Gestão Das Organizações
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Gestão Das Organizações
Título
Ano de Edição
2007
Nova Etapa
Rua da Tóbis Portuguesa n.º 8 – 1.º andar, Escritórios 4 e 5
1750-292 Lisboa
Telefone: 21 754 11 80
Fax: 21 754 11 89
E-mail: info@nova-etapa.pt
Site: www.nova-etapa.pt
Gestão das Organizações – Manual do Formador
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
FICHA TÉCNICA
Título
Ano de Edição
2007
Nova Etapa
Rua da Tóbis Portuguesa n.º 8 - 1.º andar, Escritórios 4 e 5
1750-292 Lisboa
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
ÍNDICE
3. BENEFÍCIOS ................................................................................................................................. 9
4. PRÉ-REQUISITOS ........................................................................................................................10
INTRODUÇÃO .........................................................................................................................18
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL............................................................................................31
INTRODUÇÃO .........................................................................................................................40
INTRODUÇÃO .........................................................................................................................55
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INTRODUÇÃO .........................................................................................................................65
INTRODUÇÃO .........................................................................................................................80
INTRODUÇÃO .........................................................................................................................81
8. PLANIFICAÇÃO ...........................................................................................................................89
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3. BENEFÍCIOS
O presente recurso técnico pedagógico pretende dar resposta a uma necessidade cada
vez mais premente de desenvolvimento, aprofundamento e actualização das
competências dos responsáveis, nos diversos níveis de intervenção, pela Gestão das
Organizações.
Se, por um lado, é necessário dotar os profissionais de saberes teóricos e técnicos, não
menos importante é a aplicação prática desses recursos nas suas realidades
organizacionais. Neste pressuposto foi concebido este Manual, com uma estrutura
baseada em capítulos interdependentes mas que podem ser explorados de forma
autónoma, permitindo a cada participante orientar a sua aprendizagem de acordo com
as suas necessidades. Poderá aperfeiçoar técnicas e instrumentos de planeamento
estratégico, actualizar ou aprofundar fundamentos teóricos acerca dos modelos de
gestão, ou optar por realizar uma abordagem sequencial, evoluindo etapa a etapa.
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4. PRÉ-REQUISITOS
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5. PERFIL DO FORMADOR
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6. NOTA EXPLICATIVA
Este recurso foi concebido como suporte à actividade do formador. A sua estrutura
integra três blocos com orientações concretas para o desenvolvimento das acções
formativas: Desenvolvimento de Conteúdos/Actividades (ponto 7), Planificação
(ponto 8), Fichas de Exploração/Enunciados dos Exercícios e Instrumentos de
Avaliação (ponto 9).
Cada uma destas partes poderá ser utilizada separadamente ou entendida como sendo
parte de um todo. Pretendemos desta forma atribuir-lhe um carácter prático e
funcional, de tal forma que o formador possa seguir as orientações metodológicas,
sem estar preso à planificação sugerida, podendo recorrer aos exercícios propostos ou
a outros alternativos.
Poderá ainda ser actualizável em qualquer momento, bastando para tal retirar uma das
fichas de exploração e respectivo enunciado de exercício, e substituí-los por outros
considerados mais adequados ao grupo ou ao estilo de intervenção do formador.
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do Formando, com uma bateria de exercícios que podem também ser analisados em
sala.
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PLANO GERAL
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I – FUNDAMENTOS DE GESTÃO
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
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INTRODUÇÃO
CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO
Comece por questionar os formandos acerca da noção que têm sobre Organização.
Poderá mesmo aplicar um mini-brainstorming pedindo palavras que estejam
associadas ao conceito.
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Formador
“Conjunto de duas ou mais pessoas que realizam tarefas, seja em grupo, seja
individualmente, mas de forma coordenada e controlada, actuando num determinado
contexto ou ambiente, com vista a atingir um objectivo predeterminado através da
afectação eficaz de diversos meios e recursos disponíveis.”
Actuação coordenada: Para que exista uma organização, naturalmente não basta que
um conjunto de pessoas actue com vista a atingir um objectivo comum; é necessário
também que essas pessoas se organizem, ou seja, que desenvolvam as suas actividades
de forma coordenada e controlada para atingir determinados resultados. A
coordenação e o controlo são muitas vezes efectuados por um gestor mas encontram-
se organizações em que estas tarefas são efectuadas por todos os membros em
conjunto através, por exemplo, de um órgão colegial, ou através de equipas
autónomas, autogeridas (ver maior desenvolvimento no capítulo III – Modelos e
Formas de Organização do Trabalho). Os cargos com funções de coordenação e
controlo encontram-se definidos de forma formal na estrutura organizacional (ver
ponto 4 deste capítulo).
1
Glossário de gestão, in Forum de gestão da Universidade de Coimbra [versão electrónica, disponível em
eden.dei.uc.pt/gestao/forum/glossario/index.htm (consulta em 23/11/2006)]
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exterior. Actualmente, tem vindo a ganhar cada vez mais peso a ideia de que as
pessoas não são apenas mais um recurso, mas O Recurso essencial de todas as
organizações. Nesse sentido, progressivamente, a Gestão de Recursos Humanos está a
ser repensada e a dar lugar à Gestão de Pessoas.
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Formador
Caso tenha hipótese de aceder à Internet, poderá nesta fase sugerir aos participantes
que façam uma pesquisa no sítio do Instituto Nacional de Estatística a fim de
identificar a Classificação de Actividade Económica (CAE) da organização onde
trabalham.
Finalmente, termine este ponto relativo à tipologia das organizações, fazendo uma
breve exposição sobre as possibilidades de classificação de acordo com a forma
jurídica.
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♦ Planear
♦ Organizar
♦ Comandar
♦ Coordenar
♦ Controlar
♦ Papéis interpessoais
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Formador
♦ Papéis informacionais
♦ Papéis decisionais
Empreendedor;
Solucionador de problemas (disturbance handler);
Alocador de recursos;
Negociador.
Importa aqui dar destaque aos papéis que têm a ver com as relações interpessoais e que
se sobrepõem largamente às questões puramente técnicas de optimização do uso de
recursos materiais.
Para finalizar este ponto, poderá apresentar ao grupo uma ficha com as funções do
gestor de acordo com a abordagem defendida por Peter Drucker (neo-clássica),
solicitando aos participantes que procurem identificar semelhanças e diferenças entre
as duas visões anteriores (Exercício n.º 2).
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Seja qual for a sua opção, após a identificação e a análise crítica das funções do
gestor, importa ainda que leve os participantes a valorizarem os vários
constrangimentos na actuação dos gestores. Propõe-se assim a análise de caso em
pequenos subgrupos, seguido de debate (Exercício n.º 4).
Dos aspectos a considerar que afectam as tarefas do gestor, importa que sejam
referidos os seguintes:
Exigências – São todas aquelas coisas que o gestor deve fazer, sob pena de ser
sancionado caso não as faça e de perder posição. Incluem-se neste item as normas, os
objectivos, os prazos a cumprir, a preparação de orçamentos, a autorização de
despesas, a assinatura de documentos, a presença em determinantes reuniões, ou até
mesmo as avaliações de desempenho.
As escolhas – São as actividades que o gestor pode executar mas às quais não está
obrigado. As exigências e os constrangimentos limitam as escolhas a curto prazo. No
entanto, a longo prazo, o gestor tem possibilidade de modificar as exigências e
remover alguns dos constrangimentos.
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Formador
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Formador
PROPOSTA DE ACTIVIDADE
Após a análise do caso, poderá mesmo distribuir cópia da matriz que se segue em branco,
Elevada
Elevada Elevada Elevada
dependência
dependência dependência dependência
dos seus
dos superiores dos seus pares externa
subordinados
Gestor de
vendas
Administrador
hospitalar
Director de
pessoal
Gestor de loja
de retalho
Gestor de
controlo de
qualidade
Director
financeiro
Gestor de
compras
Faça uma síntese final desta temática, destacando que as funções e as actividades
desenvolvidas pelos gestores são, em grande medida, condicionadas por factores
internos e externos à organização. Como condicionantes internas, refira o padrão de
relacionamento existente entre superiores, pares e subordinados, o padrão de trabalho
desenvolvido, ou mesmo o grau de exposição/responsabilização do cargo exercido.
São igualmente relevantes, a dimensão da organização, a fase do ciclo de vida, etc.
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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Em conclusão deste exercício, poderá mesmo projectar o Diapositivo n.º 10, com a
figura seguinte, ou distribuir em papel para ser analisado pelos participantes.
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Formador
Fonte: Adaptado de Pina e Cunha, et al. Manual de comportamento organizacional e gestão. 2003
Departamentalização
Linha e assessoria
Especialização do trabalho
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O quê
Como
Quando
De quem
Para quem comunicar
Importaria ainda nesta fase, que os formandos reconhecessem a diferença entre os dois
tipos de autoridade distintas, Autoridade Hierárquica e Funcional, e o facto de uma e
outra poderem não ser sinónimas.
Exemplo de Exemplo de
Presidente
do CA
A
D E
Regional
Norte
Setor de Caixa
vendas
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Formador
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
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Embora no passado ainda recente, a comunicação informal fosse vista muitas vezes
como uma ameaça à eficiência da organização, e as preocupações comunicacionais dos
gestores estivessem muito centradas na tradicional comunicação formal “top-down”,
fiel às hierarquias e aos fluxos burocráticos das organizações, actualmente é cada mais
reconhecida a importância deste tipo de comunicação dentro das empresas.
Após a análise do caso e a apresentação das várias propostas dos participantes, faça
uma síntese referindo as principais características da comunicação formal e informal:
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Formador
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PROPOSTA DE ACTIVIDADE
Se considerar adequado ao seu público-alvo, poderá ainda utilizar o mesmo caso referido
elaboração do Aviso e propor uma forma de redacção alternativa. Caso opte por realizar esta
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Formador
Alguns autores afirmam mesmo que uma parte significativa do sucesso de uma
organização está dependente da eficácia da comunicação. Importa ter em conta
algumas das principais barreiras, existentes na comunicação verbal e escrita, e assumir
comportamentos facilitadores.
Eis alguns dos principais conceitos a abordar relacionados com o papel dos blogues na
comunicação interna da organização:
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Formador
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OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
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Sugere-se que faça uma abordagem activa desta temática, procurando relacionar os
aspectos mais teóricos com a experiência e a realidade dos participantes.
Poderá iniciar esta temática fazendo uma exposição breve sobre os primórdios da
história da gestão, dando alguns exemplos de boas práticas, tais como a construção das
pirâmides de Gizé. Para tal, projecte o Diapositivo n.º 15.
ACTIVIDADE FORMATIVA
Em alternativa, e após uma breve exposição sobre os princípios básicos do Taylorismo, poderá
♦ Frederick Taylor foi o percursor deste modelo. Começou a sua vida profissional
como operário, tendo tido uma rapidíssima ascensão dentro da Midvale Steel: em
sete anos passou de operário a capataz, a contramestre e a chefe de oficina, tudo
isto ao mesmo tempo que frequentava o curso de engenharia.
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Conceito Descrição
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PROPOSTA DE ACTIVIDADE
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Enquanto que Taylor incidiu as suas análises em torno das tarefas, Fayol preocupou-
se essencialmente com as componentes estruturais e funcionais que são fulcrais para o
funcionamento de qualquer empresa.
PROPOSTA DE ACTIVIDADE
Dê agora mais destaque às designadas Core Activities do Gestor, solicitando aos participantes
para definirem de forma mais rigorosa o que está contemplado em cada uma das actividades
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Planear
Organizar
Organizar significa reunir tudo o que é útil e necessário para fazer funcionar uma
organização: matérias-primas, meios de trabalho, capital e recursos humanos. Trata-se
de organizar o corpo social da empresa nas suas seis estruturas básicas essenciais, por
forma a garantir a execução de todas as operações que lhe são inerentes.
Comandar
A partir do momento em que o corpo social está constituído é preciso fazer com que
ele funcione. O comando deve ser exercido pelos diferentes chefes e cada um deve ser
responsável pela unidade em que está inserido. Na perspectiva de Fayol, a arte de
comandar assentava num conjunto de qualidade pessoais de chefia e também no
conhecimento dos princípios gerais de administração.
Coordenar
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Controlar
Para terminar este ponto, caso considere pertinente, poderá ainda apresentar os
Diapositivos n.ºs 18 a 20 com os catorze princípios de Fayol aplicáveis à gestão das
organizações.
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Sugere-se agora que faça uma abordagem aos modelos comportamentalistas, através da
análise de um Caso (Exercício n.º 11).
♦ Cada pessoa possui sempre mais do que uma motivação. Toda a necessidade
está intimamente ligada com o estado de satisfação ou insatisfação de outras
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Sistemas de Gestão
Variáveis Principais 1 2 3 4
Autoritário- Autoritário-
Consultivo Participativo
Coercitivo Benevolente
Centralizado na Consulta aos níveis Totalmente
Totalmente
cúpula, mas inferiores, descentralizado. A
Processo de centralizado na
permite alguma permitindo a cúpula define
decisão cúpula da
delegação, de participação e políticas e controla
organização.
carácter rotineiro. delegação. os resultados.
Relativamente
Muito precário. A cúpula procura Sistemas de
precário,
Somente facilitar o fluxo no comunicação
prevalecendo
Sistema de comunicações sentido vertical eficientes são
comunicações
Comunicações verticais e (descendente e fundamentais para
descendentes
descendentes ascendente) e o sucesso da
sobre as
carregando ordens. horizontal. empresa.
ascendentes.
Provocam Trabalho em
São toleradas
desconfiança. Certa confiança equipas. Formação
relativamente.
Organização nas pessoas e de grupos é
Organização
Relações Informal é vedada relações. A cúpula importante.
Informal é
Interpessoais e considerada facilita a Confiança mútua,
considerada uma
prejudicial. Cargos organização participação e
ameaça à
confinam as informal sadia. envolvimento
empresa.
pessoas. grupal intensos.
Utilização de Utilização de Utilização de
Utilização de
punições e punições e recompensas
recompensas
medidas medidas sociais e
materiais
disciplinares. disciplinares, mas recompensas
Sistemas de (principalmente
Obediência restrita com menor materiais e
Recompensas e salários).
aos regulamentos arbitrariedade. salariais. Punições
Punições Recompensas
internos. Raras Recompensas raras e, quando
sociais ocasionais.
recompensas salariais e raras ocorrem, são
Raras punições ou
(estritamente recompensas definidas pelas
castigos.
salariais). sociais. equipas.
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PROPOSTA DE ACTIVIDADE
Caso pretenda desenvolver um pouco mais esta temática, poderá propor a realização de um
empresas portuguesas. Uma pista poderá ser pesquisar as organizações que já possuem
Auchan (www.pt.sgs.com/pt/grupo_auchan_-_certificacao_responsabilidade_social.pdf).
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OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
Rotação de tarefas
Alargamento de tarefas
Enriquecimento de tarefas
Círculos de qualidade
Grupos semi-autónomos
Teletrabalho
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
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De facto, para este investigador social, a forma mais eficaz de motivar um trabalhador
era tornar o seu trabalho mais interessante, mais abrangente, mais enriquecido. As
Novas Formas de Organização do Trabalho através da satisfação das necessidades de
auto-estima e de auto-realização do trabalho, conduzem ao aumento da produtividade,
redução do absentismo e redução da rotatividade do pessoal.
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Poderá optar por trabalhos individuais ou em pares, conquanto haja afinidades entre
os participantes. Embora o trabalho em grupo tenha grandes vantagens pedagógicas,
não podemos esquecer que a formação pretende dotar os indivíduos de ferramentas
práticas para a resolução de problemas do seu dia-a-dia.
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♦ Regras para registar os dados - A recolha dos dados deverá ser realizada o mais
perto possível da fonte, devendo recorrer-se ao tratamento e sistematização da
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Finalmente, na última fase, poderá efectuar uma análise de todas as tarefas que são
efectivamente essenciais, quem possui as competências necessárias para a sua execução,
eliminar as redundantes, seleccionar apenas um executante para as simultâneas, quais
os recursos efectivamente necessários, etc.
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O esquema-resumo com as principais implicações de cada uma das NFOT poderá ser
projectado ou distribuído pelos participantes.
Evitar a monotonia
Reduzir a fadiga
Maior qualificação
Maior autocontrolo
Maior cooperação/entreajuda
Maior responsabilidade
Melhor comunicação
Maior produtividade
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♦ Variedade de tarefas;
♦ Agrupamento de tarefas relacionáveis, de acordo com um padrão significativo;
♦ Amplitude do ciclo de trabalho;
♦ Estabelecimento de padrões qualitativos e quantitativos;
♦ Inclusão de tarefas auxiliares;
♦ Demonstração de respeito por qualquer posto de trabalho;
♦ Rotação ou proximidade física dos postos de trabalho com tarefas
interdependentes;
♦ Proximidade de postos de trabalho concorrentes para o mesmo produto;
♦ Definição de canais de comunicação internos.
O Teletrabalho, pelas suas características específicas que vão muito para além de uma
nova forma de organizacional do trabalho, deverá ser abordado de forma autónoma.
PROPOSTA DE ACTIVIDADE
De acordo com as características do seu público-alvo, poderá optar por um exercício na linha
Teletrabalho.
Outra possibilidade passará por um trabalho de pesquisa com recurso à Internet, a fim
de averiguar sobre as potencialidades do Teletrabalho, o seu impacto nas organizações
actuais e ainda os desafios de gerir uma empresa virtual. Importa que, previamente,
prepare uma lista de sítios na Internet com informação pertinente e actualizada. Eis
alguns exemplos: http://www.telecentro.pt/informacoes/info.htm; http://www.apdt.org/
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OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
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Sugere-se que inicie este capítulo sobre técnicas e formas de planeamento com um
pequeno teste diagnóstico acerca das práticas dos participantes. Desta forma, poderá
verificar o nível de conhecimentos teóricos e técnicos e assim introduzir afinações no
seu plano de sessão. Outra vantagem será identificar claramente os hábitos e
percepções dos formandos relativamente às técnicas e formas de planeamento. No
ponto destinado aos exercícios apresenta-se um exemplo de questionário possível
(Exercício n.º 14).
PROPOSTA DE ACTIVIDADE
Naturalmente que o sucesso desta actividade está relacionada com o número de formandos e
as suas características enquanto grupo. Os resultados serão tanto melhores, quando maior for
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
diferentes subgrupos e peça para comentarem de acordo com as suas perspectivas. Eis
algumas possibilidades:
Seja qual for a actividade didáctica aplicada, importa que os formandos tenham a
oportunidade de expressar as suas perspectivas e percepções e reflictam sobre as
implicações da definição da estratégia e a sua importância na gestão das organizações.
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Concretamente, cada subgrupo deverá definir a Missão, Visão e os Valores (1.ª Parte),
analisar o ambiente interno e externo à organização, utilizando as técnicas e
ferramentas mais adequadas, formular a estratégia através da definição dos objectivos
estratégicos a atingir e, finalmente, definir indicadores que permitam monitorizar e
avaliar os resultados.
Cada grupo poderá “criar” o seu próprio negócio, dentro do sector de actividade que
lhe parecer mais interessante, trabalhar com base numa empresa conhecida ou pura e
simplesmente utilizar um Case Study.
Seja qual for a sua opção didáctica, importaria que fossem abordados os seguintes
conteúdos programáticos relativamente à formulação da estratégia:
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PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
•Missão
•Visão •Análise Externa
•Valores •Análise Interna •Estratégias
•Cenários •Objetivos (Metas)
•Indicadores
•Auditoria de
Desempenho
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Insista no facto de que a Missão deve ser explícita, clara e bem difundida, de
modo a garantir que os esforços de todos os colaboradores contribuem de facto
para o sucesso da organização.
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Exemplo de Valores
Competência Legalidade
Compromisso com o cliente Profissionalismo
Respeito pelos colaboradores Responsabilidade ambiental
Inovação Ética
Qualidade nos serviços prestados Transparência
Integridade Legalidade
Interno
(atributos da Forças Fraquezas
organização)
Externo
(atributos do Oportunidades Ameaças
ambiente)
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
Deverá ainda ser apresentada e feita uma breve exposição oral acerca da nova matriz
de análise SWOT:
Nível
Forças Fraquezas
Interno
Dada a importância desta temática, sugere-se uma breve exposição oral acompanhada
de exemplos próximos da realidade dos participantes.
Objectivos estratégicos
♦ Specific/Específicos;
♦ Measurable/Mensuráveis;
♦ Attainable/Atingíveis;
♦ Realistic/Realistas;
♦ Time/Enquadrados no tempo.
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Vaca Leiteira: É respeitante aos negócios com baixo crescimento e em que a empresa
tem elevada quota de mercado. Geralmente geram fluxos financeiros muito
significativos pois o avanço na curva de experiência proporciona elevados retornos e o
baixo crescimento do sector não obriga à realização de investimentos avultados. A
recomendação é rentabilizar o negócio de forma a sustentar o crescimento dos
negócios Estrela e Interrogação.
Cão: Corresponde a negócios com baixo crescimento e em que a empresa tem baixa
quota de mercado. Geralmente geram fluxos financeiros pouco significativos pois o
atraso na curva da experiência não permite retornos elevados mas, por outro lado, o
baixo crescimento do sector também não obriga à realização de investimentos
avultados. A recomendação é abandonar ou reformular o negócio.
Desenvolve-se a partir de dois vectores (produtos e mercados), cada qual com duas
alternativas (actual e novo). Definem-se assim quatro quadrantes de possibilidades de
crescimento de negócios:
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Este modelo defende que, para que cada ponto seja analisado
correctamente, são necessários estudos direccionados a cada
uma das cinco forças, bem como às oportunidades e às ameaças
inseridas em cada uma delas. Importa assim que os gestores se
mantenham vigilantes e atentos às mudanças de mercado, às
suas variações mais discretas, aos pontos onde podem ganhar
espaço no mercado, ampliando a sua rede de consumidores,
trazendo mais informações para o ambiente da empresa e
produzindo um feedback mais produtivo e com avaliações mais
precisas dos produtos e do mercado.
Neste modelo, não existe um departamento ou direcção com
maior peso ou importância. Existe uma preocupação com a
globalidade da organização e com a interacção colaborativa
entre os vários departamentos, tendo todos o mesmo nível de
importância para o sucesso da organização: o mercado é
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
Tal como foi explicitado no início deste capítulo, seria pedagogicamente interessante
que os projectos realizados pelos formandos fossem apresentados oralmente. Embora
este tipo de actividade obrigue a um contínuo acompanhamento por parte do
formador, este é o momento em que vários aspectos podem ser analisados, conclusões
e ilações podem ser tiradas.
Caso seja pertinente, poderá analisar um caso que lhe permitirá identificar os
pressupostos de aplicação das matrizes de BCG, Ansoff e do modelo de Porter
(Diapositivos n.ºs 32 e 33) e ainda a aplicabilidade de cada uma delas. O enunciado
refere-se ao Exercício n.º 16).
Convirá antes de apresentar o trabalho a realizar, que questione o grupo acerca do seu
grau de conhecimento acerca do Balanced Score Card (BSC). Poderá assim haver
necessidade de fazer uma breve introdução expositiva com os principais conceitos de
base.
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Apresenta-se nos anexos deste Manual um pequeno texto relativo à aplicação do BSC
ao sector público.
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OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
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Sugere-se que inicie esta temática questionando os participantes acerca do seu conceito
de Qualidade. Além de suscitar a participação inicial, permitir-lhe-á avaliar de uma
forma mais rigorosa o nível de conhecimentos do grupo acerca deste assunto.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
Caso opte pela realização desta actividade, poderá ainda distribuir pelos formandos
cópia das várias matrizes das ferramentas de Qualidade que se encontram em anexo
no Manual do Formando.
Caso opte por esta possibilidade, será útil que faça uma breve exposição relativa aos
seguintes princípios para a Gestão da Qualidade:
♦ Para dirigir e controlar com sucesso uma organização, é necessário que ela seja
gerida de forma sistemática e transparente. O sucesso pode ser consequência da
implementação e manutenção de um sistema de gestão concebido para
continuamente melhorar o seu desempenho, tomando em consideração as
necessidades de todas as partes interessadas. A gestão de uma organização inclui,
entre outras disciplinas de gestão, a gestão da qualidade.
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♦ Eis um conjunto de oito princípios que devem ser adoptados pelas organizações,
de modo a que as mesmas obtenham os melhores resultados:
Focalização no cliente
Liderança
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Melhoria contínua
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PROPOSTA DE ACTIVIDADE
Dada a importância do tema, deverá questionar os formandos acerca da sua perspectiva sobre
Após a apresentação dos resultados pelos grupos, faça uma síntese final e insista nos
seguintes aspectos relativamente à responsabilidade da gestão:
1. Comprometimento da Gestão
2. Focalização no cliente
3. Política da Qualidade
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4. Planeamento
5. Objectivos da Qualidade
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
Faça uma síntese final, questionando oralmente os formandos acerca dos principais
conceitos abordados. Poderá mesmo aplicar um jogo pedagógico muito simples, mas
de grande valor pedagógico.
PROPOSTA DE ACTIVIDADE
Prepare previamente um conjunto de questões que abranjam a matéria em análise. Utilize uma
bola para lançar a questão. Caso o participante não saiba a resposta, envia a questão (bola)
para um colega. Todos deverão receber a bola pelo menos uma vez e responder a uma
questão.
Uma variante a este jogo será pedir aos formandos para escreverem numa tira de papel uma
questão ou dúvida sobre a matéria que gostassem de ver esclarecida. O formador deverá
recolher todas as tiras de papel (anónimas) num saco de papel. Depois procede como no jogo
anterior: cada pessoa que recebe a bola, retira um papel do saco e responde. O formador
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
Finalmente, termine este capítulo pedindo aos participantes para reflectirem sobre
uma frase de Philip Kotler:
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
8. PLANIFICAÇÃO
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
90
Gestão das Organizações – Manual do Formador
1ª SESSÃO PRESENCIAL
Nota: Pressupõe-se que a sala de formação está equipada com computador, projector
multimédia, flip-chart ou quadro cerâmico.
Conteúdos Duração
Actividades sugeridas Meios e Recursos
Programáticos (minutos)
- Ficha do Exercício n.º 1
ACTIVIDADE N.º 1 – ICE-BREAKER
- Frases em número
Apresentação do formador e dos igual aos participantes 30
formandos, através do jogo
pedagógico “Frases célebres” - Diapositivos n.ºs 2, 3 e
4
ACTIVIDADE N.º 2 – TRABALHO DE
GRUPO
- Funções do gestor Realização de trabalho de grupo - Ficha do Exercício n.º 2
- Natureza do papel (subgrupos de 3 a 4 pessoas) - Diapositivos n.ºs 7, 8 e 60
do gestor para identificação das funções do 9.
gestor.
Síntese expositiva pelo formador.
ACTIVIDADE N.º 3 – ESTUDO DE
- Principais CASO
obstáculos e Análise em subgrupos de 3 a 4
constrangimentos à pessoas do caso “O Jovem
função do gestor - Ficha do Exercício n.º 4 45
Administrador”, para
- Nível de intervenção levantamento dos principais
do gestor obstáculos e constrangimentos à
função do gestor.
ACTIVIDADE N.º 4 – ESTUDO DE
CASO
Realização de trabalho de grupo
- Elementos para análise de um caso (“A - Ficha do Exercício n.º 5
determinantes da reestruturação”) relacionado com
- Diapositivos n.ºs 10 a 45
estrutura os elementos determinantes da
organizacional estrutura organizacional. 14
Síntese e principais conclusões
através de exposição do
formador.
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nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
Conteúdos Duração
Actividades sugeridas Meios e Recursos
Programáticos (minutos)
Esclarecimento de dúvidas acerca dos
exercícios realizados no período de
15
autoformação e ligação com a sessão
anterior.
ACTIVIDADE N.º 1 -– VISIONAMENTO E
- Principais conceitos da ANÁLISE DO VIDEOGRAMA
Organização Científica Breve exposição pelo formador sobre Ficha do Exercício n.º 8
do Trabalho (OCT) os diferentes modelos de Gestão das Videograma “Gestão das
- Vantagens e Organizações” Organizações 45
desvantagens dos Visionamento e análise do videograma - Diapositivos n.ºs 16 a
modelos de gestão “Gestão das Organizações para 20
centrados na tecnologia identificação dos principais conceitos da
OCT
- Vantagens e ACTIVIDADE N.º 2 – DEBATE
Ficha do Exercício n.º 10
desvantagens dos Realização de um debate para
modelos de gestão Cópias do artigo “Será
identificação das vantagens e 30
centrados na tecnologia que estamos à beira de
inconvenientes do modelo mecanicista
um novo taylorismo?”
- Características dos (“Será que estamos à beira de um novo
(em Anexo)
modelos de gestão taylorismo?”)
- Conceito de motivação
- Factores de motivação ACTIVIDADE N.º 3 – ESTUDO DE CASO
associados ao trabalho Análise em subgrupos de um caso Ficha do Exercício n.º 11 45
- Modelos de gestão sobre motivação em contexto
como factores de organizacional.
motivação
- Etapas do planeamento
ACTIVIDADE N.º 4 – TRABALHO DE GRUPO
estratégico
Realização do trabalho de grupo sobre Ficha do Exercício n.º 16
- Técnicas e 45
as técnicas e instrumentos do Diapositivos n.ºs 29 a 35
instrumentos do
planeamento estratégico
planeamento estratégico
ACTIVIDADE N.º 5 – VISIONAMENTO E
ANÁLISE DO VIDEOGRAMA “GESTÃO DAS
ORGANIZAÇÕES”
Regras de Ficha do Exercício n.º 17
implementação do Visionamento e análise e grupo do 30
Balanced Score Card videograma “Gestão das Organizações” Diapositivos n.ºs 35 e 36
para identificação das regras de
implementação do Balanced Score
Card
Esclarecimento de dúvidas.
Fichas de avaliação da
Avaliação da reacção à formação. 30
acção
Encerramento da acção.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
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9. ACTIVIDADES / EXERCÍCIOS
E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
nova etapa
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nova etapa
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OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
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MEIOS E RECURSOS:
TEMPO ESTIMADO:
30 minutos.
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ENUNCIADO:
«As ideias e as estratégias são importantes, mas o verdadeiro desafio é a sua execução.»
Percy Barnevick, ex-presidente da Asea Brown Boveri
«Um consultor resolve os problemas das outras pessoas. Eu nunca conseguiria fazer
isso. Eu só quero ajudar as outras pessoas a resolverem os seus próprios problemas.»
Charles Handy, guru da gestão
«Os analfabetos do próximo século não são aqueles que não sabem ler ou escrever,
mas aqueles que se recusem a aprender, reaprender e voltar a aprender.»
Alvin Toffler, futurologista
«Nada é mais difícil e, portanto, tão precioso, do que ser capaz de decidir.»
Napoleão Bonaparte, general francês
«As pessoas são pagas para fazer juízos de valor e tomar decisões.»
Elliott Jaques, investigador na área da gestão
«A gestão é a actividade ou arte em que aqueles que ainda não foram bem sucedidos e
aqueles que já conheceram o fracasso são conduzidos por aqueles que ainda não
fracassaram.»
Anónimo
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99
Gestão das Organizações – Manual do Formador
«As únicas grandes companhias que conseguirão ter êxito são aquelas que consideram
os seus produtos obsoletos antes que os outros o façam.»
Bill Gates, fundador da Microsoft
«De tudo o que fiz, o mais importante foi coordenar o talento daqueles que
trabalharam para nós e indicar-lhes o objectivo pretendido.»
Walt Disney, criador do Mickey
«A mudança é a lei da vida. Aqueles que olham apenas para o passado ou para o
presente serão esquecidos no futuro.»
John F. Kennedy, presidente americano
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
MEIOS E RECURSOS:
TEMPO ESTIMADO:
60 minutos.
nova etapa
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ENUNCIADO:
Determinar objectivos.
Organizar as estruturas.
Elaborar as normas de
funcionamento.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
MEIOS E RECURSOS:
Enunciado do exercício.
TEMPO ESTIMADO:
30 minutos.
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
ENUNCIADO:
Instruções:
Para cada uma das frases que se segue, refira se a considera Verdadeira (Realidade) ou
Falsa (Mito). Fundamente todas as suas respostas.
1. Uma sólida formação universitária capacita o indivíduo para a gestão, desde que
possua atributos pessoais apropriados.
Verdadeiro. Porque__________________________________________________________
2. Quando exerce funções de gestão pela primeira vez, o indivíduo fica investido da
autoridade e do controlo que lhe conferem "margem de manobra".
Verdadeiro. Porque__________________________________________________________
Verdadeiro. Porque__________________________________________________________
3
Arménio Rego, professor da Universidade de Aveiro, autor de várias obras sobre Liderança.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
Verdadeiro. Porque__________________________________________________________
5. Para construir influência, o gestor deve criar boas relações com cada membro da
equipa.
Verdadeiro. Porque__________________________________________________________
Verdadeiro. Porque__________________________________________________________
Verdadeiro. Porque__________________________________________________________
8. O gestor não deve requerer ajuda ao seu superior, sob pena de ser interpretado como
indeciso e sem iniciativa.
Verdadeiro. Porque__________________________________________________________
9. O gestor deve agir com firmeza, o que pode exigir rudeza e a postura de um
"verdadeiro chefe".
Verdadeiro. Porque__________________________________________________________
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
Verdadeiro. Porque__________________________________________________________
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
MEIOS E RECURSOS:
Enunciado do caso.
TEMPO ESTIMADO:
45 minutos.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
ENUNCIADO:
David Peixoto entrou para o Banco Nacional mal acabou o seu curso de Economia
iniciando a sua carreira como técnico do Gabinete de Estudos, departamento que
funcionava na sede da instituição financeira, na cidade do Porto.
Os anos iam passando, e David Peixoto parecia feliz com o seu trabalho, não obstante
alguns dos colegas manifestarem estranheza como seria possível um técnico com a sua
capacidade não se sentir frustrado ao fim de vários anos numa função que
consideravam desinteressante.
nova etapa
109
Gestão das Organizações – Manual do Formador
um dos seus colegas com quem tinha mais intimidade, confidenciou-lhe que tinha sido
convidado para integrar o Conselho de Administração de uma empresa participada
pelo banco, localizada nos arredores do Porto e que tinha uma série de problemas
financeiros. Peixoto tinha ficado de dar uma resposta no dia seguinte, pois queria
ouvir a família antes de aceitar o convite.
Passados uns dias, David Peixoto iniciou as suas novas funções na Têxtil Moderna.
Mas não se passava uma semana que não se deslocasse ao seu antigo local de trabalho
para desabafar sobre os problemas que enfrentava na empresa. Os problemas de
carácter técnico, nomeadamente os financeiros, embora difíceis, não eram no entanto
a sua maior preocupação, tanto mais que o banco, que era o principal accionista, lhe
dava todo o apoio indispensável para a sua solução. Peixoto confessava que tinha,
acima de tudo, uma grande dificuldade em conseguir trabalhar com “aquelas pessoas”.
Achava que passava os dias em reuniões constantes, na empresa ou no exterior, e que
tinha de atender demasiadas pessoas que dele dependiam para a resolução dos seus
problemas, o que não era o tipo de trabalho que estava habituado e gostava de fazer.
Passadas umas escassas três semanas, Peixoto ganhou coragem e pediu ao Director do
Gabinete de Estudos para que intercedesse junto do Conselho de Administração do
Banco para permitir o seu regresso às anteriores funções, o que veio a verificar-se
poucos dias depois.
QUESTÕES:
1. Acha que o Dr. David Peixoto foi uma boa escolha para o lugar de administrador
da empresa participada do banco? Justifique.
2. De entre as várias tarefas dos gestores, quais seriam aquelas em que o Dr. David
Peixoto parecia ter mais dificuldades? Justifique.
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110
Gestão das Organizações – Manual do Formador
3. Acha o Dr. David Peixoto não reunia as capacidades necessárias para desempenhar
funções de gestão? O problema colocar-se-ia do mesmo modo qualquer que fosse a
empresa ou o nível de gestão? Justifique.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
MEIOS E RECURSOS:
TEMPO ESTIMADO:
45 minutos.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
ENUNCIADO:
“A REESTRUTURAÇÃO4”
4
Adaptado de SEBASTIÃO TEIXEIRA. Gestão das Organizações. MacGraw-Hill, Lisboa: 1998.
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113
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Chegou então à conclusão que a melhor coisa seria nomear gestores de produtos
subordinados a um director geral de marketing de produtos. Cada gestor de produto
seria responsável por um ou alguns produtos, e supervisionaria, para cada produto,
todos os aspectos relacionados com a pesquisa e desenvolvimento, fabricação,
marketing e vendas, responsabilizando-se assim pelo desempenho e pelos resultados
do produto.
Sousa Rodrigues estava convencido de que não podia dar a esses gestores de produto
autoridade efectiva de linha sobre os diversos departamentos operacionais da empresa,
pois isso faria com que cada director e o seu departamento ficassem subordinados a
seis gestores de produto, ao director geral de marketing de produtos, bem como ao
presidente.
Ele estava preocupado com este problema, mas sabia que algumas das grandes
empresas com sucesso tinham usado o sistema de departamentalização por produtos.
Além do mais, lembrava-se daquele seminário sobre organização que recentemente
frequentara, onde foi afirmado que se deveria esperar uma certa falta de definição e
alguma confusão em qualquer organização, e que isso talvez não fosse mau, pois
forçaria as pessoas a trabalhar em conjunto, em equipa.
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114
Gestão das Organizações – Manual do Formador
QUESTÕES:
2. Que deveria Sousa Rodrigues fazer para evitar qualquer confusão nessa
organização?
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
MEIOS E RECURSOS:
TEMPO ESTIMADO:
240 minutos.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
ENUNCIADO:
5
O PAPEL DOS BLOGUES NA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
“Até ao final dos anos 80, a comunicação organizacional era baseada sobretudo nos
meios tradicionais como as revistas e os boletins internos ou as circulares normativas
e outros documentos institucionais (Kunsch, 1997). Actualmente, graças à recente
evolução das tecnologias de informação e comunicação, as organizações utilizam, cada
vez mais, novos meios e instrumentos, como o e-mail, a Internet e a Intranet, entre
outros.
Neste sentido, hoje em dia, é quase impensável conceber uma organização, em que os
seus computadores não estejam interligados numa rede informática comum, através
da qual se possa aceder à Internet, Intranet, Extranet, e-mail, aplicações de mensagens
instantâneas, etc.
5
NEVES DA SILVA, H. “ O papel dos blogues na comunicação organizacional”. Em linha. Disponível em
http://blog.lisbonlab.com/estudos/o-papel-dos-blogues-na-comunicacao-organizacional, consulta em 08/06/2007.
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118
Gestão das Organizações – Manual do Formador
que todos os funcionários realizem as suas tarefas com maior agilidade e eficiência”,
(Batista, 2003, p. 13), com o objectivo de automatizar rotinas de negócios,
disponibilização de informações sobre a instituição, aumento de produtividade,
facilidade de comunicação, estímulo dos trabalhadores e fortalecimento do espírito de
equipa.
Ver em Anexo:
Blogues:
Evolução histórica
Blogues Organizacionais
Referências Bibliográficas
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119
Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
MEIOS E RECURSOS:
Enunciado do caso.
TEMPO ESTIMADO:
45 minutos.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
ENUNCIADO:
O Administrador delegado
Joaquim Barbosa
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121
Gestão das Organizações – Manual do Formador
desprevenidos e não sabiam muito bem como deviam reagir e que respostas dar aos
seus colaboradores.
- Sr. Eng.º, estamos com problemas. Acho que esta coisa da casa de convívio ter
fechado não vai dar bom resultado...
- Oh António, mas porque é que diz isso? Isso é só hoje. Eles habituam-se!
- O Sr. Engenheiro precisa de vir até aqui a baixo. O pessoal está todo a reclamar.
Dizem que não foram informados de nada... E não foram, nem nós...
- Olhe, diga-lhes para estarem mais atentos. Essa informação saiu no Jornal da
Empresa. O que é que queriam mais?
- Pois olhe, não sei. Gostava que viesse aqui acalmar os ânimos. Há bocado houve uns
que foram fumar para o corredor e até disparou o alarme de incêndio. Isto está para
aqui em grande alvoroço...
QUESTÕES:
3. Que acções poderiam ter sido tomadas para evitar o conflito laboral.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
(1.ª PARTE)
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
nova etapa
123
Gestão das Organizações – Manual do Formador
MEIOS E RECURSOS:
TEMPO ESTIMADO:
45 minutos.
nova etapa
124
Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES DE PROCEDIMENTO:
1. Este exercício poderá ser apresentado como forma de avaliação formativa ou ainda
em alternativa ao Exercício n.º 8.
2. Distribua a matriz que se junta para que seja preenchida, em grupo, pelos
participantes.
3. Os resultados deverão ser apresentados oralmente e comparados entre si.
4. Para finalizar, poderá escrever no quadro as soluções do exercício ou simplesmente
entregar a corrigenda do exercício a todos os formandos.
MEIOS E RECURSOS:
Matriz do exercício.
TEMPO ESTIMADO:
30 minutos.
nova etapa
125
Gestão das Organizações – Manual do Formador
ENUNCIADO:
Conceito Descrição
A cada operador é atribuído apenas uma tarefa ou um conjunto
________________ restrito de tarefas simples em detrimento de um conjunto
significativo, diversificado e variado de actividades.
Cada operador efectua sempre o mesmo trabalho, estando afecto a
________________
um determinado posto de trabalho (fixo).
O tempo para realizar a tarefa foi previamente calculado e serve de
norma. O uso do tempo de trabalho (ciclo operatório, ritmo,
________________
cadência, etc.) e de não-trabalho (pausas, descanso suplementar,
etc.) está estritamente regulamentado.
Especificação rigorosa daquilo que cada um devia fazer, como o
_________________ devia executar e ainda as relações a estabelecer entre cargos para
a sua execução (o quê, como e com quem).
Quem executa, não controla ou avalia os resultados. Esta passará
_________________ a ser uma prerrogativa da direcção, através dos serviços funcionais
(Staff.)
♦ Vantagem
♦ Inconveniente
nova etapa
126
Gestão das Organizações – Manual do Formador
1.
2.
3.
4.
5.
6.
nova etapa
127
Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
MEIOS E RECURSOS:
Cópia do artigo.
TEMPO ESTIMADO:
30 minutos.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
ENUNCIADO:
Também aqui se assiste a uma deslocação de competências – as pessoas estão cada vez
mais a deixar de ser executoras para se tornarem decisoras a todos os níveis. Estes
novos trabalhadores do conhecimento serão capazes de tornar os dados e a
informação úteis às circunstâncias que se lhe apresentam no dia-a-dia. Compete aos
6
Disponível em http://luisvidigal.no.sapo.pt. Luís Filipe Vidigal é Licenciado em Ciências Sociais e Políticas e
formação avançada em Gestão e Tecnologias da Informação; Consultor nacional e internacional nas áreas de e-
Government; Coordenador e formador de cursos nas áreas da Internet, Multimédia e Comunicação no Instituto
Nacional de Administração; Professor da pós-graduação “Governança das TIC” no Instituto Superior de Gestão;
nova etapa
130
Gestão das Organizações – Manual do Formador
novos gestores viabilizar as condições de sucesso das decisões que são tomadas no
relacionamento autónomo e responsável com clientes e cidadãos.
Quando um funcionário responde que “Isso não está nas minhas funções” ou que
“Isso não se trata aqui” e com isso não tenta perceber a globalidade do problema do
cidadão, está a comportar-se como o Charlot nos “Tempos Modernos” e a reduzir-se a
uma mera peça da engrenagem burocrática. Quando o funcionário tenta perceber o
problema do cidadão e se dispõe a ajudá-lo a alcançar a solução, está a comportar-se
como um trabalhador do conhecimento que sabe decidir autonomamente, conhece a
sequência dos processos interdepartamentais e os vários parceiros que contribuem
activamente na cadeia de valor.”
nova etapa
131
Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
MEIOS E RECURSOS:
TEMPO ESTIMADO:
45 minutos.
nova etapa
132
Gestão das Organizações – Manual do Formador
ENUNCIADO
Caso 1 - SÓLIO
Contudo, certo dia o Sr. Albino comentou com a esposa que sentia que o seu pessoal
não andava satisfeito e tinha chegado a hora de fazer alguma coisa pelos seus
funcionários e os dotes culinários da mulher estavam inseridos nos seus planos. “Fazer
um grande jantar uma vez por mês para os seus funcionários”, em homenagem ao seu
empenho e para dar uma retribuição especial aos que tanto tinham contribuído para o
sucesso. Com a aprovação da mulher, idealizaram uma festa magnífica. Na data
agendada montaram um banquete de elevado nível para todos os trabalhadores da
fábrica.
O primeiro jantar foi marcado pela sumptuosidade: sala finamente decorada com
toalhas de linho branco, copos de cristal, uma pirâmide de frutas no centro da mesa,
nova etapa
133
Gestão das Organizações – Manual do Formador
A festa foi exclusiva para os trabalhadores (não extensiva aos familiares) e tudo
decorreu muito bem e a contento de todos: o casal feliz e os trabalhadores satisfeitos
com o repasto. O sucesso foi de tal ordem que ficou desde logo prometido um novo
jantar em cada final de mês. E assim passou a acontecer.
Por volta do 4.º mês consecutivo, após o final do jantar, o Sr. Albino e a mulher
começam a notar um certo desânimo por parte dos seus funcionários, que já não
reagem com a mesma satisfação dos primeiros jantares.
O Sr. Albino decide então contratar uma empresa de consultoria na área de Recursos
Humanos para saber o que está a passar com a insatisfação reinante nos jantares
festivos e o porquê dele não conseguir motivar os seus empregados, pois, na sua
perspectiva, ele está a oferecer o que de melhor há aos seus funcionários.
nova etapa
134
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Caso 2 - Worker
A empresa Worker foi criada por um ex-funcionário da Sólio que ocupava o cargo de
gerente de produção. Após sete anos de experiência, demitiu-se e montou sua própria
empresa por não concordar com o sistema de gestão e os procedimentos funcionais. O
Sr. Fonseca, sem nenhuns recursos iniciais, começou a sua actividade com uma
máquina, equipamento usado e utilizando um “barracão” alugado. Com muita luta e
muito sacrifício, a Worker hoje é mais competitiva que a empresa-mãe e o seu sucesso,
em parte, está sedimentado na forma de motivar seus funcionários.
Desde há dois anos atrás, a Worker tem seguro de saúde familiar, médico ao
domicílio, serviços de segurança e higiene da própria empresa, um refeitório muito
bem estruturado, uma sala de convívio, proporciona reuniões e encontros de família.
Mas o ponto alto do sistema é, sem dúvida, o “Programa habitacional dos
colaboradores”, que se constitui num plano de apoio de médio e longo prazo para
financiamento da casa própria aos seus funcionários.
Notas finais
nova etapa
135
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Conclusões:
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
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137
Gestão das Organizações – Manual do Formador
MEIOS E RECURSOS:
Cópia do artigo.
TEMPO ESTIMADO:
45 minutos.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
ENUNCIADO
Excerto do artigo “Atitudes sociais dos portugueses”, in Boletim de Divulgação n.º 1, 1999, Instituto de
Ciências Sociais, Lisboa
Centralidade do trabalho
Numa escala que vai da discordância total (1) à concordância total (5), os valores
médios para todos os países situam-se acima do ponto médio da escala, o que significa
que a maioria gostaria de ter um emprego remunerado mesmo que não precisasse do
nova etapa
139
Gestão das Organizações – Manual do Formador
dinheiro. Pode dizer-se, portanto, que o trabalho ocupa, para uma larga parte dos
inquiridos, um lugar central nas suas vidas. A comparação entre países mostra que a
Espanha é significativamente diferente dos restantes países, sendo aquele onde é
atribuída menor centralidade ao trabalho. Por sua vez, a Suécia é significativamente
diferente da Hungria, de Portugal e da Espanha, pois é o país onde o trabalho é mais
valorizado.
Medimos ainda a centralidade do trabalho avaliando a posição relativa que este ocupa
num conjunto de actividades. Assim, pedia-se aos inquiridos que dissessem o tempo
que gostariam de despender com cada uma das seguintes actividades: o emprego, a
família, os amigos e os tempos livres, tendo como ponto de referência o tempo que
actualmente dedicam a cada uma dessas actividades. As alternativas de resposta
variavam entre muito menos tempo (1) e muito mais tempo (5). A distribuição das
respostas da amostra nacional, revelou duas atitudes diferentes consoante as
dimensões da vida consideradas: por um lado a vontade de dedicar menos tempo ao
emprego e, por outro lado, a vontade de ocupar mais tempo com a família, com os
tempos livres e com os amigos.
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140
Gestão das Organizações – Manual do Formador
No presente estudo, a análise dos valores/motivações para o trabalho foi feita a partir
das respostas a uma série de questões das quais seleccionámos seis. Era pedido aos
inquiridos que manifestassem a importância de Muito importante (5) a Nada
importante (1)) atribuída a cada um dos seguintes aspectos na actividade profissional:
uma remuneração elevada; um trabalho seguro; boas oportunidades de promoção; um
trabalho com interesse; um trabalho em que a pessoa tenha autonomia; um trabalho
útil à sociedade.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
Na figura podemos ver as respostas dos inquiridos portugueses aos dois grupos de
questões, que designámos por Querer (importância atribuída) e Ter (realização
conseguida). A insatisfação é evidente relativamente à remuneração, à promoção e à
segurança do emprego.
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142
Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
MEIOS E RECURSOS:
TEMPO ESTIMADO:
60 minutos.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
ENUNCIADO:
(...)
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145
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Além desta realidade, existem ainda outros obstáculos ao desenvolvimento desta nova
forma de trabalho:
1. Resistência à mudança: existe resistência por parte dos gestores com receio
da perda de poder e de não conseguirem controlar os seus subordinados.
2. Organização do trabalho: definir fluxos de trabalho, identificar recursos
disponíveis, tempo para executar as tarefas e a definição de prioridades em
relação a uma força de trabalho dispersa é um processo difícil de gerir.
3. Supervisão e controlo: Controlar alguém que não está presente implica
questões relacionadas com a confiança no desempenho do teletrabalhador.
4. Gerir trabalhadores dispersos: coordenar os objectivos de cada pessoa com
os da organização é um processo complexo, pois como os trabalhadores
estão isolados tendem a criar as próprias regras.
5. Segurança da informação e sua confidencialidade: em situações de
Teletrabalho levantam-se problemas de segurança e de propriedade
intelectual. Não existem ainda sistemas de segurança com o grau de
fiabilidade desejáveis para impedir acessos externos ou internos não
autorizados.
nova etapa
146
Gestão das Organizações – Manual do Formador
O Teletrabalho e as Pessoas
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
… e PARA AS EMPRESAS
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
149
Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
150
Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
MEIOS E RECURSOS:
TEMPO ESTIMADO:
30 minutos.
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
ENUNCIADO:
nova etapa
152
Gestão das Organizações – Manual do Formador
TOTAL
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
INTERPRETAÇÃO
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
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Gestão das Organizações – Manual do Formador
♦ O formador poderá sugerir que cada grupo “crie” o seu próprio negócio, dentro
do sector de actividade que lhe parecer mais interessante, ou trabalhe com base
numa empresa conhecida.
♦ No final do projecto, os formandos poderão fazer uma apresentação oral dos
seus trabalhos, com espaço para debate final e esclarecimentos de dúvidas.
♦ Faça uma síntese final com os principais aspectos a considerar no processo de
planeamento estratégico, podendo projectar os Diapositivos n.ºs 29 a 31.
MEIOS E RECURSOS:
TEMPO ESTIMADO:
180 minutos.
nova etapa
156
Gestão das Organizações – Manual do Formador
ENUNCIADO:
PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
nova etapa
157
Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
158
Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
MEIOS E RECURSOS:
TEMPO ESTIMADO:
45 minutos.
nova etapa
159
Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
160
Gestão das Organizações – Manual do Formador
ENUNCIADO:
“TÉCNICAS DE PLANEAMENTO”
Apesar de ser uma sociedade anónima com cotação na Bolsa, continua na prática a ser
uma empresa familiar pois o alargamento do leque de accionistas provocado pelo
recente aumento de capital após a sua transformação em sociedade anónima em nada
veio alterar o tipo de gestão e o controlo da empresa.
nova etapa
161
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Era urgente, portanto, atalhar a situação. E assim decidiram eleger um novo Conselho
de Administração que, sendo presidido por um gestor com experiência demonstrada e
proveniente do exterior da empresa, integraria também um filho de cada um dos
sócios.
nova etapa
162
Gestão das Organizações – Manual do Formador
QUESTÕES:
nova etapa
163
Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
nova etapa
164
Gestão das Organizações – Manual do Formador
MEIOS E RECURSOS:
TEMPO ESTIMADO:
30 minutos.
nova etapa
165
Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
nova etapa
166
Gestão das Organizações – Manual do Formador
MEIOS E RECURSOS:
TEMPO ESTIMADO:
180 minutos.
nova etapa
167
Gestão das Organizações – Manual do Formador
ENUNCIADO:
“MESTRES DA QUALIDADE”
(FONTE: REVISTA EXECUTIVE DIGEST, ABRIL 2004)
Os Mestres da QUALIDADE
Fora da lista ficam outros gurus respeitáveis como Massaaki Imai (criador da filosofia
Kaisen, que significa melhoria contínua); James Harrington (cujos passos para a
melhoría contínua ficaram célebres); Richard Schonberger (que fez a transição de
técnicas japonesas como o just-in-time para o mundo ocidental); e, por fim, Blanton
Godfrey (o actual presidente do Juran Institute). Eis a vida e a obra daqueles que a
nova etapa
168
Gestão das Organizações – Manual do Formador
CROSBY, PHILIP
nova etapa
169
Gestão das Organizações – Manual do Formador
O essencial da obra: Philip Crosby está associado aos conceitos de “zero defeitos”
(lançada em 1961) e de “fazer bem à primeira vez”. Na sua opinião, a qualidade
significa conformidade com especificações, que variam consoante as empresas de
acordo com as necessidades dos seus clientes. O objectivo é ter zero defeitos e não
produzir suficientemente bem. Essa meta ambiciosa irá encorajar as pessoas a
melhorarem continuamente.
Crosby defende que os responsáveis pela falta de qualidade são os gestores, e não os
trabalhadores. As iniciativas de qualidade devem vir de cima para baixo, lideradas
através do exemplo. Isso exige o empenhamento da gestão de topo e a formação
técnica dos empregados em instrumentos de melhoria da qualidade. Crosby defende a
criação de um grupo estratégico de especialistas da qualidade nas empresas.
nova etapa
170
Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
171
Gestão das Organizações – Manual do Formador
convencional diz que é caro fazer tudo bem à primeira. Em 1961 criou o
conceito de zero defeitos para combater esta ideia. Eis um bom exemplo do
que quero demonstrar. Um hotel criou uma linha directa de apoio ao cliente.
A assistente responsável pelo serviço de quartos era de uma eficiência
notável. Apesar disso, o nível de satisfação decaiu e os custos do
departamento subiram em flecha. A empresa só resolveu o problema
quando instituiu cursos de formação na preparação dos quartos. Fazer bem
à primeira é sempre a melhor solução.
DEMING, EDWARDS
nova etapa
172
Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
173
Gestão das Organizações – Manual do Formador
8 Não lidere com base no medo. Evite usar um estilo autoritário de gestão.
FEIGENBAUM, ARMAND
♦ Biografia: Armand Vallin Feigebaum nasceu em 1922. Passados 24 anos era tido
como o perito em qualidade da General Electric (GE), em Nova Iorque. Em 1951
conclui o doutoramento em Ciências pelo Massachusetts Institute of Technology
(MIT). Nesse ano lançou o best-seller Total Quality Control, a obra que lhe
conferiu notoriedade mundial. Em 1958 foi nomeado director mundial de produção
da GE e vice-presidente da American Society for Quality Control (ASQC). Três
anos depois foi eleito presidente desta instituição. Em 1968 fundou a General
Systems, da qual é presidente. Em 1986 passou a membro honorário da ASQC, um
justo prémio para os seus 35 anos de actividade profissional ligada à qualidade.
nova etapa
174
Gestão das Organizações – Manual do Formador
ISHIKAWA, KAORU
nova etapa
175
Gestão das Organizações – Manual do Formador
JURAN, JOSEPH
nova etapa
176
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Juran defende que a gestão da qualidade se divide em três pontos fundamentais (Veja
caixa “A famosa trilogia de Juran”: planeamento; melhoria; e controle de qualidade.
No livro Managerial Breakthrough, Juran põe a melhoria da qualidade no topo das
prioridades do gestor. Ele acredita que os processos de negócio são a maior e a mais
negligenciada oportunidade de melhoria. Os estudos indicam que 85% dos problemas
de qualidade são causados por processos de gestão. Juran considera o planeamento a
segunda prioridade, um esforço que deve ter a participação das pessoas que o vão
implementar. Na sua opinião, a separação entre o planeamento e a execução é uma
noção obsoleta que remonta aos tempos de Taylor. Em último lugar, deve fazer-se o
controle de qualidade. Juran aconselha a sua delegação para os níveis operacionais da
empresa. Devido à crescente qualificação dos trabalhadores, ele acredita
profundamente nas equipas autogeridas (self management teams).
nova etapa
177
Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
178
Gestão das Organizações – Manual do Formador
OBJECTIVOS:
INSTRUÇÕES:
nova etapa
179
Gestão das Organizações – Manual do Formador
MEIOS E RECURSOS:
TEMPO ESTIMADO:
180 minutos
nova etapa
180
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Dado que se conjugaram vários tipos de instrumentos de avaliação, importa que esteja atento
às instruções que precedem cada grupo de questões. As soluções encontram-se no ponto
seguinte.
FUNDAMENTOS DA GESTÃO
V F Afirmação Correcção
nova etapa
181
Gestão das Organizações – Manual do Formador
3. Vimos que, numa organização, coexistem sempre dois tipos de estrutura, formal e informal,
possuindo cada uma características marcadamente diferentes. Faça corresponder as
características constantes na Coluna A às designações constantes na coluna B. Tenha em
consideração que todos os elementos da coluna A têm correspondência na coluna B.
(cotação: 1,5 valores)
nova etapa
182
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Coluna A Coluna B
É estável.
Estrutura formal
É reconhecida juridicamente de facto e de direito.
a) Estrutura funcional
Vantagem:
Inconveniente:
b) Estrutura divisional
Vantagem:
Inconveniente:
nova etapa
183
Gestão das Organizações – Manual do Formador
c) Estrutura matricial
Vantagem:
Inconveniente:
1. Complete o quadro que se segue com as seis funções consideradas estruturais, de acordo
com o modelo defendido por Henri Fayol. (cotação: 1,5 valores)
1.
2.
3.
4.
5.
6.
a)
b)
c)
nova etapa
184
Gestão das Organizações – Manual do Formador
1. A análise SWOT é uma das técnicas auxiliares mais utilizadas no planeamento estratégico.
Refira a sua aplicabilidade. (cotação: 2 valores)
2. Quais as inovações introduzidas pela nova matriz de análise Swot? Constituirão uma
verdadeira mais valia para as organizações? Justifique a sua resposta. (cotação: 2 valores)
nova etapa
185
Gestão das Organizações – Manual do Formador
1. Tendo por base o conceito de Qualidade, redija um comentário à frase de Philip Kotler: “O
lucro é o subproduto das coisas bem feitas”. (cotação: 1 valores)
2. Complete as frases que se seguem relativas aos princípios da Gestão da Qualidade, com as
palavras adequadas. Deverá utilizar todas as palavras constantes no quadro. (cotação: 2
valores)
nova etapa
186
Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
187
Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
188
Gestão das Organizações – Manual do Formador
E X E R C Í C IO N . º 3
1. Uma sólida formação universitária capacita o indivíduo para a gestão, desde que
possua atributos pessoais apropriados.
2. Quando exerce funções de gestão pela primeira vez, o indivíduo fica investido da
autoridade e do controlo que lhe conferem "margem de manobra".
FALSO. A realidade: a maioria das funções de gestão requer capacidade para gerir
interdependências com colaboradores, superiores, colegas e pessoas exteriores à
organização.
FALSO. A realidade: é frágil o poder assente apenas nessa autoridade. O poder relevante
provém da credibilidade, da competência, da rede de relacionamentos e da capacidade
para exercer influência sobre múltiplas entidades (e não apenas os subordinados).
FALSO. A realidade: a gestão eficaz não requer apenas obediência dos colaboradores,
mas também o seu empenhamento (iniciativa, dedicação). O gestor que recorre à
nova etapa
189
Gestão das Organizações – Manual do Formador
posição formal para se "impor" pode porventura nutrir uma força de trabalho
obediente - mas sem o vigor e a iniciativa que a arena empresarial hoje requer.
5. Para construir influência, o gestor deve criar boas relações com cada membro da
equipa.
8. O gestor não deve requerer ajuda ao seu superior, sob pena de ser interpretado
como indeciso e sem iniciativa.
9. O gestor deve agir com firmeza, o que pode exigir rudeza e a postura de um
"verdadeiro chefe".
nova etapa
190
Gestão das Organizações – Manual do Formador
FALSO: A realidade: tal conduta pode demolir o seu capital de confiança e induzir
resistências e desobediências passivas nos colaboradores. A firmeza e a determinação
devem ser conciliadas com o tratamento respeitador e digno.
nova etapa
191
Gestão das Organizações – Manual do Formador
E X E R C Í C IO N . º 9
Conceito Descrição
Vantagens:
nova etapa
192
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Inconvenientes:
nova etapa
193
Gestão das Organizações – Manual do Formador
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194
Gestão das Organizações – Manual do Formador
FUNDAMENTOS DA GESTÃO
V F Afirmação Correcção
nova etapa
195
Gestão das Organizações – Manual do Formador
a) Estrutura funcional
Vantagens:
Desvantagens:
nova etapa
196
Gestão das Organizações – Manual do Formador
b) Estrutura divisional
Vantagens:
Desvantagens:
c) Estrutura matricial
Vantagens:
Desvantagens:
♦ Poderá conduzir a um elevado nível de conflitualidade entre e dentro das linhas, isto é,
nas interacções entre linhas hierárquicas similares;
♦ Pode ainda ocorrer dificuldades na definição das responsabilidades hierárquicas e uma
supervisão pouco clara.
nova etapa
197
Gestão das Organizações – Manual do Formador
1. As seis funções consideradas estruturais, de acordo com o modelo defendido por Henri
Fayol.
nova etapa
198
Gestão das Organizações – Manual do Formador
1.
♦ Observação;
♦ Recolha/registo de dados e informações;
♦ Análise crítica;
♦ Proposta de novos métodos ou oportunidades de melhoria.
♦ A observação pode ser feita pela visualização simples ou complementada com entrevista
do executante, ou ainda por experimentação directa da tarefa ou operação em análise.
♦ Será de todo conveniente ter a colaboração dos trabalhadores analisados em todo este
processo. Desta forma, além de se tornarem as intenções mais transparentes, consegue-
se uma maior motivação e empenhamento para as futuras alterações a intervir.
nova etapa
199
Gestão das Organizações – Manual do Formador
♦ Deverá proceder-se ao registo de tudo o que se considerar que pode vir a ser útil.
♦ Poderá mesmo optar-se por se recorrer a filmagens, uma vez que permitem uma análise
cuidada à posteriori.
♦ Informar os colaboradores da intenção de as realizar.
♦ Outro aspecto de vital importância é preparar previamente uma lista com os aspectos a
observar, garantindo-se assim que o processo tem rigor e objectividade.
De acordo com esta nova perspectiva, o factor Tempo deverá agora ser considerado como
uma das variáveis a considerar para a definição da estratégia das organizações. De facto, com
a velocidade a que ocorre a mudança nos nossos dias, é bem possível que as ameaças
(Threats) de hoje, venham a ser oportunidades num futuro próximo. Assim, a nova análise
SWOT substitui o factor "ameaças" ("Threats") pelo factor "tempo" ("Time").
A eliminação do factor Ameaças do raciocínio estratégico leva a uma abordagem mais positiva
mas também mais pró-activa. As organizações devem, antes do mais, fazer um esforço para
nova etapa
200
Gestão das Organizações – Manual do Formador
melhorar as suas competências. Só desta forma estarão aptas a tirar o máximo proveito das
oportunidades que vão surgir. Tudo é uma questão de decidir qual é o timing mais apropriado
para efectuar as alterações necessárias aos produtos ou aos serviços, propostos pela empresa
aos seus clientes. Naturalmente, este timing é também muito variável de sector para sector e
de organização para organização.
nova etapa
201
Gestão das Organizações – Manual do Formador
♦ Focalização no cliente
As organizações dependem dos seus CLIENTES e, consequentemente, convém que
compreendam as suas NECESSIDADES, actuais e futuras, satisfaçam os seus REQUISITOS
e se esforcem por exceder as suas expectativas.
♦ Envolvimento das pessoas
As pessoas, em todos os níveis, são a essência de uma organização e o seu pleno
ENVOLVIMENTO permite que as suas APTIDÕES sejam utilizadas em benefício da
organização.
♦ Abordagem por processos
Um resultado DESEJADO é atingido de forma mais EFICIENTE quando as actividades e os
RECURSOS associados são geridos como um processo.
♦ Melhoria contínua
Convém que a melhoria CONTÍNUA do desempenho global de uma organização seja um
OBJECTIVO permanente dessa organização.
nova etapa
202
Gestão das Organizações – Manual do Formador
11. ANEXOS
nova etapa
203
Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
204
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Anexo I – Diapositivos
nova etapa
205
Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
206
Gestão das Organizações – Manual do Formador
ANEXO I
“Grupo estruturado de pessoas reunido para “Conjunto de duas ou mais pessoas que
realizam tarefas, seja em grupo, seja
atingir um conjunto de objectivos que um individualmente, mas de forma coordenada
indivíduo sozinho não seria capaz de e controlada, actuando num determinado
contexto ou ambiente, com vista a atingir
atingir.” um objectivo predeterminado através da
afectação eficaz de diversos meios e
recursos disponíveis.”
5
nova etapa
207
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Planear
“75% do tempo dos gestores de topo é
Organizar
despendida em actividades de
Comandar comunicação.”
Coordenar
Controlar
DETERMINANTES DA ESTRUTURA
FUNÇÕES DO GESTOR (MINTZBERG) ORGANIZACIONAL
Características
Determinantes Configurações Resultados
Papéis interpessoais estruturais
9 10
DEFINIÇÃO DE ESTRUTURA
CONCEITO DE ORGANOGRAMA
ORGANIZACIONAL
O organigrama da organização mostra a
Sistema de organização de tarefas onde se departamentalização, a forma como as
estabelecem as relações funcionais e pessoas estão organizadas, quais os cargos
hierárquicas que existirem na organização. existentes, os relacionamentos formais e de
comunicação.
A estrutura define a forma, as funções e as
actividades da organização e o seu modo de Nas grandes organizações podem existir
interligação. organigramas para cada negócio ou divisão
da organização.
11 12
nova etapa
208
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Projecto Projecto
Contabilidade Planeamento Produto 1 Marketing Vendas A D
Direcção
Chefia Chefia
intermédia intermédia Projecto Projecto
F C
Projecto
Operário Operário Operário Operário Operário Operário E
13 14
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO
PRÉ-HISTÓRIA DA GESTÃO CIENTÍFICA DO TRABALHO
Princípio do planeamento
Princípio da preparação
Princípio do controlo
Princípio da separação entre concepção
e execução do trabalho
nova etapa
209
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Salário Realização
Condições de trabalho Reconhecimento
Relação com os seus pares, Responsabilidade
subordinados e chefias Progressão profissional
Segurança Aprendizagem e desenvolvimento
Política e cultura da organização pessoal/profissional
21 22
23 24
nova etapa
210
Gestão das Organizações – Manual do Formador
25 26
FLUXOGRAMA DO POSTO DE
MORAL DA HISTÓRIA....
TRABALHO
PROCESSO DE PLANEAMENTO
TIPOS DE PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
29 30
nova etapa
211
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Planeamento táctico:
Specific/Específicos;
Planeamento financeiro; de produção; de
marketing; de recursos humanos. Measurable/Mensuráveis;
Planeamento operacional ou de acção: Attainable/Atingíveis;
Plano de investimento; plano de aplicações; Realistic/Realistas;
plano de manutenção; plano de vendas; plano
de formação. Time/Enquadrados no tempo.
31 32
Interrogação
Estrela
Fluxo financeiro muito negativo
Reduzido Fluxo financeiro modesto
Ganhar quota ou abandonar o Poder negocial Rivalidades
Manter a liderança Poder negocial
mercado dos entre
Crescimento concorrentes dos clientes
fornecedores
do mercado
Vaca leiteira Cão
Elevado Fluxo financeiro muito positivo Fluxo financeiro modesto
Rentabilizar ao máximo Sair do mercado ou reformular
Ameaça de
produtos
substitutos
33 34
Como
deveríamos
Processos internos aparecer
Clientes VISÃO
Como estamos Como está o nosso perante os
E desempenho no processo nossos
perante os clientes
/mercado? ESTRATÉGIA e recursos críticos? clientes para
alcançar a
nossa Visão?
Aprendizagem
e crescimento
Como podemos sustentar
a nossa capacidade de
mudança e melhoria?
nova etapa
212
Gestão das Organizações – Manual do Formador
37 38
Focalização no cliente
Sistema de gestão para dirigir e
Liderança
controlar uma organização no que Envolvimento das pessoas
respeita à qualidade. Abordagem por processos
Abordagem da gestão como um sistema
39 40
nova etapa
213
Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
214
Gestão das Organizações – Manual do Formador
ANEXO III
Blogues
Evolução histórica
Em 1996 e 1997 surgem os primeiros blogues pessoais como o Scripting News de Dave
Winer, o Robot Wisdom de Jorn Barger, o Tomalak’s Realm ou o CamWorld .
nova etapa
215
Gestão das Organizações – Manual do Formador
A partir de 1999, o número de weblogues foi aumentando cada vez mais, sobretudo
graças ao aparecimento de novas ferramentas de publicações de conteúdos, como o
“blogger” da Pyra, que permitiram que qualquer pessoa, sem ter necessidade de
quaisquer conhecimentos de HTML, pudesse ter o seu próprio blogue na “World
Wide Web” (...)
Blogues Organizacionais
nova etapa
216
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Ainda de acordo com Wackä (2004), existem várias razões para uma organização
começar a “blogar”, dependendo dos objectivos de cada organização, no entanto é
possível referir as principais razões: Tornar a empresa perita na sua área de negócio;
Relacionamento com os clientes e potenciais clientes; Relacionamento com os meios
de comunicação social; Colaboração ou cooperação interna; Gestão do conhecimento;
Recrutamento; Testar ideias ou produtos; Posicionar a empresa no topo dos motores
de busca da Internet.
De igual modo é possível referir que, entre blogues externos e internos, existem 6
tipos principais de blogues organizacionais, com características idênticas, mas com
conteúdos diferentes de acordo com os seus propósitos (Wackä, 2004).
nova etapa
217
Gestão das Organizações – Manual do Formador
e potenciais clientes das organizações e tem por objectivo principal dar a conhecer os
produtos ou serviços destas. No que diz respeito aos blogues de relacionamento, os
destinatários são mais focalizados, podendo ser consumidores de um dado produto,
meios de comunicação social, etc., pelo que a principal meta é criar e fortalecer as
relações entre as organizações e os destinatários. Por último os blogues institucionais
têm por finalidade fortalecer a marca da organização, e o perfil desta enquanto
entidade entendida na sua área de negócio, motivo pelo qual a maioria dos autores
destes blogues são altos executivos das empresas, nomeadamente presidentes ou
directores.
nova etapa
218
Gestão das Organizações – Manual do Formador
Referências Bibliográficas
nova etapa
219
Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
220
Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
221
Gestão das Organizações – Manual do Formador
nova etapa
222
Gestão das Organizações – Manual do Formador
♦ Tavares, Maria Manuel Valadares, Estratégia e Gestão por Objectivos, Duas Metodologias
de Gestão para as Organizações Actuais, 2ª Edição, Lisboa, Universidade Lusíada
Editora, 2004.
♦ Teixeira, Sebastião – Gestão das Organizações, Lisboa, Ed. D. Quixote, 1998.
♦ Weber, Max – Fundamentos da Sociologia, 2ª edição, Porto, Rés – Editora, s/d.
♦ Weill, Michel – A Gestão Estratégica, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1999.
nova etapa
223
Gestão das Organizações – Manual do Formador
IAPMEI
Sede: Rua Rodrigo da Fonseca, 73 e 57, 1269-158 Lisboa
Telefone: 213 836 000 / Linha Azul: 808 201 201
Fax: 213 836 283
nova etapa
224
Gestão das Organizações – Manual do Formador
E-mail: geral@apq.pt
http://www.apq.pt
Nova Etapa
Rua da Tóbis Portuguesa n.º 8 - 1.º andar, Escritórios 4 e 5
1750-292 Lisboa
Telefone: 21 754 11 80
Fax: 21 754 11 89
e-mail: info@nova-etapa.pt
nova etapa
225
Gestão das Organizações
GESTÃO DAS
ORGANIZAÇÕES
1
OBJECTIVOS GERAIS DE FORMAÇÃO
3
OBJECTIVOS GERAIS DE FORMAÇÃO
4
DEFINIÇÃO DE
ORGANIZAÇÃO
atingir.”
5
DEFINIÇÃO DE
ORGANIZAÇÃO
Planear
Organizar
Comandar
Coordenar
Controlar
7
O QUE FAZEM OS
GESTORES...
8
FUNÇÕES DO GESTOR (MINTZBERG)
Papéis interpessoais
Papéis informacionais
Papéis decisionais
9
DETERMINANTES DA ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL
Características
Determinantes Configurações Resultados
estruturais
• Agrupamento
de actividades
• Burocracia
• Mecanismos de mecânica
• Estratégia coordenação
• Burocracia
• Dimensão • Concepção e profissional • Desempenho
formalização do
• Tecnologia • Estrutura • Produtividade
posto de
• Meio trabalho divisional
• Satisfação
envolvente • Estrutura
• Fluxo de
informação e simples
tomada de • Adocracia
decisão
10
DEFINIÇÃO DE ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL
11
CONCEITO DE
ORGANOGRAMA
O organigrama da organização mostra a
departamentalização, a forma como as
pessoas estão organizadas, quais os cargos
existentes, os relacionamentos formais e de
comunicação.
12
ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL
Estrutura matricial
Administração
Chefia Chefia
intermédia intermédia
13
ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL
Estrutura em rede
Projecto
B
Projecto Projecto
A D
Direcção
Projecto Projecto
F C
Projecto
E
14
PRÉ-HISTÓRIA DA
GESTÃO
Princípio do planeamento
Princípio da preparação
Princípio do controlo
Princípio da separação entre concepção
e execução do trabalho
16
FUNÇÕES ESTRUTURAIS DA
EMPRESA
Administrativa (primordial)
Técnica
Comercial
Financeira
Segurança
Contabilidade
17
PRINCÍPIOS DE GESTÃO, SEGUNDO
HENRI FAYOL
Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários
desde o topo da hierarquia até aos operários,
favorecendo assim a eficiência da produção e
aumentando a produtividade.
Autoridade e responsabilidade - Autoridade é o
direito dos superiores darem ordens que,
teoricamente, serão obedecidas. A responsabilidade é
a contrapartida da autoridade.
Unidade de comando - Um trabalhador deve receber
ordens de apenas um chefe, evitando contra-ordens.
Unidade de direcção - O controlo único é possibilitado
com a aplicação de um plano para grupos de
actividades com os mesmos objectivos.
18
PRINCÍPIOS DE GESTÃO, SEGUNDO
HENRI FAYOL
Salário
Condições de trabalho
Relação com os seus pares,
subordinados e chefias
Segurança
Política e cultura da organização
21
FACTORES HIGIÉNICOS
(HERZBERG)
Realização
Reconhecimento
Responsabilidade
Progressão profissional
Aprendizagem e desenvolvimento
pessoal/profissional
22
MODELO EXPLICATIVO DE LIKERT
23
FASES DA ANÁLISE DO POSTO
DE TRABALHO
Observação
Análise crítica
Proposta de reestruturação/melhoria0
24
NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
DO TRABALHO
25
LAYOUT DE UM POSTO DE
TRABALHO
26
FLUXOGRAMA DO POSTO DE
TRABALHO
27
MORAL DA HISTÓRIA....
Planeamento estratégico
Planeamento táctico
Planeamento de acção
29
PROCESSO DE PLANEAMENTO
ESTRATÉGICO
Análise do
Ambiente
Externo
(Oportunidades
e ameaças)
Definição Formulação Formulação
da Visão de metas e de acções Implementação
e Missão Análise do objectivos estratégicas
Ambiente
Interno
(Forças
e fraquezas)
Monitorização
e controlo
30
TIPOS DE PLANOS
Planeamento táctico:
Planeamento financeiro; de produção; de
marketing; de recursos humanos.
31
REGRAS PARA DEFINIÇÃO DOS
OBJECTIVOS
Specific/Específicos;
Measurable/Mensuráveis;
Attainable/Atingíveis;
Realistic/Realistas;
Time/Enquadrados no tempo.
32
MATRIZ DE BCG
Elevada Reduzida
Interrogação
Estrela
Fluxo financeiro muito negativo
Reduzido Fluxo financeiro modesto
Ganhar quota ou abandonar o
Manter a liderança
mercado
Crescimento
do mercado
Vaca leiteira Cão
Elevado Fluxo financeiro muito positivo Fluxo financeiro modesto
Rentabilizar ao máximo Sair do mercado ou reformular
33
MODELO DAS CINCO FORÇAS
DE PORTER
Ameaça
de novas entradas
Ameaça de
produtos
substitutos
34
BALANCE SCORE CARD
PERSPECTIVAS EM ANÁLISE
Financeira
Como estão
os nossos resultados?
Aprendizagem
e crescimento
Como podemos sustentar
a nossa capacidade de
mudança e melhoria?
Como
deveríamos
aparecer
perante os
nossos
clientes para
alcançar a
nossa Visão?
36
CONCEITO DE QUALIDADE
37
CONCEITO DE QUALIDADE
(NP EN ISO 9000: 2000)
38
SISTEMA DE GESTÃO DA
QUALIDADE
39
PRINCÍPIOS DA GESTÃO DA
QUALIDADE
Focalização no cliente
Liderança
Envolvimento das pessoas
Abordagem por processos
Abordagem da gestão como um sistema
40
PRINCÍPIOS DA GESTÃO DA
QUALIDADE
Melhoria contínua
41
EXEMPLO DE POLÍTICAS DE
QUALIDADE
Prestar uma gama completa de serviços que
conduza à melhoria e qualificação dos nossos
Clientes;
A satisfação integral das necessidades dos
nossos Clientes, eliminando falhas e
detectando em simultâneo novas
oportunidades de serviço e negócio por
forma a construir boas soluções para estes e
a fidelizá-los.
42
EXEMPLO DE OBJECTIVOS DA
QUALIDADE
Título
Ano de Edição
2007
Nova Etapa
Rua da Tóbis Portuguesa n.º 8 – 1.º andar, Escritórios 4 e 5
1750-292 Lisboa
Telefone: 21 754 11 80
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
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1
Gestão das Organizações – Manual do Formando
FICHA TÉCNICA
Título
Ano de Edição
2007
Nova Etapa
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1750-292 Lisboa
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2
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ÍNDICE
3. BENEFÍCIOS ................................................................................................................................. 9
6. INTRODUÇÃO..............................................................................................................................17
1. CONCEITOS BÁSICOS...........................................................................................................25
2. NATUREZA E FUNÇÕES DA GESTÃO ......................................................................................37
3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .............................................................................................54
4. COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL .........................................................................................77
II – EVOLUÇÃO DAS ABORDAGENS ORGANIZACIONAIS ...................................................................85
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS ....................................................................................................85
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................87
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................139
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INTRODUÇÃO ........................................................................................................................163
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3. BENEFÍCIOS
O presente recurso técnico pedagógico pretende dar resposta a uma necessidade cada
vez mais premente de desenvolvimento, aprofundamento e actualização das
competências dos responsáveis, nos diversos níveis de intervenção, pela Gestão das
Organizações.
Se, por um lado, é necessário dotar os profissionais de saberes teóricos e técnicos, não
menos importante é a aplicação prática desses recursos nas suas realidades
organizacionais. Neste pressuposto foi concebido este Manual, com uma estrutura
baseada em capítulos interdependentes mas que podem ser explorados de forma
autónoma, permitindo a cada participante orientar a sua aprendizagem de acordo com
as suas necessidades. Poderá aperfeiçoar técnicas e instrumentos de planeamento
estratégico, actualizar ou aprofundar fundamentos teóricos acerca dos modelos de
gestão, ou optar por realizar uma abordagem sequencial, evoluindo etapa a etapa.
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Formando
4. CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO
Este Manual integra-se num modelo de organização flexível, que poderá passar pela
formação presencial, mista (b-learning) e até como suporte a formação em contexto
real de trabalho. Procurou-se assim facilitar o acesso dos profissionais a diferentes
percursos e ritmos de aprendizagem, de acordo com as suas necessidades.
Poderão ainda utilizar este recurso todas as pessoas que, por inerência das suas
funções, tenham necessidade de adquirir ou desenvolver competências em Gestão das
Organizações, preferencialmente com alguma experiência ou ligação profissional a
esta área do conhecimento.
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Formando
5. NOTA DE ABERTURA
O presente Manual encontra-se dividido em cinco capítulos. Embora exista uma linha
condutora entre as partes, cada uma das unidades temáticas poderá ser explorada de
forma individual.
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Formando
Em resumo
ideias apresentadas.
Exercício Formativo
??!!!
Factos ou acontecimentos curiosos relacionados com a temática em
desenvolvimento.
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Formando
6. INTRODUÇÃO
«Os analfabetos do próximo século não são aqueles que não sabem ler ou escrever,
mas aqueles que se recusem a aprender, reaprender e voltar a aprender.»
Alvin Tofler
Convidamo-lo a fazer uma visita ao mundo dos insectos. Mas não fique com fobias,
nem entre em pânico! Não vamos enfiá-lo à força num formigueiro ou colmeia para
aprender a gerir organizações. Seremos contudo
acompanhados por duas formigas muito especiais nesta
viagem pelo mundo da Gestão das Organizações. E
acredite, as formigas são mesmo os melhores especialistas em gerir organizações: são
superprodutivas, meticulosamente organizadas, motivadas, um verdadeiro exemplo
para qualquer empresa do século XXI.
Não se trata de conversa fiada sobre biologia. É sabido há muito que, por exemplo, as
formigas e as abelhas vivem em sociedade, superorganizadas, tendo o seu modelo
social de vida colectiva servido como metáfora para as ciências sociais. Estes seres
“pouco inteligentes” funcionam sem supervisão, “a coordenação nasce naturalmente
das próprias interacções entre os membros de um enxame, e as interacções primitivas
e simples, aparentemente entre indivíduos “estúpidos”, em conjunto resultam em
soluções eficazes para problemas complexos num ambiente terrivelmente adverso e
imprevisto. O segredo parece ser o trabalho em grupo, a auto-organização e a
flexibilidade, o que tem apaixonado alguns teóricos da gestão, perplexos com este
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
E no mundo dos humanos? Será que ainda há algo de novo a saber sobre a Gestão das
Organizações? E o legado dos antigos mestres, ainda tem alguma aplicabilidade nos
nossos dias cada vez mais incertos e conturbados? Como diz Alvin Tofler, “Os
analfabetos do próximo século não são os que não sabem ler ou escrever, mas aqueles
que se recusam a aprender, reaprender e voltar a aprender”.
Peter Drucker, certamente uma das personalidades que mais marcou a história recente
da gestão, afirmou um dia que esta era a “sociedade das organizações”. De facto, quase
todos pertencemos a uma ou mais organizações: uma empresa, uma associação cívica,
um grupo desportivo, um clube de caçadores, uma associação de pais, um partido
político. A nossa vida, tanto pessoal como profissional, é marcada pela pertença às
organizações. Já ninguém nos conhece como o “Sr. João da Fonte Santa”, mas como
“O Sr. João do Banco X”, “O Sr. João da Companhia de Seguros Y”, “O Sr. João da
Agência Z”, etc. Até a nossa identidade está hoje profundamente ligada às
organizações a que pertencemos.
1 Adaptado de Rodrigues, Jorge Nascimento - “A inteligência dos enxames na sua empresa”, Revista Executive
Digest
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Formando
Fará assim sentido que se aprofunde um pouco mais o estudo das organizações
enquanto entidades sociais, económicas e de desenvolvimento das capacidades
humanas, mas também como e porque são elas próprias agentes fundamentais da
mudança e da evolução.
Mas, “a tradição já não é o que era!”, e cada vez mais fica vincada a tendência para a
transformação das organizações, da forma de organização do trabalho, das pessoas e
do trabalho tradicional em trabalho do conhecimento. Diversos factores, dos quais se
destaca a globalização da economia, proporcionada em grande parte pelos avanços
tecnológicos ao nível do tratamento e transferência de informação, dos transportes e
da mobilidade de pessoas e bens, têm vindo a contribuir para uma profunda
transformação no seio e no funcionamento das organizações.
“Com a emergência da Era do Conhecimento, tem sido reconhecido por todos que os
activos intangíveis de uma organização serão essenciais, tanto na capacidade de criar
vantagens competitivas como no crescimento a um ritmo acelerado. Como
consequência, cada vez mais as organizações estão a mostrar maior atenção à criação
de valor através do poder do conhecimento. As estruturas tradicionais que herdámos
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
da era industrial não são apropriadas para os desafios de negócio que enfrentamos
hoje. Neste contexto, as organizações devem evoluir para aceitar com sucesso um
papel essencial na formulação e implementação da estratégia organizacional para gerir
conhecimento. De um modo geral, o sucesso nos negócios é alcançado pelas empresas
que têm o melhor conhecimento ou que o dominam de modo mais eficaz, e não
necessariamente pelas empresas mais poderosas.” 2
É verdade, já nos íamos esquecendo, estas são as nossas formigas, Ramiro e Leonardo.
Façam uma boa viagem!
2
Adaptado de Loureiro, J. - A gestão do conhecimento, Centro Atlântico, Lisboa, 2003 [versão electrónica,
disponível em www.centroatl.pt/titulos/ (consulta em 10/09/2006)]
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Formando
7. DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDOS
E PROPOSTAS DE ACTIVIDADES
PLANO GERAL
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I – FUNDAMENTOS DE GESTÃO
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
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1. C O N C E IT O S B Á S IC O S
Max Weber
Outra definição aponta para “grupo estruturado de pessoas, reunido para atingir um
conjunto de objectivos que um indivíduo sozinho não seria capaz de atingir”4.
Ainda outra definição, dada pelos Clássicos da Gestão (ver capítulo II), apresenta a
organização como um conjunto de duas ou mais pessoas que realizam tarefas, seja
em grupo seja individualmente, de forma coordenada e controlada, actuando num
determinado contexto ou ambiente, com vista a atingir um objectivo
predeterminado através da afectação eficaz de diversos meios e recursos
disponíveis.
3 Dicionário de Língua Portuguesa, Texto Editora, Lisboa, 2006 [versão electrónica, disponível em
www.primberam.pt (consulta em 09/09/2006)]
4 Glossário de gestão, in Forum de gestão da Universidade de Coimbra [versão electrónica, disponível em
eden.dei.uc.pt/gestão/forum/glossário/index.htm (consulta em 23/11/2006)]
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Exercício Formativo
Sublinhe na definição atrás apresentada, quais considera serem os pilares
essenciais de uma organização. Considera que estão considerados todos
os aspectos essenciais? Ou, pelo contrário, falta alguma coisa?
♦ Actuação coordenada
♦ Recursos
♦ Afectação eficaz
♦ Objectivos
♦ Contexto
Actuação coordenada: Para que exista uma organização, naturalmente não basta que
um conjunto de pessoas actue com vista a atingir um objectivo comum; é necessário
também que essas pessoas se organizem, ou seja, que desenvolvam as suas actividades
de forma coordenada e controlada para atingir determinados resultados. Esta
coordenação e este controlo são geralmente efectuados por um gestor, mas
encontram-se muitas vezes organizações em que estas tarefas são efectuadas por todos
os membros em conjunto através, por exemplo, de um órgão colegial, ou através de
equipas autónomas, autogeridas (ver maior desenvolvimento no capítulo III –
Modelos e Formas de Organização do Trabalho). Os cargos com funções de
coordenação e controlo encontram-se definidos de forma formal na estrutura
organizacional (ver ponto 4 deste capítulo).
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Para além desta, importa ainda referir a organização informal, isto é, aquela que surge
de forma espontânea e, naturalmente, decorrente do relacionamento interpessoal e das
ligações afectivas que se estabelecem entre as pessoas que trabalham na organização.
As pessoas formam entre si relações de amizade ou de antagonismo, formando grupos
informais que não aparecem no organograma.
Ao gestor cabem diversas funções com o intuito de produzir bens ou serviços com
eficácia e eficiência, procurando manter o nível de satisfação dos colaboradores, num
processo dinâmico entre as pessoas e as tarefas. Este tema será alvo de maior
desenvolvimento no ponto 2 deste capítulo – Natureza e Funções da Gestão.
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3 Exercício Formativo
Pense um pouco nas seguintes organizações: a empresa onde trabalha, o
hipermercado mais perto de si, o hospital da sua zona de residência, o
grupo desportivo e cultural da sua localidade, a administração do
condomínio do seu prédio. Quais serão os objectivos destas organizações?
Apesar dos diferentes objectivos de cada um dos exemplos dados, o que têm de
comum? Todas pretendem criar produtos ou prestar serviços, sendo que, nalguns
casos, o objectivo último é o de gerar lucros.
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3 Exercício Formativo Dê uma ajuda ao Ramiro. Ele vai abrir uma empresa de distribuição e
comercialização de frutas e sementes e necessita de preencher a
documentação necessária para a constituição.
Vejamos então como classificar a empresa da formiga Ramiro, de acordo com a CAE:
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Sociedade por quotas - As sociedades por quotas exigem um mínimo de dois sócios.
A lei não admite sócios de indústria (que entrem com o seu trabalho). Todos têm que
entrar com dinheiro, ou com bens avaliáveis em dinheiro. O capital social mínimo é
de cinco mil euros, que não tem que ser integralmente realizado no momento em que
o pacto social é outorgado. A responsabilidade dos sócios tem uma dupla
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Empresário em nome individual - Trata-se de uma empresa que é titulada apenas por
um só indivíduo ou pessoa singular, que afecta bens próprios à exploração do seu
negócio. Um empresário em nome individual actua sem separação jurídica entre os
seus bens pessoais e os seus negócios, ou seja, não vigora o princípio da separação do
património.
As empresas podem ainda ser categorizadas de acordo com a sua dimensão, dada por
dois factores conjugados: o número de efectivos e ainda o volume de negócios. A
partir de 2005, em cumprimento de um normativo comunitário, em Portugal passou
igualmente a considerar-se o balanço total (limite máximo de transacções financeiras).
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TAREFAS
ESTRUTURA PESSOAS
ORGANIZAÇÃO
AMBIENTE TECNOLOGIA
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«Se perguntarem aos gestores o que eles fazem, é muito provável que vos digam que
planeiam, organizam, coordenam e controlam.
Vejam depois, o que eles fazem, de facto. Não se surpreendam
se não puderem relacionar aquilo que vêem com aquilo que vos foi dito.»
Henry Mintzberg
Definição de gestão
Conforme consta no dicionário de língua portuguesa, gestão é o acto de gerir, sendo que
gerir é sinónimo de administrar; dirigir; governar; orientar; regular.
Contudo, seja qual for o significado que mais se adeque ao nosso pensamento, a
gestão/ administração é essencial em todos os tipos de organizações. A gestão não é
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um fim em si, mas um meio para fazer com que as coisas sejam realizadas da melhor
forma possível, com o menor custo, e com a maior eficiência e eficácia.9
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Eficiência: Eficácia:
Fazer as coisas correctamente. Alcançar os resultados.
Preocupação com os meios. OBJECTIVO DA Preocupação com os fins ou
Definida pela relação entre ORGANIZAÇÃO objectivos.
meios vs recursos produzidos. Diz respeito aos resultados.
3 Exercício Formativo
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abordagem, ela passou a ser aplicada na prática com o intuito de obter maior
produtividade e eficiência das organizações.
Nessa linha, Henri Fayol terá sido um dos primeiros a considerar que esse desiderato
se conseguia através da definição rigorosa da estrutura organizacional e do processo
administrativo, dando assim particular atenção às funções da gestão.
♦ Planear
♦ Organizar
♦ Comandar
♦ Coordenar
♦ Controlar
Contudo, terá sido Henry Mintzberg que, pela integração de conceitos originários das
teorias humanistas, veio contestar Fayol, especialmente no que se refere à
componente relacional das funções do gestor.
É-lhe mesmo atribuída a afirmação: “75% do tempo dos gestores de topo é despendida em
actividades de comunicação”, tais como reuniões, encontros frente-a-frente e leitura de
informações, cartas, e-mails, relatórios, entre outros.
De acordo com este autor, as funções do gestor podem ser agrupadas em três grandes
áreas de actuação e decompostas em actividades da seguinte forma:
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Assegura as obrigações de
natureza representativa e
cerimonial, tais como almoços e
Representação
encontros com clientes e
fornecedores, visitas de cortesia,
etc.
Fonte: Adaptado de Rego, 1997 (op. cit.); fonte primária: Mintzberg (op.cit.) 1975
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Estas dez actividades não podem isolar-se através de fronteiras estanques; elas estão
interligadas, formando um todo integrado. Não é possível dividi-las ou distribuí-las
por diversas pessoas. Isto é, cada uma destas actividades, na perspectiva deste autor,
não era delegável.
Isto não significa, contudo, que todos os gestores dêem a mesma importância a cada
uma delas.
3 Exercício Formativo Procure transferir estes conceitos para a sua realidade profissional.
Na sua actividade de gestor, quais considera serem as actividades a
que dá ou deveria dar mais ênfase?
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Empreendedor
Conhecimento Recolha Liderança
Resolução de
Previsão Disseminação Ligação
problemas
Criatividade Porta-voz Representação
Negociação
Tal como afirmámos atrás, não pretendemos, nem faria sentido, apresentar todas as
visões existentes relativamente à natureza e funções do gestor. Contudo, dada a sua
reconhecida importância na gestão moderna, apresentaremos de seguida a ideia de
Peter Drucker relativamente a esta temática.
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Fonte: Cardoso. J.F. e Rodrigues, J.N., Peter Drucker – O essencial sobre a vida e
a obra do homem que inventou a gestão. Centro Atlântico. Lisboa: 2006
Foi um dos poucos pensadores que se pode gabar de ter mudado o mundo com as suas
ideias ao inventar conceitos como as reprivatizações, a gestão por objectivos ou a
descentralização nas empresas (ver maior desenvolvimento no capítulo II, ponto
relativo à abordagem neoclássica).
♦ Determinar objectivos;
♦ Organizar as estruturas;
♦ Garantir a motivação e a fluidez da comunicação;
♦ Elaborar as normas de funcionamento;
♦ Treinar os recursos humanos.
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Manual do Formando
3 Exercício Formativo Procure identificar alguns dos factores que, no seu entender, são
determinantes das funções e papéis dos gestores. Sugerimos que
parta da realidade da sua organização, dos vários departamentos
existentes. Poderá mesmo abordar este assunto com alguns colegas
gestores, de forma a obter vários pontos de vista. Registe as suas
ideias.
Exigências – São todas aquelas coisas que o gestor deve fazer, sob pena de ser
sancionado caso não as faça e de perder posição. Incluem-se neste item as normas, os
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As escolhas – São as actividades que o gestor pode executar mas às quais não está
obrigado. As exigências e os constrangimentos limitam as escolhas a curto prazo. No
entanto, a longo prazo, o gestor tem a possibilidade de modificar as exigências e
remover alguns dos constrangimentos.
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burocrática deve ser cumprida rigorosamente, enquanto que outro a percepciona com
maior flexibilidade.
Padrão de relacionamento
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3 Exercício Formativo
Na sua actividade de gestor, certamente já se deparou com situações
em que se sentiu em conflito e com dificuldade de resposta, perante
diferentes exigências vindas dos seus superiores e dos seus
colaboradores. Procure identificar algumas dessas situações e a
forma como condicionaram o desempenho das suas actividades.
Contudo, em geral, podemos afirmar que todos os gestores requerem um mix destes
quatro tipos de contactos, embora existam diferenças. Vejamos alguns exemplos:
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Elevada
Elevada Elevada Elevada
dependência
dependência dependência dependência
dos seus
dos superiores dos seus pares externa
subordinados
Gestor de
vendas
Administrador
hospitalar
Director de
pessoal
Gestor de loja
de retalho
Gestor de
controlo de
qualidade
Director
financeiro
Gestor de
compras
Padrão de trabalho
Existem também vários aspectos do trabalho que têm implicações nas funções e
actividades desempenhadas pelos gestores. Assim:
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Grau de exposição/responsabilização
Nível hierárquico
Algumas actividades são mais importantes para os gestores de topo, enquanto outras
são relevantes para os gestores de nível intermédio. Partindo das funções e actividades
definidas por Mintzberg, fará mais sentido que um gestor de topo dê preferência às
actividades relacionadas com a representação, a comunicação e ainda com a
distribuição e afectação de recursos, bem como com a definição de políticas e de
estruturas, enquanto que a interpretação e a implementação dessas políticas deverá ser
praticada pelos gestores intermédios.
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Dimensão da organização
Assim, na fase de fundação, o gestor necessita de ter uma visão estratégica sobre o que
pretende para o seu negócio e deve saber transmiti-lo aos seus colaboradores. Nesta
fase, serão críticas as actividades relacionadas com a concepção. À medida que a
organização cresce, é necessário recrutar mais pessoal, motivar as pessoas, coordenar o
seu trabalho, estando aqui em particular destaque as capacidades relacionadas com a
liderança. Em situações de declínio, é necessário adoptar novas estratégias, obter
financiamentos para suportá-las, mudar estruturas orgânicas, etc., sendo críticas as
competências relacionadas com a gestão da mudança.
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3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Peter Drucker
Neste ponto iremos abordar alguns dos principais conceitos relacionados com a
Estrutura Organizacional, nomeadamente os principais factores que a influenciam ou
determinam e que são: a estratégia, a dimensão, a idade, a tecnologia e o meio
ambiente. Referiremos as características principais associadas à ideia de estrutura e
respectivas consequências: os elementos constituintes, o agrupamento das actividades
e respectivos critérios, os mecanismos de coordenação e controlo, a concepção e
formalização do posto de trabalho e, também, a problemática da comunicação e
tomada de decisão de acordo com os vários modelos de estruturas.
11 Pina e Cunha, Rego, Campos e Cunha, Cabral-Cardoso - Manual de comportamento organizacional e gestão,
Lisboa, RH Editora, 2003
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Fonte: Adaptado de Pina e Cunha, et al. Manual de comportamento organizacional e gestão. 2003
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3.1.1 - ESTRATÉGIA
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3.1.2 - DIMENSÃO12
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3.1.3 - TECNOLOGIA
Conceito de tecnologia
Isto significa que falamos em tecnologia aplicada à linha de montagem de uma fábrica
de automóveis, mas também se trata de tecnologia quando numa instituição de saúde
os profissionais fazem uso das suas competências técnicas específicas para resolver os
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problemas dos utentes. A tecnologia pode estar ou não incorporada em bens físicos e
tangíveis. Um computador incorpora tecnologia na sua forma física (hardware),
enquanto que um programa de processamento de texto (software) incorpora
igualmente um saber tecnológico, mas de um modo intangível.
Por exemplo, o nosso amigo decidiu aumentar a sua quota de mercado, passando a
actuar noutros formigueiros geograficamente mais distantes, havendo assim
necessidade de abrir duas filiais. Os custos irão crescer e a pressão para se manter na
liderança dos concorrentes leva a uma ainda maior exigência por produtos de mais
qualidade: há que inovar também em termos da oferta das sementes, com novos
sabores, por exemplo. Os tipos de clientes atraídos pela empresa podem mudar com o
aumento da oferta de produtos e serviços, e pode ser difícil identificar e atender as
necessidades de novos clientes numa estrutura funcional.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Desta forma, poderemos apontar algumas premissas básicas para uma correcta
definição da estrutura organizacional:
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Manual do Formando
Estrutura informal
A estrutura informal surge da interacção social das pessoas, o que significa que se
desenvolve espontaneamente quando as pessoas interagem umas com as outras. Nela
estão representadas as relações que habitualmente não aparecem no organograma. São
15 SENGE, Peter M. - A quinta disciplina: arte, teoria e prática da organização de Aprendizagem, 9ª.ed. São Paulo:
Best seller, 1990
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Estrutura formal
16 Pina e Cunha, A. Rego, Campos e Cunha, Cabral-Cardoso - Manual de comportamento organizacional e gestão
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Assim, a estrutura informal corresponde ao lado não previsto e não planeado, mas
não necessariamente indesejado. Há mesmo autores que a comparam ao sistema
nervoso central da organização que entra em acção sempre que é necessário resolver
problemas inesperados e para os quais não existe solução na estrutura formal.
Não existe um tipo de estrutura organizacional ideal, isto é, um modelo que se adeque
a todas as organizações, com garantia de ser bem sucedido. Aliás, podemos mesmo
afirmar que uma das características de uma boa estrutura organizacional deverá ser a
(op.cit.)
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Existem contudo alguns tipos de estrutura mais utilizados. Para definir essa estrutura
é necessário definir:
17 Drucker. P. Op.Cit.
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Estrutura simples
Gerente
Que vantagens e inconvenientes podem ser apontados a este tipo de estrutura? Bom,
se por um lado, permite ao órgão de topo controlar todo o desenvolvimento do
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negócio, por outro, ele poderá não deter o conhecimento necessário para o fazer e
tornar-se-á impraticável à medida que a organização for crescendo em dimensão e
complexidade.
Estrutura funcional
Direcção
(1 ou mais membros)
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Estrutura divisional
Administração
(composta)
- Ser. Financeiros
- Recursos Humanos
- Outros
Funções diversas
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Estrutura em Holding
Neste tipo de estrutura, o órgão central actua como uma empresa gestora de
investimentos, fixando objectivos para as suas participadas. Por sua vez, as
participadas são fortemente independentes e possuem estrutura própria.
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Conselho de
Administração
Em termos de vantagens, podemos apontar o facto dos órgãos centrais terem custos
reduzidos, os riscos e lucros serem diversificados por múltiplas organizações em
vários sectores de actividade e ainda a facilidade em investir e desinvestir.
Estrutura Matricial
Este tipo de estrutura é típica das grandes empresas multinacionais, com grande
dispersão geográfica e uma dupla divisão (por produto/região).
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Conselho de
Administração
Serviços centrais
Europa
Produto A Produto B
América
Produto A Produto B
Ásia
Produto A Produto B
Por outro lado, uma organização deste tipo poderá conduzir a um elevado nível de
conflitualidade entre e dentro das linhas, isto é, na interacção entre linhas hierárquicas
similares. Pode ainda ocorrer dificuldade na definição das responsabilidades
hierárquicas e supervisão pouco clara.
nova etapa
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Empresa
Multinacional Matricial Em holding
Crescimento
Divisional
Funcional
Pequena
empresa Simples
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♦ Sistema de responsabilidade
♦ Departamentalização
♦ Linha e assessoria
♦ Especialização do trabalho
♦ Sistema de autoridade
♦ Amplitude administrativa ou de controlo
♦ Níveis hierárquicos
♦ Delegação
♦ Descentralização vs centralização
♦ Sistema de comunicação (resultado da interacção entre as
unidades organizacionais)
♦ O quê
♦ Como
♦ Quando
♦ De quem
♦ Para quem
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nova etapa
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Presidente
do CA
A
D E
Regional
Norte
Setor de Caixa
vendas
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Manual do Formando
3 Exercício Formativo
Procure identificar as principais diferenças entre a comunicação formal
e informal.
Considere como formal toda a comunicação que é planeada e que se constitui a partir de
um acordo e como informal as relações espontâneas e flexíveis entre os membros da
organização, orientadas por sentimentos e interesses pessoais ou de grupo.
Para Peter Drucker deve ainda considerar-se um outro sistema fazendo parte da estrutura
organizacional: o sistema de decisão, como resultante da acção sobre as informações.
Para Drucker são necessárias três análises para determinar a estrutura organizacional:
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Em resumo
Ao definirmos uma estrutura organizacional devemos ter em conta os três
sistemas que a constituem: sistemas de autoridade, responsabilidade e
Estraté
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual
Manual do Formando
4. COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
78
Gestão das Organizações – Manual
Manual do Formando
Em resumo
Os fluxos de informações caminham pela estrutura formal e informal da
empresa, de cima para baixo, de baixo para cima e lateralmente, podendo
Estraté
classificar-se da seguinte forma: descendente, ascendente,
lateral/horizontal ou ainda diagonal sempre que cruza diagonalmente a
cadeia de comando (diferentes unidades ou níveis hierárquicos).
Comunicação verbal
Comunicar torna-se, assim, uma arte de bem gerir mensagens, enviadas e recebidas,
nos processos interaccionais. Mas não só. O tempo, o espaço, o meio físico
envolvente, o clima relacional, o corpo, os factores históricos da vida pessoal e social
de cada indivíduo em presença, as expectativas e os sistemas de conhecimento que
moldam a estrutura cognitiva de cada actor social condicionam e determinam o jogo
relacional dos seres humanos.
Importa por isso mesmo conhecer alguns dos factores que podem obstaculizar o
processo de comunicação:
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual
Manual do Formando
Comunicação escrita
Alguns estudos referem que, quanto mais informação escrita se produz no seio de
uma organização, mais dificuldades existem na comunicação. Curiosamente, à medida
que aumenta a produção de textos escritos para serem lidos pelos funcionários,
diminui a taxa de leitura e de impacto da mensagem. Porque será que isso acontece?
nova etapa
81
Gestão das Organizações – Manual do Formando
• Falta de atenção durante a leitura. Obviamente que não podemos escolher o momento
adequado para a recepção da informação, pelo que não sabemos se existe
disponibilidade mental para a leitura.
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Gestão das Organizações – Manual
Manual do Formando
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
2. O estilo da escrita, que deverá ser directo e preciso evitando palavras demasiado
complexas ou abstractas para o leitor.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
IN T R O D U Ç Ã O
Henri Ford
A teoria das organizações é composta por diversas peças, como um grande puzzle,
tendo passado por enormes transformações ao longo dos tempos. Se o seu
aparecimento formal é por muitos atribuído aos finais do século XIX, já
anteriormente tinham ocorrido inúmeras contribuições, algumas das quais não muito
distantes das teorias da actualidade.
18 Gouveia, J.B., Felício Júnior, J. - “Um cenário organizacional em s transformações”, Universidade de Aveiro,
2006 (disponível em http://www.egi.ua.pt/wp_constantegestao/, consulta em 08/11/2006)
nova etapa
87
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
que isso, conduzem a comparações e à busca da compreensão num nível cada vez
maior”19.
19 Gouveia, J.B., Felício Júnior, J. - “Um cenário organizacional em constantes transformações”, Universidade de
Aveiro, 2006 (disponível em http://www.egi.ua.pt/wp_gestao/, consulta em 08/11/2006)
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
As teorias e práticas de gestão das organizações são praticamente tão antigas como a
própria História da Humanidade.
“Toma conselho tanto junto do ignorante como do sábio; Declara o teu negócio sem
encobrimento, nem disfarces; Deve dizer-se francamente o que se sabe e o que não se
sabe; O chefe deve ter em mente os dias que estão por vir; Grande é aquele cujos
conselheiros são grandes.”20
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Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Ilustração n.º 1 – Código de Hamurabi (1750 A. C.), contem 282 artigos legais
relativos à vida em sociedade e privada (em linha; disponível em
www.louvre.fr/media/repository/ressources/sources/pdf/src_document_50003.
Consulta em 22/10/2006)
Por volta de 500 A.C., Sun Tzu, general chinês, escreve o clássico “A Arte da
Guerra”, utilizado até hoje por militares e gestores como guia da sua actuação. Nele
são discutidos e analisados princípios como planeamento, organização e liderança.
Também foram os chineses que utilizaram pela primeira vez o concurso público para
preenchimento dos cargos administrativos, por volta de 120 A.C.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Pese embora os grandes contributos dados pelas civilizações antigas e alguns dos
princípios ainda hoje se manterem actualizados, terá sido a partir de finais do século
XIX que a gestão das organizações passou a ser encarada como uma ciência social.
nova etapa
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Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
As chamadas abordagens clássicas são a expressão genuína desta realidade histórica, para
Frederick Taylor, Henri Fayol e Max Weber, e ainda outros autores da mesma época. O
facto de Taylor fazer a sua análise sobre as tarefas do factor de produção “trabalho”, Fayol
sobre as estruturas da empresa, com especial ênfase na administração, e Max Weber sobre
o tipo ideal de racionalidade burocrática das organizações, não obsta a que todos eles
revelassem um objectivo comum: compreender, explicar e interpretar as organizações em
bases racionais e científicas, de forma a permitir que o pragmatismo da acção individual e
nova etapa
92
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Após este breve enquadramento, iremos apresentar alguns dos principais conceitos do
modelo taylorista, habitualmente designado por organização científica do trabalho.
Frederick Taylor começou a sua vida profissional como operário, tendo tido uma
rapidíssima ascensão dentro da Midvale Steel: em sete anos, passou de operário a capataz, a
contramestre e a chefe de oficina, tudo isto ao mesmo tempo que frequentava o curso de
engenharia.
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Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Conceito Descrição
A cada operador é atribuída apenas uma tarefa ou um conjunto
Separação das funções de Quem executa, não controla ou avalia os resultados. Esta passará
controlo das funções de a ser uma prerrogativa da direcção, através dos serviços funcionais
execução: um controlo
especializado (Staff).
Separação das funções de Quem executa, não concebe, não decide, não planeia, não
concepção, decisão e
coordenação, das de programa, não organiza, não coordena. Estas funções gestionárias
execução: uma competem à direcção e ao seu Staff.
hierarquização social
Reconhecimento através de prémios pecuniários dos melhores
Incentivos salariais e desempenhos. Nesta perspectiva, o homem é incentivado por
prémios de produção
recompensas salariais, económicas e materiais.
O conforto do operário e o ambiente físico ganham valor, não
Condições de trabalho em atenção às pessoas, mas porque são essenciais para ganho de
produtividade.
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Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
3 Exercício Formativo
Propomos-lhe que reflicta um pouco sobre os princípios e conceitos
propostos por F.Taylor e as suas consequências numa organização
do século XXI. A partir de um caso concreto do seu conhecimento,
pense nas vantagens e desvantagens da aplicação destes princípios.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
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Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
98
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Comercial Técnica
Actividades relacionadas Operações relacionadas
com o escoamento da com a produção de bens e
produção. serviços da empresa.
Administrativa
Actividades relacionadas
com a prevenção,
Segurança organização, controlo,
Actividades relacionadas coordenação e comando. Financeira
com a segurança de Funções de procura e
pessoas e bens. gestão de capitais
Contabilidade (investimentos, créditos,
Operações relacionadas etc.).
com o funcionamento
corrente (inventários,
balanço, estatística, etc.).
Fonte: Construção própria a partir de Ferreira,C., et al. Manual de psicossociologia das organizações, 2001
nova etapa
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Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
São consideradas como cruciais as funções relacionadas com a produção de bens e serviços
(Técnica), o seu escoamento (Comercial) e ainda as actividades relacionadas com os
investimentos, recurso a créditos, e outras de cariz financeiro (Financeira). Contudo, a
fulcral para todo o funcionamento da empresa, na perspectiva de Fayol, era a função
administrativa, isto é, as actividades que se prendiam com a Prevenção, Organização,
Controlo, Coordenação e Comando.
De acordo com este autor, as funções administrativas estão sempre presentes, embora
de forma diferenciada, em todos os outros sectores de actividade de qualquer
organização. Partindo deste pressuposto básico, desde os gestores de topo às chefias
intermédias e ao nível da base, todos os membros de uma dada organização exercem
funções administrativas com um grau de importância e especificidade diferenciadas.
Esta diferenciação levaria a que, por exemplo, numa empresa de tipo industrial,
estivesse hierarquizada numa série funcional de competências. À medida que se subia
na escala hierárquica, as funções de carácter técnico diminuíam e aumentavam
gradualmente as de carácter administrativo. Quando se chega ao topo da hierarquia da
organização, as funções administrativas tornam-se predominantes.
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100
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Percentagem de
actividades
administrativas
40
35
15
Categorias
Chefe de Director profissionais
Operário Encarregado
serviço
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Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Planear
Organizar
Organizar significa reunir tudo o que é útil e necessário para fazer funcionar uma
organização: matérias-primas, meios de trabalho, capital e recursos humanos. Trata-se de
organizar o corpo social da empresa nas suas seis estruturas básicas essenciais, de forma a
garantir a execução de todas as operações que lhe são inerentes.
Comandar
A partir do momento em que o corpo social está constituído é preciso fazer com que ele
funcione. O comando deve ser exercido pelos diferentes chefes e cada um deve ser responsável
pela unidade em que está inserido. Segundo Fayol, a arte de comandar assentava num
conjunto de qualidades pessoais de chefia e também do conhecimento dos princípios gerais de
administração.
Coordenar
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Controlar
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Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
3 Exercício Formativo
À semelhança do ponto anterior, sugerimos-lhe que pense um pouco
sobre as vantagens e os inconvenientes da aplicação da teoria de
Henri Fayol a uma organização sua conhecida. Registe as suas
opiniões.
nova etapa
104
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Em resumo
O principal contributo desta abordagem foi, sem dúvida, a
apresentação das funções estruturais existentes numa organização e
ainda a ênfase dada às funções da administração: planear, organizar,
Estraté
comandar, coordenar e controlar. Esta divisão ainda hoje subsiste,
pese embora os inputs que os vários investigadores lhe foram
introduzindo.
Como pressupostos a este modelo, Weber desenvolveu vários conceitos de base, dos
quais se destacam:
Autoridade
Poder
nova etapa
105
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Legitimidade
Tipos de autoridade
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
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Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
3 Exercício Formativo Após ter lido as características do modelo burocrático sugerimos que
reflicta um pouco sobre as semelhanças deste modelo com algumas
organizações ainda existentes em Portugal.
Na verdade, este modelo, apesar das suas grandes desvantagens, tem sido largamente
aplicado em organizações de todas as dimensões e sectores de actividade. Quanto às
disfunções organizacionais por elas criadas, bastará recordar o sentido que a palavra
“burocracia” adquiriu nos nossos dias.
Estraté
especialização da tarefa associada à competência, nas regras e
normas especificadas e ainda nas responsabilidades definidas e
registadas. Como principais críticas à organização burocrática são
apontadas a falta de flexibilidade e a carência de inovação.
nova etapa
108
Gestão das Organizações – Manual do Formando
A Teoria das Relações Humanas, surgiu nos Estados Unidos da América como
consequência imediata das conclusões obtidas na Experiência em Hawthorne,
desenvolvida por Elton Mayo e seus colaboradores. Foi basicamente um movimento de
reacção e de oposição ao racionalismo e ao paradigma do Homem Economicus.
Não pretendendo desenvolver este tema de forma exaustiva, iremos apresentar tão
somente os seus fundamentos básicos. Assim, pela sua importância e impacto na
gestão das organizações, iremos apresentar algumas das principais conclusões
decorrentes da famosa Experiência de Hawthorne, levada a cabo por Elton Mayo em
1927 na Western Electric Company de Chigago.
Perante estes cenários, verificava-se que as abordagens clássicas das organizações não
eram totalmente válidas. Algo de fundamental lhes escapava: os aspectos sociais e
psicológicos que corporizavam o comportamento humano.
nova etapa
109
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Vejamos então algumas das principais conclusões do estudo realizado por Mayo:
23 Para maior desenvolvimento deste tema, poderá consultar o webside do Departamento de Psicologia da
Universidade de Glasgow, com várias páginas dedicadas à Experiência de Hawthorne e seus efeitos. Disponível em :
http://www.psy.gla.ac.uk/~steve/hawth.html.
nova etapa
110
Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
111
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Com o advento desta abordagem, uma nova linguagem passa a dominar o repertório
administrativo: surge assim o novo paradigma do homem social, em oposição ao homem
economicus. Fala-se agora pela primeira vez em motivação, liderança, comunicação,
organização informal, dinâmica de grupo, etc.
Vários foram os autores que se dedicaram ao estudo destas temáticas. Para além de
Mayo, importa ainda referir Kurt Lewin e Mary Parker Follett pela sua importância
nos estudos relacionados com a Dinâmica dos Grupos, Abraham Maslow e Douglas
McGregor no domínio da motivação humana, entre muitos outros.
Estraté
principal motivação do indivíduo é o reconhecimento e o sentimento de
pertença; o comportamento do indivíduo no trabalho é determinado
pelo grupo a que pertence; o grupo a que ele pertence tem uma
natureza informal.
nova etapa
112
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Abraham Maslow
Alguns dos autores considerados mais relevantes são Chester Barnard, Douglas McGregor,
Rensis Likert, Abraham Maslow, Frederick Herzberg e David McClelland.
Abraham Maslow terá sido um dos primeiros a apresentar uma teoria sobre a
motivação humana, segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e
nova etapa
113
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Necessidade de
auto-realização
Necessidades de auto-estima:
reconhecimento,etc.
Necessidades sociais:
Necessidades de segurança:
Necessidades fisiológicas:
nova etapa
114
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Embora esta teoria tenha sido fortemente contestada, em larga medida pela
impossibilidade da padronização do comportamento humano, sem dúvida que deixou
um contributo considerável para o conhecimento e compreensão desse
comportamento.
nova etapa
115
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
• Salário; • Realização;
Quanto à forma de atingir esse desiderato, isto é, levar cada trabalhador a realizar as
suas tarefas com satisfação e vontade própria, Herzberg aponta como possibilidade o
enriquecimento de tarefas.
nova etapa
116
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Outro investigador social, Rensis Likert, considerava a gestão como processo relativo,
no qual não existem normas ou princípios universais válidos para todas as
circunstâncias e situações.
nova etapa
117
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Para Likert, o comportamento humano dos indivíduos na organização pode ser explicado
através de algumas variáveis:
• Liderança.
Variáveis Resultantes
• Satisfação;
• Produtividade;
• Lucros;
• Qualidade.
nova etapa
118
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Sistemas de Gestão
Variáveis Principais 1 2 3 4
Autoritário- Autoritário-
Consultivo Participativo
Coercivo Benevolente
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Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
120
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Estraté
compreender o comportamento humano e utilizar a motivação como
poderoso meio para melhorar a produtividade e simultaneamente a
qualidade de vida dentro das organizações. Dos vários autores que se
dedicaram a esta temática, destaque para Maslow com a identificação
das necessidades humanas sob a forma de pirâmide, Herzberg que
coloca tónica no enriquecimento do conteúdo funcional como forma de
satisfazer as necessidades de realização e desenvolvimento
profissional dos indivíduos. Outra abordagem, a de Likert, aponta
vários caminhos possíveis, de acordo com os sistemas de autoridade.
nova etapa
121
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Kurt Lewin
O que lhe vem à ideia quando pensa num Sistema? Das várias possibilidades, talvez se
recorde dos sistemas existentes no corpo humano que todos estudámos na escola primária.
Pois, o conceito de sistema aplicado à gestão das organizações parte exactamente do
mesmo princípio: um sistema é um “todo organizado e unido, composto por duas ou mais partes
interdependentes, componentes ou subsistemas, e delimitado por fronteiras identificáveis do seu macro-sistema
ambiental”.
Neste sentido, de facto, o corpo humano é um sistema, tal como o sistema solar, um
ecossistema ou uma organização. Foi este carácter pluridisciplinar que fascinou
Ludwig von Bertalanffy, biólogo, quando estabeleceu a sua Teoria Geral dos Sistemas,
chegando a afirmar que "na ciência moderna, a interacção dinâmica é o problema
básico em todos os campos" . Trata-se da constatação de um facto que parece simples:
vivemos num mundo de sistemas interdependentes.
nova etapa
122
Gestão das Organizações – Manual do Formando
O que a aplicação desta visão sistémica trouxe de novo à Teoria da Gestão foi o
fornecimento de um quadro global, no qual podem ser integrados quase todos os
conhecimentos recolhidos anteriormente, considerando agora também o ambiente no
qual a organização se insere.
Esta é a grande novidade, pois, até a esse momento, as teorias de gestão que tinham
sido propostas viam a empresa como um sistema fechado. Tal como vimos atrás,
Taylor concebia-a como um sistema de produção, Fayol como uma estrutura
autónoma e os teóricos humanistas como um sistema social fechado.
nova etapa
123
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
124
Gestão das Organizações – Manual do Formando
O que trouxe de verdadeiramente novo este modelo, é que tudo é relativo. Não há
nada absolutamente infalível no que se refere à forma ideal de gerir uma organização, pelo
que um modelo de gestão poderia ser eficaz numa organização, mas representar um total
fracasso numa sua congénere. A conclusão, segundo os defensores desta abordagem, é
simples: os resultados são diferentes porque as condições são diferentes.
25 Baseado e adaptado de Chiavenato, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Ed. S.Paulo, 2000
nova etapa
125
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Chiavenato26, um dos defensores deste modelo, divide o “ambiente” entre geral e ambiente
de tarefa, sendo que o ambiente geral é constituído por um conjunto de condições comuns
a todas as organizações.
nova etapa
126
Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
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Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Estraté
Defende ainda a concepção do Homem Complexo, entendido como
sistema composto por valores, percepções, características de
personalidade e necessidades que tornam cada indivíduo um ser
único.
nova etapa
128
Gestão das Organizações – Manual do Formando
A abordagem designada por teoria Neoclássica, tem em Peter Drucker um dos seus
principiais defensores. Aproveitando alguns dos princípios fundamentais da teoria
clássica, apresenta contudo algumas novidades que importa referir, dado o seu
impacto na actualidade.
nova etapa
129
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Um dos postulados principais defendido por alguns dos representantes da chamada Teoria
Neoclássica é a Gestão por Objectivos (GPO), tão em voga nos nossos dias.
Segundo Peter Drucker, as organizações podem ser comparadas com uma orquestra, em
que cada músico, cada técnico, paralelamente com o maestro, contam para os resultados a
atingir. Todos têm de actuar juntos, a partir de uma partitura estabelecida de forma
comum. Só trabalhando em sintonia, de acordo com os objectivos definidos para cada um,
se poderá obter um concerto verdadeiramente bem sucedido.
“Toda a empresa deve criar uma verdadeira equipa e reunir esforços individuais num
esforço comum. Cada membro da empresa contribui com uma parcela diferente, mas
todos devem contribuir para a meta comum. Os esforços devem ser exercidos numa só
direcção e as contribuições devem combinar-se para produzir um resultado óptimo - sem
lacunas, sem atritos, sem a desnecessária duplicação de esforços. A Gestão por Objectivos
nova etapa
130
Gestão das Organizações – Manual do Formando
exige um grande esforço e instrumentos especiais, pois, numa empresa, os executivos não
nova etapa
131
Gestão
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Características da GPO
nova etapa
132
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Assim, para que este modelo seja bem sucedido, ele deverá assentar em quatro pilares
essenciais:
nova etapa
133
Gestão
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nova etapa
134
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nova etapa
135
Gestão
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OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
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IN T R O D U Ç Ã O
Ralph Nader
28 Le Boterf, Guy
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Importa ainda referir que, tanto as formas tradicionais de organização, como os novos
modelos, procuram sempre a resposta à mesma interrogação: de que forma podemos
ser mais produtivos, mais eficazes e mais eficientes.
29 Gomes, Duarte - “Formas de organização e técnicas de gestão: uma análise comparativa”, Faculdade de Psicologia
e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, Coimbra, 2005
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140
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Pelo atrás exposto, poderá pensar-se que a solução para cada organização passará pela
implementação de modelos de trabalho ditos participativos, descentralização de
poder, tomada de decisão partilhada. Parece ser esse o modelo bem sucedido dos
formigueiros, não é verdade? Mas adaptar-se-á a todas as realidades e a todas as
organizações?
3 Exercício Formativo Vejamos um exemplo concreto: o nosso amigo Ramiro detectou que
existem demasiadas reclamações relativamente às entregas dos
produtos nas lojas dos clientes. Claramente terá necessidade de
analisar este posto de trabalho e efectuar alguns reajustamentos em
termos do desenho das funções envolvidas. Qual será então o objecto
de estudo neste caso concreto? Registe as suas ideias e confira mais
abaixo.
nova etapa
141
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Bom, importaria então analisar todo o processo desde a recepção das encomendas até
à sua expedição e transporte para perceber claramente onde reside a fonte do
problema e não apenas o posto de trabalho do final da linha.
♦ Observação;
♦ Recolha/registo de dados e informações;
♦ Análise crítica;
♦ Proposta de novos métodos ou oportunidades de melhoria.
nova etapa
142
Gestão das Organizações – Manual do Formando
• Porquê?
4. Executante
• Existe outra pessoa que pudesse realizar em alternativa?
A recolha dos dados deverá ser realizada o mais perto possível da fonte, devendo
recorrer-se ao tratamento e sistematização da observação através da utilização de
nova etapa
143
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Depois da fase de análise crítica dos dados registados, em que ficou definido o tipo de
operação em análise, o executante, a sequência e os meios e recursos envolvidos, passamos
à fase da classificação do tipo de tarefas. Sugerimos as seguintes possibilidades:
nova etapa
144
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Naturalmente que não existe uma receita única. No entanto, em todo este processo de
análise do processo de trabalho, é indispensável ter o espírito aberto e, sempre que
possível, realizá-la com a colaboração da própria equipa de trabalho.
Em resumo
O estudo dos métodos de trabalho, não é mais que uma sistematização
dos passos, recursos e meios de forma a identificar a forma como
realizamos operações ou tarefas. A partir dessa análise, podermos
Estraté
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145
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nova etapa
146
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Sociais Organizacionais
• Globalização • Qualidade
a) Normalizar as qualificações;
nova etapa
147
Gestão das Organizações – Manual do Formando
A polivalência, por seu turno, pode constituir uma arma de dois gumes e ser
percebida pelo trabalhador como um risco acrescido de carga física e/ou mental de
trabalho. Devem assim ser bem equacionados os seus benefícios reais para a
organização e para o trabalho, antes da sua aplicação.
nova etapa
148
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Antes Depois
._1._2._3._4._5._6._7._8._9. .___1.___2.___3.
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149
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nova etapa
150
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planeamento, direcção e controlo das suas realizações, permitindo a satisfação das suas
necessidades de realização e desenvolvimento pessoal.
Efeitos benéficos
• Maior motivação
• Maior produtividade
• Menor absentismo
Possíveis inconvenientes
Sem que possa parecer, os círculos de qualidade podem constituir uma das alavancas
mais incentivadoras no seio das organizações.
nova etapa
151
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Sabemos que, por vezes, até os colaboradores mais competentes sentem desmotivação
e frustração no esforço desenvolvido para produzirem trabalho de alta qualidade. Esta
situação revela-se negativa para a organização, podendo conduzir ao desinteresse no
trabalho, ao absentismo, a defeitos na produção, reclamações por parte dos clientes,
acidentes de trabalho, etc.
nova etapa
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Vantagens:
• Realização profissional.
Desvantagens:
nova etapa
153
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Vejamos alguns dos pressupostos em que assenta o modelo: “o grupo é maior do que a
soma dos seus membros individualmente, sendo que cada grupo constitui um sistema
com características próprias distintas das características dos indivíduos que os
compõem”. Embora possa parecer bizarro, se quisemos traduzir esta expressão numérica,
poderíamos dizer que, “2+2=5” (sinergia).
nova etapa
154
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Princípio Descrição
O grupo reúne e toma decisões dentro da sua área de
1. Tomada de decisão competência, não interferindo com as decisões tomadas pelos
outros grupos.
Cada grupo é colectivamente responsável pelas tarefas de
2. Responsabilidade
produção que lhe forem atribuídas.
Encarregados, supervisores e chefias directas nomeados pela
3. Elemento de
organização são substituídos por um elemento de contacto, um
contacto
elemento do grupo, eleito pelo grupo e responsável perante ele.
4. Distribuição das A distribuição do trabalho, a supervisão, etc., a nível interno, são
tarefas decididas pelo grupo.
O grupo deve cooperar em todas as direcções. Por exemplo, os
5. Cooperação quadros técnicos não podem dar ordens ao grupo, mas devem
chegar a acordos mutuamente satisfatórios.
O grupo é responsável pela formação dos seus membros, pela
6. Apoio técnico rotação de tarefas e pelo desenvolvimento de métodos de
exterior produção, para o que poderão pedir o apoio dos quadros
técnicos nestas áreas.
O grupo deve consultar, através do seu elemento de contacto, o
7. Relação hierárquica director da unidade, em situações de provável incumprimento de
prazos, sérias perturbações no funcionamento, etc.
Se o grupo não for capaz de resolver os conflitos internos,
8. Gestão de conflitos qualquer membro do grupo tem liberdade para pôr o problema à
direcção.
nova etapa
155
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Evitar a monotonia
Reduzir a fadiga
Maior qualificação
Maior autocontrolo
Maior cooperação/entreajuda
Maior responsabilidade
Melhor comunicação
Maior produtividade
Seja qual o modelo a seguir para a reestruturação do trabalho, deverá sempre ter em conta
os seguintes princípios de base:
♦ Variedade de tarefas;
♦ Agrupamento de tarefas relacionáveis, de acordo com um
padrão significativo;
♦ Amplitude do ciclo de trabalho;
♦ Estabelecimento de padrões qualitativos e quantitativos;
♦ Informação do colaborador acerca dos resultados;
♦ Inclusão de tarefas auxiliares;
nova etapa
156
Gestão das Organizações – Manual do Formando
2.6 – TELETRABALHO
Contudo, embora possa parecer que a principal diferença deste modelo é a mudança
do local onde o trabalho é realizado, ela vai muito para além disso. Podemos mesmo
falar numa verdadeira revolução que se opera: mudam os processos de recrutamento e
selecção tradicionais, o conteúdo do posto de trabalho, o horário, o sistema
retributivo, o grau de autonomia e responsabilidade do trabalhador, as relações deste
último com a organização, com os colegas, surgem novas utilizações dos canais de
comunicações, etc.
nova etapa
157
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Vantagens do Teletrabalho
Para as organizações:
nova etapa
158
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Para os trabalhadores:
Desvantagens do Teletrabalho
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159
Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
160
Gestão das Organizações – Manual do Formando
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
162
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
IN T R O D U Ç Ã O
Neste capítulo iremos apresentar alguns dos conceitos básicos relacionados com as
várias formas e técnicas de planeamento utilizados na Gestão das Organizações, dando
uma particular atenção ao processo de planeamento estratégico. Mas, primeiro,
vejamos um esquema resumo dessas formas e técnicas de planeamento.
Plano de
investimentos
Planeamento
Financeiro
Plano de
aplicações
Plano de produção
Planeamento da
produção
Plano de manutenção
Planeamento RESULTADOS
Estratégico Plano de
abastecimento
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163
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Estratégia é hoje uma das palavras mais utilizadas na vida empresarial e encontra-se
abundantemente presente na produção de textos de variada natureza: desde gestores,
políticos, a jornalistas, a sua utilização é cada vez mais profusa. À primeira vista
parece tratar-se de um conceito estabilizado, de sentido consensual e único, de tal
modo que, na maior parte das vezes, entende-se ser escusada a sua definição. Será
assim?
3 Exercício Formativo
Dê uma ajuda à formiga Ramiro que está com alguma dificuldade em
definir Estratégia. Procure redigir o seu significado ou, em alternativa,
registe todas as palavras que lhe vêm à ideia e que associa ao
conceito.
Definições de estratégias
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Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
30 Santos, Francisco Lopes - Estratégia: passo-a-passo, Centratlântico, Vila Nova de Famalicão, 2004 (disponível em
www.centroatlantico.pt), consulta em 23/11/2006
31 Adaptado de Santos. F.L. , op. cit.
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165
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Para que cada um destes três subprocessos seja elaborado com sucesso é
imprescindível que se baseiem numa exemplar reflexão estratégica sobre pontos e
áreas que lhes são específicos.
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166
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Estratégia da Empresa
Fonte: EIRE, Adriano. Estratégia – Sucesso em Portugal. Lisboa: Editorial Verbo, 1995
nova etapa
167
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Em resumo
A formulação da estratégia é o processo no qual os gestores avaliam
as forças e fraquezas da empresa, tendo em conta as oportunidades e
Estraté ameaças presentes na envolvente externa, decidindo posteriormente
quais as estratégias que permitem conciliar as competências centrais
da empresa com as oportunidades presentes na envolvente externa.
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168
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Os FCS, são, naturalmente, as variáveis que mais valor proporcionam aos clientes e
que levam a uma maior diferenciação da empresa face aos seus concorrentes na criação
de valor.
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169
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Factores-chave de
Factores de competição Factores críticos de
Indústria compra
(variáveis de competição) sucesso
(valor para clientes)
Sabor Diferenciação do produto Gama de produtos
Relação afectiva Actividades promocionais Política de comunicação
Cervejas
Disponibilidade à venda Canais de distribuição Rede de distribuição
Preço Cobertura regional Gestão logística
Apesar de as tendências do meio envolvente serem iguais para todas as empresas que
concorrem num determinado sector, existem algumas que conseguem obter maior
sucesso que outras. As diferenças estruturais no sucesso das empresas resultam regra
geral de níveis de capacidade de gestão distintos, derivados da utilização de mais e/ou
melhores recursos.
nova etapa
170
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
A análise do contexto interno deve pois começar pela identificação da natureza dos
principais recursos ao dispor da empresa e pela avaliação dos respectivos méritos.
Para além disto, interessa perceber o comportamento dos custos da empresa, de forma
a avaliar o grau de eficiência da utilização dos seus recursos. O real valor dos recursos
da empresa depende da análise conjunta dos benefícios e custos por eles produzidos.
Competências centrais
Os pontos fortes que mais distinguem a empresa das suas concorrentes na satisfação
das necessidades dos clientes constituem as suas competências centrais. Regra geral, as
competências centrais proporcionam muito valor aos clientes, são difíceis de imitar e
permitem o acesso a novos mercados.
Adequação estratégica
nova etapa
171
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Quando as empresas fazem bem (competências centrais) aquilo que tem de ser bem
feito (factores críticos de sucesso), conseguem obter o sucesso desejado.
Uma vez feito o alinhamento dos factores críticos de sucesso com as competências
centrais da empresa, é conveniente relacionar os pontos fortes e fracos da empresa
com as principais tendências do seu meio envolvente, no sentido de gerar ideias
alternativas para lidar com as oportunidades e ameaças identificadas.
Este modelo é conhecido como Análise SWOT (Strengths: forças ou pontos fortes;
Weaknesses: fraquezas ou pontos fracos; Opportunities: oportunidades; Threats:
ameaças.
Interno
Forças Fraquezas
(atributos da organização)
Externo
Oportunidades Ameaças
(atributos do ambiente)
nova etapa
172
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Ambiente interno
Predominância de
Pontos fracos Pontos fortes
Ameaças
Sobrevivência Manutenção
Ambiente externo
Predominância de
Oportunidades
Crescimento Desenvolvimento
♦ Produção
♦ Financeira
♦ Recursos Humanos
♦ Marketing / comercial
nova etapa
173
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Recentemente, têm surgido alguns autores que defendem a alteração desta matriz de
análise. De acordo com esta nova perspectiva, o factor Tempo deverá agora ser
considerado como uma das variáveis a considerar para a definição da estratégia das
organizações. De facto, com a velocidade a que ocorre a mudança nos nossos dias, é
bem possível que as ameaças de hoje, venham a ser oportunidades num futuro
próximo. Assim, a nova análise SWOT substitui o factor "ameaças" (Threats) pelo
factor "tempo" (Time).
nova etapa
174
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
A matriz da nova análise SWOT, poderá ter uma configuração semelhante àquela que
se apresenta a seguir.
Nível
Forças Fraquezas
Interno
Fonte: IAPMEI
Estamos certos que esta era uma fase que estava a ser aguardada. Afinal de contas,
como formular a estratégia? Sugerimos a análise de cada um dos passos inerentes ao
processo de formulação, através da visualização de um esquema que apresenta de
forma sintética os seus vários passos:
PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
•Missão
•Visão •Análise Externa
•Valores •Análise Interna •Estratégias
•Cenários •Objetivos (Metas)
•Indicadores
•Auditoria de
Desempenho
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175
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Visão
Exemplo de Visão32
Missão
A Missão da organização consiste numa declaração escrita que expressa a razão de ser
da empresa.
A definição da missão tem como objectivo difundir o espírito da empresa por todos
os seus colaboradores e levar a congregar esforços para atingir os objectivos gerais.
nova etapa
176
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Sendo assim, a missão deve acentuar o domínio das competências centrais / factores
críticos, para a consecução do sucesso da empresa.
A missão deve ser explícita, clara e bem difundida, de modo a garantir que os esforços
de todos os colaboradores contribuem de facto para o sucesso da organização.
Exemplo de Missão33
"Crescer e inovar à medida das necessidades dos nossos Clientes, com Total Qualidade,
Grande Rigor e Elevada Competência"
Valores
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177
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Exemplo de Valores
• Competência • Legalidade
• Inovação • Ética
• Integridade • Legalidade
Objectivos estratégicos
♦ Specific/Específicos;
♦ Measurable/Mensuráveis;
♦ Attainable/Atingíveis;
♦ Realistic/Realistas;
♦ Time/Enquadrados no tempo.
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178
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
179
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Por sua vez, as linhas de orientação podem ser detalhadas através de prioridades
estratégicas.
Para alcançar cada uma das prioridades estratégicas podem ser definidos programas de
acção. Estes programas integram um conjunto de iniciativas concretas que são
necessárias levar a cabo de forma a atingir os objectivos definidos.
Na prática, para alcançar os objectivos desejados, tem de ser concebida uma estratégia
empresarial para a empresa como um todo e para cada um dos seus negócios
individuais. A definição da estratégia empresarial é substanciada em linhas de
orientação, prioridades e programas de acção que constituem os mecanismos de
actuação da empresa de forma a atingir os objectivos definidos.
Contexto
nova etapa
180
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
O plano estratégico deve basear-se nas reflexões dos gestores da empresa e definir, de
uma forma clara e sintética, uma orientação consensual para o futuro.
Mais do que um sumário de análises, o plano estratégico deve conter uma perspectiva
integrada da actuação futura da empresa, indicando os negócios onde deseja competir
e as linhas de orientação a adoptar para alcançar os objectivos definidos.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Condições de eficácia
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Gestão
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Esquema-resumo
Estratégia da empresa
Visão
PROCESSO DE FORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA
Missão
Valores
Objectivos
Linhas de Orientação
Prioridades
Programas de Acção
Plano Estratégico
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184
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Estas duas fases traduzem dois gaps que dificultam a implementação da estratégia:
Formulação da Estratégia
nova etapa
185
Gestão das Organizações – Manual do Formando
34 Estudo realizado por David Norton, co-fundador da Balanced Scorecard Collaborative. É também co-fundador da
Balanced Scorecard Collaborative e um dos responsáveis pelo desenvolvimento do Balanced Scorecard.
nova etapa
186
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Chegados a este ponto, é de questionar: “Até aqui tudo bem. Mas como é que isso se
faz? Que ferramentas práticas se podem usar que facilitem o processo?”
Assim, o ciclo de vida de um produto no mercado pode ser dividido em quatro fases:
nova etapa
187
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Matriz BCG
Consoante os valores obtidos para cada uma dessas duas variáveis, o negócio é
classificado em quatro tipos diferentes (Interrogação, Estrela, Vaca Leiteira e Cão)
sendo, para cada um deles, efectuadas recomendações genéricas sobre as estratégias a
adoptar.
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188
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Vaca Leiteira: É respeitante aos negócios com baixo crescimento e em que a empresa
tem elevada quota de mercado. Geralmente geram fluxos financeiros muito
significativos, pois o avanço na curva de experiência proporciona elevados retornos e
o baixo crescimento do sector não obriga à realização de investimentos avultados. A
recomendação é rentabilizar o negócio de forma a sustentar o crescimento dos
negócios Estrela e Interrogação.
Cão: Corresponde a negócios com baixo crescimento e em que a empresa tem baixa
quota de mercado. Geralmente geram fluxos financeiros pouco significativos pois o
atraso na curva da experiência não permite retornos elevados mas, por outro lado, o
baixo crescimento do sector também não obriga à realização de investimentos
avultados. A recomendação é abandonar ou reformular o negócio.
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189
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Estrela Interrogação
Reduzido
Desenvolve-se a partir de dois vectores (produtos e mercados), cada qual com duas
alternativas (actual e novo). Definem-se assim quatro quadrantes de possibilidades de
crescimento de negócios.
nova etapa
190
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Nesta caso, a empresa decide lançar novos produtos para novos mercados. Podem ser
relacionados ou não relacionados. No primeiro caso, a empresa permanece num
segmento de negócio que já lhe é familiar; no segundo caso, parte para um segmento
totalmente novo para ela. O mesmo raciocínio da estratégia de desenvolvimento de
produtos aplica-se tanto na hipótese do produto ser novo para a empresa como na de
ser novo para o mercado.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
MERCADO
Actual Novo
Novo
Actual
O modelo de análise desenvolvido por Michael Porter, conhecido como “modelo das
5 forças competitivas”, encontra-se estruturado em torno da organização e do meio
em que está inserida, das principais variáveis e dos seus efeitos sobre a mesma.
Assim, este modelo defende que, para que cada ponto seja analisado correctamente,
são necessários estudos direccionados a cada uma das cinco forças, bem como às
oportunidades e às ameaças inseridas em cada uma delas. Importa assim que os
gestores se mantenham vigilantes e atentos às mudanças de mercado, às suas variações
mais discretas, aos pontos onde podem ganhar espaço no mercado, ampliando a sua
rede de consumidores, trazendo mais informações para o ambiente da empresa e
produzindo um feedback mais produtivo e com avaliações mais precisas dos produtos
e do mercado.
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Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
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193
Gestão das Organizações – Manual do Formando
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194
Gestão
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
O poder de negociação dos clientes é tanto maior quanto maior for a importância das
suas compras para o fornecedor, quando compram em grandes volumes, por exemplo,
ou quando o preço dos produtos representa um custo elevado para os compradores,
quando os custos de mudança são baixos ou ainda quando o produto comprado não é
muito importante para os negócios do comprador. Quando o poder de negociação é
forte, afecta a organização forçando à redução dos preços e ao aumento da qualidade
dos serviços e produtos. O poder de negociação depende largamente da barreira de
mudança que um cliente tem de ultrapassar para poder mudar de fornecedor.
nova etapa
196
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
197
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Estes sistemas deverão incidir sobre as varáveis de gestão relacionadas com os factores
críticos de sucesso do negócio, de modo a garantir que a actuação da empresa está de
facto a contribuir para o reforço da sua adequação estratégica.
O controlo de gestão não deve pois ser entendido apenas como a fase final do ciclo de
gestão da empresa. O seu maior valor reside precisamente na indução do novo ciclo
de planeamento e gestão da empresa. Para as empresas em aprendizagem contínua, o
controlo de gestão é simultaneamente um ponto de chegada e um ponto de partida.
Existem numerosas concepções deste tipo de sistemas mas essencialmente deve tratar-
se de um instrumento de gestão e de acção muito sintético, rápido e frequente.
Basicamente, estes sistemas produzem informações de acompanhamento e controlo da
nova etapa
198
Gestão
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
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200
Gestão
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Visão
Alcançar 25% da quota de
mercado
Estratégia
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201
Gestão das Organizações – Manual do Formando
♦ Financeira;
♦ Clientes;
♦ Aprendizagem e crescimento;
♦ Processos internos.
O BSC (Balanced Scorecard) é uma sigla que pode ser traduzida para Indicadores
Balanceados de Desempenho. Este termo “Indicadores Balanceados” resulta da escolha
dos indicadores duma organização, não se restringindo unicamente ao foco
económico-financeiro, mas a outros aspectos como: o desempenho de mercado junto
aos clientes, o desempenho dos processos internos e pessoas, a inovação e a
tecnologia. Isto porque, a soma destes factores, aumentam o desempenho desejado
pelas organizações, consequentemente criando valor futuro.
Desde que foi criado, o BSC tem vindo a ser utilizado por centenas de organizações
dos sectores privado, público e até mesmo social do mundo inteiro, e foi escolhido
nova etapa
202
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
pela revista Harvard Business Review como uma das práticas de gestão mais
importantes e revolucionárias dos últimos 75 anos.
Gestão do Avaliação e
Concepção Formulação Implementação
Conhecimento Reavaliação
BALANCED
SCORECARD
•Planos de Acção
•Indicadores
Tal como afirmámos atrás, a metodologia do Balanced Scorecard assume que a visão e
a estratégia da empresa devem ser analisadas de acordo com quatro perspectivas:
♦ Financeira;
♦ Clientes;
♦ Processos internos;
♦ Aprendizagem e desenvolvimento.
nova etapa
203
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Financeira
Aprendizagem e
Desenvolvimento
A perspectiva financeira
Existem argumentos que defendem que a melhoria das medidas não financeiras resulta
numa posterior melhoria das medidas financeiras. De acordo com estes argumentos, o
sucesso financeiro é a consequência lógica de se obter uma boa performance nas
restantes perspectivas.
nova etapa
204
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Para cada um dos objectivos atrás referidos, é possível associar medidas de avaliação
da performance. Para avaliar o objectivo de criação de valor para o accionista, podem
ser utilizadas as medidas:
♦ Quota de mercado;
♦ Taxa de crescimento do volume de negócios.
♦ Rentabilidade do Investimento;
♦ Rentabilidade dos Capitais Próprios;
♦ Rentabilidade das Vendas.
nova etapa
205
Gestão das Organizações – Manual do Formando
♦ Satisfação;
♦ Fidelização;
♦ Rentabilidade.
De igual forma, para cada um dos objectivos atrás referidos, é possível associar
medidas de avaliação da performance. Para avaliar o objectivo de satisfação, podem
ser utilizadas as medidas:
nova etapa
206
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
♦ Racionalização;
♦ Qualidade;
♦ Eficiência e eficácia.
Para cada um dos objectivos atrás referidos, também é possível associar medidas de
avaliação da performance.
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207
Gestão das Organizações – Manual do Formando
♦ Índice de produtividade;
♦ Taxa de ocupação/utilização da infra-estrutura;
♦ Nível de stocks médios.
De modo a garantir que a empresa continue a ter clientes satisfeitos e leais no futuro e
continue a utilizar os seus recursos de forma eficiente e eficaz, é necessário que a
empresa e os seus trabalhadores continuem a aprender e a apostar no seu
desenvolvimento.
nova etapa
208
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
♦ Inovação;
♦ Motivação dos trabalhadores;
♦ Formação dos trabalhadores;
♦ Desenvolvimento tecnológico.
Para cada um dos objectivos atrás referidos, é possível associar medidas de avaliação
da performance.
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209
Gestão das Organizações – Manual do Formando
s
re
va
tiv
do
a ti
s
jec
ca
eta
ici
di
Ob
In
In
Financeira
re s
os
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as
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do
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s
s
jec
jec
ca
ca
a
eta
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ici
di
di
Ob
Ob
M
In
In
In
In
Para satisfazer os
Para alcançar a visão,
clientes, em que
como devemos ser
processos devemos
vistos pelos clientes?
alcançar a excelência?
Aprendizagem e
Desenvolvimento
es
os
s
va
or
tiv
ati
d
s
jec
ca
eta
ic i
di
Ob
In
In
nova etapa
210
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
nova etapa
211
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Um planeamento é, na sua forma mais rudimentar, uma lista das tarefas a fazer, com
pormenores sobre a importância das mesmas ou a altura em que vão ser executadas.
Um bom planeamento ajuda a manter uma ideia dos objectivos e das tarefas que ainda
têm que se executar para atingir esses mesmos objectivos.
Um plano de acção bem preparado mostra bem delineada a meta a ser atingida e os
objectivos a cumprir; actividades relacionadas a empreender; detalhes de avaliação. Os
três principais pilares de um plano de acção são: qualidade, custo e tempo. É
importante não considerar um plano de acção como sendo uma imagem fixa ou um
evento único. Deve ser modificado e ajustado conforme necessário, como parte de um
processo contínuo (introduzindo alterações sempre que surgem informações novas).
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212
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
1ª. FASE
• Identificar as partes envolvidas
Analisar a situação.
• Estabelecer um esboço de trabalho
• Definir prioridades de actuação
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213
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Vejamos então, de forma mais detalhada, cada um dos passos das várias fases do
planeamento de acção.
Analisar a situação
Definir a meta
Depois da análise prévia da situação, importa agora estabelecer uma meta, que não é
mais do que uma declaração concisa que descreve o propósito do plano de acção (o
que alcançará). As metas devem ser realistas e não ambiciosas demais. Doutra forma,
mesmo com muito empenhamento dos envolvidos, a meta estará sempre longe
demais. Um exemplo de meta poderia ser “Aumentar o nível de satisfação dos
clientes com os serviços de formação”.
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214
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Estabelecer os Objectivos
Tal como afirmámos atrás, no Planeamento Estratégico existem algumas regras a ter
em conta na definição dos objectivos. Utilizando a sigla inglesa, estes deverão ser
SMART, isto é:
♦ Specific/Específicos;
♦ Measurable/Mensuráveis;
♦ Attainable/Atingíveis;
♦ Realistic/Realistas;
♦ Time/Enquadrados no tempo.
Sempre que necessário, tanto objectivos como metas poderão sofrer ajustamentos, de
acordo com os constrangimentos e dificuldades sentidos durante a implementação da
acção.
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215
Gestão das Organizações – Manual do Formando
♦ Equipar 2/3 das salas com 1 computador portátil para cada dois
formandos, até ao final do corrente ano.
3 Exercício Formativo
Dê uma ajuda ao amigo Ramiro. Ele precisa de definir objectivos para
a sua meta de equipar a nova linha de montagem com robôs
embaladores. Tem algumas sugestões em termos de objectivos
SMART?
Definir Indicadores
O sucesso do Plano de acção pode ser medido pelo grau de cumprimento dos
objectivos. Definindo indicadores de desempenho para cada objectivo, especifica
como esta realização será medida e será verificada. Imaginemos que vamos
reestruturar as salas de formação, com vista à diminuição de reclamações por parte
dos formandos. Um dos indicadores para verificação do cumprimento de um dos
objectivos poderia ser o “Índice de satisfação com as condições da sala, a partir das
acções a iniciar em Janeiro”. Neste caso, o meio ou fonte de verificação seria o
questionário de opinião específico ou o questionário de avaliação da reacção aplicado
aos formandos no final de cada acção de formação.
Definir as actividades
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216
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Tarefas:
2. Pedir orçamentos;
3. Analisar orçamentos;
4. Adjudicar serviço;
5. Acompanhar a obra.
Com uma lista de actividades e tarefas necessárias para completar o plano de acção, é
importante avaliar como estão relacionadas umas com as outras para determinar a
sequência de implementação necessária e identificar quaisquer dependências. Por
outras palavras, que actividades/tarefas podem começar imediatamente? Que
nova etapa
217
Gestão das Organizações – Manual do Formando
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218
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Para este passo do planeamento poderá ser utilizada uma ferramenta de trabalho,
idêntica à que apresentamos a seguir, de forma a identificar e registar os vários custos
do plano de acção: a matriz de recursos necessários.
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219
Gestão das Organizações – Manual do Formando
1 pessoa para
redigir pedidos de
orçamento, com
conhecimento de
Computador e
proc. de texto e
impressora
normas para
Tarefa 2: Programa -
pedidos de -
Pedir orçamentos tratamento de
orçamentos
texto
(condições de
Histórico anterior
pagamento, prazos
de realização,
exigências de
qualidade, etc.)
1 pessoa com
Tarefa 3: experiência em
Analisar orçamentos análise de
custo/benefícios
1 pessoa com
Tarefa 4:
conhecimentos
Acompanhamento da
específicos em
obra
climatização.
Actividade 2:
Tarefa 1
Tarefa 2
Tarefa 3
Tarefa 4
Fonte: www.arvoredeproblemas.com
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220
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Atribuir Responsabilidades
Este passo ajuda a determinar, de uma forma preliminar, quem será responsável para
completar cada actividade e tarefa. Isto demonstra que, em princípio, o acordo de
compromisso foi obtido por parte dos participantes do plano de acção. Nesta fase
(como os recursos humanos e financeiros podem não estar adequadamente
assegurados), é melhor considerar-se sempre que, na realidade, as responsabilidades
podem necessitar de ser ajustadas. Perguntas chave incluem:
nova etapa
221
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Actividades e
tarefas
Pessoa Pessoa Pessoa Pessoa Pessoa Pessoa
decorrentes da
responsável responsável responsável responsável responsável responsável
divisão do
trabalho
Actividade 1:
Tarefa 1
Tarefa 2
Tarefa 3
Tarefa 4
Fonte: www.arvoredeproblemas.com
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222
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Monitorizar e Avaliar
Comunicar os Resultados
Chegando à fase final da realização, importa agora fazer um balanço final não só
relativamente ao alcance da meta, como dos objectivos parcelares definidos e ainda
dos desvios ocorridos como, por exemplo, em termos de derrapagens de custos,
tempos previstos, etc. Estes resultados poderão ser postos por escrito num relatório
ou simplesmente comunicados oralmente aos intervenientes no processo, em reunião
para o efeito.
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223
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Em resumo
A formulação da estratégia é o processo no qual os gestores avaliam
as forças e fraquezas da empresa, tendo em conta as oportunidades e
Estraté ameaças presentes na envolvente externa, decidindo posteriormente
quais as estratégias que permitem conciliar as competências centrais
da empresa com as oportunidades presentes na envolvente externa.
36 Fonte: www.arvoresdeproblemas.com
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224
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
FINALIDADE:
OBJECTIVO:
RESULTADOS:
Fonte: www.arvoredeproblemas.com
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225
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Ano
Actividades Jan. Fev. Mar.
a realizar
1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª
sem. sem. sem. sem. sem. sem. sem. sem. sem. sem. sem. sem.
1. Pedir
orçamentos
2. Elaborar
caderno de
encargos
3. Colocar
vidros nas
salas
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Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
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227
Gestão das Organizações – Manual do Formando
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228
Gestão
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Há duas formas de fazer a leitura da árvore e verificar se esta está construída com
lógica. Pode ser lida no sentido “das relações de causalidade dos problemas”. E pode
ser lida no sentido “das relações de resolubilidade dos problemas”.
3 Exercício Formativo
Procure fazer a construção de uma árvore de problemas, a partir dos
elementos dados. Não se esqueça que, em primeiro lugar, deverá
definir o problema central, depois os de 1.º nível, seguidamente os de
2.º nível, e assim sucessivamente, até aos problemas terminais.
Insatisfação com
as condições das Problema central
salas
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229
Gestão das Organizações – Manual do Formando
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230
Gestão das Organizações – Manual do Formando
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
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231
Gestão das Organizações – Manual do Formando
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232
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Philip Kotler
Existem diversas definições para o termo qualidade, o que torna difícil apresentar
apenas uma que corresponda a todas as ideias e percepções. O certo é que a Qualidade
veio para ficar, seja no trabalho, em casa, na produção de bens ou na prestação de
serviços. Em qualquer actividade, a qualidade tornou-se consensual.
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233
Gestão das Organizações – Manual do Formando
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234
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Assim, duma estratégia quantitativa passou-se para uma estratégia qualitativa, assente
na diferenciação do produto/serviço pela qualidade. Todo este percurso responde a
uma necessidade expressa pelo mercado e foi acompanhado por alterações substanciais
ao nível da gestão da qualidade. A qualidade não pode ser assegurada pelos mesmos
métodos do passado” 38.
Para dirigir e controlar com sucesso uma organização, é necessário que ela seja gerida
de forma sistemática e transparente. O sucesso pode ser consequência da
implementação e manutenção de um sistema de gestão concebido para continuamente
melhorar o seu desempenho, tomando em consideração as necessidades de todas as
partes interessadas. A gestão de uma organização inclui, entre outras disciplinas de
gestão, a gestão da qualidade.
Podemos assim identificar um conjunto de oito princípios que devem ser adoptados
pelas organizações, de modo a que as mesmas obtenham os melhores resultados:
Focalização no cliente
Liderança
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235
Gestão das Organizações – Manual do Formando
Melhoria contínua
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Estes oito princípios de gestão da qualidade constituem a base das normas de sistemas
de gestão da qualidade da família ISO 9000.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
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Comprometimento da Gestão
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Focalização no cliente
Política da Qualidade
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Política da Qualidade39
Prestar uma gama completa de serviços que conduza à melhoria e qualificação dos
nossos Clientes;
Planeamento
Objectivos da Qualidade
39 Fonte: Política de Qualidade da Nova Etapa (em linha, disponível em www.nova-etapa.pt, consulta em
28/12/2006)
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Provisão de recursos
Recursos humanos
Infra-estruturas
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Documentos
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Normas da Qualidade
A sigla ISO deriva das iniciais de International Organization for Standardization que é uma
organização internacional que aglomera os grémios de padronização/normalização
em 148 países. A International Organization for Standardization aprova normas
internacionais em todos os campos técnicos, excepto na electricidade e electrónica.
Embora as normas ISO 9000 sejam as mais conhecidas e divulgadas, existem inúmeras
outras. Vejamos apenas alguns exemplos:
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♦ Gráfico de Pareto
♦ Diagramas de causa-efeito (espinha de peixe ou diagrama de
Ishikawa)
♦ Histogramas
♦ Folhas de verificação
♦ Gráficos de dispersão
♦ Fluxogramas
♦ Cartas de controlo
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Foi criado a partir do chamado Princípio de Pareto, segundo o qual, 80% dos
problemas são provenientes de apenas 20% das causas.
A sua aplicação deverá ser precedida de uma fase de recolha e organização dos dados e
respectivo registo numa Lista de Verificação. Vejamos o exemplo seguinte:
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♦ Matéria-prima
♦ Mão-de-obra
♦ Máquinas
♦ Meio ambiente
♦ Método
♦ Medição
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2.3 – HISTOGRAMAS
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
três vezes a largura dos outros deve ter um terço da altura da sua frequência
observada.
2.4 – FLUXOGRAMAS
Este tipo de ferramenta permite uma visualização global e parcial de cada fase,
identifica claramente os ciclos de trabalho e ainda apresenta as soluções para cada
alternativa.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Acção ou operação
Conector
Decisão
As folhas de verificação são tabelas usadas para facilitar a recolha e análise de dados. O
uso de listas de folhas de verificação economiza tempo, eliminando o trabalho de se
desenhar figuras ou escrever números repetitivos. Além disso, permitem uma análise
mais rigorosa dos dados. Poderá ver um exemplo das ferramentas no ponto 2.1 -
Diagrama de Pareto.
Em resumo
As ferramentas da qualidade, são poderosos instrumentos de auxílio
às fases de análise e diagnóstico de problemas, implementação e
Estraté
ainda controlo de resultados dos Sistemas de Gestão da Qualidade. A
sua aplicação é diversificada, desde a qualidade de procedimentos, à
qualidade ambiental, segurança alimentar, etc.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
3. BENCHMARKING40
Conceito de benchmarking
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Benchmarking Interno
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Benchmarking Funcional
Benchmarking Estratégico
É um tipo de benchmarking com um cariz ainda mais radical, uma vez que promove
a análise fundamental de processos que cruzam várias funções em sectores não
relacionados. O potencial de inovação vê-se significativamente incrementado,
proporcionando a integração de novos conceitos no sector promotor e projectando o
seu “estado da arte”. O custo e as complexidades associadas contrapõem-se ao elevado
potencial de melhoria e inovação.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
8. SÍNTESE CONCLUSIVA
Qual é a afinal de contas o segredo do sucesso? Que caminhos devemos fazer para
conseguir os melhores resultados na nossa organização? Que formas de organização
do trabalho deveremos adoptar na nossa empresa? Os caminhos da Gestão das
Organizações são distintos e diversificados, num contínuo de mudança acelerada e
permanente, só sobreviverão aquelas que estiverem mais habilitadas para o fazer.
Não existem receitas únicas, nem modelos definitivos a ser adoptados; existem, claro,
várias ferramentas e conceitos fundamentais que podem ser aplicados, em busca desse
melhor caminho. Esse foi o objectivo essencial deste Manual. Antes de terminarmos,
ainda temos tempo para dar algumas pistas para reflexão:
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
O percurso do veado
Um dia, através do bosque, um veado dirigia-se ao seu abrigo,
Mas fez o percurso cheio de curvas,
Um percurso sinuoso, como é hábito destes animais.
Desde então, passaram-se mais de duzentos anos,
E, entretanto, pensa-se o veado já morreu,
Mas deixou atrás de si aquele carreiro
Ao qual se refere esta história.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Autor desconhecido
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CAPÍTULO I
ORGANIZAÇÃO
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
CAPITULO IV
CAPÍTULO V
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Dado que se conjugaram vários tipos de instrumentos de avaliação, importa que esteja atento
às instruções que precedem cada grupo de questões. As soluções encontram-se no ponto
respectivo.
1. (cotação: 2 valores)
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Conceito Descrição
A cada operador é atribuído apenas uma tarefa ou um conjunto
________________ restrito de tarefas simples em detrimento de um conjunto
significativo, diversificado e variado de actividades.
Cada operador efectua sempre o mesmo trabalho, estando afecto a
________________
um determinado posto de trabalho (fixo).
O tempo para realizar a tarefa foi previamente calculado e serve de
norma. O uso do tempo de trabalho (ciclo operatório, ritmo,
________________
cadência, etc.) e de não-trabalho (pausas, descanso suplementar,
etc.) está estritamente regulamentado.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
3. (cotação: 3 valores)
4. (cotação: 2 valores)
6. (cotação: 2 valores)
Imagine que tinha de apresentar a distribuição temporal das várias fases de um projecto. Qual
seria o instrumento mais adequado para o efeito?
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
7. (cotação: 2 valores)
8. (cotação: 2 valores)
a) Diagrama de causa-efeito
b) Diagrama de Pareto
c) Fluxograma
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
CAPÍTULO I
TAREFAS
ESTRUTURA PESSOAS
ORGANIZAÇÃO
AMBIENTE TECNOLOGIA
CAPÍTULO II
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
Não é possível apresentar uma solução. Está dependente do caso seleccionado pelo
participante.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
CAPÍTULO V
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
1.
Hipótese 1
Grupo estruturado de pessoas reunido para atingir um conjunto de objectivos que um indivíduo
sozinho não seria capaz de atingir.
Hipótese 2
Conjunto de duas ou mais pessoas que realizam tarefas, seja em grupo, seja individualmente
mas de forma coordenada e controlada, actuando num determinado contexto ou ambiente, com
vista a atingir um objectivo pré-determinado através da afectação eficaz de diversos meios e
recursos disponíveis.
2.
Conceito Descrição
A cada operador é atribuído apenas uma tarefa ou um conjunto
Parcelarização: uma
restrito de tarefas simples em detrimento de um conjunto
tarefa
significativo, diversificado e variado de actividades.
Especialização: um Cada operador efectua sempre o mesmo trabalho, estando afecto a
posto de trabalho um determinado posto de trabalho (fixo).
O tempo para realizar a tarefa foi previamente calculado e serve de
Imposição de tempos: norma. O uso do tempo de trabalho (ciclo operatório, ritmo,
um tempo-padrão cadência, etc.) e de não-trabalho (pausas, descanso suplementar,
etc.) está estritamente regulamentado.
Especificação rigorosa daquilo que cada um devia fazer, como o
Desenho dos cargos e
devia executar e ainda as relações a estabelecer entre cargos para
funções
a sua execução (o quê, como e com quem).
Separação das funções
de controlo e das Quem executa, não controla ou avalia os resultados. Esta passará
funções de execução: a ser uma prerrogativa da direcção, através dos serviços funcionais
Um controlo (Staff).
especializado
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
3.
1º.- Observação;
4.
5.
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6.
7.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
8.
b) Diagrama de Pareto - Gráfico de barras que separa os problemas mais importantes dos
menos importantes, estabelecendo uma ordem de prioridades. Mostra ainda a curva de
percentagens acumuladas. Este gráfico permite maior facilidade na visualização e identificação
de causas ou isoladamente dos problemas mais importantes, possibilitando assim uma maior
concentração de esforços nos aspectos essenciais.
c) Fluxograma - Um fluxograma não é mais do que a representação gráfica dos vários passos
de um determinado processo. É frequentemente utilizado para descrever ou analisar um
processo ou ainda para planear os passos de um conjunto de acções.
Este tipo de ferramenta permite uma visualização global e parcial de cada fase, identifica
claramente os ciclos de trabalho e ainda apresenta as soluções para cada alternativa.
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11. ANEXOS
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Anexo III – Tabela dos principais requisitos das normas ISO 9000
Anexo IV – comparativo das Normas ISO 9001 / ISO 14001 / Ohsas 18001
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ANEXO I
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ANEXOS II
Actividades e
tarefas Serviços, Custo
Recursos Recursos
decorrentes da Instalações Equipamentos materiais,
humanos especiais associado
divisão do etc.
trabalho
Actividade 1:
Tarefa 1: - -
Tarefa 2: - -
Tarefa 3:
Tarefa 4:
Actividade 2:
Tarefa 1:
Tarefa 2:
Tarefa 3:
Tarefa4:
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Actividades
e tarefas Pessoa Pessoa Pessoa Pessoa Pessoa Pessoa
decorrentes
da divisão responsável responsável responsável responsável responsável responsável
do trabalho
Actividade 1:
Tarefa 1
Tarefa 2
Tarefa 3
Tarefa 4
FINALIDADE:
OBJECTIVO:
RESULTADOS:
ORÇAMENTO/CUSTOS DAS
MEDIDAS/ACTIVIDADES:
MEDIDAS/ACTIVIDADES
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
4 - GRÁFICO DE GANTT
Ano 200x
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Processo:
Responsável:
Período em análise:
Total de itens produzidos:
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Processo:
Responsável:
Período em análise:
Total de itens produzidos:
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ANEXO III
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ANEXO IV
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Core Competence – Conceito utilizado pela primeira vez por Gary Hamel e
C.K.Prahalad, em 1980 e que designa as competências estratégicas, únicas e distintas
de uma organização e que lhe conferem uma vantagem competitiva intrínseca,
sendo por isso mesmo considerados os factores chave de diferenciação face aos
concorrentes.
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Factores Críticos de Sucesso – São as variáveis que mais valor proporcionam aos
clientes e que melhor diferenciam os concorrentes num determinado sector.
Constituem, por isso, os elementos que determinam o maior ou menor sucesso das
empresas no mercado.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
a base da tomada de decisões, na medida em que é através dele que são definidos os
objectivos organizacionais e estabelecidas as formas de os atingir.
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Modelo das Cinco Forças – Modelo desenvolvido por Michael Porter que constitui
uma opção para o estudo da envolvente externa na medida em que procura avaliar a
atractividade de determinado sector. Segundo este modelo, a atractividade de um
sector é medida pela ameaça de entrada de novos concorrentes, pelo poder negocial
dos fornecedores, pelo poder negocial dos clientes, pela pressão dos produtos
substituídos e pela rivalidade existente no sector. É o conjunto destas forças que
determina o potencial de lucro.
Modelo dos Sete “S” – Modelo de gestão desenvolvido pela empresa de consultoria
Mckinsey que assenta no pressuposto de que a eficácia da gestão é determinada pela
estratégia e pela estrutura da organização e que estas estão relacionadas entre si
através de uma rede complexa de sete factores ou forças característicos da
organização. Estas sete forças são a Estratégia (Strategy); Estrutura (Structure);
Sistemas (Systems); Estilo (Style); Valores Partilhados (Shared Values); Aptidões
(Skills); Pessoal (Staff).
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Princípio de Pareto – Princípio criado no Séc. XIX por Alfredo Pareto, economista
italiano que, ao analisar a sociedade, concluiu que grande parte da riqueza se
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13. BIBLIOGRAFIA
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IAPMEI
Sede: Rua Rodrigo da Fonseca, 73 e 57, 1269-158 Lisboa
Telefone: 213 836 000 / Linha Azul: 808 201 201 (dias úteis das 9h00 às 18h00)
Fax: 213 836 283; Mail: info@iapmei.pt; URL: www.iapmei.pt
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Gestão das Organizações – Manual do Formando
Nova Etapa
Rua da Tóbis Portuguesa nº 8 – 1º andar, Escritórios 4 e 5
1750-292 Lisboa
Tel.: 21 754 11 80
Fax: 21 754 11 89
e-mail: info@nova-etapa.pt
nova etapa
316
O Balanced Scorecard (BSC) no Sector Público
Resumo
O sector público tradicionalmente guiado pela imensidão de normas legais, pressionado pela escassez de
recursos financeiros, está hoje colocado perante a necessidade urgente de adoptar novos instrumentos de
gestão.
O Balanced Scorecard (BSC) é um instrumento de gestão muito divulgado actualmente nas empresas que
praticam estilos de gestão modernos e orientados à estratégia. Praticamente todas as organizações públicas
ou privadas planeiam a sua utilização se ainda não o fizeram. Mas, os resultados nem sempre são os
esperados porque as organizações tem características diferentes e frequentemente confundem o BSC com
um mero conjunto de indicadores ajustados à informação disponível.
A utilização da metodologia de BSC numa organização do sector público pressupõe uma visão horizontal
de processos estruturados e orientados para o cidadão e para as empresas.
O Balanced Scorecard (BSC) é um instrumento de gestão aos critérios de gestão objectiva e racional. Normalmente,
muito divulgado actualmente nas empresas que a fixação de objectivos é vaga e abrangente (exemplo:
praticam estilos de gestão modernos e orientados à cuidados de saúde, apoio aos carenciados, melhorar a
estratégia. segurança, …), poucas vezes tem metas quantitativas
Todos os gestores de departamento ou de linha de associadas para avaliação. Não é raro assistir à
produção ambicionam construir um instrumento de apresentação de projectos milagrosos que vão resolver
gestão que reflicta em cada momento a situação do “tudo e ainda mais qualquer coisa por arrastamento…”.
departamento ou da sua área. Acreditam que é possível As expectativas por estes projectos imensos, inicialmente
concentrar indicadores seguros e caminhos viáveis para promissoras e paradisíacas, vão ficando cinzentas à
o êxito numa simples folha A4. A ambição leva a usar medida que nos aproximamos do fim dos prazos
atalhos simplificadores que embora facilitem no curto calendarizados.
prazo acabam por se revelar pouco eficazes quando No sector público, o financiamento raramente está
observamos os resultados. Ora, em contexto competitivo, associado à produção e não é vulgar falar-se de
quando os recursos são escassos, torna-se imperativo performance dos serviços. Assim, este tipo de
mostrar objectivos consistentes com a estratégia organizações raramente conseguem aproveitar os
delineada e suficientemente atractivos para apoiar os benefícios empresariais da gestão por objectivos alinhados
gestores nas suas propostas junto da decisão de topo. com estratégias consistentes previamente delineadas. Por
No sector público as preocupações de gestão estão isso, este sector constitui um ambiente propício à
frequentemente mais associadas aos riscos de utilização de instrumentos de gestão desta natureza.
incumprimento das abundantes normas legais do que O Balanced Scorecard (BSC) é uma metodologia
14 N.º 28 - 2004
INFORMAÇÃO & INFORMÁTICA
N.º 28 - 2004 15
As perspectivas do BSC estão todas interligadas,
nenhuma pode ser vista de forma independente e a
As diferenças do BSC no sector
ordem é relevante. Mostram o desempenho e os privado e no sector público
resultados em toda a organização. As perspectivas do
negócio no futuro determinam os objectivos estratégicos, O BSC não funciona como um ajustamento imediato a
os indicadores estratégicos a usar, as metas, os projectos toda a organização, alguns autores sugerem a sua aplicação
estratégicos e os seus responsáveis. em zonas seleccionadas que tenham alguns factores
Os objectivos estratégicos são fins desejados e favoráveis para que este investimento organizacional tenha
mensuráveis. A determinação de objectivos estratégicos maior probabilidade de êxito, como por exemplo:
e a sua articulação mediante relações de causa-efeito • Existência de uma missão ou estratégia para o
permitem-nos explicar a história da estratégia e departamento ou organização onde vai ser implantado;
compreende-la. • Apoio continuado dos grupos de interesse,
Os indicadores estratégicos Servem para medir e designadamente empregados, clientes, gestão de topo,
avaliar o cumprimento dos objectivos estratégicos ao legisladores, fundadores e entidades de tutela do
longo do tempo. departamento em causa;
As metas são valores objectivos que se pretendem obter
• Necessidade absoluta do BSC para objectivos de
para os indicadores num determinado tempo. Devem
controlo;
ser ambiciosas e negociadas com os responsáveis.
A atribuição da responsabilidade pelos diversos • Apoio da parte dos utilizadores ou da gestão nos níveis
elementos do BSC a elementos da organização é da maior mais baixos;
importância, podem ser de linha estratégica, de um • Vontade de avaliar a performance em determinada
objectivo, de um indicador (responde pelas metas do área;
indicador), de informação (assegura a actualidade dos • Disponibilidade de dados no departamento;
dados do indicador) ou de um projecto estratégico. Para
• Recursos financeiros e humanos suficientes e
saber onde estamos é necessário medir sistematicamente
motivação.
e comparar.
O BSC é um modelo objectivo que exige a utilização Uma análise de conteúdo do que se inclui em cada perspectiva
sistemática de medidas objectivas de performance, foi mostra grandes diferenças entre um BSC aplicado a uma
desenhado para as empresas mas pode ser ajustado com empresa ou serviço público. As perspectivas têm significados
êxito ao sector público1. diferentes no sector privado e público como se mostra a seguir2
Missão e estratégia
A estratégia refere-se globalmente às prioridades que planeamos seguir para realizar a missão.
1
Leia Paul R. Niven - Balanced Scorecard step by step for Government and Nonprofit Agencies
2
Adptada da visão da sponsor Management Consulting e de Paul R. Niven
16 N.º 28 - 2004
INFORMAÇÃO & INFORMÁTICA
Perspectiva Financeira
Nenhum BSC fica completo sem uma perspectiva financeira, tanto no sector privado
como no sector p˙blico.
Perspectiva Cliente
O cliente é o referencial de toda a actividade da organização. É para a satisfação do cliente
que qualquerorganização é criada.
N.º 28 - 2004 17
Perspectiva Processos Internos
18 N.º 28 - 2004
INFORMAÇÃO & INFORMÁTICA
Tal como nas empresas, há um problema permanente O sector público, tradicionalmente guiado pela
de alinhamento estratégico nos serviços públicos, uma imensidão de normas legais, está hoje pressionado pela
vez que as políticas são redefinidas com a frequência de escassez de recursos financeiros e colocado perante a
alteração de governos eleitos democraticamente. Que necessidade de adoptar novos instrumentos de gestão.
formas existem para acompanhar esta dinâmica? Como O BSC é um modelo interessante capaz de trazer
podemos reagir de forma organizada e consistente até inovação aos serviços públicos.
conseguir resultados globais adequados às expectativas Como se disse anteriormente, esta metodologia exerce
dos decisores políticos eleitos pelos cidadãos? uma atracção imensa sobre os gestores. Praticamente
Como o BSC nasceu no meio empresarial e tem sido todas as organizações públicas ou privadas planeiam
desenvolvido em torno dessa realidade, não o podemos a sua utilização se ainda não o fizeram.
aplicar sem adaptações à realidade do sector público. Por outro lado, as organizações públicas estão a
Em consequência das diferenças enunciadas começar a compreender que os projectos de sucesso
anteriormente em cada uma das perspectivas, a aplicação exigem mais do que recursos financeiros e ideias locais
do BSC ao sector público surge ligeiramente diferente dispersas. Todos os projectos exigem um gestor
da que vem sendo proposta para o sector privado3. qualificado para liderar e uma noção mais
3
Paul R. Niven em Balanced Scorecard step by step for Government and Nonprofit Agencies, Willey,
faz uma abordagem muito profunda deste aspecto
N.º 28 - 2004 19
abrangente do ambiente onde o departamento ou a Os resultados da aplicação do BSC nem sempre são os
organização se insere. Quando um projecto falha, esperados porque as organizações confundem
perdemos dinheiro, tempo e confiança pública. Quando frequentemente o BSC com um mero conjunto de
muitos projectos falham, perdemos muito dinheiro, indicadores pontuais ajustados à informação disponível.
muito tempo e muita confiança pública. A noção clara do conceito de processo5 é indispensável
Contudo, o imediatismo e a simplificação podem para compreender o alcance da aplicação do BSC.
conduzir a maus resultados, pois a aplicação do BSC a
um ponto isolado dentro de uma organização é pouco
provável que produza resultados globais. Para obter Os processos internos no sector
eficácia global tem necessariamente de existir uma público
dinâmica geral com aplicação da metodologia em mais
do que um mero departamento.
Os decisores públicos devem compreender a Um processo é um conjunto de actividades estruturadas,
complexidade deste instrumento e colocar algumas desenhadas para produzir um determinado output para
questões elementares antes de embarcar num projecto um cliente ou mercado. Os gestores da organização onde
do tipo BSC4: este processo se inclui devem avaliar o próprio processo
em todas as suas dimensões, recursos acção e resultados,
• Estamos a satisfazer os nossos clientes?
estabelecendo ainda a integração da organização com
• Os grupos de Interesse (funcionários, gestão de outros macro processos do meio onde se insere. Estamos
topo, legisladores, fundadores e entidades de tutela no plano oposto das organizações que funcionam como
do departamento em causa) estão satisfeitos e “silos” de informação assentes em ideias feudais de
mostram estabilidade? organização. Um processo é assim uma organização
• Está a acontecer alguma alteração com a base dos específica de actividades através do tempo e do espaço,
nossos clientes? A estratégia global adoptada está a com um início, um fim, com inputs e outputs claramente
funcionar? As estratégias individuais estão alinhadas identificados: é uma estrutura para a acção integrada.
com a estratégia global? Nestes termos, não podemos alinhar uma organização
• Somos eficientes? Estamos a ser eficazes em termos em direcção a um objectivo estratégico se não alinharmos
de quantidade e qualidade do serviço? os processos nesse sentido. Os diversos departamentos e
• Os grupos de interesse estão a contribuir com ideias serviços não podem ser deixados ao acaso em autogestão,
construtivas? alguém tem de mostrar o destino estratégico, o caminho
para lá e a intervenção de cada serviço ou departamento
• Estamos a desenvolver as competências necessárias
ao longo desse caminho, avaliando a performance e o
para executar as estratégias que definimos?
resultado final.
O nível de ambição na aplicação do BSC pode variar Um olhar sobre a estanquecidade dos sistemas de
desde a versão de indicadores dispersos ao sistema de informação actuais dos serviços públicos sugere que
gestão estratégica ou ao modelo de organização e gestão alguns têm funcionado em autogestão e virados para
da mudança. dentro, vinculados prioritariamente às normas legais
algumas produzidas também isoladamente ao longo do
tempo. Por exemplo, temos serviços de identificação na
Justiça (BI), nas Finanças (NIF), na saúde (cartão de
utente), etc. Esta redundância de processos para um
mesmo output não faria qualquer sentido numa empresa
ou mesmo num grupo de empresas, traduz a tendência
para o isolamento dos serviços públicos e ausência de
avaliação.
Os sintomas de disfunção são visíveis aqui e além no
interior das organizações públicas, ao longo do seu
relacionamento e até junto dos seus clientes.
A perspectiva de processos do BSC aplicada ao Estado
implica uma visão organizada e interactiva que cruza
4
William KAYDOS - What should your company measure besides finantial results?
5
Na administração Pública, o conceito de processo está associado muitas vezes a uma pasta de papéis com um código inscrito.
Não é desse conceito que estamos a falar
20 N.º 28 - 2004
INFORMAÇÃO & INFORMÁTICA
horizontalmente o negócio de todos os serviços públicos A inovação de processos adquire assim um papel
fazendo cair a lógica de autogestão e independência essencial porque obriga a redesenhar os serviços
funcional dos serviços públicos. Tal visão leva ainda à questionando a sua utilidade. A justificação para a
inclusão da voz do próprio cliente no desenho do inovação pode vir da necessidade de reduzir tempo de
processo de modo a que o resultado conduza à sua processamento dos dados do IRS, na prestação de
satisfação. A estrutura de processo no meio empresarial cuidados de saúde numa urgência hospitalar ou num
é uma visão dinâmica de transferência de valor para o serviço de medicina. Inovar processos também pode ser
cliente que melhora quando se reduzem custos sem motivado pela necessidade de redução de custos,
reduzir a satisfação ou quando se aumenta a satisfação eliminando recursos redundantes e desnecessários ou
sem aumentar custos. mesmo uma resposta à oferta privada dos mesmos
Não sabemos se os gestores / dirigentes públicos estão serviços.
preparados para abraçar esta lógica de subsidiariedade Por outro lado, convém ter em conta que as pessoas e a
e de responsabilidade num resultado global, nem se as informação são determinantes nesta análise. Porque
normas legais estão adaptadas a esta realidade. Seria qualquer processo requer decisão efectuada pelas
interessante haver alguém que investigasse estas questões. pessoas. Por trás dos processos existem pessoas, mesmo
A implantação da metodologia de BSC numa nos processos mais automatizados há sempre alguém
organização pressupõe uma visão de processo6 e uma que intervém. Por isso, no coração das iniciativas de
orientação para o cidadão e para as empresas. Só melhoramento da performance dos processos está
podemos aperfeiçoar uma organização se formos capazes frequentemente a capacidade dos sistemas de informação
de identificar pontos de ineficiência e só podemos da empresa para apoiar as pessoas que tomam decisões.
encontrar esses pontos se compreendermos perfeitamente Para tomar as decisões adequadas é preciso ter
como funcionam actualmente os processos e compara- informação adequada em tempo útil.
los com uma situação ideal ou real a funcionar melhor.
Quer isto dizer que só podemos inovar depois de
Um olhar sobre as organizações
compreender onde estamos e para onde queremos ir.
Têm sido postas em prática algumas iniciativas saudáveis em rede
no sentido de integrar a opinião do cliente na Ouve-se falar com alguma frequência em discursos
organização dos serviços públicos. O próprio Livro públicos sobre a ineficiência dos serviços públicos. Diz-
Amarelo, uma ideia interessante, criado para reter e se que agora estamos orientados para o funcionamento
obrigar a avaliar as reclamações dos utilizadores dos em rede com os serviços públicos a estabelecerem pontes
serviços públicos, acaba por ter uma utilização rara entre si graças à enorme capacidade das tecnologias de
porque os cidadãos nem sempre têm tempo para o comunicação actuais.
preencher e não querem sujeitar-se aos olhares e A este propósito, convém ter presente que a lógica de
comentários reprovadores dos funcionários. Para que rede pode conduzir à construção de mantas de retalhos
esta iniciativa tivesse êxito era necessário que os se tiver apenas como objectivo ligar pedaços isolados de
funcionários estivessem de facto envolvidos no projecto tecido ineficiente que tradicionalmente funcionam para
de melhorar e considerassem as sugestões como o si próprios sem dar atenção suficiente aos seus clientes.
primeiro contributo válido para esse objectivo.
O BSC pode levar os funcionários a aceitar as sugestões
dos clientes porque mede objectivamente o alinhamento
dessa perspectiva com a estratégia global.
As disfunções não acontecem necessariamente por haver
mau equipamento, mau pessoal, e más decisões. Na raiz
da maior parte destes problemas estão processos de
trabalho mal desenhados. Uma organização
convenientemente estruturada é um conjunto de
processos orientados e articulados para obter um fim
associado aos interesses do cliente, quando alguns destes
processos colapsam, toda a eficácia da organização fica
visível. Um carro deixa de funcionar adequadamente
ou pode parar quando uma peça fica danificada, embora
todas as outras estejam em perfeito estado para
funcionar em boas condições.
N.º 28 - 2004 21
Henry Mintzberg & Ludo Van der Heyden, fizeram um infinidade de centros, mas a estratégia é do
estudo interessantíssimo defendendo a ideia de que há conhecimento geral, ninguém pode trabalhar bem sem
quatro formas básicas de organizar, que podem coexistir saber para onde vai!
na mesma organização em diferentes áreas de negócio Nesta forma de organização, a comunicação e as
combinadas entre si como micro estruturas integradas tecnologias de informação são factores determinantes
numa estrutura global7: para a coordenação. Na organização em rede, todos
comunicam com todos, sem barreiras hierárquicas, o
• Conjunto (SET) gestor desloca-se facilmente pelos projectos e dá energia
• Cadeia (CHAIN) a todo o conjunto.
• Centralizada (HUB) Actualmente, podemos contar com meios de
• Rede (WEB) comunicação eficazes, a integração das redes
informáticas dos serviços públicos está em curso. Mas,
As duas primeiras formas estão associadas às estruturas antes de ligar células em rede é necessário optimizar os
clássicas, a terceira trata da centralização. A ideia de seus processos e eliminar redundâncias. Além disso, não
organização em rede nasce da proliferação de pequenos estamos seguros de que todos os dirigentes do sector
centros onde não existe um centro de decisão mas sim público tenham a agilidade e preparação técnica
vários a actuar em simultâneo8. O poder não está necessária para esta realidade organizacional tão
concentrado numa mesma posição, está disperso por uma evoluída.
7
Sugiro a leitura de uma sintese deste artigo publicada na Revista DIRIGIR editada pelo IEFP
8
Não confundir com anarquia onde ninguém sabe para onde vai a colmeia
22 N.º 28 - 2004
INFORMAÇÃO & INFORMÁTICA
Conclusão
Tendo presente as características da metodologia do BSC, antes de saltar para um paradigma de gestão
tão evoluído como a organização em rede, a inovação de processos surge como algo prioritário.Pressupõe
novas estratégias de trabalho a partir do redesenho e fusão9 dos processos actuais com melhorias em toda
a sua complexidade nas várias dimensões tecnológica, humana e organizacional.
A aplicação da metodologia BSC assenta numa visão organizativa dinâmica com preocupações relativamente
aos recursos financeiros, aos clientes, aos processos e à capacidade de aprender e crescer, todas alinhadas
por uma estratégia clara e conhecida.
Se o BSC for aplicado com ambição num conjunto significativo de serviços públicos pode constituir um
factor poderoso de mudança em direcção ao aumento da satisfação dos clientes sem obrigar ao aumento
de recursos financeiros.
Mas, se o BSC não for aplicado adequadamente, pode constituir mais uma iniciativa promissora e cheia de
expectativas, redundando num mero exercício à volta de um conjunto de indicadores pontuais desgarrados
em centenas de organizações interligadas por sólidos meios de comunicação, mas incapazes de aproveitar
essa vantagem.
Bibliografia
BIRCH, Charlews - FUTURE SUCCESS: A Balanced Approach to Measuring and Improving Success in your
Organisation; Prentice Hall, 2000
DAVENPORT, Thomas H. - ìProcess Innovation ñ Reengineering Work Through information Technologyî; Ernst &
Young, Center for Information Technology and Strategy; Harvard Business School Press; 1993; ISBN 0-87584-366-2.
KAPLAN, Robert S. & NORTON, David P. - Balanced Scorecard, Translating Strategy into Action. HBS Press, 1996. ISBN
0-87584-651-3.
KAPLAN, Robert S. & NORTON, David P. - Having Trouble with Your Strategy? Then Map It, in Harvard Business Review,
September-October 2000
KAYDOS, William - What Should Your Company Measure Besides Financial Results? www.Bettermanagement.com,
2003
KOTLER, Philip & AMSTRONG, Gary & SANDERS, John & WONG, Veronica - Principles of Marketing,
NIVEN, Paul R. - Balanced Scorecard step by step for Government and Nonprofit Agencies, Willey em 2003, ISBN 0-
471-42328-9
REARNEY, Richard C. & BERMAN, Evan M. - The Deadly Sins in Public Administration, Public Administration Review 40
(March/April, 1980):103-106. In Public Sector Performance, ASPA, 1999, ISBN 0-8133-6828-6
HAMMER, Michael & STANTON, Steven - How Process Enterprises Really Work in Harvard Business Review,
Novembro-Dezembro de 1999
MINTZEBERG, Henry & HEYDEN Ludo Van der - Organigraphs: Drawing How Companies Really Work in Harvard
Business Review, Setembro-Outubro de 1999
9
http://www. gartner.com/resources/117900/117962/117962.pdf disponível em 09. 12. 2003
N.º 28 - 2004 23
REGULAMENTO GERAL
DE ACREDITAÇÃO
DRC001 2007-05-15
ÍNDICE
ALTERAÇÕES
Esta versão incorpora alterações relativas ao processo de fecho
de avaliações, alteração do conceito de auditor para avaliador,
clarificações editoriais do texto anterior, e actualizações
normativas.
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2 Definições
As definições gerais aplicáveis ao processo de acreditação encontram-se nos documentos seguintes:
• NP EN ISO/IEC 17000
• NP EN ISO/IEC 17011
3 Bibliografia
A documentação emitida pelo IPAC sobre o sistema de acreditação encontra-se disponível gratuitamente na
respectiva página electrónica (www.ipac.pt), não obstante poder ser solicitada directamente ao IPAC.
No decorrer do processo de acreditação pode ser necessário consultar e/ou adquirir normas, devendo para
o efeito ser contactado o Instituto Português da Qualidade (www.ipq.pt).
A documentação das entidades internacionais que coordenam a actividade de acreditação pode ser
consultada nas páginas electrónicas abaixo indicadas:
• EA: www.european-accreditation.org
• ILAC: www.ilac.org
• IAF: www.iaf.nu
Existem documentos de aplicação obrigatória pelas entidades acreditadas emitidos por estas entidades
internacionais, e que estão sujeitos a actualização regular, pelo que se recomenda efectuar visitas
periódicas a estas páginas, de modo a obter informação actualizada.
As entidades abaixo representam partes interessadas do processo de acreditação pelo que pode ser obtida
documentação orientadora adicional, através da consulta das respectivas páginas electrónicas:
• Eurolab: www.eurolab.org
• Eurachem: www.eurachem.org
• Euromet: www.euromet.org
4 Apresentação do IPAC
O IPAC, Instituto Português de Acreditação I.P., é o organismo nacional de acreditação, conforme
estabelecido pelo Decreto-lei nº 125/2004, de 31 de Maio, sucedendo ao IPQ que desde 1986 vinha
desempenhando essa função.
O IPAC tem por missão desenvolver a actividade de acreditação reconhecendo a competência técnica dos
organismos de avaliação da conformidade actuantes no mercado de acordo com referenciais normativos. O
IPAC actua assim como agente regulador dos organismos de avaliação da conformidade, nomeadamente
laboratórios de ensaio e calibração, organismos de inspecção e certificação, os quais actuam
concorrencialmente no mercado.
A metodologia adoptada pelo IPAC para gerir o seu sistema de acreditação baseia-se na norma NP EN
ISO/IEC 17011, bem como nos guias e documentos relevantes aplicáveis.
O IPAC é membro da EA, entidade que congrega os organismos de acreditação europeus, e do ILAC e IAF,
que congregam os organismos de acreditação ao nível internacional.
Para garantir a imparcialidade da sua actuação, obter aconselhamento estratégico, e gerir os eventuais
recursos sobre as suas decisões de acreditação, o IPAC tem uma Comissão Consultiva com representantes
das partes interessadas.
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DE ACREDITAÇÃO
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Para obter apoio e aconselhamento técnico às suas actividades, o IPAC estabelece Comissões Técnicas e
Grupos de Trabalho, envolvendo peritos e representantes das partes interessadas. O IPAC disponibiliza na
sua página electrónica uma lista das comissões activas.
Para executar as suas tarefas de avaliação, o IPAC selecciona, treina e qualifica um conjunto de avaliadores
(auditores, testemunhas e peritos), que mediante Acordo de Colaboração com o IPAC se vinculam aos
deveres de segredo profissional, imparcialidade e independência.
5 Sistema de Acreditação
O sistema de acreditação gerido pelo IPAC abrange os domínios discriminados abaixo, sendo o presente
Regulamento Geral de Acreditação aplicado conjuntamente com um Procedimento de Acreditação
complementar para cada domínio de acreditação, que deve ser consultado e cumprido pelos candidatos e
entidades acreditadas.
Embora a acreditação seja geralmente de natureza voluntária, podem existir áreas sectoriais onde a
acreditação seja obrigatória, e/ou os critérios de acreditação estejam regulamentados, considerando-se
nesse caso, ser um esquema regulamentar.
Dado que a acreditação é o reconhecimento da competência técnica para a realização de determinadas
actividades de avaliação da conformidade, ela é delimitada a um âmbito de acreditação, definido com base
em regras estabelecidas nos Procedimentos de Acreditação complementares e tornado público no
Certificado de Acreditação.
Compete a cada entidade definir e comunicar ao IPAC o âmbito de acreditação a que se candidata, de
acordo com as regras estabelecidas em cada domínio de acreditação. O IPAC limita os requisitos aplicáveis,
as avaliações e a decisão de acreditação ao âmbito de acreditação declarado pela entidade.
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6 Critérios de Acreditação
O IPAC tem como política adoptar os critérios de acreditação estabelecidos em normas internacionais,
embora possa recorrer a outros documentos, com o carácter de guias interpretativos ou de aplicação dos
ditos documentos de referência, nomeadamente os documentos produzidos no seio da EA, ILAC e IAF.
Caso estas entidades não disponham dos guias e documentos interpretativos considerados necessários, o
IPAC pode elaborar (ou adoptar) guias e orientações envolvendo as partes interessadas.
Adicionalmente aos documentos de referência e guias interpretativos, podem ser usados outros
documentos, tais como diplomas legais e regulamentares.
Os critérios de acreditação adoptados para cada domínio estão descritos no respectivo Procedimento de
Acreditação complementar mencionado na secção anterior.
Os seguintes documentos IPAC serão sempre aplicáveis a todas as entidades acreditadas ou candidatas à
acreditação, e encontram-se disponíveis para consulta na página electrónica do IPAC:
• DRC001 – Regulamento Geral de Acreditação
• DRC002 – Regulamento dos Símbolos de Acreditação
• DRC003 – Regulamento de Recursos
• DRC004 – Regulamento de Preços
7 Acesso à Acreditação
O IPAC disponibiliza os seus serviços de acreditação a todas as entidades de uma forma imparcial e não-
discriminatória.
O sistema de acreditação do IPAC é aberto a qualquer entidade, independentemente da sua dimensão,
actividade ou eventual associação com outros grupos ou instituições, de ter natureza pública ou privada,
com ou sem fins lucrativos, desde que cumpra os critérios de acreditação correspondentes.
O IPAC, como organismo nacional de acreditação, exerce preferencialmente a sua actividade no território
da República Portuguesa. Contudo, pode acreditar entidades estabelecidas em países estrangeiros,
nomeadamente naqueles em que não exista Organismo de Acreditação ou em que o Organismo de
Acreditação não seja signatário de Acordos Multilaterais de Reconhecimento. Nos países em que o
Organismo de Acreditação seja um membro da EA/ILAC/IAF, o IPAC tem como política não oferecer serviços
de acreditação, excepto se o candidato apresentar justificação válida, caso em que o IPAC acordará com o
Organismo de Acreditação local a melhor forma de actuação.
Nos casos em que a actividade acreditada ou a acreditar é realizada unicamente por uma parte identificada
e delimitada da entidade jurídica em que se insere (designada por unidade técnica), compete à entidade
demonstrar que cumpre os requisitos de identidade, imparcialidade, integridade e independência aplicáveis
ao respectivo esquema de acreditação.
8 Processo de Acreditação
Em anexo ao presente Regulamento é apresentado o fluxo geral do processo de acreditação.
Em linhas gerais, o processo de concessão da acreditação compreende uma fase de candidatura e registo,
seguida de uma fase de análise e avaliação, e depois uma fase de decisão. Após a concessão da acreditação,
o processo prossegue com a fase de manutenção da acreditação, a qual inclui acções de acompanhamento e
renovação. Considera-se como ciclo de acreditação o período de tempo entre a concessão e a primeira
renovação, ou entre sucessivas renovações. Qualquer entidade já detentora de uma determinada
acreditação pode solicitar a extensão (ou redução, suspensão ou anulação) do seu âmbito da acreditação.
No processo de acreditação, incluindo a documentação e idioma de comunicação, utiliza-se a língua
portuguesa, excepto quando especificamente acordado em contrário.
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O processo de acreditação envolve o pagamento dos respectivos custos, que estão descritos no documento
DRC004 – Regulamento de Preços, disponível na página electrónica do IPAC, ou enviado por solicitação.
Na descrição do processo de acreditação feita a seguir será designada por Entidade quer a entidade
candidata à acreditação, quer a já acreditada, consoante seja aplicável. Em anexo a este documento estão
descritas genéricamente na forma de fluxograma as fases e sequência do processo de acreditação.
Os prazos indicados neste documento são contados em dias seguidos incluindo sábados, domingos e
feriados, excepto quando assinalado em contrário.
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dar sequência à candidatura. O IPAC dará conhecimento do resultado das diligências efectuadas e das
condições estabelecidas para dar continuidade à candidatura.
8.2.3 Encerramento
O IPAC pode proceder ao encerramento do processo nas seguintes situações:
• quando uma Entidade não consiga apresentar uma candidatura de acordo com as regras estabelecidas
ou esquemas de acreditação aplicáveis;
• quando uma Entidade não responda às solicitações do IPAC nos prazos estabelecidos ou por um período
máximo de três meses.
Pode também ocorrer o encerramento do processo por solicitação da entidade candidata.
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8.3.6 Programação da Avaliação
Na sequência da análise documental favorável, o IPAC estabelece a programação da avaliação incluindo as
acções e o período (mês) em que estas devem ocorrer, e a equipa avaliadora deve acordar com a Entidade
a(s) data(s) de realização da avaliação, seguindo as instruções do IPAC. Na sequência, o IPAC confirmará por
escrito à Entidade a programação da avaliação.
Eventuais pedidos de alteração de data para realização das avaliações devem ser devidamente justificados
e solicitados pela Entidade ao IPAC com uma antecedência mínima de 30 dias, relativamente ao inicio do
mês previsto para realização das avaliações. Sempre que a comunicação dos pedidos de alteração não
cumpram o prazo estabelecido atrás, poderão ser imputados à entidade os custos adicionais referentes ao
tempo gasto na preparação das avaliações ou reserva de meios de transporte e estadia.
Na concessão, considera-se que a Entidade deve disponibilizar-se para a avaliação nos seis meses seguintes
à entrega da candidatura. Para a extensão, em princípio aplica-se o mesmo critério, salvo se se pretender
conjugar a extensão com o acompanhamento. A programação da avaliação de concessão e extensão pelo
IPAC visará abranger de forma representativa e crítica todo o âmbito solicitado e todas as instalações
críticas.
Na manutenção, dado que as entidades acreditadas têm de contínua e permanentemente poder evidenciar
cumprir os critérios de acreditação, considera-se que os pedidos de alteração de data de avaliação que não
configurem uma suspensão voluntária da acreditação, não devem ultrapassar o prazo de um mês relativo ao
mês previsto pelo IPAC.
A equipa avaliadora enviará à Entidade o respectivo plano de avaliação com uma antecedência mínima de 5
dias relativa ao seu início, contendo as actividades a presenciar, os responsáveis a contactar, e os temas e
documentos a considerar. O plano constitui uma previsão das actividades a desenvolver, e como tal pode
ser modificado pela equipa avaliadora consoante o desenrolar da avaliação.
Descrevem-se a seguir os mecanismos de visita prévia e auditoria, devendo ser consultados os
Procedimentos Complementares de Acreditação sobre outros tipos de avaliação.
8.3.7 Visita prévia
A visita prévia é realizada por acordo com ou a pedido da Entidade candidata, e tem como objectivo
clarificar a definição do âmbito de acreditação, as regras e critérios aplicáveis ao processo de acreditação e
permitir uma adequada preparação da fase de avaliação, contribuindo assim para o sucesso das fases de
avaliação subsequentes.
O IPAC poderá sugerir a sua realização nomeadamente nos seguintes casos:
• no caso do âmbito de candidatura envolver áreas técnicas em desenvolvimento pelo IPAC;
• no caso de entidades multi-disciplinares, de larga dimensão e/ou elevada complexidade;
• no caso de entidades com várias instalações críticas.
A respectiva duração é previamente acordada com a Entidade em função dos respectivos objectivos.
Como resultado da visita prévia a equipa avaliadora elabora um Relatório, o qual é apresentado à Entidade.
Caso sejam identificadas deficiências que ponham em causa a sequência do processo, o IPAC solicitará a
respectiva correcção. O IPAC realiza no máximo uma visita prévia por candidatura.
8.3.8 Auditoria
A duração da auditoria é estabelecida pelo IPAC em função do âmbito a auditar (nomeadamente a sua
extensão e diversidade de áreas técnicas abrangidas), dos locais onde são desenvolvidas actividades-chave
(actividades abrangidas por requisitos de acreditação – e.g. análise de contrato, planeamento e realização
de avaliações da conformidade, validação de resultados e decisões, etc.), e também em função do
resultado da visita prévia, caso esta tenha sido realizada. A duração da auditoria de concessão é
normalmente igual ou superior a um dia.
A realização de uma auditoria pode ser repartida por várias fases e/ou deslocações, se necessário ou
conveniente.
Eventuais pedidos de alteração do âmbito devem ser recepcionados pelo IPAC até 30 dias antes da data
prevista para realização da auditoria e a sua aceitação pode originar a necessidade de reformular a
composição da equipa avaliadora nomeada e/ou a duração da auditoria.
Sempre que um pedido de alteração do âmbito for solicitado com uma antecedência inferior à estipulada
acima:
• o IPAC pode recusá-lo se o estado de preparação, programação ou qualificação da equipa avaliadora
for significativamente afectado;
• o IPAC pode ainda cobrar as despesas de preparação e deslocação já efectuadas referentes a
elementos da equipa avaliadora que não sejam usados pelas alterações solicitadas.
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Qualquer pedido de redução do âmbito por parte da Entidade na fase de concessão ou extensão resultará na
sua exclusão do âmbito acreditável. Na fase de manutenção, qualquer pedido de redução do âmbito de
auditoria corresponde a um pedido de suspensão ou anulação parcial da parte correspondente.
A auditoria começa por uma reunião inicial da equipa avaliadora com os representantes da Entidade,
durante a qual serão apresentados os intervenientes, os objectivos, métodos e critérios da auditoria, e
confirmado ou ajustado o planeamento dos trabalhos (Plano de Auditoria). O IPAC não aceita pedidos de
alteração do âmbito feitos no início ou decorrer da auditoria.
Durante a execução da auditoria, os membros da equipa avaliadora avaliam a competência técnica da
Entidade face aos critérios de acreditação aplicáveis, tendo como base um processo de amostragem
representativa e significativa de todas as actividades a acreditar. Na concessão, são auditadas todas as
instalações críticas, e entrevistados todos os responsáveis-chave pelas actividades a acreditar, devendo ser
evidenciado o funcionamento do sistema de gestão através da realização de pelo menos um ciclo completo
de auditoria interna e de pelo menos uma revisão do sistema pela direcção. Compete à Entidade
demonstrar perante a equipa avaliadora a sua competência e evidenciar a experiência adequada para a
realização das actividades incluídas no âmbito da auditoria.
Mediante pedido prévio da Entidade, podem estar presentes durante a auditoria elementos externos à
Entidade, por esta indicados (nomeadamente consultores), desde que mantenham sempre um estatuto
passivo, sem interferir, responder ou influenciar a actuação da Entidade. Caso tal não aconteça, o IPAC
pode interromper a auditoria e solicitar a ausência dos elementos externos para reiniciar a auditoria. Caso
a Entidade não crie condições para reiniciar a auditoria, o IPAC pode cobrar a sua realização parcial e
aplicar sanções no caso de Entidades acreditadas.
A auditoria termina com a realização de uma reunião final, na qual convém a Entidade estar representada
ao nível da gestão executiva, e durante a qual a equipa avaliadora apresentará os resultados e conclusões
da avaliação efectuada. Nesta reunião os representantes da Entidade devem esclarecer completamente
eventuais dúvidas sobre as conclusões apresentadas pela equipa avaliadora, nomeadamente as eventuais
não-conformidades.
No caso de existirem não-conformidades com implicações directas sobre os resultados da avaliação da
conformidade, a Entidade deve abster-se imediatamente de emitir resultados (afectados por essas não-
conformidades) no âmbito da acreditação até ter implementado a respectiva correcção.
A equipa avaliadora elabora um relatório da auditoria, focando os aspectos de competência e
conformidade, e listando as eventuais não-conformidades. Uma cópia deste relatório é entregue à Entidade
no final da auditoria, e o original é enviado pela equipa avaliadora ao IPAC.
8.3.9 Sequência da Avaliação
Após tomar conhecimento da existência de não-conformidades a Entidade deve iniciar de imediato a sua
análise e implementação das correcções e acções correctivas adequadas para as resolver. Em sequência, a
Entidade deve elaborar um plano de correcções e acções correctivas (PAC) que se propõe implementar, com
os respectivos prazos e análise de causas. O plano de correcções e acções correctivas deve ser enviado pela
Entidade ao IPAC no prazo máximo de um mês relativamente à data de entrega do relatório da avaliação.
A Entidade deve enviar também ao IPAC as evidências de implementação do plano de correcções e acções
correctivas respeitando os prazos definidos para cada categoria de não-conformidade. As evidências
requeridas para verificar a resolução das não-conformidades constatadas na avaliação poderão ser de
carácter documental ou prático, dependendo da natureza das não-conformidades em causa. Após o
primeiro ciclo de acreditação, o IPAC em articulação com a equipa avaliadora, pode não solicitar o envio de
evidências de resolução de não-conformidades menores (todas ou algumas), em função da natureza das
não-conformidades e do histórico de resolução adequada de não-conformidades dentro dos prazos – neste
caso, as evidências não enviadas serão analisadas na avaliação seguinte.
Caso as evidências enviadas se revelem insuficientes ou incompletas, ou careçam de verificação no local, o
IPAC pode realizar uma auditoria de seguimento (na sequência de uma concessão ou extensão) ou
extraordinária (nos restantes casos) para comprovar a resolução das não-conformidades correspondentes. A
fim de limitar os riscos de imparcialidade do IPAC e dos seus avaliadores, estabelece-se um número máximo
de uma auditoria de seguimento por cada pedido – se após esta auditoria não tiver sido possível tomar uma
decisão favorável, a Entidade deverá reformular e apresentar novo pedido.
O IPAC pode solicitar opinião a outros avaliadores ou peritos em caso de desacordo entre a equipa
avaliadora e a Entidade auditada quanto ao conteúdo e resolução de não-conformidades.
Qualquer eventual pedido de redução do âmbito solicitado pela Entidade após a conclusão de uma
auditoria, será avaliado pelo IPAC para confirmar se a dimensão da redução solicitada é adequada, e se a
amostragem feita em auditoria continua a ser representativa – se tal não acontecer, poderá ser necessário
efectuar uma avaliação suplementar.
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Caso estejam em causa áreas de acreditação regulamentar, antes de conceder a acreditação o IPAC solicita
um parecer não-vinculativo ao(s) organismo(s) regulamentar(es), que será considerado no processo de
tomada de decisão de acreditação.
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Durante um ciclo de acreditação todo o âmbito acreditado e instalações abrangidas têm de ser avaliadas,
sendo estabelecida a programação das avaliações de acompanhamento e de renovação em conformidade.
A Entidade deve enviar ao IPAC toda a documentação solicitada para a respectiva preparação,
nomeadamente a prevista nos Procedimentos Complementares de Acreditação, para que seja recepcionada
com a antecedência de pelo menos 30 dias relativamente ao mês de realização da avaliação.
Poderá na fase de manutenção ser acordado com a Entidade a realização de avaliações sem aviso prévio ou
de curto prazo, devendo então ser solicitada a documentação e definição do âmbito no início de cada ano,
ou conforme seja acordado.
O processo de avaliação e tomada de decisão de manutenção é equivalente ao descrito para a concessão
(no que for aplicável).
O Estatuto de Entidade Acreditada implica que a qualquer momento seja demonstrado o cumprimento dos
critérios de acreditação aplicáveis. Assim, o IPAC poderá solicitar a qualquer momento que a Entidade
forneça informações, documentos, registos e demonstrações de práticas que evidenciem a realização, de
forma competente, das actividades abrangidas pelo âmbito acreditado.
8.5.2 Avaliações Extraordinárias
Podem ser realizadas avaliações extraordinárias nos seguintes casos:
• Se houver alterações significativas na organização e seu sistema de gestão, nomeadamente a nível de
pessoal-chave, procedimentos de avaliação da conformidade, equipamentos ou instalações;
• Se for necessário avaliar se existem as condições para o levantamento de uma suspensão ou para o
encerramento de não-conformidades após uma avaliação a uma Entidade Acreditada;
• Se o IPAC receber informações, reclamações ou denúncias credíveis, relativamente ao incumprimento
dos critérios e obrigações de acreditação.
Neste último caso, as avaliações extraordinárias podem ser feitas sem notificação prévia à Entidade ou com
um intervalo muito curto relativamente à sua realização.
Os custos decorrentes da realização de avaliações extraordinárias são a cargo da Entidade, salvo se a sua
realização tenha decorrido de uma reclamação ou denúncia que se verifique infundada.
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8.7 Transferência da Acreditação
A transferência da acreditação consiste na passagem do Estatuto de Entidade Acreditada de uma entidade
para outra, nomeadamente, na sequência da sua aquisição por outra entidade, ou por cisão ou fusão de
entidades, pressupondo-se que existe continuidade no funcionamento e competência – caso assim não
aconteça, pode ser necessário passar por um período com acreditação suspensa, ou simplesmente anular a
acreditação e iniciar um novo processo de concessão.
Pode haver transferência total ou parcial da acreditação para o novo titular.
A nova entidade a favor de quem é efectuada a transferência parcial ou total da acreditação deve solicitar
a transferência por escrito, justificando os motivos da mesma e enviando ao IPAC, além de todos os
documentos que demonstrem a observância das condições indicadas acima, a documentação que legitime o
pedido de transferência, e a documentação de candidatura aplicável ao domínio de acreditação em causa,
contendo a indicação clara do âmbito de acreditação a transferir.
Nos processos de transferência em que se preveja ocorrer um período durante o qual não sejam cumpridas
as obrigações de acreditação, as Entidades envolvidas devem acordar em pedir uma suspensão voluntária da
acreditação. Se houver alteração das acções de avaliação antes programadas, pode ser necessária a sua
reprogramação e eventualmente realizar-se uma reavaliação.
Para que a transferência seja concedida é necessário que se verifiquem, pelo menos, as seguintes condições
de continuidade:
• A política da qualidade e o sistema de gestão devem permanecer significativamente intactos;
• A gestão e o pessoal técnico relevantes devem permanecer intactos;
• A estrutura geral e organizacional deve permanecer intacta;
• Os métodos usados na avaliação da conformidade devem permanecer intactos;
• Sempre que aplicável, a nova entidade deve evidenciar respeitar os requisitos de imparcialidade e
independência de actividades;
• Sempre que relevante, o equipamento e outros meios (por exemplo as instalações) devem permanecer
intactos.
Caso se verifique não ser possível comprovar através de análise documental as condições de continuidade
acima descritas, o IPAC programará as acções de avaliação que considere necessárias.
Os custos da transferência serão cobrados à Entidade para a qual é transferida a acreditação.
Compete ao IPAC estabelecer as datas em que cessa a acreditação antiga e se inicia a nova acreditação, sob
proposta das Entidades que solicitam a transferência.
A Entidade para a qual é transferida a acreditação manterá o mesmo número de registo/acreditação e
receberá os documentos que atestam a sua acreditação (Certificado de Acreditação).
Quando duas ou mais entidades acreditadas solicitam a fusão dos seus âmbitos de acreditação, o
procedimento a seguir é idêntico ao que se verifica quando ocorre a transferência total da acreditação
entre duas entidades, sendo que neste caso se manterá o número de registo/acreditação mais antigo.
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DE ACREDITAÇÃO
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8.9 Anulação Voluntária
Uma Entidade acreditada pode requerer por escrito o término voluntário da acreditação, podendo abranger
parte (designando-se por anulação parcial) ou a totalidade (designando-se por anulação total) do âmbito
acreditado.
O pedido de anulação voluntária deve ser feito com uma antecedência mínima de 30 dias à sua efectivação
prevista.
No caso da Entidade solicitar a anulação parcial do âmbito de acreditação, o IPAC pode solicitar
informações e esclarecimentos adicionais sobre quais as razões que motivam o pedido, para averiguar se a
extensão do pedido de redução é adequada.
Na data de anulação voluntária termina a validade dos Certificados de Acreditação emitidos, pelo que a
Entidade acreditada fica interditada de usar os Símbolos de Acreditação e fazer qualquer referência ao
Estatuto de Entidade Acreditada para o âmbito afectado (parcial ou total).
O IPAC confirma por escrito à Entidade a aceitação da anulação voluntária da acreditação, indicando a data
de efectivação e eventuais obrigações a cumprir.
A anulação voluntária não exime a Entidade de cumprir as eventuais obrigações em falta, nomeadamente
financeiras, relativas a actos passados até à data de efectivação.
8.10 Advertência
A advertência corresponde a uma notificação escrita feita pelo IPAC no sentido de a Entidade em causa ser
alertada para tomar medidas para respeitar e cumprir o presente Regulamento e disposições por ele
referenciadas, bem como para responder a solicitações feitas anteriormente pelo IPAC.
Se a Entidade não corresponder às solicitações nos prazos indicados, será iniciado o processo de
encerramento (na concessão e extensão) ou suspensão (nos restantes casos de manutenção).
9 Sanções
9.1 Suspensão
A suspensão consiste numa interrupção temporária do Estatuto de Entidade Acreditada, aplicável quando se
verifique que uma Entidade acreditada não cumpre os critérios de acreditação ou o presente Regulamento e
disposições por ele referenciadas. A suspensão também poderá ser aplicada em virtude de actos ou
omissões lesivas da imagem do IPAC e do Estatuto de Entidade Acreditada.
Por cada acto, omissão ou incumprimento acima referido será aplicada uma suspensão por um prazo de três
meses, ao qual em caso de reincidência acrescem iguais períodos de suspensão.
A suspensão da acreditação pode ser total ou parcial relativamente ao âmbito de acreditação, consoante a
gravidade e extensão dos motivos que lhe dão origem.
A suspensão da acreditação pode ser aplicada por um período máximo de doze meses, relativamente à data
de comunicação à Entidade por parte do IPAC.
O IPAC comunicará por escrito à Entidade a intenção de a suspender, tendo a Entidade um prazo de 10 dias
úteis a contar da data da notificação para apresentar alegações, actos ou provas em contrário para
interromper ou anular o processo. Findo este prazo de 10 dias úteis a suspensão torna-se efectiva, excepto
se a Entidade apresentar matéria ou alegações e solicitar a reapreciação da decisão. Neste caso, o IPAC irá
analisar a matéria apresentada e decidir se mantém ou altera a decisão, comunicando-a à Entidade por
escrito.
Durante o período em que vigore uma suspensão, e para o âmbito de acreditação por ela abrangido, a
Entidade fica interdita de usar os Símbolos de Acreditação, e proceder a acções publicitárias e/ou emitir
qualquer documento com referência ao Estatuto de Entidade Acreditada. O IPAC poderá ainda vedar a
participação da Entidade em reuniões, comissões e/ou outros trabalhos do IPAC que envolvam a presença
ou consulta de Entidades Acreditadas.
A Entidade deve notificar por escrito os clientes afectados pela suspensão, e com os quais tenha
previamente contratado actividades acreditadas.
A suspensão da acreditação será levantada quando se demonstre que já não subsistem as razões que deram
origem à suspensão, e entretanto não tenham ocorrido alterações que afectem o cumprimento dos critérios
e obrigações de acreditação – se o período máximo de suspensão terminar e não for possível o seu
levantamento, o IPAC iniciará o processo de anulação da acreditação.
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Para efectuar o levantamento de uma suspensão, pode ser necessário a realização de acções ou avaliação
extraordinária, consoante seja necessário comprovar presencialmente ou não a resolução dos problemas. O
processo de avaliação (se houver) e decisão é semelhante ao descrito anteriormente, sendo a conclusão
notificada por escrito à Entidade.
9.2 Anulação
A anulação consiste no término das relações contratuais com a Entidade acreditada e consequente perca do
Estatuto de Entidade Acreditada e direito de uso dos Símbolos de Acreditação. O IPAC pode anular a
acreditação em caso de impossibilidade continuada ou prolongada de cumprimento dos critérios e
obrigações de acreditação. A acreditação pode também ser anulada caso a Entidade declare falência ou
insolvência, ou seja condenada judicialmente por actos que afectem a sua idoneidade e competência face à
acreditação. A anulação também pode ocorrer na sequência de actos ou omissões lesivas da imagem do
IPAC e do Estatuto de Entidade Acreditada.
A anulação pode ser referente só a parte do âmbito (redução do âmbito) ou englobar todo o âmbito
acreditado.
O IPAC comunicará por escrito à Entidade a intenção de anular a acreditação, tendo a Entidade um prazo de
10 dias úteis a contar da data da notificação para apresentar alegações, actos ou provas para interromper
ou anular o processo. Findo este prazo de 10 dias úteis a anulação torna-se efectiva, excepto se a Entidade
apresentar matéria ou alegações e solicitar a reapreciação da decisão. Neste caso, o IPAC irá analisar a
matéria apresentada e decidir se mantém ou altera a decisão, comunicando-a à Entidade por escrito.
A partir da data em que é anulada a acreditação, a Entidade fica interditada de utilizar os Símbolos de
Acreditação ou fazer quaisquer referências ou associações ao Estatuto de Entidade Acreditada. Caso não o
faça, o IPAC pode iniciar uma acção judicial contra a Entidade.
Os efeitos da anulação podem ser reportados à data do acto, omissão ou incumprimento que a originou,
determinando a partir daquela data a invalidade consequente de todos os documentos emitidos no âmbito
da acreditação.
Tendo em conta a natureza dos motivos que estiveram na origem de uma anulação, o IPAC pode estabelecer
condições e/ou um prazo máximo de um ano para aceitar nova candidatura.
10 Reclamações e Recursos
10.1 Reclamações
Considera-se como reclamação qualquer insatisfação sobre as actividades do IPAC ou das entidades
acreditadas. As reclamações devem ser remetidas por escrito ao IPAC.
No caso de reclamações sobre entidades acreditadas, as reclamações devem ser primeiro dirigidas à
entidade, e apenas em caso de tratamento insatisfatório por parte desta, ser dado conhecimento ao IPAC.
O IPAC não trata reclamações sobre empresas certificadas, as quais são da competência do respectivo
organismo de certificação – somente caso este não dê tratamento satisfatório, o IPAC ao tomar
conhecimento do facto, irá actuar como se se tratasse de uma reclamação sobre o organismo de
certificação.
O IPAC dará uma resposta ao reclamante no prazo de 30 dias, após recepcionar a reclamação.
10.2 Recursos
Considera-se como um recurso técnico qualquer alegação contrária ou contestação apresentada junto do
IPAC por uma Entidade relativa a uma decisão adversa do IPAC sobre o estatuto de Entidade Acreditada.
A metodologia de tratamento destes recursos está descrita no Regulamento de Recursos (DRC003),
disponibilizado na página electrónica do IPAC.
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11 Obrigações das Partes
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Sempre que a alteração ocorrida ponha em causa o cumprimento dos critérios de acreditação ou este
Regulamento, a Entidade deverá por sua iniciativa requerer de imediato a suspensão ou anulação voluntária
da acreditação.
11.1.5 Obrigações financeiras
Qualquer Entidade tem por obrigação suportar todos os custos inerentes ao processo de acreditação, na
data especificada para esse efeito. Se para efectuar o pagamento for necessário à Entidade emitir um
documento interno de cabimentação ou cativação de verbas (e.g. requisição) prévio à realização da
avaliação, deverá fazê-lo no momento em que envia a documentação para a avaliação.
Caso a Entidade não efectue o processamento e pagamento atempado das quantias devidas, o IPAC pode
iniciar o processo de suspensão da acreditação, ou interromper o processo de concessão, consoante
aplicável.
O eventual encerramento, redução ou anulação da acreditação não exime a Entidade de cumprir as
obrigações financeiras aplicáveis até à data de efectivação, podendo o IPAC recorrer aos meios legais ou
judiciais necessários para atingir esses fins.
Não há lugar à restituição de quaisquer pagamentos efectuados pela Entidade ao IPAC sobre actos ocorridos
antes da data de encerramento ou anulação da acreditação.
11.1.6 Obrigações judiciais
A Entidade aceita que o IPAC e seus colaboradores nunca podem ser responsabilizados por eventuais percas
de lucro, de negócio, ou outras, decorrentes da prestação do serviço de acreditação de acordo com este
Regulamento.
A Entidade aceita interpretar o presente Regulamento de acordo com a legislação portuguesa, e sob a
jurisdição da República Portuguesa.
Em caso de disputa judicial, a Entidade aceita submeter-se ao foro judicial designado pelo IPAC em
território nacional, podendo o IPAC optar por constituir mandatários para o representar, quando tal
representação não resulte de um imperativo legal.
11.1.7 Dever de Publicidade
A Entidade Acreditada tem o dever de utilizar os Símbolos “Acreditação” aplicáveis e referenciar-se com o
Estatuto de Entidade Acreditada, de acordo com o Regulamento dos Símbolos de Acreditação (DRC002),
disponibilizado na página electrónica do IPAC. Caso a Entidade seja autorizada a utilizar ou disponibilizar
aos seus clientes outros símbolos disponibilizados através do IPAC, deverá cumprir as respectivas regras de
utilização, estipuladas pelo IPAC ou por ele comunicadas.
Caso a acreditação seja anulada, a Entidade fica obrigada de imediato a deixar de usar e recolher todo o
material publicitário com referência à acreditação. Os Certificados de Acreditação são propriedade do
IPAC, podendo o IPAC exigir a sua restituição à Entidade em caso de anulação.
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O IPAC pode prestar informações sobre os seus clientes a terceiros mediante o prévio conhecimento e
aceitação por parte dos clientes. Caso por obrigações legais o IPAC seja obrigado a fornecer informações
sobre os seus clientes, o IPAC notificará os clientes afectados do facto, se não houver impedimento legal.
11.2.5 Dever de Publicidade
O IPAC divulga e publicita todas as acreditações concedidas, nomeadamente através da sua página
electrónica, em listas de entidades acreditadas. O IPAC pode também utilizar outros meios e suportes
publicitários, campanhas ou eventos. A publicidade será feita em termos iguais e não-discriminatórios para
todas as Entidades Acreditadas.
O IPAC divulga as sanções que aplicar usando os meios que considere adequados, respeitando a
proporcionalidade das implicações e de actuação da Entidade, e comunicando às entidades que considere
relevantes, nomeadamente organismos regulamentares.
O IPAC disponibiliza Símbolos de Acreditação para identificar e diferenciar as entidades e actividades
acreditadas perante terceiros, conforme disposto no respectivo Regulamento (DRC002). A utilização
indevida ou abusiva dos Símbolos de Acreditação e do Estatuto de Entidade Acreditada é passível de
suspensão ou anulação da acreditação, e à adopção pelo IPAC das medidas legais ao seu alcance para
terminar a utilização irregular e ser indemnizado.
11.2.6 Dever de Informação e Comunicação de Alterações
O IPAC compromete-se a divulgar publicamente todos os regulamentos, procedimentos e critérios de
acreditação aplicáveis, bem como o tarifário correspondente, e a documentação necessária à apresentação
de candidaturas – a divulgação é feita através da sua página electrónica ou a pedido.
O IPAC compromete-se informar a Entidade do interlocutor que irá acompanhar o seu processo de
acreditação, e a prestar esclarecimentos e informações gerais.
Eventuais alterações introduzidas pelo IPAC aos regulamentos, procedimentos e critérios de acreditação, ou
documentos e guias interpretativos, são sempre comunicadas previamente aos representantes das entidades
acreditadas e restantes partes interessadas, e considerada a sua opinião quanto à sua implementação.
Sempre que qualquer dos referenciais de acreditação seja objecto de revisão, o IPAC adoptará as novas
versões desses mesmos documentos, acordando com as entidades acreditadas um plano e período de
transição para adaptação às modificações neles introduzidas. Esta transição respeitará as eventuais
orientações internacionais que sejam emitidas. Se após o período de transição concedido, uma entidade
acreditada não evidenciar ter efectuado as alterações previstas para a transição, o IPAC irá considerar que
a acreditação dessa entidade fica anulada (no todo ou em parte, conforme aplicável).
11.2.7 Dever de Representação
O IPAC representa e defende os interesses das entidades acreditadas, a nível nacional e internacional,
nomeadamente nas estruturas europeias e internacionais de acreditação. O IPAC divulgará o resultado da
sua intervenção nestas estruturas federativas de acreditação aos seus clientes através da sua página
electrónica ou de reuniões ou de circulares.
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CLIENTE IPAC
Concessão & Manutenção FASES Concessão & Manutenção
8.2.1 Recepção
8.2.2 Análise 8.2.3 Encerramento
Preliminar
Aceitar Não
Confirmação da
Candidatura?
recepção,
do interlocutor,
e nºRegisto
(elementos em falta)
8.3 Fase de Avaliação
Equipa Auditora
Não aceite?
8.3.8 8.3.7
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CLIENTE IPAC
8.3.8 8.3.7
Plano de Auditoria
8.3.8 Avaliação
(Auditoria /
Testemunho) Relatório de Auditoria/
Testemunho
Informações
Não suficientes? Não
8.4.1 Tomada de
Decisão
Comunicação da Decisão
Decisão
Não Favorável ? Não
8.3 Seguimento
8.2.3 Encerramento
10 Reclamações e Recursos
8.5.2 Avaliações
Extraordinárias
9 Sanções
Envio de Certificado de
Acreditação e Anexo Técnico
(se aplicável)
8.5 Manutenção da
Acreditação
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Produção Apoiada pelo:
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FICHA TÉCNICA
Título
Ano de Edição
2007
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Rua da Tóbis Portuguesa nº 8 – 1º andar, Escritórios 4 e 5
1750-292 Lisboa
Telefone: 21 754 11 80
Fax: 21 754 11 89
E-mail: info@nova-etapa.pt
Site: www.nova-etapa.pt
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ÍNDICE
5. ANEXOS .....................................................................................................................................47
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A fim de que possa registar os progressos sentidos ao longo da formação, junta-se uma
grelha de Registos de Aprendizagem no ponto 2.
Para que nenhuma ideia nova se perca, e possa testar a sua aplicabilidade no posto de
Porque todas as suas opiniões e sugestões são úteis, considere-as parte integrante da
aprendizagem e leve as suas notas consigo para as sessões presenciais. Registe também
as questões que gostasse de ver respondidas e os exercícios em que tenha dúvidas na
resolução.
♦ Inicie o estudo de cada capítulo fazendo uma leitura geral do mesmo ou das
sínteses apresentadas;
♦ Faça pequenas paragens, e vá reflectindo sobre as semelhanças com a realidade
da sua empresa, da sua actividade, etc.;
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2. REGISTO DE APRENDIZAGEM
REGISTOS
Capítulo I
Tema Capítulo II
considerado
Capítulo III
mais
interessante Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo I
Capítulo II
Tema a
Capítulo III
aprofundar
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo I
Aspectos Capítulo II
conseguidos
Capítulo III
na
aprendizagem Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo I
Aspectos Capítulo II
menos
conseguidos Capítulo III
na
aprendizagem Capítulo IV
Capítulo V
Observações:
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I – FUNDAMENTOS DA GESTÃO
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
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ACTIVIDADES SUGERIDAS
b) A partir de uma organização do seu conhecimento (poderá ser aquela onde trabalha
ou aquela que porventura pretenda iniciar), proceda à sua classificação de acordo com
o sector da actividade económica e dimensão. Para a atribuição do CAE, consulte a
última versão da nomenclatura (CAE Ver.2.1) em
www.ine.pt/Prodserv/nomenclaturas/CAE.html.
a) Elabore uma lista com aquelas que considera serem as funções de um gestor. Poderá
pensar nas suas actividades ou pensar num gestor seu conhecido.
b) Confronte agora a sua resposta com as dez actividades sugeridas por Henry
Mintzberg.
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c) Reflicta um pouco sobre as razões pelas quais existam eventuais diferenças entre os
resultados do trabalho deste autor e as respostas que obteve.
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ENUNCIADO
“A Sra. Raku fazia cerâmica na cave. Isso envolvia uma série de tarefas distintas –
amassar o barro, formar os potes, trabalhá-los enquanto ainda estavam frescos,
preparar e aplicar o verniz e introduzi-los no forno de cerâmica. Assim sendo, a
coordenação de todas as tarefas não apresentava qualquer dificuldade, dado que era ela
própria que as executava.
O problema residia na sua ambição e no facto dos seus potes serem atraentes: as
encomendas excediam a sua capacidade de produção. Então ela contratou a Sra.
Bisque, que estava desejosa por aprender a fazer cerâmica. Mas isso significativa que a
Sra. Raku tinha de dividir o seu trabalho. Uma vez que as lojas de artesanato
pretendiam potes feitos pela Sra. Raku, ficou decidido que a Sra. Bisque amassaria o
barro e prepararia o verniz, ficando a Sra. Raku encarregue do resto. E isto requeria
coordenação do trabalho – na verdade, tratava-se de um pequeno problema, pois com
apenas duas pessoas na oficina, bastava-lhes simplesmente comunicar entre si
informalmente.
A combinação resultou bem, tão bem que rapidamente a Sra. Raku estava atolada em
encomendas. Tornava-se necessário contratar assistentes. Mas, desta vez, para fazer os
seus próprios potes. A Sra. Raku decidiu contratá-los logo que saíssem da Escola de
Formação local. Deste modo, e enquanto tinha levado algum tempo a treinar a Sra.
Bisque, os novos colaboradores sabiam exactamente o que fazer desde o começo e
depressa se integraram. Mesmo com cinco pessoas, a coordenação não constituía um
problema.
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cada vez mais tempo com os clientes. Assim, ela nomeou a Sra. Bisque para gestora da
oficina. Dever-se-ia ocupar a tempo inteiro da supervisão e da coordenação do
trabalho das cinco produtoras de cerâmica.
Claro que a Cerâmica Raku deixou de vender para lojas de artesanato; a Sra. Raku só
aceitava encomendas de grossistas, a maior parte cadeias de supermercado.
Já no novo edifício sede, no quinto andar da Torre da Cerâmica Raku, a Sra. Raku
coordenava as actividades dos sectores através do balanço de desempenho em cada
trimestre, tomando pessoalmente medidas sempre que este e os valores de crescimento
ficavam aquém do previsto. Foi num dia que estava à sua secretária, analisando essas
previsões orçamentais, que a Sra. Raku decidiu dar um novo nome à sua empresa:
Cerâmico.1”
1 Adaptado de Mintzber, cit. por PINHA E CUNHA, et al. Manual de comportamento organizacional e gestão. Ed.
RH, Lisboa: 2005
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OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
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ACTIVIDADES SUGERIDAS
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Gestão
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c) Refira alguns dos princípios desse modelo que ainda sejam aplicáveis às empresas do
século XXI.
TEXTO N.º1
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Texto
Numa discussão entre dois colegas gestores, um dizia que não há modelo de gestão que possa dar garantia
de sucesso, que tudo é relativo, ainda mais no tempo em que vivemos, em que a única certeza é a incerteza.
O outro, pelo contrário, defendia que o sucesso de uma organização passa pela definição clara de objectivos,
da sintonia entre objectivos da empresa e dos colaboradores, da correcta forma de planear utilizando
instrumentos específicos; no fundo, dizia, todos deverão funcionar numa empresa como se de uma orquestra
se tratasse.
a) Concorda com algumas das visões apresentadas? Justifique a sua resposta, dando
exemplos concretos da sua experiência.
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OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
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ACTIVIDADES SUGERIDAS
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b) Após ter feito a observação e registado os dados mais significativos, proceda agora a
uma análise crítica, classificando as tarefas realizadas (Tarefa essencial; Tarefa
redundante; Tarefa simultânea; Tarefa sem valor acrescentado).
b) Caso opte por uma das seguintes formas (Rotação nos Postos de Trabalho,
Alargamento das Tarefas ou Enriquecimento do Trabalho), proceda à sua nova
esquematização.
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OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
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ACTIVIDADES SUGERIDAS
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Gestão das Organizações – Itinerário do Formando
c) Finalmente e, sempre com base no mesmo caso, defina dois ou três objectivos
estratégicos para a “Cerâmica Raku”, que sejam adequados à Missão, Visão e Valores
por si definidos.
Esta é uma actividade que não tem carácter obrigatório. Trata-se sobretudo de um
exercício de reflexão.
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ENUNCIADO
QUESTIONÁRIO
Às Quase
AFIRMAÇÃO Nunca Sempre
Vezes Sempre
É enfatizada a participação dos colaboradores no
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processo de planeamento estratégico da empresa;
Há o desdobramento das estratégias em planos de
2
acção para cada área organizacional da empresa;
Há o desdobramento das estratégias em planos de
3
acção para cada colaborador da empresa;
Os indicadores de desempenho estratégico, táctico
4 e operacional são acompanhados pela liderança
da empresa;
A direcção da empresa disponibiliza os recursos
5
necessários à execução dos planos de acção;
A direcção da empresa envolve-se directamente
6 na solução dos problemas para garantir o
cumprimento das metas estabelecidas;
Os colaboradores da empresa participam
7
amplamente nas reuniões e discussões;
A direcção da empresa faz reuniões de "follow-up"
8
da implementação das estratégias e dos planos;
As informações geradas são acompanhadas com
9 dados históricos para a análise do desempenho da
empresa;
Os colaboradores da empresa possuem as
10 informações que precisam para trabalhar
individualmente e em grupo;
Há uma definição clara de todas as funções, perfis,
11 atribuições, responsabilidades e autoridades dos
colaboradores da empresa;
Existe um plano de formação e desenvolvimento
12 de colaboradores alinhado com a estratégia da
empresa;
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ACTIVIDADES SUGERIDAS
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I – FUNDAMENTOS DA GESTÃO
“Conjunto de duas ou mais pessoas que realizam tarefas, seja em grupo, seja
individualmente mas de forma coordenada e controlada, actuando num determinado
contexto ou ambiente, com vista a atingir um objectivo pré-determinado através da
afectação eficaz de diversos meios e recursos disponíveis”.
b) Embora Mintzberg refira que cerca de 75% do tempo dos gestores é despendido em
actividades de comunicação, ele distingue como essenciais as seguintes funções:
Representação, Liderança, Ligação, Recolha de Informação e Disseminação,
Transmissão de Ideias, Empreendedor, Resolução de Problemas, Afectação de
Recursos, Negociação.
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b)
3.º Estádio: Sra. Raku + Sra. Bisque + 3 assistentes – Rápida integração devido à
existência de competências normalizadas, coordenação ainda informal.
Presidente
Sra. Raku
Especialista
Gestora da oficina
Sra. Bisque
Estrutura simples
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Organizações – Itinerário do Formando
Presidente
Sra. Raku
Dep. Produção Dep. Financeiro Dep. Produção Dep. Financeiro Dep.Produção Dep. Financeiro
Vasos
Animais
Estrutura divisional
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d) Exemplos de indicadores:
Não esquecer que, para cada indicador escolhido, deveremos ainda definir medidas de
avaliação de aplicação do mesmo. Exemplo: índice de satisfação dos clientes que
poderá ser medido através da aplicação de questionários, técnica do “cliente-mistério”,
etc.
INTERPRETAÇÃO
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1. Analisar a situação:
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d) Vantagens:
Desvantagens:
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5. ANEXOS
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ANEXO I
TOME NOTA
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ANEXO III
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