Projeto Elétrico AV2

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FACULDADE SÃO FRANCISCO DO CEARÁ FASC

DISCIPLINA DE ELETROTÉCNICA

PROFESSORA JEANE SILVIA

PROJETO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA RESIDENCIAL

EQUIPE:

MARIA MARCELINA MOURA AURELIANO

YASMIN PEIXINHO DE ALMEIDA

MATHEUS BATISTA VIEIRA

SAMILI KAREN SOBREIRA

GUSTAVO NUNES DE ANDRADE

IGUATU-CE

2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO

O projeto elétrico é a representação gráfica e escrita das futuras


instalações elétricas residenciais. É onde serão definidos e indicados os pontos
de iluminação, as tomadas, os interruptores, os circuitos elétricos, a posição do
quadro de distribuição e dos dispositivos de proteção, levando em conta os
equipamentos e aparelhos a serem usados pelos moradores de uma casa.
A elaboração de um projeto elétrico residencial é muito importante para
garantir segurança, evitando acidentes. Esses procedimentos detêm de curtos-
circuitos, choques elétricos, mal desempenho dos aparelhos em operação e,
até mesmo, incêndios.
A execução desse tipo de projeto deve ser realizada por profissionais da
área e norteada pela NBR 5410 e 5444- que dispõe de instalações elétricas de
baixa tensão.
A partir dos estudos realizados, usando as normas técnicas como base,
e principalmente conversando com o usuário do serviço para saber todas as
exigências, elaboramos este Projeto elétrico residencial que será apresentado
mais à frente.

2. Informações essenciais do Projeto

O seguinte trabalho apresentará o desenvolvimento de um projeto


elétrico residencial de uma planta baixa do domicílio pertencente a Marcelina
Moura, com uma área de 112,5m², localizada na rua Honor Lima-Centro, na
cidade de Jucás-CE. Esse projeto apresentado, tem como requisito parcial para
a obtenção da segunda nota da disciplina de Eletrotécnica, ministrada pela
professora Jeane Souza, do curso de Engenharia Civil, período letivo 2021.1,
turma noite.
A equipe conversou com os usuários da residência para saber quais
seriam suas exigências, e a principal seria separar os circuitos de iluminação
por determinados cômodos e da mesma forma realizar com os de tomadas, e
também investigamos o que mais lhe incomodavam no sistema elétrico atual,
dessa forma chegamos as seguintes conclusões.
Dividimos os circuitos de Iluminação e Tomadas por pontos específicos
da casa, áreas sociais, áreas íntimas, e áreas com pontos de água, e
separamos mais três circuitos específicos para as necessidades dos mesmos,
por pontos de tomadas de uso específico, um ponto de tomada para ar-
condicionado, um para máquina de lavar roupas e uma tomada para o chuveiro
elétrico. Outra condição dada pelos desfrutadores da residência é que eles não
queriam pontos de tomadas no quintal, pois é uma área livre descoberta, e não
pretendiam desfrutar daquele ambiente no momento.

Com todos os dados analisados, e todas as informações necessárias


iniciamos nosso projeto elétrico residencial.

3. Previsão de cargas

Fazer uma Previsão de Cargas é importante para que se saiba a


quantidade necessária de potência (em Watts e chamada de Potência Ativa
Total) de uma residência qualquer.

Para realizar a previsão de cargas é importante que se tenha o projeto


arquitetônico em mãos para determinar as áreas e perímetros.

3.1. Previsão de cargas para iluminação

A previsão de cargas para iluminação foi toda realizada de acordo com


as normas estabelecidas pela NBR 5410, e analisada de acordo com a área,
dessa forma, adotamos as seguintes condições:

 No mínimo um ponto de luz por cômodo;


 No mínimo uma potência de iluminação de 100 VA por cômodo;
 Adotar a cada 6m², uma potência de 100 VA;
 A partir de 6m², a cada 4m² inteiros adotar mais 60 VA.

Tomando-se dos conceitos precedidos pela norma chegamos nos


resultados apresentados na tabela 1.

3.2. Previsão de cargas para tomadas


A previsão de cargas de tomadas deve ser prevista em função do
cômodo e dos equipamentos que aí serão ligados, tendo em vista sobretudo as
exigências da norma:

 Um ponto de tomada a cada 5m²;


 Um ponto de tomada a cada 3,5m² em ambientes com pontos de água;
 Na cozinha deve ser adotada no mínimo 3 tomadas com uma potência
de 600 VA, e as demais com 100 VA;
 Banheiros, áreas de serviço, ou áreas molhadas adotar no mínimo um
ponto de tomada de 600 VA;
 Para áreas inferiores a 6m², o perímetro não interessa, portanto deverá
ser adotado no mínimo um ponto de tomada;
 Os pontos de tomadas são distribuídos de acordo com o perímetro;
 As TUGS devem ser separadas das TUES, tanto nos circuitos como na
previsão;
 Deve ter um circuito independente para cada TUES.

Previsão de cargas (Tomada e Iluminação)


Dimensões Potência TUGS TUES
Dependê
de
ncia Largura Comprim Área Perímetr Quanti Potência Discrimi Potência
Iluminação
(m) ento (m) (m²) o (m) dade (VA) nação (W)
Sala de
4,20 4,20 17,64 16,80 220 4 400 _  
Estar
Quarto 01 4,40 3,25 14,30 15,30 220 4 400 _  
Ar-
Quarto 02 3,50 3,25 11,38 13,50 160 3 300 Condici 1400
onado
Hall 0,80 8,35 6,68 18,30 100 1 100 _  
Sala de
1,85 4,20 7,77 12,10 100 3 300 _  
Jantar
Cozinha 2,80 2,85 7,98 11,30 100 4 1900    
Chuveir
W.C 2,80 1,20 3,36 8,00 100 1 600 o 3500
Elétrico
Á. De Máquina
1,35 4,20 5,67 11,10 100 1 600 1000
Serviço de lavar
Depois de feita todas as avaliações chegamos nos seguintes resultados
da previsão de cargas para a residência estudada. Tabela 1.

Tabela 1- Previsão de Cargas geral.


4. Potência instalada

A potência instalada (Pinst) é o somatório das potências nominais de


todos os aparelhos determinados. Porém na prática, percebeu-se que não é
econômico dimensionar as instalações elétricas com base somente na potência
nominal, pois a potência demandada (Pd) sempre é inferior à potência nominal.
Então criou-se o fator de potência que para iluminação é 1,0 e para tomadas
corresponde a 0,8.

Abaixo estão os somatórios das potências previstas na tabela 1,


multiplicada pelo seu fator de potência.

-Potência total Iluminação: 1.100 Va* 1,0

-Potência Iluminação Instalada: 1.100 W

-Potência total Tomadas: 4.600 VA*0,8

-Potência Tomadas de Uso Geral Instalada: 3.860 W

Potência Tomadas de Uso específico instalada: 5.900 W

Dessa forma obtemos a potência ativa instalada que é de 10.680 W, a


partir desse valor podemos determinar o tipo de fornecimento, o nível da
tensão da alimentação e o padrão de entrada.

Nesse projeto iremos ter um fornecimento bifásico, com uma tensão de


220 V para todos os aparelhos.

5. Divisão dos circuitos

Circuito é o conjunto de pontos de consumo (pontos de luz e tomadas),


alimentados pelos mesmos condutores e ligados ao mesmo dispositivo de
proteção. Todos os circuitos iniciam-se no QDC (quadro de distribuição de
circuitos) e finalizam nos pontos de tomadas, iluminação e as demais cargas.

Infelizmente uma grande parte das instalações residenciais no Brasil não


tem corretamente distribuídos os seus circuitos e muitas instalações se quer
possuem um QDC.
A instalação elétrica deve ser dividida em circuitos separados de modo
a: diminuir as consequências de uma falha, a qual provocará apenas o
seccionamento do circuito defeituoso; facilitar o funcionamento adequado dos
dispositivos de proteção garantindo seletividade; dentre muitas outras
vantagens.

Após ter sido realizada a previsão de cargas já podemos iniciar a divisão


dos circuitos. Nesse projeto realizamos a divisão dos circuitos atendendo as
exigências dos usuários, e da mesma forma, também respeitando todas as
regras impostas pela norma ABNT NBR 5410. A divisão dos circuitos ficou da
seguinte forma:

- Circuito 1: Iluminação Social (Sala de Estar, Hall, Sala de Jantar);

- Circuito 2: Iluminação Íntima (Quarto 01 e Quarto 02);

- Circuito 3: Iluminação áreas com pontos de água (Cozinha, Banheiro e Área


de Serviço);

- Circuito 4: Tomadas de Uso Geral áreas sociais (Sala de Estar, Hall, Sala de
Jantar);

- Circuito 5: Tomadas de Uso Geral áreas íntimas (Quarto 01 e Quarto 02);

- Circuito 6: Tomada de Uso específico para ar-condicionado;

- Circuito 7: Tomadas de Uso Geral para áreas com pontos de água (Cozinha,
Banheiro e Área de Serviço);

- Circuito 8: Tomada de Uso Específico para chuveiro elétrico;

- Circuito 9: Tomada de Uso específico para máquina de lavar roupas.

Abaixo está anexada a tabela 2 com a divisão dos circuitos, a tensão, a


potência de cada circuito e a corrente.
Quant. X Corrente do
Circuito Tensão Local Total (VA)
(VA) circuito
Iluminação
Social:
1x220
Sala de Estar
1 220 1x100 420 1,91
Hall
1x100
Sala de
Jantar
Iluminação
Íntima: 1x220
2 220 380 1,73
Quarto 01 1x160
Quarto 02
Iluminação Á.
Molhadas: 1x100
3 220 Cozinha 1x100 300 1,36
Á. Serviço 1x100
W.C
Tomadas
Social:
4x100
Sala de Estar
4 220 1x100 800 3,64
Hall
3x100
Sala de
Jantar
Tomadas
Íntima: 4x100
5 220 700 3,18
Quarto 01 3x100
Quarto 02
Ar-
6 220 Condicionad 1x1.400 1.400 6,36
o
Tomadas Á.
1x100
Molhadas:
3x600
7 220 Cozinha 3.100 14,09
1x600
Á. Serviço
1x600
W.C
Chuveiro
8 220 1x3.500 3.500 15,91
Elétrico
Máquina de
9 220 1x1.200 1.200 5,45
Lavar

Tabela 2

6. Fator de demanda

Como já foi mencionado anteriormente dificilmente a energia é utilizada


100%, por isso devemos fazer todos esses passos para sabermos realmente o
que será usufruído. A potência instalada corresponde a ocasião se todos os
aparelhos fossem usados simultaneamente e com a carga máxima no qual foi
projetado, porém isso é praticamente impossível, então por esse motivo deve
ser calculado a demanda, que é dada pela fórmula:

Pdist= (Pilum+Ppug)* fIlum/TUG+ Ptue* fTue

Onde;

Pilum: 1.100

Ppug: 4.600, porém multiplicado por 0,8 fica 3.680

fIlum: É um valor tabelado analisado pelo valor do somatório da iluminação


e tomadas, de acordo com a tabela 3

Ptue: 5.900

fIlum: É um valor tabelado analisado pela soma das tomadas de uso


específico, de acordo com a tabela 4.

Tabela 3
Tabela 4

Depois de realizados os cálculos chegamos no valor de Pdist= 7.776,2.


Para encontrar a corrente é preciso transforma-la em potência aparente (VA).
Então divida o valor de 7.776,2 pelo fator de potência de 0,95, obtendo-se o
valor de 7.387,39 VA.
7. Corrente de projeto

A corrente de projeto é a corrente que vai ser calculada e usada em um


projeto, esta corrente é usada para dimensionar tanto os cabos quanto os
dispositivos de proteção. Podemos falar que também é a corrente máxima que
o circuito é capaz de suportar.

Para obtermos o valor da corrente de projeto precisamos primeiramente


descobrir o fator de agrupamento de cada circuito. O fator de agrupamento é
dado pela relação da quantidade de agrupamentos que cada circuito possui.

No nosso projeto após ter sido feito a distribuição dos eletrodutos (onde
se encontra na planta apresentada), obtivemos os seguintes valores.

- Circuito 1: 2 agrupamentos;

- Circuito 2: 2 agrupamentos;

- Circuito 3: 4 agrupamentos;

- Circuito 4: 2 agrupamentos;

- Circuito 5: 2 agrupamentos;

- Circuito 6: 1 agrupamento;

- Circuito 7: 4 agrupamentos;

- Circuito 8: 4 agrupamentos;

- Circuito 9: 4 agrupamentos;

Contudo, a partir desses valores acima determinados podemos


preencher a tabela 5 de corrente de projeto (ib), que é dada pela relação da
corrente de circuito pelo fator de agrupamento.
Corrente de projeto

Corrente Nº de Fator de Corrente de


Circuit
do circuito circuitos agrupament projeto (ib)
o
(ic) A agrupados o (f) A

1 1,91 2 0,80 2,39


2 1,73 2 0,80 2,16
3 1,36 4 0,65 2,09
4 3,64 2 0,80 4,55
5 3,18 2 0,80 3,98
6 6,36 1 1,00 6,36
7 14,09 4 0,65 21,68
8 15,91 4 0,65 24,48
9 5,45 4 0,65 8,38
Tabela 5

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