando, em 1772, a Grã-Bretanha o tornou ilegal.25
Para compensar a perda de receita, as vendas de ópio aumentaram na Europa, onde a
droga era vendida como medicamento no tratamento para dor. O BEIC tornou-se extre-
mamente rico durante as Guerras Napoleônicas, quando os governos compraram a
droga por tonelada para seus soldados feridos. Depois de Waterloo, no entanto, as ven-
das da droga caíram substancialmente. Consequentemente, os acionistas da BEIC co-
meçaram a desenvolver um novo mercado de drogas na China. Ajudando-os estavam os
cruéis Tríades, as sociedades secretas orientais semelhantes à Maçonaria Ocidental. A
tentativa de desenvolver um mercado Chinês envolveu a Grã-Bretanha em sua Primeira
Guerra do Ópio com a China, em 1840. Após vencer a guerra, os Maçons mercantes, ao
longo das próximas duas décadas, estabeleceram muitas lojas Maçônicas na China, com
o objetivo de controlar suas operações com drogas.26
332
______________________________________________________________CAPÍTULO 12

A catástrofe financeira atingiu o BEIC mais uma vez, quando a Guerra Civil
Americana (1860-1865) eliminou seu maior mercado de escravos. Para agravar seus
problemas financeiros, após a Guerra Civil, o fundo caiu do mercado Americano de ópio,
quando a droga não era mais necessária para nossos soldados feridos. Além disso, em
1870, o mundo estava em paz, reduzindo ainda mais a necessidade da venda legítima
de ópio.

O BEIC estava com sérios problemas financeiros. Por dois séculos, a indústria
naval tinha sido a maior indústria da Inglaterra, a maior responsável por levar a bandeira
Britânica por todo o mundo, a indústria que supria todas a colônias da Grã-Bretanha. Se
o BEIC não gerasse um novo mercado para o ópio, a economia Britânica entraria em
colapso.

No final da década de 1850, como aprenderemos no volume três de Scarlet and


the Beast, o BEIC já havia decidido abrir a Europa Ocidental e as Américas às drogas
ilegais. Essa expansão exigiu que a sede bancária no Oriente financiasse a expansão.
Por isso, a Grã-Bretanha entrou em sua Segunda Guerra do Ópio com a China, entre
1859-1860, e ganhou a soberania sobre Hong Kong como prêmio. Em 1873, o BEIC foi
dissolvido e seus acionistas bem estabelecidos no setor bancário.27 Hong Kong tornou-se
o Grande Centro bancário do extremo oriente da Grã-Bretanha, financiando os agriculto-
res de papoula e fabricantes de drogas.28

Enquanto a Grã-Bretanha estava envolvida em sua Segunda Guerra do Ópio, a


Maçonaria Inglesa procurou um canal para traficar suas drogas na Europa Ocidental. A
característica cruel da Máfia Maçônica, semelhante à dos Tríades, serviria bem os se-
nhores com drogas passivas da Inglaterra. A Grã-Bretanha, como protetora da Sicília
durante as Guerras Napoleônicas, conseguiu oferecer à Máfia deslocada de Mazzini uma
casa na ilha da Sicília. Em 1860, o ano em que a Grã-Bretanha terminou sua Segunda
Guerra do Ópio, o exército de Garibaldi, auxiliado pela Marinha Britânica, invadiu a Sicí-
lia. A Máfia imediatamente estabeleceu sua sede nesta ilha-nação, usando-a como um
centro de distribuição de heroína para todo o mundo. Desde então, até agora, as tentati-
vas de suprimir seu controle do comércio de heroína falharam.29

A Revolução Comunista Francesa de 1848


Enquanto Mazzini construía seu império da Máfia Maçônica na Itália, o Grande
Oriente Templário da França ainda estava incerto quanto ao formato político que melhor
lhe convinha. Em 1793, a pura democracia terminou em anarquia. Em 1830, quando a
revolução de três dias destronou Charles X, a palavra socialismo foi cunhada em ambas,
na Grande Loja Francesa e na Loja do Grande Oriente, para definir o tipo de governo
333
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

que eles iriam experimentar. Em 1835, a Liga dos Justos (composta pelo restante dos
Maçons pertencentes aos implacáveis Clubes Jacobinos) foi fundada em Paris para
liderar o movimento socialista.30

O socialismo pacifista, no entanto, era um processo muito lento para os antigos


e impacientes Jacobinos e Liga dos Justos. Para aumentar uma mais rápida solidificação
de poder, o Grande Oriente Jacobino formou mais uma vez comunidades, renomeando a
Liga dos Justos para Liga Comunista.31 A Maçonaria Francesa mais uma vez estava
dividida em 1840, com os comunistas mais radicais por um lado, e os socialistas pacifis-
tas por outro. Em 1848, o porta-voz dos comunistas era Levi Mordechai (1818-1883), um
Judeu Alemão que mudou seu nome para Karl Marx. Marx, um Maçom do Grande Orien-
te do 32º grau, assim como um Judeu Franco-Reformista, tinha fugido da Alemanha para
Paris e depois se mudara para Londres, onde residiu até sua morte.

Ao longo do ano de 1848, a Maçonaria do Grande Oriente coordenou revoltas


comunistas em toda a Europa. Mais uma vez, a Maçonaria usou Judeus como frentes. O
Rabino Antelman observa que o rico Judeu Reformado Heinrich Bernard Oppenheim,
membro da Liga dos Justos do Grande Oriente, "foi um dos mentores da Revolução
comunista da década de 1848, na Alemanha."32

Neal Wilgus, em The Illuminoids, expõe esses levantes comunistas:

1848. Outro ano de perturbação. Num estado de transe ocultista, Sobrier de-
sencadeia manifestações que levam à queda da monarquia de Orleans na França; Louis
Philippe é destronado e a Segunda República começa; Louis Napoleon é eleito presiden-
te da assembléia. A República é estabelecida em Roma. Fernando I da Áustria abdica. A
liberdade é brevemente declarada na Hungria sob Louis Kossuth. Ocorrem revoltas na
Dinamarca, Irlanda, Lombardia, Schleswig-Holstein e Veneza. A Alemanha esteve unida
temporariamente em um parlamento em Frankfort; a unidade foi destruída pelo Rei da
Prússia.33

Cada um dos líderes revolucionários que operavam em toda a Europa eram


Maçons conhecidos - Maçons que haviam comunicado nas reuniões de suas lojas o
momento de cada erupção. A França estava na vanguarda. Quando a monarquia de
Orleans foi derrubada, em 6 de março de 1848, o novo governo provisório foi composto
por onze membros, nove dos quais eram Maçons do Grande Oriente. A primeira ordem
do dia era receber uma delegação oficial das lojas - um desfile Maçônico com toda a
elegância de sua regalia.34

Segundo Miller, essa delegação consistia de 300 Maçons: "com suas bandeiras
tremulando sobre os irmãos de todos os ritos, representando a Maçonaria Francesa,

334
______________________________________________________________CAPÍTULO 12

[eles] marcharam para o Hotel de Ville, e lá ofereceram suas bandeiras ao Governo


Provisório da República, proclamando em alta voz a parte que acabavam de recolher da
Revolução gloriosa."35

Em 7 de março de 1848, o jornal de Paris Le Moniteur publicou a chamada "re-


volução comunista do trabalhador". De Poncins cita:

Eles saudaram o triunfo de seus princípios e se congratularam por poder dizer


que todo o país recebera a consagração Maçônica [sic] através dos membros do gover-
no. Quarenta milhares de Maçons [sic], distribuídos em mais de quinhentos seminários,
formando entre eles apenas um coração e mente, estavam prometendo seu apoio para
realizar o trabalho já iniciado.36

Duas semanas depois, uma nova delegação do Grande Oriente, enfileirados


com seus lenços e jóias Maçonicos, marcharam até o Hotel de Ville. Esperando para
recebê-los estavam Adolphe Cremietix e Gamier Pages, ambos assistidos por seus
funcionários políticos, que também usavam seus emblemas Maçônicos. Miller cita uma
parte do discurso proferido pelo representante do Grão-Mestre:

A Maçonaria Francesa não pode conter sua explosão universal de simpatia pelo
grande movimento social e nacional que acaba de ser realizado. Os Maçons saudam
com alegria o triunfo de seus princípios e se gabam de poder dizer que todo o país rece-
beu, através de você, uma consagração Maçônica. Quarenta mil Maçons, em 500 lojas,
formando apenas um coração e uma alma, garantem-lhe aqui seu feliz apoio, para levar
ao fim o trabalho de regeneração tão gloriosamente iniciado.37

Adolfo Isaac Cremietix (1796-1880), um Maçom Judeu e membro do Governo


Provisório, respondeu:

Cidadãos e irmãos do Grande Oriente, o Governo Provisório aceita com prazer


sua adesão útil e completa. A República existe na Maçonaria. Se a República fizer o que
os Maçons fizeram, se tornará o brilhante compromisso de união com todos os homens,
em todas as partes do globo e por todos os lados do nosso triângulo.38

Quando a Assembléia Nacional foi formada, a Maçonaria estava de volta ao


controle da França e a Segunda República começou. Victor Hugo, Grão-Mestre do Prio-
rado de Sião (GM 1844-1885), foi eleito deputado por Paris. O Maçom Louis Napoleon,
sobrinho de Napoleão Bonaparte, foi eleito presidente da Assembléia. Inicialmente, Hugo
apoiou Napoleon, mas quanto mais o presidente adotava um autoritarismo de direita,
mais Hugo se movia para a esquerda da Assembléia.39

335
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Desde que a Maçonaria detinha a maioria na Assembléia, a loja sugeriu que a


Assembléia seguisse seus ditames. Para garantir o controle Maçônico da nova Repúbli-
ca, a Maçonaria propôs proibir todas as sociedades secretas concorrentes, que as dita-
duras comunistas são propensas a fazer. Consequentemente, surgiu um debate na As-
sembléia sobre esta questão. Os não-Maçons queriam ilegais todas as sociedades se-
cretas, incluindo a Maçonaria. Alguns Maçons concordaram, afirmando que a Maçonaria
não era mais necessária, uma vez que a República era uma realidade. Outros Maçons,
no entanto, temiam um retorno da realeza, que poderia usar uma loja concorrente para
subverter a República. A Mackey's Encyclopedia of Freemasonry registra uma pequena
parte do debate:

Bolette: Eu gostaria que alguém definisse o que se entende por sociedade secreta.

Coquerel: Sociedades secretas são aquelas que não fizeram nenhuma das declara-
ções prescritas em lei.

Paulin Gillon: Gostaria de perguntar se a Maçonaria também deve ser suprimida.

Flocon: Começo declarando que, sob um governo republicano, toda sociedade secre-
ta que tem por objetivo uma mudança na forma governo, deve ser severamente tratada.
As sociedades secretas podem ser dirigidas contra a soberania das pessoas; e é por isso
que peço a supressão delas; mas, a partir da falta de uma definição precisa, eu não
desejaria atacar, como sociedades secretas, assembléias que são perfeitamente inocen-
tes. Toda a minha vida, até 24 de fevereiro, tenho vivido em sociedades secretas. Agora,
não o desejo mais. Sim, passamos a vida em conspirações, e tínhamos o direito de fazê-
lo; pois vivíamos sob um governo que não derivou do povo suas sanções. Hoje, eu de-
claro que, sob um governo republicano, e com sufrágio universal, é crime pertencer a
essa associação.

Coquerel (um pouco confuso): Quanto à Maçonaria, seu Comitê decidiu que não é
uma sociedade secreta. Uma sociedade pode ter um segredo, e ainda assim não ser
uma sociedade secreta? Não tenho a honra de ser um Maçom.

O Presidente: O décimo terceiro artigo foi alterado e decidiu que uma sociedade se-
creta é aquela que procura ocultar sua existência e seus objetivos.40

O Maçom Flocon era a favor de proibir todas as sociedades secretas, incluindo


a Maçonaria. A maioria dos Maçons, no entanto, redefiniu a Maçonaria como não sendo
mais uma sociedade secreta, já que seus objetivos subversivos de obter poder não eram
mais necessários. Em outras palavras, a Maçonaria é uma sociedade secreta apenas
quando não está no poder. Quando no poder, ela não precisa mais ser subversiva; por-

336
______________________________________________________________CAPÍTULO 12

tanto, não é mais uma sociedade secreta. No entanto, exige que todas as concorrentes,
como a Rosacruz do Priorado de Sião, cujo rei acabara de ser destronado, sejam proibi-
das.

Com seu sucesso, o agora benevolente Grande Oriente cessou sua agitação
comunista, tornou-se pacifista e estava pronto para tentar unir a Europa. O Maçônico
Congresso da Paz foi realizado em Paris, em 1849. O Priorado de Sião foi representado
por Victor Hugo, que fez o discurso de abertura sugerindo a união da Europa sob o nome
de "Os Estados Unidos da Europa", a primeira vez que esse slogan foi usado com estas
exatas palavras. O esforço fracassou por falta de apoio. Miller observa que "não foi usa-
do, até que alguns anos mais tarde, as palavras [os Estados Unidos da Europa] foram
formalmente adotadas como slogan do Socialismo Internacional".41

Em relação ao governo Francês, de Poncins nos informa que, apesar do fato


que o governo era essencialmente Maçônico, a Assembléia Nacional eleita foi patriótica,
recusando-se a obedecer às diretrizes estabelecidas pela Maçonaria. O Grande Oriente,
sem hesitar, voltou-se para um homem que sabia ser seu e, em dezembro de 1851,
assistiu Louis Napoleon em um golpe de estado.42 Victor Hugo fez uma tentativa de
resistir e depois fugiu para Bruxelas.43

Em 1852, Napoleon desafiou o Grande Oriente e proclamou-se Imperador Na-


poleão III. Depois que uma nova constituição foi decretada, ele instituiu um regime ditato-
rial sancionado por plebiscitos periódicos. Napoleão tornou-se inimigo do mesmo Grande
Oriente que o elevou ao poder.

Ele governou como imperador de 1852 a 1871, quando finalmente foi deposto
por esquemas de autoria da Grande Loja Maçônica do Oriente, os quais serão discutidos
no próximo capítulo.

Enquanto isso, o exército revolucionário do Grande Oriente na Itália, liderado


pelo Maçom do 33º grau, General Garibaldi, estava tendo dificuldade em derrotar as
forças de ocupação Austríacas. Mazzini, o chefe político da revolução Italiana, voltou-se
para a França a fim de obter assistência militar. Embora Mazzini odiasse Napoleão III, e
várias vezes tentou para ver o imperador assassinado, pediu-lhe ajuda. Junto com Pie-
monte Sardenha, uma região noroeste da Itália, na fronteira com a França e a Suíça,
Napoleão III declarou guerra à Áustria. O Imperador expulsou com sucesso o exército de
ocupação e recebeu Nice e Savoy como recompensa.44

Com Napoleão vitorioso, os Templários viram outra chance para antecipar a


implantação dos Estados Unidos da Europa há muito desejado por Sião. A versão dos

337
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Templários do mesmo seria chamada Federação das Repúblicas. Miller faz um breve
relato das origens do movimento:

O impulso veio novamente das lojas Maçônicas. Em 1866, o Maçom Santallier


compôs uma obra sobre o pacifismo para seus irmãos Maçons, [sic] que levou à funda-
ção da Union de la Paix, sob a presidência de outro Maçom .. Bielefeld. O movimento se
espalhou pela Suíça e, em 5 de setembro de 1867, um novo congresso foi realizado. O
processo foi animado por um duelo entre os constitucionalistas e os socialistas, que
declararam que reis, soldados - e alguns padres adicionados - deveriam ser varridos
para dar espaço à nova Federação das Repúblicas. Os socialistas, liderados por Emile
Acollas, venceram o dia. Dupont, braço direito de Karl Marx, foi convidado a representar
a Primeira Internacional Comunista, da qual ele era secretário.45

Sem unidade, a tentativa dos Templários de unir a Europa sob uma Federação
de Repúblicas falhou. O único resultado foi a fundação da "Liga da Paz e Liberdade", que
publicou um periódico intitulado Les Etats-Unis de l'Europe.46

Enquanto isso, Napoleão III tornou-se mais beligerante em relação à Maçona-


ria. O grande Oriente o tolerou enquanto cria que poderia contar com sua obediência.
Mas, quando o Imperador se tornou contencioso, diz de Poncins, "então o apoio foi reti-
rado na proporção em que Napoleão tentava se apoiar na própria França para recuperar
sua independência".47

A Revolução Francesa de 1871


Em 1870, Napoleão declarou guerra à Alemanha e foi miseravelmente derrota-
do. Ele foi deposto pela Maçonaria em 1871 e a Terceira República começou. De Pon-
cins esboça os eventos:

O desastre de 1870 apressou os eventos e a Maçonaria [sic] foi obrigada a in-


tervir mais cedo do que teria desejado. Renovando a tentativa de 1789, sustentou a
comuna. Em 26 de abril de 1871, cinquenta e cinco lojas, mais de dez mil Maçons [sic],
liderados por seus dignitários, vestindo suas insígnias, foram em procissão para as mura-
lhas, a fim de lá colocarem faixas em número de sessenta e duas. No Hotel de Ville, o
Mason Tiriforque, saudando o poder revolucionário, disse aos manifestantes: "O comu-
nismo é a maior revolução que o mundo recebeu para contemplar."

Quando a Comuna terminou, as sociedades secretas não tinham sido capazes


de impedir a eleição de uma assembléia de maioria monarquista, planejada em conjunto

338
______________________________________________________________CAPÍTULO 12

sobre a Europa, a fim de se opor à adesão ao trono do conde de Chambord, que repre-
sentava poder estável em legitimidade, hereditariedade e autoridade.

A Maçonaria, depois de ter ganhado o máximo que pôde dos diferentes gover-
nos que se sucederam desde 1789, finalmente alcançou a forma de governo que melhor
lhe convinha: que é a República, sob a qual é fácil assumir o controle.

Desde então, a França vem rolando para baixo. A terceira república tem princi-
palmente aplicado as leis elaboradas pela Maçonaria [sic], destruindo pouco a pouco o
que restou dos elementos da conservação social. Ensinada pelos eventos de 1789,
1830, 1848 e 1871, ela segue lenta, mas de forma segura. Com a monarquia definitiva-
mente derrubada, trata-se de derrubar a outra base da velha sociedade, ou seja, o Cato-
licismo [sic]. Toda a política da terceira república tem se concentrado nesse ponto há
cinquenta anos.48

Na tentativa de derrubar a Igreja, a Maçonaria promoveu a doutrina do huma-


nismo. De Poncins confirma isso, citando um discurso proferido pelo Maçom M. Viviani,
em 15 de janeiro de 1901: "Não tema a batalha oferecida a você; aceite-a e, se você se
encontrar diante dessa religião divina que idealiza o sofrimento por promessas de re-
compensa futura, combata-a com a religião da humanidade que também idealiza sofri-
mento, oferecendo-lhe, como recompensa, a felicidade das gerações humanas".49

O Estado Maçônico Francês e Seus Objetivos


Na convenção Maçônica de 1902, numa época em que a Igreja Católica estava
novamente lutando contra esse sistema ateu na França, de Poncins cita o Maçom que
fez o discurso de encerramento: "Esta é a última fase da luta da igreja e sua congrega-
ção contra nossa sociedade republicana e laical. Esse esforço deve ser o último."50 A
essa altura, a Maçonaria era ousada o suficiente para tirar sua máscara e, em toda parte,
proclamar sua vitória. De Poncins cita o jornal público Maçônico Matin, desde cedo 1893,
afirmando abertamente em um de seus artigos:

Podemos afirmar, sem exagerar, que a maioria das leis às quais os Franceses
se submetem - falamos de importantes leis políticas - foram examinadas pela Maçonaria
[sic], antes de aparecer no diário oficial. As leis sobre educação primária, divórcio, leis
militares e, entre outras, a lei que obriga seminaristas a prestar serviço militar, sairam da
rue Cadet [sede da Maçonaria do Grande Oriente] para o Palais Bourbon; e voltaram
invioladas e em definitivo. Em conclusão, vem este grito de triunfo: "Ainda estamos todos
poderosos, mas com a condição de compormos nossas aspirações numa simples fórmu-
la. Por dez anos, avançamos repetindo: 'O clericalismo é o inimigo!' Nós temos, em todos
339
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

os lugares, escolas sem ensino religioso, padres são reduzidos a silenciar e os semina-
ristas tem que carregar a mochila dos soldados. Isso não é um resultado normal em um
nação que se chama a filha mais velha da Igreja".51

Após a Primeira Guerra Mundial, com a criação da Liga das Nações, a Maçona-
ria Francesa fez outra tentativa de formar uma Europa unida, desta vez chamando-a de
Estados Unidos da Europa. Stoddard revela a história, citando as atas da convenção de
1922 da Grande Loja da França:

As principais tarefas da Liga das Nações consistem na organização da paz, a


abolição da diplomacia secreta, a aplicação do direito de autodeterminação dos povos. O
estabelecimento de relações comerciais inspiradas no princípio do livre comércio, repar-
tição de assuntos básicos, regulamentação de transporte, restabelecimento das relações
normais entre os dispositivos nacionais e a criação de uma nota internacional; o desen-
volvimento de legislação internacional de trabalho, e especialmente, a participação de
uma classe trabalhadora organizada nos conselhos internacionais; a disseminação de
uma educação pacifista geral, baseada principalmente na extensão de uma língua inter-
nacional; a criação de um espírito europeu, de um Patriotismo da Liga das Nações - em
resumo, a formação dos Estados Unidos da Europa, ou melhor, Federação Mundial.52

Em 1923, em sua convenção anual, a Maçonaria do Grande Oriente emitiu sua


nota de elogios ao precursor dos Estados Unidos da Europa. De Poncins cita: "É o dever
da Maçonaria universal de dar seu apoio absoluto à Liga das Nações, para que [a Maço-
naria] não tenha mais que estar sujeita às influências partidárias de Governos".53

Um brinde foi então dado pelo Presidente do Grande Oriente. De Poncins cita:
"Para a República Francesa, filha da maçonaria Francesa [sic]. À República universal do
amanhã [sic], filha da maçonaria universal [sic]."54

A Maçonaria Francesa Templária havia se resignado ao fato de que seu gover-


no mundial único teria que esperar. No início, a Liga de Nações conectaria levemente as
nações. Mais tarde, uma unidade europeia mais vinculativa poderia ser inaugurada sob o
nome de "Estados Unidos da Europa." A República Universal, no entanto, ainda era uma
consideração futura. Por enquanto, os Maçons Franceses se concentraram nas eleições
em questão.

A eleição de 1924 foi um triunfo para os socialistas do Grande Oriente. À frente


do governo estava o socialista Edouard Herriot. De Poncins cita R. Mennevee, que em
1928 escreveu:

340
______________________________________________________________CAPÍTULO 12

Em 11 de maio de 1924, os adversários da Maçonaria [sic] marcaram a mais


completa derrota que eles talvez já tenham sofrido. Essa vitória republicana foi caracteri-
zada, do ponto de vista Maçônico [sic I], pelo fato de terem sido eleitos para a câmara
dos deputados um número considerável de Maçons [sic] cuja qualidade como tal era
notória, enquanto os chefes das organizações anti-Maçônicas [sic] foram derrotados de
forma ignominiosa ... .55

O gabinete socialista Herriot de 1924 foi dominado pelos Maçons. Naquele ano,
A. G. Michel publicou La dictature de Ia Franc-maconnerie sur Ia France, na qual docu-
mentou que as políticas instaladas pelo governo de Herriot foram, nos quatro anos ante-
riores, primeiramente discutidas e redigidas nas convenções do Grande Oriente." Quan-
do Herriot venceu a eleição, o Grande Oriente enviou-lhe um discurso leal. De Poncins
cita esse endereço: "Antes de começar, permita-me enviar saudações de todos os Ma-
çons para o nosso grande cidadão Herriot, que, embora não seja um Maçom, é tão bem
sucedido ao colocar em prática nossas idéias Maçônicas."57

A influência da Maçonaria na política francesa foi assim resumida em 1926 por


um conhecido autor italiano daquela época, o Maçom de 33º grau, Albert Lantoine. De
Poncins cita os elogios de Lantoine: "O advento da República permitiu à Maçonaria agir
externamente e ocupar um lugar no Estado, de forma que seus adversários poderiam
dizer que a França não era uma república, mas um Estado maçônico [sic]".58

Fascismo e Nazismo
A França era apenas um exemplo de um estado Maçônico. Depois de destronar
as monarquias em toda a Europa com a Primeira Guerra Mundial, a Maçonaria colocou-
se nos governos em todo o continente. Esses homens não tinham experiência prévia em
política ou finanças. Na sua tentativa de socializar o governo (um sistema não compro-
vado política e economicamente), o mundo mergulhou em depressão. Isso deu origem
ao Fascismo. Os Fascistas e Nazistas, no entanto, não foram atrás da Maçonaria como a
causa da agitação mundial. Eles foram atrás dos Judeus, os quais foram tão bem trans-
formados em bodes expiatórios pela Maçonaria Gentílica do Grande Oriente, a fim desta
realizar sua conspiração comunista diabólica.

O Fascismo era de natureza nacionalista, em oposição ao universalismo da


Maçonaria. Fascistas e Nazistas odiavam primeiramente os Judeus, depois os Maçons.
O sucesso deles deveu-se em grande parte à impotente Liga das Nações, bem como à
inexperiência de políticos Maçônicos, muitos dos quais eram Judeus. Por exemplo, o
comunista Francês O líder do Partido Comunista Francês, na década de 1930, foi o
Maçom do Grande Oriente Leon Blum, um Judeu Reformado. Blum era amigo íntimo do
341
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Comunista Russo e Maçom do Grande Oriente, Leon Trotsky (Bronstein), também um


Judeu Reformado. Trotsky, residindo em Paris na época, havia fugido da ira de Joseph
Stalin, que era casado com uma Judia.

Os Fascistas e Nazistas sabiam muito bem que Blum e Trotsky eram Judeus e
acusavam Stalin de ser controlado por Judeus, que, eles alegavam, trouxeram a Revolu-
ção Bolchevique para a Rússia. Conforme projetado pela Maçonaria Gentílica, quando
Blum expulsou os Fascistas da França em meados da década de 1930, sua afiliação
Maçônica não foi lembrada. Os judeus, e não a Maçonaria, foram acusados de controlar
a conspiração por trás do comunismo Francês.
.
Para derrotar com sucesso os Fascistas de extrema direita, Blum formou um
partido coletivista para manter o controle do governo vacilante e o nomeou de Popular
Front. A coalizão estava entre as três facções de esquerda da Maçonaria do Grande
Oriente, composta por Comunistas, Socialistas Pacifistas e Socialistas Radicais. Em
1936, Blum foi eleito Primeiro Ministro. Seu gabinete, seus ministros e seus secretários,
todos eram Maçons Comunistas do Grande Oriente.59

De Poncins confirma que "Esta aliança foi feita sob a égide da Maçonaria. A Li-
ga pelos Direitos do Homem, sob a liderança de Victor Basch e Emile Kahn, teve um
papel preponderante nesta união de partidos de esquerda."60

Quando Mussolini e Hitler chegaram ao poder, quase silenciaram a conspiração


Maçônica Continental durante a Segunda Guerra Mundial. Por exemplo, ambos os dita-
dores proibiram a Maçonaria em seus respectivos países, em 1925 e 1933, percebendo
que é de origem Judaica. Então, eles decidiram destruí-la da face da Europa. Apesar dos
Judeus receberem o peso da ira de Hitler, a Maçonaria não tinha idéia de que no proces-
so também seria dizimada. Com as economias europeias em frangalhos, e guerras ocor-
rendo em toda a parte, a Loja não poderia fazer melhor do que sucumbir à perseguição.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Maçonaria Inglesa financiou secretamen-


te Hitler na guerra contra seu adversário Templário. O financiamento para o Fuhrer foi
distribuído através do oligárquico Banco de Compensações Internacionais (BIC), fundado
em 1930 e com sede segura na Basileia, Suíça. Hitler teria conseguido destruir a conspi-
ração Templária no Continente e na Rússia Bolchevique, se não tivesse se voltado con-
tra a Inglaterra.61

Enquanto isso, as lojas Francesas passaram à clandestinidade durante a guer-


ra, formando o movimento de resistência liderado pelo general Charles de Gaulle. Quan-
do a guerra terminou em 1945, o Maçom do Grande Oriente, Leon Blum, estava de volta
ao poder como Presidente. Naquele ano, os Gaullistas e bandidos comunistas, dirigidos

342
______________________________________________________________CAPÍTULO 12

pelo Grande Oriente, prenderam os Franceses que haviam colaborado com os Nazistas
e atiraram neles como cães. Até seus filhos foram amarrados a postos de execução e
baleados. Suas mulheres foram obrigadas a desfilar nuas pelas ruas, com a cabeça
raspada, antes de serem torturadas até a morte. No ano em que a guerra terminou, o
Grande Oriente Francês assassinou 1,25 milhão de pessoas de seu próprio povo. Então,
os Maçons se apossaram das propriedades de suas vítimas.62

Hoje, a França continua a marchar sob a bandeira do Grande Oriente, liderada


em sua escrita pelo Maçom de 33º grau, Francois Mitterrand, presidente desde 1981. Em
31 de dezembro de 1992, Mitterrand ajudou a inaugurar o tão aguardado Estados Unidos
da Europa. Trabalhando duro para tal sucesso, está Otto von Habsburg, detentor do
título Sionista, "Rei de Jerusalém".63

343
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

344
Capítulo 13

PROTOCOLOS DOS SÁBIOS INSTRUÍDOS DE SIÃO


A princípio, esses "Protocolos", impressos em folhas largas aos milhões, eram
usados para despertar medo e ódio dos Judeus na Alemanha. Eles foram então reemiti-
dos, levemente revisados e dirigidos à Inglaterra, para despertar o ódio aos Ingleses. Na
Rússia, os "Protocolos" foram usados para apoiar as acusações contra os Judeus por
"assassinatos rituais".

Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry1

O Holocausto Judaico da Segunda Guerra Mundial cumpriu uma profecia feita


150 anos antes pelos rabinos ortodoxos na Alemanha, que advertiram os Judeus da
Reforma Frankista de que a perseguição começaria em Berlim, caso persistissem na
destruição amoral da sociedade. Para ajudar a cumprir essa profecia, a Maçonaria Gentí-
lica anti-Semita projetou a exposição dos Judeus, através da criação fraudulenta dos The
Protocols of the Learned Elders of Sion. Esses Protocols, uma compilação de vinte e
quatro documentos, desenvolviam o anti-Semitismo necessário, que culminou com a
morte de seis milhões de Judeus em meio da Segunda Guerra Mundial.

É dito que os Protocolos dos Instruídos Anciãos de Sião eram as atas do pri-
meiro Congresso Sionista realizado na Basileia, Suíça, de 29 a 31 de agosto de 1897.
Segundo Robert John, autor de Behind the Balfour Declaration, os 197 delegados Judeus
eram uma mistura de ortodoxos, nacionalistas, liberais, ateus, culturalistas, anarquistas,
socialistas e capitalistas.2 Diz-se que, em três dias, esses Judeus discutiram, debateram
e depois concordaram com uma conspiração detalhada para o domínio mundial.

O suposto resultado desse Congresso era um documento contendo as atas de


vinte e quatro longas reuniões que detalhavam como a intriga Judaica se desenrolaria.
Desafia a imaginação, como Judeus de tais convicções mistas, que dificilmente concor-
dariam com qualquer questão utilizando sua própria persuasão, possam ter concluido
vinte e quatro Protocolos em apenas três dias.

Aqueles que leram os documentos estavam aparentemente convencidos de


que Judeus Sionistas estavam planejando dominar todos os governos, através de um
plano de subversão bem orquestrado, usando a imprensa, as escolas seculares e a

345
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Maçonaria Gentílica como cobertura. Os Judeus, supostamente planejavam escravizar o


mundo através dessa conspiração. Sua primeira insurreição aconteceria na Rússia, que
em retrospecto, muitos acreditavam ter chegado ao clímax na Revolução Bolchevique de
1917. A Maçonaria Gentílica colocara tão bem os Judeus na vanguarda dessa insurrei-
ção, que o Ocidente começou a ouvir rumores de que os Judeus estavam tomando a
Rússia.

A História dos Protocolos


Aprendemos que Sion é a ortografia Francesa para Sião. Os Protocolos origi-
nais foram escritos em francês, roubados de uma loja Maçônica em Paris em 1884 (co-
mo veremos), depois levados para a Rússia onde foram traduzidos e publicados pela
primeira vez nesse idioma, em 1903.

Após a primeira publicação dos Protocolos na Rússia, eles foram banidos em


1905 pelo infeliz Czar Nicolau II, após uma tentativa para derrubar seu governo. Em
1917, após a Revolução de Fevereiro, o novo governo de Kerensky confiscou e queimou
a segunda edição antes de chegar às ruas e imediatamente proibiu o anti-Semitismo.3
Em 5 de abril de 1917, os Judeus russos venceram a emancipação.4 Em outubro, o
governo de Kerensky havia perdido para os Bolcheviques que, no "Terror Vermelho" que
se seguiu, parecem ter cumprido o massacre descrito nos Protocolos.

Após a Revolução Bolchevique, os Protocolos retornaram ao Ocidente, onde,


de 1921 a 1935, o jornal-leitura-público do mundo foi feito ciente de seu conteúdo.

A publicação dos Protocols of the Learned Elders of Sion foi um crime muito
malicioso cometido contra a Casa de Israel. Ao mesmo tempo em que os Protocolos
começaram a circular por toda a Europa, pesquisadores de conspiração tentavam conec-
tar os Bolcheviques com os Illuminati. De muitas maneiras, os dois movimentos eram os
mesmos. Nós vemos isso, por exemplo, em suas cores. Weishaupt selecionou a cor
vermelha para representar sua revolução sangrenta. Da mesma forma, os Comunistas.
Desde então, os Comunistas foram apelidados de "Vermelhos".

Aqueles que se opunham aos Vermelhos formaram sua própria república cha-
mada Belorussia, ou White Rússia, na fronteira com a Polônia, Lituânia e Letônia. Os
Whites travaram uma contra-revolução de vida curta contra os Vermelhos, mas perdeu
em 1919 por falta de fundos. Quando os Whites fugiram para o Ocidente, a maioria se
estabeleceu na Alemanha. Com eles vieram cópias dos Protocolos. Logo esses docu-
mentos estavam nas mãos de Hitler, que se propôs a livrar o mundo dessa conspiração

346
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

chamada Judaico-Maçônica. O livro Mein Kampf de Hitler faz menção dos Protocolos
como prova de uma conspiração Judaica.5

Os Protocols of the Learned Elders of Sion foram suprimidos com tanto sucesso
desde o holocausto Judaico, que a maioria das pessoas, hoje, nunca ouviu falar deles.
Durante as décadas de 1920 e 1930, no entanto, seu conteúdo estava na boca de todos
os políticos oficiais na Europa, Ásia e América.

O Nascimento do Sionismo na Rússia


O movimento Sionista foi o resultado das sementes anti-Semitas espalhadas na
Rússia pela Maçonaria do Grande Oriente. Em 1840, o Grande Oriente Alemão enviou
Judeus Reformados para aquele vasto império, onde a Ortodoxia Judaica era a mais
forte. Sua tarefa era destruir os Judeus Russos, através de sua assimilação pela socie-
dade russa. A reforma, no entanto, não havia previsto o poder do principal Rabino Russo,
Tzemach Tzedek, que se opôs vitoriosamente a eles. Em retaliação, a Reforma começou
a espalhar mentiras sobre a Ortodoxia. A Rússia Czarista acreditou nessas mentiras e
tornou-se violentamente anti-Semita. Pogroms, que são massacres organizados de pes-
soas desamparadas, eclodiram em todos os lugares contra os Judeus.6

O rabino Antelman nos informa que a Reforma estava sediada na "Liga dos
Justos" do Grande Oriente, conhecida na Alemanha como "Bund". Enquanto o Bund
financiou a atividade Comunista de Karl Marx na França e na Inglaterra, também procu-
rou um território virgem para exportar sua doutrina Comunista para o Oriente. Antelman
nos dá os detalhes:

A reforma estava agora pronta para expansão em outras áreas. O Bund decidiu
exportar suas heresias para a Rússia e selecionou o Dr. Max Lillienthal (1814-1882) para
o trabalho. Lillienthal foi parcialmente bem sucedido. Em 1840, ele conseguiu abrir uma
escola Judaica, através da qual poderia implantar as sementes da destruição contra o
Judaísmo. Em dezembro de 1841, ele lançou as bases para as escolas seculares Judai-
cas na Russia patrocinadas pelo governo. No entanto, Lillienthal não foi totalmente bem-
sucedido, porque ele tinha nunca contou com o poder do grande rabino Lubavitcher
Chasidic que vivia naquele tempo na Rússia, chamado ‘Tzentach Tzedek’. Foi ele quem
completamente dissipou esses esforços e ensinou aos Comunistas uma lição da qual
nunca se esqueceram, tanto que, gerações depois da revolução, prenderam um descen-
dente desse homem, conhecido como o ‘Lubavitcher Rebe da Rússia’, tentando matá-lo
jogando-o escada abaixo.7

347
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Segundo o rabino Antelman, Max Lillienthal ficou tão furioso com sua derrota,
antes de deixar a Rússia, que ele garantiu a destruição de sua própria raça lá. Antelman
escreve:

O Dr. Lillienthal e seus companheiros na Rússia fizeram ataques conjuntos con-


tra a Torá e o Judaísmo. Agentes da sociedade foram enviados para espionar o ‘Tze-
mach Tzedek’. Eles também instigaram a escrita de dezenas de cartas denunciantes que
chegavam diariamente ao Ministério do Interior, Cultura e Polícia Secreta, falando contra
líderes religiosos Judeus e principais comerciantes, aldeões ou proprietários cuja moral
ou integridade não poderiam comprometer. Essas cartas acusavam de rebelião, despre-
zo pelo Cristianismo, apropriação indevida de impostos, violação das restrições de áreas
nas quais apenas Judeus podiam habitar, contrabando, suborno e usura.

Numa ocasião, Lillienthal tentou impressionar o Conde Uvarov, o ministro da


Cultura. Ele afirmou que os rabinos toleravamm todo tipo de iniquidades antiéticas com
Gentios, incluindo usura e deturpação. Além disso, ele acusou os rabinos de pregarem
uma política de separatismo dos bons vizinhos Gentios, e alegou que o criminoso mais
notório era o santo ‘Tzemach Tzedek’.

Todos os anos em que Lillienthal esteve na Rússia, a pressão acima do gover-


no, e a pressão de baixo, através de seus educadores e das sociedades iluminadas
[Maçonaria do Grande Oriente] continuaram a ser aplicadas às comunidades Judaicas
para assimilarem .... Durante todo esse período, o Czar estava aplicando mais pressão
para assimilar os Judeus, com sua lei de recrutamento forçado, de modo que, durante
1842-1843, 22.000 Judeus foram convertidos ao Cristianismo e, entre 1846-1854, 7.000
foram batizados. No entanto, as coisas pioraram e, finalmente, vieram à tona.

Em 6 de maio de 1843, a primeira reunião de uma comissão governamental


destinada à finalizar a assimilação Judaica foi convocada. O ‘Tzemach Tzedek’ manteve-
se fortemente em oposição ao que os conspiradores queriam fazer. O duelo surgiu
quando ele afirmou que, se fosse intenção do governo e do Maskilim (buscadores da
iluminação) realizarem seu plano, ele e seus colegas estavam preparados para sofrer a
morte, em vez de transgredir.8

A morte é o que eles receberam. Pogroms irromperam em todos os lugares.


Contra esse terror os Judeus Ortodoxos começaram a sonhar com uma pátria Judaica,
especificamente um retorno à Palestina. Durante esses tempos difíceis, a palavra "Sio-
nismo" foi cunhada por tal movimento. Embora o Sionismo não fosse oficialmente reco-
nhecido até 1896-1897, Theodore Herzl (1860-1904), jornalista Judeu Vienense, "deu
foco a um movimento sionista fundado em Odessa, em 1881, que se espalhou rapida-

348
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

mente pelas comunidades Judaicas da Rússia, e pequenos ramos surgidos na Alema-


nha, Inglaterra e em outros lugares."9

O Sionismo foi uma reação escapista que cresceu a partir das sementes anti-
Semitas espalhadas pela Reforma.10 Dentro de quatro décadas, o Sionismo se tornou um
movimento nacionalista de Judeus em todo o mundo. Herzl criou o primeiro Congresso
Sionista, realizado na Basileia, Suíça, em 1897. Vinte anos depois, a Rússia experimen-
tava "a vingança dos Judeus" na Revolução Bolchevique, como declarado por aqueles
que leram e acreditaram na "evidência" dos Protocols of the Learned Elders of Sion.

O rabino Antelman afirma que o Judaísmo Reformista financiou a Revolução


Bolchevique, através de um Judeu anti-Sionista chamado Jacob Schiff, um banqueiro da
cidade de Nova York. Falando sobre a causa dos pogroms Russos, Antelman leva o
leitor de volta para o fracasso da Reforma em assimilar Judeus na sociedade Russa. Ele
afirma: "Foi isso ... esta derrota impressionante que aumentou o desprezo extremo pelos
Judeus Russos, manifestada de várias maneiras por Jacob Schiff."11

Os Judeus e As Duas Revoluções Russas de 1917


Jacob Schiff era um fantoche de Max Warburg, o banqueiro Judeu de Frankfurt,
Alemanha. Você deve se lembrar que as famílias Rothschild e Warburg estavam em
competição em Frankfurt, durante as Guerras Napoleônicas, após a Casa de Rothschild
ter mudado sua sede bancária para Londres. Anos depois, manifestou-se uma competi-
ção entre os dois clãs Judeus em duas outras áreas além da bancária. Primeiro, na
religião, o clã Warburg era composto por Judeus Reformados, enquanto os Rothschilds
eram Sionistas; segundo, na afiliação Maçônica, os Rothschild eram Maçons Ingleses,
enquanto os Warburg eram Maçons do Grande Oriente.

Essas divisões, e não a rivalidade bancária, fizeram com que os Rothschilds e


os Warburgs entrassem em conflito nas duas revoluções russas de 1917. Embora ambas
as insurreições terem sido planejadas pela Maçonaria Gentia (ver capítulo 19), os Roths-
childs e os Warburgs tomaram lados opostos no financiamento das facções concorren-
tes.

Em fevereiro de 1917, Lord Rothschild apoiou o Socialista Russo e Maçom do


Rito Escocês, Alexander Kerensky, que tentou instalar um governo na Rússia semelhan-
te ao dos Estados Unidos. Ao lado de Kerensky, estavam Judeus Ortodoxos Sionistas.
Em 5 de abril, todos os Judeus ganharam a emancipação.

349
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O outro partido Judeu, os Judeus Reformistas, não queria o socialismo, mas o


comunismo. Sua contra-revolução, em Outubro, foi liderada pelo grande Maçom Russo
do Grande Oriente, Vladimir Lenin. Sua revolta foi financiada pelo Maçom Alemão do
Grande Oriente, Max Warburg. Ao lado de Lenin, estava os Judeus Reformistas anti-
Sionistas. Depois que os Bolcheviques derrubaram o governo de Kerensky, Rothschild
financiou os russos White contra os Bolcheviques.
A maioria dos pesquisadores de conspiração conhece o envolvimento Judaico
nas duas revoluções. No entanto, eles não foram capazes de diferenciar entre os Judeus
Reformistas anti-Sionistas dos Judeus Ortodoxos Sionistas. Não até o Rabino Antelman
explicar essa divisão em seu livro de 1974, que ficou conhecido do mundo Gentio. Na
falta desse conhecimento, os pesquisadores dos anos 20 culpavam a autoria dos Proto-
cols of the Learned Elders of Sion ao Congresso Sionista de 1897.

Origens dos Protocolos


A datação da autoria dos Protocols em 1897 já foi estabelecida também como
atrasada. Os Protocols vem de muito antes. No entanto, os Judeus já haviam sofrido o
dano com a publicação mundial de seu conteúdo falsamente incriminador. Por exemplo,
os Protocols foram distribuídos ao Exército Branco Russo, logo após a Casa de Roths-
child começar a financiar os Brancos contra os Vermelhos. Os Brancos, pensando que
agora entendiam a causa por trás da destruição da Rússia, indiscriminadamente massa-
craram 60.000 Judeus, culpando-os pela Revolução Bolchevique. Rothschild sofreu com
essa carnificina injustificada e retirou seu financiamento, o que permitiu aos Vermelhos
atacarem os Brancos.2 Escapando para o Ocidente, muitos Brancos se estabeleceram
na Alemanha e se juntaram aos Nazistas. Logo, Hitler partiu para livrar o mundo da cha-
mada conspiração Judaica.13 O resultado foi o massacre de seis milhões de Judeus,
abatidos durante a Segunda Guerra Mundial.

Os Maçons começaram a promover os Judeus como autores dos Protocols. De


1920 a 1922, os Protocols foram publicados em série na América, no The Dearborn
Independent, um jornal de Dearborn, Michigan, distribuído pelo Maçon do 33º grau Henry
Ford. Mais tarde, esta série de Ford foi encadernada em um livro intitulado The Internati-
onal Jew e distribuído por toda a Alemanha Nazista.

Até o jovem Winston Churchill, um Mestre Maçom da época, promoveu os Pro-


tocols como Judeu. O Jewish Chronicle de Londres, de 13 de fevereiro de 1920, acusou
Churchill da seguinte maneira: "O secretário da Guerra, Winston Churchill, responsabiliza
os Judeus por projetar uma conspiração mundial para a derrubada da civilização."14

350
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

Autêntico ou forjado, com conteúdo verdadeiro ou falso, e por não ser mencio-
nada na história geral a existência de documentos que causaram a Segunda Guerra
Mundial, e com ela o ritual do assassinato de seis milhões de Judeus e cinco milhões de
Gentios, é uma farsa da justiça para a história mundial. Por outro lado, falar deles - pior
ainda, permitir que fossem publicados e lidos, o que poderia trazer, mais uma vez, a
morte certa aos Judeus, mostra o quanto enganosa e incriminadora é tal "evidência"
contra eles. Certamente, os Judeus deveriam, e lutaram para provar que esses docu-
mentos não eram de origem Judaica. Em 14 de maio de 1935, os Judeus receberam o
resultado de sua reivindicação, quando o Tribunal de Berna decidiu que os Protocols não
eram de origem Judaica.15

Mas, se não são de origem Judaica, de onde vieram os Protocols of Sion? O


Tribunal de Berna descobriu que os documentos originais estavam em Francês. Nós
aprendemos que o local de nascimento e o lar do Priorado de Sião era, e ainda é, a
França.16 Também descobrimos que o Priorado de Sião não é Judeu, mas sim uma
falsificação Judaica. Além disso, temos sugerido que o Priorado de Sião possa ser com-
posto por aqueles indivíduos, descritos pelo Apóstolo João, "que dizem ser Judeus e não
o são, mas mentem ..." (Apocalipse 3:9).

Portanto, se os Protocols of Sion são produto do Priorado de Sião, e não de Ju-


deus Sionistas, é compreensível que os Judeus os denunciem em todos os lugares como
sendo uma falsificação. Finalmente, em 1921, o London Times "fez a descoberta sensa-
cional, através de seus correspondentes em Constantinopla,... de um livro Francês que
eles chamaram de Dialogues of Geneva, publicado anonimamente em Bruxelas, em
1865. Este livro, afirmou o Times, havia sido plagiado pelo(s) autor(es) dos Protocols."17

Após a publicação do Dialogues of Geneva, o Times é citado como tendo dito:


"'Logo foi descoberto pela polícia de Napoleão III, que o autor do livro era um certo advo-
gado, Maurice Joly, que foi preso, julgado e condenado a dois anos de prisão [a partir de
abril de 1865], além de se constatar que ele havia escrito seu livro como um ataque
contra o governo de Napoleão III, ao qual ele emprestara todos os planos Maquiavélicos
revelados no Dialogues".18

Maurice Joly (1831-1878) era um advogado Francês Gentio, escritor, Maçom e


membro de uma ordem Rosacruz. Mais importante, ele era íntimo de Victor Hugo (1802-
1885), o famoso poeta Francês, que também era membro da mesma ordem Rosacruz.19
Este é o mesmo Victor Hugo, que, após os levantes comunistas de 1848, cunhou a frase
"Estados Unidos da Europa" na Conferência de Paz Maçônica, em 1849.

351
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

De 1844 até sua morte em 1885, Victor Hugo foi Grão-Mestre do Priorado de
Sião.20 Os autores do Holy Bood, Holy Grail, sugerem que a ordem Rosacruz à qual Joly
e Hugo pertenciam era o Priorado de Sião.

Maurice Joly também era amigo íntimo do Maçom Judeu, Adolphe Isaac Cremi-
eux (1796-1880). Cremieux foi mencionado no capítulo anterior, por ter-se envolvido com
Victor Hugo nos levantes comunistas de 1848, na França, e foi um dos oradores que
aplaudiram seu sucesso. O mais significativo foi o posto Maçônico de Cremietix. Ele era
um Maçom do 33º grau, ocupando cadeira no Supremo Conselho do Antigo e Primitivo
Rito de Mizraim, em Paris, a mesma Loja Maçônica Rosacruz fundada pelo Sionista
Illuminatus Cagliostro. Os rituais praticados na Loja Mizraim eram os mesmos cultos
Egípcios de mistério de Ísis, observados pelo Priorado de Sião. Os Maçons Ingleses de
Sião também encenam a mesma lenda de Ísis na cerimônia do Mestre Maçom.21

Os fatos da vida de Maurice Joly fazem dele um homem interessante. Primeiro,


ele era um Francês Gentio, advogado, Maçom e escritor. Segundo, ele era o homem que
escreveu o Dialogues of Geneva (em Francês), a partir do qual a versão original de Pro-
tocols of the Learned Elders of Sion foi supostamente plagiada (em francês). Terceiro,
ele estava intimamente associado a Victor Hugo, o Grão-Mestre do Priorado de Sião.
Quarto, Joly estava envolvido com Aldolphe Cremieux, um dirigente de uma Loja Maçô-
nica Rosacruz, uma loja fundada pelo Sionista Cagliostro. Quinto, Hugo e Cremieux
estavam fortemente envolvidos na Revolução Maçônica Francesa de 1848. Esta evidên-
cia circunstância aponta para esses três homens como envolvidos na criação do Proto-
cols of the Learned Elders of Sion.

Zionismo versus Sionismo


Evidência circunstancial? Claro. As atividades de Cremieux, no entanto, tornam
a intriga ainda mais fascinante. Durante seis anos (1864-1870), Cremieux foi presidente
da Alliance Israelite Universelle, uma verdadeira ordem política Judaica fundada em
1860, e com sede na mesma Loja Maçônica Sionista onde Cremieux se sentou como
dirigente no Supremo Conselho. A Aliança, um braço do Priorado de Sião, fora criada
para combater o movimento Zionista que estava brotando na Rússia, durante a década
de 1850.

O Zionismo era nacionalista, desejando uma pátria Judaica, enquanto a Allian-


ce Israelite Universelle era exatamente o que seu nome indica, uma Aliança de Judeus
Universalistas. Como Universalistas, a Aliança incentivou todos os Judeus a manter sua
identidade nas nações Gentias. Naturalmente, eles se opunham aos Judeus que ansia-
vam por uma pátria. A Aliança também se opôs ao Judaísmo Reformista, que desejava
352
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

que os Judeus perdessem sua identidade nas nações Gentias através da assimilação.
Nos anos seguintes, os Judeus Universalistas se espalharam por toda a Europa, mas
nunca cruzaram o Canal da Mancha, onde a Maçonaria Inglesa apoiava relutantemente o
Zionismo por ordem dos Rothschild.

Não só o Zionismo era uma perplexidade para os Judeus Universalistas, mas


também o Judaísmo Reformista de total surpresa. Uma pátria para os Judeus obstruiria,
de fato, a destruição da raça Judaica planejada pela Reforma, por meio da assimilação,.
Então, por uma questão de curso, é claro, o Judaísmo Reformista, já anti-Semita, tornou-
se anti-Zionista.

Os Judeus Universalistas, por outro lado, não eram anti-Semitas, mas anti-
Zionistas - ainda, por uma razão diferente daquela procurada pelos Judeus Reformados.
Por exemplo, o Zionismo nacionalista representava uma ameaça ao culto do falso "Rei
de Jerusalém" dos Merovíngios, que desejavam um dia restabelecer seu trono universal
em Jerusalém, onde fora estabelecido durante as Cruzadas. Foi o ultimato do Priorado
de Sião coroar o "Rei Perdido" no trono de Jerusalém. Portanto, o Zionismo estava em
rota de colisão com o Sionismo. Os Zionistas poderiam ter sucesso em estabelecer uma
pátria Judaica, com um verdadeiro rei Judeu ascendendo ao trono de uma nação Israeli-
ta genuína, o que destruiria o sonho Merovíngio de milênios. Então, como era de se
esperar, o Priorado de Sião se tornou anti-Zionista, fundando a Aliança Israelita Universal
para combater o movimento Zionista.

A Aliança, embora fundada pelo Priorado de Sião, era uma Ordem exclusiva-
mente Judaica, sediada em uma Loja Maçônica Rosacruz Gentia. O Judaismo Reformis-
ta, por outro lado, era Templário, sediado na Maçonaria do Grande Oriente Gentia, e
portanto, um adversário do Priorado de Sião. No entanto, o Zionismo deu causa à Alian-
ça para se aliar aos Reformistas, em um esforço para destruir esse movimento naciona-
lista.

Adversários com inimigos comuns são estranhos companheiros de cama. Estes


dois adversários cooperariam, se necessário, em uma revolução na Rússia, para destruir
o Zionismo na sua origem, ou contê-lo dentro das fronteiras da Rússia. Por isso, encon-
tramos muitos Judeus de ambas as convicções envolvidos na Revolução Socialista de
Kerensky e na Revolução Comunista de Lenin. A técnica de Kerensky para conter os
Zionistas foi emancipar os Judeus, esperando acalmar sua busca por uma pátria Judai-
ca. A técnica Bolchevique foi manter forçosamente os Zionistas dentro das fronteiras da
Rússia, proibindo-os de emigrar para a Terra Santa.22

Durante sessenta anos (1860-1920), as informações que conectam esses mo-


vimentos Judaicos permaneceram obscuras. Não até a década de 1920, quando muitos

353
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

profissionais e historiadores revisionistas amadores, começando a procurar a fonte dos


Protocols, reuniram a documentação sobre Joly, Cremieux, Maçonaria Mizraim e a su-
perfície da Aliança. Embora uma mistura de Judeus e Gentios tenha sido encontrada nos
registros de membros da Mizraim, isto pareceu dar cobertura aos investigadores para
dizer que a Aliança e a Loja Mizraim eram instituições administradas por Judeus.

Sião Confundido com Zião


Como seus símbolos eram idênticos, os Zionistas também estavam erronea-
mente implicados com as intrigas na Mizraim. O arauto de Mizraim era o "triângulo entre-
laçado", ou a estrela de seis pontas do Priorado de Sião. Em 1917, quando o mundo viu
pela primeira vez os Zionistas içarem a chamada "Estrela de David" em sua bandeira na
Palestina, os investigadores da conspiração assumiram que a Maçonaria de Mizraim e a
Aliança estavam ligadas ao Zionismo.

A "síndrome idêntica" dos símbolos Maçônicos mais uma vez confundiu os


pesquisadores. Os Zionistas, no entanto, tinham mais direito à estrela de seis pontas do
que o Priorado de Sião. Muito antes do Priorado e de suas lojas Maçônicas a adotarem
como brasão de armas, ela era um símbolo Judeu do Israel disperso. Antes disso, era
um símbolo pagão. Para esclarecimentos, traçaremos sua origem.

O triângulo entrelaçado era originalmente um motivo decorativo ou emblema


mágico, simbólico do deus-estrela pagão no Hinduísmo. Mais tarde, migrou para os
Assírios e foi adotado pelas dez tribos do norte de Israel, antes de serem tomadas em
cativeiro, em 721 a.C.23 (II Reis 17:1-23). Isto é confirmado pelo profeta Alnos, a quem
Deus enviou às dez tribos para avisá-los da escravidão iminente se eles não se arrepen-
dessem de sua idolatria com os deuses assírios. Amós, falando por Deus, adverte Israel
em Amós 5:26-27:

Antes carregaram o tabernáculo de vosso Moloque, e Quium, suas imagens, a


estrela do vosso deus, que fizestes para vós mesmos. Portanto, vos levarei cativos para
além de Damasco, diz o SENHOR, cujo nome é O Deus dos Exércitos.

Quium é o planeta Saturno, o deus das estrelas, simbolizado pelos dois triângu-
los entrelaçados, ou estrela de seis pontas chamada hexagrama.24 O hexagrama tam-
bém é conhecido como Estrela de Lúcifer.25 A Israel idólatra "suportava", ou carregava "a
estrela ... deus", vestindo o hexagrama como um amuleto. Também foi esculpida nas
molduras das portas de todas as casas dos Israelitas, ostensivamente para afastar o
"deus do fogo". Desde então, a estrela de seis pontas tem sido um símbolo Judeu, en-
contrado nas sinagogas desde o início da Diáspora. Isso aconteceu 1.700 anos antes do
354
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

Priorado de Sião se apropriar dele, no primeiro milênio A.D.26 Depois que a estrela apa-
receu na bandeira heráldica dos Judeus em Praga, em 1527, dois séculos completos se
passaram, antes da Maçonaria Gentia adotá-la da Cabala Judaica.27 Portanto, seria
natural, tanto para a Aliança em 1860, quanto para os Zionistas em 1897, selecionarem a
estrela como seu arauto.

Para tornar o símbolo ainda mais Judeu, os Zionistas, em 1904, renomearam a


estrela de seis pontas "Magen David" ou "Escudo de David".28 Em seu primeiro encontro
na Basileia, em 1897, Robert John relata que "De ambos os lados da porta principal do
corredor pendiam faixas brancas com duas listras azuis e, no alto da porta, colocado o
"Escudo de Davi" de seis pontas.29

Como esse conhecimento não estava disponível durante a década de 1920, era
popular conectar a Maçonaria Mizraim, a Aliança e o Zionismo por este símbolo. Além
disso, a palavra "Sião" nos Protocols era suspeita. Portanto, esses documentos foram
lançados com uma miscelânea de evidências circunstanciais que envolvem Judeus. Ao
longo da década de 1920 e 1930, acusações contra os Judeus eram difundidas por toda
parte. Naturalmente, Judeus de todas as convicções estavam envolvidos. Para sua pró-
pria sobrevivência, eles deveriam desacreditar o Protocols. E com todos os seus recur-
sos eles o fizeram.

Outro enigma enfrentado pelos pesquisadores foi o fato de que enquanto Cre-
mieux ocupava cadeira no Supremo Conselho do 33 ° grau da Maçonaria de Mizraim
(uma Ordem Rosacruz), ele também foi o Mestre Supremo de seu adversário, o Grande
Oriente Templário, em Paris. ”Os Judeus estavam controlando os dois lados da conspi-
ração", escreveriam os investigadores. Portanto, era simples acusá-los de escrever os
Protocols of Sion.

Em retrospecto, há razões óbvias pelas quais a Cremieux se juntou a uma Loja


adversária. Naqueles dias, a Maçonaria recebia continuamente conhecimento oculto
avançado da pesquisa realizada sobre os documentos dos Templários saqueados dos
arquivos do Vaticano durante o reinado de Napoleão Bonaparte. Trabalhando neste
projeto, estava Eliphas Levi do Priorado de Sião (Louis Constant, 1810-1875). Cada
iluminação avançada era causa da invenção de graus mais avançados da Maçonaria.
Por exemplo, a Mizraim saltou de 33 para 90 graus em 1868. Em 1871, o Rito Mizraim foi
levado para Londres, onde foi absorvido pela Maçonaria de Memphis. Em 1875, fundiu-
se com a Memphis mundial e cresceu para 97 graus. Na França, o Grande Oriente per-
maneceu com 33 graus.30

A competição esotérica rígida entre lojas era comum. Cada uma tinha agentes
especializados para penetrar nas lojas dos outros para aprender sobre seus novos se-

355
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

gredos ocultos. Seria natural, então, que Cremietix buscasse conhecimento em uma loja
adversária. Por isso, ele se juntou ao Grande Oriente, subindo de cadeiras para Supremo
Comandante. Além disso, Cremietix tinha uma forte antipatia por Napoleão III (1808-
1873), que também era membro do Grande Oriente. O Grande Oriente era conhecido
como a Loja para políticos Franceses. Como seu Grande Comandante, Cremietix tinha
acesso a segredos de estado, os quais beneficiariam a Grã-Bretanha Rosacruz.

Embora muitos pesquisadores de conspiração tenham tentado conectar os


dois, não havia cooperação entre as lojas Rosacruzes de Mizraim e os Grande Orientes
Templários. Este fato é confirmado na Mackeys’s Encyclopedia of Freemasonry: "uma
tentativa foi feita sem sucesso para obter o reconhecimento do Grande Oriente da Fran-
ça. [Seu não reconhecimento] teve o efeito de torná-los ilegais".31

O Dr. Mackey admite, no entanto, que a Maçonaria Mizraim emprestou os graus


do Rito Escocês do Grande Oriente. Quem pediu emprestado, exceto Cremieux? Essa
era uma prática comum entre as lojas concorrentes.

O não reconhecimento significava que a Maçonaria Mizraim era considerada


clandestina pelo Grande Oriente. Como, então, um Rosacruz, como Cremieux, obteve
filiação em uma Loja Templária, além de se tornar seu Mestre Supremo, se ele era co-
nhecido por ser um dirigente de uma loja adversária. Nenhum pesquisador de conspira-
ção deu uma resposta satisfatória, além de conectar as duas lojas. Pode ser que o Gran-
de Oriente ignorava a filiação de Cremietix na Mizraim. Nesta guerra secreta de coleta de
informações de lojas concorrentes, as listas de membros eram suprimidas por emitir
nomes de códigos secretos para a hierarquia. Cremieux pode ter sido um agente duplo,
como foi Cagliostro, fundador da Mizraim.

Maçonaria Mizraim e Coleta de Informações


A coleta de informações foi estabelecida como uma atividade Maçônica no
Congresso de Viena, em 1815. Quando a realeza européia do Graal se uniu na Maçona-
ria Britânica para proteger o segredo do Priorado de Sião, eles construíram para si uma
rede de espionagem fora da Grande Loja Alpina na Suíça. De lá, eles ficaram de olho
nos desenvolvimentos Maçônicos na França, penetrando no Grande Oriente com seus
agentes. Os agentes da Alpina não eram senão os Sionistas Cremieux, Joly e Victor
Hugo, o Grão-Mestre do Priorado de Sião. Todos os três eram íntimos da Maçonaria
Mizraim Rosacruz. Parece provável que Cremieux fosse um espião Rosacruz que pene-
trou no Grande Oriente Templário, a loja para políticos Franceses, trabalhando seu ca-
minho através das cadeiras para a posição superior.

356
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

Edith Miller, em OccultTheocrasy, documenta que a Maçonaria Inglesa estava


em comunicação com Mizraim durante o dia de Cremieux. Sua contraparte em Londres
era a Maçonaria de Memphis, conhecida na Inglaterra como "O Rito Antigo e Primitivo".
O rito de Mizraim foi amalgamado com o de Memphis, em 1775.32 À frente da Memphis,
em Londres, estava o Maçom de 33º grau John Yarker (1833-1913). Um membro de sua
hierarquia dirigente na França era Cremieux (1836-1871). Teria sido prática comum para
Cremieux, transferir segredos de estado para Yarker, através dos canais Maçônicos.

Breve Histórico das Operações


de Inteligência Maçônica
Os Templários e Sião estão se espionando desde 1188. Tal espionagem conti-
nua até os dias atuais. Abaixo, examinaremos brevemente a história das operações de
inteligência Maçônica.

John J. Robinson, autor do recente livro pró-Maçônico, Born in Blood: The Lost
Secrets of Freemasonry, nos informa que, nos séculos 12 e 13, os Cavaleiros Templários
foram os precursores de nossos serviços modernos de inteligência. Ele diz que eles
"eram conhecidos por manter agentes de inteligência nas principais cidades do Oriente
Médio e da Costa do Mediterrâneo, e teriam necessariamente empregado meios secre-
tos de comunicação. As transações financeiras internacionais exigiam total sigilo, as
operações navais exigiam que eles ocultassem, de forças muçulmanas ou piratas, infor-
mações de remessas, e a administração militar de dois continentes certamente exigia
isso."33

Quando os Templários fundaram sua forma de Maçonaria, as operações de in-


teligência naturalmente viajaram através de uma cadeia de suas lojas. Da mesma forma,
os Rosacruzes de Sião penetraram nas associações Maçônicas de trabalhadores, um
século antes da revolução de Cromwell. Além disso, o próprio Cromwell usou os salões
secretos de uma loja Maçônica aristocrática chamada a "Coroa" para organizar sua
insurreição.

Um século depois, Adam Weishaupt transformou a Maçonaria Continental em


uma máquina de coleta de informações. Ele fundou os Illuminati para penetrar na Maço-
naria Francesa Templária. Sua tarefa era incendiar a Revolução Francesa e depor os
Bourbons, em nome do Priorado de Sião. Em vez disso, os próprios Illuminati foram
penetrados pelos Templários. A Revolução ocorreu como programado, mas não sob o
comando de Weishaupt.

357
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A penetração de lojas adversárias umas nas outras não é algo tão difícil quanto
se pode imaginar. A ironia é que ambas as Maçonarias empregam os mesmos apertos
de mão e senhas de identificação. A entrada a um espião é concedida prontamente,
desde que use esses códigos secretos. Uma vez dentro, os irmãos Maçons da loja con-
fraternizam-se livremente. Os irmãos desavisados contam tudo o que sabem a um inimi-
go que aperta suas mãos corretamente.34

Um exemplo de como os Maçons Britânicos usavam redes de inteligência nos


dias de Cremieux, é dada pelo Mons. George Dillon. Durante esse período, o primeiro
ministro da Grã-Bretanha era o Maçom de 33º grau, Lord Palmerston, que foi, de certo
modo, um agente duplo. Palmerston, um Maçom do Rito Escocês Templário, estava no
comando da Maçonaria Inglesa Rosacruz. Dillon afirma que Palmerston, depois de não
ter conseguido obter ajuda financeira do Parlamento para a Revolução Templária do
Grande Oriente de Mazzini, na Itália, recorreu com sucesso ao serviço secreto Britânico
para financiar os Maçons Italianos.35

Durante a Primeira Guerra Mundial, encontramos outro exemplo de coleta de


informações da Maçonaria. Esta guerra foi o primeiro conflito global entre as Maçonarias
Britânica e Francesa, a fim de determinar qual sistema político governaria o mundo -
monarquias ou repúblicas. Nos capítulos futuros, discutiremos a intriga Maçônica desse
conflito, com uma única ordem penetrando na outra, para obter os planos de batalha do
inimigo. Uma dica do nível de atividade de inteligência é fornecida por um autor alemão,
Friedrich Hasselbacher, cujo livro, High Treason of the Military Lodges, é um documento
irresponsável e condenável. Reproduz em fac-símile uma massa de letras e "cartões
postais de campo" de Maçõns para suas lojas na Alemanha. Em uma carta, um irmão
Maçom escreve ao seu Grão-Mestre, sugerindo que ele entre em contato com os Ma-
çons Ingleses, através da Grande Loja da Noruega, a fim de descobrir seus "objetivos de
guerra"36.

Os serviços de inteligência Maçônicos foram novamente empregados na Se-


gunda Guerra Mundial. Por exemplo, na França, a Maçonaria foi usada como serviço
secreto para ajudar a resistência. A história é revelada pelo Francês Henri Coston em La
Republique du Grand Orient, o qual é citado por de Poncins em Freemasonry and the
Vatican. Coston confirma que durante a ocupação Nazista do norte da França, Pierre
Laval, um político Francês, ajudou a resistência quando ele "anexou os serviços das
sociedades secretas ao Surete Nationale, o serviço de inteligência estatal."37

Em nossos dias, a Loja Maçônica está diretamente ligada aos serviços de inte-
ligência do estado. Agentes são colocados de acordo com certos requisitos e habilida-
des, um dos quais é a capacidade de manter um segredo. Portanto, os agentes que são
Maçons, recebem preferência para ocupar as principais posições. Por exemplo, nos

358
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

EUA, os chefes do FBI e da CIA têm sempre sido Maçons do 33º grau ou altos iniciados
em sociedades secretas afiliadas. De fato, J. Edgar Hoover (33º grau) obteve uma carta
para a própria loja Maçônica do FBI, a Fidelity Lodge. Curt Gentry, em seu livro J. Edgar
Hoover, nos informa que "A associação e participação nas reuniões de segunda-feira à
noite eram 'voluntárias', mas aqueles que aspiravam a cargos mais altos logo percebe-
ram que a associação com o diretor nessa única ocasião semi-social era quase um pré-
requisito para o progresso."38

A fragilidade neste sistema de seleção é facilmente aparente, uma vez que os


Maçons livremente conversam e promovem os irmãos Maçons. Se um agente inimigo se
juntar a uma Loja Maçônica freqüentada por um agente de inteligência que ele deseja
comprometer, sua tarefa é simples. Muitos exemplos disso são apresentados pelo faleci-
do Stephen Knight em The Brotherhood. Knight, um jornalista investigativo Britânico,
documentou várias vezes como a KGB, antes e depois da Segunda Guerra Mundial,
penetrou com sucesso na inteligência Britânica, juntando-se à Maçonaria Ocidental.

Knight nos informa, por exemplo, como, após a Revolução Bolchevique, a inte-
ligência Rússia usou a Maçonaria para seus próprios fins. O serviço de inteligência Sovi-
ético aprendeu a arte da Maçonaria, enquanto investigava as Lojas Russas do Grande
Oriente. Quando Stalin proibiu a Irmandade, em 1925, ordenou que seu serviço de inteli-
gência estabelecesse centros religiosos para treinar agentes apropriados a serem envia-
dos para Países do Terceiro Mundo. Uma escola para agentes com destino à Grã-
Bretanha e outros países de língua Inglesa estava na Lituânia, antes do colapso da
URSS. Esses agentes foram treinados na exploração da Maçonaria Inglesa.39 Knight cita
um oficial de Inteligência Britânico, dizendo:

Se a KGB tivesse um alvo na Inglaterra - alguém que quisessem "mudar" ou de


quem quisessem obter informações por um dos vários meios - e essa pessoa fosse
Maçom, não tenho dúvida de que instruiria um agente a se unir à mesma Loja. Essa
seria uma jogada óbvia. Se um Maçom tem mais probabilidade de desnudar sua alma
para outro Maçom, do que para alguém de fora, qualquer serviço de inteligência entende-
ria que vale a pena explorar esse fato.40

Um dos episódios mais prejudiciais descritos por Knight foi o de um agente da


KGB transformando os mestres espiões Kim Philby, Donald Maclean e Guy Burgess em
agentes duplos para a Rússia. Knight sugere que essa transformação foi realizada atra-
vés da Maçonaria. O mundo da inteligência ficou chocado quando esses três homens
desertaram para a Rússia, em 1952 e 1962. Foi descoberto, 30 anos mais tarde, que
Philby, enquanto chefe de uma divisão da MIS (iniciais da Missão Impossível, divisão nº
5), também era um agente de alto nível da KGB. A ironia nessa história é que Philby
permaneceu na folha de pagamento da Inteligência Britânica após a deserção.41 Ele

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

morreu em Moscou, em 5 de novembro de 1988 – levando para o túmulo a razão pela


qual desertou.42

Stephen Knight revelou que a penetração da Maçonaria Ocidental foi uma práti-
ca padrão da KGB:

Posso revelar que os oficiais seniores da Inteligência Britânica estão preocupa-


dos que a KGB usa a Maçonaria na Inglaterra há décadas, para ajudar a colocar seus
agentes em posições de responsabilidade e influência .... De acordo com as evidências
agora disponíveis, o inquestionável aspecto "empregos para os irmãos" da Maçonaria
Britânica tem sido usado extensivamente pela KGB, para penetrar nas áreas de autori-
dade mais sensíveis, espetacularmente ilustrado nos anos desde 1945, por sua coloca-
ção de espiões nos níveis mais altos de MI5 e MI6. Ainda hoje, os membros dos serviços
de segurança privadamente admitem que não têm idéia da extensão dessa penetração.43

A "rede de garotos velhos", o favoritismo e o uso da Maçonaria para o cresci-


mento profissional e social - todos proibidos pelas Constituições [Maçônicas], mas todos,
no entanto, generalizados, como este livro mostrou - são de óbvio valor para Ingleses
recrutados para espionar uma potência estrangeira.44

Cremieux - Agente Duplo


A coleta de informações, a espionagem e o uso de agentes duplos são comuns
nessa guerra entre Escarlate e a Besta. Se a Grã-Bretanha quisesse penetrar no gover-
no Francês na época de Cremieux, isso seria feito através de um Maçom Rozacruz
Francês. Quem seria mais provável que Cremieux? Se ele fosse se envolver na política
Francesa, já que era político, ele se juntaria à Loja do Grande Oriente, à qual pertencia a
maioria dos políticos Franceses. A partir daí, ele poderia ter acesso a segredos de esta-
do e passá-los para Londres.

A Maçonaria Inglesa precisava de espiões na política Francesa por duas razões


específicas. Primeiro, os dois movimentos, do socialismo e do comunismo, que se de-
senvolveram na Maçonaria do Grande Oriente, eram de grande preocupação para os
capitalistas da Grã-Bretanha. Segundo, o Imperador Napoleão III havia cooperado com a
Revolução do Grande Oriente, na Itália, derrubando o exército Austríaco da oligarquia. O
mestre espíão Cremieux e a Maçonaria Britânica tinham algo em comum. Ambos odia-
vam Napoleão III. Se Cremieux estava incumbido de depor o Imperador, seu sucesso
seria melhor realizado se ele ocupasse a primeira posição dentro da Loja do Imperador.

360
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

Sombras de uma Mission Impossible, você diria? Talvez. No entanto, tudo o


que Cremieux realizou foi benéfico para a Maçonaria Inglesa, bem como lucro para a
oligarquia do Priorado de Sião, que ele protegeu. É mais provável que o Maçom Cremi-
eux tenha sido um mestre espião, um agente duplo, uma toupeira Rosacruz para a Inteli-
gência Britânica na administração do Grande Oriente Templário Francês de Napoleão III.
Tal cenário certamente se encaixa no modus operandi Maçônico.

Maurice Joly
O gentio Maurice Joly, cujo pai era um forte Maçom Italiano, também era Ma-
çom. Joly estava ligado à Alliance Israelite Universelle através de sua associação com o
Maçom Cremieux e a Loja Maçônica Mizraim. Ele também estava ligado ao Priorado de
Sião através de associação mútua em uma ordem Rosacruz com Victor Hugo. Essa
influência Maçônica garantiu a Joly um cargo no Ministério do Interior sob o Maçom M.
Chevreau, pouco antes do golpe de estado em 1851 por Louis Napoleon. Joly não foi
incluído no novo governo, nem ele queria ser. Ele tinha um ódio inveterado dos Bonapar-
tes. Além disso, ele discordou da política do Grande Oriente, que exigia um homem forte
para solidificar sua revolução fracassada de 1848.45

Nove anos após o golpe de Napoleão de 1851, Joly retirou-se da política e sa-
tisfez-se retornando à advocacia. De repente, em 1860, ele começou a escrever artigos
atacando o governo e o Imperador.

O que, ou quem reacendeu a raiva de Joly? A resposta é Adolphe Cremieux,


que também odiava o Imperador. A animosidade de Cremieux cresceu devido a uma
rejeição que ele recebeu de Louis Napoleon. Na época do golpe de Napoleon, Cremieux
era consultor jurídico da família Bonaparte e um íntimo de Louis Napoleon. Quando Louis
se tornou Imperador, ofendeu Cremieux por não indicá-lo para o cargo político mais
desejado – Chefe do Executivo - uma posição vital para lidar com a Grã-Bretanha.46 O
primeiro erro do Imperador foi sua recusa em nomear seu superior Maçônico. Cremieux
se tornou seu inimigo.

O segundo erro de Napoleon foi sua recusa em receber ordens da Maçonaria


do Grande Oriente, que o colocara no poder. Depois de seu golpe de 1851 e depois de
se declarar Imperador em 1852, ele imediatamente começou a exercer autoridade, imi-
tando seu tio-avô, Napoleon Bonaparte.47 Agora, todo o Grande Oriente era seu inimigo.

O terceiro erro de Napoleon foi exilar Victor Hugo. Logo veremos que o exílio de
Hugo foi uma conseqüência de suas discordâncias com Napoleon após o golpe. O Prio-
rado de Sião logo se tornou inimigo do Imperador.
361
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O quarto e fatal erro de Napoleon foi uma ação militar contra o exército de ocu-
pação Austríaco, na Itália. O sucesso militar de Napoleon na remoção deste braço da
Maçonaria Britânica oligárquica da Itália, permitiu que a revolução do Grande Oriente de
Mazzini fosse bem-sucedida. Com a Maçonaria Inglesa, agora, como sua inimiga, o
Imperador não teve uma prece.

Fonte dos Protocolos


Não foi necessário que a Maçonaria Britânica intrigasse contra Napoleão, por-
que o Imperador havia criado hostilidade e inimigos suficientes por conta própria. Com
um Cremieux raivoso encorajando a caneta de um Joly rabugento, o Grande Oriente
planejava depor o Imperador. Joly escreveu Dialogues between Machiavelli and Montes-
quieu, que era uma compilação de artigos nos quais Joly descrevia Napoleon III como
Maquiavel. Como a poesia de Victor Hugo havia feito na década de 1850 (discutida mais
adiante neste capítulo),50 os artigos de Joly também voltaram a opinião pública contra o
Imperador na década de 1860. E como nós aprendemos anteriormente, o London Times
(1920) relatou que os Protocols of the Learned Elders of Sion foram plagiados pelos
Dialogues de Joly, que o Times chamou de Dialogues of Geneva.

Outro fator que devemos considerar ao descobrir a fonte dos Protocols é que,
nos dias de Joly, o comunismo era a moda política da Maçonaria do Grande Oriente. Seu
porta-voz era o Alemão, Maçom do 32º grau do Grande Oriente e Judeu Reformista, Levi
Mordechai (também conhecido por Karl Marx).48 Joly, no entanto, era socialista e odiava
a ambos, o comunismo e Karl Marx. Consciente de que os comunistas eram os rema-
nescentes dos Jacobinos, que haviam realizado o Reino do Terror em 1793, Joly escre-
veu: "O Socialismo parece, para mim, uma das formas de uma nova vida para os povos
emancipados das tradições do Velho Mundo. Eu aceito muitas das soluções oferecidas
pelo Socialismo, mas eu rejeito o Comunismo como um fator social ou como uma institui-
ção política. Mas o Comunismo é uma escola do Socialismo. Na política, entendo meios
extremos de obter os objetivos - nisso, pelo menos, sou Jacobino".49

Embora Joly odiasse o comunismo, ele concordava com seus princípios Jaco-
binos; ainda, ele acusou Napoleão III dessa mesma crueldade. O que ele realmente
odiava era o absolutismo do Imperador. Absolutismo é o que a Maçonaria não pode
tolerar. O Jacobinismo é bom, mas não fora dos auspícios da hierarquia Maçônica.
Quando Napoleon III ignorou as ordens de seus superiores Maçônicos, o ódio de Joly por
ele foi reacendido por Cremieux. O Grande Oriente contratou Joly para expor o Impera-
dor como Maquiavélico. Para se proteger, Joly assinou os Dialogues como "Mr. X".

362
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

Por que o London Times, em 1920, chamou o livro de Joly de Dialogues of Ge-
neva? A resposta pode ser encontrada nos eventos Maçônicos-Marxistas que ocorreram
em Genebra antes da reunião comunista internacional realizada em Londres, em 1864,
um ano antes de Joly publicar seu trabalho. Em um capítulo anterior, vimos que, após o
Congresso de Viena, em 1815, as lojas Maçônicas Inglesas e Francesas foram estabele-
cidas em Genebra, com o propósito expresso de traçar intrigas em terreno neutro. De
acordo com Nesta Webster, Genebra, na Suíça, foi o ponto de encontro de todos os
revolucionários da Europa.50 Edith Miller relata que as reuniões de Genebra ocorreram
na Loja Maçônica do Grande Oriente, Temple Únique. Os presentes colocam o nome do
Templo em seus cartões e contas.51

Após as reuniões de Genebra, os revolucionários comunistas se reuniram em


Londres, durante o verão de 1862. Lá, eles assistiram à Exposição Internacional de
Londres. A Exposição era uma frente Marxista, usada pelos comunistas Franceses para
penetrar na força de trabalho da Grã-Bretanha. Esta Exposição marcou o início dos
sindicatos anti-capitalistas. Em 5 de agosto de 1862, todos os delegados se reuniram em
um jantar oferecido por seus colegas Ingleses na Freemason's Hall. Foi lido o direciona-
mento que formatou a plataforma para a Primeira Internacional Comunista.52

Em 28 de setembro de 1864, os comunistas franceses se reuniram novamente


em Londres, em outra loja Maçônica chamada St. Martin's Hall.53 Nesta reunião, o Ma-
çom do Grande Oriente Karl Marx obteve o controle da Associação Internacional dos
Trabalhadores, fundada dois anos antes. Diversas sociedades secretas, como os Anar-
quistas, os Niilistas e a Jovem Europa, foram imediatamente absorvidas por este orga-
nismo comunista. Nesse mesmo ano, o anarquista Mikhail Bakunin (1814-1876), um
Maçom do Grande Oriente russo, fundou sua Alliance Sociale Democratique, na mesma
linha do Iluminismo de Weishaupt.54

Em 1866, um ano após a publicação do livro de Joly, o congresso inaugural da


Primeira Internacional Comunista de Karl Marx se reuniu em Genebra, novamente na loja
Maçônica Temple Unique.55 Miller relata que ficou decidido naquela reunião Maçônica "a
abolição de exércitos permanentes, a destruição dos monopólios de grandes empresas e
a transferência de ferrovias e outros meios de locomoção para o povo".56

Também, foi confirmada nessa reunião a declaração de que a revolução seria


levada para solo estrangeiro - talvez em referência à Rússia, já que na Rússia o Zionis-
mo deveria ser contido, se não destruído.

Quando a Primeira Internacional se reuniu novamente em 1869 na Basileia, Su-


íça, o Maçom Russo Mikhail Bakunin lutou pelo controle da organização. Ele falou assim,
sem reserva: "Por liquidação social, eu entendo como a expropriação de todos os propri-

363
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

etários existentes, pela abolição do estado político e jurídico, a qual é a sanção e única
garantia de toda a propriedade como agora existente, e de tudo o que é chamado de
direito legal; e a expropriação, de fato, em toda parte, e o mais e tão rapidamente quanto
possível pela força dos eventos e circunstâncias."57 Treze anos depois, em 1882, por
ordem de Bakunin, o Czar Alexander II da Rússia foi assassinado.58

Alvo: Napoleon III


Ao encontrar a resposta para o motivo pelo qual o London Times chamou o livro
de Joly de Dialogues of Geneva, devemos investigar as intrigas Maçônicas na Itália, que
ocorreram uma década antes das reuniões de Genebra. No final de 1856, os Maçons do
Grande Oriente Italiano, já conhecidos como a Máfia, foram contratados por Lord Pal-
merston da Inglaterra para assassinar Napoleon III. No início de 1857, vários Maçons se
reuniram em Londres para planejar o assassinato. Quatro eram da Rússia, um dos quais
era Mikhail Bakunin.59 O presidente da reunião foi o próprio líder da Máfia, Giuseppe
Mazzini. Ao seu lado estavam Francesco Crispi (1819-1901), o Maçom siciliano selecio-
nado para fazer o trabalho, e seu camarada de armas, o Maçom Adriano Lemmi (1822-
1896).60

Em janeiro de 1858, Crispi e Lemmi se encontraram em Paris com o Maçom


Felice Orsini. Orsini, um irmão de loja de Napoleon III, ensinou os dois assassinos como
fabricar uma bomba, depois os manteve a par dos movimentos do Imperador. Durante as
semanas seguintes, várias tentativas foram feitas contra a vida de Napoleon, todas fa-
lhando. Crispi e Lemmi escaporam, mas Orsini foi capturado, julgado e condenado à
morte. Antes da sua execução, em 13 de março de 1858, Napoleon o visitou na prisão.
Orsini alertou o Imperador que se ele não ajudasse os Maçons Italianos em sua luta pela
democracia, outras bombas seriam reservadas para ele. Napoleon concordou, reunindo-
se em Piemonte, em julho, com o Conde Camillo Benso di Cavour. Mazzini não estava
nesse encontro. Cavour era Grão-Mestre de uma loja Inglesa autorizada na Itália, uma
loja revolucionária competindo com o Grande Oriente do Grão-Mestre Mazzini.61 Miller
conta o que uniu esses dois Grão-Mestres rivais:

As políticas do Grão-Mestre Cavour e do Grão-Mestre Mazzini, cada uma re-


presentando duas correntes Maçônicas diferentes [Inglesas e Francesas] emanadas de
fontes diferentes, reuniram-se em torno da questão da destruição do Papado, a qual era
a esperança de submergir através da unificação da Itália.

Cavour visava a unidade, na forma de uma monarquia constitucional sob a casa


de Savoy, e Mazzini, visando uma república, viu-se forçado ao compromisso que o obri-

364
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

gava a aceitar, pelo menos temporariamente, uma monarquia Piemontese para a Itália
Unida.62

Juntos, eles concordaram em aceitar a assistência de Napoleon. A França, com


Piedmont Sardinia, declarou guerra à Áustria para expulsar as tropas desta da Itália.
Miller cita a observação do deputado Francês Monsieur Keller perante o órgão legislativo,
em 13 de março de 1861, sobre a causa desses eventos: "A guerra Italiana foi a execu-
ção da vontade de Orsini."63

Enquanto isso, Victor Hugo, Grão-Mestre do Priorado de Sião, estava no exílio,


escrevendo poesia satírica contra Napoleon. A poesia de Hugo pretendia manipular a
opinião pública, a fim de expulsar o Imperador do cargo. Três desses trabalhos foram: (1)
Napoleon le Petit, uma acusação do "pequeno" Napoleon III, em oposição ao "grande"
Napoleon I; (2) Histoire d'un crime, um relato diário do golpe de Louis Bonaparte, visto
por uma testemunha dissidente; e (3) Les Chatiments, classificado entre os mais podero-
sos poemas satíricos, uma apresentação de Napoleon como ladrão e assassino.64

Como resultado, a popularidade do Imperador começou a declinar durante a


segunda metade dos anos 1850. Para perpetuar o declínio, Joly foi escolhido, em 1860,
para assumir a causa, que culminou nos Dialogues of Geneva, em 1865.

Hugo plantou a semente da dissensão; Joly a cultivou e Napoleon colheu os


frutos do descontentamento de seus súditos. Durante a segunda metade dos anos de
1860, a oposição anti-imperial se fortaleceu. Em 1871, Napoleon III foi deposto.

A Fonte de Joly
Como poderia Joly, um Maçom Rosacruz, saber dos acontecimentos comunis-
tas em Genebra, o que levou o London Times a chamar seu livro de Dialogues of Gene-
va? Joly não era membro do Rito Escocês Templário da Maçonaria do Grande Oriente,
nem seu Partido Comunista de esquerda. Ele odiava o Comunismo e não participaria de
suas reuniões, se convidado.

Aqui é onde entra Cremieux. Como Comandante Supremo do Rito Escocês da


Maçonaria do Grande Oriente, Cremieux estava bem ciente da agenda das reuniões
comunistas na loja Maçônica em Genebra e pode ter participado delas. Ele é conhecido
por ter induzido Joly a escrever os Dialogues. Se Cremieux realmente entregou atas
dessas reuniões Maquiavélicas a Joly, ou o informou verbalmente sobre seu conteúdo,
não é conhecido. De qualquer forma, Cremieux, um companheiro Rosacruz e íntimo de
Joly, certamente o guiou no conteúdo de seus escritos.
365
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Este é um modus operandi Maçônico - como vimos anteriormente no relacio-


namento entre Frederick Engels e Karl Marx. Marx seguiu as sugestões de Engel, colo-
cando-as na forma revolucionária. Semelhantemente, duas décadas depois, Cremieux
sugeriu o que Joly deveria escrever. Joly, advogado do governo antes da ascensão do
Imperador ao poder, seria acreditável. Os artigos de Joly implicavam que as decisões
Maquiavélicas dos vários congressos Comunistas de Genebra eram planos do Imperador
para a destruição da França. Encadernados em um livro, os artigos foram intitulados
Dialogues of Geneva. Como planejado, essa desinformação Maçônica despertou a opini-
ão pública contra Napoleon III.

Joly escreveu apenas sob a garantia do anonimato; daí o pseudônimo, Sr. X.


No entanto, para despertar a opinião pública, o autor teve que ser revelado como alguém
com autoridade - alguém familiarizado com o clima político atual. Joly, portanto, foi traído
dois meses após a publicação. Como resultado desse processo incomum e rápido de
exposição, ele foi julgado, condenado e sentenciado a dois anos de prisão.

A exposição, julgamento, condenação e punição de Joly, são outro exemplo do


modus operandi Maçônico. Neste mundo de intrigas Maçônicas, onde o fim justifica os
meios, existem aqueles descartáveis que são usados como bodes expiatórios para pro-
teger a conspiração. Joly, apenas um Maçom da Loja Azul, foi sacrificado pela causa
maior. Se Cremieux expôs Joly, é algo não conhecido, mas uma nítida possibilidade.
Porém, o esquema funcionou, e Napoleon III estava fora do governo seis anos após a
publicação do livro de Joly.

Quem foram os vencedores? Primeiro, a Maçonaria Rosacruz Inglesa, que ago-


ra se livrava do homem que expulsara as forças oligárquicas de ocupação da Itália. Se-
gundo, a Maçonaria do Grande Oriente Templária Francesa, que depôs um Imperador
por este se recusar a receber ordens da sua hierarquia Maçônica. Terceiro, Cremieux,
cuja vingança foi a deposição de Napoleon III por negar-lhe um alto cargo político.

A vingança de Cremieux, no entanto, teve consequências de longo alcance. Por


exemplo, o livro de Joly contribuiu para a liberação de documentos chamados The Proto-
cols of the Learned Elders of Sion, que por sua vez alimentaram a Europa pós-Primeira
Guerra Mundial contra os Judeus, trazendo a ascensão do Fascismo. Nesse clima, Hitler
não foi contestado quando projetou o massacre de seis milhões de Judeus e cinco mi-
lhões de Gentios nos campos de concentração.

Nesta Webster defende Joly como a fonte dos Protocols. Em Secret Societies
and Subversive Movements, ela afirma: "Os protocolos foram amplamente copiados do
livro de Maurice Joly, Dialogues aux Enfers entre Machiavel et Montesquieu, publicado
em 1864. Diga-se, de imediato, que a semelhança entre os dois trabalhos não poderia

366
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

ser acidental. Não são apenas parágrafos inteiros quase idênticos, mas os vários pontos
do conteúdo de um seguem exatamente cada um do outro, na mesma ordem."65

Por outro lado, é plausível sugerir que os Protocols não eram um plágio do livro
de Joly em absoluto, mas as atas reais das reuniões revolucionárias Marxistas realizadas
na loja Maçônica em Genebra. Como sugerido anteriormente, essas notas podem ter
sido dadas a Joly por Cremieux. A hipótese deste autor é que Joly plagiou as atas de
Genebra, que depois reformulou nos Dialogues of Geneva.

Se os Protocols foram um plágio do livro de Joly, ou os Dialogues, um plágio


dos Protocols, o resultado foi o mesmo. O mais importante para nossa investigação é
que Joly, um Maçom, era um associado próximo da Cremieux. Cremieux, por sua vez,
estava no Supremo Conselho da Loja Maçônica Mizraim, em Paris. Foi desta loja que os
"Protocolos" foram roubados, em 1884.

Se, de fato, Joly plagiou as atas das reuniões de Genebra, em 1865, aparente-
mente tais documentos foram descuidadamente armazenados e esquecidos nos arqui-
vos da Loja Mizraim. Duas décadas depois, eles foram "encontrados" por um usuário
casual que, sem saber seu propósito original, os roubou.

Uma história interessante sobre a descoberta dos Protocols em 1884 foi conta-
da em 1934 por Victor E. Marsden, em sua tradução para o inglês dos Protocols russos.
Marsden tinha sido o correspondente russo do The Morning Post de Londres quando a
Revolução Bolchevique estourou. Ele relata que

[E]m 1884 [dois anos após o assassinato do czar Alexander II pelos Maçons
Niilistas], a filha de um general russo, Mlle. Justine Glinka, estava se esforçando para
servir seu país em Paris, obtendo informações políticas, que ela comunicava ao general
Orgevskii, em São Petersburgo. Para esse fim, ela empregava um Judeu, Joseph
Schorst, membro da Loja Mizraim em Paris. Um dia, Schorst ofereceu a ela um docu-
mento de grande importância para a Rússia, cuja obtenção requeria o pagamento de
2.500 francos. Esta quantia, recebida de São Petersburgo, foi paga e o documento en-
tregue a Mlle. Glinka.

Ela encaminhou o original em Francês, acompanhado da tradução em Russo,


para Orgevskii, que por sua vez entregou a seu chefe, general Cherevin, para repassá-
los ao Czar."66

O documento era o original Francês de The Protocols of the Meetings of the


Learned Elders of Sion. O general Cherevin não os entregou à Corte Real, como Glinka

367
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

havia solicitado. Em vez disso, ele os arquivou, e eles ficaram inativos pelas próximas
duas décadas.

O que dá credibilidade a essa história é que Mile. Justine Glinka foi presa, logo
depois de falsas acusações, nada relacionadas aos Protocols, e banida para seu estado
em Orel, na Rússia. Alguns acreditam que isso foi projetado pela Maçonaria, numa tenta-
tiva de manter Mile. Glinka longe de uma investigação mais aprofundada.67 Quanto ao
traidor Maçônico Joseph Schorst - em pagamento pelo seu papel na intriga, ele foi caça-
do e assassinado no Egito, possivelmente por agentes Maçônicos.68

O argumento mais forte para vincular os Protocols of Sion à Maçonaria Gentia


são os Protocols em si. Leia, à luz da hegemonia Maçônica, o quarto Protocol que, por
exemplo, parece confirmar que o Supremo Conselho do 33º grau da Maçonaria Univer-
sal, e não os Judeus Zionistas, é o manipulador da revolução mundial:

Quem ou o que pode destronar um poder invisível? Agora, é exatamente isso


que nosso Governo é. A Loja Maçônica em todo o mundo inconscientemente age como
uma máscara para nosso propósito. Mas o uso que vamos fazer desse poder em nosso
plano ação, e até mesmo em nossas sedes, permanece perpetuamente desconhecido
para o mundo em sua amplitude.69

O "Governo" referido neste Protocol poderia muito bem ser o Supremo Conse-
lho da Maçonaria. E os Dialogues, nos quais acreditamos que os Protocols se baseiam,
poderiam ser de origem muito anterior à década de 1860, porque eles ecoam a corres-
pondência de Weishaupt com seus co-conspiradores nos Illuminati. Os Dialogues tam-
bém poderiam ter sido a correspondência entre membros da hierarquia Templária, como
Mazzini na Itália, Pike na América, Palmerston na Inglaterra e Bismarck na Alemanha.

Também, é igualmente provável que Karl Marx ou Mikhail Bakunin, ambos que
estavam no Congresso Maçônico de Genebra, jorraram o quarto Protocol desse fórum.
Certamente, seria adequado ao seu programa Comunista. De fato, um segmento do
Protocol doze poderia ter sido falado em Genebra contra a Rússia por este remanescen-
te dos Jacobinos Comunistas. Diz ele:

Resumidamente, a fim de demonstrar nossa escravização pelos governos Gen-


tios na Europa, mostraremos nosso poder a um deles por meio de ‘crimes de violência’,
isto é, por um ‘reino de terror’.70

Ao usar a palavra "Gentio", os autores anônimos dos Protocols sugeriram para


leitores e pesquisadores gerais, que os autores e planejadores dos "crimes de violência"
eram Judeus. Quando a bárbara Revolução Bolchevique destruiu a velha Rússia, pes-

368
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

quisadores de conspiração apontaram para este Protocol, por causa da palavra "Gentio",
e culparam os Judeus pela Revolução, crendo que eles estariam retaliando os Czares
Russos por sua perseguição às populações Judaicas Russas.

Os Protocolos, Jack o Estripador,


e os "não-Maçons" Gentios
A Maçonaria Gentia refere-se a seus iniciados como Judeus, refere-se às suas
lojas como Templo de Salomão, e chama não-maçons de Gentios. Da mesma forma,
uma república fundada pela Maçonaria e governada pelos Maçons é, por inferência, uma
nação Judaica. Por outro lado, um reino não governado pela Maçonaria, como a Rússia,
seria considerado uma nação Gentia. A Rússia Cristã, então, certamente seria chamada
de "governo Gentio" por "eles que se dizem Judeus, e não o são, mas mentem".

Stephen Knight documenta o uso Maçônico da palavra "Gentio" em The Brothe-


rhood. Quando uma reunião é convocada no templo Maçônico, diz ele, os Maçons con-
vergem para a loja de todas as direções. "Uma vez dentro do salão, cada um orienta
seus passos em direção à Cripta, que foi isolada para que nenhum invasor possa abrir
caminho, descer as escadas e relatar os acontecimentos a qualquer 'Gentio'."71

Knight conecta os Protocols à Maçonaria Gentia, examinando um assunto apa-


rentemente não relacionado: os notórios assassinatos de Jack, o Estripador, cometidos
em 1888, entre agosto e novembro. "Os assassinatos de Jack, o Estripador, no Extremo
Leste de Londres, em 1888, "afirma Knight", foram perpetrados de acordo com o ritual
[sic] maçônico, e um encobrimento policial subsequente foi liderado pelo Comissário e
pelo Assistente do Comissário da Polícia Metropolitana, ambos Maçons."72

Para compreender o que se entende por "assassinatos... de acordo com o ritual


Maçônico", devemos entender a cerimônia Maçônica do 3º grau - o grau de Mestre Ma-
çom. Stephen Knight explica o foco do ritual Maçônico no assassinato:

Muitos dos rituais Maçônicos se concentram no assassinato. No terceiro grau, a


vítima é Hiram Abif, arquiteto mítico encarregado da construção do templo de Salomão.
A cerimônia envolve a simulação do assassinato de Hiram por três aprendizes Maçons, e
sua subsequente ressurreição. Os três aprendizes são chamados Jubela, Jubelo e Jube-
lum - conhecidos coletivamente como Juwes [ortografia Maçônica para Judeus]. No
folclore [sic] Maçônico, os Juwes são perseguidos e executados", tendo o peito aberto e
o coração e órgãos vitais tirados e jogados por cima do ombro esquerdo", o que é muito
parecido com os detalhes do ‘modus operandi’ de Jack, o Estripador.73

369
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Em 1888, Sir Charles Warren foi Comissário da Polícia Metropolitana e um dos


Maçons mais eminentes do país. Dois anos antes, Warren também ajudou encontrar a
mais secreta das Lojas Maçônicas, a Loja Quatuor Coronati de Pesquisa Maçonica.
Knight relata que

Warren impedia a investigação dos assassinatos a todo momento, causando in-


termináveis atrasos e confusão, tendo pessoalmente destruido a única pista que o Estri-
pador deixara. Era uma mensagem rabiscada com giz na parede de um prédio, próximo
ao local do quarto assassinato. Sob a mensagem, havia um pedaço de pano ensopado
de sangue, que Jack, o Estripador, cortara recentemente do avental de sua última vítima.
A própria mensagem, de acordo com uma cópia cuidadosa feita por um Oficial de Polícia
consciente que estava na cena inicialmente – a qual havia sido escondida nos arquivos
do caso na Scotland Yard por quase noventa anos, antes de eu ter acesso a eles - dizia:

"Os Juwes são


Os Homens Que
não serão culpados
por nada"

No momento em que soube disso, Warren, que antes não havia se aventurado
para os lados do Extremo Leste de Londres, correu para o local antes que a mensagem
pudesse ser fotografada e lavou-a. Isso nunca foi explicado. A verdade é que Warren,
que tinha sido elevado ao Arco Real em 1861, percebeu que os escritos na parede era
uma mensagem maçônica [sic]. Warren, um dos fundadores da Loja Quatuor Coronati de
Pesquisa Maçônica e, na época dos assassinatos do Estripador, um ex-Grande Peregri-
no do Grande Capítulo Supremo, sabia muito bem que a escrita na parede estava dizen-
do ao mundo, que "Os Maçons são os homens que não serão responsabilizados por
nada".74

O significado da palavra "Juwes" na mensagem do Estripador não escapará de


qualquer pessoa versada na tradição Maçônica. Como Knight apontou em um livro ante-
rior, Jack the Ripper: The Final Solution (1976), os Maçons se referem a si mesmos
como Judeus e usam a palavra "Gentio", emprestada do Hebraico e a usam com o signi-
ficado de não-Maçônico.

Como a mensagem no local do quarto assassinato do "Estripador" esclarece a


analogia sobre quem pode ter sido o autor dos Protocols? Primeiro, confirma que a Ma-
çonaria estabelece chamarizes, depois os chama de Judeus. Segundo, a mensagem
rabiscada com giz na parede acima da cena do quarto assassinato do Estripador pode
ser extrapolada e aplicada a todas as intrigas Maçônicas e seus autores, incluindo os
autores dos Protocols: "Os Maçons são os homens que não serão responsabilizados

370
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

pelos Protocols". Terceiro, fazendo com que os Protocols sejam lidos como um manus-
crito Judeu, a conspiração Maçônica Gentílica continua sem impedimentos, direcionando
os pesquisadores a perseguirem o bode expiatório Judaico.

Em 1935, depois de estudar os Protocols e ouvir meses de testemunho, o tribu-


nal em Berna, na Suíça, declarou que não eram de origem Judaica. Se aceitarmos a
declaração do tribunal, a única explicação lógica para a autoria dos Protocols é a Maço-
naria Gentílica: "aqueles que dizem que são Judeus, e não o são, mas mentem". A cria-
ção dos Protocols é outra faceta da trama milenar de Satanás para destruir Judeus e
Cristãos, igualmente.

A intenção de Stephen Knight em expor a razão por trás do uso Maçônico da


palavra "Juwes", não era revelar o simbolismo anti-Semita da Maçonaria, mas conectar
os Protocols à Maçonaria Gentílica. Ele oferece evidências ainda mais convincentes da
autoria Maçônica dos Protocols: "O tradutor dos Protocols afirmou que eles estavam na
forma de atas, que foram removidas de um grande livro de anotações para palestras.
Elas foram assinadas, disse ele, por Maçons do mais alto escalão, o trigésimo terceiro
grau."76

Os Maçons do trigésimo terceiro grau, é claro, se reúnem separadamente de


seus irmãos dos graus mais baixos. Significativamente, Edith Miller nos informa que o
nome da sala de reuniões em Paris, onde os Maçons do 33º grau do Supremo Conselho
de Mizraim se reuniam era Santuário dos Levitas, corroborando a descoberta de Knight
de que os Maçons Gentios referem a si próprios como Judeus.77 A Mackey’s Encyclope-
dia of Freemasonry derrama mais luz sobre a fixação da Maçonaria Francesa em se
tornarem Judeus, ao documentar que nas lojas Francesas, "Levita" é o "mais alto dos
graus Maçônicos..."78

Como poderia uma pessoa, ou pessoas, que supostamente forjaram os Proto-


cols, souberam conectar a terminologia Judaica usada por uma loja Maçônica Gentia em
Paris, a menos que ele, ou eles, fossem Maçons do 33º grau daquela mesma loja? Sa-
bemos que Adolphe Cremieux foi aquele Maçom que tomou assento no Conselho Su-
premo da Maçonaria de Mizraim. Também sabemos que os Protocols foram roubados
dessa mesma loja. Stephen Knight conclui:

Deve-se afirmar que os Protocols foram objeto de debate desde que surgiram
impressos pela primeira vez. Hitler distorceu seu significado e alegou que eles provavam
a existência de uma conspiração mundial pelos Judeus, e os usou numa desesperada
tentativa de justificar seu programa de extermínio. Principalmente por causa das atroci-
dades nazistas, muitos escritores atacaram os Protocols como sendo um documento
falsificado. O argumento continua furioso, e há pontos fortes a favor e contra.

371
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Um ponto importante a ter em mente é que eles existiam há muito tempo antes
de, finalmente, serem publicados .... Falsificações ou não, produto de mentes fanáticas
ou não, o fato é que eles foram tomados com seriedade mortal por milhares de pessoas.

Claro, mesmo aceitando por um momento que não havia questionamentos so-
bre a autenticidade dos documentos, ainda seria ridículo acreditar que eles formam o
código pelo qual todos os Maçons vivem. A maioria dos Maçons não progride além do
terceiro grau, então, a grande maioria dos Maçons, antes da publicação dos ‘Protocols’,
nunca tinha ouvido falar deles.

Mas o que eles [os Protocols] teriam transmitido aos altos iniciados, que não
apenas lê-los, mas levá-los a sério, é fascinante e perturbador.79

A Conspiração Maçônica do "Protocol" na Rússia


Os Judeus Reformistas deixaram a Alemanha, indo para a Rússia em 1840, pa-
ra destruir o Judaísmo lá. Suas táticas eram repreensíveis, resultando em violência e
derramamento de sangue. Com raiva, os Reformistas espalharam mentiras cruéis sobre
seus irmãos Judeus, incitando a Rússia Cristã ao anti-Semitismo. As mais horrendas
foram as acusações de difamação de sangue. Um desses incidentes ocorreu na pequena
cidade de Villovich, onde os Judeus Reformistas se vingaram no rabino local. Eles vesti-
ram uma de suas mulheres como se fosse a esposa do rabino. "A representação era
perfeita", escreveu o rabino Antelman." Ela apareceu diante do padre local e disse que
viu o rabino matar uma criança Cristã na Páscoa. Por causa deste incidente, o rabino e
todos os membros de sua congregação foram mortos, após um breve julgamento. A
esposa do rabino e seus cinco filhos restantes foram torturados por aceitarem o Cristia-
nismo".80

A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry confirma que "[N]a Rússia, os Proto-


cols foram usados para apoiar acusações contra os Judeus por assassinato ritual".81 É a
afirmação de Mackey a maneira sutil da Maçonaria sugerir que os autores dos Protocols
foram Judeus Reformistas?

Protocolos de Sião e o Priorado de Sião


Os autores de Holy Blood, Holy Grail sugerem que o Priorado de Sião, e não os
Judeus Reformistas, estava ligado aos Protocolos de Sião na Rússia. Os autores cons-

372
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

troem seu caso em torno dos Maçons Franceses Rosacruzes que haviam entrado nas
boas graças do Czar Nicholas II. Aqui está a história deles:

O papel de Rasputin na corte de Nicholas e Alexandra da Rússia é mais ou


menos conhecido em geral. O que não é em geral sabido, é que existiam enclaves esoté-
ricos influentes e até poderosos na corte Russa, muito antes de Rasputin. Durante as
décadas de 1890 e 1900, um desses enclaves se formou em torno de um indivíduo co-
nhecido como Monsieur Philippe e em torno de seu mentor, que fazia visitas periódicas à
corte imperial, em Petersburgo. E o mentor de Monsieur Philippe não era outro, senão
um homem chamado Papus.82

Papus (1865-1916), um Gentio, era o codinome Maçônico do Dr. Gerard En-


causse, um Maçom do 33º grau, de Paris, que se tornou conselheiro oculto do infeliz
Czar Nicholas II.83 Papus era Grão-Mestre de ambas as Maçonarias, Memphis e Mizraim,
as duas lojas Rosacruzes que se fundiram em 1875. Um dos conhecidos de Papus era
Claude Debussy (1862-1918), um famoso compositor que adaptou um número de poe-
mas de Victor Hugo para a música. Debussy foi o próximo Grão-Mestre do Priorado de
Sião após a morte de Hugo, em 1885, e reinou nessa posição até 1918.84

O Maçom A. E. Waite nos diz que, em 1894, Papus também era o Grão-Mestre
do Supremo Conselho Maçônico Martinista, em Paris. O Martinismo admitia homens e
mulheres membros em igualdade de condições. Esta Ordem possuía várias lojas em
toda a Europa e Rússia. Também foram estabelecidos capítulos na Grã-Bretanha, Esta-
dos Unidos, Argentina e Guatemala, bem como em todo o Oriente.85

O Martinismo foi fundado originalmente em 1754 por um Judeu Rosacruz Es-


panhol chamado Martines de Pasqually, ou Martinez Paschalis. O emblema para este
ramo da Maçonaria consiste em seis pontos, que aprendemos em um capítulo anterior,
ser a forma sutil da estrela Maçônica de seis pontas. A estrela de seis pontas é o mesmo
arauto do Priorado de Sião, da Loja Maçônica de Mizraim e do Zionismo.

As Lojas de Pasqually foram organizadas pela primeira vez em Marselha, Tou-


louse e Bordeaux, depois em Paris. Em pouco tempo, as lojas Martinistas Rosacruzes se
espalharam por toda a França, com o centro em Lyon. O Martinismo era considerado
uma sociedade secreta Judaica. No entanto, era operada da mesma maneira que a Loja
Mizraim, na qual Judeus e Gentios eram membros. Nos bastidores, no entanto, estava o
Priorado de Sião, caracterizado pelo emblema Rosa-Cruz aplicado no espigão das Lojas
Martinistas.

Nesta Webster explica: "Após os três primeiros graus de Ofício, vem o graus
Cohen do mesmo - Aprendiz Cohen, Companheiro Craft Cohen e Mestre Cohen – de-

373
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

pois, os do Grande Arquiteto, Grande Eleito de Zorobabel, Cavaleiro do Oriente; mas


acima destes, havia graus ocultos que levavam à Rosa-Cruz, os quais formavam o espi-
gão do edifício."87

Webster também afirma que "discípulos Martinistas herdaram de Pasqually um


grande número de manuscritos Judeus".88 Ela deixa o leitor com a impressão de que
esses manuscritos não são outro, senão os Protocols of the Learned Elders of Sion -
que existiam um século inteiro antes de serem roubados de sua irmã, a loja Mizraim, em
1884.89 Nesse caso, esses documentos podem ter sugerido origens Judaicas apenas por
causa das reivindicações Davídicas expressas neles pelo Priorado de Sião.

Um século depois, o selo do "Priorado de Sião" fica ainda mais evidente no


Martinismo, quando um Maçom chamado Alphonse Louis Constant (1810-1875) juntou-
se à Ordem Martinista. Constant era um Maçom Gentio que assumiu o nome Judeu -
Eliphas Levi. É o mesmo Eliphas Levi que ajudou o Grão-Mestre de Sião, Charles Nodi-
er, a peneirar metodicamente e catalogar milhares de documentos Templários, saquea-
dos do Vaticano por Napoleon Bonaparte. Levi também estava familiarizado com o su-
cessor de Nodier, Victor Hugo. Depois que Levi se juntou à loja Maçônica Martinista, esta
loja fundiu-se com as lojas de Memphis e Mizraim.

Aparentemente, Levi teve acesso aos documentos do Protocol esquecidos na


loja Mizraim, uma década antes de serem descobertos, em 1884. Webster nos informa
que "[a]ntes de sua morte em 1875, Eliphas Levi anunciou que em 1879 um novo ‘Reino
universal’ político e religioso seria estabelecido e que seria possuído por 'aquele que
tivesse as chaves do Oriente'."90

Três Protocols têm uma relação significativa com essa profecia:

Protocolo 15: Quando o Rei de Israel coloca sobre sua cabeça sagrada a coroa
oferecida pela Europa, ele se tornará o patriarca do mundo.

Protocolo 17: O Rei dos Judeus será o verdadeiro Papa do Universo, o patri-
arca de uma Igreja internacional.

Protocolo 24: Passo agora para o método de confirmação das raízes dinásticas
do Rei Davi, até os últimos estratos da terra.

O suporte da humanidade, na pessoa do senhor supremo de todo o mundo da


sagrada semente de Davi, deve sacrificar para seu povo todas as inclinações Pessoais.

374
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

Estes Protocols são altamente sugestivos do Priorado de Sião, aqueles que


afirmam ser da semente de Davi. Eliphas Levi provavelmente estava se referindo ao
culto do Rei de Jerusalém de Sião quando profetizou: "Um novo 'reino universal' político
e religioso será estabelecido, e será possuído por 'aquele que tiver as chaves do Orien-
te'.
Os autores de Holy Blood nos informam que Victor Hugo e Eliphas Levi eram
ambos membros da mesma Loja Martinista.91 Como vimos, Victor Hugo era associado de
Maurice Joly e de Adolphe Cremieux na loja irmã da Maçonaria Mizraim. Papus, que foi
Grão-Mestre de ambas as lojas, Mizraim e Memphis, também era Martinista e se familia-
rizou com o sucessor de Hugo, Claude Debussy. Todos esses homens, exceto Cremi-
eux, eram Gentios.

Essa evidência circunstancial aponta para o Priorado de Sião como autor dos
Protocols. No Antigo Testamento, o próprio rei Salomão, que é reverenciado por todos os
Maçons, diz em Provérbios 14:9: "O laço comum dos rebeldes é a culpa deles".92 Em
outras palavras, esses rebeldes Maçônicos são culpados por associação.

Martinismo Francês e Maçonaria Inglesa


O Maçom Inglês A. E. Waite afirma que o Martinismo Francês fechou suas por-
tas para os Maçons pertencentes à Maçonaria Inglesa.93 No entanto, Edith Miller, no
Apêndice IV de Occult Theocrasy, reproduziu uma carta particular, datada de 26 de
março de 1906, de um "Dorec" para o Maçom Inglês do 33º grau do Grande Oriente,
Theodore Reuss, informando que o Maçom Inglês do 33º grau John Yarker era o delega-
do Martinista em Londres.94

Miller afirma a existência de outra carta particular, na qual Papus refere-se a si


mesmo como o delegado de John Yarker para o rito Swedenborg na França. Correspon-
dência dessa natureza entre os Maçons mais dignos de nota daquele dia, contradiz o Sr.
Waite e revela que o mesmo está espalhando desinformação, alegando uma disputa
entre a Maçonaria Inglesa e o Martinismo Francês, onde não existe.

É verdade que a Maçonaria Rosacruz Inglesa cortou a comunhão em 1877 com


a Maçonaria Templária do Grande Oriente Francês. No entanto, o Martinismo não é o
Templarismo do Grande Oriente, mas sim, Rosacrucianismo.

Naturalmente, haveria um vínculo com a Maçonaria Inglesa. Obviamente, os


Martinistas Franceses gostariam de manter esse vínculo familiar em segredo, a fim de
manter-se a par dos desenvolvimentos na Maçonaria Francesa Templária. O Martinismo

375
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

aparentemente funcionou como uma loja de inteligência para a Maçonaria inglesa, assim
como a Mizraim. Mais tarde, ambas se uniram à Memphis, sua contraparte Inglesa.

A. E. Waite não poderia ter ignorado esse fato. Se consciente, ele teria publica-
do uma visão oposta, na tentativa de ocultar os fatos. Seu motivo seria proteger as Or-
dens Rosacruzes no Continente, que eram subversivas aos Templários do Grande Orien-
te. Nenhuma outra interpretação faz sentido do porquê a hierarquia do Grande Oriente
Templário - Dorec e Reuss - exporia a conexão.

Aparentemente, o Martinismo Rosacruz era uma fachada para o Priorado de


Sião. A Maçonaria Inglêsa a usou como uma loja de coleta de informações, da mesma
maneira que usou a Loja Mizraim. Ambas, com doutrina semelhante, fundiram-se em
1875. Como a Loja Maçônica Mizraim forneceu para a Grã-Bretanha espiões infiltrados
na Loja do Rito Escocês Templário Francês, tais como os agentes duplos Cremieux e
Levi, então Papus serviu com a mesma competência quando a Mizraim se fundiu com o
Martinismo, após as mortes de Levi e Cremieux, em 1875 e 1880, respectivamente.

Existem outros laços Martinistas com a Maçonaria Britânica. Em 1887, o Ma-


çom Martinista Papus ingressou na Sociedade Teosofista, uma ordem Rosacruz sediada
em Nova York, com uma filial em Paris. A Sociedade Teosofista foi fundada em 1775
pela Maçona Helena Blavatsky, que mudou sua sede de Nova York para Londres, em
1887. Em 1891, Papus ajudou a fundar a Igreja Católica Gnóstica. Em 1895, ele se tor-
nou membro da Ordem da Golden Dawn, uma ordem Maçônica Rosacruz Inglesa, fun-
dada em 1887, em Londres, com uma filial na Loja Ahathoor, de Paris. Em 1902, Papus
se tornou Grão-Mestre da recém-formada homicida Ordo Templi Orientis (O.T.O.), em
Paris, um sub-produto da Golden Dawn.

Em 1899, Philippe de Lyon, protegido de Papus, foi para a Rússia e estabele-


ceu a loja Martinista do Priorado de Sião na corte imperial, possivelmente iniciando Gri-
gorii Rasputin, já que se sabe que Grigorii era Martinista. Philippe foi apresentado à corte
imperial primeiro, curiosamente, pelo mesmo homem que era o sinistro conselheiro de
Rasputin, o anti-Zionista e Reformista Judeu, Manoussevitch Manouilof (ver capítulo 19).
Em 1900, Papus seguiu Philippe até São Petersburgo, onde Papus se tornou confidente
do Czar e da Czarina. Papus visitou a Rússia em, pelo menos, três ocasiões, a última em
1906. Quando ele se tornou Grão-Mestre na França da O.T.O. de Londres, Papus, então,
levou os rituais dessa loja Maçônica homicida para a Rússia, iniciando muitos russos em
São Petersburgo, em preparação para a Revolução Russa. Papus morreu em 25 de
outubro de 1916, um ano antes de poder provar os frutos podres de seu trabalho no
sangue da Revolução Bolchevique.96

376
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

Evidências substanciais sugerem que altos Maçons na França, Inglaterra e


Rússia, estavam envolvidos na Revolução Russa. De fato, as comunicações foram envi-
adas de volta entre a Europa e a Rússia, antes da Revolução Bolchevique, por altos
Maçons. Entre eles, estava John Yarker, do 33º grau, que representava a Ordem Marti-
nista em Londres; Papus, do 33º grau, que, segundo os documentos de Miller, estava
sob o controle de Yarker; o Maçom Philippe, que era o mentor de Papus, e Rasputin, que
por sua vez, era o espião Martinista na Corte Real de São Petersburgo, seguindo Philip-
pe. Todos esses Altos Maçons eram Gentios, não Judeus.

Como evidenciado pelas atividades Maçônicas entre a Rússia e a França na vi-


rada do século XX, as Maçonarias Inglesa e Francesa estavam cooperando para fomen-
tar a Revolução Russa. Essas atividades, com a chegada dos Protocols, furtados e reti-
rados de uma loja Francesa e levados para a Rússia, foram significativas para parar o
Zionismo na fronteira Russa. Em 1903, os Protocols of the Learned Elders of Sion foram
traduzidos pela primeira vez para o Russo, e publicados. Se arquitetados por essa coali-
zão de subversivos ou não, os eventos que levaram à sua circulação não se deram por
acidente.

Os autores de Holy Blood, Holy Grail descrevem a sequência dos eventos. Os


Protocols foram furtados da Loja Mizraim, em 1884, e levados para a Rússia por Mlle.
Justine Glinka. Ela deu uma cópia a Alexis Sukhotin, o marechal do distrito de Orel, o
qual, por sua vez, mostrou o documento a dois amigos, Stepanov e um velho desprezível
chamado Sergei Nilus. Em 1903, Nilus apresentou os Protocols ao Czar. O Czar, que
havia se colocado sob o conselho oculto dos dois Maçons subversivos, Philippe e Raspu-
tin, declarou o documento uma fabricação ultrajante e ordenou que todas as cópias fos-
sem destruídas. Nilus foi banido da corte em desgraça.97

O documento, ou uma cópia dele, sobreviveu. Em 1903, foi serializado em um


jornal, mas não conseguiu atrair interesse. Em 1905, foi publicado novamente, como um
apêndice de um livro, por um ilustre filósofo místico, Vladimir Soloviov. Desta vez, come-
çou a atrair atenção. Nos anos seguintes, tornou-se um dos mais infames documentos
do século XX.98

Os Protocolos do Priorado de Sião


Os autores de Holy Blood, Holy Grail argumentam fortemente que os Protocols
têm uma fonte Maçônica - o Priorado de Sião:

Os estudiosos modernos os consideram uma falsificação total, um documento


totalmente espúrio, inventado por interesses anti-Semitas, com a intenção de desacredi-
377
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

tar o Judaísmo. E, no entanto, os próprios ‘Protocols’ argumentam fortemente contra


essa conclusão. Eles contêm, por exemplo, várias referências enigmáticas - referências
que são claramente não Judaicas. Mas essas referências são tão claramente não Judai-
cas, que elas não podem plausivelmente ter sido fabricadas por um falsificador. Nenhum
falsificador anti-Semita, com um mínimo de inteligência, possivelmente inventaria essas
referências para desacreditar o Judaísmo. Porque ninguém poderia acreditar que essas
referências fossem de origem Judaica.

Assim, por exemplo, o texto dos ‘Protocols’ termina com uma única declaração,
"Assinado pelos representantes de Sião do 33º Grau."

Por que um falsificador anti-Semita teria feito tal afirmação? Por que ele não
tentou incriminar todos os Judeus, em vez de apenas alguns - os poucos que constituem
"os representantes de Sião do 33º Grau?" Por que ele não declararia que o documento
foi assinado por, digamos, os representantes do congresso Judaico internacional? De
fato, os "representantes de Sião do 33º Grau" dificilmente parecem se referir ao Judaís-
mo, ou a qualquer "conspiração Judaica internacional". Se indica alguma coisa, parece
se referir a algo especificamente Maçônico.

Os ‘Protocols’ contêm outras anomalias ainda mais flagrantes. O texto fala re-
petidamente, por exemplo, do advento de um "reino Maçônico".

Os autores de Holy Blood, Holy Grail concluíram: "Com base em prolongada e


sistemática pesquisa, chegamos a certas conclusões sobre os Protocols of the Elders of
Sion. São elas:

1. Havia um texto original, no qual a versão publicada dos ‘Protocols’ estava


baseada. Este texto original não era uma falsificação. Pelo contrário, era autêntico. Mas,
não tinha nada a ver com o Judaísmo, ou com uma “conspiração Judaica internacional".
Emitiu-se, antes, de alguma organização Maçônica ou de uma sociedade secreta orien-
tada Maçônicamente, que incorporava a palavra "Sião".

2. O texto original, no qual a versão publicada dos ‘Protocols’ se baseou, não


precisou ter sido provocativo ou inflamatório em seu idioma. Mas ele pode, muito bem,
ter incluido um programa para ganhar poder, para se infiltrar na Maçonaria, para contro-
lar instituições sociais, políticas e econômicas.

3. O texto original, no qual a versão publicada dos ‘Protocols’ se baseou, caiu


nas mãos de Sergei Nilus. Nilus não pretendia, inicialmente, desacreditar o Judaísmo.
Pelo contrário, ele o levou ao czar, com a intenção de desacreditar o enclave esotérico
na corte imperial - o enclave de Papus, Monsieur Philippe, e outros, que eram membros

378
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

da sociedade secreta em questão. Antes de fazer isso, ele certamente segurou a língua,
tornando-a muito mais venenosa e inflamada do que inicialmente era. Quando o czar o
rejeitou, Nilus então lançou os ‘Protocols’ para publicação em sua forma adulterada. Eles
falharam em seu objetivo principal de comprometer Papus e Monsieur Philippe. Mas eles
ainda poderiam servir a um propósito secundário - o de promover o anti-Semitismo.
Apesar dos principais alvos de Nilus serem Papus e Monsieur Philippe, ele também era
hostil ao Judaísmo.

4. A versão publicada dos ‘Protocols’ não é, portanto, um texto totalmente fabri-


cado. É, antes, um texto radicalmente alterado. Mas, apesar das alterações, certos vestí-
gios da versão original podem ser discernidos .... Esses vestígios - que se referiam a um
rei, um papa, uma igreja internacional, e para Sião - provavelmente significavam pouco
ou nada para Nilus. Ele certamente não os teria inventado. Mas, se eles já estivessem lá,
ele não teria motivos, dada sua ignorância, para removê-los. E, embora esses vestígios
possam ter sido irrelevantes para o Judaísmo, eles podem ter sido extremamente rele-
vantes para uma sociedade secreta. Como aprendemos posteriormente, eles eram - e
ainda são - de suma importância para o Priorado de Sião.

Os autores de Holy Blood, Holy Grail concluem que os Protocols foram emitidos
pelo Supremo Conselho do Rito de Mizraim, 33º Grau, o qual, por sua vez, é controlado
pelo Priorado de Sião! Eles foram "assinados pelos representantes de Sião do 33º Grau.
"A frase "representantes de Sião" não implica que os signatários faziam parte de um
grupo chamado "Sião", mas é indicativo de agentes ou, digamos, uma frente para algu-
ma organização que incorpore o nome "Sião": ou seja, o Priorado de Sião. A Loja Miz-
raim era essa frente.

O erro cometido pelo Supremo Conselho de Mizraim é o erro cometido por toda
a Maçonaria. Nunca destrói nenhum de seus trabalhos escritos. Cada palavra falada em
todo Supremo Conselho em todo o mundo é registrada e salvaguardada para a posteri-
dade.

Um punhado de pesquisadores modernos de conspiração vincula o secreto Pri-


orado de Sião ao Protocols of the Learned Elders of Sion. Esses investigadores não
veem os Protocols associados de alguma forma ao Zionismo Judaico genuíno que existe
abertamente. J. R. Church é um deles. Ele disse: "O próprio título, que menciona os
'anciãos instruídos de Sião' parece referir-se à religião misteriosa do chamado Santo
Graal e ao Priorado de Sião, organizada por Godfroi de Bouillon, em 1099, com o objeti-
vo de estabelecer um governo mundial e fornecer um rei Merovíngio para seu trono".100

Finalmente, de acordo com o Chicago Daily News, de 23 de junho de 1920


(p.2), a Imperatriz Alexandra, esposa do Czar Nicholas II, anotou em seu diário, sob a

379
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

data de 7 de abril de 1918 (OS): "Nicholas leu para nós os protocolos dos maçons li-
vres".101

Comentários Sobre os Protocolos de Sião


Protocolo 1: Nosso poder, na atual condição cambaleante de todas as formas
de poder, será mais invisível do que qualquer outro, porque permanecerá invisível até o
momento em que tiver tanta força que nenhuma astúcia já não poderá enfraquecê-lo.
Antes de nós, existe um plano no qual é estrategicamente estabelecida a linha a partir da
qual não se pode desviar, sem correr o risco de ver o trabalho de muitos séculos trazido
a nada.

Este Protocolo descreve um organismo que abriga um "poder" oculto. Acredi-


tamos que o organismo é a Maçonaria que abriga o Priorado de Sião. Foi o Priorado de
Sião que fundou a Rosa-Cruz, que por sua vez fundou a Maçonaria Inglesa. Isso come-
çou há muitos séculos atrás, como o Protocolo indica.

A afirmação "Antes de nós existe um plano... a linha da qual não podemos nos
desviar sem correr o risco de não dar em nada o trabalho de muitos séculos", sugere que
Sião está com sérios problemas. Talvez, isso se refira ao estabelecimento do movimento
inesperado do Zionismo na Rússia. O "plano" que está "diante de nós" também pode se
referir a uma aquisição da Rússia para parar o movimento Zionista.

Protocolo 3: Hoje, [sic] posso lhe dizer que nosso objetivo está agora a poucos
passos de distância. Ainda resta um pequeno espaço para atravessar e todo o longo
caminho que percorremos está pronto agora para fechar seu ciclo da Serpente Simbóli-
ca, pelo qual simbolizamos nosso povo.

Quando este anel fechar, todos os Estados da Europa ficarão presos em sua
bobina como em um grampo poderoso.

Quando chegar a hora de coroar nosso Soberano Senhor de todo o mundo, es-
sas mesmas mãos varrerão tudo o que possa ser um obstáculo para isso.

Nos "nossos" eles não irão tocar, porque o momento do ataque será conhecido
por nós, e tomaremos medidas para nos proteger.
Desde então, estamos liderando os povos, de um desencanto para outro, para
que, no final, eles também se desviem de nós, em favor daquele Rei-Tirano do sangue
de Sião, o qual estamos preparando para o mundo.

380
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

Os símbolos mencionados neste Protocolo são naturalmente Rosacruzes. O


símbolo do Priorado da Ordem Rosacruz de Sião é uma rosa, representando a Serpente,
rastejando ao redor da parte vertical da cruz Cristã. O segundo símbolo dos Rosacruzes
era o círculo, ou a cobra mordendo o próprio rabo, sobreposto à cruz Cristã. Este mesmo
símbolo da cobra é incorporado na Jóia Maçônica do 33º grau.

O Dr. John Coleman, um oficial Britânico de inteligência aposentado, declara na


Black Nobility Unmasked, que os monarcas da Europa sempre se referiram a si mesmos
como "Cobras Coroadas". Os monarcas da Europa carregam o sangue do Graal. Todos
eles, de acordo com Coleman, são Maçons de obediência Britânica.

A afirmação: "Nos nossos não tocarão" etc. elimina a possibilidade do Protocolo


ser Judeu. Se os Protocolos delinearam uma conspiração Judaica, os "nossos" teriam
escapado do holocausto de Hitler, de acordo com este Protocolo. No entanto, após a
Segunda Guerra Mundial, foi a Maçonaria, como aprenderemos no capítulo 24, que
voltou mais forte do que nunca, fundando as Nações Unidas.

Por fim, este Protocolo identifica o Priorado de Sião com a declaração "Rei-
Tirano do sangue de Sião, o qual estamos preparando para o mundo". Isso, obviamente,
se refere ao reinado do "Rei de Jerusalém" de Sião.

Protocolo 4: Quem e o que está em posição de derrubar uma força invisível? E


é exatamente isso que nossa força é. A Maçonaria Gentia [sic] serve cegamente como
tela para nós e nossos objetivos, mas o plano de ação de nossa força, mesmo em seu
lugar de residência, permanece para todo o povo um desconhecido mistério.

Como podemos ver, os reis do Priorado de Sião acreditam ser Judeus. Quando
o Priorado fundou a Maçonaria, foram principalmente os Gentios que se uniram. Gentios
são seus membros e líderes predominantes. Naturalmente, o Priorado chamaria a Maço-
naria de "Maçonaria Gentia".

Protocolo 5: No lugar dos governantes de hoje [sic], montaremos ‘bicho-papão’


que será chamado de Administração do Super Governo. Suas mãos se estenderão em
todas as direções como pinças, e sua organização terá dimensões tão colossais que não
irão falhar em dominar todas as nações do mundo.

Qual é o "bicho-papão" que deve ser chamado de "Administração do Super-


Governo"? Existem duas possibilidades aqui. Primeiro, isso poderia se referir ao Comu-
nismo Russo, que seria usado para conquistar o mundo. O principal poder governamen-
tal da URSS era chamado de Supreme Soviete. Soviético, em russo, significa Conselho.
Em outras palavras, foi o Supremo Conselho que governou a antiga Rússia Soviética, o

381
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

mesmo Supremo Conselho que encontramos na Maçonaria do 33º grau. Segundo, esse
órgão poderia ser a Liga das Nações. Após a Primeira Guerra Mundial, como veremos no
capítulo 21, a Liga foi fundada pela Maçonaria Francesa. Após a Segunda Guerra Mun-
dial, a Maçonaria Inglesa fundou as Nações Unidas. Os Estados Unidos da Europa se
tornaram realidade em 1993. Aprenderemos que ela também é de origem Maçônica. Daí
pode vir o reino mundial da Besta – o derradeiro "bicho-papão".

Protocolo 8: Cercaremos nosso governo com um mundo inteiro de economis-


tas. Essa é a razão pela qual as ciências econômicas [funcionam]. [Elas vem] do princi-
pal assunto do ensino dado aos Judeus. Ao nosso redor, novamente haverá toda uma
constelação de banqueiros, industriais, capitalistas e - o principal - milionários, porque,
em substância, tudo será resolvido em função de números.

Observe que este protocolo menciona os "judeus", mas em um sentido desco-


nectado, como se eles fossem usados pela conspiração apenas para suas proezas eco-
nômicas. Este Protocolo sugere o motivo pelo qual a Maçonaria Inglesa está sobrecar-
regada com banqueiros e economistas Judeus. O Priorado de Sião admite que os Ju-
deus são economicamente superiores. Aliás, a palavra "Judeu" é mencionada apenas
duas vezes nos Protocols e em ambas as vezes com um sentido desconectado.

Protocolo 10: Esses esquemas não virarão as instituições existentes de cabeça


para baixo apenas, ainda. Eles somente irão afetar mudanças em sua economia e, con-
seqüentemente, em todo o movimento combinado de seu progresso, que será assim
direcionado ao longo dos caminhos estabelecidos em nossos esquemas.

Com tais medidas, obteremos o poder de destruir, pouco a pouco, passo a pas-
so, tudo isso desde o início, quando assumimos nossos direitos, somos compelidos a
introduzir nas constituições dos Estados, para preparar a transição para a abolição im-
perceptível de todo tipo de constituição, e então, chegar a hora de transformar todas as
formas de governo em nosso tiranismo.

Este Protocolo enuncia o formato da Maçonaria Inglesa, chamado de "gradua-


lismo", enquanto sua adversária, a Maçonaria Francesa, assume o controle de maneira
rápida e cruel.

Protocolo 15: Quando o Rei de Israel colocar sobre sua cabeça sagrada a co-
roa oferecida pela Europa, ele se tornará o patriarca do mundo.

Hoje, doze famílias reais na Europa têm sangue do Graal fluindo em suas vei-
as. Dois deles carregam o título de "Rei de Jerusalém:" Otto von Habsburg, Pretendente
do trono Austríaco e Juan Carlos, Rei da Espanha.

382
______________________________________________________________CAPÍTULO 13

Protocolo 17: O Rei dos Judeus será o verdadeiro Papa do Universo, o patri-
arca de uma Igreja internacional.

Entretanto, enquanto estamos reeducando os jovens em novas religiões tradici-


onais e, posteriormente, na nossa, não devemos abertamente colocar um dedo nas
igrejas existentes, mas devemos combatê-las com críticas calculadas para produzir o
cisma ...

Observe que "o Rei dos Judeus" substituirá o Papa. Os Judeus não estariam
preocupados em substituir o Papa. Eles nem reconhecem a Igreja. Por outro lado, o
Priorado de Sião usou a Igreja Católica para construir seu império. Ele esteve sujeito à
Igreja Romana por séculos, mas retirou-se durante a Reforma e, através da Maçonaria,
tornou-se um adversário para a Igreja. Naturalmente, o Priorado gostaria de chamar seu
rei de "o verdadeiro Papa do Universo".

Também, observe a referência à religião da Nova Era. Antes que a Nova Era
possa ser aperfeiçoada, o Protocolo afirma que, primeiro, o "criticismo" deve dividir a
Igreja. Esse "críticismo" é, provavelmente, o novo "criticismo bíblico", cujas fontes o
Rabino Ortodoxo Marvin Antelman nos revelou. Em seu livro, To Eliminate The Opiate,
ele dedica um capítulo inteiro dedicado ao assunto, entitulado "O Nascimento do Criti-
cismo Bíblico". Ele coloca o Criticismo Bíblico aos pés dos Judeus da Reforma Frankista,
que foram protegidos pelas lojas Maçônicas na Alemanha. O Rabino Antelman confirma
que o criticismo Bíblico não se originou com os Judeus Ortodoxos; mas sim, foi orques-
trado por Judeus apóstatas, empenhados na destruição da religião Judaico-Cristã.

Protocolo 20: Devemos proteger tanto nosso sistema contábil, que nem o go-
vernante, nem o funcionário público mais insignificante, estará em posição de desviar a
menor quantia da sua destinação [sic] sem que isso seja detectado, ou direcioná-la para
outra finalidade, exceto a que será fixada em um plano de ação definido.

Esta é a marca da besta?

Protocolo 24: Agora, passo ao método de confirmar as raízes dinásticas do Rei


Davi, até os últimos estratos da terra.

Certos membros da descendência de Davi irão preparar os reis e seus herdei-


ros, selecionando, não por direito de herança, mas por capacidades eminentes, induzin-
do-os aos mais secretos mistérios da política, em esquemas de governo, mas desde que
ninguém venha a ter conhecimento dos segredos. O objetivo desse modo de ação é que
todos saibam que o governo não pode ser confiado àqueles que não foram introduzidos
nos lugares secretos de sua arte.

383
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Os planos de ação do rei para o momento atual, e ainda mais para o futuro, se-
rão desconhecidos, mesmo para aqueles que são seus conselheiros mais próximos.
Somente o rei e os três que o patrocinaram saberão o que está chegando.

O suporte da humanidade, na pessoa do senhor supremo de todo o mundo da


sagrada semente de Davi, deve sacrificar ao seu povo todas as inclinações pessoais.

O Priorado de Sião é o protetor da chamada semente do Rei Davi. Note, no se-


gundo parágrafo, a declaração de que muitos reis e seus herdeiros estão sendo prepara-
dos, mas apenas um será selecionado. Existem doze famílias reais de sangue do Graal
na Europa, hoje. Todo o 24º Protocolo parece descrever a "mão oculta" no Priorado de
Sião, que acreditamos estar alojado no 33º grau da Maçonaria Inglesa.

384
Capítulo 14

LÚCIFER: DEUS DA MAÇONARIA

A religião maçônica deveria ser, por todos nós iniciados de alto nível, mantida
na pureza da doutrina Luciferiana. ... A doutrina do Satanismo é uma heresia; e a verda-
deira e pura religião filosófica é a crença em Lúcifer, o igual de Adonay; mas Lúcifer,
Deus da Luz e Deus do Bem, está lutando pela humanidade contra Adonay, o Deus das
Trevas e do Mal.1

Albert Pike, 33o grau, 1889

Albert Pike (1809-1891) foi um general do Exército Confederado durante nossa


Guerra Civil Americana (1860-1865). De 1859 até sua morte em 1891, ele foi o mais
poderoso Maçom do mundo. Ele ocupou simultaneamente as posições de Grão-Mestre
do Diretório Central em Washington, D.C., Grande Comandante do Supremo Conselho
de Charleston, S.C. e Soberano Pontífice da Maçonaria Universal.2 Ele era membro
honorário de quase todos os Supremos Conselhos do mundo, tendo recebido, pessoal-
mente, 130 graus Maçônicos.

Em 26 de outubro de 1919, vinte e oito anos após a morte de Pike, Alva Adams,
do Colorado, se dirigiu ao Supremo Conselho, Jurisdição Sul do Rito Escocês em Wa-
shington, D.C., com o seguinte elogio a Albert Pike:

Como as leis, escritas pelo Rei Alfred há mil anos, ainda fazem parte da glória e
liberdade da Inglaterra, assim, em outros mil anos, os ideais, a poesia, o código moral e
a filosofia de Albert Pike estarão moldando a influência e o destino da Maçonaria. É uma
patente de nobreza ser um Irmão desse líder divino - Príncipe na Casa de Salomão e
Hiram.4

Há um lado subversivo em Albert Pike, sobre o qual muitos permanecem em si-


lêncio. Antes da adesão a suas prestigiosas posições Maçônicas, Pike organizou secre-
tamente a rebelião dos estados do sul contra os Estados Unidos, usando a Jurisdição Sul
da Maçonaria do Rito Escocês para ocultar sua conspiração. A maioria dos da liderança
política e militar da Confederação eram Maçons, sob o comando segreto de Pike. Na

385
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

realidade, nossa Guerra Civil foi outra batalha na guerra entre as Maçonarias Inglesa e
Francesa.5

Antes de nossa Guerra da Independência de 1776, o Templarismo Francês do


32º grau ainda não havia chegado à América. Embora algumas lojas Templárias da
Irlanda e da Escócia estivessem espalhadas por todo o nordeste, a maioria era de lojas
militares e não progrediam além de nove graus. Predominantes foram as lojas Inglesas
de três graus. Quando George Washington foi eleito nosso primeiro Presidente, a Maço-
naria do Rito Escocês Templário do 32º grau já havia sido estabelecida em Charleston,
S.C. – no 33º grau paralelo. O Rito Escocês ajudou nosso novo governo a desenvolver
os ideais republicanos Franceses. Em 1801, nove Maçons Americanos criaram o 33º
grau e a loja de Charleston se tornou o Conselho Mãe do Mundo.

Lojas do Rito Escocês do alto grau logo pontilhavam na porção sul dos Estados
Unidos, e o Rito mudou-se para nordeste, onde a Maçonaria Inglesa de baixo grau era
mais forte. Evidências sugerem que, para combater essa invasão no território Maçônico
Inglês, os britânicos enviaram John James Joseph Gourgas (1777-1865) para Nova York,
a fim de organizar Lojas clandestinas do Rito Escocês em toda aquela região.6

Gourgas era adequado para essa tarefa subversiva. A família de Gourgas tinha
sido de Maçons Franceses do Rito Escocês que viviam na Suíça, antes da Revolução
Francesa. Durante o Reinado do Terror, a família emigrou para a Inglaterra, onde John
James Joseph tornou-se um comerciante bem conhecido no intercâmbio real. Por rotina,
ele ingressou na Maçonaria Inglesa de baixo grau.7

A família Gourgas navegou da Inglaterra para Boston, em 1803, estabelecendo-


se finalmente em Weston, Massachusetts. J. J. J. Gourgas foi para Nova York, por volta
de 1806. Em 1813, ele organizou cinco lojas clandestinas do Rito Escocês, uma das
quais denominada Supremo Conselho de Soberanos Grandes Inspetores Gerais de
Cerneau do Trigésimo Terceiro Grau. Essas lojas subversivas haviam ajudado a Inglater-
ra em sua Guerra de 1812-1814 contra a jovem nação Americana.

No início do verão de 1813, Emanual de la Motta, membro do Supremo Conse-


lho de Charleston, estava visitando Nova York e descobriu as cinco lojas clandestinas.
Uma investigação se seguiu e nenhuma foi encontrada com o patrocínio de Charleston.
Depois de conversar com a hierarquia de Charleston, Motta foi instruído a corrigir a situ-
ação o mais silenciosamente possível. Ele imediatamente elaborou um acordo territorial
com Gourgas. Assim, nasceu a Maçonaria do Rito Escocês Jurisdição Norte, em 5 de
agosto de 1813, com confirmação em 24 de dezembro pelo Supremo Conselho Mãe, em
Charleston.8

386
______________________________________________________________CAPÍTULO 14

A sede permanente da Maçonaria Jurisdição Norte foi, posteriormente, estabe-


lecida em Boston, onde a Maçonaria Inglesa entrou pela primeira vez na América. A
Boston foi dado o domínio Maçônico sobre todos os estados ao norte e leste dos Rios
Ohio e Mississippi. Essa legitimidade deu à Maçonaria Inglesa uma posição permanente
na América, para continuar sua atividade subversiva. O acordo também estipulou a não-
interferência do Sul na Jurisdição Norte. Por isso, por trás das portas das lojas do norte,
grandes negócios foram resolvidos sem a participação ou conhecimento do sul. Gradu-
almente, os Maçons nordestinos se tornaram os agentes de poder de todos a nação,
dominando a indústria, as finanças e a política. Assim, a Jurisdição Norte da Maçonaria
adquiriu o apelido de "O Estabelecimento Oriental".

O tratado de não agressão assinado entre os EUA e a Inglaterra, em 1814, não


impediu a Grã-Bretanha de tentar recuperar as Américas. Ela pode ter perdido a Guerra
de 1812, mas, através de suas lojas do Rito Escocês de obediência Inglesa no Norte, ela
controlava a riqueza do nordeste. A riqueza do sul era contada em escravos. Para exer-
cer controle econômico sobre o Sul, a escravidão teria que ser abolida. Londres planeja-
va dividir os Estados Unidos pela questão da escravatura. Uma nação dividida seria fácil
de conquistar, se não militarmente, economica e financeiramente. Em 1860, nós estáva-
mos em uma guerra civil, ostensivamente por causa da escravidão.

Contra essa invasão Britânica na política, finanças e indústria americanas, o


General Albert Pike iniciou a rebelião do sul. Em 1859, a Jurisdição Sul da Maçonaria
fundou os Cavaleiros do Círculo Dourado, como uma frente para dirigir a insurreição.
Quando o Sul perdeu para o Norte, e Abraham Lincoln reuniu a União, os Cavaleiros do
Círculo Dourado planejaram o assassinato de Lincoln. John Wilkes Booth, Maçom do 33º
grau e membro da Carbonari Italiana de Mazzini, foi selecionado pelos Cavaleiros para
matar Lincoln.9

Após o assassinato de Lincoln, os Cavaleiros do Círculo Dourado tentaram rea-


vivar a Guerra Civil. Houve tumultos em todo o Sul. Mesmo o Maçom de terceiro grau,
Vice-Presidente Andrew Johnson, que assumiu a Presidência após o assassinato de
Lincoln, acreditava que esses distúrbios eram uma tentativa de incitar outra guerra civil.10
O jovem Jesse James (1847-1882), Maçom do 33º grau e membro dos Cavaleiros do
Círculo Dourado, foi designado para roubar bancos do norte para financiar esta nova
guerra. Sobre o sucesso de James, Ralph Epperson, em The Unseen Hand, escreveu:
"Estima-se que Jesse e os outros membros dos Cavaleiros tenham enterrado mais de
US$ 7 bilhões em ouro por todos os estados ocidentais".11

Enquanto isso, uma crise estava se formando, o que trouxe forte pressão Ma-
çônica sobre o presidente recém-nomeado, Andrew Johnson. Durante a Guerra Civil, o
General Pike liderou um bando de Índios, que conduziam guerras com barbárie, escalpe-

387
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

lando soldados da União, enquanto ainda estavam vivos.12 Após a guerra e o assassina-
to de Lincoln, Pike foi julgado e considerado culpado de traição. Andrew Johnson, ele
próprio um Maçom do terceiro grau, foi pressionado pelos altos Maçons a perdoar o
irmão Pike.

O Mestre Maçom Johnson não tinha nenhuma obrigação Maçônica de perdoar


seus superiores Maçons traidores. Para esclarecimentos, recitamos parte da cerimônia
do Mestre Maçom. Quando o iniciado do 3º grau é simbolicamente ressuscitado dentre
os mortos, pelo forte aperto da "pata do leão", a ele é ensinado os "Cinco Pontos da
Irmandade", que são pé a pé, joelho a joelho, peito a peito, mão a costas e bochecha a
bochecha. O segundo ponto da comunhão, que é o peito a peito, ensina "que você sem-
pre manterá dentro do seu peito os segredos de um irmão digno, Mestre Maçom, tão
invioláveis quanto os seus, quando comunicados e recebidos por você como tal, exceto
assassinato e traição."13

A pressão implacável dos Maçons foi grande demais, e o Presidente sucumbiu


à sua ordem. Paul Fisher relata que

Benjamin B. French, Maçom do 33º grau e membro do conselho de administra-


ção do Supremo Conselho do Rito Escocês, escreveu uma carta, datada de 1 de julho de
1865, para o Presidente Andrew Johnson... instando que perdoasse Pike. Recursos
adicionais, em nome de Pike, foram entregues ao Presidente por Maçons de diferentes
partes dos Estados Unidos.14

Johnson curvou-se diante da pressão Maçônica e perdoou o homem que era o


maior responsável pela Guerra Civil, e que, sem dúvida, fora a favor do assassinato do
Presidente Lincoln e que poderia estar envolvido diretamente na trama. Nove meses
depois, uma lista de rebeldes perdoados, incluindo Pike, foi divulgada à imprensa. Fisher
nos informa que "[em] março de 1867, o Comitê Judiciário da Câmara iniciou uma inves-
tigação sobre acusações de alguns Congressistas de que Johnson deveria ser impedido.
Mais tarde, quando o comitê finalmente divulgou seu relatório, uma acusação importante
contra o Presidente foi que ele perdoara um grande número de traidores públicos e notó-
rios. ... "15

Três meses depois, a Maçonaria homenageou Johnson por perdoar o traidor


Albert Pike. "Em 20 de junho de 1867", relata Fisher, "o Presidente recebeu uma delega-
ção de oficiais do Rito Escocês em seu quarto, na Casa Branca, onde recebeu o 4º dos
32 Graus do Rito Escocês, a título honorífico."16

O julgamento pelo impedimento de Johnson prosseguiu como programado. Em


maio de 1868, catorze meses após o início da investigação de Johnson pelo Congresso,

388
______________________________________________________________CAPÍTULO 14

a votação final ficou um pouco abaixo dos dois terços necessários para a condenação. A
Maçonaria celebrou, erigindo o único monumento a um general Confederado na capital
do país. Entre a Terceira e a Quarta Ruas, ficam o Edifício do Departamento do Trabalho
dos EUA e o Edifício Municipal da cidade. Em propriedade pública, entre esses dois
edifícios, na D Street, Nova York, "existe uma estátua de Albert Pike, o grande filósofo da
Maçonaria do Rito Escocês, que foi indiciado por traição por suas atividades durante a
Guerra Civil."17

A Doutrina Luciferiana de Albert Pike


Albert Pike foi um dos indivíduos mais fisica e moralmente repulsivos da história
Americana. Pesando bem mais que 130 quilogramas, sua propensão sexual era sentar-
se nu, montado em um trono fálico na floresta, acompanhado por uma gangue de prosti-
tutas. Para essas orgias, ele trazia uma ou mais cargas de comida e bebida, consumindo
sua maioria em um período de dois dias, até que ficasse estorpecido. Em seu estado
adotado do Arkansas, Pike era bem conhecido como praticante do Satanismo.18 Embora
ele tenha escrito que não acreditava na realidade de Satanás, retratos feitos de Pike em
seus últimos anos, o mostram usando o Baphomet, um símbolo de Satanás, ao redor do
pescoço.

Pike era um gênio do mal de primeira magnitude, usando seus muitos talentos
para fins destrutivos. Poliglota talentoso, ele foi capaz de ler e escrever em dezesseis
línguas antigas.19 Em seu estudo das religiões antigas, Pike descobriu que Lúcifer era o
deus dos pagãos e que não havia adversário conhecido como Satanás, exceto na Bíblia.
Lúcifer, filho da manhã, era conhecido pelos pagãos como amigo da humanidade, que
lhes deu fogo, ensinou-lhes todos os ofícios e mostrou-lhes o minério rico e pedras pre-
ciosas enterradas no solo. Por essas inúmeras vantagens conferidas à humanidade, o
ciumento Adonay, que afirmava ser o verdadeiro Deus, uniu Seus anjos contra o anjo
mais brilhante e injustamente o expulsou do céu.20

Pike argumentava que Adonay, o Deus da Bíblia, era mau por roubar do ho-
mem suas realizações científicas - primeiro pelo Dilúvio, depois pela destruição da Torre
de Babel. Lúcifer, segundo Pike, era o bom deus, que devolveu ao homem sua liberdade
científica. E Satanás? Era apenas uma invenção dos Cristãos.

389
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O Deus da Maçonaria poderia permanecer, por favor?


Albert Pike continuou o trabalho de Adam Weishaupt, apresentando Lúcifer ao
Supremo Conselho como o deus Maçônico. Em 1843, enquanto Pike desenvolvia sua
Doutrina Luciferiana, outros dois Maçons, o poeta Henry Wadsworth Longfellow (1807-
1882) e Moses Holbrook (1844), Soberano Grande Comandante do Supremo Conselho
em Charleston, estavam tentando penetrar nos santuários internos da Fraternidade com
a doutrina do Satanismo. Ambos estudaram minuciosamente ciências ocultas e gosta-
vam de discutir os mistérios da Cabala com Pike, mas foram incapazes de converter o
general ao Satanismo.21 Quando Holbrook morreu um ano depois, Longfellow recorreu à
Ordem Independente de Oddfellows, esperando que eles recebessem sua doutrina Sa-
tânica.

Os Oddfellows foram fundados por Maçons, em Londres, em 1788, e levados


para os Estados Unidos em 1819, pelo Maçom Thomas Wildey. A princípio, Longfellow
foi recusado por Wildey, mas, posteriormente, obteve autorização secreta para usar a
Ordem, a fim de introduzir o Satanismo no segundo grau. Esse rito deveria ser absoluta-
mente secreto. Miller nos informa que "[o]s adeptos do segundo [grau] dos Oddfellows
estavam praticando o Satanismo... tomando o nome de Re-Theurgist-Optimates... Long-
fellow se tornou o Grande Sacerdote da Nova Magia Evocativa."22

Albert Pike se opôs a um Rito Satânico na Maçonaria, porque se recusou a


acreditar que Lúcifer e Satanás eram a mesma personalidade. Em seu livro, Morals and
Dogma, publicado em 1871, ele descreve o significado Cabalístico23 de Satanás:

O verdadeiro nome de Satanás, dizem os Cabalistas, é o de Yahveh [sic] inver-


tido; para Satanás, não é um deus negro, mas a negação de Deus. O Diabo é a personi-
ficação do Ateísmo ou da Idolatria.

Para os Iniciados, isso não é uma Pessoa, mas uma Força, criada para o bem,
mas que pode servir para o mal. É o instrumento de Liberdade ou do Livre Arbítrio. Eles
representam esta Força, que preside a geração física, sob a forma mitológica e com
chifres do Deus Pan; daí veio o bode de Sabá, irmão da Antiga Serpente, e o Portador da
Luz ou Fósforo, dos quais os poetas têm feito o falso Lúcifer da Lenda.24

Pike acusou os poetas de falsificarem a natureza e o papel de Lúcifer. Por


exemplo, Longfellow acreditava que Satanás já fora Lúcifer, e John Milton fizera do Anjo
Caído o herói da história em Paradise Lost. Por outro lado, Pike acreditava que Lúcifer
nunca havia caido, que o anjo rebelde é a luz do mundo hoje, igual em poder ao Deus
Todo-Poderoso, ainda menos transcendente no momento. Em Morals and Dogma, Pike
refere-se sarcasticamente ao livro do Apocalipse, que nega a igualdade de Lúcifer com
390
______________________________________________________________CAPÍTULO 14

Deus: "O Apocalipse é... a Apoteose dessa Fé Sublime que aspira somente a Deus e
despreza todas as pompas e obras de Lúcifer..."

O ridículo de Pike é direcionado àqueles que só têm fé no Deus do Apocalipse,


sem dar o devido respeito a Lúcifer. Pike continua seu envolvimento com Lúcifer: "Nome
estranho e misterioso para dar ao espírito das Trevas! Lúcifer, o Filho da manhã! É ele
quem carrega a Luz, e com seus esplendores intoleráveis cega as almas fracas, sensu-
ais ou egoístas? Duvido que não! "25

Com um toque da caneta, este Maçom do 33º grau, a quem todos os Maçons
reverenciam,26 negou a obra consumada de Jesus Cristo, a verdadeira Luz do mundo,
sobre o qual o brilhante apóstolo João escreveu seu livro inteiro.

O Rito Luciferiano do 33º Grau


Durante um período de cerca de cinquenta anos, Pike se desenvolveu e, de-
pois, gradualmente apresentou seu Rito Luciferiano a um grupo seleto no Supremo Con-
selho do 33º Grau, em Charleston. Ele também converteu a hierarquia Maçônica em
Londres, Berlim e Roma. Durante a última parte desse desenvolvimento, os ateus Fran-
ceses começaram a atacar o espiritismo e o simbolismo nas lojas Francesas, finalmente
declarando, em 1877, que não havia deus, mas humanidade. O Maçom do Grande Ori-
ente, Karl Marx, foi um dos principais responsáveis por essa posição ateísta adotada
pelas lojas Francesas. A Maçonaria Inglesa, que exige crença na divindade, imediata-
mente rompeu a comunhão com o Grande Oriente Francês.27

Albert Pike, Soberano Pontífice da Maçonaria Universal na época, tentou con-


sertar a divisão Inglesa e Francesa, escrevendo uma carta à hierarquia, declarando que
Lúcifer era o deus da Maçonaria. Esta carta foi lida em 14 de julho de 1889, no congres-
so anual dos vinte e três (23) Supremos Conselhos da Grande Loja existentes no mundo,
que se reuniram em Paris, França. A carta foi registrada por A. C. De La Rive em La Fern
me and the Infant in A Franc-Maconnerie Universe Lie. The Freemason, um periódico
Maçônico Inglês, observou a leitura da carta, na edição de 19 de janeiro de 1935. O
Conde de Poncins cita partes da carta em Freemasonry and the Vatican. A citação mais
abrangente, no entanto, chega até nós por Edith Miller em Occult Theocrasy. Aqui está o
que Albert Pike escreveu para o Congresso Maçônico, conforme citado por Miller:

O que devemos dizer à multidão é: adoramos um Deus, mas ele é o Deus que
alguém adora sem superstição.

391
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Para vocês, Soberanos Grandes Inspetores Gerais, [do 33º grau] dizemos isso,
que você pode repeti-lo aos Irmãos dos 32º, 31º e 30º graus - A religião Maçônica deve
ser, por todos nós iniciados nos altos graus, mantida na pureza da doutrina Luciferiana.

Se Lúcifer não fosse Deus, poderia Adonay [o Deus da Bíblia], cujas ações pro-
vam sua crueldade, perfídia e ódio ao homem, barbárie e repulsa pela ciência, e seus
sacerdotes o caluniarem?

Sim, Lúcifer é Deus, e infelizmente Adonay também é Deus. Pois a lei eterna é
que não há luz sem sombra, nem beleza sem feiura, nem branco sem preto, pois o abso-
luto só pode existir como dois Deuses: as trevas são necessárias para que a luz sirva
como seu contraste, como o pedestal é necessário para a estátua, e o freio para a loco-
motiva.

Na dinâmica analógica e universal, só se pode confiar naquilo que irá resistir.


Assim, o universo é equilibrado por duas forças que mantêm seu equilíbrio: as forças de
atração e repulsão. Essas duas forças existem na física, na filosofia e na religião. E a
realidade científica do dualismo divino é demonstrada pelos fenômenos da polaridade e
pela lei universal de simpatias e antipatias. É por isso que os discípulos inteligentes do
Zoroastro, bem como, depois deles, os Gnósticos, os Maniqueus e os Templários tem
admitido, como a única concepção metafísica lógica, o sistema dos princípios divinos
lutando eternamente, não se podendo acreditar no inferior em poder do outro.

Assim, a doutrina do Satanismo é uma heresia; e a verdadeira e pura religião fi-


losófica é a crença em Lúcifer, o igual de Adonay; mas Lúcifer, Deus da Luz e Deus do
Bem, está lutando pela humanidade contra Adonay, o Deus das Trevas e do Mal.28

O Relato Bíblico da Queda de Lúcifer


O relato Bíblico da queda de Lúcifer, sua mudança de nome para Satanás e
sua classificação como "o príncipe deste mundo" (João 12:31) refuta a teoria de Albert
Pike. Isaías 14:12 confirma a queda de Lúcifer da presença de Deus: "Como caíste do
céu, Ó Lúcifer, filho da manhã! Tu, que foste derrubado ao chão, que enfraquece as -
nações!"

Antes de Lúcifer se tornar Satanás, a rebelião começou em seu coração. O anjo


caído desejou igualdade com Deus, mas argumentou que não poderia alcançá-la em um
salto quântico. Sua ascensão levaria tempo, avançando gradualmente. Isaías 14:13-14
nos dá uma visão do plano revolucionário de cinco etapas de Lúcifer: "Porque tu tens dito
em teu coração: Eu ascenderei em direção ao céu. Eu exaltarei meu trono acima das
392
______________________________________________________________CAPÍTULO 14

estrelas de Deus. Eu também sentarei sobre o monte da congregação, nos lados do


norte. Eu ascenderei acima das alturas das nuvens. Eu serei semelhante ao Altíssimo.”

Ezequiel 28:12-15a pinta uma imagem da palavra Lúcifer antes de sua rebelião,
significando "brilhar ... no sentido de brilho", 29 foi o arcanjo que habitou "sobre o santo
monte de Deus. "Ele foi criado com perfeita sabedoria e beleza, tendo como sua vesti-
menta todo tipo de pedra preciosa. O versículo 17a refere-se à corrupção do seu intelec-
to. "O teu coração elevou-se por causa da tua beleza, corrompeste a tua sabedoria por
causa do teu brilho... "

A palavra hebraica para causa sugere a noção de evolução. Seu uso no verso
acima significa que o brilho de Lúcifer fez com que ele "raciocinasse" igual a Deus, ou
possivelmente "acima" de Deus. Como substantivo, significa "o Altíssimo", isto é, Deus.
O significado de sua raiz principal sugere o ato de montar para se tornar o Altíssimo. Um
número de palavras são usadas nesse sentido, como "subir, ascender (para cima), esca-
lar (para cima), exaltar, sobressair, (fazer para), ir (para cima), crescer [para dentro],
aumentar, pular, erguer (se), montar, (começar a) saltar (para cima), e trabalhar [em
direção a]".30

O Webster's Dictionary define causa como "uma explicação de, ou para usar a
faculdade da causa para se chegar a uma conclusão." Lúcifer, o mais brilhante da cria-
ção, "encontrou a causa" do seu brilhantismo, devido a um processo de "crescer para"
um deus ou "trabalhar em direção a" tornar-se um deus. Como Lúcifer disse em Isaías
14:14b: "Eu serei semelhante ao Altíssimo".

A palavra "serei" também expande essa idéia. Em hebraico, "serei" é a raiz principal
da palavra que literalmente significa "prognóstico". Outros significados para a mesma
palavra hebraica implica ter conhecimento astuto, ser autodidata através da observação,
percepção ou prognóstico.31 No mesmo sentido que o hebraico para "causa" sugere
evolução, o hebraico para "serei" implica no mesmo. Através da ciência da evolução,
Lúcifer "raciocinou" que acabaria por crescer em igualdade com Deus.

Lúcifer se enganou através dessa ciência. Daí, quando ele se tornou Satanás,
ele se tornou o Enganador, ensinando a mesma doutrina Luciferiana sob as árvores
frutíferas no Éden. Em Gênesis 3:5, ele ofereceu a Adão e Eva um gosto da religião do
bem e do mal, dizendo: "Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes, então
vossos olhos serão abertos, e vós sereis como deuses, conhecendo o bem e o mal."

A palavra hebraica para "conhecendo" é a mesma palavra para "será", ou seja,


"um prognóstico auto-didata". Lúcifer disse: "Eu serei semelhante ao Altíssimo ". Ele
disse a Adão e Eva que eles também poderiam - praticando um sistema de bruxaria

393
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

chamado evolução. Os sacerdotes Babilônico têm ensinado isso, desde então. Para eles,
é conhecido como reencarnação. Aparentemente, Lúcifer ensinou sua teoria a outros
anjos. Alguns estudiosos da Bíblia sugerem que um terço dos anjos se rebelaram. Apo-
calipse 12:7-9 registra a guerra resultante no céu:

"E houve guerra no céu; Miguel e os seus anjos lutaram contra o dragão, e lu-
tou o dragão e os seus anjos, e não prevaleceram, nem o seu lugar se achou mais no
céu. E o grande dragão foi lançado fora, aquela antiga serpente, chamada de Diabo, e
Satanás, que engana todo o mundo...” O verso 4 diz: “E a sua cauda [do dragão] arras-
tou a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra...”

Billy Graham, em Angels: God's Secret Agents aponta que, às vezes, as Escri-
turas referem-se aos anjos como estrelas. Lúcifer significa "estrela da manhã".32 Portan-
to, "a terça parte das estrelas do céu" refere-se ao número de anjos caídos.

Quando Deus expulsou Lúcifer do céu, o Anjo Caído se tornou Satanás, signifi-
cando Adversário ou Acusador.33 Ele foi, e é, o grande Enganador, começando com Eva
(ITimóteo 2:14) e continua assim ao longo de sua carreira, até o dia em que Deus irá
jogá-lo no lago de fogo (Apocalipse 20:10). Sua rebelião teve muitos nomes ao longo dos
tempos. No Éden, era chamada "a religião do conhecimento do bem e do mal”. As Escri-
turas se referem à última encarnação da religião de Satanás como a Babilônia Misterio-
sa.

A antiga religião Babilônica era uma das invenções - invenções do mal. Em Gê-
nesis 11:6, Deus disse: "nada lhes será restrito, do que eles imaginam fazer". A palavra
hebraica imaginar significa "planejar, normalmente em mau sentido: - considerar, inven-
tar, imaginar, tramar, propor, pensar (mal)."35

Sabemos que as religiões Babilônicas praticam vida licenciosa e que seus anti-
gos sacerdócios inventaram um deus que podia tolerar esse estilo de vida. O sacerdócio
ensinou que era direito de um indivíduo, de fato, sua liberdade de fazer o que quisesse,
mas com equilíbrio entre o bem e o mal.

As religiões Babilônicas tinham dois deuses em posições iguais, um bom, um


mal. O deus mal era restritivo, não permitindo que o homem fizesse o que quisesse. Tal
deus era irracional. O deus bom era razoável. Ele deu ao homem permissão para inven-
tar o bem ou o mal, desde que isso estivesse em equilíbrio. Se as boas ações equilibra-
ram ou superaram o mal, a recompensa do indivíduo era a reencarnação em uma vida
melhor e, eventualmente, em um deus.

394
______________________________________________________________CAPÍTULO 14

A Maçonaria, hoje, promove essa chamada "ciência" da evolução e reencarna-


ção. Por exemplo, na revista New Age do Rito Escocês, de março de 1922, nós lemos:
"Em cada sistema [de religião], o ideal controlador tem a ver com o supremo destino, o
objetivo final, da humanidade; e em cada sistema o desejo é forte de trazer todo poder e
recurso necessário para realizar esse ideal ..." A New Age continua dizendo, que a Ma-
çonaria rejeita o Reino dos Céus como um reino do outro mundo, mas acredita que o
Reino de Deus "deve ser estabelecido entre os homens pela evolução e desenvolvimen-
to do próprio homem."36

O Maçom Oswald Wirth, do trigésimo terceiro grau, identifica o "raciocínio" que


começou no Éden e causou a queda do homem como a "faísca" que acendeu o processo
de evolução. Wirth foi o escritor Maçônico mais célebre da Europa no início do século
XX. Maçom de posição eminente na Grande Loja Francesa de Paris, ele inspirou um
renascimento do espiritualismo e do simbolismo que haviam sido atacados por ateus na
Maçonaria Francesa desde 1877, quando negaram a existência de Deus.37 De Poncins
cita Wirth:

No livro de Gênesis, essas idéias são expressas pelo mito do Paraíso Terrestre,
um lugar de felicidade em que o homem primitivo tinha apenas que viver, assim como
animais ou crianças que ainda não chegaram à idade da razão.

A serpente sedutora, que nos incita a comer o fruto da árvore do conhecimento


do bem e do mal, simboliza um instinto particular. Ele se afasta do instinto conservador e
representa um impulso mais nobre e mais sutil, cujo objetivo é conscientizar o homem de
sua necessidade de subir na escala dos seres.38

Albert Pike, com quem Oswald Wirth era bem familiarizado, também escreveu,
sessenta anos antes, a respeito do primado da razão sobre a fé. Em sua obra mais fa-
mosa, Morals and Dogma, Pike fala continuamente do Cristianismo com sarcasmo. Ele
diz, por exemplo, "Os idiotas [referindo-se aos apóstolos] que desencaminharam o Cristi-
anismo primitivo... [o fizeram]... por substituírem a fé pela ciência."39

A Ciência na Maçonaria é a Razão. Pike, depois de afirmar blasfemamente que,


"a raiz da Árvore da Vida ... [é]. .. a ciência do Bem e do Mal ", define a razão da seguinte
forma:

O Absoluto, é a Razão. A razão É, por meio de si mesma. É porque É, e não


porque supomos. É, onde nada existe; mas nada poderia existir sem ELA. Razão é Ne-
cessidade, Lei, Regra de toda Liberdade e direção de toda Iniciativa. Se Deus É, ELE o É
pela Razão. A concepção de uma Deidade Absoluta, fora ou independente da Razão, é o
Ídolo da Magia Negra, o Fantasma do Daemon.40

395
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Albert Pike infere que a crença em Deus somente pela fé é demoníaca. No en-
tanto, as Escrituras estipulam que "[O] justo viverá pela fé" (Romanos 1:17; Habacuque
2:4; Gálatas 3:11; Hebreus 10:38). E o grande Reformador Protestante do século XV,
Martin Luther, afirmou esse princípio, escrevendo na margem de sua Bíblia, "viva pela
fides sola", a frase em latim para "fé somente".

Fé versus Razão
A fé nunca é contrária à razão quando baseada na verdade. João 14:6 afirma
que Jesus é a Verdade. E o bem do intelecto do homem, sua razão, é encontrada na
submissão à Verdade.

O profeta Isaías anuncia, em 1:18, o terno convite de Deus à humanidade er-


rante: "Vinde agora, e vamos debater juntamente a respeito, diz o SENHOR. Embora
vossos pecados sejam como escarlate, eles serão tão brancos como neve. Embora eles
sejam vermelhos como carmesim, eles serão como lã."

Este é um raciocínio justo - ter fé que Deus realizará o que Ele diz. Esta Escritu-
ra é uma profecia da provisão de Deus para o estado perdido do homem. No Eden, Adão
e Eva aceitaram a mentira de Satanás de equilibrar o bem e o mal para se tornarem
deuses. O castigo deles por aceitarem essa doutrina corrupta foi a separação de Deus
pela morte física. Desesperado, o homem tentou, desde então, voltar à boa graça de
Deus através de uma "salvação por obras", mas não podia e não pode recuperar o esta-
do anterior de perfeição por seus próprios méritos. Deus teve que fornecer um caminho.
O amor de Deus pela humanidade tornou possível a redenção, através da fé no perfeita
e completa obra de Seu Filho, Jesus Cristo, como escreveu o apóstolo João: "Porque
Deus amou tanto ao mundo que ele deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16). O apóstolo Pedro também disse:
"O Senhor não é tardio a respeito de sua promessa, ainda que alguns homens a têm por
tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que nenhum se perca, senão que
todos cheguem ao arrependimento." (II Pedro 3:9).

O engano na religião da razão de Satanás pode ser melhor demonstrado pelo


espelho mágico mítico do paganismo.41 Você deve se lembrar da rima infantil sobre uma
rainha feia que se dirigiu ao espelho para uma opinião: "Espelho, espelho meu. Existe
alguém mais bela do que eu? "É claro que o espelho mentiu. A rainha via sua cara feia,
mas acreditava na mentira. Como o conto de fadas, o homem se coloca diante do espe-
lho mágico e, mesmo vendo seu mal, acredita na mentira de que seu bem equilibrará seu
mal e fazê-lo como deus - a mesma doutrina autodidata de Lúcifer.
396
______________________________________________________________CAPÍTULO 14

Essa filosofia parece lógica para o professor deísta da faculdade que ensina
que a razão é o método pelo qual se chega à verdade. Os alunos da razão papagueiam
as mesmas palavras. No entanto, essa filosofia não é moderna. Tudo começou no cora-
ção de Lúcifer. O apóstolo Paulo abordou a raiz desse pecado em Romanos 1:18-23:

Porque a ira de Deus é revelada do céu contra toda a impiedade e injustiça dos
homens, que detêm a verdade em injustiça. Porque aquilo que de Deus se pode conhe-
cer é manifesto neles, pois Deus o manifestou a eles. Porque as coisas invisíveis, desde
a criação do mundo, são claramente vistas, sendo entendidas por meio das coisas que
são feitas; o seu eterno poder e divindade, para que eles fiquem inescusá-
veis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem foram
agradecidos, mas se tornaram vãos em suas imaginações, e o seu coração insensato se
obscureceu. Professando-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus
incorruptível por uma imagem feita à semelhança do homem corruptível, e de aves, e de
quadrúpedes, e de répteis.

Homens pecadores fizeram sua imagem de deus na imagem do homem. Eles


argumentaram que se Deus criou o homem à Sua imagem (Gênesis 1:27), e o homem é
bom e mau, então Deus deve ser bom e mau. Usando esse raciocínio corrupto, os ho-
mens pagãos professavam, eles mesmos, serem "sábios". Nas Escrituras citadas acima,
Paulo diz que eles se tornaram tolos.

A "sábia" Serpente assobiou essa mesma doutrina do bem e do mal no Jardim


do Éden. Antes que a rebelião entrasse em seu coração, o poderoso arcanjo era bom",
cheio de sabedoria e perfeição em beleza" (Ezequiel 28:12). Quando o pecado entrou,
ele se tornou totalmente mau. Como resultado, Lúcifer foi banido do céu e permitido seu
domínio sobre a terra, onde ele se tornou Satanás, o adversário. No entanto, ele não
aceitou essa condição de caído. Ele continua a enganar, imitando a si mesmo em seu
estado original como o Portador da Luz. As escrituras confirmam que Satanás, à vonta-
de, é capaz de se apresentar como um anjo de luz (II Coríntios 11:14); ainda, por causa
de seu mal inerente, ele é incapaz de reter esse disfarce por muito tempo e, assim, muda
para "um leão que ruge, buscando a quem possa devorar"(1 Pedro 5: 8).42

Satanás, percebendo sua condição depravada, mas desejando seu estado an-
terior, fundou a religião do conhecimento do bem e do mal, acreditando verdadeiramente
que possui ambos os atributos. Como essa condição se aproxima da esquizofrenia,
Albert Pike não pôde aceitar a doutrina do Satanismo. Embora Pike tenha percebido que
há uma batalha entre o bem e o mal, ele recusou-se a aceitar que o conflito estava den-
tro do próprio Satanás.43 Portanto, Pike escreveu que Satanás não era uma pessoa, mas
a negação de Deus, uma força que poderia ser usada para o bem ou para o mal. Por

397
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

conseguinte, Pike lançou Satanás como Lúcifer, que ele pensava ser luz, o deus do bem,
lutando com Adonay, o deus do mal.

A Doutrina Luciferiana, portanto, deve ser distinguida do Satanismo. Luciferia-


nismo é a crença de que Lúcifer é totalmente bom, que nunca caiu. Somente devido sua
benevolência para com o homem, afirmam os místicos Luciferianos, Lúcifer foi forçado a
sair do céu por um deus ciumento, que não queria que o homem avançasse no conheci-
mento. Pike chama esse deus ciumento, Adonay, o Deus da Bíblia.44

Um dos primeiros convertidos ao Luciferianismo por Pike foi o Maçom do 33º


grau, Giuseppe Mazzini (1805-1872), líder, como vimos, da Revolução Italiana e funda-
dor da Máfia. Originalmente, Mazzini era um ateu ardente. Mais tarde na vida - quase
três décadas antes do discurso de Albert Pike em 1889, em Paris - Mazzini aceitou a
doutrina Luciferiana de Pike. Miller comenta a "conversão" de Mazzini:

Quando Pike lhe enviou uma cópia de seus rituais Luciferianos, Mazzini estava
cheio de elogios entusiasmados pelo trabalho de seu colega, que ele expressou em seus
artigos em ‘La Roma del Popolo’. O público, no entanto, não entendeu o sentimento que
o inspirava a proclamar a existência de uma divindade e denunciar o materialismo e o
ateísmo. Foi uma perplexidade encontrar esse homem como místico.45

Paladianismo: O Rito Super Luciferiano


O Maçom Inglês do trigésimo terceiro grau, Lord Palmerston, também foi con-
vertido para a doutrina Luciferiana de Pike. De tempos em tempos, Mazzini controlava a
revolução Italiana a partir de Londres, solicitando a assistência de Palmerston, que aju-
dou a financiar Mazzini através da Inteligência militar Britânica.46 Os dois homens con-
cordaram com Pike em unir as hierarquias das Maçonarias Francesa, Americana e Ingle-
sa em um Rito Super Luciferiano. O Rito deveria ser chamado de Rito Paladiano Novo e
Reformado, originalmente fundado em Paris, em 1737. Um dos significados que o Webs-
ter's Dictionary dá ao paladiano é salvaguarda. Como sugere a definição, o Rito Paladia-
no de Pike era "salvaguardar" a antiga doutrina das religiões de mistério que proclama-
vam o deus Lúcifer.47

É quase impossível descobrir quem são os membros do Rito Paladiano hoje.


Demora de trinta a cinquenta anos para que essas informações surjam. O Rito Paladiano
Reformado, no entanto, era composto por Pike, Palmerston, Bismarck, Mazzini, Lemmi
(um confidente de Mazzini) e outros poucos selecionados.48

398
______________________________________________________________CAPÍTULO 14

O objetivo do Rito Paladiano não era apenas combinar os dois corpos opostos
da Maçonaria na hierarquia do Supremo Conselho, mas unir todos os segredos das
sociedades secretas sob a religião de Lúcifer - incluindo ordens não-Maçônicas. Miller
confirma isso em Occult Theocrasy:

Um [Maçom do] 33º [Grau] seria bem recebido em todo lugar, em qualquer país,
em qualquer rito cuja existência fosse reconhecida. Assim, foram particularmente os
iniciados do Rito Escocês do trigésimo terceiro grau, os que, devido à suas extensas
ramificações internacionais, tiveram o privilégio de recrutar adeptos para o Paladismo... o
mais modesto de seus iniciados sendo irmãos há muito testados na Maçonaria comum
[sic].49

A existência desse rito seria mantida estritamente secreta e nenhuma menção a


ele jamais seria feito nas assembléias das lojas e Santuários internos de outros ritos.
Albert Pike recebeu autoridade dogmática e a tendência do Soberano Pontífice da Maço-
naria Universal, com sede em Charleston, Carolina do Sul. Mazzini, operando de Roma,
detinha a autoridade executiva com o título de Soberano Chefe de Ações Políticas. Miller
relata:

Os dois chefes secretos, Pike e Mazzini, finalmente concluíram a organização


da alta maçonaria [sic], estabelecendo quatro Diretórios da Grand Central para o mundo
e, a partir de então, reunir informações para o benefício de sua polícia política e propa-
ganda dogmática.50

Esses quatro Diretórios Administrativos Soberanos ficaram conhecidos como


Lojas Propaganda (P-1). Durante a década de 1860, eles foram presididos pelos quatro
Maçons mais poderosos do 33º grau do mundo, na época: Berlim foi dirigida por Otto von
Bismarck (1815-1898); Londres por Palmerston; Washington por Pike (após seu perdão);
e Roma por Mazzini. Em imitação das Lojas P-1 originais, em 1966, a Loja Maçônica de
Propaganda Italiana Due (P-2) foi certificada pela Maçonaria do Grande Oriente Italiana.
Ao contrário das Lojas P-1 originais, que eram controladas pelo Paladiano, em Washing-
ton, D.C., a P-2 ficou sob o controle da Maçonaria Inglêsa.51

A filiação nos quatro Diretórios Administrativos Soberanos de Mazzini (as lojas


P-1) vinha estritamente do Supremo Conselho. Para manter a exposição de segredos a
um mínimo de membros, a filiação era feita por um sistema trimestral rotativo, engenho-
samente inventado.

As nomeações eram dadas com apenas 120 dias de antecedência para plane-
jarem o que, em nossos dias, parece apenas ser políticos fazendo "viagens de investiga-
ção", quando, na verdade, esses altos Maçons estavam fazendo viagens de negócios

399
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

para seus diretórios Maçônicos específicos. Miller explica a relação do Rito Paladiano
com as quatro lojas P-1 e com o Supremo Conselho do 33º grau:

O Rito Paladiano não tem participação no funcionamento do Diretório Adminis-


trativo Soberano [P-1]. Isso deve provar novamente que o Paladismo é sobreposto a
todos os outros ritos. É a religião Luciferiana e só precisa se preocupar com os triângulos
que têm um orçamento separado. Sendo o verdadeiro poder oculto, conhecido apenas
dos iniciados perfeitos, ele não precisa se revelar, nem mesmo a esse comitê permanen-
te que constitui a mais alta expressão do poder administrativo da grande associação
internacional.52

Aqui, Miller revela que existem três sociedades secretas sobrepostas no 29º
grau do Rito Escocês, e no 3º grau da Loja Azul. O primeiro, é o corpo geral do Supremo
Conselho do 33º grau. Acima dele, as quatro lojas P-1 são sobrepostas ao Supremo
Conselho. E, finalmente, o Paladino Luciferiano se sobrepõe a todos.

Para melhor entender em que posição o Rito Luciferiano Paladino ocupa na


Maçonaria, olhe a pirâmide dos Illuminati, no verso da nota de um dólar americano. O
Olho Que Tudo Vê de Lúcifer, no centro da Pedra que fica no topo da pirâmide, repre-
senta o Paladino, enquanto a própria Pedra é o Supremo Conselho do 33º grau. Portan-
to, nem todos do Supremo Conselho do 33º grau são Luciferianos – somente o "poder
oculto" Paladino. Os influenciadores de poder originais no Paladino eram Pike, Palmers-
ton, Bismarck e Mazzini. Em um capítulo futuro, revelaremos os Luciferianos modernos.

O relacionamento do Paladino com o Supremo Conselho é surpreendentemen-


te semelhante ao de Weishaupt com os Illuminati. Neste último, o Olho Que Tudo Vê era
Weishaupt e a Pedra, os Illuminati. Aparentemente (ou assim pareceu aos pesquisadores
de conspiração), o Rito Paladino substituiu os Illuminati, sugerindo aos pesquisadores
que Weishaupt nomeou Mazzini, que continuou a conspiração sob novo nome.

É verdade que a conspiração retirou o título dos Illuminati. A nova conspiração,


no entanto, não era uma continuação da antiga. O Paladino foi formado por Maçons do
Rito Escocês Templário, enquanto que os Illuminati eram uma organização Sionista-
Rosacruz. Contudo, uma explicação mais plausível da mudança na conspiração já foi
sugerida - os Templários tomaram o controle da conspiração dos Illuminati de Sião,
pouco antes da revolução Francesa. O controle dos Templários foi mantido por Pike e
Mazzini.

Satanás pouco se importa com qual conspiração está no poder. Ambas estão
sob seu comando. Divisão é seu método e loucura. Colocar uma ordem contra a outra é
o seu método de controle. Se uma se rebela, ou se enfraquece, ele reforça a outra. Co-

400
______________________________________________________________CAPÍTULO 14

mo temos visto, após a Revolução Francesa, a Ordem dos Templários estava ativa e
florescendo novamente. Os Illuminati de Sião haviam sido suprimidos.

Quando a conspiração mudou de mãos, a liderança estava em jogo. Depois da


Revolução, Napoleon Bonaparte teve sua chance, mas ele era muito visível. Mazzini foi o
próximo oportunista, dizem alguns nomeados por Weishaupt. No entanto, não há real
evidência para apoiar esta reivindicação. Obviamente, Satanás balançou a cenoura na
frente de Mazzini e ele a seguiu até a morte.

Mazzini foi um dos três Maçons mais poderosos da Europa. Quando ele estava
perto da morte, ele nomeou Adriano Lemmi, 33º grau, como seu sucessor. Lemmi, sob a
direção de Mazzini desde 1851, desempenhou um papel importante como assassino
político, durante a Revolução Italiana. Quando Mazzini morreu, em 11 de março de 1872,
Albert Pike aderiu ao desejo de Mazzini de que Lemmi fosse seu sucessor.53 Lemmi,
imediatamente começou a fortalecer a Máfia, organizando-a na rede universal de crimes
que vemos hoje. Tão importantes foram as informações sobre Lemmi e seu império
Máfia-Maçonico, que Miller dedicou 43 páginas de seu livro ao crime organizado.54

O rápido sucesso de Lemmi foi devido ao fato da Máfia ter controlado o comér-
cio de heroína da Maçonaria Inglesa. A Grã-Bretanha concluiu suas Guerras do Ópio
com a China, em 1860. Com Hong Kong como prêmio, a British East India Company, de
propriedade Maçônica, que anteriormente transportava ópio para o Ocidente, dissolveu-
se em 1873. Seus ricos acionistas - todos Maçons Ingleses - entraram em operações
bancárias off-shore, que não eram regulamentadas, para lavar o dinheiro das drogas da
Máfia.55

Durante esse período, Albert Pike estava em constante contato com a Máfia,
auxiliando sua entrada nos Estados Unidos, por Nova Orleans.56

Luciferianismo: A Doutrina Universal da Maçonaria


Entre os muitos convertidos ao Luciferianismo estava Albert Gallatin Mackey,
um confidente de Albert Pike. Foi Mackey quem nomeou Pike para o cargo de Grão-
Mestre do Supremo Conselho de Charleston. Com sua candidatura sem oposição, Pike
foi devidamente eleito em 6 de janeiro de 1859. Albert G. Mackey é amplamente lido na
Maçonaria. Sua literatura é composta pelos livros The Lexicon of Freemasonry, The
History of Freemasonry in South Carolina, The Manual of the Lodge, The Masonic Ritual-
ist, The Symbolism of Freemasonry, The True Mystic Tie, Text-Book of Masonic Jurispru-
dence, Principles of Masonic Law, Cryptic Masonry, and The Encyclopedia of Freema-

401
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

sonry.57 Muitos outros Maçons do 33º grau reconheceram Lúcifer como deus, incluindo
uma figura do século XX, Albert Lantoine. De Poncins o descreve como

um historiador e um pensador de grande mérito. Ele era um franco Maçom sin-


cero, de charmoso caráter pessoal, e ele se manteve separado de todo contato com a
política. Ele não escondeu nada, e declarou abertamente que era ateu. Ele foi um crítico
severo de certos aspectos da Igreja Católica, mas também não poupou a Maçonaria. Ele
tinha, obviamente, perdido a fé que originalmente possuía na democracia e no raciona-
lismo.58

Lantoine escreveu um panfleto em 1937, intitulado Lettre au Souverain Pontife.


Era uma epístola aberta ao Papa, para declarar uma trégua entre a Igreja Católica e a
Maçonaria. De Poncins cita um trecho que ilustra o Luciferianismo de Lantoine, na cren-
ça de que o universo é dividido em uma dualidade necessária do bem e do mal:

[D]evemos permanecer em desacordo um com o outro?

Possivelmente.

Talvez devêssemos... nas profundezas de nossas almas. Pois seu Deus não
pode perdoar o Anjo Rebelde, e esse anjo nunca submeterá ou renunciará a seu domí-
nio.

Mas devemos permanecer inimigos?

Não!

Existe uma esfera mais alta onde conhecimento e fé, embora não possam se
encontrar, podem, pelo menos, tolerar um ao outro. Para aqueles que procuram aquele,
para aqueles que possuem o outro, eles dão as mesmas delícias e a mesma angústia.
Há tanta pureza e grandeza nas palavras dos filósofos como na Palavra do Redentor.

Tanto melhor, eu digo. Possuindo mentes críticas e inquisitivas, somos os ser-


vos de Satanás. Vocês, os guardiões da Verdade, são servos de Deus. Ambos se com-
plementam. Cada um precisa do outro.

Aqui, Lantoine articula o chamado dualismo "cientificamente" necessário de Al-


bert Pike, de que "cada um precisa do outro". Durante uma conversa com Lantoine, de
Poncins o questionou se os Maçons eram os "servos de Satanás". Lantoine respondeu:
"Eu estava errado, não usei o termo correto. Eu deveria ter dito servos de Lúcifer."60

402
______________________________________________________________CAPÍTULO 14

A Maçonaria Luciferiana Hoje


Anteriormente, encontramos o Maçom Oswald Wirth, 33º grau, que era filiado à
Grande Loja Francesa. Ele também era Luciferiano. Em sua declaração abaixo, ele ca-
racteriza o "trabalho" da Maçonaria como uma atividade científica, ou seja, uma atividade
demoníaca, dirigida por uma força transcendente não-Cristã:

Agora, a força da Maçonaria está na vontade coletiva de seus membros. Quan-


do eles acham que é apenas para trabalhar e, como nenhuma energia é desperdiçada,
toda Loja é uma sementeira de mudança moral e social.

Mas não peça à grande maioria dos Maçons que dêem motivos para aquilo que
fazem. Eles agem por instinto, seguindo tradições sombrias que durante séculos exerce-
ram sua influência sugestiva.

No entanto, existe uma Doutrina Maçônica, mesmo que em nenhum lugar expli-
citamente formulado em palavras, que é para a Maçonaria o que o Cristianismo é para as
Igrejas Cristãs; podemos chamá-la de ciência da Maçonaria ...

Agora, o Grande Arquiteto, sem dúvida, porque ele é menos transcendente [sic]
do que o Deus dos teólogos, refere-se a uma entidade que inegavelmente existe para o
trabalho construtivo da Maçonaria, que tem como origem e inspiração um ideal, que dá
luz a uma imensa energia. Uma força superior a si mesma, que impulsiona os Maçons e
coordena seus esforços, com uma inteligência que excede em muito a possuída por
qualquer indivíduo entre eles. Tal é o difícil fato que surge e antes que inclinemos nossas
cabeças. Que todo homem interprete isto como quiser.61

Oswald Wirth aqui admite que o Grande Arquiteto Maçônico do Universo não é
o deus do Cristianismo. Lantoine e Wirth eram amigos. Ambos viveram meio século após
a morte de Albert Pike. Ambos entenderam que Lúcifer era o deus da Maçonaria, embora
"menos transcendente" [sic] do que o Deus dos Cristãos. Como Pike, eles eram conhe-
cedores da atividade espiritual da Maçonaria, chamando-a de "científica".

Descobrimos que o "trabalho" da Maçonaria, mesmo que não seja conhecido


ou entendido pela maioria dos iniciados, é controlado por alguns homens - homens sob a
influência de Satanás - Lúcifer para eles - e suas forças demoníacas das trevas. Isso foi
verdade naquela época, e continua sendo verdade, hoje. Vamos citar dois exemplos
atuais.

O primeiro é do Maçom Manly P. Hall, do 33º grau, uma fonte filosófica para o
movimento contemporâneo da Nova Era na América. Hall fundou a Sociedade Filosófica
403
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

de Pesquisa de Los Angeles, que continua a dar seus ensinamentos. Quatro de seus
livros de particular interesse para os Maçons são Freemasonry of the Ancient Egyptians;
Dionysian Artificers; An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Quabbalistic and
Rosicrucian Symbolical Philosophy; and Lost Keys of Freemasonry.

Lost Keys of Freemasonry foi publicado originalmente em 1923. Em 1976, foi


reimpresso pela Sociedade Filosófica de Pesquisa. Tão importante é este livro para os
Maçons da Loja Azul, que é distribuído a todas as bibliotecas Maçônicas pela casa publi-
cadora Maçônica de Richmond, Virgínia. Keys of Freemasonry não apenas confirma que
a hierarquia na Maçonaria permanece fiel à doutrina Luciferiana hoje, mas, mais signifi-
cativamente revela que o Supremo Conselho está agora disposto a informar os Maçons
da Loja Azul, a respeito da orientação e direção Luciferiana da Maçonaria. Citamos a
palestra de Hall no grau de Companheiro (2º grau):

Chegou o dia em que os colegas Artesãos devem conhecer e aplicar seus co-
nhecimentos. A chave perdida para sua categoria é o domínio da emoção, que coloca a
energia do universo à sua disposição. O homem só pode esperar estar confiado de gran-
de poder, ao provar sua capacidade de usá-lo de forma construtiva e desinteressada.
Quando o Maçom descobre que a chave do guerreiro no quarteirão é a aplicação ade-
quada do dínamo do poder vivo, ele aprendeu o mistério de seu Ofício. A fervura das
energias de Lúcifer estão em suas mãos, e antes que possa avançar e subir, deve provar
sua capacidade de aplicar adequadamente essa energia.62

O segundo exemplo que corrobora para o fato da hierarquia Maçonica ainda es-
tar sob a influência direta de Satanás é revelado no símbolo satânico usado por todos os
Grandes Comandantes Soberanos do Supremo Conselho, em Charleston. É o símbolo
do Baphomet. O desenho tradicional do Baphomet mostra um demônio alado, com seios
femininos e uma cabeça de cabra com chifres. Alegadamente, este era o deus Baal.

Existem vários símbolos que representam o Baphomet. Um deles é a estrela de


cinco pontas de cabeça para baixo, com a cabeça de cabra com chifres de Mendez
desenhada dentro dela. Esta versão simboliza o "deus da luxúria". A estrela de cabeça
para baixo é universalmente reconhecida na bruxaria como um símbolo de Satanás. É,
também, o símbolo da Estrela Oriental, o auxiliar feminino da Maçonaria Americana.

O Maçom Eliphas Levi, tendo estudado por quarenta anos os documentos


Templários confiscados do Vaticano, esboçou a imagem de Baphomet. Também é um
demônio com cabeça de cabra e chifres. Além disso, possui a língua de uma serpente,
uma cauda longa e farpada, e pés traseiros fendidos - todos os símbolos tradicionais de
Satanás.64 A Mackey's Encyclopedia of Freemasonry admite que um símbolo de Bapho-

404
______________________________________________________________CAPÍTULO 14

met foi realmente usado pelos Cavaleiros Templários, mas nega que representasse
Satanás.65

Este Baphomet também está oculto em um símbolo geométrico na forma da


cruz dos Templários, espalhada com duas barras transversais adicionais. Esta versão foi
usada pelos Satanistas e pelo Maçom Aleister Crowley e, de acordo com The Curse of
Baphomet, está listado como um símbolo de Baphomet na publicação Maçônica O.T.O.,
Equinox, Vol.3, No.1, página 248.66 Este mesmo símbolo é usado por todo Grande Co-
mandante Soberano da Maçonaria do Rito Escocês, Jurisdição Sul. Ele está em volta do
pescoço de Albert Pike e bordado no chapéu cônico do Grande Comandante Soberano
do 33º grau, Henry C. Clausen. Também está no papel timbrado do atual Grande Co-
mandante, C. Fred Kleinknecht... (Veja as primeiras páginas deste livro).

O Controle dos Templários Durou Pouco


Pike, Mazzini, Palmerston e Bismarck conseguiram unir a hierarquia Maçonica
na religião Luciferiana, mas falharam em seu esforço para unir politicamente o mundo.
Em vez disso, o mundo mergulhou na Primeira Guerra Mundial. Enquanto isso, a Maço-
naria Inglesa não deveria ser superada pelo Rito Paladiano Templário. A Maçonaria
Inglesa tinha planos próprios de unir toda a Maçonaria nas profundezas mais sombrias
do ocultismo. Sua bandeira, hoje, é o "Movimento da Nova Era". Ela pretende aniquilar a
Igreja, através do sincretismo com esta doutrina. Amanhã, ela planeja impor à humani-
dade um governo totalitário, de um mundo controlado por sua religião Babilônica global.

Embora a hierarquia na Maçonaria acredite que Lúcifer é bom e que nele está a
luz, estamos prestes a registrar o incrível mal que se esconde nas mentes sombrias das
mais depravadas personalidades que adotaram o padrão de Albert Pike e estão mergu-
lhando a Maçonaria na perdição.

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406
Capítulo 15

MAÇONARIA E O MOVIMENTO NOVA ERA

Existia... na antiguidade o grande relógio de ponto no céu noturno, o qual ainda


compartilhamos com nossos antepassados. Este é o zodíaco, uma grande roda giratória
de doze constelações que faz um círculo completo a cada 25.920 anos, com cada uma
dessas doze constelações em ordem, a fim de ter ascensão sobre os céus da terra a
cada 2.160 anos, aproximadamente.

De acordo com a tradição zodiacal, a ascensão de cada novo signo a cada


2.000 anos ímpares é acompanhado por eventos catastróficos ou cruciais sobre a terra.1

O Que É a Nova Era?


À medida que a roda zodiacal gira para a constelação de Aquário, os astrólogos
que estudam as estrelas estão prevendo que um grande evento ocorrerá em breve, o
que trará em si o Mestre do Mundo. Desde a "Nova Era" de Emmanuel Swedenborg
(1757) até hoje, o mundo Maçônico está preparado para a chegada da "Nova Era". De
fato, o título da revista mensal do Rito Escocês, New Age, tem sugerido isso por mais de
um século.2

"Maçonaria e a nova era iminente", um artigo da New Age, de julho de 1941


(cinco meses antes da América entrar na Segunda Guerra Mundial), falou do "governo
mundial" a ser estabelecido no final da guerra, para ajudar a inaugurar uma "fase mais
nova do progresso evolutivo".3 Em abril de 1943, a New Age relatou que "a luta pela
liberdade do homem começou com as Revoluções Americana e Francesa, e a Segunda
Guerra Mundial é o clímax de uma luta ideológica mundial que teve inicio no final do
século XVIII. É a luta da Nova Era contra a Idade Média".4

A frase "Idade Média", usada no texto acima, é um jargão Maçônico para a Cris-
tandade. O Webster's Dictionary define a Idade Média como "o período da história Euro-
péia de cerca de 500 a 1500 d.C."- o mesmo período de tempo que a Igreja Católico
dominou a política Européia. Podemos decodificar prontamente o idioma Maçônico acima
e nomear com precisão o inimigo contra o qual os Maçons lutam: "É a luta da Nova Era
contra a era do Cristianismo".

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Embora a "Nova Era" da Maçonaria data do final do século XVIII, os motivos do


moderno Movimento da Nova Era não se manifestaram até o final do século XIX, quan-
do, em 1889, a doutrina Luciferiana do Paladismo foi introduzida nos vinte e três Supre-
mos Conselhos do mundo. Antes desta data, o corpo geral dos Maçons Ingleses, incluin-
do a maior parte do Supremo Conselho, não eram Luciferianos, mas deístas.

Ateus, Espíritas e Luciferianos


Três eventos significativos anteriores ao Congresso Maçônico de 1889 prepara-
ram a Maçonaria Inglêsa para aceitar Lúcifer como deus. Primeiro, em 1877, a existência
de Deus foi alvo de debate entre o Grande Oriente Francês ateista e a Grande Loja
Francesa deísta. O Grande Oriente substituiu o Grande Arquiteto do Universo pelo slo-
gan "Para a Glória da Humanidade", declarando "Deus está morto?" 5

O segundo evento ocorreu no mesmo ano em que a Grande Loja Inglesa, a


qual requer uma crença na divindade, rompeu a comunhão com todos os órgãos do
Grande Oriente em todo o mundo.

O terceiro evento, o de fundar a Loja de Pesquisa Maçônica Quatuor Coronati


em Londres, Inglaterra, na verdade teve suas raízes na década de 1860, mas não se
tornou realidade até três anos antes do Congresso Maçônico Internacional de 1889. Em
1860, a Grã-Bretanha acabara de concluir sua Segunda Guerra do Ópio contra a China,
quando a Maçonaria Inglesa, em busca de suas raízes, decidiu iniciar uma investigação
maciça das religiões de mistério Orientais. Como resultado, Maçons, em várias partes do
Império Britânico, escreveram numerosos livros ocultos, muitos dos quais eram repetiti-
vos. Para evitar mais duplicação, o Maçom Sir Walter Besant, irmão da socialista e teo-
sofista Annie Besant, iniciou uma campanha no início da década de 1870, para organizar
uma loja de pesquisa Maçônica, a fim de catalogar os dados. Em 1886, foi fundada a
Loja de Pesquisa Maçônica Quatuor Coronati, No. 2076, Londres, Inglaterra. A Mackey’s
Encyclopedia of Freemasonry afirma que a Quatuor Coronati "há muito tempo se tornou
a suprema corte de aprendizado e autoridade nos estudos Maçônicos em todo o Mun-
do."6

A constituição desta Loja Mãe de Pesquisa estipulava que quarenta dos mais
prestígiosos Maçons da Inglaterra eram membros, um dos quais deve sempre estar no
topo da Igreja Anglicana. Quando qualquer "Membro dos Quarenta" morre, os trinta e
nove restantes votam seu substituto. Sir Walter Besant foi um dos "Membros dos Qua-
renta" originais.

408
______________________________________________________________CAPÍTULO 15

Em 1887, um Círculo de Correspondência foi anexado à loja. Qualquer Maçom


literário, com talento arqueológico ou investigativo, poderia se juntar ao Círculo. Dentro
de uma década, o Círculo havia impresso a Ars Quatuor Coronatorum, uma enciclopédia
Maçônica coordenando todos os segredos das religiões de mistério, com nada menos
que cinquenta volumes, superando em tamanho a Encyclopaedia Britannica.

Os Membros dos Quarenta, cujo dever era estudar esses volumes continua-
mente, descobriram três fatos importantes que determinariam o curso futuro da Maçona-
ria Inglêsa. Primeiro, que as religiões pagãs antigas adoravam Lúcifer de várias formas.
Segundo, que o sacerdócio Babilônico usava drogas e sexo como meio de controle das
pessoas. Terceiro, que o mesmo sacerdócio Babilônico instituiu o sacrifício como meio
de controle populacional. Posteriormente, a Loja Quatuor Coronati ofereceu assistência a
qualquer Maçom, ou grupo de Maçons, dispostos a aplicar essas descobertas nos dias
atuais do trabalho Maçônico.7

Em 1889, a hierarquia da Maçonaria Inglesa precisou apenas de um leve em-


purrão para mergulhar de cabeça no Luciferianismo. O Congresso Mundial de Maçonaria
deu à Irmandade Britânica o necessário cutução. Em 14 de julho de 1889, os vinte e três
Supremos Conselhos do 33º grau estavam reunidos na Grande Loja Francesa, em Paris.
O propósito desse encontro não foi para unir os conselhos politicamente, mas espiritual-
mente - sob a bandeira da doutrina Luciferiana. Quando a carta de exortação de Albert
Pike foi lida, a hierarquia da Grande Loja Inglesa aceitou a doutrina Luciferiana, perma-
necendo, ainda, leal à Monarquia. As hierarquias da Grande Loja Francesa e Americana
a seguiram, mas sem abrir mão de seus ideais republicanos.

Embora alguns Maçons do Grande Oriente tenham aceitado o Luciferianismo


anos antes desta convenção, o corpo geral das lojas do Grande Oriente, o qual era for-
malmente ateista, boicotou a convenção da Grande Loja Francesa, organizando, simul-
taneamente, o próprio congresso. Posteriormente, os Grande Orientes foram impedidos
de entrar nas reuniões anuais do Supremo Conselho das Grandes Lojas.8

Dois dos Maçons mais proeminentes do Grande Oriente que se converteram ao


grupo da doutrina Luciferiana eram mulheres - Britisher Annie Besant (1847-1933) e a
Russa Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891). Ambas eram membros de obediência
Inglêsa e Francesa. Ambas estavam destinados a serem as fundadoras do nosso mo-
derno Movimento da Nova Era.

Madame Blavatsky havia se voltado para o Luciferianismo em 1856, quando foi


iniciada no Grande Oriente Carbonari de Mazzini. Blavatsky fez mais do que publicar
seus ideais revolucionários. Ela os viveu. Em 1866, ela se juntou ao General Maçom
Garibaldi, 33º grau do Grande Oriente, para lutar ao seu lado durante a revolução Italiana

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

em Viterbo e, depois, em Mentana, onde foi gravemente ferida e deixada em campo


como morta. Em 1875, ela fundou a Sociedade Teosófica em Nova York, juntou-se à
Maçonaria em 1877, e se estabeleceu em Londres em 1887. Em Londres, ela publicou
sua Revista Teosófica, Lucifer the Light-bringer.9

Annie Besant, irmã do Maçom Sir Walter Besant, foi convertida ao Luciferianis-
mo por Albert Pike. A pedido de seu irmão, ela estava destinada a tornar-se presidente
da Sociedade Teosófica, após a morte de Blavatsky. Annie estava em Paris naquele
fatídico verão de 1889, quando Albert Pike introduziu a Doutrina Luciferiana dela aos
vinte e três Supremos Conselhos da Maçonaria da Grande Loja. No entanto, ela não
estava em Paris para participar dessa convenção. Em vez disso, como uma oradora
independente, ela foi programada para palestrar na convenção do Grande Oriente, que
abrigava três outros congressos ocultos. Sua palestra, cuja reunião deu-se com esmaga-
dor sucesso, pretendia direcionar os ateus ao Espiritismo. De Poncins conta a história:

Em julho de 1889, o Congresso Internacional dos Trabalhadores foi realizado


em Paris, sendo a Sra. [Annie] Besant um dos delegados. Simultaneamente, os Marristes
[sic] realizaram seu Congresso Internacional, e a Sra. Besant moveu-se, em meio a
grandes aplausos, para misturar-se com eles. E ainda outro Congresso Internacional
estava sendo realizado em Paris, a saber, o dos Espíritas. Os delegados desses ocultis-
tas foram os convidados do Grande Oriente, cuja sede ocuparam, na Rue Cadet, 16. O
presidente dos Espíritas era Denis, e ele deixou bem claro que os três congressos che-
garam a um entendimento mútuo, pois, em um discurso que proferiu depois, ele disse:
"Os Poderes ocultos estão trabalhando entre os homens. O Espiritismo é um poderoso
germe que desenvolverá e promoverá a transformação de leis, idéias e forças sociais.
Isto mostrará sua poderosa influência na economia social e na vida pública".10

Como resultado dessas três convenções de Sindicalistas, Marxistas e Espíritas,


organizadas pela Maçonaria do Grande Oriente, um amálgama de espiritismo místico
com ateísmo foi realizado com sucesso. Embora o ateísmo permanecesse publicado
pelo Grande Oriente como dogma, esses congressos Maçônicos iniciaram um movimen-
to espírita - Movimento da Nova Era - que hoje rodeia o globo.

A Liga Maçônica Universal


O resultado mais significativo desses congressos Maçônicos contraditórios,
reunidos na mesma data e local é que, logo após o adiamento, historiadores revisionistas
começaram a observar uma transferência gradual de atividades de conspiração de Paris
para Londres. Eventos subseqüentes sugerem que houve um acordo secreto entre os
Sindicalistas, Marxistas Espíritas e Luciferianos. O Grande Oriente não teve escolha, a
410
______________________________________________________________CAPÍTULO 15

não ser colaborar. Para que seu experimento Comunista fosse lançado com sucesso, era
necessário o apoio dos ricos Maçons Britânicos.

Podemos documentar dois eventos após esse monumental congresso Maçôni-


co, que reativou a comunicação entre os dois inimigos Maçônicos Primeiro, e quase
imediatamente, a Grande Loja Inglesa começou a se comunicar com todos as Grandes
Lojas continentais e órgãos do Grande Oriente da Maçonaria, através da Grande Loja
Alpina Suiça, que reconheceu, não apenas a Grande Loja da França, mas os Grande
Orientes da França, Espanha, Itália e Grécia. Segundo, em 30 de agosto de 1913, a Liga
Maçônica Universal foi fundada em Berna, na Suíça, onde ambos os corpos em guerra
da Maçonaria poderiam se encontrar em terreno neutro. A Mackey’s Encyclopedia of
Freemasonry afirma que o objetivo dessa Liga era "promover a intimidade das relações
entre membros de todas as Lojas regulares, Grandes Lojas e Grandes Orientes de todos
os Ritos e países do mundo."11 Por isso, de Poncins escreve, "entre a Maçonaria [Inglê-
sa] Anglo-Saxã e a Maçonaria Latina [Grande Oriente] existem indiretas, mas eficazes
relações, muito mais próximas do que se admite."12

A Liga Maçônica Universal foi apenas o começo do processo de cooperação in-


ternacional Maçônico. A alienação superficial do Grande Oriente dos encontros anuais do
Supremo Conselho da Grande Loja, obrigaram a Maçonaria Inglesa a formar sub-lojas,
onde ambas as Maçonarias adversárias poderiam se encontrar em um terreno comum,
sem ter que viajar para a Suíça. À Loja de Pesquisa Quatuor Coronati foi designada a
tarefa de criar essas lojas.

Mons. Dillon, embora escrevesse em 1885, explicou como essa comunicação


inter-Maçônica era facilmente realizada: "por seus amigos ocultos [do Grande Oriente]
espalhados por lojas Britânicas, sempre houve, pelo menos em Londres, algumas lojas
afiliadas às lojas Continentais, e fazendo o trabalho de Weishaupt. [Assim, a relação
entre os delegados das lojas Inglesa e Francesa] teve um imenso efeito, ao fazer com
que os gritos de vanguarda das lojas Continentais encontrassem um inevitável apoio dos
Maçons Britânicos, dentro e fora do Parlamento".13

Sub-Lojas da Nova Era


Os investigadores Britânicos de conspiração da década de 1920 não consegui-
ram detectar que os dois corpos Maçônicos em guerra se uniram e se mudaram para
Londres. Eles apenas sabiam que o Grande Oriente havia atravessado o Canal. Eles
assumiram que sua intenção era subversiva - para penetrar em lojas Britânicas. Portanto,
vários autores Britânicos de conspiração começaram a avisar os Maçons Ingleses de
uma aquisição do Grande Oriente Francês. Um desses foi Nesta Webster, que em 1924
411
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

escreveu Secret Societies and Subversive Movements. Seu aviso, no entanto, estava
vinte anos atrasado. Naquela época, os Luciferianos e Espíritas Maçônicos já haviam
organizado muitos movimentos populares na Inglaterra como frentes, que não poderiam
ser conectadas à Maçonaria sem anos de pesquisa. (O investigador, normalmente, está
de trinta a cinquenta anos atrasado na documentação.) Aqueles que pertenciam a esses
grupos, no entanto, ficaram desiludidos e quebraram os laços ocultos, foram capazes de
iluminar os eventos atuais. Tal foi o caso em 1930 de outro autor mais revelador, que foi
um dos "insiders" do Movimento da Nova Era em seus dias. Escrevendo Light-bearers of
Darkness sob o pseudônimo "Informe-se", Miss Stoddard (sem nome) foi um dos "Chefes
de Governo" do Templo Mãe da Stella Matutina e R.R. et A.C.14

Stoddard nos informa que a Stella Matutina foi um sub-produto de pesquisa, ini-
ciado pela Loja Quatuor Coronati. Como os "Membros dos Quarenta" na Loja Mãe de
Pesquisa receberam informações ocultas suficientes para organizar as lojas sub-
Maçônicas degradadas, eles ajudavam Maçons de caráter degenerado que realizariam o
trabalho. A Stella Matutina foi fundada por dois Ingleses, perto do início do século XX,
cada um deles membro de lojas anteriormente opostas, o Grande Oriente e a Grande
Loja Inglesa. O Maçom do Grande Oriente era Aleister Crowley (1875-1947), que havia
sido iniciado no 33º grau no México. O outro co-fundador era o Maçom do 33º grau da
Grande Loja Inglêsa, Dr. William Wynn Westcott (1848-1925), um médico legista de
Londres.15
Essas sub-lojas ficaram conhecidas como co-Maçonaria, uma vez que as mu-
lheres podiam juntar-se a elas. Em breve, pelas sub-lojas, a bruxaria e o abuso de dro-
gas se espalhariam por toda parte, até nos mais altos círculos da sociedade. Jóias satâ-
nicas se tornaram comuns. Rituais incorporando drogas que alteram a mente, orgias e
sacrifício de sangue, foram discretamente introduzidos no coração das favelas de Lon-
dres e em propriedades ancestrais remotas.

Outro dos mais divulgados desses grupos foi a Sociedade Hermética do Ama-
nhecer Dourado. Amanhecer Dourado é um sinônimo de Nova Era e essa sociedade foi,
na verdade, uma predecessora da Stella Matutina de Aleister Crowley. A Amanhecer
Dourado foi fundada em 1887, por três membros de uma Sociedade Rosacruz - possi-
velmente até mesmo o próprio Priorado de Sião. Dois dos três - um padre Anglicano,
Rev. A. F. A. Woodford, um "Membro dos Quarenta", e o Dr. William Wynn Westcott -
eram Maçons do 33º grau e Cabalistas conhecidos. O terceiro era Sam Liddell MacGre-
gor Mathers, um Maçom Escocês que estava ligado ao Priorado de Sião através do seu
conhecimento com seu Grão-Mestre, Claude Debussy.16

O Rev. Woodford forneceu ao Dr. Westcott a documentação da biblioteca do


Círculo de Correspondência, que foi a base para o uso de drogas e a codificação de sexo
do Amanhecer Dourado. Logo se juntou ao grupo outros três Luciferianos, Espíritas e

412
______________________________________________________________CAPÍTULO 15

Satanistas bem conhecidos: a Maçom do Grande Oriente, Helena Blavatsky, que perma-
neceu membro até sua morte, em 1891; o poeta William Butler Yeats, íntimo do Grão-
Mestre de Sião, Claude Debussy; e o Satanista Aleister Crowley, o homem que deveria
tornar-se conhecido mundialmente por sua prática de magia negra.

A Loja Mãe de Pesquisa da Maçonaria Inglêsa tinha dois objetivos específicos


em mente ao fundar essas sub-sociedades. O primeiro, era criar lojas onde a Grande
Loja e os Maçons do Grande Oriente poderiam encontrar pontos em comum. O segundo,
era usar essas sub-sociedades (que não tinham nenhuma conexão aparente com a
Maçonaria pelo nome) para penetrar nas Sociedades Britânicas, Maçônicas e não Maçô-
nicas, com o Luciferianismo. Essa estratégia de usar sub-lojas, ocultou deliberadamente
o envolvimento da Maçonaria Inglesa na construção do Movimento da Nova Era, mas
deixou sua hierarquia sob comando direto.

O que aconteceu foi a criação de uma Maçonaria mais degradada em ambos os


lados do Canal, bem como a criação de uma sociedade degenerada. Os Maçons do
Grande Oriente, que há muito haviam iniciado mulheres para usá-las em orgias com
sexo e drogas, e em rituais de bruxaria, mais uma vez usaram as mulheres para levar
sua doutrina para dentro da Maçonaria Inglesa. Stoddard alertou os Maçons Britânicos
sobre a penetração dos Espíritas do Grande Oriente, que estavam usando mulheres
Maçons nessas lojas co-Maçonicas Inglêsas. Ela também confirmou que "a Maçonaria
Inglesa não é secreta, embora tenha lojas ocultistas, e a maioria dos ocultistas Ingleses
[que são] não Teosofistas são Maçons, se homens."17

Segundo Stoddard, o plano Luciferiano da Nova Era era penetrar na sociedade


Britânica por três direções: (1) através de membros da Sociedade Teosófica, ou seja, os
seguidores de Madame Blavatsky (e mais tarde de Annie Besant), aparentemente chefi-
ados pelos co-Maçons; (2) através de membros das Ordens Herméticas e Maçons; e (3)
por independentes, seja em pequenos grupos ou indivíduos.18

Construindo o Movimento da Nova Era


Esses três grupos, de acordo com Stoddard, deveriam operar através dos se-
guintes meios:

O Grupo 1 trabalha nos meios familiares, através de palestras, publicações de


revistas, etc. [Ele] atrai um grande número de mulheres ociosas, que têm por lazer tomar
um pouco de ocultismo com o seu chá da tarde. Praticamente, todos os membros são
pessoas com tempo e dinheiro.

413
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O Grupo 2 é pequeno em número. Ele trabalha nas Lojas e circulação de ma-


nuscritos. Seu ensino é feito por correspondência, por oficiais individuais, etc. Raramente
através de palestras. Ele atinge uma classe totalmente diferente, atinge estratos sociais
mais variados, tem maior proporção de homens... A maioria de seus homens são Ma-
çons .... Essas pessoas são ocupadas, existindo singularmente poucas mulheres e ho-
mens ociosos, endinheirados ou de lazer entre eles, são muito orgulhosos e independen-
tes ... Esses grupos são mais velhos dos que os da Sociedade Teosófica e eles não a
esquecem ... Eles devem ser alcançados por dentro, não de fora.

O Grupo 3... não aceitarão nenhuma autoridade sobre eles. Este grupo é não
Maçônico, constituído por homens e mulheres de letras, e deve ser transformado em
"movimentos populares".19

A estratégia do "Agente Duplo"


Os Franceses não entendiam a mente Inglesa. O operador do Grande Oriente
usou, portanto, os Maçons Britânicos do Grande Oriente como agentes duplos. Eles
começaram a sua penetração Luciferiana e Espírita da Maçonaria Inglesa antes da vira-
da do século XX, numa época em que o governo ainda não havia estabelecido os servi-
ços de inteligência secretos controlados. A Maçonaria do Grande Oriente havia aperfei-
çoado, desde há muito, a penetração da inteligência social, antes e durante a Revolução
Francesa. Agentes duplos Maçônicos foram usados na época, e continuaram sendo
usados ao longo dessa intriga. Na realidade, esses subversivos Britânicos eram traidores
de seu próprio país.

O vira-casaca Britânico mais degenerado de todos os tempos foi o Satanista


Edward Aleister Crowley. Crowley, um viciado em heroína e pervertido sexual,20 era, em
1913, o Grande Patriarca Administrador Geral da Maçonaria Britânica do Rito Antigo e
Primitivo de Memphis, a mesma Loja mencionada no capítulo 10 tendo conexões com a
Loja Mizraim do Priorado de Sião, em Paris.21 Esta loja Maçônica do mal incorporou em
seus rituais a adoração imoral à fertilidade dos Mistérios Dionisícos, que incluía orgias
heterossexuais e homosexuais.22 No México, Crowley era conhecido como a Besta 666.
Lá, ele foi iniciado no 33º grau no Rito Escocês da Maçonaria do Grande Oriente.23

William J. Petersen, em Those Curious New Cults in the 80's, nos dá sua opini-
ão a respeito de Crowley:

Crowley, que honrou a si mesmo com o título de "o homem mais perverso do
mundo", nasceu em 1875, filho de um rico cervejeiro Britânico. Seus pais, no entanto,
converteram-se ao Cristianismo, através dos irmãos Plymouth, que levam a Bíblia muito
414
______________________________________________________________CAPÍTULO 15

mais a sério do que a igreja organizada. O jovem Aleister, uma criança prodígio, tinha um
prazer diabólico por chocar seus pais e companheiros de brincadeira, até que sua mãe,
finalmente, ficou tão indignada que o chamou de a Grande Besta profetizada no Livro do
Apocalipse.24

Mais tarde na vida, relata Petersen, Crowley "fez um pacto com Satanás, es-
creveu odes para assassinos, chamados com nomes sujos da rainha Victoria, seduziu
uma empregada doméstica e divertia-se com a homossexualidade. Ele escreveu uma
coleção de poemas pornográficos e os dedicou ao tio, defendeu o uso gratuito de drogas
e, finalmente, estabeleceu sua própria vila na Sicília para orgias contínuas."25 Lá ele
reviveu ritos bárbaros que não eram praticados desde a época dos cultos dionisícos da
Grécia antiga. Durante um ritual, em 1921, ele induziu um bode a copular com sua com-
panheira constante, Leah Hirsig, cortando a garganta do animal no momento do orgas-
mo.

Crowley é famoso como sendo o satanista mais dedicado do século XX. Ele se
entregou à blasfêmia, demonstrando seu ódio ao Cristianismo ao batizar um sapo, no-
meando-o de Jesus Cristo. Então, ele o crucificou lentamente, deleitando-se com suas
agonias.

Petersen relata que a vida de Crowley terminou em solidão e desespero. "Na


idade de setenta e dois anos, em uma pensão barata em Hastings, Inglaterra, Aleister
Crowley, injetando onze gramas de heroína em seu corpo perdido a cada dia, implorava
por morfina para eliminar a dor. Mas a dor não foi aliviada, e Crowley faleceu [em 1947]
para encontrar seu Criador."26

Aleister Crowley e o Ritual de Sacrifício Humano


Mencionamos anteriormente que uma das lojas Maçônicas mais imorais da In-
glaterra era a Ordem da Golden Dawn, fundada em 1887. O Maçom A. E. Waite, autor de
A New Encyclopaedia of Freemasony, também foi um dos primeiros membros desta
Ordem. Em 1903, ocorreu uma divisão na Golden Dawn, quando alguns dos iniciados,
incluindo Waite, rejeitaram uma imersão mais profunda no oculto. Miller escreve:

Em conseqüência da divisão, a antiga organização da Golden Dawn mudou seu


nome para Stella Matutina, com Aleister Crowley e William Wynn Westcott em sua lide-
rança, enquanto a ordem cismática, sob A. E. Waite e S. L. MacGregor Mathers, este
último um amigo do [Maçom] Rudolph Steiner, manteve o antigo nome de Golden Dawn.
Em 1912, a Golden Dawn se fundiu com a Stella Matutina.27

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A Ordem da Golden Dawn produziu duas ramificações horríveis e destrutivas, a


Ordem do Templo do Oriente e a Sociedade Thule. Essas duas sociedades foram o
terreno fértil para o núcleo interno do movimento Nazista. Seus sistemas amorais, de há
muito haviam sido ocultados no Supremo Conselho da Maçonaria do Grande Oriente.
Em 1902, em Berlim, sob a orientação da Loja Quatuor Coronati, o Maçom do Grande
Oriente, Karl Keilner, também Teosofista, foi co-fundou (com Theodore Reuss) a Ordo
Templi Orientis (O.T.O.), a qual, então, absorveu a Ordem do Templo do Oriente. Na
verdade, Ordo Templi Orientis (O.T.O.) significa, atualmente, Ordem do Templo de Lúci-
fer.

A Sociedade Teosófica de Blavatsky tornou-se a organização de recrutamento


para a O.T.O. Maçons do 33º grau rebaixados e criminosos homicidas de toda a Europa,
Rússia e Inglaterra, logo se juntaram aos Templários Orientais. Theodore Reuss, um
Maçom Alemão do 33° grau do Grande Oriente, e correspondente independente para o
London Times, foi enviado para consultar Crowley, possivelmente a fim de encorajá-lo a
ingressar na Ordo Templi Orientis. Reuss disse a Crowley: "Já que você conhece nossos
ensinamentos do sexo oculto, é melhor você entrar em nossa ordem. "Crowley concor-
dou, e depois de uma jornada para Berlim, foi iniciado na O.T.O., no mesmo ano.28

No final da década, Aleister Crowley estava no comando do capítulo de Londres


da O.T.O., o único capítulo conhecido existente hoje. É a loja Maçônica mais destrutiva
no mundo. Crowley encorajou seus iniciados a realizar sacrifícios, usando meninos como
vítimas. Ele próprio teria participado de 150 assassinatos rituais.29

Crowley chamava a si próprio de "O Mestre Therion". Miller diz que Crowley, em
seu livro Magick (1930), articula sua lógica para praticar o sacrifício humano. Miller cita
Crowley, em parte:

O sangue é a vida. Esta declaração simples é explicada pelos hindus, dizendo


que o sangue é o principal veículo do Prana vital. Existe algum terreno para a crença de
que existe uma substância definida, ainda não isolada, cuja presença faz toda a diferen-
ça entre matéria viva e morta.

Seria imprudente condenar como irracional a prática daqueles selvagens que


rasguem o coração e o fígado de um adversário e os devorem, enquanto ainda estiverem
quentes. Dentro de qualquer forma, era a teoria dos antigos Mágicos que qualquer ser
vivo é um armazém de energia, que varia em quantidade de acordo com suas caracterís-
ticas mentais e morais. Na morte do animal, essa energia é liberada repentinamente ...

416
______________________________________________________________CAPÍTULO 15

Para o trabalho espiritual mais elevado, é preciso escolher a vítima que conte-
nha a maior e mais pura força. Um filho do sexo masculino de perfeita inocência e alta
inteligência é a vítima mais satisfatória e adequada.

Mas, o sacrifício sangrento, embora mais perigoso, é mais eficaz; e, para quase
todos os propósitos, o sacrifício humano é o melhor. 30

Aleister Crowley: Herói das Estrelas do Rock Satânico


A influência assassina do Maçom Crowley continua até hoje. Ele é o herói dos
modernos adoradores de Satanás. Anton Szandor Lavey, autor de The Satanic Bible, e
chefe da Primeira Igreja de Satanás na Califórnia, é um admirador de Aleister Crowley. O
co-fundador da Igreja de Satanás é Kenneth Anger, que foi iniciado na Golden Dawn e
na O.T.O., na década de 1940, pelo próprio Crowley.

Muitas estrelas do rock também são seguidores de Crowley, e suas canções


glorificam os males de Satanás. Por exemplo, as imagens de Crowley (e a de Karl Marx)
estão na capa do Álbum dos Beatles, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band.31 A respei-
to da capa do álbum, Ringo Starr disse: "Nós apenas pensamos que gostaríamos de
reunir muitas pessoas de quem gostamos e admiramos."32

O autor Brian Key, que estudou o papel da mídia no declínio de nossa cultura,
comentou que "[os] Beatles popularizaram e legitimaram culturalmente o uso alucinatório
de drogas entre adolescentes de todo o mundo... Os Beatles tornaram-se os profetas e
defensores da supercultura das drogas de todos os tempos."33 Os nomes de suas músi-
cas testemunham esse fato. Por exemplo, um significado de "day tripper" é tomar uma
dose de heroína pela manhã e ficar drogado o dia todo; um "Yellow Sub-marine", na
linguagem dos usuários de drogas, é uma qualidade amarela, ou infeliz; "Strawberry
Fields Forever" refere-se à campos de papoula. A papoula, o principal ingrediente da
heroína, é vermelha como morangos; e em "Hey Jude", Jude significa maconha.34

Quais são as associações ou filiações ocultas e/ou Maçônicas das estrelas do


rock? Jimmy Page, do Led Zeppelin, por exemplo, é um Maçom e membro do Amanhe-
cer Dourado. Ele é dono da casa habitada por demônios do falecido Aleister Crowley,
uma casa que se diz ser assombrada por uma maldição da morte. O baterista do Led
Zeppelin, John "Bonzo" Bonham, morreu na mansão de Crowley, "alimentando rumores
de conotações sinistras resultantes do fascínio de Page pela magia negra". Page elogiou
Crowley como "um gênio não reconhecido do pensamento do século XX".35

417
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O satanista Keith Richards, dos Rolling Stones, não é apenas um Maçom, mas
também um membro do Amanhecer Dourado de Crowley e da O.T.O. A má influência
sobre as crianças que escutam sua "música" é enorme. Após sua prisão por heroína, ele
admitiu: "Existem mágicos negros que pensam que estamos agindo como agentes des-
conhecidos de Lúcifer." Os Rolling Stones espalham propaganda revolucionária através
de sua música "Street Fighting Man". Seus hinos a Satanás, "Sympathy for the Devil" ou
"Dancing with Mr. D" (o Diabo), confirmam o comentário de Richards.

O líder dos Rolling Stones é Mick Jagger. No início de sua carreira de cantor,
Jagger foi iniciado na Ordem da Golden Dawn de Crowley, pelo discípulo deste, o Ma-
çom Kenneth Anger.37 O sonho de Anger era produzir um filme glorificando o diabo. O
filme seria nomeado Lucifer Rising. O papel de Lúcifer deveria ser desempenhado por
Bobby Beausoleil, um jovem guitarrista da banda de rock californiana Love. "Depois de
algum tempo de filmagem, Beausoleil saiu do fundo do poço e cometeu um bestial as-
sassinato, além de escrever com o sangue da vítima na parede."38 Beausoleil era um
seguidor do Maçom Charles Manson, que também era membro da O.T.O.39 de Crowley.

Os grupos Black Sabbath e Blue Oyster Cult obtiveram grande sucesso, ven-
dendo o rock Satânico. O primeiro álbum do Black Sabbath foi intitulado Sabbath, Bloody
Sabbath. A capa mostrava claramente a cruz de Cristo colocada de cabeça para baixo e
o número "666", a marca da besta. Depois de um concerto em Tulsa, Oklahoma, o crítico
musical Tulsa World confirmou que o conteúdo das músicas do Black Sabbath eram
sobre "o oculto, morte e drogas".40 Não é de surpreender que Ozzy Osbourne, ex-
vocalista do Black Sabbath, é devotado a Aleister Crowley, dizendo que Crowley foi "um
fenômeno de seu tempo”.

Nos primeiros meses de seu ato, Alice Cooper, da banda Jefferson Airplane,
nascido Americano e, agora, estrela de seu próprio grupo de rock do mesmo nome,
matou uma galinha viva no palco. Incluída em seu álbum Killer, está a música "Dead
Babies". Um autor relata como Cooper subiu "ao palco com uma boneca parecendo estar
viva. Depois, com uma machadinha, ele a corta em partes, e alegremente joga os peda-
ços na platéia. Cápsulas presas por trás esguichavam o que parecia ser sangue em
todas as direções. Na sequência, Alice fica de pé segurando a cabeça da boneca, como
um inimigo decapitado. Por fim, num impulso demoníaco, ele empala a cabeça da bone-
ca em um suporte de microfone ..."42

Assassinatos Satânicos
O público jovem e impressionável do rock and roll é programado nos shows de
rock para imitar o que vêem e ouvem no palco. Isso é confirmado por Jimi Hendricks, o
418
______________________________________________________________CAPÍTULO 15

inovador do som pesado, ácido e blues-rock do final dos anos 1960 e início dos anos 70.
Hendricks disse em uma entrevista à revista Life que "a música é uma coisa espiritual
própria. Você pode hipnotizar as pessoas com música e, quando eles estiverem no seu
ponto mais fraco, você pode pregar no subconsciente deles tudo que você quer dizer."43

A mensagem deste rock and roll promove assassinatos rituais satânicos com
ousadia, resultando em em sacrifícios humanos por toda a nossa terra. Alguns exemplos
confirmarão esse horrorível fenômeno.

Em 12 de setembro de 1985, o talk show "AM Houston" no KHOU com Roger


Gray, o psiquiatra Dr. Peter Olsson detalhou sua investigação sobre um assassinato
satânico por jovens alunos do ensino médio. "O satanismo chegou", disse ele. "É legal
ler a Bíblia Satânica e adorar a Besta. O heavy metal causa isso."

Los Angeles, na Califórnia, foi aterrorizada por uma série de assassinatos satâ-
nicos. Moradores ficaram aliviados e chocados quando o "Night Stalker" foi finalmente
capturado em 2 de setembro de 1985. A reportagem da Associated Press afirmou que o
"Stalker" foi responsável por 16 assassinatos rituais. Durante seu julgamento, Richard
Ramirez exibia, na palma da mão, o pentagrama (uma estrela de cabeça para baixo
dentro de um círculo), um símbolo de Satanás. "Salve Satanás!", gritou Ramirez, quando
foi conduzido do tribunal.44

O que fez Ramirez matar? Segundo uma reportagem, "Ramirez estava obceca-
do com temas satânicos do álbum de 1979 da banda de rock AC-DC, 'Highway to Hell'. A
capa do álbum mostra um membro da banda vestido como um diabo, enquanto outro usa
um pingente em forma de pentagrama.45 "A música favorita de Ramirez era "Night
Prowler". A música diz em parte: "Isso foi um barulho na sua janela ou uma sombra na
sua cortina? E você ficou lá nu, como um corpo em uma tumba, animação suspensa
quando eu entro no seu quarto."46

Os assassinatos satânicos não se limitam à metade ocidental de nossa nação.


Em Newark, New Jersey, em janeiro de 1988, "Thomas Sullivan ficou encantado com o
ocultismo, quando esfaqueou sua mãe pelo menos 12 vezes e tentou matar seu pai e
seu irmão de 10 anos de idade, ateando fogo na casa deles. Então, ele cortou a garganta
e os pulsos com uma faca de escoteiro, caindo morto na neve sangrenta no quintal de
um vizinho .... O Sr. Thomas Sullivan disse ao New York Daily News que durante toda a
semana seu filho estivera cantando uma música heavy metal sobre sangue e matar sua
mãe... Algumas semanas antes, enquanto fazia um trabalho de pesquisa sobre satanis-
mo, o jornaleiro americano de bairro tornou-se um adolescente desafiador e hostil, enter-
rado em livros sobre ocultismo e ouvindo música rock heavy metal."47

419
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Em 16 de maio de 1985, o programa de TV "20/20" noticiou um fenômeno naci-


onal: "Os Adoradores do Diabo". O correspondente Tom Jarriel disse: "Os Estados Uni-
dos estão sendo afetados.

Em todo o país, descobrimos que casos menores de atividade satânica iluminam o


mapa. Não é um único estado que está sendo afetado. Mas ainda mais assustador é o
número de assassinatos e suicídios com pistas satânicas. Todos eles foram investigados
pela polícia, mas geralmente sem muito resultado."48

Tom Jarriel falou de Ricky Kasso de Northport, Long Island. Kasso e outro jo-
vem esfaquearam repetidamente Gary Lawers até a morte, enquando a vítima era força-
da a orar para Satanás. Jarriel disse: "Apesar dos numerosos sinais de que Kasso esta-
va no satanismo e na música rock associada à adoração do diabo, a polícia se recusou
firmemente a rotular esse caso satânico. A explicação oficial: trata-se de um crime relaci-
onado às drogas."49

Jarriel também discutiu o que fez com que esses jovens se voltassem para o
Satanismo. Primeiro, são filmes ocultos e filmes de terror. Segundo, são os muitos livros
que estão disponíves sobre adoração satânica." E, finalmente", disse Jarriel, "música,
encontrada aqui em lojas de discos de bairro, na categoria música heavy metal. A men-
sagem satânica é clara, tanto nas capas dos álbuns quanto nas letras, que estão alcan-
çando mentes jovens impressionáveis".

Jarriel continuou: "E a mensagem musical aparece alta e clara, em shows e


agora através de vídeos de rock. O simbolismo está tudo lá: o pentagrama satânico, a
cruz de cabeça para baixo, os olhos vazios da besta, a rebelião contra o Cristianismo, e
de novo e de novo, a obsessão pela morte. De acordo com a maioria dos grupos, tudo é
divertido. Mas, de acordo com a polícia, isso está afetando muitas crianças, uma subcul-
tura crescente que mistura música heavy metal com drogas e o oculto. Além de grupos
que são flagrantemente satânicos, há também muitas gravações que alguns acreditam
podem conter referências satânicas na forma de mensagens gravadas de trás para a
frente".

Tom Jarriel perguntou ao chefe de polícia de Northport, Dale Griffis: "Com que
frequência você acha indicadores da presença de música heavy metal na cena de um
crime envolvendo culto satânico? "
Ele respondeu: "Provavelmente, cerca de 35 a 40% das chamadas".50

E finalmente, em uma história sobre o show de rock para alimentar os etíopes


famintos, a ABC News informaram, em 13 de julho de 1985, que "Se a humanidade
decide ficar por trás de uma única mensagem, a possibilidade de comunicar essa men-

420
______________________________________________________________CAPÍTULO 15

sagem é ilimitada. O Rock and Roll tem provador ser o grande comunicador para o mun-
do ".

Aos olhos do mundo, o que as bandas de rock fizeram em "Live Aid" e "Band
Aid" foi honroso. Mas, usando o infortúnio para comunicar seu mal, eles enganosamente
ajuntam multidões de seguidores e os cooptam para seu programa destrutivo. Como a
Maçonaria benevolente que os criou, seu mal inerente é evidenciado pelo fato de que
muitos dos grupos de rock são admitidos Satanistas e admiradores do Maçom Aleister
Crowley.

Da mesma maneira que a Maçonaria Francesa Iluminada usou a música de


Mozart para criar a revolução nas mentes dos jovens de toda a Europa, antes e durante
a Revolução Francesa, a Maçonaria Luciferiana Inglesa está usando hoje as estrelas do
rock Maçônicas para pregar, através da música, a mensagem satânica de Aleister
Crowley para nossa juventude, transformando com sucesso esses jovens em assassi-
nos.

A ascensão da música Satânica, drogas, filmes de terror e assassinatos Satâni-


cos rituais estão diretamente ligados ao ramo da Golden Dawn Maçonica, a Ordo Templi
Orientis (O.T.O.). Seu objetivo é preparar os jovens para aceitarem o holocausto quando
vier, e participar dele quando a hierarquia Maçônica der o comando para tal.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

422
Capítulo 16

O MOVIMENTO DA NOVA ERA UNE


AS MAÇONARIAS INGLÊSA E FRANCÊSA

O governo da O.T.O... .combina a Monarquia com a Democracia; isto inclui a


aristocracia e oculta até as sementes da revolução, pelas quais somente o progresso
pode ser efetuado. Assim, equilibramos as Tríades, unindo os Três em Um.

Book of Equinox

Quando a hierarquia do Paládio dos Templários falhou em unir permanente-


mente as três obediências Maçônicas, foi a vez de Sião. Miller confirma a história conta-
da no Book of Equinox, dos quais uma porção é citada acima. A palavra "monarquia"
refere-se à Maçonaria Inglêsa; "democracia" representa as Maçonarias Francesa e Ame-
ricana; e "unir o Três em Um" alude a todas as três obediências Maçônicas.

Todos os três devem chegar a um acordo político e religioso para que o gover-
no mundial possa se tornar realidade. No entanto, a unidade entre organizações religio-
sas contraditórias é impossível. Da mesma forma, a união entre pontos de vista políticos
opostos é irrealista. A guerra entre as Maçonarias Inglesa e Francesa acarreta diferenças
de opinião sobre ambas as questões. O conflito? Qual sistema político e religioso, even-
tualmente, irá governar a Nova Ordem Mundial?

A Maçonaria do Grande Oriente Templária Ateista desejava uma ditadura do


proletariado - a classe baixa - com o comunismo garantindo a distribuição igual da rique-
za. Enquanto aguarda a concretização desse sonho, o Grande Oriente incentivou os
trabalhadores a formar sindicatos e, com o poder das greves operárias, ganharem sua
parte da riqueza. Com essa ideologia, a Maçonaria Francesa conseguiu, assim, ganhar
as classes mais baixas.

Em contraste, a Maçonaria Inglesa Sionista Panteista, cujos soberanos compar-


tilhavam o poder com um parlamento eleito, desejava uma Nova Ordem Mundial domi-
nada por uma aristocracia. Por dois séculos, os Maçons Ingleses mantiveram sua socie-
dade aristocrática, capitalista e monopolista. Eles haviam dispensado e esquecido o
trabalhador comum, perdendo-o politicamente para seu adversário.

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Para remediar esse impasse divisivo, a Maçonaria Inglesa atacou o problema


criando frentes duplas, onde o senso comum poderia estar baseado. Primeiro, eles esta-
beleceram frentes político-econômicas, chamadas "think tanks", onde os intelectuais de
ambos os lados do Canal poderiam discutir um coeficiente para a política.2 Segundo,
eles criaram organizações místicas de fachada, que pretendiam apelar e gratificar os
instintos mais básicos do homem e, assim, alcançar e desestabilizar todos os níveis da
sociedade.

A Maçonaria Inglesa atribuiu a última tarefa à Loja Quatuor Coronati de Pesqui-


sa Maçônica, que, como vimos, desenvolveu, por sua vez, uma variedade de frentes sub-
Maçônicas degeneradas, conhecidas como co-Maçonaria.3

Para conquistar a confiança dos ateus Franceses que acreditavam que os indi-
víduos eram dotados de direitos iguais e inalienáveis, fundados na lei natural, os Ingleses
expandiram o conceito de lei natural, para incluir a lei mitológica.4ª A Loja Quatuor Coro-
nati descobriu que as religiões pagãs, em harmonia com sua perspectiva cíclica de mun-
do, de há muito estavam intimamente misturadas com sua lei mitológica da sociedade
política, através da qual mantinham o controle da população. A figura dominante nestes
mitos predominantes era, geralmente, uma deusa que simbolizava a "Mãe Terra" e que,
assim, fornecia a base para uma ideologia de que o homem e a terra eram um.

As religiões pagãs ensinaram que a Mãe Terra exigia a continuação da criação


através da procriação, com demandas periódicas de controle populacional. Esses mitos
eram cuidadosamente cultivados e aplicados por uma casta designada de sacerdotes,
que projetou rituais licenciosos em sua adoração como sacramento à Mãe Terra. Esses
rituais, é claro, apelaram para a natureza básica do homem. Portanto, essas mitologias,
criadas pelo homem, tornaram-se lei mitológica.

Nesta religião, a Mãe Terra pode ficar "zangada". Quando ela se zangava, isso
significava que o homem estava se multiplicando rápido demais. Para apaziguar a deusa
mãe, a lei mitológica exigia sacrifícios humanos, geralmente dos mais jovens. Paul de-
Parrie, em Unholy Sacrifices of the New Age diz: "Se conhecido como Kali (a deusa
Hindu de muitas armas, a qual usa como colar uma corrente de crânios humanos), Dia-
na, Ísis ou Astarte, a Mãe Terra ou sua imagem escura espelhada, consistentemente
exigiam sangue como oferta apropriada; ela que criou (ou procriou) também destruiu e
devorou seus próprios jovens em um ritual sangrento."6

O objetivo do sacrifício era "salvar a terra". Nigel Davies, em Human Sacnfice in


History and Today, confirma: "Tanto o sacrificador quanto a vítima sabiam que o ato era
necessário, para salvar as pessoas da calamidade e o cosmos do colapso. Seu objetivo
era, portanto, mais preservar do que destruir a vida".7

424
______________________________________________________________CAPÍTULO 16

A lei mitológica exigia que as mães entregassem seus filhos ao fogo ou ao pu-
nhal. Com o Arioio no Taiti, "o status se baseava inteiramente na devoção de alguém a
matar os próprios filhos".8 Os Índios Norte-Americanos e Mexicanos "enfatizaram a cren-
ça de que a vítima se beneficiaria de seu próprio sacrifício, permitindo, assim, o carrasco
não sentir culpa e negar à vítima a oportunidade de protestar contra seu próprio sacrifí-
cio". Assim, o assassinato legalizado tornou-se parte da lei mitológica da Mãe Terra de
controle populacional.

A Loja Quatuor Coronati de Pesquisa Maçônica se propôs a aplicar a lei mitoló-


gica ao trabalho Maçônico atual. Da mesma maneira em que uma casta de sacerdotes
designada, nos tempos antigos, havia planejado rituais de destruição humana para apa-
ziguar ambos, a Mãe Terra e o homem degenerado, a hierarquia do 33º grau das Maço-
narias Inglêsa e Francêsa (Maçons que já haviam mergulhado na bruxaria), duplicou o
sistema para suas frentes místicas. Ao atender aos instintos mais básicos do homem, as
duas Maçonarias acharam nisso uma tarefa simples de se unirem sob um sistema políti-
co que permitia o livre exercício da lei mitológica.

Diametricamente opostas aos ensinamentos Judaico-Cristãos, não deveria ser


surpresa que essas sociedades sub-Maçônicas se tornariam anti-Semitas e anti-Cristãs.
Hoje, elas são conhecidas como supremacistas brancos. Seu plano de "salvar a terra"
através de um processo de purificação da terra foi, e ainda é, aniquilar as raças de pele
escura, incluindo os Judeus. A partir dessa ideologia, nasceu o movimento Nazista. O
homicida O.T.O. e a Sociedade Thule desempenharam o papel mais importante na pre-
paração da chegada de Hitler ao poder. A Ordem da Golden Dawn tornou-se o elo de
ligação entre a filial alemã do OTO-Thule e a Maçonaria Inglesa.10

Quando a Maçonaria Inglesa concordou em cooperar com a Maçonaria France-


sa, o desagradável Grande Oriente não era páreo para a suave e rica Prostituta da Babi-
lônia, em Londres. Assim, o método Francês de destruição por força bruta foi posto de
lado, em favor de uma abordagem mais aceitável. A Maçonaria Inglesa planejou por um
despovoamento científico e mais gradual da terra.

Durante as décadas de 1920 e 1930, os pesquisadores de conspiração Britâni-


cos perceberam que as doutrinas destrutivas da Maçonaria Francesa haviam atravessa-
do o Canal da Mancha. Vários revisionistas começaram a alertar a Maçonaria Inglesa
sobre o que eles percebiam sera a penetração pelo Grande Oriente. Ainda não haviam
descoberto que as hierarquias de ambas as Maçonarias haviam se unido no Ordo Templi
Orientis, em 1905.

A O.T.O. foi tão secreta que a maioria dos Maçons ainda desconhecem sua
existência, hoje. No entanto, esta Ordem está documentada como a mais maligna da

425
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Maçonaria, executando a oferta destrutiva da hierarquia em grande escala.11 Seu credo é


"Não o que tu queres será a totalidade da Lei." Seus rituais incluem o uso de drogas de
alteração mental e o sacrifício humano.

O Priorado de Sião e a Bruxaria


Claude Debussy, Grão-Mestre de Sião (GM 1885-1918), teve intimidade com os
Maçons Ingleses que fundaram a Ordem da Golden Dawn, que por sua vez produziu a
O.T.O. e a Sociedade Thule. Ele era especialmente próximo do Dr. Gerard Encausse
(Papus), Grão-Mestre de quatro ordens Rosacruzes na França - Martin, Memphis, Miz-
raim e O.T.O.12 A pedido de Debussy, Papus tomou o Martinismo e a O.T.O. para a
Rússia, a fim de se preparar para a destruição daquela nação Cristã.13

Miller lista os seguintes Maçons que estavam envolvidos no renascimento da


bruxaria no Século XIX, o qual levou à fundação da O.T.O.: Wolfgang von Goethe (1749-
1832), Eliphas Levi (1810-1875), Richard Wagner (1813-1890), Hargrave Jennings
(1817-1890), Friedrich Nietzsche (1844-1900), Franz Hartmann (1838-1912), Cardeal
Rampolla (1843-1913), Papus (Dr. Encausse 1865-1916) e Karl Kellner (-1905), co-
fundador (com Theodore Reuss) da O.T.O.14

Goethe, Levi, Wagner e Papus estão listados em Holy Blood, Holy Grail, como
também estarem conectados ao Priorado de Sião. Os outros eram Maçons Rosacruzes.
Kellner também era um Maçom do Grande Oriente, assim como Reuss.

Em 1895, a Loja Quatuor Coronati de Pesquisa Maçônica compartilhou com


Karl Kellner sua descoberta de que os pagãos controlavam a população através do sacri-
fício humano. Quando Kellner informou a hierarquia do Grande Oriente e da Grande Loja
da Alemanha sobre isso, Friedrich Nietzsche comentou: "O século XX será o mais san-
grento do mundo".

Em 1902, Kellner organizou a homicida Ordo Templi Orientis e começou a inici-


ar Maçons de ambos os lados do Canal. Os membros originais da O.T.O. foram o Gran-
de Oriente Alemão Theodore Reuss; e os Maçons Ingleses John Yarker (1833-1913),
William Wynn Westcott (1848-1925) e MacGregor Mathers. Todos, exceto Mathers, man-
tiveram o 33º grau.15

Theodore Reuss tornou-se chefe da O.T.O. com a morte de Kellner, em 1905.


Em 1902, Reuss já havia nomeado Westcott como regente da O.T.O. na Inglaterra, esta-
belecendo a direção interligada entre as Maçonarias Inglesa e Continental.16 Em 1912,
Reuss iniciou Aleister Crowley na O.T.O. Quando a Primeira Guerra Mundial começou,
426
______________________________________________________________CAPÍTULO 16

Crowley, membro das Maçonarias Inglesa e Francesa, estava à frente da filial Britânica
da O.T.O.

A O.T.O. atraiu membros de uma ampla variedade de organizações ocultas: a


Igreja Católica Gnóstica; a Ordem dos Cavaleiros do Espírito Santo; a Ordem dos Illumi-
nati; a Ordem dos Cavaleiros de São João; a Ordem dos Cavaleiros de Malta; a Ordem
dos Cavaleiros do Santo Sepulcro; a Irmandade Hermética da Luz; a Ordem Sagrada de
Rose Croix de Heredom; a Ordem do Santo Arco Real de Enoque; a Ordem dos Cavalei-
ros Templários; a Igreja Oculta do Santo Graal; o Rito Primitivo e Antigo da Maçonaria; o
Rito de Memphis; o Rito de Mizraim; o Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria; o Rito
de Maçonaria da Suécia; a Ordem dos Martinistas; a Ordem de Sat Bhai; e muitas outras
ordens de igual mérito, ou de menor fama.17

O que é mais significativo nessas organizações é que elas são reconhecidas


como uma mistura de sociedades secretas dos Cavaleiros Templários e do Priorado de
Sião.18 Como sugerido no Book of Equinox, Escarlate e a Besta, por um tempo, pelo
menos, estiveram unidos na Ordo Templi Orientis.

Os Templários Orientais operavam da mesma maneira que os Templários Pa-


ladianos de Albert Pike. Embora a O.T.O. tenha incorporado pelo nome a aura templária,
ela não era uma criação Templária; pelo contrário, era o elo de Sião com a rede interna-
cional de sociedades secretas. Ao contrário dos Paladianos, que recrutavam apenas das
ordens dos Templários, a O.T.O. recrutava de todos os órgãos ocultos em toda a rede.
Esta rede era controlada pelos Grandes Inspetores Gerais Soberanos do 33º Grau, em
ambas as obediências, os quais eram obrigados, periodicamente, a visitar e inspecionar
as Lojas da O.T.O.20

A O.T.O. na América
A Ordo Templi Orientis era a unidade psicológica mais eficaz da Maçonaria In-
glesa. Seus deveres eram duplos: (1) unir todos os corpos ocultos sob a Doutrina Lucife-
riana; e (2) destruir a cultura Judaico-Cristã em todo o mundo, com um ataque do Sata-
nismo. As duas primeiras nações Cristãs alvos de destruição foram a Rússia Czarista e
os Estados Unidos.

Maury Terry, um jornalista investigativo Americano, conta em The Ultimate Evil,


como a O.T.O. começou em nosso país:

Após dissensões internas, os elementos da Golden Dawn se fundiram mais ou


menos na Ordo Templi Orientis. Aleister Crowley ganhou permissão para dirigir uma
427
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

OTO Britânica e os ensinamentos da OTO entraram nos Estados Unidos com Crowley
em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial na Europa.

Mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial, Crowley ajudou a estabelecer


uma Loja da OTO em Pasadena, na Califórnia, e filiais da OTO surgiram posteriormente
em várias cidades dos EUA, incluindo Nova York e Houston. Com efeito, uma ampla rede
foi formada e funcionava através de lojas e livrarias ocultas, boletins, anúncios na im-
prensa clandestina e outros métodos ....

De fato, muitos acreditam que todo o oculto clandestino na América, hoje, re-
monta à formação da operação da OTO de Crowley, em Pasadena.21

A Lei da Ordo Templi Orientis é "Faça o que você quer que seja o todo da
Lei".22 Para o prazer de seus membros, esta "Lei" foi praticada em sua plenitude nos
bordéis estabelecidos em toda a Europa e Estados Unidos. Um segmento do Manifesto
of the O.T.O. explica o significado dessa "Lei":

[A O.T.O.] incorpora todo o conhecimento secreto de todas as Ordens orientais;


e seus chefes são iniciados da mais alta patente e reconhecidos como tais por todos
capazes de tal reconhecimento, em todos os países do mundo.

A Ordem é internacional e possui filiais em todos os países civilizados do mun-


do.

Os objetivos da O.T.O. só pode ser entendido completamente por seus mais


elevados iniciados; mas pode-se dizer abertamente que ensina Ciência Hermética ou
Conhecimento Oculto, a Pura e Santa Magia da Luz, os Segredos da realização Mística,
Yoga de todas as formas; Gnana Yoga, Raja Yoga, Bhakta Yoga e Hatha Yoga, e todos
os outros ramos da Sabedoria secreta dos Antigos.

Ela também possui, em todos os centros importantes da população, um Retiro


escondido (Collegium ad Spiritum Sanctum), onde os membros podem se esconder para
prosseguir a Grande Obra sem impedimentos.

Essas casas são fortalezas secretas da Verdade, Luz, Poder e Amor, e suas lo-
calizações só são divulgadas sob juramento de sigilo daqueles com direito a fazer uso
delas.

Eles também são templos da adoração verdadeira, especialmente consagrados


pela natureza, para trazer do homem tudo o que há de melhor nele.23

428
______________________________________________________________CAPÍTULO 16

Antes e durante a Segunda Guerra Mundial, Pasadena, na Califórnia, era a se-


de da O.T.O. na costa oeste na América, enquanto Nyack, no estado de Nova York, era
o centro de sua operação na costa leste.24 Mais informações foram escritas sobre o
bordel da O.T.O. - uma das casas de "Verdade, Luz, Poder e Amor" acima mencionadas
- em Nyack, além de outras localidades. Chamava-se Clarkstown Country Club (C.C.C.).
À sua frente estava o Maçom Dr. Pierre Arnold Bernard (1875-1955), iniciado na O.T.O.
em 1916 pelo próprio Aleister Crowley, logo depois que este chegou aos Estados Unidos.

A biblioteca oculta de Bernard no C.C.C. era a maior desse tipo na América,


consistindo em uma variedade de filmes pornográficos e literatura, bem como das melho-
res coleções de conhecimento sânscrito. Durante seus anos prósperos, os anos 30,
conversas sobre os Veda, seus escritos e filosofia, eram regularmente fornecidos pelo
Dr. Bernard. A literatura promocional do C.C.C. afirmava que "[o] núcleo desse assunto
[Veda] quando reduzido à prática é o Sistema Yoga de Patanjali, um esquema científico
de desenvolvimento físico e mental, evoluído e registrado pelos primeiros indo-arianos.

Em nenhum outro lugar do mundo, com exceção de alguns lugares na Índia, es-
te trabalho é encontrado realizado com tal grau de perfeição."25

O Dr. Bernard foi apelidado de "Oom", abreviação de "Onipotente". As mulheres


o chamavam "Guru do Amor". Muitas vezes, as mulheres diziam que sentiam a necessi-
dade de caminhar ao redor dele três vezes e, então, estender a mão e tocar em seu
"lótus".

A flor de lótus da Índia é, obviamente, um símbolo fálico. Um discípulo de Oom


certa vez confidenciou a um estranho:

O sexo é discutido tão naturalmente quanto a hipnose ou a reencarnação. O Dr.


Bernard acredita que homens e mulheres podem aprender muito sobre a vida, apren-
dendo muito sobre brincar e amar. Ele ensina a visão Oriental do amor, em oposição à
contida ideia ocidental. O amor, em seus aspectos físicos, é semelhante à música e à
poesia. Une homens e mulheres com o infinito.26

Membros masculinos e femininos do C.C.C. praticaram a arte mística hindu de


Tantrik. Um verdadeiro Tantrik é um praticante do Tantra, um sistema ritualístico existen-
te em certas religiões do Oriente. Os ritos são grosseiramente licenciosos e são frequen-
temente invocados em veneração dos Sakti, as deusas hindus da energia feminina.27

Quando o C.C.C. entrou em declínio e, finalmente, vendeu sua propriedade, a


atividade paranormal começou a se manifestar em vários de seus edifícios. Por exemplo,
parte do C.C.C. foi adquirido pela Aliança Cristã e Missionária, que agora é o campus da

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

faculdade de Nyack. Os alunos que freqüentaram Nyack nos anos anteriores podem
recordar a atividade demoníaca em um dos edifícios antes do exorcismo.28 Hoje, outra
moradia, não associada ao Colégio, mas numa propriedade original do C.C.C., ainda
está manifestando atividade demoníaca.

Os centros de Pasadena e Nyack entraram em rede rapidamente com outras


Lojas da O.T.O. na América do Norte. A publicação da O.T.O., Duties of the Brethren,
confirma o objetivo desses retiros:

Casas de Profissão Especiais para o atendimento de mulheres da Ordem, ou


daquelas cujos maridos ou amantes são membros da Ordem, serão instituídas, de modo
que o dever frontal das mulheres pode ser cumprido com todo conforto e honra.29

Também é provável que, dentro dessa Ordem licenciosa, a atividade homosse-


xual tenha sido praticada, pois Duties of the Brethren também declara:

Todo Irmão procurará constantemente dar prazer a todos os Irmãos que conhe-
ce, seja por entretenimento ou conversa, ou por qualquer outra maneira que possa ser
sugerida. Natural e frequentemente, ocorrerá o surgimento do próprio amor entre os
membros da Ordem, pois eles têm tantos e tão sagrados interesses em comum. Esse
amor é peculiarmente santo e deve ser encorajado.30

De acordo com o Manifesto da O.T.O., esta também fornece "casas seguras"


para seu elemento criminoso:

Qualquer dano causado por qualquer pessoa de fora da Ordem a qualquer pes-
soa que esteja dentro dela pode ser apresentado ao Grande Tribunal, que, se julgar
correto e adequado, usará todo o seu poder para reparar o dano ou vingá-lo.

Os inimigos públicos do país de qualquer Irmão serão tratados como tal, en-
quanto estiverem no campo, e mortos ou capturados como o oficial do Irmão possa or-
denar.

A perfeita liberdade e segurança oferecidas pela Lei ["Faça o que quiser ser to-
da a Lei"] permite que os personagens de todos os Irmãos se expandam para além de
sua natureza.

O sigilo da Ordem fornece a seus membros uma mortalha inviolável de oculta-


ção.

430
______________________________________________________________CAPÍTULO 16

Eles obtêm o direito de peregrinar nas casas secretas da O.T.O., permanente-


mente ou por um período maior ou menor do ano, de acordo com sua classificação na
Ordem ... 31

A O.T.O. não entrou em declínio após a morte de Aleister Crowley, em 1947.


Maury Terry descobriu sua rede prosperando mais forte do que nunca na América, e
conecta isso com a recente onda de assassinatos rituais Satânicos. Estão incluídos
nesta rede, drogas agentes de contracultura, quadrilhas de motociclistas, criminosos
comuns e grupos de rock.

Em Ocullt Theocrasy, Miller explica que a música é uma ferramenta essencial nesta
conspiração, porque torna passiva e negativa uma mente positiva. Miller afirma que a
música oculta tende a induzir confusão. Letras de música rock são excelentes exemplos.
Mentes confusas obedecerão e se curvarão aos mestres ocultos! Uma pessoa que não
ouve essa música, substituindo-a por atividades edificantes, permanece positivo. Uma
mente positiva não pode ser controlada.32

Você deve se lembrar que essa técnica de lavagem cerebral foi praticada, pela
primeira vez, pela Maçonaria Francesa, antes e durante a Revolução Francesa. A música
de Mozart, o magnetismo animal de Mesmer, e as drogas e bruxaria de Cagliostro, são
exemplos de como a O.T.O. opera, hoje.

A O.T.O. e a Igreja da Cientologia


Após a morte de Crowley, o Maçom L. Ron Hubbard assumiu a liderança da
O.T.O. na América. Robert Anton Wilson, co-autor com Timothy Leary, de Neuropolitics,
em 1977, explica que "o sistema de Hubbard deriva em grande parte de Aleister Crowley
... Hubbard foi membro do Ordo Templi Orientis de Crowley na década de 1940; e Hub-
bard, mais tarde, ... inventou um sistema que parece, para quem conhece os dois, muito
semelhante ao sistema ensinado por Crowley na O.T.O."33

Hubbard foi iniciado na O.T.O. em 1944 pelo próprio Aleister Crowley. Depois
da morte de Crowley, a O.T.O. esteve sediada, por um tempo, na Igreja da Cientologia
de Hubbard. Em 1992, o The Auditor, o jornal da Cientologia, relata que existem 146
centros de Cientologia em todo o mundo, dos quais 54 nos Estados Unidos e no Canadá,
somente.34. A Time Magazine, de 6 de maio de 1991, relata "700 centros em 65 países
...."35

Esse número maior inclui filiais da Cientologia, muitas das quais são organiza-
ções. O Time lista tais organizações, juntamente com suas implicações assustadoras. A
431
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Sterling Management Systems (SMS), formada em 1983, recruta dentistas, quiropráticos,


pediatras e veterinários, garantindo aumento de renda se comparecerem a seminários e
fizerem cursos que, normalmente, custam US$ 10.000. O verdadeiro objetivo da SMS é
atrair esses profissionais para a Cientologia, a qual, por sua vez, recrutará seus pacien-
tes. Outro grupo desse tipo, a Comissão dos Cidadãos para os Direitos Humanos, está
em guerra com a psiquiatria, sua concorrente principal. A Comissão emite, normalmente,
relatórios destinados a desacreditar psiquiatras particulares e o campo em geral. Heal-
thMed, uma cadeia de clínicas administradas por Cientologistas, promove um extenuante
e excessivo sistema de saunas, exercícios e vitaminas projetadas por Hubbard para
purificar o corpo. Ela convida sindicatos e agências públicas mediante contratos. Narco-
non é uma cadeia de 33 centros de reabilitação de álcool e drogas, em doze países.
Alguns desses centros operam em prisões, sob o nome "Criminon". Ambos são veículos
clássicos para atrair viciados e vigaristas para o culto. A Associação de Empresários
Aflitos da América realiza concursos e prêmios antidrogas, com subsídios de US$ 5.000
para as escolas, como forma de recrutar estudantes e obter favores na educação de
funcionários. A Fundação Caminho para a Felicidade já distribuiu mais de 3,5 milhões de
cópias do livreto de Hubbard sobre moralidade para crianças, em milhares de escolas
públicas do país. A Escolástica Aplicada está tentando instalar um programa tutorial de
Hubbard nas escolas públicas. O grupo também planeja um campus de 1.000 acres,
onde treinará educadores para ensinar os vários métodos Hubbard.36

O título Igreja da Cientologia é um engano. Não é Cristã nem científica. Falando


a respeito da teologia de Hubbard, o Time diz: "Nos anos 60, o guru decretou que os
seres humanos são feitos de grupos de espíritos [thetans] que foram banidos para a
terra, há cerca de 75 milhões de anos atrás, por um cruel governante galáctico chamado
Xenu."37

Em 1967, a Receita Federal retirou a Igreja da Cientologia do seu status de


isenta de impostos. A União Americana das Liberdades Civis, dominada pelos Maçons, e
o Conselho Nacional de Igrejas, criado pela Maçonaria, apoiaram a posição da Cientolo-
gia estar sendo "perseguida" por anti-religiosos. O Time rebateu, confirmando que os
desertores e críticos da Cientologia são eles próprios, continuamente perseguidos por
esta chamada igreja. Por exemplo, L. Ron Hubbard ensinou sua hierarquia, de como
usar a lei contra seus inimigos. “A lei pode ser usada com muita facilidade para assedi-
ar", disse ele, “e assédio contra alguém que, de qualquer maneira esteja simplesmente
na corda bamba,... geralmente será o suficiente para causar sua diminuição profissional.
Se possível, é claro, arruiná-lo completamente."38 Outra vez, Hubbard alertou seus se-
guidores, por escrito, para "tomar cuidado com advogados que digam a você para não
processar... o objetivo do processo é assediar e desencorajar, em vez de vencer."39 O
objetivo legal da Cientologia é falir a oposição ou enterrá-la sob o papel.

432
______________________________________________________________CAPÍTULO 16

O Time diz que desertores e críticos se vêem "envolvidos em litígios, persegui-


dos por olhos particulares, enquadrados por crimes de ficção, espancados ou ameaça-
dos de morte". O Time relata, por exemplo, que dois desertores, um criminoso comum e
o outro seu hipnotizador, foram ordenados pela Igreja a serem mortos. Curiosamente, o
criminoso comum deveria apertar o gatilho. Ele foi condenado a matar o hipnotizador e,
depois, fazer um "FDC" (fim de ciclo), que é o jargão da igreja para suicídio.40

Recrutamentos da Cientologia para a O.T.O.


Em 1967, a O.T.O. na Inglaterra fundou a Igreja Processo do Julgamento Final,
logo após a ascensão do grupo de rock dos Beatles. No final dos anos sessenta e início
dos anos setenta, a Processo configurava células em várias cidades dos EUA. Maury
Terry diz que a Igreja Processo assumiu a O.T.O. nos Estados Unidos. A Igreja da Cien-
tologia foi revertida à posição da Sociedade Teosófica de Blavatsky de um século antes -
a de uma agência de recrutamento para a O.T.O. Terry disse sobre Michael Carr, que,
antes de sua violenta morte, foi um dos líderes da Igreja Processo e um classificado
Cientologista:

Se ele está aconselhando almas perdidas para a Cientologia, supostamente


ajudando-as a se descobrirem, ele certamente poderia estar trabalhando nos dois lados
da rua e arrancando alguns para o recrutamento nas coisas de Satanás. Esse movimen-
to da Cientologia é terreno fértil para prender pessoas confusas. Ele poderia escolher os
candidatos.41

A O.T.O. e a Guerra Psicológica


A contracultura, que hoje permeia toda a sociedade, forneceu e ainda fornece
recrutas para a Igreja da Cientologia, que identifica e seleciona os candidatos confusos e
viciados em drogas para a homicida O.T.O.- Igreja Processo.1 Um desses candidatos foi
encontrado em Charlie Manson, que foi recrutado pela Cientologia antes de ingressar na
Igreja Processo. Naquela época, a Igreja Processo na América era liderada por Robert
Moore (também conhecido por Robert DeGrimston), o qual, assim como Manson, antes
fora um Cientologista. Os membros da Processo adoram Satanás e Cristo, assim como o
Priorado de Sião e os Templários, nos dias medievais.

Charlie Manson ensinou a sua "família" que ele era Jesus Cristo retornado, a
fim de trazer o julgamento sobre a América através de uma guerra racial. "Helter Skelter"
era seu plano. Ele acreditava que suas instruções estavam escondidas nas letras das

433
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

músicas cantadas pelos Beatles. O que Manson ensinou à sua "família" sobre mensa-
gens ocultas no rock pode muito bem ser verdade. O próprio Aleister Crowley ensinou
essa técnica a seus iniciados - a de escrever mensagens de trás para frente como um
meio de comunicação secreta.

William Sutton, em The New Age Movement and The Illuminati 666., afirma que
Manson também era Maçom. Em apoio a isso, ele escreve que "[d]urante os julgamentos
de Tate-LaBianca - enquanto Susan Atkins testemunhava de como foi bom quando a
faca cortava Sharon Tate - Manson sutilmente dava, com as mãos, sinais Maçônicos ao
juiz."44 Sutton, não apenas liga Manson à Maçonaria, mas também à Cientologia, à Igreja
Processo, à O.T.O. e ao Movimento da Nova Era.45

Da mesma forma, Maury Terry documenta que os assassinatos de Charlie


Manson na Califórnia e os assassinatos de David Berkowitz - Filho de Sam - em Nova
York, foram ambos ordenados pela mesma organização, a O.T.O.- Igreja Processo.46
Uma das primeiras pistas de Terry para tal conexão foi o uso de termos comuns pelo
culto "Sam" de Berkowitz e pela O.TO.- Igreja Processo. Por exemplo, o termo "pastores
Alemães" foi usado por ambos como uma alusão à sua herança nazista. Ambos os as-
sassinos usavam os mesmos símbolos nazistas - HT e HH para Hitler, os raios da SS
alemã para Satanás e 666 para a marca da besta. Ambos eram Arianos brancos, anti-
Cristãos, anti-negros e anti-Semitas.47

Berkowitz, cujos assassinatos ocorreram cerca de seis anos após Manson, fre-
quentemente mencionava Manson em suas anotações. O próprio Berkowitz admitiu
ingressar na Igreja Processo, em Nova York, em 1975, apenas seis anos após a prisão
de Manson. Membros da Processo, misturando-se abertamente com facções existentes
da O.T.O., foram vistos na cidade de Nova York, até 1973. Pessoas como Berkowitz,
Manson e membros da Igreja Processo, e suas células nos Estados Unidos, compõem a
atual rede da O.T.O. Todas são sub-Masônicas e estão ligadas como parte de uma rede
clandestina de assassinatos. O culto "Sam", de acordo com Terry, está sediado perto de
Los Angeles e possui filiais em Bismarck, Minot, Houston e Nova York. Esses ramos
transportam assassinos e "firmam contratos", de um lado para outro.48

A partir das evidências apresentadas por Terry e Sutton, há documentação para


convencer o leitor de que a Ordo Templi Orientis foi levada para os Estados Unidos pelo
Maçom Inglês Aleister Crowley, com o propósito expresso de preparar a América Cristã
para a destruição, através de assassinatos em massa e em série, drogas, vida licencio-
sa, bruxaria e terror psicológico, além do caos social causado pelo mesmo. A O.T.O.
continua seu ataque à nossa sociedade até hoje. A O.T.O. é uma unidade de guerra
psicológica da Maçonaria Inglesa, voltada contra a América Cristã.

434
______________________________________________________________CAPÍTULO 16

O.T.O., Mãe da Nova Era


A adesão à O.T.O. era tão vasta que a Ordem se gabava de ter conhecimento
de todos os segredos do ocultismo dos dois lados do Canal da Mancha. Miller relata que
após Karl Kellner ter fundado a O.T.O., a organização produziu um manifesto chamado
Manifesto do 0.7:0. Sob o título "Liber III" está a prova de que todos os Maçons e ordens
ocultas não-Maçônicas estavam sob seu controle direto:

Karl Keliner reviveu a exotérica49 organização da O.T.O. e iniciou o plano, agora


felizmente completo, de trazer ‘todos os corpos ocultos novamente sob uma governan-
ça...’ A ordem é internacional e possui filiais em todos os países civilizadoa do mundo.

Em seu seio repousam os Grandes Mistérios; seu cérebro resolveu todos os


problemas da filosofia e da vida. Além disso, possui um Segredo capaz de realizar o
sonho antigo da Irmandade do Homem.50

O "segredo" que possuía, e agora está se manifestando, é o programa seguido


pelo Movimento da Nova Era. A partir deste ponto, podemos traçar o atual Movimento da
Nova Era para a Maçonaria.

Mulheres Maçons e o Movimento da Nova Era


Todas as ordens Maçônicas Européias, incluindo o Grande Oriente Francês e
muitas das sub-ordens Maçônicas Britânicas permitiram a filiação feminina. Duas das
mais renomadas mulheres Maçons foram Helena Petrovna Blavatsky e sua protegida
Annie Besant.51 Miller declarou que os nomes das mulheres membros da O.T.O. nunca
são divulgados publicamente. Supõe-se, no entanto, que Besant era uma iniciada, pois
era frequentemente vista na companhia de homens filiados à O.T.O. Miller encontrou
menção de Blavatsky na Fremasonry Universal, Volume V, parte 2, "Autumn Equinox",
1929, uma publicação da O.T.O. que declara: "O certificado Maçônico [sic] de madame
Blavatsky no Rito Primitivo e Antigo da Maçonaria foi emitido no ano de 1877."52 Esse
fato também é confirmado na Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry.53

No final do século XIX, quando a Maçonaria Inglesa estabeleceu organizações


de frente para atuar como condutoras do pensamento Maçônico, a Sociedade Teosófica
de Madame Blavatsky já estava florescendo, desde 1875. Vimos anteriormente, como
Blavatsky ficou sob a influência e os ensinamentos de Joseph Mazzini, que a encorajou a
colocar em prática suas crenças revolucionárias, lutando ao lado do Maçom Italiano

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Garibaldi. Muitos Maçons se juntaram à sua sociedade, incluindo Albert Pike. A Socieda-
de, no entanto, também estava aberta à adoração de Lúcifer por não-Maçons.54

Em 1887, um ano após a fundação da Loja de Pesquisa Quatuor Coronati, Bla-


vatsky se estabeleceu em Londres e abriu uma revista Teosófica chamada Lucifer the
Light-bringer. Em Londres, ela também publicou dois livros - Secret Doctrine e Isis Invei-
led. Annie Besant foi apresentada à Madame Blavatsky em 1889 por um socialista, o
Maçom Herbert Burrows. Besant, imediatamente sucumbiu ao irresistível magnetismo e
ao formidável poder de sugestão de Blavatsky. Depois que Blavatsky morreu, em 8 de
maio de 1891, os membros da Sociedade Teosófica lutaram pela liderança para os pró-
ximos dezesseis anos. Finalmente, em 1907, a mando do Maçom Sir Walter Besant, a
Loja Quatuor Coronati nomeou sua irmã, Annie Besant, como Presidente.

A senhorita Besant era afiliada a várias sociedades e frentes sub-Maçônicas,


tais como a Sociedade Fabiana, a O.T.O. e a Stella Matutina Maçônica de Aleister
Crowley. Ela juntou-se à Stella Matutina, depois desta ter-se descolado da Golden Dawn.
As duas ordens foram unidas novamente em 1912, sob o nome original Golden Dawn.
Naquela época, Aleister Crowley era um de seus líderes. Nesse mesmo ano, Crowley foi
iniciado na O.T.O. Em 1913, ocorreu um cisma na Sociedade Teosófica de Besant, resul-
tando na fundação, pelo Maçom do 33º grau Rudolph Steiner, da Sociedade Antroposófi-
ca, que também era Luciferiana.55 A sociedade de Steiner se tornou o primeiro elo entre
a Revolução Bolchevique e a Maçonaria.56

A tarefa Maçônica de Besant na Sociedade Teosófica era encontrar um líder


mundial. Não apenas ela deveria encontrá-lo, mas prepará-lo como o Senhor Cristo
Maitreya - e depois anunciar sua vinda. Sua primeira tentativa, em 1908, fracassou. A
segunda tentativa foi mais conhecida. Em 28 de dezembro de 1911, um menino Hindu,
de 16 anos, foi supostamente encontrado para ser possuído pelo espírito de Krishna e de
Cristo. Em 1926, a Sociedade o apresentou como Krishnamurti, o "Instrutor do Mundo".
O Maçom do 33º grau C. W. Leadbeater, um autor Maçônico da virada do século, foi
selecionado para treinar Krishnamurti como o Messias.57

Na década de 1920, quando Annie Besant estava apresentando ao mundo o


Cristo Senhor Maitreya, no corpo de Krishnamurti, havia um consumo pesado de drogas
em sua tenda de reuniões. O Londrino Patriot, de 29 de agosto de 1929, relatou que
"este medicamento, de acordo com alguns ocultistas, [era] um dos mais poderosos para
'libertar o espírito do corpo."'58

A segunda tentativa de Besant, no entanto, também falhou quando, em 1929,


Krishnamurti se tornou entediado com o esquema e se aposentou.59 Naquela época, a

436
______________________________________________________________CAPÍTULO 16

estrela de Hitler estava em ascensão, e os adeptos da Nova Era estavam olhando para
ele como seu redentor.60

Financiando o Movimento Nova Era: A Lucis Trust


Outra seguidora de Madame Blavatsky e membro da Sociedade Teosófica foi
Alice Bailey. Bailey, uma autoproclamada bruxa cujo marido era Maçom, fundou, em
1922, a Editora Lucifer, de Nova York, cujo nome, desde então, foi alterado para Lucis, a
fim de disfarçar suas origens e identidade reais. (Lucis é a palavra latina para Lucifer) A
Editora Lucifer publicou o primeiro livro de Bailey, Initiation Humam and Solar.61 Posteri-
ormente, publicou Externalization of the Hierarchy, no qual reivindicou que a hierarquia
na Maçonaria fora responsável pelo Movimento da Nova Era. Ela disse que o "trabalho
de destruição" [desestabilização social] começou no ano de 1775.62

Bailey, provavelmente estava se referindo aos Illuminati. Setenta anos depois,


Albert Pike reviveu a conspiração no Paladiano. Na virada do século, a hierarquia tornou-
se domiciliada na O.T.O. Hoje, a hierarquia reside na Editora Lucis, de Bailey. Em 1982,
a Editora Lucis estava sediada no 866 United Nations Plaza, Suite 566/7, Nova York, NY
10017-1888. Desde então, mudou-se para outro local em Nova York. À sua frente, em
1982, estava o Maçom Robert S. McNamara, secretário de Defesa de Kennedy e ex-
presidente do Banco Mundial. Hoje, McNamara se reúne regularmente com o Movimento
Federalista Mundial para ler Blavatsky e Besant. Ele é conhecido por tomar banho sob os
raios da lua em uma meia-noite clara.63

Alguns outros membros proeminentes da Editora Lucis são David Rockefeller,


importante acionista do Chase Manhattan Bank e da Exxon; seu irmão, John D.
Rockefeller IV; um Budista declarado; Cyrus Vance, Secretário de Estado sob Jimmy
Carter; o Rabino Marc Tannebaum, chefe do Comitê Judaico Americano; a família Mars-
hall Field: o Bispo Anglicano Paul Moore, fundador de uma escola de bruxaria na Igreja
Anglicana de São João o Divino, Nova York; Walter Cronkite, âncora aposentado da CBS
News; Ted Turner, proprietário da Cable News Network, que promove a Igreja da Ciento-
logia na sua rede; e Barbara Marx Hubbard, uma oradora proeminente do Movimento da
Nova Era e companheira de chapa do candidato presidencial Walter Mondale. Por último,
mas não menos importante, está o Maçom Henry Clausen, 33º grau, ex-Supremo Gran-
de Comandante do Supremo Conselho, Jurisdição Sul da Maçonaria do Rito Escocês.64

A Editora Lucis também aceita associações corporativas. Entre elas estão as organi-
zações de prestígio: a Fundação Rockefeller, o Fundo de Doações Carnegie, a Associa-
ção das Nações Unidas, a Ordem de Serviço Teosófica, a Fundação Findhorn, a Green-

437
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

peace EUA, a Greenpeace Reino Unido, a Anistia Internacional, e a Jurisdição Sul da


Maçonaria do Rito Escocês.65

Sob a administração de McNamara, a Editora Lucis pagou por um anúncio de


página inteira, promovendo a Nova Era na Reader's Digest, outubro de 1982, página
203. Em dezembro de 1991, a Reader's Digest exibiu novamente o anúncio na página
201. Escrito de forma enganosa para atrair todos as religiões, os anúncios contêm a
oração da Nova Era para trazer o Senhor Maitreya, o Cristo da Nova Era.

Com essa riqueza corporativa e individual à sua disposição, o Movimento da


Nova Era pode facilmente comprar publicidade multimilionária em todo o país. A Editora
Lucis tem, sem dúvida, substituido os Illuminati de Weishaupt, os Paladianos de Pike e a
O.T.O. de Kellner. Sua posição e finalidade dominantes são idênticas às dessas três
organizações. A Editora Lucis patrocinou muitos programas Maçônicos, como o agora
extinto programa de entrevistas na televisão "Faith Focus" de Dallas, Texas. Durante o
período em que o Faith Focus esteve no ar (1982-1985), a publicidade nas interrupções
do programa era idêntica ao anúncio do Reader's Digest - a oração para trazer o Senhor
Maitreya.

O anfitrião do "Faith Focus" era o Rev. Maçom Walker Railey, um ministro Me-
todista. Em 1987, a cidade de Dallas ficou chocada, quando Railey foi considerado sus-
peito de estrangular sua esposa. Finalmente, em setembro de 1992, ele foi preso e agora
aguarda julgamento.

Em 1987, enquanto Railey preparava seu álibi, ele admitiu em uma gravação
ter sido atacado por demônios, uma ocorrência não incomum entre aqueles que se en-
volvem com o ocultismo.66 Alice Bailey ficaria orgulhosa desse "purificador da terra".

Em referência à Editora Lucis, Bailey declara, em Externalization of the Hierar-


chy, que a Maçonaria "atenderá à necessidade daqueles que podem e devem exercer
poder". Ela nos informa, ainda, que a Maçonaria é a "sede da iniciação" e "sob o Olho
Que Tudo Vê o Trabalho pode avançar".67

Os vários sacerdotes e gurus da Nova Era continuam anunciando a chegada do


professor do mundo e proclamam as doutrinas Luciferianas do movimento. Entre eles,
Benjamin Creme, um guru da Nova Era, escreve na Share International que "a Maçona-
ria, como um dos Caminhos para a Iniciação, estará aberto a todos os homens e mulhe-
res que se encaixam para a entrada na Nova Era." Hoje, Creme é o portador da tocha do
Movimento da Nova Era Maçônico para o surgimento de "Maitreya, o Cristo". Aparente-
mente, o Movimento encontrou outro corpo para o seu "Mestre do Mundo" possuir.

438
______________________________________________________________CAPÍTULO 16

Outro líder da Nova Era, David Spangler, é autor de Reflection on the Christ.
Neste livro, ele também proclama a Doutrina Luciferiana Maçônica:

Quando o homem entrou no caminho do eu, ele entrou em uma grande aventu-
ra criativa... a de aprender o significado da divindade, aceitando para si a responsabilida-
de de um mundo microcósmico para o qual ele é o deus .... O ser que ajuda o homem a
chegar a esse ponto é Lúcifer... o anjo da evolução do homem... o espírito de luz no
mundo microcósmico.69

Spangler continua a blasfemar, afirmando que "Cristo é a mesma força que Lú-
cifer". Finalmente ele diz:

Lúcifer prepara o homem para a experiência do Batismo ... [ele é] o grande Ini-
ciador .... Lúcifer trabalha dentro de cada um de nós, para nos levar à totalidade, e como
nos move para dentro de uma Nova Era... cada um de nós, de alguma forma, é trazido
para esse ponto, o qual eu denomino a ‘Iniciação Luciferiana’... que muitas pessoas
agora, e nos próximos dias, estarão enfrentando, pois é uma iniciação à nova era.70

Finalmente, o Maçom Manly P. Hall, 33º grau, um dos primeiros oradores da


Nova Era na América, informou o mundo oculto do poder do Maçom da Loja Azul. Em
The Lost Keys of Freemasonry, Manly escreveu: "As energias ferventes de Lúcifer estão
em suas mãos..."71

As frentes da Nova Era da Maçonaria expandiram-se com tal magnitude, que


existem, agora, mais de 10.000 afiliados somente nos Estados Unidos,72 todos controla-
dos, direta ou indiretamente, pela Maçonaria. Já em 1930, Stoddard explicou o objetivo
Maçônico por trás dessas frentes da Nova Era:

Secretamente, aqui e ali, indivíduos são preparados; estes, novamente, formam


grupos ou centros, dos quais as influências se espalham até formar uma verdadeira rede
magnética, cobrindo o mundo inteiro. Como os raios de um sol oculto, esses grupos são
aparentemente divergentes e desapegados, mas, na realidade, todos surgem do mesmo
corpo central. Estudando todos esses diferentes grupos e movimentos, o sistema é visto
como uma disseminação insidiosa e secreta de idéias, orientando e criando a visão
requerida de vida, etc., eventualmente quebrando todas as barreiras de família, religião,
moralidade, nacionalidade e todo pensamento auto-iniciado, sempre sob o manto de uma
religião nova e mais moderna, novo pensamento, nova moralidade, um novo céu e uma
nova terra; até que evolua para um robô gigantesco, meramente respondendo à vontade
e comandos de uma Mente-Mestre secreta.73

439
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A "Mente Mestra" secreta que controla a Maçonaria hoje é, claro, Satanás,


através da Lucis Mist. Em sua hierarquia, são membros do Supremo Conselho do 33º
grau. O Rev. Jim Shaw, um ex-Maçom do 33º grau, conta como o Supremo Conselho
controla esta rede de frentes ocultas: "Todo membro do Supremo Conselho do 33º grau,
possui um certificado que lhe permite presidir a entrada em todos os órgãos ocultos no
mundo."74 Esses altos Maçons são intitulados" Soberanos Grandes Inspetores Gerais".
Eles entram e saem, silenciosamente, de milhares de sociedades de fachada para "ins-
pecioná-las", assegurando que o objetivo da Maçonaria de estabelecer um governo
mundial, governado por seu próprio cristo falso criado, esteja no caminho certo.

A Maçonaria tinha um Inspetor Geral à mão durante a Conferência da Universi-


dade da Paz da Nova Era das Nações Unidas, realizada na Ilha de Malta, de 2 a 7 de
março de 1985. O tema da conferência foi "Espírito de Paz". O Inspetor-Geral foi o prín-
cipe Bernhardt, 33º grau, da Holanda, um dos Maçons mais poderosos do mundo. Ber-
nhardt é conhecido por pesquisadores de conspiração como o fundador dos Bildeber-
gers, precursor da Comissão Trilateral.

Marilyn Fergusson, autora de The Aquarian Conspiracy, também esteve pre-


sente. O décimo quarto Dalai Lama do Tibete, "Sua Santidade" Tenzin Gyatso, estava lá.
Coretta Scott King, esposa do falecido Martin Luther King e uma das principais defenso-
ras da paz mundial foi registrada como convidada. Robert Muller, secretário-geral adjunto
da ONU e membro do Conselho de Cidadãos Planetários, esteve na conferência. Muller,
em 1982, disse: "A pessoa Humana e a cidadania planetária devem ter prioridade abso-
luta sobre a cidadania nacional". O Maçom Desmond Tutu, Vencedor do Prêmio Nobel
da Paz, em 1984, também estava conversando com a elite oculta de Malta.75

Tutu é o Bispo Anglicano da África do Sul. Ele foi deliberadamente elevado à


sua posição na Igreja Anglicana em Londres, para que pudesse estar pronto e no lugar
para fomentar a revolução, enquanto se esconde atrás de suas vestes clericais. "Isso
não deveria surpreender nossos leitores", escreve o editor da World Economic Review,
"uma vez que é um fato bem conhecido que a liderança da Igreja Anglicana na Inglaterra
está cheia de Maçons do 33º grau. Assim, podemos dizer, agora, que NÃO foi o povo da
Igreja Anglicana que deu a Tutu sua posição, mas foi a hierarquia cheia de Maçons den-
tro da Igreja Anglicana que fez isso.”76

Um ramo da Igreja Anglicana na América é a Igreja Episcopal. Também é con-


trolada pela Maçonaria Inglesa. A World Economic Review relata que um membro de
confiança da Editora Lucis, o Bispo Paul Moore, da Igreja Episcopal de São João O
Divino, na cidade de New York, "administra várias escolas de bruxaria em Long Island,
sendo a mais notável a escola Foxfire. Moore é controlado pela ultra-secreta Loja Quatu-

440
______________________________________________________________CAPÍTULO 16

or Coronati Maçônica de Londres, que sempre teve como "Membro dos Quarenta" o
chefe da Igreja Anglicana."77

O Grande "Desaparecimento" na América


Quão bem-sucedida tem sido a Maçonaria em promover sua filosofia da Nova
Era nos Estados Unidos? A resposta é dada na Omega-Letter, que chama o Movimento
da Nova Era Mova como o sistema de crenças religiosas que mais cresce nos Estados
Unidos, hoje. O Omega-Letter cita um artigo de uma pesquisa recente da revista Ameri-
can Health, o qual revelou que 69% dos Americanos afirmam acreditar no todo ou em
parte dos ensinamentos centrais do Movimento da Nova Era.78

É claro que as Escrituras profetizam essa apostasia. O apóstolo Paulo escreveu


em II Tessalonicenses 2:1 a 3: "Ora, suplicamo-vos, irmãos, com respeito à vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo e nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente da
vossa mente, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por carta,
como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém vos engane de manei-
ra alguma, pois aquele dia não virá sem que primeiro venha a apostasia...”

A palavra grega apostasia significa "cair fora". A Strong's Concordance a define


como uma "deserção da verdade".79 Cristo não retornará até depois de haver uma "de-
serção da verdade".

Você, Irmão Cristão que está na Maçonaria, você está em comunhão com uma
ordem que tem causado a grande "apostasia". E, de acordo com as Escrituras, Jesus
Cristo retornará em breve, logo após essa apostasia. Antes de Seu retorno, Ele está
chamando você para sair da Maçonaria. Ouça a Sua voz ecoando, em Apocalipse 18:4:
"Sai dela, povo meu, para que não sejais participantes de seus pecados, e para que não
recebam suas pragas”.

441
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

442
Capítulo 17

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL MAÇÔNICA

O conflito atual [Primeira Guerra Mundial] é a continuação do que começou em


1789, e um desses dois princípios [monarquismo ou republicanismo] deve triunfar ou
morrer. A própria vida do mundo está em jogo. Pode a humanidade viver em liberdade;
ela é digna disso? Ou está destinada a viver em escravidão? Esta é a questão vital na
presente catástrofe ... "

Supremo Conselho do Grande Oriente, Paris, 9 de dezembro de 1917

Um Esquema Suspeito
Albert Pike escreveu a Giuseppe Mazzini, em 15 de agosto de 1871, pedindo a
guerra mundial para forçar todos os governos a se submeterem a uma República Maçô-
nica mundial. Catalogado, e à mostra na Biblioteca do Museu Britânico, em Londres, a
carta diz em parte:

Vamos libertar os Niilistas e Ateistas e provocar um formidável cataclisma social


que, com todo o seu horror, mostrará claramente às nações o efeito do ateísmo absoluto,
a origem da selvageria e do tumulto mais sangrento. Então, em todos os lugares, os
cidadãos, forçados a se defender contra a minoria mundial de revolucionários, extermina-
rão os destruidores da civilização, e a multidão, desiludida com o Cristianismo... ansiosa
por um ideal, mas sem conhecimento para onde prestar sua adoração, receberá a pura
luz... de Lúcifer, trazida finalmente para fora, à vista do público, uma manifestação que
resultará de uma reação, um movimento reacionário geral, do qual se seguirá a destrui-
ção do Cristianismo e do ateísmo, ambos conquistados e exterminados ao mesmo tem-
po.2

Um apêndice a esta carta apareceu no Museu em 1949, alegando como Pike


pretendia amolecer o mundo, não por uma guerra mundial, mas por três. De acordo com
esse último documento, a primeira guerra permitiria ao Comunismo destruir a Rússia
Czarista e estabelecer o ateísmo militante em seu lugar. A segunda guerra suscitaria a
ascensão do Fascismo para colocar a Grã-Bretanha contra a Alemanha, após o qual a
Rússia Comunista estaria em posição para destruir outros governos e suas religiões. A

443
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

terceira guerra começaria exacerbando o conflito entre o Judaísmo e o mundo Muçulma-


no. Esta seria a guerra mundial final e traria o completo caos social, político e econômico.
Das cinzas, surgiria uma ditadura Maçônica universal.

Segundo Salem Kirban, em Satan's Angels Exposed, o projeto das três guerras
mundiais de Pike desapareceu misteriosamente de exibição no Museu Britânico, enquan-
to sua carta permanece catalogada. Kirban diz: "É bem possível que esse esquema dos
Illuminati para as três Guerras Mundiais sejam invenções mais recentes, pré-datadas
para dar autenticidade para aqueles que procuram culpar o pecado e o sofrimento do
mundo de hoje em alguns poucos segredos."3

A análise de Kirban provavelmente está correta, dado que os dois bits de infor-
mação encontrados no apêndice não poderiam ter sido previstos por Pike, em 1871.
Primeiro, o suposto plano pedia a exploração do Fascismo, um termo que não foi cunha-
do até 1921. Segundo, Pike mencionou capitalizar o conflito entre Judeus e Árabes, uma
controvérsia inexistente em sua época. Só depois da Declaração de Balfour de 1917, que
garantia aos Judeus uma pátria Britânica na Palestina, esse conflito moderno surgiu.

Muitos historiadores revisionistas, sem entender o conflito entre os dois poderes


Maçônicos, consideraram a teoria das três guerras mundiais uma única conspiração.
Eles argumentam que Pike e seus sucessores planejaram os eventos que levaram às
duas guerras mundiais, e que esse círculo verá seu programa até a terceira. Isto é ver-
dade, como veremos, que as Maçonarias Francesa e Inglesa (nessa ordem) causaram
as duas guerras mundiais, mas o argumento de que esses eventos foram planejados em
1871 é incrível. Como Salem Kirban sugere, esses "esquemas para três guerras mundi-
ais são invenções mais recentes, pós-datadas para dar autenticidade".

Portanto, o suposto apêndice de 1871 à carta de Pike é suspeito, especialmen-


te porque foi colocado no Museu Britânico em 1949, depois do término das duas guerras
mundiais. Um falsificador do pós-Segunda Guerra Mundial de uma assim chamada
conspiração pré-planejada da Terceira Guerra Mundial, certamente poderia lucrar com
este conflito Árabe-Israelense, um conflito inexistente nos dias de Pike. E nessa data
tardia, era fácil prever a causa de uma terceira guerra mundial por qualquer pessoa que
tivesse conhecimento do Armagedom bíblico, que, de acordo com Apocalipse 16:16-21
será, de fato, a batalha final - uma enorme matança na terra da Palestina envolvendo
todas as nações do mundo.

A carta de Pike, no entanto, não está em questão. Usando a terminologia de


seus dias, Pike previu, de fato, uma guerra mundial, se não um conflito menor, algo como
a Revolução Bolchevique.

444
______________________________________________________________CAPÍTULO 17

Contemplar uma guerra mundial não ficaria abaixo de Pike, dada a sua nature-
za por sede de sangue, como quando encorajou os Índios sob seu comando a escalpela-
rem soldados da União, durante a nossa Guerra Civil. Nem a guerra mundial estaria sob
seu camarada do Grande Oriente, Joseph Mazzini, que fundou a Máfia. Ambos eram
Templários do Rito Escocês. O Templarismo nasceu em sangue, tendo provado sua
natureza bárbara durante o período da Revolução Francesa.
.
Pike e Mazzini haviam raciocinado que a guerra mundial era necessária para
superar o tedioso processo de revolução nação por nação, um processo que se tornava
progressivamente difícil. Desde a quase catástrofe causada pelas Guerras Napoleônicas,
os monarcas Europeus haviam se tornado agressivos em sua preparação militar. Portan-
to, um conflito era necessário para quebrar sua força. Essa guerra, não apenas desgas-
taria sua máquina militar, mas as intrigas Maçônicas não poderiam ser contestadas em
casa, já que os exércitos estariam preocupados com o lado de fora de suas fronteiras.

Conspirando com Pike e Mazzini, estava o Maçom do 33º grau do Grande Ori-
ente, Otto von Bismarck. (Palmerston, um co-conspirador, morrera em 1865). O esquema
deles era envolver a Europa em uma teia de "tratados de paz" que, na realidade, coloca-
riam as monarquias contra as repúblicas. Uma simples crise, mas estrategicamente
localizada, ativaria os tratados que resultariam em um conflito global.

A Reformulação de um Plano
Após o Congresso de Viena em 1815, a Áustria se tornou a mais poderosa na-
ção no Continente. Embora Viena fosse a sede da Maçonaria Inglesa na Europa, a Ir-
mandade Britânica tinha pouca ou nenhuma influência no governo da Áustria. Mais signi-
ficativa para Londres foi a aliança entre a Áustria e a Rússia, que ameaçava os interes-
ses Britânicos. A Rússia invejou a rica produção de ópio da Grã-Bretanha na Índia colo-
nial. A aliança com a Áustria concedeu ao Urso Russo uma vantagem militar. A preocu-
pação Inglesa se voltou para a animosidade, depois para o temor, em meados do século
XIX.4 Lord Palmerston, Grão-Mestre da Irmandade Britânica, recebeu a tarefa de provo-
car uma brecha nessa aliança. Dillon descreve brevemente o plano de Palmerston:

O plano de Palmerston - ou o plano do mortal [Supremo] Conselho que conspi-


rava sob ele - era separar os dois grandes impérios conservadores da Rússia e da Áus-
tria, enquanto, ao mesmo tempo, causava um golpe mortal em ambos. Foi fácil para
Palmerston fazer com que a Inglaterra visse a utilidade de enfraquecer a Rússia, que
ameaçava suas possessões Indianas.

445
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A França poderia ser convidada a participar da briga, por seu governante [Na-
poleão III], e pela poderosa influência Maçônica sob seu comando: Portanto, a campanha
Russa de 1852 [Guerra da Criméia]... Palmerston conseguiu com a Áustria, que se reti-
rou de sua aliança com a Rússia.5

O sucesso de Palmerston precipitou alguns imprevistos. Com a Áustria enfra-


quecida, Napoleão III conseguiu libertar a Itália do frágil exército de ocupação da Áustria.
A retirada das tropas Austríacas, em 1852, deu a Mazzini a oportunidade de avançar
com sua revolução.

Enquanto isso, o rei Victor Emmanuel II da Casa de Sabóia, rei da região norte
da Itália da Sardenha-Piemonte, de 1849 a 1861, tomou a importante decisão de, em
1852, entregar seu governo ao capaz e determinado Conde Cavour.

Cavour, um Maçom da Grande Loja, se opôs ao republicanismo do Grande Ori-


ente de Mazzini, e ainda foi capaz de chegar a um acordo com o mesmo para unir a Itália
sob uma monarquia constitucional de Savoy.6 Em conformidade com o acordo, Mazzini,
em 1860, instruiu o Maçom do Rito Escocês, o General Garibaldi, para se mover contra a
Sicília e Nápoles, a fim de expulsar os Bourbons. Cavour garantiu o sucesso de Garibaldi
com o ouro Piemontês, que comprou os principais funcionários do rei de Nápoles. O sul
da Itália logo caiu frente a Garibaldi.

Em 1861, Cavour morreu. Imediatamente, os rebeldes de Mazzini, financiados


pela inteligência Britânica através das conexões Maçônicas de Palmerston, forçaram a
abdicação do rei Victor Emmanuel II de seu trono, na região norte da Itália de Sardenha-
Piemonte.

Mazzini, então, estabeleceu a República da Itália no Piemonte. Para combater


Mazzini, o Rei Victor Emmanuel II estabeleceu o Reino da Itália em Turim, em 17 de
março de 1861, e iniciou uma campanha para recuperar Roma, tendo conseguido êxito
em 20 de setembro de 1870.

Com Roma nas mãos de Sabóia, a revolução de Mazzini desmoronou. Ele co-
meçou a pensar na guerra mundial. Seu co-conspirador e camarada de armas, Lord
Palmerston, havia morrido em 1865. Mazzini olhou para a Alemanha, onde, em 1862, o
Maçom Otto von Bismarck (1815-1898) tornara-se Primeiro-Ministro. Em 1870, Bismarck
era o herói da Europa, tendo derrotado Napoleão na guerra Franco-Alemã. Em 1871, ele
foi nomeado Chanceler Imperial de uma Alemanha unida, com a tendência criada por
Prince. Mazzini, louco e quase morto, entrou em contato com Pike para ajudar a planejar
uma guerra mundial que destronaria todos os monarcas Europeus de uma só vez. Maz-
zini queria Bismarck incluído na trama, que era um gênio diplomático.

446
______________________________________________________________CAPÍTULO 17

A tarefa do Chanceler seria dividir a Europa em dois lados de uma guerra, atra-
vés de uma teia dos chamados tratados de "paz". Em 1872, Mazzini morreu. Adriano
Lemmi tornou-se chefe da Máfia Maçônica Italiana.7

O Pacificador Bismarck
Se a Maçonaria em geral, ou em particular os Maçons individualmente, planeja-
ram a Primeira Guerra, não tem importância. O que está claro é que a liderança Maçôni-
ca dividiu a Europa em dois campos de guerra, desencadeando a Primeira Guerra Mun-
dial. O Maçom Bismarck foi o maior responsável. Segundo Miller e Webster, Bismarck
estava em constante comunicação com Mazzini e Lemmi. Como Luciferianos, todos os
três odiavam o ateísmo dos iniciados de baixo grau do Grande Oriente Templário, mas
continuaram a conspiração nessas Lojas nos respectivos países para seus próprios fins.8
Incluindo Pike e Palmerston, que eram Maçons do Rito Escocês, todos os cinco homens
estavam no campo dos Templários.

Nesta Webster afirma que Bismarck se cercou de Maçons e membros de outras


sociedades secretas, que o ajudaram em sua tarefa de "pacificador"9. Após a morte de
Palmerston, o novo primeiro ministro, o Maçom Benjamin Disraeli, trouxe a Casa Britâni-
ca de Rothschild (cujos membros eram todos homens da hierarquia da Maçonaria Ingle-
sa) para dentro da trama. Este movimento tem causado, para alguns historiadores revisi-
onistas, a errônea implicação de que os Rothschilds eram o verdadeiro poder por trás do
esquema.10 Uma história diferente, no entanto, é contada pelo Dr. Carroll Quigley, um
historiador que favoreceu a conspiração Maçônica.

O Dr. Quigley (1911-1977) era um antigo Professor de História na Escola de


Serviço de Relações Exteriores na Universidade de Georgetown.11 Por vinte anos, Qui-
gley pesquisou uma porção da conspiração Maçônica alojada no Conselho de Relações
Exteriores (CFR), alegando que ele "teve permissão por dois anos, no início dos anos 60,
para examinar seus documentos e registros secretos".12 Quigley compilou suas desco-
bertas em um tedioso livro de 1.348 páginas, Tragedy and Hope, o qual foi suprimido
após sua primeira impressão.13 De acordo com Cleon Skousen (agente do FBI por de-
zesseis anos e autor de The Naked Capitalist, um resumo de Tragedy and Hope), Dr.
Quigley era a favor da conspiração. "Durante todo o seu livro", escreveu Skousen, o “Dr.
Quigley nos garante que podemos confiar nesses homens benevolentes e bem-
intencionados que operam secretamente nos bastidores. ELES são a esperança do
mundo. Todos os que resistem a eles representam a tragédia. Daí, o título de seu livro".14

Tragedy and Hope, com o subtítulo A History of THE WORLD in Our Time, tra-
ça a diplomacia de Bismarck, de 1871 a 1890, que terminou em um tratado chamado A
447
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Tríplice Aliança. Os signatários do tratado foram Alemanha, Áustria e Itália, chamadas


coletivamente de Poderes Centrais. Segundo Quigley, Bismarck, então, foi trabalhar para
construir uma aliança dos estados opostos. Antes de sua morte, o palco estava prepara-
do para que Grã-Bretanha, Rússia e França, chamadas coletivamente de Potências
Aliadas, assinassem um tratado de aliança. Em 1907, a Tratado Triplo foi ratificado e as
linhas de batalha traçadas. A crise fabricada, e estrategicamente localizada, desencade-
aria a guerra mundial.

Socialismo, Democracia e Monarquia


Por que a Maçonaria Sionista Inglesa, uma Irmandade formada para proteger a
nobreza Britânica e Européia, permitiria à Grã-Bretanha travar uma guerra entre seus
próprios reis dos Poderes Centrais?

Para responder a essa pergunta, devemos examinar as decisões complexas


enfrentadas pela aristocracia Maçônica Britânica durante o meio século que antecedeu a
Primeira Guerra Mundial. Os historiadores disseram que a única causa da guerra foi uma
batalha econômica entre a Grã-Bretanha e a Alemanha. Stephen Knight, jornalista Britâ-
nico, apresenta outro ponto de vista: "Por uma série de razões, a Inglaterra estava em
tumulto, a revolução parecia apenas um passo à frente e a monarquia já era impopu-
lar".16

A rainha Victoria, que reinou na Inglaterra de 1837 a 1901, não era muito queri-
da. Nos anos anteriores, ela fora rejeitada por seus súditos, e sete tentativas foram feitas
contra sua vida. Na Irlanda, levantes eram acompanhados pelas demandas por um Re-
gimento Interno. O Catolicismo estava fazendo fortes incursões na sociedade, e o repu-
blicanismo socialista estava batendo à porta. Victoria teve problemas políticos.

Além disso, seu herdeiro aparente, Albert Edward, príncipe de Gales, a quem
ela apelidara de Bertie, era desprezado por sua odiosa reputação. Toda pessoa inteligen-
te na terra, sim, em todo o mundo, conhecia sua devassidão.

Era costume o príncipe de Gales fazer parte da Maçonaria Inglesa. Em 28 de


abril de 1875, Albert Edward (Bertie) foi instalado como Grão-Mestre. Ele não fez, no
entanto, por defender as virtudes reais exigidas a ele pela sociedade, e isso refletiu ne-
gativamente na Maçonaria. Ele era uma vergonha para a Irmandade e para a Coroa. O
único propósito dele na vida parecia ser a busca de prazer. Em Clarence, uma biografia
de Eddy (o filho de Bertie), Michael Harrison escreve sobre Bertie:

448
______________________________________________________________CAPÍTULO 17

‘Era uma prática indiscreta do Príncipe de Gales fazer chamadas sociais para
jovens mulheres casadas e passar um tempo considerável com elas a sós, após o lacaio
ser instruído a não perturbar o ‘tête-à-tête’. O que fazia a indiscrição ser ainda mais
notável, era o fato que Sua Alteza Real negligenciava cultivar a amizade dos maridos das
mulheres - ou mesmo expressar um desejo de conhecê-los.17

Bertie não era apenas uma desgraça para a rainha Victoria e um fardo para sua
autoridade, mas as pressões políticas durante seu reinado foram ainda mais intensas. O
Grande Oriente Templário havia penetrado na sociedade Britânica, com doutrinas socia-
listas e comunistas. A infiltração começou em 1849, quando o Maçom do Grande Orien-
te, Karl Marx, se estabeleceu em Londres, vivendo e escrevendo lá até sua morte, em
1883. Posteriormente, sua filha Eleanor e o mentor de Marx, Friedrich Engels, expandi-
ram e propagaram seu trabalho. Consequentemente, durante os últimos trinta anos do
reinado de Victoria, a maré do socialismo começou a se espalhar através da Inglaterra.

Em 1885, o socialismo recebeu um impulso, com a publicação do segundo vo-


lume de Capital de Marx. Em 1886, dez por cento da população trabalhadora na Inglater-
ra estava desempregada e, no dia 8 de fevereiro daquele ano, depois de ouvir os discur-
sos inflamados dos socialistas, multidões furiosas se revoltaram, agitando suas bandei-
ras vermelhas comunistas.18

A imprensa começou a discutir seriamente a possibilidade de um levante da


classe trabalhadora. Em 13 de novembro de 1887, aconteceu o que é conhecido na
história como o Domingo Sangrento. Quase cem mil desempregados convergiram para a
Trafalgar Square de todos os lados. Entre eles estavam Eleanor Marx e membros da
socialista Sociedade Fabiana, incluindo o Maçom e Marxista George Bernard Shaw, a
brilhante oradora e Maçom Annie Besant, e o artista e poeta William Morris, que declara-
rou ele próprio ser um socialista e revolucionário. O infeliz confronto causou irreparáveis
danos às relações entre polícia e público, alimentando os fogos, não apenas do socialis-
mo, mas também da anarquia.19

O príncipe Edward não ignorava a revolta política em seu país. Ele estava cien-
te de que a maior ameaça à ordem estabelecida e, portanto, à Maçonaria Inglesa, eram
os trabalhadores. No entanto, ele constantemente alienou o trabalhador por seu compor-
tamento anti-social. Consequentemente, os ressentimentos talvez normais sentidos por
ele com relação a esses assuntos, se transformaram em ódio amargo quando os Comu-
nistas do Grande Oriente instigaram os sentimentos da classe trabalhadora.20

Knight nos informa do estresse dos ressentimentos políticos da classe traba-


lhadora colocado na Maçonaria Inglesa: "À medida que os anos passavam e a situação
política na Inglaterra tornava-se mais perigosa para a ordem estabelecida, há evidências

449
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

para mostrar que os irmãos Maçônicos estavam ficando profundamente preocupados...


"21

Para preservar sua herança e salvar sua amada Irmandade de um golpe das
Lojas do Grande Oriente do trabalhadore, a Maçonaria aristocrática Inglesa fez planos
para reexercer o controle sobre a monarquia. Em 1881, o príncipe Edward recebeu uma
carta anônima da Grande Loja Britânica, repreendendo-o por sua devassidão, e avisan-
do-o das conseqüências para a Grã-Bretanha, caso ele não se arrependesse. Segue
uma parte dessa longa carta:

Você se juntou aos Maçons no momento certo, pois, na verdade, a Maçonaria


está prestes a ser mais poderosa que a Realeza .... Na Inglaterra, mesmo nesta hora,
estamos - se os órgãos do sangue e da cultura falam verdadeiramente - muito perto do
esquecimento do uso de uma Rainha... 22

Knight continua: "Os escritores anônimos passaram a chamar a atenção do fu-


turo rei para as famílias reais da Europa tão recentemente destronadas, e avisá-lo para
evitar destino semelhante. Ao longo da carta, envolto no disfarce transparente de um
jorrar de cordialidade, um sentimento vem claramente: o príncipe de Gales deveria ces-
sar sua vida dissoluta ou o trono iria cair, e isso representaria uma ameaça para os Ma-
çons que não poderia ser apoiada"[ênfase no original].23

Bertie não deu atenção ao aviso de seus irmãos Maçons. Por isso, quando ele
visitou Cork com sua esposa, a princesa Alexandra, em 1885, a multidão assobiou e
vaiou o casal real, atirando-lhes cebolas. Em 1888, o nome do príncipe de Gales estava
tão insultado que até seu próprio sobrinho, o Kaiser Alemão, ameaçou cancelar uma
visita à Áustria, a menos que o Príncipe, que estava em Viena, primeiro tivesse partido.
Então, em 1898, apenas três anos antes dele subir ao trono como rei Eduardo VII, Bertie
foi vaiado e caricaturado sem piedade, durante uma visita a Paris.24

A classe trabalhadora, sem respeito pelo Trono, estava pronta para derrubar a
ordem existente e substitui-la pelo comunismo. A Maçonaria Inglesa não teve escolha,
senão anular a Monarquia. Ao fazê-lo, apaziguou a classe trabalhadora com o socialis-
mo.

A Maçonaria Inglesa já havia aceitado o socialismo como um compromisso no


Congresso Maçônico de 1889, realizado em Paris e, desde então, estabeleceu "institu-
tos" socialistas como meios políticos para o pensamento Maçônico. O duplo problema
enfrentado pela Irmandade aristocrática era como controlar o socialismo de estado em
uma sociedade capitalista e, ao mesmo tempo, preservar a monarquia Protestante. Os
"institutos" entraram em sessão e, rapidamente, propuseram uma solução simples para o

450
______________________________________________________________CAPÍTULO 17

primeiro problema: A Maçonaria já controlava negócios e finanças, o que, em certo senti-


do, poderia ser denominado como "socialismo corporativo"; o socialismo estatal poderia
fazer negócios com o socialismo corporativo, desde que a Irmandade dominasse a políti-
ca, o que ela fez.25

A segunda tarefa, de preservar a monarquia Protestante, foi realizada através


de um pouco de movimento Maçônico. O Protetor do Trono forçou a Coroa Britânica a
submeter-se a uma democracia socialista, mas permitiu-lhe manter sua posição como
figura real de proa. A Monarquia realmente não teve escolha.

Posteriormente, a Grã-Bretanha como nação seguiu o caminho das democraci-


as socialistas do Grande Oriente no Continente, com uma exceção - os aristocratas
Maçônicos Ingleses, enquanto permaneciam leais à Monarquia, controlavam as novas
políticas sociais. A Grã-Bretanha foi incluída nas Potências Aliadas Democratas, e lutou
contra os Poderes Centrais Monárquicos da Europa, durante a Primeira Guerra Mundial.
Quanto à monarquia na Rússia, também incluída nas Potências Aliadas, a Maçonaria
Francesa há muito tempo esteve trabalhando para republicanizar essa grande nação,
planejando derrubar sua monarquia antes do conflito global que estava programado para
começar. (O capítulo 19 discute essa intriga Maçônica.)

Nessa luta secular entre as duas Maçonarias, a Irmandade Britânica havia an-
tecipado um conflito global, preparando-se para o domínio do comércio e das finanças do
pós-guerra. Ganhando ou perdendo, a Irmandade Sionista certamente incluiria a aristo-
cracia da Europa no seu futuro plano. A realeza Inglesa só poderia permanecer simpática
perante seus primos europeus, ao se consolar com o fato de que a Suíça neutra fora
criada para uma época como essa. Enquanto isso, os Poderes Centrais deveriam lutar
uma guerra pela sobrevivência contra as Potências Aliadas.

O Gatilho para a Primeira Guerra Mundial


Com os Poderes Centrais lançados contra as Potências Aliadas por uma rede
de tratados, a Europa estava pronta para uma crise que desencadearia a guerra mundial.
Quigley lista oito crises, que ocorreram em rápida sucessão, após a assinatura do Trípli-
ce Tratado, qualquer um que pudesse ter feito o trabalho. Eles eram:

1. 1908 - A crise na Bósnia;


2. 1911 - Agadir e a segunda crise Marroquina;
3. 1911 - A Guerra Tripolitana;
4. 1912 - A Primeira Guerra dos Balcãs;
5. 1913 - A Segunda Guerra dos Balcãs;
451
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

6. 1913 - A crise Albanesa;


7. 1913 - O caso Liman von Sanders;
8. 1914 - Sarajevo! 26

Existem amplas evidências para implicar a Maçonaria em todas as situações


acima. Por uma questão de brevidade, no entanto, trataremos apenas das intrigas Maçô-
nicas que levaram a Sarajevo, pois foi essa a crise que os historiadores afirmam ter
desencadeado a Primeira Guerra Mundial. Em Sarajevo, o Arquiduque Ferdinand da
Casa de Habsburg, herdeiro do trono Austro-Húngaro, foi assassinado em 28 de junho
de 1914. Cinco semanas depois, a Primeira Guerra Mundial começou.

A Loja e o Assassinato de Ferdinand


Pesquisadores de conspiração têm mais do que a carta de Albert Pike para
confirmar que a guerra mundial era o plano da Maçonaria Templária, sim, até seu desejo
expresso. As atas do famoso Congresso Maçônico Internacional de 1889, em Paris,
registram as palavras do Maçom A. Francolin, orador do Grande Oriente. De Poncins o
cita:

Chegará o dia em que entre os povos que não tiveram um século XVIII [turbu-
lência política], nem uma [Revolução Francesa] de 1789, monarquias e religiões entrarão
em colapso. Esse dia não está longe, e estamos esperando por isso... Esse dia trará
sobre a fraternidade universal maçônica [sic] dos povos, o ideal que estabelecemos para
nós mesmos. É nosso negócio apressar a chegada.27

Em setembro de 1902, o Irmão J. Desmons, representando o Grande Oriente


da França, proclamou em um Congresso Maçônico realizado em Genebra, na Suíça: "O
sonho da minha vida sempre foi que todas as democracias deveriam se encontrar e se
entender, de modo que em um dia, em breve, venham formar a República Universal."28

Em 15 de setembro de 1912, dois anos antes do assassinato do Arquiduque, as


seguintes palavras foram ditas em Paris, por um alto Maçom do Grande Oriente Suíço a
respeito do herdeiro do trono da Áustria: "Ele é um homem notável; é uma pena que ele
esteja condenado; ele morrerá nos degraus do trono".29

A conspiração começou em 1910, nas Lojas Suíças, Francesas, Húngaras,


Sérvias e Italianas do Grande Oriente. Um vendedor ambulante, Karl Kothner, da Grande
Loja de Berlim, ouviu partes da conspiração nas Lojas que ele freqüentou por toda a
Europa. Muito perturbado, ele voltou a Berlim e entregou as informações ao Conde

452
______________________________________________________________CAPÍTULO 17

Dohna Schlodien, seu Grão-Mestre. Kothner registrou em seu diário as palavras que
proferiu para o Conde, em 28 de outubro de 1911, às 11:15 da manhã:

Sendo, a princípio, franco e crédulo, fiz algumas descobertas durante o ano,


nas lojas de outras cidades no exterior, o que me perturbou bastante. Eu vim, por acaso,
com provas de que a Maçonaria estava preparando algo terrível contra a Alemanha. Eu
ouvi algumas observações imprudentes, que me deram um vislumbre de um plano para
assassinar o Arquiduque Franz-Ferdinand, de iniciar uma guerra mundial para causar a
queda de tronos e de altares.30

O conde Schlodien, o Grão-Mestre, parecia não ouvir as palavras de Kothner.


Os pensamentos de Schlodien refletiram sobre a acusação. Querendo acreditar que não
havia divisão na Fraternidade, ele respondeu lentamente: "Existe apenas uma Maçona-
ria".

Em 1926, Kothner repetiu sua história, desta vez em uma carta à mesma Gran-
de Loja, sob o novo Grão-Mestre Dr. Mullendorf. Kothner enfatizou a Mullendorf que ele
havia "feito uma comunicação ao conde Dolina [Schlodien), que havia dado a ele prova
clara de que os Maçons da Grande Loja Húngara haviam exercido atividade criminosa
contra a Alemanha e contra todos os povos."31 Mullendorf tentou por todos os meios
forçar Kothner a retirar a admissão dessa conversa, mas falhou.

O "Crime" de Franz Ferdinand


O que fez Franz Ferdinand para levar a Maçonaria a selecioná-lo para assassi-
nato? De Poncins fornece a resposta: "A Maçonaria pediu o assassinato de Franz Ferdi-
nand, não porque ele era um Alemão-Austríaco, mas porque ele era um obstáculo ao
objetivo revolucionário internacional da Maçonaria."32

O obstáculo que Ferdinand apresentou à Maçonaria Continental foi triplo. Pri-


meiro, como Merovíngio, ele estava destinado a ser o futuro "Rei de Jerusalém" do Prio-
rado de Sião. Segundo, ele era um Católico praticante. Terceiro, ele cometera um crime
aos olhos de Maçonaria, um crime punível apenas com a morte. (Neal Wilgus, em The
Illuminoids, nos informa que o assassinato do Arquiduque Francis Ferdinand da Áustria
foi perpetrado por agentes Maçônicos.)33

Qual foi o terrível crime de Ferdinand? A revista New Age do Rito Escocês, de
Setembro de 1952, muitos anos depois, revelou essa informação em um editorial do qual
citamos:

453
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A [Primeira] Guerra [Mundial] foi precipitada por um "tratado secreto" entre o


Vaticano e a Sérvia, que anexariam a Sérvia ao Estado do Vaticano e imporia a lei canô-
nica naquele país não-Católico. Quando o tratado se tornou conhecido, o Arquiduque
Franz Ferdinand, "herdeiro Católico Romano do trono Austro-Húngaro, conhecido por ser
uma parte secreta da política incorporada no tratado", foi assassinado por Gavrilo Prin-
cep.33

O arquiduque Ferdinand havia cometido – para os Maçons - o pecado imperdo-


ável de transformar um país não Católico em um domínio Católico. Não mencionado no
editorial da New Age, é que os oito conspiradores envolvidos no assassinato eram Ma-
çons, membros da Loja Maçônica "Mão Negra", também conhecida como "União da
Fraternidade da Morte". A Mão Negra era a contraparte Sérvia da Máfia Maçônica da
Itália.

A Encyclopaedia Britannica confirma os meios e fins nefastos da Mão Negra.


"Ela usou métodos terroristas para libertar os Sérvios sujeitos ao governo Habsburg ou
Otomano e foi fundamental para planejar o assassinato do Arquiduque Francis Ferdi-
nand.... A sociedade foi formada [1911] e era liderada pelo Coronel Dragutin Dimitrijevic
[chefe de inteligência do estado-maior Sérvio]; sua membresia era, principalmente, for-
mada por oficiais do exército com alguns funcionários do governo.... Na Sérvia, ela domi-
nou o exército e exerceu tremenda influência sobre o governo."35

A Mão Negra era o braço terrorista de uma Loja Maçônica mais poderosa, a
Narodna Odbrana, fundada no início de 1911 pelo Maçom Dr. Karl Kramarsch, organiza-
dor do movimento Pan Eslavo. Esta Loja alegou ser uma organização patriótica da Sér-
via, prometeu libertar a Sérvia da influência Austríaca e alcançar, especificamente, a
independência da Bósnia e Herzegovina. A Narodna Odbrana montou um grupo de clu-
bes de cultura física como frentes de suas atividades mais amplas.36

O objetivo da Narodna Odbrana era unir todos os estados Eslavos do sul em


uma federação, que só poderia ser alcançada com a morte do Arquiduque Ferdinand. A
tarefa de planejar o assassinato do Arquiduque foi designada para o Maçom Radoslav
Kazimirovitch (ou Casimirovic). Kazimirovitch havia viajado para o exterior extensivamen-
te, visitando várias Lojas Continentais e retornando com revólveres e bombas escondi-
dos.

O verdadeiro assassino do arquiduque foi Gavrilo Princep, que recebeu suas


armas através do Maçom Major Tankosich (ou Tankosic). Documentos relativos ao plano
de assassinato foram descobertos em um diário, na cidade de Locznka, pertencente ao
Maçom Sérvio Major Todorovitch. O diário do Major foi colocado à disposição do tribunal
militar que julgou os assassinos no outono de 1914.37

454
______________________________________________________________CAPÍTULO 17

Em junho de 1917, o Badische Observer Alemão expôs uma conspiração ainda


maior que apoiava os assassinos de Narodna Odbrana e da Mão Negra. O Observer
acusou a Maçonaria Internacional do Rito Escocês, o mesmo ramo internacional, funda-
do por Pike e Mazzini, de imprimir propaganda contra a Alemanha e a Áustria, a qual
desencadeou os levantes Maçônicos na Sérvia.38

O principal líder da revolta Sérvia foi o fundador da Mão Negra, o Coronel Dimi-
trijevic. Dimitrijevic recebeu o codinome Apis. Ele era o oponente político do Premier
Sérvio Nikola Pasic. Pasic, não conhecido por ser membro da Mão Negra, foi, no entan-
to, influenciado pelo Maçom Mikhail Bakunin do Grande Oriente Russo, um satanista
auto-proclamado. Quando o Premier ouviu um boato de que Apis havia tramado o assas-
sinato de Ferdinand, ele viu sua chance de se livrar do seu rival político. Pasic alertou o
governo Austríaco da trama, mas sua mensagem foi muito cautelosamente redigida para
ser entendida.39

Eventos subsequentes, no entanto, sugerem que foi entendida, mas ignorada.


O Conde de Poncins cita um relatório pessoal do Conde Czernin, em seu livro Im Welt-
Knege (Na Guerra Mundial), afirmando que o Arquiduque estava ciente da conspiração
Maçônica contra sua vida:

O Arquiduque sabia muito bem que o risco de uma tentativa contra sua vida era
iminente. Um ano antes da guerra, ele me informou que os Maçons tinham determinado
sua morte. Ele também me disse a cidade onde se dizia que tal decisão fora tomada e
mencionou os nomes de vários políticos Húngaros e Austríacos que, provavelmente,
sabiam algo sobre isso.40

Sarajevo: 28 de junho de 1914


Em 28 de junho de 1914, o Arquiduque Franz Ferdinand e sua esposa grávida,
a Arquiduquesa Sophie, estavam vindo para Sarajevo para uma viagem oficial. O casal
real estava ocupando o banco traseiro de uma limusine preta Graef und Stift, de 1910,
emprestada para a ocasião. A metade traseira do teto estava dobrada, expondo o casal.
Sophie estava usando um enorme chapéu. O Arquiduque usava uma túnica azul e um
chapéu emplumado.

Uma testemunha ocular do assassinato foi Helena Navratilova, costureira de 21


anos, que se preparara para o feriado animado das tarefas de costura. Enquanto passe-
ava entre as multidões para vislumbrar o casal real, ela parou perto do fim da ponte
Cumurja. Ao lado dela, estava um jovem que ela, mais tarde, entendeu ser de ascendên-
cia Judaica, um nacionalista Sérvio chamado Gavrilo Princip.
455
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

"O carro estava indo por esse caminho, atravessando a ponte", disse Helena.
"Eles tiveram que parar, porque iriam virar. Alguém na multidão quase quebrou meu
nariz ao jogar flores para o casal real".

Quando o carro diminuiu a velocidade no final da ponte (agora conhecida como


Ponte Gavrilo Princip, em homenagem ao assassino), Helena disse: "De repente, o jo-
vem ao meu lado pulou e começou a atirar. No começo, as pessoas apenas olhavam...
Levou apenas alguns segundos.... Ele fugiu."41

Nem o Arquiduque nem sua esposa se mexeram, mas, um instante após o ata-
que, a Arquiduquesa desabou silenciosamente no ombro do marido. O Conde Harrach
ouviu o Arquiduque dizer suavemente: "Sophie, Sophie, não morra. Viva pelo bem de
nossos filhos". Franz permaneceu em silêncio, apoiando a Arquiduquesa. Uma gota de
sangue apareceu em seus lábios. Ao ser questionado pelo Conde Harrach, Franz repetiu
várias vezes com voz enfraquecida: "Não é nada, não é nada." Então, ele perdeu a
consciência. Quando chegaram ao palácio do governador, os dois corpos foram rapida-
mente levados para leitos, no primeiro piso. Os médicos presentes apenas puderam
declarar que a morte já havia ocorrido.42

De Poncins fornece mais detalhes do assassinato. A partir da descrição do


Conde Harrach, após a primeira tentativa contra a vida do Arquiduque, parece que o
Conde sabia de qual direção viria a segunda tentativa:

Em 28 de junho de 1914, o Arquiduque, herdeiro da coroa da monarquia Aus-


tríaca, e sua esposa sucumbiram às balas dos Maçons Sérvios [sic].... Distribuídos entre
a multidão, estavam oito assassinos armados com bombas e revólveres, dos quais os
mais resolutos foram Cabrinovic, Princip e Grabez.

Em frente à ponte de Cumurja, Cabrinovic jogou sua bomba. Caiu no carro e,


depois, rolou para o chão, onde explodiu, ferindo várias pessoas, incluindo os ocupantes
do carro que vinha logo após. O Arquiduque teve seu carro parado para indagar sobre os
feridos e, em seguida, o programa organizado continuou. Quando a recepção na prefeitu-
ra terminou, o Conde Harrach colocou-se para a viagem de volta, à esquerda do degrau
do carro, para proteger suas Altezas de uma tentativa contra eles caso viesse daquele
lado. Mas, nesta ocasião, veio da direita. Na esquina da rua Francis-Joseph, o carro
parou em frente a um dos assassinos, Princip, que atirou de perto várias vezes, utilizan-
do uma arma automática.43

Em 12 de outubro de 1914, os assassinos foram julgados, e o Maçom Cabrino-


vic disse indiferentemente aos juízes do tribunal militar: "Na Maçonaria, é permitido ma-

456
______________________________________________________________CAPÍTULO 17

tar".44 Trechos da transcrição abreviada de Pharos do julgamento têm a seguinte reda-


ção:

Presidente - Você acreditava que os Eslavos do sul da Áustria-Hungria ganha-


riam alguma vantagem com seu ato?

Princip - Chegamos a um acordo sobre a escolha dos meios para ajudar os Es-
lavos do sul.

Presidente - Quais eram esses meios?

Princip - Assassinato; o desaparecimento de todos aqueles que se opunham à


realização da Pan-Slavia e que são injustos [sic] para o povo.

Certas passagens dos interrogatórios durante o julgamento confirmam a in-


fluência e o envolvimento da Maçonaria Internacional no plano de matar o Arquiduque
Franz Ferdinand:

Cabrinovic - Ele [Casimirovic] é um Maçom, mesmo que em algum grau de


seus chefes. Ele viajou para o exterior, imediatamente [depois que os homens se ofere-
ceram para realizar o assassinato]. Ele foi para a Rússia, França e Budapeste. Toda vez
que perguntava a Ciganovic até que ponto nossos projetos haviam avançado, ele res-
pondia que eu deveria saber quando Casimirovic deveria retornar. Nessa época, Cigano-
vic também me disse que os Maçons já haviam condenado à morte o herdeiro do trono,
dois anos antes, mas que eles não haviam encontrado homens para realizar seu julga-
mento.

Premusic - Você leu os livros de Rosic?

Cabrinovic - Li seu tratado sobre a Maçonaria.

Premusic - Esses livros foram distribuídos em Belgrado?

Cabrinovic - Eu os defini como uma impressora.

Premusic - Diga-me, você acredita em Deus ou algo assim?

Cabrinovic - Não.

Premusic - Você é um Maçom?

457
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Cabrinovic - Por que você me pergunta isso? Não posso responder sobre esse
assunto.

Premusic - Tankosic é um Maçom?

Cabrinovic - Sim, e Ciganovic também.

Presidente – Do que se deduz que você também é Maçom, e o Maçom nunca


admite a ninguém, além de outro maçom, que ele pertence a essa sociedade.

Cabrinovic - Por favor, não me pergunte sobre esse assunto, pois não respon-
derei.

Presidente - Diga-me algo mais sobre os motivos. Você sabia, antes de decidir
tentar o assassinato, que Tankosic e Ciganovic eram Maçons? O fato de você e eles
serem Maçons influenciou em sua decisão?

Cabrinovic - Sim.

Presidente - Você recebeu deles a missão de realizar o assassinato?

Cabrinovic - Não recebi de ninguém a missão de realizar o assassinato. A Ma-


çonaria teve a ver com isso, porque me fortaleceu em minha intenção. Dentro da Maço-
naria é permitido matar. Ciganovic me disse que os Maçons tinham condenado à morte o
Arquiduque Franz Ferdinand, há mais de um ano antes.

Presidente - Ele lhe disse isso desde o início ou somente depois de você falar
com ele do seu desejo de realizar o assassinato?

Cabrinovic - Já tínhamos falado sobre a Maçonaria, mas ele não disse nada pa-
ra mim a respeito da condenação à morte, antes de termos decidido realizar o assassina-
to.

A seguinte passagem é do interrogatório de Princip, que disparou os tiros fatais


no Arquiduque e que, também, confirma estar na Loja a origem da trama de assassinato:

Presidente - Você falou sobre a Maçonaria com Ciganovic?

Princip (insolentemente) - Por que me pergunta isso?

458
______________________________________________________________CAPÍTULO 17

Presidente - Pergunto porque preciso saber. Você falou com ele sobre isso ou
não?

Princip - Sim, Ciganovic me disse que ele era um Maçom.

Presidente - Quando ele te disse isso?

Princip - Ele me disse quando eu estava perguntando sobre os meios de realizar o


assassinato. Ele acrescentou que falaria com uma certa pessoa e que ele receberia os
meios necessários. Em outra ocasião, ele me disse que o herdeiro ao trono havia sido
condenado à morte em uma loja Maçônica.

Presidente - E você também é um Maçom?

Princip - Por que essa pergunta? Eu não responderei. (Após um breve silêncio): Não.

Presidente - Cabrinovic é um Maçom?

Princip - Eu não sei. Talvez ele seja. Ele me disse uma vez que estava indo juntar-se
a uma Loja.45

De Poncins relata que "no dia 12 de outubro de 1914, vinte acusados aparece-
ram perante o tribunal militar de Sarajevo. Todos eram Maçons. Oito estavam diretamen-
te relacionados com o assassinato. Os quatro participantes mais ativos foram Princip,
Cabrinovic, Grabez e Illic. Todos eram jovens de 18 a 20 anos, a maioria estudantes."46
Illic e outros dois acusados foram condenados à morte e enforcados, em 2 de fevereiro
de 1915. Princip, Cabrinovic e Grabez foram condenados a 20 anos de prisão, mas todos
morreram na atrás das grades, antes do final da Primeira Guerra Mundial.

Primeira Guerra Mundial


Cinco semanas após o assassinato do Arquiduque Ferdinand, a Primeira Guer-
ra Mundial começou. Os signatários dos dois tratados internacionais da aliança Maçoni-
ca, que levaram 50 anos para serem construídos, entraram em ação. Na noite de 3 e 4
de agosto de 1914, as forças Alemãs invadiram a Bélgica. A Grã-Bretanha, que não se
preocupava com a Sérvia e não demonstrava obrigação de lutar pela Rússia ou pela
França, estava comprometida em defender a Bélgica. Em 4 de agosto, a Inglaterra decla-
rou guerra à Alemanha.

459
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A Áustria-Hungria declarou guerra à Rússia, em 5 de agosto; a Sérvia contra a


Alemanha, em 6 de agosto; Montenegro contra a Áustria-Hungria, em 7 de agosto e
contra a Alemanha, em 12 de agosto; França e Grã-Bretanha contra a Áustria-Hungria,
em 10 de agosto e em 12 de agosto, respectivamente; Japão contra a Alemanha, em 23
de agosto; Áustria-Hungria contra o Japão, em 25 de agosto e contra a Bélgica, em 28
de agosto.

A Itália confirmou a Tríplice Aliança, em 7 de dezembro de 1912, mas apresen-


tou formalmente argumentos para desconsiderá-la. Suas razões eram duplas. Primeiro, a
Itália não era obrigada a apoiar seus aliados em uma guerra de agressão. Segundo, o
tratado original havia declarado expressamente que a aliança não era contra a Inglaterra.
A Itália, tendo uma monarquia constitucional, eventualmente ficou do lado da Inglaterra.

Em 5 de setembro de 1914, Rússia, França e Grã-Bretanha concluíram o Tra-


tado de Londres, cada uma prometendo não fazer uma paz separada com os Poderes
Centrais. Esta aliança foi chamada de Poderes Aliados ou Acordo de Poderes ou sim-
plesmente Aliados.47

Quando a Primeira Guerra Mundial começou, a Maçonaria Americana entrou


imediatamente em ação. A edição de maio de 1917 do The Freemason, um periódico
Maçônico Britânico, confirmou a atividade Maçônica Americana: "Já durante as primeiras
semanas da guerra, uma grande reunião maçonica [sic] foi realizada nos Estados Uni-
dos, aprovou uma resolução para dar à Grã-Bretanha e seus aliados todo o apoio possí-
vel na presente guerra."48

Esse apoio veio por meio de propaganda favorável, criada por jornalistas que
eram Maçons e do Col. E.M. House, 33º grau, consultor pessoal do Presidente Woodrow
Wilson. Enquanto Wilson cruzava a nação em campanha pela reeleição com o slogan
"Ele nos deixou fora da guerra!", o Coronel House estava, nos bastidores, fazendo acor-
dos com a Inglaterra, os quais comprometeram os Estados Unidos a entrarem na guer-
ra.49.

The Freemason declarou ainda: "A Maçonaria compreende mais de dois mi-
lhões de membros. Todo maçom Americano [sic] sabe muito bem o que isso significa
para a segurança e a duração da República. A guerra mundial é a luta da democracia
contra a autocracia, e o futuro do mundo será democrático, queira o Kaiser Alemão saber
disso ou não."50

Quando o Presidente Woodrow Wilson (não um Maçom, mas favorável ao Ofí-


cio),51 apresentou-se perante o Congresso em 1917 e declarou guerra contra a Alema-

460
______________________________________________________________CAPÍTULO 17

nha, ele anunciou solenemente que "a guerra era apenas contra o governo Alemão e não
contra o povo Alemão".52

No Congresso Internacional da Maçonaria, em Paris, em abril de 1917, um dos


assuntos de deliberação era como provocar os Alemães contra a monarquia, já que a
base da paz deveria ser a deposição de Willian II da Alemanha e Charles I da Áustria.53
Foi determinado que jornalistas Maçônicos deveriam criar propaganda contra as monar-
quias na Alemanha e na Áustria, para enviar aos jornais em seus respectivos países.54
Imediatamente após o congresso Maçônico, todos os principais jornais de todo o mundo
repetiram o pensamento Maçônico: "A paz não pode ser concluída antes de William II e
Charles I serem depostos."55

Uma comunicação do Conselho Supremo Maçônico de Paris, datada de 9 de


dezembro de 1917, e escrita pelo Maçom A. Lebey, foi intitulada Dans l'atelier maconni-
que. Lebey não surpreende ao lançar a luta em termos revolucionários previsíveis: "A
questão é saber o que é certo, boa fé ou falsidade, bem ou mal, liberdade ou autocracia.
A luta atual é a continuação daquilo que começou em 1789; um dos dois princípios deve
triunfar ou perecer. A própria vida do mundo está em jogo."56

Numa tentativa óbvia de dirigir sua mensagem aos Maçons Alemães, Lebey os
repreendeu por defenderem sua pátria. Ele, então, lhes ofereceu a seguinte instrução:
"Pátria, república, o espírito revolucionário e o socialismo estão unidos indissoluvelmen-
te".

Em resposta ao esmagador apoio Maçônico dos Aliados em todo as nações


democráticas, os Maçons da Alemanha começaram a preparar a derrota de sua própria
nação. O Maçom Vater, o social-democrata Alemão, falou em Magdeburg, durante uma
reunião do conselho de operários e soldados, em 1919, deixando clara a maneira pela
qual a preparação fora realizada:

Desde 25 de janeiro de 1918, preparamos metodicamente a revolução. Isso foi


uma tarefa difícil e cheia de perigos; pagamos por muitos anos de prisão. O partido social
democrata viu que grandes greves não levam à revolução, e que é necessário usar ou-
tros meios para esse fim. O trabalho trouxe seus frutos. Nós organizamos deserções no
front; fornecemos aos desertores papéis falsos, dinheiro e folhetos de propaganda inci-
tando à deserção. Enviamos nossos agentes em todas as direções, principalmente para
o front, a fim de poderem trabalhar com os soldados e desintegrar o exército. Eles acon-
selharam os soldados a desertarem para o inimigo, e é assim que a queda foi provocada,
pouco a pouco, mas com certeza.58

461
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Em suma, o verdadeiro objetivo da primeira guerra mundial Maçônica era a der-


rubada de monarquias, a degradação dos poderes Católicos e o triunfo da república
mundial. O Presidente Coolidge reconheceu publicamente isso, em um discurso relatado
por Reuter-London, em 14 de junho de 1927: "A principal questão em jogo neste conflito
formidável [Primeira Guerra Mundial] era decidir qual forma de governo predominaria
entre as grandes nações do mundo: a forma autocrática ou a forma republicana. A vitória
permaneceu, finalmente, do lado do povo".59

A Maçonaria Continental estava no controle total dos eventos que levaram à I


Guerra Mundial. Como tal, aproveitou o conflito global para derrubar tronos. Aquilo que
fora tentado após a Revolução Francesa de 1789 (isto é, a republicanização da Europa
pelas guerras napoleônicas) foi aperfeiçoado pela Primeira Guerra Mundial. Após esse
conflito, o republicanismo Maçônico, seja democrático, socialista ou comunista, substituiu
o que anteriormente eram monarquias e reinos. O plano de Pike e Mazzini foi cumprido.

462
Capítulo 18

A REVOLUÇÃO MAÇÔNICA HÚNGARA

Todas as revoluções que derrubaram os regimes monarquistas da Europa Cen-


tral em 1918, foram inspirados e dirigidos por Maçons, e foram os Maçons que recebe-
ram postos nos novos governos da Hungria, Alemanha, Áustria e Checoslováquia. Qua-
se todas essas revoluções degeneraram rapidamente em convulsões sangrentas, com
tendências claramente comunistas, sob Bela Kun, Liebnecht, Rosa Luxembourg, Kurt
Eisner e outros.1

Vicomte Leon de Poncins

A Revolução Húngara pós-Primeira Guerra Mundial oferece mais evidências do


envolvimento da Maçonaria do que as outras. Com seu fracasso, o governo Húngaro
dissolveu as lojas, confiscou suas bibliotecas e publicou seus arquivos, expondo o fla-
grante envolvimento da Maçonaria no levante. Angustiados, os Maçons Húngaros pedi-
ram a seus irmãos em todo o mundo que os ajudassem.

A Revolução entrou em erupção na Hungria em 1848, ano agendado pela Ma-


çonaria do Grande Oriente para que toda a Europa se revoltasse. Seu líder foi o grande
Magyar, o Maçom Louis Kossuth (1802-1894). A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry
fornece uma breve história da carreira de Kossuth:

Nomeado, em 1848, Ministro das Finanças e após uma disputa com a Áustria
sobre a revolta dos Croatas, ele assumiu o comando e declarou a independência da
Hungria. Após a derrota de Gorgei em Villagos, em 1849, ele foi forçado a fugir para a
Turquia. Preso e libertado, ele viveu na Inglaterra por vários anos, em constante contato
com Mazzini, revolucionário Italiano. Durante esse período, ele também visitou os Esta-
dos Unidos.2

A Revolução Húngara de 1848 foi reprimida pela Áustria com a ajuda da Rús-
sia. Kossuth, acompanhado do Maçom Italiano Adriano Lemmi, chegou aos Estados
Unidos em 1851, e se estabeleceram em Cincinnati, Ohio. Lemmi voltou para a Inglaterra
no mesmo ano para ajudar Mazzini em sua Revolução Italiana. Em 28 de fevereiro de
1852, Kossuth falou aos Irmãos Maçônicos no Center Lodge Nº 23, Indianapolis, Indiana:

463
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A irmandade Maçônica é aquela que tende a melhorar a condição da humani-


dade, e estamos muito satisfeitos em saber que ela atrai a atenção de muitos Irmãos...
como encontramos ao nosso redor aqui. Além da grande antiguidade da Ordem, que
deveria agradar a todos os bons Maçons, seus excelentes preceitos e ensinamentos de
alta moral devem induzir todos os bons membros da Ordem a apreciar seus fins benevo-
lentes e trabalhos úteis. Para alguém como eu, sem um país ou um lar, dependente da
hospitalidade de estranhos para a vida e a proteção, um grande substituto para todas as
minhas privações, penso eu, é estar cercado pelos irmãos da Ordem Maçônica.3

Em outra ocasião, o irmão Kossuth proclamou seu desejo pela ordem Maçonica
universal: "Se todos os homens fossem Maçons, oh, que gloriosa república universal
teríamos."4

A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry relata que a carreira revolucionária de


Kossuth cessou após a Revolução Húngara: "Após a reconciliação Austro-Húngara, em
1867, sob o Imperador Francis Joseph, Kossuth cessou qualquer esforço político e sua
morte ocorreu em Turim [Itália], em 1894."5

A Grande Loja: Reconciliação e Apaziguamento


Embora a revolta Húngara, em 1848, contra o domínio dos Habsburg tenha fra-
cassado, a Áustria comprometeu-se, em 1867, e formou a Monarquia Dupla, que tornou
a Hungria internamente autônoma. A reconciliação, projetada para apaziguar os Maçons
da Grande Loja Húngara, foi travada pelos Maçons do Grande Oriente, mas sem suces-
so. Na virada do Século XX, a Maçonaria Húngara estava mais uma vez trabalhando,
minando a ordem existente. Desta vez, porém, era a Maçonaria da Grande Loja, não o
Grande Oriente. Observando o movimento de Londres para preservar tanto a Coroa
quanto sua Fraternidade aristocrática, a Grande Loja Húngara percebeu que, se não
propusesse e se conformasse com uma agenda social-democrata, perderia o domínio do
país para o comunismo do Grande Oriente. Em um relatório, assinado em 24 de fevereiro
de 1911 por Paul Szende, o venerável Grão-Mestre da Loja Maçônica Martinovica Rosa-
cruciana, podemos encontrar passagens como as seguintes:

Reconhecemos prontamente que a caridade, como agora praticamos, não cor-


responde com nossas idéias. Devemos concentrar nossa atenção na necessidade de
alcançar mudanças radicais na sociedade atual.6

As "mudanças radicais" começaram com um esforço conjunto para ganhar o


controle da imprensa. Quando a Primeira Guerra Mundial começou, os Maçons da Gran-
de Loja possuíam a maioria da mídia nacional, e começaram a fazer propaganda nas
464
______________________________________________________________CAPÍTULO 18

forças armadas. O jornal diário Vilag foi especificamente responsável pelo enfraqueci-
mento da disciplina no exército Húngaro. Durante toda a guerra, as cópias foram distribu-
ídas aos milhares, nas trincheiras.7

A Casa de Habsburg percebeu que estava sendo minada por sua própria Ma-
çonaria da Grande Loja. Para aliviar o desastre iminente de perder a guerra, o culto ao
"Rei de Jerusalém" começou a fazer gestos amigáveis em direção ao Ofício, em prepa-
ração para a próxima mudança política. Os Maçons retornaram com sua boa vontade,
em 29 de abril de 1918, através de seu Grão-Mestre, Dr. Arpad Bokay, 33º grau, que
viajou para Viena e fez um discurso extremamente patriótico:

Os inimigos da Hungria também são os inimigos da Áustria; aqueles que estão


na liga para destruir a Áustria, desejam fazer o mesmo com a Hungria; é a monarquia
que, na tempestade da guerra mundial, tem protegido os povos da Áustria-Hungria da
maneira mais eficaz.

Em outubro de 1918, a Grande Loja Húngara, composta pela burguesia radical


(classe média) e membros dos partidos Social-Democratas, estavam ligados ao monarca
reinante. Juntos, eles formaram uma coalizão política chamada Conselho Nacional Hún-
garo, liderado pelo conde Mihaly Karolyi, que tentou, sem sucesso, estabelecer uma
monarquia constitucional. O Conselho "defendeu o fim da união entre a Áustria e a Hun-
gria, a paz com os Aliados, a introdução de liberdades civis e amplas reformas sociais e
econômicas, a formação de instituições políticas liberais [lojas Maçônicas] e concessões
aos grupos de nacionalidades não-Magiares da Hungria. O conselho ganhou amplo
apoio, incluindo o da guarnição de Budapeste, que forçou o rei Charles IV [r.1916-1918]
a nomear Karolyi como primeiro ministro [31 de outubro de 1918]. O Conselho se tornou
o Gabinete de Karolyi."9

A Maçonaria Austríaca da Grande Loja saudou a ascensão do Conselho Nacio-


nal para o poder governamental. Na primeira página de seu boletim mensal, que foi
capaz de aparecer sem impedimentos, foram estas palavras de louvor:

O novo estado das coisas foi uma surpresa. De repente, ficamos republicanos
livres, mestres de nós mesmos. Não éramos mais escravos e mártires de um governo
burocrático que, sem crítica ou resistência, serviu ao militarismo e ao domínio próprio.10

A Grande Loja Simbólica de Budapeste decidiu, por unanimidade, enviar ao


Conde Karolyi e ao seu Conselho Nacional revolucionário dominado pela Maçonaria uma
mensagem de boa vontade: "A Maçonaria Húngara apoiará o novo governo com todo
seu poder, pois considera o último muito favorável para a consecução de seus objeti-
vos."11

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Em 2 de novembro de 1918, o Grão-Mestre Dr. Bokay fez um discurso significa-


tivo, descrevendo o programa Maçônico desejado para a Hungria. A seguir, trechos
desse discurso:

O programa maçônico [sic] também é o programa do conselho nacional Húnga-


ro e do governo popular que acaba de ser formado.

Nosso caminho é assim esclarecido para nós. Estamos marchando, ombro a


ombro, com eles, estamos trabalhando com eles, estamos ajudando-lhes em sua grande
e pesada, mas também gratificante tarefa, para que a Hungria antiga possa, com pertur-
bação, entrar na amada terra da nova Hungria, que é o desejo mais ardente de todo bom
patriota.

Nossos amados e estimados irmãos estão trabalhando hoje [sic] para a primei-
ra classificação, e isso nos tranquiliza inteiramente, pois os conhecemos e sabemos que
eles realizarão, no espírito maçônico [sic], o trabalho que empreederam.12

Nesse mesmo dia, a Grande Loja Symbolique manifestou seus sentimentos em


relação ao novo governo: "O governo que está no poder agora, busca os mesmos ideais
que nós mesmos. Muitos de nossos irmãos são membros do governo, que é uma garan-
tia para nós que a Revolução Húngara seguirá o caminho das reformas radicais. Nosso
dever é ajudá-la com todos os nossos meios."13

Em 13 de novembro de 1918, o rei Charles declarou que não podia mais parti-
cipar do governo. O Conselho Nacional proclamou, imediatamente, a Hungria uma repú-
blica e, em 16 de novembro, nomeou o conde Karolyi seu presidente provisório. Karolyi,
por sua vez, dissolveu a união entre seu novo estado e a Áustria.14

O novo governo planejava adotar medidas extensivas de reforma agrária e con-


vocar uma assembléia constituinte. A economia, no entanto, estava se deteriorando,
causando muita inquietação. Os grupos de nacionalidade não-Magiares (Sérvios, Rome-
nos e Tchecos) que ocupavam o território Húngaro, recusaram-se a permanecer fazendo
parte da Hungria, querendo, em vez disso, se tornarem autônomos.15

O Grande Oriente: República Soviética da Hungria


Além disso, os Aliados estavam exigindo fortemente do governo socialista de
Karolyi – demandas que ele não poderia resistir. A pressão da extrema esquerda foi
igualmente grave. Os Comunistas do Grande Oriente, rapidamente ganhando força,
consideraram os socialistas da Grande Loja também burgueses. O novo governo não
466
______________________________________________________________CAPÍTULO 18

continha membros do proletariado - a classe social ou econômica mais baixa. Os comu-


nistas ameaçaram uma contra-revolução. A Hungria, cansada de guerra e de sangue
derramado, queria evitar derramamento de sangue adicional. O Gabinete de Karolyi
renunciou, transferindo o poder para o Grande Oriente. A República Soviética da Hungria
foi formada, em 21 de março de 1919.16

Liderando os comunistas, estava o Maçom Judeu do 33º grau, sedento de san-


gue, Bela Kun (Cohen). Kun foi Grão-Mestre da Loja do Grande Oriente Haladas, em
Debreczin. Embora as condições políticas e econômicas permitissem que seu golpe
pudesse ser feito sem sangue, ele não permaneceu assim. Os Maçons do Grande Orien-
te começaram a culpar as classes média e alta pelos problemas da Hungria, sugerindo
que fossem eliminados.

Os assistentes de Kun foram os seguintes Maçons do Grande Oriente: Cama-


rada Kunzi, Ministro de Instrução Pública; Camarada Jaszi, Ministro Nacional dos Sovié-
ticos; Camarada Ageston Peter, Camarada Lukazs, Camarada Diener Denes Zoltan;
Camarada Alexander Garbal (Joseph Pogany), chefe do exército; Camarada Ronai,
Ministro da Justiça; Camarada Varga Weichzelbaum para finanças; Camarada Vince
Weinstein como governador da capital; Camarada Moritz Erdelyi e Camarada Sezso Biro,
para a polícia; e o Camarada sanguinário Tibor Szamuelly, Primeiro Ministro.17

Szamuelly projetou o massacre da burguesia, enquanto viajava a Hungria em


seu trem especial. Uma testemunha ocular (da qual havia poucas) fornece a seguinte
conta:

Esse trem da morte ressoava na noite Húngara, e onde parava, homens pendi-
am das árvores e o sangue corria pelas ruas. Ao longo da linha férrea, freqüentemente
encontrava-se cadáveres nus e mutilados. Szamuelly aprovou a sentença de morte no
trem, e os que foram forçados a entrar nunca puderam relatar o que viram. Szamuelly
vivia constantemente com trinta terroristas Chineses [Tríades] vigiando sua segurança;
carrascos especiais o acompanhavam. O trem era composto por dois vagões, dois carros
de primeira classe reservados para os terroristas e dois carros de terceira classe reser-
vados para as vítimas. Neste último, as execuções ocorriam. O chão estava manchado
com sangue. Os cadáveres eram jogados pelas janelas, enquanto Szamuelly estava
sentado à sua delicada escrivaninha, no carro do salão estofado em seda rosa e orna-
mentado com espelhos. Um único gesto de sua mão dava a vida ou a morte.18

Em poucas semanas, Bela Kun e seus companheiros Maçônicos haviam des-


truído a antiga ordem. Refugiados Húngaros levaram a notícia do derramamento de
sangue para a América, provocando uma investigação. Em 1920, um comitê do Legislati-

467
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

vo de Nova York, presidido pelo senador Lusk, publicou um relatório sobre as atividades
revolucionárias na Hungria. A seguir, uma parte é apresentada:

Não houve oposição organizada contra Bela Kun. Assim como Lenin, ele se
cercou de comissários com autoridade absoluta. Dos 32 principais comissários, 25 eram
Judeus, uma proporção quase semelhante à da Rússia. Os mais importantes deles for-
mavam um Diretório de Cinco: Bela Kun (Kohn ou Cohen), Bela Vaga (Weiss), Joseph
Pogany (Schwartz), Sigismond Kunfi (Kunstatter) e outro. Outros chefes foram Alpari e
Szamuelly, que dirigiram o Terror Vermelho, bem como as execuções e torturas da bur-
guesia.19

O Grande Oriente havia liderado tão astuciosamente os Judeus, que as atroci-


dades da república Comunista fez com que a Hungria se tornasse violentamente anti-
Semita, bem como anti-Masônica. Três meses após a formação da República Soviética
da Hungria, Bela Kun e seus camaradas fugiram para a Rússia, onde continuaram seu
massacre sob Lenin e Trotsky. A Hungria formou uma monarquia constitucional sob a
regência do Almirante Horthy. A Maçonaria foi imediatamente proibida, assim como a
Grande Loja e o Grande Oriente. Documentos secretos descrevendo o papel da Maçona-
ria na Revolução Húngara foram apreendidos e publicados em toda a Hungria.20

A Hungria Resiste à Maçonaria


A Maçonaria Universal começou a exercer pressão sobre a Hungria por ter pro-
ibido o Ofício. A Hungria foi acusada de tomar uma atitude antidemocrática contra uma
sociedade democrática benevolente. Durante a Conferência de Paz de Versalhes, em
1919, o Maçom Berthelot, Ministro Francês, questionou o Conde Apponyi, chefe da De-
legação Húngara da Paz, para restabelecer a Maçonaria. O mesmo pedido veio de re-
presentantes Britânicos em Viena e Budapeste. E o governo dos Estados Unidos recu-
sou um empréstimo à Hungria, porque as Lojas não foram reabertas.

Em março de 1922, o jornal Maçônico Latomia, de Leipzig, Alemanha, publicou


lamentações pela supressão da Maçonaria benevolente, da qual segue uma porção:

Podemos fornecer as seguintes informações sobre o triste destino de Maçons


na Hungria, a partir de informações fornecidas por um de nossos Irmãos Húngaros resi-
dentes em Nuremberg. Após a catástrofe [Primeira Guerra Mundial], os Maçons, que
enviaram outro endereço de boas-vindas ao Imperador Franz Joseph durante a guerra,
fervorosamente abraçaram a ideologia republicana socialista, com a nobre convicção de
que o tempo tinha chegado, quando o ideal Maçônico seria realizado. Em seus escritos,
eles fizeram propaganda ativa a seu favor e a maioria dos líderes eram Maçons.
468
______________________________________________________________CAPÍTULO 18

Mas a seguir, quando a Hungria foi dominada por uma onda de Bolchevismo,
os homens no poder [os Comunistas do Grande Oriente] logo começaram a oprimir a
Maçonaria [Grande Loja] como uma instituição burguesa.

A reação que, graças à assistência estrangeira, logo em seguida desencadeou


e conseguiu recuperar o poder, inspirado pela liderança clerical, fechou as lojas, ocupou
suas instalações, apreendeu seus fundos e qualquer outra coisa que encontrou lá....

Angustiados, nossos irmãos Húngaros se voltaram para a Grande Loja Norte-


Americana. O resultado foi que, como a Hungria estava, então, negociando um emprés-
timo na América, a resposta dada foi de que este empréstimo não poderia ser considera-
do, até que instituições legais fossem restabelecidas na Hungria, numa clara alusão à
proibição da Maçonaria.

Por conseguinte, o governo Húngaro foi obrigado a abrir negociações com o ex-
Grão-Mestre. A retomada gratuita do trabalho Maçônico foi proposta a ele, na condição
de que os não-Maçons teriam o direito de acesso às sessões. Isto foi, naturalmente,
recusado pelo Grão-Mestre, e o empréstimo foi abortado.21

Em setembro de 1922, o mensal Maçônico Maconnique de Vienne anunciou, da


Itália, que o Grão-Mestre Torrigiani (mais tarde morto por Mussolini por ser Maçom)
prometera intervir na Conferência de Genebra. Através dos governos de várias potências
Maçônicas, ele pressionaria o governo Húngaro. A França agiu energicamente na mes-
ma direção. O governo Húngaro deixou claro, no entanto, que enquanto os Maçons
continuassem suas atividades secretas, não poderiam ser restabelecidos com seus
antigos privilégios. Tal falto permanece para a honra do governo Húngaro, que corajo-
samente não cedeu, enfrentando todas essas dificuldades.

A Maçonaria nunca esqueceu a nação que tão firmemente repreendeu seu po-
der. Na Conferência de Yalta, em 1943, uma conferência negociada pelos três principais
Maçons (Roosevelt, Churchill e Stalin), a Hungria foi entregue à União Soviética. Após a
Segunda Guerra Mundial, Stalin puniu a Hungria. Em 1955-1956, a revolta Húngara
contra seus senhores Soviéticos foi brutalmente esmagada.

Apenas recentemente essa nação conquistou a liberdade, mas não sem conhe-
cer as condições da Maçonaria. Em 1984, um russo desconhecido, Mikhail Gorbachev,
viajou para Londres e Paris, a fim de participar de uma reunião secreta com Otto von
Habsburg, pretendente ao trono Austríaco. Foi feito um acordo para liberar quatro nações
da Europa Oriental para o Ocidente, se o Pretendente ajudasse a desacoplar os Estados
Unidos da Europa.22 Um ano depois, Gorbachev chegou ao poder. Em 1989, ele cumpriu
sua promessa - entregando ao Ocidente as nações da Polônia, Alemanha Oriental,

469
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Tchecoslováquia e Hungria. No entanto, antes dessa libertação, Gorbachev pediu a


reabertura das Lojas Maçônicas do Grande Oriente, em Budapeste. Além disso, ele
pediu aos líderes Maçônicos Franceses que ajudassem nos esforços para reativar lojas
na Tchecoslováquia, Alemanha Oriental e Polônia.23

Quando é permitido à Maçonaria reinar livre em um país, há uma revolução –


ou gradualmente, como nos Estados Unidos, ou rapidamente, como na Europa, após a
Primeira Guerra Mundial. As recentes mudanças revolucionárias na Polônia, Alemanha
Oriental, Tchecoslováquia e Hungria são, portanto, compreensíveis. O que é desconcer-
tante é a revolução na Rússia, durante a segunda metade de 1991. Em dezembro da-
quele ano, a União Soviética foi dissolvida. Pela primeira vez na história revolucionária,
assistimos a uma pacífica e sem sangue transição do comunismo para a democracia. As
duas Maçonarias chegaram a um acordo de que o mundo deve ser democrático? Ou a
Maçonaria Inglesa projetou o maior golpe de estado de todos os tempos?

O mundo se assombra, mas os justos permanecem cautelosos.

470
Capítulo 19

A REVOLUÇÃO MAÇÔNICA DA RÚSSIA

Diz-se que a primeira Revolução, de março de 1917, foi inspirada e operada a


partir das Lojas [Maçônicas] e todos os membros do governo de Kerenski pertenciam a
elas.1

de Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry

A dinastia Romanov era poderosa. Suas tradições religiosas e políticas eram


tão profundamente enraizadas, que ambas as Maçonarias cooperaram na Revolução
Russa. Os Czares estavam fora do alcance da pressão parlamentar. Os altos oficiais
russos eram independentes, e tão ricos que o capital ocidental não tinha influência sobre
eles. A Rússia era rica em florestas, seu solo fértil, a terra abundante em recursos natu-
rais. Em um artigo para o German Weltkampf, de 1º de julho de 1924, Alfred Rosenberg,
o homem que trouxe os Protocols para Hitler, declarou:

A Rússia possuía trigo em abundância e renovava continuamente sua provisão


de ouro das minas dos Urais e da Sibéria. O suprimento do metal do estado compreen-
deu quatro mil milhões [quatro bilhões] de marcos, sem incluir as riquezas acumuladas
da família Imperial, dos mosteiros e das propriedades privadas. Apesar de sua relativa-
mente pequena indústria desenvolvida, a Rússia conseguiu uma vida auto-sustentável.2

Essa independência representava um obstáculo ao fomento de uma revolução


na Rússia. Décadas, talvez um século, seriam necessárias para enfraquecer o controle
dos poderosos Czares. Depois que a população, incluindo as classes intelectuais, foi
propagandizada, Londres penetrou nos santuários da aristocracia Russa, enquanto Paris
aleijou a economia, através de greves de trabalhadores. A Primeira Guerra Mundial foi o
golpe final que paralisou a nação, facilitando a presa de uma revolução completa.

Esses fatos fizeram com que De Poncins dissesse: "A Revolução Russa de
1917 foi fomentada no auge da Primeira Guerra Mundial, com a ajuda da Maçonaria
internacional, e os principais líderes do regime de Kerensky eram Maçons: este movi-
mento rapidamente degenerou para o Bolchevismo."3

471
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Os Bolcheviques eram apoiados pela Maçonaria do Grande Oriente, que dese-


java a riqueza comunizada. A Maçonaria Inglesa e seus aliados Sionistas queriam se
vingar da Rússia, por torpedear o Plano Metternich no Congresso de Viena (1815), cujo
"plano" teria estabelecido uma Federação Monárquica da Europa. Além disso, os não
cooperativos Romanovs, que não eram de sangue do Graal, representavam uma amea-
ça ao culto do "Rei de Jerusalém" de Sião.

O Maçom do Grande Oriente G. Vinatrel, em Communism and French Masonry


(1961), dá outra razão pela qual ambas as Maçonarias foram capazes de cooperar na
Revolução Rússia:

A diversidade [da Maçonaria] não é obstáculo à profunda unidade do pensa-


mento Maçônico. Todos os Maçons, em todo o mundo, exigem tolerância pelas idéias
dos outros. Todos os Maçons adotam o célebre lema que foi legado pelo Grande Oriente
para a Grande Revolução Francesa: "Liberdade, Fraternidade, Igualdade." Este slogan
levantou os povos. Por sua vez, foi adotado pela América Latina e depois pela China
revolucionária. A Revolução Russa, em fevereiro de 1917, falava o mesmo idioma.4

O historiador Maçônico, Gaston Martin, resumiu a situação em seu Manual of History


of the French Masons in France:

Todos os Maçons das três obediências [Francesa, Inglesa e Americana], que


mantêm relações amigáveis entre si, pertencem ao que na política se chama "a Esquer-
da". As sombras da doutrina que as dividem não são tais que dificultam o acordo entre
todos os seus membros.5

De Poncins confirma que a hierarquia na "Maçonaria preparou o terreno para a


vinda e o triunfo do Comunismo, muitas vezes sem o conhecimento de seus membros,
muitos dos quais, provavelmente, ficariam aterrorizados se tivessem visto claramente
onde os princípios que eles propagavam com tanto ardor e desconhecimento estavam
líderando."6

Quando a hierarquia Maçônica concordou em cooperar na Revolução Russa, o


sistema político-econômico instalado deveria ser o Socialismo. Karl Marx determinou que
o Comunismo era impraticável sem o apoio do Socialismo de estado. E o Socialismo de
estado precisava dos bolsos profundos do Socialismo corporativo para sobreviver. A
Maçonaria Inglesa, que controlava o Socialismo estatal e corporativo em casa, poderia
facilmente cooperar com o Socialismo estatal no exterior. O Socialismo, não o Comunis-
mo, tornou-se o sistema político e economico na Rússia, após a Revolução.

472
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

O "Comunismo" era apenas uma palavra falsa. Depois disso, todos os poderes
Maçônicos cooperaram para tornar a nova União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS) um sucesso.

O envolvimento de Londres e o financiamento da Revolução foram confirmados


pelo Dr. Carroll Quigley quando ele observou: "Existe, e existe pelo período de uma
geração, uma rede Anglófila internacional que opera, até certo ponto, na maneira como a
Direita radical acredita que os Comunistas agem. De fato, esta rede. ..não tem aversão a
cooperar com os Comunistas, ou qualquer outro grupo, e frequentemente faz isso".7

O Conde de Poncins notou as mesmas conexões em 1930, quando revelou que


os Socialistas revolucionários, os quais ostensivamente estavam em guerra com os
Capitalistas, sempre pareciam ter muitos fundos.

Dizem-nos que o socialismo é a revolta dos trabalhadores oprimidos pelo capi-


talismo: que é a ascensão daqueles que nada têm contra os que tem posses. Nesse
sentido, observemos, de passagem, que todo o dinheiro está mais no lado daqueles que
nada têm. As organizações anti-revolucionárias são, de fato, constantemente impedidas
por falta de fundos, embora essa dificuldade não exista para os partidos socialistas revo-
lucionários que, obviamente, têm à sua disposição recursos ilimitados.8

Experimento no Comunismo
As hierarquias de ambas as Maçonarias foram capazes de deixar de lado suas
diferenças para o "experimento" com o comunismo. O objetivo da Maçonaria era, e é, de
um utópico governo mundial - ofertando "Liberdade, Fraternidade e Igualdade" a todos
os homens e mulheres. Qual sistema político governaria o mundo, ainda não havia sido
determinado. Todas as possibilidades tiveram que ser consideradas. A democracia já
havia sido provada, mas não resolveu o problema da Igualdade. O socialismo, por si só,
era impraticável. Em conjunto com a democracia, o socialismo parecia se sair melhor,
mas atrapalhava a Fraternidade. A teoria por trás do comunismo mundial era certamente
utópica, mas também requeria um período intermediário de socialismo de estado. Per-
maneceu a questão de como o comunismo afetaria a Liberdade.

A dinastia Romanov era o último obstáculo ao governo mundial da Maçonaria,


razão pela qual a Rússia Imperial foi selecionada para o experimento comunista. Se o
experimento funcionasse, a Maçonaria Universal tinha esperanças de, um dia, fundir o
Leste e o Oeste em uma Nova Ordem Mundial utópica do comunismo. Caso contrário, o
comunismo seria desmantelado e a social-democracia reinaria na Nova Ordem Mundial.

473
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Joseph Stalin, um Maçom Rosacruz na época em que assumiu o poder na


Rússia, em 1924, compreendeu o esquema Maçônico e lutou muito pelo sucesso do
socialismo. Ele sabia que o socialismo exigiria financiamento externo. Cidadãos em
países avançados, disse ele, precisavam ser tributados para fornecer "ajuda externa às
nacionalidades atrasadas, para o desenvolvimento cultural e econômico de seus paí-
ses... [Caso contrário], será impossível reunir as várias nações e povos para dentro de
um único sistema econômico mundial, tão essencial ao triunfo final do socialismo".9

Rússia: Alvejada em 1843


Em 1843, o célebre poeta Judeu Heinrich Heine organizou em um livro, uma se-
leção de artigos que escreveu para o Augsburg Gazette, entre 1840 e 1843. O livro,
Lutece, profetizou os horrores de uma futura revolução comunista na Rússia. Veja a
estranha profecia de Heine:

Eu não descrevi a própria tempestade. Eu descrevi as grandes nuvens de tem-


pestade que prenunciavam a tormenta que se aproximava, avançando sombria e amea-
çadoramente através do céu. Fiz descrições frequentes e exatas daquelas legiões sinis-
tras, daqueles titãs enterrados no subsolo, que aguardavam nas fileiras mais baixas da
sociedade; eu tenho dado a entender que eles surgiriam de sua obscuridade, quando
chegasse a hora. Essas criaturas sombrias, esses monstros sem nome, a quem o futuro
pertence, eram então geralmente menosprezados através de binóculos; deste ângulo,
eles pareciam pulgas enlouquecidas. Mas eu os mostrei em sua grandeza, em sua ver-
dadeira luz, e assim vistos, eles se parecem com os crocodilos mais temíveis, e com os
dragões gigantes que já surgiram do abismo imundo.

Comunismo é o nome secreto desse tremendo adversário, que é o governo do


proletariado, com tudo o que isso implica, oposição ao regime burguês existente. Será
um duelo terrível. Como isso vai acabar? Isso é conhecido pelos deuses e deusas, em
cujas mãos jaz o futuro. De nossa parte, tudo o que sabemos é que, por mais pouco
falado no presente, por mais miserável que seja a existência em sótãos escondidos, em
camas miseráveis de palha, o Comunismo é, no entanto, o escuro herói, escolhido para
um papel enorme, embora fugaz, na tragédia moderna, e apenas aguardando sua suges-
tão para entrar no palco.

Há um estrondo aproximando-se de tempos difíceis, cheios de convulsões.


Qualquer profeta, desejando escrever um novo Apocalipse, terá que inventar novos
monstros, tão assustadores, que a velha besta simbólica em São João, em comparação,
pareceria não mais do que pombas arrulhando e Cupidos graciosos. Os deuses escon-
dem seus rostos, de compaixão pelas pobres criaturas humanas insignificantes, suas
474
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

enfermarias por séculos, mas talvez, também, por medo de seu próprio destino. O futuro
cheira a chicotes Russos, de sangue, de impiedade, e de golpes violentos. Eu aconselho
nossos descendentes a terem boas peles grossas quando nascerem neste mundo.

Isso era uma profecia, ou tinha Heine conhecimento "confidencial" de que a


Rússia estava condenada pela Maçonaria para um sistema político comunista? A respos-
ta pode ser encontrada na atividade Maçônica que ocorreu durante seu dia.

Você se lembra que, em 1844, a revisão de Frederick Engels do livro de Tho-


mas Carlyle, Past and Present, promoveu o comunismo e foi publicado por um jornal
Maçom Alemão, fundado por Arnold Ruge.11 Ruge foi discípulo de Henry Palmerston e
de Giuseppe Mazzini. Em 1848, Karl Marx, com a assistência de Engels, escreveu o
Comunist Manifesto. Marx foi, então, apresentado a Ruge por Heinrich Heine, após o que
Marx foi colocado como editor do jornal Maçônico de Ruge, em Paris.12 Engels, Ruge,
Mazzini, Marx e Heine eram camaradas na Maçonaria do Grande Oriente. Lorde Pal-
merston era um Maçom do Rito Escocês. Todos os seis foram a força inicial por trás do
experimento comunista.

Um Século de Intriga Maçônica


A intriga Maçônica já havia começado a minar o poder dos Czares, quando es-
ses poderosos Maçons começaram a planejar o experimento comunista. Como na Euro-
pa, a Maçonaria na Rússia foi dividida entre as Grandes Lojas Inglesas e a mais radical
Grande Oriente Francês. O Grande Oriente seguiu a doutrina de Adam Weishaupt:

1. Abolição de todo governo ordenado;


2. Abolição da propriedade privada;
3. Abolição da herança;
4. Abolição do patriotismo;
5. Abolição da religião;
6. Abolição do casamento;
7. Criação de um governo mundial.13

A Maçonaria chegou à Rússia vinda da Escócia, por volta de 1772. Durante os


primeiros anos do reinado de Catherine II (1762-1796), o Ofício alcançou toda a alta
sociedade Russa, quando a Imperatriz se declarou Protetora da Maçonaria. Em 3 de
setembro de 1776, doze lojas se uniram e formaram a Grande Loja Nacional. Em 1779, a
Grande Loja Provincial Sueca foi estabelecida. Em 1784, a Grande Loja Imperial foi
formada, em São Petersburgo. Enquanto isso, Nikolay Ivanovich Novikof, escritor Russo,
tornou-se Grão-Mestre da primeira Grande Loja do Oriente, em São Petersburgo. Des-
475
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

conhecido para Catherine, Novikof iniciou três príncipes da aristocracia Russa (Leopu-
chin, Troubetskoi e Turgenjef) na Ordem, e os doutrinou na arte da subversão. Quando
uma revolução foi tentada em 1792, Catherine exilou os três príncipes de suas proprie-
dades e Novikof foi preso na fortaleza de Schlusselburg.14

A Maçonaria foi suprimida por Catherine e restabelecida pelo Imperador Paul I


(r.1796-1801). A princípio, Paul era a favor da Maçonaria e, em 1796, libertou Novikof,
mas a pedido dos Jesuítas, ele fechou as lojas em 1797 e exilou a maioria dos elemen-
tos perigosos.15

Napoleão estava no poder há dois anos quando o maléfico Alexander I (r.1801-


1825), um tagarela em bruxaria, sucedeu Paul. (Este é o mesmo Alexander que, no
Congresso de Viena de 1815, frustrou o Plano Metternich de implantar a Federação
Monárquica da Europa.) Em 1803, o Maçom do Grande Oriente, Johann V. Boeber,
solicitou a Alexander para revogar a ordenança de Paul, que proibia a Maçonaria. A
Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry, dá conta do que aconteceu:

Boeber, conselheiro de estado e diretor da escola militar de São Petersburgo,


resolveu remover, se possível, da mente do Imperador os preconceitos que ele havia
concebido contra a Ordem. Assim, em uma audiência que ele tinha solicitado e obtido,
ele descreveu o objeto da Instituição e a doutrina de seus mistérios, de modo a levar o
Imperador a rescindir os desagradáveis decretos.... 16

Boeber, ciente das predileções do Imperador pela bruxaria, descreveu os misté-


rios do Grande Oriente a partir dessa perspectiva. O imperador respondeu: "O que você
me falou da instituição, não apenas me induz a conceder minha proteção e patrocínio,
mas mesmo para pedir iniciação em seus mistérios."17

A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry conclui: "Assim, Alexander foi inicia-


do logo depois, e por consequência, o Grande Oriente de toda a Russia foi estabelecido,
com Boeber como Grão-Mestre".18 (Boeber também era governante da Grande Loja
diretora.)

Enquanto isso, em 1804, Napoleão havia se coroado Imperador da França e


começara, imediatamente, a planejar a guerra contra a Europa. Sua maior vitória, a
Batalha de Austerlitz contra a Áustria e a Rússia, veio um ano depois. Em 1810, Napo-
leão já havia consolidado a maior parte da Europa em seu império Sua queda começou
com a desastrosa invasão da Rússia, em 1812. A coalizão Aliada reviveu e, em 1814,
Napoleão foi derrotado e exilado para a ilha de Elba.

476
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

Durante a guerra contra a França, oficiais militares Russos tentaram estabele-


cer lojas itinerantes, sob a jurisdição da loja do Grande Oriente Les Amis Reunis, em St.
Petersberg. Eles conseguiram fundar cinco, mas acharam difícil consolida-las. Quando
as tropas Russas ocuparam Paris, em 1814, o Grande Oriente ajudou as lojas militares
Russas a se unirem em uma nova loja, chamada Astrea. Com o retorno do exército para
a Rússia, Astrea passou a ter quarenta lojas sob sua jurisdição. Sob a influência france-
sa, essas lojas voltaram sua atenção para a política.19

Nessa época, muitos aristocratas Russos visitaram a França e ficaram fascina-


dos com as idéias liberais da Revolução Francesa. Eles voltaram para a Rússia, impor-
tando duas Grandes Lojas, chamadas Estrela do Norte e Estrela do Sul. Muitos influen-
tes e ricos nobres Russos foram iniciados em ambas as lojas. Estes eram os "quase
poderosos" que aspiravam democratizar a Rússia, com uma Monarquia Constitucional e
uma Duma (parlamento).20

Enquanto isso, uma Grande Loja irregular, chamada Vladimir, que em 1810 fi-
cou sujeita à jurisdição Sueca, estava tentando negociar reformas com o Imperador. Sem
sucesso, foi substituída pela Astrea, uma loja militar mais democrática. A Astrea influen-
ciou Alexander na preparação de reformas constitucionais, mas não foi suficientemente
radical para Pavel Ivanovich Pestel, então Grão-Mestre do Grande Oriente de toda a
Rússia. Assim, Pestel e outros, com Novikof, se separaram da Astrea e fundaram a
Alliance du Salut, uma loja militar do Grande Oriente, formada no regimento dos Guar-
das. Os Guardas, cujo dever era proteger o Imperador, foram gradualmente imbuídos
dos ideais revolucionários mais radicais.22

No Congresso de Viena de 1815, Alexander foi advertido contra sua lealdade


àMaçonaria do Grande Oriente, que estava empenhada na destruição da Coroa e da
Igreja. O Czar, hipnotizado pelas intrigas da bruxaria, recusou-se a desistir de sua asso-
ciação, mesmo diante da perda de seu império para os republicanos. Após seu retorno à
Rússia, em vez de suprimir a Ordem, ele afirmou nominalmente "A Santa Aliança", que
era "apoiar a Igreja Cristã e conter a crescente maré de radicalismo, revolução e subver-
são"23 - toda a essência da Maçonaria que ele abraçara.

Percebendo o perigo que a Santa Aliança representava para a Maçonaria, o


Grande Oriente enviou uma de suas Maçons para se infiltrar na Corte Real Russa. O
nome dela era Madame Bouche, conhecida pelos adeptos como Irmã Salomé, uma
espiritualista. Gradualmente, ela trabalhou nas boas graças do Czar, que a trouxeram
para sua corte como consultora pessoal. Depois de dezoito meses, período em que ela
teve muitos entrevistas secretas com o Imperador, foi substituída por outra e mais persu-
asiva médium-sonâmbula da Grande Maçonaria do Oriente, a famosa Madame de
Krudner. Essa bruxa adquiriu tanta influência sobre o Czar, que seus ministros ficaram

477
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

alarmados. Eles conspiraram contra a profetisa, e Madame de Krudner foi sumariamente


banida da Corte Russa.24

No Congresso de Verona de 1822, o Czar Alexander ainda estava ligado ao


Grande Oriente. O príncipe Metternich, agora primeiro ministro da Áustria, advertiu no-
vamente o Imperador do perigo dessa associação para seu governo, e não apenas para
ele, mas para os governos de toda a Europa, se reis e príncipes não proibissem a Or-
dem. As palavras exatas de Mettenich foram: "Se os governos não tomarem medidas
eficazes, a Europa corre o risco de sucumbir a ataques incessantemente repetidos por
essas associações... As monarquias absolutas, as monarquias constitucionais e até as
repúblicas, estão todas ameaçadas pelos Levellers."25

Desta vez, o Czar ouviu. Em seu retorno à Rússia, ele dissolveu, por um impe-
rial ukase (decreto) todos os Grande Orientes e as Grande Lojas, temendo que tais or-
ganizações pudessem derrubar o Estado. Pestel começou, imediatamente, a planejar o
assassinato do Czar e, subsequentemente, a queda de seu Império.

Desde 1814, Pestel era persistente em sua tentativa de unir toda a Rússia, Po-
lônia, Boêmia, Morávia, Dalmácia, Hungria, Transilvânia, Servia (Sérvia), Moldávia e
Valachia sob uma república federal. Conspirando com ele, estavam muitos príncipes
iniciados na Maçonaria e doutrinados na subversão. Quando Pestel divulgou seus planos
de assassinar toda a família imperial Russa e proclamar uma república, o príncipe Ja-
blonowski da Polônia (um colega Maçom) recuou horrorizado, e os Poloneses foram
autorizados a formar seu próprio governo.

A revolução foi planejada para 1829, mas a morte repentina de Alexander, em


1825, apressou a revolta. O levante ocorreu numa segunda-feira, dia, 14 de dezembro de
1825, mas falhou, e os líderes dos "dezembristas", como eram chamados os rebeldes,
foram presos. Eles foram executados alguns meses depois.26

Sob o novo Czar, Nicolau I (r.1825-1855), a Maçonaria foi severamente supri-


mida. A revista do Rito Escocês New Age (fevereiro de 1945) relata:

[D]epois de 1825, muitos Maçons Russos se exilaram na França, onde as lojas


que operavam no idioma Russo foram patrocinadas pelo Grande Oriente. Alguns dos
exilados, mais tarde retornaram à Rússia e organizaram lojas em São Petersburgo e
Moscou... e tinham "um objetivo e visão declaradamente políticos; a derrubada da auto-
cracia."27

Enquanto os Maçons Russos estavam em treinamento na França, a Maçonaria


permaneceu adormecida em sua pátria, até a ascensão ao poder do sucessor de Nicolau

478
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

I, Alexander II (r.1855-1881). Alexander subiu ao trono após a desastrosa Guerra da


Criméia - uma guerra projetada pelo Maçom Lord Palmerston da Grã-Bretanha, a fim de
dissolver a aliança da Rússia com a Áustria. Sob grande pressão de Maçons do exterior,
particularmente de Lord Palmerston, Alexander percebeu a necessidade de permitir
"instituições políticas" fora do governo - como a Maçonaria - para funcionar. Em 1857, as
lojas haviam reaberto em St. Petersburgo, dando à Maçonaria Inglesa a oportunidade de
penetrar na Corte Impérial com subversivos Maçônicos. Quando Palmerston morreu, em
1865, a causa foi tomada e dirigida por Albert Pike e Joseph Mazzini.

Mikhail Bakunin
Mazzini manteve contato com revolucionários em todo o mundo. Um deles era
um homem que lançaria a sombra sinistra do terrorismo, não apenas sobre a sua era,
mas sobre a nossa também. Ele era o Maçom do Grande Oriente, Mikhail Bakunin (1814-
1876), um discípulo Russo de Weishaupt, que, ironicamente, odiava os Judeus.28 Os
autores de The Messianic Legacy recontam as credenciais Maçônicas de Bakunin:

Tendo passado mais de vinte anos ascendendo nas fileiras da Maçonaria, Ba-
kunin havia adquirido uma estrutura filosófica metafísica para suas idéias sociais e políti-
cas. Bakunin era um satanista auto-proclamado. De acordo com um comentarista, ele via
Satanás "como o chefe espiritual dos revolucionários, o verdadeiro autor da libertação
humana". Satanás não era apenas o rebelde supremo, mas também o supremo comba-
tente da liberdade contra o Deus tirânico do Judaísmo e do Cristianismo. As instituições
estabelecidas da igreja e do estado eram instrumentos do Deus opressor Judaico-Cristão
e, de acordo com Bakunin, era uma obrigação moral e teológica de se opor a elas.29

Ralph Epperson, em The New World Order, cita Bakunin ao dizer sobre os atri-
butos de Satanás:

"Satanás [é] o eterno rebelde, o primeiro livre-pensador e o emancipador dos


mundos."

"Ele envergonha o homem de sua ignorância e obediência bestial; ele o eman-


cipa, carimba em sua testa o selo da liberdade e da humanidade, estimulando-o a deso-
bedecer e comer do fruto do conhecimento".30

Em 1857, Bakunin estava na Inglaterra com Mazzini, para planejar o assassina-


to de Napoleão III.31 Em 5 de agosto de 1862, ele foi um dos delegados na Exposição [do
trabalhador]. Internacional de Londres. Os delegados se reuniram no Salão da Maçona-
ria, em um jantar oferecido por seus colegas Ingleses. O discurso proferido depois do
479
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

jantar, constituiu a base da Associação Internacional dos Trabalhadores - conhecida


mais tarde como Internacional Comunista. De 24 a 28 de setembro de 1864, Bakunin
esteve no St. Martin's Hall, em Londres, com Mazzini e Marx, fundador da Associação
Internacional dos Trabalhadores. Mazzini e Marx foram colocados em um sub-comitê
para preparar a constituição. Em 1869, Bakunin lutou pelo controle da Internacional, que
manteve sua convenção daquele ano no Templo Maçônico Únique, em Genebra. Naque-
la reunião, Bakunin falou assim da estratégia para o triunfo do Comunismo:

Por liquidação social, entendo a expropriação de todos os proprietários existen-


tes, pela abolição do estado político e jurídico, o qual é a sanção e única garantia de toda
a propriedade como agora existe e de tudo aquilo que é chamado de direito legal; e a
expropriação, de fato, em toda parte, e tanto e mais rapidamente quanto possível, pela
força de eventos e circunstâncias.33

Em 29 de setembro de 1872, quando ocorreu uma divisão nas fileiras dos parti-
cipantes no Congresso Internacional de Haia, alguns tomaram partido de Bakunin, en-
quanto outros reuniram-se em torno de Marx. Os seguidores de Marx queriam uma revo-
lução não violenta, através das greves dos trabalhadores. Os seguidores de Bakunin
fundaram o Partido Anarquista, pedindo o terrorismo e o assassinato, como meio de
derrubar todas as formas de governos existentes. Bakunin descreveu o revolucionário
em seu famoso Catechism:

O revolucionário é um homem dedicado. Ele não deve ter interesses pessoais,


negócios, sentimentos ou propriedade. Ele deve ser absolutamente absorvido por um
único interesse exclusivo, um único pensamento, uma única paixão, a revolução. Ele
despreza e odeia a moral real; para ele, tudo aquilo que favorece o triunfo da revolução é
moral, e imoral e criminoso aquilo que o impede. Entre ele e a sociedade, existe uma luta
até a morte, incessante e inconciliável. Ele deve estar preparado para morrer, para su-
portar tortura, para matar com as próprias mãos todos aqueles que são obstáculos para
a revolução.34

Em 1º de março de 1881, um discípulo de Bakunin conseguiu assassinar Ale-


xander II com uma granada de mão de nitroglicerina. A identidade do assassino nunca foi
conhecida, porque ele próprio foi destruído quando uma das granadas explodiu em seu
bolso.35 A polícia imperial reuniu vários anarquistas, um dos quais era o irmão mais velho
de Vladimir Lenin, e os executou por terem participado do assassinato.36

Após o assassinato de Alexander II, Alexandre III (1881-1894) subiu ao trono. A


Maçonaria foi, mais uma vez, suprimida, mas já era poderosa demais para ser destruída.

480
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

Lenin
Em 1870, Vladimir Ilich Ulyanov nasceu de mãe Judia e pai Gentio. Ulyanov,
mais conhecido como Lenin (1870-1924), tinha onze anos quando seu irmão foi executa-
do por tomar parte no assassinato de Alexander II. Durante sua adolescência, Lenin
adotou e absorveu os ideais revolucionários que seu irmão havia abraçado e, assim
como seu irmão, tomou Bakunin como seu ídolo,.

A futura estrutura do partido revolucionário de Lenin derivou diretamente de Ba-


kunin, como o próprio Lenin reconhece em seus cadernos. Quase citando Bakunin, Lenin
declarou: "Nós não acreditamos na moralidade eterna... Tudo o que é necessário para a
aniquilação da velha ordem social exploradora e para a união do proletariado é moral."37

Em 1889, enquanto estudante da Universidade de Kazan, Lenin ingressou na


Maçonaria do Grande Oriente. Lá, ele começou a ler Marx e logo expôs os princípios
Marxistas.. Mais tarde, ele escreveu: "O ateísmo é uma parte natural e inseparável do
Marxismo, da teoria e prática do Socialismo científico. Nossa propaganda inclui, neces-
sariamente, a propaganda para o ateísmo."38 Lenin revelou sua natureza anti-Cristã e
anti-Semita quando ele disse: "Nós devemos combater a religião. Este é o ABC de todo
materialismo e, consequentemente, do Marxismo."39 O Leninismo se tornou uma mistura
de Marx e Bakunin.

Em 1894, quando o infeliz Czar Nicolau II (r-1894-1917) ascendeu ao trono Im-


perial, a Rússia ainda era presa da Maçonaria. Em 1895, Lenin e nove outros, incluindo
Leon Trotsky, fundaram o Partido Social Democrata do Trabalho, o precursor do Partido
Comunista.40 Esses revolucionários foram divididos entre uma extrema ala terrorista,
liderada por Lenin, e outra ala composta por um número maior e mais amplo de mem-
bros que se fundiram, imperceptivelmente, com o liberalismo radical da classe média,
liderado por Trotsky. Depois, durante seu segundo congresso realizado em Bruxelas e
Londres, em 1903, o grupo de Lenin obteve a maioria dos votos, tomando o nome Bol-
chevique (derivado da palavra russa para "maioria"). O grupo unido, que perdeu no voto
para os Bolcheviques, ficou conhecido como Mencheviques (derivado da palavra russa
para "minoria"). De 1900 a 1905, o grupo de Lenin esteve planejando a violenta derruba-
da do governo Russo.

Ao contrário de Trotsky, que inicialmente estava disposto a se aliar à classe


média liberal, "Lenin acreditava que seus Bolcheviques nunca deveriam se aliar às forças
liberais da burguesia, sob nenhuma circunstância".41 No entanto, Lenin não tinha aversão
a aceitar dinheiro do exterior. Por exemplo, durante a primavera de 1905, Lenin esteve
em Londres, negociando fundos da socialista Sociedade Fabiana, cujos membros eram
Maçons liberais de classe média e alta, como H. G. Wells, George Bernard Shaw e Annie
481
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Besant. Após esta reunião, vários dos Fabianos ricos emprestaram a Lenin grandes
somas de dinheiro.42

Na época, muito mais sério para o governo Russo, porém, foi sua desastrosa
guerra contra o Japão, iniciada em 1904. O conflito decorreu de uma luta anterior entre o
Japão e a China sobre a Coréia, que o Japão havia vencido decisivamente, em 1895.
Forçado a proteger seus interesses no Extremo Oriente, o Czar tomou partido da China,
exigindo que o Japão devolvesse a Península de Liaotung à China, o que aconteceu em
1896. Em 1898, o governo Russo adquiriu a península dos Chineses e construiu uma
base naval nas águas livres de gelo, em Port Arthur, antagonizando o Japão.

Em retaliação, as forças japonesas fizeram um ataque surpresa aos navios de


guerra Russos, em Port Arthur, na noite de 8 a 9 de fevereiro de 1904.43 A Maçonaria do
Grande Oriente, imediatamente viu sua oportunidade de enfraquecer a Rússia, tornando-
a menos capaz de resistir à revolução. A revolução de Lenin, programada para a prima-
vera de 1905, alcançaria melhor o sucesso se os militares saissem. Ao financiar os Ja-
poneses contra os Russos, o Grande Oriente forçaria o Czar a reforçar sua frente orien-
tal, deixando as frentes ocidentais desprovidas de pessoal e recursos militares. Um em-
préstimo de US $ 30.000.000 foi emitido para os Japoneses, de um banco afiliado da
Warburg, em Nova York, um banco administrado pelo Maçom do Grande Oriente Jacob
Schiff. Este fato é confirmado oficialmente no Jewish Communal Register, de 1917-1918:

A firma de Kuhn, Loeb and Company negociou os grandes empréstimos de


guerra japoneses de 1904-5, possibilitando, assim, a vitória Japonesa sobre a Rússia...
Schiff tem sempre usado sua riqueza e influência no melhor interesse de seu povo. Ele
financiou os inimigos da Rússia autocrática e usou sua influência para manter a Rússia
longe do mercado monetário dos Estados Unidos.44

Lenin retornou a São Petersburgo na primavera de 1905, para receber fundos


adicionais de um Maçom chamado Joseph Stalin. Stalin, conhecido nos círculos Maçôni-
cos como o Jessé James dos Urais, juntou-se aos Bolcheviques, em 1903. De 1903 até
sua recepção por Lenin, Stalin vinha roubando bancos para ajudar a financiar a iminente
revolução de Lenin.45

A revolução de Lenin começou em 1º de maio, aniversário da fundação dos


Illuminati.46 Ele e Trotsky ainda estavam divididos em seus esforços, ambos publicando
jornais radicais para fomentar, na força de trabalho, seus respectivos estilos de revolu-
ção. Os meios de Trotsky para alcançar o poder eram greves de trabalhadores; assim ele
formou, em São Petersburgo, um "[Conselho] Soviético dos Deputados dos Trabalhado-
res". O presidente do "Soviete dos Trabalhadores" era um advogado russo, chamado
Khrustalyov, mas seu líder silencioso era Trotsky. Embora Lênin não participasse ativa-

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______________________________________________________________CAPÍTULO 19

mente nos Sovietes, ele e Trotsky, independentemente, espalharam propaganda antigo-


vernamental através de seus papéis. Os dois homens foram fundamentais para causar
mil e seiscentas greves de trabalhadores, envolvendo um milhão de homens e mulheres.

Enquanto isso, Nicolau II, com a maioria de seus militares na frente oriental,
travando uma guerra com o Japão, deparou-se com um número inadequado de tropas
para impedir a revolução dentro de casa. Precisando terminar a guerra com o Japão, ele
enviou o Conde Witte para negociar a paz. Em outubro, quando a revolução atingiu seu
clímax, a paz foi firmada com o Japão. Uma greve final foi convocada pelos Bolcheviques
- uma greve ferroviária nacional, projetada para impedir que as tropas Russas voltassem
para casa. Quando Lenin, Stalin e Trotsky foram capturados, a greve fracassou. Lenin foi
exilado para a Suíça, Stalin e Trotsky para a Sibéria. Trotsky escapou para a Europa e
depois para Nova York.

Diante da ameaça de colapso político, o Czar Nicolau emitiu um manifesto,


prometendo convocar uma Duma ou Parlamento nacional, que participaria do processo
legislativo. A eleição, realizada em abril de 1906, em uma franquia bastante ampla, pro-
duziu uma Duma com maioria de esquerda. O Conde Witte se tornou o primeiro Primeiro-
Ministro da Rússia. Reformas exigidas pela Duma, tais como a redistribuição da proprie-
dade dos proprietários de terras a camponeses, com ou sem indenização, a anistia a
presos políticos, direitos iguais para Judeus e dissidentes religiosos, e autonomia para a
Polônia, eram inaceitáveis para o governo. Depois de dois meses de impasse, Nicolau
dissolveu a Duma.47

Stalin
Iosif Visarionovich Dzhugashvili (1879-1953) mudou seu nome para Joseph
Stalin, em 1903, quando começou a roubar bancos. Antes, ele havia treinado para o
sacerdócio em um seminário teológico, em Tiflis. Em 1900, ele viveu por um ano com
Georg Ivanovich Gurdjieff (1870s-1949), um "mago" dos mistérios tibetanos da região da
Geórgia.48 Gurdjieff, um Maçom Rosacruz, conviveu com Maçons Ingleses e foi um de-
fensor e professor de misticismo racista-gnóstico.49 Enquanto estava na Geórgia, Stalin
foi iniciado na Maçonaria Martinista por Gurdjieff e tornou-se um reservado anti-Sionista.
Casado com uma Judia, Stalin não era um anti-Semita.

483
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Trotsky
Lev Davidovich Bronstein (1879-1940) nasceu de pais Judeus. O pai dele, um
rico proprietário de moinho de grãos em Kherson (Rússia do Sul), possuía uma proprie-
dade em Yanovka, que fica não muito longe de Kherson. As opiniões de Bronstein eram
idênticas às da Alliance Israelite Universelle (que propunha o envolvimento de Judeus
em todas as esferas da sociedade Gentia), mas ele não mostrou evidências de ser anti-
Sionista. Para esconder seus anos de atividade revolucionária, Bronstein mudou seu
nome para Leon D. Trotsky.

A maioria das pessoas aprendeu sobre a existência e as atividades de Trotsky


em 1917, quando ele entrou na arena política da Rússia e se apresentou como "amigo"
íntimo e colega de trabalho de Lenin. Somente aqueles mais familiarizados com os mo-
vimentos Marxistas e com a propaganda revolucionária na Europa, lembraram que
Trotsky e Lenin eram inimigos nos anos anteriores.

Trotsky, aos 19 anos, usou o sigilo das lojas do Grande Oriente para organizar
uma sociedade revolucionária em Nicolayev, um porto no mar Negro perto de sua casa.
Muitos pobres e Protestantes enganados, que haviam sido perseguidos pela Igreja Orto-
doxa da Rússia, foram recrutas fáceis para sua revolução Maçônica. As sementes do
descontentamento começaram a germinar, quando conseguiu perverter as reuniões
desses Cristãos Protestantes Russos.

Em 1899, ele e vários amigos Maçônicos foram presos pela polícia do Czar e
exilados na Sibéria. Ele escapou em 1902 e fugiu para a Europa Ocidental. Trotsky era
apenas um dos muitos emigrantes políticos Russos que estavam povoando os fundos
dos becos das capitais Europeias. Eventualmente, ele foi para Londres, onde teve ocasi-
ão de visitar Lenin, que viajava para o exterior em busca de financiamento. Trotsky, não
ainda disposto a ceder à violenta derrubada do governo, conforme exigido pelos Bolche-
viques de Lenin, evitou a sugestão deste para que se unissem.

De Londres, Trotsky foi para a Áustria e depois para Paris. Enquanto em Paris,
ele freqüentou as Lojas do Grande Oriente, solicitando apoio financeiro e político para
sua própria revolução. Lá, ele foi encorajado pelos comunistas mais radicais a reconside-
rar a violência, caso a forma mais branda de ação, por meio de greves dos trabalhado-
res, não fosse bem-sucedida. Como Marxista, Trotsky conseguiu conquistar a confiança
dos líderes do Marxismo em Paris e, a partir de então, o encontramos intimamente asso-
ciado às duas sedes Maçonicas da revolução Russa.50 Assim, foi em Londres e em Paris
que Trotsky teve seu verdadeiro começo como uma figura internacional.

484
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

Com as bênçãos do Grande Oriente francês, Trotsky foi enviado de volta à


Rússia para fomentar a revolução. Ele chegou na primavera de 1905 e fundou um jornal
diário, Nachalo (O Começo). Pouco tempo depois, ele formou o "Soviete dos Trabalhado-
res" em São Petersburgo. Lenin, que havia retornado à Rússia logo após Trotsky, não
participou ativamente nos Sovietes, mas se satisfez em editar seu próprio diário revoluci-
onário radical, chamado Novoya Zhizn (Nova Vida).

Embora esses dois homens cooperassem na Revolução Bolchevique de 1917,


Lenin era rival de Trotsky, não apenas politicamente, mas também jornalisticamente. O
jornal de Trotsky teve uma circulação muito maior do que a de Lenin - até meio milhão de
cópias, diariamente. Trotsky também foi apoiado financeiramente pelo rico editor judeu
Dr. Herzenstein. A circulação de Lenin era muito menor e exercia muito menos influência.

Ambos os artigos, no entanto, chegaram à Alemanha, onde foram lidos pela


Casa de Warburg. Max Warburg, um Maçom do Grande Oriente, já observava os dois
homens, e estava atualmente ajudando-os, financiando a guerra Japonesa contra a
Rússia. A publicação de Trotsky fez Warburg ciente de que o ponto de vista desse rebel-
de na revolução mundial era idêntico ao seu. Warburg sabia que um homem como
Trotsky iria longe na solidificação de uma revolução, se adequadamente apoiada e abas-
tecida com muito dinheiro. Mas administrar um governo revolucionário não era sua força.
Warburg escolheu o mais intelectual, Lenin. A futura cooperação de Trotsky e Lenin foi,
sem dúvida, incentivada pela Casa de Warburg.

O movimento Bolchevique não se originou com os pobres e oprimidos da Rús-


sia, como fomos levados a acreditar, mas pelos ricos Maçons do Grande Oriente de
Berlim e Paris, e os Maçons Ingleses de esquerda de Londres.

Em Trotsky and the Jews behind the Russian Revolution (1937), escrito anoni-
mamente por um dos ex-Comissários Soviéticos de Trotsky, lemos:

Os laços entre Trotsky e os poderes que o apoiam, sem dúvida ficaram mais
próximos após a revolução de 1905. Como chefe de fato dos "trabalhadores soviéticos"
de São Petersburgo, ele demonstrou seu desrespeito a todas as restrições, quando
ofereceu uma oportunidade para agitar multidões de criminosos em um frenesi com sede
de sangue.51

A incapacidade dos trabalhadores de derrubar o governo forçou Trotsky a re-


pensar seu estilo de revolução. Ele, finalmente concordou com Lenin e Bakunin que uma
revolução bem-sucedida deveria manter um constante massacre de indesejáveis - um
reino interminável de terror.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Com o fracasso da revolução, Trotsky novamente foi exilado na Sibéria. Dificil-


mente ele foi levado ao seu destino quando escapou, voltando correndo para São Pe-
tersburgo, onde ficou escondido por seus companheiros Maçônicos.52 Depois de uma
curta estadia, Trotsky saiu da Rússia em uma missão de viajar pela Europa - falando em
uma cidade, depois em outra, sempre pouco à frente da polícia. Ele também desempe-
nhou o papel de correspondente de influentes jornais e periódicos Russos e Europeus
distribuídos no Continente.

Enquanto isso, em Paris, Russos aristocráticos que haviam sido exilados para a
França, após a primeira Duma ser dissolvida no verão de 1906, estavam preparando sua
própria revolução Maçonica. A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry fornece os deta-
lhes:

Alguns importantes intelectuais Russos se juntaram às Lojas Francesas. O Pro-


fessor Bajenoff juntou-se, em Paris, à Loja do Rito Escocês Les Amis Reunis. Paul Ja-
blochkov, eletricista mundialmente famoso, fundou a Loja Cosmos, sob o Rito Escocês
Antigo e Aceito, onde, em 1906, cerca de quinze publicitários Russos se juntaram às
Lojas Francesas. Esses irmãos, ao voltarem para a Rússia, organizaram duas lojas, uma
em São Petersburgo, a Estrela Polar, e outra em Moscou. Essas lojas foram instituídas
com grande cerimônia, em maio de 1908, por dois representantes do Grande Oriente da
França e, até 1909, foram organizadas seis lojas. Houve um intervalo na sua atividade
sobre restrições policiais e, em seguida, essas lojas foram reabertas em 1911, traba-
lhando sob o Grande Oriente da França, praticamente sem ritual e tendo um objetivo
declaradamente político em vista, ou seja, o da derrubada da autocracia... Em 1913 e
1914, a organização... ou cerca de quarenta e duas lojas, compostas principalmente por
membros do partido dos cadetes. Diz-se que a primeira revolução, em Março de 1917, foi
inspirada e operada a partir dessas lojas, e todos os membros do governo de Kerensky
pertencia a elas.53

Sião, anti-Zionismo e a Revolução Russa


O Zionismo foi uma explosão inesperada, lançada no meio da conspiração
Russa. Nas décadas de 1840 e 1850, quando a doutrina anti-Semita do Judaísmo da
Reforma de assimilação falhou em destruir a Ortodoxia Judaica na Rússia, o Czar Nico-
lau I foi encorajado a processar pogroms contra os Judeus. A Ortodoxia respondeu por
estar sonhando com uma pátria e organizou seu sonho nacionalista sob a bandeira do
"Zionismo". Naturalmente, os Reformadores se tornaram anti-Zionistas.

O Zionismo também tinha um inimigo no Priorado de Sião, com sede na Loja Miz-
raim, em Paris. O objetivo final de Sião era, e ainda é, estabelecer um trono na Europa
486
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

ocupado pelo falso rei de Sião, o "Rei de Jerusalém". Esse objetivo estava seriamente
ameaçado pela ascensão do Zionismo. Para combater a tendência nacionalista entre os
Judeus, ou pelo menos conter a propagação do Zionismo, o Priorado de Sião, em 1860,
fundou a Alliance Israelite Universelle, também sediada na Maçonaria de Mizraim, em
Paris. Através de uma série de eventos complexos (explicados no capítulo 13), a Maço-
naria de Mizraim produziu os Protocols of the Learned Elders of Sion.

Os milhares de Judeus de Reformistas se juntaram à Alliance Israelite Univer-


selle para combater a propagação do Zionismo. Por outro lado, a Casa de Rothschild
assumiu a liderança do Zionismo europeu, doando grandes somas de dinheiro para sua
causa. Ao fazer isso, eles se viram confrontados com as forças formidáveis de grupos
não-Zionistas na América e Europa - grupos que, mais tarde, foram controlados por
Jacob Schiff e seus amigos, os Warburgs.54

Enquanto isso, em 1875, a Maçonaria Mizraim se fundiu com outras duas Or-
dens Rosacruzes, Memphis e Martin. Em 1884, Sião providenciou o "roubo" dos Proto-
cols of the Learned Elders of Sion de sua própria Loja Mizraim, em Paris. Os Protocols
foram, depois, levados para a Rússia como propaganda contra os Judeus Zionistas, mas
permaneceu adormecido pelas próximas duas décadas.

O momento da publicação dos Protocols, em 1905, é realmente suspeito, espe-


cialmente porque dois homens de ascendência Judaica, Lenin e Trotsky, estavam inci-
tando a revolução naquele ano. Pogroms Judeus da mais horrenda natureza se segui-
ram. Os pogroms, em vez de destruir o Zionismo, como pretendiam, obrigaram os Ju-
deus a buscarem proteção, aliando-se a um dos dois grupos revolucionários, os Bolche-
viques ou os social-democratas. O financiamento dos Bolcheviques vinha dos Warburgs
anti-Zionistas, enquanto os social-democratas eram financiados pelos Rothschilds
pró-Zionistas.

Enquanto isso, o Priorado de Sião atribuiu a dois charlatães a tarefa de minar o


poder de Nicolau II. Esses homens não eram Judeus, mas Maçons Rosacruzes Gentios.
Eram eles o vidente Louis Philippe, protegido do ocultista Francês Dr. Gerard Encausse
(Papus), que era Grão-Mestre da loja da qual os Protocols foram roubados, e o curandei-
ro Grigoni Rasputin, que sucedeu Philippe.

Eventos subseqüentes sugerem, que a tarefa Maçônica de Philippe e Rasputin


era dupla. Depois que eles penetraram com sucesso na corte imperial Russa como con-
selheiros, eles deveriam (1) sugerir que pogroms fossem desencadeados contra os Ju-
deus; e (2) dar conselhos incompetentes para enfraquecer o império.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Esses dois charlatães exerceram influência no momento em que a liderança da


Rússia estava em seu momento mais fraco. Em 1894, quando Nicolau II subiu ao trono,
ele não era o verdadeiro poder, mas sim sua esposa Aleksandra, a quem o Czar, por
uma falha, era apaixonadamente dedicado. Nicholas era tímido por natureza, apesar de
possuir um grande encanto pessoal. Aleksandra tinha a força de caráter que lhe faltava,
e ele caiu completamente sob o controle dela. Sob influência dela, ele procurou o conse-
lho de espiritualistas e curandeiros. Philippe, então Rasputin, ofereceu seus serviços.

Philippe foi apresentado à Corte Imperial primeiro, por incrível que pareça, pelo
mesmo homem que era o sinistro conselheiro de Rasputin, o anti-Zionista e Judeu Re-
formista, Manoussevitch Manouil.55 Philippe afirmou ser capaz de ver o futuro e mudar o
curso dos eventos.56 Aleksandra sugeriu a Nicholas que Philippe deveria ser o Conse-
lheiro do Tribunal Imperial. Logo, o charlatão se tornou indispensável para o Imperador e
a Imperatriz.

Papus, o mentor de Philippe, de Paris, visitou a Rússia em duas ocasiões sepa-


radas, levando instruções para o "Dr." Philippe. Juntos, os dois homens organizaram as
Lojas Martinistas Rosacruzes na Rússia, para espalhar sua perniciosa doutrina anti-
Zionista. Philippe e Rasputin estavam, ao menos, familiarizados entre si, se não em liga,
pois Rasputin se juntara a uma dessas lojas. Como os eventos subsequentes sugerem,
Papus também contratou as lojas homicidas da O.T.O. na Rússia, em preparação para o
abate iminente. Philippe praticou sua bruxaria na corte, de meados da década de 1890 a
1902, com Rasputin assumindo em 1905.

A ascensão de Philippe e o domínio da corte imperial não foram por acaso. De-
sesperado, sem herdeiro do trono, Nicholas e Aleksandra consultaram o Charlatão Fran-
cês sobre como produzir um filho. Ele os convenceu de que poderia ajudar. Em 1902,
Philippe anunciou a gravidez da Czarina e previu que o bebê seria uma criança do sexo
masculino. Após seis meses, o tribunal teve que admitir que ela não havia engravidado.
A publicidade embaraçosa forçou Philippe a deixar a Rússia sob uma nuvem, mas não
antes dele preparar o terreno para a aceitação de seu sucessor. Philippe disse para
Aleksandra, "um dia você terá outro amigo como eu, que falará com você sobre Deus."57
É claro que esse amigo era Rasputin, que chegou em São Petersburgo alguns meses
após a partida de Philippe.

No final de 1903, Aleksandra realmente engravidou e, em 30 de julho de 1904,


teve um filho e deu-lhe o nome de Aleksei. Aleksei tinha uma doença para a qual não
havia cura conhecida e pouco tratamento eficaz. O único herdeiro do trono era um hemo-
fílico. O ano de 1905 foi abalado pela guerra no exterior e pela revolução em casa. Até
outubro, o Conde Witte concluira as negociações de paz com o Japão. A primeiro revolu-

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______________________________________________________________CAPÍTULO 19

ção Comunista havia chegado ao fim, e o imperador havia acabado de concordar com
uma política de transição para a democracia.

Em novembro, o curandeiro Rasputin foi apresentado à família imperial. Quan-


do ele demonstrou capacidade de aliviar o sofrimento do jovem Aleksei, foi bem-vindo no
círculo familiar como um amigo próximo e confiável. Aleksandra veio a venerá-lo como o
santo homem que Philippe profetizara que viria. Ela acreditava que Rasputin fora enviado
por Deus para salvar seu filho, a dinastia Romanov e a autocracia Russa.

Rasputin foi aceito como Conselheiro da Corte Imperial e sua palavra se tornou
lei. Em 1905, a oportuna divulgação na desavisada Rússia dos Protocols of the Learned
Elders of Sion, encheu a terra com um renovado anti-Semitismo. Rasputin informou o
Czar que a insurreição daquele ano fora uma conspiração Judaica para destruir a dinas-
tia Romanov. Ele aconselhou Nicholas a massacrar os Judeus, cujo conselho foi levado
aos pogroms de Kiev, Alexandrovsk e Odessa.58 Para proteção, os Judeus reuniram-se
para se juntar aos dois grupos revolucionários.

Com o sucesso dos pogroms, a tarefa Maçônica de Rasputin foi completada


apenas pela metade. Seu segundo objetivo era enfraquecer ainda mais a dinastia, colo-
cando legisladores incompetentes na Duma. Carroll Quigley escreveu: "Rasputin usou
seu poder... interferir em todos os ramos do governo, sempre de maneira destrutiva e
senso não progressivo".59

A eclosão da Primeira Guerra Mundial fortaleceu temporariamente a monarquia


e resultou na supressão adicional de Nicholas da Maçonaria e no repúdio da Duma.
Rasputin reagiu, virando a Czarina contra o sobrinho-neto do Czar, que era Comandante
em Chefe do exército Russo. Aleksandra, imediatamente sugeriu a seu marido que ele
mesmo assumisse o comando supremo. Embora Nicholas não tenha interferido nas
decisões operacionais, sua saída do cenário político teve sérias consequências. Na sua
ausência, o poder supremo foi passado à imperatriz. A Encyclopaedia Britannica relata
que

[uma] situação grotesca resultou: em meio a uma luta desesperada pela sobre-
vivência nacional, ministros e funcionários competentes foram demitidos e substituídos
por inúteis nomeados por Rasputin. O tribunal era amplamente suspeito de traição, e o
sentimento dinástico cresceu rapidamente. Os conservadores conspiraram a deposição
de Nicholas, na esperança de salvar a monarquia.60

489
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Planejando a Segunda Revolução Bolchevique


A eclosão da Primeira Guerra Mundial encontrou Trotsky na Áustria, editando o
informativo revolucionário, Pravda. Os Maçons do Grande Oriente já haviam assassinado
o Arquiduque Ferdinand. Os Maçons fizeram incursões na política Austríaca, e muitos
policiais Austríacos eram Maçons. Em vez de confinar Trotsky, como tinham outros as-
suntos Russos, a polícia o avisou para deixar a Áustria o mais rápido possível. Ele se
mudou para Paris, deixando para trás uma biblioteca e muitos manuscritos revolucioná-
rios. Esses documentos foram preservados pela loja Maçônica de Viena e depois envia-
dos para a Rússia, após a revolução Bolchevique.

De Paris, Trotsky viajou para a Suíça, onde Lenin já estava residindo. A Tercei-
ra Internacional (comumente conhecida como Internacional Comunista ou Comintern)
logo começou a tomar uma forma mais definida.61 O ano era 1915. Da Suíça, Trotsky se
mudou para a Espanha. Quando o governo Russo notificou as autoridades espanholas
que Trotsky estava lá, ele foi novamente preso. Maçons de Madrid contataram Londres
para ajudar, mas a Maçonaria Inglesa, planejando sua própria revolução na Rússia,
recusou-se a ajudar Trotsky. Por mais estranho que possa parecer, Trotsky foi exilado
para a cidade de Nova York.

A essa altura, Trotsky havia se tornado famoso nos círculos revolucionários Ju-
deus Russos. Quando ele saiu do navio em Nova York, um comitê de recepção de Ju-
deus Rússos o cumprimentou, com flores e música. Lá, ele foi apresentado ao Maçom do
Grande Oriente, Jacob Schiff, o protegido financeiro dos Maçons do Grande Oriente
Alemão Felix e Max Warburg. Schiff, imediatamente colocou Trotsky nos escritórios
editoriais do jornal radical Russo Novy Mir (Novo Mundo), que então era publicado em
Nova York. Era 1916.

A Revolução Democrática de Kerensky


Enquanto isso, uma revolução democrática, liderada por Alexander Kerensky e
os aristocratas da Loja Estrela Polar, estava florescendo na Rússia. Kerensky, Maçom do
32º grau do Rito Escocês, era membro do Partido Revolucionário Social. Este Partido
adquiriu um número considerável de seguidores, que em 1917 foi dividido em quatro
grupos - a ala Esquerda, os Internacionalistas Moderados, o Partido Social do Povo e a
ala Direita sob Kerensky.62

A revolução de Kerensky, em fevereiro, foi um produto de uma Rússia devasta-


da pela guerra e proclamou os mesmos ideais democráticos que a Revolução America-

490
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

na. Ele planejou um golpe com ajuda da corrupta e incompetente Duma Imperial, 63 a
qual estava cheia de joguetes de Rasputin. Dois anos antes, em 1915, durante a Primei-
ra Guerra Mundial, a Rússia havia perdido cerca de um milhão de homens. Em 1916,
outro milhão foi morto em apenas uma batalha – o contra-ataque "Brusilov" contra a
Áustria.64 Nessa época, o prestígio do Czar já caira tão baixo que a nação, os militares e
até a casa real do imperador ficaram divididos. Por exemplo, o Príncipe Georgi Yevge-
nievich Lvov, que era membro da aristocrática Loja Estrela Polar, estava planejando o
golpe com Kerensky.65

"Foi essa turbulência", disse o ex-Comissário Russo, "que provocou a derruba-


da original do Czar e provocou a tentativa de estabelecer um regime Republicano mo-
derno, sob Kerensky. Todo mundo próximo daqueles que estavam no comando dos
exércitos souberam, que os poderes dirigentes da Rússia Imperial haviam se dividido."66

O Czar Nicholas era indiferente à divisão política em casa. Sua preocupação


imediata era o pesado preço que a guerra mundial estava infligindo à população Russa.
Apesar do tratado que ele assinara com a Inglaterra e a França, o qual especificava que
não haveria paz negociada em separado com as Potências Centrais, Nicholas necessita-
va terminar a guerra para salvar sua nação. A facção dos militaristas, ao redor do Czar,
argumentou por permanecer na guerra, mas Nicholas recusou. Ele planejou uma ofensi-
va final para ser lançada no início da primavera. O exército Alemão deveria ser empurra-
do de volta, se possível, até Varsóvia, e começaram as negociações de paz com as
potências centrais.67

A Grã-Bretanha, precisando desesperadamente da máquina de guerra Russa


para manter os Alemães ocupados na frente oriental, foi provocada a apoiar a revolução
de Kerensky. Kerensky havia enviado anteriormente uma palavra a Londres, de que seu
governo manteria a Rússia na guerra se os Britânicos financiassem seu golpe. Com a
ajuda da Casa de Rothschild, Londres respondeu imediatamente. No outono de 1916, os
Maçons Ingleses estavam reunidos secretamente com Kerensky.68

O maior responsável pela negociação dos termos com Kerensky foi o Maçom
Inglês do 33º grau, Lord Alfred Milner (1854-1925), chefe dos Grupos conspiratórios
Mesa Redonda. A Macmillan's History of the Times confirma que

[e]m 19 de janeiro de 1917, Milner deixou Londres à frente de uma missão Alia-
da que, durante três semanas em Petrogrado, estabeleceu um esquema adequado para
manter as forças Russas abastecidas com munições Ocidentais .... Acreditava-se am-
plamente, na época, que a Revolução de Fevereiro [instalando Kerensky] ocorrera na
embaixada da Inglaterra.69

491
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Coagindo os Estados Unidos à


Primeira Guerra Mundial
Com a Rússia enfraquecida, os Aliados estavam perdendo rapidamente a guer-
ra para os Poderes Centrais. A Inglaterra, não apenas precisava da Rússia para perma-
necer na guerra, mas também da entrada dos Estados Unidos. O governo Britânico
esperava capitalizar o poder e a influência dos Judeus do mundo. A Encyclopedia of
Jewish History também confirma que os líderes Sionistas na Inglaterra fixaram o futuro
de seu movimento em uma vitória Britânica. Os Zionistas viam a guerra como uma opor-
tunidade única, especialmente quando parecia que a Inglaterra estava prestes a perder o
apoio da Rússia. A Encyclopedia afirma que

[os] Britânicos estavam ansiosos por ter os Judeus do mundo a seu lado, acre-
ditando que isso geraria amplo apoio Judaico às políticas Britânicas. Em particular, a
Grã-Bretanha desejava convencer os Estados Unidos a ingressar na guerra e a Rússia a
permanecer combatendo... Muitos, na Grã-Bretanha, acreditavam que uma declaração
pró-Zionista Britânica levaria os Judeus Americanos e Russos a pressionarem seus
respectivos governos a favor da Grã-Bretanha.70

A Declaração de Balfour
Os Maçons foram o veículo através do qual o plano Britânico foi comunicado.
James A. Malcolm, um Armênio, revela a extensão da rede Maçônica em Origins of
Balfour Declaration, um livro branco, escrito em 1944 e mantido pelo Museu Britânico,
bem como pela Biblioteca da Universidade de Harvard. Em Origins, Malcolm conta a
história do seu envolvimento pessoal nos eventos e na política, que levaram à Declara-
ção de Balfour.

Em 1916, Malcolm foi nomeado um dos cinco membros da Delegação do Exér-


cito Nacional da Armênia, para se encarregar dos interesses Armênios durante e após a
guerra. Nessa competência oficial, ele teve contatos freqüentes com o Gabinete Britâni-
co, com o Ministério das Relações Exteriores e com o Ministério da Guerra. Ele também
teve contato com as embaixadas Francesa e de outros Aliados, em Londres, e estava em
contato com autoridades Francesas quando viajou a Paris. Malcolm foi educado na Ingla-
terra e conhecia Judeus Britânicos influentes:

Quando vim para a Inglaterra quando menino para minha educação, em 1881,
fui colocado sob a tutela de um velho amigo e agente da família, Sir Albert (Abdalla)
Sassoon, em Londres, e cultivei amigos Judeus, incluindo o Coronel Goldsmid. Depois

492
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

de deixar Oxford, enquanto me envolvia em jornalismo, conheci o Sr. Edward Fitzgerald,


que era, então, um correspondente itinerante do ‘Daily News’ no Continente. Ele conhe-
cera Herzl em Viena e Constantinopla, e me contou bastante sobre ele e suas idéias
Zionistas, que naturalmente me interessaram muito. Em Londres, ouvi do Coronel Gol-
dsmid e de outros Judeus notáveis, sobre os assentamentos Judeus projetados na Pa-
lestina... É claro que eu tinha lido Byron, George Eliot e Oliphant a respeito dos Judeus.
Mais tarde, durante minhas viagens de negócios na Europa Oriental e na Rússia, vi algo
dos centros Judaicos e eu sempre lembrava que meu pai me dizia que, onde quer que
estivessem, os Judeus nunca deixariam de celebrar cada Páscoa desejando estar "no
próximo ano na terra de Israel".71

No final do outono de 1916, quando a Inglaterra soube pela primeira vez que o
Czar estava cansado da guerra e pronto para negociar sua própria paz em separado,
Malcolm visitou Sir Mark Sykes no Gabinete de Guerra, na Whitehall. Malcolm disse que
Sykes "falou do impasse militar na França, da crescente ameaça da guerra submarina,
da situação insatisfatória que estava se desenvolvendo na Rússia e das perspectivas
sombrias gerais... O Gabinete estava ansiosamente em busca da intervenção dos Esta-
dos Unidos."72

Sir Mark disse que tentara alistar uma considerável influência Judaica nos Es-
tados Unidos, mas não tivera sucesso. A Casa Alemã de Warburg, que controlava o
sistema bancário Americano, obviamente não estava interessada. Malcolm explicou a Sir
Mark que ele estava se aproximando dos Judeus errados - que havia dois grupos de
Judeus, os Zionistas e os anti-Zionistas. Estes últimos eram membros da Alliance Israeli-
te Universelle, que não poderiam ser persuadidos. Entre eles, estavam Felix Warburg e
Jacob Schiff nos Estados Unidos. Unidos. Os Britânicos teriam que se aproximar dos
Zionistas. "Existem dezenas de milhares, talvez centenas de milhares, desses Judeus.
Você pode ganhar a simpatia dos Judeus em todos os lugares, de uma única maneira, e
essa maneira é oferecendo-se para tentar garantir a Palestina para eles", disse Mal-
colm.73

Sir Mark estava interessado. Malcolm disse que deveria discutir o assunto com
Lorde Milner, que também era membro do Gabinete de Guerra. Quando Sir Mark fez
essa sugestão, Milner ficou muito interessado, mas não sabia como a Inglaterra poderia
prometer a Palestina aos Judeus. Malcolm sugeriu que ele contatasse o Juiz Brandeis,
um Judeu Maçom do 33º grau do Rito Escocês na Suprema Corte dos Estados Unidos.
Brandeis era íntimo de Edward House, um Maçom da Grande Loja Judaica do 33º grau,
que estava constantemente com o Presidente Woodrow Wilson. Brandeis e House eram
Zionistas. Alguns dias mais tarde, Sir Mark informou Malcolm que o Gabinete havia con-
cordado com sua sugestão e o autorizara a abrir negociações com os Zionistas. Malcolm
foi, então, introduzido ao Dr. Chaim Weizmann, um Maçom Inglês Judeu e ardente Zio-

493
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

nista. Weizmann, juntamente com outros dois Zionistas, Sokolow e Greenberg, concorda-
ram em solicitar a ajuda da coletividade Judaica Americana. Malcolm escreveu:

Os resultados da palestra foram muito satisfatórios. O primeiro passo foi infor-


mar aos líderes Zionistas, em todas as partes do mundo, a respeito do acordo, e Sir Mark
disse que eles teriam facilidades imediatas para o envio do acordo por cabos, através do
Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Guerra, através das Embaixadas e
Consulados Britânicos. Uma mensagem especial detalhada foi imediatamente enviada,
cifrada, ao Juiz Brandeis, através do Ministério das Relações Exteriores.74

As conversas Britânicas com Judeus Zionistas resultaram em um entendimento


geral de que, em voltando para a Palestina, os Zionistas trabalhariam pela simpatia e
apoio dos Judeus pela causa Aliada nos Estados Unidos.75 Em 7 de fevereiro de 1917,
durante o período em que Kerensky estava profundamente envolvido em sua revolução,
os Anglo-Zionistas reuniram-se na casa do Dr. Gaster, para ouvirem o plano de Sir Mark.
Estavam presentes James de Rothschild, Dr. Weizmann, Sr. Sokolow, Dr. Tchlenow e Sr.
Sacher e outros.

Foram enviadas mensagens aos líderes Zionistas da Rússia, para incentivá-los


a ajudar a Revolução de Kerensky. Quando a mensagem foi levada para a França, as
sedes da Alliance Israelite Universelle, todos os Judeus de lá, com exceção do Barão
Edmond de Rothschild, zombaram da idéia de que qualquer número considerável de
Judeus iriam ter desejo de se estabelecer na Palestina. Eles responderam: "O Zionismo
era apenas uma obsessão idealista de alguns Judeus nacionalistas fanáticos da Europa
Oriental, que nunca iriam para a Palestina, muito menos se estabelecerem naquela ter-
ra".76

Até o último minuto, os Judeus Franceses, representados pela poderosa Allian-


ce Israelite Universelle e seu secretário, o Maçom M. Bigart, estavam se esforçando para
sabotar o projeto Zionista apoiado pelos Britânicos.77 Por outro lado, quando a mensa-
gem chegou a Roma, o Papa disse: "O Vaticano e os Judeus seriam bons vizinhos na
Palestina."78

A princípio, os Árabes estavam infelizes. Mas, quando o Maçom T. E. Lawrence


(da Arábia) trabalhou com eles através das lojas Maçônicas (fundadas anteriormente por
Mazzini como Young Turks e mais tarde denominadas de Irmandade Muçulmana), eles
finalmente se reconciliaram para a barganha.

Cada etapa deste processo foi realizada com o pleno conhecimento e aprova-
ção de dois poderosos Maçons Judeus, Justice Brandeis, na América, e Dr. Weizmann,
em Londres, que trocaram mensagens ativamente via cabo.79 Com exceção dos War-

494
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

burgs Alemães e Americanos, a cooperação Judaica foi solidificada. O Dr. Weizmann


discutiu o plano com o Maçom Lorde Balfour, que, como Secretário de Relações Exterio-
res, teria que assinar a declaração para uma pátria Judaica.

O Maçom Weizmann redigiu a declaração, que foi enviada via cabo para o Ma-
çom Brandeis, em Washington. De lá, foi levada para o Maçom Edward House, na Casa
Branca, o qual a submeteu ao Presidente Wilson para garantir sua concordância. Quan-
do o Maçom Baron Edmond de Rothschild, na França, concordou com a declaração, foi
ela então enviada ao Gabinete Britânico de Guerra e ao Maçom Balfour, que, como
Secretário de Relações Exteriores, a assinou, em 2 de novembro de 1917. Na história,
este documento é conhecido como a Declaração de Balfour. Em 6 de abril de 1917, sete
meses antes da Declaração de Balfour ser assinada, os Estados Unidos já haviam entra-
do na guerra ao lado dos Aliados - um mês após a revolução de Kerensky.

Durante essa intriga Zionista, a Maçonaria Inglesa estava apoiando Kerensky


na manutenção da Rússia na guerra. Como todas as forças armadas disponíveis esta-
vam concentradas na frente Austro-Alemã, a revolução de Kerensky foi relativamente
fácil e não violenta. O príncipe Lvov forçou a abdicação pacífica do Czar, em 15 de mar-
ço, após o que Kerensky tornou-se Ministro da Justiça no governo provisório liderado por
Lvov. Kerensky, imediatamente estabeleceu um sistema completo de liberdades civis,
mas errou em duas áreas: (1) adiou as necessárias mudanças sociais e econômicas, até
o estabelecimento de uma futura assembléia constituinte; e (2) ele manteve a Rússia na
guerra.80

A revolução de Kerensky pegou Trotsky, Lenin e os Warburgs completamente


de surpresa. O Comissário Russo de Trotsky observou: "Se eles esperassem um surto
precoce da revolução, os Warburgs teriam Trotsky e Lenin prontos em algum lugar na
própria Rússia ou nas proximidades da Escandinávia."81

Há quatro razões pelas quais os Warburgs Alemães se opuseram ao governo


de Kerensky: (1) a Rússia, inimiga da Alemanha, ainda estava na guerra; (2) a revolução
de Kerensky, embora Maçônica, era burguesa demais; (3) Kerensky fora apoiado por
Zionistas; e (4) o governo de Kerensky fora financiado por Rothschild, o concorrente
financeiro dos Warburgs.

495
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Protegendo Trotsky e Lenin


A Maçonaria inglesa e os Rothschilds podem ter surpreendido seus rivais Ale-
mães-Americanos pelo golpe de fevereiro-março da Duma, mas os anti-Zionistas Jacob
Schiff e os seus aliados, nomeadamente os Warburgs de Nova Iorque e Hamburgo, não
foram apanhados despreparados. Como chefe do serviço secreto do Kaiser, Max War-
burg imediatamente começou a planejar uma contra-revolução. Foi convocada uma
reunião de emergência na Loja do Grande Oriente, em Hamburgo. Mensagens codifica-
das via cabo, entre Hamburgo e Nova York, cruzaram o Atlântico. Schiff recebeu a or-
dem: "Prepare Trotsky!" Lenin, ainda na Suíça, foi solicitado a encontrar-se com Trotsky,
em São Petersburgo, onde seguiria mais instruções. Myron Fagan conta a história:

Desde o início da [revolução de Kerensky], algo estranho e misterioso acontecia


em Nova York. Noite após noite, Trotsky disparava furtivamente, dentro e fora da man-
são palaciana de Jacob Schiffs. E, na calada daquelas mesmas noites, havia reuniões de
bandidos no lado leste de Nova York, todos eles Russos refugiados na sede de Trotsky,
e todos estavam passando por um misterioso tipo de processo de treinamento, mas
estava tudo envolto em mistério. Ninguém falou, embora tenha vazado que Schiff estava
financiando todas as atividades de Trotsky; de repente, Trotsky desapareceu, assim
como cerca de 300 de seus treinados bandidos. Na verdade, eles estavam em alto mar
em um navio fretado por Schiff com destino a um encontro com Lenin.82

Na Suíça, Lenin foi homenageado com uma festa de despedida em seu escon-
derijo Maçônico. Myron Fagan continua: "Homens dos mais altos postos do mundo foram
convidados para essa festa... [Um deles] era Max Warburg, do clã bancário Warburg, na
Alemanha, cuja família financiara a máquina de guerra do Kaiser e a quem este tinha
consideração, por fazer Max Chefe da Polícia Secreta da Alemanha."83

Um relatório emitido pelo Comitê de Informação Pública, de Washington, DC,


revela que o Governo dos Estados Unidos estava plenamente consciente dos movimen-
tos Comunistas liderados por Lenin e Trotsky. O governo sabia, ainda, que um fundo
fiduciário de US$ 20 milhões fora criado em nome de Trotsky, em um banco de Warburg.
A resposta foi a inação. Woodrow Wilson presidia a Casa Branca. Ao seu lado, estava
seu alter ego, o Maçom do 33º grau, Coronel House. Juntos, eles reprimiram o relatório
do governo intitulado German-Bolshevik Conspiracy, o qual em parte declarava: "o banco
de Max Warburg & Company, de Hamburgo, e o Sindicato da Renânia-Vestfália, havia
aberto uma conta para a empresa de Trotsky."84 Este fundo foi colocado no Nya Banken,
em Estocolmo, na Suécia.

A Maçonaria Inglesa também estava ciente dos movimentos de Trotsky, em


parte através de seu espião na Casa Branca, o Coronel House, e também pela vigilância
496
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

de Trotsky pela Inteligência Britânica em Nova York. Quando Trotsky, com seu bando de
300 terroristas, partiu para a Rússia, seu navio foi interceptado e preso por um navio de
guerra Britânico na costa do Canadá. Ele e seu bando foram detidos em Halifax, Nova
Escócia, e levados para o campo de prisioneiros próximo de Amherst.

A aliança Britânico-Rothschild-Maçônica subestimou Jacob Schiff e seus Alia-


dos Germano-Americanos do Grande Oriente. Schiff, através do Maçom Coronel House,
apressou-se a dar instruções ao Presidente Wilson, para ordenar aos Britânicos que
libertassem o navio intacto com os bandidos de Trotsky. Wilson obedeceu, avisando aos
Britânicos que, se se recusassem, os Estados Unidos não entrariam na guerra. Os Britâ-
nicos cederam à pressão dos EUA.85 Os Estados Unidos entraram na guerra em 6 de
abril. Os Britânicos mantiveram sua parte na barganha e Trotsky foi libertado, em 29 de
abril de 1917.86

Trotsky foi para a Rússia, parando em Estocolmo para pegar um cheque admi-
nistrativo de vinte milhões de dólares de Warburg. Enquanto isso, Max Warburg prepara-
va o transporte de Lenin. Lenin e seu grupo de terroristas Comunistas foi carregado em
um vagão fechado, e transportado através do território Alemão até a Rússia, no auge da
Primeira Guerra Mundial. Em 5 de novembro de 1919, Winston Churchill, um Maçom de
terceiro grau, admitiu na Câmara dos Comuns, em termos camuflados, que a Maçonaria
estava por trás da revolução de Lenin:

Lenin foi enviado para a Rússia... da mesma maneira que você pode enviar um
frasco contendo uma cultura de febre tifóide ou de cólera, a ser derramada no suprimen-
to de água de uma grande cidade, e funcionou com uma precisão incrível. Assim que
Lenin chegou, ele começou a acenar um dedo aqui e outro lá, para obscurecer as pes-
soas abrigadas nos retiros, em Nova York, Glasgow, Berna e outros países, e ele reuniu
os principais espíritos de uma seita formidável, ‘a seita mais formidável no mundo’.87

Vários anos após o massacre brutal de Russos por Trotsky, os Londrinos co-
meçaram a perguntar por que os Britânicos o libertaram. Em 1924, J. D. Dell, um proe-
minente editor de Londres, enviou uma carta a Lloyd George, primeiro ministro da Grã-
Bretanha, de 1916 a 1922, pedindo uma resposta. Parte da carta de Dell diz:

Agora está claro o suficiente, como você sabe, que a revolução na Rússia, em
1917, não foi uma mera insurreição espontânea das massas, mas foi algo deliberada-
mente projetado, tanto de dentro como de fora da Rússia, por seus inimigos inveterados.
A Alemanha tem sido acusada de ajudar os inimigos da Rússia neste negócio sangrento,
pelo despacho do trem secreto de Lenin, mas até agora, nenhuma acusação foi feita
contra esse país [Inglaterra], em conexão com a passagem de Trotsky da América para a
Rússia.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A Alemanha tem uma desculpa, ela estava em guerra com a Rússia. Mas, que
desculpa temos nós? Para ajudar a tortura de um Aliado em período de guerra, da ma-
neira como ajudamos a torturar a Rússia, é um crime de tal magnitude que seria impos-
sível expiá-lo voluntariamente, mas devemos tentar.

Para atingir o objeto mencionado no início da carta (para absolver a consciência


dos Britânicos e trazer os principais autores para registro), por favor, deixe-me saber se
você aceita qualquer responsabilidade pela libertação de Trotsky de sua prisão em Hali-
fax, N. S., ou por sua passagem para a Rússia. Como chefe do Governo Britânico na
época, você é, naturalmente, oficialmente responsável. No entanto, se você renuncia à
responsabilidade, é necessário que indique onde ela está.88

Dell nunca recebeu uma resposta à sua carta. Embora o silêncio sugira cumpli-
cidade com a revolução comunista de Trotsky, não foi esse o caso. Lloyd George não
conseguiu defender sua decisão de libertar Trotsky, sem implicar o papel da Maçonaria
Inglesa ao financiar a revolução Socialista de Kerensky para manter a Rússia na guerra.
Nem pode revelar as negociações de Londres com os Judeus Americanos para fazer
lobby pela entrada da América na guerra. Lloyd George odiava os comunistas, tanto
quanto Dell. A liberdade de Trotsky era uma questão de sobrevivência nacional, sem
necessidade de explicação.

Os Bolcheviques Derrubam o Governo Eleito


de Kerensky
Após a chegada de Trotsky na Rússia, ele e Lenin deram as mãos pela primeira
vez em Petrogrado, em maio de 1917, um mês após a América entrar na Primeira Guerra
Mundial. O bandido Joseph Stalin estava ao lado deles. Imediatamente, eles decidiram
solidificar o controle. Com US$ 20 milhões à sua disposição, Lenin fez uma poderosa
campanha de propaganda para substituir Kerensky e seu governo provisório por um
sistema nacional de sovietes ou conselhos.

Então, uma série de ataques foram direcionados aos Rothschilds financeira-


mente arraigados e ao seu governo republicano recém-criado. O primeiro golpe foi dire-
cionado diretamente para o exército e a marinha russos. "Essa medida foi necessária por
duas razões", escreveu o Comissário. "Primeiro, privar os partidos revolucionários rivais
da possibilidade de impedir a anarquia, e segundo, derrotar os objetivos mais conserva-
dores e moderados dos Rothschilds."89

498
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

O que Lenin e Trotsky precisavam era de um exército do proletariado, e isso


eles tinham como criar. A classe média, que era mais agradável com os aspectos socia-
listas de Kerensky, relutava em apoiar os proletários radicais, que abraçavam ferozmente
a doutrina comunista do Grande Oriente. Lenin e Trotsky tiveram que construir a funda-
ção de sua "ditadura do proletariado" usando os "azarados e oprimidos da civilização",
como o evangelho Marxista chamou de criminosos e parasitas da sociedade.

O Comissário, usando a Revolução Francesa e o assalto à Bastilha como um


exemplo da tática Bolchevique, explicou como Lenin e Trotsky recrutaram esses elemen-
tos: "Quando favelas, becos, tabernas, bordéis e pousadas das cidades e vilas foram
incapazes de fornecer a maioria necessária para os Sovietes, as prisões do país e as
colônias de condenados da Sibéria tiveram que produzi-lo."90

Em julho de 1917, o novo exército de Trotsky criou uma revolta em Petrogrado.


Ninguém suspeitava de uma contra-revolução contra Kerensky. De fato, o povo Russo
tinha esperado que algum dia, talvez após o fim da guerra, uma revolução sem sangue
pudesse ocorrer, e que essa revolução resultaria em reformas liberais duradouras para o
país. Eles esperavam que Kerensky realizasse esse sonho. Eles não estavam prepara-
dos para, nem eles queriam a sanguinária Revolução Bolchevique.91

A revolta em Petrogrado foi ostensivamente em protesto à participação de Ro-


manov no governo provisório. Consequentemente, a revolta levou à renúncia do Príncipe
Lvov. Em um esforço para obter o controle da situação, Knight disse que "Kerensky
assumiu o cargo de Primeiro-Ministro e nomeou exclusivamente Maçons para o gover-
no".92

Pouco tempo depois, a primeira eleição geral para a primeira Assembléia Cons-
titucional aconteceu. Tanto os Socialistas quanto os Comunistas fizeram campanha. Os
Bolcheviques de Lenin estavam claramente em minoria. Profundamente derrotados, os
Bolcheviques retaliaram, encenando sua "Revolução de Outubro", na qual mataram,
prenderam ou exilaram os representantes do povo legitimamente eleitos.93

Os Bolcheviques não cresceram rapidamente, mas conquistaram o contingente


de dois locais militares, em duas cidades principais. Dr. Quigley fornece os detalhes da
situação:

Em 7 de novembro de 1917, o grupo Bolchevique tomou os centros de governo


em São Petersburgo e conseguiu mantê-los devido à recusa dos contingentes militares
locais em apoiar o Governo Provisório. Dentro de vinte e quatro horas, este grupo revo-
lucionário emitiu uma série de decretos que aboliram o Governo Provisório, ordenou a
transferência de toda autoridade pública na Rússia para os sovietes de trabalhadores,

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

soldados e camponeses, formaram um executivo central de líderes Bolcheviques, cha-


mados de "Conselho dos Comissários do Povo" e ordenaram o final da guerra com a
Alemanha, além da distribuição de grandes propriedades à camponeses.

Os Bolcheviques não tinham ilusões sobre sua posição na Rússia, no final de


1917. Eles sabiam que formavam um grupo infinitesimal naquele vasto país e que tinham
sido capazes de tomar o poder porque eram uma minoria decisiva e implacável dentre
uma grande massa de pessoas que havia sido neutralizada pela propaganda.94

Stephen Knight relata que quando "os Bolcheviques tomaram conta do país,
Kerensky e a maioria dos Maçons, envolvidos na revolução anterior, fugiram para a
França, onde estabeleceram lojas sob a égide do Grande Oriente da França".95 A Ma-
ckey's Encyclopedia of Freemasonry nos fornece informações detalhadas de suas ativi-
dades:

Após a Revolução Bolchevique, a maioria dos membros dessas lojas emigrou


e, depois de uma longa inatividade, conseguiu formar, sob os auspícios do Grande Ori-
ente da França, uma nova Loja Estrela Polar, em Paris. Quatro outras lojas, trabalhando
em Russo, foram organizadas sob a Grande Loja da França, e também existe uma Loja
da Perfeição e um Capítulo da Rose Croix, trabalhando no idioma Russo, em Paris, o
rituais do Rito Escocês Antigo e Aceito, sob o Conselho Supremo ....

As quatro lojas do Ofício trabalham com um comitê que, de fato, representa o


que os Irmãos acreditam ser a futura Grande Loja da Rússia. O Supremo Conselho
sancionou um comitê temporário nos graus mais altos que representa o núcleo do futuro
Supremo Conselho da Rússia... .96

Maçons Gentios, Judeus e Bolcheviques


O engano de todos os enganos Maçônicos foi fazer com que os Judeus em to-
do o mundo acreditassem que tinham sido os engenheiros da Revolução Bolchevique. O
engano foi reforçado pelos símbolos Maçônicos que foram tomados como símbolos
Judaicos. Por exemplo, nos primeiros anos do regime Comunista, os edifícios públicos
eram ocasionalmente decorados com a Magen David de seis pontas, a Estrela de David.
(Mais tarde, foi alterada para a estrela de cinco pontas, ou pentagrama, que é um símbo-
lo da Maçônica O.T.O.). Consequentemente, a publicação mensal Judaica, Jewish World
(10 de julho de 1929), publicou um artigo intitulado "Os Ideais do Bolchevismo". Esse
artigo falou sobre a revolta dos povos contra o social, contra o mal, as iniqüidades que
foram coroadas pela Primeira Guerra Mundial sob a qual o mundo gemeu por quatro
anos. O artigo terminou com esta afirmação: "tem muito a ver com o próprio Bolchevis-
500
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

mo, com o fato de tantos Judeus serem Bolcheviques, no fato de que os ideais do Bol-
chevismo, em muitos pontos, estarem de acordo com os melhores ideais do Judaísmo".97

O Rabino J. L. Magnes, falando em Nova York, em 1919, listou pelo nome os


Judeus proeminentes que lideraram várias revoltas Comunistas. Todos foram documen-
tados como tendo sido Maçons do Grande Oriente. Abaixo está uma parte desse discur-
so:

Quando o Judeu aplica seu pensamento, toda a sua alma, à causa dos traba-
lhadores e dos espoliados, os deserdados deste mundo, sua qualidade fundamental é
que ele vai para a raiz das coisas. Na Alemanha, ele se torna Marx e Lasalle, aHaas e
Edward Bernstein; na Áustria, Victor Adler, Friedrich Adler; na Rússia, Trotsky. Compare,
por um instante, a situação atual na Alemanha e na Rússia: a revolução lá liberou forças
criativas e admira a quantidade de Judeus que estavam prontos para o serviço ativo e
imediato. Revolucionários, Socialistas, Mencheviques, Bolcheviques, Socialistas Maiori-
tários ou Minoritários, qualquer que seja o nome que se designe para eles, todos são
Judeus e os encontramos como chefes ou trabalhadores em todos os partidos revolucio-
nários.98

Em abril de 1919, enquanto Trotsky ainda estava em sua glória, e antes de Sta-
lin chegar ao poder, M. Cohen, editor Judeu do Communist, um jornal de Kharkoff, Rús-
sia, escreveu:

Pode-se dizer, sem exagero, que a grande revolução social Russa tem sido fei-
ta pela mão dos Judeus. As massas sombrias e oprimidas de operários e camponeses
Russos foram capazes de lançar fora o jugo da burguesia? Não, foram especialmente os
Judeus que lideraram o proletariado Russo para o Amanhecer da Internacional e que.
não apenas orientaram, mas ainda guiam hoje [1919] a causa dos Sovietes que eles
preservaram em suas mãos.

Podemos dormir em paz enquanto o comandante em chefe do Exército Verme-


lho for o Camarada Trotsky ... Os Judeus, corajosamente, levam à vitória as massas do
Proletariado Russo 99

O governo dos Estados Unidos tomou conhecimento da influência dos Judeus


no novo governo Comunista através de suas próprias Forças Expedicionárias America-
nas, com sede na Sibéria. Duas cartas do Capitão Montgomery Schuyler (arquivadas em
nossos Arquivos Nacionais, em 1934) contam a história. A primeira, de 1º de março de
1919, foi escrita ao Tenente-Coronel Barrows, Vladivostok. A segunda, de 9 de junho de
1919, é dirigida ao Chefe do Estado Maior, A. E. F., Sibéria. A seguir, alguns trechos:

501
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Provavelmente, não é sensato dizer isso em voz alta nos Estados Unidos, mas
o movimento Bolchevique é, e tem sido, desde o seu início, guiado e controlado por
Judeus Russos do mais nojento tipo que estiveram nos Estados Unidos [treinados por
Trotsky], e lá absorveram cada uma das piores fases de nossa civilização, sem ter a
menor compreensão do que realmente queremos dizer com liberdade.

Uma tabela, feita em abril de 1918 por Robert Wilton, correspondente do ‘Ti-
mes’ de Londres na Rússia, mostra que, naquela época, havia 384 "comissários", inclu-
indo 2 Negros, 13 Russos, 15 Chineses, 22 Armênios e mais de 300 judeus. Do último
número, 264 haviam chegado à Rússia [com Trotsky] dos Estados Unidos, desde a que-
da do Governo Imperial.100

Victor E. Marsden, correspondente Russo do Londrino Morning Post, estava na


Rússia durante as duas primeiras décadas do século XX. Em dezembro de 1919, ele
escreveu um livreto de 23 páginas, Jews in Russia, publicado pela Companhia Editora
Zionista Judaica, de Londres. O livreto listava pelo nome os Judeus que eram comissá-
rios. A seguir, estão suas posições e números:

Conselho dos Comissários do Povo de 22 membros: 17 judeus;


Comissariado de Guerra de 43 membros: 34 judeus;
Comissariado do Interior de 64 membros: 45 judeus;
Comissão de Relações Exteriores de 17 membros: 13 judeus;
Comissariado do Tesouro de 30 membros: 26 judeus;
Comissário da Justiça de 19 membros: 18 judeus;
Comissão de Higiene de 5 membros: 4 judeus;
Comissariado de Instrução Pública de 53 membros: 44 judeus;
Commission de Assistência Social de 6 membros: 6 judeus;
Comissão de Obras de 8 membros: 7 judeus;
Comissão de Reconstrução de 2 membros: 2 judeus;
Delegados da Cruz Vermelha Bolchevique de 8 membros: 8 judeus;
Comissários Provinciais de 23 membros: 21 judeus;
Jornalistas do Pravda e Izvestia de 42 membros: 41 judeus;
Comissão de Inquérito sobre Funcionários do Império de 7 membros: 5 judeus;
Comissão de Inquérito sobre o Assassinato de Nicolau II de 10 membros: 7 judeus;
Conselho Supremo de Economia Geral de 56 membros: 45 judeus;
Bureau do Primeiro Soviete de Operários e soldados de Moscou de 23 membros:
19 judeus;
Comitê Central do IV Exército Vermelho de 34 membros: 33 judeus;
Comitê Central do V Exército Vermelhode 62 membros: 33 judeus;
Comitê Central do Partido Social Democratade 12 membros: 9 judeus.101

502
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

Dos 546 membros do governo Bolchevique de Lenin e Trotsky, 447 eram Ju-
deus. A Jewish Encyclopedia, no entanto, é rápida em explicar que "Desde a revolução,
os Judeus apareceram, acima de tudo, em conexão com a Maçonaria."102 Em outras
palavras, a Revolução Bolchevique consistiu de Judeus como Maçons, e não de Judeus
como Judeus.

Aqui reside a verdade por trás da revolução mundial. A Maçonaria é o denomi-


nador comum, não o Judaísmo. No entanto, com 82% do novo Governo Comunista com-
posto por Judeus, podemos entender facilmente como o mundo estava convencido de
que a Revolução Bolchevique fora uma revolta Judaica. Hitler estava tão convencido, e
embora fosse culpado de assassinar seis milhões de Judeus, assim como culpados
foram os Bolcheviques na Rússia, por massacrar mais de três milhões de Russos Genti-
os, que a própria Maçonaria nunca foi implicada nesses massacres.

Esse era o plano da Maçonaria o tempo todo, e Lenin, meio Judeu, sabia disso.
Seu dever Maçônico era solidificar o controle da Revolução Russa, usando os Judeus e,
depois, destruindo-os. Como seguidor de Bakunin, seu plano, desde o início, era anti-
Semita e anti-Cristão: o antigo plano Satânico de destruir as duas religiões.

O Judeu de puro sangue Leon Trotsky, embora ignorasse esse plano, ele pró-
prio era manipulado pelos Judeus Reformistas que financiaram Lenin. A Maçonaria Gen-
tia anti-Semita usou Trotsky para destruir a Coroa e a Igreja, depois do que, Lenin deve-
ria destruir Trotsky e seus seguidores Judeus. Após a morte prematura de Lenin, essa
tarefa passou a ser de Stalin.

O Terror Vermelho de Trotsky


Logo após a Revolução de Outubro, Trotsky aceitou o posto de Comissário de
Guerra, e assumiu as forças militares dos Sovietes, chamando-os de "trabalhadores e
soldados dos Sovietes". Os Sovietes consistiam principalmente de criminosos sem es-
crúpulos, muitos dos quais, aparentemente, foram iniciados no Ordo Templi Orientis
(O.T.O.). Esse bárbaro Exército Vermelho, como a si próprio se chamava, juntou-se aos
remanescentes do exército e marinha Russa. (De acordo com o historiador Richard
Pipes, em Russia under the Bolshevik Regime (1993), o Exército Vermelho adotou, em
1918, como seu emblema, a estrela Maçônica de cinco pontas, ou pentagrama.)103 Para
fortalecer suas forças, Trotsky recrutou toda a população masculina e tentou restaurar
algum tipo de disciplina militar.104 O ex-comissário de Trotsky contou como este assumiu
o exército Russo com tais rufiões:

503
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Os Soviéticos eventualmente substituíram os oficiais comandantes e suas equi-


pes, e a primeira coisa que os novos militaristas fizeram, foi quebrar as máquinas do
exército Imperial e remover a Rússia das fileiras dos Poderes da Entente, com a qual os
Rothschilds haviam se alinhado contra a Alemanha.

Ninguém estava melhor preparado para essa tarefa. Eu vi Trotsky no auge de


sua carreira; testemunhei suas atividades durante o tempo em que foi ditador na Rússia
e diretor de todas as forças revolucionárias do mundo. Eu sei que nenhuma guerra pagã
da idade das trevas, nenhuma cruzada ou inquisição medieval, produziria um líder mais
assassino do que esta besta. O grande número de Comissários Políticos que ele vinha
organizando e instruindo há meses, junto com o sistema de espionagem dentro das
unidades do exército, fez com que todas as tentativas de se opor a ele fossem impossí-
veis. Ele não hesitava em exterminar, impiedosamente, qualquer indivíduo ou grupo que
fosse suspeito de deslealdade.

O notório Serviço Secreto Soviético, conhecido como "CHEKA", e agora exis-


tente como GPU [KGB], foi iniciado por Trotsky, como parte da máquina militar. Ele sem-
pre foi um terror para a população civil e o exército.105

Doença de Sangue: Símbolos Maçônicos


e Abate Ritual
Supostamente, o Comunismo era a ditadura do proletariado, o mais baixo nível
social ou classe econômica da sociedade. O selo de um Bolchevique era cabelo compri-
do e despenteado. Os Bolcheviques eram aqueles que não eram qualificados, e incapa-
zes de encontrar trabalho, aqueles que não queriam trabalhar, e aqueles que eram crimi-
nosos comuns. Os Bolcheviques imitaram a aparência de Trotsky. Suas Cores eram o
vermelho, por isso foram apelidadas de "Vermelhos". Em oposição aos Vermelhos, esta-
vam os Brancos da Bielorrússia, ou Rússia Branca, uma província na parte ocidental da
Rússia, na fronteira com a Polônia. Desde o início de 1919, o Exército Russo Branco
lutou contra o Exército Vermelho por quatro anos, mas sucumbiu por falta de fundos.

Os Bolcheviques estavam no poder há um ano, quando o armistício foi assina-


do, em 11 de novembro de 1918, terminando a Primeira Guerra Mundial. Nesse mesmo
mês, os Poderes Aliados enviaram forças expedicionárias para a Rússia, a fim de obser-
var a Revolução Bolchevique. Como poderes Maçônicos, os Aliados não deveriam inter-
vir nesta revolução Maçônica, por mais sangrenta que se tornasse. Eles estavam lá,
apenas para observar e relatar.

504
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

O Capitão Montgomery Schuyler, com as Forças Expedicionárias Americanas


na Sibéria, descreve a escassez da capacidade de governo desses Bolcheviques de
cabelos compridos, quando fez seu Relatório Geral, em 9 de junho de 1919, a seu Chefe
de Gabinete:

Os departamentos civis e militares de Omsk, atualmente, sofrem da falta de


homens treinados em liderança e capacidade executiva. Os únicos ministros eram do
tipo de cabelos compridos e que gritam, passando tanto tempo em discussões infrutífe-
ras das quais nunca foram capazes de realizar nenhuma ação, mesmo nos assuntos
mais urgentes.106

O dever dos Soviéticos era eliminar as classes média e alta. De Poncins con-
firma isso, em uma citação de um homem denominado Latsis (nenhum primeiro nome
disponível), o diretor do Terror Vermelho, na Ucrânia:

"Não estamos fazendo guerra contra indivíduos em particular. Estamos exter-


minando a burguesia [classes média e alta] como uma classe. No inquérito, não olhe
para documentos e provas do que a pessoa acusada fez, em atos ou palavras, contra a
Autoridade Soviética. A primeira pergunta que você deve fazer ao acusado é: a qual
classe ele pertence, qual é a sua origem, sua educação, sua instrução, sua profissão"107

Conseqüentemente, aqueles que eram educados - aqueles que sabiam admi-


nistrar um negócio e um país - foram abatidos. Como a Rússia deveria sobreviver eco-
nomica e politicamente, depois de matar os educados e habilidosos do país, nunca foi
considerado pelos comunistas ignorantes e loucos pelo ódio. Como o Grande Oriente
Jacobino de 1793, os Comunistas do Grande Oriente destruíram econômica e politica-
mente a velha Rússia.

Esses criminosos formaram o Exército Vermelho de Trotsky e conduziram o


"Terror Vermelho". Os melhores e mais criativos executores foram colocados na CHEKA,
precursora da KGB.

Stephen Knight, autor de The Brotherhood, enquanto pesquisava como a KGB


se infiltrou nos governos ocidentais sem ser detectada, descobriu que a Maçonaria era o
canal. Knight disse a um Maçom que os "registros da Maçonaria na Rússia Czarista teria
caído nas mãos da CHEKA, a antecessora da KGB, em 1917. Então, um estudo criterio-
so da Maçonaria certamente deve ter sido feito pelos oficiais de inteligência Soviéti-
cos."108

Uma explicação mais plausível dos elementos Maçônicos da CHEKA é que tal
Comissão era, em si mesma, uma Loja Maçônica exclusiva. Os símbolos Maçônicos

505
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

deixados nas vítimas massacradas pela CHEKA sugerem que esta consistia de Maçons
homicidas da O.T.O. Por exemplo, depois que os Russos Brancos recuperaram Kiev, as
forças expedicionárias entraram nessa cidade, em agosto de 1919. A expedição da Co-
missão Rohrberg de Investigação encontrou a sala de execução da CHEKA no seguinte
estado:

Todo o piso de cimento da grande garagem (a sala de execução do departa-


mento da CHEKA de Kief) estava inundado de sangue. Esse sangue não estava mais
fluindo, mas formava uma camada de vários centímetros: era uma horrível mistura de
sangue, cérebro, pedaços de caveira, tufos de cabelos e outros restos humanos. Todas
as paredes, crivadas por milhares de balas, estavam cobertas de sangue; pedaços de
cérebro e couro cabeludo estavam aderidos a elas.

Uma calha, de vinte e cinco centímetros de largura por igual medida de profun-
didade, com cerca de dez metros de comprimento, corria do centro da garagem em
direção a um dreno subterrâneo. Esta calha, ao longo de todo o seu comprimento, estava
cheia até o topo com sangue ...

Normalmente, assim que o massacre ocorria, os corpos eram transportados pa-


ra fora da cidade, em caminhões a motor, e enterrados ao lado da sepultura sobre a qual
falamos; nós encontramos, em um canto do jardim, outra sepultura que era mais velha,
contendo cerca de oitenta corpos. Aqui, descobrimos nos corpos traços de crueldade e
mutilações das mais variadas e inimagináveis.109

Publicado no Scotsman, de 7 de novembro de 1923, estão as seguintes conta-


gens dos assassinados:

"28 bispos, 1219 padres, 6.000 professores, 9.000 médicos, 54.000 oficiais,
260.000 soldados, 70.000 policiais, 12.950 proprietários, 535.250 membros de profissões
intelectuais e liberais, 193.290 operários, 618.000 camponeses".111

A Comissão de Inquérito Denikin relatou 1.700.000 vítimas abatidas, durante


1918-1919. No inverno de 1920, outros 1.500.000 foram massacrados. No total,
3.200.000 de inocentes Russos foram para a sepultura neste Paraíso do trabalhador do
benevolente Grande Oriente. O único crime dos assassinados era que pertenciam às
classes média ou alta.112

Um dos líderes mais renomados do Terror Vermelho foi Batjko Machno (pai de
Machno), um ex-presidiário no sul da Rússia. Na cidade de Jekaterinoslaw, ele e seus
assassinos rituais massacraram vários cidadãos não combatentes dentro de poucos
dias. No território de Kherson, onde o pai de Trotsky possuía um moinho de grãos, o

506
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

bando de Machno encontrou um grupo de aldeias mais prósperas, cercou uma delas -
Eichenfeld – saqueou-a sem causa ou provocação e matou 81 homens e quatro mulhe-
res. Apenas dois homens, com mais de dezesseis anos de idade, foram poupados de
toda a população masculina desta pequena vila.

Em 29 de novembro de 1919, um destacamento desses saqueadores chegou a


outro grupo de aldeias, localizadas não muito longe da propriedade dos pais de Trotsky,
em Yanovka. Desta vez, eles mataram 214 pessoas - porque eram prósperas.

Em milhares de casos, pais, maridos, irmãos e filhos foram compelidos a assis-


tir essas bestas enquanto estupravam suas esposas, mães, filhas jovens e irmãs. Os
homens foram mantidos à distância com sabres e armas, e aleijados ou assassinados se
ousassem ajudar seus entes queridos.

Quando o Exército Vermelho gastou toda a sua munição nos Russos indefesos,
Trotsky enviou instruções para continuar as execuções por outros meios que não o tiro.
Centenas de vítimas foram reunidas de cada vez, tendo as mãos e os pés firmemente
amarrados, e seus corpos sobrecarregados com sucata; depois, eram empurrados para
fora do píer, em Eupotoria, uma pequena e insignificante cidade da costa oeste da Cri-
meia. De maneira semelhante, milhares mais foram afogados em Odessa e em outras
cidades costeiras.

Em 1921, quando o Exército Branco não conseguiu mais resistir ao Exército


Vermelho na Crimeia, ele abandonou o sul da Rússia para sempre. Bela Kun (Cohen),
que havia sido o arquiteto do massacre "benevolente" do Grande Oriente na Hungria,
tornou-se comandante em chefe na Crimeia desarmada. As pessoas nesta área foram
levadas ao mar em massa.113

O massacre deliberado não matou tantos quanto as fomes criadas que se se-
guiu. Mais tarde, durante a chamada "reorganização da agricultura", os agentes de
Trotsky haviam tomado para si todos os equipamentos agrícolas que poderiam ser con-
vertidos em dinheiro. Quando houve escassez generalizada de alimentos, o Exército
Vermelho confiscou cruelmente todos as pequenas quantidades de grãos que puderam
encontrar. Se o Exército Vermelho suspeitasse que os agricultores escondiam pequenas
quantidades de grãos para suas próprias necessidades, ou para sementes, seguia-se
execuções em massa.

O gado foi abatido e os cavalos levados para a cavalaria vermelha, ou usados


para fins de transporte no trabalho militar. O resultado imediato da "reorganização da
agricultura" de Trotsky foi a fome de 1921-1922. Para o resgate, veio o Maçom America-
no e Judeu Reformado, Armand Hammer. Vinte e sete milhões de pessoas, em uma

507
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

nação que anteriormente exportava grãos para todas as partes da Europa, tiveram que
ser alimentadas pela Administração Americana de Ajuda e organizações auxiliares, che-
fiadas por Hammer, o qual fez seu primeiro milhão de dólares neste empreendimento.
Em 1945, o próprio Stalin disse a Winston Churchill que, durante esse período, "doze
milhões de camponeses morreram isolados na reorganização da agricultura".114

O Maçom do Grande Oriente Russo, Nikolay Ivanovich Bukharin (1888-1938),


chefe do Comitê de Petrogrado do Partido Comunista Russo (mais tarde morto por Sta-
lin), regozijou-se com o banho de sangue da Revolução Bolchevique - uma revolução
financiada e sustentada pela Maçonaria do Grande Oriente. De Poncins cita uma carta
de Bukharin, reproduzida pela Francesa La Revue Universelle, de 1 de março de 1928:

"Aqui, em nosso país [Rússia], onde nós [Bolcheviques] somos mestres absolu-
tos, nós não tememos ninguém."

"O país, desgastado por guerras, doenças, morte e fome (é um perigoso, mas
explêndido meio), não se atreve a fazer o menor protesto, encontrando-se sob a ameaça
perpétua da CHEKA e do exército."

"Muitas vezes, somos surpreendidos por sua paciência, que se tornou tão co-
nhecida. Não há, pode-se ter certeza em toda a Rússia, uma única família da qual não
matamos, de uma maneira ou de outra, o pai, a mãe, um irmão, filha, filho, algum parente
ou amigo próximo".115

Os Bolcheviques, é claro, entronizaram o homem como Deus, e tentaram banir


Deus de toda a sociedade privada e pública. Logo após o sucesso da revolução, em um
ato de ironia grotesca que revelou a verdadeira natureza da Revolução Maçonico-
Comunista, os Bolcheviques "propuseram erguer em Moscou uma estátua a Judas Isca-
riotes, a quem eles disseram ter se enforcado em desespero com o pensamento do que
a humanidade deve sofrer sob o Cristianismo."116

Uma história, publicada no Ost Express, de 30 de janeiro de 1923, e no Berliner


Taegeblatt, de 1º de maio de 1923, revela o quão difundido e endêmico ao Bolchevismo
era o ódio ao Deus revelado de Judeus e Cristãos. A história relata que Trotsky presidiu
uma reunião em Moscou naquele mesmo ano, organizada pela seção de propaganda do
Partido Comunista, para julgar a Deus. Cinco mil homens do Exército Vermelho, que
afirmavam não haver Deus, estavam presentes para ver Deus sendo julgado. "O acusa-
do foi considerado culpado de vários atos ignominiosos e, tendo tido a audácia de não
aparecer, [Deus] foi condenado por omissão."117

508
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

A guerra civil entre os "Brancos" e os "Vermelhos", que durou de 1919 a 1922,


causou a morte de 28 milhões de Russos - mais de 16 vezes os homens que a Rússia
perdeu durante a Primeira Guerra Mundial. A fome que varreu a terra matou mais cinco
milhões de fome. Com tantos absurdos e atrocidades brutais, a Revolução Bolchevique
começou a desmoronar.

William T. Still, autor de New World Order, escreve que:

Lenin teve que admitir que o Marxismo, como sistema econômico, fora um fra-
casso. Ele instituiu uma reforma econômica radical. Eliminou o sistema de troca Marxista
e devolveu a moeda e os salários ao povo Russo. Em menos de um ano, três quartos de
toda a distribuição de varejo estavam em mãos privadas. Os camponeses foram autori-
zados a vender a maior parte de seus grãos no mercado aberto. Em questão de meses,
a fome começou a desaparecer.118

Em maio de 1922, Lenin teve um derrame cerebral e, após uma série de ata-
ques desse tipo, morreu, em janeiro de 1924. No leito de morte, Lenin disse:

Cometi um grande erro. Meu pesadelo é ter a sensação de que estou perdido
num oceano de sangue das inúmeras vítimas. É tarde demais para voltar. Para salvar
nosso país, a Rússia, precisaríamos de homens como Francisco de Assis. Com dez
homens como ele, teríamos salvo a Rússia.119

Joseph Stalin, então Maçom Rosacruz do 33º grau, ficou envolvido em uma luta
de poder com Trotsky. Stalin venceu, continuando o banho de sangue para a hierarquia
Maçonica. Stalin enviou à sepultura mais de 40 milhões de Russos - quatro vezes o
número massacrado por Hitler.120 Stalin, no entanto, era Maçom e, portanto, informações
ou notícias da magnitude de sua matança foram ocultadas e suprimidas por anos.

A carta enviada por Albert Pike a Joseph Mazzini, em 1871, profetizando a uni-
ão de ateísmo e selvageria, encontraram satisfação parcial na Revolução Bolchevique.
Lê-se, em parte:

Liberaremos os niilistas e ateus e provocaremos um formidável cataclismo so-


cial que, com todo o seu horror, mostrará claramente às nações o efeito do ateísmo
absoluto, a origem da selvageria e dos tumultos mais sangrentos.121

509
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Regra do Supremo Conselho


Quando a Rússia Imperial foi varrida pela Revolução Bolchevique do Grande
Oriente, Kerensky fugiu para a França. Em 1922, a Maçonaria estabeleceu várias lojas
de língua Russa, em Paris, sob a jurisdição do Grande Oriente da França e seu Supremo
Conselho. O objetivo, de acordo com o periódico Maçônico Builder, de junho e agosto de
1927, era para abrigar "um comitê temporário reconhecido [sic] pelo Conselho Supremo
da França, que posteriormente se tornará o Conselho Supremo do Rito Escocês na
Rússia. A tarefa consistirá: 'Restaurar na Rússia um governo normal e estabelecer con-
dições comuns da vida econômica e política ".

Quando a tarefa foi concluída, o mais alto órgão legislativo da União Soviética
consistia em duas câmaras, uma das quais representava a população total e a outra as
repúblicas constituintes. Nomeado após o Supremo Conselho de 33º grau na Maçonaria,
ele foi chamado de Soviete Supremo. (Soviete, em russo, significa Conselho.) Este nome
significava, para o mundo Maçônico, que a União Soviética era um Estado totalmente
Maçonico. Assim como as paredes que cercam nossas lojas Maçônicas locais protegem
os segredos da Maçonaria, a "Cortina de Ferro" de Stalin também manteve em segredo a
verdade sobre seu estado Maçonico. Mas, para aqueles que entendiam o significado
Maçônico do Soviete Supremo, ele era um portento da futura República Universal da
Maçonaria.

De Poncins observou, sabiamente, a real atitude de cumplicidade dos estados


ocidentais em relação ao recém-criado estado Maçônico da União Soviética: "Em conse-
qüência, os governos Maçônicos fingem culpar o Bolchevismo, ao condenar seus exces-
sos impopulares, enquanto, na verdade, eles o estão apoiando e fazendo durar, até que
sejam encontrados os meios para ele evoluir para uma forma mais duradoura".123

Qual era o status da Maçonaria na União Soviética? Quando Stalin assumiu o


poder e abaixou a Cortina de Ferro em torno da primeira nação Maçônica do mundo, ele
não mais usou as lojas locais. Totalmente sagaz, o bandido se tornou o gato que virou-se
contra outros gatos e os engoliu. Stalin percebeu que, se a liberdade de operação das
Lojas Maçônicas fosse permitida, elas poderiam representar uma séria ameaça de con-
tra-revolução. Para garantir que o paraíso dos trabalhadores nunca fosse derrubado,
toda a Maçonaria foi difamada e proibida como instituição. Stephen Knight, citando a
publicação mensal Maçônica Inglêsa, The Freemason, de 1934, conta como isso foi
realizado:

"Assim que o Estado Bolchevique foi declarado, a Maçonaria foi proibida. Esta
posição anti-maçônica foi consagrada em uma resolução do quarto Congresso da Inter-
nacional Comunista: 'É absolutamente necessário que os principais elementos do Partido
510
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

devem, portanto, causar uma violação definitiva das classes e devem, portanto, provocar
uma brecha definitiva com a Maçonaria. O abismo que divide o proletariado da classe
média, deve ser claramente trazido à consciência do Partido Comunista. Uma pequena
fração dos principais elementos do Partido desejava colmatar esse abismo e se valer das
Lojas Maçonicas. A Maçonaria é uma fraude mais desonesta e infame do proletariado,
pela seção radicalmente inclinada da classe média. Consideramos nosso dever fazer-lhe
oposição, ao máximo."124

Embora a Maçonaria, como instituição, fosse proibida, a Maçonaria, como ideal


junto com alguns de seus rituais, foi incorporada à União Soviética. E a União Soviética
era dirigida pelo Partido Comunista. Até recentemente, o Partido Comunista controlava o
Soviete Supremo, da mesma maneira que a hierarquia na Maçonaria controla o Supremo
Conselho.

Qualquer pessoa iniciada no Partido Comunista, na década de 1930, passou


pela mesma cerimônia prescrita nos Graus Azuis, com uma ligeira variação da substitui-
ção do avental Maçônico pelo lenço vermelho Comunista. Os autores de The Massonic
Legacy contam como a iniciação era conduzida:

A admissão no Partido era tão portentosa, ritualística e carregada de ressonân-


cia evocativa quanto a iniciação na... Maçonaria. Nas crianças, particularmente, o impul-
so religioso era frequente e deliberadamente ativado, depois canalizado sistematicamen-
te para os interesses do Partido... Em meio a vários votos e promessas quase litúrgicos,
o novo Pioneiro recebia, como talismã sagrado, um lenço vermelho. Este pedaço de
pano era declarado o seu bem mais precioso. Ele era instruído a guardá-lo, reverenciá-lo
e preservá-lo do toque da mão de outra pessoa.12

Embora Stalin tenha proibido a Maçonaria como uma instituição, ele usou o sis-
tema de várias maneiras, uma das quais era infiltrar-se nas organizações de inteligência
Ocidentais. Stalin estava ciente da importância da Maçonaria para a sociedade Ociden-
tal. Ele sabia que os serviços de inteligência Britânicos e Americanos estavam cheios de
Maçons, que os chefes dos serviços secretos estavam envolvidos na Maçonaria. Em
1936, Stalin estabeleceu centros de treinamento para a exploração da Maçonaria Oci-
dental.126

O Anti-Zionismo de Stalin
Lenin não viveu para ver o Zionismo contido na Rússia. Essa tarefa foi passada
para Stalin. Este, um Maçom Rosacruz Martinista, era um anti-Zionista secreto. Aparen-
temente, ele estava, não apenas ciente dos motivos anti-Zionistas do Priorado de Sião,
511
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

mas também de seu dever de conter o Zionismo dentro das fronteiras Russas. As ações
de Stalin trairam esse programa, pois ele recompensou o Priorado de Sião, expurgando
Judeus do governo e, depois, fechando as fronteiras Soviéticas para impedir que os
Zionistas emigrassem para a Palestina. James Pool conta a história em Who Financed
Hitler:
Após a revolução, os Judeus foram, gradualmente, afastados pelos mais brutais
líderes que surgiram das massas não-Judias. A mudança que ocorreu no topo da lide-
rança soviética, de 1926 a 1937, é um exemplo histórico desse processo: os líderes
Judeus do período revolucionário, Trotsky, Zinoviev, Kamenev, foram rejeitados por
Stalin e outros não-Judeus.127

Ao longo de sua carreira como chefe da União Soviética, até a morte, Stalin
permaneceu violentamente anti-Zionista. Esse fato foi confirmado por sua filha, que, em
4 de junho de 1990, confessou que Stalin queria se livrar de todos os Zionistas. Ela disse
que, em 1952, um ano antes de sua morte, Stalin iniciou outro expurgo, acusando Zionis-
tas da tentativa de derrubá-lo.128

Em contraste, as ações de Trotsky sugerem que ele não participou da conspi-


ração anti-Zionista. Por exemplo, como um ardente Comunista, Trotsky desejava espa-
lhar o Comunismo por todo o mundo. O Dr. Quigley expôs o conflito entre Stalin e
Trotsky sobre este assunto, o que levou à morte de Trotsky:

A rivalidade entre Stalin e Trotsky, em meados da década de 1920, foi travada


com slogans, bem como com armas mais violentas. Trotsky pedia a "revolução Mundial",
enquanto Stalin queria "o Comunismo em um único país".129

Quando Stalin abaixou a Cortina de Ferro, Trotsky ficou furioso, gritando: "Você
traíu a Revolução! Você traiu a Revolução!"130 O que Trotsky, obviamente, não sabia era
que se o Zionismo fosse contido na Rússia, o Comunismo sofreria o mesmo destino.

Quando Trotsky protestou muito alto, Stalin não teve tempo para a devida expli-
cação nessa praga de bigodes não esclarecida, e tentou matá-lo. Trotsky escapou para a
França, onde estava protegido por um tempo por seu amigo Judeu, o Maçom do Grande
Oriente e Premier Francês, Leon Blum.131 Blum também foi francamente contra a política
da "cortina de ferro" de Stalin, afirmando diretamente ao ditador Russo: "Você traiu o
espírito da revolução mundial".132

O longo braço do serviço secreto de Stalin chegou à França em busca de


Trotsky. Trotsky estava fugindo novamente, desta vez para o México. A Maçonaria do
Grande Oriente Mexicano, que solidificou sua revolução de 100 anos logo após a I Guer-

512
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

ra Mundial, congratulou-se com o camarada Trotsky de braços abertos, proporcionando-


lhe alojamento e todo tipo de luxo.

Dentro das paredes protetoras dos Grande Orientes Mexicanos, Trotsky fundou
a Quarta Internacional Comunista, com a intenção de retornar à Rússia para assassinar
Stalin. Mas Stalin o encontrou primeiro. Em 1940, o NKVD, mais tarde denominado KGB,
assassinou Trotsky.134

Stalin eliminou Trotsky não porque Trotsky fosse um Judeu. Nem ele, sistemati-
camente, perseguia Judeus, como fomos levados a acreditar. Os Judeus que ele matou
eram uma ameaça para sua tarefa Sionista de conter o Zionismo dentro das fronteiras da
Rússia. O recorde fala por si. Os poucos Judeus que deixaram a Rússia, não tiveram
permissão de emigrar para a Palestina. Quando Mikhail Gorbachev chegou ao poder, em
1985, estas restrições foram levantadas.

O Golpe Final
Alguém pode duvidar que a Maçonaria, especificamente a Maçonaria Inglesa,
está por trás do recente rompimento da União Soviética? Desde o momento em que o
governo democrático de Kerensky foi deposto pelos Bolcheviques, Londres apoiou a
contra-revolução da Russia Branca. Quando as atrocidades do Terror Vermelho foram
expostas, Londres foi fortalecida em sua determinação de derrubar a União Soviética.

A seriedade da situação na União Soviética foi revelada pelo almirante "Blinker"


Hall, chefe da inteligência naval Britânica. Hall informou seus colegas no, final da Primei-
ra Guerra Mundial, que o "monstro mais durável que a inteligência ocidental já enfrentara
surgira em Moscou .... Portanto, não era apenas necessário descobrir os segredos do
outro lado, mas proteger os nossos dos discípulos do comunismo, um dos quais poderia
muito bem ser o colega ao seu lado."135

No início dos anos 1920, o Serviço Especial de Inteligência Britânico (SIS) fez
sua primeira tentativa de quebrar a União Soviética. Eles quase conseguiram. A trama
pedia por uma revolta dos guarda-costas dos líderes comunistas, que tomariam Lenin e
Trotsky. (A trama também incluía o assassinato de Lenin, se a ocasião surgisse, o que
aconteceu, mas falhou.)

Os agentes Britânicos estabeleceriam um governo anti-comunista provisório.


No entanto, agentes leais aos comunistas penetraram na operação, e todo o enredo
desmoronou. Phillip Knightley, autor de The Master Spy (1989), disse que o CHEKA,

513
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

percebendo um inimigo formidável no SIS, planejou, a partir daquele momento, "a longo
prazo... penetração soviética na inteligência Ocidental..."136

Quando Hitler chegou ao poder, Londres fez uma segunda tentativa de destruir
a União Soviética, forçando a Alemanha nazista para o leste para a guerra com a Rússia
(ver capítulo 22). Tendo falhado em derrubar a União Soviética com Hitler, Londres con-
tinuou seu objetivo. "O Golpe Final" foi bem pensado, e levou 59 anos para ser aperfei-
çoado.

A operação de inteligência mais brilhante para derrubar uma nação, envolveu a


Maçonaria, a KGB e um homem chamado Kim Philby, um veterano oficial de inteligência
no MI-6 (Missão Impossível, departamento 6), da Inglaterra. Como um homem jovem,
Philby foi preparado para a tarefa por seu pai, o Maçom St. John Philby. O idoso Philby
havia sido especialista de inteligência Britânico na península Arábica por quarenta anos,
após a Revolução Bolchevique. Ele ajudara na criação de Lojas Maçônicas em países de
língua árabe.137 Embora não haja registro de que o jovem Philby tenha ingressado na
Maçonaria (e ele afirmou que não), seu pai lhe ensinou o pensamento livre. Além disso,
ele foi educado em Cambridge, uma universidade repleta de sociedades secretas, inclu-
indo a Maçonaria. Lá, ele aprendeu a política da esquerda intelectual, e tornou-se comu-
nista durante a Terceira Internacional, mas nunca se juntou ao Partido. Quando se for-
mou, em junho de 1933, ele foi a Viena, a pedido do Partido Comunista Frances, com
sede no Grande Oriente de Paris.138

Quando Philby tomou conhecimento de tudo o que deveria para saber sobre o
inimigo, ele foi contratado pela inteligência Britânica como correspondente e, em 1939,
enviado à Espanha para observar a revolução comunista em andamento, lá. Ninguém
sabe ao certo quando, ou se, ele foi "recrutado" pela KGB, mas ele revelou segredos. Os
segredos que ele forneceu ao seu controlador, no entanto, eram minúsculos em compa-
ração com os que ele nunca revelou, como a operação "Ultra" durante a Segunda Guerra
Mundial. (Ultra era o codinome dado às informações coletadas através da decifração do
tráfego de sinal Alemão, produzido pela máquina de codificação de rádio conhecida
como "Enigma".)139

Após a guerra, Philby recebeu permissão da inteligência Britânica para tentar o


"agente duplo completo”. Ele foi, então, instruído: "Se surgir uma oportunidade de con-
vencer o serviço de inteligência Russo de que você deseja trair seu próprio serviço e
trabalhar para o outro lado, então você tem permissão para aproveitá-la."

Em 1949, Philby foi enviado a Washington, como representante do SIS da Grã-


Bretanha nos Estados Unidos, trabalhando em conjunto com a CIA e o FBI. Quando ele

514
______________________________________________________________CAPÍTULO 19

saiu de Washington para retornar a Londres, nenhum outro oficial de inteligência Britâni-
co estava tão bem preparado para realizar "O Golpe Final" na Rússia Soviética.

Quando ele voltou para Londres, Philby começou a desenvolver sua capa que
faria a KGB acreditar que ele era um agente duplo Soviético. Em 1952, dois agentes
britânicos do SIS, Donald Maclean e Guy Burgess, desertaram para a Rússia. Philby era
suspeito de tê-los ajudado. Em 1955, o Maçom J. Edgar Hoover, 33º grau, liberou Philby
de envolvimento no caso.141 Após essa liberação, Philby foi enviado ao Oriente Médio
como um correspondente do London Observer e do The Economist. A verdadeira razão
para essa transferência foi interrogar seu pai. O veterano Philby apresentou seu filho a
todos os seus contatos no Oriente Médio. Juntos, Philby e Philby viajaram pelo Oriente
Médio, de 1955 até setembro de 1960, quando St. John Philby morreu.142 Havia chegado
o tempo para a deserção de Kim Philby.

Em janeiro de 1963, Philby desapareceu, enquanto estava a caminho de uma


festa diplomática em Beirute. Em abril, ele apareceu em Moscou. Pouco tempo depois,
Khrushchev caiu do poder. Depois de 1963, o Ocidente não ouviu mais nada sobre Phil-
by, até 1979. Naquele ano, a inteligência Ocidental descobriu que Philby acabara de ser
promovido ao posto de General da KGB. Então, em 1980, vieram de Londres notícias
chocantes de que Kim Philby nunca tinha sido um dirigente da KGB, que Sir Anthony
Blunt sempre fora o controlador de inteligência de Philby para a corte real da Grã-
Bretanha. Traduzido, isso significava que Philby era um agente triplo, um agente de
inteligência Britânico disfarçado de agente duplo Soviético.143

Nos anos seguintes, Brejnev morreu e cada um dos dois líderes Soviéticos se-
guintes, Yuri Andropov e Konstantin Chernenko, morreram repentinamente sob circuns-
tâncias misteriosas.

Quando Mikhail Gorbachev chegou ao poder, Kim Philby concedeu uma entre-
vista sem precedentes a Phillip Knightley, autor de The Master Spy. A conclusão de
Knightley era que "os Britânicos o deixaram [Philby] partir".144 Em "O Golpe Final", no
último capítulo de seu livro, Knightley registra a afirmação de Philby: "Em Gorbachev,
tenho um líder que justificou meus anos de fé."145

O que Philby quis dizer? As políticas implementadas por Gorbachev desmante-


laram a União Soviética. Philby estava envolvido nesse processo? Essa era a tarefa
dele? Ele tem algo a ver com a ascensão de Gorbachev ao poder?

Em 1984, um ano antes da posse de Gorbachev, ele viajou para duas sedes
Maçônicas, em Londres e Paris, para fazer um "relatório". Eventos subsequentes suge-
rem que, nessa viagem, ele foi iniciado na Maçonaria Francesa. No ano seguinte, em

515
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

1985, Gorbachev estava no comando da União Soviética. Um grande jornal diário de


Paris, Le Figaro, relatou o intenso interesse de Gorbachev na Maçonaria. Em 1989,
relatórios que estavam saindo da França diziam que Gorbachev estava planejando rea-
brir lojas Maçônicas dentro da União Soviética e seus estados satélites. De acordo com
Flashpoint (setembro 1990), um boletim mensal publicado por Texe Marrs expondo os
mais recentes desenvolvimentos na conspiração, "Ambas as principais organizações
açônicas na França, o Grande Oriente... e a Grande Loja... agora estão trabalhando
nesse projeto de alta prioridade".146

Quando a Maçonaria é autorizada a operar dentro de uma nação, haverá revo-


lução. O fim pacífico da União Soviética, em dezembro de 1991, só pode ser atribuído à
atividade dessas novas lojas, estabelecidas dentro das fronteiras Russas, desde 1989.
Podemos nunca saber que intriga ocorreu para derrubar o comunismo, mas, em 26 de
dezembro de 1991, quando Gorbachev renunciou voluntariamente ao poder, ele disse na
verdadeira terminologia Maçônica", interrompo minhas atividades no cargo de presidente
da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Estamos vivendo agora em um Novo
Mundo!"147

Em Conclusão
A Revolução Russa ocorreu em cooperação com os Socialistas Maçônicos In-
gleses, financiados pela Casa de Rothschild e em conflito com os comunistas do Grande
Oriente, financiados pela Casa de Warburg. A Maçonaria Inglesa queria que os Zionistas
saíssem da Rússia, a fim de estabelecer uma pátria Judaica na Palestina, enquanto a
Maçonaria do Grande Oriente Francês desejava manter os Zionistas na Rússia. Judeus
Russos, embora secretamente manipulados por ambas as Maçonarias Gentias, tiveram
um papel significativo nas duas Revoluções Russas de 1917. Até os ricos Rothschilds e
Warburgs eram peões nas mãos do Priorado de Sião e dos Templários Gentios. Os
Judeus foram usados, e depois abusados como bode expiatório. A Maçonaria ficou incó-
lume.

De fato, a Revolução Russa, o conflito secreto provocado entre as Maçonarias


Inglesa e Francesa, e a concorrência financeira gerada entre os Rothschilds e os War-
burgs foram, e ainda são, apenas uma manifestação da luta de mil anos entre o Priorado
de Sião e os Cavaleiros Templários.

516
Capítulo 20

O ASSASSINATO RITUAL MAÇÔNICO


DO CZAR NICHOLAS II

O assassinato do Czar foi cometido por homens sob o comando de forças ocul-
tas: e por uma organização que, em sua luta contra o poder existente, recorreu ao antigo
cabalismo no qual era bem versada.1

O governo revolucionário de Kerensky negociou com sucesso a abdicação pa-


cífica do Czar, em 15 de março de 1917. Quando os Bolcheviques chegaram ao poder,
seis meses depois, Leon Trotsky, o Comissário de Guerra de Lenin, não ficou satisfeito
até que o imperador e toda a sua família fossem assassinados. Deixar vivos os Romanov
poderia colocar em perigo a Revolução Bolchevique, caso o povo russo pedisse o retor-
no deles.2

Em muita literatura sobre conspiração, aqueles que vêem uma conspiração Ju-
daica por trás das revoluções catastróficas do nosso século, afirmam que um Judeu
ordenou o assassinato do Czar:

Em 17 de julho de 1918, em Ekaterinenburg, e por ordem da CHEKA de


Trotsky, a comissão de execução, comandada por um Judeu chamado Yourowsky, as-
sassinou, a tiros ou golpes de baioneta, o Czar, a Czarina, o Czarevitch, as quatro Grã-
Duquesas, o Dr. Botkin, o mordomo, a criada, a cozinheira e o cachorro.3

Os membros da família imperial, em sucessão mais próxima ao trono, foram


assassinados na noite seguinte. Os Grão-Duques Mikhailovitch, Constantinovitch, Vladi-
mir Paley e a Grã-Duquesa Elizabeth Ferodorovna foram jogados no poço de Alapaievsk,
na Sibéria. O Grão-Duque Michael Alexandrovitch foi assassinado em Perm com sua
comitiva.4

O Czar foi morto por um Judeu como Judeu, ou por um Judeu como Maçom?
Essa distinção é significativa, como mostram os eventos subsequentes da história mo-
derna. Se um Judeu como Judeu fosse culpado deste crime, como todos os anti-Semitas
acreditavam, incluindo Hitler, o perigo de um holocausto Judeu era real. Mas, se um
Judeu como Maçom matou a família real, o Judaísmo não tinha nada a ver com os as-
sassinatos. Qualquer Maçom poderia ter realizado o ato. Mas, então, se qualquer Maçom

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

cometeu esse crime, a Fraternidade Gentilica anti-Semita não teria sido capaz de fazer
dos Judeus seu bode expiatório.

Terroristas ou Assassinos Cultuais?


O assassinato do Czar Nicholas II e de sua família foi realizado por terroristas?
Ou eram os autores membros de um dos cultos Maçônico-Satanistas discutidos anteri-
ormente neste livro? Uma breve comparação de terroristas Maçônicos e Satanistas nos
ajudará a considerar essa questão.

Primeiro, terroristas, que assassinam indiscriminadamente, têm um duplo obje-


tivo. Um, eles desejam chamar a atenção mundial para uma causa específica. Dois, eles
esperam polarizar um governo para obter concessões para sua causa ou ideologia.

Os Satanistas, por outro lado, assassinam apaixonadamente e por um motivo


diferente. Os assassinatos que cometem fazem parte de um ritual, que pode ou não ser
Maçônico. O assassinato ritual requer documentação, quer seja pela marcação de sím-
bolos ocultos na pele do corpo da vítima, ou da pintura, geralmente com o sangue da
vítima, de símbolos nas paredes que cercam a cena do assassinato.

Geralmente, os Satanistas agem isoladamente ou em grupos muito pequenos e


discretos, não responsáveis pela política formal. Os terroristas, por outro lado, são muitos
e são controlados por um corpo maior, como um estado. Alguns são controlados pela
própria Maçonaria, como os anarquistas e niilistas de Bakunin. Que a Maçonaria autori-
zou e contratou tais serviços terroristas, é algo confirmado por uma declaração encontra-
da na ata do Supremo Conselho do 33º grau da Maçonaria de Mizraim, em Paris, em
meados do século XIX: "É necessário adquirir os serviços de agentes corajosos e ousa-
dos, que sejam capazes de superar todos os obstáculos no caminho de nosso progres-
so."5

O Czar e sua casa real não foram mortos por terroristas. Que os assassinos
eram mais confidenciais, mais discriminatórios – muito apaixonados e ritualistas em sua
tarefa, indica que eles eram Satanistas. Discutiremos no final deste capítulo a mensagem
simbólica pintada na parede, acima dos corpos, que não era apenas Satânica, mas caba-
lística, indicando que os assassinos podem ter sido Maçons em uma missão.

518
______________________________________________________________CAPÍTULO 20

Símbolos do Assassinato Ritual Maçônico


Os símbolos Maçônicos são deixados no local de assassinatos rituais por várias
razões: (1) para mostrar à hierarquia da Maçonaria que este foi um assassinato Maçôni-
co; (2) para avisar a todos os Maçons para seguirem o código Maçônico de silêncio, ou
sofrer um destino semelhante; (3) para documentar a natureza ritual do assassinato, a
fim de concluir a iniciação em um grau Maçônico superior; ou (4) para provar ao pagador
Maçônico que o "assassino" cumpriu sua tarefa.

Um assassinato recente que apresentava os sinais de envolvimento Maçônico


ocorreu em junho de 1982, em Londres, Inglaterra. A vítima foi Roberto Calvi, banqueiro
italiano e Maçom do Grande Oriente, que aparentemente foi ritualmente assassinado
pelas mãos da Maçonaria Inglêsa. Uma fotografia de seu corpo é reproduzida no livro de
David A. Yallop, In God’s Name (páginas 212 e 213). A figura, de numero 59, mostra os
seguintes símbolos Maçônicos:

1. Calvi foi pendurado na ponte Blackfriars de Londres. Blackfriar era o nome da


Loja a qual Calvi pertencia, na Itália.

2. Ele foi pendurado ao lado de uma saída de esgoto, para indicar a opinião dos
assassinos a respeito dele.

3. Uma corda Maçônica, usada para conduzir o iniciado pela sala durante o iní-
cio das cerimônias nos Graus Azuis, estava em volta do pescoço, indicando que ele fora
levado da Itália para Londres por Maçons de nível superior. A corda também é "definida
no ritual maçônico como representação do corte da garganta."6

4. Tijolos de pedreiro foram encontrados nos bolsos.

Stephen Knight, em seu livro The Brotherhood, também registra a presença das
mesmas pistas ou mensagens Maçônicas no corpo de Calvi e o significado da localiza-
ção do corpo:

Havia muitos rumores [sobre a morte de Calvi]: a Máfia, com a qual Calvi tinha
conexões, o assassinara; assustado e desesperado, ele havia cometido suicídio; ele
havia sido morto ritualmente pelos Maçons, uma “corda” maçônica [sic] em volta do
pescoço e os bolsos simbolicamente cheios de pedaços de tijolos, a localização do as-
sassinato escolhido por seu nome - na Itália, o logotipo da Fraternidade é a figura de
uma Blackfriar.7

519
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O que Calvi tinha feito para trazer um fim tão horrível sobre si mesmo? Ele tinha
cometido um pecado imperdoável. Calvi roubara vários banqueiros Maçônicos Britânicos
e outros, em cerca de US$ 1,3 bilhão, de acordo com registros bancários.

O esquema de Calvi começou em 1963, quando ele criou sua primeira, de mui-
tas empresas de fachada. Naquele ano, ele formou uma empresa, em Luxemburgo,
chamada Compendium. O nome foi, posteriormente, mudado para Banco Ambrosiano
Holdings e usado para desviar dinheiro de um banco que ele fora destinado a controlar.
Em 1971, Calvi tornou-se diretor administrativo do Banco Ambrosiano, em Milão, Itália.
Desde então e até sua morte, logo após a Guerra das Malvinas, o "Cavaleiro", como era
carinhosamente chamado por seus amigos, estava envolvido com um quadro de Maçons
Italianos em um labirinto de transações desonestas. Yallop fornece uma visão geral:

A capacidade de [Calvi] de inventar esquemas desonestos para lavagem de di-


nheiro da Máfia, exportar liras ilegalmente, sonegar impostos, ocultar os atos criminosos
de compra de ações em seu próprio banco, fraudando a Bolsa de Milão, por suborno, por
corrupção, pervertendo o curso da justiça, organizando uma prisão injusta aqui, um as-
sassinato ali - sua capacidade de fazer tudo isso e muito mais, coloca o Cavaleiro em
uma classe criminosa muito especial.8

Pouco antes do início da Guerra das Malvinas, na primavera de 1982, Calvi


abriu uma filial do Banco Ambrosiano na Argentina. Yallop nos informa que "Calvi desvi-
ou milhões de dólares, alguns dos bancos Britânicos... para comprar Exocets para a
Argentina."9 Não é agradável para os banqueiros Maçônicos Britânicos refletir que os
soldados Britânicos foram mortos por mísseis Exocet Franceses, comprados pela Argen-
tina com dinheiro roubado de seus próprios bancos pelo Maçom do Grande Oriente,
Calvi.10 Só se pode concluir, a partir da simbologia em torno do corpo de Calvi, que seu
assassinato foi executado para alertar outros Maçons em sua posição para não rouba-
rem seus irmãos Maçônicos.

Um segundo exemplo notório de símbolos Maçônicos deixados no local de as-


sassinatos rituais é examinado por Stephen Knight em Jack the Ripper: The Final Soluti-
on. Jack, o Estripador, supostamente era um pervertido sexual que estuprou e depois,
brutalmente, matou cinco prostitutas, no extremo Leste de Londres, de agosto a novem-
bro de 1888. Cada corpo mutilado de mulher foi fotografado pela Scotland Yard e as
evidências ficaram lacradas por 100 anos. Knight, jornalista Britânico, tinha conexões na
Scotland Yard e, em 1975, obteve permissão para estudar as imagens. Ele disse que os
corpos das vítimas "carregam, de forma impressionante, semelhanças entre si - e parale-
los extraordinários com os assassinatos rituais da Maçonaria."11 Por exemplo, os estô-
magos das mulheres foram abertos e suas entranhas penduradas no ombro esquerdo.
Suas gargantas foram cortadas da esquerda para a direita. Dois triângulos, um do lado

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______________________________________________________________CAPÍTULO 20

direito para cima e outro de cabeça para baixo, foram cortados na pele, dos dois lados de
suas bochechas. "Todas as vítimas de Jack, o Estripador", diz Knight, "foram executadas
de acordo com um antigo ritual Maçônico."12 Finalmente, a última vítima foi morta na
Praça Mitre, onde apenas as lojas mais importantes se encontravam.13

O que essas mulheres fizeram para incitar crimes tão cruéis? Stephen Knight
nos dá um breve histórico da agitação política na Inglaterra, antes que responda questão:

Foi um período em que a Inglaterra estava perigosamente instável. Muitos


acreditavam que a revolução estava além do horizonte. As prostitutas haviam tomado
conhecimento, em primeira mão, do segredo que as forças mais potentes do governo
Britânico estavam se esforçando para se manter por quase quatro anos. O próprio Pri-
meiro Ministro acreditava que, se o segredo fosse divulgado, o próprio trono estaria em
perigo. Numa era de feroz sentimento anti-Católico, o príncipe Albert Victor Christian
Edward, neto da rainha Victoria e Presumível Herdeiro ao trono, casou-se ilegalmente e
teve um filho com uma plebeia Católica Romana 14

Para ocultar a vergonha de um possível escândalo, o médico real, Maçom Sir


William Gull, internou a esposa do príncipe em um asilo psiquiátrico, onde morreu em
1928. Quatro anos após a internação da esposa, as cinco prostitutas descobriram o
segredo e planejaram chantagear o Maçom mais poderoso da Inglaterra - o rei. Sir Willi-
am Gull decidiu que "a única maneira segura de silenciar as mulheres era eliminá-las. E
a maneira correta de executá-los era como traidoras da nação...serem mutiladas, de
acordo com as penalidades estabelecidas no ritual maçônico[sic]."15

Knight defende que "Jack, o Estripador, não foi apenas um homem, mas três,
dois assassinos e um cúmplice."16 Todos os três homens - o médico real, o cocheiro real,
e o artista real - ele diz, foram os Maçons comandados por um rei Maçônico, para se
livrar de chantagistas.

Outro exemplo notável de assassinato ritual Maçônico ocorreu em meados da


década de 1970, e é discutido pelo Dr. John Coleman em Update on Secret Societies
(1984); e em The Future of Latin America (1985). Coleman era um oficial de inteligência
Britânico em Angola e na Rodésia, durante as revoluções comunistas do Grande Oriente
naquelas duas nações, na década de 1970. Em muitas ocasiões, ele interrogou revoluci-
onários nos dois países e descobriu que eram treinados profissionalmente na London
School of Economics, a qual ensina Milner, Marx e Engels.

No auge das atrocidades cometidas pelos rebeldes, o Dr. Coleman visitou a Es-
tação Missão Elam, em Angola. Não houve sobreviventes. Ele viu os restos de treze (um
número sagrado Maçônico) missionários brancos que foram brutalmente golpeados até a

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

morte. Uma mulher de 55 anos tinha um machado enterrado na cabeça. Uma bebê de
três anos estava presa no chão, com uma baioneta nas têmporas. "Todas as vítimas" diz
Coleman, "apresentavam os sinais do assassinato ritualístico Maçônico - todos estripa-
dos com símbolos cabalísticos esculpidos por todo o corpo - lábios e narizes cortados."17

Assassinos como aqueles que mataram os missionários angolanos, são fre-


quentemente membros de uma Loja Maçônica degenerada, como a Ordo Templi Orientis
(O.T.O.). Nos Estados Unidos, tais foram Charles Manson e David Berkowitz, que ritual-
mente assassinaram suas vítimas durante as décadas de 1960 e 1970. Outro desses
assassinos na América, foi o Satanista auto-proclamado Richard Ramirez, apelidado de
"Perseguidor da Noite". Como Manson e Berkowitz, Ramirez deixou símbolos Cabalísti-
co-Maçônicos no local de seus assassinatos.

Devemos lembrar que um dos requisitos de um iniciante da O.T.O. é aprender


as artes da magia negra da Cabala judaica.18 Albert Pike, em Morals and Dogma, diz:
"todas as associações Maçônicas devem [à Cabala] seus segredos e seus símbolos". A
Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry nos informa que a Cabala ensina magia branca
e negra, feitiços e encantamentos, realizados com símbolos e numerologia ocultista.20

Na época em que o Czar Nicholas II foi assassinado, a O.T.O. Maçônica teria


estado em operação na Rússia, desde 1905. Documentamos que o Maçom Dr. Gerard
Encausse (Papus), Grão-Mestre de Mizraim, Memphis e da Maçonaria Martinista na
França, autorizou lojas Martinistas na Rússia em duas ocasiões distintas quando visitou
o país, na virada do século XIX. Há toda uma razão para acreditar que Papus teria esta-
belecido lojas da O.T.O. na Rússia. Os assassinatos rituais e símbolos Maçônicos corta-
dos nos corpos das vítimas, durante o Terror Vermelho Bolchevique, sugerem a presen-
ça e operação de iniciados da O.T.O. nas fileiras dos Bolcheviques.

O Maçom Mikhail Bakunin, anarquista Russo e Satanista, era estudante da Ca-


bala.21 Muitos dos Sovietes estavam cheios de discípulos de Bakunin. Não é difícil imagi-
nar a mão dos Satanistas estendendo-se para derrubar o Czar e sua família - Satanistas
que entendiam a simbologia Cabalística.

Sião, a Cabala e o Assassinato do Czar


O assassinato do Czar e sua casa foi um assassinato ritual Maçônico. No muro
onde a família imperial foi morta estava uma inscrição misteriosa, escrita com o sangue
dos assassinados. Consistia em três letras "L" cabalísticas, com uma linha desenhada
embaixo delas. Na fotografia, os caracteres aparecem como se estivessem invertidos, e
escritos da direita para a esquerda. Este não é o caso, no entanto, e é explicado pela
522
______________________________________________________________CAPÍTULO 20

posição assumida pelo escritor, que estava de costas para a parede, com o braço direito
esticado, formando as letras da esquerda para a direita, no verdadeiro estilo cabalístico.

Quando a presença desses símbolos ocultos no local do assassinato do Czar


tornaram-se primeiramente conhecida, na década de 1920, muitos livros foram publica-
dos explicando as três letras "L": Kircher, Oedpus Aegyptiacus; Lenain, La Science Ca-
bbalistique; Dee, Monas Hieroglyphcia; H. Krumrath, Amphitheatre de l'eternel sapience;
e Franck, La Cabbale. Esses estudos concluíram que havia dois significados possíveis
para a inscrição: Primeiro: "Aqui o Rei foi atingido no coração em punição por seus cri-
mes"; segundo: "Aqui o Rei foi sacrificado para provocar a Destruição de seu Reino".

E o que dizer da linha desenhada abaixo dos três "L's"? Na "ciência" mágica, a
linha horizontal é o símbolo do princípio passivo. De acordo com a interpretação cabalís-
tica, a linha traçada sob as três letras "L" indica que aqueles que mataram o rei fizeram
isso, não por vontade própria, mas em obediência a um comando superior.22 Esse "co-
mando superior" pode ter vindo do Priorado de Sião. Sião queria a eliminação da família
Romanov, porque não eram da linhagem do Santo Graal.

"Em obediência ao comando superior", esses assassinos realizaram um ritual


de Magia Negra, em obediência a uma organização oculta degenerada. Em resposta a
esta ordem, os assassinos comemoraram seu ato através de uma inscrição cabalística
cifrada, uma inscrição que pertencia ao ritual, talvez o ritual de uma Loja Maçônica caba-
lística e degenerada, como a O.T.O. Os Maçons Gentios, Philippe, Papus e Rasputin
pertenciam a um enclave oculto, enquando eram os conselheiros ocultos do infeliz Czar
Nicholas II. Papus era íntimo de Claude Debussy, Grão-Mestre do Priorado de Sião, cuja
Ordem odiava a realeza Russa, e queria esmagar o movimento Zionista.

O Priorado de Sião era bem versado na Cabala. Quem escreveu essa inscrição
cabalística no local do assassinato do Czar, também foi educado nos símbolos secretos
desse livro Judaico. É esta a prova, então, de que o assassino era um Judeu, realizando
um assassinato ritual? Não, pelo contrário. Evidências esmagadoras sugerem que ele
era um Maçom, cuja nacionalidade é irrelevante.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

524
Capítulo 21

CONCORRENDO À GOVERNANÇA MUNDIAL:


A MESA REDONDA VS. A LIGA DAS NAÇÕES

O principal objetivo social da Maçonaria Francesa era ajudar a estabelecer uma


paz permanente na Europa. Muito antes da presidência de Woodrow Wilson, conferên-
cias para discutir uma Liga das Nações... É verdade que um Congresso Maçonico reali-
zado em Paris, em 1917, por representantes dos países aliados ou neutros, defendeu
uma Liga das Nações...

Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry1

Durante a maior parte do século XIX, a Maçonaria Francesa pareceu ser a força
revolucionária dominante no Velho Mundo. A Maçonaria inglesa, em comparação, pare-
cia adormecida. O outrora poderoso Império Britânico, em que o sol nunca se punha,
estava em declínio após a perda de suas colônias Americanas. Tudo o que era dito sobre
o Governo Mundial emanava de Paris, não de Londres.

O declínio do Império Britânico, durante os anos 1800, foi perpetuado pelos Pe-
quenos Ingleses, um movimento liberal anti-imperialista que acreditava que a expansão
do império colonial era cara e inútil. Eles estavam convencidos de que o comércio entre
as colônias - a principal fonte de renda da Inglaterra - era certo, não importando quem
governasse as colônias. Eles acreditavam que as colônias "acabariam se separando
voluntariamente do país natal, se lhes fossem dados os direitos dos Ingleses, ou por
rebelião, como as colônias Americanas o fizeram, se fossem privadas de tais direitos".2

A Maçonaria Inglesa também foi responsável pelo declínio do império Britânico.


Desde seu início, a Irmandade Inglesa era aristocrática, capitalista e monopolista. A
renda aristocrática era proveniente de aluguel por terra, bancos e comércio. Outra fonte
dessa riqueza era a grande soma de dinheiro do Oriente. A pobre classe trabalhadora
não participava de um sistema econômico tão sofisticado e começou a se rebelar.

A Maçonaria Francesa foi a força por trás de sua rebelião. Como vimos, durante
o terceiro quarto do século XIX, o Maçom do Grande Oriente, Karl Marx, morando na
Inglaterra, espalhou sua doutrina comunista entre os Britânicos. Seus conceitos utópicos

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

tomaram a base. Antes da morte de Marx, em 1883, a doutrina do Grande Oriente dividiu
os súditos Britânicos entre liberais e conservadores, cuja divisão penetrou a Maçonaria
inglesa como um bem. Durante a década de 1880, a Maçonaria de esquerda, represen-
tada pela Sociedade Marxista Fabiana, começou a incitar greves e tumultos de trabalha-
dores. Os Maçons de direita, na privilegiada classe dominante, corriam o risco de perder
seu poder, se algo não fosse radicalmente mudado.

A mudança ocorreu em 1889. No grande Congresso Maçônico de Paris, naque-


le ano, a Maçonaria inglesa aceitou o socialismo como um compromisso. Depois de
voltar para a Inglaterra, os Maçons Britânicos (direita e esquerda) começaram a organi-
zar "grupos de reflexão" socialistas como pontos de venda político. Um dos grupos de
reflexão, fundado em 1902, foi chamado de "Coeficientes", o qual, em 1909, evoluiu para
a Mesa Redonda.

O problema enfrentado pela Irmandade aristocrática de direita era como contro-


lar o socialismo de estado em uma sociedade capitalista. Os " grupos de reflexão " pro-
puseram uma solução simples para o problema: a Maçonaria já incorporava negócios e
finanças, cujo sentido poderia ser denominado "socialismo corporativo"; o socialismo
estatal poderia fazer negócios com o socialismo corporativo, desde que a Irmandade
dominasse a política, o que ela fez – esquerda e direita.

Patriotas da Raça Britânica


Os Maçons de esquerda se referiam aos Maçons de direita como "patriotas da
raça Britânica". A aristocracia de direita sustentava a opinião exaltada de que a raça
Britânica estava em um nível evolutivo mais alto do que outras raças. Em 1877, o Maçom
Cecil Rhodes (1853-1902) esboçou para os patriotas Britânicos um programa de três
etapas para o domínio mundial. O primeiro programa expôs suas suposições raciais.
Rhodes escreveu:

Se tivéssemos mantido a América, nesse momento haveria milhões a mais de


vidas Inglesas. Eu afirmo que somos a melhor raça do mundo, e quanto mais de nós no
mundo em que habitamos, melhor é para a raça humana. Apenas deseje aquelas partes
que atualmente são habitadas pelos espécimes mais desprezíveis dos seres humanos.
Que alteração haveria se fossem trazidas sob a influência anglo-saxã? Olhe novamente
para o trabalho extra que um novo país adicionado aos nossos domínios nos dá. Eu
afirmo que cada acre adicionado ao nosso território significa, no futuro, o nascimento de
um pouco mais da raça inglesa, que de outra forma não seria trazida à existência.3

526
______________________________________________________________CAPÍTULO 22

A segunda parte do programa de Rhodes delineou ambições imperiais. Rhodes


explicou: "É nosso dever aproveitar todas as oportunidades de adquirir mais território. E
devemos manter essa ideia firmemente diante de nossos olhos - mais território significa,
simplesmente, mais da raça anglo-saxônica, mais dos melhores, a mais humana, a mais
honorável raça que o mundo possui."4

A terceira parte do programa estabeleceu os objetivos políticos da Maçonaria


Inglesa para a paz mundial. Rhodes disse que "a absorção da maior parte do mundo sob
nosso governo, significa, simplesmente, o fim de todas as guerras"5

Os patriotas Britânicos obtiveram seu maior incentivo nos anos 1870. Durante
essa década, um punhado de Maçons aristocráticos, percebendo o quão ineficaz seria a
dominação da Grã-Bretanha na política no mundo moderno, decidiu devolver à Inglaterra
seus dias de glória. O esquema começou com um discurso, em 1870, pelo Maçom John
Ruskin, na Igreja de Cristo, em Oxford.

John Ruskin (1819-1900) nasceu de pais ricos, mas rigorosos. Escritor, crítico,
artista e patriota Britânico, Ruskin recebeu sua educação formal no Christ Church Colle-
ge, da Universidade de Oxford. O curso sobre a Republic de Platão era seu favorito.
Cleon Skousen, em The Naked Capitalist, diz que a inspiração e devoção de Ruskin para
a criação de uma elite de patriotas raciais, derivou diretamente da Republic, que ele leu
quase que diariamente. Em Republic, Platão pedia "uma classe dominante com um exér-
cito poderoso para mantê-lo no poder, e uma sociedade completamente subordinada à
autoridade monolítica dos governantes."6

Os estudos de Ruskin sobre antigos filósofos políticos ensinaram-lhe que a ma-


neira mais eficaz de conquistar um homem é capturar sua mente. Percebendo que, um
século antes, os Maçons Franceses haviam capturado a mente do trabalhador, através
de propaganda revolucionária, Ruskin decidiu expandir o conceito de controle da mente,
através da educação do trabalhador.

Em 1870, Ruskin foi convidado a retornar a Oxford, para ocupar uma cadeira
nas artes plásticas. Em sua palestra inaugural, que expôs seus pontos de vista sobre a
classe dominante como desenvolvido a partir da Republic de Platão, enviou ondas de
choque através de Oxford. Os estudantes de graduação a quem Ruskin falou, eram os
descendentes da aristocracia Britânica. Eles ouviram com admiração a mensagem de
Ruskin, da qual segue uma parte:

[Vocês, estudantes de graduação são] os possuidores de uma magnífica tradi-


ção de educação, beleza, estado de direito, liberdade, decência e autodisciplina, mas... a
tradição [não] pode ser salva, e [não] merece ser salva, a menos que [possa] ser esten-

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

dida às classes mais baixas da própria Inglaterra e às massas não inglesas em todo o
mundo. Se essa preciosa tradição [não] for estendida a essas duas grandes maiorias, a
‘minoria dos ingleses de classe alta [será], finalmente, submersa por essas maiorias e
pela tradição perdida’. Para evitar isso, a tradição deve ser estendida às massas e ao
império7 [grifo nosso].

Ruskin tem sido apontado pelos historiadores como protetor e educador das
massas oprimidas do trabalhador e dos pobres. Na verdade, ele tinha outra justificativa
para proclamar tais idéias. Ele plantou nas mentes férteis de seu alunos, em Oxford, a
teoria de que se eles educassem o homem trabalhador e o elevassem à classe média,
ele trabalharia em favor da aristocracia, para perpetuar a tradição dos ingleses de classe
alta - cuja tradição controlava as finanças das nações, por meio do banco central.

Ruskin ensinou a seus alunos que o dever essencial da aristocracia era garantir
que os pobres fossem educados - não à custa da aristocracia, mas para que uma classe
média expandida pudesse governar em benefício da aristocracia. Esse arranjo seria um
tipo de escravidão legal, onde ambas as classes se beneficiariam. Através do poder das
finanças, a classe dominante manteria o controle por trás das cenas, enquanto a classe
trabalhadora teria a oportunidade de compartilhar a riqueza, disponibilizada através de
empréstimos.8

Ruskin conseguiu transferir essa visão para seus alunos, em Oxford. Eles, por
sua vez, tornaram-se os propulsores e agitadores Maçônicos da nova política e econo-
mia que hoje governam as sete potências industriais do mundo - Estados Unidos, Cana-
dá, Inglaterra, Alemanha, França, Itália e Japão.

Seis homens-chave, presentes na audiência proferida por Ruskin aos estudan-


tes de graduação, eram Arnold Toynbee, Arthur Glazebrook, George Parkin, Philip Lyttie-
ton Gell, Henry Birchenough e Alfred Milner. Esses homens ficaram tão emocionados
com o discurso de Ruskin que dedicaram o resto de suas vidas para realizar seus ideais.
Cecil Rhodes juntou-se a eles, em 1873. Em homenagem a Arnold Toynbee, que morreu
em 1883, eles construíram o Toynbee Hall, em 1884, como modelo para projetos habita-
cionais do governo, e permanece assim até hoje.9

O Maçom Cecil Rhodes


Cecil Rhodes (1853-1902) iniciou sua carreira de oito anos na faculdade três
anos depois do discurso de Ruskin. Ele ficou tão impressionado quando leu o discurso
que o copiou à mão, e o manteve com ele pelo resto da vida. Rhodes também acreditava
que os Britânicos e seu Império eram as bênçãos da Providência para a terra e seus
528
______________________________________________________________CAPÍTULO 22

habitantes - que apenas a elite poderia e deveria governar o mundo, em benefício e


felicidade da humanidade. Para esse fim, Rhodes trabalhou pelo resto de sua curta vida.

Quando jovem, Rhodes foi enviado por seus pais para se juntar a seu irmão, na
África do Sul, para minerar diamantes. Ele já era rico quando iniciou seus estudos na
Oxford, em 1873. Pelo fato de ter dividido sua vida entre estudar em Oxford e a minera-
ção de diamantes em Kimberley, África do Sul, Rhodes levou oito anos para se formar.

Em 1877, sete anos após o apelo emocional de Ruskin, Rhodes ainda era es-
tudante em Oxford e, com apenas 24 anos de idade, escreveu o primeiro de sete desejos
famosos que perdurou por sua vida. Cada uma das sete vontades era discreta e juridi-
camente vinculativa, não substituindo uma a outra. A primeira pedia a formação de uma
"sociedade secreta", cuja função principal seria focar em devolver a Inglaterra à sua
antiga glória. Ele via a Maçonaria Inglesa e sua conspiração como impotente e, na ver-
dade, extinta a respeito disso. Quando a sociedade foi finalmente organizada após sua
morte, os membros consistiam apenas de Maçons Ingleses. Logo se tornou o apêndice
mais poderoso da Irmandade Britânica.

A nova conspiração de Rhodes incorporaria a maior parte do mundo em desen-


volvimento, e recapturaria os Estados Unidos. A seguir, trechos dessa primeira vontade,
na qual ele compara seu próprio esquema com a inaptidão da Maçonaria Inglesa:

[O dia] em que [me tornei] um membro da ordem Maçônica, eu [vi] [a riqueza e


poder que possuem, a influência que detêm. Eu penso sobre suas cerimônias e eu per-
gunto, [como] um grande corpo de homens pode se dedicar ao que, às vezes, parece os
ritos mais ridículos e absurdos, sem objeto e sem fim.

Por que não devemos formar uma sociedade secreta com apenas um objeto - o
avanço do Império Britânico e a submissão de todo o mundo não civilizado às regras da
Grã-Bretanha, para a recuperação dos Estados Unidos, [e] por... criar a raça Anglo-
Saxônica, mas um Império?10

Quando se formou em Oxford, Rhodes já havia acumulado garantias suficientes


para, com o apoio da Casa de Rothschild, fosse capaz de financiar a compra da empresa
de mineração de diamantes DeBeers e a Consolidated Gold Fields, na África do Sul. Em
1890, ele se tornou o administrador e financiador Britânico da África do Sul.

DeBeers e Consolidated produziram para Rhodes um equivalente atual de US$


10 milhões de renda anual. Quando ele morreu, em 1902, aos 48 anos, seu terceiro
testamento ditava que uma pessoa de confiança dentre seus discípulos governaria a
fortuna gigantesca que ele deixava para trás. Dos seus sete famosos desejos, os dois

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

mais lembrados são os primeiros, que financiaram a sociedade secreta que ele tinha
delineado, mas não se originou em sua vida, e o último, que estabeleceu uma bolsa de
estudos para a Universidade de Oxford – a Bolsa Rhodes.

Bolsas Rhodes
Os Curadores das Bolsas Rhodes, em Oxford, que selecionam os estudantes
para as bolsas de estudo de prestígio, são membros da sociedade secreta da qual Rho-
des sonhara.

Aderindo às crenças e preconceitos raciais de Cecil Rhodes, as Bolsas Rhodes


de estudos eram, originalmente, altamente seletivas e racistas. Até 1976, as Bolsas eram
dadas apenas a homens brancos, escolhidos a dedo, com residência de, pelo menos,
cinco anos na Comunidade Britânica ou colônias, República da África do Sul ou Estados
Unidos da América. O primeiro Acadêmico Rhodes foi um Americano, que se tornou um
Maçom Inglês trabalhando duro para a conspiração Maçônica Britânica.11

Os beneficiários das Bolsas Rhodes nunca foram obrigados a serem Maçons,


mas são, no entanto, indiretamente controlados pela Maçonaria Inglesa pelo resto de
suas vidas. Como você se lembra, o mecanismo de controle foi estabelecido por John
Ruskin, que percebeu e ensinou que a mente do trabalhador podia ser controlada atra-
vés da educação - não para elevar o trabalhador às custas da aristocracia, mas para que
uma classe média expandida pudesse governar em benefício da aristocracia.

Os Acadêmicos Rhodes são educados em Oxford, por professores Maçônicos


Ingleses que, por um século, tem sido crentes e promotores da superioridade natural da
raça Britânica. Não é de surpreender que os Acadêmicos Rhodes se tornem patriotas
Britânicos. Após a formatura, eles retornam aos seus respectivos países para desempe-
nhar o papel pelo qual foram educados. Maçons ou não, como Anglófilos favorecendo a
Inglaterra e tudo o que é Inglês, eles promovem a conspiração Maçônica Inglesa. Alguns
se tornam professores. Outros entram nas finanças, política ou tornam-se consultores
políticos. Na América, além de suas vocações escolhidas, eles se tornam "companhei-
ros" em uma ou mais frentes Maçônicas Anglófilas, como o Instituto Brookings, o Conse-
lho de Relações Exteriores ou a Comissão Trilateral.

Um exemplo de como um Acadêmico Americano Rhodes aprimorou a conspira-


ção Maçônica Inglesa na América, pode ser vista na vida do Dr. James H. Billington.
Billington, que não é conhecido por ser Maçom, está listado no rol de membros do Con-
selho de Relações Exteriores, de 1980.12 Depois de receber seu doutorado, em 1954, em
Oxford, como Acadêmico Rhodes, Billington ensinou história por dezessete anos em
530
______________________________________________________________CAPÍTULO 22

Harvard e Princeton - certificando-se de que seus alunos aprendessem tudo o que havia
para saber sobre o papel revolucionário "benevolente", desempenhado pela Maçonaria
Francesa em eventos mundiais. Desde 1973, ele é o diretor do Centro Internacional
Woodrow Wilson para Acadêmicos no Instituto Smithsonian, em Washington, D.C.

Embora Billington tenha feito muito para transmitir os princípios da Maçonaria


revolucionária Continental para seus alunos em Harvard e Princeton, sua maior contri-
buição para a conspiração Maçônica Inglesa é seu livro Fire in the Minds of Men: Origins
of the Revolucionary Faith (1980), um livro autoritário sobre movimentos revolucionários
Continentais. Na Maçonaria, Billington diz: "Tão grande, de fato, foi o impacto geral da
Maçonaria na era revolucionária, que alguma compreensão do meio Maçônico parece
um ponto de partida essencial para qualquer investigação séria sobre as raízes ocultas
da tradição revolucionária".13 Billington observa que as lojas Maçônicas de Genebra
forneceram o cenário para os primeiros apóstolos do comunismo moderno.14 Ele também
confirma a conexão Maçônica da Mão Negra.15 A Mão Negra, você se lembra, era o
nome da loja Maçônica do Grande Oriente responsável pelo assassinato do Arquiduque
Ferdinand, cuja morte desencadeou a Primeira Guerra Mundial.

O motivo pelo qual o livro de Billington é tão importante para a Maçonaria Ingle-
sa é revelado na declaração de sua introdução: "Este livro procura traçar as origens de
uma fé, talvez a fé do nosso tempo. A novidade é a crença de que uma ordem secular
perfeita emerge da derrubada forçada da autoridade tradicional."16

A "fé do nosso tempo", à qual Billington se refere, é a do título de seu livro – a


"Fé Revolucionária" - e mais especificamente, a fé Maçônica, enquanto "a derrubada
forçada da autoridade tradicional" da qual ele fala, obviamente se refere à herança Ju-
daico-Cristã do Ocidente.

Que benefício teve para a Maçonaria Inglesa o livro de Billington se expôs a


conspiração Maçônica de três séculos passados para destruir nossa herança Judaico-
Cristã? A resposta é parcialmente encontrada na carta de Albert Pike a Giuseppe Mazzi-
ni, em 1871. Pike, que era anti-Cristão e anticomunista, escreveu que viria um dia em
que "a multidão, desiludida com o Cristianismo..., receberia a pura luz... de Lúcifer, trazi-
da finalmente à vista do público, uma manifestação que resultará de um movimento
reacionário geral, do qual se seguirá a destruição do Cristianismo e do ateísmo, ambos
conquistados e exterminados ao mesmo tempo."17

Vemos o cumprimento parcial da carta de Pike em nossos dias. Por exemplo,


desde o início dos anos 80, vimos a expansão do Luciferianismo no Movimento Nova
Era. O Movimento da Nova Era é uma criação da Maçonaria Inglesa. No alvorecer da
década de 1990, testemunhamos a desilusão com o ateísmo no desaparecimento da

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

União Soviética. O comunismo e a União Soviética são uma ideia da Maçonaria France-
sa.

Então, o que o livro de Billington tem a ver com o avanço da conspiração Ma-
çonica Inglesa? É, simplesmente, uma exposição acadêmica do outro lado - o lado Fran-
cês da conspiração Maçônica. Essa exposição, obviamente, beneficiou a Maçonaria
Inglesa. Desde a publicação do livro de Billington, o Luciferianismo tem aumentado,
enquanto o ateísmo e o comunismo estão em declínio.

A Fundação da Sociedade Secreta de Rhodes:


A Mesa Redonda
Em seu terceiro testamento, Rhodes deixou sua propriedade inteira sob a ad-
ministração do Maçom Lorde Nathan Mayer Rothschild I (-1915), com a determinação de
que sua gigantesca fortuna seria usada por seus discípulos, para realizar o programa
que ele havia imaginado. Como administrador, Rothschild nomeou o Maçom Alfred Mil-
ner para chefiar a sociedade secreta pela qual Rhodes fizera provisão. Lord Milner
(1843-1925) era o homem ideal para o trabalho. Ele, certa vez escreveu: "Eu sou nacio-
nalista Britânico. Se eu também sou imperialista, é porque o destino da raça Inglesa... foi
encontrar novas raízes em partes distantes. Meu patriotismo não conhece limites geográ-
ficos, mas apenas raciais. Eu sou um Imperialista e não um Little Englander, porque eu
sou um Patriota da Raça Britânica."18

De 1897 a 1905, Milner foi governador-geral e alto missionário de milho da Áfri-


ca do Sul. Após a morte de Rhodes e sua nomeação por Rothschild para presidir a soci-
edade secreta de Rhodes, Milner recrutou um grupo de jovens de Oxford e de Toynbee
Hall, para ajudá-lo a organizar sua administração da nova sociedade. Todos eram respei-
tados Maçons Ingleses. Entre o grupo, estavam Rudyard Kipling, Arthur Balfour, Lord
Rothschild e alguns graduados do Colégio Oxford, conhecidos como "Jardim de Infância
de Milner". Em 1909, o Jardim de Infância de Milner e alguns Maçons Ingleses, do Clube
Coeficientes, fundaram a Mesa Redonda. O avô de todos os modernos "grupos de refle-
xão" Maçônicos Britânicos nascia.

Três poderosas ramificações da Mesa Redonda são: (1) o Instituto Real de As-
suntos Internacionais (RIIA), organizado em 1919, em Londres; 2) o Conselho de Rela-
ções Exteriores (CFR), organizado em 1921, na cidade de Nova York; e (3) o Instituto de
Relações do Pacífico (DPI), organizado em 1925 em doze países que mantêm território
na hoje chamada de Orla do Pacífico.19

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______________________________________________________________CAPÍTULO 22

Eventos subsequentes revelam que a atribuição inicial da Mesa Redonda não


era, necessariamente, destruir as experiências políticas da Maçonaria Francesa, como o
socialismo e o comunismo, mas cooperar com eles para o avanço da conspiração Maçô-
nica Inglesa. Por esse motivo, os grupos de reflexão da Mesa Redonda abriram sua
membresia para homens com opiniões políticas e financeiras contrárias, homens que
eram Marxistas notáveis, como H. G. Wells (1866-1946) e John Maynard Keynes (1883-
1946). No entanto, com poucas exceções, todos eram Maçons Ingleses ou membros de
anexos da Maçonaria Inglesa. Dr. Carroll Quigley em Tragedy and Hope (1966), diz:
"Através da influência de [Milner], esses homens foram capazes de conquistar cargos
influentes no governo e nas finanças internacionais, e se tornaram a influência dominante
nos assuntos imperiais e estrangeiros Britânicos..."20

Em 1902, ano em que Cecil Rhodes morreu, H. G. Wells antecipou a existência


futura desses grupos de reflexão Maçônicos Britânicos em um trabalho intitulado Antici-
pations of the Reaction to Mechanical and Scientific Progress upon Human Life and
Thought. Nesta peça literária, Wells explicou a estratégia pela qual a Maçonaria Inglesa
aristocrática alcançaria seu objetivo de domínio mundial. Ele chamou isso de "Conspira-
ção Aberta", em oposição à Maçonaria Francesa fechada, ou conspiração secreta.

De início, a Conspiração Aberta pode parecer, acredito eu, como uma organi-
zação consciente de inteligência e, possivelmente, em alguns casos, de homens ricos,
como um movimento que tem objetivos sociais e políticos distintos, ignorando confessa-
damente a maioria dos aparatos de controle político, ou utilizando-o apenas como um
acessório incidental na consecução desses objetivos. Ele será muito vagamente organi-
zado em seus estados anteriores, um mero movimento de várias pessoas em uma de-
terminada direção, que atualmente irá descobrir, com uma espécie de surpresa, o objeto
comum para o qual eles estão todos em movimento... Um sistema confluente de organi-
zações empresariais e de Universidades e serviços militares e navais reorganizados,
podem atualmente descobrir uma unidade essencial de propósito, que atualmente come-
ce a pensar em uma literatura e a se comportar como um Estado - uma espécie de Soci-
edade Secreta franca - uma maçonaria informal e aberta [sic]. De todas as maneiras,
eles estarão influenciando e controlando o aparato de governos ostensivos.21

Wells está, obviamente, falando aqui da Mesa Redonda, da qual ele se tornaria
membro fundador, em 1909. A atividade da Mesa Redonda, operando como "uma maço-
naria informal e aberta ", fechou a era do colonialismo Britânico, e abriu a nova era de
uma Comunidade das Nações. Sob a direção de Lord Milner, de 1909 a 1913, Grupos de
Mesas Redondas, como seus anexos foram remetidos para fora da Grã-Bretanha, foram
organizadas nas principais dependências Britânicas e nos Estados Unidos. O esquema
incluiu submeter os Estados Unidos da América, mais uma vez, ao domínio de Londres.

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Esses Grupos de Mesas Redondas ainda funcionam em oito países, hoje, e mantêm
contato através da revista trimestral, The Round Tavie.22

Enquanto a Mesa Redonda é uma ordem secreta Anglófila, pesquisadores de


conspiração nos EUA o descreveram como de esquerda, por causa de sua atividade
anti-Americana. O Dr. Quigley explica:

Existe, e existe por uma geração, uma rede Anglófila internacional que opera,
até certo ponto, da maneira como a Direita radical acredita que agem os Comunistas. De
fato, essa rede, que podemos identificar como Grupos de Mesa Redonda, não tem aver-
são a cooperar com os Comunistas ou quaisquer outros grupos, e freqüentemente o
faz.23

Dentro de um Grupo de Reflexão Maçônico Britânico:


os "Coeficientes"
Os grupos de reflexão da Grã-Bretanha se reuniam em intervalos regulares -
alguns anualmente, outros em fins de semana ou uma vez por mês, em clubes particula-
res. A associação dos grupos de reflexão consistia em uma mistura de Maçons de direita
e de esquerda. Sempre que a Inglaterra enfrentava uma crise, as discussões em suas
reuniões às vezes se intensificam. Depois de muito debate, no entanto, seria alcançado
um consenso sobre como Londres reagiria ou resolver a crise.

Antes de considerarmos a discussão em um desses grupos de reflexão, deve-


mos entender a mentalidade da oligarquia Britânica no início do século XX. H. G. Wells
em Experiments in Autobiography nos dá essa visão:

A inegável contração da perspectiva Britânica, na década de abertura do novo


século, é o que tem exercitado muito minha mente ... Gradualmente, a crença na possí-
vel liderança mundial da Inglaterra havia sido esvaziada, pelo desenvolvimento econômi-
co da América e a ousadia militante da Alemanha ....

Nosso liberalismo não era mais um empreendimento maior, tornara-se um indo-


lente generoso. Mas as mentes estavam acordando para isso. Em torno da nossa mesa,
no St. Ermin's Hotel, discutiram Maxse, Bellairs, Hewins, Amery e Mackinder, todos pica-
dos pela pequena, mas humilhante história de desastres na guerra da África do Sul
[Guerra dos Bôeres], todos sensíveis à ameaça de recessão empresarial, e todos pro-
fundamente alarmados com a agressividade naval e militar da Alemanha... 24

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______________________________________________________________CAPÍTULO 22

A "mesa no St. Ermin's Hotel" foi uma reunião de Maçons Britânicos que se
reuniam mensalmente, desde 1902, no Clube Coeficientes. A discussão que se seguiu,
como reconstruída por Carol White em The New Dark Ages Conspiracy, ocorreu no
Clube, em 1903, e revela a frustração sentida pela crescente ameaça da Alemanha.

Leo Maxse abriu a discussão, deixando escapar retoricamente: "Esse país pre-
cisa de uma grande guerra. Não podemos correr riscos; devemos destruir o perigo Ale-
mão". Após algum debate, sugeriu-se que a melhor maneira de destruir a Alemanha era
instigar uma guerra entre esse país e a Rússia.

Halford Mackinder, tossindo um pouco, respondeu: "Se permitirmos a guerra


entre a Alemanha e a Rússia, e não intervirmos, a Alemanha esmagará a Rússia."

H.G. Wells, buscando um acordo para Bertrand Russell, disse: "O Império Bri-
tânico deve ser um estado mundial ou nada. [Ele] é como uma mão toda aberta sobre o
mundo. Nós devemos ter uma aristocracia - não de privilégio, mas de entendimento e
propósito – ou a humanidade falhará."

Russell respondeu: "Se vocês quiserem, seremos atraídos para uma guerra. É
concebível que uma guerra muito humilhante pela Inglaterra possa ocorrer em uma data
não muito distante, mas não acho que exista uma qualidade heróica em nossa classe
governante que faça essa guerra catastrófica".

"Você está sugerindo que aceitemos a derrota?" Um número de vozes irrompeu


de uma só vez.

"Vitória, defina seus termos, por favor", Russell respondeu. "Se a Alemanha e a
Rússia estão a sangrar, isso é vitória? Algo mais é falso? Sua guerra e sua vitória são
quimeras."

Milner, com a voz embargada pela intensidade de sua emoção, chamou: "Rus-
sell, isto é traição. Sou imperialista porque sou patriota. Devemos manter nossa honra,
ou terminamos como nação. Perderemos o respeito das colônias."25

Segundo White, o consenso dos grupos de reflexão, que se seguiram após os


Coeficientes pararam de se reunir, em 1908, era duplo. Primeiro, o complexo industrial-
militar da América deve ser capturado para lutar as guerras da Grã-Bretanha, pagar suas
contas e forçar as políticas de Londres para o resto do mundo. Segundo, Alemanha,
França e Rússia devem ser confrontados entre si, em conflitos dos quais se espera que
entrem em erupção numa guerra.26

535
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O Clube Coeficientes foi um dos primeiros de muitos grupos de reflexão patrió-


ticos Britânicos. Carol White cita alguns nomes poderosos que se seguiram:

No nível mais alto de controle, desde 1902, a oligarquia Britânica criou inúme-
ras instituições interligadas - do Instituto Aspen ao Instituto Tavistock, ao Brookings Insti-
tution, ao Conselho de Relações Exteriores de Nova York e sua cisão mais notória, a
Comissão Trilateral [1973] – numa frouxa associação de homens cuja perspectiva é a da
oligarquia Britânica. Como os Jesuítas, os Britânicos se concentraram nas universidades
como centros de controle do pensamento intelectual.27

Quando os Coeficientes se dissolveram, em


1908, a maioria dos Maçons Ingleses que haviam parti-
cipado dele, fundaram, em 1909, a Mesa Redonda Britâ-
nica, mais informalmente conhecida como Cliveden
Set.28 Cliveden era o nome da propriedade da família
Maçonica Astor, onde a Mesa Redonda se reuniu.

A Mesa Redonda e seus spin-offs "grupos de


reflexão" foram os gerentes das primeiras crises. Eles
não conspiraram para criar crises a fim de derrubar
governos, assim como os Maçons do Grande Oriente
Francês. A doutrina da Mesa Redonda de "gradualismo" significava que essas organiza-
ções adotaram uma atitude de "esperar para ver". Em vez de instigar o caos político e
econômico que permeava a sociedade, antes e após a Primeira Guerra Mundial, eles
conseguiram a vantagem da Grã-Bretanha.

A maioria desses conspiradores eram Maçons do 33º grau. Seu lema, estam-
pado em sua jóia do Supremo Conselho, é "Ordem a partir do Caos". "Ordem" era o
desejo deles, "Caos", seu dilema. Depois de estudar um problema e concordar com uma
solução, eles se colocariam à disposição das sete potências industriais em todo o mundo
como consultores. Por sua vez, esses governos sempre pareciam reagir positivamente
às suas sugestões. A Mesa Redonda seguiu esse modelo de gestão de crises, durante a
Primeira Guerra Mundial e através dos levantes da Revolução Russa. Como a Primeira
Guerra Mundial tornou-se obsoleta, as discussões da Mesa-Redonda foram lançadas
novamente. A Mesa Redonda instou o financiamento da revolução de Kerensky para
manter a Rússia na guerra. Como você se lembra, o próprio Lord Milner negociou os
termos com Kerensky. Quando Kerensky estava derrotado pelos mais implacáveis Bol-
cheviques do Grande Oriente, a Mesa Redonda voltou para mais discussão. "Gradualis-
mo" era sua estratégia. Eles não estavam com pressa.

536
______________________________________________________________CAPÍTULO 22

Woodrow Wilson e a Liga das Nações


A Primeira Guerra Mundial terminou em 1918. Em janeiro de 1919, a Conferên-
cia de Paz de Paris foi convocada. Em junho, o Tratado de "Paz" de Versalhes exigiu que
a paz mundial fosse supervisionada por uma Liga das Nações. A história registra que o
presidente não-Maçom Woodrow Wilson "conseguiu incorporar no tratado uma provisão
para a formação de uma Liga das Nações, a fim de garantir a paz mundial".29

O que a história não registra é o fato de que, constantemente ao lado de Wil-


son, estava seu consultor pessoal, o "Coronel" E. M. House, um Maçom da Grande Loja
do 33º grau. House estava ciente do papel do Grande Oriente na discussão de uma Liga
das Nações, antes do Primeira Guerra Mundial ter começado.

A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry confirma que "[m]uito antes da Presi-


dência de Woodrow Wilson [1913], a [Maçonaria Francesa] realizou conferências para
discutir uma Liga das Nações..."30

O programa da Mesa Redonda era cooperar com todas as experiências políti-


cas, com o propósito de eventualmente assumi-los. House, com efeito, era a ligação da
Maçonaria Inglesa com o presidente Americano e, através de House, o líder da mais
poderosa nação do mundo se tornou um marionete da Maçonaria Inglesa. Embora a Liga
das Nações fosse criação direta da Maçonaria Francesa, House pediu a Wilson que
propusesse uma Liga das Nações que assegurasse a paz mundial. Desde então, a histó-
ria credita a Wilson o conceito de tal Liga.

Liga das Nações da Maçonaria Francesa


Em 11 de novembro de 1918, a data do fim formal das hostilidades, por uma
série de armistícios, a Maçonaria estava pronta para arbitrar um acordo entre os vence-
dores e os vencidos. A Conferência de Paz de Paris - que foi aberta em 18 de janeiro de
1919 e fechada um ano depois, em 16 de janeiro de 1920, com a inauguração do primei-
ro governo mundial da Maçonaria - foi uma obra-prima da Maçonaria. O Presidente
Wilson liderou a delegação Americana (a maioria dos quais eram Maçons) à abertura da
Conferência de Paz e, novamente, na assinatura do Tratado de Versalhes, em 28 de
junho de 1919.

A história nos fez acreditar que o Tratado de Versalhes foi elaborado durante os
primeiros cinco meses da Conferência.31 No entanto, dois anos antes, em junho de 1917,

537
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

enquanto a guerra ainda ocorria em toda a Europa, já havia cláusulas para o tratado,
trabalhadas em um grande congresso Maçônico internacional.

O planejamento preliminar deste congresso havia começado entre 14 e 15 de


janeiro de 1917, no Grande Oriente, em Paris. Um resumo dessa reunião foi enviado a
todos os poderes Maçônicos em todo o mundo, com uma carta convidando-os a partici-
par do congresso para discutir a redação da constituição da Liga das Nações. Coronel
House recebeu seu convite por mensagem a cabo. A seguir, alguns trechos:

Ao enviar-lhe o resumo da ata da Conferência das Jurisdições Maçonicas das


Nações Aliadas, realizada em Paris nos dias 14 e 15 de Janeiro de 1917, bem como as
resoluções e o manifesto adotado, é nosso privilégio Maçônico informar, que este Con-
gresso decidiu realizar um Congresso no Grande Oriente da França, em Paris, nos dias
28, 29 e 30 de junho próximos.

O objetivo deste Congresso será investigar os meios para elaborar a Constitui-


ção da Liga das Nações, de modo a impedir a recorrência de uma catástrofe semelhante
à que atualmente assola, que mergulhou o mundo civilizado no luto.

Foi a opinião desta Conferência, que este programa não pode ser discutido ex-
clusivamente pela Maçonaria das Nações Aliadas, e que também é uma questão para os
corpos Maçônicos das nações neutras, a fim de trazerem a luz que puderem para a
discussão de um problema tão grave.

É dever da Maçonaria, ao final do drama cruel [Primeira Guerra Mundial], sendo


agora tocada, fazer ouvir a sua grande voz humanitária e guiar as nações em direção a
uma organização geral que se tornará sua salvaguarda. Isto estaria faltando em seu
dever, e falso a seus grandes princípios, se permanecesse em silêncio.32

O Congresso ocorreu nos dias 28 e 30 de junho de 1917, na sede do Grande


Oriente da França, na Rue Cadet, em Paris. Estiveram presentes representantes das
principais lojas de países aliados e neutros - Itália, Suíça, Bélgica, Sérvia, Espanha,
Portugal, Argentina, Brasil e Estados Unidos. A Grande Loja da Inglaterra boicotou a
Conferência, em homenagem a seus irmãos monarcas caídos na Europa. Os Maçons
Ingleses, no entanto, estavam presentes como representantes da Mesa Redonda.

A ata completa do Congresso, intitulada Minutes of the International Masonic


Congress of Allied and Neutral Nations, surgiu em 1936, quando foi publicado, na ínte-
gra, pelo Conde Leon de Poncins.33 Uma fotocópia da capa e da página de título da Ata,
que exibe símbolos Maçônicos, está no apêndice 2, figs. 32 e 32a.

538
______________________________________________________________CAPÍTULO 22

O Congresso foi aberto às 14h30, com o irmão Corneau na presidência. Como


Presidente do Grande Oriente da França, ele iniciou a reunião com um discurso, ao
longo do qual disse:

Este Congresso Maçônico das Nações Aliadas e Neutras chegou no tempo cer-
to. Todos conhecemos os desastres do passado [Primeira Guerra Mundial]; agora deve-
mos construir a feliz cidade do futuro. É para empreender esse trabalho verdadeiramente
Maçônico que convidamos você aqui.

Com o que estamos diante? Esta guerra, desencadeada pelos autocracias mili-
tares, tornou-se uma briga formidável em que as democracias se organizaram contra os
poderes militares despóticos.

Portanto, é absolutamente indispensável criar uma autoridade supranacional,


cujo objetivo não será suprimir as causas dos conflitos, mas, pacificamente, resolver as
diferenças entre nações.

A Maçonaria, que trabalha pela paz, pretende estudar esse agente de propa-
ganda por essa concepção de paz e felicidade universal. Isso, Meus Mais Ilustres Ir-
mãos, é o nosso trabalho. Vamos definir isso.34

O Irmão Corneau, então, deu a presidência ao Irmão Andre Lebey, Secretário


do Conselho do Grande Oriente da França. Seu relatório, que ele leu sobre a Constitui-
ção da Liga das Nações, um longo documento, sugere sutilmente a luta antiga entre as
ideologias em guerra dos Templários e o Priorado de Sião, como estavam sendo trava-
das na guerra entre o Grande Oriente do Rito Escocês dos Templários e o Priorado da
Dinastia Habsburg. A seguir, uma pequena parte do seu relatório:

A grande guerra de 1914..., gradual e continuamente, trouxe à uma definição


própria do caráter da luta, que é revelado como um entre dois princípios opostos: Demo-
cracia e Imperialismo, Liberdade e Autoridade, Verdade que comprova sua boa-fé e
Falsidade mergulhando cada vez mais fundo em sombrias intrigas... [Durante a guerra]
não há um evento que tenha falhado em testemunhar esse duelo gigantesco entre dois
princípios hostis.

Somos convidados a ter sucesso no trabalho comprometido pela Santo Aliança


[Congresso Oligárquico de Viena, 1815], em razão de seus princípios, que são contrários
aos nossos, e através da reconciliação universal, mas garantida, de homens, para mani-
festar a prova de nossos princípios. Nós coroaremos o trabalho da Revolução France-
sa.35

539
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O irmão Lebey continua enfatizando o fato de que a própria Maçonaria não po-
de ditar os termos de paz, mas certamente pode formular as condições pelas quais a paz
deve ser alcançada:

Quanto mais se estuda a situação atual, mais se percebe que a abdicação dos
Hohenzollerns [família real alemã] é o meio de alcançar a Liga das Nações. Não cabe a
nós, meus irmãos, definir ou demarcar as condições de paz... mas podemos, pelo me-
nos, indicar os... principais pontos que consideramos necessário: Em princípio, a liberta-
ção ou unificação de todas as nações que são, hoje, oprimidas pela organização política
e administrativa do Império Habsburg, para Estados que as referidas nações seleciona-
rão por referendo.36

Esse discurso foi recebido com aplausos, e o Irmão Corneau propôs a indica-
ção de uma Comissão para examinar as conclusões do relatório do Irmão Lebey. O
Irmão Nathan, do Grande Oriente da Itália, opinou que o Comitê não deveria lidar com a
discussão dos termos de paz, mas deveria tratar apenas da Carta da Liga das Nações, e
discutir e votar os artigos da Carta, a qual era o principal objetivo deste Congresso Ma-
çônico.

A segunda sessão foi aberta na tarde seguinte. A opinião do Irmão Nathan so-
bre o dia anterior - que o Congresso não deveria discutir termos de paz - foi ignorado. As
conclusões apresentadas para votação pelo Irmão Lebey, em nome da Comissão, incluiu
termos para um tratado de paz. O Congresso adotou as conclusões, que continha, entre
outras, as seguintes resoluções:

A unidade, autonomia e independência de cada nação são invioláveis. Um povo


que não é livre, ou seja, um povo que não possui instituições democráticas e liberais,
indispensáveis ao seu desenvolvimento, não pode constituir uma Nação. O poder legisla-
tivo internacional é residir em um parlamento. Assim como a Assembléia Constituinte, em
1789, elaborou a Tabela dos Direitos do Homem, sua primeira assistência será elaborar
a Tabela dos Direitos das Nações, a carta que garante seus direitos e deveres.37

O Congresso adotou a proposta de que essas resoluções fossem enviadas a


todos os governos das nações Aliadas e Neutras. Então, o Irmão Meoni, da Grande Loja
Simbólica da Itália, apresentou a resolução da delegação Italiana aos delegados. Antes
de ler a resolução, o Irmão Meoni leu o seguinte relatório:

A realidade... nos mostra que existe uma necessidade única e suprema: o futu-
ro da humanidade deve ser estabelecido em fundações absolutamente novas, garantidas
pela conclusão de tratados solenes que deveriam incluir a criação de um Tribunal de
Justiça internacional, efetivamente apoiado por uma força internacional. Então, a recons-

540
______________________________________________________________CAPÍTULO 22

tituição da Europa e da humanidade do amanhã não pode ser abandonada ao capricho


de dinastias, diplomatas e interesses da classe dominante.

É óbvio que somos confrontados com duas diversas e antipáticas concepções


da natureza e funções do Estado. Por um lado, está a idéia imperialista, que despreza os
direitos dos povos e é, hoje, representada pelos impérios predadores que desencadea-
ram a agressão criminal e, por outro lado, a ideia democrática, que afirma esses mesmos
direitos.

Daí a necessidade, para a paz do mundo, de que a concepção de uma hege-


monia militar agressiva seja destruída. Como esse resultado será alcançado? Sem dúvi-
da, através do triunfo integral do princípio das nacionalidades. "Vida nacional", escreveu
Joseph Mazzini, "é o meio; vida internacional é o fim". O destino da Europa e da nova
humanidade está envolvido na resolução deste problema de nacionalidade. Após o fra-
casso do plano Alemão, virá a Federação dos Estados Unidos da Europa, pela liberdade
e pelo direito.

Como, então, esse objetivo será alcançado?

Em primeiro lugar, pela supressão de todo despotismo... e segundo, pelo regu-


lamento de conflitos internacionais por arbitragem.38

O Irmão Meoni, então, leu a resolução da delegação Italiana que, entre outras
coisas, afirmou:

A determinação inflexível de todos os poderes Maçônicos representados no


Congresso... para ver as nações que foram aniquiladas ou mesmo destruídas por longos
séculos de despotismo e militarismo .. tiveram o direito de se reconstituir.39

Após discussões, esta resolução foi adotada e o Congresso aprovou as seguin-


tes moções que, entre outras coisas, elogiaram o Presidente Wilson por ter sugerido uma
Liga das Nações:

Este Congresso envia ao Sr. Wilson, Presidente dos Estados Unidos, a home-
nagem de sua admiração e a homenagem de seu reconhecimento aos grandes serviços
que ele tem prestado à Humanidade.

Declara que está feliz em colaborar com o Presidente Wilson neste trabalho de
justiça internacional e fraternidade democrática, que é o próprio ideal da Maçonaria,

541
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

E afirma que os princípios eternos da Maçonaria estão completamente em har-


monia com os proclamados pelo Presidente Wilson para a defesa da civilização e a
liberdade dos povos ....

Declara que, fiéis às suas tradições e como seus ancestrais gloriosos, os Ma-
çons de hoje ainda são os trabalhadores dedicados em prol da emancipação da raça
humana...

Apela, calorosamente, a todos os Irmãos por seu apoio na tarefa de trazer à


existência a Liga das Nações, que por si só pode garantir o futuro e a liberdade dos
povos, bem como a justiça e o direito internacionais.40

Pese estes textos cuidadosamente, palavra por palavra, e descobrirá que não
apenas os Maçons pretendem governar os governos do mundo através da Liga das
Nações, como eles realmente afirmaram a incrível teoria de que, embora os direitos de
cada nação sejam "invioláveis", no entanto, um povo que é governado por um regime
autocrático não constitui uma nação e, portanto, não pode ingressar na Liga. A Liga
negou todos os direitos às nações cujos regimes políticos não sejam considerados sufi-
cientemente democráticos. Por outro lado, qualquer nação sob a influência do republica-
nismo do Grande Oriente, tornou-se um órgão para controle e coerção, a serviço da Liga
das Nações.

Além dos Maçons que estavam presentes neste congresso Maçônico, poucas
pessoas sabiam da reunião secreta ou da função que a Maçonaria assumia na elabora-
ção do Tratado de Versalhes. Não foi, até 1936, que De Poncins conseguiu obter o rela-
tório oficial da Conferência, que ele publicou imediatamente.

Sobre o Tratado de Versalhes, de Poncins escreveu: "É preciso observar que


todas as conclusões adotadas no curso dessas conversações no Congresso Maçônico,
em 1917, tornaram-se parte integrante do Tratado de Versalhes, dois anos depois... "41

O Conde de Poncins concluiu: "É um pensamento assustador que uma organi-


zação oculta, devido à responsabilidade de ninguém, possa dirigir o curso da política
Européia, sem que ninguém esteja ciente do fato "42

O Tratado de Versalhes
O Tratado de Versalhes (nomeado em função da cidade de Versalhes onde foi
assinado, que está agora dentro dos limites corporativos de Paris), exigiu que a Alema-
nha pagasse reparações de guerra às nações vitoriosas. O rascunho final foi distribuído
542
______________________________________________________________CAPÍTULO 22

por toda Paris aos oficiais aliados, pouco antes do nascer do sol, em 7 de maio de 1919.
Quem o recebeu soube, imediatamente, que fora um desastre. O intenso ódio da Maço-
naria do Grande Oriente para com os reis destronados da Europa, tal como consagrado
naquele documento, foi chocante. O Tratado determinava que a Alemanha derrotada,
agora assumindo o papel de único culpado da guerra, deveria pagar bilhões de marcos
em reparações de guerra.

Obviamente, o que os países do Grande Oriente, carentes de recursos financei-


ros, desejavam era a riqueza dos monarcas caídos. O Tratado, por exemplo, exigiu que a
Alemanha desistisse de algumas de suas províncias mais ricas, muitos de seus recursos
naturais e colônias. Além disso, a Alemanha foi destituída de todos os direitos, conces-
sões comerciais e propriedades em países estrangeiros. Além disso, os Aliados reserva-
ram "o direito de reter e liquidar todas as propriedades e interesses de cidadãos ou em-
presas privadas Alemãs."43 Naturalmente, a Grã-Bretanha não estava tão preocupada
em adquirir uma parte da Alemanha, quanto estava satisfeita por ter sido vencido esse
gigante industrial e concorrente mundial.

As reparações foram ainda mais severas. Os Aliados obtiveram um cheque vir-


tual em branco da Alemanha, alegando que "como a Alemanha era responsável pela
guerra, ela era responsável pelos custos e danos incorridos pelos vencedores".44 A inde-
nização total deveria ser fixada em US$ 32 bilhões, mais juros. O cronograma de paga-
mentos foi fixado, anualmente, em US$ 500 milhões, mais um imposto de 26% sobre as
exportações. As taxas de juros eram tão altas que a dívida aumentava a cada ano, não
importando quão fielmente a Alemanha fizesse os pagamentos.

O Tratado foi tão injusto que foi quase universalmente condenado. O economis-
ta Inglês e Maçom, John Maynard Keynes, representando a Sociedade Fabiana de es-
querda na Conferência de Paz de Paris ficou horrorizado. Depois de ler o conteúdo do
Tratado, ele não conseguia dormir. Ele, com o General Smuts da África do Sul, andou
pelas ruas desertas de Paris. Herbert Hoover, que na época era chefe dos Food-Relief
Services dos Aliados e um consultor econômico Americano sênior, recebeu sua cópia do
Tratado às 4 horas da madrugada. Ele ficou horrorizado com a gravidade. Muito chatea-
do para voltar a dormir, ele também andou pelas ruas. Lord Curzon, o ministro Britânico
das Relações Exteriores, sentiu que o Tratado estava preparando o terreno para uma
segunda guerra mundial. Ele previu corretamente: "Isto não é paz; isso é apenas uma
trégua por vinte anos!"46 Até o presidente Woodrow Wilson achou que o Tratado era
muito duro. Ele disse: "Se eu fosse Alemão, acho que nunca deveria assiná-lo."47

Vários altos oficiais Alemães se recusaram a assinar o tratado "injusto" e re-


nunciaram. Em 28 de junho de 1919, as demais autoridades Alemãs, sob ameaça de
invasão, assinaram.

543
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O Beneficiário do Tratado de Versalhes


A Maçonaria Francesa do Grande Oriente foi a principal beneficiária da Primeira
Guerra Mundial e do Tratado de Versalhes. A Maçonaria do Grande Oriente foi a princi-
pal responsável por ambos os eventos, e os Maçons do Grande Oriente escreveram o
roteiro.

Quanto à Liga das Nações, a Maçonaria Francesa também foi a força por trás
de sua criação e, na maior parte, determinou sua direção. A Liga, no entanto, não se
destinava apenas à Maçonaria Francesa. O Grande Oriente deixou isso bem claro anos
depois, quando, em 1923, em sua convenção anual, toda a Maçonaria foi convidada a
participar, conforme confirmam as seguintes atas:

É dever da Maçonaria universal, absolutamente cooperar com a Liga das Na-


ções, para que não precise mais se submeter a influências interessadas de Governos.

A principal tarefa da Liga das Nações... [é]... a criação de um espírito Europeu...


em resumo, a formação dos Estados Unidos da Europa, ou melhor, da Federação Mun-
dial.48

Obviamente, os patriotas Britânicos da Maçonaria Inglesa não ficaram nada fe-


lizes com os Estados Unidos da Europa que, eventualmente, se fundiriam em uma Fede-
ração Mundial, pois era evidente para eles que a Maçonaria Francesa pretendia ditar
políticas na Liga das Nações. A Mesa Redonda entrou em sessão para determinar o que
poderia ser feito. A conclusão, como os eventos subsequentes revelarão, foi usurpar o
controle da Liga. Isso significava que os governos Britânico e Americano teriam que
participar da Liga. A cooperação da Inglaterra era certa, mas o Congresso dos Estados
Unidos lera o Tratado de Versalhes e não queria nada com a Liga. No entanto, era impe-
rativo que os Americanos cooperassem, para que a Maçonaria Inglesa fosse bem suce-
dida em um golpe na Liga. O consenso da Mesa Redonda, portanto, foi enviar uma dele-
gação para a Conferência de Paz e, enquanto estivesse lá, reunir-se com membros da
Mesa Redonda Americana, para ver a melhor maneira de mudar a atitude do povo Ame-
ricano, não tanto para salvar a Liga, mas para garantir que o povo Americano cooperas-
se plenamente com o próximo Governo Mundial - um Governo Mundial que a Maçonaria
Inglesa pretendia controlar.49

544
______________________________________________________________CAPÍTULO 22

Após a Conferência de Paz: Novas Mesas Redondas


A Mesa Redonda apareceu assim na Conferência de Paz de Paris para organi-
zar uma aquisição. A conspiração da mesa redonda envolveu alguns Americanos convo-
cados para a Conferência de Paz - Americanos que estavam dispostos a trair seu próprio
país por prestígio e dinheiro. Eram eles: Maçom "Coronel" Edward Mandell House, 33º
grau da Grande Loja (1858-1938), conselheiro pessoal do Presidente Woodrow Wilson;
John Foster Dulles (1888-1959), mais tarde nomeado Secretário de Estado sob o presi-
dente Eisenhower, dos EUA; Maçom Christian Herter, 33º grau do Rito Escocês (1895-
1966), mais tarde nomeado Secretário de Estado sob Eisenhower, após a morte de
Dulles; 50 Allen Dulles (irmão de John), mais tarde nomeado diretor da CIA, em 1951; e
Walter Uppmann (1889-1974), que mais tarde se tornaria um dos colunistas sindicaliza-
dos favoritos dos estabelecimentos liberais e jornalista contribuinte do The New Republic,
a revista Anglófila nos Estados Unidos, em homenagem ao projeto da Mesa Redonda por
recapturar os Estados Unidos.

Em 19 de maio de 1919, apenas doze dias após o esboço final do Tratado de


Versalhes ser distribuído e condenado pelo mundo, o "Coronel" House liderou seu círculo
de Americanos ao Hotel Majestic, em Paris, para se encontrar com membros da Mesa
Redonda, "a fim de formar uma organização, cujo trabalho seria propagandear os cida-
dãos da América, Inglaterra e Europa Ocidental a respeito das glórias do Governo Mun-
dial."51

O resultado dessa reunião secreta foi expandir a Mesa Redonda, não apenas
na Inglaterra, mas na América e no Extremo Oriente, criando sociedades de fachada
adicionais, a fim de influenciar a política externa na Grã-Bretanha, nos Estados Unidos e
no Oriente.

De volta a Londres, os membros da Mesa Redonda se reuniram em Cliveden,


na propriedade da família Maçonica Astor, dona de dois jornais de Londres, Pall Mall
Gazette e The London Times, 52 para planejar sua estratégia. A organização de frente na
Grã-Bretanha era o Instituto Real de Assuntos Internacionais (RIIA). O principal apoiador
financeiro da RIIA foi a família Astor. No Extremo Oriente, a frente Maçônica era o Institu-
to de Relações do Pacífico (IPR). As maquinações do IPR envolveram os Estados Uni-
dos em uma guerra às drogas de dez anos no Vietnã para a Maçonaria Inglesa - uma
guerra que não pretendia ser vencida militarmente, mas vencida "dopativamente".53 Nos
Estados Unidos, a sociedade de frente da Mesa Redonda era o Conselho de Relações
Exteriores (CFR).

As estruturas organizacionais para o RIIA e o CFR foram elaboradas na Reuni-


ão do Majestic Hotel, em Paris. O IPR foi organizado mais tarde.54 "O Coronel" House
545
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

levou os planos para o CFR ao voltar para a América, onde ele completou sua carta.55
Em 29 de julho de 1921, o CFR foi fundado.56

Mencionamos, anteriormente, o comentário do Dr. Quigley de que "esta rede...,


os Grupos da Mesa Redonda, não tem aversão a cooperar com os Comunistas ou com
quaisquer outros grupos, e freqüentemente o faz. "O objetivo desses grupos, é claro, é
desenvolver uma frente unificadora no projeto para criar o Governo Mundial, com todas
as três obediências Maçônicas (Americana, Inglesa e Francesa) cooperando. Portanto, a
associação no CFR continha uma mistura de persuasões Maçônicas.

Na reunião de fundação do CFR, estavam os seguintes Maçons: "Coronel"


House, 33º grau da Grande Loja; Christian Herter, 33º grau do Rito Escocês; Paul War-
burg e Jacob Schiff, do Grande Oriente, ambos banqueiros americanos; Averell Harri-
man, do Rito Escocês, que em 1972 negociara a retirada vergonhosa da América do
Vietnã; e Bernard Baruch, 33º grau do Rito Escocês, banqueiro Judeu e investidor em
prata. Outros membros fundadores, sem registro como Maçons, foram: Walter Lippmann,
os irmãos Dulles (John e Allen), os banqueiros J. P. Morgan e John D. Rockefeller. Os
dois filhos de Rockefeller são, hoje, membros da Lucis (Lucifer) Trust, que financia o
Movimento Anglófilo da Nova Era.57

O CFR decidiu, imediatamente, substituir políticos pró-Americanos por políticos


Anglófilos. Desde a década de 1920 até a Segunda Guerra Mundial, os Maçons pró-
América dominaram posições-chave em nosso governo. Por exemplo, em 1923, 69% dos
congressistas e 63% dos senadores eram Maçons. Em 1948, esse percentual caiu para
cinquenta e quatro e cinquenta e três, respectivamente. Em 1984, as porcentagens havi-
am caído para doze e quatorze por cento, respectivamente.58

O que normalmente não é percebido é o fato de que essas posições, uma vez
ocupadas por Maçons pró-América, agora são preenchidas por pessoas que são mem-
bros da frente Maçônica pró-Bretanha, o Conselho de Relações Exteriores. Por exemplo,
nas décadas de 1920 e de 1930, muitos políticos jovens e aspirantes foram "nomeados"
para o CFR, onde foram educados sobre os méritos do internacionalismo Anglófilo. Da
mesma forma, jovens intelectuais Americanos, selecionados para as Bolsas Rhodes e
educados em Oxford, foram enviados de volta aos Estados Unidos para carreiras políti-
cas.

Esses estudantes do CFR atingiram a maioridade em 1939, quando começa-


ram a preencher vagas em nosso governo federal. Em 1945, o Departamento de Estado
havia sido completamente tomado pelo Conselho de Relações Exteriores.59

546
______________________________________________________________CAPÍTULO 22

Desde sua fundação, em 1921, e sua continuidade na administração de Nixon,


na década de 1970, doze dos dezoito secretários do Tesouro eram membros do CFR.
Outros doze dos dezesseis Secretários de Estado eram membros. Desde 1944, todos os
candidatos presidenciais, republicanos e democratas, eram membros do CFR ou de sua
filial de 1973, a Comissão Trilateral. A única exceção foi Harry Truman, que, apesar de
um Maçom do 33º grau, não foi votado no escritório. Seis dos sete Superintendentes de
West Point, cada Comandante Supremo Aliado na Europa e cada Embaixador dos EUA
na N.A.T.O. era um membro do CFR.60

Governança Mundial Britânica e as Nações Unidas


Após a Primeira Guerra Mundial, a Grande Maçonaria do Grande Oriente Fran-
cês considerou-se a senhora do futuro. Os Maçons do Grande Oriente estavam encarre-
gados da nova política Européia de, 1918 a 1930.61 Eles prometeram ao mundo uma era
de paz, felicidade e prosperidade, através do socialismo e do comunismo, criados pelo
Grande Oriente. Em vez disso, a Europa foi mergulhada na revolução, seguida pela
contrarrevolução, travada entre os defensores das Maçonarias Inglesa e Francesa. Mo-
narquias tradicionais, sob a égide da Maçonaria Inglêsa, foram destruídas em favor das
repúblicas socialistas e comunistas da Maçonaria Francesa. Ditadores de esquerda -
mais despóticos que os ex-soberanos haviam sido, governavam as novas repúblicas.

As repúblicas do Grande Oriente, comunistas ou socialistas, tornaram-se ins-


trumentos de terror e perturbação da ordem. A Maçonaria Francesa mostrou que, quan-
do estava no poder, era incapaz de governar e manter a ordem. O caos generalizado e o
colapso financeiro se seguiram - terminando na Grande Depressão da década de 1930.

Na Alemanha, Áustria, Hungria e Itália, o comunismo acabou sendo estrangula-


do com grande custo e muito derramamento de sangue. No lugar do comunismo, regi-
mes autoritários surgiram, por consentimento popular.

Tais foram as ditaduras do almirante Horthy, na Hungria, Mussolini e o fascis-


mo, na Itália, Chanceler Dollfuss, na Áustria, Hitler e o Nacional Socialismo, na Alema-
nha.

Em 1939, o Grande Oriente Francês, que antes se considerava senhor do futu-


ro, descobriu que tinha caído em tempos difíceis. De Poncins escreveu: "Os resultados
foram desastrosos. O Tratado de Versalhes rapidamente levou a uma ampla dissemina-
ção da quebra da ordem, à inquietação revolucionária, a reações opostas aos regimes
Fascista e de Hitler, à Guerra Civil Espanhola e, finalmente, à Segunda Guerra Mundi-
al."62
547
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A Prostituta da Babilônia Monta a Besta


A Maçonaria Inglesa, que vinha pacientemente implementando sua política de
"gradualismo" através dos Grupos da Mesa Redonda, viu sua oportunidade de recuperar
o domínio, não restabelecendo seus reis em toda a Europa, mas financiando os ditado-
res de extrema direita que haviam arrancado o governo das mãos dos déspotas de ex-
trema esquerda. (Veja os próximos três capítulos.)

Em 1939, quando a Segunda Guerra Mundial começou e a Liga das Nações


cessou as operações, os Grupos de Mesa Redonda de Londres, na América, fizeram sua
jogada para conquistar a governança mundial. Nesse ano, o Conselho de Relações
Exteriores ofereceu seus serviços ao Departamento de Estado dos EUA. Em 1940, o
Departamento de Estado criou a Divisão de Pesquisa Especial, liderada pelo membro do
CFR Leo Pasbolsky. O trabalho de Pasbolsky e sua equipe do CFR deveria submeter um
plano para a substituição da Liga das Nações: eles nomearam seu órgão substituto de
Nações Unidas.63 Pelo menos, quarenta e sete membros do CFR estavam na delegação
da Conferência das Nações Unidas, em São Francisco, em 1945. E os membros do CFR
ocupavam quase todos os postos significativos de tomada de decisão na Conferência.64

O palco estava montado para a entrada da América nesse corpo mundial. A


Casa Branca e o Senado havia se tornado compreensivos e receptivos com membros
significativos do CFR e, quando chegou a hora de votar, aconteceu conforme o espera-
do. Os Estados Unidos, não apenas ingressou nas Nações Unidas, mas a Fundação
Rockefeller doou a terra em que o prédio das Nações Unidas foi construído. Não surpre-
ende que David Rockefeller fosse o presidente do Conselho de Relações Exteriores.

Ao fundar as Nações Unidas, a Maçonaria Inglesa havia conquistado o controle


do governo do mundo da Maçonaria Francesa. Quanto à América, o que ganhamos
durante nossa Guerra da Independência, em 1776, devolvemos à Inglaterra com a cria-
ção do Conselho de Relações Exteriores.

548
Capítulo 22

MAÇONARIA INGLESA E O PROJETO HITLER

Afinal, toda a carreira pessoal de Hitler foi apenas um produto da visão mundial
cultista da oligarquia, e foi a mesma oligarquia que, por insistência de Hjalmar Schacht
(principal banqueiro da Alemanha), decidiu levantar um homem para o seu escudo, em
1932. Hitler era o homem deles!1

Em Viena, Áustria, é sexta-feira, 24 de janeiro de 1913, dezoito meses e quatro


dias antes que a bala fatal perfure a veia jugular do Arquiduque Ferdinand. Perto do
distrito aristocrático de Hietzing, na parte sudoeste da cidade, a poucos quarteirões do
palácio de verão do imperador Franz Joseph, o Maçom losif Dzhugashvili, de 34 anos,
está solicitando fundos para a revolução de Lenin, de Alexander Troyanovsky, filho de
um alto funcionário Czarista. Na semana anterior, em uma publicação Russa chamada
The Social Democrat, Dzhugashvili havia estreado como Joseph Stalin.

No centro da cidade, no Cafe Central, está com o Maçom do Grande Oriente,


de 34 anos, Lev Bronstein, aguardando a chegada do financista Judeu e do Grande
Oriente, Maçom Doutor Alfred Adler. "Um bom dia, Herr Doktor Trotsky", diz Adler, en-
quanto se senta ao lado de Leon Trotsky. Para seus leitores bimestrais do Pravda,
Bronstein é conhecido como Trotsky. Ele está novamente em Viena para angariar fundos
suficientes para sua próxima edição.

Do outro lado da cidade, Josip Broz, mecânico Judeu de 20 anos, acaba de


chegar para trabalhar na fábrica de automóveis Daimler, em Wiener Neustadt, muito
perto da capital. Broz é um playboy e gasta muito do seu salário em dança, esgrima e
garotas bonitas. "Graças a Deus, é sexta-feira", graceja ele para um colega de trabalho.
A fábrica está ansiosa pelo Baile dos Mecânicos de Automóveis, hoje à noite. Ao contrá-
rio de Stalin e Trotsky, Broz não está preocupado com ideologias, nem deveria estar.
Não por três décadas, pois ele se tornaria o marechal Tito, ditador da Iugoslávia comu-
nista.2

Na parte nordeste mais pobre da cidade, a uma quadra do rio Danúbio, na


Mannerheim (albergue) para homens, um artista de 24 anos, magro e artista aspirante,
está por horas em sua cadeira, na sala de estar da casa. Ele está desempregado. No

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

chão, ao lado dele, encontra-se uma pilha do Ostara, um Diário supremacista branco e
anti-Semita. Ele deixa de pintar, pega uma cópia do Ostara e lê novamente sobre as
revoluções que tem atormentado a Europa. A nova edição fala da falha recente na Revo-
lução Russa de 1905. Menciona Leon Trotsky, editor do Pravda, como sendo um líder e
observa que ele pode ser Judeu. Por trás de todas as revoltas, como relata o Ostara,
estão Judeus, Jesuítas e Maçons.

O artista larga o diário e pega seu pincel. "Eu sou um homem de destino impe-
rial", murmura ele." Rienzi deu-me o mandato para destruir esses destruidores da socie-
dade!"

Seus pensamentos passam para a casa de ópera de Linz, e Rienzi de Richard


Wagner. Ele tem visto a ópera por mais de cem vezes e lembra-se da metódica e do
planejamento acadêmico de Rienzi, o Tribuno Romano, seus notáveis feitos de heroís-
mo, a oratória patriótica e astúcia política, cuja combinação foi responsável por seus
triunfos. De repente, o artista levanta-se da cadeira e se dirige para a fracassada plateia
dos companheiros da casa; o desconhecido Hitler torna-se Rienzi, o qual, em duas dé-
cadas e meia, levaria uma nação à Segunda Guerra Mundial.

Frederic Morton, autor de Thunder At Twilight (1989) vívidamente apresenta o


conteúdo e maneira das orações esporádicas de Adolf Hitler:

Hitler se endireitaria em sua cadeira. Ele trabalhava curvado o tempo todo. Ago-
ra, o pincel cairia de sua mão. Ele empurraria a paleta para o lado. Ele se levantaria.

Ele começa a falar, gritar, orar. Com consoantes sibilantes e vogais que enchi-
am o salão, ele lançou uma discussão sobre moralidade, pureza racial, a missão Alemã e
a traição Eslava, sobre Judeus, Jesuítas e Maçons. Seu topete balançaria, suas mãos
manchadas de tinta rasgaram o ar, sua voz subiu para um tom de ópera. Então, de re-
pente, assim como começara, ele pararia. Ele reuniria suas coisas com um barulho impe-
rioso, seguindo para o seu cubículo.

E os outros apenas olhariam para ele. Eles vieram aceitar seus ataques junto
com sua "cadeira". Afinal, ele era um homem bom de outra maneira. E ele deu a seu
público de Mannerheim um bom show, produzindo, de maneira tão dramática, as gesticu-
lações de um palhaço e o grito de um demônio.3

Até o momento, Hitler tinha apenas denúncias apaixonadas da conspiração


"Judaico-Maçônica", como ele chamava. Naquela época, pelo menos, ele não pretendia
comprometer sua própria vida, assim como Rienzi, pois, quando a Áustria começou a
recrutar homens para a iminente guerra mundial, Hitler fugiu para a Alemanha para evitar

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______________________________________________________________CAPÍTULO 22

o recrutamento.4 Dentro de um ano, ele seria preso, levado para exame físico no Exército
e, em 5 de fevereiro de 1914, o arquivo de Hitler foi encerrado com a conclusão: "Inade-
quado para o serviço militar ou auxiliar; muito fraco; incapaz para braços de apoio".5

Mais tarde, no entanto, quando a Alemanha e a Áustria estavam perdendo a


guerra e a mão de obra era limitada, Hitler foi convocado. E ele era um bom soldado.

O Projeto Hitler
Várias forças estavam por trás da criação política de Adolf Hitler (1889-1945).
Talvez desconhecido para muitos é que uma porção significativa da ideologia Nazista
teve sua origem na Grã-Bretanha. Devemos, portanto, discutir as diversas influências
Britânicas nos Nazistas, que incluem: (1) um número de Maçons Ingleses com visões
racistas; (2) as sociedades secretas através das quais operavam; e (3) o misticismo do
Santo Graal. Todos as três tiveram papéis cruciais na criação de Hitler.

Inventar um Hitler começou em meados do século XIX. Naquela época, a Ma-


çonaria Inglesa havia chegado à conclusão de que a Maçonaria Francesa estava se
tornando rapidamente mais poderosa. Karl Marx estava morando na Inglaterra, injetando
seu veneno comunista nas veias da força de trabalho. Da mesma forma, Joseph Mazzini,
Grão-Mestre do Grande Oriente Italiano, estava usando Londres para lançar revoluções
em todo o Continente. Mais ofensivos foram os Maçons Ingleses proeminentes que aju-
daram os dois homens, enfraquecendo ainda mais a Irmandade aristocrática.

Se essa tendência persistisse, a Grande Loja de Londres se tornaria subservi-


ente ao Grande Oriente de Paris. Para remediar o problema, vários Maçons Ingleses
aristocráticos organizaram sociedades secretas políticas como vanguarda da revolução.
Membros dessas sociedades seriam colocados em posições estratégicas, em várias
nações ao redor do mundo, para penetrar nas instituições políticas, financeiras e educa-
cionais, com políticas que beneficiassem a Grã-Bretanha. Algumas frentes, tanto de
esquerda quanto de direita, operavam estritamente linhas políticas ou socioeconômicas,
como a Sociedade Fabiana e os Grupos de Mesa Redonda. Outros voltaram ao misti-
cismo oriental ou satanismo absoluto. Todos eram Maçônicos e operados por patriotas
da raça Britânica.6

Para recuperar a ascensão na luta pelo poder mundial, a Maçonaria Inglesa


precisaria disseminar suas noções de superioridade racial e o oculto (que estavam estrei-
tamente ligados) e criar um mecanismo político para combater a propagação do comu-
nismo entre as classes baixa e trabalhadora. Em resumo, a Maçonaria Inglesa precisava,
eventualmente, de um líder carismático que pudesse abraçar todos os três elementos de
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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

seu projeto. Em retrospecto, parece inevitável que a Maçonaria Inglesa precisava desco-
brir ou criar, se não Adolf Hitler, alguém como ele. E é a esse esforço da Irmandade
Britânica que chamamos de "Projeto Hitler".

As Frentes Místicas dos Maçons Ingleses


Edward George Bulwer-Lytton (1803-1873), o Primeiro Barão Lytton de Kne-
bworth, era o filho mais novo de pais ricos, General William Bulwer e Elizabeth Lytton.
Depois de se formar em Cambridge, Bulwer-Lytton viajou pela Europa, voltou para a
Inglaterra, e se casou em 1827. Sua carreira política começou em 1831, quando ele
entrou no Parlamento. Em 1841, ele renunciou em protesto contra a revogação das leis
do milho. O Maçom Benjamin Disraeli converteu-o ao Tory (Partido Conservador) e, em
1852, ele voltou ao Parlamento.7

Bulwer-Lytton não era apenas um aristocrata, estadista, historiador, orador e li-


terato, ele foi um dos romancistas ingleses mais prolíficos e populares do século XIX. Em
1836, ele alcançara a maior reputação literária da época. De fato, poucos homens na
história da literatura desfrutaram da reputação e popularidade que Lytton obteve durante
sua própria vida. Suas obras foram lidas e admiradas, não apenas na Inglaterra, mas
também na Alemanha, França, Itália e América. Ele é mais conhecido pelos Americanos
por seu romance de 1838, The Last Days of Pompeii.8

Bulwer-Lytton, um patriota da raça Britânica, expressou sua doutrina suprema-


cista branca em seu romance de 1871, Vril: The Power of the Coming Race, que diz
respeito a uma corrida de um super-homens Arianos brancos que dominariam o mundo.
Ele também era um conhecido praticante de bruxaria, estudando todos os escritores
medievais sobre adivinhação e magia. Ele acreditava que uma base sólida da verdade
sustentava as artes negras. Ele manteve uma vida inteira de interesse no ocultismo, e
estava fortemente envolvido com ele e com a Societás Anglia Rosacruz, da qual era o
Grande Patrono.9 Esta Sociedade Rosacruz foi fundada em Londres, em 1866. Somente
os Mestres Maçons de boas posições e reputação eram admitidos como membros. Entre
eles, estavam os seguintes ocultistas notáveis: William W. Westcott, S.L. MacGregor
Mathers, John Yarker, A. E. Waite, Eliphas Levi e Theodore Reuss (chefe da O.T.O. em
1905). De acordo com uma carta de Yarkerto Reuss, datada de 14 de fevereiro de 1902,
os documentos Illuminati de Weishaupt, que haviam sido confiscados pelo governo da
Baviera em 1785-1786, foram confiados aos cuidados da Societás Rosicruciana Anglia.10

Lytton, junto com essa associação, estudou e realizou vários rituais mágicos e,
em muitas ocasiões, tentou experiências ocultas, incluindo a invocação de "espíritos
elementares".11
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______________________________________________________________CAPÍTULO 22

Uma dessas ocasiões foi relatada pelo clarividente Douglas Home, que "teste-
munhou o romancista [Lytton], em uma sessão espírita, fazendo contato com um espírito
que afirma ter influenciado o autor ao escrever o romance Zanoni ".12

A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry cita Bulwer-Lytton como Maçom, e


confirma sua afiliação Rosacruz, ligando-o à conspiração do Priorado de Sião.13 De fato,
sugere outro autor, "seu épico rei Arthur e o personagem cavaleiro Provençal, Walter de
Montreal, em Rienzi [outro de seus romances], sugere que sua teologia poderia ter inclu-
ído o misticismo do Graal."14

Bulwer-Lytton: Padrinho dos Nazistas


Bulwer-Lytton é reconhecido pelos pesquisadores de conspiração como o Pa-
drinho do movimento Nazista. Uma linha direta de Maçons implementou os ensinamen-
tos de Lytton, fundando e controlando sociedades secretas baseadas neles. Essas soci-
edades podem estar diretamente ligadas a Hitler e seu partido nazista. Hitler também foi
inspirado nos romances de Lytton, Rienzi: The Last of the Roman Tribunes e Vril: The
Power of the Coming Race.

Em 1887, catorze anos após a morte de Lytton, a primeira das sociedades mís-
ticas baseadas em seus ensinamentos foi fundada. A pedido da Loja Quatuor Coronati, a
Ordem Hermética da Golden Dawn foi fundada na doutrina da Sociedade Rosacruz de
Lytton. Além disso, os rituais racistas da Golden Dawn tinham uma fonte dupla: eles
eram conhecidos por terem sido fortemente derivados do misticismo do Santo Graal com
elementos incorporados dos rituais pagãos descritos no romance de Lytton, de 1871, Vril:
The Power of the Coming Race. Vril era a história de uma raça supremacista de Arianos
brancos que iriam dominar o mundo.16 A suástica era um símbolo chave da Golden
Dawn.

A fundação de outra sociedade secreta pode ser atribuída a Bulwer-Lytton. An-


tes da sua morte, Lytton havia se tornado íntimo da Maçom Helena Blavatsky. Blavatsky,
mais tarde, tornou-se membro da Golden Dawn. De fato, Lytton havia influenciado tanto
Blavatsky, pelo culto de Isis, que ela escreveu o livro Isis Unveiled.17 Em outro livro,
Secret Doctrine, Blavatsky adverte seus leitores contra Vril de Lytton, como "a terrível
Força sideral [astral], conhecida e nomeada pelos Atlantes... e pelo Ariano... É a Coming
Race de Vril de Bulwer Lytton ... essa Força Satânica que nossas gerações deveriam
poder adicionar ao estoque dos brinquedos de bebês dos Anarquistas... É essa agência
destrutiva, que, uma vez nas mãos de algum Átila moderno... reduziria a Europa em
poucos dias ao seu estado caótico primitivo, sem que ninguém permaneça vivo para
contar a história."18
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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Embora Blavatsky percebesse o perigo das teorias de Lytton avisasse seus lei-
tores a respeito dela, da destruição para a humanidade que a Força astral de Vril traria,
caso uma pessoa errada se apropriasse de seu poder, ela insistiu nos romances de
Lytton para os ensinamentos e rituais da Sociedade Teosófica.

A influência de Bulwer-Lytton se estendeu à Índia, através de seu filho, Edward


Robert Bulwer-Lytton (1831-1891), Vice-Rei e Governador-Geral da Índia, de 1876 a
1880. Sob o governo de Lytton, a produção de ópio na Índia Britânica viu sua maior
expansão. Lytton Junior também abriu sua casa para os cultistas que foram inspirados
por seu pai. Um deles foi o Maçom Rudyard Kipling (1865-1936), que como nós apren-
demos no capítulo anterior, foi membro da Mesa Redonda de Milner. Outra foi Madame
Blavatsky. Kipling e Blavatsky empregaram a suástica como seu brasão pessoal.20

A influência de Bulwer-Lytton pai também se estendeu à Europa Continental.


Os romances de Lytton eram a leitura favorita do compositor e Maçom Alemão Richard
Wagner (1813-1883). Wagner ficou tão impressionado com a obra de Lytton, Rienzi: The
Last of the Roman Tribunes, que a adaptou para o libreto de sua primeira grande ópera,
também intitulada Rienzi.21 A escritora de conspiração Edith Miller lista Wagner como um
dos primeiros membros da O.T.O., antes de ser oficialmente organizada, em 1902.22
Wagner também foi um franco ideólogo racial e anti-Semita, envolvido na revolução de
1848 do Grande Oriente Alemão. Ele foi exilado da Alemanha, em 1849.23

Rienzi forneceria um excelente plano para um ditador do século XX. O Conspi-


racy Digest nos informa que "teria sido melhor para a humanidade se essa ópera Wagne-
riana nunca existisse. Porque a fusão do romance histórico de Bulwer Lytton com o gênio
do mal da música de Wagner foi a fatídica síntese que provocou o sonho Nazista de
Hitler."24

Conforme sugerido pela cena na sala de estar do albergue, no início deste capí-
tulo, participando de uma performance da ópera Rienzi, provou ser uma das mais signifi-
cativas e profundas experiências da vida de Hitler. Sua primeira, daquela que seria mais
de cem retornos para ver Rienzi encenada, ocorrida com um amigo, August Kubizek, em
Linz, na Áustria, em novembro de 1906. Kubizek relata que toda a personalidade de
Hitler mudou depois dessa performance. Do lado de fora da casa de ópera, Hitler falou
de um "mandato que, um dia, ele receberia do povo, para tirá-lo da servidão e leva-lo às
alturas da liberdade... Ele falou de uma missão especial que, um dia, seria confiada a
ele."25

Logo após a ópera, Hitler fez uma de suas muitas peregrinações ao túmulo de
Wagner. Nos anos 30, quando Hitler cumpriu seu mandato, ele e Kubizek foram convida-
dos na casa da viúva de Richard Wagner, de 86 anos. Lá, Hitler relatou o que ele tinha

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______________________________________________________________CAPÍTULO 22

experimentado durante e após a performance de Rienzi, em 1906. Concluindo seu relato


para Frau Wagner, Hitler é citado como ter afirmado solenemente: "Nessa hora começou
o [Nacional Socialismo]."26

Hitler sentiu que seu único antecessor era Richard Wagner. Ele leu todos os
escritos de Wagner e disse que os ensaios políticos do compositor eram sua leitura
favorita. Hitler nunca hesitou em reconhecer sua dívida com Wagner. Ele é citado como
dizendo: "Quem quiser entender a Alemanha Nacional-Socialista deve conhecer Wag-
ner".27

A Golden Dawn em Berlim


Depois que a Golden Dawn foi organizada em 1887, a doutrina racista adotada
por Bulwer-Lytton, a ordem havia estabelecido lojas na virada do século em várias princi-
pais cidades europeias, incluindo Berlim, que em breve ostentaria um grande Templo da
Golden Dawn.28 Antes e durante a Primeira Guerra Mundial, a Golden Dawn de Berlim
tinha gerado duas outras sociedades secretas: (1) em 1902, a Ordo Templi Orientis
(O.T.O.), que mais tarde foi controlada pelo Maçom Inglês Aleister Crowley; e (2) em
1918, a Sociedade Thule, que descobriu e preparou Hitler. A doutrina da Sociedade
Thule era idêntica à contida em Vril: The Power of the Coming Race. As doutrinas de
Blavatsky da Teosofia tornaram-se a bíblia Satânica de Thule.29

Wulf Schwarzwaller, em The Unknown Hitler (1990), confirma que a Maçonaria


Inglêsa influenciou indiretamente Hitler, através de suas sociedades Maçônicas e sub-
Maçônicas. Em relação à Sociedade Thule, ele observa as "ligações cruzadas com a
Irmandade inglêsa da Golden Dawn, com os teosofistas de Madame Blavatsky e com o
notório mágico e aventureiro Aleister Crowley",30 que estava à frente da Ordo Templi
Orientis (O.T.O.). Essas três sociedades místicas - a Golden Dawn, a O.T.O. e a socie-
dade Thule - como armadilhas para moscas, atraíram, capturaram, poliram e, depois,
elevaram Adolf Hitler. Uma vez no poder, o Führer ficou completamente sob seu feitiço.

Crowley tinha muito em comum com Hitler. Primeiro, ambos se inspiraram nos
romances ocultos de Bulwer-Lytton, Crowley, alegando que continham segredos para
iniciados mais elevados da magia.31 Segundo, a Ordo Templi Orientis (O.T.O.) de
Crowley e a Sociedade Thule de Hitler eram criações da Maçonaria Inglesa e idênticas
em suas orientações homicídas. Quando Hitler começou a ganhar poder, Crowley e o
ocultista russo G. I. Gurdjieff (o mesmo Gurdjieff que iniciou Joseph Stalin na Maçonaria
Martinista), procurou contato com Hitler.32 Gurdjieff conseguiu.

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Outro Maçom Inglês do 33º grau, que certamente tinha contato indireto (e pos-
sivelmente direto) com Hitler, era o Visconde Horatio Herbert Kitchener (1850-1916). A
Mackey's Encyclopedia of Freemasonry afirma que Lord Kitchener era versado nas lín-
guas orientais, o que lhe permitiu avançar a Maçonaria no Oriente. Como um famoso
soldado Inglês que serviu sete anos na Índia, ele foi responsável por fundar três Lojas lá,
tornando-se Grão-Mestre em Punjab. Enquanto servia no Egito, ele era Grão-mestre do
Egito e do Sudão. Ele também visitou o Japão, a Austrália e a Nova Zelândia.33

Durante sua estada na Índia, Kitchener fez muitas viagens ao Tibete, onde foi
apresentado ao general Alemão Karl Ernst Haushofer. Haushofer, ele próprio um Maçom
e membro da Golden Dawn de Berlim, antes da Primeira Guerra Mundial, tinha sido por
muitos anos adido militar no Japão e viajara extensivamente pela Ásia. Kitchener e o
ocultista russo G. I. Gurdjieff, também especialista em misticismo tibetano, iniciaram
Haushofer no culto secreto dos lamas Tibetanos (que alegavam possuir o segredo do
"super-homem") e apresentaram-lhe o significado da suástica.34

A suástica era originalmente um símbolo do deus-sol na Índia. Em Sânscrito,


significa "tudo é tudo".35 No Hinduísmo, a suástica é destra e canhota. A Suástica destra,
girando no sentido horário, "simbolizava luz, magia branca, força criativa".36 Girando no
sentido anti-horário, significa escuridão, magia negra e destruição.

Em 1919, Haushofer ingressou na Sociedade Thule e apresentou sua associa-


ção ao significado da suástica, que se tornou o brasão da Sociedade Thule. Assim, de
Haushofer, Kipling, Blavatsky e outros, a suástica encontrou seu caminho nos cultos
Germânicos, que mais tarde formariam o núcleo do Nazismo.37

Nesse mesmo ano, Haushofer tornou-se professor universitário e diretor do Ins-


tituto de Geopolítica de Munique. Nessa posição, ele estava destinado a ensinar Hitler
em geopolítica e ajudar o Fuehrer a escrever Mein Kampf (Minha Luta). Mais tarde, como
figura proeminente do Partido Nazista, Haushofer enviaria o núcleo da SS de volta para o
Tibete para iniciação. Antes de voltarem, ele estabeleceu para eles a Vril Society, que
por sua vez comporia o núcleo interno do Partido Nazista. A noção para a Vril, é claro, foi
derivada do romance de Bulwer-Lytton, de 1871, Vril: The Power of the Coming Race.

Os rituais da Sociedade Vril de Haushofer foram importados da Maçonaria Ro-


sacruz Inglêsa,38 incluindo a doutrina Luciferiana da Sociedade Teosofica de Blavatsky.
Apenas uma ligeira reviravolta foi necessária para acomodar a noção de uma "Raça de
Super-Homens".

Alfred Rosenberg (sobre quem discutiremos detalhadamente mais adiante nes-


te capítulo) foi o membro da Sociedade Thule que introduziu The Protocols of Sion no

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______________________________________________________________CAPÍTULO 22

Ocidente. Ele também foi o criador das cerimônias religiosas da Vril. Rosenberg tinha
que ser cauteloso em sua abordagem, já que a esmagadora maioria da raça dos Ale-
mães "Arianos" aderira à fé Cristã. Os Cristãos já eram anti-Maçônicos, especialmente
os Cristãos Católicos, e sua cooperação era necessária para a destruição vindoura de
Hitler da conspiração "Judaico-Maçônica". Para evitar um ataque direto ao Cristianismo,

Rosenberg promoveu distorções gnósticas do Cristianismo para iniciados na


Vril. Nesse esquema, Lúcifer e Cristo tornaram-se a mesma personalidade. Lúcifer-
Cristo, então, era um profeta para a raça superior, o que significava, é claro, que Cristo
deve pertencer à "raça Ariana". Os pais terrenos de Cristo, portanto, não eram Judeus,
mas antes, legionários Romanos de ascendência Persa. Esse Cristo-heroi, racialmente
do norte, tornou-se o flagelo de todos os povos racialmente inferiores e dos elementos
racionalistas da população. No mito da Sociedade Vril, Lúcifer-Cristo "lutou contra o
Satanás da inferioridade e da racionalidade."39 (A inferioridade racial foi atribuída aos
Judeus e os racionalistas eram membros da Maçonaria Continental).

A participação na Sociedade Vril de Haushofer limitou-se à SS e à hierarquia do


Partido Nazista - Himmler, Goering, Alfred Rosenberg e o próprio Führer, junto com seu
médico pessoal, Dr. Morell.40 Esses homens estavam profundamente envolvidos na
mesma Doutrina Luciferiana, como a Maçonaria Inglesa, embora tenha sido ligeiramente
distorcida por suas próprias necessidades. E eles praticavam bruxaria com uma vingan-
ça.

Não é de surpreender que a Sociedade Vril de Haushofer, em Berlim, através


da Golden Dawn de Berlim, tinha ligações com os devotos da Golden Dawn da Grã-
Bretanha. Até 1941, membros da Vril, da Thule e da Golden Dawn de Berlim, estavam
em comunicação contínua com a Golden Dawn de Londres. A comunicação foi interrom-
pida em maio de 1941, quando Rudolf Hess (também membro da Golden Dawn de Ber-
lim,41 e o homem mais próximo de Hitler) fez sua famosa missão de paz abortada na
Inglaterra. Antes do voo de Hess, Haushofer e seu filho Albrecht deram a Hess os nomes
e endereços dos contatos da Golden Dawn na Grã-Bretanha, bem como os nomes de
outros Maçons Ingleses importantes que favoreciam a paz entre a Inglaterra e a Alema-
nha.42

Outra influência intelectual importante sobre Hitler foram os escritos do Maçom


do 33º grau Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900). De fato, o nome Nazista é um
derivado de Nietzsche. O último presente de aniversário de Hitler para Mussolini, em
1943, foi The Collected Works of Nietzsch, testificando a influência duradoura desse
filósofo sobre Hitler.43

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Edith Miller cita Nietzsche, juntamente com Wagner, como membros da O.T.O.
antes disso ter sido oficialmente registrado, em 1902.44 Helga Zepp, autora do The Hitler
Book confirma a influência que Nietzsche teve no movimento Nazista:

Tudo o que os Nazistas, mais tarde, transformaram em realidade, já estava à


espreita no cérebro atormentado de Nietzsche, disparando com crescente frenes ... a
idéia de uma raça superior, o ódio misticamente inspirado do Cristianismo, e seu final e
derradeira forma, o Ecce Homo, onde Nietzsche grita: "Eu me deixei claro? - Dionísio
contra o Crucificado... "45

Nietzsche era um porta-voz agressivo da Maçonaria Inglesa, embora ele tenha


percebido que a guerra entre a Inglaterra e a Alemanha era inevitável e que, quando
começou, causaria o maior banho de sangue conhecido na história.46 Em Will to Power,
ele escreveu: "Toda a nossa cultura Européia vem se movendo com uma tensão agoni-
zante, aumentando de década para década, e agora, está caindo frouxa, inquieta e vio-
lentamente em catástrofe: como um rio que quer chegar ao fim, que não pensa mais, que
tem medo de pensar."47

Nietzsche, sob a influência de narcóticos, também é citado como tendo dito:


"Enquanto milhões caem tremendo no pó, estamos perto do dionisíaco."48 Dionísio era o
Deus grego da embriaguez e da folia orgiástica. Para Nietzsche "o dionisíaco" significava
criatividade, poderes da imaginação versus racionalismo. Hitler, também viciado em
drogas, trouxe o cumprimento da profecia de Nietzsche.

O Mito do Santo Graal da Sociedade Thule


Enquanto os membros da Golden Dawn estavam organizando a Sociedade
Thule, a Loja Quatuor Coronati de Pesquisa Masônica, em Londres, inventou o mito de
Thule da lenda da mítica Atlântida, baseada no misticismo do Santo Graal. Segundo os
autores do mito de Thule, a palavra "Thule" significa uma "era de ouro" pré-histórica dos
Arianos no norte da Europa, que terminou em uma catástrofe repentina. Nesse mito, os
Arianos estavam de posse do Santo Graal, mas, após sua morte, o Graal estava perdido.
Os Nazistas abraçaram tão seriamente essa lenda da supremacia Ariana, que os especi-
alistas da SS de Hitler na esotérica Ariana realmente conduziram uma busca pelo Graal
no Sul da França, com o apoio de Heinrich Himmler.49 O Zepp explica como os Nazistas
interpretaram a lenda:

A Sociedade Thule e os Nazistas adotaram esse mito do Graal e o interpreta-


ram de modo que o Graal fosse entendido como uma pedra ou tábua inscrita. Esta tábua
foi um documento crucial do gnosticismo Ariano, preservado e transmitido da pré-história
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______________________________________________________________CAPÍTULO 22

Ariana. De acordo com o mito do Graal, a tábua foi finalmente escondida em uma fortale-
za Graal, no sul da França; de acordo com a tradição Nazista, ela veio originalmente da
Pérsia Ariana, então chegou a Jerusalém, e foi levada a Roma, depois de Jerusalém ter
sido destruída. [De Roma], chegou ao sul da França...

A Sociedade Thule: seu Fundador e Membro


Como a doutrina da Sociedade Thule era semelhante à dos reis do Graal Mero-
víngio, não foi surpresa saber que seus constituintes eram aristocratas. A membresia era
formada por advogados, juízes, professores universitários, policiais, membros aristocráti-
cos da realeza, principais industriais, cirurgiões, médicos, cientistas, bem como empresá-
rios ricos, tais como o proprietário do elegante Four Seasons Hotel, em Munique, na
Alemanha, no qual a sociedade estava sediada.51

Essas sedes tornaram-se o centro de comando da subterrânea contra-


revolucionária realeza Europeia, em um momento em que as revoluções comunistas do
Grande Oriente estavam varrendo a Europa, pós-Primeira Guerra Mundial. Papéis tim-
brados e literatura da Sociedade Thule exibiam a suástica, e grandes bandeiras da suás-
tica decoravam suas luxuosas salas de reuniões e escritórios.52

Embora a Sociedade Thule fosse uma ramificação da Golden Dawn, seu fun-
dador e chefe foi o barão Rudolf von Sebottendorif (1875-1945), um Cavaleiro da Ordem
Maçônica de Constantino (Maçonaria Turca). Sebottendorff era o líder do "Crescente
Turco", que lutou na Guerra dos Balcãs de 1912-1913 contra os revolucionários do
Grande Oriente apoiados pela Sérvia. Nas fileiras dos revolucionários estavam Judeus e,
consequentemente, durante esse conflito, Sebottendorff tornou-se violentamente anti-
Semita. Em 1913, ele retornou à Alemanha fortificada, com um vasto conhecimento do
ocultismo e fundos substanciais de uma fonte desconhecida. Durante os próximos quatro
anos, ele fez contatos extensivos com os principais membros de vários grupos ocultos
internacionais que estavam proliferando rapidamente na Alemanha, na época, concen-
trando seus contatos na Ordem da Golden Dawn. No final de 1917, Sebottendorff estava
em Munique para começar a organização da Sociedade Thule. Com a assistência dos
membros da Golden Dawn, em 17 de agosto de 1918, a Sociedade Thule foi oficialmente
fundada.53 Sebottendorff elevou-se a Grão-Mestre, então recrutado dentre as famílias
nobres alemãs e a aristocracia, para usar a Sociedade como sede contra-revolucionária.
Para seu descrédito posterior e derrocada final, Sebottendorff publicou uma lista das
publicações da membresia da Sociedade Thule.

Sebottendorff afirmou que havia sido enviado à Alemanha pelos Mestres As-
censos do Islã, que "confiaram a ele a missão de iluminar a Alemanha através da revela-
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ção dos segredos da magia avançada e iniciação nos mistérios orientais antigos".54 Um
dos mistérios que Sebottendorff transmitiu aos membros da Thule foi a chamada revela-
ção de que os Judeus estavam por trás da revolução mundial e, portanto, deveriam ser
aniquilados.

Anti-Semitismo e a Sociedade Thule


Outro membro da Sociedade Thule que acrescentou força às acusaçoes anti-
Semitas de Sebottendorff foi Alfred Rosenberg (1893-1946). Rosenberg cresceu como
um Báltico Alemão, em Revel, na Estônia, e falava alemão e russo fluentemente. Ele
estudou arquitetura na Universidade de Moscou e se formou lá, em 1917. Ele testemu-
nhou a revolução de Kerensky, em fevereiro, e a viu destruída em outubro, por Lenin,
meio judeu, e por Trotsky, um judeu de sangue puro. Na primavera de 1918, ele leu as
manchetes de jornal que anunciavam o assassinato do Czar e sua casa real, nas mãos
de um Judeu. Então, ele assistiu como 82 por cento da nova burocracia Comunista era
composta por Judeus.

Em outubro de 1918, Rosenberg chegou a Munique. Para sua consternação,


ele descobriu que os Comunistas Alemães eram principalmente Judeus. Não importa. Na
bagagem, ele carregava uma cópia das evidências mais contundentes contra eles. Ao
ingressar na Sociedade Thule, ele apresentou os Protocols of the Learned Elders of Sion
aos seus membros. Os membros da Sociedade Thule eram pró-aristocráticos, oligárqui-
cos e monárquicos.

Impulsionado pelo medo dos Comunistas, o objetivo político declarado da Thule


era duplo: (1) a extirpação do que os membros chamavam de conspiração Judeu-
Maçônica comunista; e (2) o retorno dos Hohenzollerns ao trono Alemão. Portanto, a
associação estava disposta a abraçar um ditador (por um tempo pelo menos), que lidera-
ria a Alemanha fora das garras da besta comunista e devolvê-la ao seu original glória
dinástica.

No início de novembro de 1918, os Comunistas do Grande Oriente Alemão as-


sumiram o governo em Munique. Pouco tempo depois, em 9 de novembro, Sebottendorff
falou, antes de uma reunião de todos os membros da Sociedade Thule, para emitirem
uma chamada para armas contra Judá. Ele terminou seu discurso com a declaração:
"Lembre-se de que você é um Alemão! Mantenha seu sangue puro!"55 Essa advertência
se tornou o lema da Sociedade Thule, que posteriormente adotou publicamente a superi-
oridade racial Alemã, o anti-Semitismo e o anti-Comunismo.56

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Rosenberg, com Dietrich Eckart (outro alto funcionário da Thule), foram os pri-
meiros a publicar os Protocols fora da Rússia.57 Eckart era tanto Maçom quanto Rosa-
cruz e, possivelmente, um membro da Golden Dawn. Ele rompeu com a Maçonaria por-
que ele não podia abraçar seu internacionalismo.58 Encontrando seu lar espiritual na
Sociedade Thule, Eckart, um Satanista dedicado, foi um mestre da magia e da prática de
rituais que eram qualquer coisa, menos inofensivos.

Eckart participou de uma série de sessões com Rosenberg e o infame ocultista


Russo G. I. Gurdjieff.59 Durante essas sessões, Eckart foi "informado da iminente apari-
ção do messias Alemão, um Senhor Maitreya. "Eckart foi instruído sobre o seu próprio
destino. Ele foi "preparar o vaso do Anti-Cristo, o homem inspirado por Lúcifer para con-
quistar o mundo e liderar a raça Ariana à glória.60

Eckart bebia muito e usava "drogas, incluindo o peiote, alucinógeno sul-


americano que Aleister Crowley introduziu nos círculos artísticos e ocultistas da Europa.
Em sua juventude, em Berlim, Eckart passou algum tempo em uma clínica psiquiátrica,
por causa do vício em morfina."61 Esse homem estava destinado a se tornar o mentor de
Hitler.

A Thule: Monarquistas em Busca


de um Partido e de um Líder
Como afirmado acima, no início de novembro de 1918, os comunistas do Gran-
de Oriente Alemão, conhecidos como Espartacistas (codinome de Adam Weishaupt),62
assumiram o poder em Munique. Eles governaram a Baviera, de novembro a maio, perí-
odo durante o qual houve uma série de insurreições comunistas em toda a Alemanha.
Sua maior revolta foi marcada para 1º de maio de 1919, o aniversário dos Illuminati de
Weishaupt. Antecipando este evento, as tropas monarquistas voluntárias, chamadas de
Corpo Livre (que, sem o conhecimento geral da população, foram financiadas pela Soci-
edade Thule), cercaram Munique. Em retaliação, os Espartacistas, que possuíam a lista
de membros da Sociedade Thule, a qual tinha sido irresponsavelmente publicada por
Sebottendorff, invadiram a sede da Thule e levaram sete membros como reféns. Quando
as unidades do Corpo Livre apertaram seu cerco pela cidade, os reféns foram colocados
de pé contra uma parede, no pátio do Ginásio Luitpold e executados a tiros. Quatro dos
sete foram intitulados aristocratas, incluindo a bela jovem secretária da sociedade, con-
dessa Heila von Westarp, e o príncipe Gustave von Thurnund Taxis, que era parente de
várias famílias da realeza Européia.63

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Sebottendorff, fundador da Sociedade Thule, foi responsabilizado pelos mem-


bros por seu descuido e, como se viu, a publicação fatal da lista de membros da Socie-
dade, que caiu em mãos comunistas. A partir de então, a influência de Sebottendorff na
Sociedade Thule declinou e, em 1923, ele voltou para a Turquia.64 Enquanto isso, Die-
trich Eckart, o homem destinado a descobrir e cuidar de Hitler, tornou-se um dos mais
poderosos. membros da hierarquia da Sociedade Thule.

Depois que as tropas do Corpo Livre libertaram Munique dos comunistas, a So-
ciedade Thule achava que era hora de se manifestar abertamente como um movimento
anticomunista. No seu próprio jornal, o Thule Collection, a Thule anunciou que era a
financiadora por trás do Corpo Livre. O editor do Thule Collection foi um Diederichs
(primeiro nome não disponível), um dos principais editores de livros Maçônicos e mem-
bro de uma Grande Loja Inglêsa. Diederichs também publicou o Tat, o jornal público mais
importante de Weimar, Alemanha. O editor do Tat era Hans Zehrer, também um Maçom
Inglês de destaque. Mais tarde, quando Hitler declarou que o "Terceiro Reich" seria
estabelecido pelo seu Partido Nazista, Zehrer escreveu que a liderança do "Terceiro
Reich" poderia ser "garantida somente através das elites e da oligarquia." No círculo
Maçônico de Zehrer havia muitos ricos e oligarcas influentes. Todos favoreceram o retor-
no da monarquia Hohenzollern. A maioria pertencia à Sociedade Thule.65

Após a Primeira Guerra Mundial, os monarquistas ainda eram uma força muito
poderosa na Alemanha, desfrutando de enorme prestígio social e popularidade entre a
classe alta. O Partido Popular Alemão e o Partido Nacionalista (os dois maiores partidos
políticos conservadores) eram pró-monarquistas. Além disso, os monarquistas, que
incluíam industriais conservadores, controlavam enormes recursos financeiros, incluindo
as fortunas herdadas das várias famílias reais e principescas.66 Embora o Kaiser tivesse
abdicado em 1918, os Alemães ricos ainda eram seus súditos leais.

O primeiro objetivo dos aristocratas da Thule era formar um partido político para
reconquistar as massas, especialmente os trabalhadores, que eles disseram terem sido ''
envenenados com as idéias Judaicas de comunismo e internacionalismo."67 A maior
parte da aristocracia alemã era composta por membros da Sociedade Thule e sua hie-
rarquia reconheceu que o programa da Thule seria automaticamente rejeitado pelas
massas, caso seu partido político fosse liderado por alguém de uma classe privilegiada.
Então, a Thule recrutou Anton Drexier e seu Partido dos Trabalhadores Alemães (PTA),
financiando e promovendo o mesmo como seu próprio partido político. O PTA adotou a
agenda anti-Semita e pró-monarquista da Thule.

Enquanto isso, Dietrich Eckart compôs um verso bárdico, no qual a vinda de um


redentor nacional foi profetizado. Obviamente, sua chamada "profecia" foi motivada pelas
sessões com Gurdjieff, onde Eckart recebeu sua "anunciação" de que estava destinado a

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preparar um messias para o povo Alemão. Algumas semanas após a libertação de Muni-
que do Corpo Livre, Eckart trouxe ao Supremo Conselho da Thule a idéia de que chega-
ra a hora de um grande líder carismático. Abaixo, está uma parte do verso que ele leu:

[Precisamos de um líder] familiar e estrangeiro ao mesmo tempo, sem nome...


Nós devemos ter um companheiro como líder, que não estremeça com o chocalhar de
uma metralhadora. A ralé deve ter um bom susto. Um oficial não faria; os povos não os
respeitam mais. O melhor de tudo seria um trabalhador, um ex-soldado que possa falar.
Ele não precisa ser muito inteligente; política é o negócio mais estúpido do mundo... eu
preferiria ter Patetas estúpidos e vaidosos que possam dar aos Vermelhos uma suculen-
ta resposta e não fugir sempre que uma perna da cadeira estiver apontada para ele, do
que mais de uma dúzia de professores instruídos que estão sentados, tremendo com as
calças molhadas.68

O requisito final para esse líder carismático era: "Ele deve ser solteiro! Depois,
pegaremos as mulheres.69 A Thule estava a caminho de aceitar Adolf Hitler.

Misticismo do Graal e o Hitler Desconhecido


Enquanto estava em Viena, o ainda obscuro Adolf Hitler lia todos os livros ocul-
tos que podia ter em mãos. Não apenas estava ele familiarizado com a história das revo-
luções Maçônicas durante o século passado, mas também estava ciente de que as duas
Maçonarias disputavam o poder. Como imperialista, odiava a Maçonaria do Grande
Oriente, não apenas porque destruía tronos, mas porque ele, erroneamente, supunha
que ela fosse controlada pelos Judeus. Ele parecia favorecer a Maçonaria Inglesa. A
maioria de seus heróis Maçônicos estava ligada à Grande Loja ou conspiração Rosacruz.

Podemos ligar o anti-Semitismo do Priorado de Sião a Adolf Hitler, por forma-


ção direta ou influência indireta? Como vimos no capítulo 1, o Priorado de Sião fundou o
Rosacrucionismo anti-Semita como uma organização de frente. No capítulo 13, desco-
brimos que Sião também criou a Alliance Israelite Universelle para combater o movimen-
to Zionista. No capítulo 19, vimos como o agente de Sião, G. I. Gurdjieff, convenceu
Joseph Stalin a interceptar os Zionistas na fronteira russa, numa tentativa de conter o
movimento Zionista. Vimos, ainda, que a política de "cortina de ferro" de Stalin falhou em
parar o movimento. Será que Hitler foi o próximo na fila para assumir o lugar de onde
Stalin falhou? Também, teriam os agentes do Priorado de Sião educado e preparado o
futuro Fuehrer para realizar a "Solução Final", na esperança de que ela, de uma vez por
todas, esmagasse o movimento Zionista?

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Todas as indicações sugerem que Hitler foi um produto do Priorado de Sião, se


não diretamente, pelo menos através do misticismo do Graal. Por exemplo, em 1906,
antes do mundo ter ouvido falar dele, Hitler fez sua primeira visita à ópera de Linz, para
ver Rienzi, uma ópera baseada no misticismo do Graal. Em 1907, ele se juntou à anti-
Semita Ordem Rosacruz, em Viena, chamada a "Ordem do Novo Templo". A Novo Tem-
plo culpou Judeus e Maçons pelas revoluções européias do século anterior. Muito antes
de chegar à Alemanha, Hitler havia decidido acabar com a conspiração Judaico-
Masonica. Como Hitler testemunharia em seu julgamento na Alemanha, em 1924: "Eu
deixei Viena uma anti-Semita absoluta, uma inimiga mortal da visão de mundo Marxista
coletiva, e como uma pan-Alemã na minha orientação."70

Durante sua estada em Viena, Hitler também aprendeu sobre o culto ao "Rei de
Jerusalém", os mistérios do Graal e sua Lança de Longinus.71 Hitler tornou-se um ávido
partidário da doutrina do Sionismo, tanto que os autores de Messianic Legacy, ao com-
pararem a orientação messiânica do Terceiro Reich com a do Priorado de Sião, as en-
contraram idênticas.72

Em 1909, quando Hitler tinha 21 anos, ficou intrigado com a lenda da Lança de
Longinus e acreditava, como dizia a lenda, que o destino do mundo estava em seus
poderes mágicos. A Lança de Longinus (também conhecida como a Lança do Destino)
foi supostamente aquela que perfurou o lado de Jesus. Foi dito ter passado pelas mãos
de quarenta e cinco imperadores Merovíngios, de 752 a 1806. Segundo a lenda, quem
possuir a Lança dominará o mundo. A Lança do Destino estava em posse dos Habs-
burgs enquanto Hitler estava em Viena.73

Hitler costumava ir ao Museu do Tesouro Imperial dos Habsburg, onde ele fica-
va por horas, de cada vez, olhando para a Lança. Naquela época, Hitler usava um aluci-
nógeno mescalina, na tentativa de aprender o caminho secreto para o Graal perdido.74
Podemos apenas imaginar os pensamentos de Hitler quando ele estava diante da lança:
"Se eu pudesse possuir a Lança, eu poderia livrar o mundo da conspiração Judaico-
Maçônica. "Hitler se tornou obcecado com a idéia de sua cruzada. O Rev. Church nos
leva mais a fundo no transe febril de Hitler diante da mística Lança:

Um dia, Hitler foi à Casa do Tesouro para estudar a Lança de Longinus. Hora
após hora, ele olhava para a relíquia, como se estivesse na Meditação Transcendental.
De acordo com seu próprio testemunho, ele entrou em transe: "O ar tornou-se sufocante,
que eu mal conseguia respirar. A cena barulhenta da Casa do Tesouro parecia desvane-
cer ao longe diante dos meus olhos. Fiquei sozinho e tremendo diante da forma flutuante
do Super-homem - um Espírito sublime e terrível, um semblante intrépido e cruel. Em
santo temor, ofereci minha alma como um vaso de sua Vontade."75

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O poderoso espírito, diante do qual Hitler estava, era a mesma Força Satânica
de Vril, mencionada por Madame Blavatsky? Foi esse Poder incrível que deu a Hitler seu
mandato fora da casa de ópera em Linz, onde ele viu pela primeira vez Rienzi de Richard
Wagner? Possivelmente, naquele dia no Museu Habsburg, Hitler se entregou às hierar-
quias espirituais das trevas para se tornar o vaso do espírito do Anticristo.

Após seu encontro com esse "Espírito terrível", Hitler ficou intrigado com a len-
da do Santo Graal, acreditando ser a própria reencarnação do Landulph de Capua do
Graal e o senhor da Terra di Labur do século IX. Hitler também acreditava que a lenda de
Percival em busca do Santo Graal era "uma profecia a ser repetida no cenário da história
mundial, mil anos depois, no século XX."76

Depois que Hitler se tornou o Fuhrer do povo Alemão, diz o Rev. Church, ele "e
os outros membros de seu grupo satânico escolheram as 'vantagens' do atalho para as
drogas, a fim de obter maior consciência em sua busca pelo Graal."77 Como observado
anteriormente, a autora Helga Zepp relata que, segundo a tradição de Thule, o Santo
Graal havia sido mudado de um cálice de ouro para um tablete de ouro, e que os especi-
alistas da SS procuraram e, aparentemente, encontraram o que pensavam ser o tablete
do Graal. Como Zepp conclui, "os Nazistas, no círculo místico interno, pensavam que
agora eram capazes de entender o conteúdo do tablete, que nunca havia sido decifrado,
e penetrar ainda mais nos segredos do gnosticismo Ariano."76

Em Viena, em 13 de outubro de 1938, cinco anos depois que Hitler chegara ao


poder, o messias da raça Ariana finalmente tomava posse da Lança de Longinus e a
colocava no Salão da Igreja de Santa Catarina, em Nuremberg. Cinco anos e meio de-
pois, quando os Aliados começaram a bombardear Nuremberg, os Nazistas removeram
a Lança da Igreja e, com outros tesouros, a colocaram em um cofre protegido. Em 30 de
março de 1945, quando os Americanos estavam prestes a invadir a cidade, os tesouros
foram removidos mais uma vez, mas, inadvertidamente, a Lança foi deixada para trás.
Um mês depois, às 14h, um soldado Americano recuperou a Lança do Destino. Na
mesma hora, Hitler deu cabo à própria vida em um bunker, quinze metros abaixo de
Berlim. O General Dwight Eisenhower, comandante dos exércitos Aliados na Europa
disse sem rodeios: "Devolva-se a Regalia dos Habsburgs à Áustria".79

Em 6 de janeiro de 1946, os tesouros imperiais, incluindo a Lança de Longinus,


foram levados de volta ao Museu Imperial dos Habsburg, onde permanecem até hoje. O
Rev. Church diz: "Segundo a lenda, quem é o dono da Lança pode governar o mundo...
E membros da família real da dinastia Habsburg estão, hoje, entre os principais agitado-
res e defensores da unificação da Europa".80

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Maçonaria, Misticismo Vril e as SS


Como Hitler, a SS tinham raízes profundas no misticismo oculto. Mas seu su-
cesso organizacional deve muito ao estudo de Hitler sobre a Maçonaria.

Duplicando a estrutura da pirâmide na loja, a SS era uma sociedade secreta


dentro de outra sociedade secreta, chamada a Vril. Além disso, os SS de sangue frio
eram adoradores de Satanás. Suas insígnias (SS), em forma de dois raios, são um sím-
bolo antigo de Satanás. No misticismo oriental, os raios significam a velocidade e o poder
pelos quais o adversário de Deus foi expulso do céu.81 O próprio Jesus Cristo disse, em
Lucas 10:18: "Eu vi Satanás cair como um relâmpago do céu."

A hierarquia Nazista estabeleceu a SS como uma sociedade secreta, desenvol-


vendo seu caráter a partir de uma mistura do misticismo Tibetano, Maçônico e Jesuíta. O
SS Reichsfuehrer Heinrich Himmler era um necromante, freqüentemente conduzindo
sessões para a hierarquia da SS em seu castelo, em Wewelsburg."

Cada oficial da SS fez um juramento secreto de sangue para obedecer a Hitler


sem questionar. Coletivamente, eles eram os ouvidos e os olhos do Führer - presentes
em todas as reuniões de significado político ou social, mas nunca participando de dis-
cussões. Em vez disso, eles apenas sentavam-se ou ficavam em pé ao fundo, observan-
do e fazendo anotações.83

O Projeto Hitler e o Anti-Zionismo


Descobrimos que as duas primeiras décadas do século XX puderam observar
vários encontros misteriosos entre um número de Rosacruzes e o futuro Fuehrer do
Terceiro Reich. Esses Rosacruzes desempenharam papéis significativos no Projeto
Hitler. Analisaremos essas reuniões e discutiremos a possibilidade de que esses encon-
tros não foram por acaso, mas compromissos previamente combinados, feitos por agen-
tes do Priorado de Sião.

Em Viena, em 1900, Peter Adolf Lanz, um monge Beneditino que se tornara


obcecado com o estudo da Maçonaria, mudou seu nome para Jorg von Liebenfels e
fundou uma ordem Rosacruz chamada Ordem do Novo Templo. O nome "Novo Templo"
era um jogo de palavras, destinado a substituir o "Antigo Templo" ou a antiga ordem
Templária. A "antiga ordem Templária", incorporada na Maçonaria Continental, acredita-
va que Liebenfels era controlado pelos Judeus. Wulf Schwarzwaller, autor de The
Unknown Hitler, informa que elementos Maçonicos e esotéricos eram importantes na

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sociedade secreta de Liebenfels, na qual a Raça Superior Germânica de cabelos loiros e


olhos azuis lutaria contra as raças escuras "inferiores". Liebenfels planejou substituir a
luta de classes pela luta racial, a qual iria "todo o caminho até a faca da castração.84

Sob seu nome próprio, Lanz, Liebenfels lecionara em uma escola de convento
Beneditino, de 1890 a 1900. Ele deve ter conhecido Adolf Hitler, pois o futuro Fuehrer
tinha frequentado a escola durante a segunda metade da década. Antes disso, a escola
tinha sido dirigida por Abbe 'Peter Hagen, o qual era um especialista em misticismo ori-
ental. O brasão pessoal de Abbe era a suástica, uma escultura de madeira que ficava
acima da porta da abadia. Hagen deixou para trás uma extensa biblioteca de obras mís-
ticas, que foi completamente absorvida por Liebenfels. Em 1900, quando Liebenfels
fundou a Ordem do No Novo Templo, ele escolheu a suástica como o brasão da Or-
dem.85

Em 1901, Liebenfels começou a publicar um jornal anti-Semita chamado Osta-


ra. Em 1905, ele publicou sua "obra principal Theo-zoology or the Knowledge of Sodom's
Monkeys and the Electron of the Gods. Neste livro, Liebenfels exigiu o total extermínio
das raças de pele mais escura, oferecendo apoio à doutrina do Maçom Inglês, Rev.
Thomas Maithus, que sugeriu que a Terra estaria superpovoada em breve, exigindo o
extermínio dos comedores inúteis.86

Segundo Liebenfels, os Judeus como "os mais inteligentes da raça dos maca-
cos", como ele coloca, também eram os mais perigosos. Como comedores inúteis, ele
disse que os Judeus deveriam ser exterminados primeiro. Liebenfels também apontou o
regime colonial Britânico e seus "patriotas" como um exemplo a seguir, para tornar a raça
branca superior.87

A Nova Ordem dos Templários se via como uma sociedade de criação humana.
Seu objetivo era produzir novos heróis Arianos. Não foi surpresa que Hitler, enquanto
morava em Viena, passou pelo prédio que exibia o símbolo da suástica - o símbolo tão
familiar para ele durante seus dias na escola Beneditina. Nem foi surpreendente que ele
tenha entrado para visitar seu antigo professor. Hitler admitiu que, em 1907, ele se juntou
a uma ordem anti-Semita, em Viena, que só poderia ter sido a Nova Ordem dos Templá-
rios. Hitler, por exemplo, era um ávido leitor de Ostara de Liebenfels. Em 1909, quando
em um de seus três movimentos ele perdeu várias edições, Hitler foi à sede dos Novos
Templários para pegar as edições faltantes, deixando seu novo endereço com Lieben-
fels. Além disso, Liebenfels indicou Hitler como um de seus discípulos, escrevendo para
um ocultista, em 1932: "Hitler é um de nossos pupilos. Você experimentará um dia que
ele, e através dele, nós, um dia, seremos vitoriosos e desenvolveremos um movimento
que fará o mundo tremer."88

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Em 1910, outro encontro significativo ocorreu em Viena. Naquele ano, o Rosa-


cruz e Maçom Inglês Lord Kitchener parou em Viena a caminho de Londres. Kitchener
estava no Oriente, onde ele e G. I. Gurdjieff haviam completado a iníciação do futuro
Nazista Karl Ernst Haushofer nos mistérios Tibetanos. Dentro de oito anos, Haushofer
estaria treinando Hitler em geopolítica. Em quatorze anos, ele estaria ajudando o Fuehrer
a escrever uma porção de Mein Kampf. E em vinte anos, ele estaria treinando a SS de
Hitler no misticismo Tibetano e fundando para eles a Sociedade Vril.89

Por que Kitchener passou por Viena em seu retorno do Oriente? Liebenfels po-
de ter a resposta, pois afirmou que Kitchener se juntou a seu pedido. "Parece que o
encontro misterioso no Tibete, e mais tarde em Viena, foram apenas o começo de uma
série de atribuições secretas que ocorreram em conexão com o "Projeto Hitler".

Uma figura central nessas comunicações foi o misterioso G. I. Gurdjieff, o místi-


co Russo que detinha um poder extraordinário sobre os tantos e variados seguidores do
Rosacrucianismo ligados ao Projeto Hitler.91 Gurdjieff era, ele próprio, um Martinista
Rosacruz. Ele também era um agente da polícia secreta Czarista.92

Parece muito provável que Lord Kitchener e Liebenfels, como Rosacruzes, fos-
sem agentes do Priorado de Sião. O uso deles por Sião não era necessariamente de-
pendente de seus conhecimentos. Não há evidências de que a Liebenfels tenha tido
comunicação prévia com o trio Kitchener-Gurdjieff -Haushofer. No entanto, o momento
exato das reuniões entre esses poderosos Rosacruzes é definitivamente suspeito. Kit-
chener, Liebenfels e Hitler pertenciam à mesma ordem Rosacruz. Todos os três estavam
na mesma cidade, ao mesmo tempo. Não é plausível sugerir que Liebenfels organizou
uma reunião entre Hitler e Lorde Kitchener?

A importância de Gurdjieff surge quando consideramos que ele treinou os prin-


cipais atores no "Projeto Hitler". Em 1900, por exemplo, Gurdjieff iniciou Joseph Stalin no
Martinismo Rosacruz.93 (Foi o Pacto de Hitler-Stalin de 1939 que começou a Segunda
Guerra Mundial.) E, como observamos, após seu encontro com Stalin, Gurdjieff se reuniu
com Kitchener no Tibete, para iniciar o Rosacruz Haushofer nos mistérios Tibetanos.
Então, em 1910, Kitchener estava em Viena, visitando o Rosacruz Liebenfels, o qual fora
o primeiro mentor de Hitler. Após a Revolução Russa, Gurdjieff e o Russo Rosenberg
(que trouxe os Protocols para a Alemanha), apareceu na Alemanha,94 participando de
uma série de sessões com Dietrich Eckart, da Thule. Foi durante essas sessões, como
mencionamos, que Eckart recebeu sua anunciação de que estava destinado a preparar o
homem que lideraria a raça Ariana à glória.95 Foi Eckart o mentor final de Hitler? Ou foi
G. I. Gurdjieff?

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Se Gurdjieff, um agente do Priorado de Sião, era o elo comum entre os princi-


pais participantes do Projeto Hitler, o que esses encontros misteriosos significariam para
o movimento Zionista? Como Martinista, Gurdjieff teria sido anti-Zionista. E ele era. Co-
mo agente da polícia secreta Czarista, ele seria anti-Semita. E ele era. Quando iniciava
Stalin nos vários graus Martinistas (processo que, como aprendemos no capítulo 19,
demorou um ano), Gurdjieff teria tido tempo de sobra para doutrinar Stalin em um pro-
grama anti-Zionista, que, como vimos, resultou no levantamento de uma "cortina de
ferro" ao redor das fronteiras da União Soviética, a fim de manter os Judeus Zionistas na
Rússia.

O resto dos atores com quem Gurdjieff entrou em contato íntimo teriam tinha
funções menos conspícuas no Projeto Hitler, como encontrar, doutrinar e elevar o Fu-
ehrer ao poder. Para concluir a preparação do futuro Fuehrer, Gurdjieff teria procurado
contato com Hitler para lhe dar suas instruções finais. E, na verdade, Gurdjieff se encon-
trou com Hitler uma noite e esteve com ele até o amanhecer, no auge do poder Nazista.
O que aconteceu nessa vigília a noite toda é motivo de especulação, mas certamente tal
reunião não consistiu de conversas nebulosas. Esse não era o estilo de Gurdjieff. Se
Gurdjieff foi fiel a seu modo de agir, ele teria levado Hitler através de várias sessões para
"descobrir" sua missão. O terrível resultado final foi o holocausto Judeu, o qual foi uma
tentativa de destruir de uma vez por todas o movimento Zionista.

Hitler, Eckart e o Partido Nazista


Em 7 de novembro de 1918, os comunistas assumiram o governo da Baviera,
forçando a abdicação de Kaiser Wilhelm II. A monarquia foi substituída por um governo
Social Democrata, sob a égide da Maçonaria do Grande Oriente. Na sua liderança esta-
va o comunista e Maçom do Grande Oriente Kurt Eisner, um Judeu. O povo alemão
respondeu com mescladas emoções. O cabo Adolf Hitler estava em um hospital militar,
xingando os Social Democratas como traidores da Pátria.97 Em 9 de novembro, o chefe
da Sociedade Thule, o barão Rudolf von Sebottendorff, convocou uma reunião dos
Membros da Sociedade Thule para discutir sobre pegar em armas contra os Judeus.
Dois dias depois, o Armistício que encerrou a Primeira Guerra Mundial tornou-se oficial, e
a Sociedade Thule, silenciosamente, preparou-se para a contra-revolução. No início de
dezembro, os membros da Thule planejaram capturar Eisner. Em janeiro, a Liga das
Nações foi fundada durante a Conferência de Paz, em Paris. Em 21 de fevereiro de
1919, o reinado de cem dias de Eisner terminou com seu assassinato. A Sociedade
Thule foi investigada pela polícia. Em maio, tropas do Corpo Livre da Thule expulsaram
os comunistas restantes. Nesse mesmo mês, Hitler foi liberado do hospital e se mudou
para Munique.

569
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Em junho, os generais alemães derrotados assinaram o humilhante Tratado de


Versalhes, que colocou o povo alemão nas fileiras dos desempregados e causou desen-
freada inflação. Hitler viu sua oportunidade diante da humilhação da Alemanha sob o
injusto tratado. O povo Alemão, faminto e esfarrapado, seria receptivo a um messias
Ariano. Ele seria o tal messias. Ele iria desafiar os vencedores, descartar o tratado e
prometer uma nova vida.

A Kampf (Luta) de Hitler começou nas cervejarias de Munique. Membros da


Sociedade Thule, que freqüentavam essas cervejarias, descobriram um homem peque-
no, frágil e de bigode que empolgava multidões com uma doutrina anticomunista de
superioridade racial branca, semelhante à sua. A Sociedade Thule não criou Hitler, ela o
descobriu. De há muito, Hitler desenvolvera sua própria visão supremacista branca,
cheia de ódio e anti-Semita. A Sociedade Thule há muito desejava um homem assim.
Quando Hitler veio à tona, ela o reconheceu, e estava pronta para reivindicá-lo como
sendo dela.

James Pool, em Who Financed Hitler, descreve a substância dos discursos de


Hitler nas cervejarias de Munique:

Quando Hitler denunciou o Tratado de Versalhes nas salas escuras e caverno-


sas dos fundos das cervejarias de Munique, seus discursos foram baseados em emo-
ções e não em apelos lógicos. A fumaça enchia o ar, e o barulho ruidoso de canecas de
cerveja, dificilmente ofereciam a atmosfera ideal para uma reunião política, mas, uma vez
que Hitler começava a falar, um silêncio absoluto se estabelecia na sala. Os homens e
mulheres na platéia estavam desesperados, suas roupas estavam surradas e seus ros-
tos magros de fome. Eles não sabiam nada sobre economia ou indústria; eles só sabiam
que não podiam enfrentar o desemprego, a fome e a pobreza por muito mais tempo. De
pé sobre uma sólida mesa de madeira, Hitler falava com determinação ardente que dava
fé ao povo. Ele dizia que o Tratado de Versalhes era responsável por sua miséria; se
eles tivessem apenas a vontade para resistir, o tratado não poderia ser imposto a ele ...
A ascensão e queda no volume da voz de Hitler e o ritmo crescente de seu discurso
mantinham a plateia encantada. Os homens sentavam e ouviam com a boca aberta; as
mulheres começavam a soluçar. O discurso trovejava em um clímax e, com um gesto
dramático e abrangente de seu braço direito, Hitler parecia estar, como ele disse, "em-
purrando o Diktat de Versalhes para o caixote de lixo da história."98

Dietrich Eckart conheceu Hitler após uma de suas explosões contra o Tratado
de Versalhes. Aqui estava aquele de quem profetizara - aquele que os "Mestres Ascen-
sos" haviam encomendado para se preparar para ser o vaso do Anti-Cristo! Em Hitler,
ele viu o messias da Alemanha, o salvador da raça Ariana por quem ele procurara. Com
uma pequena instrução, Hitler dançaria ao som da sua música.

570
______________________________________________________________CAPÍTULO 22

Eckart levou Hitler para a sede da Thule no Four Seasons Hotel. Lá, pendurou
a bandeira da suástica com a qual Hitler havia se familiarizado durante seus dias com
Liebenfels. Não é de admirar que o futuro Fuehrer se sentisse em casa entre seus novos
amigos na Thule.

Eckart colocou sua biblioteca à disposição de Hitler. Ele mudou completamente


a pessoa pública de Hitler, moldando-o em um semideus político. "Ele fez de Hitler um
mestre na retórica e, com a ajuda de drogas psicodélicas, iniciou-o em vários mistérios
ocultos."100 Finalmente, o Fuehrer estava pronto para seu "surgimento". Em agosto de
1921, Eckart publicou um artigo que primeiro anunciou Hitler como o Fuhrer do povo
alemão. Wulf Schwarzwaller escreve em The Unknown Hitler:

Com Eckart como seu mentor, o acanhado e inibido Hitler... de repente desen-
volveu qualidades e talentos surpreendentes. Ele se tornou um excelente organizador e
propagandista, capaz de desviar as pessoas e levá-las juntamente com ele ... Com a
ajuda de Eckart, ele dominou os segredos da arte da oratória para um grau que os ob-
servadores lhe atribuíram a força de um "homem da medicina Africana ou de um xamã
Asiático."101

No fracasso de 1919, Hitler ingressou no Partido dos Trabalhadores Alemães


de Drexier, apoiado pela Thule, que ainda se encontrava nas cervejarias. Os discursos
carismáticos de Hitler aumentaram a participação no novo partido. Em pouco tempo,
Hitler dominou o Partido, deixando Drexier de lado e colocando seus novos amigos da
Sociedade Thule em posições-chave. Sob a direção de Hitler, um obscuro partido dos
trabalhadores deixou os clubes e a cerveja, tornando-se um movimento de massa. Os
discursos de Hitler hipnotizaram vastas audiências, convertendo até seus oponentes em
devotos entusiasmados.102

Durante o verão de 1920, Hitler renomeou o Partido dos Trabalhadores Ale-


mães para Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (PNSTA), em um
esforço para atrair conservadores nacionalistas e proletários para suas fileiras. Em 1923,
o nome foi alterado novamente para Partido Nazista. Hitler começou a denunciar Judeus
e Maçons em todos os lugares.

A Suástica: Símbolo Oculto do Partido Nazista


Hitler queria uma bandeira de simbologia poderosa para seu Partido Nazista.
Sua aversão ao Bolchevismo exigia um vermelho mais brilhante que o da bandeira co-
munista. Dentre muitos projetos, ele escolheu um sugerido pelo membro da Thule, Dr.
Krohn: “Um pano vermelho simbolizando o socialismo, com um círculo branco no meio
571
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

representando o nacionalismo, com uma suástica negra em um círculo branco expres-


sando a 'luta vitoriosa dos Arianos’."103 A suástica de Krohn era destra, assim como o
arauto da Sociedade Thule. Hitler insistia em uma suástica canhota que girava no sentido
anti-horário - um símbolo de escuridão, magia negra e destruição.104

Embora o próprio Hitler fosse dedicado ao ocultismo, ele não tinha tempo ou
simpatia pela Maçonaria. Por exemplo, em 1923, os Nazistas precisavam de uma sede
maior em Munique, mas não tinham fundos. Dr. Kuhlo, diretor da Associação dos Indus-
triais da Baviera, veio em auxílio de Hitler e ofereceu a ele o Hotel Eden por um aluguel
modesto. Enquanto negociava os termos, Kuhlo casualmente sugeriu a Hitler que o
Partido Nazista pudesse suprimir os artigos publicados contra a Maçonaria. Hitler lem-
brou: "Levantei-me e disse adeus a esses gentis filantropos. Eu tinha caído de surpresa
em um ninho de Maçons "105

Impulsionado pela fúria por essa tentativa Maçônica de manipulá-lo, a Kampf de


Hitler começou a se intensificar. Ele planejava destruir aqueles conspiradores "Judaico-
Maçônicos" usando sua própria munição. Do mesmo modo que os Maçons e os Jesuítas
com os quais ele estudara em Viena, Hitler decidiu empregar técnicas religiosas para
avançar sua Kampf. Depois de um de seus ataques característicos à Maçonaria, ele
disse:

Organização hierárquica [da Maçonaria] e a iniciação através de ritos simbóli-


cos, isto é, sem incomodar o cérebro, mas trabalhando na imaginação através da magia
e dos símbolos de um culto - tudo isso é o elemento perigoso e o elemento que eu as-
sumi. Você não vê que nossa parte deve ser desse caráter? Uma Ordem, que é o que
ela dever ser - uma Ordem, a Ordem hierárquica de um Sacerdócio secular.106

O homem que foi o mentor de Hitler no ocultismo e criador de sua personalida-


de política morreu naquele ano. Pouco antes de sua morte, Dietrich Eckart disse aos que
estavam reunidos em torno de seu leito: "Sigam Hitler! Ele vai dançar, mas sou eu quem
chamou a música! Eu o iniciei na 'Doutrina Secreta', abri seus centros de visão e dei-lhe
os meios de se comunicar com os Poderes".107

A influência de Eckart em Hitler realmente se estendeu além de sua morte. Em


1 de abril de 1924, após o fracassado golpe de novembro, Hitler e sua gangue foram
colocados na prisão.. Lá, Hitler escreveu Mein Kampf. A seção sobre geopolítica foi um
fantasma escrito por Haushofer, o homem iniciado nos mistérios Tibetanos por Gurdjieff
e Kitchener. E, embora Hitler, mais tarde, denunciou toda a afiliação à Sociedade Thule e
dissolveu a Sociedade em 1934, ele dedicou seu livro a seu falecido mentor, Dietrich
Eckart.108

572
______________________________________________________________CAPÍTULO 22

Hitler permaneceu imerso no ocultismo até tomar o poder em 1933. Tanto que
Winifred Wagner, nora do famoso Richard Wagner, uma vez advertiu o Fuehrer: "Cuida-
do com a magia negra. Magia branca e negra ainda são acessíveis a você. Mas, depois
de se entregar à magia negra, ela determinará seu destino."109

Cristãos, Seguidores da Nova Era e Maçons


O Alemão comum não sabia que a magia negra estava no coração da Socieda-
de Vril de Haushofer e Rosenberg. Tão efetivamente a Sociedade Vril se apresentou e se
promoveu como Cristã, que conquistou muitos Protestantes e Católicos para Hitler. Por
exemplo, um conclave de Protestantes Alemães enganados declarou: "A palavra de
Hitler é a lei de Deus, os decretos e leis que o representam possuem autoridade divina".
O Prefeito Católico de Hamburgo está registrado, dizendo: "Não precisamos de padre.
Podemos comunicar diretamente a Deus através de Adolf Hitler."110

Por outro lado, a Nova Era viu além da fachada Cristã da Sociedade Vril e reconhe-
ceu Hitler como seu messias, aquele que inauguraria a Era de Aquário. Em 1932, o Dr.
Karl Strunkmann, sob o pseudônimo de Kurt von Ensen, escreveu Ado if Hitler and the
Age to Come, na qual ele descreveu a destruição necessária da Era Cristã (Era de Pei-
xes) pelo Terceiro Reich:

Estamos vivendo hoje a transição catastrófica da Era de Peixes para a Era de


Aquário. Estamos em uma mudança de eras, como no momento do nascimento de Cris-
to, quando a humanidade deixou a Era de Áries e entrou no novo Aeon Cristão de Pei-
xes. Um velho mundo entrou em colapso, um novo surgiu: o Ocidente Cristão. E agora,
2.000 anos depois, um novo e poderoso "morre e se torna novamente" está começando:
a destruição do Ocidente e a ascensão do novo mundo Atlântico. A missão do Terceiro
Reich é demolir o Ocidente que está morrendo. A formação do novo império cultural
Atlântico, no Aeon de Aquário, será a tarefa do Quarto Reich.111

A única ordem religiosa, além do Judaísmo, que não encontrou graça com Hi-
tler foi a Maçonaria. Quando o Führer proibiu a Loja em 1932-1933, os Maçons encontra-
ram-se em um dilema. Vendo seu inimigo religioso, o Cristianismo, florescer sob o Ter-
ceiro Reich, eles sabiam que deveriam imitar seu adversário para sobreviver. Portanto, a
Maçonaria Alemã decidiu se promover como Cristã. O autor Paul Fisher explica:

Em 1933, várias lojas Maçônicas Alemãs mudaram seus nomes em um esforço


para evitar serem fechadas por Hitler... Comentando sobre a situação, o ‘The New York
Times’ observou que as lojas Maçônicas Alemãs estavam adotando nomes Cristãos.
Uma delas denominou-se a Ordem Nacional Cristã de Frederick, o Grande.
573
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Quando essa tentativa de disfarce falhou em impressionar Hitler, a Maçonaria


Alemã, que era de origem Templária, mudou seu estatuto para dar a si mesma um sabor
Rosacruz: A ordem professa um Cristianismo Alemão, que tem muito em comum com a
primitiva adoração ao sol. Os símbolos da ordem são o sol e a cruz."113

Nada que os Maçons inventaram obteve a aprovação do Führer. A "doutrina


secreta" que Hitler reservou para si mesmo, mesmo retido de seus colaboradores mais
próximos, era sua intenção de destruir a conspiração Judaico-Maçônica em toda a Euro-
pa. Ele começaria na Alemanha. Em 1934, Hitler exigiu que todas as Lojas Maçônicas no
Terceiro Reich fossem fechadas. Quanto ao resto da Europa, Hitler, e somente Hitler,
poderia anunciar a data de sua morte.

O FINANCIAMENTO DE HITLER
Aristocratas e a Intelligentsia
A ascensão de Hitler ao poder teria sido impossível sem a ajuda financeira de
milhares de pessoas comuns. No entanto, esses doadores empalidecem em comparação
com as pessoas que encheram seus cofres com milhões de dólares, entre eles artistas e
membros da intelligentsia. O músico Karl Klindworth, ex-amigo do Maçom Richard Wag-
ner, por exemplo, permitiu que sua esposa financiasse Hitler.114 O filho de Richard Wag-
ner também concedeu à sua esposa Winifred permissão para financiar o hipnotizante e
solteiro Fuehrer.

O Führer recebeu a maior parte de seu dinheiro da aristocracia e da realeza da


Alemanha, Áustria, Grã-Bretanha, Checoslováquia, Finlândia, França, Itália, Holanda,
Hungria, Suíça e Suécia - muitas das quais perderam suas posições de titulo durante as
Revoluções do Grande Oriente pós-Primeira Guerra Mundial. Em troca de seu apoio
financeiro, Hitler os levou a acreditar que ele restauraria seus tronos. Alguns exemplos a
seguir.

O Príncipe August Wilhelm, filho do Kaiser Wilhelm, se juntou ao partido Nazis-


ta. Este foi o primeiro passo na tentativa em direção a uma aliança entre Hitler e os Ho-
henzollerns. A família real esperava que a aliança assegurasse que Hitler pudesse forne-
cer apoio popular à restauração da monarquia em troca de dinheiro e contatos do Prínci-
pe com a elite no poder.115

O Príncipe Ratobor Corvey, um dos nobres mais ricos da Silésia, foi um dos
primeiros partidários de Hitler, com rumores de ser um dos membros mais bem pagos do
Partido. Muitos aristocratas da Silésia eram pró-Nazistas. O Conde Rex-Gieshubel, disse

574
______________________________________________________________CAPÍTULO 22

a seus amigos: "Os tempos melhorarão para os proprietários de terras se Hitler chegar
ao poder. Além disso, Hitler irá restaurar a monarquia."116

O Príncipe Waldeck-Pyrmont, herdeiro do trono de um dos pequenos estados


Alemães, havia sido membro do Corpo Livre após a Primeira Guerra Mundial. No início
dos anos 30, ele tornou-se um oficial da SS. O Grão-Duque de Hesse também contribuiu
regularmente para o Partido Nazista. Outro dos primeiros apoiadores de Hitler foi o du-
que de Coburg. O duque era Inglês, mas doou generosamente ao Partido Nazista e se
orgulhava de usar o uniforme marron da SS em público. Outro doador regular foi o genro
do Kaiser, o Duque de Brunswick. Seu filho era um membro da SS.

Os Hohenzollern apoiaram Hitler na esperança de que seu movimento patriótico


restaurase o trono.117 De fato, Hitler teve muito cuidado para não irritá-los. O Fuehrer
afirmou em dois panfletos publicados em 1929 e em 1932, respectivamente, que ele
pretendia estabelecer uma Ditadura Socialista Nacional por "um período transitório".
Hitler alegou que queria assumir o estado com o Partido Nazista "apenas até que as
pessoas fossem libertadas da ameaça do Marxismo e pudessem, então, tomar uma
decisão se a forma final de governo seria uma república ou uma monarquia".118

Tão sólido foi o apoio da aristocracia a Hitler que, quando o filho do Kaiser Wil-
helm, o Principe August Wilhelm, ingressou no Partido Nazista, fez uma campanha aber-
ta por Hitler. Em 1930, o Principe foi o companheiro de viagem de Hermann Goering em
uma turnê de palestras na Prússia Oriental e na Renânia. O casamento político dessas
duas forças na vida política Alemã ocorreu em 9 de julho de 1931, quando o Partido
Nazista se uniu ao Partido Nacionalista monarquista.

Dos poderosos empresários que apoiaram Hitler, o mais famoso é provavel-


mente o industrial Alemão, Gustav Krupp. Carl Duisberg, o fundador da I. G. Farben, o
grande conglomerado químico que fabricou o gás venenoso para matar os Judeus, tam-
bém financiou Hitler. Outros colaboradores incluíram Fritz Thyssen, um industrial multimi-
lionário, que presidia o conselho da maior empresa da Alemanha, a United Steel Works;
Ernst Tengelmann, o rico diretor de uma importante companhia de mineração de carvão
do vale de Ruhr; e o Dr. Hjalmar Schacht, o banqueiro mais proeminente da Alemanha e
geralmente considerado como o mago financeiro do país.

O Tratado de Versalhes deu causa e endureceu esses homens de negócios e


banqueiros na sua determinação nacionalista. O tratado, por exemplo, foi responsável
pela destruição da propriedade da empresa Krupp, no valor de mais de 104 milhões de
marcos em ouro.119 Diante de tais restrições cruéis que impediram a Alemanha de entrar
e competir nos mercados mundiais, não é de se admirar que a maioria das empresas e
instituições financeiras Alemãs tenham apoiado Hitler.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A Standard Oil e Hitler


A Standard Oil Company, de Rockefeller, em Nova Jersey, a maior empresa
produtora de petróleo no mundo, investiu pesadamente na reconstrução da Alemanha
após a Primeira Guerra Mundial

O CEO da Standard Oil era Walter C. Teagle. Charles Higham, em Trading with
the Enemy, nos informa que "na década de 1920, Teagle mostrou uma admiração mar-
cante por empresas da Alemanha em superar os termos destrutivos do Tratado de Ver-
salhes."120 Para ajudar os Alemães, Teagle importou tanques Standard e vagões-tanque
e os desembolsou por toda a Alemanha. Ele também estabeleceu uma amizade com
Hermann Schmitz, CEO da I. G. Farben, a empresa química Alemã fundada por Carl
Duisberg. Quando os Nazistas chegaram ao poder, Teagle era diretor da American I. G.
Chemical Corp., uma subsidiária da I. G. Farben. Teagle garantiu que a Standard inves-
tisse pesadamente na I .G. e que a I. G. americana investisse pesadamente na Stan-
dard.121

Ansioso para que a Standard protejesse seus interesses na Alemanha Nazista,


Teagle fez muitas visitas durante os anos 1930 a Berlim e aos tanques Standard e va-
gões-tanque através da Alemanha. Além disso, antes da Segunda Guerra Mundial, a
Standard vendia combustível para a Força Aérea Alemã, quando construiu uma refinaria
em Hamburgo que produzia, por semana, 15.000 toneladas de gasolina de aviação para
Goering.122 A refinaria continuou em operação durante a guerra.

Antes da guerra, os navios-tanque da Standard Oil, com equipes Nazistas,


abasteciam os Uboats alemães. De 1939 até Pearl Harbor, a Standard Oil também for-
neceu borracha sintética para Hitler. Pouco antes de Hitler conquistar a Holanda, a Stan-
dard Oil, de Rockefeller, concordou em que a Standard Oil of Holland permanecesse com
negócios conjuntos, mesmo que os EUA entrassem na guerra contra a Alemanha. A
Royal Dutch Shell of Holland também cooperou com a Standard Oil. Depois que os Na-
zistas invadiram a Holanda, a cooperação continuou como combinado. Os CEOs dessas
empresas consideravam que seus motivos eram "patrióticos". Cada um concordou que
Hitler deveria destruir a União Soviética e esperavam que ele o fizesse.123

Em 1943, o jornal americano de comércio para a indústria do petróleo, The Pe-


troleum Times, confirmou que a relação entre a Standard Oil de Rockefeller e a I. G.
Farben ainda estava em vigor a partir dessa data.124 A I. G. Farben confirmou a acusa-
ção com um relatório que em parte dizia: "[Os] inúmeros benefícios que a Alemanha
havia obtido de seus amigos Americanos, incluindo o uso do tetraetil, sem o qual o esfor-
ço de guerra teria sido impossível... havia sido aprovado pelo Departamento de Guerra
dos EUA."125 Como sabemos, o Departamento de Guerra dos EUA estava, então, domi-
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______________________________________________________________CAPÍTULO 22

nado pelo Conselho de Relações Exteriores (CFR). À frente do CFR estava David
Rockefeller. O relatório da I. G. também revelou que durante a guerra a Standard Oil
Company de Rockefeller vendeu US$ 20 milhões em produtos petrolíferos, incluindo
benzeno de aviação, para a I. G. Farben.

Príncipe Bernhardt, Fundador dos Bilderbergers


O Maçom da Grande Loja, Príncipe Bernhardt da Holanda, um dos principais
acionistas na Royal Dutch Shell, também apoiou Hitler. Bernhardt era um Príncipe nasci-
do na Alemanha. Depois de
Hitler conquistar a Holanda, Bernhardt renunciou à Maçonaria e tornou-se um oficial
da SS. Depois da guerra, ele retornou à Irmandade, e hoje, é um Maçom do 33º grau, na
Grande Loja de Haia. Em 1954, o Príncipe Bernhardt recebeu os membros da Mesa
Redonda Britânica, para uma reunião super secreta no Hotel Bilderberg, em Oosterbeek,
Holanda. Quando os Jornalistas ouviram falar do encontro, mas não conseguiram desco-
brir o nome do grupo mantido em absoluto sigilo, eles rotularam os participantes de Bil-
derbergers.126 Desde então, os Bilderbergers se encontram pelo menos uma vez por ano.
Como aprendemos no capítulo 16, Bernhardt é, hoje, um dos Inspetores Gerais do Su-
premo Conselho Maçônico que freqüenta muitas reuniões do movimento neo-Nazista da
Nova Era.

O Rei Maçônico da Inglaterra


Edward VIII foi coroado rei e Grão-Mestre da Maçonaria Inglesa, em 20 de ja-
neiro de 1936. Edward, no entanto, casou-se com uma plebéia divorciada, dos Estados
Unidos, e foi forçado a abdicar onze meses depois, em 10 de dezembro. Seu irmão mais
novo subiu ao trono no dia seguinte e rebaixou o título de Edward para Duque de Wind-
sor. Em julho de 1940, o duque assumiu o cargo de governador das Bahamas.127

Edward VIII não apenas apoiou Hitler, mas o fez em alta voz. Desde os tempos
da ascensão de Hitler ao poder, os Windsors eram fascinados pelo Fuehrer e sua Nova
Ordem na Europa. Falando em termos Maçônicos, o rei expressou os pontos de vista da
Irmandade sobre Hitler: "O que quer que aconteça”, ele disse, "seja qual for o resultado,
uma Nova Ordem virá ao mundo... Será reforçada pelo poder da polícia... Quando a paz
chegar, desta vez, haverá uma Nova Ordem de Justiça Social. Não pode ser outro Ver-
salhes."128

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Durante seu curto reinado, o rei Edward VIII fez todos os esforços para promo-
ver o Nazismo. Como resultado, alguns dos aristocratas mais importantes da Inglaterra
aderiram ao Partido Nazista.129

Henry Ford
Henry Ford tornou-se Mestre Maçom na Palestine Lodge No.357, Detroit, Mi-
chigan, em 28 de novembro de 1894. Ele continuou sendo um membro fiel desta loja por
quase 53 anos.130

Tudo o que Ford fez pelo movimento Nazista parece ter promovido os objetivos
da Maçonaria Inglesa. Por exemplo, em 1920, quando os Protocolos de Sião estavam
sendo publicados em todos os lugares, diz-se que Ford ficou assustado com a Revolu-
ção Russa e a rápida disseminação do comunismo em todo o mundo. Ele acreditou nas
reivindicações anti-Semitas de que capitalistas e comunistas Judeus eram parceiros,
conspirando para ganhar o controle sobre as nações do mundo através do comunismo.
Para expor a chamada conspiração dos Judeus, Ford comprou um jornal regional, em
Michigan, chamado Dearborn Independent, transformando-o em um resumo da conspira-
ção contra os Judeus.

O Dearborn Independent acusou seriamente que vários Judeus conhecidos na


América foram os instigadores da Primeira Guerra Mundial. Um deles era Bernard M.
Baruch, um Maçom de 33º grau, conhecido como o "pró-cônsul de Judá na América", um
"Judeu de Super-Poder ". Quando solicitado pelos repórteres a comentar as acusações
de Ford, Baruch respondeu, sem rodeios: "Agora, meninos, vocês não esperariam que
eu os negasse. esperariam? "131

Entrando na briga estava o Maçom Judeu do 33º grau, Coronel Edward House,
que instou o presidente Woodrow Wilson a agir contra Ford. Quando Wilson chamou
Ford para parar sua "propaganda cruel", este recusou.

Em 1922, os artigos de Ford foram compilados em um livro intitulado The Inter-


national Jew. Traduzido para o alemão, o livro foi renomeado para The Eternal Jew. Este
livro levou muitos Alemães a se tornarem Nazistas.133

Finalmente, Ford atacou os Judeus, onde eles provariam mais tarde estar mais
vulnerávéis. Ele financiou Hitler. Sua primeira contribuição foi de US$ 40.000, depois
US$ 300.000. Os fundos de Ford continuaram a fluir para Hitler, até o início da Segunda
Guerra Mundial, em 1939.134 Um ano depois, em setembro de 1940, Ford recebeu o 33º

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______________________________________________________________CAPÍTULO 22

grau em uma loja em Nova Jersey, na Jurisdição Norte da Maçonaria do Rito Escocês,135
que está sob a obediência Maçônica Inglesa.

Por que a Jurisdição Norte da Maçonaria controlada pelos Britânicos deveria


honrar Ford com o 33º grau, depois dele ter financiado os Nazistas, a menos que fosse
para recompensá-lo por promover a conspiração Maçônica contra os Judeus?

O Banco de Compensações Internacionais


Um banco internacional de destaque - o Banco de Compensações Internacio-
nais (BIC) também desempenhou um papel obscuro, mas definitivo, no financiamento de
Adolf Hitler. Dr. Quigley nos informa que o BIC, fundado em 1930, na Basileia, Suíça, era
"um banco privado, possuido e controlado pelos bancos centrais do mundo, que eram
empresas privadas. Este sistema deveria ser controlado de forma feudal pelos bancos
centrais do mundo, agindo em conjunto, por acordos secretos alcançados em frequentes
reuniões e conferências privadas"136

A Encyclopaedia Britannica concorda com Quigley, mas acrescenta que o BIC


era um "banco internacional estabelecido na Basileia, Suíça, em 1930, como a agência
para lidar com o pagamento de reparações pela Alemanha após a Primeira Guerra Mun-
dial ... "137

Como sabemos, em junho de 1919, a Alemanha exigiu reparações de guerra


pelo Tratado de Versalhes. Devemos observar a diferença de anos entre o tratado e a
fundação do BIC. Não seria ridículo estabelecer uma agência de cobrança para as repa-
rações de guerra dez anos após o acordo que estabeleceu os termos e um ano após o
pior colapso financeiro do mundo? Em 1929, a Alemanha não tinha fundos para pagar as
reparações! Além disso, em 1931, um ano após a fundação do BIC, todas as potências
Européias, exceto a França, haviam encerrado as demandas de reparação. Dois anos
depois, Hitler repudiou todas as reparações.

Se não para cobrar reparações, qual era realmente a função do BIC? Recentes
informações descobertas pelo historiador Britânico Charles Higham e publicadas em seu
livro Trading with the Enemy (1983), afirmam que o BIC "seria um funil de dinheiro para
fundos Americanos e Britânicos fluirem para os cofres de Hitler e para ajuda-lo a constru-
ir sua máquina de guerra."138

O BIC estava completamente sob o controle de Hitler pelo início da Segunda


Guerra Mundial.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Higham diz: "Sua existência contínua foi aprovada pela Grã-Bretanha, mesmo depois
que este país entrou em guerra com a Alemanha...

Por exemplo, no conselho do BIC estava o excêntrico Montagu Norman, CEO


do Banco. da Inglaterra e "um defensor raivoso de Hitler".140 O principal acionista do
Banco da Inglaterra era a Casa de Rothschild, que controlava as finanças dos Grupos da
Mesa Redonda, como o Conselho de Relações Exteriores, o Instituto Real de Negócios
Internationais e o Instituto de Relações do Pacífico.

Muitos indivíduos que foram associados ao BIC e nomeados por Higham em


seu livro são Maçons conhecidos e/ou membros dos Grupos da Mesa Redonda (embora
ele não menciona esse fato). Segundo Higham, Hjalmar Schacht, ministro de Economia
de Hitler e presidente do Reichsbank, era um reservado Maçom.141 que instou os ban-
queiros Ingleses a estabelecerem o BIC para financiar a guerra de Hitler: "Foi escrito no
estatuto do Banco, concordado pelos respectivos governos, que o BIC deveria estar
imune a apreensão, fechamento ou censura, independentemente de seus proprietários
estarem ou não na guerra. Esses proprietários incluíam o First National Bank of New
York, afiliado à Morgan... o Banco da Inglaterra, o Reichsbank, o Banco da Itália, o Ban-
co da França, e outros bancos centrais.142

Para aliviar as tensões em Londres, havia rumores de que a idéia de estabele-


cer um banco internacional fora de um Americano, na América. Foi chamado de Young
Plan, depois do advogado Americano Owen D. Young, o qual, na realidade, era o agente
"de fachada" para J. P. Morgan, do CFR.143 Além disso, o presidente do BIC foi Thomas
H. McKittrick, também associado dos Morgans.144

O que motivou os banqueiros Maçônicos Ingleses a construirem as forças ar-


madas de Hitler e seus armamentos? Tal projeto só poderia colocar o mundo em risco,
visto que a Maçonaria Inglesa estava bem ciente do ódio de Hitler ao comunismo. O
apoio à máquina de guerra Nazista na Alemanha significaria guerra entre a Alemanha e a
Rússia. Tal conflito poderia desencadear outra guerra mundial. Então, por que esses
banqueiros Britânicos adotaram uma ação tão suicida?

Segundo Higham, o BIC financiou Hitler como um meio para outro fim: o de var-
rer e angariar o ouro da Europa, em benefício do que Higham chama de "A Fraternida-
de". (A Fraternidade, como vimos, é apenas outro nome para a Maçonaria.) No próximo
capítulo, documentaremos o maior roubo de ouro da história, quando Hitler conquistou
nação após nação, enviando suas reservas de ouro para o Bank for International Settle-
ments.

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______________________________________________________________CAPÍTULO 22

Hitler Torna-se Ditador da Alemanha


Em 1932, a Alemanha foi paralisada por um impasse político. Os monarquistas,
embora por muito tempo relegados à insignificância política, viram na crise uma chance
de ganhar o poder. O jornal dos monarquistas Sueddeutsche Monatshefte declarou sua
opinião de que apenas o monarquismo poderia resolver a crise política existente.145

O ex-Kaiser também viu uma oportunidade na crise, entendendo-a como sua


chance para retornar. O Contra-Almirante von Eschenburg prometeu ao Kaiser a coope-
ração da Marinha. Mas, para evitar a guerra civil, o exército também teria que cooperar.
Era leal a Hitler e este exigiu uma concessão importante do Kaiser. Ele queria ser Chan-
celer.146

Fritz Thyssen, um monarquista leal, estava convencido de que Hitler assumiria


o cargo como Chanceler, apenas como "um estágio de transição que levaria à reintrodu-
ção da monarquia Alemã".147 Thyssen convidou vários da aristocracia para sua casa, a
fim de questionarem Hitler, que respondeu em tons distintos e inequívocos que ele "se-
ria apenas o precursor da monarquia".148 Hitler, finalmente, recebeu a Chancelaria, em
janeiro de 1933, mas não sem muitos subornos e chantagens dos dois lados.

Hitler, é claro, nunca pretendeu devolver o governo à monarquia. Ele não aban-
donaria seu pacto com Satanás que fizera em 1909, no Museu de Habsburg, a fim de
possuir a lança de Longinus (Lança do Destino). Hitler acreditava que a posse da Lança
permitiria a ele próprio esmagar a conspiração Judaico-Maçônica e governar o mundo.

Em 1934, Hitler fundiu os ofícios de Chanceler e Presidente, tornando-se o Fu-


ehrer e um ditador virtual. Ele, então, se moveu contra a conspiração "Judaico-
Maçônica". Hermann Goering, agindo sob as ordens de Hitler, dissolveu todas as lojas,
incluindo aquelas que pretendiam ser Cristãs. Goering também dissolveu a Sociedade
Thule. O jornal Nazista Voelkischer Beobachter anunciou, em 8 de agosto de 1935, a
dissolução final de todas as lojas Maçônicas na Alemanha. O jornal culpou a Ordem pelo
assassinato em Sarajevo, que precipitou a Primeira Guerra Mundial, dizendo que a Ma-
çonaria acreditava ter chegado o momento de uma "guerra sangrenta entre nações e a
construção de uma república mundial.149 Também, em 1935, Hitler deu seu primeiro
golpe no povo Judeu, com suas infames leis raciais, chamadas Leis de Nuremberg.

581
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Hitler e o Cliveden Set


Após a Revolução Bolchevique e a ascensão de Stalin no Kremlin, os Grupos
de Mesa-Redonda da Maçonaria Inglêsa haviam calculado que uma eventual guerra com
a Rússia era inevitável. Quando Hitler chegou ao poder, ele exigiu que a Inglaterra de-
volvesse as colônias retiradas da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial. Os "think
tanks" da Maçonaria Inglêsa estavam convencidos de que, a menos que Hitler fosse
aplacado, ele declararia guerra contra a Grã-Bretanha. Londres preferia que Hitler vol-
tasse os olhos para os férteis campos de trigo Ucranianos da União Soviética e atacar a
Rússia. Se a URSS vencesse, a Inglaterra e seus monarquistas econômicos enfrentari-
am apenas o comunismo. Se a Alemanha vencesse, os Nazistas, tendo expandido seus
territórios para o leste, ficariam exaustos pela guerra e não poderiam exigir da Inglaterra.
O papel de Londres era fortalecer a Alemanha em seus preparativos para a próxima
guerra com a Rússia (a ser financiada através do BIC) e, ao mesmo tempo, preparar
psicologicamente os Britânicos para lutar, se esses cálculos geopolíticos estivessem
distorcidos.150 Como tudo isso seria feito, ficou a cargo dos "think tanks" da Mesa Re-
donda, especificamente o Instituto Real de Negócios Internacionais (IRNI).151

O IRNI entrou em sessão por nove meses, começando no outono de 1937. O


Dr. Quigley diz que o IRNI, "às vezes era citado como 'Cliveden Set' ', assim denominado
devido ao fato de suas reuniões ocorrerem, ás vezes, em uma casa de campo dos Astor,
em Cleveden, [na Inglaterra]. Os Astors eram os financiadores do IRNI e seu filho, Willi-
am Astor, seu presidente.

Os Astors Americanos e Britânicos estão relacionados, sua linhagem remonta à


nossa Guerra Revolucionária. John Jacob Astor (1763-1848), Americano de origem
Alemã, era um rico comerciante de peles, capitalista e Grão-Mestre das Lojas Maçônicas
de Nova York. O clã Britânico, também de Maçons, entrou na aristocracia Britânica.
Durante a década de 1930, eles possuíam cinco assentos no Parlamento e controlavam
dois dos mais poderosos e influentes jornais do mundo, o London Times e o London
Observer. Além disso, seus interesses financeiros se estendiam a bancos, ferrovias e
seguros de vida.153

A Senhora da propriedade de Cliveden era Nancy Witcher Astor (1879-1964),


uma Americana da Virgínia. Na virada do século 20, ela se uniu ao clã Britânico através
de casamento. A Viscondessa Astor, ou Lady Astor, como era carinhosamente chamada,
foi a primeira mulher membro do Parlamento Britânico (1919-1945). Outros membros da
família no Parlamento incluiam o marido e dois parentes na Câmara dos Lordes, além do
filho (presidente d o IRNI) na Câmara dos Comuns.

582
______________________________________________________________CAPÍTULO 22

No final da primavera de 1937, Joachim von Ribbentrop, embaixador Nazista na


Grã-Bretanha (mais tarde Ministro das Relações Exteriores Nazista), informou Neville
Chamberlain, Primeiro-Ministro da Inglaterra, que "Der Fuehrer está descontente com os
ataques da imprensa Inglesa contra ele, tais como, [seu] Nazismo e [suas] agressões
Nazistas. Der Fuehrer quer que isso pare."154

No início do verão de 1937, Lady Astor havia entretido von Ribbentrop em sua
casa de cidade, em Londres.155 Ribbontrop pediu a Lady Astor para reverter os artigos
com viés anti-Nazista de seu jornal, incentivando-a a se juntar à cruzada anti-Comunista
do Führer. Lady Astor concordou, em troca de garantias de que o Führer visasse con-
quistar a Rússia. Ribbontrop e Lady Astor fizeram uma aliança secreta para cooperar
com seus objetivos mútuos. Gradualmente, o London Times, controlado por Astor, assu-
miu um viés pró-Nazista em sua página editorial muito influente. Durante outubro de
1937, por exemplo, o The Times publicou cartas apoiando as demandas de Hitler pelo
retorno das colônias retiradas da Alemanha nos termos do Tratado de Versalhes.157

No outono de 1937, os Astors começaram a convidar "amigos" para sua propri-


edade rural em finais de semana para "jogar charadas". Cada amigo ocupava uma posi-
ção estratégica no governo Britânico. Esse quadro de aristocratas e intelectuais, todos
eles intercambiáveis com a Mesa Redonda, a Maçonaria, o IRNI e o Parlamento, ficou
conhecido como "Cliveden Set". Seus retiros de fim de semana, que, na realidade, eram
a Mesa Redonda, traçou um curso que o Cliveden Set esperava que Hitler tomasse.
Esse curso foi de guerra com a Rússia.

O Cliveden Set era conhecido e relatado em todo o mundo como sendo o cen-
tro real da política Britânica durante o período de apaziguamento de Chamberlain (1937-
1939).158 Carol White, em The New Dark Ages Conspiracy cita o New York Times,
dizendo: "O chamado Cliveden Set é amplamente considerado como o mais influente
dos simpatizantes da Alemanha na Inglaterra ... A aparente força do caso da Alemanha
neste país [Inglaterra] vem do fato de que os melhores amigos da Alemanha devem ser
encontrados na "crosta superior" mais rica da vida Britânica ... Joachim von Ribbentrop ...
sua Inglaterra melhor do que alguns de seus críticos quando instou a Grã-Bretanha a se
juntar à sua cruzada anti-Comunista".

O Maçom H. G. Wells participaria da maioria das "charadas" de fins de semana


Uma observação em sua Autobiography (1934) revela muito sobre o clima precedente e
predominante de idéias pró-Arianas na Inglaterra e no Continente: "Naquela época, eu
tinha idéias sobre os Arianos extraordinariamente como o Sr. Hitler. Quanto mais eu
ouço sobre ele, mais eu sou convencido de que sua mente é quase a irmã da minha
mente de treze anos, em 1879; mas, ouvido através de um megafone [e] implementa-
do."160

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

No primeiro fim de semana de "festa das charadas", o Cliveden Set procurou


uma aliança com Hitler e Mussolini contra a União Soviética. Wells, Bertrand Russell e
outros utópicos esperavam que a Grã-Bretanha pudesse permanecer neutra. Churchill e
Mountbatten previram corretamente que a Grã-Bretanha teria que entrar na guerra para
garantir que Hitler fosse contido.161 De qualquer forma, o consenso era enviar Lord Hali-
fax para visitar a Alemanha. As reuniões foram marcadas para meados de novembro de
1937 em Berlim e Berchtesgaden. O resultado final, segundo a inteligência Francesa, foi
que Halifax "prometeu que Inglaterra faria uma política de não interferir contra as ambi-
ções de Hitler na Europa Central, se a Alemanha não levantasse a questão do retorno
das colônias por seis anos."162

A verdadeira razão para adiar a discussão das colônias por seis anos, foi dar a
Hitler tempo para expandir seu território e armar seus militares para uma guerra bem
sucedida contra a União Soviética. Se os cálculos do Cliveden Set estavam corretos, no
final de seis anos Hitler deixaria de exigir o retorno das colônias alemãs.163

No final de janeiro de 1938, Lord e Lady Astor convidaram para Cliveden (junto
com os habituais do IRNI, Neville Chamberlain, Lord Halifax, Lord Lothian e seu editor do
London Observer, J. L. Garvin. Essa reunião iniciou a política de apaziguamento de
Chamberlain. Em 11 de março, Hitler invadiu a Áustria sem oposição. Da Áustria, Hitler
ganhou mais homens para seu exército, grandes depósitos de magnesita, florestas de
madeira e enormes recursos hídricos para eletricidade.164

O Cliveden Set entrou na festa final e histórica das charadas de fim de semana
em 26-27 de março de 1938.165 Presentes estavam Neville Chamberlain e um quadro de
membros da Mesa Redonda, incluindo H. G. Wells e um associado de Lord Rothschild,
Sir Ernest Cassell.166 Eles já sabiam que os olhos do Hitler estavam voltados para a
Tchecoslováquia. Com ela, o Fuehrer obteria as obras de armamento da Skoda, uma das
maiores do mundo, e as fábricas no Sudeto. Ao lado, estavam o trigo Húngaro e o óleo
Romeno. Ele poderia dominar os Bálcãs, destruir potenciais aeronaves Soviéticas e
bases de tropas na Europa Central, além de posicionar tropas Nazistas a poucos quilô-
metros da fronteira soviético. O Cliveden Set decidiu continuar a Política de Apazigua-
mento de Chamberlain:167 "para mudar a Alemanha para o leste e não para o oeste".168

Enquanto Chamberlain negociou com Hitler sobre o destino da Tchecoslová-


quia, o jornais de Astor publicaram um ataque cruel contra o país, alertando os Tchecos
que eles não estavam conseguindo deixar os Alemães confortáveis. Disse o editorial do
London Time, de 8 de setembro de 1938: "A salsicha Tcheca fedorenta deve ser esma-
gada".169

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______________________________________________________________CAPÍTULO 22

O Cliveden Set apresentou facilmente seu plano ao governo Britânico, desde


que os cinco Astors estavam no Parlamento, incluindo William Astor, presidente da IRNI.
William Astor também foi secretário particular parlamentar do Ministério do Interior.

Em suma, é claro que a Mesa Redonda, como órgão de formulação de políticas


da Maçonaria Inglesa, apoiou Hitler em um esforço para alcançar seu próprio fim – a
destruição da União Soviética. Manipular Hitler, eles pensaram, era uma questão sim-
ples.

"O projeto Hitler", escreve Carol White em The New Dark Ages Conspiracy, "foi
um esforço de colaboração que envolveu todo o espectro da oligarquia e seus agentes
.... Como ele [Hitler] deveria ser contido e dirigido contra a União Soviética era outra
questão."170

Conclusão
Hitler foi criado por várias forças. As primeiras foram as forças ocultas, depois
as forças bancárias e, finalmente, as forças políticas.

Aprendemos que as influências ocultas sobre Hitler foram manipuladas pelas


sociedades sub-Maçônicas da Maçonaria Sionista Inglesa. Esses grupos incluíram a
Ordem da Aurora Dourada, a Ordo Templi Orientis (O.T.O.) e a Sociedade Thule. Essas
sociedades secretas Rosacruzes, supremacistas brancas, pediam a destruição da raça
Judaica, não porque eram necessariamente anti-Semitas, mas porque eram anti-
Sionistas.

A Maçonaria Sionista Inglesa também canalizou dinheiro para Hitler, através


dos bancos Maçônicos controlados por membros do Instituto Real de Relações Interna-
cionais (IRRI) e do Conselho de Relações Exteriores (CFR), utilizando os serviços do
Banco para Pagamentos Internacionais (BIC). O BIC, não apenas financiou a guerra de
Hitler contra a Rússia, mas seus oficiais o instruíram a saquear as reservas de ouro em
todas as nações que conquistou.

Finalmente, a Maçonaria Sionista na Inglaterra influenciou e manipulou a políti-


ca exterior Britânica em relação a Hitler, através de seus grupos de Mesas Redondas,
que se reuniram nove meses para elaborar um plano direcionando Hitler para a Rússia.

O Führer, no entanto, tinha seus próprios planos. Em 1939, ele enganou a In-
glaterra com o Pacto de Hitler-Stalin e o mundo mergulhou em seu segundo conflito. Em
The Hitler Book, a autora Helga Zepp resume a ingenuidade definitiva das maquinações
585
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

do Cliveden Set: "Se considerarmos que Neville Chamberlain" e outros estavam "apoian-
do Hitler na esperança de que Hitler entraria em guerra contra a União Soviética, então a
Segunda Guerra Mundial começa a parecer um caso clássico de erro de cálculo por
parte de todos os envolvidos".171

586
Capítulo 23
A DESTRUIÇÃO DE HITLER DA
MAÇONARIA FRANCESA
Quando a Segunda Guerra Mundial chegou, [os Poderes do Eixo] não atacaram
o Judaísmo nem a Maçonaria, mas uma monstruosidade hifenizada que eles chamavam
de Judeu-Maçonaria; assim que apesar dela mesma... a Maçonaria Inglesa foi arrastada
para o próprio foco das relações mundiais; e a Maçonaria Europeia, que não estava clara
de envolvimento político, foi destruída.

Mackey's Encyclopedia of Freemasonry1

As Potências do Eixo e a Maçonaria


A Segunda Guerra Mundial foi uma guerra Fascista financiada pelos interesses
Maçônicos Ingleses contra a Maçonaria Francesa. Em todas as nações conquistadas
pelos Nazistas, a Irmandade continental era obliterada. As potências do Eixo - Alemanha,
Itália e Japão - quase destruíram a Conspiração Maçônica Templária.

Mussolini foi o primeiro a subir ao poder e o primeiro a proibir a Maçonaria. Em


13 de fevereiro de 1923, o Grande Conselho Fascista decidiu que, desde que "os Ma-
çons perseguem um programa e empregam métodos contrários aos que inspiram toda a
atividade do Fascismo, o Conselho insta os Fascistas Maçons a escolher entre serem
membros do Partido Fascista Nacional e da Maçonaria. "2 A Mackey's Encyclopedia of
Freemasonry registra a hostilidade do Fascismo Italiano em relação à Maçonaria:

No final de 1923, os jovens Fascistas começaram a queimar, saquear e destruir


as lojas e seu mobiliário - mesmo em Milão. Em 10 de janeiro de 1925, o Parlamento
proibiu a Fraternidade. Em um debate sobre o projeto de lei, Mussolini trovejou: "O proje-
to de lei demonstrará que a Maçonaria está desatualizada e não tem mais o direito de
existir no presente século."3

Em 10 de janeiro de 1925, presumivelmente a atividade Maçônica cessou na


Itália. A Loja, no entanto, planejou secretamente o assassinato de Mussolini. Em 5 de
novembro de 1926, o General Luigi Capello, que se recusou a renunciar à Maçonaria, foi
preso e acusado de ser o mentor por trás da trama. A Mackey's Encyclopedia relata que

587
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Capello foi levado a julgamento na primavera de 1927 e condenado a uma prisão de


trinta anos, os seis primeiros em confinamento solitário. Quase imediatamente, a polícia
secreta prendeu o Grão-Mestre Torrigiani, o julgou em tribunal secreto e baniu-o de
morrer de fome em uma das ilhas Lipari, a ser seguido mais tarde por algumas centenas
de outros Maçons .... Quando Mussolini abriu a Segunda Guerra Mundial com a invasão
da Abissínia, a Maçonaria Italiana tornou-se completamente obliterada - por enquanto.

A guerra de Hitler contra a Loja começou quatro anos após a de Mussolini. A


Mackey's Encyclopedia relata que "[E]m 1927, Joseph Goebbels montou uma exposição
em Berlim para exibir itens de decoração, móveis, livros, etc., retirados dos quartos da
Loja Maçônica ... Em 1933, e em quase uma de suas primeiras declarações como primei-
ro ministro da Prússia, Hermann Goering declarou que 'na Alemanha Nacional-Socialista
não há lugar para a Maçonaria’.”5 No outono de 1935, Wilhelm Frick (1877-1946), Minis-
tro do Interior de Hitler de 1933-1943, sob o decreto do Presidente von Hindenburg de
agosto, que alegava terem as lojas Maçônicas se envolvido em "atividades subversivas",
pedia a dissolução imediata de todas as lojas na Alemanha e ordenava o confisco de
suas propriedades.6

Durante um desfile de rua da Camisa Marrom em Berlim, Maçons foram trans-


portados através das ruas em uma gaiola, como animais. Quantos foram assediados,
espancados até a morte, assassinados, executados ou enviados para campos de con-
centração na Alemanha nunca pode ser conhecido. Em 28 de agosto de 1939, o jornal
Nazista Voelkischer Beobachter relatou um discurso de Rudolph Hess que este fizera
dois dias antes em Graz, que incluía a declaração "Judeus e Maçons querem uma guerra
contra essa Alemanha odiada, contra a Alemanha na qual eles perderam seu poder. "No
início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, cerca de 700 lojas na Alemanha haviam
sido destruídas e 100.000 Maçons Alemães haviam desaparecido.7

Em março de 1938, um ano antes do início da Segunda Guerra Mundial, as tropas de


assalto marcharam para a Áustria. Ao entrar em Viena, Hitler aboliu a Maçonaria e envi-
ou 90% dos Maçons para o campo de concentração de Dachau, ou os mataram. Muitos
eram Judeus. As tropas então saquearam o ouro dos bancos Austríacos e o embalaram
em cofres controlados pelo Banco de Pagamentos Internacionais (BIC). De Viena, o ouro
foi enviado para a Suíça.9

Após a ocupação Alemã da Áustria, Hitler fez de Artur von Seyss-Inquart o Mi-
nistro da Defesa e, mais tarde, naquele ano, governador do território Austríaco. (Em
1918, Seyss-Inquart formou uma sociedade secreta anti-Judaica e anti-Maçônica que se
assemelhava à Maçonaria, tendo vários graus com votos secretos.)10

588
______________________________________________________________CAPÍTULO 23

Hitler escolheu a Áustria como sua primeira conquista para que ele pudesse
tomar posse da lendária Lança do Destino. O Rev. Church diz que com isso Hitler acredi-
tava que "ele poderia governar o mundo. Em 13 de outubro, a Lança, juntamente com a
coroa do Santo Império Romano, foi levada para Nuremberg, o centro do movimento
Nazista, e colocada no salão da Igreja de Santa Catarina."11

Então, os Nazistas marcharam para a Tchecoslováquia. O Dr. Edvard Benes,


Maçom do Grande Oriente, presidente daquela nova república de 1935 a 1938, recebeu
ingenuamente Hitler como preferível aos Habsburgs Merovíngios, os antigos governan-
tes. Em 15 de março de 1939, Hitler seguiu suas tropas de assalto até Praga, prendeu os
diretores do Banco Nacional da República Tcheca e segurou-os à mão armada, exigindo
seus US$ 48 milhões em reservas de ouro - ouro que não foi encontrado nos cofres do
banco. Banqueiros nervosos disseram a Hitler que, dias antes, o BIC havia instruído o
banco Tcheco a encaminhar o ouro para o Banco da Inglaterra. Montague Norman, go-
vernador do Banco da Inglaterra e um partidário de Hitler, já havia feito uma transferência
em papel do ouro para Berlim "para uso na aquisição de materiais estratégicos essenci-
ais para uma guerra futura", relata Higham.12

Depois de saber que o ouro Tcheco estava seguro, Hitler fechou todas as lojas
Maçônicas, confiscou suas propriedades, prendeu seus membros e matou seus líderes,
muitos dos quais eram Judeus. Benes fugiu para a França, depois para a Inglaterra.

A Fraternidade foi igualmente destruída na Grécia. Em abril de 1940, os Nazis-


tas fecharam as lojas na Holanda e confiscaram seus imóveis. As jóias Maçônicas e
aventais de couro recolhidos nas lojas foram enviados para Berlim e usados para fazer
bens militares. Os Nazistas, então, "prenderam centenas de Maçons, entre os quais um
número de Oficiais da Grande Loja que cometeram suicídio sob tortura".13

Nesse mesmo mês, os Maçons sofreram punições iguais na Bélgica. Raoul En-
gel, ex-Grão-Mestre da Grande Loja da Bélgica e Georges Petre, Grão-Mestre do Rito
Escocês da Bélgica, estavam entre os onze dos doze Maçons do 33º grau assassinados.
Um total de 112 Maçons foram mortos durante a ocupação Nazista. As propriedades
deles foram confiscadas e o resto de seus membros presos. A reserva em ouro foi envi-
ada ao banco central da França e depois transferida para o Reichsbank. Do Reichsbank,
ele foi enviado ao BIC, na Basileia.15

O Norueguês Vidkun Quisling (1887-1945), que fundou seu próprio partido polí-
tico, a União Nacional, com uma plataforma que apelava à supressão do comunismo e
da libertação do trabalho norueguês do sindicalismo, foi o principal colaborador Nazista
na conquista da Noruega, em 1940. Os Nazistas o proclamaram único chefe político da
Noruega e chefe do conselho estadual de 13 comissários dominados pelos Nazistas.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Nessa posição, ele tomou o belo Templo Maçônico em Oslo e o converteu em um quartel
para oficiais, arruinando-o para uso Maçônico. Ele ordenou que toda a biblioteca e per-
tences fossem enviados para a Alemanha. Após a guerra, ele foi julgado pelos tribunais
Noruegueses. Ironicamente, o julgamento, a fim de acomodar mais espectadores, foi
realizado em uma antiga sala Maçônica. Ele foi condenado e fuzilado em 1945.16

Na Polônia, Romênia, Iugoslávia e Dinamarca, os Alemães realizaram o mesmo


programa de supressão, confisco, prisão, tortura e execução de Maçons. E o terrorismo
muitas vezes também se estendia às famílias dos Maçons.17 Como muitos Maçons eram
Judeus, a imprensa mundial começou a acusar Hitler de perseguir apenas os Judeus. A
imprensa falhou em diferenciá-los como Maçons e, é claro, falhou em mencionar o fato
de que os Maçons Gentios sofreram o mesmo destino. No total, os Nazistas, delibera-
damente, assassinaram onze milhões de pessoas, das quais seis milhões eram Ju-
deus.18

Quando os Alemães entraram na França, em 1940, confiscaram propriedades


Maçônicas, saquearam fundos, queimaram prédios Maçônicos, mataram centenas de
Maçons, prenderam mais de milhares e enviaram dezenas de milhares para campos de
trabalho no Reich. Antes das tropas deixarem Paris, confiscaram a grande biblioteca
Maçônica da cidade que carregaram para Berlim, onde foi queimada.19 Quanto à reserva
de ouro da França, não foi tocada, uma vez que seu banco central era membro do BIC.

Hitler estabeleceu um governo fantoche na França ocupada, em Vichy. O Ge-


neral Philippe Petain, premiê de Vichy na França, anunciou que "nenhum dignitário Ma-
çônico poderia ocupar o cargo ou manter comissões do exército".20 Bernard Fay, autor
Francês em 1935 de Revolution and Freemasonry, 1680-1800 e professor de civilização
Americana no College de France, publicou documentos e listas de Maçons Franceses,
que resultou em deportação ou morte de milhares deles.21 Quando o embaixador na
Inglaterra, Joseph P. Kennedy, ouviu falar da atividade em Vichy, pediu uma reunião com
Goering naquela cidade. Kennedy, um Católico, era anti-Maçônico. Após a reunião, o pai
do 35º presidente dos Estados Unidos doou uma quantia considerável de dinheiro para a
causa Alemã.22

Em fevereiro de 1942, Hitler publicou seu decreto oficial contra a Maçonaria:

Maçons e inimigos ideológicos do Nacional-Socialismo que estão aliados com


eles, são os criadores da atual guerra contra o Reich. A luta espiritual, de acordo com o
plano contra esses poderes, é uma medida que necessita de uma guerra. Portanto,
ordenei ao Reichsleiter Alfred Rosenberg que realizasse essa tarefa, em cooperação
com o Chefe do Alto Comando das Forças Armadas. Ele tem o direito de explorar biblio-
tecas, arquivos, lojas e outros itens ideológicos e todos os tipos de estabelecimentos

590
______________________________________________________________CAPÍTULO 23

culturais de material adequado e confiscar tais materiais para as tarefas ideológicas do


N.S.D.A.P. em trabalhos de pesquisa científica. Os regulamentos para a execução desta
tarefa serão emitidos pelo Chefe do Alto Comando das forças armadas de acordo com
Reichsleiter Rosenberg.23

Em 1º de março de 1942, Hitler ordenou que Rosenberg apreendesse todas as


bibliotecas e materiais encontrados em lojas Maçônicas nos países ocupados.24 Anos
depois, os Nazistas foram acusados de queimar livros de história e literatura em grandes
fogueiras nas ruas de Berlim, quando, na realidade, eles estavam queimando as bibliote-
cas e materiais Maçônicos confiscados dos países ocupados.

Como na Itália e na Alemanha, também no Japão. A Mackey’s Encyclopedia of


Freemasonry confirma que "no Japão, China, Ilhas Filipinas, Cingapura, Malásia, Birmâ-
nia, Tailândia e Indochina eles [os Japoneses] destruíram Maçons e edifícios Maçônicos
com a mesma ferocidade que seus aliados Teutônicos."25

O governo Japonês ficou alarmado com a Maçonaria depois de uma investiga-


ção Imperial, em 1936. Ele chamou a Maçonaria de uma "organização de um mundo
misterioso”. O Clube Maçônico Kobe, de 65 anos, era visto como "uma sociedade secre-
ta da Judéia, que tem retratado um fantasma de um mundo misterioso".26 O jornalista
Investigativo Paul Fisher descreve a organização das lojas Maçônicas Japonesas:

O Clube Maçônico de Kobe surgiu em estrita privacidade. O clube foi criado a


partir de várias lojas, como a Loja Sol Nascente, e a Loja Hyogo e Osake (Escocês). A
maioria dos principais residentes estrangeiros da Inglaterra, América, França, Suíça,
Suécia e Dinamarca "se afiliaram secretamente ao clube", que tinha como objetivo prin-
cipal "provocar uma revolução mundial".27

Antes do Congresso dos Estados Unidos declarar guerra ao Japão, em 7 de


dezembro de 1941, dez Maçons Americanos foram forçados a deixar o Japão. Em outu-
bro de 1942, A revista New Age do Rito Escocês publicou um artigo de um dos dez.
Fisher diz: "O autor anônimo do artigo falou sobre o rigor com que o governo japonês
investigou a Maçonaria. 'Nada foi deixado por fazer ou invisível por eles dentro das ca-
pacidades dos responsáveis.’"

Como na Itália, Alemanha e Japão, também ocorreu na Espanha. A Guerra Civil


Espanhola, de 1937 a 1939, estava em retaliação pela sangrenta Revolução Espanhola
Maçônica de 1930. Em 1930, Stalin enviou comunistas à Espanha como técnicos para
ajudar a revolução vacilante. Todos eram Maçons do Grande Oriente. Entre eles estava
Bela Kun, a líder sanguinária da Revolução Húngara do Grande Oriente. Esses Bolche-
viques planejaram sua estratégia dentro das protegidas paredes das lojas Espanholas.29

591
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O método usado por esses comunistas revolucionários para fortalecer a Revolução Es-
panhola era idêntica à da Revolução Bolchevique - o massacre de Espanhóis. Além
disso, eles destruíram obras-primas de arte e arquitetura, que todo o ouro do mundo não
podia reconstruir, enquanto um grande número de realizações intelectuais também foi
destruído.30 Por esses meios brutais, os sitiados Maçons Espanhóis do Grande Oriente
foram fortalecidos.

Em 10 de dezembro de 1931, o Official Bulletin of the Spanish Grand Orient


anunciou "Após uma Monarquia Jesuíta, é natural que uma República Maçônica atue
como um libertador... Hoje, os Maçons estão no poder, e já era tempo deles estarem".
Em 1932, porém, os novos políticos Maçônicos começaram a se dividir em várias fac-
ções políticas. O Boletim do Grande Oriente de setembro tentou uni-los, explicando que
os debates políticos "devem ser realizados em espírito de absoluto respeito para as
visões políticas dos irmãos Maçônicos, sem o menor traço de espírito partidário, mas
apenas para a defesa dos grandes princípios de nossa Augusta Ordem".32 O Conde de
Poncins conta por que a Revolução Espanhola do Grande Oriente se transformou em
uma guerra civil:

Como a maioria das revoluções Européias desde 1917, esta começou sob o
slogan do liberalismo e da democracia. Logo provocou desordem, conflitos sociais, caos,
e finalmente deixou todos os outros partidos de esquerda nas garras do Comunismo.
Ainda sob a Frente Popular, a aliança dos Maçons e os partidos de esquerda, incluindo o
Comunismo, manteve-se firme durante toda a revolução até que, finalmente, foi destruí-
da pelo levante Nacionalista Espanhol.33

A Frente Nacionalista Espanhola, que quebrou as costas da revolução, foi lide-


rada pelo General Francisco Franco. Quando Franco tirou o poder dos Comunistas do
Grande Oriente, leis anti-Maçônicas foram aprovadas e "pertencer a uma loja automati-
camente redundava em prisão por dez anos, mais tarde alterado para doze anos. Em
uma cidade... 80 homens foram enforcados em seis andaimes por serem Maçons; em
outra, 50 foram obrigados a cavar uma vala e depois foram baleados e enterrados ne-
la."34

Franco era um Monarquista firme, planejando devolver o Rei Alfonso XIII ao


trono. Mas o rei morreu em 1941, logo após abdicar de seus direitos em favor de seu
terceiro filho, Don Juan.35 Quanto à participação de Franco na Segunda Guerra Mundial,
ele permaneceu neutro depois que ganhou o controle da Espanha, mas mostrou simpatia
pela causa Nazista, ao abrir suas fronteiras às tropas de Hitler para descanso e relaxa-
mento.

592
______________________________________________________________CAPÍTULO 23

Franco parecia ser um agente do Priorado de Sião. Em 1954, Don Juan e Fran-
co chegaram a um acordo que Dom Juan renunciaria a Juan Carlos, seu filho mais velho,
a posição de pretendente ao trono espanhol. Em julho de 1969, Franco designou Juan
Carlos como seu herdeiro legal e o futuro rei da Espanha.36 Quando Franco morreu, em
1975, o rei Juan Carlos I subiu ao trono e, em 22 de novembro de 1975, fundou uma
monarquia constitucional. Carlos, um Merovíngio, reivindica o título de "Rei de Jerusa-
lém!"

Franco, Hitler e Mussolini tiraram os reinados de governo da Maçonaria Tem-


plária do Grande Oriente em seus respectivos países e, então, aniquilaram a Irmandade
em toda a Europa. Apenas Franco e Mussolini planejavam devolver o domínio à seus
soberanos Merovíngios. Franco teve sucesso em seu objetivo de proteger a linhagem do
Graal na Espanha, principalmente porque ele evitou a guerra com a oligarquia Maçônica
da Grã-Bretanha.

A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry conclui: "A Fraternidade Maçônica


tem uma memória longa... mas não tem em sua memória nenhum martírio como o da-
queles anos; e espera-se que nunca mais volte a ter: mas terá uma longa memória no
futuro, também, e daqui a mil anos não terá esquecido a Espanha, e a Grécia, e a Ho-
landa, e a França, e a Itália de 1940 d.C."37

O "Projeto Hitler" Falhou


Podemos determinar como o "Projeto Hitler" falhou examinando certas evidên-
cias dos Julgamentos de Nuremberg após a Segunda Guerra Mundial. O banqueiro
Nazista e reservado Maçom da Grande Loja Hjalmar Schacht testemunhou que havia
tentado unir os banqueiros da oligarquia "para se juntar ao Reich Alemão Maior em uma
guerra contra a União Soviética."38 O plano envolvia uma cruzada continental anti-
Bolchevique, mas Hitler não teve parte nessa conspiração. Ele viu isso como dirigido
contra a supremacia Alemã e enfureceu-se contra aqueles que ousavam descrever sua
guerra contra a União Soviética como a Guerra da Europa. Em um esforço para fazer
seus adversários Maçônicos entenderem sua intenção, Hitler usou sua própria terminolo-
gia ao explicar: "Não estamos lutando por um nova ordem Européia, mas pela defesa e
segurança de nossos interesses vitais".39

Em vez da Alemanha entrar em guerra com a Rússia, como os da Mesa Re-


donda da Maçonaria Inglesa esperavam, em 23 de agosto de 1939, von Ribbentrop
assinou um pacto de não agressão com Stalin e Vyacheslav Molotov, comissário de
Relações Exteriores. A recompensa de Stalin era metade da Polônia. Parecia que o
Cliveden Set havia sido duplamente encenado. Quando Hitler e Stalin invadiram a Polô-
593
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

nia, em 1º de setembro de 1939, gostando ou não, a Grã-Bretanha mergulhou na Se-


gunda Guerra Mundial. Um tratado com a Polônia a obrigou, com a França, declarar
guerra à Alemanha Nazista, em 3 de setembro de 1939.40

No início de outubro, Stalin elogiou o fato da Rússia ter frustrado os planos anti-
Bolcheviques da Maçonaria Inglesa com o Pacto de Hitler-Stalin.41 No final do mês, Molo-
tov disse a respeito da declaração de guerra de Londres e da França contra a Alemanha:
"não é apenas sem sentido, mas também criminoso travar uma guerra para acabar com
o Hitlerismo e disfarçar isso como uma luta pela democracia."42

Em 10 de maio de 1940, Hitler abriu sete semanas de Blitzkrieg (guerra relâm-


pago), a qual abrangeu a queda dos Países Baixos e da Bélgica até o final de maio, e da
França até 22 de junho.

Os Britânicos ficaram horrorizados com o colapso da França. Hitler declarou


publicamente, no entanto, que ele não queria guerra com a Grã-Bretanha. Desmond
Seward, em Napoleon and Hitler (1989) nos informa que Hitler queria fazer as pazes com
a Inglaterra, garantindo "a sobrevivência do Império Britânico, que concordava com suas
próprias filosofias raciais e históricas."43

Nessa época, o Pacto de Hitler-Stalin estava com sérios problemas. Enquanto


Hitler estava invadindo a Europa Ocidental, Stalin viu sua chance de expandir seu territó-
rio e tomou a Bessarábia e o norte de Bukovina da Romênia, que alarmaram seriamente
o Führer, um vez que isso ameaçava seus suprimentos de petróleo. Em 18 de dezembro
de 1940, Hitler começou a planejar a Operação Barbarossa, o codinome dado ao ataque
planejado à Rússia. Via Embaixada Americana em Berlim, o reservado Maçom da Gran-
de Loja Hjalmar Schacht, presidente do Reichsbank e ministro da Economia, mantinha
seus amigos Maçônicos Ingleses informados sobre o iminente ataque da Alemanha à
Rússia. Quando a guerra começou em 23 de junho de 1941, a Inglaterra foi forçada a se
aliar à Rússia para o show, mas atrasou a assistência à União Soviética por três meses,
prevendo que a Alemanha poderia conquistar a Rússia dentro de seis semanas.44

Como você se lembra do capítulo anterior, o Maçom Winston Churchill advertiu


o Cliveden Set que, se a Inglaterra tivesse sucesso em empurrar Hitler para o leste, ela
seria forçada a entrar na guerra para conter a Alemanha na frente ocidental. Quando a
análise de Churchill se mostrou correta, ele disse: "Desta vez não deve haver erro. A
Rússia deve ser esmagada."45 O Urso Russo, no entanto, era poderoso demais para
Hitler, e a Maçonaria Inglesa teve que se estabelecer em Yalta.

594
Capítulo 24

YALTA, MAÇONARIA PÓS-GUERRA,


E AS NAÇÕES UNIDAS

[Em Yalta] Havia certos .. Maçons que serviam como intermediários entre Roo-
sevelt e Stalin; isso confirma a enorme influência com que os... Conselheiros Maçônicos
de seu círculo imediato exerceram sobre Roosevelt, e suas tendências Comunistas.1

O Ataque Surpresa a Pearl Harbor?


Quando o Presidente Franklin D. Roosevelt percebeu que Hitler planejava des-
truir a conspiração Maçônica, ele decidiu, sem a aprovação do Congresso, introduzir a
America na 2ª Guerra Mundial. Os Estados Unidos haviam sido provocados pela primeira
vez. Então, um ano antes de Pearl Harbor, Roosevelt notificou a Jurisdição Sul da Maço-
naria do Rito Escocês para inculcar uma mentalidade pró-guerra entre os Maçons Ameri-
canos. A revista Maçônica New Age entrou prontamente em ação para realizar essa
tarefa. Paul Fisher relata a lógica promovida pela New Age para o envolvimento dos EUA
na guerra:

Embora a New Age tenha sido um pouco ambivalente sobre a guerra contra o
Poderes do Eixo antes de 1939, sua militância sobre o assunto galvanizou-se após o
Duque de Kent, irmão do rei reinante, George VI, o qual foi selecionado como Grão-
Mestre da Grande Loja da Inglaterra em 1939.

No final do verão de 1940 [dezesseis meses antes de Pearl Harbor], a [Edição


de agosto] da ‘New Age’ tornou-se uma forte defensora do envolvimento dos EUA na
guerra, a princípio pedindo ajuda direta à Inglaterra, mas depois pressionando pela en-
trada Americana direta no conflito.

Um editorial chamou a Irmandade para "reunir o apoio da Inglaterra, não só


porque esse país é a última fortaleza da Maçonaria na Europa..." O editorial dizia que os
"inimigos" do Ofício [Alemanha Nazista] "teriam motivos para respeitar a influência do
poder militar que poderia se mobilizar neste país", se ele escolhesse fazer tanto.2

595
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Enquanto a revista New Age incentivava os Maçons a criar um público pró-


guerra na América, Roosevelt já havia começado a se preparar para Pearl Harbor. Em
setembro de 1939, logo após a Grã-Bretanha declarar guerra à Alemanha, a Casa Bran-
ca cancelou o tratado comercial dos EUA de 1911 com o Japão. Além disso, nosso go-
verno cortou onze matérias-primas vitais para a máquina de guerra Japonesa. Em de-
zembro de 1939, o embargo foi estendido para cobrir metais leves. Se o Japão não con-
seguisse petróleo, bauxita, borracha e estanho pelo comércio, seria forçado a capturar
áreas que produziam esses produtos. Os Japoneses teriam que atacar as Índias Holan-
desas, que os militares Japoneses sabiam que "levaria inevitavelmente a uma guerra
Americana contra o Japão. Diante desse problema, os militares Japoneses alcançaram o
que lhes parecia ser uma decisão inevitável. Eles decidiram atacar os Estados Unidos
primeiro. A partir disso, veio a decisão do ataque Japonês a Pearl Harbor, em 7 de de-
zembro de 1941."3

Informações de inteligência disponíveis ao governo dos EUA sobre os movi-


mentos da marinha Japonesa e outras forças militares, as instruções do governo Japo-
nês a funcionários da embaixada de Washington, bem como o acordo comercial cance-
lado e o embargo subsequente de matérias-primas essenciais à economia de guerra do
Japão - todos sugerem que o governo dos EUA, ou pessoas nele, tinha um conhecimen-
to maior da probabilidade de guerra com o Japão do que a maioria dos Americanos. O
padrão de avisos ignorados e lapsos coincidentes de segurança no próprio Pearl Harbor
também sugerem uma cumplicidade traiçoeira em algum nível de governo (e militar) do
desastre iminente em Pearl Harbor.

Um ano antes de Pearl Harbor, por exemplo, a inteligência naval Americana


havia decifrado o código Japonês. Um mês antes do ataque, a Casa Branca sabia que as
forças armadas Japonesas estavam se mobilizando e se movendo para o sul. Até 20 de
novembro, o Departamento de Estado estava ciente de que uma força-tarefa da marinha
Japonesa, incluindo quatro dos maiores porta-aviões Japoneses, estavam se movendo
em direção às ilhas Havaianas. Em 27 de novembro, um aviso para se preparar para a
guerra foi enviado de Washington para Pearl Harbor. No entanto, Pearl Harbor não au-
mentou as precauções nem passou para um nível mais alto de atenção.

No final de novembro, as mensagens do Japão para sua Embaixada nos EUA


foram interceptadas pela Inteligência do Exército dos EUA, mostrando claramente que as
negociações entre o Japão e os Estados Unidos eram apenas proforma. No início de
dezembro, a inteligência do Exército sabia que a Embaixada do Japão em Washington
havia sido ordenada a destruir todos os seus códigos e preparar sua equipe para a parti-
da. Na noite de 6 de dezembro, três porta-aviões necessários para a guerra iminente
contra o Japão – Lexington, Enterprise e Saratoga - navegaram de Pearl Harbor para
mar aberto, onde escapariam do ataque. Nas primeiras horas da manhã de 7 de dezem-

596
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

bro, a rede anti-torpedo na entrada de Pearl Harbor foi "descuidadamente" deixada aber-
ta. Cinco mini submarinos, lançados de submarinos Japoneses maiores, entraram e
atingiram o interior do porto. Estes submarinos foram detectados às 3:42 da manhã,
antes de entrarem no porto, mas o aviso não foi enviado até as 6:54 da manhã, senão
somente depois que um foi atacado e afundado.4

Na mesma hora, naquela manhã, um exército alistado detectou no radar um


grupo de aviões não identificados descendo do norte, a 132 milhas de distância, mas seu
relatório foi ignorado. Às 7:30 da manhã, um marinheiro alistado notou vinte e quatro
aviões a cerca de uma milha de seu navio. O relatório dele foi ignorado. "Na próxima
meia hora, essas chegadas antecipadas dos aviões Japoneses se juntaram a outras e,
às 7:55 da manhã, o ataque começou."5 No dia seguinte, o "Irmão" Roosevelt pediu ao
Congresso que declarasse guerra ao Japão.

Maçonaria Pós-Guerra no Japão


A Constituição do Japão proibia qualquer pessoa de ingressar na Maçonaria. O
General Maçom 33º Douglas MacArthur estava certo de que Hitler havia envenenado as
mentes dos Japoneses contra a ordem Maçônica. Ele prometeu a si mesmo "que se e
quando ele chegasse ao Japão, ele garantiria que tal proibição fosse eliminada de qual-
quer futura Constituição."6

O status dos Maçons no Japão mudou drasticamente com a derrota Japonêsa.


Quando MacArthur se tornou Comandante Supremo no Japão do pós-guerra, ele infor-
mou a George M. Saunders, 33º grau, Gravador Imperial do Santuário da América do
Norte, que seu Governo de Ocupação no Japão "estava moldado nos preceitos da Ma-
çonaria."7

A primeira ordem do General de cinco estrelas foi reabrir as lojas Maçônicas em


todo o Japão. A maioria dos generais escolhidos a dedo por MacArthur e muitos dos
homens de nível inferior, que estiveram em posições-chave durante a ocupação, eram
Maçons. O assessor de MacArthur, Major Michael Rivisto, foi nomeado primeiro Grão-
Mestre da Loja de Tóquio pelo Supremo Conselho Maçônico em Charleston, S.C. O
Soberano Grande Comandante da Jurisdição Sul da Maçonaria do Rito Escocês confir-
mou que todos, exceto um, dos sucessores do General MacArthur eram Maçons ativos e
membros do Rito Escocês. Desde então, os Japoneses concluíram que a Maçonaria
tinha muito a ver com o sucesso da ocupação. Em 1955, Kashi Komatsu, Maçom e Shri-
ner do 32º grau, foi o primeiro Japonês nativo a se tornar mestre de uma loja Maçônica
no Japão. No mesmo ano, Ichiro Hatoyama, o Primeiro Ministro do Japão, foi elevado
como Mestre Maçom.8
597
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A "Solução Final" de Hitler


De acordo com a Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry, Hitler inicialmente
pretendia eliminar os Maçons, não os Judeus. Hitler assumiu que, ao matar todos os
Maçons, eliminaria a conspiração Judaico-Maçônica. Até a segunda metade da guerra,
ele não incorporara como prioridade sua "Solução Final", que foi a matança generalizada
de Judeus.9 Durante esse período, cerca de seis milhões de Judeus foram sacrificados a
Escarlate e sua criação Nazista.

No verão de 1941, enquanto a Alemanha preparava seu ataque "surpresa" à


Rússia, e o Japão seu ataque a Pearl Harbor, Hitler convocou Himmler e ordenou que
ele estivesse pronto para "realizar a Solução Final da questão Judaica". A Conferência
de Wannsee, realizada para planejar a "Solução Final", estava marcada para 20 de janei-
ro de 1942 - 44 dias após Pearl Harbor.10

O momento da "Solução Final" aparentemente coincidiu com a entrada da Amé-


rica na guerra. Como aliado do Japão, Hitler sabia o problema que os Japoneses esta-
vam tendo com o embargo de aço e petróleo dos Estados Unidos. Ele estava ciente das
negociações em andamento entre o Japão e os Estados Unidos para aliviar as tensões
entre os dois países. Mas a guerra parecia inevitável.

Hitler e a Frente Russa


Enquanto isso, no verão de 1940, para consternação do mundo, Hitler ultrapas-
sou a França. O Führer estava convencido de que a Grã-Bretanha agora faria as pazes.
A Inglaterra, desejando empurrar a Alemanha para o leste, recusou; Hitler cometeu seu
primeiro erro fatal. A "Operação Sealion" - o codinome do ataque à Grã-Bretanha - foi
corrigido para 21 de setembro de 1940.11

Nesse mesmo mês, Hitler e Stalin estavam negociando o Pacto Tripartite (en-
volvendo Alemanha, Itália e Rússia) para dividir a Europa. As muitas exigências de Sta-
lin, no entanto, irritaram Hitler e, em retaliação, ele decidiu atacar a Rússia. O nome do
código para este ataque foi "Operação Barbarossa”. O Maçom reservao Hjalmar
Schacht, banqueiro líder e ministro da economia de Hitler, conscientizou a Inglaterra do
plano do Führer. A batalha de Hitler com a Grã-Bretanha terminou em 22 de junho de
1941, no dia em que a "Operação Barbarossa" começaria.

Em 12 de julho de 1941, a Inglaterra fez uma demonstração falsa de apoio à


Rússia, assinando uma aliança que obrigava a assistência militar. Stalin imediatamente

598
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

exigiu que os Britânicos invadissem a Europa Ocidental para aliviar a Rússia do avanço
Alemão na frente oriental. Londres parou, convencida de que Hitler conquistaria a União
Soviética em seis semanas, eliminando assim a ameaça Comunista. Quando a guerra se
arrastou por três meses, Stalin fez mais exigências. Para apaziguar, os Estados Unidos
assinaram um acordo com os Soviéticos no final de setembro para enviar armas milita-
res.12 A "Operação Barbarossa" se arrastou até o inverno Russo começar e derrotar
Hitler. A Maçonaria Inglesa, percebendo que seu plano de destruição da União Soviética
pelas mãos dos Nazistas estava condenado, começou a se preparar para um acordo em
Yalta.

Os Maçons e Yalta
Em 1941, a Inglaterra e os Estados Unidos eram as únicas grandes nações
com lojas Maçônicas em funcionamento. As lojas na Europa, África e Oriente haviam
sido dizimadas. Não havia lojas na Rússia desde meados da década de 1920, quando a
União Soviética, com efeito, as havia transformado em uma colossal loja Maçônica, com
um tipo de iniciação Maçônica transferida para o Partido Comunista. Rússia, Inglaterra e
Estados Unidos, portanto, eram os únicos poderes Maçônicos que restavam na terra.
Juntos, os três conspiraram para destruir Hitler e dividir a Europa entre o leste e o oeste.
De Poncins lê os eventos em Yalta da mesma maneira, descrevendo a Conferência
como um "exemplo da origem de um segredo Maçônico de uma decisão política [desas-
trosa]".13

O Acordo de Yalta não era uma ideia de Franklin Roosevelt ou Winston Chur-
chill. Esses dois Maçons poderosos estavam discutindo secretamente a restauração dos
tronos dos Habsburg no pós-guerra. Ambos consideraram o colapso do sistema monár-
quico como um dos principais fatores que levaram ao aumento do totalitarismo e, especi-
almente, ao fenômeno do Nazismo. Eles concordaram que a restauração dos tronos era
o melhor meio de manter unida a concha despedaçada da Europa do pós-guerra. Eles
falaram em restaurar os Habsburgs aos tronos da Áustria e da Hungria, com Otto von
Habsburg presidindo uma forma de confederação imperial do Danúbio. Segundo Otto
von Habsburg, "eles também discutiram a possibilidade de instalar o Lorde Louis
Mountbatten como imperador de uma nova confederação Alemã."14

Roosevelt e Dr. Benes


Para testar a reação Maçônica a uma restauração monárquica, Roosevelt e
Churchill vazaram a informação para alguns poderosos Maçons do Grande Oriente no

599
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

exílio. Um deles era o Dr. Edvard Benes, presidente exilado da Tchecoslováquia e líder
indiscutível da Pequena Entente de um grupo de Estados. Como democrata de idéias
muito avançadas - que incluíam uma justificativa para o Comunismo - Benes foi um ator
importante na política internacional. E, como Maçom fanático, ele travou uma guerra
Maçônica contra os Habsburgs a vida inteira. De fato, em 1938, quando confrontado com
a invasão Nazista de sua própria Tchecoslováquia, ele disse: "Mais Hitler do que os
Habsburgs".15 Sua fé no Fuehrer provou ser um erro, pois Hitler fechou as lojas e matou
ou prendeu os Maçons.

Benes fugiu para a França, onde estabeleceu um comitê nacional da Tchecos-


lováquia, que se mudou para Londres em 1939. Em Londres, ele assumiu a presidência
de um governo provisório no exílio. Em 1943, ele cimentou a antiga Tchecoslováquia de
relações amistosas com a União Soviética através de uma aliança com esse país.

Foi em 1939, quando ele chegou a Londres, que ouviu pela primeira vez o boa-
to da restauração dos tronos dos Habsburgs no pós-guerra. Ele ficou horrorizado. Um
defensor feroz e dedicado aliado de Stalin, Benes preferiria ter a Tchecoslováquia no
pós-guerra um satélite da União Soviética do que um reino governado por um Habsburg.
Esse político "brilhante" colocou muita confiança em Stalin, como ele tinha em Hitler.16

Benes também teve considerável influência sobre Roosevelt, sendo ambos Ma-
çons. Na tentativa de acabar com o acordo de Churchill-Roosevelt para uma Europa
monárquica pós-guerra, Benes pediu uma reunião com o Presidente para discutir um
plano alternativo.17 O resultado foi "a preparação e conclusão do acordo de Yalta ".18

O Dr. Benes instou Roosevelt a não cancelar os avanços feitos pela Maçonaria
do Grande Oriente , apoiando a proposta absurda de restaurar tronos. Ele queria que
Roosevelt desse uma chance ao comunismo. Benes argumentou que o comunismo era
melhor do que o absolutismo, oferecendo a União Soviética como exemplo. Ele tinha
estudado Stalin, disse Benes, e o conhecia pessoalmente. Stalin podia ser confiável. Não
tinha ele quebrado Hitler? O "irmão" Stalin também ajudaria a destruir o Nazismo se lhe
fosse oferecida metade da Europa.19

Benes sugeriu a Roosevelt que lhe fosse permitido visitar o "irmão" Stalin e ne-
gociar os termos de um contrato. Roosevelt concordou, mas Churchill firmemente obje-
tou.

Em 17 de abril de 1948, um artigo de Demaree Bess apareceu no The Saturday


Evening Post intitulado "O acordo secreto de Roosevelt condenou a Tchecoslováquia".
Bess havia entrevistado o Dr. Benes durante a guerra, e este trecho de seu relato desses
eventos destaca a suprema confiança de Benes em Stalin:

600
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

Eu tive uma longa conversa com [Benes] ... durante a primeira guerra Russo-
Finlandesa ... O pacto Hitler-Stali ainda estava em vigor, mas o Dr. Benes me disse que
havia mandado uma mensagem para o Presidente através de um intermediário America-
no, exortando-o a não perder a fé em Stalin.

Quando a ruptura entre Hitler e Stalin chegou, no verão de 1941, o doutor Be-
nes estava naturalmente satisfeito, como todos os estadistas aliados.

O Presidente Roosevelt, desconsiderando as objeções de Churchill, tornou


possível ao Doutor Benes visitar Moscou. O líder Tcheco teve duas longas conversas
com o próprio Stalin. O resultado foi um tratado de aliança, assinado em 12 de dezembro
de 1943. Os dois países concordaram em se unir contra qualquer possível agressão
Alemã futura. O Dr. Benes prometeu suprimir todos os grupos organizados anti-Russos
na Checoslováquia após a libertação desse país. Stalin, por sua vez, pessoalmente
garantiu que a Rússia não interferiria no desenvolvimento do pós-guerra da Tchecoslo-
váquia. Quando o pacto foi anunciado em uma conferência conjunta, o Dr. Benes enfren-
tou o líder Russo diretamente e disse: "Sr. Stalin, tenho total confiança em você. Assi-
namos um acordo de não interferência em assuntos domésticos e eu sei que você vai
ficar com isso."20

O artigo do Saturday Evening Post conta como Roosevelt procurou a orientação


de Benes para lidar com Stalin:

O relato a seguir de como o Presidente Roosevelt e o Dr. Benes trabalharam


juntos na formulação de políticas Russas em tempo de guerra foi contado a mim pelo
próprio Dr. Benes, em várias conversas que tive com ele durante e desde a guerra.

A história começa na primavera de 1939, vários meses antes do início da guer-


ra. O estadista Tcheco primeiro procurou refúgio em Londres, mas depois de alguns
meses ele visitou os Estados Unidos ... e uma reunião secreta foi organizada em um final
de semana na Casa de Roosevelt, em Hyde Park.

O Sr. Roosevelt sabia que o Dr. Benes era um estudante próximo de assuntos
Russos, e que ele conhecia pessoalmente Stalin.

"A principal questão em minha mente", disse Roosevelt, "é como conseguir um
acordo com os Russos que vai permanecer. Alguns dos meus conselheiros dizem que
isso é impossível. Eles insistem que não se pode confiar nos Russos para manter qual-
quer acordo se virem uma vantagem para si mesmos em quebrá-lo. O que você pensa
sobre isso?"

601
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O líder Tcheco respondeu com confiança: "Pensei muito e cuidadosamente


nesse assunto. Estudei e reexaminei as ações do Governo Soviético desde que foi fun-
dado, e principalmente desde que Stalin subiu ao poder. E é minha opinião considerada
que, se o próprio Stalin promete sua palavra pessoal, pode ser totalmente confiável."

Hoje, enquanto reunimos o recorde dos anos de guerra agitados, parece que o
Sr. Roosevelt estava totalmente convencido pela conclusão do Dr. Benes, e doravante, a
política do Presidente em relação à Rússia deveria basear-se em sua confiança na pala-
vra pessoal de Stalin. Isso explica seu intenso desejo de conhecer Stalin cara a cara,
primeiro em Teerã e depois em Yalta.21

A revista Life, de 27 de setembro de 1948, relatou a quase sublime confiança


do Presidente Roosevelt em Stalin. Para William C. Bullitt, ex-embaixador dos Estados
Unidos em Paris, o Presidente disse: "Bill, acho que se eu der a ele [Stalin] tudo pelo que
eu possivelmente não venha pedir nada em troca, nobreza obrigada, ele não tentará
anexar qualquer coisa e trabalhará comigo por um mundo de democracia e paz ".

Depois, Bullitt relatou sua resposta ao Presidente Roosevelt da seguinte forma:


"Lembrei ao Presidente que quando ele falou de nobreza obrigada ele não estava falan-
do do Duque de Norfolk, mas de um bandido Caucasiano, que só pensaria, ao conseguir
algo em troca de nada, era que o outro sujeito fosse burro, além do que Stalin acreditava
no credo Comunista, o qual exige a conquista do mundo pelo Comunismo".22

Yalta: A Pax da Maçonaria Universal


Através de todas essas conversas, a participação da França, a sede da Maço-
naria do Grande Oriente, nunca foi considerada - por pelo menos três importantes ra-
zões. Primeiro, a atividade da França durante a Primeira Guerra Mundial era menor que
a Maçônica, pois o governo de Vichy havia tomado o partido dos Nazistas em proibir a
Irmandade. Segundo, por criar uma besta Bolchevique mais poderosa, a França havia
perdido seu prestígio no Grande Oriente para a União Soviética. A terceira e talvez mais
significativa razão pela qual os Aliados excluiram a França de participar de Yalta era a
auto-preservação.

Durante dois séculos, a Europa tem estado em conflito porque as sedes das
duas Maçonarias - Paris e Londres - estão muito próximas. Seria do interesse da Maço-
naria Inglesa se a base de poder do Grande Oriente comunista se deslocasse para uma
parte remota da terra – digamos, para Moscou. Feito isso, a paz mundial poderia seguir e
os desejados Estados Unidos da Europa de Sião poderiam ser realizados sob o capita-
lismo Britânico, se o comunismo Francês fosse subjugado.
602
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

O Acordo de Yalta, então, era ostensivamente um plano para manter a paz den-
tro da Maçonaria Universal. O Grande Oriente da Rússia, e não o Grande Oriente da
França, deveria compartilhar o mundo igualmente com a Maçonaria Inglesa e Americana.
O Conde De Poncins explica por que a América foi o árbitro lógico entre as duas Maço-
narias:

A Maçonaria nos Estados Unidos, mantendo suas relações de união e amizade


com a Grande Loja da Inglaterra, ocupa uma posição intermediária entre a Maçonaria
Inglesa e os Grandes Orientes da Europa. Alguns de suas filiais estão mais próximas da
concepção Inglesa [Jurisdição Norte, Boston - vulgarmente conhecida como Estabeleci-
mento Oriental] e outros de Europeus, como a Jurisdição Sul, Charleston.23

Nesse entendimento, o Maçom Presidente Roosevelt seria o mediador óbvio


entre Churchill e Stalin.

Yalta alcançaria a harmonia na Maçonaria Universal, dividindo o mundo entre


os três grandes poderes Maçônicos. Nações do bloco ocidental, incluindo a França,
cairia sob a influência da Maçonaria Inglesa. Essas nações seriam conhecidas como o
"Primeiro Mundo" das nações capitalistas. Países do Bloco Oriental, incluindo as posses-
sões orientais longe da França, ficariam sob a influência da União Soviética. Essas na-
ções seriam conhecidas como o "Segundo Mundo" das nações comunistas. Nações em
desenvolvimento seriam conhecidas como o "Terceiro Mundo" ou nações não alinhadas,
e estariam prontas para serem capturadas. A Maçonaria Inglesa e os Grandes Orientes
Comunistas teriam igual oportunidade de capturar qualquer nação do Terceiro Mundo e
colocá-la sob sua esfera de influência Maçônica, exceto aqueles na América Central e do
Sul. O Hemisfério Ocidental não deveria ser influenciado pela Rússia nem pela Grã-
Bretanha, deixando os Grande Orientes e Grandes Lojas da América Latina e do Sul sob
a influência da Maçonaria Américana.24

A França foi recompensada e punida em Yalta. Recompensada por seu Movi-


mento de Resistência Maçonico durante a Segunda Guerra Mundial (mais detalhes de-
pois) e punida por seu governo Vichy anti-Maçônico Por exemplo, alguns dos Estados
Africanos foram colocados sob influência do Grande Oriente Francês, enquanto suas
possessões no extremo oriente foram colocadas sob influência Soviética. O resto das
nações do Terceiro Mundo estava sujeito a serem capturadas pelo poder Maçônico, o
que explica as revoluções do pós-guerra no continente da África e a turbulência política
passada na África do Sul.

603
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A Agenda de Yalta
Os três principais personagens de Yalta (Roosevelt, Churchill e Stalin) eram
Maçons famosos. Ao lado deles estavam apenas altos Maçons políticos e seus conse-
lheiros Maçônicos. A agenda de Yalta incluía: (1) a destruição de Hitler; (2) a divisão da
Europa entre a Maçonaria Inglesa e o Grande Oriente da Rússia; e (3) a cooperação
para unir as três Maçonarias em uma Nova Ordem Mundial, a ser chamada de Nações
Unidas.

Uma carta famosa e extremamente importante descoberta pelo governo espa-


nhol, em Março de 1943, confirma a agenda Maçônica de Yalta. Escrita na Casa Branca,
a carta foi datada de 20 de fevereiro de 1943 e assinada pelo Presidente Franklin D.
Roosevelt. Foi endereçada a um Maçom Judeu chamado Zabrousky, que estava, então,
atuando como oficial de ligação entre o Presidente Roosevelt e Stalin. Diz a carta:

Caro Sr. Zabrousky,

Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha estão prontos, sem reservas, para dar pa-
ridade absoluta à URSS e direitos de voto na reorganização futura do mundo pós-guerra.
Portanto, ela participará (como o Primeiro-Ministro Inglês o deixou saber quando lhe
enviou o primeiro rascunho de Aden) no grupo de direção no coração dos conselhos da
Europa e da Ásia; ela tem direito a isso, não apenas através de sua vasta situação inter-
continental, mas acima de tudo por causa de sua magnífica luta contra o Nazismo, que
ganhará o louvor da história e da civilização.

É nossa intenção - falo em nome de nosso grande país e do poderoso Império


Britânico - que esses conselhos continentais sejam constituídos por todos os estados
independentes em cada caso, com representação proporcional eqüitativa.

E você pode, meu caro Sr. Zabrousky, assegurar a Stalin que a URSS se en-
contrará em pé de igualdade total, tendo a mesma voz dos Estados Unidos e Inglaterra,
na direção dos referidos Conselhos. Igualmente com a Inglaterra e os Estados Unidos,
ela será membro do alto tribunal que será criado para resolver as diferenças entre as
nações, e ela participará da mesma forma e identicamente na seleção, preparação,
armamento e comando das forças internacionais que, sob as ordens do Conselho Conti-
nental, manterão vigilância dentro de cada Estado para garantir que a paz seja mantida
no espírito digno da Liga das Nações. Assim, essas entidades interestaduais e seus
exércitos associados [força policial internacional] estarão aptas para impor suas decisões
e fazer com que sejam obedecidas.

604
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

Sendo assim, uma posição tão elevada na tetrarquia do universo deveria dar a
Stalin satisfação suficiente para não renovar reivindicações capazes de criar problemas
insolúveis para nós.

Dessa maneira, o continente Americano permanecerá fora de toda influência


Soviética e dentro da exclusiva preocupação dos Estados Unidos, como prometemos aos
países do nosso continente.

Na Europa, a França gravitará na órbita Britânica. Reservamos para a França


um secretariado com voz consultiva, mas sem direito a voto, como recompensa por sua
resistência atual e como penalidade por sua fraqueza anterior.

Portugal, Espanha, Itália e Grécia se desenvolverão sob a proteção da Inglater-


ra, em direção a uma civilização moderna que os tirará de seu declínio histórico.

Concederemos à URSS um acesso ao Mediterrâneo; vamos aderir a seus de-


sejos em relação à Finlândia e ao Báltico, e exigiremos que a Polônia mostre uma atitude
criteriosa de compreensão e compromisso; Stalin ainda terá um amplo campo de expan-
são nos pequenos países não iluminados da Europa Oriental - tendo sempre em conta
os direitos devidos à fidelidade da Jugoslávia e Checoslováquia - e ele recuperará com-
pletamente os territórios que foram temporariamente arrebatados da grande Rússia.

O mais importante de tudo: após a partição do Terceiro Reich e da incorpora-


ção de seus fragmentos a outros territórios para formar novas nacionalidades que não
tem ligação com o passado, a ameaça Alemã terminará desaparecendo, na medida em
que seja um perigo para a URSS, para a Europa e para o mundo inteiro.

Turquia - mas não servirá a nenhum propósito útil discutir mais essa questão;
precisa de compreensão total e Churchill deu as garantias necessárias para o Presidente
Inonu, em nome de nós dois. O acesso ao Mediterrâneo artificial para Stalin deveria
contê-lo.

Ásia - estamos de acordo com suas demandas, exceto por quaisquer complica-
ções que possam surgir mais tarde. Quanto à África - novamente, que necessidade de
discussão? Nós devemos devolver algo à França e até compensá-la por suas perdas na
Ásia. Será necessário dar algo ao Egito, como já foi prometido ao Governo Wafdista. No
que se refere a Espanha e Portugal, terão de ser recompensados pelas renúncias ne-
cessárias para alcançar um melhor equilíbrio universal.

Os Estados Unidos também participarão da distribuição por direito de conquista


e eles serão obrigados a reivindicar alguns pontos vitais para sua zona de influência; isso

605
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

é justo. Também o Brasil deve receber a pequena expansão colonial que lhe foi ofereci-
da.

Em vista da rápida aniquilação do Reich, convença Stalin - meu caro Sr.


Zabrousky - que ele deveria ceder, para o bem de todos, na questão das colônias na
África e abandonar toda propaganda e intervenção nos centros industriais da América.
Garanto-lhe também meu completo entendimento e minha total simpatia e desejo de
facilitar essas soluções, o que torna mais oportuno do que nunca a discussão pessoal
que proponho - o acima é apenas um esboço de um plano que se destina a um estudo
mais aprofundado.

Essa é a questão e toda a questão.25

(Assinado Franklin Roosevelt)

Palavras-chave e frases nesta carta revelam sua orientação Maçônica. Exem-


plos: (1) A França foi colocada sob "a órbita Britânica", significando influência Maçônica
Inglesa; 2) A recompensa e a pena da França foram por sua resistência Maçônica (mais
tarde) e por seu governo Vichy anti-Masonico; (3) "os pequenos países não iluminados
da Europa Oriental" são as monarquias anti-Maçônicas da Europa Oriental; (4) a partição
do Terceiro Reich "formar novas nacionalidades que não terão ligação com o passado"
refere-se à substituição das monarquias de uma só vez pelo comunismo; e (5) "abando-
nar toda a propaganda e intervenção nos centros industriais da América" significa ficar
de fora dos nossos sindicatos.

De Poncins comenta: "É um fato inegável que os acordos alcançados em Teerã


e Yalta estavam em conformidade com as linhas indicadas nesta famosa carta."26 De 5 a
10 de fevereiro de 1945, o famoso encontro entre Stalin, Roosevelt e Churchill ocorreram
em Yalta, na Crimeia, onde certos acordos foram concluídos que colocam em penhor o
futuro do mundo. Quase todas as discussões ocorreram entre Roosevelt e Stalin. Foi
Roosevelt quem, pessoalmente e em segredo, tomou as decisões de Yalta. Sem qual-
quer mandato, sem consultar ninguém fora de seus dois ou três conselheiros íntimos
presentes, sem referência a ninguém, Roosevelt assinou acordos de extrema importân-
cia que comprometeram o mundo ocidental como um todo"27

Quando Bliss Lane, embaixador Americano na Polônia, recebeu o relatório so-


bre Yalta em 12 de fevereiro de 1945, ele ficou totalmente surpreso. Ele disse: "A ASI
olhou por cima, eu não pude acreditar nos meus olhos. Para mim, quase todas as falas
se renderam a Stalin."28

606
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

De Poncins conclui: "É um pensamento assustador que uma organização ocul-


ta, responsabilidade de ninguém, pode, assim, secretamente, direcionar as políticas de
um país ou de um grupo de países".29

A seguir, é apresentado um resumo do que o Presidente Maçom Roosevelt en-


tregou aos Russos no Acordo de Yalta:

1. Países Bálticos - Letônia, Estônia, Lituânia;


2. Toda a parte oriental da Polônia, ocupada pelos russos em 1939, seguindo o
acordo Molotov-Ribbentrop;
3. Toda a Europa Oriental e Central, incluindo Berlim e Praga;
4. Acesso ao Mediterrâneo através do reconhecimento do Grande Oriente Ma-
çom Tito como governante da Iugoslávia e o abandono de seu rival, o monarquista Mihai-
lovich;
5. Manchúria cedida à Rússia sem o conhecimento de Chiang Kai-shek, o Líder
republicano Chinês e em total contradição com os compromissos que tinha sido dado a
este no Cairo;
6. Mongólia Interior, Coréia do Norte, Ilhas Curilas e parte de Sakhalin (França,
Indochina ou Vietnã);
7. Além disso, em Yalta, os Aliados se comprometeram a entregar aos Russos
todos os nacionais classificados como "cidadãos soviéticos", ou seja, todos os Russos
anti-Comunistas que buscaram refúgio nas zonas Inglesa, Americana e Francesa, junto
com todos os refugiados de países satélites como Hungria, Romênia, Bulgária etc. A
cláusula de "cidadãos Soviéticos" levou a inúmeras tragédias pessoais; por anos depois,
agentes da polícia secreta da N.K.V.D. rastreavam nacionais Soviéticos ou ex-Soviéticos,
mesmo no coração de Paris.30

De Poncins, com razão, caracteriza a adesão Soviética ao Acordo de Yalta co-


mo seletivo e egoísta: "Em Yalta, em troca de vantagens definidas, Stalin deu apenas
compromissos vagos e teóricos, que consistiam em permitir a democracia, governos
livres e independentes a serem estabelecidos na zona atribuída à dominação Russa.
Uma vez assinado o acordo de Yalta, os Russos exigiram e obtiveram o cumprimento de
todas as cláusulas que lhes eram favoráveis, mas não observaram qualquer uma daque-
las que se comprometeram a respeitar."31

Yalta foi um excelente exemplo de um desastre diplomático Maçônico, como ra-


ramente foi conhecido na história.

607
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Restauração das Lojas Alemãs


Em 1934, quando Hitler fechou as lojas Alemãs, os Maçons destruiram ou, de
outro modo, garantiram a maioria dos documentos relacionados à associação e foram,
de forma subterrânea, trabalhar em pequenos círculos contra a repressão de Hitler. O
movimento deles tornou-se conhecido na história como a resistência Alemã.32

Segundo a tradição, o príncipe Louis Ferdinand, herdeiro do trono de Hohenzol-


lern, estava envolvido na Resistência como chefe da Grossloge von Deutschland.33 Os
Hohenzollerns foram divididos entre anti-Maçons e Maçons. Os membros do clã Protes-
tante do norte, de onde veio a família do Príncipe, eram Maçons controlados pela inteli-
gência Britânica. Os membros do clã do sul eram nominalmente Católicos e, pelo menos
por reputação, anti-Maçônicos.34

Um ano antes do fim da guerra, os Maçons fizeram uma tentativa de devolver o


Príncipe o trono Alemão. A trama incluía o assassinato de Hitler. O Dr. Otto John, o
funcionário membro do Partido Nazista designado para a alta direção da Lufthansa Airli-
ne, tinha, sem ter sido detectado, permanecido Maçom. Ele esteve envolvido periferica-
mente, em 20 de julho de 1944, na tentativa contra a vida de Hitler. Quando a tentativa
falhou, John fugiu para o Brasil, onde entregou-se à inteligência Britânica.

De lá, ele se mudou para a Inglaterra e foi designado para a Divisão de Guerra
Psicológica35. Sua tarefa era recrutar para o serviço de inteligência, Alemães cativos que
seriam úteis para os Britânicos durante a reconstrução pós-guerra.

John foi encarregado do Campo Número 11 em Bridgend, Inglaterra, onde os


Britânicos mantiveram generais, almirantes, líderes da SS e outros indivíduos importan-
tes do Terceiro Reich. John selecionou aqueles da hierarquia Nazista que tinham laços
anteriores com a Maçonaria. Eles se tornariam a liderança no novo exército alemão do
pós-guerra.36

No final da guerra, os Maçons Alemães estavam ansiosos para reativar suas lo-
jas. Em 1º de outubro de 1945, um Maçom da Grande Loja que refletia a visão geral e o
programa da Maçonaria, Wilfrid Schiek, morador de Munique, escreveu uma carta ao
Comandante das Forças dos EUA na Europa, pedindo que ele se movesse rapidamente
nesta direção. Schiek solicitou que a rede de rádio civil fosse utilizada para ajudar a
localizar outros Maçons. Ele também pediu que o líder na nova República Alemã fosse
Maçom. De fato, todo Maçom, disse ele, deve concorrer a todos os cargos políticos para
garantir que as linhas partidárias permaneçam consistentes com o pensamento Maçôni-
co. Ele afirmou que o Ofício deve assumir todos as instituições de ensino para propagar

608
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

as idéias da Maçonaria mundial. Finalmente, ele disse que deveria ser feita uma oposi-
ção ativa contra o Cristianismo.37

Por causa do risco incerto de segurança que as sociedades secretas coloca-


vam para o pós-Guerra na Alemanha, a Divisão de Inteligência Ocupacional (G-2) rece-
beu instruções para proibir qualquer reunião de organizações secretas. A carta de Schiek
apenas confirmou aos comandantes militares que a Maçonaria era um risco para a segu-
rança. Consequentemente, em 10 de dezembro de 1945, Herr Schiek recebeu uma
resposta do comandante militar, "Pedido negado!"38

Outra comunicação pró-Maçônica, datada de 1º de abril de 1946, foi enviada


pela Divisão do Gabinete do Governo Militar (OMG), Alemanha, ao Comandante das
Forças dos EUA. Ele observou "que os membros da família Hohenzollern eram Maçons e
que o Ofício 'florescera' sob a República de Weimar."39 A inferência foi:" Se a Maçonaria
era permitida então, por que não agora?"

A resposta é encontrada no Acordo de Yalta, que atribuiu a Alemanha Ocidental


ficar sob influência Britânica. As lojas Alemãs, quando abriram, deveriam aderir à obedi-
ência Maçônica Inglesa. Até Londres ter controle suficiente de todas as lojas Alemãs,
qualquer uma teria permissão para reabrir. O estabelecimento desse controle levaria
tempo. Para afirmar sua influência, a primeira prioridade da Maçonaria Inglesa foi estabe-
lecer sua própria imprensa. Em 1946, Londres chamou o Maçom Hans Zehrer, ex-editor
da Tat durante a República de Weimar, para iniciar uma cadeia de jornais sob o controle
da Maçonaria Britânica.40

Finalmente, em 23 de julho de 1947, o Governo Militar Aliado da Alemanha


aprovou a reativação de uma Grande Loja Alemã da Maçonaria. Esta Loja rapidamente
organizou Clubes Sociais de Discussão em toda a Alemanha Ocidental. Numa conferên-
cia de doze desses clubes, de 23 a 27 de setembro de 1947, a discussão foi a formação
de um Estados Unidos da Europa.41

Quase todos na Alemanha do pós-


guerra que alcançaram qualquer posição ou
posto significativo pertenciam a uma Loja
Maçonica.42 Quando a República Federal foi
formada, em 1949, a presidência, um cargo
em grande parte cerimonial, foi preenchido
pelo Maçom Theodor Heuss. (livros Maçôni-
cos de Heuss estavam entre os queimados
como "não Alemães" depois da ascensão de Bandeira da Alemanha Oriental
Hitler ao poder).43

609
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

De 1946 a 1949, Heuss serviu no conselho parlamentar que escreveu a Consti-


tuição da Alemanha. Em 1949, ele convidou o Maçom Dr. Otto John para retornar à
Alemanha como presidente do Departamento Federal de Proteção da Constituição
(BVS), Unidade de contra-espionagem da Alemanha Ocidental. A Missão da BVS, como
braço da Inteligência Britânica, era negar uma posição da Maçonaria do Grande Oriente
comunista na Alemnha Ocidental.44 O Grande Oriente estava firmemente no controle da
Alemanha Oriental comunista (a República Democrática Alemã), como evidenciado por
seu novo emblema nacional, com o martelo comunista e a bússola do Grande Oriente
estampando sua bandeira.

O verdadeiro poder na Alemanha Ocidental era Konrad Adenauer, primeiro


chanceler da República Federal. Não conhecido por ser um Maçom, ele era, no entanto,
anti-comunista. Adenauer considerava Otto John um "pateta Britânico" e, por não con-
cordar com sua nomeação, tentou substituí-lo, um esforço que fracassou devido à inter-
venção do alto comissariado Britânico. Os Maçons Otto John e o príncipe Louis Ferdi-
nand caracterizaram Adenauer como "propriedade Americana".45

A posição do Dr. John como chefe de contra-espionagem exigia que ele fizesse
contato com Alemães orientais. Adenauer entendeu isso como errado e instigou uma
investigação de John e seus "amigos" da Alemanha Oriental. John foi excelente no jogo
duplo e, em 1954, "desertou" para Berlim Oriental, onde permaneceu por dezessete
meses. Quando ele retornou à Alemanha Ocidental, um ano e meio depois, Adenauer o
prendeu e o julgou em um tribunal federal. Os Maçons Dehler e Stammberger (sem
nomes disponíveis) assumiram a defesa de John, mas o detetive foi considerado culpado
em 1956 e condenado a quatro anos de trabalho duro.46 O substituto de Otto John para a
chefia da inteligência da Alemanha Ocidental foi Reinhard Gehlen, um anti-comunista
louco de ódio, que havia sido agente chefe de espionagem de Hitler na frente oriental.47

Protegendo os Maçons de Nuremberg


A Alemanha Nazista foi a primeira e única nação a ser julgada por "crimes de
guerra". Pesquisadores de conspiração já questionaram - por que os Nazistas foram
processados por matar onze milhões de Judeus e Gentios - mas os Bolcheviques ainda
não foram condenados pelo assassinato em massa de mais de quarenta milhões de
Russos.

A resposta é óbvia. Num mundo controlado pela Maçonaria, a culpa é determi-


nada não pela gravidade do crime, mas por quem é morto. Na Rússia Bolchevique, Ma-
çons mataram não-Maçons, enquanto na Alemanha Nazista não-Maçons mataram Ma-

610
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

çons. Os Julgamentos de Nuremberg apresentaram acusações contra um regime que


ousou levantar a espada contra a Maçonaria.

O Promotor-Chefe em Nuremberg foi Robert H. Jackson, um Maçom de 32º


grau e Juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos. O Juiz Jackson renunciou ao cargo
no tribunal superior para aceitar esta designação Maçônica de maior prestígio.48 Em 8
de agosto de 1945, ele escolheu Nuremberg como local para o julgamento, porque era a
"cidade onde os Nazistas celebraram seus maiores triunfos, realizaram suas reuniões do
partido com procissões em massa sob luz de tochas e, em 1935, anunciaram as infames
leis raciais."49

O juiz Jackson decidiu compilar extenso material documental com o qual ele
pretendia provar a culpa dos líderes Nazistas.50 Em uma entrevista com a revista do Rito
Escocês New Age (agosto de 1949) Jackson revelou seus interesses e viés Maçônicos.
Ele sugeriu que as verdadeiras vítimas da tirania Nazista não eram Judeus, mas sim os
Maçons. Ele comentou que "entre as primeiros e mais selvagens das muitos persegui-
ções empreendidas por toda ditadura moderna são aquelas dirigidas contra os Maçons."
Jackson também declarou que os Maçons "sofreram perseguição sob ditadores de ma-
neira mais uniforme do que qualquer outra classe de vítimas",51 incluindo os Judeus.

Um dos primeiros eventos dos Julgamentos de Nuremberg foi a apresentação


do decreto oficial contra a Maçonaria de 1942, que diz em parte: "Maçons e os inimigos
ideológicos do Nacional Socialismo que estão aliados com eles são os criadores da atual
guerra contra o Reich. A luta espiritual, de acordo com o plano contra esses poderes, é
uma medida necessária à guerra. Eu, portanto, pedi ao Reichsleiter Alfred Rosenberg
para realizar esta tarefa em cooperação com o Chefe do Alto Comando das Forças Ar-
madas."52

O juiz Jackson queria julgar os Nazistas por acusações de conspiração para


iniciar uma guerra de agressão contra a Maçonaria. Os Britânicos se opuseram à abor-
dagem da conspiração, como naturalmente, uma vez que seus próprios Maçons eram
culpados de conspirar com os Alemães para construir uma máquina de guerra Nazista
contra a Rússia.53

Os Franceses tomaram partido dos Ingleses, argumentando com mais veemên-


cia contra uma acusação de conspiração. Juntos, Franceses e Ingleses convenceram
Jackson de que uma acusação de conspiração não era necessária para a maioria dos
homens de Hitler. Mas, e quanto a Hjalmar Schacht, banqueiro e ministro da economia
de Hitler? Schacht, como Jackson disse no pré-julgamento na reunião de Londres com
Franceses e Ingleses, em 16 de julho, "ou é uma grande guerra criminosa ou nada ....

611
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Somente uma teoria de um plano comum ou de conspiração irá pegar a ele e sua espé-
cie...."54

Jackson não sabia que Schacht era um Maçom sob o emprego da Irmandade
Inglesa. Nem eles poderiam informá-lo sem implicar a Oligarquia Maçônica no projeto
Hitler. Muito estaria em jogo para a Inglaterra se Schacht fosse julgado por acusações de
conspiração. Os seguintes fatos sobre ele apareceriam no julgamento: (1) sua mistura
com os Maçons internacionais durante as negociações de reparação de Versalhes; (2)
sua assistência financeira para levar Hitler ao poder; (3) suas manobras para tornar Hitler
"socialmente aceitável" entre industriais e nobres, sugerindo aos Maçons Britânicos, em
1932 para que apoiassem Hitler em sua tentativa de restaurar a monarquia; (4) seu en-
volvimento no Banco de Pagamentos Internacionais (BIC) para financiamento da guerra
de agressão de Hitler; (5) sua colaboração com a Grã-Bretanha em manobrar o Führer
para atacar a União Soviética em 1941; e (6) sua comunicação da Basileia (1942-1943)
com banqueiros Americanos, exortando-os a continuar a guerra em comum contra a
Rússia.55

Um julgamento de conspiração contra Schacht seria definitivamente muito caro


para a Maçonaria Inglêsa, especialmente se os quatro anos mais cruciais da relação de
Schacht com Londres (1932-1936) deveria ser examinada. Durante esse tempo, Schacht
fez os seus negócios financeiros internacionais mais importantes com Norman Montagu,
chefe do Banco Central Britânico, que era abertamente solidário com os Nazistas.
Schacht e Norman estavam no conselho de administração do BIC. Mesmo antes dos
Nazistas tomarem o poder, Schacht e Norman tiveram frequentes conferências secretas
em Badenweiler. Além disso, para garantir uma aquisição Nazista, Norman recusou
crédito ao governo de Weimar.56

Se a Oligarquia Maçônica Britânica evitava sujar seu próprio ninho, essa evi-
dência deveria ser suprimida em Nuremberg. Não surpreende que a delegação Britânica
veementemente se opôs a levar Schacht a julgamento por acusações de conspiração.
Os Americanos e Russos argumentaram com paixão por apresentar as acusações. Os
Franceses, que originalmente tinham tomado partido com os Ingleses, finalmente rompe-
ram o impasse, tomando o partido dos Americanos e Russos.

A delegação Britânica pode ter perdido a batalha, mas eles conseguiram limitar
as acusações pelas quais Schacht seria julgado a partir dos eventos de 1937 em diante.
Esta manobra impediu a exposição dos anos cruciais (1932-1936) das relações de
Schacht com a Maçonaria Inglesa.57

Desde que a promotoria concordou em excluir os anos durante os quais


Schacht estava conspirando com banqueiros Anglófilos do CFR na América e com ban-

612
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

queiros Maçônicos em Londres para apoiar os Nazistas, os demandantes de Nuremberg


não puderam provar a existência de um plano Nazista de longo prazo e uma conspiração
para uma guerra de agressão. Higham, em Trading with the Enemy, disse sobre
Schacht: "Nunca, naqueles dias, no banco das testemunhas, ele foi questionado a res-
peito do Banco de Pagamentos Internacionais... Os Julgamentos de Nuremberg enterra-
ram com sucesso a verdade das conexões da Fraternidade... Encarregado de projetar a
guerra quando ele queria apenas servir as políticas neutralistas dos associados da Fra-
ternidade, ele foi compreensivelmente absolvido... Convenientemente para a Fraternida-
de, Goering e Himmler cometeram suicídio, levando consigo os segredos..."58

Zepp escreve em The Hitler Book "Pelo menos no que diz respeito a processar
Schacht, o Juiz Jackson [embora um Maçom] estava muito mais olhando de fora. O
mundo das finanças internacionais era uma sociedade fechada e Schacht era enfatica-
mente parte disso."59

A defesa própria de Hjlmar Schacht em Nuremberg é notável. Quando ele reve-


lou que pertencia à Loja Zur Freund-schaft sob a Grande Loja da Prússia, ele foi absolvi-
do.60 Alguns dos outros réus Nazistas não se saíram tão bem.

Aos Anti-Maçons - Morte por Enforcamento


Artur von Seyss-Inquart, o anti-Maçom que Hitler colocou como governador do
território da Áustria, foi enforcado como criminoso de guerra. Alfred Rosenberg, questio-
nado de perto em Nuremberg por seus ataques à Maçonaria e aos Judeus, bem como a
seus confiscos de bibliotecas e registros Maçônicos, foi enforcado como criminoso de
guerra. Joachim von Ribbentrop ofereceu o seguinte em sua defesa: "Fui patriota a vida
toda. Coloquei-me à disposição de Adolf Hitler no desejo de ajudá-lo a salvar nosso país
que estava em ruínas, em 1933, e para construir uma Alemanha forte e unida na Euro-
pa... Eu sempre fui um oponente ao programa radical do partido. Eu sempre me opus à
política contra Judeus, igrejas, Maçons, etc., que eu considerava, principalmente, uma
falha e que causavam consideráveis dificuldades na política externa" Ele não recebeu
crédito e foi enforcado como criminoso de guerra. Wilhelm Frick, que em 1935 pediu a
dissolução imediata de todas as lojas em toda a Alemanha, e ordenou um confisco de
suas propriedades, foi enforcado como criminoso de guerra. Bernard Fay, o professor
Francês do governo de Vichy que publicou documentos e listas de Maçons Franceses,
que resultou em deportação ou morte para milhares deles, foi condenado à prisão perpé-
tua com trabalho duro por sua inteligência com os Nazistas. O discurso anti-sónico de
Rudolph Hess, de 28 de agosto de 1939, foi lido nos Julgamentos de Nuremberg, parte
dos quais afirmava que "Judeus e Maçons queriam uma guerra contra sua odiada Ale-
manha, contra a Alemanha em que perderam o poder." Por causa do envolvimento de
613
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Hess com a Ordem da Aurora Dourada, no entanto, ele recebeu prisão perpétua com
confinamento solitário ao invés da morte.

Os Nazistas e o Edifício da Inteligência Ocidental


Um ano após a Segunda Guerra Mundial, a inteligência Alemã havia efetiva-
mente fechado a inteligência Britânica. Em um discurso de 1940, Heinrich Himmler,
Reichsfuhrer da SS, nomeou cada agente do Serviço Especial de Inteligência Britânico
(SIS) na Alemanha.62 Além disso, a Maçonaria Francesa, que tinha sido a melhor máqui-
na de coleta de informações que o mundo já vira, foi vencida pelos Nazistas! A Grã-
Bretanha, cujo aparelho de inteligência fora integrado à Maçonaria Inglesa,63 ficou horro-
rizada. Londres e Washington, portanto, decidiram investigar como a inteligência Nazista
havia conseguido alcançar superioridade sem o seu conhecimento. Eles descobriram
que o sucesso de Hitler estava na sua própria sociedade secreta superior chamada SS.

Como aprendemos no capítulo 22, a hierarquia Nazista estabeleceu a SS como


uma sociedade segreta, desenvolvendo seu caráter a partir de uma mistura de misticis-
mos Tibetanos, Maçônicos e Jesuítas. Heinrich Himmler era um necromante, freqüente-
mente conduzindo sessões para a hierarquia da SS em seu castelo, em Wewelsburg.

Também aprendemos que a SS era uma sociedade secreta dentro de uma so-
ciedade secreta chamada Sociedade Vril. A Sociedade Vril estava profundamente envol-
vida na mesma doutrina Luciferiana que a Maçonaria Inglesa, praticando bruxaria com
vingança.

À frente da Vril estava Hitler. Cada oficial da SS fez um juramento secreto de


sangue para obedecer Hitler sem questionar. Coletivamente, os SS eram os ouvidos e os
olhos do Fuehrer - presentes em todas as reuniões de significado político ou social, mas
nunca participando das discussões. Em vez disso, eles apenas se sentavam ou ficavam
em segundo plano, observando e tomando notas.

A aura misteriosa que cercava a arrogante SS atingiu o terror no coração de


cada cidadão Alemão que entravam em contato com esses silenciosos e sinistros mem-
bros de uniforme preto. E, como Glen B. Infield, em Secrets of the SS (1982), escreve: "A
reputação da SS... como os assassinos brutais responsáveis por milhões de mortes
durante o Terceiro Reich não diminuiu nem um pouco nos anos pós-guerra".64

A SS era uma organização terrorista intra-estatal altamente eficaz de quatro di-


visões: (1) a Gestapo era o braço civil secreto da polícia estadual. Seu chefe era Heinrich
Mueller; (2) o Waffen-SS era o braço militar, supostamente o exército Nazista ou, pelo
menos, controlado pela Wehrmacht; (3) o SS-Totenkopiverbande, um ramo do Waf-
614
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

fenSS, que fornecia os guardas sádicos para os campos de concentração e campos de


morte; e (4) o Sicherheitsdienst, ou SD, era o Serviço de Segurança, ou ramo de inteli-
gência da SS, operado por Reinhard Heydrich.

Para desenvolver uma SS mais cruel, Hitler fez Himmler tornar cada divisão
competitiva uma com a outra. Consequentemente, cada um "tentava ganhar mais poder
e influência com Hitler por ações aprovadas pelo cruel Fuehrer."65 Como resultado," a SS
de Himmler tinha se tornado a força policial mais temida da história."66

Himmler nunca vacilou em sua ambição de fazer de sua SS os senhores da


Alemanha. Hitler até o temia, ignorando Himmler por Heydrich, preparando o último como
o próximo Fuehrer. Em 1942, Heydrich foi assassinado na Tchecoslováquia - por um
ciumento Himmler, alguns reivindicaram.67 Heydrich foi substituído pelo general Reinhard
Gehlen, o principal agente de espionagem de Hitler na frente oriental.

Hitler estabeleceu a SS para operar à parte do controle do governo, enfatizando


que era uma organização completamente independente dentro do movimento Nazista.68
Embora um pequeno orçamento tenha sido alocado pelo Estado, a SS gerava sua pró-
pria renda através de quatro grandes corporações que possuía secretamente.69 Sua
maior riqueza, porém, era adquirir, através de saques, as reservas de ouro das nações
conquistadas pelo exército Nazista e, mais tarde, de jóias de ouro extraídas de vítimas
dos campos de concentração. Esses saques, junto com os lucros gerados pelas quatro
empresas pertencentes à SS, foram depositados no Banco de Compensações Internaci-
onais (BIC) na Suíça.

A Rede Nazista e Neonazista do Pós-Guerra


Em 1942, a Gestapo havia acumulado centenas de baús de ouro e jóias com-
postos por monóculos, armações de óculos, relógios, cigarros, isqueiros, alianças de
casamento, dentaduras e restaurações de dentes retiradas de vítimas assassinadas nos
campos de concentração. Eles derreteram o ouro em barras de 20 quilos cada, e as
depositaram no Reichsbank.70 Em 1944, quando Hitler percebeu que era inevitável para
a Alemanha perder a guerra, ele e sua hierarquia Nazista começaram a depositar as
barras de ouro no BIC. Mais tarde naquele ano, em sua quarta reunião anual em tempo
de guerra, o presidente Americano do BIC e os membros do polido conselho Britânico
sentaram-se com seus inimigos, a equipe executiva Alemã, Japonesa e Italiana, para
discutir o que fazer com os US$ 378 milhões em ouro enviados ao Banco pelo governo
Nazista para uso por seus líderes após a guerra.71

615
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Em 1945, o BIC começou a ajudar os Nazistas, fazendo "transações financeiras


que os ajudariam a se desfazerem dos seus bens."72 A maioria da riqueza era transferido
para a Argentina, onde, desde então, tem sido usada para criar a rede Sul-Americana de
produção e distribuição de drogas da Maçonaria Inglêsa. Assistindo a Maçonaria Inglesa
estava a recém-formada Internacional Nazista do pós-guerra.

Após a guerra, sob grande pressão do Departamento do Tesouro dos EUA, o


BIC foi obrigado a entregar meros US$ 4 milhões em ouro saqueados dos Aliados.73 O
New York Times relatou que "os especialistas do [Tesouro] que vieram caçar as casas
do Reich subitamente, os ativos ocultos foram relegados a papéis obscuros".74 O presi-
dente do CFR, David Rockefeller, mostrou seu apreço a Thomas H. McKittrick por seu
papel como chefe do BIC, tornando-o vice-presidente do Chase National Bank de Nova
York depois da Guerra.75

Os Julgamentos de Nuremberg enterraram com sucesso a verdade das cone-


xões da Fraternidade com o BIC. Hjalmar Schacht, presidente do Reichsbank e ministro
de economia Nazista, nunca foi perguntado sobre o roubo do ouro Austríaco, nem sobre
seu envolvimento com o BIC.76 Além disso, toda tentativa de descobrir o que aconteceu
com o ouro Tcheco foi bloqueado pela delegação Britânica.77 E, como afirmado anterior-
mente, e convenientemente para a Maçonaria inglesa, Goering e Himmler cometeram
suicídio.

Nazi International
Perto do fim da guerra, os irmãos Dulles (John e Allen), ambos membros do
Conselho Anglófilo de Relações Exteriores (CFR), aconselharam Londres e Wall Street a
deixarem a sede Nazista-Suíça intocada, junto com os fundos que tinham lá fora.78 A
fraternidade bancária Anglófila já havia determinado quem, na hierarquia Nazista, teria
permissão para ressurgir com um registro limpo, quem seria expulso do exterior e quem
seria silenciosamente incorporado ao serviço secreto Anglo-Americano.79

Em 1944, Nazistas, incluindo membros da SS, começaram a inundar a Suíça


onde simpatizantes e financiadores Nazistas os protegiam. De fato, uma loja foi fundada
em Lorrach-Schopfheim como "um refúgio para muitos ex-Nazistas".80 O mais proemi-
nente dos simpatizantes Maçônicos eram François Genoud, um banqueiro suíço, que
depois de conhecer Hitler em 1929, ingressou no Partido Nazista. Em 1939, Genoud
tornou-se membro da Frente Nacional Nazista da Suiça Ele fazia viagens frequentes a
Berlim, onde, em 1943, ele e Martin Bormann fizeram os preparativos para o período
seguinte ao esperado colapso do Reich. Eles estavam planejando um "Quarto Reich"
secreto em escala global. Genoud poderia se tornar a figura neo-Nazista chave em todas
616
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

as transações futuras do mercado para Suíços e outras contas bancárias estrangeiras. O


consultor financeiro de Genoud, até sua morte em 1970, foi o Maçom da Grande Loja
Hjalmar Schacht, banqueiro e ministro da economia de Hitler, que foi absolvido em Nu-
remberg.81

Em 1950, ciente de que a inteligência Americana estava a caminho, Genoud


fugiu da Suíça para a Bélgica, e depois para Tânger, onde se encontrou com altas auto-
ridades Árabes. Em 1951, ele foi para Malmo, na Suécia, para fundar o "Movimento
Social Europe" por uma "Nova Ordem Européia". Este "movimento" ficou conhecido por
pesquisadores de conspiração como a Internacional Nazista. Presentes na fundação
estavam ex-Oficiais da SS Alemã, Heinz Priester e Fritz Richter, e dois membros da
oligarquia Maçônica, Sir Oswald Mosley da Grã-Bretanha e Conde Loredan da Itália.
Também presente estava Pierre Clementi, ironicamente um ardente anti-Maçom durante
seu tempo na Divisão de Voluntários Franceses do regime de Vichy. De acordo com
Helga Zepp em The Hitler Book, "Esse 'movimento' tem sido o ponto de desova de toda
organização neo-Nazista dos últimos trinta anos."82

Logo após a reunião de Malmo, François Genoud mudou a sede da Internacio-


nal Nazista para Lausanne, na Suíça, onde o boletim neo-Nazista de notícias Courier du
Continent ainda é publicado hoje. Esse boletim iniciou a argumentação errônea de que
"assassinato em massa nunca foi praticado nos campos de concentração".83 Genoud
anexou sua operação Internacional Nazista à Maçonaria da Grande Loja Suíça, fazendo
com que os editores da World Intelligence Review comentassem que "Lausanne é o lar
do núcleo satanista da Maçonaria e alguns dos piores crimes contra a humanidade nas-
ceram naquela cidade".84

Por exemplo, durante as décadas de 1970 e 1980, a Internacional Nazista de


Genoud foi a financiadora das organizações terroristas de direita européias, como as
Brigadas Vemelhas. Ao longo dos anos 80, Genoud financiou a OLP e outras frentes
Árabes anti-Sionistas. Além disso, ele forneceu as finanças da trama para assassinar o
Papa João Paulo II na Praça de São Pedro, em 13 de maio de 1981. Este fato foi confir-
mado pela governo da Bulgária, depois que a Loja Maçônica de Paris culpou a KGB
Búlgara pela tentativa do assassinato. Em sua própria defesa, o governo Búlgaro lançou
uma investigação, cujo resultado decorreu das movimentações financeiras em favor de
Ali Agca, o futuro assassino, provenientes de François Genoud.85

Hoje, a Internacional Nazista ainda tem sob seu comando um extenso aparato
financeiro, que é apoiado principalmente pelos ganhos do saque acumulado pelo Tercei-
ro Reich. Além da pilhagem depositada no Banco de Compensações Internacionais,
Zepp relata:

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Entre 1943 e 1945, saques [adicionais] foram investidos em nada menos que
700 organizações particulares do secretário particular de Hitler, Martin Bormann, um
amigo próximo de Genoud. Dessas 700 empresas, 214 estão na Suíça, 200 no Oriente
Médio 34 na Turquia e muitas outras na Ásia e na América Latina. Em 1973, noventa
toneladas do ouro em circulação global estava nas mãos dos Nazistas, graças às maqui-
nações do ex-ministro da economia de Hitler, Hjalmar Schacht, que, após sua absolvição
em Nuremberg, dirigiu a reorganização das finanças da Internacional Nazista, em colabo-
ração com François Genoud.86

Com a ajuda de homens como Schacht e Genoud, muitos Nazistas foram leva-
dos para se estabelecerem na América do Sul. Lá eles se estabeleceram em várias
ordens Maçônicas, que hoje se manifestam nos cartéis de extrema direita. O Volume III
de Escarlate e a Besta irá traçar o império neo-Nazista da Maçonaria Inglesa na América
do Sul.

Os Nazistas e a Casa da Inteligência Ocidental


Phillip Knightley, em The Master Spy, escreve: "A idéia de um segredo perma-
nente o serviço como parte da burocracia de um país é relativamente recente. A CIA só
passou a existir em 1947; o SIS da Grã-Bretanha, de onde surgiram os outros, data de
1909. Antes disso, grandes potências se davam com pequenos departamentos de infor-
mações militares que foram expandidos durante uma guerra e famintos por fundos pelo
resto do tempo."87

Por conseguinte, as nações Europeias fecharam seus departamentos de inteli-


gência militar após a Primeira Guerra Mundial. Por esse motivo, Hitler conseguiu constru-
ir sua SS praticamente sem impedimentos pela competição da inteligência Ocidental.
Quando a Alemanha Nazista foi derrotada, é evidente por que o Ocidente queria a rede
de inteligência de Hitler à sua disposição. O Inglaterra ansiava especialmente, já que a
inteligência Britânica era um braço da Maçonaria Inglesa. Os Estados Unidos precisavam
disso, porque os EUA careciam de um sistema central de inteligência.

Washington tinha o FBI, fundado em 1924 pelo Maçom J. Edgar Hoover. O FBI,
no entanto, não se destinava à espionagem internacional. Sua função inicial era espionar
nas redes de crime organizado recém-formadas da Máfia, que haviam recentemente
invadido as cidades industriais Americanas. Mas com a crescente ameaça da União
Soviética (criada pelo maior erro Maçônico da história em Yalta), a América foi forçada a
desenvolver uma operação de inteligência em uma escala mais ampla do que a oferecida
pelo FBI. O governo Americano autorizou sua inteligência militar a procurar ex-agentes
da SS para ajudar na construção de nossa rede internacional de espionagem.
618
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

As forças de ocupação Americanas foram instruídas a proteger o tanto quanto


possível os oficiais da SS, especialmente aqueles com experiência na frente oriental. O
autor Glenn Infield observa: "É irônico, por exemplo, que muitos ex-oficiais e homens da
SS tiveram seu julgamento evitado ou mais tarde foram libertados de suas penas de
prisão por crimes de guerra porque eles poderiam ser úteis para os Estados Unidos em
sua política de contenção contra a União Soviética".88

O Presidente Roosevelt iniciou o processo pelo qual as SS nazistas seriam pro-


tegidas. Antes mesmo da América entrar na Segunda Guerra Mundial, Roosevelt queria
saber o que Hitler tinha à sua disposição que lhe permitia ganhar poder tão rapidamente,
solidificar o controle completamente e destruir a Maçonaria Continental com tanta deter-
minação. Em 1940, ele enviou o General William "Wild Bill" Donovan para a Europa em
uma missão de investigação.

O Maçom Roosevelt não poderia ter escolhido um homem mais capaz do que o
Maçom Donovan, um estudante de misticismo oriental. Na década de 1930, Donovan foi
um dos oradores nos acampamentos Maçônicos da O.T.O. em Nyack, Nova York. Lá, ele
fez contatos que o serviriam bem quando chegasse na Europa.

‘Donovan descobriu que a Interpol (Polícia Internacional), fundada em Viena em


1923, havia sido tomada pelos Nazistas após a invasão da Áustria em 1938. Por 1940,
os Nazistas haviam transferido todo o aparato da Interpol para Wannsee, perto de Ber-
lim. Sob a direção do chefe de inteligência Nazista Reinhard Heydrick, a Interpol se tor-
nou a força de inteligência internacional mais avançada do mundo.

Donovan voltou a Washington e recomendou ao Presidente a fundação de uma


agência central de inteligência na escala da Interpol de Heydrick. Em 1941, Donovan foi
nomeado chefe do novo Escritório de Coordenador de Informação (OCI) .91 Em 1942, o
chefe da Interpol, Heydrich, foi assassinado na Tchecoslováquia por um ciumento Himm-
ler. O general Rein-hard Gehlen se tornou o novo chefe da inteligência Nazista. Nesse
mesmo ano, a OCI de Donovan evoluiu para o Escritório de Serviços Estratégicos
(OSS).92 Em 1942-1943, Donovan e seus homens foram enviados à Grã-Bretanha para
serem treinados pelo SIS. O Oficial do SIS, Kim Philby, estava trabalhando em Londres
na época como um agente duplo da KGB.93

Em 1943, os oficiais Nazistas da SS, antecipando a inevitável queda do Reich,


planejaram pela fuga para uma nova pátria na América do Sul via Suíça. Precedendo-os
para a Argentina, foram Juan Peron e outros líderes pró-Nazistas, que tomaram o poder
naquele País sul-Americano em 1946.94

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Em 1944, a tentativa de assassinato de Hitler solidificou a determinação da SS


de escapar para a América do Sul. Os Alemães começaram a enviar milhões de dólares
em jóias, pinturas e dinheiro para a Suíça e Argentina por segurança. Donovan, enquan-
to isso, havia preparado um plano descrevendo para Roosevelt uma agência central de
inteligência semelhante à Interpol. Mas, com a guerra terminando, os planos de Donovan
foram arquivados.95

Em 1945, Roosevelt morreu. Mussolini foi morto. Hitler cometeu suicídio. A


guerra terminou e o Maçom Harry S. Truman tornou-se Presidente.96

Nesse mesmo ano, depois que os governos aliados ocuparam a Itália, o OSS
(precursor da CIA) pressionou o governo fraco e empobrecido da Itália "a usar a Maçona-
ria" para sustentar uma democracia doentia, ameaçada pela desestabilização de inspira-
ção Soviética e a perspectiva de uma vitória eleitoral comunista.97 O OSS apoiou a fac-
ção Maçônica mais forte, o Grande Oriente, nomeando seu Grão-Mestre, Guido Laj,
como vice-prefeito de Roma. Foi em grande parte através dos esforços de Laj que os
Maçons Italianos foram mais uma vez capazes de começar a trabalhar depois de anos
de perseguição sob Mussolini. O OSS criou, então, os três serviços secretos da Itália e
serviu-os de Maçons Italianos, que haviam permanecido essencialmente nas operações
de coleta local de inteligência para os EUA desde então. Na Itália, Maçonaria, política e
espionagem andam de mãos dadas.98

Enquanto isso, o general Gehien, substituto de Heydrich, planejara oferecer


seus serviços ao Ocidente após a guerra. Infield escreve que

"O plano de Gehlen era simples. Ele fez cópias de todos os seus documentos
importantes com o trabalho de inteligência na frente oriental, colocou as cópias em 50
caixas de aço e as enterrou nas montanhas da Baviera. Ele sabia que os EUA não ti-
nham organização de inteligência que operava atrás das linhas Russas porque a União
Soviética era um aliado. Ele estava convencido, assim como Hitler, de que os Estados
Unidos e a União Soviética não permaneceriam aliados por muito tempo após o final da
Segunda Guerra Mundial, que as duas nações acabariam lutando entre si pelo controle
da Europa".99

Gehlen e sua equipe de esqueletos do Exército dos Estrangeiros se esconde-


ram na montanhas da Baviera aguardando a chegada dos Americanos. Em maio de
1945, Gehlen rendeu-se pacificamente às tropas Americanas e foi prontamente enviado
para uma prisão em Miesbach e ignorado. Os Russos também estavam em busca de
Gehlen, querendo capturá-lo antes dos Americanos. Mal sabiam as autoridades Ameri-
canas que ele já havia se rendido a uma unidade Americana. Ao saberem que os Russos
o estavam procurando, Whashington ficou sabendo que já o tinham.

620
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

Quando Gehlen foi interrogado pelo General Edwin Luther Sibert, ele "ofereceu
a si próprio, seus funcionários dos Exércitos Estrangeiros e seus arquivos de inteligência
à disposição dos Estados Unidos."100 Ele foi rapidamente transportado para Washington.
O Diretor do FBI, Maçom J. Edgar Hoover e Allen Dulles, membro do CFR, ex-chefe de
estação do OSS na Suiça", decidiu que seria do melhor interesse dos Estados Unidos
aceitar a oferta de Gehlen. As considerações morais teriam que ficar em segundo plano,
e eles aconselharam o Pentágono."101

Na mente desses dois homens, esse era o único movimento lógico, pois, depois
da 2ª Guerra Mundial, o maior medo do Ocidente não eram os Nazistas, mas o comu-
nismo. Já nos anos 1930, os Comunistas tiveram influência nos sindicatos Americanos,
levando o Presidente Roosevelt a pedir a Stalin em Yalta "que abandonasse toda propa-
ganda e intervenção nos centros industriais da América". Segundo J. Edgar Hoover, a
União Longshoreman da Costa Oeste, liderada por Harry Bridges, "era praticamente
controlada pelos Comunistas; "os Comunistas" tinham planos muito definidos para obter
o controle da União dos Trabalhadores em Minas de John L. Lewis; e a Associação de
Jornais tinha fortes tendências Comunistas". Se os Comunistas ganharam o controle de
apenas três sindicatos, mantidos por Hoover, eles "poderiam a qualquer momento parali-
sar o país".102

Essa crise obrigou o FBI e a OSS / CIA a proteger e usar ex-Nazistas contra
Comunistas, assim como aborda a Máfia por sua assistência. Afinal, a Máfia prospera em
um sistema de livre empresa, mas não seria capaz de existir sob o Comunismo. A "Famí-
lia" deve, portanto, estar disposta a proteger seus próprios interesses Americanos contra
os Comunistas. Como um assassino da Máfia colocou: "A maioria das pessoas não sabe
disso naqueles momentos em que nosso país estava ameaçado [pelo Comunismo], a
Família, como nós a chamamos depois da Segunda Guerra Mundial... coloca de lado
todas as suas diferenças com o Tio Sam ou mesmo com as autoridades... E todos nós
fomos ensinados que os caminhos das Famílias não são o caminho certo, mas até as
Famílias fizeram o necessário para proteger seu país. Quando até isso vier, ainda somos
todos Americanos quando alguém atira em nós ... Operamos do nosso jeito, mas fizemos
o trabalho em um momento em que o mundo livre estava muito vulnerável".103

Para obter assistência da Máfia, J. Edgar Hoover se reuniu com o chefe da Má-
fia de Nova York, Frank Costello, em ocasiões regulares no Stork Club ou no Waldorf,
onde ambos tinham suítes de cortesia. Nessas reuniões secretas, aparentemente foi
acordado pelos dois homens que a máfia teria permissão de assumir os sindicatos para
manter os Comunistas fora, pois Stalin não havia atendido ao pedido do presidente Roo-
sevelt. Relata-se que Hoover disse a Costello: "Você fica fora do meu baile e eu ficarei
fora do seu."104

621
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A partir de então, Hoover fechou os olhos para organizar atividades criminosas


na América, levando-o a dizer: "Não existe tal coisa como crime organizado, não existe
tal coisa como a Máfia."105 E seus associados sabiam melhor do que questionar sua
inteligência. Para Hoover, a negação de uma Máfia era patriótica.

Após o acordo entre o FBI e o crime organizado, a Máfia forneceu a Hoover os


"esquadrões da morte" para eliminar Comunistas suspeitos ou simpatizantes do Comu-
nismo.106 Da mesma forma, a Máfia cooperou com a OSS / CIA durante e depois da 2ª
Guerra Mundial. Por exemplo, "quando chegou a hora de enviar nossos meninos para a
Sicília e atrás das linhas na Europa, o General Donovan pediu às Famílias que envias-
sem seus soldados para a guerra. Foi assim que o OSS funcionou, e nunca parou de
funcionar dessa maneira, mesmo depois que se tornou a CIA."107

Como era prática normal após a guerra, o OSS se desfez. Seus agentes foram
movidos para agências de inteligência militar e ao Departamento de Estado. Junto com a
Gehlen, agentes Nazistas e Britânicos adicionais foram recebidos nos EUA para treinar o
surgimento da força central de inteligência da América.108 Em 1946, o Presidente Maçom
Truman decidiu implementar o plano original do Maçom Donovan para estabelecer uma
agência permanente de inteligência dos EUA. Em 1947, por ordem executiva, a Agência
Central de Inteligência (CIA) foi fundada. Além disso, a Lei de Segurança Nacional da-
quele ano estabeleceu o Departamento de Defesa e o Conselho de Segurança Nacio-
nal.109

Infield escreve: "Depois que a CIA foi formada em 1947, o grupo Gehlen juntou-
se a ela como um braço da inteligência Soviética e trabalhou com a CIA até 1956, quan-
do a organização foi transferida para o novo governo da Alemanha Ocidental como sua
seção de inteligência ... Esse foi um dos segredos mais bem guardados compartilhados
pela SS e o governo dos Estados Unidos após a guerra."110

Gehlen resgatou para a CIA muitos ex-oficiais de inteligência da SS e da Ges-


tapo que tinham conhecimento superior da Rússia. Membros menos importantes da SS
foram levados para a América do Sul pelo Maçom Licio Gelli, um italiano anti-Comunista
sob contrato com a CIA. Em 1966, Gelli fundou a Loja Maçônica Propaganda Dois (P-2)
na Itália, inspirado nas Lojas de Propaganda Um da Mafia de Mazzini. A P-2 foi para o
controle do tráfico de drogas na América do Sul para a Maçonaria Inglesa, via Internatio-
nal Nazista. Os traficantes de drogas de Gelli eram ex-oficiais da SS que ele iniciou na
Maçonaria P-2.

Os autores de Messianic Legacy (1986) vinculam a Maçonaria P-2 a uma auto-


ridade ainda mais alta que a Internacional Nazista: "Segundo uma comissão parlamentar
Italiana, a organização por trás da P-2 estava "além das fronteiras da Itália ...".

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______________________________________________________________CAPÍTULO 24

Em1979,... um desertor da P-2 - um jornalista chamado Mino Pecorelli - acusou a CIA.


Dois meses após essa acusação, Pecorelli foi assassinado".112
Martin Short sugeriu, no entanto, que a "autoridade" acima da P-2 é a Maçona-
ria Inglesa, a beneficiária final das atividade des drogas ilegais da P-2 e da Internacional
Nazista.113 Como descobriremos em breve, a CIA faz a licitação da Maçonaria Inglêsa.

Enquanto isso, em 1949, quando a organização Gehlen foi transferida para o


controle da CIA, a Interpol, com sede em Paris, recebeu status consultivo da recém-
formada Nações Unidas.114. A Interpol havia sido reorganizada em Bruxelas, em 1945,
após a qual sua sede foi transferida para Paris, casa da Maçonaria do Grande Oriente.115
De lá, ela manteve a Maçonaria Inglesa a par da atividade do Grande Oriente na França,
enquanto, ao mesmo tempo, enviou agentes de espionagem para espionar países domi-
nados pelo Grande Oriente.116 Nesse mesmo ano, os Britânicos enviaram o agente duplo
do SIS, Kim Philby, para Washington, a fim de trabalhar em ligação com a CIA e o FBI.117
Em 1963, o agente triplo Philby "desertou" para a Rússia com a missão de desmantelar a
União Soviética.

Enquanto isso, em 1956, quando Reinhard Gehlen substituiu o Maçom Otto


John como o chefe do novo Bundesnachrichtendienst (Serviço Federal de Inteligência da
Alemanha Ocidental), ele recebeu uma grande propriedade em Pullach, perto de Muni-
que, para seu uso. Lá, ele e seus ex-oficiais da inteligência da SS também produziram
relatórios sobre a zona ocupada Soviética, como União Soviética e Europa Oriental.
Além disso, a organização de inteligência de Gehien tinha conexões com a rede da In-
ternacional Nazista em todo o mundo.118 Devido à cooperação estabelecida entre a CIA e
o SIS, a Maçonaria Inglêsa estava a par de toda essa informação extremamente secreta.

Nações Unidas - Inspiração da Maçonaria Inglesa


Como a rede de inteligência do Ocidente estava sendo desenvolvida pelos Na-
zistas do pós-guerra, o segundo Governo Mundial Maçônico em tantas décadas fora
fundado em 1945 – desta vez, entretanto, sob o controle do Conselho de Relações Exte-
riores Anglófilo da Maçonaria Inglesa.119 O CFR iniciou seu planejamento em 1939 para o
que se tornaria as Nações Unidas após a 2ª Guerra Mundial. Em 1940, a conselho do
CFR, o Departamento de Estado dos EUA criou uma "Divisão Especial de Pesquisa",
liderada pelo membro do CFR Leo Pasbolsky, para criar a estrutura básica das Nações
Unidas. O comitê de Pasbolsky foi totalmente composto por membros do CFR. Em 1945,
o CFR assumiu o controle do Departamento de Estado, e nesse mesmo ano, pelo menos
47 membros do CFR estavam na delegação americana para participar da Conferência
das Nações Unidas, em São Francisco.

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A influência Maçônica, se não o controle total, dominou a geopolítica do pós-


guerra dos EUA e da Administração e filiação à ONU. Até o final da 2ª Guerra Mundial, a
Maçonaria Inglesa havia assumido o governo dos Estados Unidos através de sua frente,
o CFR. Também controlava as Nações Unidas, como foi confirmado pelos Cardeais da
Cúria Romana do Vaticano em The Plot Against the Church (1967), de Maurice Pinay.
Pinay diz que a Cúria Romana informou que desde a sua criação, as Nações Unidas têm
sido controlada em pontos fundamentais pela Maçonaria. Os Maçons ocuparam posições
burocráticas importantes e participam de muitas delegações nacionais de estados. Se
Comunista, anti-Comunista ou Neutralista, segundo a Cúria Romana, os Maçons ainda
ocupam as posições mais importantes nos três campos.120

A Maçonaria inglesa, a ONU e o FMI


Em 1934, o ano em que o presidente Roosevelt nomeou o Maçom Henry Mor-
genthau para Secretário do Tesouro,121 a moeda dos Estados Unidos foi retirada do
padrão-ouro e o selo Maçônico dos Illuminati (com seu Olho Que Tudo Vê no topo da
pirâmide inacabada) foi colocado no verso da nossa nota de US$ 1.122

Antes da América entrar na guerra, o secretário Morgenthau havia desconfiado


do grande poder monetário da Maçonaria Inglesa. Ele sabia que os Maçons britânicos
controlavam o Banco de Compensações Internacionais (BIC). Ele também sabia que os
Nazistas estavam usando o BIC como um armazém para os saques roubados, mas não
disse nada sobre isso.

Em 26 de março de 1943, o Congressista Jerry Voorhis, da Califórnia, entrou


com uma resolução na Câmara dos Deputados pedindo uma investigação do BIC. Mor-
ganthau ficou interessado, mas, sendo Maçom, não faria parte de uma investigação
pública de seus Irmãos Maçons Ingleses. A resolução morreu no Congresso. Aparente-
mente, o Congresso sentiu o mesmo que Morganthau, pois naquela época, 54% do
Congresso e 53% do Senado eram de Maçons.123 Em janeiro de 1944, o Congressista do
Estado de Washington, John M. Coffee, apresentou uma resolução semelhante. Mais
uma vez, foi engavetada.124

A oligarquia Maçônica Britânica, aparentemente sentindo o calor durante o ve-


rão de 1944, convocou uma reunião em Bretton Woods, New Hampshire, para resolver o
problema. A conferência estava cheia de Maçons Britânicos, incluindo John Maynard
Keynes, Anthony Eden e Bertrand Russell. Os Maçons Americanos também estavam
presentes. Entre eles estava Morgenthau.125

624
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

Morgenthau achou que o BIC deveria ser discretamente dissolvido. O membro


do CFR Dean Acheson, junto com os banqueiros Winthrop Aldrich e Edward E. Brown,
do Chase (depois Chase-Manhattan) e os primeiros bancos nacionais de Nova York,
queriam que ele fosse mantido. Aldrich e Brown foram apoiados pela delegação Holan-
desa e por J. W. Beyen da Holanda, o ex-presidente do BIC. Leon Fraser, do Primeiro
Banco Nacional de Nova York também estava com eles. O mesmo aconteceu com a
delegação Britânica. O Maçom Inglês Keynes achava que o BIC deveria continuar até
que um novo banco mundial e um fundo monetário internacional fossem criados quando
da futura e breve implantação das Nações Unidas.126

O Maçom Morgenthau insistiu que o BIC deveria ir e aprovar suas disposições,


mas ao final da Conferência de Bretton Woods, o Banco de Pagamentos Internacionais
ainda estava no negócio. Foi assim que, nos últimos meses da Primeira Guerra Mundial,
o ouro saqueado pelos Nazistas entrou no Banco Nacional Suíço e foi lavado, sendo
depois transferido para o BIC para ser usado futuramente.127

Antes da Conferência de Bretton Woods, no entanto, a formação do Fundo Mo-


netário Internacional (FMI) foi discutida e, um ano depois, fundado sob os auspícios das
Nações Unidas. Os mesmos acionistas Anglófilos do Banco Central que possuíam o BIC
também possuíam o FMI. O objetivo do FMI declarado seria emprestar dinheiro para as
nações do Terceiro Mundo para o desenvolvimento industrial. Logo se tornou aparente
que aqueles países em desenvolvimento não poderiam permanecer solventes sem pro-
duzir drogas ilegais para pagar sua crescente dívida nacional.

De acordo com o Dr. John Coleman, ex-oficial de inteligência Britânica, Londres


previu o dia, quando Hitler subiu ao poder, no qual ele precisaria da receita com as dro-
gas da América do Sul. Coleman relata: "Em 1933, o governo Britânico investiu US$ 7
bilhões em terras na América do Sul que só eram capazes de cultivar drogas".128 Quando
as nações sul-Americanas não conseguiram pagar suas dívidas nacionais junto ao FMI,
milhões de acres foram alugados por Ingleses de luvas brancas para produzir "um produ-
to mais vendável" para exportação".129

O Assassinato de John F. Kennedy


Após a Segunda Guerra Mundial, os ex-Nazistas na América do Sul estabelece-
ram uma rede de Lojas Maçônicas que se estendiam para o norte até Cuba. Cuba se
tornou seu centro de distribuição dos "produtos de exportação" Sul-Americanos O ditador
cubano Fulgencio Batista e a Máfia controlavam essa pequena ilha do Caribe. Fidel
Castro derrubou Batista em 1958. Em 1º de janeiro de 1959, Castro assumiu o comando

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

de Cuba, expulsou a Máfia e fechou o maior depósito Sul-Americano de distribuição de


drogas do Hemisfério Ocidental.

Com a perda de Cuba, os Nazistas Sul-Americanos entraram em contato com


Allen Dulles, seu amigo no CFR na chefia da CIA, e o pressionou a livrar Cuba de Cas-
tro. Durante os últimos meses do governo Eisenhower, Dulles elaborou a estratégia para
a invasão da Baía dos Porcos, apoiada pela CIA, agendada para 17 de abril de 1961. Ele
também nomeou dois agentes da CIA para iniciar "o recrutamento de figuras do sub-
mundo para realizar o assassinato" de Castro.130

Enquanto isso, John F. Kennedy, e não Nixon, preparado por Eisenhower, foi
eleito o 35º Presidente dos Estados Unidos. Toda a carreira política de Kennedy fora
uma guerra contra a Máfia. Ele considerou o exílio da Máfia de Cuba uma vitória. Ele viu
a invasão da Baía dos Porcos como uma ameaça ao seu objetivo final de destruir a
Máfia. Kennedy, portanto, desligou o suporte aéreo da Baía dos Porcos prometido pela
CIA, deixando Castro no poder. A CIA, a Máfia e os cartéis de drogas Nazistas da Améri-
ca do Sul, para não mencionar a Maçonaria Inglesa, ficaram com raiva.

Jim Garrison, o advogado de Nova Orleans que trouxe o único caso de acusa-
ções de conspiração contra um réu pelo assassinato de John Kennedy implicou tanto a
CIA quanto os Nazistas no assassinato de Kennedy, mas não mencionou a Máfia ou a
Maçonaria Inglesa.131 A tese do livro de David E. Scheim sobre o assassinato de Ken-
nedy está contido em seu título: Contract America: The Mafia Murder of President John
F. Kennedy (1988).132 David S. Lifton, em Best Evidence: Disguise and Deception in the
Assassination of John F Kennedy (1980), mostra o quão profundamente envolvida estava
a CIA na trama para matar JFK. Ele não deixa dúvidas de que a CIA encobriu, tanto a
trama para matar o Presidente, quanto a alteração do corpo do Presidente após o assas-
sinato.133

A evidência mais contundente da cumplicidade da CIA no assassinato de JFK é


o livro recente First Hand Knowledge; How I Participated in the CIA-Mafia Murder of
President Kennedy (1992), de Robert D. Morrow. Morrow afirma que ele, sob ordens da
CIA, foi quem comprou os três rifles que mataram JFK, que J. Edgar Hoover e Richard
Nixon, ambos sabiam da trama e que o governo fechou seus olhos para os planos do
assassinato. Ele diz que o Vice-Presidente Lyndon Johnson foi informado por Hoover o
motivo pelo qual JFK teria que ser morto - que ele havia desescalonado a Guerra do
Vietnã – a Guerra da CIA para controlar as drogas ilegais naquela parte do mundo. A
guerra foi retomada por Johnson, um dia após o assassinato. Por fim, Morrow descreve
as sistemáticas e deliberadas ações realizadas pelos envolvidos na conspiração.134

626
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

O FBI também estava envolvido no encobrimento. Hoover recrutou um bando


de assassinos do "chefe dos chefes" – O Chefe da Máfia Frank Costello. Michael Milan
(pseudônimo), autor de The Squad (1989), foi um deles. Sob as ordens de Hoover, Milan
e outros dois atacaram homens e mataram testemunhas "embaraçosas" do assassinato
de Kennedy.135

A Comissão Warren continuou o encobrimento.136 O Dr. John Coleman, ex-


agente da inteligência Britânica, em Secrets of the Kennedy Assassination Revealed
(1990), diz abruptamente que a Comissão Warren foi um encobrimento Maçônico. Por
exemplo, o Earl Warren era um Maçom do 33º grau, como Gerald Ford, que era seu
companheiro de Comissão. Contra todas as evidências de especialistas em contrário,
"[F]oi Ford", diz Coleman, "quem 'inventou' a teoria de uma bala. Foi Gerald Ford ...
quem insistiu que os especialistas que pegaram o rifle cometeram um erro ao identificá-lo
como um Mauser. Foi Ford quem disse que os médicos e enfermeiros do Parkland Hos-
pital em Dallas estavam 'enganados' sobre as feridas na cabeça do Presidente Ken-
nedy."137

O membro do CFR Allen Dulles também estava na Comissão. Ele também es-
tava no encobrimento. O autor David Scheim mostra que "durante as reuniões da Comis-
são, Dulles escondeu seu conhecimento das tramas relevantes de assassinato da
CIA/Mafia contra Castro... "138

O Dr. Coleman nos informa que "[nenhum] aspecto do assassinato de Kennedy


nunca é mencionado em qualquer um dos itens acima. "Coleman não diz especificamen-
te, mas deduz que a Maçonaria Inglesa estava por trás da trama para matar Kennedy,
porque Kennedy "ousou controlar os Britânicos... o controle da Casa Branca ... "139

Com a Baía dos Porcos sendo um fiasco, a Maçonaria Inglesa precisava encon-
trar outra casa compensadora para o seu comércio de drogas. O Maçom Licio Gelli, o
homem que havia sido contratado pela CIA após a Segunda Guerra Mundial, para levar a
SS à América do Sul, mais uma vez chegou à resgate dos senhores de drogas Nazistas
da Maçonaria Inglesa. Em meados da década de 1960, Gelli havia estabelececido uma
cadeia de lojas Maçônicas P-2 nas Américas do Sul e Central, através do qual as drogas
poderiam ser transportadas para a América do Norte.140 De acordo com Zepp, os envol-
vidos na operação P-2 eram "certas famílias oligárquicas (particularmente na Itália, Suíça
e Grã-Bretanha); suas instituições financeiras associadas... sociedades conspiratórias,
particularmente Maçônicas e outras classes pseudo-religiosas; a rede internacional do
crime organizado; e a ainda existente Internacional Nazista."141

627
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Protegendo os Documentos dos Nazistas


do Priorado de Sião
Embora a Encyclopedia of Freemasonry afirme que Hitler eliminou o Grande
Oriente no Continente, os bolsos da Grande Maçonaria Oriental sobreviveram. De acordo
com o Maçom Meyer Mendelsohn, um refugiado Judeu Francês que emigrou para os
Estados Unidos após a guerra, "os Maçons que escaparam da carnificina continuaram a
operar em círculos secretos na segurança privada de casas trancadas para continuar seu
trabalho Maçonico. "Esta rede Maçônica subterrânea, liderada por Charles de Gaulle,
tornou-se conhecida na história como "Resistência Francesa" e, ironicamente, envolveu
o Priorado de Sião e seu Grão-Mestre, Jean Cocteau.143

Os Maçons Ingleses, agindo através da inteligência Britânica, se envolveram no


Casos de resistência do Priorado, mesmo dez anos após a guerra.144 O objetivo deles
era contrabandear documentos importantes do convento fora da França para serem
mantidos na Inglaterra. Os autores do Messianic Legacy listam oito ingleses que estavam
envolvidos nesse esforço, todos diretores de companhias de seguros e prováveis
membros do Priorado de Sião. Após a 2ª Guerra Mundial, esses homens começaram a
obter as genealogias que estabelecem a legitimidade de uma reivindicação Merovíngia
para o trono Francês.145 Em 1956, o Priorado de Sião veio a público pela primeira vez e
se registrou no Journal Officiel Francês.146

Desde que o Acordo de Yalta colocou a França sob a influência da Maçonaria


Inglêsa, a 5ª República Francesa de De Gaulle não era apenas Maçônica, mas também
Sionista. Em 1962, os combatentes da resistência Maçônica da 2ª Guerra Mundial de
Sião foram recristalizados na Associação para a Quinta República. Esta associação
organizou o contrabando dos Documentos do Priorado para a Inglaterra.147 Para ocultar
sua atividade, o Priorado de Sião adquiriu os serviços dos Cavaleiros de Malta para fazer
o contrabando real. Os documentos foram mantidos na Inglaterra por 25 anos antes de
retornar à França.148

O jornalista Britânico Stephen Knight, autor de The Brotherhood (1984), afirma


que a Ordem do Templo de São João de Jerusalém (localizada na Palestina e Rodes), e
os Cavaleiros de Malta, na ilha de Malta, são Ordens Militares Maçônicas Inglesas.149
Ambas são derivadas dos Hospitalários dos Cavaleiros de São João, ou dos Hospitalá-
rios como vieram a ser conhecidos. Os Hospitalários eram os concorrentes dos Cavalei-
ros Templários durante as Cruzadas. Após a perseguição de 1314 aos Templários, os
Hospitalários adquiriram as propriedades dos Templários.150

628
______________________________________________________________CAPÍTULO 24

Um grupo de Hospitalários desembarcou em Malta, mudando seu nome para


Cavaleiros de Malta. Napoleão conquistou a ilha durante suas guerras e depois a frota
Britânica devolveu-a aos Cavaleiros.151 Os autores de Messianic Legacy declaram:

No direito internacional, o status atual dos Cavaleiros de Malta é o de um prin-


cipado soberano independente. O Grão-Mestre é reconhecido como chefe de estado,
com um posto secular equivalente a um príncipe e um posto eclesiástico equivalente a
um cardeal... Os graus mais altos da Ordem ainda são meticulosamente aristocráticos.
Os Cavaleiros mais altos devem poder exibir um brasão de armas há pelo menos trezen-
tos anos em sucessão ininterrupta de pai para filho.152

A Ordem de Malta do século XX é, escusado será dizer, idealmente colocada


para trabalho de inteligência... Hoje, acredita-se que a Ordem de Malta seja um dos
principais canais de comunicação entre o Vaticano e a CIA .... Não é incomum para
diretores da CIA serem Cavaleiros de Malta. John McCone, por exemplo, era um Cava-
leiro. O atual Diretor da agência, William Casey [falecido], é também um Cavaleiro. O ex-
Diretor William Colby foi declaradamente oferecido para ser membro na Ordem, mas diz-
se que declinou com as palavras "Eu sou um pouco mais baixo".153

A maioria desses homens também eram Maçons. Além disso, muitos membros
da Loja Maçônica P-2 Italiana são membros dos Cavaleiros, incluindo o Grão-Mestre
Licio Gelli. Os Cavaleiros de Malta são vistos como um canal ideal para a Maçonaria
Inglesa para coleta de informações.154

Em referência à conexão entre o Priorado de Sião e os Cavaleiros de Malta, os


autores de Messianic Legacy fazem esta afirmação: "Ambas as ordens, embora talvez
por razões diferentes e com prioridades diferentes, estiveram aparentemente intenciona-
das em criar algum tipo de Estados Unidos da Europa."155 Os Estados Unidos da Europa
têm sido o desejo de ambas as Maçonarias. A Maçonaria Inglesa, no entanto, estava na
posição dominante após a 2ª Guerra Mundial. Para manter o controle dos desenvolvi-
mentos políticos no Continente, a Maçonaria Inglesa precisava dos documentos do Prio-
rado. Através da Ordem dos Cavaleiros de Malta, a Irmandade Britânica forjou certas
assinaturas para obter os documentos da França. Os Cavaleiros de Malta realmente
transportaram os documentos para Londres.156

O Priorado de Sião é claramente o Olho Que Tudo Vê da Maçonaria Inglesa,


que "procura criar os Estados Unidos da Europa monárquico ou imperial..."157 Tal objetivo
será alcançado, não por revolução, mas por "seqüestrar uma ordem estabelecida e gra-
dualmente transformar essa ordem a partir de dentro".158 Os autores de Messianic Lega-
cy sugerem que a Loja Maçônica P-2 do tráfico de drogas da Itália é essa ordem.159

629
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Voltando às Escrituras, vemos que essa maquinação foi profetizada em Apoca-


lipse 18:23, que declara o mistério da Babilônia: "porque pelas tuas feitiçarias todas as
nações foram enganadas". Aprendemos que a palavra grega para "feitiçarias" sugere
fortemente o tráfico de drogas da Babilônia Misteriosa, que hoje está alojada na Maçona-
ria Inglesa. A Maçonaria Inglêsa conduz esse negócio, emprestando dinheiro para na-
ções do Terceiro Mundo (que não podem pagar seus empréstimos sem cultivar drogas);
arrendando milhões de acres na América do Sul para os produtores de drogas; e adqui-
rindo os serviços das Lojas Masônicas P-2 para contrabandear as drogas para o norte.
Enquanto as nações do mundo estão suficientemente "enganadas", isto é, impotentes e
degradadas pela dependência das drogas e seus respectivos problemas sociais, o Prio-
rado de Sião da Maçonaria Inglesa irá colocar, no trono dos Estados Unidos da Europa,
seu "rei de Jerusalém".

A Europa não perdeu seu desejo pela monarquia. Várias vias possíveis estão
abertas para o Priorado de Sião instalar seu "rei de Jerusalém" em um trono europeu.
Enquanto os autores da nota do Messianic Legacy: "Na Espanha, o rei Juan Carlos está
entrando na segunda (agora terceira) década de seu reinado, presidindo a primeira de-
mocracia que há trinta e cinco anos, e esse arranjo até agora provou ser bem sucedido.
Na França, os movimentos monarquistas continuam tão vigorosos como sempre, en-
quanto o próprio presidente assume um ar cada vez mais real. Sempre que ela visita
Viena, a mãe de Otto von Habsburg, a ex-imperatriz Zita, uma mulher agora com noventa
anos, atrai multidões adulantes do tipo geralmente associado ao Papa. Durante 1984 e
1985, certos jornais começaram novamente a especular sobre uma possível restauração
Habsburg na Áustria."160

Os autores do Messianic Legacy perguntam: "Se a própria monarquia continua


a exercer tal apelo, quanto mais este apelo pode ser aumentado se um monarca especí-
fico ou candidato monárquico poderia também reivindicar, em estrita conformidade com o
significado original do termo, ser um Messias? "161

630
Capítulo 25

O ENDEREÇO DA ESCARLATE

Então eu levantei os meus olhos, e eis que vi quatro chifres. E disse ao anjo
que falava comigo: Que são estes? E ele me respondeu: Estes são os chifres que dis-
persaram a Judá, a Israel e a Jerusalém. E o SENHOR me mostrou quatro carpinteiros.
Então eu disse: Que vêm estes fazer? E ele falou, dizendo: Estes são os chifres que
dispersaram Judá, de modo que nenhum homem ergueu a sua cabeça; estes, pois,
vieram para amedrontá-los, para derrubar os chifres dos gentios, que levantaram
o seu chifre sobre a terra de Judá para dispersá-la.
Zacarias 1:18-21

Zacarias descreve duas entidades misteriosas em guerra - os chifres dos Gen-


tios contra os quatro carpinteiros. Os chifres são responsáveis por espalhar as doze
tribos de Israel em todo o mundo. Os carpinteiros retaliam com a revolução para expulsar
os chifres e emancipam os Judeus.

Os Quatro Chifres
O Dr. E. Schuyler English, editor do jornal Our Hope durante a década de 1940
e 1950, e Marian Bishop Bower, professor da Philadelphia School (atual College) da
Bíblia, comenta o significado da palavra "chifres" na profecia: "Na Bíblia, chifres falam de
poderes, geralmente o poder de um rei Gentio".1

O primeiro registro Bíblico de um rei Gentio foi Ninrode, o "poderoso" que cons-
truiu a Babilônia. Arqueólogos descobriram que este monarca usava uma coroa com
chifres de touro, que pode ser a razão pela qual as Escrituras, desde então tem identifi-
cado uma potência mundial através desse símbolo. O sistema de governo de Nimrode
era unir religião e política, inaugurando, assim, o que é conhecido como Sistema Babilô-
nico. Gênesis 10:8,10 e 11:2,4 nos dá uma breve história do começo da Babilônia Miste-
riosa:

E Cuxe gerou Ninrode; este começou a ser poderoso na terra... E no começo do seu
reino estavam Babel, e Ereque, e Acade, e Calné na terra de Sinar [Babilônia]... E acon-

631
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

teceu que, eles viajando do leste, acharam uma planície na terra de Sinar, e eles habita-
ram ali... E eles disseram: Vamos, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre, cujo
topo possa alcançar o céu. E façamos para nós um nome, para que não sejamos espa-
lhados sobre a face de toda a terra.

A "cidade" representa o poder político ou civil do rei e a "torre" representa o po-


der divino ou religioso do rei. Nas antigas religiões pagãs, o rei unia os dois poderes.

O sistema Babilônico de Nimrode formou o padrão pelo qual todos os reinos


depois seriam governados: isto é, com a religião e o estado unidos. Muitos séculos de-
pois, um rei da Babilônia chamado Nabucodonosor seria o primeiro a levantar swu "chi-
fre" sobre a terra de Judá. Nabucodonosor é o primeiro desses quatro poderes históricos
com chifres, mencionados por Zacarias. As outras três potências foram a Medo-Pérsia, a
Grécia e Roma.3

Os Quatro Carpinteiros
English e Bower sugerem que os quatro carpinteiros de Zacarias "eram operá-
rios, talvez escultores ou ferreiros – que trabalhavam o ferro... Deus queria deixar claro
que Ele tem um instrumento para destruir todo poder que trabalha contra Ele... Os traba-
lhadores esmagariam as potências mundiais que haviam espalhado Judá e Israel, e que
estavam determinadas a eliminá-los."4

O que esses dois comentaristas da Bíblia acabaram de descrever é uma revo-


lução Maçônica. "Carpinteiro", como sabemos, é sinônimo de "pedreiro (maçom em
francês)" Símbolos Maçônicos exibem as ferramentas do carpinteiro, como o quadrado e
a bússola, que é o principal símbolo da Maçonaria. A Revolução Maçônica Francesa
(uma revolta do trabalhador) foi a primeira a destruir um reino Gentio moderno e emanci-
par completamente os Judeus. A Maçonaria Francesa também foi a primeira a formar
sindicatos de trabalhadores, usando a força de greves para paralisar uma nação. As
revoluções Maçônicas Francesas de 1848 e 1871 foram ambas organizadas a partir de
500 sindicatos de trabalhadores. Da mesma forma, os Bolcheviques do Grande Oriente
de 1905 coordenaram mais de 1.600 greves, envolvendo um milhão de homens e mulhe-
res em São Petersburgo.

O Deus Todo-Poderoso inspirou Zacarias a usar carpinteiros como a palavra


para representar as quatro Conspirações Maçônicas contra as quatro potências mundiais
Gentias. No Hebraico, carpinteiro literalmente significa maçom. Além disso, a raiz primiti-
va Hebraica descreve figurativamente uma conspiração Maçônica: "conceber (em um
sentido ruim); daí (da idéia de sigilo) para ficar em silêncio, para não falar... oculte...
632
______________________________________________________________CAPÍTULO 25

pratique em segredo, fique em silêncio, mantenha-se em silêncio, não fale nada, fique
quieto, segure a língua." Um derivado da raiz principal define o carpinteiro como uma
religião misteriosa: "arte mágica; também silêncio: - astúcia, secretamente". Quando o
primeira raiz é maiúscula, significa "um levita", que o rito Maçônico Escocês, ou o cha-
mado Rito Judaico, afirma ser uma de suas tendências. Outra derivada da raiz primitiva
significa "surdos espiritualmente", que os Maçons são certamente enganados.5

A ação realizada pelos quatro carpinteiros na passagem de Zacarias foi "briga"


e "expulsar" os poderes Gentios. Briga em Hebraico significa "estremecer com terror".6

Os quatro carpinteiros poderiam representar quatro revoluções Maçônicas mo-


dernas que aterrorizaram e destronaram quatro reinos Gentios que perseguiram os Ju-
deus. De fato, o terrorismo, sugerido pela palavra Hebraica para briga, tem sido a ferra-
menta usada em todas as revoluções no estilo do Grande Oriente. De fato, os reis da
Europa estremeceram de terror quando a Revolução Francesa começou, assim como os
Franceses durante o "Reino do Terror", e os Russos durante o "Terror Vermelho".

Os "Chifres": Passado e Futuro


English e Bower também afirmam que os quatro "chifres" se referem especifi-
camente à Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. Daniel 2 também profetiza a ascensão e
queda desses quatro poderes. Segundo Daniel, o quarto declina, mas nunca deixará de
existir. Em vez disso, divide-se em duas pernas (império Oriental e Ocidental de Cons-
tantino) e, depois, divide-se ainda mais em dez dedos.

Daniel 7:7 descreve os dez dedos como uma Besta com dez chifres. Apocalipse
13:1 também descreve a Besta como tendo dez chifres. Ambas são a mesma Besta do
fim dos tempos. Muitos comentaristas da Bíblia se referem aos dez dedos dos pés e aos
dez chifres como o "império Romano revivido", que eles acreditam ser aquele que inclui-
rá dez nações Européias nos últimos dias.8

Podemos entender o quarto chifre mencionado por Zacarias como sendo, de fa-
to, o chifre do Império Romano, mas estendendo-se, a partir de Roma, até a Europa
medieval onde o antigo império Romano ficou conhecido como o Sacro Império Romano.
O sistema Babilônico Europeu de Igreja e Estado unidos continuou a ser governado, pelo
menos espiritualmente, por Roma. E a antiga Roma, o Sacro Império Romano, era raivo-
samente anti-Semita. Não até as violentas revoluções dos "carpinteiros" começarem há
300 anos, foi o “chifre” romano dos Reis Gentios "expulso" e os Judeus emancipados.9

633
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Talvez os quatro carpinteiros de Zacarias representem as quatro principais re-


voluções Maçônicas documentadas ao longo deste livro: Inglêsa (1688), Americana
(1776), Francêsa (1789), e Russa (1917). Essas quatro revoluções, não apenas emanci-
param os Judeus em sua saga, mas também prepararam o terreno para o reavivamento
de Israel como nação, em 1948. Podemos traçar as etapas deste movimento: a França
deu total emancipação aos Judeus em 1791. A Rússia deu origem ao movimento Sionis-
ta na segunda metade do século XIX. A Inglaterra deu a Palestina aos Sionistas após a
1ª Guerra Mundial. E a América garante a sobrevivência de Israel hoje.

Essas quatro revoluções dos carpinteiros lutaram contra um sistema Babilônico


que unia a religião com a coroa. Apocalipse 17 refere-se a este sistema como Babilônia
Misteriosa, a Mãe das Prostitutas. No momento em que as revoluções começaram, a
Prostituta estava sediada em Roma. Onde está a sede dela hoje?

A Babilônia Ocidental
A localização atual da Babilônia Misteriosa no que se refere a lugar, tempo e re-
ligião, ou igreja, tem fascinado a muitos. A história das viagens de Escarlate revela que,
à medida que os reinos mundiais marcharam para o oeste, assim também o quartel-
general de Satanás avançou. Apocalipse 18 divulga que a religião de Escarlate controla
reis, comércio e política. O assento de Satanás, portanto, deve estar estabelecido no
centro de uma potência mundial dominante onde a Coroa e a Religião nunca se separa-
ram.

Após o Grande Dilúvio, Satanás estabeleceu sua sede de poder na Babilônia.


Quando Cristo andou na terra, Satanás estava sediado em Jerusalém. Quando o adver-
sário foi incapaz de esmagar o Cristianismo em sua fonte, o Rev. Clarence Larkin em
The Book of Revelation (1919) sugere que Satanás seguiu a Igreja para continuar sua
incessante guerra contra ela. Assim, o centro de operações de Satanás foi transferido
para Pérgamo, na Ásia. Menor, naquele tempo, a extremidade ocidental do movimento
Cristão. Aparentemente, Satanás intentava bloquear a expansão missionária para o
oeste da Europa.

Em Apocalipse 2:13, Cristo fala de "Satanás habitando" em Pérgamo. "Eu co-


nheço as tuas obras, e onde tu habitas, onde Satanás está assentado; e tu reténs meu
nome, e não negaste minha fé, mesmo naqueles dias em que Antipas foi meu mártir fiel,
e foi morto entre vós, onde Satanás habita."10

Cada movimento da Igreja para o oeste tem sido acompanhado por Satanás e
sua religião Prostituta, a Babilônia Misteriosa. Assim, quando o Império Romano era o
634
______________________________________________________________CAPÍTULO 25

reino dominante, Satanás deixou Pérgamo por Roma e Escarlate (Babilônia Misteriosa) o
seguiu. A referência do Apóstolo Pedro para Babilônia em 1 Pedro 5:13 indica que os
primeiros Cristãos estavam cientes de que a Babilônia Misteriosa havia se localizado lá:
"A igreja que está na Babilônia, eleita juntamente convosco, vos saúda,..."11

O Rev. Hislop em The Two Babylons (1916), com o subtítulo The Papal Worship pro-
ved to be The Worship of Nimrod and His Wife empresta toda a sua pesquisa à premissa
de que a Babilônia Misteriosa passou a residir permanentemente na Igreja de Roma. Ele
afirma que "sempre foi fácil mostrar que a Igreja que tem sua sede situada nas sete
colinas de Roma seria mais apropriadamente chamada de "Babilônia", na medida em
que é a sede principal da idolatria sob o Novo Testamento, assim como a antiga Babilô-
nia era a sede principal da idolatria sob o Antigo".12

O Rev. Clarence Larkin era da mesma opinião. Larkin afirma que as descrições
das Sete Igrejas de Apocalise (capítulos 2-3) - Éfeso, Smirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes,
Filadélfia e Laodicéia - são profecias da história da Igreja. Ele sugere que a Babilônia
Misteriosa viajou da Babilônia até Pérgamo, depois de Pérgamo para Roma. Larkin afir-
ma que o período de domínio do Catolicismo Romano na história da igreja é profetizado
em Apocalipse 2:18-19, que aborda a igreja em Tiatira.

Os comentaristas Bíblicos English e Bower mantinham a mesma opinião. Em


suas anotações à Edição Peregrina da Bíblia Sagrada, eles observaram que a palavra
"Tiatira" significa "sacrifício contínuo". Eles associaram esse significado de Tiatira ao
principal ato de adoração da Igreja Católica, "o sacrifício da Missa", que é uma ordenan-
ça contínua dentro da Igreja Romana.13

Em Apocalipse 2: 20-23, Cristo, por meio do apóstolo João, emite um severoa


condenação da igreja em Tiatira:

Porém, eu tenho umas poucas coisas contra ti, porque toleras aquela mulher
Jezabel, que chama a si mesma de profetisa, a ensinar e a seduzir os meus servos a
cometerem fornicação, e a comerem das coisas sacrificadas aos ídolos. E eu lhe dei
tempo para se arrepender da sua fornicação; e ela não se arrependeu. Eis que eu vou
jogá-la em uma cama, e aqueles que cometem adultério com ela em grande tribulação, a
não ser que eles se arrependam de seus atos. E eu matarei os seus filhos com a morte;
e todas as igrejas saberão que eu sou o que esquadrinha os rins e os corações, e eu
darei a cada um de vós conforme as vossas obras.

Clarence Larkin identifica "aquela mulher Jezabel" na igreja de Tiatira com a


Jezabel de Israel. Ele escreve:

635
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Jezabel, esposa de Acabe, não era uma filha de Abraão de nascimento, mas
uma princesa de lira idólatra, também em uma época em que sua família real era famosa
pela cruel selvageria e intensa devoção a Baal e Astaate .... Acabe, rei de Israel, para
fortalecer seu reino, casou-se com Jezabel e ela, ajudada e incentivada por Acabe, intro-
duziu o culto licencioso de Baal em Israel e matou todos os profetas do Senhor nos quais
ela poderia colocar as mãos.

Não há dúvida de que, se Jezabel era uma pessoa real [na Igreja] ou não, ela
tipificou um "sistema" e esse "sistema" era a "igreja papal". Quando a "Igreja Papal"
introduziu imagens e figuras em suas igrejas para que as pessoas a elas se curvassem,
tornou-se idólatra. E, quando estabeleceu sua alegação de que o ensino da Igreja é
superior à Palavra de Deus, assumiu o papel de "Profetisa". Um estudo cuidadoso do
"Sistema Papal", de 606 d.C. até a Reforma em 1520 d.C., com a instituição do "Sacrifí-
cio da Missa" e outros ritos pagãos, revela nele o domínio do "Jezebelismo". Foi também
um período de "Perseguição Jezebelística", como visto nas guerras das Cruzadas e na
ascensão da Inquisição.14

Parece indiscutível que Roma, naquele tempo o poder mais poderoso da terra,
era a sede de Satanás e sua religião Babilônica. Roma, no entanto, não é o maior poder
hoje. Todavia, Alexander Hislop deixa a Mãe das Prostitutas na Igreja Romana, enquanto
seu contemporâneo, Clarence Larkin, encerra o "Jezebelismo" em torno de 1520 d.C.

Procurando o Novo Lar da Babilônia Misteriosa


William R. Goetz, em Apocalypse Next, um livro que lista indicações incríveis
sobre os eventos cataclísmicos profetizados há muito tempo que estão vindo sobre a
terra, faz tentativas para localizar a Babilônia Misterios atual, procurando a sede de uma
religião que permite que todas as outras religiões se juntem à sua irmandade. "Aparen-
temente", diz Goetz, "nenhuma religião como o Protestantismo, o Islamismo ou o Catoli-
cismo poderia levar todas as outras religiões a se juntarem a ela, embora muitas dessas
tentativas tenham sido e estão sendo feitas. Inquestionavelmente, seja qual for a religião,
terá que ter um apelo forte - muito mais forte do que a atração do Cristianismo diluído
hoje em dia."15

Goetz sugere que essa religião incluirá "as práticas ocultistas - como mágia ne-
gra, sessões, contato com demônios, milagres, bruxaria, feitiçaria e astrologia."16 Ele
fornece então outro critério para ajudar a descobrir a atual Mãe das Prostitutas: "Interpre-
tação bíblica adequada, que exige que o primeiro uso de um termo nas escrituras seja
seguido em todos os usos sucessivos, logo confirmam que estamos perto de resolver o
mistério de qual religião a ‘prostituta’ poderia representar."17
636
______________________________________________________________CAPÍTULO 25

Aplicando a fórmula de Goetz às Escrituras, sabemos que a antiga Babilônia


produziu a "Mãe das Prostitutas." Que a Meretriz da Babilônia também era a Mãe das
Prostitutas indica que ela tem muitos filhos. Ela não é uma descendência ou criança, mas
a mãe original de todas as falsas religiões.

Aplicando os critérios de Goetz à Igreja Católica, descobrimos que a Igreja em


Roma nunca poderia ter sido a Babilônia Misteriosa, a Mãe das Meretrizes, pois suas
raízes não estavam na Babilônia. Tampouco poderia ter sido uma prole. Por exemplo,
Tiatira, que Clarence Larkin afirma ser profética do Catolicismo Romano, foi uma de
nossas sete igrejas do Senhor, e não uma descendência da Prostituta. O próprio Cristo
reconheceu Tiatira como Sua. Ele não a chamou de "Mãe das Prostitutas", mas a conde-
nou pela fornicação com Jezabel, que é representativa de sua idolatria com a Mãe Prosti-
tuta.

Encontramos um caso semelhante de idolatria no Antigo Testamento. Jeremias


3 registra que Deus se divorciou de Israel por se prostituir com as divindades Babilôni-
cas. Os Judeus tinham anteriormente caído no mesmo pecado que os Cristãos em Ro-
ma. É Israel a Babilônia Misteriosa também? Claro que não. No entanto, a Babilônia
Misteriosa passou por ela. Da mesma forma, a Babilônia Misteriosa tem passado através
da Igreja Romana, mas a Igreja Romana não é, em si mesma, ela a Mãe das Prostitutas.

Babilônia Misteriosa Identificada


Em nossos dias, a Prostituta deve ser uma religião misteriosa com raízes na
Babilônia, uma religião que é conhecida como a "Mãe" de todas as religiões prostitutas
modernas. Sua forma de adoração, no entanto, não é o único critério de identificação.
Apocalipse 17-18 nos dá mais pistas sobre ela. Nos últimos dias, antes de ser destruída
pelo fogo, ela deve estar no controle de reis, comércio, finanças e grandes empresas em
escala internacional. A Igreja Romana perdeu esse controle durante os últimos três sécu-
los de revoluções políticas.

Uma poderosa ordem mundial cumpre os critérios fornecidos por Goetz e é in-
dicada pelas Escrituras. A Mãe Prostituta, ou Escarlate, é uma religião misteriosa, admi-
tindo assim em suas próprias publicações secretas. Desde 1717, todos os cultos moder-
nos, sociedades secretas e falsas religiões organizadas no mundo ocidental saíram do
seu ventre. Todas as religiões mais velhas do que ela podem se juntar a ela sem discri-
minação. Outras indicações são que seus associados (ou amantes) são os governantes
dos governos: sua hierarquia controla bancos, comércio e indústria mundiais; e mais
significativamente, ela comanda a fabricação e o tráfico ilícitos de drogas para todas as
nações.
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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Esta entidade misteriosa, não ligada a nenhum sistema religioso, mas permitin-
do que todos se juntem a ela, opera por conta própria na maturidade da Mãe Prostituta.
Apresentando-se como organização Judaico-Cristã, ela tem todas as marcas de "Misté-
rio, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostitutas", e afirma em suas próprias publicações
que se originou em Babel. Ela não tem sede em Roma, mas se mudou para o oeste.

Podemos rastrear seu movimento por meio de Apocalipse 18:24: "[N]ela foi en-
contrado o sangue dos profetas [enquanto ela passava por Israel] e dos santos [enquan-
to ela passou por Roma] e de todos os que foram mortos na terra [enquanto ela reside
em sua sede atual após a Reforma]".

Seu objetivo final é uma irmandade universal, governada por um sistema políti-
co global sob seu comando idólatra. Ela é a prostituta do Apocalipse cavalgando o ani-
mal político. Sua saída da Igreja Católica começou com a Reforma Protestante.

A Velha Ordem Mundial


A Reforma Protestante e as revoluções carpinteiras de nossa era moderna, que
tiveram seus começos há três séculos, eram as únicas vias de fuga da progressivamente
despótica Igreja Romana, que estava em união com os igualmente despóticos reis Euro-
peus, no que é chamado de Velha Ordem Mundial. Juntos, eles criaram para seus súdi-
tos condições tão insustentáveis que uma Nova Ordem Mundial logo lançaria fora o jugo
da opressão.

A duração do entrelaçamento da Igreja Romana com impérios mundanos lem-


bra as palavras de Cristo em Apocalipse 2:21-23 à Igreja (Católica) de Tiatira: "E eu lhe
dei tempo para se arrepender da sua fornicação; e ela não se arrependeu. Eis que eu
vou jogá-la em uma cama, e aqueles que cometem adultério com ela em grande tribula-
ção, a não ser que eles se arrependam de seus atos. E eu matarei os seus filhos com a
morte; e todas as igrejas saberão que eu sou o que esquadrinha os rins e os corações, e
eu darei a cada um de vós conforme as vossas obras".

A Babilônia Misteriosa Sai da Igreja Romana


e Entra nas Sociedades Secretas
A profecia de Cristo sobre a tribulação para a era da igreja em Tiatira foi cum-
prida. A selvageria das Inquisições, realizada em nome de Cristo por vaidosos e pompo-
sos Papas, feito bárbaros parecem cordeiros suaves. Como resultado, pagãos, que

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______________________________________________________________CAPÍTULO 25

tinham se convertido ao Cristianismo por conveniência, começaram a formar sociedades


secretas para protegerem a si mesmos. Os Protestantes lutaram abertamente. Assim, a
Reforma surgiu, não somente dos Cristãos Protestantes, mas também protestando con-
tra os pagãos.

Quando a Babilônia Misteriosa não podia mais controlar o Vaticano, ela saiu da
Igreja Católica durante a Reforma e enterrou sua conspiração em sociedades secretas
com a intenção de destruir a Igreja através da revolução política. A Maçonaria tornou-se
a maior e mais duradoura sociedade secreta para abrigar a Babilônia Misteriosa. Através
das lojas Maçônicas, a Meretriz da Babilônia alcançou seus objetivos revolucionários. O
Little Masonic Library admite prontamente que "na Reforma, a Maçonaria rompeu sua
conexão com o Catolicismo....

Em outro lugar, a Little Masonic Library reconhece o nascimento da Maçonaria


com a Reforma: "De fato, não temos considerado devidamente como verdadeiro que a
Maçonaria, em sua forma moderna, seja filha da Reforma, aliada, por assim dizer, ao
movimento, ou ao grupo de movimentos, dos quais surgiu a liberdade dos povos, a liber-
dade de consciência e a independência da masculinidade".19

Babilônia Misteriosa: de Roma a Londres em 1717


Sabemos que Clarence Larkin encerra o "Jezebelismo" (a Babilônia Misteriosa
na Igreja Católica) por volta de 1520 d.C. Foi durante esse período (1534) que o Rei
Henry VIII insistiu que o Parlamento substituísse a Igreja Católica na Inglaterra pela
Igreja da Inglaterra. Todo monarca Britânico, desde então, tem usurpado a posição do
papa como chefe da igreja do estado. Em 1688, a "Revolução Gloriosa" Maçônica Ingle-
sa não alterou a posição do rei. Em vez disso, a Maçonaria assumiu o controle da Igreja.
O jornalista Britânico Stephen Knight confirma que "A Igreja da Inglaterra tem sido uma
fortaleza da Maçonaria por mais de duzentos anos".20 Nos anos 1950, o arcebispo de
Canterbury, dezesseis bispos e mais de 500 padres Anglicanos eram Maçons.21 O Ma-
çom Francês Marius Lepage em Le Symbolisme (outubro de 1953) disse: "É absoluta-
mente inútil para um Francês tentar entender a Maçonaria Inglesa, a menos que perceba
que a coroa, a Igreja Anglicana e a Grande Loja Unida da Inglaterra é um Deus em três
pessoas."22

O que Cristo condenou na igreja de Roma, a Igreja da Inglaterra abraçou. Em


24 de junho de 1717, quatro lojas Maçônicas de Londres se uniram na Grande Loja,
estabelecendo a alegação de que a Maçonaria Inglesa está enraizada na Babilônia, com
Nimrode como seu fundador.23 Essa também é a data em que a Maçonaria dá a entender
que a Igreja Católica tenha começado a perder seu domínio sobre reinos. Falando à
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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Convenção do Grande Oriente em Paris, em 1902, o Grão-Mestre Delpech disse: "A


Igreja de Roma, baseada no mito da Galiléia, começou a declinar rapidamente desde o
dia em que a associação Maçônica foi estabelecida."24

Em 1737, a Maçonaria Inglesa estabeleceu a tradição de fazer seus reis chefes


honorários da Grande Loja. Este movimento, de fato, fez monarcas Britânicos reis-
sacerdotes da moderna Babilônia Misteriosa. Até hoje, a Inglaterra nunca vacilou do seu
sistema Babilônico. Mesmo quando a Maçonaria Francesa forçou a separação de igreja
e estado em todas as suas revoluções, a Maçonaria Inglesa permanece no controle da
igreja e estado até hoje.

Em resumo, o quarto chifre de Zacarias, o império Romano, representa o sis-


tema monárquico Babilônico de governo estendido à Europa medieval, sob o qual sofre-
ram os Judeus. Quando os "chifres" Europeus foram "expulsos" pelas revoluções "carpin-
teiras", os Judeus foram emancipados, a igreja foi separada do estado e o sistema Babi-
lônico mudou de Roma para Londres.

Apocalipse Lança Luz sobre a Maçonaria Inglesa


como a Babilônia Misteriosa
O maior livro de profecia da Bíblia promete uma bênção especial para aqueles
que o lerem (Apocalipse 1:3): “Abençoado é aquele que lê, e aquele que ouve as pala-
vras desta profecia, e guarda estas coisas que nela estão escritas, porque o tem-
po está próximo”.

Neste livro, o relato das duas conspirações Maçônicas no texto referido como a
"Babilônia Misteriosa" e a "Besta" são profetizadas. A história e o fim dos tempos destrui-
ção do mistério da Babilônia é registrada em Apocalipse 17 e 18. Em 17:1-9, o apóstolo
João descreve Escarlate como lhe é mostrado por Jesus Cristo:

E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-
me: Vem aqui, mostrar-te-ei o juízo da grande prostituta que está assentada sobre as
muitas águas; com a qual os reis da terra cometeram fornicação; e os habitantes da terra
foram embebedados com o vinho da sua fornicação. Assim, ele levou-me em espírito
para o deserto, e eu vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor escarlate, cheia
de nomes de blasfêmia, tendo sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de
púrpura e escarlate, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; tendo um cálice
de ouro em sua mão, cheio das abominações e imundícias da sua fornicação. E sobre
sua testa havia um nome escrito: Mistério, Babilônia a Grande, a Mãe das Prostitutas

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______________________________________________________________CAPÍTULO 25

e Abominações da Terra. E eu vi a mulher embriagada com o sangue dos santos, e


com o sangue dos mártires de Jesus; e, eu vendo-a, maravilhei-me com grande admira-
ção. E o anjo me disse: Por causa disso te maravilhaste? Dir-te-ei o mistério da mulher, e
da besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres. A besta que viste, era, e não
é, e subirá do abismo sem fundo, e irá à perdição; e aqueles que habitam na terra hão de
se maravilhar, cujos nomes não foram inscritos no livro da vida, desde a fundação do
mundo, quando eles contemplarem a besta que era, e já não é, ainda que agora seja. E
aqui está a mente que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montanhas, sobre as
quais a mulher está assentada.

Juramentos Maçônicos Identificam a Babilônia


Misteriosa
O culto de Escarlate está oculto no "mistério", ou misticismo oriental, é acorda-
do por William Goetz em Apocalypse Next. Goetz afirma que o a Babilônia Misteriosa
moderna não será uma igreja com um Cristianismo diluído, mas deve ser uma organiza-
ção secreta que pratica feitiçaria.25

Um olhar atento ao Grego do texto das Escrituras acima confirma essa interpre-
tação da Babilônia Misteriosa. A palavra Grega para mistério significa "calar a boca; um
segredo através da idéia de silêncio imposto pela iniciação a ritos religiosos".26 Essa
definição concorda com o significado da palavra Hebraica para "carpinteiros" na visão de
Zacarias, no início do capítulo: "conceber (em um sentido ruim); daí (a partir da idéia de
sigilo) para ficar calado, para não falar... esconder... praticar secretamente, manter silên-
cio, calar, não falar uma palavra, ficar quieto, segurar a língua."

A "iniciação em ritos religiosos" em todas as religiões misteriosas da Babilônia


inclui fazer juramentos de sangue em silêncio. Para aqueles que prestam juramentos (se
alguém acredita em sua veracidade), uma morte cruel é administrada se o silêncio não
for mantido.

Para ilustração, consideraremos as conseqüências de prestar juramentos Ma-


çônicos em cada um dos três primeiros graus da Maçonaria. No final da iniciação, o
candidato jura manter todos os segredos Maçônicos, "obrigando-me a uma pena não
menor do que ter minha garganta cortada... a língua arrancada por suas raízes... meu
peito aberto... o coração arrancado... o corpo cortado em dois... os intestinos retirados...
se conscientemente violar essa minha obrigação solene..." Depois do juramento, o Vene-
rável Mestre da Loja diz ao Diácono Senior: "Ele está vinculado a nós por uma obriga-
ção, um laço mais forte do que as mãos humanas podem impor."27

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Quem impõe esse laço desumano além de Satanás, o Mestre Enganador? Tia-
go 5:12 adverte os Cristãos contra fazerem tais juramentos secretos, porque são enga-
nos: "Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais
qualquer outro juramento; mas que o vosso sim seja sim, e o vosso não, não; para que
não caiais em condenação."

A palavra Grega para o tipo de condenação da qual Tiago fala, significa "enga-
no" e é usada nesse sentido apenas uma vez no Novo Testamento.28

O engano está no coração da Maçonaria, de acordo com o maior Maçom de to-


dos os tempos, Albert Pike. De fato, em Morals and Dogma, Pike escreve que nos Graus
Azuis "o iniciado .. é intencionalmente enganado..."29

Algo mais que engano prende o iniciado quando ele faz juramentos de sangue.
Oswald Wirth, um conhecido Maçom Francês do 33º grau da Grande Loja, confirma em
seu livro The Ideal Initiate (1927), de que o ato de prestar juramento Maçônico é, de fato,
vender a alma para o Diabo:

É uma questão séria pedir a Iniciação, pois é preciso assinar um pacto... [o


qual]... exige que a alma do homem seja verdadeiramente comprometida no ato. Não é,
então, como conduzir uma barganha com o Diabo, em que o Maligno se deixa enganar; é
um acordo firmado com seriedade entre ambos, entre [o Diabo e o Iniciado], e não há
como escapar de suas cláusulas... [O] próprio Iniciado fica, por esse pacto, indissoluvel-
mente ligado a seus senhores... Isso tudo nada seria... se você pudesse pedir para ser
iniciado livre de todas as obrigações, sem pagar com a sua própria alma... 30

A Babilônia Misteriosa Moderna, Decepção


e Tráfico de Drogas
Sabemos de fontes Maçônicas que a Maçonaria engana seus próprios inicia-
dos. Existe, no entanto, um engano mais amplo, conforme anunciado em Apocalipse
18:23b: "porque pelas tuas feitiçarias todas as nações foram enganadas".

Este versículo revela o controle da Babilôna Misteriosa sobre a fabricação e o


tráfico de drogas ilegais em todo o mundo. Quatro palavras Gregas são empregadas
para definir feitiçarias usadas nas Escrituras acima. São elas: (1) pharmakeja, que signi-
fica medicação mágica na prática de bruxaria; (2) pharmakeus e pharmakon, significando
um mágico ou feiticeiro que fabrica e vende poções que dão feitiços; e (3) pharmakos,
que tem o mesmo significado que pharmakon.31 Em nenhum outro lugar nas Escrituras,

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______________________________________________________________CAPÍTULO 25

exceto em referência à Babilônia Misteriosa, são usadas palavras Gregas para feitiçaria,
no sentido em que estão aqui para indicar a fabricação, venda e consumo de drogas.
Dessas palavras, vem a nossas formas de escrever farmacêutico, farmácia e farmacêuti-
ca.

Já descrevemos a tradição e a história do uso de feitiçaria e drogas usadas em


ambas as Maçonarias. No capítulo anterior, sugerimos a extensão do Império das drogas
da Maçonaria Inglesa pós 2ª Guerra Mundial. O Volume III de Escarlate e a Besta é
inteiramente dedicado a rastrear o controle universal do crescimento da Meretriz da
Babilônia, na fabricação, distribuição e financiamento de drogas ilegais com o objetivo
expresso de enganar o mundo para aceitar seu Anticristo da Nova Era.

O envolvimento da Maçonaria Inglesa com drogas ilícitas pode ser a evidência


mais forte de que, hoje, Londres é o lar da Babilônia Misteriosa.

Mãe das Prostitutas


Apocalipse 17:4-5 expõe a perfídia do caráter de Escarlate: Ela não é apenas
uma religião prostituta, mas a "MÃE" - a primeira nascida da Babilônia - e a progenitora
de todas as religiões falsas. Portanto, ela é chamada de BABILÔNIA MISTERIOSA, A
MÃE DAS PROSTITUTAS.

Como vimos, a Maçonaria Inglesa, a mãe de toda Maçonaria, a reivindica suas


raízes na antiga Babilônia. Com mais de 9.000 lojas-templo espalhadas pela maioria das
nações do mundo (e com mais de 7.000 somente na Grã-Bretanha, incluindo 1.700 em
Londres). A Maçonaria é a maior religião prostituta do mundo, atualmente. Além disso,
esta moderna prostituta da Babilônia deu origem a centenas de sociedades secretas
modernas, cultos, grupos de reflexão e uma variedade de ordens políticas.

Edith Miller, em Occult Theocrasy (1933), cita muitos dos filhos da Maçonaria
Inglêsa. Vamos listar os principais por nação, incluindo alguns que apareceram após a
publicação do livro de Miller:

Inglaterra: Societas Rosicruciana em Anglia, Rito Antigo e Primitivo de Mem-


phis, Sociedade Teosófica, Ordem da Aurora Dourada, Stella Matutina, Sociedade Fabi-
ana, Grupos da Mesa Redonda, estrelas do rock and roll e drogas ilegais.

Alemanha: Illuminati, Estrita Observância, Ordem Martinista, Tugendbunds, So-


ciedade Antroposófica, O.T.O. e a Sociedade Thule.

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França: Rito Escocês, Grande Loja Francesa, Grande Orientes, Jacobinos,


Comunismo, Socialismo, Aliança Israelita Universal, Liga das Nações, Comunidade
Econômica da Europa e Estados Unidos da Europa.

Itália: Carbonari, Young Societies, Propaganda Duo (P-2) lojas de drogas, e a


Máfia.

Rússia: Niilistas, Anarquistas e União Soviética.

Países Muçulmanos: Irmandade Muçulmana.

América: Rito Escocês, Rito de York, Estrela Oriental, Shriners, Odd Fellows,
Mórmons, Testemunhas de Jeová, Ciência Cristã, B'nai B'rith, Ku Klux Klan, Lucis Mist,
O.T.O., Igreja do Processo, Igreja da Cientologia, Conselho Nacional de Igrejas, Conse-
lho de Relações Exteriores, a Comissão Trilateral, as Nações Unidas e o Movimento da
Nova Era.

O Maçom do Grande Oriente, Irmão J. C. Corneloup, Grande Comandante de


Honra do Grande Colégio de Ritos, confirma em Universalism of French Freemasonry
(1963) que a Maçonaria Inglesa reivindica a maternidade de toda Maçonaria:

A amargura [entre as duas Maçonarias] revela claramente que Londres consi-


derou que era a Grande Loja Mãe e que todas as outras eram subsidiárias que desejava
manter sob dependência, sinal de forte desejo de estabelecer a universalidade para seu
lucro exclusivo.

Duzentos anos depois do início dessa luta, ainda encontramos um espírito de


hostilidade, embora expressa em termos menos truculentos, por parte da Grande Loja da
Inglaterra em relação à Maçonaria Francesa, aparentemente concentrada contra o Gran-
de Oriente da França, mas igualmente aparente contra a Grande Loja da França.

O fato é que somos confrontados com duas organizações surgidas da mesma


fonte [Maçonaria operativa], palpavelmente nascidas ao mesmo tempo [meados de
1600] e no mesmo país [Inglaterra], mas que evoluíram de maneira diferente, porque
uma se desenvolveu em poderosos ambientes da classe média, intelectuais e aristocráti-
cos [Maçonaria inglesa], enquanto a outra se desenvolveu sob um clima muito mais
democrático [Maçonaria Francêsa].

[Portanto], a Grande Loja Unida da Inglaterra poderia continuar e celebrar a


universalidade da Maçonaria; poderia até, orgulhando-se de ser a Mãe Loja da qual

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______________________________________________________________CAPÍTULO 25

todas as outras surgiram, pretender colocar essa universalidade em prática para proveito
próprio, com o direito de dominar toda a Maçonaria.

Em 1929, a Grande Loja Unida da Inglaterra deu um passo de importância capi-


tal ao publicar seus Princípios Fundamentais para o Reconhecimento de Grandes Lo-
jas... Londres reivindica o direito de estabelecer a lei Maçônica; a Grande Loja Unida da
Inglaterra afirma dominar o mundo Maçônico, ser o soberano juiz da autenticidade dos
diferentes poderes Maçônicos e impor sua lei a eles. Confiante em seus poderes de
intimidação, que cultivou com habilidade, e devido à ignorância pusilânime dos líderes
das diferentes obediências, que ficam com medo da menor sugestão de ruptura, fixa
arbitrariamente o critério de regularidade de tal maneira que sempre possa, em última
instância, tomar uma decisão de acordo com seu único prazer.

Mas, qual é o objetivo deles, ou melhor, o sonho deles?

Eles querem fazer da Grande Loja Mãe a única autoridade soberana sobre toda
a Maçonaria em todo o mundo, a fim de condenar todos os grupos suspeitos de serem
capazes de ofuscá-la, qualificar toda obediência independente irregular e cismática e,
acima de tudo, destruir ou, pelo menos, isolar o inimigo número um: o Grande Oriente da
França, que há 190 anos tem sido considerado um rival perigoso.32

O restante deste capítulo examinará os vários atributos desta Grande Loja Mãe
– o Mistério da Babilônia Misteriosa, a Mãe das Meretrizes, como enumerado nas Escri-
turas - e irá relacioná-los com o que sabemos da Maçonaria Inglesa moderna, suas
heresias, maquinações, riqueza e centros de operação.

“E os habitantes da terra foram embebedados


com o vinho da sua fornicação.”
Apocalipse 17: 2

Como temos aprendido, o moderno Movimento da Nova Era começou na mais


secreta Loja Maçônica da Maçonaria Inglesa, a Loja Quatuor Coronati de Pesquisa Ma-
çônica. Ao investigar o misticismo oriental, a Quatuor Coronati descobriu que a religião
da Maçonaria Inglesa é idêntica à da Babilônia de Nimrode, incluindo o uso de drogas, a
prática do sexo livre e a realização de ritual pagão de sacrifício humano. Hoje a Grande
Loja Inglesa está intoxicando a Terra com essa idolatria.

“Com a qual [a Grande Prostituta] os reis da terra cometeram fornicação,...


tendo um cálice de ouro em sua mão.”
Apocalipse 17: 2, 4

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O protetor dos reis Merovíngios do Priorado de Sião é a Maçonaria aristocrática


Inglêsa, que pode estar na posse do cálice de ouro do Graal. O Rev. J. R. Church relata
a lenda que coloca a taça do Graal nas mãos da Inglaterra:

De acordo com a lenda do [Priorado de Sião], José de Arimatéia tomou a taça


na qual Cristo bebeu a Última Ceia e a levou até a cruz no Calvário. Quando Caio Cas-
sius, um centurião Romano, pegou sua lança e perfurou o lado de Cristo, José de Arima-
téia teria coletado Seu sangue na Taça de ouro. A Taça, agora, passou a ser conhecida
como o Santo Graal... Diz-se que, nos anos seguintes, José de Arimatéia teria levado a
Santa Taça para a Inglaterra, onde ele e seus filhos tornaram-se os Guardiões do
Graal.33
“Um cálice de ouro em sua mão,
cheio das abominações e imundícias da sua fornicação.”
Apocalipse 17: 4

O Rev. Church elabora algo ainda mais blasfemo do que a lenda do Santo
Graal:

Agora, respire fundo e considere o que eu acredito ser a maior heresia da histó-
ria. Esses chamados guardiões do Graal fizeram com que o cálice se tornasse simbólico
de outro "vaso" que supostamente continha e preservava a linhagem de Cristo, ou seja, o
corpo (ou talvez eu deva dizer, o ventre) de Maria Madalena! Este culto secular de Mada-
lena parece ser o resultado de uma religião esotérica de mistério, que acredito estar
descrita em Apocalipse 17 como Mistério, a Grande Babilônia.34

Se a taça da Prostituta reside na Inglaterra e lá está protegida, como sugere o


Rev. Church em seu comentário anterior, ele conecta a Babilônia Misteriosa com a
Maçonaria Inglêsa, embora indiretamente. O Rev. Church está obviamente se referindo
ao Priorado de Sião em sua declaração "uma religião esotérica de mistério". Sabemos,
no entanto, que Sião fundou a Maçonaria Inglesa.

Também sabemos que a Babilônia Misteriosa é a união da igreja e do estado.


O jornalista Britânico Stephen Knight conecta a Babilônia Misteriosa com a Igreja Angli-
cana, quando ele confirma que a Igreja da Inglaterra "tem sido um reduto da Maçonaria
por mais de duzentos anos."35 A Igreja da Inglaterra é uma igreja estadual, de fato, a
única igreja estadual restante no Ocidente. E, como vimos, o monarca Britânico é o chefe
da Igreja e da Maçonaria.

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______________________________________________________________CAPÍTULO 25

O equivalente Americano
da Igreja Anglicana é a Igreja
Episcopal. A influência da Prostitu-
ta na Igreja Episcopal é revelada
por um evento notável relatado
pelo Rev. Church: "Em maio de
1984, uma estátua de bronze de
quatro pés da Crucificação foi
apresentada na Catedral Episco-
pal de São João, o Divino, em
Manhattan. A figura na cruz era a
de uma mulher nua, completa,
com os seios desnudos e quadris
arredondados (figura ao lado)."36
Esta obra de arte que blasfema a
figura de nosso Salvador crucifi-
cado foi criada pela escultora
Edwina Sandys, neta de um dos
mais famosos Maçons Ingleses de
hoje, Winston Churchill. Foi escul-
pida em homenagem à Década
das Mulheres das Nações Unidas, criada pelos Maçons.

‘O bispo que preside a Catedral de São João o Divino é o Maçom Inglês Bispo
Moore. No capítulo 16, aprendemos que Moore, que transformou a Catedral em um
templo Babilônico, é um membro da Lucis Trust, anteriormente conhecida como Editora
Lucifer. O Rev. Church relata quão profundamente esses ex-Cristãos beberam do cálice
da religião Babilônica:

A Catedral de São João o Divino é um centro para a atividade do Movimento da


Nova Era. Parece ser mais um símbolo do que chamo de mito de Maria Madalena. Ja-
mes Parks Morton, que é o Decano da Catedral, organizou a exibição [da mulher na cruz]
e disse que envia uma mensagem positiva para as mulheres. Ele e seus seguidores
pensaram que isso refletia uma "visão Cristã mística que vê Cristo como nossa mãe." É o
mesmo conceito pagão que promove Maria Madalena como esposa de Jesus - e vaso
com a linhagem de Cristo.

Num sentido esotérico, o ventre de Maria Madalena se torna o Graal - preser-


vando a linhagem ou genealogia de Jesus. Seus filhos supostamente se casaram com a
família real dos Francos, eventualmente produzindo um rei para sentar no trono - Mero-
vee, de quem veio a chamada linhagem sagrada Merovíngia.37

647
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Todos os Cristãos, hoje, estão sob ataque. Em breve, seremos uma minoria
perseguida, e os Templos da Babilônia, como a Catedral de São João o Divino, irão
liderar a perseguição.

“E a mulher estava... adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas...”


Apocalipse 17: 4

A riqueza da moderna Babilônia Misteriosa é superada apenas pela riqueza an-


terior do Rei Salomão. É possível que a riqueza de Escarlate tenha vindo do antigo te-
souro de Salomão?

O valor da riqueza anual de Salomão está registrado em I Reis 10:14 e II Crôni-


cas 9:13. Usando o valor do ouro a US$ 48 o grama, acumulado em 40 anos de reinado,
o tesouro de Salomão valeria aproximadamente US$ 48 trilhões. A história não menciona
o que aconteceu com seu tesouro, depois dos muitos saques a Israel após seu cativeiro
Babilônico. Não até os Pergaminhos do Mar Morto serem encontrados nas cavernas de
Qumran, depois da 2ª Guerra Mundial, quando o mundo percebeu que a riqueza de
Salomão poderia ainda estar intacta.

Os Manuscritos do Mar Morto foram decifrados na Universidade de Manchester


em 1955-1956. Um dos rolos faz "referência explícita a grandes quantidades de barras
de ouro, vasos sagrados, material adicional não especificado e "tesouro" de tipo indeter-
minado. Cita vinte e quatro reservas diferentes enterradas sob o próprio templo [de Sa-
lomão]."

Os autores de Holy Blood, Holy Grail acreditam que, durante as Cruzadas, os


Cavaleiros Templários descobriram o tesouro de Salomão e o levaram para sul da Fran-
ça.39 Seguindo as inquisições dos Templários do século XIV, pelos reis e papas do Prio-
rado de Sião, aparentemente, a riqueza estava na posse de Sião, e parte dela (se não
todas) pode ter sido levada para a Inglaterra ou, possivelmente, para a Suíça, o cofre do
Reis Merovíngios.

De qualquer forma, o Priorado de Sião finge saber o paradeiro desse tesouro


lendário. Em 1981, os autores do Legado Messiânico questionaram Pierre Plantard,
Grão-Mestre do Priorado de Sião, sobre o tesouro perdido do Templo. Sua resposta
indicou a posse: "Será devolvido a Israel quando for a hora certa."

Dois anos após a observação de Plantard, a Maçonaria Inglesa estava implica-


da em uma tentativa de localizar o Santo dos Santos sob o monte do templo em Jerusa-
lém. A exposição começou no domingo, 27 de fevereiro de 1983, pela United Press

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______________________________________________________________CAPÍTULO 25

International - Washington. Artigos em todo o país anunciavam manchetes que diziam


Acadêmicos de Israel reivindicam descoberta do Templo.

Supostamente, o Dr. Asher Kaufman, professor de física da Universidade He-


braica, por 15 anos passava por um túnel sob o monte do templo para localizar o Santo
dos Santos. Ele alega tê-lo encontrado cerca de "100 metros ao norte do Domo da Ro-
cha".41
Em 5 de novembro de 1984, a Newsweek informou que o patrocinador da "es-
cavação" de Kaufman era a Fundação do Monte do Templo. Dezoito meses antes, em 26
de abril de 1983, o Executive Intelligence Review, em um "Relatório Especial” confirmou:
"A Fundação do [Monte] do Templo de Jerusalém foi criada com um objetivo: reconstruir
o Templo de Salomão em Jerusalém. Ela foi estabelecida, e seu objetivo definido, com
base na recomendação dos círculos Maçônicos na Inglaterra... As Lojas Maçônicas
monarquistas, em particular a loja Quatuor Coronati", organizaram a aliança.42

Se esse empreendimento amadurecer, as implicações são enormes. Daniel


9:27, 11:31, 12:11 e Mateus 24:15 indicam que o terceiro Templo deve ser construído
antes do meio da Tribulação, para que a Besta possa estabelecer sua imagem no Santo
dos Santos. Os Judeus ortodoxos acreditam, no entanto, que o terceiro Templo será
construído pelo Messias.43 Nesse caso, o Messias deles não pode ser Jesus Cristo,
porque o terceiro Templo (Templo da Tribulação) deve ser construído antes que os Ju-
deus reconheçam Cristo como Messias. De acordo com Zacarias 13: 8-9 e 14: 1-9, os
Judeus não aceitarão nosso Jesus na qualidade de Salvador até o fim da tribulação.
Portanto, o messias dos Judeus que construirá o Templo da Tribulação será um falso
messias.

Isaías 28:15-18, quando comparado com Daniel 9:27, parece confirmar que os
Judeus aceitarão o Anticristo (a Besta do Apocalipse) como o messias. Estranhamente, a
terminologia descritiva de Isaías para a Besta é sugestiva da Maçonaria, à qual os Ju-
deus aparentemente se vincularão por tratado nos últimos dias: " Nós [Judeus] temos
feito um pacto com a morte ", diz Isaías, " e com o inferno estamos de acordo; quando o
transbordante flagelo vier atravessar, ele não chegará até nós, porquanto nós temos feito
das mentiras nosso refúgio e sob a falsidade temos nos escondido".

O julgamento de Deus contra a Maçonaria também é pronunciado por Isaías na


terminologia do carpinteiro: " Também porei o juízo por linha e a justiça por prumo. E o
granizo eliminará completamente o refúgio das mentiras, e as águas transbordarão o
lugar de esconderijo [Loja Maçônica]. E seu pacto [de Israel] com a morte será anulado e
seu acordo com o inferno não prevalecerá..." (Quando nos lembramos de que a Besta
Apocalíptica recebe os nomes Morte e Inferno em Apocalipse 6:7-8, podemos ver clara-
mente que a aliança que Israel faz com a Morte e o Inferno é um convênio com a Besta.)

649
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Daniel 9:27 fornece a duração e o propósito da aliança de Israel: É um tratado


de sete anos que primeiro permitirá que os Judeus construam o Templo da tribulação e
depois restabelecer o sacrifício de animais. (Talvez, neste momento, o Priorado de Sião
devolva os tesouros de Salomão ao Templo.) O tratado, no entanto, será quebrado no
meio dos sete anos, quando a Besta Templária colocar sua própria imagem no Templo.44

Quais são os sinais atuais de que Israel pode reconstruir seu templo pela tercei-
ra vez? Nós sabemos que rabinos Judeus contemporâneos estão procurando a aparên-
cia de seu Messias. Sabemos que eles já rejeitaram a Cristo. A questão é: quem eles
irão aceitar como Messias? Obviamente, uma pessoa, nação ou organização (como a
Maçonaria) que lhes garantirá a oportunidade de reconstruir seu Templo. E, se essa
entidade puder, repentinamente, fazer retornar à nação de Israel o vasto tesouro de
Salomão, os Judeus cairão de cabeça na adoração a essa entidade como seu Messias.

Arthur Crawford, professor de Bíblia e pastor da Igreja Bíblica Riverside de Co-


lumbus, Ohio, confirma que "'Dois rabinos sugeriram que, no que diz respeito a eles, o
Messias poderia ser um conjunto de nações, uma potência mundial que garantisse sua
integridade, um indivíduo ou organização - eles não se importam. Qualquer um desses
[dizem os rabinos] seriam compatíveis com as profecias bíblicas do Messias."45

“E os mercadores da terra se enriqueceram


pela abundância de suas iguarias.”
Apocalipse 18: 3

Se Londres tem controlado a riqueza de Salomão desde o século 14, estimada


inicialmente em US$ 48 trilhões, quanto não valeria esse tesouro hoje, depois de estar
sendo investido por mais de 700 anos?

Esses investimentos certamente enriqueceriam os comerciantes da terra. O te-


souro também faria de Londres o centro financeiro do mundo, como Apocalipse 18 suge-
re ser a Babilônia Misteriosa. De acordo com a Encyclopaedia Britannica, "o Reino Unido
possui o sistema financeiro mais antigo, mais extenso e mais altamente desenvolvido e,
para muitos propósitos, Londres ainda é o centro do mundo ocidental".46

Segundo o jornalista Britânico Stephen Knight, esta cidade rica é dominada pe-
la Maçonaria. Ele nos informa que Londres está dividida em vinte e cinco alas, dez das
quais que têm suas próprias lojas. "Toda ala, sem exceção, tem pelo menos um Maçom
entre seus representantes."47

As vinte e cinco divisões de Londres são administradas por uma corporação da


cidade chamada Corporação da Cidade de Londres, que elegeu representantes. No

650
______________________________________________________________CAPÍTULO 25

entanto, os principais funcionários assalariados da Corporação são os Maçons. "De fato",


diz Knight, "é praticamente impossível alcançar uma alta posição em Guildhall sem ser
um ativo Irmão ... A Corporação da Cidade de Londres é tão fortemente Maçônica [sic]
que muitos ligados a ela, incluindo alguns Maçons, pensam nela como sendo virtualmen-
te um braço da Grande Loja. Mas não se deve esquecer que a cidade é antes de tudo
um centro financeiro".48

Knight confirma estatisticamente que a Maçonaria Inglesa é capitalista, mono-


polista, e está no controle das finanças mundiais. O resultado é o acúmulo de vasta
riqueza por alguns "comerciantes da terra":

Segundo estatísticas confidenciais da Great Queen Street, existem 1.677 Lojas


em Londres... Entre as oito horas da manhã e as seis da noite, quando a população
residencial da cidade de cerca de 4.000 aumenta para 345.000 com o afluxo de passa-
geiros, a Square Mile tem a maior densidade de Maçons do que em qualquer lugar da
Grã-Bretanha.

O Royal Exchange, o Corn Exchange, o Báltico, o Metal Exchange, o Banco da


Inglaterra, os bancos comerciais, as companhias de seguros, as casas mercantis, Old
Bailey, Inns of Court, Guildhall, escolas e faculdades, os mercados antigos, todos eles
têm Maçons em posições significativas. Entre as instituições com suas próprias lojas
estão o Baltic Exchange (Loja Baltic 3006, que tem seu próprio templo, na verdade, na
Exchange em St. Mary Axe); o Banco da Inglaterra (Lodge Nº 253 do Banco da Inglater-
ra); e Lloyd's (Cavalo Preto da Loja Lombard Street Nº 4255).49

Martin Short, autor de Inside The Brotherhood (1989), depois de dizer que "a
força da Maçonaria nos escritórios centrais de Londres dos bancos de compensação da
Inglaterra é mais do que compatível nas regiões", baseia-se nas estatísticas Maçônicas
iniciadas por Stephen Knight. O Midland Bank and Trust Company possui sua próprio
Loja, a Holden Nº 2946. Lá é, pelo menos, uma Loja para membros da Bolsa de Valores,
a Verity Nº 2739. E nada pode acontecer no Lloyd's Bank ou no Lloyd's of London, diz
Short, "sem que a Loja Lutine saiba."50

Um não-Maçom que trabalha em um banco Britânico escreveu para Short di-


zendo:

Eu estava em uma posição de primeira mão para observar as atividades [dos


Maçons] e estava hipnotizado por sua flagrante autopromoção. Vi pessoas totalmente
desqualificadas em postos de responsabilidade sendo promovidos além de sua capaci-
dade, para desgosto e perplexidade de funcionários que tinham todo o direito de esperar
os próprios postos. Nos métodos peculiarmente escolares de avaliar a capacidade da

651
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

equipe do banco, vi o trabalho abaixo do padrão dos membros da irmandade receber


todos os aplausos, enquanto os esforços extraordinários de funcionários mais valiosos
não foram observados. Quando surgiam oportunidades de promoção, seus nomes esta-
vam muito à frente. Avaliações independentes de dois desses executivos... declararam
que já haviam sido promovidos muito além de suas habilidades. Agora, ambos estão
fazendo uma bagunça terrível com seus compromissos e perdendo fundos de acionis-
tas.51

Short soa o alarme do motivo pelo qual o setor bancário está tão confuso. Suas
investigações em processos judiciais envolvendo banqueiros Maçônicos que desviaram
fundos de empresas para irmãos desonestos o levaram a sugerir que "a sobrevivência
comercial de uma empresa, mesmo de uma nação, poderia ser subvertida pelo uso de
informações privilegiadas Maçônicas."52

O maior negócio de Londres é o bancário. Apocalipse 18 afirma que a Babilônia


Misteriosa é o centro financeiro do mundo. O centro financeiro do mundo ocidental é
Londres, e seus bancos são controlados pela Maçonaria Inglesa. O centro financeiro do
mundo oriental é Hong Kong, também controlado pelos banqueiros de Londres.

Segundo o Rev. Church, o terreno onde está localizado o distrito financeiro de


Londres é de propriedade dos Cavaleiros Templários, adversário da Maçonaria Inglesa.
Esse fato pode ser a verdade literal do símbolo de Escarlate sentada na Besta dos Tem-
plários.

A Prostituta da Babilônia Assenta-se Sobre


Sete Montanhas
E eu vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor escarlate, cheia de no-
mes de blasfêmia, tendo sete cabeças e dez chifres... As sete cabeças são sete monta-
nhas, sobre as quais a mulher está assentada... E a mulher que tu viste é a grande cida-
de que reina sobre os reis da terra. (Apocalipse 17:3, 9 e 18).

A Prostituta da Babilônia tem sido frequentemente identificada com a Igreja Ca-


tólica Romana, em parte porque Roma é literalmente construída entre sete colinas. Os
estudiosos da profecia bíblica frequentemente tem tomado literalmente essa Escritura,
enxergando Roma como o assento da Prostituta da Babilônia. O livro do Rev. Hislop, The
Two Babylons, foi parcialmente baseado nessa premissa.

652
______________________________________________________________CAPÍTULO 25

Os comentaristas bíblicos English e Bower nos dão outra compreensão da pa-


lavra "montanha", no entanto. Comentando os Salmos 72: 3, eles afirmam que, nas
Escrituras, "[a] palavra montanha freqüentemente fala de poderes políticos e governa-
mentais e reinos; colinas são potências menores, pequenos estados".53

Com esse entendimento de montanhas e colinas, podemos olhar para essa


passagem das Escritura sob uma nova luz. De acordo com Apocalipse 17: 9, as sete
montanhas nas quais a Prostituta se assenta não são montanhas literais, mas são as
mesmas sete cabeças (ou poderes mundiais) da Besta. William Goetz, em Apocalypse
Next, identifica seis deles como potências históricas do mundo: Egito, Assíria, Babilônia,
Pérsia, Grécia e Roma.54 Todos os seis impérios tiveram um profundo efeito em Israel,
porém singular.

Na época da visão de João (90 d.C.), a sétima cabeça, ou poder, ainda não ha-
via surgido. Apocalipse 17: 10-11 nos dá uma pista de quando o sétimo irá surgir: "E há
sete reis; cinco caíram, e um é; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deverá conti-
nuar por um curto espaço de tempo. E a besta que era, e não é mais, mesmo sendo o
oitavo, e é dos sete...”
"
Dos sete reis aqui mencionados por João, o "único (rei que é)" é o existente im-
pério de seu tempo: Roma. Roma, então, é a sexta cabeça ou poder. Qual é, então, a
sétima potência mundial que "deve continuar em um curto espaço"? Claramente, a oitava
cabeça, e não a sétima, é a Besta Apocalíptica. O profeta Daniel (nos capítulos 2, 7 e 8)
viu a Besta como Roma revivida. Portanto, a sétima cabeça não pode ser Roma revivida,
pois Roma revivida é reservada para a oitava cabeça da Besta.

A frase "[o sétimo] deve continuar por um curto espaço de tempo" indica que a
sétima potência mundial deve subir e cair rapidamente, em algum momento entre a sexta
(antiga Roma) e a oitava (nova Roma). Para descobrir qual nação é a sétima potência
mundial, devemos observar as características distintivas das seis anteriores, pois todas
as sete têm as mesmas características.

Primeiro, as seis eram controladas pela Babilônia Misteriosa, adoradora do sol


(Apocalipse 17:9). Segundo, cada uma teve um efeito profundo em Israel, porém singu-
lar. João acrescenta mais duas distinções para identificar a sétima. Em Apocalipse 17:10,
ele nos informa que a sétimo deve ter vida curta. E, em Apocalipse 12:13 e 18, João
indica que Israel deve ser reconstituída como nação antes da oitava (a Besta) poder
surgir. Israel foi reconstituída como nação em 1948. Portanto, a sétima cabeça tinha que
ter sido uma nação que: (1) cresceu e caiu rapidamente algum tempo antes de 1948; (2)
adoradora do deus-sol; (3) foi controlada pela moderna Babilônia Misteriosa (Maçonaria
inglesa); e (4) teve um efeito profundo nos Judeus.

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Claramente, a sétima cabeça ou potência mundial é a Alemanha Nazista, pois a


Alemanha sob o Nazismo se encaixa nos critérios acima mencionados. O Nazismo subiu
e desceu rapidamente antes de 1948, adorava uma ideologia e figura ocultas, cujo em-
blema era a suástica, que nós vimos ser um símbolo oculto oriental do sol. Alemanha e
Hitler foram apoiados e levantados pelos poderes e personagens da Maçonaria Inglesa.
E isso conduziu ao genocídio sistemático dos Judeus.

Abaixo, estão listadas as sete potências históricas do mundo, seus deuses-sol


e os profundos efeitos, ainda singulares, de cada uma delas sobre Israel:

Poder Mundial Deus-Sol Efeito sobre Israel

1. Egito Osíris O Êxodo, em 1400 a.C.

Espalhamento das 10 tribos do Norte,


2. Assíria Baal
em 721 a.C.

3. Babilônia Marduk Levou Judá e Benjamim cativos, em 606 a.C.

Enviou o remanescente de volta a Jerusalém,


4. Pérsia Zoroaster
em 536 a.C.
Preparou os Judeus para a primeira vinda
5. Grécia Zeus
do Messias.
Espalhou os Judeus entre as nações Gentias,
6. Roma Júpiter
em 70 d.C.
7. Alemanha Suástica, O Holocausto forçou os Judeus a ressuscitarem
Nazista o símbolo do sol Israel, em 1948.

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______________________________________________________________CAPÍTULO 25

As Sete Cabeças no Sentido Histórico e Escatológico


E eu fiquei sobre a areia do mar, e vi uma besta surgir no mar, tendo sete ca-
beças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez coroas... E a besta que eu vi era seme-
lhante a um leopardo, e seus pés eram como os pés de um urso, e sua boca como a
boca de um leão...

E aqui está a mente que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montanhas,
sobre as quais a mulher está assentada.
(Apocalipse 13:1-2 e 17: 9).

O corpo da Besta de sete cabeças e dez chifres consiste em um leopardo, um


urso e um leão. A natureza composta da Besta pode representar três regiões do mundo.
As sete cabeças são nações historicamente identificáveis quando a Besta, o oitavo chi-
fre, sobe ao poder. Contudo, Apocalipse 17:9 parece indicar que os sete cabeças tam-
bém são sete nações do fim dos tempos, pois a Prostituta da Babilônia "está assentada"
(tempo presente) em sete montanhas.

Existem várias profecias nas Escrituras que (como Apocalipse 17: 9) estabele-
cem uma dupla precedência profética. Uma delas é encontrada em Daniel 11, onde o
profeta está predizendo a ascensão e queda do império Grego. De acordo com English e
Bower, o versículo 21 é uma profecia da ascensão de Antíoco Epifânio, que governou a
Síria três séculos depois (por volta de 175 aC). À medida que a visão de Daniel se de-
senrola, os comentaristas afirmam que é evidente que Antíoco se tornou um tipo da
Besta da Tribulação.55 Assim, a profecia de Daniel cobre dois eventos futuros - uma a
300 anos de seu tempo e outra a ocorrer no final dos tempos. Da mesma forma, as sete
cabeças da Besta de Apocalipse 17: 9 parecem se referir às nações históricas, bem
como às nações existentes no fim dos tempos.

Comissão Trilateral das Sete Nações


A Antiga Babilônia Misteriosa sentou-se sobre, ou controlou, seis potências
mundiais históricas. A Moderna Babilônia Misteriosa - Maçonaria Inglesa - permaneceu,
isto é, financiou e controlou, a sétima, Alemanha Nazista. Da mesma forma, a Maçonaria
Inglesa está hoje no controle da Comissão Trilateral (CT) das sete nações contemporâ-
neas.

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A Comissão Trilateral é uma prole de terceira geração da Maçonaria Inglesa. A


prole da primeira geração é a Mesa Redonda. A segunda geração consiste em três gru-
pos de Mesas Redondas: o Conselho de Relações Exteriores (CFR), o Instituto Real de
Relações Internacionais (IRRI) e o Instituto de Relações do Pacífico (IRP). Dos Grupos
de Mesa Redonda surgiu a terceira geração, em 1973, a Comissão Trilateral, que rece-
beu a tarefa de implementar o conceito de idealismo mundial da Maçonaria Inglesa.56

O "Tri" de trilateral, é claro, refere-se a três regiões do mundo: América do Nor-


te, Europa Ocidental e Japão. Essa divisão também pode se correlacionar com o corpo
de três partes da Besta. "Comissão" indica a função atribuída à Comissão Trilateral pela
Maçonaria Inglesa: "fomentar uma cooperação mais estreita entre [essas] três regi-
ões..."57

As nações-mebro da Comissão Trilateral são as sete países maiores potências


industriais do mundo: Estados Unidos da América, Canadá, Grã-Bretanha, França, Ale-
manha, Itália e Japão. A associação também inclui os chefes das principais empresas,
corporações multinacionais e bancos internacionais. Aristocratas e políticos também são
membros, incluindo nosso ex-presidente, George Bush. Nosso atual presidente, Bill
Clinton, é membro dos Bilderbergers, que sabemos ser uma fachada da Mesa Redonda
da Maçonaria Inglesa. E, como bolsista Rhodes, Clinton é um Anglófilo (Veja detalhes
Maçônicos sobre o Presidente Clinton no Apêndice 10).

Desde a sua fundação, a Comissão Trilateral se reúne anualmente para discutir


soluções para os problemas comuns que impedem a meta da Maçonaria Inglesa de
controlar o governo mundial. Alguns meses após cada reunião anual, os chefes de Esta-
do das sete potências industriais realizam uma Cúpula para elaborar uma estratégia, a
fim de implementar as soluções - uma estratégia que frequentemente envolve a legislatu-
ra de cada nação. Claro, os legisladores subversivos são políticos Anglófilos preparados
pelos grupos da Mesa-Redonda para garantir a aprovação de qualquer projeto de lei que
atenda ao interesse mundial único da Maçonaria Inglesa.

De fato, as "sete montanhas em que a mulher está assentada" de João pare-


cem ser a Comissão Trilateral de sete nações, na qual a Maçonaria Inglesa "se assenta".

Jeremias Indica que a Babilônia Moderna é Londres


A Babilônia era a potência mundial dominante quando Jeremias profetizou. Al-
gumas de suas profecias foram pronunciadas e realizadas na Babilônia de seus dias.
Outras foram direcionadas a uma futura Babilônia, cujo nome descreve uma entidade,
não uma cidade literal da Babilônia. Não devemos, por exemplo, procurar a cidade literal
656
______________________________________________________________CAPÍTULO 25

da Babilônia no Iraque moderno, a ser reconstruída para cumprir a profecia de Jeremias


do fim dos tempos.

Jeremias 51:13 descreve a localização da Babilônia espiritual do fim dos tem-


pos: " Ó tu, que habitas sobre muitas águas, abundante em tesouros, teu fim chegou, e a
medida de tua ganância.".58

Tomado literalmente, isso não pode significar o Iraque moderno, já que o Iraque
não está cercado por "muitas águas", nem "abundante em tesouros". A Grã-Bretanha, no
entanto, é "abundante em tesouros. "Ela também está completamente cercada "por
muitas águas "- o Oceano Atlântico a oeste, o mar do Norte ao norte e leste e o canal da
Mancha ao sul.

No versículo 42, Jeremias diz: "O mar subiu sobre a Babilônia, ela foi coberta
com a multidão de suas ondas." Tomado figurativamente, "mar" significa povos, como em
Apocalipse 17:15: " As águas que tu viste, onde a prostituta se assenta, são povos, e
multidões, e nações, e línguas."59 Londres se orgulha de ter todas as nacionalidades
dentro de seus limites da cidade.

A Maçonaria Nomeou a Rainha Elizabeth "Rainha da


Babilônia"
Uma Escritura interessante sobre a Mãe das Meretrizes é encontrada em Apo-
calipse. 18:7. Diz: "O tanto que ela se glorificou, e viveu deliciosamente, dai-lhe o tanto
de tormento e pranto; porque ela diz em seu coração: Estou assentada como rainha, e
não sou viúva, e não verei nenhuma tristeza”.

Poderia esta Escritura significar a sede da Babilônia Misteriosa, bem como alu-
dir a uma rainha de verdade sentada no trono da moderna Babilônia? Considere a Rai-
nha Elizabeth II da Inglaterra. Como chefe de Estado, é Patrona da Maçonaria Inglesa e
chefe da Igreja da Inglaterra. Seu consorte, o príncipe Philip, terceiro duque de Edimbur-
go, é Maçom. O Grão-Mestre da Irmandade Britânica é o Duque de Kent, primo da Rai-
nha.60

Em janeiro de 1983, a Rainha e seu companheiro viajaram pelos Estados Uni-


dos. Lá parecia não haver motivo aparente para a sua visita, a não ser a honra concedi-
da a ela pelo Bohemian Club da Califórnia, durante a última noite de sua estadia. Foi
bastante extravagante.

657
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O Bohemian Club é um centro da Costa Oeste da Maçonaria do Rito Escocês


Templário nos Estados Unidos. Alguns de seus membros são o Senador Alan Cranston,
o ex-diretor do FBI e da CIA, William Webster, os ex-secretários de Estado George Shu-
ltz e Henry Kissinger.61

Em 3 de fevereiro de 1983, um segmento de cinco minutos da extravagante


homenagem do Bohemian Club à rainha Elizabeth foi ao ar nas três redes de televisão.
O evento começou com a visão da rainha sentada, levemente acima, no meio do auditó-
rio, como se estivesse no topo de uma pirâmide. Dois dançarinos entraram no palco
usando enormes chapéus suspensos por cabos. O cone do primeiro chapéu era repre-
sentativo de uma cidade murada com uma pirâmide ou zigurate, que se elevava no meio.
Obviamente, retratava a antiga Babilônia. Na base da pirâmide, duas portas se abriam e
fechavam continuamente, exibindo dentro uma grande foto do príncipe Charles, sucessor
do trono Britânico, e de sua esposa Princesa Diana. Quando o dançarino e o chapéu se
moveram para a direita, o segundo dançarino entrou do palco vindo da esquerda. O cone
no segundo chapéu retratava a cidade de Londres, com o Big Ben se elevando ao cen-
tro. Quando os dois dançarinos se centraram, com as abas dos enormes chapéus che-
gando de um extremo ao outro do palco, uma voz berrou, "Oh rainha, você atravessou as
eras da Babilônia até Londres!" Tão ligeiramente, e sem um sorriso, a rainha Elizabeth
assentiu como se estivesse de acordo com a declaração.62

Naquela noite, o Bohemian Club, um braço da Maçonaria Templária do Rito Es-


cocês, reconheceu Londres como sede da Babilônia Misteriosa. A rainha Elizabeth acei-
tou tal reconhecimento. Se Londres é a cidade que o apóstolo João viu em sua visão, a
vida e a nação da Rainha Elizabeth terão vida curta se Jesus Cristo não demorar - para
quem conhece melhor a sede de seu rival do que os implacáveis Cavaleiros Templários
Franceses Rito Escocês da Maçonaria.

A Destruição do Fim dos Tempos da Babilônia


Misteriosa
Chegará um tempo em que Deus não tolerará mais os pecados da Babilônia
Misteriosa e a destruirá. Antes que isso aconteça, porém, Deus em Sua misericórdia
adverte Seu povo para cortar seu relacionamento com a Prostituta da Babilônia. Em
Apocalipse 18:4-5, Deus adverte: "E eu ouvi outra voz do céu, dizendo: Sai dela, povo
meu, para que não sejais participantes de seus pecados, e para que não recebam suas
pragas. Porque os seus pecados têm chegado até o céu, e Deus se lembrou das suas
iniquidades."

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______________________________________________________________CAPÍTULO 25

Apocalipse 17:12-18, e todo Apocalipse 18, registram a destruição no fim dos


tempos da Babilônia Misteriosa. O holocausto é tão rápido e completo que só pode ser
realizado pelo armamento nuclear moderno. Apocalipse 18:10-11 descreve a depressão
financeira que esta destruição trará sobre toda a terra: "Ai, ai daquela grande cidade de
Babilônia, aquela poderosa cidade! Porque em uma hora chegou o teu juízo. E os mer-
cadores da terra chorarão e lamentarão sobre ela; porque nenhum homem compra mais
as suas mercadorias."

A sede da Babilônia Misteriosa não pode ser Roma. Deveria ser óbvio que se
Roma fosse destruída por uma bomba nuclear hoje, o sistema econômico mundial não
iria sofrer. Por outro lado, se Londres, a capital financeira do mundo, fosse igualmente
destruída, o sistema econômico mundial seria subitamente interrompido, conforme indi-
cado na Escritura acima.

A Maçonaria Inglesa é a Mãe das Meretrizes. Londres é a Babilônia Misteriosa.


O "Marco Zero" fica na 10 Duke Street, St. James's, Londres, Inglaterra, SWI - Sede do
Supremo Conselho da Maçonaria Inglesa do 33º grau.63

659
660
Capítulo 26

À PESQUISA DO IMPÉRIO DA BESTA

E há sete reis; cinco caíram, e um é; e o outro ainda não é vindo; e quando vier,
deverá continuar por um curto espaço de tempo. E a besta que era, e não é mais, mes-
mo sendo o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição. E os dez chifres que tu viste são dez
reis, que não receberam reino algum ainda, mas recebem poder como reis por uma hora
com a besta. Estes têm uma só mente, e darão o seu poder e força à besta... estes odia-
rão a prostituta, e a deixarão assolada e nua...

Apocalipse 17: 9-13, 16

As escrituras às vezes expressam a Besta como nação e outras como pessoa.


Como pessoa, a Besta é tão integrada ao seu império que a Besta e o império tornam-se
um. Em nossa busca pela Besta, seja homem ou império, é significativo entender que as
Escrituras ensinam que a Besta assinará um tratado com Israel, garantindo seus sete
anos de paz. Com essa garantia, os Judeus aceitarão a Besta como Messias.1

Vale a pena recordar novamente a afirmação de Arthur Crawford, pastor e Pro-


fessor de Bíblia da Riverside Bible Church em Columbus, Ohio, sobre quem ou o quê é a
Besta-Messias: "Dois rabinos sugeriram que, no que diz respeito a eles, o Messias pode-
ria ser um conjunto de nações, uma potência mundial que garantisse sua integridade, um
indivíduo ou organização - eles não se importam. Qualquer um [de acordo com os rabi-
nos] seria compatível com as profecias bíblicas do Messias."2

Em nossa busca pela Besta, procuramos apenas o império e não o homem.

Aprendemos no capítulo anterior que as sete cabeças da Besta são (nos escri-
tos deste livro) potências mundiais históricas - a Alemanha Nazista sendo a sétima.
Apocalipse 17:11 afirma que o oitavo é o império da Besta. Em Daniel 7:7, o profeta diz
que esta Besta é diferente "de todas as bestas que existiram antes dela". Em Daniel
11:36-39 o profeta explica como a Besta do fim dos tempos deve diferir de todos os
outros deuses, tiranos e malfeitores anteriores:

661
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

E o rei [a Besta do final dos tempos] fará conforme a sua vontade, e ele se exal-
tará, e se engrandecerá acima de todo deus, e falará coisas assombrosas contra o Deus
dos deuses, e prosperará até que a indignação [sua imagem no Templo Judaico] se
complete; pois aquilo que está determinado será feito. Ele não considerará o Deus dos
seus pais, e nem o desejo de mulheres, nem considerará qualquer deus; pois ele se
engrandecerá acima de tudo. Porém em seu lugar honrará o Deus de forças; e um deus
a quem os seus pais não conheceram ele honrará com ouro, e prata, e com pedras pre-
ciosas, e coisas agradáveis. Desta forma ele procederá nas mais poderosas fortalezas
com um deus estranho, a quem ele reconhecerá e aumentará com glória...3

O fato de a Besta desconsiderar os deuses tradicionais sugere que ele levará


seu governo sob o controle místico da Prostituta da Babilônia (Maçonaria Inglêsa). Ele
substituirá os deuses tradicionais por "um deus estranho" chamado "o Deus das forças",
a quem ele "aumenta com glória".

O que o profeta Daniel quer dizer com a frase "o Deus das forças"? A palavra
Hebraica para forças significa literalmente "lugar fortificado, fortaleza ou força". Figurati-
vamente, significa "defesa".4 A palavra estranho significa "respeitar".5 A Besta "aumenta-
rá" este deus "com glória". A palavra aumento significa "edificar".6 E, a palavra glória
significa "riqueza".7

Com essas definições em mente, podemos interpretar a passagem da seguinte


maneira: Daniel está revelando que o deus da Besta do fim dos tempos será uma im-
pressionante força de "defesa" que o mundo "respeita" - uma força de defesa "construí-
da" com "riquezas". Nós sabemos que o armamento militar de hoje é promovido como
"defesa" e que, ironicamente, os orçamentos militares são chamados de "orçamentos de
defesa". Apocalipse 13:4 confirma a incrível capacidade de defesa da Besta:
"Quem é semelhante a besta? Quem é capaz de guerrear contra ela?”

A confirmação de que estamos vivendo nos dias profetizados por João e Daniel
também é encontrada nos gastos monetários mundiais em armamento. Em 10 de junho
de 1991, o consórcio de notícias da Reuters informou em jornais de toda a nossa nação
que, durante a década dos anos 80, "os gastos globais em armas chegaram a US$ 1
trilhão". Somente em 1990, diz a Reuters, "os gastos mundiais com militares foram de
cerca de US$ 900 bilhões". Isso equivale ao gasto de quase US$ 2 milhões por minuto
em guerras e armas de guerra - uma quantidade sem precedentes nos anais da história.

662
______________________________________________________________CAPÍTULO 26

A Besta Surgirá da Maçonaria Francesa


As escrituras indicam que a Besta dependerá de força militar para obter e man-
ter seu poder. No decorrer deste livro, vimos como todos a Maçonaaria Francesa tem
dado suporte às revoluções usando força militar, violência e terror para alcançar seus
objetivos. Nós podemos concluir que a Besta será uma nação que, com a ajuda da Ma-
çonaria Francesa, expulsará pela revolução o chifre de uma monarquia e formará uma
nova nação. Quando esta nova nação amadurecer, ela se tornará uma nação poderosa
com uma incrível força de defesa - uma nação que, com uma exceção, terá as mesmas
características da antiga Roma.

A será tal exceção? A Besta não seguirá a religião Babilônica Misteriosa da


Maçonaria Inglesa, mas seguirá a tradição ateísta-humanista da Maçonaria Françesa.
.
A lealdade da Besta à Maçonaria Francesa é confirmada nas Escrituras. Lem-
brem-se que a Maçonaria Francesa declarou, em 1877, que não há Deus. Proclamou
seu humanismo secular sob o lema "À glória da humanidade". Da mesma forma, a Besta
não considera nenhum deus. E, como a Maçonaria Francesa, a qual fez um deus da
humanidade, a Besta então se "exulta e se magnifica acima de todo deus..."

Existe mais evidência Bíblica para apoiar esta interpretação da natureza da


Besta? O Dr. Alfred Rehwinkel em seu livro The Flood (1952) diz que Jesus profetizou o
mundo do tempo do fim de ateus-humanistas. Em Mateus 24:37, Cristo diz a seus discí-
pulos que os últimos dias serão como nos dias de Noé. Rehwinkel diz que "a geração
anterior ao Dilúvio não era uma raça pagã ou idólatra."8 Ele diz que eles eram ateus.
Rehwinkel aponta para evidências arqueológicas que apóiam as Escrituras e sua tese,
citando Sir Charles Leonard Wooley, um arqueólogo Britânico que observou que "Em
nenhuma sepultura [pré-histórica] houve qualquer figura de um deus, nenhum símbolo ou
ornamento que parece ser de natureza religiosa."9

O Antigo Testamento oferece uma visão mais aprofundada do humanismo ateu


e amoral da Besta e seus precursores antediluvianos. Gênesis 6:4 nos informa que a
humanidade antediluviana era assim: "Havia gigantes na terra naqueles dias, e também
depois disso, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens, e elas lhes gera-
ram filhos, estes se tornaram homens poderosos que eram na antiguidade, homens de
renome".

Rehwinkel desvenda os enigmas dessa passagem de Gênesis e aplica-os aos


humanistas ateus de nossos dias e mundo:

663
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A palavra Hebraica [nephilim] significa mais do que aquilo que entendemos pelo
termo "gigante". Significa aqueles que caem sobre outros, salteadores, bandidos, tiranos.
Estes ‘nefilins’ eram famosos naquele mundo. Eles fizeram um grande nome para si
através de seus atos de violência, ilegalidade e corrupção. Eles eram conhecidos por
tudo, e suas estátuas provavelmente foram encontradas nos santuários de honra antedi-
luvianos.

Existem ‘nephilim’, ou gigantes, no mundo de hoje. Eles são os homens que


governam este mundo. Eles mantêm seus conselhos em segredo Eles dispõem de paí-
ses e milhões de seres humanos como figuras em um tabuleiro de xadrez. Eles confis-
cam propriedades que não lhes pertencem e condenam milhões de pessoas inocentes a
uma horrível morte de miséria e fome. Eles apagam cidades inteiras de homens, mulhe-
res e crianças, com mísseis da morte nascidos no inferno, mas são aplaudidos como
grandes e renomados homens, e seus retratos e estátuas recebem um lugar de honra
nos corredores da fama em nosso mundo hoje.10

Rehwinkel sugere que os "filhos de Deus" não eram seres sobrenaturais, mas
homens poderosos que se consideravam deuses, uma filosofia humanística que segue o
ateísmo.11 Da mesma forma, vemos que a Besta de Daniel é ateísta, porque ela "não
considera nenhum deus." A Besta revela seu rosto humanista quando se declara como
deus. Se a Besta-deus surge da Maçonaria Francesa, é compreensível por que (de acor-
do com Apocalipse 17:16) ela destruirá sua concorrente, a Maçonaria Inglesa, que acre-
dita em muitos deuses.

O apóstolo João também sugere que o reino da Besta sairá da Maçonaria


Francêsa. Em Apocalipse 13:1, ele viu a Besta "subir do mar". O mar aqui é uma figura
de linguagem para a massa de pessoas sobre a terra, como Apocalipse 17:15 explica:
"As águas que viste... são povos, multidões e nações, e as línguas. "As revoluções Ma-
çônicas Francesas surgiram das bases dos movimentos de massa, e esses movimentos
criaram repúblicas democráticas dirigidas pelas pessoas e para as pessoas.

Ao contrário da Maçonaria Inglesa, que quer um governo mundial dirigido por


uma elite aristocrática, a Maçonaria Francesa está trabalhando febrilmente em direção a
uma República Democrática Universal dirigida pelo povo. Se a Besta surgir da Maçonaria
Francesa, naturalmente o império da Besta será uma república democrática, como era a
antiga Roma.

664
______________________________________________________________CAPÍTULO 26

As Dez Coroas Estão na Sétima ou na Oitava Cabeça?


Clarence Larkin, em The Book of Revelation (1919), retrata a Besta como tendo sete
cabeças com dez chifres coroados na sétima cabeça.12 Numa primeira leitura, pareceria
ser a descrição de Apocalipse 13:1: "E eu fiquei sobre a areia do mar, e vi uma besta
surgir no mar, tendo sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez coroas...

Apocalipse, no entanto, não afirma especificamente que os dez chifres estão na


sétima cabeça. Em que cabeça estão os chifres coroados é uma questão de interpreta-
ção. Pode ser que os dez chifres sejam na verdade a oitava cabeça de Apocalipse 17:10-
11: "E há sete reis; cinco caíram, e um é; e o outro [o sétimo] ainda não é vindo; e quan-
do vier, deverá continuar por um curto espaço de tempo. E a besta que era, e não é
mais, mesmo sendo o oitavo, e é dos sete...

Em Apocalipse 13:3, aprendemos que uma das cabeças da Besta parecia 'ter
uma ferida mortal, mas sua ferida mortal foi curada."13 Ao interpretar a ferida e a cabeça
que foi curada nesta passagem como as sétima e oitava cabeças de Apocalipse 17:11,
Larkin retrata as duas como sendo uma. Ele faz isso alterando a palavra "sete" para
"sétima". Ele escreve: "mesmo sendo a oitava, e é a sétima..."14

Desde que ele estava escrevendo em 1919, a interpretação de Larkin é com-


preensível; ele escreveu antes da ascensão da Alemanha Nazista, a sétima cabeça.
Larkin concorda com as Escrituras que a Besta é a oitava cabeça. Mas é uma questão
de interpretação se a Besta, na verdade, saiu da cabeça da "sétima” ou de uma das
"sete".

Desde 1919, recebemos quase três quartos de século de história para serem
iluminados pela profecia Bíblica. Podemos manter essa história nas Escrituras e ver o
que, a partir desses anos, é um possível cumprimento da profecia. Agora, podemos ver
que a oitava cabeça não é a "sétima", pois João descreve suas visões da oitava cabeça
como se ele próprio fosse contemporâneo com o fim dos tempos: "E a besta que foi
[sexta cabeça da antiga Roma], e não é [cabeça morta ou morte da antiga Roma], mes-
mo sendo a oitava [cabeça curada, ou Roma revivida].... "Note que João pula a sétima
cabeça, que acreditamos ser a Alemanha Nazista.

Nossa hipótese é que as dez coroas (dez reis) estão na oitava cabeça. Este en-
tendimento é reforçado pelo versículo 12, onde está escrito que a Besta dá poder aos
dez reis e, no versículo 13, onde nos dizem "Estes [os dez reis] têm uma só mente, e
darão o seu poder e força à besta [oitava cabeça]."

665
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Maçonaria Francesa coloca as Dez Coroas


na Cabeça da Besta
Quem ou o que são as "dez coroas" ou reis que adornam a cabeça da Besta?
Os estudiosos das profecias acreditam que os dez reis de Apocalipse 17:12 serão dez
dos doze países membros que compõem a Comunidade Econômica Européia (CEE), ou
o Mercado Comum Europeu. Esses estudiosos vêem o Mercado Comum como o Impé-
rio Romano revivido, uma vez que o Mercado Comum abrange o território ocidental do
antigo império Romano. Eles acreditam que a CEE é o embrião da Besta, o oitavo poder
mundial relatado por João.

A Maçonaria do Grande Oriente foi a força por trás do Tratado de Roma, que
formou a CEE em 1957. Todo presidente da CEE é, desde então, um Maçom do Grande
Oriente. O chefe atual (1993) é o presidente da França, François Mitterrand,15 o mais
poderoso Maçom do 33º grau do Grande Oriente na Europa.

Em 1957, os signatários originais do Tratado de Roma eram seis nações: Fran-


ça, Alemanha Ocidental, Itália, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo. A intenção deles é,
eventualmente, unir a Europa, um desejo da Maçonaria Francesa desde Napoleão Bo-
naparte, e que surgiu novamente em 1848, quando o Grande Oriente mencionou pela
primeira vez pelo nome a idéia de inaugurar os Estados Unidos da Europa.

O Dr. Walter Hallstein, Maçom do 33º grau do Grande Oriente e ex-presidente


da CEE, detalhou a visão de uma Europa Unida em um discurso na década de 1960:

Três fases da unificação Européia devem ser observadas. Primeiro, a união


aduaneira, segundo, a união econômica, terceiro, a união política... o que temos criado
no caminho para unir a Europa é uma poderosa união econômico-política, da qual nada
pode ser sacrificado por qualquer motivo. Seu valor existe não apenas no que é, mas
mais no que promete se tornar... Podemos esperar plenamente a grande fusão de todas
as comunidades econômicas, militares e políticas, juntas nos Estados Unidos da Euro-
pa.16

Charles de Gaulle, presidente da França de 1958 a 1969, usou a CEE como um


instrumento a serviço dos interesses Franceses, tentando uma vez, em 1963, unir a
Europa sob sua bandeira, com a França como líder. De Gaulle falhou quando se opôs à
Alemanha Ocidental.17

De Gaulle, no entanto, se opôs com sucesso, em 1958 e 1963, a duas tentati-


vas da Grã-Bretanha para se juntar à CEE. Para a sobrevivência econômica, Londres

666
______________________________________________________________CAPÍTULO 26

organizou em 1959 a Associação Europeia de Livre Comércio (AELC) de sete países,


com a Áustria, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça, Finlândia e Islândia. O objetivo da
AELC era reduzir tarifas sobre importações recebidas de países membros.18

Conforme descrito em Apocalipse 17:9, essa combinação de sete nações pode-


ria ser considerada a Prostituta da Babilônia (Maçonaria Inglesa) sentada em sete cabe-
ças. A AELC, no entanto, cessou a operação quando a Inglaterra, a Dinamarca e a Irlan-
da foram autorizadas a ingressar no Mercado Comum Europeu, em 1973, no mesmo ano
em que a Comissão Trilateral de sete nações foi fundada pelo CFR Anglófilo.

Em 1981, a Grécia ingressou no Mercado Comum, aumentando o total para


dez. Os estudiosos da profecia Bíblica estavam em êxtase. Desde então, Espanha e
Portugal aderiram. A CEE, no entanto, ainda é considerada pelos estudiosos da profecia
como parte do futuro Império Romano revivido, entidade que, se essa interpretação
estiver correta, no tempo de Deus consistirá em dez nações.

A CEE inaugurou os Estados Unidos da Europa (EUE) em 31 de dezembro de


1992 - sete anos do ano 2000. Dez das doze nações votaram em aceitar o Eurodólar
como moeda comum. Os dois locais foram Inglaterra e Irlanda. Em julho de 1993, ambas
as nações votaram para aceitar a moeda européia. Embora ainda haja doze nações na
CEE, quando a Besta queimar Londres, a Irlanda também cairá, e haverá dez nações.

A Visão do Império da Besta é Confuso para os


Profetas
A luta entre as Maçonarias Inglesa e Francesa produziu um corpo tão compli-
cado de nações entrelaçadas, com tantos interesses conflitantes, que só pode ser des-
crito como uma Besta. Por exemplo, quatro das nações do Mercado Comum Europeu da
Maçonaria Francesa também são membros da Comissão Trilateral de sete países da
Maçonaria Inglesa - Inglaterra, França, Alemanha e Itália.

Ao olhar para essa complicada bagunça, o profeta Daniel dificilmente poderia


descrever o que ele via. Ele registrou em Daniel 7:7 que era "apavorante e terrível, e
extremamente forte... e era diferente de todos os animais que estavam perante ele... "

O apóstolo João parece ter tido o mesmo problema em sua descrição. Sua con-
tagem de sete cabeças como sete nações, e dez coroas como dez reis, deixam o leitor
perguntando onde as coroas estão localizadas no corpo da Besta. João não menciona
especificamente em qual das sete cabeças (ou oito) os dez chifres estão montados.

667
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Embora acreditemos que eles estejam na oitava cabeça, o debate continua entre os
estudiosos da profecia bíblica até hoje.

O corpo da Besta, de acordo com Apocalipse 13:2, é composto de um leopardo,


a cabeça (ou dentes) de um leão e os pés de um urso. Curiosamente, os emblemas
nacionais de Inglaterra e Rússia são o leão e o urso, respectivamente. Que nação o
leopardo representa ainda não está claro. Um fato é certo: as dez nações Européias, ou
dez as coroas de Apocalipse 17:12, não são o corpo da Besta. As dez coroas estão
separadas, conforme descrito na visão de João. Da mesma forma, Daniel 7:7-8 revela a
mesma besta com dez chifres mais um: "Depois disto eu vi, nas visões noturnas, e con-
templei um quarto animal... e ele tinha dez chifres. Eu considerei os chifres, e eis que
surgiu entre eles um outro pequeno..."

Os comentaristas da Bíblia, English e Bower, afirmam que o "chifre pequeno"


se refere à Besta, ou ao oitavo reino mundial mencionado em Apocalipse 17:11.19. João
disse que a Besta sai dos sete, o que significa que o reino da Besta pode vir dos sete
impérios históricos e da Comissão Trilateral de sete nações do fim dos tempos. Daniel
disse que a Besta surge dentre as dez, o que significa que pode vir de uma das doze
nações do Mercado Comum Europeu. Colocando os três grupos de nações lado a lado,
poderemos determinar qual reino ou nação é o reino da Besta, concentrando-se em uma
lista com os três grupos:

Sete Nações Mercado Comum


Comissão Trilateral
Históricas Europeu
1.Egito 1.Estados Unidos 1.França
2. Assíria 2. Canadá 2. Bélgica
3. Babilônia 3. Inglaterra 3. Holanda
4. Medo-Pérsia 4. Japão 4. Luxemburgo
5. Grécia 5. França 5. Grécia
6. Roma 6. Itália (Roma) 6. Irlanda
7. Alemanha Nazista 7. Alemanha 7. Dinamarca
8. Grécia
9. Espanha
10. Portugal
11. Itália (Roma)
12. Alemanha

668
______________________________________________________________CAPÍTULO 26

Duas nações estão nas três colunas - Roma e Alemanha. Muitos estudiosos de
profecias bíblicas acreditam que a sede da Besta será baseada em Roma, especialmen-
te aqueles que vêem a Igreja Romana como a Babilônia Misteriosa. Isso tornaria a Besta
e a Prostituta reinando a partir da mesma cidade, o que é improvável se, como diz Apo-
calipse 17:16-17, a Besta permite que os dez reis queimem a cidade da Prostituta. No
processo, ele permitiria a queima de sua própria sede.

Se a sede da Prostituta da Babilônia não é Roma, mas Londres, então Roma


poderia ser uma candidata para a sede da Besta.

Uma Roma política revivida, no entanto, não precisa ser governada a partir da
Roma antiga. Daniel diz que a Besta ou "chifre pequeno" - que significa "nova nação" ou
"nação jovem" - "surgiu [d] entre" as dez nações européias. Portanto, Roma, ou qualquer
uma das outras nove nações, poderia ter as mesmas características da Roma antiga. Ou
a Besta poderia ser a décima primeira nação, como sugere o "chifre pequeno". Portanto,
a Besta poderia ser uma nação jovem que nasceu, ou "surgiu [d]entre" as dez nações.
Mais precisamente, a nação da Besta é uma nação jovem, cuja população veio do territó-
rio das dez nações Européias.

Para identificar o "chifre pequeno", que é revivido em Roma, devemos conside-


rar a maquiagem da Roma antiga. A Roma antiga tinha 14 características básicas antes
de sua divisão por Constantino: (1) era uma república democrática; (2) tinha um equilíbrio
de poder dividido; (3) era baseada em leis específicas; (4) protegia os direitos dos cida-
dãos romanos; (5) impôs uma lei internacional de que todos os cidadãos romanos são
iguais; (6) tinha uma sórdida história de escravidão; (7) operava sob um sistema capita-
lista; (8) autorizou abortos; (9) amou o que chamaríamos de entretenimento com classifi-
cação R (restritos); (10) o estado ofereceu programas de assistência social financiados
por impostos; (11) tinha um negócio próspero em processos judiciais; (12) foi o caldeirão
do mundo; (13) promoveu o esporte como seu passatempo favorito; e (14) exibia como
seu emblema nacional a águia de cabeça única com asas abertas. Após a divisão, a
águia tornou-se tímida.20

A Alemanha como Roma Revivida


Desde o reinado de Carlos Magno como o primeiro Sacro Imperador Romano,
os reis alemães foram os governantes mais influentes do Sacro Império Romano.21 Co-
mo tal, eles tornaram-se os novos Caesars, ou Kaisers em alemão. Como diz o Rev.
Church: "Parece que a Alemanha desempenha um papel muito mais importante no cum-
primento da profecia bíblica do que alguém pode pensar à primeira vista. O pensamento

669
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

de que o futuro Anticristo poderia ter suas raízes na Alemanha se torna mais plausível
quando se considera as raízes históricas do império".22

As raízes históricas da Alemanha atendem a muitos dos requisitos da Roma re-


vivida. Hoje, a Alemanha é uma república democrática, tem um equilíbrio de poder dividi-
do, baseia-se em leis específicas, protege os direitos de seus cidadãos, opera sob um
sistema capitalista, e tem uma história sórdida de escravidão sob o Nazismo.

O símbolo histórico mais significativo da Alemanha, e sua semelhança com a


Roma antiga, é seu emblema nacional, adotado por Constantino. Quando Constantino
chegou ao poder em 306 d.C., ele mudou sua sede de Roma para Constantinopla na
Ásia Menor. Seu Império Oriental ficou conhecido como Império Bizantino, ou "a Segun-
da Roma". Para simbolizar o império dividido, Constantino transformou a águia romana
de uma cabeça em outra com duas cabeças. De acordo com a Mackey’s Encyclopedia
of Freemasonry, "Após a dissolução desse império, os imperadores da Alemanha, que
reivindicaram ser seu império o representante da Roma antiga, assumiram a águia de
duas cabeças como seu símbolo... 23

Outra razão pela qual a Alemanha poderia ser Roma revivida é encontrada em
Apocalipse 13:3. João diz sobre a Besta: "E vi uma de suas cabeças como que ferida
para a morte; e sua ferida mortal foi curada..."

Como vimos, a sétima cabeça era a Alemanha Nazista. A divisão da Alemanha,


oriental e ocidental, após a Segunda Guerra Mundial, pode indicar os ferimentos da
sétima cabeça. A "cabeça curada" pode se referir à recente reunificação de ambas as
Alemanhas, em outubro de 1990.

A Alemanha, no entanto, deve ser desqualificada como Roma revivida por duas
importantes razões. Primeiro, Apocalipse 13:4 afirma que a Besta será um poder militar
como nenhum outro. Atualmente, a Alemanha não é esse poder militar, mas isso pode
mudar rapidamente. Segundo, como membro do Mercado Comum Europeu, a Alemanha
é um dos "dez chifres", enquanto Apocalipse 17:12 descreve a Besta como sendo sepa-
rada dos dez. Da mesma forma, Daniel 7:8 descreve a Besta, não como os dez chifres,
mas como o "chifre pequeno" que "surgiu [d]entre" os dez.

Como afirmado anteriormente, o "chifre pequeno" implica em uma "nação jo-


vem". A Alemanha existe há milênios. E a frase "surgiu [d]entre os [dez chifres]" indica
que essa "nação jovem" será povoada do território das dez nações do antigo Império
Romano. Novamente, isso não pode significar a Alemanha, pois esta ainda é primária-
mente povoada, estrita e orgulhosamente, por raças Germânicas.

670
______________________________________________________________CAPÍTULO 26

A Rússia como Roma Revivida


A Rússia também pode ser candidata à Besta. Sob os Czares e os Soviéticos, a
Rússia teve uma história sórdida de escravidão. Sob os Soviéticos, a Rússia era uma
república socialista, também com uma grande população de escravos gulag. Desde
dezembro de 1991, quando a União Soviética foi dissolvida, a Rússia se tornou uma
república democrática e, portanto, pode ser considerada uma nação jovem (chifre pe-
queno). Além disso, a Rússia está tentando operar sob um sistema capitalista, como fez
a velha Roma.

A semelhança mais significativa da Rússia com a Roma antiga remonta à que-


da de Constantinopla (a Segunda Roma) em 1453, quando os Turcos tomaram a cidade.
A partir dessa data até o presente, a Rússia se considerava a Terceira Roma.

Em 1472, Ivan Ill foi o primeiro Imperador Russo a se chamar Czar, que signifi-
ca César na língua Russa.24 A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry relata como a
Rússia adotou a águia de duas cabeças como seu emblema: "Foi tomada por Ivan III
como elemento decorativo em seu casamento com Zoe Palaeologa (Sophia), filha de
Thomas de Morea, requerente do trono imperial de Bizâncio... [Ivan III] alegou ser o
sucessor dos Imperadores [Romanos] Orientais".25

Se quisermos considerar a Rússia como Roma revivida, ela deve compartilhar


todas as características da Roma antiga. A Rússia, no entanto, tem uma longa história de
falha na proteção dos direitos dos seus cidadãos e ela, certamente, não é o caldeirão do
mundo hoje. Além disso, de acordo com a descrição dada em Apocalipse 13 e 17, a sede
da Besta deve estar em uma nação poderosa, com forte poder econômico, político e
base militar, idêntica à da Roma antiga. Quando a cidade da Prostituta (Londres) é des-
truída, a economia do mundo pode ser rapidamente transferida para a sede do reino da
Besta, onde será controlado por sua marca - 666. Esta não pode ser a Rússia. A Rússia
moderna é uma nação cuja estabilidade econômica, por três quartos de século, depen-
deu de infusões financeiras do Ocidente.

A razão mais significativa pela qual a Rússia não pode ser o reino da Besta é
que ela não é uma das sete cabeças históricas ou contemporâneos da Besta, como
Apocalipse 17:11 exige. Sua nação também não era habitada por emigrantes oriundos
do território do antigo Império Romano, como exige Daniel 7:8. Além disso, Ezequiel 38 e
39 indica que a Rússia será destruída antes que o reino da Besta possa ter predomínio
militar.

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

França como Roma Revivida


A França, hoje, sob a liderança do Maçom do 33º grau do Grande Oriente,
François Mitterrand, está se preparando para a chegada do Anticristo para liderar o tão
esperado Estados Unidos da Europa da Maçonaria Francesa, fundado em 31 de dezem-
bro de 1992. Em 1983, Mitterrand contratou um arquiteto Japonês, I. M. Pei, para trans-
formar o pátio do antigo castelo real em uma pirâmide. A localização da pirâmide é cini-
camente simbólica do triunfo da Maçonaria, tanto sobre o Cristianismo quanto sobre o
domínio monárquico da França. A pirâmide de Pei é feita de painéis de vidro triangulares.
A revista semanal Insight, de 3 de julho de 1989, conta a história:

O número de painéis de vidro na pirâmide de Pei - dito serem 666 peças - e a


forma da própria pirâmide, é reflexo da paixão do presidente [Mitterrand] pelos símbolos
da Maçonaria, para não falar de seu gosto em se comunicar com os espíritos da Terra
que o leva, todos os anos, como um druída, a celebrar o equinócio da primavera, ao
bater com uma vara de madeira em uma certa colina chamada Roche de Soultre, no
centro da França.26

A França, no entanto, não pode ser Roma revivida, porque não possui todas as
catorze características da Roma antiga. Por exemplo, a França não é o caldeirão do
mundo, nem exibe a Águia como seu emblema nacional.

As Nações Unidas como Roma Revivida


Em Apocalipse 17, a Besta é inicialmente controlada pela Prostituta da Babilô-
nia, pois ela está montando nas costas da Besta. Mostramos no capítulo 24 que as Na-
ções Unidas é atualmente controlada pela Maçonaria Inglesa, a moderna Prostituta da
Babilônia. Além disso, ambas as Maçonarias são aliadas politicamente nas Nações Uni-
das, como elas inicialmente parecem estar na Besta. Um problema de números, no en-
tanto, elimina as Nações Unidas atualmente como o reino da Besta. A falta de divisões
distintas das "dez nações" e das "sete nações" na Assembléia Geral ou no Conselho de
Segurança da ONU sugere que esta não é a Besta.

Além disso, as Nações Unidas não têm força militar real própria, como a Besta
deve ter. Se as Nações Unidas têm algum significado, é em virtude da nação em qual
solo reside, e nada mais. A força da ONU como poder mundial existe apenas por causa
do poder militar dos Estados Unidos da América, e não por causa de seu próprio poder.
Os limites do poder das Nações Unidas foram efetivamente demonstrados na recente
guerra com o Iraque - a antiga Babilônia. Se não fosse pela presença dominante das

672
______________________________________________________________CAPÍTULO 26

forças armadas dos EUA, a ONU não teria forças militares para apoiar sua exigência
para que o Iraque deixasse o Kuwait.

Os Estados Unidos da Europa como Roma Revivida


Para construir um argumento sólido para identificar o reino da Besta, devemos
considerar os desenvolvimentos mais recentes na Europa, que podem causar à Comuni-
dade Econômica Europeia (Mercado Comum) sua dissolução. Os quatro principais ór-
gãos estruturais da CEE incluem a Comissão, o Conselho de Ministros, o Tribunal de
Justiça e o Parlamento Europeu.27 O Parlamento Europeu inaugurou os Estados Unidos
da Europa, em 31 de dezembro de 1992, exatamente sete anos após o ano 2000, sendo
o número sete um número significativo e profético de anos.

Os Estados Unidos da Europa, uma frase cunhada pela primeira vez em 1848
pela Maçonaria Francesa, é o precursor muito elogiado pelo governo mundial da Maço-
naria Francesa, e pode ser os dez chifres na cabeça do Império Romano revivido, em
vez de dez das doze nações do Mercado Comum. Isso, é claro, excluiria a Inglaterra e a
Irlanda. O cumprimento da profecia de Apocalipse 17:12-13 e 16 indica como isso pode
acontecer. Nesta passagem, vemos que os dez reis dos Estados Unidos da Europa
deverão odiar a Prostituta (Londres) e comprometer sua lealdade à Besta. Quando a
Besta der permissão aos dez reis para queimar Londres, a Irlanda também cairá.

O Teste Final Identificará Roma Revivida


As escrituras nos dão a sabedoria necessária com a qual podemos identificar
de maneira irrefutável a Besta e seu reino. Essa sabedoria vem do entendimento da
marca da Besta. Apocalipse 13:16-18 explica:

E ele fez com que todos, tanto pequenos quanto grandes, ricos e pobres, livres
e escravos, recebessem uma marca em sua mão direita, ou em suas testas; e que ne-
nhum homem possa comprar ou vender, a não ser aquele que tiver a marca, ou o nome
da besta, ou o número de seu nome. Aqui há sabedoria. Deixa que aquele que tem en-
tendimento calcule o número da besta; porque é o número de um homem; e seu núme-
ro é seiscentos e sessenta e seis.

A pista para identificar a nação da Besta é encontrada em uma série de núme-


ros que são listados como uma tríade de dois números cada (600 + 60 + 6), o que totali-
za 666.

673
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A Concordância de Strong nos informa que 666 é um número Romano.28

Os algarismos romanos, portanto, dão a pista de como identificar a marca da


Besta. Quando o Novo Testamento foi escrito, Roma usou uma combinação de seis
letras do alfabeto para compor todos os seus números. As letras são: D, C, L, X, V, e I.
(A letra "M", representando 1000, é uma invenção mais recente. Originalmente, era o
CIC, com o C direito voltado para trás. Ao conectar os dois "C's" ao "I" do meio, é possí-
vel que, gradualmente, evoluiu para o "M").29 Os seis números Romanos originais e seus
valores numéricos são:

D = 500
DC = 600
C = 100
L = 50
LX = 60
X = 10
V=5
VI = 6
I=1
TOTAL 666

Quando agrupamos cada uma das letras acima na ordem de duas, descobri-
mos o exato cumprimento de Apocalipse 13:18. Como exposto acima, DC é igual a 600;
LX é igual a 60; e VI é igual a 6 - "Seiscentos e sessenta e seis".

Aplicando essa sabedoria Bíblica, descobrimos que o reino da Besta será um


renascimento do antigo Império Romano. Qualquer que seja a nação deste reino, o teste
final para sua identificação vem do entendimento de sua marca, ou símbolo, que é 666
em números Romanos. As escrituras dizem que esse número estará vinculado ao meio
de troca para comprar ou vender.

674
Capítulo 27

A SEDE DO IMPÉRIO DA BESTA

E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.
Pois, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se
em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o souberam até que veio o
dilúvio, e os levou a todos; assim também será a vinda do Filho do homem.

Mateus 24:37-391

A Lenda da Atlântida
Toda cultura antiga conta a história de uma civilização pré-histórica destruída
pelas enchentes. Além do relato bíblico do dilúvio de Noé, o mais conhecido é a lenda do
naufrágio da Atlântida. Inácio Donnally, em Atlantis: The Antediluvian World, compara o
relato bíblico com esta lenda grega:

O Dilúvio [Bíblico] refere-se claramente à destruição da Atlântida e concorda em


muitos detalhes importantes com o relato de Platão. As pessoas destruídas foram, em
ambos os casos, a raça antiga que criou a civilização; Eles anteriormente estavam em
uma condição feliz e sem pecado; eles se tornaram grandes e perversos; eles foram
destruídos por seus pecados - eles foram destruídos pela água.2

As sociedades secretas mais antigas eram obcecadas pela lenda da Atlântida.


A Maçonaria não é exceção. William Still, em New Order Order, nos informa que "De
acordo com fontes Maçônicas, o mistério mais importante das sociedades secretas é um
plano antigo, transmitido por milhares de anos pela tradição oral, para o estabelecimento
de um governo mundial - uma 'democracia universal' - uma 'Nova Atlântida'."3

A Antiga Maçonaria acreditava que a Maçonaria era uma democracia. A lenda


afirma que também era uma sociedade científica avançada. De fato, tem a reputação de
ter sido o centro da aprendizagem. Ainda explica:

As sociedades secretas acreditam que na Atlântida havia uma grande universi-


dade onde a maioria das artes e ciências se originaram. A estrutura que abrigava essa

675
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

universidade era uma imensa pirâmide com muitas galerias e corredores, com um obser-
vatório para o estudo das estrelas sentadas em seu imenso ápice.4

A Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry diz que a partir desta lenda "desen-


volveu-se um conto duradouro de um continente no Atlântico, em algum lugar a oeste do
Estreito de Gibraltar, uma vez coberto de civilização, que afundou subitamente sob as
ondas."5

Os exploradores procuraram a "Atlântida perdida" no Mediterrâneo, no oeste e


sul da África, América do Sul e na costa leste dos Estados Unidos. Em 1932, Edgar
Cayce (1877-1945), um médium de Kentucky, teria identificado a Atlântida. Para a sur-
presa de alguém, Cayce disse que era onde Platão a havia localizado, no Oceano Atlân-
tico, embora Cayce não especificou exatamente onde nesta grande extensão aquosa,
em algum lugar entre o Mediterrâneo e o Golfo do México. Então, ele fez outra previsão
de que um dia a Atlântida se levantaria do mar perto da ilha de Bimini, no Caribe.6

Podemos encontrar alguma conexão entre a Atlântida da lenda antiga e a localização


do império da Besta? Surpreendentemente, o apóstolo João faz uma descrição seme-
lhante à do império da Besta de Cayce, em Apocalipse 13:1: "E eu fiquei sobre a areia do
mar, e vi uma besta surgir no mar, tendo sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus
chifres dez coroas...”

Os números sete e dez deste versículo de Apocalipse se correlacionam com a


Lenda da Atlântida. Ainda afirma que "cerca de 10.000 anos antes da civilização Grega,
a Atlântida era governada em completa harmonia por uma comunidade cooperativa de
dez reis, conhecida como Liga Atlântica. Sete desses reis governaram as sete ilhas que
realmente decidiu-se chamar de 'Continente da Atlântida'. Os outros três reis do reino
Atlante dominavam os outros três continentes conhecidos: Europa, Ásia e África."7

A lenda afirma que esses dez reis eram irmãos, o que pode significar que eles
pertenciam a uma irmandade semelhante à Maçonaria. A Maçonaria acredita que o
número "10" é significativo quando aplicado a governo. Manly P. Hall, um Maçom do 33º
grau, explica:

A liga de dez reis é a comunidade cooperativa da humanidade, a forma natural


e adequada de governo humano. Atlantis, portanto, é o arquétipo ou o padrão de gover-
no que existia nos dias antigos, mas foi destruído.8

Como a história Bíblica, a lenda da Atlântida afirma que sua destruição ocorreu
em grande parte por sua paixão pelo luxo ilimitado. Os Atlantes não valorizavam mais a
bondade acima da riqueza material. Platão diz: "A porção de divindade dentro deles

676
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

estava agora se tornando fraca e débil por estar sendo, muitas vezes, misturada com
uma grande medida de mortalidade."9

Amando seus bens acima de tudo, os Atlantes perderam sua virtude. E agora,
os sete reis das sete ilhas da Atlântida reuniram um grande exército para conquistar os
três continentes. Por causa de sua ganância pelo poder, o pai dos deuses (Zeus) fez
com que as sete ilhas (sete cabeças) da Atlântida, com sua população, afundassem sob
as ondas.

O Maçom Hall afirma que, quando a Atlântida morreu, o mesmo ocorreu com o
"padrão ideal de governo”. Segundo Hall, a "liga dos dez reis" faz parte da "Doutrina
Secreta" preservada pelas sociedades secretas por meio de suas tradições orais. Hall
acredita que quando a força unificadora dos dez reis foi quebrada, automaticamente
seguiu-se a destruição. "Foi tão completa essa destruição", escreve ele, "que os homens
esqueceram que há um melhor modo de vida, e aceitaram os males da guerra, do crime
e da pobreza como inevitáveis... A antiga Atlântida se foi, dissolvida em um mar de dúvi-
das humanas. Mas, o império Filosófico viria novamente, como uma democracia de
homens sábios."11

A Maçonaria planejou há muito tempo elevar filosoficamente a Atlântida do mar,


e nesta nova terra, restabelecer a democracia como uma Nova Ordem Mundial. O autor
Maçônico George H. Steinmetz confirma em Freemasonry: Its Hidden Meaning que a
filosofia democrática da Maçonaria foi traçada de volta ao "Continente Perdido da Atlân-
tida".12 Ele tenta provar que a Atlântida era uma sociedade Maçônica, sugerindo que os
templos destruídos do alto Egito fazem parte dessa destruição Atlante: "Ali [no Egito]
encontramos seus templos em ruínas que, em comparação com os ambientes de nossas
lojas, possuem plantas semelhantes, o mesmo 'norte escuro' e muitos dos mesmos
emblemas."13 Finalmente, Steinmetz diz que não se pode entender a universalidade da
Maçonaria sem aceitar o relato Atlante.14

Hall concorda: "A Maçonaria é uma universidade, ensinando artes liberais e ci-
ências da alma a todos que atenderem a suas palavras. É uma sombra da grande Escola
de Mistério Atlante, que ficava com todo o seu esplendor na antiga Cidade dos Portões
Dourados, onde agora o turbulento Atlântico rola em varredura ininterrupta."15

Hall sugere que a civilização antediluviana era democrática, que a Maçonaria


tem planejado há três séculos recriar uma sociedade democrática universal que, filosofi-
camente, "levante-se do mar" e, como a Atlântida, junte-se a dez reis para liderar a hu-
manidade em busca da felicidade universal. Ele diz que a Igreja Cristã tem atrasado a
busca pela "Nova Atlântida". E ele alude ao antigo império Romano como a última tenta-
tiva de ressurreição do projeto Atlante e afirma que outra tentativa seria feita.16

677
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Podemos ver como a ressurreição da Atlântida planejada pela Maçonaria se


correlaciona com a profecia de Daniel sobre um império Romano revivido. Da mesma
forma, a visão de João da Besta com dez chifres (representando dez reis) é mais signifi-
cativa nesse sentido, dada ao fato da Maçonaria exigir que seu governo mundial seja
modelado segundo a "Liga Atlante" de dez reis. Portanto, para localizar a sede da "Nova
Atlântida Filosófica" da Maçonaria, o império Romano revivido de Daniel e a Besta de
João, devemos procurar uma terra que atenda aos seguintes requisitos:

1. Se a antiga Atlântida era democrática, a Nova Atlântida seria democrática e,


mais provavelmente, nascerá da Maçonaria Francesa Templária, o pai da democracia
moderna.

2. A Besta de João e a "Atlântida Filosófica" da Maçonaria subirão figurativa-


mente sobre o mar no Oceano Atlântico, em algum lugar a oeste do Estreito de Gibraltar,
onde alegadamente a Atlântida afundou.

3. Se ressuscitada a oeste do Estreito de Gibraltar, a Roma revivida de Daniel


será uma nova terra em um novo mundo povoado do território do antigo império Roma-
no.

4. A Besta não civilizada de Daniel nascerá em uma terra ocidental não civiliza-
da, limitada por
água - do ponto de vista de Daniel na Babilônia - uma terra no extremo oeste.

A Besta de João acabará se unindo a dez reis, assim como a antiga Atlântida.
Ao contrário de Edgar Cayce, Hall não está procurando a Atlântida antiga para sair lite-
ralmente do mar, mas sim, olha para a América como a nação que representará a "
Atlântida Filosófica". Em America's Assignmen With Destiny, ele escreve: "Os explorado-
res que abriram o Novo Mundo operaram a partir de um plano mestre e foram agentes de
redescoberta em vez de descobridores."17 Em um segundo livro, The Secret Destiny of
America, Hall afirma que o objetivo unificador das sociedades secretas antigas era criar
uma "Nova Atlântida" além do Oceano Atlântico, no que hoje é chamado de América. "A
resolução ousada", ele disse, "era que este continente ocidental deveria se tornar o local
do império filosófico".18

Explica, ainda, que "a América, de acordo com este Grande Plano, deveria se
tornar a primeira nação a começar a estabelecer uma 'democracia universal' ou 'comuni-
dade mundial de nações. Dizia-se que essa missão era a busca mais nobre à qual um
homem poderia se dedicar".19

678
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

América: A Nova Atlântida


O primeiro filósofo moderno a promover a América como a Nova Atlântida foi
Sir Francis Bacon (1561-1626), um senhor Inglês e Sionista-Rosacruz. Como ocultista
bem versado no "Grande Plano", Bacon ocultou a "Doutrina Secreta" em um romance
intitulado New Atlantis, no qual ele expôs o plano de uma sociedade utópica a ser cons-
truída neste continente recém-descoberto. Os autores Maçônicos Marie Bauer Hall e
Manly P. Hall dizem, respectivamente, de Bacon:

[Bacon] é o Fundador da Maçonaria. A luz guia da Ordem Rosacruz, cujos


membros mantinham a tocha do verdadeiro conhecimento universal, a Doutrina Secreta
dos séculos, viva durante a noite escura da Idade Média.20

Bacon foi iniciado no novo liberalismo representado em toda a Europa pelas


sociedades secretas de intelectuais dedicados à liberdade civil e religiosa .... Mais tarde,
quando o momento foi propício, ele jogou o peso de seu grupo literário com o plano de
colonização Inglês para a América... acalentando o sonho de uma grande comunidade
na Nova Atlântida.21

Ainda diz: "A estudiosa Baconiana e entusiasta Maçônica Marie Bauer Hall
acredita que esse Grande Plano foi perpetuado por um grupo internacional contendo
apenas os mais altos iniciados das sociedades secretas".22

Vimos como esse grupo internacional mudou seu nome várias vezes para ocul-
tar o grande plano. Bacon foi o primeiro dos filósofos modernos a revelar esse plano
como sendo um plano Maçônico para a América. A hierarquia em seus dias era o Priora-
do de Sião, operando através da Ordem de Rose-Croix e, mais tarde, da Royal Society.
Foi então usurpado pelos Cavaleiros Templários, que inicialmente operavam através dos
Illuminati, o Palladiano, e agora através da Lucis Mist.

O Rosacruz Sir Walter Raleigh, membro de uma sociedade secreta em home-


nagem a Bacon (o Círculo Baconiano), iniciou a exploração Britânica na América em
1585, estabelecendo-se na costa da Carolina do Norte, na Ilha Roanoke. Sua colônia
falhou e a Inglaterra não tentou colonizar novamente por uma geração.

Enquanto isso, em 1603, o Priorado de Sião perdeu a Grã-Bretanha para os


Templários, quando James Stuart VI da Escócia subiu ao trono Britânico como rei James
I. Os Rosacruzes Alemães entraram imediatamente em ação, fundando a Maçonaria
Rosacruz na Inglaterra e, em seguida, apoiando Cromwell para destronar os Templários
Stuarts. Muitos Protestantes juntaram-se à causa de Cromwell. Finalmente, em 1717, os
Stuarts, com sua Maçonaria Templária, foram deportados para a França.
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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Durante a revolução Inglesa, que se estendeu pela segunda metade do século


XVII, o Novo Mundo foi colonizado por Protestantes Britânicos e Europeus que fugiam da
perseguição. Em 1733, a Maçonaria Inglesa entrou na América, fundando a Loja de St.
John, em Boston. Boston, com efeito, tornou-se a capital Maçônica das colônias transa-
tlânticas da Inglaterra. Entre 1733 e 1737, a Grande Loja da Inglaterra autorizou lojas
provinciais adicionais em Massachusetts, Nova York, Pensilvânia e Carolina do Sul.
Essas lojas continham apenas três graus.

A Maçonaria Templária, tendo sido enfraquecida pelo exílio na França, não teve
forças para estabelecer uma base na América. A Maçonaria Inglesa, sem impedimentos,
planejava inaugurar o Grande Plano contido em sua Doutrina Secreta. Felizmente para a
América, a maioria dos colonos era Cristã; portanto, o Grande Plano foi forçado a operar
mais lentamente dentro das lojas Inglesas recém-organizadas.

Os Templários na América
Um dos requisitos do império da Besta é que seja uma nação democrática nas-
cida da Maçonaria Francesa Templária, o pai da democracia moderna.

Michael Baigent, co-autor de The Temple and The Lodge, localizou o movimen-
to dos Templários na América. Ele descobriu que a Maçonaria Inglêsa Sionista reinou
suprema em Boston até que uma Loja Templária de alto grau foi garantido em 1756 pela
Grande Loje da Escócia. "Havia, portanto, duas Grandes Lojas Provinciais rivais em
Boston", diz Baigent," a de St. John, sob a égide da Grande Loja da Inglaterra, e a de St.
Andrew, sob a égide da Grande Loja da Escócia... E, em 28 de agosto de 1769, a St.
Andrew conferiu, pela primeira vez em qualquer lugar do mundo, um novo grau Maçônico
- especificamente chamado de grau dos Cavaleiros Templários."23

Pouco tempo depois, outra forma de Maçonaria Templária chegou à América. A


Grande Loja de York, quase Jacobita, tinha lojas garantidas na Virgínia. A Maçonaria
criou graus adicionais no Novo Mundo até atingir o 13º e grau final, conhecido como o
grau dos Cavaleiros Templários.

A Maçonaria Templária do Rito York de 13 graus, tendo cessado a operação na


Inglaterra depois de estabelecer sua base no Novo Mundo, existe hoje apenas na Améri-
ca do Norte. Michael Baigent foi capaz de rastrear a migração para o oeste dos Templá-
rios, após seguir o número esotérico "13". Como você se lembra, a ordem original dos
Templários consistia em treze graus. O número "13" também comemora a sexta-feira 13,
de 1307, o dia em que a perseguição aos Templários começou. Em 1314, Jacques de
Molay, o Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários, foi queimado na fogueira. Somente na
680
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

América, diz Baigent, o Grão-Mestre Templário recebeu sua homenagem pública mais
lisonjeira e generosa, sob a forma de uma organização juvenil patrocinada pela Maçona-
ria, a Ordem dos DeMolay.

Lojas Militares Templárias


Os Templários também entraram furtivamente na América através das Lojas Mi-
litares. De particular significância, são as autorizadas pela Grande Loja Irlandesa, que
ofereceu graus mais altos do que a Maçonaria Jacobita. Mais tarde, essas lojas incorpo-
raram os Graus do Rito Escocês Templário Francês, dividindo ainda mais a América
colonial entre duas formas rivais de Maçonaria. Enquanto a política Britânica nas colô-
nias era dominada pelos Maçons Ingleses no Nordeste, suas forças armadas estavam
sob a influência das Lojas de Campo dos Templários Franceses nas colônias - uma
união não estável para governar as "13" colônias rebeldes.25

Templários Europeus se Estabelecem na América


Outra característica identificadora do império Romano revivido da Besta, se-
gundo nossa análise de Daniel 7:7-8 no capítulo 26, é que ele deve ser preenchido por
imigrantes do território governado pelo antigo império Romano. É claro que a América
colonial era povoada por povos de uma Europa moldada pela Roma antiga e mais tarde
pelo Sacro Império Romano. A influência dos templários na América começou após o
príncipe Charles Edward, o jovem Pretendente ao trono dos Stuarts, não ter conseguido
recuperar seu trono Britânico. Como você se lembra, em 1746, ele foi profundamente
derrotado, perdendo para sempre as esperanças dos Templários Escoceses de recaptu-
rar a Inglaterra. Como resultado, muitos Jacobitas Templários Irlandeses e Escoceses
que lutaram com Charles Stuart fugiram para a América. Aqueles que retornaram à Fran-
ça com o Príncipe fundaram o Rito Escocês da Maçonaria.

Entre 1745 e 1753, a população Templária Britânica e Européia no Novo Mundo


havia aumentado dramaticamente. Em 1754, Benjamin Franklin tentou aliviar a pressão
populacional, propondo um plano para a união de todas as 13 colônias. O governo Britâ-
nico rejeitou a proposta de Franklin, temendo que uma América unida seria difícil de
controlar. Posteriormente, a população explosiva foi forçada a se mudar para o oeste do
território Francês, o que precipitou a guerra Francesa e Indígena na América, uma fase
da Guerra dos Sete Anos no continente da Europa. Durante esta guerra, os militares
Franceses trouxeram para o Novo Mundo o Rito Escocês dos Templários, estabelecendo

681
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

a primeira base em Boston, então Charleston, S.C.26 Michael Baigent, em The Temple
and The Lodge, explica:

Antes da Guerra dos Sete Anos, a maioria da Maçonaria na América do Norte


era ortodoxa pró-Hanoveriana, garantida pela Grande Loja [Londres]. Durante os Sete
Anos de Guerra, no entanto, a a Maçonaria [Templária] de “graus mais altos”, por meio
de lojas de campo regimentais, foi transplantada em larga escala para as colônias Ame-
ricanas e rapidamente se enraizou. Boston - o solo a partir do qual a Revolução Ameri-
cana emergiu - exemplifica o processo de transplante e o atrito que às vezes dela sur-
giu.27

Benjamin Franklin: Mestre dos Espiões Templários


Benjamin Franklin tornou-se Maçom em fevereiro de 1731 e Grão-Mestre Pro-
vincial da Pensilvânia em 1734, e novamente em 1749. Em 1756, ele foi introduzido na
Royal Society em ausência. (A Royal Society, você deve se lembrar, era uma organiza-
ção de frente Maçônica Inglesa para o Priorado Rosacruz de Sião.)

Entre 1757 e 1762, e novamente entre 1764 e 1775, Franklin passou tempo
considerável na Inglaterra e na França. Enquanto na Inglaterra, ele descobriu a "Doutrina
Secreta" da Maçonaria Inglêsa para a América. Franklin estava em Londres em 1775,
quando ele foi informado de que a guerra entre as colônias e a Grã-Bretanha poderia
começar a qualquer momento; então, em março, ele retornou à Filadélfia. Mais tarde
naquele ano, ele participou do Segundo Congresso Continental, através do qual ele
ajudou a redigir a Declaração de Independência. Em 1776, ele foi enviado para Paris,
onde entrou em contato com os Illuminati. Franklin aprendeu o significado esotérico do
número "13" e o plano dos Illuminati para as "13" colônias Americanas. Ele ficou em
Paris por pouco tempo, retornando à América com essas informações importantes. Na
tarde de 4 de julho de 1776, ele, com outros dois Maçons, foi nomeado pelo Congresso
Continental para projetar o Grande Selo dos Estados Unidos da América, que incluiria o
Selo dos Illuminati.

Baigent sugere que Franklin era a favor do plano dos Illuminati de criar um No-
vo Mundo democrático, uma "Atlântida Filosófica", sobre o plano Britânico de expansão
oligárquica do império. Quando Franklin estava na França, ele começou a construir uma
rede de espionagem em preparação para a independência da América da Inglaterra.
Baigent nos fornece os detalhes:

Em 9 de novembro [1777], um comitê especial - o "Comitê do Congresso para


Correspondência Secreta"- foi nomeado para estabelecer uma rede de contatos entre
682
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

"nossos amigos no exterior". Esse comitê consistia de Robert Morris, John Jay, Benjamin
Harrison, John Dickinson e Benjamin Franklin, a fim de operar extensivamente através
dos canais Maçônicos e levar à criação de um elaborada rede de espiões. Ao mesmo
tempo, e por coincidência, era para se sobrepor a uma rede de espionagem Britânica
que corria paralelamente a ela, e também operava através de canais Maçônicos. Ambas
as redes deveriam ser baseadas principalmente em Paris, que tornou-se o centro de uma
vasta rede de espionagem, intrigas e ‘alianças inconstantes’.28

A espionagem não era estranha para Franklin. Como Vice Postmaster General
para as colônias Americanas, dos anos 1750 até 1775, ele se tornou particularmente
amigável com seus similar Britânico, Sir Francis Dashwood, que se mudou nos círculos
Maçônicos Jacobitas. Dashwood também tinha amigos Maçônicos que eram fortes de-
fensores de Charles Edward Stuart. Enquanto estava na Inglaterra, Franklin ficou na
propriedade de Dashwood. Michael Baigent nos dá mais detalhes sobre o papel "tradici-
onal" do espião-chefe encarregado dos Postmasters General:

Por oferecer acesso a praticamente todas as cartas, todas as comunicações, a


posição do Postmaster-General também era tradicionalmente a do espião-chefe. E du-
rante a Guerra Americana pela Independência, a experiência como Postmaster-General
foi tanto de Dashwood quanto de Franklin.

Em seu duplo papel de espião-chefe e embaixador colonial na França, Franklin


estabeleceu seu centro de operações em Paris. Ele foi acompanhado aqui por dois ou-
tros indicados pelo Comitê do Congresso para Correspondência Secreta, Silas Deane e
Arthur Lee. O irmão de Lee estava baseado em Londres. O mesmo aconteceu com a
irmã de Franklin, que também se acredita ter-se envolvido em espionagem.29

A irmã de Franklin o apresentou aos irmãos Howe, um General do Exército Bri-


tânico, o outro Almirante, ambos pertencentes a lojas militares Templárias no teatro
colonial de operação. Como Templários, eles eram favoráveis à rebelião. E, em 1781, os
irmãos Howe foram acusados de "pertencer a uma 'facção' que conspirou para facilitar a
tentativa de independência dos colonos".30

Os amigos Maçônicos Templários de Franklin no serviço postal e nas forças


armadas também tinham simpatizantes dos Templários no Parlamento Britânico. Esses
traidores da Coroa Britânica, clandestinamente levantaram dinheiro para o Exército Con-
tinental Colonial e o remeteram a Franklin, em Paris. Franklin passou os recursos para a
América do Norte ou os usou na França para comprar armas e material.

Em 1778, Franklin juntou-se à loja dos Illuminati "Neuf Soeurs" (Nove Irmãs),
ajudando na iniciação de Voltaire. Mais tarde, ele se tornou Grão-Mestre da Loja. Em

683
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

1782, Franklin juntou-se a um conclave Maçônico mais esquivo e misterioso, a Loja Real
dos Comandantes do Templo Oeste.

Como afirmado anteriormente, a rede de espionagem Britânica em Paris tam-


bém era Maçônica. Seus agentes tinham penetrado na operação de Franklin, juntando-
se à Loja das Nove Irmãs. Assim, "o govêrno Britânico foi informado, não apenas das
atividades dos colonos, mas também dos planos para entrar na guerra".31

O conhecimento Britânico da revolta colonial iminente não alcançou ouvidos na


América, porque o alto comando colonial Britânico, encarregado do exército e marinha da
Coroa no Novo Mundo (ou seja, os irmãos Howe), eram Maçons Templários, solidamente
no campo de Franklin. Para garantir o sucesso da Revolução Americana, os irmãos
Howe demonstraram conduta dilatória ao longo da guerra.

Uma Revolução Americana Templária


A guerra pela independência Americana foi uma continuação da batalha entre
as Maçonarias Inglesa e Francesa. O conflito pelo controle da "Nova Atlântida" originou-
se em Boston, entre duas lojas adversárias, a Sionista de St. John e a Templária de
Saint Andrew. Entre os membros da de St. Andrew estavam John Hancock e Paul Reve-
re. Ao sul da Virgínia, havia dois outros Maçons Templários, Patrick Henry e Richard
Henry Lee, que em 1769 levou a Assembléia da Virgínia a condenar formalmente o go-
verno Britânico. Os eventos aceleraram rapidamente em direção a um conflito aberto
entre a Inglaterra e suas colônias Americanas. Em 1770, o famoso Massacre de Boston
ocorreu quando sentinelas Britânicas mataram cinco manifestantes. Em 1771, treze
rebeldes foram executados por traição na Carolina do Norte. Em 1772, dois Maçons
proeminentes, John Brown e Abraham Whipple, atacaram um navio da alfândega em
Rhode Island e o queimaram. Em 1773, o governo Britânico aumentou o imposto sobre o
chá para manter a British East India Company solvente. Em retaliação, os Maçons Tem-
plários da Loja de St. Andrew vestiram-se como Índios Mohawk, embarcaram no navio
Dartmouth no porto de Boston, e jogaram seu chá ao mar. Esta foi a famosa "Festa do
Chá de Boston", que se diz ter desencadeado a Revolução Americana.32

Foram necessários três meses para que as notícias da "Festa do Chá deBos-
ton" chegassem a Londres, quando, então, o Parlamento Britânico declarou que Massa-
chusetts estava em estado de rebelião. Não percebendo o significado da divisão Maçôni-
ca nas colônias, a ação foi rápida e equivocadamente drástica. A "Boston Port Bill", que
colocou um embargo a todo comércio com Boston, por exemplo, fechou efetivamente o
porto,33 e provocou a rígida determinação colonial contra a Coroa.

684
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

Em 5 de setembro de 1774, o Primeiro Congresso Continental reuniu-se na Fi-


ladélfia para planejar ações contra os Britânicos. O Congresso estava sob a presidência
do Maçom Templário Peyton Randolph, advogado de destaque e Grão-Mestre Provincial
da Virgínia. Os delegados de Boston incluíram Samuel Adams e Paul Revere. Em feve-
reiro de 1775, o Congresso da Província de Massachusetts reuniu e anunciou planos
para a resistência. Dentro de um mês, o Maçom Templário Patrick Henry fez seu famoso
discurso - "Dê-me a liberdade, ou dê-me a morte" - à Assembléia Provincial da Virgínia.
Em 18 de abril de 1775, 700 tropas Britânicas foram despachadas para fora de Boston. O
Maçom Templário Paul Revere fez seu famoso passeio, anunciando "Os Casacos Ver-
melhos estão chegando!” A tentativa dos Templários de tirar a América da Inglaterra
Rosacruz havia começado.34

Os Templários e a Opinião Pública


O Inglês Thomas Paine ingressou na Maçonaria do Grande Oriente enquanto
morava em Paris. Pouco antes da Revolução Americana, ele retornou à Inglaterra e
fundou várias Lojas do Grande Oriente nesse país.

Paine estava em Londres quando a Festa do Chá de Boston iniciou a Revolu-


ção Americana. Em 1774, ele embarcou para a Filadélfia. Da Cidade do Amor Fraterno,
Paine publicou Common Sense, que "muito fez para polarizar atitudes e converter muitos
colonos até então leais ao princípio da independência da terra mãe."35

Os Templários e as Forças Armadas Coloniais


Antes do início da Guerra da Independência, o Segundo Congresso Continental
ainda estava sob controle dos Templários com a presidência de Peyton Randolph.
Quando Randolph morreu, John Hancock, da Loja de Saint Andrew, tornou-se presiden-
te. Em 10 de maio de 1775, o Congresso, controlado pelos Templários, tomou a iniciativa
de controlar os militares Coloniais, autorizando a criação de um exército Continental de
pleno direito. George Washington, um proeminente Maçom Templário, sob a Grande
Mestria de Randolph na Virgínia, foi nomeado comandante em chefe do exército. Baigent
escreve: "De fato, durante os dias iniciais da guerra, o alto comando do Exército Conti-
nental era dominado pelos Maçons."36

Praticamente, todos os generais militares sob Washington eram Maçons Tem-


plários, a maioria dos quais era mais qualificado que ele. Richard Montgomery foi um
proeminente Maçom Jacobita da Irlanda. David Wooster organizou a Loja Templária

685
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Hiram Nº 1 em New Haven, Connecticut, em 1750. Hugh Mercer, do exército Jacobita


rebelde de Charles Edward Stuart escapou para a Filadélfia, em 1746. Arthur St. Clair foi
descendente dos Sinclairs Templários na Escócia. Horatio Gates, um Maçom Templário,
foi um dos amigos mais próximos de Washington. E Israel Putnam era membro de uma
loja militar Templária.37

A lista poderia continuar. John Dixon, Joseph Frye, William Maxwell e Elias
Dayton. Todos eram Maçons Templários. No entanto, dos muitos generais mais qualifi-
cados do que Washington - generais que poderiam ter-se ressentido de sua nomeação
como comandante em chefe - apenas um, o Maçom Benedict Arnold, se ressentiu. Seu
ressentimento levou-o à traição.

Esses generais Americanos foram repetidamente contra enormes possibilida-


des. Cada vez os generais Britânicos recuavam, como se quisessem que os rebeldes
conquistassem sua independência. Baigent dá vários exemplos de como os irmãos Howe
eram morosos na maneira pela qual lutaram contra os colonos:

É significativo que durante o ano seguinte (1776) - o ano das derrotas mais se-
veras de Washington - ele, e não Howe, estava na ofensiva. Howe não o atacou; ele
atacou Howe. Quando ele o fez, Howe reagiu curiosamente - quase como um homem
golpeando uma mosca e voltando a dormir.

Assim, em 26 de dezembro de 1776, Washington fez sua famosa travessia do


Delaware e caiu em um ataque surpresa a um destacamento de Hessians em Trenton.
Iludindo a principal força Britânica sob Cornwallis, ele então, em 3 de janeiro de 1777,
ganhou uma segunda vitória em Princeton contra um contingente menor. No entanto, em
vez de responder, Howe, cujo exército era muito superior em número e suprimentos,
simplesmente abandonou Nova Jersey e foi para a Pensilvânia. Em 11 de setembro, ele
ignorou o ataque de Washington a Brandywine. Em vez de perseguir, no entanto, ele
passou a ocupar a Filadélfia, de onde o Congresso Continental apressadamente fugiu - e
estabeleceu alojamentos de inverno. Três semanas depois, em 4 de outubro, Washing-
ton atacou novamente, em Germantown. Mais uma vez, Howe o repeliu, desta vez cau-
sando baixas particularmente pesadas. Com seu exército atormentado por doenças,
deserção, baixa moral e falta de suprimentos, Washington retirou-se para seus próprios
alojamentos de inverno, em Valley Forge. Com bom senso esportivo, Howe o deixou
sozinho para lamber suas feridas e reconstruir seu exército destruído.38

Quando os irmãos Howe foram acusados de facilitar a tentativa dos colonos pe-
la independência, a acusação também foi estendida a George Washington. Baigent cita
uma carta aberta de um "Cícero", dizendo: "Toda a conduta de Washington demonstrou
uma confiança que poderia surgir de nada menos que certo conhecimento".39

686
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

Templários e a Nova República Maçônica


O inverno rigoroso de 1776 afetou o exército de Washington. Na primavera de
1777, ele começou a reconstruí-lo. Até então, a notícia se espalhou pelas lojas Continen-
tais na Europa que a América estava experimentando a primeira Revolução Maçônica
Templária do mundo. A resposta foi esmagadora. Baigent nos fornece breves detalhes:

Nesse processo de reconstrução do Exército Continental [Americano], a Maço-


naria desempenhou um papel particularmente significativo. Atraídos pelos sonhos que a
Maçonaria ajudou a inculcar, soldados profissionais do exterior atravessaram o Atlântico
e reuniram-se à causa dos colonos. Houve, por exemplo, o Barão Friedrich von Steuben,
um veterano Prussiano recrutado por Franklin e Deane, que se tornou Mestre de perfura-
ção de Washington. Trazendo com ele a disciplina e o profissionalismo do exército de
Frederick, o Grande, Steuben, quase sozinho, transformou a matéria-prima de recrutas
coloniais em uma força de combate eficiente. Havia também o Francês Johann de Kaib,
outro veterano dos campos de batalha Europeus, que se tornaria talvez o mais compe-
tente e confiável dos comandantes subordinados a Washington
.
Havia Casimir Pulaski, um Polonês apaixonadamente comprometido, destinado
a morrer pelas feridas recebidas no cerco de Savannah. Também da Polônia veio Ta-
deusz Kosciuszko, que construiu as elaboradas fortificações para West Point e se tornou
o arquiteto e engenheiro militar líder dos colonos. Finalmente, é claro, houve o Marquês
de Lafayette, 20 anos, cujo status e personalidade carismática compensaram sua falta de
experiência militar e teve um efeito dramático sobre o moral, enquanto sua atividade
diplomática era crucial. Na verdade, ele provavelmente estava mais responsável do que
ninguém por trazer a França para a guerra, e isso, por sua vez, possibilitou a vitória final
em Yorktown. Com exceção de Kosciuszko, sobre quem nenhuma informação relevante
sobrevive, todos esses homens eram conhecidos ou prováveis Maçons [Templários].
Lafayette e Steuben, em particular, se viam como contribuindo para a fundação da repú-
blica Maçônica ideal.40

Os Maçons Templários ocupavam todas as posições dominantes que conduzi-


am ou protegiam a incipiente nação. A edição Maçônica da Bíblia Sagrada de 1951 relata
que "vinte e quatro dos principais generais de George Washington eram Maçons, assim
como trinta de seus trinta e três generais de brigada. Dos cinquenta e seis signatários da
Declaração da Independência, cinquenta e três eram Maçons."41 O Maçom Manly P.
Hall diz:" todos, exceto cinco, eram Maçons"42 - ainda assim, uma maioria esmagadora.

Além disso, em 4 de fevereiro de 1789, George Washington, enquanto Grão-


Mestre da Loja Alexandria Lodge Nº 22, na Virgínia, foi eleito primeiro Presidente dos
Estados Unidos. O Maçom John Adams foi seu Vice-Presidente. O Juramento de Ofício
687
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

foi administrado por Robert Livingston, Grão-Mestre da Grande Loja de Nova York. O
Marechal do o dia foi o Maçom General Jacob Morton. O Maçom General Morgan Lewis
foi escolta de Washington. A Bíblia usada para o juramento era uma edição Maçônica da
Loja de Saint John Nº 1 de Nova York.43

Desde o momento em que Ben Franklin fez contato com os Illuminati em Paris,
até a eleição de nosso primeiro Presidente, a Maçonaria Templária estava no controle
total da política. Um século depois, o professor Charles Eliott Norton, de Harvard, falou
as seguintes palavras para seus alunos de história: "Não apenas eram Maçons muitos
dos fundadores do Governo dos Estados Unidos, mas eles receberam ajuda de um ór-
gão secreto e augusto [os Illuminati] existente na Europa, que os ajudou a estabelecer
este país para um propósito peculiar e particular, conhecido apenas pelos poucos inicia-
dos."44

Hoje sabemos qual era esse "propósito peculiar e particular". De acordo com a
autoridade Maçônica já citada, os Estados Unidos da América eram a "Atlântida Filosófi-
ca" da Maçonaria ressurgida do "mar" para implantar uma nação democrática no Novo
Mundo que estabeleceria o padrão para o Velho Mundo. Incluído neste "Grande Plano",
como aprenderemos em breve ao analisar o significado do Grande Selo dos Estados
Unidos, estava uma reunião dos dois adversários, o Priorado de Sião e os Cavaleiros
Templários. O sistema de governo da América estava para ser o prenúncio de coisas que
viriam - um mundo de democracia construído pela Maçonaria Templária, sob o olhar
atento do Priorado de Sião.

Para os Atlantes, a América subiu filosoficamente "para fora do mar" e tinha se


tornado a nova utopia do mundo, como previsto por Sir Francis Bacon. Os Illuminati, no
entanto, haviam descartado a Grã-Bretanha e sua Maçonaria Inglesa em favor dos Esta-
dos Unidos da América como o novo protetor do Priorado de Sião. Os Cavaleiros Tem-
plários começariam a construir a Nova Ordem Mundial na América, sob o comando do
olho atento de Sião.

Os Estados Unidos na Profecia Bíblica?


Este autor foi educado na universidade por professores de profecia bíblica que
ensinaram que os Estados Unidos da América não estavam nas profecias. Eles alegaram
que a Bíblia permanece estranhamente silenciosa sobre esse assunto. Por quê? Porque
a América terá vida curta - indigna de ser mencionada nas profecias.

É improvável que a profecia bíblica permaneça em silêncio a respeito de 200


anos de América, por ser uma vida de curta duração, quando aprendemos no capítulo 26
688
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

que a sétima cabeça da Besta foi profetizada para ter vida curta - e pode ter sido os 10
anos da Alemanha Nazista. Aceitando por enquanto que a América não é mencionada
nas profecias por sua localização, e lembrando que a América foi estabelecida pela
Maçonaria, talvez as escrituras lançam luz sobre o futuro da América, não por sua locali-
zação, mas pela intriga e símbolos Maçônicos - a mesma intriga e símbolos compreendi-
dos e usados em todas as religiões misteriosas durante os tempos Bíblicos. O autor
achou que esse era o caso.

Em Daniel 2 e 7, o profeta teve uma visão de quatro impérios mundiais, que,


em ordem, são Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. A visão de Daniel mostra Roma even-
tualmente dividindo o Oriente do Ocidente (2:41), depois dividindo ainda mais em dez
dedos (2:42). Os dez dedos representam dez reis do fim dos tempos que serão esmaga-
dos por uma "Pedra" (2:44-45). A Pedra é Jesus Cristo.45 Daniel descreve esse poder do
fim dos tempos em 7: 7-8 como uma Besta com dez chifres:

Depois disto eu vi, nas visões noturnas, e contemplei um quarto animal, apavo-
rante e terrível, e extremamente forte; e tinha ele grandes dentes de ferro; ele devorava e
quebrava em pedaços, e esmagava o resto com seus pés; e era diferente de todos os
animais que estavam perante ele; e ele tinha dez chifres. Eu considerei os chifres, e eis
que surgiu entre eles um outro pequeno chifre, perante o qual havia três dos primeiros
chifres removidos pelas raízes, e eis que neste chifre havia olhos, como olhos de ho-
mem, e uma boca falando grandes coisas.

Este quarto animal representa tanto a Roma antiga quanto a Roma revivida. O
versículo 7 se refere ao primeiro e o versículo 8 ao útimo. Quanto aos dez chifres menci-
onados nos dois versos, sugere que são dez nações Européias que existiam no antigo
império romano, e existem no império romano revivido também. Os dez chifres ou na-
ções não estão no mesmo nível da Besta, pois Apocalipse 17:12-13 afirma que os dez
chifres se tornarão subservientes à Besta.

O "chifre pequeno" que "surgiu "entre" os dez chifres representa o nascimento


da Roma revivida, uma nação que não é uma das dez, mas uma décima primeira nação
que "veio [das] dez. Parece ser uma nova nação fundada nos últimos dias por algumas
pessoas do território das dez, pois Daniel 11:23 fala de seu amadurecimento: " ele [o
chifre pequeno] trabalhará enganosamente, pois ele surgirá, e tornar-se-á forte com um
povo pequeno [poucas pessoas]".

Antes que o "chifre pequeno", ou nação jovem, amadureça, ele pega três dos
dez chifres Europeus pelas raízes. A frase "removidos pelas raízes" em Hebraico signifi-
ca "amputados".46 O chifre pequeno "com um povo pequeno [poucas pessoas]" é forte o
suficiente para amputar os três, mas não o suficiente para destruí-los. Depois de um

689
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

tempo, no entanto, o chifre pequeno se fortalece e se torna a Besta, incorporando os dez


chifres ao seu império.

A maioria dos professores de profecia ainda está olhando para o futuro em re-
lação ao nascimento do "pequeno chifre. "Um deles, no entanto, escreve:" Não encontra-
remos no futuro o que já transpirou na história."47 Randy Shupe, autor do livro intitulado
Is America Mystery Babylon the Great?, acredita que a jovem América é o "pequeno
chifre". Dos três chifres removidos pelas raízes, ele diz: "Todos tinham raízes coloniais
plantadas na América. Durante a guerra revolucionária, a Inglaterra foi ‘removida’ [terço
oriental]. A França se vendeu em vez de enfrentar a guerra com a 'pequena América'
[terço central]. A Espanha foi a última a ser ‘removida’ durante a guerra provocada com o
México, em 1847. Em 1848, o México foi derrotado e concedeu suas participações rema-
nescentes na América [terço ocidental]."48

A América jovem não destruiu essas nações, mas, como afirma a profecia, "as
amputou". Em Daniel 8:25, lemos como a Besta amadureceu: "E pelo seu entendimento
[sabedoria] também fará prosperar o engano na sua mão, e ele se engrandecerá em seu
coração, e pela paz [prosperidade pela segurança] destruirá muitos; ele também se
levantará contra o Príncipe dos príncipes; mas ele será quebrado sem o uso de mão [cai
por dentro ou se autodestrói]."

As palavras-chave acima descrevem perfeitamente os aspectos culturais, políti-


cos, econômicos, criminais, e a vida Maçônica na América, hoje. Entendimento significa
"inteligência, sabedoria".49 Engano significa “fraude, falsidade, fingimento, dolo, trai-
ção."50 Paz significa "segurança, abundância, prosperidade, segurança ou sucesso,
prosperar em segurança."51 Destruir significa "decair, corromper ou estragar".52 Quebra-
do, significa, literal e figurativamente, “estourado"53 "Traz a idéia de autodestruição quan-
do usada com a frase" quebrado sem o uso de mão. "Sem uso de mão significa "desapa-
recer, deixar de existir ou falhar de dentro".54

Vamos agora examinar como essas palavras-chave da profecia de Daniel sobre


a Besta encontram cumprimento na América contemporânea.

Engano e Guerras da América


Daniel usa as palavras trabalhar enganosamente para descrever o engano
usado pela Besta. O profeta afirma em 11:23 que esse engano faz da Besta um poder
militar: "ele trabalhará enganosamente, pois ele surgirá, e tornar-se-á forte...”

690
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

Trabalho, Ofício, é sinônimo de Maçonaria e apelido de bruxaria. O significado


Hebraico deste versículo não transmite a idéia de uma sociedade secreta ou o uso de
bruxaria, mas define o engano na Maçonaria. A história confirma o mesmo, revelando
que Inglaterra, França e Espanha (os três chifres "removidos pelas raízes") foram "preju-
dicadas" pelo engano Maçônico. Por exemplo, nossa Guerra Revolucionária contra o
controle Britânico foi um engano, pois foi secretamente organizada em nossas próprias
lojas Maçônicas. Nossas negociações com a França, em 1803, para a compra da Louisi-
ana envolveram quatro Maçons: Thomas Jefferson, Robert Livingston, James Monroe e
Napoleão Bonaparte. Os Estados Unidos se aproveitaram ou "impediram" Napoleão, que
estava na necessidade desesperada do minúsculo valor pago pelo Território da Louisia-
na.55 Nossa guerra com o México para expulsar a Espanha da fronteira ocidental foi uma
guerra Maçônica. O Rev.mo Francis Clement Kelley, em Blood-Drenched Altars, descreve
em detalhes as intrigas Maçônicas que floresceram dos dois lados durante a guerra.56

E, finalmente, nossa entrada nas duas Guerras Mundiais, como vimos, foi proje-
tada através do engano Maçônico, as quais nos tornaram a força militar mais poderosa
do mundo. Como Daniel profetizou em 11:23, "ele [a Besta] trabalhará enganosamente,
pois ele surgirá, e tornar-se-á forte..." Nenhum órgão político ou civil pode resistir ou
sobreviver continuamente quando o engano se tornar sua raiz e ramo. Esse engano vai,
eventualmente, fazer com que nossa nação "seja quebrada sem o uso de mão" (decai-
mento interno), como descrito pelo profeta em Daniel 8:25.

O Músculo Militar da América


Um livro secular recente intitulado The Coming Caesars, com o subtítulo A chal-
lenging interpretation of America’s destiny in the Light of World History, fala profeticamen-
te do papel da América como potência mundial dominante. A capa do livro ressalta:

O autor desta interpretação desafiadora e controversa do destino histórico e po-


lítico da América acredita que nosso mundo Ocidental, a Europa e a América, está ame-
açado com o advento do Cesarismo em uma escala desconhecida desde o Império Ro-
mano... o tremendo aumento no poder relativo da América .. está praticamente se tor-
nando um Império Americano.57

Os Estados Unidos têm a força militar mais poderosa do mundo. Daniel diz em
11:39 que a Besta "aumentará", isto é, suas "forças" militares. A década dos anos 80
certamente viram um acúmulo de força militar Americana. E, na primavera de 1991, o
mundo testemunhou as impressionantes armas militares da América durante a Guerra do
Golfo com o Iraque.

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Em Apocalipse 13:4, João pergunta: "Quem é capaz de guerrear contra ela [a


Besta]?” Em Apocalipse 13:13, João descreve o que parece ser uma arma de Guerra nas
Estrelas usada pela Besta: "E ele faz grandes maravilhas, a ponto de fazer fogo descer
do céu sobre a terra à vista dos homens”. (Nosso programa Star Wars, agora em desen-
volvimento, usa armamento de feixe de laser e feixe de partículas. Um feixe de partículas
carregadas, disparado de um satélite, seria semelhante a um raio, parecendo muito com
fogo caindo do céu.)

Política e Imperialismo Cultural da América


Praticamente todos os Americanos estão cientes de nossa ascensão global,
poder militar e domínio cultural. O trecho de uma história publicada no Rocky Montain
News, de 23 de agosto de 1990, ilustra a altura e a amplitude dessa conscientização:

Temos domínio cultural. Os Prêmios da Academia, o brilhante show de alguns


comerciantes da Califórnia para entrega do Oscar, foi assistido na televisão por 1 bilhão
de pessoas em 94 países - que está ligado ao fato de que, pela primeira vez desde Ba-
bel, há o surgimento de uma linguagem universal. É o Americano ou, se você preferir o
termo arcaico, Inglês.

A América é o centro intelectual do mundo. Nossas universidades são as me-


lhores. É por isso que tantos estudantes estrangeiros estudam aqui. A América ganhou
48% dos Prêmios Nobel em ciências e medicina na década de 1960. E 55% na década
de 1970. E 64% na década de 1980.

Daniel 8:25 diz: "E pelo seu entendimento [da Besta]...". A palavra "entendimen-
to" no Hebraico significa "bom senso, discernimento". Em outras palavras, é a política do
reino da Besta operar com inteligência, discernimento, bom senso. Os Estados Unidos
têm as mentes mais brilhantes do mundo.

O Rocky Mountain News continua: "De todas as partes, as pessoas vêm para
cá. Nós temos mais imigrantes legais do que o resto do mundo juntos. Uma legislação
agora em curso no Congresso, provavelmente aumentará o número, gerando um saudá-
vel crescimento da população."

Daniel 2:43 diz que o reino da Besta será uma mistura de pessoas.59 Da mesma
forma, Apocalipse 13:1 afirma que o reino da Besta "se levantará do mar" – mar signifi-
cando povos.

692
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

"Tal influência cultural, prosperidade, poder comercial e militar", continua o


Rocky Mountain News, "nunca esteve nas mãos de uma nação. Estamos parcialmente
culpados, conforme acusados pelos anti-Americanos. Somos, de fato, a maior potência
imperialista cultural da história, embora não coercitiva do lado da liberdade... Nosso
padrão de vida continua sendo o mais alto do mundo. E, com pouco aviso, empresários
Americanos estão comprando na Europa a taxas recordes".

A Europa Ocidental, que de acordo com as Escrituras e nossa análise estará


eventualmente ao lado da Besta, preocupa-se com os empresários Americanos. No
programa All Sings Considered na Rádio Pública Nacional (25 de abril de 1991), os co-
mentaristas entrevistaram funcionários do governo Europeu, que manifestaram preocu-
pação com os Estados Unidos da América se preparando para construir um bloco eco-
nômico contra os futuros Estados Unidos da Europa, citando, por exemplo, as negocia-
ções de livre comércio entre os EUA, o México e o Canadá. As barreiras econômicas
derrubadas entre essas três nações, disse a transmissão, beneficiariam principalmente
os EUA, tornando-os economicamente superiores a qualquer nação ou grupo de nações
da terra, mesmo os Estados Unidos da Europa.

O medo da Europa em relação à América não se limita apenas ao poder eco-


nômico, mas ao poder militar, também. Na mesma transmissão, os comentaristas fala-
ram sobre a recente natureza imperialista da América na crise do Golfo Pérsico. Antes da
desintegração da URSS, a Europa Ocidental permaneceu livre de guerra por causa do
equilíbrio de poder entre os EUA e a União Soviética, disseram os comentaristas. Depois
de se observar um poder militar da América sem oposição durante os ataques dos Esta-
dos Unidos ao Iraque, os políticos Europeus temem que os EUA, se deixados sem restri-
ções, venham reverter a força militar para resolver conflitos internacionais.

693
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Roma Antiga e os Estados Unidos: Uma Comparação


Roma América
De 100 a 300 d.C., a maioria da Roma pagã Quando nossa nação foi fundada, 67% da
converteu-se ao Cristianismo. população Americana era Cristã.
Os Cristão em Roma sofreram severa perse- Os Cristão da América vieram fugidos da
guição. perseguição na Europa.
Roma era o caldeirão do mundo. A América é o caldeirão do mundo.
Roma era uma democracia baseada em um Os EUA são uma democracia baseada em um
sistema de duas partes (os Optimates e os sistema de duas partes (os Democratas e os
Populares). Republicanos).
Roma tinha um equilíbrio de poder (o Tribuno A América tem um saldo dividido de poder (o
Romano e seu Senado). Presidente Americano e seu Congresso).
Roma se baseava em leis específicas (as 12 A América se baseia em leis específicas (nos-
Tábuas de Roma). sa Constituição).
Roma protegia os direitos de seus A América protege os direitos de seus cida-
cidadãos. dãos (Leis do Direitos).
Em Roma, todos os homens eram iguais (lei Na América, todos os homens são iguais
Internacional de Roma). (Declaração da Independência).
Roma teve uma sórdida história de A América teve uma sórdida história de escra-
escravidão. vidão.
Roma era capitalista. A América é capitalista.
Roma praticava o aborto como meio de con- A América pratica o aborto como meio de
trole populacional. controle de nascimentos.
Roma adorava entretenimento com classifi- A América protege o entretenimento com
cação R (história de Pompéia). classificação R sob a Primeira Emenda como
liberdade de expressão.
Roma tinha um programa de bem-estar O orçamento militar da América rivaliza com o
financiado por impostos. orçamento dos programas de bem-estar.
Roma tinha um negócio próspero em ações A América tem um negócio próspero em ações
judiciais. judiciais.
Os esportes eram o passatempo de Roma. Na América, o futebol domina o outono e o
inverno; o basquete, o inverno e a primavera; o
beisebol, a primavera e o verão.
O emblema nacional da Roma antiga era a O emblema nacional da América é a águia de
águia de cabeça única voltada para o oeste. cabeça única voltada para o oeste.
De 300 a 500 d.C., a Igreja Romana foi en- Após 200 anos, a Igreja na América foi enfra-
fraquecida espiritualmente por causa da quecida espiritualmente por causa da infiltra-
infiltração pagã. ção Maçônica.60

694
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

"América": O Que Há Em Um Nome?


A maioria dos historiadores atribui o nome "América" ao explorador Amerigo
Vespucci. A Maçonaria, no entanto, tem um ponto de vista diferente. De acordo com o
Maçom e autor Manly Hall, os Índios da América Central e do Sul dizem que o nome veio
de seus deuses, que amavam a paz. Por exemplo, o deus supremo da cultura Maia da
América Central era conhecido como Quetzalcoatl, um deus de pele clara que usava
uma longa túnica branca coberta de cruzes vermelhas. Esculpidas nas pedras de seus
templos haviam serpentes. Quetzalcoatl era conhecido como o deus serpente amante da
paz.

O mesmo deus no Peru era conhecido como Amaru, o deus da paz, que foi re-
tratado como uma serpente emplumada. O território de Amaru era conhecido como Ama-
ruca. A edição de 1895 de Lucifer, um periódico publicado pela Sociedade Teosófica da
Maçom Blavatsky, declara:

Deste último vem nossa palavra América. Amaruca é, literalmente traduzido,


"Terra da Serpente Emplumada". Os Sacerdotes deste Deus da paz já governaram as
Américas. Todos os homens Vermelhos que permaneceram fiéis à religião antiga ainda
estão sob sua influência.61

Segundo o autor William T. Still, "Manly Hall afirma que desde que a serpente é
freqüentemente usada como símbolo de Lúcifer, não é exagero extrapolar disso que a
América pode muito bem significar 'Terra de Lúcifer.'“62

No capítulo 14, aprendemos que a hierarquia da Maçonaria considera Lúcifer


como o deus bom, benevolente e amante da paz. A América é conhecida como boa,
nação benevolente e amante da paz. No capítulo 5, aprendemos que o Selo dos Illumina-
ti (a pirâmide inacabada, sua pedra angular e seu Olho Que Tudo Vê) representa o reino
de Lúcifer. A imagem desta obra-prima Luciferiana compõe metade do "Grande Selo dos
Estados Unidos da América".(Veja o verso da sua nota de US$ 1).

Ezequiel 28:12 nos diz que Lúcifer era o epítome da beleza. "América, a Bela!"
pode, portanto, ser uma figura sinistra do discurso para "Lúcifer, o Belo!".

A América é Uma Nação Cristã?


O Deus Todo-Poderoso sempre levantou um padrão justo contra o inimigo. Noé
era esse padrão antes de Deus destruir a terra pela água. Shem, que significa "o nome-

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ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

ado para consertar as coisas",63 era esse padrão após o dilúvio. Nos tempos do Velho
Testamento, a nação de Israel era esse padrão no Oriente. Hoje, o Cristianismo é esse
padrão no Ocidente.

Isaías 59 é uma descrição profética do mal que prevalecerá no mundo nos últi-
mos dias. O versículo 19, em particular, é uma profecia do padrão Cristão de Deus con-
tra o mal do Ocidente: "Então, eles temerão o nome do SENHOR desde o oeste... Quan-
do o inimigo [referindo-se à Besta] vier a entrar como uma inundação, o Espírito do SE-
NHOR erguerá um estandarte contra ele.

A profecia de Isaías sugere que a Besta (o inimigo do fim dos tempos) e o pa-
drão contra ele virão do Ocidente - mais especificamente do Hemisfério Ocidental, pois a
palavra Hebraica para "oeste" significa extremo oeste - "a região do pôr do sol".64

A história registra que o Cristianismo floresceu no Ocidente; mais especifica-


mente nos Estados Unidos da América.

Muito antes do "inimigo" do Cristianismo, que hoje conhecemos como Maçona-


ria, ter vindo "como um dilúvio" e fundado a democracia na América, Deus havia estabe-
lecido seu padrão nesta terra, com uma população de Cristãos fugidos de várias perse-
guições na Europa. William Still nos informa que, "embora as sociedades secretas te-
nham geralmente conseguido orientar o curso das mudanças políticas na América colo-
nial, a grande maioria da população era Cristã em sua orientação religiosa. De fato, de
acordo com o estudioso Constitucional John W. Whitehead, quando a Constituição foi
adotada, em 1787, a população dos Estados Unidos era de cerca de 3,25 milhões, dos
quais, pelo menos, dois milhões eram Cristãos".65

O estudioso da Bíblia e autor Clarence Larkin data o início da era da Igreja de


Filadélfia até a era colonial da história Americana. Escrevendo em 1919, ele diz que a
Igreja de Filadélfia "possibilitou o trabalho evangelístico e missionário dos últimos 150
anos."66

O maior movimento missionário de todos os tempos foi sustentado pelos Esta-


dos Unidos da América, cujas igrejas tradicionalmente enviaram ou apoiaram 95% dos
missionários no mundo.67 As palavras de louvor de Cristo à Igreja da Filadélfia em Apo-
calipse 3:8 se tornou um clichê na América evangelística: "Eu conheço as tuas obras; eis
que tenho posto diante de ti uma porta aberta, e nenhum homem pode fechá-la; porque
tens uma pequena força, e tens guardado a minha palavra, e não negaste o meu nome."

Talvez a sede da Igreja da Filadélfia seja nos Estados Unidos da América. Isso,
no entanto, não significa que a América seja uma nação Cristã. Os Cristãos na América,

696
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

não o governo dos Estados Unidos, tem levado e ajudado a levar o evangelho do Filho
de Deus ao redor do mundo. Por esse motivo, a América é conhecida como uma nação
Cristã. Nesta nação - a terra de onde a Besta do fim dos tempos surgirá - Deus estabele-
ceu Seu justo padrão contra o inimigo.

Talvez a promessa de Cristo à Igreja de Filadélfia de Apocalipse 3:10 seja uma


promessa para os Cristãos na América: "Porque tu guardaste a palavra da minha paci-
ência, eu também te guardarei da hora da tentação [a tribulação] que virá sobre todo o
mundo, para provar os que habitam sobre a terra".

Talvez nossa terra nunca tenha testemunhado invasões estrangeiras por causa
dessa promessa.

A Democracia é Piedosa?
A atividade de Satanás na história sugere que seu império do fim dos tempos
será tirânico - assim como o comunismo ou o fascismo. Esse, no entanto, não deve ser o
caso - pelo menos não a princípio. Satanás, o Mestre Enganador, reservou seu maior
engano para o fim dos tempos. Ele ganhará poder oferecendo paz e prosperidade atra-
vés da democracia.

A Democracia é Piedosa na Igreja?


Muitos Cristãos consideram a democracia e a prosperidade uma bênção dada
por Deus. No entanto, ambas criaram a última era ou período da Igreja, a morna Igreja
de Laodicéia de Apocalipse 3:14-22. A palavra Laodicéia significa "o povo fala".68

Com base nessa definição, Laodicéia pode ser vista claramente como a era da
Igreja democrática, "rica e enriquecida com bens e [sem] necessidade de nada", nem
mesmo necessitada de Cristo, o Cabeça da Igreja, em Quem votamos. Nosso Salvador
fica do lado de fora da Porta da Igreja de Laodicéia, batendo para reentrar (Ap. 3:20).

A Democracia é Piedosa no Governo?


Em Provérbios 8:15, Deus diz: "Por mim reinam os reis". No entanto, em uma
democracia, o homem eleva sua vontade acima de Deus. Por exemplo, o preâmbulo da
nossa Constituição começa com "Nós, o Povo..."
697
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

"Nós, o Povo" substituímos governantes designados por Deus por governantes


eleitos pelo homem. Ainda, de tempos em tempos, nosso Deus misericordioso oferece,
em uma democracia, a oportunidade para votar em um homem justo para o cargo. Nos
foi dada essa chance em 1988 com o candidato à Presidecia Pat Robertson. Quem as-
siste ao The 700 Club na televisão tem testemunhado Robertson orar diariamente pela
cura dos doentes e pela cura de nossa nação. Ele é dedicado a evangelizar o mundo
com o evangelho de Cristo através da televisão. Durante sua campanha presidencial, ele
declarou publicamente Jesus Cristo como Senhor da sua vida. Ele disse que se fosse
eleito Presidente, Cristo seria o Senhor de Sua Administração.

Nós votamos nele? Deveríamos ter votado, porque os cristãos na América o


conheciam muito melhor do que qualquer outro candidato. Em vez disso, votamos em
George Bush, um Templário que promove a Nova Ordem Mundial Maçônica.

Nas eleições mais recentes, a plataforma republicana era predominantemente


Cristã. Votamos pela justiça? De modo nenhum! A maioria votou em Clinton e Perot, que
defendiam os direitos ao aborto.

A Democracia é Piedosa Quando Dividida?


Daniel 2:43 nos informa que o império Romano reavivado estará repleto de di-
visão: "E enquanto tu viste ferro misturado com barro lamacento, eles irão se misturar à
semente de homens; porém eles não se apegarão um ao outro, assim como o ferro não
se mistura ao barro."69

A Democracia é "ferro misturado com barro lamacento" - a forma mais fraca de


governo, porque é baseado em divisão. Por exemplo, na arena governamental, o poder é
dividido entre os ramos Executivo, Legislativo e Judiciário. O Legislativo é dividido entre
a Câmara e o Senado, e ainda mais dividido entre Democratas e Republicanos, fazendo
com que a tomada de decisões seja atolada. Quando a legislação é aprovada, o Poder
Executivo pode vetá-la, ou o Poder Judiciário derrubá-la. E o processo começa nova-
mente. Na arena política, o sistema bipartidário divide os eleitores. Na arena da etnia,
somos uma mistura de povos, como declara a profecia de Daniel, dividindo-nos em co-
munidades de raça e cor.

698
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

A Democracia é Piedosa na Religião?


Mais devastadora é a divisão nas religiões, comumente chamada liberdade reli-
giosa. Misturar religiões tem sido o inimigo da única religião verdadeira ao longo da histó-
ria. Por exemplo, quando Israel permitiu que as falsas religiões tivessem oportunidades
iguais, os Judeus se prostituiram após falsos deuses. A América está experimentando o
mesmo hoje. Como nosso Governo Romano revivido aceita mais e mais emigrantes, nos
tornamos uma nação de religiões pagãs. Para garantir que não ofendamos os recém-
chegados, a leitura da Bíblia e a oração foi proibida em nossas escolas públicas. Gradu-
almente, nossa herança educacional tem sido substituída por rituais da "Nova Era".

Agora, com o fim da União Soviética, estamos antecipando um mundo demo-


crático. O império da Besta começará como um império democrático, e o mundo o adora-
rá. Primeiro, a Besta agirá com benevolência e será pacificadora. Um dia, no entanto, ela
vai mostrar seu verdadeiro caráter e governar com mão de ferro, forçando o mundo a
aceitar sua marca e adorá-lo.

A democracia nos deixou à nossa maneira. Ela é piedosa?

A Marca da Besta Sobre a América


Como observamos anteriormente, Michael Baigent traçou o movimento dos Ca-
valeiros Templário desde seu nascimento, há mil anos, em Jerusalém, indo para a Fran-
ça, para a Escócia, para o trono Britânico, de volta à França e, finalmente, para a Améri-
ca. Os três símbolos que guiaram a pesquisa de Baigent por metade do mundo em bus-
ca da sede atual dos Templários são (1) o crânio e os ossos cruzados; (2) o octógono,
uma forma esotérica da cruz espalhada dos Templários; e (3) o número "13". Vamos
considerar cada um nesta ordem.

Caveira e Ossos
Antony C. Sutton, na década de 1980, escreveu vários livros sobre o assunto
da conhecida sociedade secreta na Universidade de Yale. Esta sociedade, exposta pela
primeira vez um século antes, em 13 de outubro de 1873, em The Iconoclast, um jornal
de New Haven, CT, é conhecida por vários nomes: A Ordem, a Irmandade da Morte, e
Caveira e Ossos.

699
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Quinze senhores são permitidos como membros a cada ano. Eles são conheci-
dos como Cavaleiros durante esse ano e, após a formatura, são chamados de Patriar-
cas. Fotografias tiradas dos membros de cada ano mostram 13 em pé e dois sentados.
Sobre uma mesa entre os dois Cavaleiros sentados estão um crânio humano e ossos
cruzados, o símbolo dos Cavaleiros Templários. Durante toda a vida, os iniciados usam o
símbolo da caveira e ossos no peito.

A Ordem se refere ao mundo exterior como Gentios e vândalos e, como a Ma-


çonaria, afirma ser Judia. No entanto, o graduado em Yale e jornalista Judeu, Ron Ro-
senbaum, expressou preocupação na revista Esquire (setembro de 1977) de que A Or-
dem tem algumas tendências anti-Semitas definidas.

Sutton vincula A Ordem aos Illuminati, ambas tendo sido fundadas na Alema-
nha – a antiga logo após a supressão da última. Em 1833, três anos após a morte de
Adam Weishaupt, um capítulo da A Ordem foi aberto em Yale. Sutton relata que "ao
longo de um século e meio, surgiu um grupo de 20 a 30 famílias para dominar A Or-
dem."70

Essas famílias se enquadram em dois grandes grupos. Primeiro, são as famí-


lias Americanas da linha antiga que chegaram na costa leste, nos anos 1600, de várias
partes da Grã-Bretanha, quando os reis Stuart Templários governaram a Inglaterra -
durante o período em que Sir Francis Bacon estava promovendo a América como a
"Nova Atlântida". Muitas dessas famílias Americanas, sem dúvida, podem traçar suas
origens das antigas famílias Templárias. Eles são Whitney, Lord, Phelps, Wadsworth,
Allen, Bundy, Adams, etc. O segundo grupo, são "famílias que adquiriram riqueza nos
últimos 100 anos, enviaram seus filhos para Yale e, com o tempo, tornaram-se famílias
de linhagem quase antiga, por exemplo. Harriman, Rockefeller, Payne, Davison."71

Até o momento, cerca de 2500 graduados de Yale foram iniciados na A Ordem.


Em qualquer tempo, cerca de 500-600 estão vivos e ativos, a maioria dos quais se reú-
nem anualmente para um encontro. Podemos encontrar seus nomes listados como dire-
tores nos conselhos de grandes empresas. Eles dominam especificamente fundações
sem fins lucrativos - e assumiram o controle das fundações Ford e Carnegie, cujos fun-
dadores não eram membros da A Ordem. Eles penetraram na indústria, e uma dúzia de
membros pode estar vinculada ao Federal Reserve. Muitos são membros do Conselho
de Relações Exteriores (CFR) e de seu sub-produto, a Comissão Trilateral. Alguns tem
sido Juizes da Suprema Corte, políticos nas esferas estaduais e federais, e Presidentes
dos Estados Unidos.

Os membros da A Ordem fundaram a American Historical Association, a Ameri-


can Economic Association, a American Chemical Society e a American Psychological

700
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

Association. A Ordem foi a precursora da Liga para fazer valer a Paz, que se transformou
na Liga das Nações, que vincula A Ordem à Maçonaria Templária do Grande Oriente,
fundadora da Liga das Nações.

A Ordem também penetrou nas comunicações, com membros como Henry Lu-
ce da Time-Life; William Buckley, da National Review; Alfred Cowles, presidente da
Cowles Communications, do Des Moines Register e do Minneapolis Star; Emmert Bates
da Litton Educational Systems; Richard Ely Danielson, do Atlantic Monthly; Russell Whel-
ler Davenport, da Fortune; e John Chipman Farrar da Farrar, Straus, editores.72

"Historicamente", diz Sutton, "as operações da A Ordem se concentraram na


sociedade, em como mudar a sociedade de uma maneira específica na direção de um
objetivo específico: uma Nova Ordem Mundial.73

O mais famoso membro da Ordem hoje é o ex-Presidente George Bush. Cos-


tuma-se dizer: "Ele é Caveira e Ossos até a medula", como o mais alto elogio que um
membro da Caveira e Ossos pode dizer a outro.

George Bush foi a primeira pessoa no alto escalão a promover publicamente a


Nova Ordem Mundial Maçônica dos Templários. A seguir, estão alguns de seus comen-
tários ditos antes e durante a guerra das Nações Unidas no Iraque. O primeiro, é um
trecho de seu discurso para uma sessão conjunta no Congresso, em 11 de setembro de
1990:

A crise no Golfo Pérsico, por mais grave que seja, oferece uma rara oportuni-
dade para um período histórico de cooperação. Fora desses tempos difíceis, nosso quin-
to objetivo, uma Nova Ordem Mundial, pode emergir. Esta é a visão que compartilhei
com o Presidente Gorbachev, em Helsinque. Ele e outros líderes da Europa, do Golfo, e
ao redor do mundo, entendem que a forma como lidamos com essa crise atual pode
moldar o futuro das gerações vindouras.75

O Secretário de Estado James Baker, a caminho de Bruxelas, Bélgica, no outo-


no de 1990, ecoou a linguagem do Presidente em sua resposta a uma pergunta sobre
punir Saddam Hussein por invadir o Kuwait:

Pensamos que isso criaria um precedente extremamente infeliz para a Nova


Ordem Mundial que esperamos que resulte dessa primeira crise real do pós-era da guer-
ra fria, se começarmos, de alguma forma, recompensar a agressão.

701
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Se realmente acreditamos que há uma oportunidade aqui para uma Nova Or-
dem Mundial, e muitos de nós acreditam nisso, não podemos começar aplacando a
agressão.76

Em 6 de fevereiro de 1991, no auge da guerra, o Presidente Bush falou diante


do Clube Econômico da Cidade de Nova York. Peter G. Peterson, atual presidente do
Conselho de Relações Externas (CFR), e David Rockefeller, membro do CFR e da Lucis
Mist, e fundador da Comissão Trilateral, estavam ambos sentados à mesa principal com
George Bush. Após seu discurso, o Presidente foi perguntado por um repórter: "Você
tem falado várias vezes sobre basear o futuro em uma Nova Ordem Mundial. Você pode
nos dar o conceito de Nova Ordem Mundial e, se depender da colaboração entre a União
Soviética e os Estados Unidos, como os eventos na [então intacta] União Soviética po-
dem afetar esse conceito?"77

Duas verdades emergem da resposta de Bush: (1) a Nova Ordem Mundial não
é uma forma de governo no estilo Soviético, mas uma democracia mundial; e (2) não
depende da [agora antiga] União Soviética. A resposta de Bush foi:

Bem, isso não depende inteiramente, mas seria bastante aprimorado pela Uni-
ão Soviética, que segue o seu compromisso com a reforma do mercado, propriedade
privada da terra, um sistema econômico livre, um sistema que resista e não use a força
para garantir a ordem entre as repúblicas, que vai mais longe no caminho das eleições e
toda a abertura que eu dou ao Presidente Gorbachev para... Agora, minha visão de uma
Nova Ordem Mundial, prevê as Nações Unidas com uma função revitalizada da manu-
tenção da paz.78

O Octógono, ou a Cruz Espalhada dos Templários


O Grande Oriente Francês iluminado projetou e alcançou a Revolução France-
sa, depois, em 1801, fundiu-se com o Rito Escocês Templário. Nesse mesmo ano, em
Charleston, Carolina do Sul, a Jurisdição Sul da Maçonaria do Rito Escocês Templário,
criou o Supremo Conselho do 33º grau, adotando como própria a constituição da Maço-
naria Francesa. A cruz espalhada dos Templários se tornou a joia do 33ª grau. A Loja de
Charleston foi imediatamente estabelecida como Soberana sobre todas as Ordens do
Rito Escocês Templário em todo o mundo. Em 1833, sua escola de ensino superior
tornou-se o Yale College. Em 1865, a sede política da Maçonaria Templária foi trans-
ferida para Washington, D.C.

Além disso, Washington e Charleston são as cidades mais protegidas militar-


mente na América. Ao redor de suas periferias, existem enormes silos cheios de mísseis
702
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

anti-balísticos. Somente em Charleston existem mais de 2.000 - o dobro de Washington.


Nenhuma outra cidade, além Charleston, pode se orgulhar de tal proteção.

Em 1795, nossos fundadores Maçônicos projetaram as ruas de Washington pa-


ra formar símbolos Maçônicos - o Esquadro, o Compasso, a Régua, o Pentagrama, o
Pentágono e o Octógono. Edward Decker explica o significado do desenho de Washing-
ton, D.C. em FREEMASONRY: Satan’s Door to America:

Pegue qualquer bom mapa de ruas do centro de Washington, DC e encontre o


Edifício do Capitólio. De frente para o Capitólio, olhando a partir do Mall, e usando o
Capitólio como cabeça ou topo do Compasso, a perna esquerda é representada pela
Avenida Pennsylvania, e a perna direita pela Avenida Maryland. O Esquadro encontra-se
na posição Maçônica usual, formado pelos eixos da Avenida Louisiana NE com o da
Avenida Washington SW. A perna esquerda do Compasso fica no Memorial Jefferson. A
circular e as ruas curtas atrás do Capitólio, formam a cabeça e os ouvidos do que os
Satanistas chamam de ‘Bode de Mendes’ ou cabeça do Bode.

No topo [ao norte] da Casa Branca está uma estrela invertida de 5 pontas, ou
Pentagrama. Uma das pontas está voltada para o sul, na verdadeira moda oculta. Ela
situa-se nas intersecções das Avenidas Connecticut NW e Vermont NW. Partindo desta
ponta, pode-se desenhar a estrela, indo, através da Avenida Connecticut NW, para o
Círculo Dupont; deste, através da Avenida Massachussets NW, chega-se na Praça Mont
Vernon, a leste; dela, através da Rua K NW, chega-se no Círculo de Washington, a oes-
te; deste, no alinhamento da Avenida Rhode Island NW, chega-se no Círculo Logan;
deste, finalmente, através da Avenida Vermont NW, retorna-se à ponta inicial.

O eixo vertical do Pentagrama é a 16ª Rua NW, na qual, treze quarteirões ao


norte do centro da Casa Branca, localiza-se a Casa Maçônica do Templo, situada no no
topo deste iceberg oculto.

O Monumento de Washington fica em um alinhamento perfeito até o ponto de


intersecção da forma do esquadro Maçônico, que se estende desde a Casa do Templo
até o Edifíco do Capitólio. Dentro da área desse triângulo retângulo, estão muitos dos
edifícios sede dos departamentos mais poderosos do governo, como o Ministério da
Justiça, o Senado dos EUA e a Receita Federal.

Todos os principais edifícios Federais, da Casa Branca ao Capitólio, tiveram


uma pedra fundamental colocada em um ritual Maçônico, com apetrechos Maçônicos
específicos em cada um.

703
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

O Monumento de Washington, na verdade, representa o Princípio Fálico sobre


o qual a Maçonaria Especulativa está baseada. Visto de cima, o monumento e sua rota-
tória circular formam o esotérico Maçônico "Ponto dentro do Círculo". A espelho d’água
mostra a imagem refletida do Memorial de Lincoln, mostrando a ilusão duplicada do
mesmo.79

A figura acima mostra os citados símbolos Maçônicos de Washington: o Com-


passo (laranja); o Esquadro (vermelho); a Estrela de Cinco Pontas (vermelho); o Penta-
grama (amarelo); o Octógono (roxo).

Michael Baigent observa a marca Templária final: "O Capitólio e a Casa Branca,
cada um se tornando pontos focais de uma geometria elaborada que governa o layout da
capital do país. Essa geometria, originalmente criada por um arquiteto chamado Pierre
l'Enfant, foi posteriormente modificada por Washington e Jefferson, a fim de produzir
padrões especificamente octogonais, incorporando a cruz específica usada como dispo-
sitivo dos Templários Maçônicos."80

704
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

Baigent diz: "É na América que nossa história se completa, pois é lá que os Ca-
valeiros Templários receberam a homenagem pública mais exigente que lhes foi dada
em qualquer lugar do mundo".81

Sião e os Templários se Reconciliam


Os Illuminati planejavam descartar a Grã-Bretanha como protetora do Priorado
de Sião depois de criar uma Nova Ordem Mundial sob a proteção dos Templários. Ben
Franklin foi exposto a esse plano enquanto estava em Paris, onde também aprendeu que
a paz entre Sião e o Templo deveria ser feita na América. A Maçonaria Templária deve-
ria, então, construir a Nova Ordem Mundial na América, sob o olhar atento de Sião.

A história da aproximação entre Sião e os Templários está contida no Selo dos


Illuminati, que identifica os Illuminati com os Cavaleiros Templários e o Priorado de Sião.
(O selo pode ser visto no verso da nota de US$ 1.) Os Templários são representados
pelos treze degraus da pirâmide inacabada e pelas treze letras nas palavras, Annuit
Coeptis. O Priorado de Sião é representado pela forma Egípcia do Olho Que Tudo Vê no
topo da pirâmide inacabada.

Em 1776, Ben Franklin incorporou o Selo dos Illuminati como parte do Grande
Selo dos Estados Unidos. Ele, então, estabeleceu uma sede em Paris, a partir da qual
dirigiria a Revolução Americana.82 Posteriormente, a América Templária deveria liderar o
mundo com paz e prosperidade, sob o olhar atento de Sião.83

A Visão de Daniel: O Grande Selo dos Estados Unidos


E. Raymond Capt, autor de Our Great
Seal (1979), escreve: "Era o final da tarde de 4
de julho de 1776, após os membros do Con-
gresso Continental terem assinado a 'Declara-
ção de Independência', que uma resolução foi
aprovada: Fica resolvido, que o Dr. Franklin, J.
Adams e Jefferson formam um comitê para
preparar um dispositivo para um selo dos Esta-
dos Unidos da América ".84

Franklin e Jefferson eram Maçons


Templários e membros dos Illuminati. Adams

705
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

era Maçom, mas não tomou conhecimento da influência dos illuminati na América até o
final do século 18, época em que ele ficou alarmado.85

A pedido de Franklin, o Selo dos Illuminati (figura ao lado) tornou-se parte do


Grande Selo dos Estados Unidos. Acima e abaixo da pirâmide dos Illuminati estão as
palavras em Latim Annuit Coeptis / Novus Ordo Seclorum, que significa "Anunciando o
nascimento de uma Nova Ordem Secular!" (Nova Ordem Secular também pode ser in-
terpretada como Nova Ordem Mundial.)

Como a palavra Latina seclorum implica, a América deveria ser uma nação se-
cular, divorciada de todas as religiões - um prenúncio da Nova Ordem Mundial Maçônica
Universal. Os Estados Unidos não era a Nova Ordem Mundial, "mas o nascimento da" ou
o catalisador por trás dela, um novo conceito Maçônico para o mundo. À América, foi
atribuída a tarefa de terminar o império da pirâmide universal para a Maçonaria Templá-
ria.

Pairando acima da pirâmide inacabada, encontra-se a pedra angular triangular


com raios do sol irradiando de seu pico. Na pedra angular há um olho como o de um
homem.

A pedra angular significa a morada do deus pagão. O Olho Que Tudo Vê repre-
senta o deus pagão. Os pagãos acreditavam que os deuses das religiões de mistério
habitavam nos picos das montanhas mais altas; portanto, os pagãos literalmente adora-
vam nos picos das montanhas, chamados "lugares altos" nas Escrituras. Onde não havia
montanhas, pirâmides foram construídas para representar os picos das montanhas.

O Dr. Merrill F. Unger, em Archaeology and the Old Testament, nos informa que
as pirâmides ou zigurates da Mesopotâmia receberam os nomes de Montanha de Deus,
ou Monte do Céu.86 Assim como os deuses habitam nos picos das montanhas, dizia-se
que seus deuses habitavam no pico dessas pirâmides.

Nas religiões de mistério Orientais, o "triângulo" é o símbolo geométrico usado


para representar a pirâmide ou lugar alto nos picos das montanhas. Os Egípcios coloca-
vam dentro de seus triângulos um único olho para representar seu deus-sol, Osíris. Este
símbolo foi adotado pelo Priorado de Sião e depois pela Maçonaria. O profeta Daniel viu
esse símbolo quando ele descreveu a nação da Besta como o "chifre pequeno", em
Daniel 7:8:

Eu considerei os chifres, e eis que surgiu entre eles um outro pequeno chifre,
perante o qual havia três dos primeiros chifres removidos pelas raízes, e eis que ‘neste
chifre havia olhos, como olhos de homem...’

706
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

Chifre em Hebraico significa literalmente o pico de uma montanha, um raio de


luz. Vem da raiz principal de uma palavra, que significa figurativamente um chifre que
dispara raios, brilha.87

O que é mais surpreendente na visão de Daniel é sua descrição do que ele viu
no chifre ou no triângulo com raios de sol. Ele diz: "neste chifre havia olhos, como olhos
de homem....”

Por alguma razão desconhecida, os tradutores traduziram a palavra Hebraica


para "olhos" no plural. No original, porém, é singular.88 O que Daniel realmente disse foi:
"neste raio de sol do triângulo havia um olho, como o olho de homem. O que Daniel
realmente viu foi o Grande Selo dos Estados Unidos da América - o emblema da Roma
revivida.

A Visão de João: A Base do Selo


Inscritos nos tijolos da camada de base da pirâmide inacabada estão os num-
rais romanos MDCCLXXVI (1776), representando a data de fundação dos Illuminati e dos
Estados Unidos da América. O ano de 1776 é da maior importância na identificação do
nascimento da Roma revivida. É a única data que organiza os numerais romanos na
ordem exata mencionada por João em Apocalipse 13:18: "e seu número é seiscentos e
sessenta e seis" (600 + 60 + 6 = 666).

Para decifrar esse arranjo, precisamos entender mais sobre a simbologia do tri-
ângulo. Mencionamos acima que o triângulo é simbólico da pirâmide templo pagã ou
lugar alto. As religiões de mistério Orientais também usam triângulos para simbolizar os
três planos da criação - céu, terra e inferno.

O Rito Escocês da Maçonaria Tem-


plária do 33º grau reconhece esses três
planos da criação em sua Jóia. Esses triân-
gulos também simbolizam as três sociedades
secretas da Maçonaria: (1) a Loja Azul, graus
1-3; (2) o Rito Escocês, graus 4-32; e (3) o
Supremo Conselho, grau 33.

A Jóia do 33º grau consiste em três


triângulos entrelaçados, significando o Do-
mínio do Conselho sobre as três sociedades
secretas do Rito Escocês, bem como seu
707
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

domínio percebido sobre os três planos da criação. Observe a águia de cabeça dupla do
império Romano no centro do círculo formado pela serpente mordendo sua própria cau-
da. A serpente circular representa o zero, a origem evolutiva do deus serpente da Maço-
naria. No fundo, está a cruz espalhada dos Cavaleiros Templários.

Segundo Warren Weston, em Father of Lies, cada plano da criação tem sua própria
trindade oculta, representada pelos três vértices do triângulo - deus o pai, deus a mãe e
deus o filho.89 Deus o pai (o maior valor numérico) está no pico de cada triângulo, deus a
mãe (o valor logo abaixo) está no canto inferior esquerdo, e deus o filho (o valor mais
baixo) está no canto inferior direito.

Abaixo, separamos os três triângulos, colocando-os em uma fileira para repre-


sentar os três planos da criação oculta. Agrupando em cada triângulo, de três em três, os
nove algarismos romanos na ordem em que estão dispostos na base da pirâmide inaca-
bada, somos capazes de decifrar a marca da Besta (600 + 60 + 6 = 666):

M C X

D C L X V I

DC = 600 LX = 60 VI = 6

Escondida no Grande Selo dos Estados Unidos da América está a marca da


Besta, na ordem numérica exata profetizada por João. Apocalipse 13:16-17 nos informa
que o número será vinculado ao meio de troca; que será transportado na mão ou na
testa; sem o qual ninguém poderá comprar ou vender.

Em 1934, o Presidente Franklin D. Roosevelt, um Maçom do 32º grau na época,


havia colocado o Selo dos Illuminati no verso da nossa nota de US$ 1. Desde esse tem-
po, nos Estados Unidos, compramos e vendemos com o todo-poderoso dólar, a marca
da Besta que seguramos na palma da nossa mão. Se usarmos cartões de crédito, a
marca da Besta é transferida da mão à testa, pois a palavra Grega para testa significa
transferir.90 O Grego também sugere o uso de computadores, definindo testa como
acompanhamento ou associação."91 Por exemplo, atrás da testa está o cérebro, ou com-
putador humano. Sinônimos de acompanhamento e associação são companheiro e
semelhança. O uso da palavra testa por João pode sugerir um companheiro ou seme-
lhança do cérebro humano - um computador.

708
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

Não se assuste. Esse tipo de compra e venda não é contra o que João nos ad-
verte. Seu aviso é contra a sociedade sem dinheiro final, para a qual os computadores
estarão trabalhando. Somos avisados contra a aceitação de um número privado obrigató-
rio, através do qual todas as compras e vendas serão controladas. Por exemplo, o cha-
mado "cartão inteligente", do tamanho de um cartão de crédito, possui um chip que pode
armazenar 1.600 pp de informações. Nosso novo Presidente está propondo controlar os
cuidados de saúde desde o nascimento com este cartão.

Verso Frente

O GRANDE SELO DOS ESTADOS UNIDOS


DA AMÉRICA
O lado esquerdo do Grande Selo é espiritual. O Olho Que Tudo Vê pairando
acima da pirâmide inacabada representa o Priorado de Sião, supervisionando a tarefa
Templária da construção de uma Nova Ordem Mundial universal.

O lado direito do Grande Selo é político. O hexagrama de 13 estrelas pairando


acima da Águia Voadora representa a união de Sião e o Templo provocada pelo império
Romano revivido.

709
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

A Águia Americana: Símbolo da Roma Revivida


O brasão de armas da América ficou conhecido como o Grande Selo dos Esta-
dos Unidos. Como acabamos de ver, as visões de ambos os profetas, Daniel e João,
profetizaram este emblema ou símbolo da Besta. Na parte da frente do Selo de duas
faces, é exibida a chamada Águia Americana. William Still explica o que a águia realmen-
te representa:

[O] pequeno tufo na parte de trás da cabeça indica uma combinação híbrida de
uma águia e a fênix mítica. Isto é dificilmente uma descoberta revolucionária. A águia
não era o pássaro original retratado em muitas moedas do início da América.

[Essas moedas] não mostram as


linhas acidentadas e familiares da águia
Americana, mas a esguia, de pescoço
comprido, e perfil com crista da fênix.92

A fênix é um pássaro lendário


que, de acordo com a lenda, viveu 500
anos, queimou-se em cinzas numa pira, e
ressuscitou vivo das cinzas para viver
novamente. Foi um dos símbolos mais
familiares nas culturas Egípcia e Atlante.
Além disso, a águia fênix de cabeça única
era o emblema nacional da Roma antiga,
antes de Constantino dividir o império. A
Mackey’s Encyclopedia of Freemasonry
conta a história: "A Águia Exibida, ou
seja, com as asas estendidas, como se no ato de voar, sempre tendo o caráter majesto-
so do pássaro, foi considerada um emblema de poder imperial. Marius, o cônsul [Roma-
no], foi quem primeiro consagrou a águia, cerca de oito anos antes da era Cristã, para
ser o único padrão Romano na cabeça de todas as legiões e, portanto, tornou-se o pa-
drão do Império Romano sempre depois. Como a águia de cabeça única foi assim ado-
tada como o símbolo do poder imperial, a águia de duas cabeças naturalmente se tornou
o representante de um duplo império; e na divisão dos domínios Romanos no império
Oriental e Ocidental, que foram posteriormente consolidados pela raça Carolíngia [atra-
vés da qual a linhagem sagrada Merovíngia sobreviveu] ao que sempre foi chamado de
Sacro Império Romano, a águia de cabeça dupla foi assumida como o emblema desse
duplo império; uma cabeça olhando, como estavam, para o Ocidente, ou Roma, e a outra
para o Oriente, ou Bizâncio."93

710
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

Para a Maçonaria, a águia de duas cabeças representa imortalidade e ressur-


reição. Desta forma, torna-se o emblema do Maçom do 33º grau. A Mackey's Encyclope-
dia of Freemasonry faz uma das declarações mais profundas sobre a águia de duas
cabeças, cuja afirmação sugere que a atribuição do Rito Escocês Templário é reviver o
império romano:

A águia de duas cabeças foi trazida pelos Cruzados para os Imperadores do


Oriente e do Ocidente.... [Foi] introduzida pela primeira vez como um símbolo na Maço-
naria, no ano 1758. Naquele ano, o Corpo se autodenominava Conselho de Imperadores
do Oriente e do Ocidente, e estava estabelecido em Paris... [Seus] sucessores são hoje
o Supremo Conselho, 33º grau.94

Mackey sutilmente esconde os Templários sob o nome de "Cruzados", cujo


plano, após ter conquistado Jerusalém, era reviver o império Romano. Essa "Doutrina
Secreta" foi mantida trancada por cinco séculos, até o Novo Mundo ser descoberto. Em
1801, o ano em que o Supremo Conselho do Rito Escocês Templário do mundo foi fun-
dado, em Charleston, a águia de duas cabeças foi adotada por esse órgão, significando
que os Imperadores do Oriente e do Ocidente transferiram sua sede para a América,
onde o Império Romano seria revivido.

A Fita Flutuante
No bico da águia-fênix há uma
fita flutuante inscrita com E Pluribus
Unum, significando "um dentre muitos".
William Still observa o slogan: "Isso tem
um duplo sentido: tanto a unificação dos
estados Americanos na nação Americana,
quanto o objetivo final, a unificação das
nações em um único estado mundial".95

O slogan, "um dentre muitos",


tem um significado profético na identifica-
ção de Roma. O "único" Império Romano
cobriu "muitas" nações - toda a Europa e
o território do antigo Império Grego. "Um
dentre muitos" também se refere a "mui-
tas nacionalidades". Roma em si tinha
todas as nacionalidades vivendo em seus limites de cidade. Da mesma forma, a Améri-
ca, que foi colonizada pelos europeus a partir dos territórios do antigo Império Romano,
711
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

tem a marca distintiva de ser uma multidão mista de raças. O profeta Daniel falou de
Roma revivida em sua interpretação do sonho de Nabucodonosor, em Daniel 2:43: "E
enquanto tu viste ferro misturado com barro lamacento, eles irão se misturar à semente
de homens...”

O apóstolo João afirma o mesmo em Apocalipse 13:1: "E eu fiquei sobre a areia do
mar, e vi uma besta surgir no mar..." Literalmente, os Estados Unidos se levantaram
entre dois oceanos, o Atlântico e o Pacífico, e se tornou para a hierarquia Maçônica, a
"Nova Atlântida", e foi profetizada pelos profetas Daniel e João como a Roma revivida.
Como observamos, figurativamente "mar" significa "uma mistura de povos ou nacionali-
dades, ou nações". Todos os três são verdadeiros na América hoje. Toda raça e a nacio-
nalidade é representada em nossos cidadãos. E 50 estados-nação compõem todo os
Estados Unidos.

Dez Reis Unidos Com a Besta: montados na


Nuvem de Glória
Um dia, a Besta fará com que
dez nações Européias concordem em se
unir a ela. Que crise iniciará essa fusão
pode ser apenas uma questão de especu-
lação. Pode ocorrer como resultado de
uma guerra, ou pode ser uma fusão eco-
nômica. A Europa Ocidental tem medo de
ambos.

O poder militar sem oposição


dos Estados Unidos e a ameaça econô-
mica que as Américas (Canadá, EUA e
México) apresentam para a Europa, são
de primordial preocupação para o Velho
Mundo. Além disso, Londres, "aquela
grande cidade que reina sobre os reis da
terra", também é considerada uma amea-
ça, porque seu sistema bancário controla as finanças do mundo.

A nuvem de glória pairando sobre a Águia híbrida (figura acima) representa a


unidade entre Sião e o Templo. Na nuvem da glória está o hexagrama, ou estrela de seis
pontas, criada por um arranjo único de treze pentagramas ou estrelas de cinco pontas. E.

712
______________________________________________________________CAPÍTULO 27

Raymond Capt, em Our Great Seal, afirma: "Este hexagrama é composto por dois triân-
gulos equiláteros e em cada triângulo há exatamente dez estrelas".97

Como aprendemos, o hexagrama é o brasão de armas do Priorado de Sião. Os


treze pentagramas (estrelas de cinco pontas) representam tanto as treze colônias da
América quanto os Cavaleiros Templários. Eles demonstram a unidade desejada que os
Estados Unidos trarão para Sião e o Templo. Os dez pentagramas nos dois triângulos
equiláteros representam a perfeita unidade de governo na "Nova Atlântida", isto é, um
governo regido por dez reis, como era a antiga Atlântida. Estes são os mesmos dez reis
que terão poder por um curto período de tempo com a Besta.

No centro do hexagrama há um hexágono, dentro do qual existem sete estre-


las. Portanto, a Núvem de Glória nos fornece os números individuais "7" e "10", incluindo
os sete com os dez. Isso se correlaciona com o corpo da Besta, com sete cabeças e dez
chifres. O "7" poderia representar a Comissão Trilateral de sete países, quatro dos quais
são membros da Comunidade Econômica Européia, que acabarão por consistir de dez
nações.

O Ramo de Oliveira da Paz


Na garra direita da águia há um ramo de oliveira com treze folhas e treze azei-
tonas. Raymond Capt diz: "A explicação oficial é que isso significa paz". No entanto, tem
um significado mais profundo. Representa a América segurando o ramo de oliveira da
paz para o Priorado de Sião e para os Cavaleiros Templários e, finalmente, para o mun-
do.

As Flechas do Poder Militar


Na garra esquerda da águia existem treze flechas, que parecem contradizer o
ramo de oliveira da paz. A explicação oficial, diz Capt, é que "eles representam o poder
de guerra do país, que se mostra assim em estado de prontidão e preparação". Ele
acrescenta: "As setas são mais apropriadas, devido ao secundário ou lugar sinistro ao
alcance das garras da águia. Os Estados Unidos preferem a paz à guerra. Nós, primeiro,
oferecemos a mão direita da amizade. No entanto, estamos preparados para o conflito".99

As flechas e o ramo de oliveira também representam os meios pelos quais a


Besta mantem a paz na terra. O apóstolo João pergunta em Apocalipse 13:4: "Quem é

713
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

capaz de guerrear contra ela [a Besta]? " Daniel diz em 8:25: “e pela paz destruirá mui-
tos...” A paz será mantida pela ameaça de guerra.

O Escudo de Defesa
Para complementar as flechas do poder militar e o ramo de oliveira da paz exis-
te o escudo de treze listras ou blindagem. "Desde os primeiros tempos", diz Cap, "os
Escudos foram a mais honrada das armas defensivas... Seu profundo significado conti-
nuou a permanecer entre todos os povos como emblema da suprema proteção".100

Daniel 11:38 descreve que a Besta honrará o deus de forças, que em Hebraico
significa defesa militar. Os Estados Unidos da América têm a força de defesa mais im-
pressionante no mundo. Nosso programa "Guerra nas Estrelas" sendo construído no
espaço sideral é, supostamente, para "defesa". Nosso orçamento militar é chamado de
"orçamento de defesa".

Em Conclusão
A luta clandestina entre as Maçonarias Inglesa e Francesa termina no controle
de um governo mundial. Os Cristãos têm vivido sob todas e quaisquer formas de gover-
no, e pode experimentar viver, pelo menos no começo, sob um único governo mundial.

Isso não é um problema, pois os Cristãos viviam sob o governo mundial de


Roma antiga. O problema são os Cristãos que se classificaram com a Maçonaria - a
ordem que está destinada a estabelecer o governo mundial do Anticristo. E, se você é
um Cristão na Loja, você está contribuindo para esta criação.

Cristo apela a você em Apocalipse 18:4: "Sai dela, povo meu, para que não se-
jais participantes de seus pecados, e para que não recebam suas pragas."

O apóstolo João completa sua profecia com estas palavras registradas em


Apocalipse 22:20: "Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente eu venho rápido.
Amém. Assim seja: Vem, Senhor Jesus."

AMÉM!

714
REFERÊNCIAS

Prefácio
1. Bible, New International Version (NW).
2. Todas as citações Bíblicas são da King James Version (KJV) em português, salvo
indicação em contrário.
3. Bible, Revised Standard Version (RSV).
4. James Strong, Strong's Exhaustive Concordance of the Bible, (1890; Nashville:
Abingdon, 1980) Palavras selecionadas da King James Version, Greek #3466.

Introdução
1. Distribuidores de livros podem adquirir esses livros Masonicos de Charles T. Pow-
ner Co., 7056-38 W. Higgins, Chicago, IL 60656. Pessoas físicas podem comprar
de Ezra A. Cook Publishers Ltd., 6604 W. Irving Park Road, Chicago, IL 60634. Es-
creva para Powner ou Ezra para obter a lista de livros, os preços, e o formulário
para envio.
2. Albert Pike, Morals and Dogma (1871; Richmond, VA: L. Jenkins, 1942) 741, 213.
Jurisdição Sul da Maçonaria do Rito Escocês, da qual Pike foi seu Grande Coman-
dante, de 1859 até sua morte em 1891, publica a revista mensal New Age (nome
mudado em 1991 para Jornal do Rito Escocês). Na edição de janeiro de 1990 da
New Age, o atual Grande Comandante da Maçonaria, C. Fred Kleinknecht, 33º
grau, disse a todos os Maçons o livro Morals and Dogma de Albert Pike deveria ser
seu guia diário de vida – sua "Bíblia."
3. Albert G. Mackey, Textbook of Masonic Jurisprudence (Chicago: P.R.C. Publica-
tions, n.d.) 95.
4. Albert G. Mackey, Manual of the Lodge (Chicago: P.R.C. Publications, n.d.) 40.
5. Robert Morris, Webb's Monitor (USA: N.p., n.d.) 280.
6. Pike 11.
7. J.D. Buck, Symbolism of Mystic Masonry (1925; Chicago: Charles T. Powner, n.d.)
113-114.
8. Delmar Duane Darrah, History and Evolution of Freemasonry (1954; Chicago:
Powner, 1979) 292, 294, 300.
9. Albert G. Mackey, Lexicon of Freemasonry (Chicago: P.R.C. Publications, n.d.)
404.

715
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

10. Edmond Ronayne, Handbook of Freemasonry (1943; Chicago: Charles T. Powner,


1973) 74.
11. Questions and answers on Freemasonry, narr. Jim Shaw, Fita do Rev. Jim Shaw
(audio cassette).
12. "Christianization of Freemasonry," Mackey's Encyclopedia of Freemasonry (Chica-
go: The Masonic History Company, 1946) vol.1.
13. Buck 216.
14. Daniel Sickles, General Ahiman Rezon (N.p.: n.p., n.d.) 79.
15. Mackey, Lexicon of Freemasonry 16.
16. "Nimrod," Mackey's Encyclopedia, vol.11.
17. "Legend of the Craft," Mackey's Encyclopedia, vol.1.
18. "Legend."
19. "Nimrod."
20. "Babel," Mackey's Encyclopedia, vol.1
21. C. F. McQuaig, The Masonic Report (Norcross, GA: Ahswer Books and Tapes,
1976) 13.
22. "Dedication of a Lodge," Mackey's Encyclopedia, vol.1.
23. "Cabala," Mackey's Encyclopedia, vol I. (See Appendix 5).
24. "Cabala."
25. "Babel."
26. "Temple of Solomon," Mackey's Encyclopedia, vol.11.
27. Martin L. Wagner, Freemasonry: An Interpretation (Dayton, OH: impressão privada,
1912) 97.
28. Mackey, Manual of the Lodge 55.
29. "Jacob's Ladder," Mackey's Encyclopedia, vol.1.
30. McQuaig 16; citando Pierson em Traditions of Freemasonry 31.
31. Albert G. Mackey, Mackey's Symbolism of Freemasonry (Chicago: Powner, 1975)
157.
32. Sickles 75.
33. Merrill F. Unger, Archaeology and the Old Testament (Grand Rapids: Zondervan,
1954) 104.
34. "Rituals used by ancient Greeks," Mackey's Encyclopedia, vol.111.
35. Stephen Knight, The Brotherhood: The Secret World of the Freemasons (New York:
Stein and Day, 1984) 216.
36. Knight 54.
37. "Hiram Abif," Mackey's Encyclopedia, vols. I & III.
38. "Hiram Abif."
39. McQuaig 24.
40. McQuaig 28, 29.
41. McQuaig 29.
42. Pike 208.

716
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

43. Allen Douglas, "Solomon's Temple: a pagan crusade against Israel," Executive
Intelligence Review
22 May 1984, 22.
44. "Anti-Semitism and Freemasonry," Mackey's Encyclopedia, vol.111.
45. Mackey, Lexicon 16.
46. "Rosicrucians," The Encyclopedia Americana, 1991 ed.
47. Nesta H. Webster, Secret Societies and Subversive Movements (1924; Hawthorne,
CA: Christian Book Club of America, 1979) 92.
48. "Cromwell," Mackey's Encyclopedia, vol.1.
49. Veja Capítulo 2.
50. Webster 122.
51. "Free," Mackey's Encyclopedia, vol.1.
52. J. R. Church, Guardians of the Grail (Oklahoma City, OK: Prophecy Publications,
1989) 87.
53. Webster 95.
54. C. G. Jung, Memories, Dreams, Reflections (New York: Vintage Books, 1965) 232.
55. Jung.
56. G. Grosschmid, "Templars," New Catholic Encyclopedia (1967) XIII, 992.
57. Edith Starr Miller, Occult Theocrasy (1933; Hawthorne, CA: Christian Book Club of
America, 1980) 143.
58. Grosschmid 992.
59. Grosschmid 993.
60. Intercessors for America (Oct.1988) 4.
61. Michael Baigent, Richard Leigh, and Henry Lincoln, Holy Blood, Holy Grail (New
York: Dell Books, 1982) 77.
62. William R. Denslow, 10,000 Famous Freemasons, vol.11 (Trenton, MO: Missouri
Lodge of Research, 1958) 51; Knight 211-215; and Martin Short, Inside The Broth-
erhood: Further Secrets of the Freemasons (New York: Dorset Press, 1989) 55. Na
p.55 do livro de Short, ele cita Marius Lepage, um Maçom Francês, dizendo, "É ab-
solutamente inútil para um Francês tentar entender a Maçonaria Inglesa, a menos
que perceba que a Coroa, a Igreja Anglicana e a Grande Loja Unida da Inglaterra
são um Deus em três pessoas".
63. "American System, The," Mackey's Encyclopedia, vol.111.
64. "York Rite," Mackey's Encyclopedia, vol.11.
65. "Cabala."
66. "Supreme Council," Mackey's Encyclopedia, vol.11.
67. "Supreme Council."
68. "Sovereign Grand Inspector-General," and "United States of America," Mackey's
Encyclopedia, vol.11.
69. George H. Steinmetz, Freemasonry, Its Hidden Meaning (Richmond: Macoy Pub-
lishing and Masonic Supply, 1976) 82.

717
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

70. Vicomte Leon de Poncins, Freemasonry and the Vatican, trans. Timothy Tindal-
Robertson (N.p.: n.p., 1968) 106-109.
71. Konstandinos Kalimtgis, David Goldman and Jeffrey Steinberg, Dope, Inc. (New
York: The New Benjamin Franklin House, 1978) entire.
72. Maury Terry, The Ultimate Evil: An Investigation into America's Most Dangerous
Satanic Cult (New York: Dolphin Books, 1987) 181, 245.
73. Miller 464.
74. Tom McKenney, falou a uma igreja no Texas, em Julho de in 1989, quando disse
que a hierarquia na Igreja Mormon deve ser a dos Maçons da Loja Azul. Ele não
ofereceu documentação.
75. J. Blanchard, Scottish Rite Masonry illustrated, vol.11 (1944; Chicago: Charles T.
Powner Co., 1979) 373.
76. Paul Fisher, Behind The Lodge Door (Washington, DC: Shield Publishing, 1988)
248, 339
77. Fisher 248.
78. Miller 539.
79. Fisher 249, 339.
80. Congressional Record - Senate (Washington, D.C.: Library of Congress, 9
Sept.1987) n.p.
81. Mustafa EI-Amin, Freemasonry, Ancient Egypt, and the Islamic Destiny (Jersey
City: New Mind Productions, 1988) 67.
82. Meyrick Booth, Rudolph Hess: Prisoner of Peace, Trans. Frau Isle Hess, ed.
George Pile (Torrance, CA: Institute for Historical Review, 1954) entire.
83. Confirmado pelo autor através de conversas com diversos Maçons e fora da Loja.
84. Pike 819.
85. Morris 169.
86. Degrees of the Adepts, narr. Jim Shaw (audio cassette).
87. Ronayne, Handbook 70, 123, 173
88. Cardinal Caro y Rodriguez, The Mystery of Freemasonry Unveiled (1957; Haw-
thorne, CA: Christian Book Club of America, 1971) 67-68.
89. In-Hoc-Signo-Vinces (New York: Allen Publishing, 1912) 190. Eu tenho vários
desses livros codificados em minha posse, alguns antigos e surradas, algumas pu-
blicações atuais. Com pequenas variações, todos dizem a mesma coisa.
90. New Age magazine.
91. Paul Fisher, Behind The Lodge Door (Washington, DC: Shield Publishing, 1988)
16; citando J. Allen, "The New Age Dawns," New Age (Oct.1959) 553.
92. Fisher 16; quoting "Report of the Committee on Publications," New Age (Jan.1980)
16.
93. Fisher 56; quoting Dr. James D. Carter, "Why Stand Ye Here Idle?" New Age
(Mar.1959) 155.
94. Forrest D. Haggard, "Masonry Under Attack," Texas Mason (Summer 1990) 5.

718
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

Capítulo 1
1. Baigent et al, Holy Blood 19.
2. Church 11. O budismo é a reforma do brahmanismo ocorrida 500 a.C. (hinduísmo
hoje), que por sua vez se acredita ser a religião original prostituta Babilônica fun-
dada por Nimrode.
3. Church.
4. Michael Baigent, Richard Leigh and Henry Lincoln, Messianic Legacy (New York:
Dell Books, 1986).
5. Baigent et al, Holy Blood 96-97.
6. Baigent 197.
7. Baigent 33.
8. Church 11-13.
9. Church 13-22.
10. Church 62.
11. A hipótese de J.R. Church de quem realmente é essa linhagem está bem docu-
mentada por ele, e seu livro deve ser lido pelos interessados na profecia da Bíblia.
Para o propósito do meu livro, não preciso voltar tão longe, portanto, não mencio-
nei sua hipótese.
12. Baigent et al, Holy Blood 247.
13. Baigent 250.
14. Baigent 396.
15. "Triangle and Square," Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.11.
16. Veja uma estrela de seis pontas no mosaico no piso do saguão das Lojas Maçôni-
cas no Apêndice 2, Fig. 4.
17. Baigent et al, Holy Blood 251.
18. Baigent 259. Lembre-se que o Grão-Mestre do Priorado de Sião em 1982 era um
Francês chamado Pierre Plantard. Ele traça sua árvore genealógica até a linhagem
Merovíngia.
19. Baigent 260.
20. Baigent.
21. Baigent261.
22. Baigent 265.
23. Church 23.
24. Malachi Martin, The Decline and fall of the Roman Church (New York: Bantam
Books, 1983) 117-119.
25. A ordem do Papa Gregório preparou o terreno para a Reforma Protestante, a reti-
rada da Babilônia Misteriosa da Igreja Católica e a fundação da Maçonaria Inglesa,
o lar da Babilônia Misteriosa hoje. Esses eventos são totalmente discutidos no ca-
pítulo 25.
26. Baigent et al, Holy Blood 114.
719
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

27. Miller 143.


28. Church 25.
29. Baigent et al, Holy Blood 88.
30. Baigent. Se havia ou não vinte e quatro tesouros diferentes ainda enterrados sob o
templo de Salomão, e se foi ou não escavado com sucesso pelos Templários, não
têm conseqüências. O que tem conseqüência é o fato de que os conspiradores
"acreditam" que estava lá, e eles acreditam que "foi" escavado e transportado para
o sul da França, e enterrado em cofres subterrâneos artificiais. Uma "crença" pode
ser perpetuada independentemente de ter ou não alguma base de verdade. En-
quanto isso, essa "crença" foi tecida na doutrina esotérica e no ritual das socieda-
des secretas até hoje. No final, eles podem criar um tesouro quando necessário.
31. Baigent 89.
32. John J. Robinson, Born in Blood: The lost secrets of Freemasonry (New York: M.
Evans & Company, 1989) 77.
33. Baigent et al, Holy Blood 91.
34. Baigent 68.
35. Baigent 69.
36. Arthur Lyons, Satan Wants You (New York: Mysterious Press, 1988) 31.
37. Baigent et al, Holy Blood 93.
38. Baigent.
39. Baigent 71.
40. Baigent 69.
41. Robinson 74.
42. Baigent et al, Holy Blood 72.
43. Baigent 120.
44. Baigent 133.
45. Baigent 122.
46. Church 86-87.
47. Baigent et al, Holy Blood 71.
48. Church 46, 134.
49. Intercessors for America (October 1988) 4. Hoje é o símbolo de uma sociedade
secreta de um século no campus da Universidade de Yale. A sociedade é chama-
da "Caveira e Ossos". O presidente George Bush tornou-se um membro vitalício
quando ele era estudante em Yale.
50. Webster, Secret Societies 64.
51. Warren Weston, Father of Lies (London: N.p., 1930s) 29.
52. Baigent et al, Holy Blood 127.
53. Baigent 75.
54. Church 76.
55. Baigent et al, Holy Blood 75.
56. Baigent 127.

720
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

57. Baigent.
58. Michael Baigent and Richard Leigh, The Temple and The Lodge (New York: Arcade
Publishing, 1989) 95, 99.
59. Knight, The Brotherhood 44.
60. Baigent et al, The Messianic Legacy 360.
61. Baigent et al, XIII.
62. Baigent et al, Holy Blood 79.
63. Baigent.
64. Webster 110.
65. Baigent et al, Holy Blood 77.
66. Baigent 426.
67. Não confunda Sião, que não é Judeu, com o verdadeiro Sionismo Judeu.
68. "Knights Templar, Masonic," Mackey's Encyclopedia, vol.1. A maioria desses ho-
mens são famosos apenas pela Maçonaria e são desconhecidos do historiador ge-
ral.
69. Bible, Pilgrim Edition, nota de rodapé sobre Igreja de Sardes, Apocalipse 2.
70. "Rose Croix," Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.11. Você irá perceber
que o Rosacrucianismo e o Templarismo continuam misturados, embora contradi-
tórios. Os motivos são dois: (1) Embora inimigos, eles são irmãos; (2) Eles dese-
jam aprender os segredos ocultos um do outro. Esses fatos confundiram historia-
dores da conspiração, que posteriormente, escreveram apenas uma conspiração.

Capítulo 2
1. Knight, The Brotherhood 22.
2. O principal objetivo de Stephen Knight para publicar The Brotherhood era reveler
que a KGB havia penetrado nas agências de inteligência do Ocidente pela junção
com a Maçonaria, após o que o clube do "bom velhote" os promoveu para altos
postos. No caso dos agentes da KGB, eles receberam uma alta posição na inteli-
gência da Grã-Bretanha por seus irmãos Maçônicos. É interessante notar que após
a publicação de The Brotherhood, 15 cidadãos Americanos foram pegos espionan-
do pela KGB. Talvez o livro de Knight tenha alertado nosso governo para investigar
a Maçonaria, porque nunca na história dos EUA tantos espiões foram capturados
em um período tão curto de tempo. Não tenho provas, mas acredito firmemente
que, se este tópico foi pesquisado, seria descoberto que esses espiões foram re-
crutados pela KGB em lojas Maçônicas, como sugerido pelas investigações de
Stephen Knight sobre a Inteligência Britânica. Por quê? Porque espiões nas déca-
das de 40 e 50 receberam a pena de morte – mas não estes 15. Será que os juízes
Maçônicos estão cuidando de seus próprios?

721
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

3. John Foxe, Foxe's Book of Martyrs (1569; Chicago: The John C. Winston Co.,
1926) 196.
4. John Foxe nasceu como Católico na Inglaterra em 1517. A Reforma havia come-
çado pouco antes de seu nascimento. Educado em Oxford, Foxe foi escolhido
“Companheiro” do Magdalen College, o que era considerado uma grande honra na
universidade. Ele estudou Grego e Latim, e adquiriu uma competente habilidade na
língua Hebraica.
Sua obediência à Igreja Católica foi sacudida pela Reforma, da qual ele era
parcial. Quando ele declarou suas opiniões em Oxford, ele foi julgado pela univer-
sidade, condenado como herege e expulso. Durante o reinado de Henry VIII, Foxe
se manteve escondido. Quando a Rainha Mary (Bloody Mary) subiu ao trono, Foxe
estava sob a proteção do Duque de Norfolk, mas logo teve que fugir para a Suíça.
Lá, ele escreveu History of the Acts and Monuments of the Church, que foi publica-
do pela primeira vez em latim na Basileia, em 1554, e em inglês em 1563.
Quando a Rainha Elizabeth ascendeu ao trono, em 1558, Foxe retornou para a
Inglaterra. O Duque de Norfolk trouxe-o para sua casa e pagou-lhe um salário.
Quando o Duque morreu, Foxe herdou uma pensão deixada para ele pelo Duque.
Em seu restabelecimento na Inglaterra, Foxe começu a escrever seu livro sobre
“Martirologia”. Ele escreveu cada linha desse livro de próprio punho, e transcreveu
todos os registros e documentos, ele mesmo. Ele completou esse célebre trabalho
em onze anos.
A rainha Elizabeth o respeitou e se referia a ele como "Nosso Pai Foxe".
Foxe apreciou os frutos de seu trabalho enquanto ainda estava vivo. O livro dos
Mártires de Foxe passou por quatro grandes edições antes de sua morte, em abril
de 1587.
5. Foxe 215.
6. Foxe 85-86.
7. Baigent et al, Holy Blood 206.
8. Baigent 206-207
9. Baigent 206-207, 423, 429, 435.
10. Church, entire.
11. Baigent 206.
12. Baigent 426.
13. "Robert Fludd," Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.1.
14. "Robert Fludd."
15. "Robert Fludd," Encyclopaedia Britannica: Micropaedia.
16. Baigent 426.
17. Baigent 143-144.
18. Baigent 144.
19. Webster, Secret Societies 126.

722
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

Algumas pessoas, depois de lerem a primeira edição deste livro, rejeitaram mi-
nha afirmação de que Oliver Cromwell era um Unitário, mostrando-me na atual lite-
ratura que ele diz ter sido um Puritano. Mais pesquisas revelaram o seguinte.
Quando jovem, na casa dos 20 anos, Oliver Cromwell era um Unitário. Na casa
dos 30 anos ele arrependeu-se e, em 1638, deu este testemunho: "Você sabe co-
mo tem sido o meu modo de vida. Oh, vivi em uma escuridão amada e odiei a luz;
Eu era um chefe, o chefe dos pecadores. Isso é verdade: eu odiava a piedade; no
entanto, Deus teve piedade de mim. Oh, as riquezas de Sua misericórdia! Louvai-o
por mim - rogai por mim, que Aquele que tem começado uma boa obra que a aper-
feiçoe no dia de Cristo ". (Will and Ariel Durant, The Story of Civilization: The Age of
Reason Begins, vol. VII, 208).
A história registra que Cromwell "falou em termos de piedade Puritana" (Durant
208). Como um membro do Parlamento em 1628 sob o Partido Independente, um
partido fortemente membro dos Puritanos, naturalmente Cromwell falaria em ter-
mos Puritanos. E, sua estreita associação política com os Puritanos durante sua
primeira década no parlamento, pode ter tido algo a ver com sua conversão (Du-
rant 208). Além disso, como General durante a primeira Guerra Civil (1641-1645),
ele liderou um bando de Puritanos em batalha, e nunca foram derrotados (Durant
215).
Os Presbiterianos, o segmento Cristão mais poderoso da Câmara dos Comuns,
em 1648, conseguiu fazer um projeto de lei "punindo com prisão perpétua os opo-
nentes do batismo infantil, e com a morte aqueles que negavam a Trindade, ou a
Encarnação, ou a inspiração divina da Bíblia, ou a imortalidade da alma " (Durant
214). Mas não Cromwell e seu partido de Puritanos, que se mudaram para a tole-
rância, um dogma Maçônico que os torna suspeitos. E de fato eles eram, pois Edith
Miller relata que "a Rose Croix se espalhou rapidamente entre os Puritanos" (Miller,
Occult Theocrasy 157).
Sabemos que durante o Protetorado de Cromwell (1653-1658), ele cercou a si
mesmo com os Maçons Rosacruzes (Baigent, Holy Blood, Holy Grail 144). Além
disso, sabemos de fontes Maçônicas que durante a Guerra Civil, Cromwell fre-
qüentou uma Loja Maçônica Rosacruz chamada "Crown", o que ele não poderia ter
feito a menos que ele próprio fosse um Maçom Rosacruz (Darrah, History and Evo-
lution of Freemasonry 174). Também sabemos que, em troca de apoio financeiro
de Judeus de Amsterdã, Cromwell prometeu reconstruir simbolicamente o Templo
de Salomão para a Maçonaria (ver nota 32).
Cromwell, no entanto, é um típico dos Reformadores Protestantes que se junta-
ram à Maçonaria, a fim de ganhar liberdade política. Se o Período da Igreja Sardes
de Apocalipse 3:1-6 é uma profecia da Igreja da Reforma, como alguns teólogos
acreditam, Cristo não ficou satisfeito com o envolvimento político deles. O que eu
descobri, e ainda sustentamos, é que a revolução de Cromwell foi mais Maçônica
que Protestante.

723
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20. "Cromwell," Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.1.


21. "Cromwell.
22. Darrah 174.
23. Webster 126.
24. "Cromwell."
25. Miller 159-160.
26. Miller 320.
27. Will Durant and Ariel Durant, The Story of Civilization: The Age of Reason Begins,
vol. VII (New York: Simon and Schuster, 1961) 220.
28. Durants, vol. VII.
29. Knight 21-22.
30. "Cromwell, Oliver: Foreign and economic policies", Encyclopaedia Britannica: Mac-
ropaedia.
31. Durants, vol. VII, 469-70.
32. George E. Dillon, Grand Orient Freemasonry Unmasked as the Secret Power be-
hind Communism 13.
33. Dillon 14.
34. Will Durant and Ariel Durant, The Story of Civilization: The Age of Louis XIV, vol.
VIII (New York: Simon and Schuster, 1963) 471.
35. Webster 179. A informação de Nesta Webster provem de duas fonts Judaicas,
Anglia Judaica (p.275) and the Jewish Encyclopaedia em seu artigo Manasseh ben
Israel.
36. Durants, vol. VIII, 194.
37. Miller 160.
38. Durants, vol. VIII, 263.
39. Miller 161.
40. Webster 126 and Baigent 144.
41. Baigent 427-428.
42. Baigent 144.
43. Webster 179-180. Webster documenta isto através de escritos de um autor Judeu,
Lucien Wolf em Transactions of the Jewish Historical Society of England, vol.11,
p.18, assim como do que Wolf escreveu em 1894 e 1901. Outras fontes que ela
usou foram a Jewish Encyclopaedia, Anglia Judaica, e escritos de Mirabeau, de
1787.
44. Durants, vol. VIII, 470.
45. Knight 21-22.
46. "Newton, Sir Isaac", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol. III.
47. Baigent 430.
48. "Newton."
49. Baigent 431.
50. Webster 126.

724
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

51. Webster 126-127.


52. Knight 22.
53. Miller 34, 175; Webster 130-131; Knight 25-28; de Poncins, Freemasonry and the
Vatican 108, 115, 126; Jack Harris, Freemasonry; The Invisible Cult in our Midst
(Orlando, FL: Daniels Publishing, 1983) 23. Jack Harris foi um Mestre Maçom, ele-
vado à posição de Venerável Mestre, o mais alto cargo eleito na Loja Azul. Ele
também passou por todos os graus do Rito de York. Em Outubro de 1970, ele acei-
tou a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal. Após dois anos de estudo Bíblico,
ele renunciou à Maçonaria, em Maio de 1972.
54. Knight 27.
55. Miller 161-162.
56. Veja nota de rodapé 53.
57. Baigent 264-265.
58. Durants, vol. VIII, 298-299.

Capítulo 3
1. "Knigge, Baron Von", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.111.
2. Baigent et al, Holy Blood, Holy Grail 403.
3. Baigent.
4. Will Durant, The Story of Civilization: The Reformation, Vol. VI (New York: Simon
and Schuster, 1957) 61.
5. Church 94.
6. Baigent 166-171, 424-426.
7. Baigent 424.
8. Baigent 425.
9. Baigent 167.
10. Baigent 170.
11. Baigent.
12. Baigent.
13. Baigent 459.
14. Baigent 167.
15. Baigent.
16. Baigent 139. Cosimo de 'Medici é creditado por ter iniciado o Renascimento, de-
pois de ter tido contato, em 1439, com o Grão-Mestre do Priorado de Sião, René
d'Anjou [GM 1418-1480].
17. Durants, vol. VII, 346.
18. Baigent 167.
19. Durants, vol. VII, 238, 333-342.
20. Durants, vol. VII, 239.
725
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

21. Durants 345.


22. Durants.
23. Durants 350.
24. Durants 351.
25. Baigent 167.
26. Baigent 426.
27. Baigent.
28. Baigent 171, 271.
29. Baigent 172.
30. Baigent 173.
31. Baigent 174-175.
32. Baigent 175.
33. Durands, vol. VIII, 5-15, 69.
34. Foxe 53-54, 59.
35. Dillon 4-5.
36. Will Durant and Ariel Durrant, The Story of Civilization: The Age of Voltaire, vol. IX
(New York: Simon and Schuster, 1965) 245-248.
37. "Pope, Alexander," Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.11.
38. Durants, vol. IX; 245-248.
39. Durants.
40. Dillon 6-7.
41. Durants, vol. Ix, 245-248.
42. "Voltaire", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.11.

Capítulo 4
1. "Knigge, Baron Von", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.111.
2. Knight, The Brotherhood 25-26.
3. Baigent et al, Holy Blood 147.
4. Baigent 147.
5. "Addresses, Masonic", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
6. Baigent 147.
7. "Hunt, Baron Von", Mackey's Encyclopedia vol.1.
8. Webster, Secret Societies 154.
9. Webster.
10. Baigent 145.
11. Baigent 146.
12. "Stuart Masonry", Mackey's Encyclopedia, vol.11.
13. "Arras, Primordial Chapter of", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
14. "Stuart Masonry".
726
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

15. Baigent 148.


16. Baigent 149.
17. Baigent.
18. Baigent 150.
19. Durants, vol. VIII, 3.
20. Baigent 404.
21. "Stuart Masonry."
22." Frederick The Great," Mackey's Encyclopedia, vol.1.
23. Baigent 432.
24. Baigent.
25. John Robison, Proofs of a Conspiracy (1798; Boston: Western Islands, 1967) en-
tire.
26. "Robison, John", Mackey's Encyclopedia, vol.11.
27. "Robison, John".
28. "Illuminati of Bavaria", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
29. Miss Stoddard, Trail of the Serpent (1935; Hawthorne, CA: Christian Book Club,
n.d.) 283. Miss. Stoddard foi descoberta como a autora não identificada deste livro
e de outro, Light-bearers of Darkness. Ela tinha um bom motivo para querer per-
manecer anônima. Como Chefe Governante do Templo Mãe da Stella Matutina e
R.R. et A.C., ela estava colocando sua vida em risco, expondo os segredos desta
Loja Maçônica homicida, uma loja co-fundada pelo Satanista e Maçom do 33º grau
Aleister Crowley.
30. Miller 371.
31. "Weishaupt, Adam", Mackey's Encyclopedia, vol.11.
32. Church 169.
33. Church 157-169.
34. Church 165.
35. "Illuminati", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia.
36. Harve Spencer Lewis, Rosicrucian Manual (N.P.: Supreme Grand Lodge of
AMORC, 1955) 74.
37. "Orleans, Duke of," Mackey's Encyclopedia, vol.11.
38. "Weishaupt, Adam".
39. "Weishaupt, Adam".
40. "Knigge, Baron Von".
41. Baigent 206.
42. Webster 233.
43. Webster 199-200.
44. Webster 200.
45. "Cagliostro", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
46. "Cagliostro".
47. Baigent 206.
727
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

48. "Cagliostro".
49. "Cagliostro".
50. Webster 233.

Capítulo 5
1. A.G. Mackey. Mackey's Symbolism of Freemasonry 74.
2. Buck 69.
3. W.L. Wilmhurst. The Meaning of Masonry (New York: Bell Publishing, 1980) 50.
4. Wagner 148-149. Em 1912, Martin L. Wagner (não Maçom) era Pastor da Igreja
Luterana Evangélica de St. John em Dayton, Ohio. Sua interpretação veio estrita-
mente de seus estudos de livros Maçônicos. Ele escreve no Prefácio: "O escritor
oferece esta Interpretação como seu testemunho contra esse esforço moderno de
reprimir a Verdade na injustiça."
5. Pike 816.
6. Harry LeRoy Haywood: The Great Teachings of Masonry (1921; Richmond, VA:
Macoy, 1971) 26-27
7. Buck 130.
8. Steinmetz 60-61.
9. Pike 401, 656, 851; Appendix 2; Figs. 8 and 9 in Scarlet and the Beast, vol.1.
10. Mackey, Mackey's Symbolism of Freemasonry 113.
11. Darrah 289.
12. Henry H. Halley, Halley's Bible Handbook (1924; Grand Rapids, MI: Zondervan,
1964) 97.
13. "Symbolism, Science of", Mackey's Encyclopedia, vol.11.
14. Strong, Hebrew #1966 and 1984.
15. Miller 337.
16. Nas revoluções Francesas subsequentes, a Bandeira foi envolta em vermelho,
branco, e azul.
17. Gerald B. Winrod: Adam Weishaupt: A Human Devil (N.p.: n.p., 1935) 48. Após a
Revolução Bolchevique, os "Vermelhos" estenderam sua anarquia para fora das
fronteiras Russas. Na Alemanha, os "vermelhos" eram conhecidos como espartaci-
stas, usando o codinome de seu fundador, Weishaupt.
18. James Gleick, Chaos: Making a New Science (New York: Viking, 1987) 8. Na ciên-
cia, o "efeito borboleta" significa uma "dependência sensível da condição inicial".
Brincando em uma aplicação relativa ao clima, por exemplo, é a noção de que uma
borboleta, movendo suas asas no ar hoje, em Pequim, pode transformar sistemas
de tempestades no próximo mês em Nova York.
19. Webster, Secret Societies 226.
20. Webster 222.
21. Winrod 34.
728
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

22. Salem Kirban, Satan's Angels Exposed (Rossville, GA: Grapevine Book Distribu-
tors, 1980) 147.
23. Robison 112.
24. Dillon 19.
25. Stoddard, Light-bearers of Darkness 170; citando Dmitri Merejkovsky, o escritor
histórico Russo, em seu livro, La Mort des Dieus.
26. Unger 104.
27. Webster 202. O Olho Que Tudo Vê também é mostrado em sua forma modesta
como "um ponto dentro de um círculo". Essa forma do olho originou-se nos milê-
nios do misticismo Egípcio, antes do Priorado de Sião tê-lo adotado. Quando in-
corporado pelos Illuminati, "o ponto dentro do círculo" se tornou o código simbólico
em toda a correspondência entre sua Hierarquia.
28. "All-Seeing Eye", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
29. Kirban 154.
30. Raymond E. Capt, Our Great Seal: The Symbols of our Heritage & our Destiny
(Thousand Oaks, CA: Artisan Sales, 1979) 56-59.
31. "Norton, Charles Eliott", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia.
32. El-Amin 10.
33. Kirban 151.
34. Church 163-164.
35. "Franklin, Benjamin", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
36. A. J. Langguth, Patriots (New York: Simon and Schuster, 1988) 436.
37. Church 242.
38. Strong, Greek #206.
39. Sabemos que esta Escritura se refere à nação de Israel. No entanto, os autores de
Holy Blood, Holy Grail sugerem (p.185-187) que o Priorado de Sião alterou a grafia
inglesa de Zion para sua forma Francesa, permitindo assim que Sião ensinasse
aos seus iniciados que a pedra principal da esquina se refere amplamente à Linha-
gem do Graal, embora implique especificamente o "Rei Perdido", que um dia go-
vernará o mundo. Os Maçons o conhecem como a "Palavra Perdida" ou "Nome
Perdido" de Deus. Os Cristãos o conhecem como o Anticristo.
40. A Bíblia Maçônica no "Altar do Sacrifício" com as espadas cruzadas no topo da
Bíblia. Isso simboliza, não a proteção do Cristianismo, mas sua destruição planeja-
da.
41. A Maçonaria afirma que a versão King James é sua, porque foi traduzida para o
inglês durante o reinado do rei Templário-Maçônico da Inglaterra, James Stuart I.
Você deve se lembrar que sua tradução foi silenciosamente supervisionada pelo
Grão-Mestre do Priorado de Sião, Robert Fludd. Em todas as passagens do Novo
Testamento que fala da nação de Israel como Zion, a ortografia inglesa foi traduzi-
da para Sião, sua forma Francesa. O Priorado de Sião foi criado na França em Gi-
sors, em 1188 d.C., depois que o culto ao rei de Jerusalém se separou de sua des-

729
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

cendência, os Cavaleiros Templários, no "Corte do Olmo". O Priorado de Sião foi


fundado como o novo protetor da linhagem blasfema do Santo Graal, que afirma
falsamente ser Judeu. De fato, é anti-Semita e anti-Cristão, e é creditado por aque-
les Cristãos que o têm estudado, como sendo o meio pelo qual a Besta entrará na
política mundial.
42. Marlin Maddoux: Magic, Mormonism & Masonry, fita do Ministério Ponto de Vista,
#740-Kay Trimble & John Hall.
43. "Oblong Square", Mackey's Encyclopedia, vol.2.
44. "Comer-Stone, Symbolism of the", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
45. Mackey's Encyclopedia, vol.1, facing p.254.
46. Mackey's Encyclopedia, vol.1, facing p.558.
47. Manly P. Hall, The Lost Keys of Freemasonry (1923; Richmond, VA: Macoy, 1976)
facing p.52.
48. Strong, Hebrew #5774.
49. Strong, Hebrew #423 referindo para 422.
50. Strong, Hebrew #802.
51. Mackey's Encyclopedia, vol.11, facing p.1050. Veja também o Appendix 2, Fig. 2
em Scarlet and the Beast, vol. I.
52. Bible, Pilgrim Edition, nota de rodapé de Zacarias 4:10. Comentadores da Bíblia,
Dr. E. Schuyler English e Marian Bishop Bower, afirmam que "certos estudiosos
acreditam que o restante deste versículo (Zacarias 10) pertence à primeira parte da
sexto versículo, para que esse versículo leia: 'Então ele respondeu e me disse: Es-
tes sete [falando das sete lâmpadas] são os olhos de Jeová que varrem por toda a
terra. Depois disso, vá para o versículo 11 e leia até o fim, depois volte ao verso 6."
53. Pike 233.
54. Strong, Hebrew #5869.
55. Capt 39.
56. Capt.
57. "Programa de Radio Ponto de Vista", Larry Abraham entrevistado por Marlin
Maddox, Dallas, TX, 11 Feb.1991.
58. Kirban 156. No Appendix 2, Fig. 17, você pode acompanhar a história da fotografia
do Olho Que Tudo Vê das Nações Unidas, extraído do livro, The Cult of the All-
Seeing Eye, por Robert Keith Spenser, 1964.
59. Robison 80-81.
60. "Hoodwink", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
61. Strong, Hebrew #1004, 6086, 68 de 1129.

730
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

Capítulo 6
1. Leonard J. Seidel, Face the Music (Springfield, VA: Grace Unlimited Publications,
1988) 23-24.
2. Life 3 Oct.1969: 74.
3. Webster, Secret Societies 175.
4. Seidel 20.
5. Mark Spaulding, The Heartbeat of the Dragon: The Occult Roots of Rock & Roll
(Sterling Hts., MI: Light Warrior Press, 1992) 11-12.
6. Neal Wilgus, The Illuminoids (1978; New York: Pocket Books, 1979) 117.
7. "Mozart", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.11.
8. "Perfect Union, of Vienna", Mackey's Encyclopedia, vol.111.
9. "Mozart", Mackey's Encyclopedia, vol.11.
10. "Perfect Union", Mackey's Encyclopedia, vol.111.
11. Seidel 20.
12. Seidel 21.
13. Seidel.
14. Seidel 23-24.
15. Baigent, Holy Blood 433.
16. Baigent.
17. "Class Lodges"; "Musicians, Worshipful Company of'; and "Perfect Union",
Mackey's Encyclopedia, vol.111.
18. Spaulding 57.
19. Spaulding 63.
20. Spaulding 19.
21. Spaulding 69.
22. Spaulding 98.
23. Spaulding 92-93.
24. Spaulding 120.
25. J. Blanchard, Scottish Rite Masonry illustrated, vol.11, (1944; Chicago: Powner,
1979) 285.
26. Spaulding 135.
27. Spaulding 140.
28. Spaulding 146.
29. Spaulding 156.
30. Executive Intelligence Review 31 Aug.1982: 45-46.
31. Spaulding 90.
32. Spaulding 91.
33. Executive Intelligence Review 31 Aug.1982: 45-46.
34. William Josiah Sutton, The New Age Movement and The Illuminati 666. (U.S.A.:
The Institute of Religious Knowledge, 1983) 218.
731
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

35. Sutton 218-219.


36. Várias traduções traduzem de maneira diferente. A American Standard Version
(1901) traduz tamborins, tubos; A New King James Version traduz para ele tambo-
rins, tubos; A New English Bible traduz jingling beads and spangles; A Revised
Standard Version tem uma visão diferente e a traduz como configurações e gravu-
ras; Da mesma forma, a New International Version - configurações e montagens.
37. Strong, Hebrew #5345.
38. Strong, Hebrew #8596 from prim. root 8608.
39. Bible, New American Standard Bible (NASB).

Capítulo 7
1. "Anti-Semitism and Masonry", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.111
2. Winrod 43.
3. Baigent et al, Holy Blood, Holy Grail, facing p.336, Fig. 36 and Fig. 34.
4. Dillon, Grand Orient Unmasked 28-29.
5. "Cagliostro", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
6. Webster, Secret Societies 170.
7. "Saint Germain, The Count of", Mackey's Encyclopedia, vol.11.
8. Webster 173-174.
9. Miller, Occult Theocrasy 353.
10. Webster 310.
11. Will Durant and Ariel Durant, The Story of Civilization Rousseau and Revolution,
vol. X (New York: Simon and Schuster, 1967) 516-517.
12. "Lessing, Gotthold Ephraim", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
13. Miller 372.
14. Rabbi Marvin S. Antelman, To Eliminate the Opiate (New York: Zahavia LTD, 1974)
67.
15. "The Jewish Enlightenment Movement", Encyclopedia of Jewish History (Israel:
Massada Publishers, 1986) 98-101.
16. Durants, vol. X, 638. 10,000 Famous Masons de William R. Denslow nos informa
que Mendelssohn era um Maçom do Rito Escocês (vol.111, 193).
17. Webster 265.
18. Webster 229-230.
19. Antelman 93-94.
20. "Shabbateanism", Encyclopedia of Jewish History 92.
21. "Shabbateanism," 92-93.
22. Antelman 94.
23. Antelman 95.
24. Antelman.
732
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

25. Antelman 96.


26. Antelman 97-98.
27. Antelman 99.
28. Antelman 13, 133.
29. Antelman 32.
30. Antelman 133.
31. Antelman 116.
32. Antelman 131.
33. Antelman 32.
34. Antelman 116.
35. Webster 229-230.
36. Miller 376-377.
37. Miller 379.
38. Antelman 109-110.
39. Winrod 23.
40. Antelman 87-88.
41. Antelman 131-132.
42. Antelman 88-89.
43. Antelman 15.
44. Durants, vol. X, 634.
45. Count Egon Caesar Corti, The Rise of the House of Rothschild (1928; Boston:
Western Islands, 1972) entire.
46. Commander William Guy Carr, RCN, The Conspiracy to Destroy all Existing Gov-
ernments and Religions (Canada: published privately, 1959) 1.
47. Wilgus 154.
48. Will Durant and Ariel Durant, The Story of Civilization: The Age of Napoleon, vol. XI
(New York: Simon and Schuster, 1975) 603.
49. Antelman 33.
50. Antelman 82-83.
51. Antelman 126.
52. "Anti-Semitism", Mackey's Encyclopedia, vol. III. Mackey estava divulgando a de-
sinformação Maçônica quando escreveu "A família Rothschild da França contribuiu
com membros do ofício, mas não assumiu nenhuma posição de liderança". 10.000
Famous Freemasons de William R. Denslow relata que James Rothschild (1792-
1868) foi elevado ao 33º grau no Rito Escocês Francês e listado como participante
de seis convenções do Supremo Conselho entre 1841 e 1845 (vol. IV, p.74).
53. Antelman 114. Essa competição bancária Maçônica entre dois financiadores Ju-
deus teria um papel significativo na Revolução Russa de 1917.
54. Miller 377.
55. Corti 63-64.
56. Miller 378.
733
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

57. Miller.
58. Baigent 434.
59. Baigent 435.
60. Albert G. Mackey, Symbolism of Freemasonry 334.
61. Miller 88-89.
62. Bible, Pilgrims Edition, notas de rodapé para Revelation 2 & 3.
63. Weston 245.
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65. J. Blanchard, Scottish Rite Masonry Illustrated, vol.1, 462.
66. Maurice Pinay, The Plot Against The Church (1967; Los Angeles: St. Anthony
Press, 1982) 18.
67. Pinay, Introduction.
68. Baigent 145-146.
69. "Cabala", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
70. "Cabala".
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Schocken Books, 1965) entire.
72. James L. Holly, The Southern Baptist Convention and Freemasonry (Beaumont,
TX: Mission and Ministry to Men, Inc., 1992) 3-4; citando Thayer's Greek-English
Lexicon.
73. Strong, Greek 3454 de 3453.
74. Weston 245.
75. "Supreme Council", Mackey's Encyclopedia, vol. 2.
76. Miller 189.

Capítulo 8
1. "Jesuits", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.1.
2. Miller 308-319.
3. Charles William Heckethorn, Secret societies of all Ages and Countries, vol.11
(London, 1875) 296.
4. "Jesuits".
5. Webster, Secret Societies and Subversive Movements 197.
6. Webster 126, 198.
7. "Jesuits".
8. Pinay 62l.
9. Pinay.
10. Pinay 622.
11. Dillon 20.
734
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

12. Jack Chick, Alberto (Chino, CA: Chick Publications, n.d.) 28.
13. Malachi Martin, The Jesuits (New York: The Linden Press, 1987) 31-32.
14. Martin 35.
15. Martin 59, 76, 114.
16. David A. Yallop, In God's Name (New York: Bantam Books, 1984) 6.
17. Miller 427-432.
18. Baigent et al, Holy Blood, Holy Grail 159.
19. Baigent.
20. Baigent.
21. "John XXII", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia.
22. Baigent 160.
23. Baigent 160-161.
24. Baigent 158.
25. Martin 35.
26. Yallop 178.
27. Yallop 76.
28. Investigative Leads 25 Feb.1983, 1.
29. Investigative Leads 1-2.
30. Dillon 6.
31. Dillon.
32. Dillon 8.
33. Dillon 6, 18.
34. Dillon 8.
35. Carr 8.
36. Dillon 8.
37. Durants, vol. IX, 784-785.
38. Durants.
39. Webster 156.
40. Dillon 7-8.
41. Dillon 6.
42. Dillon 8-9.
43. Pastores no Conselho Nacional de Igrejas. Jim Shaw, Fita do Ministério do Rev.
Jim Shaw (audio cassette).
44. Dillon 10.
45. Dillon.
46. "Voltaire", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.11.
47. Dillon 9.
48. Rodriguez 49-50.
49. Fisher 76-77.
50. Fisher.
51. Miller 607.

735
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

52. Fisher 87.


53. Fisher 95-97.
54. Fisher 108.
55. Fisher 92-93. Leia os juramentos Maçônicos no Appendix 4 para ver a semelhança,
o que sugere uma criação Maçônica.
56. Fisher 92.
57. Knight, The Brotherhood 5-6.
58. Miller 432-433.
59. HRT Newsletter, Spring and Summer 1990.
60. Testemunho de Jim Shaw, narr. Jim Shaw, Fita do Ministério do Rev. Jim Shaw
(audio cassette).
61. O falecido Jim Irwin deu permissão ao autor para contar essa história.
62. Robison 88.
63. Antelman 80-82.
64. Robison 88.
65. Kirban 149. Todas as citações entre Weishaupt e Knigge eram de Robison ou
Barruel, que por sua vez os receberam do Governo da Baviera na sequência do
confisco dos documentos dos Illuminati.
66. Webster 135, 154, 232.

Capítulo 9
1. Antelman 126.
2. Robison 48-53.
3. Dillon 80.
4. Dillon.
5. Dillon 83.
6. Miller 270, 726.
7. Antelman 17.
8. Fisher 284.
9. Antelman 21.
10. Antelman 17.
11. Antelman.
12. Antelman 25.
13. Antelman 42.
14. Antelman 27-28.
15. Antelman 27.
16. Antelman 41.
17. Antelman 23.
18. Antelman 30.
736
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

19. Antelman 111.


20. Anton Chaitkin, Treason in America (New York: New Benjamin Franklin House,
1985) 290, 291, 293.
21. Chaitkin 295-296.
22. Chaitkin 298.
23. Chaitkin 300.
24. Chaitkin 299.
25. Chaitkin.
26. Chaitkin 300.
27. Antelman 21, 30.
28. Antelman 21-22.
29. Chaitkin 303.
30. Chaitkin 303.
31. Fisher 284.
32. Dillon 80.
33. "Laico" do Grego "laikos," significando "do povo”. Laicismo significa "um sistema
político caracterizado pela exclusão do controle e influência eclesiástica”. Laiciza-
ção significa "colocar sob a direção de ou aberto a leigos."
34. Dillon.
35. Dillon 81.
36. Dillon.
37. Miller 282, 285.
38. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 60-61.
39. Fisher 284.
40. "Public Schools", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol. 2.
41. "Public Schools".
42. Fisher 144.
43. "Public Schools".
44. "Public Schools".
45. Fisher 176.
46. Fisher 40.
47. Fisher 242.
48. Fisher 293.
49. Fisher 172, 310, 318.
50. Fisher 141.
51. Fisher 144.
52. Freemasonry: Antichrist Upon Us (Elon College, NC: Fragments of Truth, late
1950s) 77-78.
53. Antichrist Upon Us.
54. Word of Life quarterly (Winter 1990) 24.
55. Fisher 56-57.

737
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

56. Ralph A. Epperson, The Unseen Hand (Tucson, AZ: Publius Press, 1985) 490.
57. Fisher 57.
58. Fisher.
59. Fisher 56.
60. Fisher 57.
61. Epperson 387-388.
62. Association of North American Missions' 1985 annual report.
63. Tom McKenney, author of The Deadly Deception, não disse como ele chegou a
essas estimativas. Os números mais recentes dos Batistas do Sul foram relatados
em sua convenção anual de junho de 1992. Porta-vozes da convenção afirmaram
que existem 1,3 milhões de Maçons membros das Igrejas Batistas do Sul e cerca
de 14% dos pastores Batistas do Sul são Maçons.
64. The Illuminati, narr. Myron Fagan, dois audio cassettes, rec. 1967.
65. Antelman 26-27.
66. Carroll Quigley, Tragedy and Hope: A History of the world in our time (1966; Los
Angeles: Angriff Press, 1974) 5.
67. Antelman 26.
68. Fagan 28.
69. Rael Jean Isaac, "Do You Know Where Your Church Offerings Go?", Reader's
Digest (January 1983) 120.
70. "Church Offerings" 124.
71. "Church Offerings" 121.
72. "Church Offerings."
73. "Church Offerings" 125.
74. "Church Offerings" 121.
75. "Church Offerings" 122.
76. "Church Offerings" 123.
77. Omega-Letter (Dec.1986) 3.
78. "Church Offerings" 125.
79. Witchcraft in Politics Today, narr. Dr. John Coleman, audio cassette, rec. 1984 e
Denslow, 10,000 Famous Freemasons, vol. III, 299. Coleman diz que o CMI pro-
move a doutrina Maçônica de um mundo único em sua revista, One World. Dens-
low não apenas lista o Maçom de 33º grau G. Bromley Oxnam como o primeiro
presidente Americano do Conselho Mundial de Igrejas, mas acrescenta que ele
também era presidente do Conselho Federal de Igrejas (precursor do Conselho
Nacional de Igrejas) de 1944 a 1946 e foi um dos presidentes oficiais da organiza-
ção do Conselho Nacional de Igrejas de Cleveland, OH, em 1950.
80. Pastores do CNI que estão na Maçonaria, narr. Rev. Jim Shaw, audio cassette.
81. Kissing Jesus good-bye at the ALTAR OF BAAL, narr. Rev. Jim Shaw, audio cas-
sette.
82. Fisher 187, 324.

738
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

83. Pastores do CNI que estão na Maçonaria, narr. Rev. Jim Shaw, audio cassette.;
citando Forrest Haggard em The Craft and the Clergy.
84. Pastores no CNI.
85. "A Falling Away First", Omega-Letter (March 1988) 5.
86. Fagan.
87. Webster, Secret Societies 213.
88. Webster 156.
89. Dillon 7-8.
90. Miller 430.
91. Wilgus 153.
92. Robison 112.
93. Carr 2.
94. Robison 107.
95. Kirban 149.
96. "Illuminati of Bavaria", Mackey's Encyclopedia, vol. 1.
97. Stoddard, Light-bearers of Darkness 15.
98. Fisher 27.
99. Eu não tenho os livros de Barruel. Procurei em bibliotecas, mas não consegui
encontrar um conjunto em qualquer lugar. Por ser um trabalho raro, Mackey cita is-
so como prova de que está cheio de mentiras. No entanto, o trabalho de Barruel é
quase sempre discutido em todos as publicações revisionistas do autor, juntamente
com Robison em sua Introdução. Eu li muitas fontes citando Barruel.
100. Robison, Introduction.
101. Webster 233.
102. Dillon 2.
103. Webster 234. Entre os membros iniciados estavam Ben Franklin e outros represen-
tantes Americanos que levou os Illuminati de volta aos Estados Unidos e formou
quinze Lojas Illuminati na América.
104. Webster.
105. Webster.
106. Webster.
107. "Knigge, Adolph Franz Friederich Ludwig, Baron Von", Mackey's Encyclopedia,
vol.1.
108. "Knigge, Baron Von", Mackey's Encyclopedia, vol. 3.
109. Miller 373.
110. Webster 235.
111. Fagan.
112. Robison 84.
113. Miller 374 and Denslow, 10,000 Famous Freemasons, vol.1, 45.
114. Webster 235.
115. Dillon 46.

739
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

116. Webster 234. Vários autores relataram datas e atividades diferentes para esses
três Congressos Maçônicos. Alguns relataram apenas uma data. No entanto, todas
as datas ocorreram na década de 1780 que antecedeu a Revolução de 1789. Dos
meus próprios estudos, aceitei como mais plausíveis essas datas para o meu livro.
117. Dillon 28.
118. Maria Antonieta, esposa do rei Louis XVI, era muito odiada pelos Franceses. Nun-
ca foi popular porque ela era, de nascimento, um membro da Casa de Habsburg, a
qual não era tradicionalmente simpática na França. Em 1785, ela alcançou seu
menor nível de impopularidade, durante a acusação do caso do colar de diaman-
tes. Este caso girou em torno de um cardeal, o Príncipe de Rohan, que havia sido
enganado na compra de um colar para a rainha Marie Antoinette, sem sua autori-
dade e sem fundos próprios, dando o colar de diamantes a uma mulher que ele
pensava ser a Rainha. Rohan foi julgado por fraude e absolvido, mas mesmo as-
sim foi exilado em desgraça da corte Francesa, tornando-se um mártir aos olhos
dos inimigos da rainha e dos críticos do absolutismo real. Neste caso, Marie Antoi-
nette estava irrepreensível, mas o que foi lembrado pela opinião pública era que
um cardeal achou possível seduzir e subornar a rainha. Em consequência, o des-
crédito que aconteceu com a monarquia foi imensa, e Napoleão datou o início da
Revolução Francesa a partir deste episódio.
119. Webster 234-235.
120. Webster.
121. Baigent, Holy Blood 206.

Capítulo 10
1. Robison 171. 10,000 Famous Freemasons de William R. Denslow nos informa que
a União Alemã foi fundada por vários Maçons e chefiada pelo Maçom Karl F. Ba-
hrdt (1741-1792). Bahrdt era um Alemão doutor em teologia que se juntara aos
Illuminati. O objetivo da União Alemã "era a iluminação da humanidade". Foi dis-
solvida em 1790 pelo encarceramento de Bahrdt por difamação do Ministro Woell-
ner da Prússia. Bahrdt foi descrito por um de seus biógrafos como sendo "notório...
por sua ousada infidelidade e por sua vida má." (vol.1, p.45).2. "Illuminati of Bavar-
ia", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.1.
3. "Illuminati of Bavaria".
4. Miller 374.
5. "World War 11 and Freemasonry in Europe", Mackey's Encyclopedia, vol. 3.
6. Knigge, Baron Von", Mackey's Encyclopedia, vol. 3.
7. "Illuminati of Bavaria", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
8. "Illuminati of Bavaria".
9. "Weishaupt, Adam", Mackey's Encyclopedia, vol. 2.
740
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10. Robert Ingham Clegg, Mackey's Revised history of Freemasonry, vol.1 (1898; New
York: The Masonic History Company, 1921) 305.
11. Robison 112.
12. Miller 374.
13. Robison 166.
14. Robison 170-171.
15. Robison 111.
16. Sergius Nilus, The Protocols of the Learned Elders of Sion, trans. Victor E.
Marsden (London: n.p., 1934) 184, 186.
17. Leon de Poncins, Secret Powers Behind Revolution (1929; Hawthorne, CA: Chris-
tian Book Club of America, n.d.) 172-173.
18. Nilus 182-183.
19. Miller 571.
20. Miller 298, 571
21. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 59.
22. Fisher 242.
23. Nilus 185.
24. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 59-60.
25. de Poncins.
26. Fisher 242.
27. Fisher.
28. Fisher.
29. Fisher.
30. Norman Vincent Peale, "Enthusiasm Makes the Difference", The Scottish Rite
Journal (March 1991) 6. O Jornal do Rito Escocês era anteriormente a revista New
Age. A Maçonaria mudou o nome depois que Paul Fischer expôs sua massiva
conspiração em Behind The Lodge Door.
31. "Enthusiasm Makes the Difference".
32. Dina Donahue, Editora contribuidora para o Guidepost, foi um dos vários editores
que realizaram os seminários para a sétima escola anual Brite de Christian Writing,
Dallas, Texas, de 5-8 de maio de 1982.
33. "Hour of Power", Robert Schuller, CBS, KDFW, Dallas 24 February 1991.
34. Jane Palzere and Anna Brown, The Jesus Letters, entire.
35. Fisher 242. 10,000 Famous Freemasons de William R. Denslow lista os Maçons
que foramjornalistas para o Christian Science Monitor durante o tempo em que a
revista New Age louvava o Monitor por devotar "espaço considerável para as ativi-
dades Masonicas através do mundo". - Archibald McLellan (Maçom), editor do
Christian Science Journal e do Christian Science Sentinel, desde 1902; editor chefe
do Christian Science Monitor (1908-1914 (vol. ffi, p.181)). Paul S. Deland (32º
grau), juntou-se à Christian Science Monitor em 1908 (vol.1, p.302). R. H. Markham
(Maçom), desde 1926 era correspondente do Christian Science Monitor European
741
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

(vol. m, p.133). Roland R. Harrison (Maçom), juntou-se ao Christian Science Moni-


tor em 1922; editor executive de 1924-1929; editor administrativo de 1939-1940;
gerente da Christian Science Publishing Society 1929-1939 (vol. H, p. 192). Albert
F. Gilmore (Mason), editor da Christian Science, revitas semanais e mensais, de
1922- 1929 e presidente da The Mother Church 1922-1923 (vol.11, p.114). Erwin
D. Canham (Maçom) começou com o Christian Science Monitor em 1925; líder do
Washington Bureau de 1932-1939; editor geral de notícias 1939-1941; editor ge-
rente 1941-1944; e editor em 1945 (vol. I, p.177). George Charming (32º grau), edi-
tor de Christian Science Journal, Sentinel and Herald desde 1949 (vol.1, p.198).
Frederic E. Morgan (32º grau), presidente (1938-1954) da Principia, Elsah, Illinois,
uma escola de jardim de infância com quatro anos de artes liberais, para filhos dos
Cientistas Cristãos (vol.111, p.229).
36. Miller 553-556, 738.
37. Robison 112.
38. Myron Fagan não documenta nenhuma de suas informações nesta fita em "The
Illuminati". Como a maioria dos historiadores revisionistas, ele é adepto de uma te-
oria da conspiração. Suas fitas são uma maneira de obter uma visão rápida e fácil
da influência dos Illuminati nos assuntos mundiais. Para solicitar essas duas fitas,
consulte o formulário de pedidos no final do livro.
39. William Josiah Sutton, The New Age Movement and The illuminati 666 (USA: The
Institute of Religious Knowledge, 1983) 72.
40. de Poncins, Secret Powers, entire.
41. de Poncins 29-30.
42. de Poncins.
43. de Poncins.
44. Fisher 21.
45. de Poncins, Secret Powers 29-30.
46. de Poncins.
47. Winrod 21-22.
48. Stoddard, Light-bearers of Darkness 13-14.
49. Dillon 24.
50. Halley 97.
51. Miller 233-234.
52. Pike, Morals and Dogma 854.
53. Miller 376.
54. Pike 808.
55. "Phallic Worship", Mackey's Encyclopedia, vol.
56. Wilgus 158.
57. Reay Tannahill, Sex In History (New York: Stein and Day, 1980) 407-408.
58. "Birth Control (Types of) Encyclopaedia Britannica: Macropaedia.
59. "Birth Control (Infanticide)", Encyclopaedia Britannica: Macropaedia.

742
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60. Tannahill 31.


61. Robison 6-7.
62. Robison 50.
63. Antelman 126.
64. Robison 48-53.
65. Tannahill 31.
66. "Famous Men and Masons", Mackey's Encyclopedia vol. 3.
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68. "Birth Control (History of)", Encyclopaedia Britannica: Macropaedia.
69. "Birth Control (Reformers and reformist groups)", Encyclopaedia Britannica: Macro-
paedia.
70. NRI Trumpet. July 1989, 8.
71. Global 2000: Blueprint for Genocide, reportagem especial dos publicadores de
Executive Intelligence Review, August 1982, 1.
72. Martin, The Decline and fall of the Roman Church 196.
73. de Poncins, Secret Powers 33-34.
74. Dillon, W.
75. Antelman 109-110.
76. Stoddard, Light-bearers 14-15.
77. Webster, Secret Societies and Subversive Movements 250.
78. Winrod 35.
79. Nesta H. Webster, The French Revolution, (1919; Hawthorne, CA: Christian Book
Club of America, 1969) 419-429.
80. Walter Wright, "Annual French Festival Has Sinister Backdrop", Spotlight 17 June
1991: 10.
81. Wright.
82. Pike 823-824.
83. Durant and Durant, The Story of Civilization: The Age of Napoleon, vol. XI, 33.
84. Antelman 109.
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86. Dillon 37.
87. Webster, Secret Societies 255.
88. "Bonaparte, Jerome; Joseph; Louis; and Lucien" and "Napoleon I", Mackey's Ency-
clopedia, vols. 1 e 2.
89. "Wellington, Duke of", Mackey's Encyclopedia, vol. 2.
90. Miller 427. Permanent Instructions, or Practical Code of Rules; Guide for the Heads
of the Highest Grades of Masonry foram originalmente concedidas a Nubio. Este
documento secreto foi publicado na Itália pela mais alta autoridade da Ordem, para
orientar os chefes ativos da Maçonaria, em 1818. É a essa instrução que Nubio se
referia quando escreveu ao Signor Volpi, dizendo "Eu fui designado para desmora-
lizar [sic] a educação dos jovens da Igreja".
743
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

91. Nilus 296.


92. Miller 233-234.
93. Fisher,
94. Fisher 134.
95. "Education, Systems of (Religious and other factors - Types of educational systems
and their characteristics)", Encyclopaedia Britannica: Macropaedia.
96. "Education, Systems of".
97. Fisher 56, 280. O "empilhamento" da Suprema Corte continuou até o presidente
Nixon reverter a tendência em 1973 - um crime imperdoável.
98. Fisher.
99. Fisher.
100. Fisher 56-57, 294.
101. Fisher.
102. Fisher 40.
103. Fisher 280. Nessa data, o Presidente Nixon havia designado quatro não-Maçons
para a Suprema Corte, três dos quais substituíram os Maçons. Brennen, no entan-
to, ainda tinha o suficiente da velha guarda para influenciar os novos juízes pela
aprovação da decisão dos direitos ao aborto. Dois dos juízes que tiveram um papel
importante na decisão Roe v. Wade de 1973 haviam admitido, em memorandos
particulares, que sabiam que estavam "legislando políticas e excedendo a autori-
dade [do tribunal] como intérprete, não como legislador".
104. Citizen, a periodical of James Dobson's Focus on the Family, 15 Oct.1990: 10-12.
105. Fisher 242.
106. Citizen 10-12 (citando Washington Post Deskbook on Style 185-186).
107. Wendell Amstutz, Exposing and Confronting Satan & Associates (Rochester, MN:
National Counseling Resource Center, 1990) 188.
108. "Muslim Schoolgirl Scarves Banned", Los Angeles Times (7 November 1989): n.p.
109. Dillon 7.
110. Strong, Greek #2086.
111. Strong, Greek prim. root #2218.
112. Strong, Greek #4127 from 4141 and 5180.

Capítulo 11
1. Dillon 41.
2. Corti 10.
3. "Arras, Primordial Chapter Of", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, Vol. 1.
4. de Poncins, The Secret Powers behind Revolution 49.
5. Dillon 39.
6. Dillon 34-35.
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7. Dillon 35.
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10. "Napoleon I", Mackey's Encyclopedia, vol. 2.
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12. Miller 395 and Baigent, Holy Blood 152.
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14. Miller 395.
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17. Dillon 39.
18. Will Durant and Ariel Durant, The Story of Civilization: The Age of Napoleon (New
York: Simon and Schuster, 1975) 562.
19. Dillon 39-40.
20. Dillon 40.
21. Corti 56.
22. Miller 395 and Baigent 152.
23. Baigent 153.
24. Baigent 152 and Miller 395.
25. Baigent 434. Nodier usou a imprensa para realizar sua tarefa. Grão-Mestres do
Priorado de Sião, de sua época até o presente, usam a arte literária em suas atri-
buições.
26. Baigent 150.
27. Baigent 151.
28. "Levi, Eliphas", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
29. Baigent 153.
30. Baigent.
31. Dillon 40.
32. Dillon 43.
33. Corti 65-66.
34. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 109.
35. Corti 105.
36. Corti.
37. Corti and Denslow, vol. IV, 74.
38. "Anti-Semitism and Freemasonry", Mackey's Encyclopedia, vol. 3. O Barão Nathan
Mayer Rothschild foi iniciado na Loja Emulation, No.12, Londres, em 24 de outubro
de 1802.
39. Corti 202.
40. Corti 157.
41. Corti 111.
42. Corti.

745
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

43. Corti 107.


44. Corti 125.
45. Dillon 47.
46. Stoddard, Light-bearers of Darkness 172; citando Dmitri Merejkovsky, The Mystery
of Alexander I
47. "Russia", Mackey's Encyclopedia, vol. 2.
48. Fisher 218.
49. Dillon 35.
50. Durants, Napoleon 731.
51. Pesquisadores de conspiração anteriores à 2ª Guerra Mundial, sem conhecimento
do Priorado de Sião, acreditavam que Talleyrand representava os Illuminati, e as-
sim, manteve Weishaupta par do processo.
52. Veja notas 56, 58, 64, e 66.
53. de Poncins, Secret Powers 35.
54. Dillon 42-43.
55. Dillon 43.
56. Dillon.
57. Dillon 48.
58. Dillon 49.
59. Corti 151.
60. Wilgus 172.
61. Durants, Napoleon 732.
62. Durants 733.
63. Wilgus 172.
64. O Priorado de Sião inaugurou os Estados Unidos da Europa, em 31 de Dezembro
de 1992. Veja os capítulos finais deste volume.
65. Corti 149-150.
66. Corti 131.
67. New Solidarity 17 May 1985: Supplement A and B.
68. "Switzerland", Encyclopaedia Britannica: Macropaedia.
69. Arthur Edward Waite, "Switzerland", A New Encyclopaedia of Freemasonry (New
York: Weathervane Books, MCMLXX) Vol. 2. Por que a Maçonaria Inglesa conce-
deria permissão ao Grande Oriente para continuar uma Loja em Genebra? Parece
ser uma decisão imprudente. Uma resposta lógica seria que, enquanto os irmãos
lutam entre si, eles também protegem um ao outro contra um inimigo maior. A força
combinada de ambas as Maçonarias é necessária para destruir o Cristianismo. As-
sim, ao longo dessa intriga, encontramos cooperação e conflito. Nenhum deles
quer destruir o outro. No entanto, ambos querem dominar um ao outro.
Uma resposta espiritual oferece mais entendimento. Satanás é o grande mestre
da divisão. Dividir e conquistar é a sua estratégia. A divisão, no entanto, não é en-
tre Deus e Satanás. O que é tão estranho no reino de Satanás é que a divisão está

746
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

dentro de suas próprias fileiras, entre duas forças do mal. Satanás governa ambas
as Maçonarias, mas ambas são adversárias. Mateus 12:25-26 confirma que um
reino dividido cairá, sugerindo que Satanás está dividido dentro de si. Isto beira a
esquizofrenia. Somente uma personalidade esquizofrênica tentaria governar dois
reinos opostos. Satanás é esquizofrênico, condenado pelo próprio Deus a ter uma
personalidade dividida? O Capítulo 1 de Escarlate e a Besta responderá a essa
questão.
70. "Alpina", Mackey's Encyclopedia, vol. 1.

Capítulo 12
1. de Poncins, Secret Powers 95.
2. Special Report, "Italian General: Dope Mafia a British Protectorate", New Solidarity
20 September 1982: 1.
3. Dillon 44.
4. Dillon 44.
5. Baigent et al, The Messianic Legacy 198.
6. de Poncins 50.
7. de Poncins 64.
8. de Poncins 64-65.
9. Kirban 157.
10. Miller 433-434.
11. Miller 427,430.
12. Miller 434.
13. Wilgus 175.
14. Após as revoluções comunistas na China em 1949-1950 e Cuba em 1959, a Ma-
çonaria foi proibida em ambas as nações. Hoje, essas duas nações são as únicas
duas na terra sem lojas Maçônicas. Torna-se quase impossível derrubar esses go-
vernos sem a Maçonaria para subvertê-los. Na Rússia, a Maçonaria foi proibida por
Stalin em 1922. Por esse motivo, ele não pôde ser deposto. Contudo, durante os
anos 60, Kim Philby, um Maçom Inglês e agente duplo de alta posição na Inteli-
gência Britânica, desertou para a Rússia com o propósito expresso de iniciar um
jovem líder comunista da Maçonaria, após o qual ele deveria transformá-lo para ter
uma visão Ocidental. O nome dele era Mikhail Gorbechev. Em 1989, Gorbechev
pediu para que Grandes Lojas do Oriente fossem restabelecidas em toda a URSS,
cujo resultado foi a dissolução da União Soviética. Gorbechev é, na realidade, um
traidor do Comunismo. Nos próximos capítulos, aprenderemos como a Maçonaria
Inglesa projetou o maior golpe da história, através de seu agente triplo Kim Philby.
15. Dillon 94.

747
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

16. Konstandinos Kalimtgis, David Goldman, and Jeffrey Steinberg, Dope, Inc.: Brit-
ain's Opium War Against the U.S. (New York: New Benjamin Franklin House, 1978)
34. A "Mafia" é definida na Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, como "pesso-
as impacientes e desdenhosas dos processos constitucionais de direito que reser-
vam vingança pela execução por si mesmos. "Mackey define a Máfia como uma
sociedade secreta, comparando-a com a Carbonari Italiana. Ele nega que a Máfia
ou a Carbonari são Maçônicas, mas menciona Mazzini como envolvido em ambas.
Ele afirma que seus membros eram republicanos mais radicais e, ao mesmo tem-
po, admite que seus objetivos eram idênticos aos da Maçonaria.
17. de Poncins 65.
18.
19. Miller 215.
20 Miller712.
21. Stoddard, Trail of the Serpent 41.
22. Kalimtgis et al 26. Embora a Maçonaria Inglesa não reconhecesse o Rito Escocês,
no entanto, incluiu seus 33 graus em 1860. Qualquer Inglês de filiação Maçônica
que foi ao Continente, foi iniciado nos Ritos Escoceses do Grande Oriente. Lord
Palmerston era um membro de ambas as obediências.
23. Kalimtgis 33.
24. de Poncins 120.
25. Kalimtgis 12-24.
26. Kalimtgis 12-24.
27. Kalimtgis 63-77.
28. "Drugs and Banking", Executive Intelligence Review, 7 September 1982: 35.
29. Wilgus 194. Esta rede de drogas é discutida com maiores detalhes no Vol. 3 de
Scarlet and the Beast.
30. Wilgus 175.
31. Wilgus.
32. Antelman 27.
33. Wilgus 193.
34. de Poncins 51.
35. Miller 185.
36. de Poncins 51.
37. Miller 186.
38. Miller.
39. "Hugo, Victor" (Political life), Encyclopaedia Britannica: Macropaedia.
40. "Secret Societies", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol. 2.
41. Miller 636.
42. de Poncins 51.
43. "Hugo, Victor" (Political life), Encyclopaedia Britannica: Macropaedia.
44. "Napoleon III", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia.

748
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

45. Miller 636-637.


46. Miller 637.
47. de Poncins 51.
48. de Poncins 52-53.
49. de Poncins 54.
50. de Poncins.
51. de Poncins 55.
52. Stoddard, Light-bearers 15-16.
53. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 63.
54. de Poncins.
55. de Poncins, Secret Powers 56.
56. de Poncins 56-58.
57. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 57.
58. de Poncins, Secret Powers 55-56.
59. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 190-191.
60. de Poncins.
61. O envolvimento da Maçonaria Inglesa na criação da 2ª Guerra Mundial será docu-
mentado nos capítulos finais deste livro.
62. Francois Franco, "Nationalism on the Rise in France", Spotlight 22 July 1991: 3.
63. Church 215-231 and Baigent et al, Holy Blood 409.

Capítulo 13
1. "Anti-Semitism and Masonry", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol. 3.
2. Robert John, Behind the Balfour Declaration (Costa Mesa, CA: Institute for Histori-
cal Review, 1988) 30.
3. "Israel", World Economic Review, November 1986: 13.
4. John 64.
5. Adolf Hitler, Mein Kampf, trans. James Murphy (1939; Los Angeles: Angriff Press,
1981) 174.
6. Antelman, entire.
7. Antelman 33.
8. Antelman 35-38.
9. John 29.
10. Antelman 33.
11. Antelman.
12. Pesquisadores de conspiração acusaram Rothschild de tomar partido dos Comu-
nistas quando ele retirou seu apoio financeiro do Exército Branco anti-Comunista.
13. Hitler 174.

749
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

14. John Coleman, King Makers: King Breakers = The Cecils, audio cassette 1984,
Christian Defense League.
15. Karl Bergmeister, The Protocols of the Elders of Zion before the Court in Berne
(1938; Mettairie, LA: Sons of Liberty, n.d.) entire. O autor e sua esposa moram em
Basel, Switzerland, August 1987. O autor ofereceu pagar a um professor de histó-
ria Suíço a taxa necessária para obter cópias dos processos judiciais de Berna so-
bre os Protocols. O professor ficou muito interessado e começou a fazer perguntas.
Quando o autor mencionou a conexão Maçônica, o professor disse friamente:
"Acho que não quero trabalhar para você".
16. Desde o exílio dos Templários da Grã-Bretanha, todos os Grão-Mestres de Sião
foram do Continente.
17. Miller 410-411.
18. Miller 411.
19. Baigent et al, Holy Blood 192, 435-436.
20. Church 90.
21. Miller 407.
22. James A. Malcolm, Origins of the Balfour Declaration, Dr. Weizmann's Contribution
(1944; Torrance, CA: Institute for Historical Review, 1983) 6-7 Uma cópia deste
document de apenas 12 páginas, está no British Museum, e em 1964 foi colocado
na Harvard University Library.
23. John 30.
24. Bible, Pilgrim Edition, footnote #6 on Amos 5:26.
25. Spaulding9l.
26. Geoffrey Wigoder, The Story of the Synagogue, A Diaspora Museum Book (Jerusa-
lem: Domino Press, 1986) 20, 49, 79, 90, 103, 152, 165, 174, 186, 194.
27. John 30.
28. Webster's Ninth New Collegiate Dictionary (Springfield, MA: Merriam-Webster,
1987).
29. John 30.
30. Miller 407-408, 443.
31. "Mizraim, Rite of", Mackey's Encyclopedia, vol. 2.
32. Miller 407-408, 443.
33. Robinson 77.
34. Algumas das informações que o autor conseguiu reunir para este livro vieram
diretamente dos Maçons, que prontamente responderam suas perguntas depois
que ele deu-lhes o aperto de mão Maçônico.
35. Dillon 83. Isso ainda é praticado hoje. Por exemplo, quando o Congresso dos Es-
tados Unidos falhou em apoiar financeiramente os Contras, o Presidente Reagan
foi à CIA para financiamento. Daí o famoso "Caso Irã / Contra" envolvendo Oliver
North.
36. The Growing Menace of Freemasonry in Britain, 6th ed. (London: n.p., 1936) 17.

750
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

37. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 196.


38. Curt Gentry, J Edgar Hoover: The Man and the Secrets, (New York: Plume, 1991)
148-149.
39. Stephen Knight, The Brotherhood 284.
40. Knight 290.
41. John Coleman, "Spy Scandals and Secret Societies", World Economic Review,
October 1984: 1.
42. Phillip Knightley, The Master Spy (New York: Alfred A. Knopf, 1989) picture facing
page 117.
43. Um livro intitulado Henry Kissinger, Soviet Agent foi publicado em 1974 por Frank
A. Capell, e reimpresso por Sons of Liberty in 1987. O autor documenta que Kis-
singer nasceu e foi criado na Alemanha durante o regime Nazista. Segundo Capell,
como membro do Partido Comunista Alemão, Kissinger foi facilmente recrutado pe-
la KGB após a guerra e enviado à América para ser tutelado por Nelson Rockefel-
ler. Henry Kissinger é um homem de muitas cores. Ele é Maçom e membro das
três obediências Maçônicas - Inglêsa, Americana e Francêsa.
44. Knight, The Brotherhood 284, 286.
45. de Poncins, Secret Powers 51.
46. Miller 417-418.
47. de Poncins, Secret Powers 51.
48. Miller 270, 733.
49. Miller 412.
50. Webster, Secret Societies 441.
51. Miller 493.
52. Miller 490.
53. Miller 491.
54. Webster, Secret Societies 410.
55. Webster 411.
56. Miller 492.
57. Miller 492-493.
58. Miller 526.
59. Miller 267, 722.
60. Miller 244.
61. Miller 244, 264, 274.
62. Miller 273-274.
63. Miller 268.
64. "Hugo, Victor - Political Life", Encyclopaedia Britannica: Macropaedia.
65. Webster, Secret Societies 409.
66. Nilus 100.
67. Nilus.
68. Miller 408.

751
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

69. Nilus 158.


70. Nilus 181.
71. Knight, The Brotherhood 216.
72. Knight 49.
73. Knight 54.
74. Knight 54-55.
75. Stephen Knight, Jack the Ripper: The Final Solution (1976; London: Granada,
1977) 158-159.
76. Knight, Jack the Ripper 161.
77. Miller 407.
78. "Levite of the External Guard", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
79. Knight, Jack the Ripper 161-162.
80. Antelman 101.
81. "Anti-Semitism and Masonry", Mackey's Encyclopedia, vol. III.
82. Baigent 190.
83. Miller 353, 735.
84. Baigent 131, 154.
85. Waite, "Martinist Rose-Croix", A New Encyclopaedia of Freemasonry, Vol.11, 161-
163. Arthur Edward Waite, nascido em Brooklyn, Nova York, em 1857, foi levado
para Inglaterra por sua mãe Inglesa aos dois anos de idade, após a morte de seu
pai. Waite nunca voltou para a América, embora tivesse recebido diplomas honorá-
rios e posições em lojas Americanas. Waite ingressou na Maçonaria Inglesa quan-
do atingiu a maioridade.
86. Miller 354.
87. Webster, Secret Societies 166.
88. Webster 165-166.
89. Webster 310.
90. Webster.
91. Baigent 436.
92. Bible, Living Bible (LB).
93. Waite 161.
94. Miller 354.
95. Miller.
96. Baigent 462.
97. Existem muitas teorias sobre a origem dos "Protocols". Uma é que eles foram
publicados em 1903 sob a direção do Czar Nicholas II, para o qual ele investiu a
soma impressionante de treze milhões de rublos e encorajou Nilus a preparar isso.
Essa teoria foi uma das primeiras a ser descoberta de que havia um original em
Francês e que os documentos haviam sido roubados em 1884 de uma loja Maçô-
nica Francesa. Alguns ainda promovem essa teoria, embora tenha sido desacredi-
tado por muito tempo.

752
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

98. Baigent 190-195.


99. Baigent.
100. Church 169.
101. Richard Pipes, Russia under the Bolshevik Regime (New York: Alfred A. Knopf,
1993) 257.

Capítulo 14
1. Miller 220-221.
2. Miller 221.
3. "Pike, Albert", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol. 2. Albert Pike nasceu
em Boston, Massachusetts, em 29 de dezembro de 1809 e morreu em 2 de abril de
1891. Depois de passar um curto período no México quando jovem, ele se mudou
para Little Rock, Arkansas e construiu uma mansão lá em 1840. Foi em Little Rock
onde ele se tornou General no Exército Confederado durante a guerra civil. Pike
era o Soberano Grande Comandante do Supremo Conselho Sul, Rito Escocês An-
tigo e Aceito, tendo sido eleito em 1859. Foi Grão-Mestre provincial da Ordem Real
da Escócia nos Estados Unidos e membro honorário de quase todos os Supremos
Conselhos do mundo.
Do ponto de vista Maçônico, o valor de Pike para o Ofício é melhor demonstra-
do por seus escritos. O mais proeminente é Morals and Dogma do Rito Escocês
Antigo e Aceito. Mackey define esse trabalho como "esplêndido". Ele diz que Mo-
rals and Dogma de Pike, Monitor do Rito, 1871, não é dogmático no sentido odioso
destas palavras, mas que o General Pike as usa para significar doutrina ou ensino,
sendo o livro uma das instruções metódicas na filosofia da Maçonaria... Os três
maiores obras literárias foram a Bíblia, Shakespeare e os escritos de Albert Pike".
A edição de janeiro de 1990 da revista New Age afirma que Morals and Dogma de
Pike é um "guia do Maçom para a vida diária".
4. "Pike, Albert".
5. Chaitkin 234.
6. Chaitkin 161. William R. Denslow, em 10,000 Famous Freemasons nos informa
que Stephen Morin fundou o Rito Escocês Antigo e Aceito na América. Denslow
diz, no entanto, que "[A]qui praticamente não há dados pessoais desse homem
que é um dos pioneiros Maçônicos do mundo ocidental. Quem ele era, o que fez,
quando e onde ele nasceu ou morreu, não é conhecido. Em 27 de agosto de 1761,
ele recebeu o poder, por uma patente dos Deputados Gerais da Arte Real, Grand
Wardens e oficiais da Grande Loja Soberana de São João de Jerusalém" em Paris,
para multiplicar os graus sublimes de alta perfeição e criar inspetores em todos os
lugares onde os graus sublimes não estavam estabelecidos. Existe até a questão
de quem concedeu a patente (ou seja, a grande loja, o rito [Escocês] aceito, ou
753
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

uma autoridade conjunta de ambos). De qualquer forma, ele logo partiu para as
Américas e organizou lojas do Rito Escocês em Santo Domingo e na Jamaica. Ele
nomeou M. M. Hayes, vice-inspetor geral da América do Norte, e Hayes, por sua
vez, indicou Isaac da Costa como deputado da Carolina do Sul, onde, em 1801, o
Supremo Conselho Mãe, o REAA foi criado e, eventualmente, se espalhou nos
EUA "(vol. III, p.231).7. Chaitkin 160-162.
8. Harold Voorhis, The Story of the Scottish Rite of Freemasonry (Richmond: Macoy
Publishing & Masonic Supply Co., 1965) 22-23
9. Epperson, The Unseen Hand 160 and Chaitkin 223-225, 234.
10. Epperson 162.
11. Epperson 162-163.
12. Fisher 49.
13. Ronayne, Handbook of Freemasonry 213. O ex-Maçom do 33º grau Rev. Jim
Shaw, afirma em seu audio cassette Questions and Answers on Freemasonry, que
a obrigação de um Maçom do Arco Real do 7º grau é, por juramento, "guardar to-
dos os segredos de um companheiro Maçom, esteja ele certo ou errado; assassi-
nato e traição não estão excluídos. No livro Maçônico, Webbs Monitor, página 169,
lemos: "Certo ou errado, sua própria existência como Maçom depende de sua obe-
diência aos poderes imediatamente acima dele." O Presidente Andrew Johnson so-
freu forte pressão Maçônica para perdoar Pike.
14. Fisher 209.
15. Fisher 210.
16. Fisher.
17. Fisher 48-49.
18. Chaitkin 234-235.
19. "Is Freemasonry Part Of The New Age Movement?" Newswatch Magazine June
1987: 9.
20. Weston 29.
21. Miller 211.
22. Miller 211-213.
23. "Cabala", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
24. Pike 102.
25. Pike 321.
26. Veja nota de rodapé #3 acima.
27. Miller 218, 270.
28. Miller 220.
29. Strong, Hebrew #1966 from 1984.
30. Strong, Hebrew #5921 from 5920 from prim. root 5927.
31. Strong, Hebrew #3045.
32. Billy Graham, Angels: God's Secret Agents (New York: Doubleday, 1975) 62.
33. Strong, Hebrew #7854 from prim. root 7853.

754
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

34. Bible, NIV.


35. Strong, Hebrew # 2161.
36. Fisher 183.
37. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 84-85.
38. de Poncins 87.
39. Pike 732.
40. Pike 737.
41. The magic mirror.
42. Bible, NW
43. Veja Scarlet and the Beast, Volume 2, chapter 1; "Lucifer/Satan - The Divided
God."
44. Strong, Hebrew #136. Adonay is one of the Hebrew words for God.
45. Miller 219-220.
46. Miller 214, 242, 244, 260-261, 264, 268. Este é o primeiro exemplo de como a
Maçonaria é financeiramente capaz de investir e controlar revoluções em todo o
mundo. A Loja Maçônica primeiro prepara um iniciado para eleição em uma nação
democrática. Uma vez eleito, esse funcionário trabalha em uma posição de autori-
dade e controle, assim como Lorde Palmerston, entendendo plenamente que sua
principal função é promover os objetivos da Maçonaria em todo o mundo. Depois
que ele tiver influência política, ele é capaz de usar o "erário" da nação em que re-
side para pagar pela atividade clandestina Maçônica em todo o mundo. Quando a
maioria dos políticos são eles mesmos Maçons, há cooperação ilimitada. Aqui está
como ela trabalha: Uma nação democrática envia ajuda financeira aos revolucioná-
rios, estipulando como o dinheiro deve ser usado para alimentos e remédios. No
entanto, os contribuintes que pagam o projeto de lei, provavelmente não concor-
dam com as doutrinas dos revolucionários. Enquanto isso, as grandes empresas,
cujos presidentes são normalmente Maçons do 33º grau, vendem produtos milita-
res, equipamentos e suprimentos para os revolucionários em troca dos bilhões da-
dos para alimentos e medicamentos. Durante essa conspiração, os Maçons ficam
mais ricos, vendendo para os dois lados.
47. Miller 236.
48. Miller 215-218, 239, 267.
49. Miller 216.
50. Miller 222.
51.
52. Miller 239.
53. Miller 223, 257.
54. Miller 253-296.
55. Daniel, Scarlet and the Beast, chapter 4 .
56. Daniel, chapter 3 (este livro).
57. Denslow, Vol. HI 116-117.

755
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

58. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 7, 11.


59. de Poncins 9, 11.
60. de Poncins 11.
61. de Poncins 87.
62. Manly P. Hall, The Lost Keys of Freemasonry (1923; Richmond: Macoy Publishing
& Masonic Supply Co., 1976) 47-48.
63. Jack Chick, The Curse of Baphomet (Chino, CA: Chick Publications, n.d.) 8.
64. Charles Walker, Atlas of Secret Europe (New York: Dorse Press, 1990) 18, 25.
65. "Baphomet", Mackey's Encyclopedia, vol. 1.
66. Chick 11-12.

Capítulo 15
1. Charles Berlitz, Dooms-Day 1999 AD. (New York: Pocket Books, 1981) 15
2. Veja capa da revista New Age.
3. Fisher 227.
4. Fisher 227-228.
5. Stoddard, Light-bearers of Darkness 35.
6. "Quatuor Coronati Lodge", Mackey's Encyclopedia, vol.111.
7. Volume 2 and I3 de Scarlet and the Beast irá expander o assunto.
8. de Poncins, Secret Powers 25. De Poncins fez essa afirmação em 1928, quando
escreveu este livro. No entanto, ele estava muito perto da fundação da Liga das
Nações para saber que esta criação do Grande Oriente foi a terceira tentativa de
unificar toda a Maçonaria. Mais sobre isso depois.
9. Miller 529-535.
10. de Poncins, Secret Powers 112.
11. "Universala Framasona Ligo", Mackey's Encyclopedia, vol. 2.
12. Leon de Poncins, The Dictatorship of the Occult Powers (Paris: N.p., n.d.) 236.
13. Dillon 106, 96.
14. Stoddard, Light-bearers, title page.
15. Stoddard 162-175 and Miller 569.
16. Baigent et al, Holy Blood 154.
17. Stoddard, Light-bearers 96, 98.
18. Stoddard 96.
19. Stoddard 96-99.
20. David A. Noebel, The Legacy of John Lennon (Nashville: Thomas Nelson Publish-
ers, 1982) 101.
21. Miller 524.
22. "Oriental Rite of Memphis", A New Encyclopaedia of Freemasonry vol. 2, 241 e
Reay Tannahill, Sex in History (New York: Stein and Day, 1980) 85, 118.

756
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

23. A Maçonaria do Grande Oriente, também chamada Maçonaria "Latina", foi levada
para paíse da América do Sul e da América Latina após a conquista da Espanha
pelo Maçom do Grande Oriente Napoleon Bonaparte.
24. William J. Petersen, Those Curious New Cults in the 50s (New Canaan, CT: Keats
Publishing, 1973) 87.
25. Petersen.
26. Petersen 88.
27. Miller 569-570.
28. William Josiah Sutton, The New Age Movement and The illuminati 666 (USA: Insti-
tute of Religious Knowledge, 1983) 120-121.
29. Miller 46-47.
30. Miller 576-577.
31. Noebel, John Lennon 101.
32. David A. Noebel, The Marxist Minstrels (Tulsa, OK: American Christian College
Press, 1974) 105.
33. William Brian Key, Media Sexploitation (Scarborough, Ont.: Prentice-Hall, 1976)
137.
34. Entrevista com Jon Kregel, ex-líder do tráfico convertido ao Cristianismo.
35. Bob Larson, Rock (Wheaton, IL: Tyndale House, 1983) 152-153.
36. Sutton 218-219.
37. Executive Intelligence Review 31 August 1982,45-46.
38. Noebel, john Lennon 102.
39. Noebel, John Lennon. Documentação da filiação Maçonoca de Charles Manson
está no cap. 16.
40. Noebel, John Lennon 105.
41. Larson 153.
42. Tom Allen, Rock-n-Roll, the Bible and the Mind (Beaverlodge, Alberta: Horizon
Books, 1982) 55.
43. Life 3 Oct.1969: 74.
44. Judy Smagula Farah (AP), "'Stalker' suspect enters pleas", Longview Daily News
25 Oct.1985: 5-B.
45. Associated Press, "Satanism linked to killer," Longview Morning Journal 2
Sept.1985: 14-B.
46. "Satanism linked."
47. Associated Press, "Interest in occult transformed teen before slaying mom, self,"
Longview Daily News 13 Jan.1988: 8-A.
48. "The Devil Worshippers", hosts Hugh Downs and Barbara Walters, Prod. Av Wes-
tin, corres. Tom Jarriel, 20/20, ABC, transcript show #521, 16 May 1985: 3.
49. "Devil Worshippers" 2.
50. "Devil Worshippers" 4.

757
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

Capítulo 16
1. Miller 705.
2. Discutido em detalhes no Cap. 22.
3. Embora os Ordo Templi Orientis, ou Templários Orientais, se associem com os
Templários no nome, este grupo é o produto da Maçonaria Inglêsa de Sião.
4. Helga Zepp-LaRouche, The Hitler Book (New York: New Benjamin Franklin House,
1984) 37.
5. Zepp-LaRouche 36.
6. Paul deParrie, Unholy Sacifices of the New Age (Westchester, IL: Crossway Books,
1988) 22.
7. Nigel Davies, Human Sacrifices in History and Today (New York: William Morrow,
1981) 13.
8. deParrie 6.
9. deParrie.
10. Veja Cap. 22.
11. John Daniel, Scarlet and the Beast: English Freemasonry, Banks, and the illegal
Drug Trade Vol. 3 (Tyler, TX: Jon Kregel, Inc., 1995) cap. 5.
12. Baigent et al, Holy Blood 154.
13. Veja capítulos 13 e 19.
14. Miller 572.
15. Miller 679.
16. Miller 571.
17. Miller 572.
18. Miller 572.
19. Miller 574-575.
20. Miller 690.
21. Maury Terry, The Ultimate Evil (Garden City, NY: Dolphin Books, 1987) 180-181.
22. Miller 687.
23. Miller 679.
24. Miller 571-581.
25. Clarkstown Country Club, (New York: Sales Promotion & Advertising Service, 1935)
6, 14.
26. Charles Boswell, "The Great Fuss and Fume over the Omnipotent OOM", True,
Jan.1965: 88.
27. Boswell 32.
28. A documentação fotocopiada coletada dos arquivos do Nyack College está em
posse do autor.
29. Miller 693.
30. Miller 689
758
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

31. Miller 679, 680, 682, 683, 691, 692, 695, 698.
32. Miller 580-581.
33. Robert Anton Wilson, carta, Conspiracy Digest 3.1 (1978): 8.
34. L. Ron Hubbard, Dianetics (Los Angeles: Bridge Publications, 1950) na capa inter-
na, and "Your Scientology Organizations Across the World", The Auditor 1992, con-
tra capa.
35. Richard Behar, "The Thriving Cult of Greed and Power," Time (6 May 1991): 50.
36. Behar 52-55.
37. Behar 51.
38. Behar 53.
39. Behar 56.
40. Behar 55.
41. Terry 245.
42. Vincent Bugliosi and Curt Gentry, Helter Skelter (1974; New York: Bantam Books,
1988) 300. 43. Bugliosi, entire.
44. William Josiah Sutton, The New Age Movement and The Illuminati 666 (USA: Insti-
tute of Religious Knowledge, 1983) 133.
45. Sutton 105-146.
46. Terry 181, 307.
47. Terry 343-344, 386.
48. Terry.
49. Miller usa a palavra "exotérico" para explicar que Karl Kellner adotou essa socie-
dade esotérica fora da obscuridade de dentro da hierarquia no Grande Oriente, cri-
ando uma Ordem separada que foi registrada publicamente. Seus rituais, no entan-
to, permanecem esotéricos.
50. Miller 679.
51. Miller 723.
52. Miller 588, 457, 525, 532, 679.
53. "Blavatsky, Helena Petrovna", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
54. Stoddard, Light-bearers of Darkness 26-29.
55. Miller 604-605.
56. Stoddard, Light-bearers 56, 60, 61.
57. Miller 533, 548.
58. Stoddard, Light-bearers 49.
59. Stoddard 28-48.
60. A ligação de Hitler com a Nova Era da Maçonaria Inglesa será documentado nos
Capítulos 22 e 23.
61. "Is Freemasonry Part Of The New Age Movement?" Newswatch Magazine 7.9
(June 1987) 7-8.
62. Newswatch.

759
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

63. "Satanic Worship Reaches New Heights", World Intelligence Review 77 (May 1989)
5, 17-18 and Dr. John Coleman, Witchcraft in Politics Today, audio cassette, rec.
Jan.1984, Christian Defense League, Box 449, Arabi, LA 70032.
64. "Satanic Worship".
65. "Satanic Worship".
66. Associated Press, "Bruises found on Railey's son", Longview Morning Journal 13
March 1988: 6-A.
67. Newswatch 7-8.
68. Newswatch
69. Newswatch
70. Newswatch
71. Manley Hall 48.
72. Constance Cumbey, "Is the Antichrist in the world today?" entrevista com o Dr. Emil
Gaverluk (Oklahoma City: Southwest Radio Church, 1982) 4. Constance Cumbey,
autora de The Hidden Dangers of the Rainbow, 1983, afirma que o Movimento da
Nova Era “é uma rede de muitas, muitas organizações. Eu tenho um diretório que
lista 500 redes apenas. Eu tenho outro diretório com 3.700 organizações listadas.
Outro diretório mostra organogramas incríveis."
73. Stoddard, Light-bearers 105.
74. Jim Shaw, "The Degrees of the Adepts: Scottish Rite Series," audio cassette, Fita
do Ministério do Rev. Jim Shaw, Box 884, Silver Springs, Florida 32688
75. "A Strong Delusion", The Prophecy Newsletter 1.5 (?):6-7.
76. John Coleman, "The Beast Marks South Africa", World Economic Review (July
1986): 7.
77. John Coleman, "Special Report from South Africa", World Economy Review 55
(July 1987): 17.
78. Peter Lalonde, "American Health Magazine: Metaphysics Belief on Rise", The
Omega-Letter 1.12 (Dec.1986): 12.
79. Strong, Greek #646.

Capítulo 17
1. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 55.
2. Myron Fagan, The illuminati, audio cassette, rec. 1967 (transcrito de dois audio
cassettes por Sons of Liberty, 1985) 8.
3. Salem Kirban, Satan's Angels Exposed (Rossville, GA: Grapevine Book Distribu-
tors, 1980) 161-164.
4. Stoddard, Trail of the Serpent 140.
5. Dillon 84.
6. Miller 266, 272-274.
760
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

7. Dillon 83-85.
8. Miller 242, 249-250, 275-276, 723.
9. Webster, Secret Societies 356.
10. ex-Comissário Russo, Trotsky and the Jews behind the Russian Revolution (1937;
Metairie, LA: Sons of Liberty, 1980) 31.
11. Dr. Carroll Quigley estudou ciência política em Harvard, persistiu no estudo privado
da teoria psicológica moderna por mais de trinta anos, foi membro da Sociedade
Antropológica Americana, Associação Econômica Americana para o Avanço da Ci-
ência, bem como a Associação Histórica Americana.
12. Carroll Quigley, Tragedy and Hope (1966; Los Angeles: Angriff Press, 1974) 950.
13. Em 3 de Março de 1975, o Washington Post discorreu sobre a história de Quigley,
entitulada "The Professor Who Knew Too Much." Quando ele morreu, em 6 de Ja-
neiro de 1977, sozinho e melancólico, o Post publicou seu obituário.
14. Cleon W. Skousen, The Naked Capitalist: Revisão e comentário no livro do Dr.
Carroll Quigley TRAGEDY AND HOPE (Salt Lake City: privately printed, 1970) 5.
15. Quigley 212-216. A Itália rompeu com a Aliança e ficou do lado dos Aliados na 1ª
Guerra Mundial.
16. Knight, Jack the Ripper 81-82.
17. Knight 88.
18. Knight 83.
19. Knight 84.
20. Knight 164-165.
21. Knight 162.
22. Knight 165.
23. Knight.
24. Knight, 86, 89.
25. Gary Allen and Larry Abraham, None Dare Call It Conspiracy (Rossmore, CA:
Concord Press, 1971) 17-35.
26. "World Wars (Sarajevo, the July crisis, and the outbreak of war)", Encyclopaedia
Britannica: Macropaedia.
27. de Poncins, Secret Powers 93-94.
28. Stoddard, Light-bearers of Darkness 99.
29. de Poncins, Secret Powers 77.
30. de Poncins 84-85.
31. de Poncins 85.
32. de Poncins.
33. Wilgus 197.
34. Fisher 217.
35. "Black Hand", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia and "Balkans, History of the;
(Ill. The Balkans after 1914)", Encyclopaedia Britannica: Macropaedia.
36. Miller 601.

761
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

37. Miller 601-602.38. Miller 602.


39. "World Wars (Sarajevo, the July crisis, and the outbreak of war)", Encyclopaedia
Britannica: Macropaedia.
40. de Poncins, Secret Powers 86.
41. Larry Gerber (AP), "Helena Navratilova: The assassination that triggered WWI",
Longview Daily News 3 July 1984: 9B.
42. de Poncins, Secret Powers 79.
43. de Poncins 78.
44. Miller 602.
45. de Poncins 80-84.
46. de Poncins 80.
47. "World Wars (Sarajevo, the July crisis, and the outbreak of war)", Encyclopaedia
Britannica: Macropaedia.
48. de Poncins, Secret Powers 87.
49. Allen 65. O "Coronel" House era o líder da fraternidade bancária internacional. Ele
manipulou o presidente Woodrow Wilson como um fantoche. Wilson o chamou de
"meu alter ego". House desempenhou um papel importante na criação do Sistema
de Reserva Federal, introdução do imposto de renda graduado e introdução da
América na 1ª Guerra Mundial. A influência de House sobre Wilson é um exemplo
que, no mundo da super-política, os verdadeiros governantes nem sempre os que
são vistos pelo público.
50. de Poncins, Secret Powers 87.
51. Haywood, "Wilson, Woodrow", Mackey's Encyclopedia.
52. de Poncins, Secret Powers 87.
53. de Poncins 87.
54. Miller 602.
55. de Poncins, Secret Powers 87.
56. de Poncins 88.
57. de Poncins.
58. de Poncins 89.
59. de Poncins.

Capítulo 18
1. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 156.
2. "Kossuth, Lajos or Louis", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
3. "Kossuth."
4. "Kossuth."
5. "Kossuth."
6. de Poncins, Secret Powers 74.
762
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

7. de Poncins.
8. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 156.
9. "Hungarian National Council", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia.
10. de Poncins, Secret Powers 69.
11. de Poncins75.
12. de Poncins 69.
13. de Poncins 75.
14. "Hungarian National Council".
15. "Hungarian".
16. "Hungarian".
17. de Poncins, Secret Powers 122.
18. de Poncins.
19. de Poncins 124.
20. "Hungarian".
21. de Poncins, Secret Powers 157-158.
22. John Coleman, "Black Nobility Unmasked", audio cassette, 1984.
23. Texe Marrs, "Gorbachev and Masonry", Flashpoint, (September 1990): 2.

Capítulo 19
1. "Russia", Mackey's Encyclopedia, vol.11.
2. de Poncins, Secret Powers 139.
3. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 156.
4. de Poncins, Vatican 136-137.
5. de Poncins, Vatican 155.
6. de Poncins.
7. Quigley, Tragedy and Hope 950.
8. de Poncins, Secret Powers 138.
9. Epperson, Unseen 325.
10. de Poncins, Vatican 99-100.
11. Chaitkin 299 and Miller 489. Veja cap. 12 deste volume.
12. Miller 489.
13. Kirban 149.
14. Stoddard, The Trail of the Serpent 139. William R. Denslow em 10,000 Famous
Masons nos informa que Nicolay Ivanovich Novikof (1744-1818) tentou fundar es-
colas Masonicas quando Catherine, a Grande, ordenou sua prisão. Então, ela tra-
vou uma guerra contra a Maçonaria. (vol.111, p. 276).
15. "Paul I", Mackey's Encyclopedia, vol. 2.
16. "Alexander I", Mackey's Encyclopedia, vol.1.

763
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

17. "Alexander I". Depois que Alexander I juntou-se à Maçonaria, ele cercou-se de
irmãos Maçons. Mas, em 1922, os reis Europeus o convenceram do perigo da Ma-
çonaria, altura em que ele foi banido da Ordem. Alguns dos mais poderosos Ma-
çons da sua corte estão listados em 10,000 Famous Freemasons de Deslow:
Alexander A. Gerebzov - O Major-General Russo foi criado em uma loja de Pa-
ris e abriu a Loja do Grande Oriente Les Amis Reunis em São Petersburgo, em 10
de junho de 1802. Sua loja, uma loja militar, estava impregnada de idéias France-
sas, e representou o ramo "liberal" da Maçonaria Russa, acreditando na abolição
da religião, das diferenças nacionais e sociais e na formação de uma verdadeira
irmandade do homem. (vol.11, p.106);
Conde Alexander I. Ostermann Tolstoi (1770-1837) - General de Infantaria Rus-
so que se distinguiu nas guerras contra Napoleon. Membro Loja do Grande Oriente
Les Amis Reunis em São Petersburgo. (vol.111, p.294);
Konstantin Pavlovich (1779-1831) - segundo filho de Paul I e irmão de Alexan-
der I. Tanto ele como Alexander foram iniciados na Maçonaria ao mesmo tempo.
Paviovich tornou-se um membro da Grande Loja Les Amis Reunis. (vol.111, p.
320);
Mikhail M. Speransky (1772-1839) - iniciado em uma reunião secreta da Grande
Loja Estrela Polar (algumas vezes referida como Estrela do Norte) a pedido de
Alexander I. Mais tarde, ele foi membro de um comitê governamental para exami-
nar o tatus político de todas as lojas Maçônicas (vol. IV p.174);
Conde Pavel Andreevich Shuvalov (1773-1823) – ajudante de campo do Impe-
rador Alexander I, foi eleito governante da Grande Loja Diretora Russa em 1814
para substituir Boeber. A Grande Loja estava tão dividida com a dissensão, que
Shuvalov recusou o cargo e o Conde Mussin-Pushkin-Bruce foi eleito em seu lugar.
(vol. IV, p.137);
Conde Mussin-Pushkin-Bruce - conselheiro secreto Russo e camareiro do Im-
perador Alexander I, foi chefe da Grande Loja Diretiva da Rússia em 1814. Tam-
bém Grão-Mestre da Loja Astrea do Grande Oriente em 1815. Ele recebeu o edito
em 1º de agosto de 1822, de Alexander I, para fechar todas as suas lojas do Gran-
de Oriente. (vol. III p.250);
Conde Adam Rgevussky foi Grão-Mestre da Grande Loja Russa Astrea do
Grande Oriente em 1820, seguindo o Conde Mussin-Pushkin-Bruce. Seu vice-
Grão-Mestre foi o Príncipe Alexander Lobanov-Rostovsky, membro honorário de
várias lojas Polonesas em Varsóvia e Cracóvia. (vol. IV; p.29);
Sergei Stepanovich Lanskoy (1787-1862) foi vice-Grão-Mestre da Grande Loja
Provincial da Rússia em 1817. Lanskoy também recebeu o edito em 1º de agosto
de 1822, de Alexander I, para fechar todas as suas Grandes Lojas. (vol. III, p.54);
Aleksander S. Pushkin (1799-1837) - poeta russo e Maçom. (vol. III, p.372).
18. "Alexander I".
19. "Russia".

764
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

20. Epperson, Unseen 100-101.


21. "Russia".
22. Stoddard, Trail 139.
23. Miller 36.
24. Miller 36-37.
25. Stoddard, Trail 138. Metternich usou a palavra "Niveladores" para indicar a destrui-
ção da Maçonaria do Grande Oriente Templária. "Niveladores" era o nome original
na Inglaterra da Maçonaria Escocesa Templária de Stuart, mais tarde levada para
a França. Lá, ela se tornou o Rito Escocês e fundiu-se com o Grande Oriente, em
1801.
26. Stoddard, Trail 140.
27. Fisher 218.
28. Clarence Kelly, Conspiracy against God and Man (Boston: Western Islands, 1974)
211.
29. Baigent et al, Messianic Legacy 146-147.
30. Epperson, The New World Order 67.
31. Miller 267.
32. Miller 218-219, 490-491.
33. Miller 492-493.
34. Stoddard, Trail 107.
35. W. Bruce Lincoln, The Romanous (New York: Doubleday, 1981) 437-447.
36. Epperson, Unseen 101.
37. Epperson 378-379.
38. Epperson, New World Order 123.
39. Epperson 220.
40. Epperson, Unseen 101.
41. Lincoln 655.
42. Epperson, Unseen 101.
43. Epperson 101-102.
44. Commissar 25.
45. Fagan, The Illuminati 8. A transcrição das duas fitas de áudio de Fagan está nos
arquivos do autor.
46. Epperson, Unseen 102.
47. "Russia and the Soviet Union, History of (The Dumas)", Encyclopaedia Britannica:
Macropaedia.
48. Baigent et al, Messianic Legacy 147.
49. Helga Zepp-LaRouche, The Hitler Book (New York: New Benjamin Franklin House,
1984) 88.
50. Commissar 10-11.
51. Commissar 14-15.
52. Commissar 16.

765
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

53. "Russia".
54. Commissar 31.
55. Stoddard, Trail 140.
56. Lincoln 631.
57. Lincoln.
58. Stoddard, Trail 140.
59. Quigley 101.
60. "Nicholas II of Russia", Encyclopaedia Britannica: Macropaedia.
61. A Primeira Internacional foi fundada sob o nome de Associação Internacional dos
Trabalhadores, em uma reunião de massa em Londres, em 28 de setembro de
1864. Karl Marx foi eleito um dos 32 membros do Conselho Geral provisório e, de
uma só vez, assumiu sua liderança. Dissolveu-se em julho de 1876 entre conflitos.
A Segunda Internacional foi fundada no grande congresso Maçônico de Paris, em
julho de 1889. Era uma federação frouxa que não constituiu um órgão executivo
até onze anos depois que foi fundada. Sediada em Bruxelas, lá foi realizada sua
segunda reunião, em 1891. Em 1912, representava os partidos socialistas em todo
o mundo. Lenin era um dos membros. A 1ª Guerra Mundial dividiu a Segunda In-
ternacional entre facções de direita e esquerda. A ala direita era pacifista, queren-
do acabar com a guerra. A ala esquerda, liderada por Lenin, queria aproveitar a
Guerra Mundial para instigar guerras civis em todas as nações monarquistas. Dois
anos depois, Lenin liderou a Revolução Bolchevique na Rússia. Em 1919, seu par-
tido ficou conhecido como o Comintern, ou Terceira Internacional, hoje conhecida
como Partido Comunista. Trotsky fundou a Quarta Internacional enquanto exilado
no México. É responsável por todos os movimentos Comunistas Sul-Americanos.
62. Webster, Socialist Network 40-50.
63. Commissar 23.
64. Quigley 243-244.
65. Knight, The Brotherhood 283.
66. Commissar 20.
67. Commissar.
68. Miller 466.
69. History of the Times: 1912-1920, vol. IV (New York: Macmillan, 1952) 244.
70. "The British Mandate and the Zionists", Encyclopedia of Jewish History, 1986 ed.,
139.
71. James A. Malcolm, Origins of the Balfour Declaration 1. Este documento é mantido
pelo Museu Britânico e pela Biblioteca da Universidade de Harvard. Uma cópia es-
tá em posse do autor.
72. Malcolm 2.
73. Malcolm 3-4.
74. Malcolm 5.
75. Malcolm.

766
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

76. Malcolm 7.
77. Malcolm.
78. Malcolm 8.
79. Malcolm.
80. Quigley 385.
81. Commissar 22.
82. Fagan, The illuminati 18-19.
83. Fagan 19.
84. Commissar 26.
85. Fagan 19.
86. Commissar 27.
87. Kelly, Conspiracy 4.
88. Commissar 28.
89. Commissar 30-31.
90. Commissar 32-33.
91. Commissar 20.
92. Knight, The Brotherhood 283.
93. Commissar 34-35.
94. Quigley 386.
95. Knight, The Brotherhood 283.
96. "Russia".
97. de Poncins, Secret Powers 127.
98. de Poncins, Secret Powers 128.
99. de Poncins, Secret Powers 128-129.
100. Cópias dessas duas cartas estão nos arquivos do autor.
101. Victor E. Marsden, Jews in Russia (Metairie, LA: Son's of Liberty, n.d.) 7-23.
102. Pinay, The Plot Against the Church 112.
103. Pipes 102.
104. Commissar 35-36.
105. Commissar.
106. Captain Montgomery Schuyler's General Report on June 9, 1919, to the Chief of
Staff, Siberia, está arquivado nos Arquivos Nacionais dos Estados Unidos na Divi-
são de Registros de Guerra; uma cópia está em posse do autor.
107. de Poncins, Secret Powers 148.
108. Knight, The Brotherhood 290.
109. de Poncins, Secret Powers 149-150.
110. de Poncins.
111. de Poncins 150.
112. de Poncins 151.
113. Commissar 38-43.

767
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

114. Commissar 45-46. Um dos Maçons Judeus mais poderosos do mundo trouxe alívio
para a fome na Ucrânia. Ele era 33º grau, Dr. Armand Hammer (falecido aos 92
anos, em 10 de dezembro de 1990). Hammer negou ter ingressado no Partido
Comunista, mas seu pai o fez. Em sua autobiografia Hammer, 1987, página 15,
Armand Hammer disse: "Como um jovem médico recém-qualificado, fui para a
Rússia em 1921 para trabalhar nos Urais entre as vítimas da fome e uma epidemia
de tifo. Por fornecer grãos muito necessários aos Russos famintos, fui pessoalmen-
te agradecido por Lenin, que me levou sob as asas do seu patrocínio".
115. de Poncins, Secret Powers 149 and Miller 615, 723.
116. de Poncins 144.
117. de Poncins 144-145.
118. William T. Still, New World Order 142.
119. Still 142.
120. Still.
121. Registrado no capítulo 17.
122. Stoddard, Trail 140-141.
123. de Poncins, Secret Powers 155.
124. Knight, The Brotherhood 283.
125. Baigent et al, Messianic Legacy 148-149.
126. Knight, The Brotherhood 284.
127. James Pool and Suzanne Pool, Who Financed Hitler? (New York: Dial Press, 1978)
103.
128. "Stalin - A time for Judgement", WROC (channel 9 cable) Rochester, New York, 4
June 1990.
129. Quigley 395.
130. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 102.
131. E. Matthews, What is Communism? white paper, 9-10.
132. de Poncins, Vatican 102.
133. Most Rev. Francis Clement Kelley, Blood Drenched Altars (1935; Rockford, IL: Tan
Books, 1987) entire.
134. Wilgus 198-208. A CHEKA foi renomeada para GPU em 1922 e depois alterada
para NKVD em 1934; mudou novamente para MGB em 1944 e, finalmente, para
KGB em 1954. A Quarta Internacional Comunista voltou a assombrar a América do
Sul. Dezoito anos após o assassinato de Trotsky, a Maçonaria do Grande Oriente
estava novamente cooperando com o Comunismo, desta vez ao sul de nossa fron-
teira. Esta atividade, no entanto, não foi detectada pela Igreja Católica. Em 20 de
fevereiro de 1959, a Assembléia Plenária de Cardeais, Arcebispos e Bispos da Ar-
gentina, sob a presidência do cardeal Caggiano, publicou uma longa declaração
coletiva sobre a Maçonaria, da qual cita de Poncins:
"Em 1958, a Quarta Conferência Anti-Americana da Maçonaria, que foi realiza-
da em Santiago, no Chile, declarou que 'a Ordem ajuda todos os seus membros a

768
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

obter postos importantes na vida pública das nações'. Depois disso, veio uma dis-
sertação sobre o tema "A Defesa do Laicismo", a ser seguido por instruções quan-
to à novas táticas a serem adotadas pela Maçonaria, que coincidem com as últi-
mas instruções da Internacional Comunista. Os Maçons devem trabalhar para o
triunfo do laicismo em todas as esferas da vida, e os Comunistas devem subverter
a ordem social, a fim de criar um terreno favorável para alcançar seus objetivos. É
assim que a instrução está redigida: Intensificar a campanha de laicização através
da influência intermediária dos diferentes partidos políticos; Tentar aplacar o alar-
me da Igreja Católica em relação à Maçonaria, evitando a ação Maçônica direta;
Intensificar a ação que irá perturbar a unidade dos movimentos da classe trabalha-
dora, para que eles possam facilmente ser sufocados depois. Maçonaria e Comu-
nismo, no momento, estão perseguindo o mesmo objetivo na América Latina, razão
pela qual devem tentar trabalhar juntos da melhor maneira possível, sem permitir o
menor sinal de que sua aliança possa se tornar pública.
De 26 a 28 de março de 1959, o Segundo Congresso Internacional para a Fra-
ternidade Universal foi realizado em Montevidéu, durante a Semana Santa. O pro-
pósito desse Congresso era para "subordinar o ideal Maçônico da fraternidade
universal para a expansão da Internacional Comunista Soviética". (de Poncins,
Freemasonry and the Vatican, 153).
Da mesma forma, na África, a Maçonaria e o Comunismo eram camaradas. Em
1961, Dom Perraudin, Arcebispo de Ruanda na África, ao retornar da Europa, en-
dereçou uma carta aos padres de sua diocese. A carta foi citada na Revista Católi-
ca Verbe, julho-agosto de 1961, da qual de Poncins cita: "É impossível fazer uma
breve descrição nesta carta de todas as viagens e abordagens que fiz na Europa.
Minhas visitas e contatos têm me mostrado o quanto eles nos apoiam na Europa
nestes tempos difíceis. Eu encontrei muitos gestos de ajuda mais louváveis e ge-
nerosos. Minha impressão dominante, no entanto, é que uma consideração insufi-
ciente é levada em consideração na Europa a respeito da amplitude da luta pela
qual toda a África é o prêmio; o Comunismo e a Maçonaria estão fazendo uma
aposta satânica por isso, e os mais velhos dos países Cristãos não entendem sufi-
cientemente que é a Igreja, da qual eles são membros, sua própria Igreja, que está
em perigo mortal na África ..." (de Poncins, Vatican, 154).
135. Phillip Knighdey, The Master Spy (New York: Alfred A. Knopf, 1988) 90-91.
136. Knightley 37, 91-92.
137. Robert Dreyfuss, Hostage to Khomeini (New York: New Benjamin Franklin House,
1980) 119.
138. Knightley 28-30, 38.
139. Knightley 99, 116.
140. Knightley 147.
141. Knightley 192.
142. Dreyfuss 229.

769
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

143. Dreyfuss 217-219.


144. Knightley 258.
145. Knightley 255.
146. Texe Marrs, "Gorbachev and Masonry", Flashpoint (Sept.1990) 2.
147. Georgia Anne Geyer, "After six years, Mikhail Gorbachev left office and achieved
greatness", Longview News Journal 1 Jan. 1992, 4-A.

Capítulo 20
1. Nilus, Protocols 235.
2. de Poncins, Secret Powers 168.
3. de Poncins 153.
4. de Poncins 153-154.
5. Knight, Jack the Ripper 160.
6. Knight 169.
7. Knight, The Brotherhood 305.
8. Yallop 141.
9. Yallop 287.
10. Yallop 141, 287, 298, 316.
11. Knight, Jack the Ripper 167.
12. Knight 166.
13. Knight 176.
14. Knight, The Brotherhood 52.
15. Knight 53.
16. Knight, Jack the Ripper 15.
17. John Coleman, Update on Secret Societies, audio cassette, rec. 1984, CDL, Box
449, Arabi, LA. e The Future of Latin America, audio cassette, rec. 1985, CDL.
18. Miller 575.
19. Pike, Morals and Dogma 744.
20. "Cabala", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.1.
21. Epperson, The New World Order 67.
22. Nilus, Protocols 230-235.

770
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

Capítulo 21
1. "League of Nations and Masonry" e "War II, World, and Freemasonry in Europe",
Mackey's Encyclopedia, vol. 3.
2. Quigley 129.
3. "Rhodes' 'Confession of Faith' of 1877", Conspiracy Digest 4.4 (Fall 1979): 8.
4. "Rhodes' 'Confession of Faith' of 1877", Conspiracy Digest (Winter 1979-80): 8.
5. "Rhodes' 'Confession of Faith"'.
6. W. Cleon Skousen, The Naked Capitalist (Salt Lake City: Privately printed, 1970)
54.
7. Quigley 130.
8. Skousen 25-28.
9. Quigley 130-131.
10. "Rhodes' 'Confession of Faith' of 1877," Conspiracy Digest 4.4 (Fall 1979): 8.
11. "Rhodes Scholarship", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia. De acrodo com
10,000 Famous Freemasons de William R. Denslow, o primeiro bolsista Rhodes se
tornou um Maçom Inglês trabalhando duro para a conspiração Maçonica Inglêsa.
Seu nome era Sir Ellis Robins, Americano de nascimento, nascido em 1884 na Fi-
ladélfia. Graduado na U. da Pensilvânia, ele foi escolhido como o primeiro Bolsista
Rhodes para a Oxford U., na Inglaterra. Ele se tornou diretor residente na África da
Companhia Britânica da África do Sul na Rodésia. Em 1933, ele foi feito um co-
mandante da Ordem de São João de Jerusalém. Ele se tornou o distrito Grão Mes-
tre distrital da Rodésia em 1937, bem como grande inspetor dos capítulos do Arco
Real lá. Ele foi nomeado Grande Diácono da Grande Loja da Inglaterra em 1934.
(vol. IV, p.51).
12. Council on Foreign Relations 1980 Annual Report (New York: Harold Pratt House,
1980) 129.
Não encontrei documentação de que Billington seja Maçom, mas ele é bem-
educado na conspiração Maçônica. Aceitando o fato de que ele não é Maçom, ten-
de a provar que os bolsistas Rhodes e membros do CFR não precisam ser Ma-
çons; no entanto, eles estão trabalhando duro para a conspiração Maçônica Ingle-
sa, como os trabalhos de Billington confirmam.
13. James A. Billington, Fire in the Minds of Men (New York: Basic Books, 1980) 92.
14. Billington 91.
15. Billington 110-111 e suas notas de rodapé 159-161.
16. Billington 3.
17. Fagan 8.
18. White, Dark Ages 26.
19. Quigley 132.
20. Quigley.

771
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

21. H.G. Wells, Anticipations of the Reaction to Mechanical and Scientific Progress
Upon Human Life and Thought (New York: Harper and Brothers, 1902) 285.
22. Quigley 144.
23. Quigley 950.
24. H.G. Wells, Experiments in Autobiography (New York: Macmillan Co., 1934) 653.
25. White 6-7
26. White 9-10.
27. White 196-197.
28. White 11.
29. "Wilson, (Thomas) Woodrow", Encyclopaedia Britannica; Micropaedia.
30. "League of Nations and Masonry".
31. "Paris Peace Conference", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia.
32. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 51-52.
33. de Poncins 51.
34. de Poncins 52.
35. de Poncins 52-53.
36. de Poncins.
37. de Poncins 53-54.
38. de Poncins 54.
39. de Poncins 54-55.
40. de Poncins 55.
41. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 57.
42. de Poncins 57.
43. Pool and Pool, who Financed Hitler? 179.
44. Pool and Pool.
45. Pool and Pool.
46. Epperson, Unseen 261.
47. Pool and Pool 177
48. Stoddard, Light-bearers 15. Com esse discurso de 1923, as portas foram abertas
para a Alemanha entrar na Liga. das Nações. O Maçom Alemão Gustav Strese-
mann (1878-1929), membro da Loja Friedrich der Grosse e membro honorário da
Grande Loja Zu den 3 Weltkugeln, foi chanceler da Alemanha em 1923 e ministro
de Relações Exteriores, 1923-1929, durante os anos difíceis após a 1ª Guerra
Mundial. Ele garantiu a Alemanha admissão à Liga das Nações em igualdade de
condições com as grandes nações. Seu discurso diante da Liga das Nações, bus-
cando a admissão Alemã, estava cheio de conotações Maçônicas: "O divino Arqui-
teto da terra criou a humanidade, não como uma unidade conformada, mas como
pessoas de sangue diferentes que expressam suas almas em sua própria língua.
Mas a vontade suprema da ordem divina não é que uns se voltem contra os outros,
mas para se ajudarem mutuamente, a fim de alcançarem um desenvolvimento su-
perior". No final do discurso, ele deu um sinal Maçônico, garantindo a entrada da

772
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

Alemanha na Liga. Mais tarde, os Nazistas disseram que ele "usurpou sua partici-
pação na Maçonaria por propósitos políticos" (Denslow, 10.000 Famous Freema-
sons, vol. IV, p. 202).
49. Gary Allen and Larry Abraham, None Dare Call It Conspiracy (Rossmoor, CA:
Concord Press, 1971) 78.
50. Fisher 248-250.
51. Allen 79.
52. Quigley 132 and Chaitkin 385.
53. John Daniel, Scarlet and the Beast: English Freemasonry, Banks, and the illegal
Drug Trade (Tyler, TX: Jon Kregel, Inc. 1995) entire.
54. Quigley 952.
55. Still 157.
56. John A. Stormer, None Dare Call It Treason-25 Years Later (Florissant, MO: Liberty
Bell Press, 1990) 186.
57. Allen 82 and Epperson, Unseen 169, 196.
58. Still 158.
59. Wilgus 203-204.
60. Stormer 186 and Skousen 54.
61. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 57.
62. de Poncins.
63. Wilgus 202-204.
64. Skousen 52.

Capítulo 22
1. Helga Zepp-LaRouche, The Hitler Book (New York: New Benjamin Franklin House,
1984) 16.
2. Frederic Morton, Thunder at Twilight (New York: Charles Scribner's Sons, 1989 3-
23.
3. Morton 13-14.
4. Morton 58.
5. Morton 151.
6. Zepp 37.
7. "Lytton, Edward George Earle Bulwer-Lytton", Encyclopaedia Britannica: Micropae-
dia.
8. Richard Oilman, "The mysterious influence of Edward Bulwer-Lytton", Conspiracy
Digest 3.2 (Spring 1978): 1.
9. Oilman, "Bulwer-Lytton" 2-3.
10. Miller 499-512.
11. Oilman, "Bulwer-Lytton" 2-4.
773
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

12. Charles Walker, Atlas of Secret Europe (New York: Dorset Press, 1990) 146.
13. "Famous Masons", Mackey's Encyclopedia, vol. 3.
14. Oilman, "Bulwer-Lytton" 4.
15. Oilman 1.
16. Oilman 2, 4.
17. Kalimtgis et al 182.
18. Walker 146-147.
19. Oilman, "Bulwer-Lytton" 3-4.
20. "Kipling, Rudyard", Mackey's Encyclopedia. vol.1.
21. Oilman, "Bulwer-Lytton" 2.
22. Miller 679.
23. Carol White, The New Dark Ages Conspiracy (New York: New Benjamin Franklin
House, 1980) 115 e "Wagner, (Wilhelm) Richard", Encyclopaedia Britannica: Mi-
cropaedia.
24. Oilman.
25. Oilman.
26. Oilman 2-3.
27. James Pool and Suzanne Pool, who Financed Hitler? (1948; New York: The Dial
Press, 1978) 122.
28. Oilman, "Bulwer-Lytton" 3.
29. Kalimtgis et al 182.
30. Wulf Schwarzwaller, The Unknown Hitler (1989; New York: Berkley Books, 1990)
54.
31. Oilman,"Bulwer-Lytton" 1.
32. Schwarzwaller 100.
33. "Kitchener, Viscount Horatio Herbert", Mackey's Encyclopedia, vol.1.
34. Zepp 88.
35. John Toland, Adolf Hitler (1976; New York: Galantine Books, 1984) 87.
36. Schwarzwaller 59.
37. Kalimtgis et al 215-216.
38. Baigent et al, Messianic Legacy 159.
39. Zepp 95-96.
40. Schwarzwaller 100.
41. Kalimtgis et al 182, 215.
42. Gilman, "Bulwer-Lytton" 3. Depois de ser julgado em Nuremberg, Hess não foi
executado, aparentemente porque ele era um irmão Maçom. Ele recebeu senten-
ção de prisão em confinamento solitário, isso para manter o envolvimento Britânico
na criação de Hitler em silêncio. Em 1988, aos 94 anos, Hess morreu na prisão
com seu segredo intacto.
43. Morton 196.
44. Miller 679.

774
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

45. Zepp 53.


46. Zepp 65.
47. Zepp 70-71.
48. Zepp 67.
49. Zepp 97. (Veja também a nota 69)
50. Zepp 97.
51. Pool and Pool 7.
52. Pool and Pool 8.
53. Zepp 86-87.
54. Richard Gilman, "Nazis, Mystics, and Islam: In search of the Nazi-Muslim Connec-
tion", Conspiracy Digest 2.3 (Summer 1977): 7
55. Pool and Pool 8.
56. Pool and Pool 8.
57. Zepp 95.
58. Schwarzwaller 57. Schwarzwaller alega que Eckart também rompeu com o Rosa-
crucianismo, o que só pode significar que ele se separou da Aurora Dourada. Mas,
quando consideramos que ele era um membro da Sociedade Thule, e a Sociedade
Thule adotou a mesma doutrina Luciferiana do Amanhecer Dourado e da Teosofia
de Blavatsky, Eckart ainda era um Rosacruz.
59. Gilman, "Nazis" 6 and Epperson, New World Order 130-131.
60. Epperson 130.
61. Schwarzwaller 56-57.
62. Pool and Pool 8.
63. Pool and Pool 9.
64. Gilman, "Nazis" 6.
65. Zepp 252-253.
66. Pool and Pool 270.
67. Pool and Pool 8.
68. Pool and Pool 20.
69. Pool and Pool.
70. Zepp 105.
71. Baigent et al, Holy Blood, Holy Grail 164, 450. Baigent diz: "No início de 1944,
quando Gisors foi ocupado pelo pessoal Alemão, uma missão militar especial foi
enviada de Berlim com instruções para planejar uma série de escavações sob a
fortaleza". (Gisors, como você se lembra do capítulo 1, foi a casa do primeiro Grão-
Mestre do Priorado de Sião.) Hitler também enviou uma expedição a Rennes-le-
Chatean, no sul da França, em busca dos tesouros dos Templários.
72. Baigent et al, Messianic Legacy 161.
73. Church 57.
74. Church 64.
75. Church 65.

775
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

76. Church 43.


77. Church 65.
78. Zepp 98.
79. Church 68.
80. Church 69.
81. Daniel, Scarlet and the Beast, chapter 1.
82. Infield 19-22.
83. Infield 20.
84. Schwarzwaller 26.
85. Zepp 102.
86. Zepp 102-105.
87. Zepp.
88. Dusty Sklar, The Nazis and the Occult (New York: Dorset Press, 1977) 21.
89. Schwarzwaller 26.
90. Zepp 104.
91. Walker 242 and Stoddard, Trail 242.
92. Gilman, "Nazis" 8.
93. Baigent et al, Messianic Legacy 147.
94. Douglas Hill and Pat Williams, The Supernatural (New York: Signet Books, 1965)
105.
95. Epperson, New World Order 131
96. Gilman, "Nazis" 8 and Sklar 64.
97. Pool and Pool 176.
98. Pool and Pool 193.
99. Schwarzwaller 56.
100. Gilman, "Nazis" 7.
101. Schwarzwaller 58-59.
102. Schwarzwaller.
103. Schwarzwaller 59.
104. Schwarzwaller 59-60.
105. Pool and Pool 70.
106. Baigent et al, Messianic Legacy 155.
107. Epperson, New World Order 131.
108. Gilman, "Nazis" 7-8.
109. Schwarzwaller 100.
110. Baigent et al, Messianic Legacy 153.
111. Zepp7l-72.
112. Fisher 222.
113. Fisher 223.
114. Pool and Pool 122.
115. Pool and Pool 270-271.

776
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

116. Pool and Pool 421.


117. Pool and Pool 421.
118. Pool and Pool 425.
119. Pool and Pool 185, 195.
120. Charles Higham, Trading With The Enemy (New York: Dell Books, 1983) 53.
121. Higham 54.
122. Higham 57.
123. Higham 54.
124. Higham 239.
125. Higham.
126. Wilgus 126.
127. "Windsor, Prince Edward, duke of", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia.
128. Higham 201.
129. Higham 202.
130. William R. Denslow, 10,000 Famous Freemasons, vol.II, (Trenton, MO: Missouri
Lodge of Research, 1958) 62.
131. Pool and Pool 87.132. Pool and Pool 88.
133. Pool and Pool 90.
134. Pool and Pool 111.
135. Denslow 62.
136. Quigley 324.
137. "Bank for International Settlements", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia.
138. Higham 24.
139. Higham 29.
140. Higham 27.
141. Denslow, vol. IV, 105. Hjalmar Shacht pertencia à Loja Zur Freundschaft sob a
Grande Loja da Prússia.
142. Higham 23.
143. Quigley 310.
144. Higham 29.
145. Pool and Pool 424.
146. Pool and Pool 424-425.
147. Pool and Pool 425.
148. Pool and Pool 426.
149. Fisher 223 and Denslow, vol.11, 83.
150. John L. Spivak, "England's Cliveden Set", Conspiracy Digest 5.4 (Fall 1980): 1-3.
151. Spivak 1-3.
152. Quigley 133.
153. Spivak 1.
154. Spivak 2.
155. Spivak 1.

777
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

156. White 139.


157. Spivak 1.
158. White 139.
159. White.
160. H.G. Wells, Experiments in Autobiography (New York: Macmillan Co., 1934) 73-76.
161. White 138.
162. Spivak 2.
163. Spivak 2.
164. Spivak 3.
165. Spivak 1.
166. White 139.
167. Spivak 3.
168. White 25.
169. White 140.
170. White 18.
171. Zepp75.

Capítulo 23
1. "Anti-Semitism and Masonry", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol. 3.
2. "War II, World, and Freemasonry in Europe", Mackey's Encyclopedia, vol. 3.
3. "War II".
4. "War II".
5. "War II".
6. Denslow, vol.11, 83.
7. "War II" and Denslow, vol. IV, 398.
8. "WarIl".
9. Higham 26.
10. Denslow, vol. IV, 123.
11. Church 63.
12. Higham 26-27.
13. "War II".
14. "War II" and Denslow, vol.11, 22.
15. Higham 38.
16. Denslow, vol. IV, 3.
17. "War II".
18. Infield 16.
19. "War II".
20. "War II".
21. Denslow, vol.11, 39.
778
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

22. Higham 204.


23. Denslow, vol.11, 236.
24. Denslow, vol. IV, 70.
25. "War II".
26. Fisher 228.
27. Fisher.
28. Fisher 228.
29. de Poncins, Judaism and the Vatican 107.
30. de Poncins.
31. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 164.
32. de Poncins 167.
33. de Poncins 158-159.
34. "War II".
35. "Alfonso XIII", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia.
36. "Juan, Don and Juan, Carlos I", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia.
37. "War II".
38. Zepp 302.
39. Zepp 303-304.
40. Zepp 76.
41. Zepp 77.
42. Zepp.
43. Desmond Seward, Napoleon and Hitler (New York: Viking, 1989) 187.
44. Seward 193.
45. White 148

Capítulo 24
1. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 186.
2. Fisher 223.
3. Quigley 570.
4. Quigley 735-745.
5. Quigley 740-742.
6. Henry C. Clausen and Bruce Lee, Pearl Harbor: Final Judgement (New York:
Crown Publishers, 1992) 149.
7. Fisher 229.
8. Fisher 229-230 and Denslow, vol.111, 38: vol.11, 196.
9. Infield 75.
10. Infield 75, 97.
11. Quigley 688-690, 693-696.
12. Quigley 727.
779
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

13. de Poncins, Vatican 64.


14. Baigent et al, Messianic Legacy 373.
15. de Poncins, Vatican 64, 101, 169.
16. de Poncins 169.
17. de Poncins 64.
18. de Poncins 169.
19. de Poncins 64.
20. de Poncins 180-181.
21. de Poncins 178-179.
22. de Poncins 175.
23. de Poncins 116.
24. As revoluções comunistas em Cuba e Nicarágua revelaram que a Rússia Soviética
não podia confiar em qualquer acordo.
25. de Poncins, Vatican 182-184.
26. de Poncins 186.
27. de Poncins 171.
28. de Poncins 171.
29. de Poncins 64.
30. de Poncins 172-173.
31. de Poncins 173.
32. Fisher 224.
33. Zepp 241.
34. Zepp 234-235.
35. Zepp 235-236.
36. Zepp 236.
37. Fisher 224-225.
38. Fisher 225-226.
39. Fisher 226.
40. Zepp 252, 254.
41. Fisher 227.
42. Zepp 199.
43. "Heuss, Theodor", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia.
44. Zepp 238-239.
45. Zepp.
46. Zepp 239-241 and West 238.
47. Zepp 241.
48. Fisher 23, 282.
49. Zepp 276-277.
50. Zepp28l.
51. Fisher 23, 282.
52. Denslow, vol.11, 236

780
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

53. Zepp 286-287.


54. Zepp 288.
55. Zepp 292, 293, 296 and Knightley 35.
56. Zepp 293.
57. Zepp 290-291.
58. Higham 233.
59. Zepp 301.
60. Denslow, vol. IV, 105.
61. Denslow, vol.11, 39, 83; vol. IV, 70, 123, 282, 398.
62. Knightley 98.
63. Knight, The Brotherhood, entire.
64. Infield 2.
65. Infield 5.
66. Infield 24.
67. Stanley E. Hilton, Hitler's Secret War in South America, 1939- 1945 (New York:
Ballantine Books, 1982) 192-193. As redes Britânicas e Americanas de inteligência
cooperaram, a partir de 1940, e operaram a partir do International Building no
Rockefeller Center, com mais de 1.000 agentes. Era conhecida como Coordenação
de Segurança Britânica (CSB) e era liderada pelo Inglês William Stephenson. "Co-
mo parte de seu aparato para combater o inimigo, a nova organização de Stephen-
son incluía um centro de operações especiais chamado Camp X, no Canadá, na
costa norte do lago Ontário. Foi aqui que os guerrilheiros Britânicos treinaram e ou-
tras missões especiais contra o inimigo foram planejados. A mais famosa dessas
missões foi o assassinato do chefe da Sicherheitsdienst, Reinhard Heydrich, que
foi planejado e praticado no Campo X e executado em 1942 na Checoslováquia.
Uma parte de O Campo X foi a Estação M, um laboratório e equipe responsável
por produzir cartas falsas e outros documentos criados para embaraçar ou enganar
o inimigo". A estação M pode ter entregue uma carta sugerindo que um ciumento
Himmler tinha matado Heydrich.
68. Infield 20.
69. Infield 134.
70. Higham 23, 39.
71. Higham 23.
72. Higham 241.
73. Higham 40
74. Higham 242.
75. Higham 40.
76. Higham 233.
77. Higham 236-237.
78. Zepp 24.
79. Zepp 21.

781
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

80. Martin Short, Inside The Brotherhood: Further secrets of the Freemasons (New
York: Dorset Press, 1989) 14.
81. Zepp 327, 329.
82. Zepp 330-331.
83. Zepp 331.
84. "Satanic Worship Reaches New Heights", World Intelligence Review, May 1989:
16.
85. Zepp 322-323.
86. Zepp 324-325.
87. Knightley 86.
88. Infield 188.
89. Clarkstown Country Club 128.
90. Wilgus 202.
91. Wilgus.
92. Wilgus.
93. Knightley 117.
94. Wilgus 202.
95. Wilgus 203.
96. Epperson, Unseen Hand 308-315. O Senador do estado de Wisconsin Joe McCar-
thy acusou 205 pessoas dentro do Departamento de Estado de serem comunistas,
incluindo o presidente Truman. O que McCarthy fez não sabia era que, ao expor
comunistas na política Americana, ele estava, na verdade, expondo o Conselho
Maçônico de Relações Exteriores (CFR) e os Maçons, muitos dos quais eram Ju-
deus. A Maçonaria viu isso como Hitlerismo mais uma vez. Consequentemente,
McCarthy foi desacreditado. Arthur Goldsmith, Judeu Maçom e membro do Partido
Comunista Americano, fundou a frente Comunista chamada de Comitê Nacional
para um Congresso Efetivo. Foi esse "Comitê" que redigiu as acusações contra o
Senador McCarthy. O advogado de McCarthy também era um Maçom Judeu, que
guiou McCarthy à autodestruição. Esta informação pode ser lida em vários livros
sobre o assunto.
97. Short 399, 407.
98. Denslow, vol.111, 47 and Short 407.
99. Infield 201.
100. Infield 201-202.
101. Infield 203.
102. Curt Gentry, J. Edgar Hoover (New York: Plume, 1992) 206-207.
103. Michael Milan, The Squad (New York: Berkley Books,1992) 3-4.
104. Gentry 329.
105. Gentry 326.
106. Milan, entire.
107. Milan 5.

782
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

108. Wilgus 203-204.


109. Wilgus 204.
110. Infield 203.
111. Yallop 113-114.
112. Baigent et al, The Messianic Legacy 352.
113. Short 398.
114. Wilgus 202.
115. Wilgus 204.
116. Pinay 611.
117. Knightley 149.
118. Zepp 233-234.
119. Wilgus 203-204.
120. Pinay 610.
121. Higham 25 and Fisher 247.
122. E. Raymond Capt, Our Great Seal (Thousand Oaks, CA: Artisan Sales, 1979) 39.
123. Higham 33.
124. Higham.
125. Higham 35.
126. Higham 36.
127. Higham 40.
128. Coleman, fitas de audio cassette; The Drug War Against America, 1984; The Fu-
ture of Latin America, 1984; Narcotics Trade From A To Z, 1986; e Dope Interna-
tional, Ltd., 1987.
129. New Solidarity (17 May 1985): Supplement A and B.
130. David E. Scheim, Contract America: The Mafia Murder of President John F. Kenne-
dy (New York: Zebra Books, 1989) 215.
131. Scheim 71.
132. Scheim, entire.
133. David S. Lifton, Best Evidence: Disguise and Deception in the Assassination of
John F. Kennedy (New York: Carroll & Graf, 1988) entire.
134. Robert D. Morrow, First Hand Knowledge: How I Participated in the CIA-Mafia
Murder of President Kennedy (New York: Shapolsky Publishers, 1992) 162, 181,
195, 199, 205, 207, 242, 249, 263, 285-300.
135. Michael Milan, The Squad (1989; New York: Berkley Books, 1992) 219-229, 276,
back cover.
136. Scheim 230-240.
137. John Coleman, Secrets of the Kennedy Assassination Revealed, Partes 1 e 2, fitas
cassette, rec. 1983 and 1990. Biblioteca de John Daniel.
138. Scheim234.
139. Coleman, Secrets.
140. Yallop, entire.

783
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

141. Zepp 320.


142. Fisher 224.
143. Baigent et al, The Messianic Legacy, Resistance movement in France, 258, 349,
366; in Germany, 328-329.
144. Baigent et al, Messianic Legacy 254.
145. Baigent et al, Messianic Legacy 254.
146. Baigent et al, Messianic Legacy 255.
147. Baigent et al, Messianic Legacy 256.
148. Baigent et al, Messianic Legacy 260.
149. Knight, The Brotherhood 44.
150. Baigent and Leigh, The Temple and the Lodge 95, 99.
151. Baigent et al, Messianic Legacy 357.
152. Baigent et al 358.
153. Baigent et al 358-359.
154. Baigent et al 360. É um fato interessante que, antes do presidente George Bush
invadir o Panamá para capturar Noriega, e antes de Gorbachev reprimir as três na-
ções Bálticas Lituânia, Letônia e Estônia, os dois líderes se reuniram secretamente
durante o outono de 1989 na ilha de Malta, casa dos Cavaleiros de Malta. Teria
cada um feito um acordo para não interferir nos empreendimentos agressivos do
outro?
155. Baigent et al 362.
156. Baigent et al 269.
157. Baigent et al 372.
158. Baigent et al 372.
159. Baigent et al 372.
160. Baigent et al 374.
161. Baigent et al 374.

Capítulo 25
1. Bible, Pilgrim Edition, nota de rodapé Zechariah 1:18.
2. Alexander Hislop, The Two Babylons (Neptune, NJ: Loizeaux Brothers, 1916) 32-
37.
3. Pilgrim, nota de rodapé Zechariah 1: 19.
4. Pilgrim, nota de rodapé Zechariah 1:20-21.
5. Strong, Hebrew #2796, 2790, 2791, 2792, 2795.
6. Strong, Hebrew #2729.
7. Pilgrim, nota de rodapé Daniel 7:7.
8. Pilgrim, nota de rodapé Daniel 2:31.

784
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

9. Embora a Maçonaria seja uma ferramenta de Satanás, o Deus Todo-Poderoso


permitiu que os "construtores" Maçônicos: (1) destruissem os "chifres" Gentios que
espalharam os Judeus; (2) dessem aos Judeus sua liberdade; e (3) devolvessem
os Judeus à Palestina.
10. Clarence Larkin lança mais luz sobre o assento de Satanás em Pérgamo. Na pági-
na 22, ele escreve: "Quando Attalus III, o Sacerdote-Rei da hierarquia Caldeia, fu-
giu para Pérgamo antes da conquista pelos Persas, e aí se estabeleceu, Satanás
mudou sua capital da Babilônia para Pérgamo".
11. William Steuart McBirnie, in The Search For The Twelve Apostles, página 56, acre-
dita que Pedro estava, literalmente, na Babilônia. Ainda, outros estudiosos suge-
rem que ele estava em Roma quando escreveu sua epístola. A Bíblia Inglesa Mo-
derna de Phillips coloca a palavra "Babilônia" entre aspas. A nota de rodapé da Bí-
blia Viva confirma que "Babilônia era o apelido Cristão para Roma".
12. Alexander Hislop, The Two Babylons: The Papal Worship provou ser a Adoração
de Nimrode e Sua Esposa (1916; Neptune, NJ: Loizeaux Brothers, 1959) 2.
13. Bible, Pilgrim Edition, nota de rodapé em Thyatira, Revelation 2.
14. Clarence Larkin, The Book of Revelation (1919; Philadelphia: Clarence Larkin
Estate, n.d.) 22.
15. William R Goetz, Apocalypse Next (Beaverlodge, Alberta, CD: Horizon House
Publishers, 1980) 184.
16. Goetz 186.17. Goetz.
18. Joseph Fort Newton, "The Great Light in Masonry," Little Masonic Library,
vol.111(1924; Richmond, VA: Macoy Publishing & Masonic Supply Co., 1977) 190.
19. Newton 188.
20. Knight, The Brotherhood 240.
21. Short 74.
22. Short 55; citando Marius Lepage.
23. "Nimrod", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol. 2.
24. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 73.
25. Goetz 177-186.
26. Strong, Greek #3466.
27. Ronayne, Handbook of Freemasonry 70-71, 123, 173.
28. Strong, Greek #5272.
29. Pike, Morals and Dogma 819.
30. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 48; citando Oswald Wirth.
31. Strong, Greek #5331, 5332, 5333.
32. de Poncins, Freemasonry and the Vatican 106-111.
33. Church 53. O Rev. Church elabora mais sobre a Taça na p. 76 de seu livro: "Maria
Madalena supostamente fugiu de Jerusalém no ano 70, com seus filhos ‘sagrados’.
Ela navegou pelo Mediterrâneo para a França, trazendo a taça na qual Cristo to-
mou a Última Ceia e na qual seu suposto tio, José de Arimatéia, havia coletado o

785
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

sangue de Cristo. Alguns relatos dizem que José levou o Graal para a Inglaterra,
enquanto outros sustentam que Maria Madalena o manteve na França. "
34. Church 76-77.
35. Knight, The Brotherhood 240.
36. Church 77.
37. Church 78.
38. Baigent et al, Holy Blood, Holy Grail 88.
39. Baigent 91.
40. Baigent et al, Messianic Legacy xiii.
41. The Knoxville News-Sentinel 27 Feb.1983: A-7.
42. Nancy Coker and Al Douglas, "Flirting with Armageddon: the Jerusalem Temple
Foundation", Executive Intelligence Review (26 Apr.1983): 19-20, 72.
43. CNN News 9 Oct.1990.
44. Pilgrim, nota de rodapé Daniel 9:24. Essa imagem da Besta, que será colocada no
Templo de Jerusalém no meio do período da Tribulação, pode ser o Olho Que Tu-
do Vê da Maçonaria, pois "imagem" em Grego significa "semelhança" (Strong,
Grego 1504), e a "semelhança" dos "sete olhos do Senhor", que foram feitos pela
mesma religião misteriosa em Zacarias 5:6, foi de fato definida como um "olho sin-
gular" no Hebraico (Strong, Hebrew 5869 e 5870).
45. Arthur Crawford, Fita do Ministério Riverside Bible Church (Rev. 13:8) tape #64.
46. "United Kingdom: Finance", Encyclopaedia Britannica: Macropaedia.
47. Knight, The Brotherhood 224.
48. Knight 225.
49. Knight 223.
50. Short 358-369.
51. Short 366.
52. Short 367.
53. Pilgrim, nota de rodapé Salmos 72:3.
54. Goetz 188-190.
55. Pilgrim, nota de rodapé Daniel 11:21.
56. Antony C. Sutton and Patrick M. Wood, Trilaterals Over Washington (Scottsdale,
AZ: The August Corp., 1978) 2.
57. Sutton 1.
58. Bible, New American Standard.
59. Bible, New American Standard.
60. Knight, The Brotherhood 26, 211, 215.
61. Investigative Leads 25 Feb.1983: 5 and Brian Lanze, White Paper for IL (13
Jan.1982): 8.
62. Quando este noticiário de cinco minutos apareceu na televisão, fiquei chocado, tão
chocado que obviamente não tive tempo para gravá-lo. Eu contei a história como

786
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

me lembrei. Minha mãe, residente em outra parte do país, também viu o mesmo
noticiário. Nós verificamos nossas histórias.
63. Knight, The Brotherhood 40.

Capítulo 26
1. Bible, Pilgrim Edition, Daniel 9:27 e nota de rodapé Daniel 9:24 e Revelation 13:14.
2. Arthur Crawford, Revelation 13:8, audio cassette, rec. Riverside Bible Church,
Worthington, OH., tape (II) #64.
3. Bible, Pilgrim Edition, nota de rodapé Daniel 11:21. Esta é a profecia para Antíoco
Epifânio, o rei que governava a Síria em aproximadamente 175 a.C. Como revela a
profecia, Epifânio tornou-se um tipo da Besta do Apocalipse.
4. Strong, Hebrew #4581.
5. Strong, Hebrew #5236 da raiz prim. de 5234.
6. Strong, Hebrew #7235.
7. Strong, Hebrew #3515 da raiz prim. de 3513.
8. Alfred M. Rehwinkel, The Flood (St. Louis, MO: Concordia Publishing House, 1951)
53.
9. Rehwinkel.
10. Rehwinkel 349-350.
11. Rehwinkel 344-346.
12. Clarence Larkin, The Book of Revelation (Philadelphia: Clarence Larkin Estate,
1919) 103.
13. Bible, RSV.
14. Larkin 122.
15. "The prophetic truth about Eastern Europe", The Gospel Truth, 30.12 (Dec.1989):
3.
16. Goetz 116.
17. "Gaulle, Charles de", Encyclopaedia Britannica: Macropaedia.
18. "Economic History Since 1500: Internationalism. The Common Market", Encyclo-
paedia Britannica: Macropaedia e "European Free Trade Association (EFTA)”, En-
cyclopaedia Britannica: Micropaedia.
19. Bible, Pilgrim Edition, nota de rodapé Daniel 7:8.
20. Randy Shupe, Is America Mystery Babylon the Great? (Arvada, CO: The Way, the
Truth and the Life Fellowship, 1990) 93-98.
21. Church 82.
22. Church 67.
23. "Eagle, Double-Headed", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.1.
24. "The Cult of Moscow, The Third Rome", New Solidarity (19 July 1985): Supple-
ment C.
787
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

25. "Eagle, Double-Headed".


26. Helle Bering-Jensen, "Glass Tips atop a National Treasure", Insight (3 July 1989):
58-59.
27. "European Economic Community", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia.
28. Strong, Greek #5516.
29. Shupe 33. O "M" consistia originalmente das letras CIC, com o segundo "C" volta-
do para o "I". A combinação desses três números romanos se tornou um "M"
quando os dois "Cs" foram conectados ao "I" na parte superior.

Capítulo 27
1. Bible, Living Bible edition.
2. William T. Still, New World Order: The Ancient Plan of Secret Societies (Lafayette,
LA: Huntington House, 1990) 42; citando Ignatius Donnally, Atlantis: The Antedilu-
vian World (1976) 192.
3. Still 41.
4. Still 67.
5. "Atlantis, Lost Continent of", Mackey's Encyclopedia of Freemasonry, vol.111.
6. "Atlantis: The Eternal Quest", Mystic Places (Alexandria, VA: Time-Life Books,
1987) 30-33.
7. Still 43.
8. Still 44; citando Manly P. Hall, The Secret Destiny of America (1944) 59.
9. "Paradise Lost", Mystic Places 12.
10. "Paradise Lost".
11. Still 43; citando Hall, Secret Destiny 63.
12. George H. Steinmetz, Freemasonry: Its Hidden Meaning (1948; Richmond, VA:
Macoy Masonic Publishing, 1976) 33.
13. Steinmetz 33.
14. Steinmetz 35.
15. Manly P. Hall, The Lost Keys of Freemasonry (1923; Richmond, VA: Macoy, 1976)
XXI.
16. Still 44; citando Hall, Secret Destiny 72.
17. Still 36; citando Hall, America's Assignment With Destiny 49.
18. Still 36; citando Hall, Secret Destiny 25.
19. Still 36.
20. Still 47; citando Marie B. Hall, Collections of Emblems 10.
21. Still 47; citando Manly Hall, America's Assignment 59-60.
22. Still 49.
23. Baigent and Leigh, The Temple and The Lodge 222.
24. Baigent and Leigh 203.
788
_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

25. Baigent and Leigh 204. A Maçonaria Templária Jacobita, como você se lembra,
ficou do lado da Realeza Stuart Escocesa deposta, que foi exilada para a França
após a Revolução Gloriosa do Reino Unido. A Maçonaria Inglesa Sionista apoiou a
nova realeza Hanoveriana.
26. Baigent and Leigh 207.
27. Baigent and Leigh 221.
28. Baigent and Leigh 233.
29. Baigent and Leigh 235-236.
30. Baigent and Leigh 236.
31. Baigent and Leigh 237.
32. Baigent and Leigh 223.
33. Baigent and Leigh 225.
34. Baigent and Leigh 226.
35. Baigent and Leigh 239.
36. Baigent and Leigh 227.
37. Baigent and Leigh 227-228.
38. Baigent and Leigh 240-241.
39. Baigent and Leigh 236.
40. Baigent and Leigh 241.
41. Still 61.
42. Still 61; citando Hall in America's Assignment 96-97.
43. Baigent and Leigh 261.
44. Mustafa El-Amin, Freemasonry, Ancient Egypt and the Islamic Destiny (Jersey City,
NJ: New Mind Productions 1988) 10.
45. Bible, Pilgrim Edition, nota de rodapé Dan. 2:45.
46. Strong, Hebrew #6132.
47. Randy Shupe, Is America Mystery Babylon the Great? (Armada, CO: The Way, the
Truth and the Life Fellowship, 1990) 79.
48. Shupe 80.
49. Strong, Hebrew #7922.
50. Strong, Hebrew #4820.
51. Strong, Hebrew #7962 and 7951.
52. Strong, Hebrew #7843.
53. Strong, Hebrew #7665.
54. Strong, Hebrew #657, from 656 and 3027.
55. "Louisiana Purchase", Encyclopaedia Britannica: Micropaedia.
56. Francis Clement Kelley, Blood-Drenched Altars: A Catholic Commentary on the
History of Mexico (1935; Rockford, IL: Tan Books, 1987) entire.
57. Shupe 91-92.
58. Bible, New International Version (NIV).
59. Bible, NIV.

789
ESCARLATE E A BESTA_____________________________________________________

60. Shupe 93-98.


61. Still 45; citando James Pryse na Revista da Sociedade Teosófica Lucifer.
62. Still 46.
63. Hislop 65.
64. Strong, Hebrew #4628.
65. Still 62.
66. Larkin 26-27.
67. Survey conducted in 1975 by the Christian and Missionary Alliance (C&MA) con-
vention.
68. Bible, Pilgrim Edition, footnote to Rev. 3:14.
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70. Antony C. Sutton, An Introduction to THE ORDER (Vancouver, B.C.: Veritas Pub-
lishing, 1984) 10.
71. Sutton 11.
72. Sutton 33.
73. Sutton 36.
74. Russell Baker, "Skull & Bones," The New York Times (19 May 1991): n.p.
75. "Programa de Rádio Point of View", Larry Abraham entrevistado por Marlin Mad-
dox, Dallas, TX, 11 Feb.1991.
76. "Point of View".
77. "Point of View".
78. "Point of View".
79. Shupe 25.
80. Baigent and Leigh 262.
81. Baigent and Leigh 266.
82. Entrevistas pessoais com a campanha de Lyndon LaRouche por um período de
seis anos.
83. Entrevistas pessoais com a campanha de Lyndon LaRouche. LaRouche é um
Maçom do Grande Oriente, que afirma que existem bons e maus Maçons. Ben
Franklin era um bom Maçom, diz LaRouche. LaRouche também reconhece as du-
as Maçonarias e diz que o estilo Francês é bom e o estilo Britânico é malvado. Ele
está empenhado na destruição da Maçonaria Inglesa.
84. Raymond E. Capt, Our Great Seal: The Symbols of our Heritage and our Destiny
(Thousand Oaks, CA: Artisan Sales, 1979) 11.
85. Kirban 155.
86. Merrill F. Unger, Archaeology and the Old Testament (Grand Rapids, MI:
Zondervan, 1954) 104.
87. Strong, Hebrew #7162, from 7161, from 7160.
88. Strong, Hebrew #5870, corresponding to 5869.
89. Weston, plate I.
90. Strong, Hebrew #3327 and 3329.

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_____________________________________________________________REFERÊNCIAS

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92. Still 65.
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95. Still 67.
96. Bible, NIV
97. Capt 54.
98. Capt 47.
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791

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