MLF Power Bi Modulo 1 Apostila
MLF Power Bi Modulo 1 Apostila
MLF Power Bi Modulo 1 Apostila
Microsoft Power BI
O Power BI é composto por várias tecnologias e ele foi se desenvolvendo aos poucos. Inicialmente, um dos
seus componentes foi lançado como suplemento para o Excel 2010 - o Power Pivot - e com o tempo mais
componentes foram surgindo até formar o Power BI de hoje. Possui, principalmente dois concorrentes, o
Tableu e o QlikView, mas em 2017 ultrapassou os concorrentes e se consolidou como pioneiro por causa de
dois motivos principais: a Microsoft está fazendo grandes investimentos, lançando novas funcionalidades
na plataforma trimestralmente e está oferecendo preços muito baixos nos valores das assinaturas do
serviço pago do Power BI.
Estamos na Era da Informação. Isso pode ser evidenciado pelo fato de que o volume de dados produzido
pelo planeta dobra a cada 18 meses. Pelo fato da quantidade de dados produzidos ser cada vez maior, os
profissionais deverão estar capacitados para entendê-los e atuar inteligentemente sobre sua manipulação
para extrair as informações desejadas.
O Business Intelligence também pode ser definido como uma atividade de inteligência aplicada à atividade
econômica de um negócio, com a identificação de forças e fraquezas da companhia e o monitoramento do
ambiente para antecipação de ameaças à organização e melhor aproveitamento das oportunidades de
negócios. Isso tem o objetivo final de identificar novas oportunidades e estratégias, promovendo vantagem
competitiva no mercado.
Normalmente, as fontes de dados usadas para análises é proveniente de operações da própria empresa.
São formados pela consolidação de várias tabelas de vendas, recursos humanos, operações e saídas de
diversos sistemas como SAP, ERPs (Sistema Integrado de Gestão Empresarial), CRMs (Gestão de
Relacionamento com o Cliente) e BPMs (Gerenciamento de Processos de Negócio).
Entre os benefícios de implementar o BI pode-se citar a economia de tempo, versão única da verdade,
melhores estratégias e planos, melhores decisões táticas, processos mais eficientes e a economia de custos.
Desde 2015, apresentou crescimento fantástico no Brasil e no mundo, e sua adoção se encontra em
processo de aceleração. Dá poder, liberdade e independência aos usuários de uma empresa nas áreas de
negócios, que normalmente são colaboradores que trabalham com estações de trabalho restritas de acesso
administrativo e ligadas na rede corporativa. Dessa forma, desafoga os departamentos de Tecnologia de
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A diferença entre Dado e Informação é que Informação é a interpretação e compreensão de um conjunto de dados
em um determinado contexto.
O Power BI possui, principalmente, três tecnologias de trabalho que veremos durante o curso. A Microsoft
tem uma terminologia confusa e alguns dos termos costumam confundir os usuários. Durante os anos,
essas tecnologias mudaram de nome ou são chamadas por outros nomes em outras plataformas, mas
essencialmente são conhecidas como:
Power Pivot: permite criar relacionamentos entre tabelas do modelos de dados e escrever fórmulas
DAX (Data Analysis Expressions).
Power Query: importa e transforma dados através de etapas e suporta a linguagem funcional M.
Power View: ambiente para criar dashboards e interagir com visuais de tabelas, filtros e gráficos.
Trabalhamos com essas tecnologias do Power BI principalmente em duas plataformas: no Microsoft Excel,
já bastante conhecido no mercado, e num outro software chamado Power BI Desktop. Não confunda Power
BI com Power BI Desktop. O primeiro se refere ao conjunto de soluções da Microsoft, e o segundo é o nome
de um software que você instala e baixe no seu computador.
Uma vez desenhados os relatórios nessas plataformas (principalmente no Power BI Desktop), é possível
usar o Serviço do Power BI para publicar os relatórios. Isso significa que você pode transformar seu painel
num formato web e um link (URL) irá gerar. Depois, basta compartilhar esse URL com os colaboradores de
sua organização ou partes interessadas. Então, poderão acessar relatórios a partir de um navegador ou
celular, sem precisar ter o Excel ou Power BI Desktop instalados!
Dessa forma, o Power BI não está limitado no Excel ou no Power BI: depois de publicá-lo no Serviço do
Power BI, você ainda tem diversas ferramentas de administração, sincronização de dados, restrição e
privacidade para poder aperfeiçoar a sua experiência e de seus colegas de trabalho.
Os lugares onde atualmente podemos trabalhar com mais conforto nossas soluções de Power BI é no
Microsoft Excel e no Power BI Desktop. No entanto, existem algumas peculiaridades.
1.3.1 Excel
Nem todas as versões do Excel suportam o Power BI como versões iguais ou inferiores ao Excel 2007.
O Excel 2010 suporta o Power Pivot e o Power Query, e não suporta o Power View. Além disso, é necessário
instalar manualmente o Power Pivot através do link (https://www.microsoft.com/en-
us/download/details.aspx?id=29074) e o Power Query através do link (https://www.microsoft.com/en-
us/download/details.aspx?id=39379).
Se você adquiriu o Excel 2013 Independente ou o Office 2013 Professional Plus, seu Excel já possui o
Power Pivot e Power View, de forma nativa, mas será necessário instalar manualmente o Power Query pelo
mesmo link fornecido acima.
O Excel 2016 Independente, Office 2016 Professional e Office 2016 Professional Plus possuem o Power
Pivot, Power Query e Power View nativamente.
Por fim, nem todas as versões do Excel provenientes do Office 365 suportam o Power Pivot. As versões que
suportam são:
Nenhuma outra versão de Excel suporta o Power BI, então fique atento ao comprar sua licença de Office se
pretende estudar o Power BI no Excel.
1.3.3 32 ou 64 Bits?
Tanto o Excel como o Power BI Desktop podem ser instalados em 32 ou 64 bits e você pode escolher
livremente qual das versões instalar. Se arquitetura do seu Windows for 64 bits, você pode instalar tanto o
de 32 como de 64 bits, mas se for de 32 bits, apenas poderá instalá-los na versão de 32 bits.
Se você possui menos de 4GB de memória RAM, é recomendável usar a versão de 32 bits. Se você usa
muito o VBA (Visual Basic for Applications) no Excel, é também recomendável usar a de 32 bits. Para todos
os outros casos, tanto o Excel como o Power BI Desktop deve ser de 64 bits.
A vantagem das versões de 64 bits em relação as de 32 bits é que as de 64 bits suportam grandes volumes
de dados com maiores eficiência e conseguem trabalhar com pacotes de dados maiores.
2 Excel
2.1 Tabelas x tabelas
Usamos o termo "tabela" informalmente no Excel. Uma tabela pode ser definida como um intervalo com
valores preenchidos, normalmente com cabeçalhos. Abaixo pode-se ver uma tabela de vendas, em que
cada linha corresponde a uma venda, e as colunas possuem as propriedades de cada venda efetuada:
Na primeira linha de cada coluna da tabela possui um cabeçalho que descreve o tipo de dados que se segue
abaixo dela. Então, é de se esperar datas na coluna nomeada por Data, nomes de pessoas em Cliente,
Vendedor e Supervisor, textos em Ponto de Venda, Categoria e UF e números em Valor. No caso acima,
essa tabela não tem propriedades especiais, e são comumente usados por iniciantes.
No Excel, é possível criar um tipo especial de tabela, a qual vou chamar de Tabela com T maiúsculo. Tabelas
não são apenas amontoados de células, elas possuem propriedades e recursos especiais.
Para criar uma Tabela, selecione uma célula do intervalo desejado e use o atalho Ctrl+Alt+T.
Alternativamente, você pode ir em Página Inicial >> Formatar como Tabela, selecionar o estilo desejado de
Tabela e confirmar:
Tabelas possuem comandos e propriedades especiais. Você pode acessá-los clicando em uma das células da
Tabela e verá algumas opções disponíveis:
Em Nome da Tabela, você pode dar nomes descritivos que representam o tipo de dados que sua Tabela
possui. No nosso caso, um bom nome poderia ser Vendas ou tbVendas, como preferir.
Você pode criar uma Tabela Dinâmica facilmente a partir de uma Tabela clicando em Resumir com Tabela
Dinâmica, pode também Remover Duplicatas, torná-la novamente num intervalo de células (tabela)
clicando em Converter em Intervalo ou criar filtros amigáveis e de fácil acesso clicando em Inserir
Segmentação de Dados.
Além disso, é fácil estilizar uma Tabela: basta acessar comandos dos grupos Opções de Estilo de Tabela /
Estilos de Tabela para mostrar cabeçalho, linhas de totais ou aplicar um visual de cores diferente.
Mas Tabelas tem mais recursos interessantes. Se você criar um gráfico ou Tabela Dinâmica usando uma
Tabela como fonte de dados, ao adicionar uma nova linha na Tabela, ela será incluída automaticamente no
gráfico ou Tabela:
Em tabelas, isso não acontece: seria necessário redefinir a fonte de dados do gráfico.
O Power BI é uma tecnologia que, principalmente, consolida dados. Por isso, entender Tabelas Dinâmicas
bem é essencial, já que o paradigma de trabalho que cerca o Power BI se encontra ao redor de
agrupamentos.
Você pode criar uma Tabela Dinâmica de várias formas diferentes. A partir de uma tabela, basta clicar em
Resumir com Tabela Dinâmica em sua guia de ferramentas. Ao selecionar uma célula de uma Tabela
Dinâmica, você verá duas guias de ferramentas disponíveis. Analisar e Design:
Em Analisar, podemos alterar o nome da Tabela Dinâmica. Não é muito útil, pois Tabela Dinâmicas não
servem para ser fontes de dados. Podemos também mudar as configurações de campo, que será visto em
detalhes a seguir, criar Segmentações de Dados e Linhas do Tempo (que são uma forma mais bonita de ver
filtros), atualizar os dados, construir gráficos vinculados à Tabela Dinâmica e mostrar a Lista de Campos
para montar a Tabela Dinâmica.
Ao clicar numa célula da Tabela Dinâmica, caso o botão Lista de Campos da guia Analisar esteja habilitado,
será disponibilizada uma lista de campos e áreas para montar a Tabela Dinâmica.
Em (5) são listados os campos da Tabela Dinâmica. Esses campos devem ser arrastados para uma das
regiões de (1) até (4).
Ao arrastar em (1), você poderá criar filtros. Ao arrastar para (2), os itens serão listados lado a lado, por
uma linha. Em (3), os itens serão listados um abaixo do outro, por uma coluna. E (4) é a região onde
arrastamos os campos que sofrerão agrupamento.
É possível arrastar mais de um campo para as áreas, e também deixar algumas áreas sem nenhum campo.
Normalmente colocam-se campos de texto em (1), (2) e (3), e campos numéricos em (4), pois os valores
passam por agrupamentos como Soma, Contagem, Média, Desvio Padrão, Máximo, Mínimo, entre outros.
Essa figura nos mostra, já, muitas coisas interessantes. A primeira é que Tabela Dinâmicas não repetem
itens de uma Tabela, mostrando apenas uma vez cada item. Por exemplo, embora sejam listados pontos de
venda como Lojas, Online, Outros e Terceiros várias vezes na Tabela, a Tabela Dinâmica mostra cada item
apenas uma vez, pois ela faz um agrupamento. Então, repetindo o que foi falando anteriormente: Tabelas
listam dados, e Tabela Dinâmica agrupam dados, e é por isso que ela mostra cada item apenas uma única
vez.
2.3.2 Agrupamentos
Campos na Área de Valores devem estar, obrigatoriamente, agrupados de alguma forma. Normalmente, se
o campo arrastado for um número, ele é agrupado fazendo uma operação de Soma. Se ele for um texto, ele
é agrupado fazendo uma Contagem. Os tipos disponíveis para agrupamento são:
Soma
Contagem
Média
Máximo
Mínimo
Produto
Desvio Padrão (em dados são amostra da população)
Desvio Padrão (em que dados correspondem à toda população)
No exemplo da Figura 7, o agrupamento foi feito através de uma Soma. Logo, nossa Tabela Dinâmica está
resumida através do volume de vendas. E se quisermos saber o número de vendas realizado? Teríamos
que fazer uma Contagem ao invés de uma Soma.
No entanto, podemos mudar o agrupamento clicando com o botão da direita em um dos valores da Tabela
Dinâmica e clicando em configurações do Campo de Valor na janela flutuante que aparecer, como indicado
na Figura 8. Ainda na mesma figura, veja que é possível chegar até a mesma janela por outro lugar, ao clicar
na pequena seta exibida na Área de Valores para o campo desejado.
Na janela que aparecer, serão listados os vários tipos de agrupamento possíveis para Valor, que é onde
podemos selecionar Contagem, clicar em OK e ter nossa Tabela Dinâmica resumida pela quantidade de
vendas.
Na caixa de combinação, é possível escolher vários tipos de resumos diferentes. Ao escolher % do Total
Geral, a tabela dinâmica fica como mostrado abaixo:
Observe que, para uma apresentação melhor, os cabeçalhos de valores foram renomeados. Para renomear
um cabeçalho, basta clicar em sua célula e escrever o texto de cabeçalho desejado. Note que esse texto
não pode se igual a nenhum dos nomes de cabeçalhos da sua lista de campos disponibilizada no Painel de
Tarefas da Tabela Dinâmica.
Por vezes, o nome que você quer renomear é igual a um dos nomes dessa lista, mas o Excel não permite a
duplicação. Um truque para burlar essa exigência é acrescentar um espaço (sim, com barra de espaços) ao
final do nome do cabeçalho.
2.3.4 Hierarquias
Conforme falado anteriormente, é possível ter vários campos nas áreas de uma Tabela Dinâmica. Elas
possuem um comportamento especialmente útil ao serem colocadas na Área de Linhas e Colunas, pois
Tabelas Dinâmicas suportam hierarquias.
A ordem ao qual você arrasta os campos nessas áreas será a ordem da hierarquia exibida. Por exemplo, ao
montar uma Tabela Dinâmica com hierarquia de Ponto de Venda, Supervisor e Vendedor, podemos ter
algo como mostrado na Figura 12:
É possível mudar o layout da Tabela Dinâmica na Guia de Ferramentas Design >> grupo Layout.
Ao clicar nos sinais de + e -, podemos expandir ou recolher níveis de hierarquia da Tabela Dinâmica. Na
Guia de Ferramentas Analisar >> grupo Campo Ativo, há opções estendidas para expandir ou recolher
vários itens de uma vez. Note que a célula ativa em que se encontra a seleção influencia o comando: por
exemplo, se no momento em que você selecionar Expandir Campo um item do campo Ponto de Venda
estiver selecionado, o efeito se dará sobre o mesmo.
3 Power Pivot
3.1 Introdução
O Power Pivot nasceu, incialmente, como um suplemento (extensão) ao Excel 2010, e logo popularizou-se.
Com ele, é possível fazer análises poderosas, criar modelos de dados sofisticados e suporta grandes
volumes de dados, não sendo incomum modelos com tabelas com vários milhões de linhas.
Ele importa fontes de dados de diversos locais diferentes, e é possível filtrar os dados importados ao
importar. Embora sua interface se assemelhe, em partes, ao Excel, nele não é possível editar células
individuais: é possível criar apenas colunas calculadas.
É possível relacionar as tabelas oriundas de fontes de dados através de uma interface própria, tornando a
análise de dados mais eficiente. É possível também criar hierarquias próprias, KPIs, perspectivas e a
linguagem de fórmulas DAX (Data Analysis Expressions). Vale ressaltar que o DAX possui funções de
inteligência de tempo que são interessantíssimas para análise de dados, ao passo que para alcançar os
mesmos resultados com as funções nativas do Excel, o trabalho é bem mais moroso.
Observação: Conforme explicitado na seção 1.3.1, nem todas as versões do Excel suportam o Power Pivot.
Verifique se a versão do seu Excel o suporta.
Ao instalar o Power Pivot com sucesso, uma nova guia será exibida no Excel e, ao clicar em Gerenciar, uma
nova janela irá abrir mostrando a interface principal do Power Pivot:
Nessa figura, já se encontram carregadas algumas tabelas, oriundas de fontes de dados diversas. Observe
que cada tabela importada fica numa aba diferente, embaixo à direita - Vendas, Produtos, Vendedores e
Clientes.
O Power Pivot suporta uma gama variada de fonte de dados. Você pode importar dados de bancos de
dados como Sql Server, Access, Azure, Oracle, Teradata, Sybase. Também pode importar do Analysis
Services, Arquivos de Excel (Pasta de Trabalho), e arquivos de texto. Na janela do Power Pivot, guia Página
Inicial >> grupo Obter Dados Externos, você encontra alguns comandos para iniciar uma importação. Ao
clicar em Obter Dados Externos, é mostrada a janela da Figura 19:
Ao clicar em Avançar, você poderá optar por selecionar pela lista de tabelas ou escrever uma instrução Sql
para retribuir somente os dados que você precisa, como select Nome, Salário from tblFuncionários
where Salário > 10000.
Em seguida, será necessário selecionar qual (ou quais) planilhas você deseja importar:
Você pode ficar confuso, a princípio, nessa tela. Note que alguns itens terminam com o caractere $: esses
itens indicam que são planilhas da pasta de trabalho como, por exemplo, o item fSettings$, que é uma
planilha dessa pasta de trabalho chamada fSettings. A parte confusa é que são listados também os
intervalos nomeados. fSettings$Date, por exemplo, é o intervalo nomeado Date da planilha fSettings.
Normalmente, você irá desejar importar planilhas ao invés de intervalos nomeados.
Vale ressaltar que o Power Pivot não altera ou insere, sob nenhuma hipótese, dados das fontes carregadas:
é apenas uma ferramenta de consumo de informação.
As fontes de dados importadas para o Power Pivot são transformadas num formato proprietário da
Microsoft, para que o motor do Power Pivot consiga acessar todos os dados de todas as tabelas da mesma
forma. Em outras palavras: se você importar fontes das mais diversas origens para o Power Pivot, elas serão
convertidas, dentro do Power Pivot, para um mesmo padrão.
Suponha que você altere / inclua / exclua registros de uma fonte de dados que está importada no Power
Pivot, como uma tabela de vendas num banco de dados. Essas alterações não serão refletidas
imediatamente no Power Pivot, será necessário atualizar a consulta manualmente para que o Power Pivot
faça uma nova carga de dados dessa origem. Você pode fazer isso clicando na aba da tabela desejada e, em
seguida, Atualizar para atualizar somente a tabela ativa ou Atualizar Tudo para atualizar todo seu modelo
de dados:
Ao salvar o arquivo de Excel, o modelo de dados em sua totalidade é salvo na pasta de trabalho. Dessa
forma, se quiser enviar a pasta de trabalho para outras pessoas, você não precisa mandar todas as fontes
de dados junto com o arquivo de Excel, pois o arquivo de Excel sozinho já possui tudo o que é necessário
para funcionar.
Uma ressalva é que, dessa forma, a pessoa que receber o arquivo, não poderá atualizar o modelo de dados
e terá que trabalhar com o cache salvo no modelo de dados. Se você quiser que outra pessoa atualize o
modelo de dados, você terá que enviar todas as fontes junto com a pasta de trabalho (exceto as que
estejam na nuvem ou na mesma rede), e a pessoa que receber os arquivos terá que atualizar as conexões
para não obter erros ao, manualmente, acionar o comando de Atualizar.
Para criar um relacionamento, basta clicar com o mouse em um campo e depois arrastá-lo para seu campo
relacionado de outra coluna. Lembre-se que os campos relacionados devem possuir a mesma natureza de
dados, o mesmo tipo de dados e que em uma das tabelas, ele deve ser único. Não precisam ter o mesmo
nome.
Em cada dos relacionamentos, pelo menos uma das colunas não possui itens repetidos. Para esse tipo de
coluna, damos o nome de chave única. Como os Id de clientes, datas no calendário e Id de produtos nunca
repetem-se, dClientes.ClienteId, dCalendário.Data, e dProdutos.ProdutoId.são chaves únicas.
Esse tipo de arquitetura é muito comum para estudar análise de dados, também conhecido como esquema
de estrela. Ao centro, coloca-se uma tabela transacional (também comumente chamada de tabela de
fatos) e nas extremidades da estrela, tabelas satélite / dicionário (conhecidas como tabelas de dimensão).
Muitas vezes, você irá encontrar essas tabelas com a preposição de sua função para facilitar o
entendimento de um modelo de dados, como:
dCalendário ou dimCalendário
dClientes ou dimClientes
dProdutos ou dimProdutos
facVendas ou fVendas
Os termos Coluna Calculada e Campo Calculado não são intercambiáveis. Na verdade, Campo Calculado e
Medida representam a mesma coisa, e Coluna Calculada outra. Não faça essa confusão.
Iniciantes tendem a usar mais Colunas Calculadas porque com elas é possível ter uma visualização mais
prática do efeito da criação do cálculo. No entanto, sem entrar em muito detalhes, tente seguir uma das
boas práticas de DAX que tentar substituir, sempre que puder, Colunas Calculadas por Medidas.
Uma boa prática de se criar Medidas é colocar um ponto final antes de seu nome, como, por
exemplo, .Vendas. O objetivo de se fazer isso é que quando se vai até a tela para construir Tabela
Dinâmicas ou visualizações, os campos que iniciam com ponto final são exibidos primeiro na lista de
campos de cada tabela.
Há uma documentação compreensiva oficial da Microsoft (em inglês) que lista e explica as funções
disponíveis no DAX de acordo com sua categoria: https://msdn.microsoft.com/en-
us/library/ee634396.aspx
3.7.1 RELATED
RELATED é similar ao PROCV do Excel, mas para funcionar, é necessário que exista anteriormente um
relacionamento entre as tabelas. Exemplos:
Preço de Custo = RELATED(dProdutos[PC])
Essa fórmula irá acrescentar numa tabela a coluna Preço de Custo, que irá buscar, de acordo com o
relacionamento existente entre ela e a tabela dProdutos, o valor respectivo da coluna PC.
A expressão abaixo retorna a quantidade de valores distintos da coluna DataPedido da tabela fVendas:
.Dias Vendendo = DISTINCTCOUNT(fVendas[DataPedido])
3.7.3 CALCULATE
CALCULATE é uma forma poderosa de se fazer algo parecido com o que o Excel faz com CONT.SES, SOMASES,
MÉDIASES, etc., mas ainda mais versátil.
Sua sintaxe é:
CALCULATE(<medida>, <filtro1>, <filtro2>, …)
A expressão abaixo retorna a soma de fVendas.Margem para o ano de dCalendário.Ano igual a 2001:
CALCULATE(SUM(fVendas[Margem]), dCalendário[Ano]=2001)
= igual
< menor que
> maior que
<= menor ou igual que
>= maior ou igual que
<> diferente de
Para fazer filtros múltiplos com CALCULATE, utilize && para E e || para OU. Exemplos:
CALCULATE(med; col = valor1 && col = valor2)
Observação: Para usar && e ||, col deve ser a mesma em todos os filtros da expressão.
3.7.4 ALL
ALL remove todos os filtros de uma expressão. É usada como parâmetro junto com a função CALCULATE.
Possui variações como ALLEXCEPT e ALLSELECTED.
Use-se como:
ALL(coluna ou tabela)
Exemplos:
.All Vendas Liquidas Mensais = CALCULATE([.Total Vendas]; ALL(fVendas[NumeroMes]))
.All Vendas Liquidas Mensais Pct = [.Vendas Liquidas] / [.All Vendas Liquidas Mensais]
3.7.5 FILTER
FILTER é usada dentro de CALCULATE quando é necessário fazer um filtro mais complexo, como os
mostrados abaixo:
<coluna> = < medida >
<coluna> = <fórmula>
<coluna> = <coluna>
<medida> = < medida >
<medida> = <fórmula>
<medida> = <valor fixo>
A função CALCULATE foi desenhada para ser rápida e é por isso possui uma segurança para não suportar,
normalmente, comparações como as mostradas acima. No entanto, FILTER rompe essas seguranças e
permite fazer essas comparações. Uma consequência disso é que FILTER afeta desempenho.
Use FILTER sempre em tabelas de dimensão, nunca nas de fatos. Nunca use FILTER se um CALCULATE puro
consegue efetuar o cálculo, por questões de desempenho.
Assim também como o Power Pivot, o Power Query também importa fontes de dados de diversos locais
diferentes, na verdade mais fontes que o Power Pivot (possui 70+ conectores), mas o principal benefício
dele é o fato de poder transformar as consultas importadas de forma muito flexível: suporta a criação de
linhas, colunas e funções personalizadas.
As etapas de transformações nos dados são gravadas em etapas, de forma semelhante ao gravador de
macros VBA do Excel, e são salvas numa linguagem de programação funcional própria do Power Query
chamada apenas de M.
A linguagem é um assunto rico e há uma documentação compreensiva sobre as funções na página oficial da
Microsoft (em inglês) em: https://msdn.microsoft.com/en-us/library/mt779182.aspx
Assim como o Power Pivot, o Power Query também expõe suas fontes importadas no Modelo de Dados do
Excel. Ao passo que fontes oriundas do Power Pivot automaticamente são incluídas no Modelo de Dados,
no Power Query isso deve ser feito manualmente, explicado posteriormente.
Se a guia do Power Query não estiver sendo mostrada, clique na guia Arquivo >> Opções >> Suplementos e
siga os passos da Figura 28:
Ao fazer isso no Excel 2010 e 2013, você verá uma guia do Power Query no Excel:
No Excel 2016 ou superior, não existe uma guia específica Power Query para acessar os recursos do Power
Query, pois a Microsoft integrou o recurso ao Excel. No entanto, você pode ver os comandos disponíveis
nos grupos Obter e Transformar e Consultas e Conexões na guia Dados:
É importante alterar a sua localidade antes de começar a trabalhar para estabelecer as regras, sobretudo,
de como o aplicativo deve lidar com casas decimais ao importar arquivos. A necessidade de se fazer isso se
dá em função de que em alguns países, o separador decimal é o ponto, e no Brasil, é a vírgula. Você pode
mudar essa configuração indo em Arquivo >> Opções e Configurações >> Opções e, na janela que
aparecer, na opção Configurações Regionais e escolher sua localidade, que normalmente será Português
(Brasil).
O Power Query exibe a você diferentes tipos de objetos que você pode importar: há Tabelas (tbFolga,
tbFuncionários, tbLançamentos, etc.), Planilhas (eSettings, vSettings, vCalendário, vCover, etc.) e
Intervalos Nomeados (_xlnm.Extract, BackEnd, Date). Note que os ícones de cada tipo de objeto são
diferentes.
A melhor forma de se trabalhar é importar Tabelas, caso a pasta de trabalho possua os dados organizados
dessa forma.
Outra coisa que vale ressaltar são as opções Carregar e Editar. Se clicar em Editar, a janela do Power Query
será aberta, abordada na seção a seguir.
Se clicar na seta à direita no botão de Carregar, verá duas opções: Carregar e Carregar Para. Ao clicar em
Carregar, o Excel irá criar uma nova Planilha na Pasta de Trabalho atual, com todos os dados listados Tabela
escolhida da outra pasta de trabalho. Para o nosso curso, isso não é interessante, porque como este curso é
de Power BI, estarmos mais interessados na forma de agruparmos os dados. No entanto, se você excluir
essa nova planilha criada, não terá nenhum problema, pois uma conexão será criada e você poderá usar
essa fonte de dados quando quiser na sua pasta de trabalho.
Vale a pena frisar: independentemente da opção que escolher, sempre será criada uma conexão entre a
pasta de trabalho e a fonte de dados.
Existe outra opção interessante nessa janela, que é a de Adicionar estes dados ao Modelo de Dados.
Marque essa opção somente se você for usar essa fonte de dados diretamente numa Tabela Dinâmica,
precisar criar relacionamentos e expressões DAX nela.
Você pode abrir a sua lista de conexões a fonte de dados quando quiser na guia Dados >> comando
Consultas e Conexões. Pode, então, adicionar ou remover suas consultas do Modelo de Dados.
O Power Query exibe a você diferentes tipos de objetos que você pode importar: há Consultas
(rAluno_Saude1, rAluxo_Sexo, etc.) e tabelas (Aluno, Aluno_Atestado). Note que os ícones de cada tipo
de objeto são diferentes.
Se o arquivo tiver sido criado em configurações regionais diferentes e acentuações estiverem sendo
exibidas incorretamente, altere a Origem do Arquivo para o valor correto. O Power Query tenta adivinhar
qual é o Delimitador correto do arquivo, mas você pode escolher outros manualmente. A Detecção de
Tipos de Dados será explicada posteriormente.
Você pode usar o mouse para clicar e navegar entre as etapas. A visualização da consulta irá atualizar para
mostrar como ficam os dados na etapa selecionada.
É recomendável renomear todas as etapas porque, dessa forma, você estará documentando seu trabalho,
facilitando a manutenção posterior da consulta.
Embora não iremos trabalhar diretamente com código M, é interessante e prático exibirmos a barra de
fórmulas no aplicativo, porque muitas vezes iremos editar algum texto da etapa atual diretamente. Para
exibir a barra de fórmulas, vá na guia Exibição >> caixa de seleção Barra de Fórmulas.
Existem boas práticas para transformação de dados e geração de etapas. Tente, na medida do possível,
fazer todas as transformações da mesma natureza de uma vez para gerar apenas uma etapa. Por exemplo:
se você renomear Coluna1 para Nome e mudar o seu tipo de dados para Texto, depois renomear Coluna2
para Idade e depois mudar o tipo de dados para Número, irá gerar quatro etapas. No entanto, se renomear
Coluna1 e Coluna2 em sequência, e depois alterar o tipo de dados de ambas as colunas, terá gerado
apenas duas etapas.
Por padrão, o Power Query tenta detectar e atribui tipos de dados automaticamente nas colunas de fontes
de arquivos que não vem taipadas (como as fontes que são oriundas de arquivo texto ou Pastas de
Trabalho do Excel). Embora útil, isso pode ser perigoso porque ele usa apenas as primeiras linhas para fazer
essa detecção, e se for atribuído um tipo de dados de número a uma coluna que nas linhas mais inferiores
possui letras, você não conseguirá carregar a consulta e irá obter um erro. Para corrigir esse tipo de erro,
você deverá excluir a etapa que ele cria para detectar o tipo de dados.
É possível desligar o recurso de atribuir automaticamente o tipo de dados indo em Arquivo >> Opções e
Configurações >> Opções de Consulta >> Carregamentos de Dados e desligar a caixa de seleção Detectar
automaticamente tipos de colunas e cabeçalhos de fontes não estruturadas.
4.5 Transformações
O Power Query possui vários comandos que permitem que você transforme seus dados antes de consumí-
los em seus relatórios, tabelas dinâmicas e visualizações. Esta seção é dedicada a explicá-los.
4.5.1 Filtros
Você pode filtrar dados clicando na seta que aparece à direita do nome da coluna:
O entendimento de filtrar itens no Power Query é diferente de filtrar no Excel: no Excel, ao filtrar, estamos
apena ocultando os dados. O Power Query, ao filtrar, elimina os dados da consulta.
Vale a pena reiterar que os dados são eliminados da consulta dentro do Power Query e que, em nenhum
momento, o Power Query altera ou remove os dados da fonte original do arquivo da consulta.
Existe diferença entre um dado em branco e um dado nulo. O dado em branco é aquele em que o usuário
ativamente atribuiu um valor de texto igual a 0 como, por exemplo, o resultado da fórmula
=SE(A1="Felipe";"Administrador";""). Essa fórmula pode retornar uma sequência de texto em
branco, mas ele não é mesma coisa do dado nulo.
Você pode remover, duplicar e renomear colunas. Pode também "remover outras colunas": esse comando,
ao ser aplicado, remove todas as colunas que não estejam no momento selecionadas. É uma abordagem
interessante, porque ao invés de gravar uma etapa em que se excluir colunas específicas, você seleciona as
que precisa. Se sua fonte de dados tiver uma arquitetura de colunas que pode variar, essa operação pode
ser útil porque você sempre irá selecionar as colunas que precisa.
Vale ressaltar que, ao contrário do Excel, no Power Query não existe dependência entre as colunas. Isto é,
se a ColunaC é o resultado da soma entre ColunaA e ColunaB, no Power Query você poderá excluir as
colunas ColunaA e ColunaB sem prejudicar os dados da ColunaC.
Para fazer operações entre colunas, vá na guia Página Inicial >> Escolher Colunas, ou Página Inicial >>
Remover Colunas. Alternativamente, você pode clicar com o botão da direita na coluna para mostrar um
menu flutuante com opções dessas operações.
Recomendo que você adicione para sua Barra de Ferramentas de Acesso Rápido um comando muito útil
para ganhar tempo na navegação de consultas que possuem muitas colunas, que é o comando na guia
Exibição >> Ir para Coluna:
Esse comando exibe uma janela de pesquisa de colunas que ajuda você encontrar facilmente colunas numa
consulta.
Observe que os dados começam somente a partir da linha 7 (cabeçalho). Então, é necessário aplicar uma
transformação de remover as linhas principais. Você pode acessar esse comando através da guia Página
Inicial >> Remover Linhas. Alternativamente, você pode, ao invés de remover, Manter Linhas (logo ao lado
do dropdown de Remover Linhas na Faixa de Opções). Esse comando considera apenas uma quantidade de
linhas que você definir e elimina todas as outras.
Nesse tipo de caso, é necessário promover a linha número 1 para cabeçalhos. Para fazer isso, basta ir na
guia Página Inicial >> grupo Transformar >> comando Usar a Primeira Linha como Cabeçalho.
Você pode selecionar mais de uma coluna para remover duplicatas. Nesse caso, que você faça essa
operação em duas colunas: na coluna Nome, tem os nomes Felipe, Rodrigo e Renata. Na coluna Moradia,
Casa e Apartamento. Suponha que essa consulta tenha várias linhas e combinações de cada nome
apareçam com cada moradia. Ao selecionar as duas colunas e remover duplicatas, serão listadas as
combinações únicas de cada nome com moradia, isto é Felipe-Casa, Felipe-Apartamento, Rodrigo-
Casa, Rodrigo-Apartamento, Renata-Casa e Renata-Apartamento.
Esse comando pode ser usado para você criar, facilmente, uma lista de itens únicos ou simplesmente
visualizar temporariamente os itens únicos para depois, imediatamente apagar a etapa.
Para dividir esses dados em coluna, cada um numa coluna, use o recurso da guia Página Inicial >> grupo
Transformar >> Dividir Coluna. Você terá comandos para dividir por um delimitador (que é o caso de nosso
exemplo, em que o delimitador é um hífen) ou poderá separar os dados por um comprimento fixo do
número de caracteres.
4.5.9 Agrupar
O Power Query carrega fontes de dados em consultas e não as agrupa. Quem faz isso são as Tabelas
Dinâmicas e as visualizações do Power BI. No entanto, pode ser que você precise, em alguns casos especiais
de transformações, agrupar seus dados.
Por exemplo, se você tem uma consulta que possui as colunas Funcionário, Departamento e Salário e várias
linhas descrevendo a folha de pagamentos de uma empresa, poderá criar um agrupamento que liste cada
departamento uma vez, com o valor total (soma) da folha de pagamento de todos os funcionários e a
quantidade (contagem) de funcionários por departamento.
As opções para agrupar dados se encontram na Página Inicial >> grupo Transformar >> comando Agrupar
Por.
Suponha que você tenha uma consulta de vendas em que uma das colunas, a ProdutoId, possui o código
de um produto vendido. Para ler as vendas num relatório, você precisa saber qual é o nome e valor desse
produto, mas os mesmos se encontram numa consulta separada que possui as colunas ProdutoId, Nome
do Produto e Preço Unitário. Você pode usar o recurso de Mesclar Consultas para associar as duas
consultas através de uma chave - que será no caso a ProdutoId - e acrescentar à consulta de Vendas as
colunas Nome do Produto e Preço Unitário da consulta de Produtos.
Vale ressaltar que para essa operação ser bem sucedida, a quantidade de colunas bem como o nome das
colunas das consultas envolvidas na operação devem ser iguais, caso contrário, poderá ter colunas com
dados parcialmente em branco. Exemplo: se a consulta Funcionários possui as colunas Nome, Idade e
Salário, e a consulta Clientes possui as colunas Nome, Idade e Renda, o resultado dessa operação irá
resultar numa consulta com quatro colunas: Nome, Idade, Salário e Renda. O problema é que a coluna
4.5.12 Substituir
Você pode fazer a substituição de dados numa consulta. Por exemplo, se sua fonte vem de um sistema em
que não é possível corrigir alguns dados e há erros ortográficos, você pode substituir a palavra
Correspondencia por Correspondência.
Esse comando está disponível na guia Transformar >> grupo Qualquer Coluna >> Substituir Valores. Nesse
mesmo local se encontra também o comando Substituir Erros. Ele é útil para substituir somente erros em,
por exemplo (dado não encontrado) e assim permitir que você carregue sua consulta no seu bloco de
visualização ou Tabela Dinâmica.
4.5.13 Preenchimento
Na guia Transformar >> grupo Qualquer Coluna >> Preenchimento há um comando útil para corrigir o tipo
de situação mostrado abaixo:
É sabido que tudo que está abaixo de BA até CE é BA. Tudo abaixo de CE até o próximo valor, também será
CE e assim por diante. Esse comando permite que seja feito esse preenchimento de valores nulos para que
você corrija sua consulta.
Observe que agora todos os anos se encontram na mesma coluna, bem como seus valores. Obviamente, a
quantidade de linhas na tabela foi multiplicada pela quantidade de anos selecionados, já que é necessário
uma linha para representar cada ano.
4.5.16 Formato
Na guia Transformar >> grupo Colunas de Texto >> comando Formato, são exibidos comandos para que
você transforme o texto de uma coluna, como:
4.5.17 Extrair
Na guia Transformar >> grupo Colunas de Texto >> comando Extrair, são exibidos comandos para que você
extraia somente um trecho do texto de cada dado da coluna. As descrições de cada opção de extração são
autoexplicativas:
Comprimento
Primeiros Caracteres
Últimos Caracteres
Intervalo
Texto Antes do Delimitador
Texto Após o Delimitador
Texto Entre os Delimitadores
Você pode personalizar que a sequência inicial e também o valor de incremento de cada passo.
Você pode adicionar quantas etapas desejar, além de poder também usar outras colunas como valores de
comparação para os testes condicionais.
Preencha o campo Caso Contrário para especificar o valor de retorno se todos os testes condicionais
falharem.
Se estiver no Power Query, você consegue iniciar o assistente para importar múltiplos arquivos indo na guia
Página Inicial >> Nova Fonte >> Mais. Na janela que aparecer, clique em Pasta e, depois Conectar. Em
seguida, escreva ou selecione o caminho da pasta que deseja importar, clique em OK. Uma nova janela irá
abrir, em que você deverá clicar (preferencialmente) no botão que tem escrito Combinar e Editar.
Uma janela irá aparecer para você selecionar um Arquivo de Exemplo. Normalmente, não fará muita
diferença o arquivo que escolher. Após selecioná-lo, clique em OK. Uma consulta (que terá o nome da
pasta que você escolheu) será gerada e ela possui o resultado de todos os arquivos consolidados. Além
dela, o Power Query irá criar uma estrutura com parâmetros e funções parecida com o que é mostrado
abaixo:
O princípio de funcionamento desse comando é: ele utiliza um arquivo de amostra, que você selecionou
durante a etapa de importação, para aplicar os passos na consulta chamada Transformar o Arquivo de
Exemplo de 06-Pastas.
Erros podem acontecer por uma grande variedade de motivos. Pode ser que em uma coluna que você
atribuiu tipo de dados numéricos contenha texto, então os valores de texto se transformam em erros.
Se, na janela de erros da Figura 44, você clicar em Exibir Erros, a janela do Power Query será aberta:
Observe que foi criada uma nova consulta e também uma coluna extra, chamada normalmente de Número
da Linha, para que você consiga localizar, em sua fonte de dados, a anomalia do dado que pode estar
gerando erro.
Após corrigir os erros, você pode, se quiser, apagar a consulta suplementar que foi criada pelo Power
Query.
Usando as setas de filtro das colunas ou indo na guia Página Inicial >> Remover Linhas >> Remover Erros,
você pode eliminar todos os erros de uma coluna, mas isso normalmente não é uma coisa boa a se fazer,
pois dados que estão sendo exibidos como erros podem estar nesse estado por causa de uma
transformação incorreta aplicada na consulta. Só utilize o recurso de remover erros se tiver certeza que
linhas de erro podem ser descartadas sabendo da arquitetura da sua fonte de dados.
Não confunda Power BI Desktop com Power BI - o primeiro é um software e o segundo é um conjunto de
tecnologias da Microsoft. A palavra Desktop no final faz toda diferença. Você pode entender que o Power
BI Desktop é um dos braços do Power BI.
5.1.1 Interface
A interface do Power BI Desktop pode ser vista na Figura 46:
O conteúdo principal apresentado no canvas Power BI Desktop são as visualizações. Com ele, é possível
construir dashboards poderosos, dinâmicos e bonitos.
Assim como no Excel, o Power BI Desktop tem abas (5), em que cada aba possui um dashboards diferente.
É possível criar, excluir, renomear e duplicar abas.
Cada componente do dashboard (ou canvas) é também conhecido como bloco de visualização, ou
simplesmente visualização. Os painéis Visualizações (3) e Campos (4) possuem recursos para formatar e
criar blocos de visualização.
No topo da janela da aplicação há algumas guias (1), que servem para importar dados, criar cálculos,
medidas, visualizações, entre outros.
Você pode trabalhar com 3 modos de exibição diferentes (2) no Power BI Desktop. O modo que se encontra
a Figura 46 é Relatório. O segundo modo de exibição se chama Dados, e é semelhante ao que podemos ver
na interface principal do Power Pivot, na figura abaixo:
Nesse modo de exibição, podemos ver nossas consultas à direita (ao invés de abas, como no Power Pivot) e
é possível expandir uma consulta para ver os campos que ela possui. Ao clicar numa consulta diferente, os
dados serão exibidos no canvas.
Além desses três modos de exibição, o Power BI Desktop possui também uma janela específica para o
Power Query, que pode ser acessada a partir da tela principal na guia Página Inicial >> Editar Consultas.
Você deve imaginar, então, várias semelhanças entre trabalhar com o Power BI no Excel e no Power BI
Desktop.
Para fazer a importação, vá na guia Página Inicial >> grupo Dados Externos.
Um assistente será iniciado e, a partir dele, você deverá selecionar a pasta de trabalho (arquivo de Excel)
que contém o modelo de dados que deseja importar e seguir as outras etapas até concluir o assistente.
Você pode criar uma nova Visualização clicando num dos elementos (1). A partir daí, basta arrastar os
campos (2) desejados e aplicar formatações. Em (3), você pode alternar para exibir a lista de Campos que
está atribuída à visualização e ao clicar no segundo ícone, vai até Formato, onde é possível aplicar
formatações. O terceiro ícone mostra opções para Análise e criação de linhas de tendência, por exemplo.
Se quiser alterar o tipo de visualização, basta clicar na visualização desejada e depois clicar em outra
visualização do Painel de Visualizações.
Para selecionar mais de um bloco de visualização, basta manter pressionada a tecla Ctrl ao clicá-los.
A tecla Esc desfaz a seleção atual. Um erro comum cometido por iniciantes é querer criar uma visualização
sem desfazer a seleção atual porque se houver algum bloco selecionado, ao invés de ser criado uma nova
visualização, a selecionada será alterada. Para isso, a tecla Esc é útil.
5.4.4 Mapas
A figura abaixo mostra 3 tipos distintos de visualizações de mapas: a da esquerda e do meio são do tipo
Mapa Coroplético e a da direita Mapa:
O Power BI Desktop precisa estar conectado à internet para que essas visualizações funcionem, pois os
mapas mostrados usam o motor online do Bing Maps. Você pode usar coordenadas geográficas, nome de
países, estados, cidades, etc. para usar como campo de localização dos mapas.
Vale a pena ressaltar que, caso não use campos de coordenadas geográficas, você deverá formatar
manualmente o tipo de dados do campo de localização. Por exemplo, se o campo de localização for itens
Na Figura 55, na esquerda temos uma visualização de Tabela e à esquerda, de Matriz. A visualização de
Matriz é bastante semelhante à Tabela Dinâmica do Excel, e você pode usá-la para estudar suas expressões
DAX.
Note também que elas possuem formatação condicional. A Tabela está com formatação condicional de
barras, e a Matriz com formatação condicional de cores de fonte. Além desses dois tipos de formatação
condicional, há também a possibilidade de colorir o fundo de cada célula. Para criar, editar ou excluir uma
formatação condicional, selecione a visualização desejada, clique na seta para mostrar uma janela flutuante
e vá em Formatação condicional ou Remover formatação condicional:
Assim como no Excel, ao arrastar para a área um campo de datas, o Power BI Desktop irá desmembrar essa
data em Ano, Trimestre, Mês e Dia.
Ao clicar em (1), sobe-se um nível da hierarquia. Por exemplo, se você estiver enxergando a visualização no
nível de Dia e clicar nesse botão, irá subir para Mês e, ao clicar novamente, para Ano.
(3) também desde para o próximo nível, mas ao invés de consolidar itens com o mesmo nome, exibe os
itens desagrupados:
Quando sua visualização se encontra dessa forma, pode ser interessante desabilitar a formatação Eixo X >>
Concatenar rótulos para o eixo horizontal fique melhor de ler:
Ao clicar em (4) (da Figura 57), você habilitará o recurso de drill down clicando num ponto da série. Quando
esse recurso fica habilitado, verá que o ícone (4) ficará escuro. Daí, se você por exemplo clicar num item do
campo do Ano, como 2015, o Power BI Desktop descerá para o nível seguinte (Mês) e exibirá os meses de
Janeiro a Dezembro somente de 2015:
Além de criar, é possível renomear e excluir campos de hierarquia ao clicar sobre ele com o botão da direita
do mouse. Se excluir o campo de hierarquia e ele estiver sendo usado em alguma visualização, a
visualização exibirá um erro.
Em (2) (Filtros de nível de página), você pode inserir um campo que, ao ser filtrado, poderá influenciar
todas as visualizações da página.
Em (3) (Filtros de nível de relatório), você pode inserir um campo que, ao ser filtrado, poderá influenciar
todas as visualizações de todas as páginas do seu relatório. Use esse recurso com cuidado.
Ao clicar na fatia de pizza correspondente à Afonso Peixoto, o visual de colunas destaca, isto é, realça a
contribuição de vendas referente à somente Afonso Peixoto.
No modo Filtro, a escala do gráfico de colunas pode ser atualizada para mostrar a evolução de vendas de
Afonso Peixoto no período delimitado de janeiro a dezembro.
Você irá observar que todas as outras visualizações, exceto a que você escolheu, apresentarão ícones
mostrados à direita da Figura 1Figura 66. (1) faz com que a interação seja através de Filtros, (2) por Realce e
(3) desabilita a interação da visualização com a que está selecionada.
Vale ressaltar que ao clicar num ponto de uma série numa visualização, o filtro (ou realce) aplicado no nível
da página é criado, mas, ao clicar num outro bloco de visualização, esse filtro é perdido. Em outras palavras,
não é possível criar filtros de nível de relatório clicando em diferentes visuais em sequência. Para resolver
esse problema, podemos usar o bloco de visualização de Segmentação de Dados da seção 5.9.
Os blocos de visualização de segmentação de dados são bastante úteis porque além de aplicar eles não só
fazem um filtro de nível página, mas como também os mantém. Além disso, ele possui recursos próprios
que facilitam buscar itens de um campo a ser filtrado com mais facilidade.
Algumas formas, como retângulos, caixas de texto, círculos e setas podem ser inseridos através da guia
Página Inicial >> grupo Inserir.
Para colocar uma marca d'água / imagem de fundo, desselecione todos os objetos pressionando a tecla Esc.
Vá então no Painel de Visualizações >> Formato >> Plano de fundo da página:
Não se esqueça de ajustar a Transparência, senão a imagem poderá atrapalhar a leitura do relatório.
Por vezes, é interessante habilitar a caixa de seleção Ajustar Objetos à Grade: dessa forma, os seus blocos
de visualização movem-se de acordo com uma grade no canvas e assim você poderá alinhar os blocos de
visualização com um layout melhor formatado.
A caixa de seleção Painel de Seleção também é interessante: ela mostra um painel com os blocos de
visualização da página, permitindo selecionar visualizações com mais facilidade e inclusive ocultar alguns.
Esses comandos são úteis ao selecionar mais de um bloco de visualização (segurando a tecla Ctrl) para
alinhar ou distribuir as visualizações pelo canvas.
Em seguida, você deve criar um relacionamento entre a coluna de data dessa tabela com a de data de outra
tabela que você deseja colocar num relatório.
Ao tentar usar o campo de mês dessa tabela de calendário, você poderá se deparar com esse problema:
Se você não tiver salvado alterações, será questionado se deseja fazer tal e, em seguida, aparecerá uma
janela para você entrar suas credenciais, isto é, seu login e senha em um serviço do Office 365. Se trabalha
numa empresa, normalmente você deverá usar como login seu endereço de e-mail como
meunome@empresa.com. Se seu login for recusado, entre em contato com o administrador da sua conta
do Office 365 e solicite-o para que ele atribua uma licença do Power BI para você. Existem, basicamente,
duas modalidades de licença, a gratuita e a Pro.
Se ainda não possuir uma conta e não for usar o Power BI pela sua empresa, você pode criar uma conta
gratuita acessando https://signup.microsoft.com/signup
Se você possui a licença grauita do Power BI, poderá trabalhar apenas no seu espaço de trabalho.
No momento em que você publica um painel do seu Power BI Desktop para o serviço do Power PI, ele é
gravado no seu grupo de trabalho na forma de Relatório. Um relatório pode ter várias abas, que na
verdade são as mesmas abas do seu projeto do Power BI Desktop.
Existe outro tipo importante de objeto no Serviço do Power BI que são os Painéis. Painéis podem ser
montados a partir dos Relatórios que você subiu para o Serviço do Power BI. Por exemplo, você pode subir
Relatórios provenientes de diferentes arquivos de Power BI Desktop, cada um com várias abas, e montar
um painel com apenas uma aba de cada. Logo, para montar um Painel, você deve adicionar aba por aba dos
relatórios que deseja acrescentar ao Painel.
Para navegar entre os Painéis e Relatórios num Grupo de Trabalho desejado, clique em Espaços de
Trabalho e selecione o Grupo de Trabalho desejado:
Em seguida, você poderá ver a lista de Painéis e Relatórios publicados por você:
Outra característica fundamental de Painéis é que você pode gerar um link (URL) de acesso a eles e então
eles poderão ser compartilhados com outras pessoas. Se você possui a licença gratuita do Power BI, poderá
gerar apenas links públicos, isto é, qualquer pessoa que tiver acesso. No entanto, se você tiver a licença do
Power BI Pro, poderá escolher pessoas específicas que poderão acessar, mediante login, o Painel. Vale
ressaltar que essas pessoas deverão ter também uma licença do Power BI Pro.
Para acrescentar uma página de um Relatório a um Painel existente ou para criar um novo Painel, selecione
a página desejada do Relatório que deseja adicionar e clique em Fixar estar Página em Tempo Real. Em
seguida, selecione um Painel existente ou crie um novo e então finalmente clique em Fixar em Tempo Real:
Repita esse processo até adicionar todas as páginas de Relatórios que quiser no seu Painel. Agora é hora de
compartilhar seu Painel com outras pessoas ou colegas de trabalho. Para fazer isso, primeiramente vá até
um Painel. Em seguida, clique em Compartilhar. Um Painel de Tarefas irá abrir com mais opções:
Nesse painel, escreva o nome das pessoas da sua organização que poderão ter acesso ao Painel. Se quiser
enviar um e-mail a eles com o Link do Painel (mostrado na porção inferior da Figura 78), você pode deixar
uma mensagem personalizada.
Você pode limitar ou permitir se essas pessoas que receberão o link poderão compartilhar esse Painel
adicionalmente com outras pessoas. Para restringir essa ação deles, você marcar a caixa de seleção
Permitir que destinatários compartilhem seu painel.
Se quiser alterar as permissões de acesso desse Painel, basta voltar no serviço do Power BI, selecionar o
Painel desejado e clicar novamente no botão de Compartilhar.