Ser Enquanto Ser

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No princípio havia os céus, a terra e a sombra

A realidade fundamental das coisas é a essência pela qual um determinado ser


existe. O “ser”, por sua vez, é tudo aquilo que existe, seja ele físico, tridimensional ou
sólido, e até mesmo algo abstrato, um pensamento, um sentimento, uma forma. O
estudo filosófico que investiga o mundo inteligível e sensível é denominado metafisica
que diferentemente do significado de sua etimologia “além da física”, esse fundamento
filosófico não se baseia somente no que é físico.
“Ser enquanto ser” é certamente a frase que melhor define o estudo da
metafisica. Criado por Aristóteles na antiguidade clássica, essa frase percorre até os
dias de hoje questionando o conceito real do que é o “ser”. Sem uma resposta concreta
e objetiva, podemos explicar seu significado através de um estudo antigo realizado por
filósofos para chegar a uma conclusão. Esse estudo é constituído dos seguintes
conceitos sobre um determinado “ser”: sua origem, sua finalidade, sua constituição
fundamental, suas características fundamentais e suas características não
fundamentais. Vejamos um exemplo:
Costurado com linhas, presos com pregos e amarrados com cordas, a sombra
sempre esteve presente em nossas vidas. Uma realidade tão perto de nós, mas que ao
mesmo tempo parece tão distante, a sombra nada mais é do que uma forma produzida
através da ausência de luz. Sua origem não pode ser dada por uma resposta simples,
com quatro palavras em uma linha, o surgimento da sombra não pode ser descrito
facilmente, ela tem de ser observada.
Segundo os físicos a sombra sempre surge quando a luz percorre um objeto
opaco, pois dessa forma o objeto absorve a luz. Um exemplo disso é quando saímos de
casa em um dia ensolarado e ao olhar no chão nos deparamos com uma forma escura
do contorno do nosso corpo; ou ainda quando saímos em uma noite escura e nos
deparamos com a lua pela metade, isso ocorre porque a sombra provocada pelo planeta
Terra não deixa a luz solar iluminar totalmente a lua.
As funções da sombra são maiores do que possamos imaginar. Para os pintores
do estilo renascentista a sombra teve um grande papel, pois ela proporcionou a eles um
novo estilo de se fazer arte. Para os animais do cerrado a sombra de uma árvore é um
verdadeiro diamante que lhe proporcionam uma oportunidade de fugir do sol escaldante
daquela região. Para os filósofos a sombra é uma ótima palavra para se fazer alegorias,
como é o caso do Mito da Caverna de Platão.
Constituída da escuridão, da ausência parcial ou total da luz, a sombra apresenta
formas características que mudam de acordo do que se deseja produzir. Todos temos
uma sombra, uma sombra nossa, uma característica essencial de qualquer ser humano.
No entanto essas características variam, pois, cada pessoa apresenta uma forma. Uma
forma que varia com o tempo. Uma forma que varia com a ocasião. Desse modo a
sombra passa a ter características não essenciais.
No princípio havia os céus, a terra e a sombra e desde então esses elementos
passaram a existir e a constituir elementos de estudo da metafisica filosófica.

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