Aula 03. Terça 26.10.2021

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Oficina: Saúde: saúde sexual, direitos Data: 26/10/2021

sexuais e reprodutivos; relações de gênero.

Facilitadora: Julia Galbiatti Marcondes Aula: 07


Nome: Arthur Guilherme da Silva

SOBRE SAÚDE REPRODUTIVA

Chamam a atenção, no entanto, as estatísticas relativas à mortalidade e à saúde


sexual e reprodutiva desse segmento. Jovens morrem proporcionalmente muito no
Brasil, e suas mortes são, em sua maior parte, categorizadas como originadas por causas
externas. Tendo em vista serem saudáveis, em sua maioria não morrem vitimados por
doenças, mas por acidentes, homicídios e suicídios. Se tais causas são externas aos
organismos dos jovens, não são externas às suas vidas. Os modos de vida
proporcionados à juventude em nossa sociedade ocasionam sua alta mortalidade.

Os dados da área de saúde também nos ensinam que as mulheres adolescentes e


jovens são responsáveis por cerca de 20% dos partos ocorridos na rede pública. Há
maior proporção de adolescentes grávidas nas regiões mais pobres do país e nas
periferias das regiões com maior desenvolvimento social, apesar de não ser um
fenômeno exclusivo da pobreza. É um fenômeno predominantemente feminino. Na
pesquisa Perfil da Juventude Brasileira, 22% dos jovens de 15 a 24 anos tinham filhos.
Na faixa etária de 15 a 17 anos, 1% dos rapazes tinham filhos, contra 7% das moças.
Dos 18 aos 20 anos, 6% dos rapazes eram pais, enquanto 29% das moças eram mães.
Contrariamente ao senso comum, no entanto, 40% dos jovens de 15 a 24 anos
declararam ter planejado seus primeiros filhos. Diferentemente também da propagada
irresponsabilidade juvenil, os estudos recentes sobre comportamento sexual mostram
que esse é o grupo populacional que mais usa preservativos no país.

Gabriela Calazans é psicóloga especialista em Saúde Coletiva, mestre em Psicologia Social.

DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS

Desde sempre as pessoas lutam pelos seus direitos. Os movimentos sociais se


organizam e, através de conferências e mobilizações, vão ganhando força e visibilidade
para suas demandas e efetivação de seus direitos. O Feminismo, movimento de
mulheres, é um grande exemplo de luta que transformou e, até hoje transforma a
sociedade, em prol da equidade das mulheres frente a uma sociedade desigual na
garantia dos direitos de mulheres e homens. Como parte da história e lutas do
movimento, nasce também as primeiras reivindicações sobre os Direito Reprodutivos e
Direitos Sexuais, que passaram a fazer parte das pautas de luta logo após as mulheres
conquistarem seus direitos à educação e ao voto. Uma das primeiras vitorias, nesse
período, foi a liberdade de viver a sexualidade e o prazer, conhecer o próprio corpo e ter
autonomia para decidir sobre ele. A partir disso, várias conferências e eventos pautaram
o tema dos direitos sexuais e reprodutivos em suas discussões, auxiliando na conquista
de muitos direitos.

Eventos e fóruns internacionais que foram fundamentais para consolidação


dos Direitos Sexuais e Reprodutivos:

• 1945 - Carta de Constituição das Nações Unidas, que oficializou a


possibilidade de nações e pessoas poderem encontrar motivos de acordo;

• 1948 - Proclamação dos Direitos Humanos, que não incluem os direitos


sexuais e reprodutivos, mas incluem os direitos básicos e fundamentais de mulheres e
homens;
• 1968 - Conferência sobre os Direitos Humanos de Teherán, que defendeu o
direito dos casais decidir o número de filhos e espaçamento;

• 1974 - Conferência de População de Bucareste, que tratou do direito dos


indivíduos/casais para decidir o número de filhos e o dever do estado para assegurar
esse direito;

• 1975 - Conferência Mundial do Ano Internacional da Mulher. Tratou do direito


à integridade física, decisão sobre o corpo e as diferentes opções sexuais e aos direitos
reprodutivos, maternidade opcional;

• 1978 - Conferência de Alma Ata. Defendeu a atenção primária e o enfoque


holístico;

• 1979 - Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação


contra a Mulher (CEDAW);

• 1985 - Estratégias de Nairobi, orientada para o Futuro do Avanço da Mulher;

• 1993 - Conferência de Viena sobre os Direitos Humanos; • 1993 - Carta de


Brasília- “Nossos direitos para Cairo 1994”;

• 1994 - Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento – Cairo.


Definiu o conceito de direitos sexuais e reprodutivos;

• 1995 - 4ª Conferência Mundial da Mulher – Beijing. Foi assumido o


compromisso da transformação do mundo usando as experiências das mulheres como
principal força no

• desenvolvimento de uma nova agenda de atuação.

DIREITOS SEXUAIS

Os Direitos Sexuais são os direitos que garante que toda e qualquer pessoa pode
viver sua vida sexual com prazer e livre de discriminação. Incluem o direito:

• De viver a sexualidade sem medo, vergonha, culpa, falsas crenças e outros


impedimentos à livre expressão dos desejos;
• Direito de viver a sua sexualidade independente do estado civil, idade ou
condição física; • A escolher o/a parceiro/a sexual sem discriminação, e com liberdade e
autonomia para expressar sua orientação sexual se assim desejar;

• De viver a sexualidade livre de violência, discriminação e coerção; e com o


respeito pleno pela independência corporal do/a outro/a;

• Praticar a sexualidade independentemente de penetração;

• A insistir sobre a prática do sexo seguro para prevenir uma gravidez não
planejada e as doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV-Aids;

• À saúde sexual, o qual exige o acesso a todo tipo de informação, educação e a


serviços confidenciais de alta qualidade sobre sexualidade e saúde sexual.

DIREITOS REPRODUTIVOS

Os Direitos Reprodutivos compreendem o direito básico de todo casal e de todo


indivíduo de decidir livre e responsavelmente sobre o número, o espaçamento e a
oportunidade de ter filhos/as e de ter a informação e os meios de assim o fazer, gozando
do mais elevado padrão de saúde sexual e reprodutiva. Incluem o direito.

• Individual de mulheres e homens em decidir sobre se querem, ou não, ter


filhos/as, em que momento de suas vidas e quantos/as filhos/as desejam ter;

• De tomar decisões sobre a reprodução, livre de discriminação, coerção ou


violência

; • De homens e mulheres participarem com iguais responsabilidades na criação


dos/as filhos/as;

• A serviço de saúde pública de qualidade e acessível, durante todas as etapas da


vida;

• A doação e ao tratamento para a infertilidade.

Pode-se concluir que...

Como foi possível observar, os direitos sexuais e reprodutivos são


reconhecidos como importantes instrumentos na proteção da dignidade da pessoa
humana, contribuindo para a equidade de gênero, para o direito fundamental à
saúde e para a autonomia pessoal.
O reconhecimento jurídico desses direitos evidencia a importância da
dimensão sexual na vida dos seres humanos.

Além disso, favorece o exercício da cidadania tanto na esfera pública, ao


democratizar o acesso a meios contraceptivos e a educação sexual, quanto na
esfera privada, ao permitir que decisões íntimas sejam tomadas com liberdade.

ATIVIDADE

1- Observando a imagem acima e pensando a respeito dos direitos sexuais e


reprodutivos. Qual ideia ela passa?
Que todos podem se relacionar sexualmente com quem desejar desde aja o
desejo das duas partes.
2- Quais as importâncias dos direitos sexuais e reprodutivos?
Eles são importantes pois previnem o preconceito, e garantem que os desejos
de todos sejam cumpridos igualmente.
3- Você acredita que esses direitos são assegurados? Se não, explique o
porquê e dê um exemplo.
Sim, esses direitos tem um órgão específico para que sejam garantidos
4- Ao seu ver, dê que forma a sociedade e a política interferem nessas
questões?
De forma desigual, onde cada lado quer uma coisa.

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