Memorex RODADA 2 - Inspetor PCRJ

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Memorex PC RJ – Inspetor – Rodada 02

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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 02. As outras 04 rodadas serão
disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 01/11
Rodada 04 05/11
Rodada 05 08/11
Rodada 06 12/11

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ....................................................................................................4


INFORMÁTICA ...................................................................................................................15
DIREITO ADMINISTRATIVO ......................................................................................23
DIREITO CONSTITUCIONAL ......................................................................................30
DIREITO PENAL ................................................................................................................39
DIREITO PROCESSUAL PENAL..................................................................................52
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................65

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
ABSOLVER e ABSORVER

ABSOLVER X ABSORVER

A palavra ABSORVER, geralmente, significa “consumir”; “sorver”.


Ex.: O pano que comprei absorve toda a sujeira do Chão.
Ainda, pode significar “concentrar-se”. Exemplo: Mônica absorve-se no trabalho.

A palavra ABSOLVER significa “perdoar”; “isentar”; “desobrigar”.


Ex.: O júri absolveu o réu.

DICA 02
EMINENTE e IMINENTE

EMINENTE X IMINENTE

EMINENTE significa “elevado”; “notável”.

Ex.: É eminente o fato de que a saúde no Brasil está um caos.

→ É notável o fato de que...


IMINENTE significa que alguma coisa está próxima de acontecer.

Ex.: O risco de eu ficar gripado é iminente!

DICA 03
ASCENDER e ACENDER

ASCENDER X ACENDER

ACENDER significa “atear fogo”; “iluminar”.

→ É verbo transitivo direto (VTD).


Ex.: Ela acendeu a luz da sala.

ASCENDER significa “subir”. É VERBO TRANSITIVO INDIRETO (VTI), ou


seja, aparece com preposição.

Ex.: Júlia ascendeu ao cargo de Diretora.

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DICA 04
CENSO e SENSO

CENSO X SENSO

CENSO tem o sentido de “recenseamento”. Sempre que aparecer a palavra


“censo” lembre do IBGE, que divulga os dados da população.

SENSO pode significar “ter juízo”.

Ex.: Tenha bom senso, Juliana!

DICA 05
MANDATO E MANDADO

MANDATO X MANDADO

Mandato essa palavra significa “procuração”; “delegação”.


Geralmente, é usada na política.
Ex.: O Presidente tem um mandato de quatro anos.

Mandado Como substantivo poderá ter o sentido de “ordem judicial”.


Já, como adjetivo poderá ter o sentido de “receber ordem”, “ser mandado”.
Ex.: Ele é mandado pela esposa. – “recebe ordens”
Recebi um mandado de prisão – “ordem judicial”

DICA 06
RATIFICAR E RETIFICAR

RATIFICAR X RETIFICAR

Ratificar significa “confirmar”; “reafirmar”.


Ex.: Ratifico o que falei sobre meu marido.

Retificar significa “corrigir” algo que está errado ; “emendar”.


Ex.: Ela retificou a frase em sua redação.

Ainda, pode significar “endireitar”; “consertar”.


Ex.: O mecânico retificou o motor do automóvel.

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DICA 07
CONCERTO E CONSERTO

CONCERTO X CONSERTO

Concerto possui um sentido de “composição musical”.


Ex.: Vou a um concerto no centro da cidade.

Conserto possui um sentido de “reforma”; “reparo”.


Ex.: Vou consertar meu erro – “corrigir”
Consertam-se sapatos – “reformar”

DICA 08

CESSÃO, SESSÃO E SEÇÃO

CESSÃO X SESSÃO X SEÇÃO

Cessão possui o significado de “ceder”; “ato de repartir”.


Ex.: Foi determinada a cessão da herança.

CESSÃO X SESSÃO X SEÇÃO

Sessão possui o significado de “reunião”; “encontro”.


Ex.: Minha sessão com o psiquiatra foi péssima.

Seção possui o significado de “departamento”.


Ex.: A seção de roupas masculinas é logo ali.

DICA 09
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Compreensão: No caso de compreensão de texto, o leitor deve visualizar dentro


do texto e se limitar a responder as questões conforme aquilo que está
explicitamente escrito.

Exemplos de comandos de compreensão de texto:

De acordo com o texto...


Segundo o texto...
Na linha...

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Interpretação: No caso de interpretação de texto, o leitor deve olhar para fora do
texto, uma vez que a interpretação vai além do texto.

Exemplos de comandos de interpretação de texto:

Interpreta-se...
Infere-se...

DICA 10
FUNÇÃO MORFOLÓGICA, SEMÂNTICA E SINTÁTICA
Função morfológica: Na função morfológica, cada palavra é analisada como se fosse
única. Por isso, não se quer saber a função que a palavra exerce dentro da oração São as
classes gramaticais: substantivo, advérbio, adjetivo, pronome, numeral, verbo,
entre outros.
Função semântica: A função semântica é o sentido de cada palavra, que vai
depender do contexto de cada frase.
Função sintática: A função sintática é o papel que uma palavra desempenha
dentro de uma oração. Os termos da oração são: sujeito, predicado, objeto direto,
objeto indireto, adjunto adverbial, adjunto nominal, complemento nominal, predicativo,
entre outros.
DICA 11
SUBSTANTIVO
É a classe gramatical de palavras variáveis que nomeia todas as coisas reais e irreais.
O substantivo possui as classificações seguintes:
Primitivo: é o substantivo que dá origem a novas palavras.

Ex.: carta, pedra.


Derivado: é o substantivo formado a partir de outro.

Ex.: carteiro, pedreiro.


Concreto: é o substantivo que nomeia seres animados (com vida) e inanimados
(sem vida).

Ex.: cobra, fada.


Abstrato: é o substantivo que nomeia conceitos abstratos, os quais não podem ser
vistos, definidos ou desenhados sozinhos.

Ex.: viagem, saudade, amor. Tente imaginar a palavra “amor”. Você não consegue
imaginá-la sozinha. Provavelmente, você imaginou um casal se abraçando ou se beijando.
Por isso, ela é abstrata.
Simples: quando existe um termo, uma só palavra.

Ex.: telefone, livro.

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Composto: quando existem mais de um termo ou mais de uma palavra.

Ex.: beija-flor, abelha-rainha.


Comum: não atribui uma qualidade especial aos objetos, lugares ou seres.

Ex.: cidade, menino.


Próprio: Dá nome a um ser único, específico, diferenciando-o do restante do grupo.

Ex.: Joana, Brasil.


Coletivo: é a palavra que dá nome a uma coleção ou grupo.

Ex.: alcateia, cardume.


DICA 12
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES
Em regra, acrescentar “s” ao final da palavra no singular: amigo – amigos; degrau –
degraus; sofá – sofás.
Substantivos terminados em “r”, “z”, “s”, acrescenta-se “es” ao final da palavra
no singular: voz – vozes; mulher – mulheres; gravidez – gravidezes; país – países.

ATENÇÃO!
EXCEÇÃO: Substantivos terminados em “s” que são paroxítonos, o plural fica
invariável: lápis – lápis; vírus – vírus.

Substantivos terminados em “ão”, poderão ficar no plural com a terminação “ões”,


“ãos”, “ães”: opinião – opiniões; cidadão – cidadãos; capitão – capitães.

ATENÇÃO!

Existem substantivos terminados em “ão” que admitem mais de 1 forma no plural:


ancião – anciões, anciãos, anciães; vilão -> também tem 3 formas no plural;
guardião – guardiões, guardiães.

Substantivos singulares terminados em al, el, ol, ul, no plural têm a terminação ais, éis,
óis, uis: aluguel – aluguéis; lençol – lençóis.
DICA 13
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES

CUIDADO: Substantivos singulares terminados em “x” ficam com a mesma


terminação no plural: tórax – tórax; ônix – ônix.
Substantivo singular terminado em il, no plural termina em is, eis: fuzil – fuzis; fóssil –
fósseis.
Substantivo no singular terminado em m, no plural termina em ns: jardim – jardins.
Substantivo no singular terminado em n, o plural termina em “ns” ou “nes”: abdômen
– abdomens, abdômenes; hífen – hifens; hífenes.

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DICA 14
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
Regra geral: O substantivo, o adjetivo e o numeral são VARIÁVEIS. O verbo e o
advérbio são INVARIÁVEIS: Segundas-feiras (numeral + subst.); Guarda-roupas (verbo
+ subst.).
Palavras repetidas e onomatopeias, só o último elemento ficará no plural: bem-te-
vis; reco-recos.
CUIDADO - caso as palavras repetidas sejam verbos, pode-se escolher entre
colocar todos os elementos no plural ou apenas o último no plural: piscas-piscas
ou pisca-piscas.
Estruturas ligadas por preposição, somente o 1º elemento ficará no plural: pores do sol;
canas-de-açúcar.
DICA 15
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
Substantivo + substantivo em que o segundo termo limita o sentido do primeiro
termo, o 1º elemento ficará no plural: decreto-lei = decretos-lei; elemento-chave =
elementos-chave; banana-maçã = bananas-maçãs.
Obs.: Nesses substantivos pode haver plural nos dois elementos: decretos-leis;
elementos-chaves; bananas-maçãs.
Substantivos compostos formados com grão, grã, bel, o último elemento ficará no
plural: grão-duque = grão-duques; grã-fino = grã-finos; bel-prazer = bel-prazeres.

DICA 16
NUMERAL

Numeral: É responsável por ordem, quantidade e fração. Desse modo, os numerais


podem apresentar valor de substantivo ou adjetivo:
Numerais substantivos: caracterizados pelos numerais multiplicativos.

Ex.: A inflação subiu o dobro no ano passado.


Numerais adjetivos: são os numerais cardinais, ordinais, coletivos e fracionários,
indicando valor adjetivo. Exemplo: A carne que eu comprei é de segunda (indica a
qualidade da carne).
DICA 17
ARTIGO

Artigo: É a palavra que se antepõe ao substantivo e indica se ele está sendo


empregado de forma indefinida ou definida.

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ARTIGOS DEFINIDOS ARTIGOS INDEFINIDOS

O, A, OS, AS. UM, UMA, UNS, UMAS.

Ex.: Comprei o vestido vermelho. Ex.: Comprei um vestido vermelho.

Exprime a ideia de um vestido Exprime a ideia de um vestido vermelho


vermelho específico. qualquer.

DICA 18
ADJETIVO

Palavra que expressa qualidade ou característica do ser.

Classificação do adjetivo:
Restritivo: Denota qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo,
nem todo o homem é inteligente. “Inteligente” é um adjetivo restritivo que diz respeito
ao homem.
Explicativo: Denota qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por
exemplo, todo o fogo é quente, não existe fogo frio. “Quente” é um adjetivo explicativo
que diz respeito ao fogo.
DICA 19
ADJETIVO
Quanto a sua formação, o adjetivo pode ser:

Simples: formado por um só radical.

Ex.: magro, verde.

Composto: formado por mais de um radical.

Ex.: castanho-escuro.

Primitivo: dá origem a outros adjetivos.

Ex.: bom, feliz.

Derivado: deriva de substantivos, verbos e até de outro adjetivo.

Ex.: magrelo, bondoso.


DICA 20
ADJETIVO PÁTRIO/GENTÍLICO
Indica a nacionalidade de alguém, de um objeto, de animal, entre outros. Esta
nacionalidade está ligada a países, cidades e estados de modo geral.

Ex.: Carla é curitibana. Carla é curitibana, porque nasceu em Curitiba.

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DICA 21
GRAU DO ADJETIVO
Os adjetivos são flexionados em grau para indicar a intensidade da característica do
ser. Os graus do adjetivo podem ser: o comparativo e o superlativo.

COMPARATIVO SUPERLATIVO

Comparação entre 2 ou + seres. Características num grau muito elevado ou


em grau máximo.
Comparativo de igualdade:
Superlativo absoluto sintético:
Ex.: Mari é tão tímida quanto sua irmã.
Adj + sufixo

Ex.: Mari é inteligentíssima.


Comparativo de inferioridade:

Ex.: Mari é menos tímida que sua irmã.


Superlativo absoluto analítico:
Advérbio de intensidade + adj.
Comparativo de superioridade:
Ex.: Mari é muito inteligente.
Ex.: Mari é mais tímida que sua irmã.
CUIDADO com o comparativo
irregular de superioridade: Superlativo relativo: relação de um
indivíduo com o grupo.
Ex.: Lucas é “mais bom” que Pedro.
(Está errado, pois o correto seria “melhor”).
Superlativo relativo de superioridade:
Ex.: Mauro é “mais ruim” que Fábio.
Ex.: Roberto é o menino mais forte do
(Está errado, pois o correto seria “pior”). bairro.

Bom – melhor

Ruim/mal – pior Superlativo relativo de inferioridade:

Grande – maior Ex.: Marcelo é o empregado menos

Pequeno – menor produtivo da empresa.

CUIDADO, estes mesmos adjetivos


voltam à forma regular quando
comparo 2 características do
mesmo indivíduo:

Ex.: Matias é mais grande que


pequeno. (correto)

Ex.: Lucas é mais bom que ruim.


(correto)

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DICA 22
EXEMPLOS DE SUPERLATIVOS SINTÉTICOS
É um assunto muito cobrado. Abaixo, alguns exemplos que podem cair na sua prova:

Bom - boníssimo ou ótimo

Cruel – crudelíssimo

Difícil – dificílimo

Frágil – fragílimo

Frio - friíssimo ou frigidíssimo

Humilde - humílimo

Livre – libérrimo

Magnífico - magnificentíssimo

Magro - macérrimo ou magríssimo

Preguiçoso - pigérrimo

Próspero – prospérrimo

Terrível – Terribilíssimo

DICA 23
LOCUÇÃO ADJETIVA
Duas palavras que, juntas, indicam uma característica. Possuem o mesmo valor de um
adjetivo.

Ex.: dia de sol – dia ensolarado; amor de mãe – amor materno; rosto de anjo –
rosto angelical.
DICA 24
PRONOME
O pronome vai acompanhar o substantivo (adjetivo) ou vai substituir o substantivo
(substantivo).

Ex.: Meu irmão é burro.

“Meu” está acompanhando o nome “irmão”. Então, é um pronome adjetivo, além


de ser um pronome possessivo.

Ex.: Ele é burro.

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O pronome “ele” substitui o nome. Então, é um pronome substantivo, além de ser um
pronome reto.
DICA 25
PRONOMES DO CASO RETO E OBLÍQUOS

PRONOME RETO PRONOME OBLÍQUO

EU MIM, ME, COMIGO

TU TE, TI, CONTIGO

ELE SE, O, A, LHE, SI, CONSIGO

NÓS NOS, CONOSCO

VÓS VOS, CONVOSCO

ELES SI, OS, AS, LHES, SE, CONSIGO

DICA 26
PRONOME RELATIVO
O Pronome relativo se trata de uma classe de pronomes que substituem um termo da
oração anterior e define relação entre duas orações.

Ex.: Que, quem, o qual (a qual, os quais, as quais), onde (em que), quanto (quanta,
quantos, quantas), cujo (cuja, cujos, cujas).

Os pronomes relativos podem ser substituídos por “o qual”, “a qual”, “os quais”,
“as quais”, SALVO “cujo”, “cuja”, “cujos”, “cujas”.

Retoma um termo anterior, substituindo-o para evitar repetição. Exemplo: Aquele


é o museu que Joana visitou. O “que” se refere ao “museu” presente na primeira
oração e introduz a segunda oração.
DICA 27
PRONOME RELATIVO “ONDE”

ATENÇÃO!

O pronome relativo “ONDE” somente pode ser utilizado para ideia de LUGAR! Pode ser
substituído por “em que”.

DICA 28
PRONOME RELATIVO “CUJO”
O “cujo” exprime relação de POSSE.

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Concorda em gênero e número com a coisa possuída e não admite artigo (o, a, os,
as) depois dele.
Deve-se colocar o “cujo” entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo).
Ex.: Aquela é a mulher cujo apartamento é lindo. (CORRETO)
Aquela é a mulher cujo o apartamento é lindo. (ERRADO)

ATENÇÃO!

Aquela é a loja a cuja dona me refiro (quem se refere, refere-se a).

Esta é a Diretora com cujas ideias todos concordam (quem concorda, concorda
com).

DICA 29
ADVÉRBIO
É palavra invariável que pode se referir a um verbo, a um advérbio ou a um adjetivo.
Expressa uma circunstância.
Ex.: Os cavalos pastavam calmamente (advérbio de modo).
Locução adverbial: Dois ou mais termos que possuem valor de advérbios.
Ex.: Uma vez por semana; pela manhã; de maneira alguma, depois do almoço, no duro
(certamente).
DICA 30
CIRCUNSTÂNCIAS DO ADVÉRBIO

LUGAR Atrás, embaixo, ali, lá, aqui, longe, perto.

TEMPO Amanhã, hoje, outrora, breve, cedo, ainda (até agora).

ORDEM Primeiramente, depois, ultimamente.

INTENSIDADE Tão, pouco, muito, mais, menos.

MODO Bem, mal, melhor, pior, rapidamente, devagar.

AFIRMAÇÃO Sim, realmente, certamente.

NEGAÇÃO Não, nunca, nem, tampouco.

DÚVIDA Provavelmente, talvez, possivelmente.

INCLUSÃO Ainda, também, mesmo.

EXCLUSÃO Salvo, apenas, senão, só, unicamente.

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INFORMÁTICA

DICA 31
RENOMEAR ARQUIVOS
Para renomear arquivos podemos selecionar o arquivo e utilizar a tecla de atalho F2.
Outra opção é selecionar o arquivo, clicar com botão direito e clicar em renomear. Mais

uma forma é selecionar o arquivo e clicar no ícone renomear na aba Início.


Quando renomeamos dois arquivos com o mesmo nome na mesma pasta, o Windows
automaticamente irá alterar o nome do arquivo acrescentando um (2) ao final do arquivo
para identificá-lo.

ATENÇÃO!

Caso os arquivos sejam de tipos diferentes, isto é, um arquivo seja .txt e o outro
seja um Documento do Word (.docx), o Windows não irá acrescentar nada ao final
do arquivo e ambos ficarão com o mesmo nome.

DICA 32
TAMANHOS DE ARQUIVO
Os arquivos armazenados no computador tem seu espaço medido em Bytes. Para facilitar
a divisão do tamanho, utilizamos nomenclaturas quando alcança certa quantidade de
Bytes. Por exemplo, 1 milhão de bytes é 1 Mega Byte. Assim para identificar um arquivo
grande precisamos entender a ordem.
1 Giga Byte (1 GB ) = 1000 Mega Bytes (1000 MB);

1 Mega Byte = 1000 KiloBytes (KB);


1 KiloByte = 1024 Bytes.
DICA 33
HISTÓRICO DE ARQUIVOS
O Windows conta no painel de controle com a opção Histórico de Arquivos, que auxilia a
realizar backups de arquivos. Para utilizar o Histórico de Arquivos é necessário escolher
onde os arquivos serão salvos, por exemplo se será utilizado uma unidade externa ou um
disco em rede por exemplo.
O histórico de arquivos só faz backup de cópias de arquivos que estão nas pastas
documentos, música, imagens, vídeos e área de trabalho e os arquivos do OneDrive
disponíveis offline em seu computador.
DICA 34
BLOCO DE NOTAS
O bloco de notas é um editor de texto simples que vem de forma padrão no Windows.
Nele é possível apenas digitar texto sem utilizar das formatações como cor, inclusão de
imagens, criar tabelas e não tem corretor ortográfico. O formato padrão de um arquivo do
bloco de notas é o .txt .
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DICA 35
ÁREA DE TRABALHO
O Windows permite a criação de novas áreas de trabalho, onde os aplicativos são
agrupados. Para acessar a opção e visualizar as múltiplas áreas de trabalho utilize a tecla
de atalho WIN + TAB. Para criar uma nova área de trabalho basta clicar em Nova área de
trabalho ou utilizar a tecla de atalho CTRL + WIN + D. Para alternar entre as áreas de
trabalho, utilize as teclas CTRL + WIN + Setas direta ou esquerda.
No painel das áreas de trabalho também é possível visualizar uma linha do tempo de quais
arquivos foram abertos.
DICA 36
EXTENSÕES DE ARQUIVOS
As extensões de arquivos indicam o tipo de arquivo e auxiliam na abertura do arquivo. Por
exemplo, um arquivo do tipo texto terá a extensão .txt. Um arquivo .docx indica que é
um arquivo do tipo Documento do Word.

ALGUMAS EXTENSÕES DE ARQUIVOS

.xlsx Arquivo de Planilha Excel

.pptx Arquivo de Apresentação de PowerPoint

.html .htm Arquivo de página web

.pdf Documento de pdf

.exe Arquivo executável

.msi Pacote do Windows installer

.jpg .png .jfif .gif Arquivos de imagem

.mp3 .wav Arquivos de áudio

.mp4 .avi .mpeg Arquivos de vídeo

.zip .rar .7z Arquivos compactados

.iso Arquivo de imagem de disco

DICA 37
MENU DE CONTEXTO
Os Menus de Contexto mostram opções ao se utilizar o botão direito do mouse sobre o
elemento. O elemento pode ser a área de trabalho, um arquivo, o Windows Explorer.

No menu de contexto da área de trabalho tem as seguintes opções:

Exibir - Ícones Grandes, Ícones Médios, Ícones Pequenos, Mostrar Ícones da Área de
trabalho;

Classificar por - Nome, Tamanho, Tipo, Data de Modificação;

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Novo - Pasta, Atalho, Documento de Texto, Pasta Compactada etc;

Colar;

Personalizar - Abre o painel Personalizar do Painel de Configurações;

Configurações de Exibição - Abre a opções de Configurações de Sistema na opção


Vídeo do painel de Configurações.
DICA 38
PAINEL DE CONFIGURAÇÃO DO WINDOWS
O painel de configurações do Windows (WIN + I) acessível através do menu iniciar com o

ícone tem opções para gerenciamento do computador. A tendência é que este menu
substitua o Painel de Controle nas próximas versões do Windows. Porém, ambas
continuam existindo no Windows 10. Assim como o painel de controle, O painel de
Configurações do Windows tem funções como Instalar e Desinstalar programas através do
menu Aplicativos, gerenciamento de contas de usuário, através do menu Contas,
gerenciamento de Dispositivos como Impressoras, Scanners, dispositivos bluetooth e
também o menu de Personalização para alterar Tela de Fundo, Tela de Bloqueio, Cores
etc.
DICA 39
SÍMBOLOS PROIBIDOS EM NOMES DE ARQUIVOS
: * <> / | \ " ?

DICA 40
ATALHOS WINDOWS 10

Abrir gerenciador de tarefas CTRL + SHIFT + ESC

Enviar uma interrupção e abrir opções


como Bloquear, Sair, Trocar Usuário e CTRL + ALT + DEL
abrir gerenciador de tarefas

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Abrir Windows Explorer WIN + E

Abrir Janela Executar WIN + R

Abrir configurações do Windows WIN + I

Bloquear Computador WIN + L

Excluir arquivo sem enviá-lo a lixeira SHIFT + DEL

Acesso rápido a ferramentas do sistema WIN + X

Alternar entre janelas ALT + TAB

Mostrar todas as janelas e permitir


CTRL + ALT + TAB
movimentação com as setas

Desfazer uma ação realizada CTRL + Z

Exibir menu de contexto SHIFT + F10

Abrir Menu Iniciar WIN ou CTRL + ESC

Ir para área de trabalho WIN + D

Abrir Visão de Tarefas WIN + TAB

Abrir Facilidade de acesso WIN + U

Abrir ajuda do Windows WIN + F1

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DICA 41

EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS

ESTRUTURA DO WORD

A janela do documento do Word é composta pelos seguintes componentes:

Barra de Títulos - Barra que exibe o nome do documento que está sendo editado, o
nome do usuário que está logado e um botão com as opções de Ocultar a faixa de
opções, Mostrar Guias e Mostrar Guias e Comandos.

Barra de Status - Contém informações do documento, como número de páginas,


quantidade de palavras e o idioma. E opções de visualização como Modo de Leitura,
Layout de Impressão, Layout da Web e uma barra para zoom.

Barra de acesso rápido - Barra para salvar, desfazer uma ação (CTRL + Z), Repetir
digitação (CTRL + R) e visualizar impressão. Além disso, é personalizável, ao clicar na
setinha ao lado de Repetir digitação, um menu será apresentado com opções para serem
colocados a esta barra .

Página - É o documento que é feito e inclui acima e ao lado esquerdo as réguas, que
definem as margens do documento.

DICA 42

FAIXA DE OPÇÕES GERAIS

As faixas de opções gerais estão presentes nos três programas: Word, Excel e
Powerpoint. Com exceção da Guia Arquivo, elas podem ser personalizadas
(Mostrar/ocultar comandos) e movidas de lugar. As guias são divididas em grupos, para
cada programa os grupos podem variar. As guias gerais que são fixas: Página Inicial,
Inserir, Arquivo, Revisão, Exibir.

DICA 43

FAIXA DE OPÇÕES DO WORD

Assim como as barras de títulos, acesso rápido e status, é uma das barras do Word. A
faixa de opções apresenta Guias e Comandos. As guias podem ser personalizadas,
ocultadas e movidas, exceto a guia arquivo que não pode ser ocultada ou movida. As
guias são Arquivo, Página Inicial, Inserir, Design, Layout, Referências, Correspondências,
Revisão, Exibir e Ajuda.

As guias são divididas em grupos.

DIVISÃO DOS GRUPOS

Página Inicial - Grupos

Área de transferência, Fonte, Parágrafo, Estilos, Editando, Voz.

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DIVISÃO DOS GRUPOS

Inserir - Grupos

Páginas, Tabelas, Ilustrações, Suplementos, Comentários, Cabeçalho e Rodapé,


Texto, Símbolos.

Design - Grupos

Formatação do Documento, Plano de Fundo da página.

Layout - Grupos

Configurar Página, Parágrafo, Organizar.

Referências - Grupos

Sumário, Notas de Rodapé, Pesquisar, Citações e bibliografia, Legendas, Índice.

Correspondências - Grupos

Criar, Iniciar Mala Direta, Gravar e Inserir Campos, Visualizar Resultados, Concluir.

Revisão - Grupos

Revisão de Texto, Acessibilidade, Idioma, Comentários, Controle, Alterações,


Compara, Proteger, Tinta.

Exibir - Grupos

Modos de Exibição, Movimentação de Páginas, Mostrar, Zoom, Janela, Macros,


SharePoint.

Ajuda - Grupos

Ajuda.

DICA 44

ÍCONES DO WORD – FORMATAÇÃO

Ícones despencam em prova!

Ícones que alteram a formatação do texto. Apresentados respectivamente:

Negrito, Itálico, Sublinhado, tachado, subscrito (A100), sobrescrito (A100 ):

Escolher fonte, Tamanho da fonte, Aumentar fonte,


Diminuir fonte, Maiúscula e Minúscula, Limpar toda a formatação:
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Efeitos de texto e Tipografia, Cor de Realce, Cor da fonte:

O “colar” possui algumas opções que são:

Manter formatação original, Mesclar formatação, Imagem, Manter somente texto:

DICA 45

ÍCONES DO WORD - INSERIR

Ícones que inserem elementos no documento:

O instantâneo faz um print de uma janela selecionada pelo usuário que está aberta no
momento e insere no documento:

Equação - inserir equações matemáticas ou pode criar suas próprias equações.


Símbolo - insere símbolos que não estão presentes no teclado:

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Insere Links que podem ser um link para um arquivo externo ou site, um indicador
(permite pular para uma parte específica no texto) ou uma referência cruzada (Faz
referência a lugares específicos no documento, como títulos, ilustrações e tabelas):

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DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 46
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA
O princípio do contraditório é a garantia que a parte tem de se manifestar sobre as
provas e alegações produzidas contra si.
A Ampla Defesa é a garantia que a parte tem de usar todos os meios legais para provar e
defender suas manifestações.
DICA 47
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA
Esse princípio tem o objetivo de resguardar as situações jurídicas.
Ex: é publicada uma nova lei, que altera as regras das licitações públicas, fazendo com
que várias empresas que antes participavam das licitações passem a não mais se
qualificar. A lei não retroagirá para revogar os contratos já firmados na regra anterior.
DICA 48
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Os serviços públicos essenciais não devem sofrer interrupção, sendo necessária a
prestação continuada.
Ex: O fornecimento de energia elétrica não pode ser interrompido em um hospital,
mesmo sendo este inadimplente, devido à prevalência do interesse público, pois o corte
de energia, em que pese existência de débito, prejudicaria o usuário, podendo
ocasionar até mesmo a morte de pacientes.
DICA 49
EFICIÊNCIA NA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA
Eficiência é realizar algo da melhor maneira possível, com o menor desperdício de tempo
ou recursos.
EFICÁCIA NA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA
Eficácia é a capacidade de atingir a meta ou o objetivo almejado com aquela atividade.
EFETIVIDADE NA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA
Efetividade é a junção das 2 características anteriores, ou seja, é a capacidade de
realizar algo com eficiência e da melhor maneira possível, ou seja, com eficácia.
DICA 50
PODERES ADMINISTRATIVOS - CONCEITO
Os Poderes Administrativos são instrumentos colocados à disposição do administrador
para atingir o interesse público.
Não devem ser confundidos com Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Poder não é uma faculdade, mas sim um dever do agente público.

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DICA 51
PODER HIERÁRQUICO
É o poder para estabelecer a hierarquia entre órgãos e agente público.
Órgãos de nível superior fiscalizam e revisam atos de órgãos de hierarquia inferior, com a
correção dos atos mediante revogação ou anulação.
DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO
Na delegação, a autoridade transfere parte de suas atribuições para outro agente
praticar o ato.
Na avocação, uma autoridade chama para si a prática de ato de subordinado.
A delegação não exige que exista hierarquização.
A avocação exige hierarquia, podendo avocar quem possuí a hierarquia superior.
DICA 52
PODER DISCIPLINAR
É o poder de punir internamente as infrações dos servidores ou outras pessoas sujeitas
à relação com a Administração Pública.
É um poder que incide tanto em relação a servidores como também a particulares,
que mantenham algum tipo de vínculo especial com o poder público.

Ex.: Concessionários de Serviços Públicos.


Para punição é necessária a existência de superioridade hierárquica.
O poder disciplinar tem como característica a discricionariedade, ou seja, margem de
liberdade para decidir sobre o ato mais adequado a ser aplicado.
DICA 53
PODER REGULAMENTAR
É o poder da administração de editar atos normativos para complementação das leis
(Poder Normativo).

Ex.: Edição de Decreto pelo Presidente da República para regulamentar funcionamento


da administração pública.
Se o ato regulamentar extrapolar a sua função, a CF/88 autoriza o Congresso Nacional a
sustar o ato.
DICA 54
PODER DISCRICIONÁRIO E PODER VINCULADO
O poder discricionário é uma prerrogativa que o agente escolha, entre várias condutas
possíveis, qual melhor se adequa a oportunidade e ao interesse público.
É uma certa liberdade de agir, dentro da margem prevista em lei.
O poder vinculado, ao contrário do poder discricionário, não é uma prerrogativa, mas
sim um poder-dever.

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No poder vinculado, o agente público pratica o ato determinado pela lei, sem margem de
flexibilidade.
DICA 55
PODER DE POLÍCIA
É o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de direitos e da
propriedade em benefício do interesse público.
O poder de polícia condiciona o exercício do direito, visando o bem-estar coletivo.
A base do poder de polícia é o interesse público. É a supremacia do interesse público
sobre o interesse do particular.
O poder de polícia não pode ser delegado aos particulares, pois para o exercício do
poder de polícia é necessário o poder de império através de sua supremacia.
DICA 56
ATO ADMINISTRATIVO
São as manifestações de vontade da Administração Pública por meio de decretos,
resoluções, portarias, circulares, etc.
É uma declaração unilateral da vontade do Estado, de nível inferior à lei, para atender ao
interesse público.
Cria, restringe, declara ou extingue direitos.
São sujeitos ao controle judicial.
DICA 57
CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
São 2 as formas de controle dos atos administrativos:
a) Quando realizado pela própria Administração trata-se de controle interno ou
autotutela.
O princípio da autotutela é a obrigação da Administração Pública em controlar os atos
editados, para retirar do ordenamento jurídico os ilegítimos ou inoportunos.

ILEGÍTIMOS são os atos ilegais ou nulos, tendo a Administração a obrigação de


retirá-los do sistema.

INOPORTUNOS são os atos que, em que pese não serem ilegais, se tornaram
inoportunos ou inconvenientes, tendo a Administração a prerrogativa de revogar os
que entender se enquadrarem em tais características.
Os fundamentos acima estão consolidados pelo STF, nas Súmulas 346 e 473:
Súmula 346 STF – A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios
atos.
Súmula 473 STF – A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.

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b) Quando realizado pelo poder judiciário se apresenta o controle externo.
Em respeito ao Princípio da Separação dos Poderes, o Judiciário e Legislativo, quando
apreciarem Atos Administrativos, deverão limitar-se aos aspectos da legalidade, não lhes
competindo analisar o mérito, conveniência ou oportunidade.
DICA 58
ANULAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
ANULAÇÃO tem como fundamento a ilegalidade do ato, sendo realizada pela própria
Administração ou pelo Poder Judiciário.
A anulação acarreta efeito ex tunc (retroage à situação original), eliminando, por
consequência, todos os atos gerados pelo ato durante sua vigência.
Não possibilita, em regra, a invocação de direitos adquiridos, em razão da ilegalidade
apresentada, com exceção dos que constituíram direitos de boa-fé.
O prazo (decadencial) que a Administração possuí para anulação dos seus atos é de 5
anos, conforme prescrito no artigo 54 da Lei nº 9.784/99.
Se praticado o ato com má-fé, o prazo de 5 anos não se aplica.
DICA 59
REVOGAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
REVOGAÇÃO tem como fundamento a conveniência e oportunidade, não se tratando
de retirada do ato em razão de ilegalidade.
A revogação acarreta efeito ex nunc, ou seja, a partir da revogação, sendo mantidos os
direitos adquiridos em respeito ao Princípio da Segurança Jurídica.
Não há prazo para revogação, podendo ocorrer a qualquer momento, conforme o
interesse público assim se apresente.
Alguns atos não podem ser revogados, quais sejam, aqueles que já se consumaram.

Ex: Licitação já consumada com a celebração do contrato com o vencedor.


A anulação e revogação dos atos administrativos se encontram prescritos no artigo 53 da
Lei nº 9.784/99:
Artigo 53 – A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.
QUADRO RESUMO:

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

MOTIVO Ilegalidade Conveniência e Oportunidade

TITULAR Administração e Judiciário Administração

EFEITOS Ex Tunc Ex Nunc

PRAZO 5 anos, salvo má-fé Sem prazo

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DICA 60
REQUISITOS DE VALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
CO-FI-FO-MO-OB
(CO)Competência, (FI)Finalidade, (FO) Forma, (MO) Motivo e (OB) Objetivo
COMPETÊNCIA OU SUJEITO
É o poder atribuído ao agente público, ou seja, atribuição para praticar o ato.
A competência resulta e é delimitada pela lei.

Ex: competência para aplicar multas tributárias é do auditor fiscal, não do técnico da
Receita Federal.
DICA 61
COMPETÊNCIA - CARACTERÍSTICAS

IRRENUNCIÁVEL – o agente não pode recusar sua competência.

IMPRORROGÁVEL – Ato praticado por agente incompetente, mesmo sem alegação


de qualquer interessado, não torna esse agente competente pelo decurso do tempo.

IMPRESCRITÍVEL – Não se perde a competência pelo decurso do tempo.


Somente a lei pode retirar uma competência, assim como somente a lei estipula
competência.

INDERROGÁVEL – A competência não pode ser transferida por simples vontade das
partes.
DICA 62
VÍCIOS DE COMPETÊNCIA
Excesso de Poder ocorre quando o agente público, embora competente, se excede no
exercício de suas atribuições.
Usurpação de Função – Quando uma pessoa se apropria de uma função para praticar
atos inerentes a essa função. A pessoa se apodera da função sem ter sido investida
legalmente nela.

Ex: Um irmão gêmeo de um servidor toma seu lugar e pratica um ato administrativo.
Agente Putativo ocorre quando uma pessoa é irregularmente investida na função
pública.

Ex: fraude num concurso público, com vazamento de gabarito, beneficiando o infrator
com a aprovação no concurso.
TEORIA DA APARÊNCIA
Atos praticados por funcionários de fato em relação a terceiros de boa-fé. O terceiro de
boa-fé não pode ser prejudicado por um ato que teve a participação da Administração
Pública, com aparência de legalidade.
Assim, a relação do terceiro de boa-fé com a Administração será mantida.
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DICA 63
FINALIDADE
É o objetivo almejado com a prática do ato administrativo, lembrando que o objetivo
deve ser sempre voltado para satisfazer o interesse público.
A finalidade é definida em lei, não havendo liberdade para o agente praticar o ato.
Em regra, a finalidade é vinculada, porém, mediante autorização legislativa, o agente
poderá praticar o ato com certo grau de liberdade de escolha (discricionariedade).
Se não respeitada a finalidade pública restará configurado o desvio de finalidade.
FORMA
É como o ato se materializa, ou seja, é a manifestação de vontade sendo concretizada.
É como o ato vem ao mundo.
Pode ser escrito (regra), verbal ou sons.

Ex: emissão de carteira de motorista para quem se habilita – o ato administrativo vem
ao mundo através da emissão do documento (carteira de motorista).
DICA 64
MOTIVO
É a situação de fato ou de direito que autoriza a prática do ato administrativo.
A situação de fato é o acontecimento que gera a expedição do ato administrativo.

Ex: excesso de velocidade gera um ato administrativo – multa.


Situação de direito é aquela que está na lei. A lei descreve a situação.

Ex: aposentadoria compulsória. Está prevista em lei e, quando atingida a idade, ocorre
a aposentadoria.
DICA 65
OBJETO
É o efeito prático pretendido com o ato administrativo. É aquilo que o ato produz, o seu
resultado.

Ex: o objeto de um ato administrativo de desapropriação é extinguir o direito de


propriedade do particular em favor do Estado. Ao ser praticado o ato, o objeto é a
desapropriação.
DICA 66
DISCRICIONARIEDADE DO ATO ADMINISTRATIVO
Ato discricionário é aquele que permite ao agente público realizar um juízo de
conveniência e oportunidade, podendo decidir o melhor ato a ser praticado.
A lei confere ao administrador certa margem de liberdade para escolha.
No ato discricionário há mérito administrativo.

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Ex: realização de concurso público pelo prazo de 2 anos, prorrogável por igual
período. O administrador, utilizando do juízo de conveniência e oportunidade decidirá
se prorrogará ou não o concurso.
O ato discricionário é passível de controle pelo Poder Judiciário, não podendo o
Judiciário analisar o mérito (conveniência e oportunidade), mas sim analisar sua
legalidade.
DICA 67
VINCULAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
Ato vinculado é aquele em que todos os requisitos ou elementos estão em lei, não
havendo margem de liberdade para o agente público.

Nos atos vinculados não há mérito administrativo, é a lei quem determina a


forma e o conteúdo.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 68
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS - DIREITO À
PRIVACIDADE (INC. X)
Conforme se extrai do inciso em estudo, a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem
das pessoas são invioláveis, caso ocorra alguma violação, será assegurado à vítima o
direito a indenização pelo dano material ou moral sofrido.
As pessoas jurídicas, por serem titulares dos direitos à honra e à imagem, poderão ser
indenizadas por dano moral sofrido. A honra tutelada aqui é a objetiva!!!
DICA 69
DIREITO À PRIVACIDADE (INC. X)
É INEXIGÍVEL O CONSENTIMENTO de pessoa biografada relativamente a obras
biográficas literárias ou audiovisuais, sendo igual desnecessária autorização de pessoas
retratadas como coadjuvantes (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas).
O direito à privacidade abarca, ainda, a inviolabilidade do sigilo de dados (art. 5º, inc.
XII), Conforme se extrai da leitura desse dispositivo, é inviolável o sigilo da
correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, para fins de investigação
criminal ou instrução processual penal.

ATENÇÃO!

O Tribunal de Contas da União (TCU) e os Tribunais de Contas dos Estados (TCE’s)


NÃO PODEM DETERMINAR a quebra do sigilo bancário.

As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) podem quebrar o sigilo bancário ou fiscal


dos investigados.
O sigilo das comunicações telefônicas somente pode ser quebrado pelo poder
judiciário, trata-se da chamada “reserva de jurisdição”.
DICA 70
DIREITO À PRIVACIDADE (INC. X)
Havendo a necessidade de coleta de prova via gravação ambiental (sendo impossível
a apuração do crime por outros meios) e havendo ordem judicial nesse sentido, é
lícita a interceptação telefônica.
São ilícitas as provas obtidas por meio de interceptação telefônica determinada a partir
apenas de denúncia anônima, sem investigação preliminar.
DICA 71
INVIOLABILIDADE DA CASA
Segundo o inciso XI, do artigo 5º, a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, SALVO em caso de flagrante delito
ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial.

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Da leitura do dispositivo extraímos que nos casos de flagrante delito, desastre e para
prestar socorro, o agente pode entrar em qualquer horário na residência. Já quando se
tratar de determinação judicial, o agente somente poderá entrar na residência durante o
dia.

Entende-se como “casa”:

Qualquer compartimento habitado;

Qualquer aposento ocupado de habitação coletiva;

Qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão
ou atividade pessoal.
DICA 72
LIBERDADE PROFISSIONAL
Segundo o inciso XIII, do art. 5º, é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
É inconstitucional a previsão de cancelamento automático de registro em conselho
profissional por inadimplência da anuidade. Antes, em acatamento ao princípio do
processo legal, deve haver a oitiva do associado.
A inexistência de lei regulamentadora NÃO IMPEDE o exercício da profissão.

ATENÇÃO!

Bacharel em Direito que exerce o cargo de assessor de desembargador NÃO pode


exercer a advocacia.

DICA 73
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
Segundo o inciso XV, do art. 5º, é livre a locomoção no território nacional em tempo de
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair
com seus bens.
Durante a excepcionalidade do estado de sítio, defesa ou intervenção federal, o direito de
liberdade de locomoção pode ser cerceado.
Qualquer pessoa, brasileiro ou estrangeiro, pode transitar livremente pelo território
nacional com seus bens.
O “habeas corpus” é o remédio adequado para combater cerceamento ilegais do direito da
liberdade de locomoção.

DICA 74
LIBERDADE DE REUNIÃO
Segundo o inciso XVI, do art. 5º, todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem
outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio
aviso à autoridade competente.
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ATENÇÃO!

Não é necessário a autorização, mas somente aviso prévio à autoridade.

As condições para o exercício do direito de reunião são as seguintes:

Locais abertos ao público;

Finalidade pacífica;

Não pode frustrar reunião já convocada para o mesmo local;

Ausência de armas;

Prévia comunicação às autoridade competentes.


DICA 75
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO

Encontra-se positivada nos incisos:

XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter


paramilitar;

XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de


autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas


atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito
em julgado;

XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm


legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.
DICA 76
DIREITO DE PROPRIEDADE
Segundo os incisos XXII e XXIII, do artigo 5º, é garantido o direito de propriedade e essa
deverá atender a sua função social.
O direito de propriedade além de ser um direito individual, é um dos princípios da ordem
econômica.
A propriedade que está cumprindo sua função social goza da proteção estatal não
podendo ser desapropriada. entretanto, com base na tutela do interesse público, e
mediante prévia e justa indenização em dinheiro, a desapropriação poderá ocorrer
nos de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social.
Em alguns casos não haverá a indenização em dinheiro quando da desapropriação.

São eles:

Desapropriação para fins de reforma agrária;

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Desapropriação de imóvel urbano não-edificado que não cumpriu sua função social;

Desapropriação confiscatória.
A declaração de necessidade pública ou interesse social poderá ser feita por todos os
entes federativos (União, Estados, DF e Municípios) e pelos Territórios.
DICA 77
DIREITO DE PROPRIEDADE
Quando há descumprimento da função social da propriedade, a desapropriação NÃO será
indenizada em dinheiro, exceto as benfeitorias úteis e necessárias, mas sim em títulos.
A desapropriação confiscatória, ou seja, aquela realizada em propriedade urbanas e
rurais onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou exploração de
trabalho escravo, não será indenizada!!!

Requisição administrativa (art. 5º, inc. XXV): no caos de iminente perigo


público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao
proprietário indenização “ULTERIOR”, SE HOUVER DANO (condição para a
indenização).
DICA 78
DIREITO DE PROPRIEDADE
Os entes federativos, os Territórios, concessionários e permissionários públicos têm
competência executória sobre a desapropriação.

Pequena propriedade rural: Segundo o inciso XXVI, do artigo 5º, a pequena


propriedade rural, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os
meios de financiar o seu desenvolvimento.
No caso de débitos estranhos à atividade produtiva, a pequena propriedade rural
trabalhada pela família pode ser objeto de penhora.
DICA 79
DIREITO À INFORMAÇÃO
Segundo o inciso XXXIII, do artigo 5º, todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
O direito à informação alcança todos órgãos da Administração Pública, direta ou indireta.

ATENÇÃO!

Caso haja violação do direito à informação, o remédio constitucional adequado a ser


usado no caso em concreto é o MANDADO DE SEGURANÇA.

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DICA 80
DIREITO DE PETIÇÃO E DIREITO À OBTENÇÃO DE CERTIDÕES
Segundo dispõe o artigo 5º, inciso XXXIV, a todos (brasileiros, estrangeiros ou pessoas
jurídicas) são assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
O direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder;
A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimentos de situações de interesse pessoal.

ATENÇÃO!

Direito de petição: defesa de direitos e defesa contra ilegalidade ou abuso de


poder;

Direito à obtenção de certidões: defesa de direitos e o esclarecimento de


situações de interesse pessoal.

Diante da negativa da obtenção de certidão o remédio constitucional adequado


para combater a lesão é o MANDADO DE SEGURANÇA, e não o habeas data.

DICA 81
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO
Segundo o inciso XXXV, do artigo 5º, a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito.
É defeso ao legislador criar barreiras de acesso da população ao Judiciário, sob pena de
violação da inafastabilidade da jurisdição.
No Brasil é adotado o Sistema Inglês de jurisdição “una”. Nesse sistema, somente o
Poder Judiciário pode dizer o direito de forma definitiva, por meio da “coisa julgada
material”.
Cabe salientar que não existe a chamada “coisa julgada administrativa”, haja vista
que até mesmo a decisão administrativa que não cabe mais recurso administrativo
submete-se à análise do Poder Judiciário.
Existem alguns casos onde a jurisdição é condicionada, ou seja, somente é possível
buscar o Poder Judiciário após o esgotamento da instância administrativas, quais sejam:
Habeas data;
Controvérsia desportiva;
Reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela Administração
Pública;

Requerimento de benefício previdenciário.

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DICA 82
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL

Segundo os incisos:

XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;

LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela competente.


Esse princípio barra a criação de tribunal para julgar um determinado fato. É dizer, o juízo
é criado após o acontecimento de um evento.
DICA 83
TRIBUNAL DO JÚRI (INCISO XXXVIII, DO ARTIGO 5º)

Segundo o inciso em estudo, são princípios assegurado do tribunal do júri:

Plenitude de defesa;

Sigilo das votações;

Soberania dos veredictos;

Competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

TRIBUNAL DO JÚRI (INCISO XXXVIII, DO ARTIGO 5º)

A competência do tribunal do júri para julgamento dos crimes dolosos contra a vida pode
ampliada pelo legislador ordinário.

Dá-se o nome de latrocínio ao crime de roubo qualificado pela morte da vítima. Em que
pese haver a morte da vítima, em realidade trata-se de crime contra o patrimônio e
não contra a vida.

ATENÇÃO!

Quando o agente que cometer o crime doloso contra a vida detiver foro especial por
prerrogativa de função previsto na Constituição Federal, a competência não
será do tribunal do júri.

DICA 84
CRIMES INAFIANÇÁVEIS E CRIMES IMPRESCRITÍVEIS

Na CF/88 existem “mandados de criminalização” onde o constituinte determina que o


legislador criminalize alguma conduta ensejadora de violação a algum bem jurídico.

Podemos encontrar mandados de criminalização nos seguintes incisos:

XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível;

XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça, anistia e


indulto a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o

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terrorismo e os crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores
e os que, podendo evita-los, se omitirem.

XLIV – constitui crime inafiançável e imprecritível a ação de grupos armado


civis ou militares, contra a ordem constitucional e o estado democrático.

DICA 85
ESQUEMATIZANDO CRIMES INAFIANÇÁVEIS E IMPRESCRITÍVEIS

Racismo

Ação de grupos armado civis ou militares, contra a ordem


constitucional e o estado democrático.

CRIMES INAFIANÇÁVEIS E INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA, ANISTIA E INDULTO.

Tortura

Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins

Terrorismo

Crimes hediondos

DICA 86
INTRANSCEDÊNCIA DAS PENAS
Conforme o preconizado pelo inciso XLV, nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido.
Assim, nenhuma pessoa pode sofrer a penalização por ato de outrem.
IMPORTANTE! Em provas realizadas pela FGV costuma cair a literalidade desse
inciso.
DICA 87
ESPÉCIES E INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS
O inciso XLVI, do artigo 5º, traz o princípio da individualização e espécies de penas,
vejamos o dispositivo em questão:
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
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privação ou restrição da liberdade;
perda de bens;
multa;
prestação social alternativa;
suspensão ou interdição de direitos;
DICA 88
ESPÉCIES E INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS
O rol trazido por esse inciso é meramente exemplificativo, podendo a lei criar novos
tipos de penalidades.
Entretanto, alguns tipos de penas não podem ser criados por vedação expressa do inciso
XLVII, também do artigo 5º, vejamos quais são:
IMPORTANTE! De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art.
84, XIX;
De caráter perpétuo;
De trabalhos forçados;
De banimento;
Cruéis.

DICA 89
PROGRESSÃO DE REGIME
A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do
delito, a idade e o sexo do apenado.
É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral.
Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação.

DICA 90
EXTRADIÇÃO

Nenhum brasileiro será extraditado (vedação absoluta), salvo o naturalizado


nos seguintes casos:

Crime comum, cometido antes da naturalização;

Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de drogas;


Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

O brasileiro nato que vier a perder a nacionalidade brasileira pela aquisição voluntária
de outra nacionalidade, estará sujeito à extradição.

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DICA 91
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
Trata-se de princípio oriundo do direito norte-americano (due process of law).
Consubstanciando em um dos institutos mais relevantes do ordenamento jurídico pátrio.
Segundo o inciso LIV, do artigo 5º, da CF/88, ninguém será privado da liberdade ou
de seus bens sem o devido processo legal.

Com o devido processo legal, surgem as seguintes prerrogativas processuais:

Direito ao processo (garantia de acesso ao Poder Judiciário);

Direito à citação e ao conhecimento prévio do teor da acusação;

Direito a um julgamento público e célere;

Direito ao contraditório e à plenitude de defesa (direito à autodefesa e à defesa


técnica);

Direito à igualdade entre as partes;

Direito de não ser processado com fundamento em provas revestidas de ilicitude;

Direito ao benefício da gratuidade;

Direito à observância do princípio do juiz natural;

Direito ao silêncio (corolário do princípio do nemo tenetur se detegere);

Direito à prova.

DICA 92
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA
Trata-se de princípios corolários do princípio do devido processo legal.
Conforme dispõe o inciso LV, do artigo 5º, aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral, são assegurados o contraditório e a ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

Princípio da ampla defesa: diz respeito ao direito do acusado em produzir de forma


ampla e irrestrita todos os meios lícitos de provas.

Princípio do contraditório: diz respeito ao direito do acusado poder contradizer tudo


àquilo que lhe foi imputado. É a oposição!

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DIREITO PENAL

DICA 93
TEORIA DO CRIME

ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE

A ilicitude é a contrariedade à lei, sendo as suas causas excludentes:

Legítima defesa: uso moderado dos meios necessários + INJUSTA agressão + ATUAL
ou IMINENTE

Estado de necessidade: perigo ATUAL + não provocado pelo agente + sacrifício


inexigível

Estrito cumprimento do dever legal: dever LEGAL + atuação nos LIMITES da lei +
em regra por agente público;

Exercício regular de direito: existência de um direito + atuação FACULTATIVA +


dentro dos LIMITES.

L LEGÍTIMA DEFESA

E ESTADO DE NECESSIDADE

E ESTRITO CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL

E EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO

DICA 94

CULPABILIDADE

A culpabilidade é o juízo de reprovabilidade sobre a conduta do agente, composta


por:

Imputabilidade: capacidade mental do agente de entender o caráter ilícito da


conduta;

Potencial consciência da ilicitude: possibilidade do agente conhecer a hipótese


criminosa;

Exigibilidade de conduta diversa: possibilidade que o agente tinha de agir de outra


forma e não praticar o fato.

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DICA 95

São excludentes da culpabilidade:

Menoridade (imputabilidade): menos de 18 anos;

Embriaguez completa e acidental (imputabilidade);

Doença Mental (imputabilidade);

Erro de Proibição Inevitável (potencial consciência da ilicitude)

Coação Moral Irresistível (exigibilidade da conduta diversa)

Obediência Hierárquica (exigibilidade de conduta diversa)

DICA 96

TEORIA GERAL DO CRIME

PEGADINHA DE PROVA

Muita atenção aos detalhes, pois o seu examinador vai se utilizar de mudanças sutis
para te induzir ao erro:

A coação física exclui a conduta e, portanto, o fato típico, mas a coação MORAL
irresistível afasta a culpabilidade;

O erro de tipo inevitável exclui a tipicidade, pois faz com o que o agente se
confunda quanto à situação de FATO, mas o erro de PROIBIÇÃO inevitável afasta a
culpabilidade;

O erro de proibição evitável ou inescusável não exclui a culpabilidade, mas pode


reduzir a pena de 1/6 a 1/3;

Na Legítima Defesa o perigo pode ser atual ou iminente, mas no Estado de


Necessidade deve ser somente atual;

A emoção e a paixão não afastam a responsabilidade penal.

DICA 97
SUJEITO ATIVO DO CRIME
É a pessoa que pratica a conduta descrita no tipo penal;
Pode ser QUALQUER pessoa física capaz com idade igual ou superior a 18 anos.

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TIPOS:
COMUM
Quando o tipo penal NÃO exige qualidade ou condição especial do agente (art. 121,
CP);
QUALQUER pessoa capaz e maior de 18 anos pode.

PRÓPRIO
Quando o tipo penal exige qualidade ou condição especial do agente (art. 312,CP);
Funcionário público;
Particular que auxilia funcionário público responde por peculato!

DE MÃO PRÓPRIA
Quando além de exigir o tipo qualidade ou condição especial do agente, a execução do
crime SOMENTE pode ser praticada por ele (art. 342, CP; art. 325, CP);
Conduta INFUNGÍVEL.

CUIDADO! PESSOA JURÍDICA pode figurar como SUJEITO ATIVO de crime?


As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas
físicas ou JURÍDICAS, as sanções penais e administrativas, Independentemente da
obrigação de reparar os danos causados (art. 225, §3º, CF);
Existem entendimentos doutrinários diversos;
O STJ e o STF entendem que PJ PODE sim ser sujeito ATIVO de CRIME AMBIENTAL
SEM necessidade da DUPLA AMPUTAÇÃO.

SUJEITO PASSIVO DO CRIME


É o titular do bem jurídico lesado pela conduta do agente.

DICA 98
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA

A desistência voluntária quando o agente, depois de iniciar a execução do crime,


DESISTE e impede que o resultado se consuma;

A grande diferença entre a tentativa e a desistência voluntária é que a primeira


acontece por motivos ALHEIOS à vontade do agente e a segunda por sua decisão
voluntária;

Na tentativa eu QUERO continuar mas não POSSO;

Na desistência voluntária, eu POSSO continuar, mas não QUERO.

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DICA 99
ARREPENDIMENTO EFICAZ

Agente que, voluntariamente, impede que o resultado se produza.

Agente iniciou a execução e exauriu a sua potencialidade lesiva (iniciou e encerrou a


execução)

Agente impede que o resultado ocorra

Arrependimento eficaz também pode ser chamado de resipiscência.

Consequência: só responde pelos atos já praticados. Ex.: não responde por tentativa
de homicídio, mas lesão corporal.

Doutrina: considera esses institutos (desistência voluntária e arrependimento


posterior) como causas de atipicidade da conduta, pois desconsidera o dolo inicial e
apenas responde pelo que foi praticado até aquele momento.

DICA 100
ARREPENDIMENTO POSTERIOR

Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do
agente, a pena será reduzida de um a dois terços.

Requisitos:

Deve ser sem violência ou grave ameaça à pessoa

Deve reparar o dano ou restituir a coisa

Deve ser até o recebimento da denúncia ou da queixa

Deve ser ato voluntário do agente (não precisa ser espontâneo)

Consequência: redução de um a dois terços (= da tentativa)

DICA 101
CRIME IMPOSSÍVEL

Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.

Chamado de tentativa inidônea

Situações que caracterizam o crime impossível:

Ineficácia absoluta do meio:

Ex.: sujeito que tenta matar a vítima ministrando veneno, mas que erra e dá à vítima
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água.

Ex.: sujeito que tenta matar a vítima com uma arma de brinquedo.

Absoluta impropriedade do objeto

Ex.: sujeito tenta matar um morto.

Objeto aqui é o objeto material do crime, que é a pessoa ou coisa sobre a qual recai
a conduta criminosa

Consequência do crime impossível: não é punível

DICA 102

TENTATIVA

A tentativa ocorre quando o agente não atinge o resultado por motivos alheios à
sua vontade;

A tentativa é também chamada de “conatus”;

A tentativa é uma causa de diminuição de pena, de 1/3 a 2/3 da pena;

DICA 103

CRIMES QUE NÃO ADMITEM A TENTATIVA

Alguns crimes não admitem a forma tentada, são eles:

C CONTRAVENÇÕES

C CULPOSOS

H HABITUAIS

O OMISSIVOS PRÓPRIOS

U UNISSUBSISTENTES

P PRETERDOLOSOS

P PERMANENTES

Mas cuidado: as contravenções penais na verdade admitem a tentativa, contudo, por


opção do legislador não são puníveis.

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DICA 104

ITER CRIMINIS

1ª Fase: Cogitação

Agente apenas cogita praticar o crime. A prática do delito ainda está no pensamento do
agente.

É impunível

2ª Fase: Atos preparatórios

Regra geral - impunível

Exceções - casos em que a lei pune atos preparatórios. Ex.: associação criminosa

3º Fase: Atos executórios

Agente inicia a realização do crime

Ato executório - aquele que inicia a realização do núcleo do tipo.

4º fase: Consumação

O delito reúne todos os elementos de sua definição legal

DICA 105

ERRO DE TIPO X ERRO DE PROIBIÇÃO

INEVITÁVEL
ESSENCIAL
EVITÁVEL

ERRO DE SOBRE O OBJETO


TIPO
SOBRE A PESSOA
ERRO

ACIDENTAL
NA EXECUÇÃO
INEVITÁVEL
ERRO DE SOBRE O NEXO
PROIBIÇÃO CAUSAL
EVITÁVEL

DICA 106
ERRO DE TIPO ESSENCIAL
Recai sobre as CIRCUNSTÂNCIAS do fato;
Art. 20 e §1º, §2º e §3º, CP;
Causa EXCLUDENTE DE TIPICIDADE.

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DOLO

INVENCÍVEL
EXCLUSÃO
(inevitável)

CULPA
EFEITOS
EXCLUSÃO DO
DOLO

VENCÍVEL
(evitável)
RESPONDE POR CRIME
CULPOSO, SE PREVISTO
EM LEI

DICA 107
ERRO DE PROIBIÇÃO
Recai sobre a ILICITUDE do fato;
Art. 21 e Parágrafo único, CP;
Causa de DIMINUIÇÃO DE PENA.

DIRETO

ESPÉCIES INDIRETO

MANDAMENTAL

ISENTO DE
INEVITÁVEL
PENA

EFEITOS
CAUSA DE
EVITÁVEL DIMINUIÇÃO DE
PENA

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DICA 108

1ª Acha que atingiu


DOLO conduta o resultado
GERAL 2ª
Resultado atingido
conduta

SOBRE O OBJETO

ERRO
SOBRE A PESSOA
ACIDENTAL

NA EXECUÇÃO
Resultado diverso
do pretendido (art.
74, CP)

DICA 109
CONCURSO DE PESSOAS

Requisitos:

Pluralidade de agentes: Duas ou mais pessoas realizando a conduta típica ou


concorrendo de algum modo para que outro a realize.

Relevância causal das condutas: Relação de causa e efeito entre cada conduta
com o resultado que é utilizado na teoria da equivalência dos antecedentes causais.

Liame subjetivo entre os agentes: Vontade de colaborar para o mesmo crime. NÃO
É necessário o acordo prévio entre os agentes, bastando que um venha a aderir a vontade
do outro.

Identidade de fato: Todos os concorrentes devem responder pelo mesmo crime.

DICA 110
TEORIA UNITÁRIA MONISTA
Utilizada para aplicação de pena no concurso de pessoas em que todos os autores,
coautores e partícipes respondem pelo mesmo crime.
Coautores: Conduta típica é praticada por mais de uma pessoa, pode ser caracterizada
pelo princípio da divisão do trabalho.

Partícipes: Não realiza a conduta típica, não pratica diretamente os atos de


execução. A participação é, pois, necessariamente, acessória e secundária.

Autoria colateral: Duas ou mais pessoas, ignorando uma ação de outra, realizam
condutas convergentes, objetivando a execução do mesmo crime.

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Ex.: ambos atiram na vítima sem saber um do outro.

DICA 111
CONCURSO DE CRIMES
Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes.

Crimes são
idênticos, ou seja,
HOMOGÊNEO previstos no
mesmo tipo
penal.
CONCURSO
MATERIAL / REAL
Crimes são
distintos, ou seja,
não estão
HETEROGÊNEO
previstos no
mesmo tipo
penal.

DICA 112
CONCURSO DE CRIMES
Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não.

O agente não atua


PERFEITO com desígnios
autônomos.
CONCURSO
FORMAL / IDEAL
O agente atua com
IMPERFEITO desígnios
autônomos.

O crime continuado se dá quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão,


pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar,
maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como
continuação do primeiro.

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O agente não
PLURALIDADE atua com
DE CRIMES desígnios
autônomos.
Ritmo entre as
ações, a
jurisprudência
estabelece um
prazo máximo de
30 dias entre uma
CRIME TEMPO ação e outra.
CONTINUADO

Jurisprudência
considera os
crimes praticados
na mesma região
CONDIÇÕES metropolitana ou
OBJETIVAS em municípios
LUGAR
limítrofes.

Modo de praticar os
MANEIRA DE
crimes tem que ser
EXECUÇÃO
parecidas.

DICA 113
DAS PENAS

SANÇÃO PENAL (gênero)

PENA
MEDIDA PROVISÓRIA (espécie)
(espécie)

DETENTIVA: ocorre a internação no


hospital de custódia e tratamento Privativas de liberdade.
psiquiátrico.

RESTRITIVA: ocorre a sujeição do


Restritivas de direito.
agente à tratamento ambulatorial.

A finalidade é EXCLUSIVAMENTE
Multa.
preventiva.

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DICA 114

PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE

ESPÉCIES REGIMES

Pena cumprida em
RECLUSÃO FECHADO estabelecimento de segurança
máxima ou média.

Pena é cumprida em colônia


DETENÇÃO SEMIABERTO agrícola industrial ou
estabelecimento similar.

Pena é cumprida em casa de


PRISÃO SIMPLES ABERTO albergado ou estabelecimento
adequado.

DICA 115

PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PROGRESSÃO DE


REGIME

Oportunidade do preso de, GRADATIVAMENTE, voltar a conviver em sociedade

REQUISITOS FECHADO

Cumprimento de ao menos 1/6 da


OBJETIVO
pena no regime anterior.

SUBJETIVO Bom comportamento carcerário.

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DICA 116

PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - FIXAÇÃO DA PENA

Fixará a PENA BASE, tendo o juiz de


1ª FASE considerar as circunstâncias judiciais.
Não podendo o juiz reduzir a pena além
(art. 59, CP) do mínimo previsto e nem autmenta-la
além do máximo previsto no tipo legal.

O juiz analisará as circunstâncias


2ª FASE legais em que fará apuração das
(art. 61 e 65, CP) situações ATENUANTES e
AGRAVANTES.

3ª FASE AUMENTO e DIMINUIÇÃO de pena.

DICA 117

PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO

Prestação pecuniária

Perda de bens e valores

Prestação de serviços à comunidade

Interdição temporária de direitos

Limitação do fim de semana

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DICA BÔNUS

PENAS DE MULTA

Pagamento ao Fundo Penitenciário de certa quantia em dinheiro.

Quantia é fixada na sentença e calculada em dias multa.

Evita despesas, gerando, inclusive lucro para o Estado.

Permite a manutenção do condenado em seu círculo social e familiar.

DA APLICAÇÃO DA PENA DE MULTA

O CP adota o sistema de dias-multa, baseado principalmente na capacidade


econômica do sentenciado;

O valor do dia multa será arbitrado pelo juiz, em montante que varie entre 1/30
e 5 vezes o valor do maior salário-mínimo vigente à época do fato;

Mínimo de 10 dias-multa e máximo de 360 dias-multa;

O CP adota o critério trifásico para fixação da multa (art. 68, CP);

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 118
DIRETRIZES DO USO DE ALGEMAS

A dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88);

A proibição de que qualquer pessoa seja submetida a tortura, tratamento


desumano ou degradante (art. 5º, III, da CF/88);

a Resolução nº 2010/16, de 22 de julho de 2010, das Nações Unidas sobre o


tratamento de mulheres presas e medidas não privativas de liberdade para mulheres
infratoras (Regras de Bangkok); e

o Pacto de San José da Costa Rica, que determina o tratamento humanitário dos
presos e, em especial, das mulheres em condição de vulnerabilidade.

DICA 119

INVESTIGAÇÃO CRIMINAL DEFENSIVA

A Lei 13.432/2017 trouxe a previsão legal sobre a "investigação criminal defensiva",


demonstrando que a investigação criminal não é exclusividade dos órgãos estatais.

A investigação criminal defensiva tem a finalidade de o investigado realizar diligências


para conseguir elementos informativos ou provas de que não houve crime ou de que ele o
autor dos fatos.

O doutrinador Renato Brasileiro aponta alguns objetivos da investigação criminal


defensiva.

comprovar o álibi ou outros motivos que demonstrem a inocência do imputado;

desresponsabilizar o imputado devido a ação de terceiros;

explorar os fatos que demonstre a ocorrência de causas excludentes de ilicitude ou


de culpabilidade;

eliminar possíveis erros de raciocínio que possam induzir determinados fatos;

revelar a vulnerabilidade técnica ou material de algumas diligências praticadas na


investigação pública;

examinar o local e a reconstituição do crime para ilustrar a inexatidão dos


argumentos da acusação;

identificar e localizar prováveis testemunhas e peritos.

DICA 120

INVESTIGAÇÃO CRIMINAL DEFENSIVA

O mais comum é que a investigação criminal defensiva seja realizada no início da


persecução penal, durante a fase do inquérito policial. Contudo, é possível que seja

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realizada durante a fase da ação penal ou, até mesmo, após a sentença penal
condenatória, com a finalidade de fundamentar uma revisão criminal.

A investigação criminal defensiva deverá respeitar a lei e a Constituição, tendo em vista


que não podem ser adotadas diligências que violem a ordem jurídica ou direitos
fundamentais.

Ex: não é possível a realização de uma interceptação telefônica, quebra de sigilo bancário,
fiscal.

O detetive particular é OBRIGADO a registrar em instrumento escrito a prestação de seus


serviços.

É FACULTADA às partes a estipulação de seguro de vida em favor do detetive particular,


que indicará os beneficiários, quando a atividade envolver risco de morte.

É VEDADO ao detetive particular:

aceitar ou captar serviço que configure ou contribua para a prática de infração penal ou
tenha caráter discriminatório;

aceitar contrato de quem já tenha detetive particular constituído, SALVO:

com autorização prévia daquele com o qual irá colaborar ou a quem substituirá;

na hipótese de dissídio entre o contratante e o profissional precedente ou de omissão


deste que possa causar dano ao contratante;

divulgar os meios e os resultados da coleta de dados e informações a que tiver


acesso no exercício da profissão, salvo em defesa própria;

utilizar, em demanda contra o contratante, os dados, documentos e informações


coletados na execução do contrato.

DICA 121

LEI Nº 13.432/2017

A investigação criminal defensiva, em regra, é conduzida pelo detetive particular.

Considera-se detetive particular "o profissional que, habitualmente, por conta própria ou
na forma de sociedade civil ou empresarial, planeje e execute coleta de dados e
informações de natureza não criminal, com conhecimento técnico e utilizando recursos e
meios tecnológicos permitidos, visando ao esclarecimento de assuntos de interesse
privado do contratante." (art. 2º).

O detetive particular pode colaborar formalmente com a investigação conduzida pelo


Delegado no inquérito policial? SIM. Art. 5º O detetive particular pode colaborar com
investigação policial em curso, desde que expressamente autorizado pelo contratante.

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ATENÇÃO!

Essa colaboração poderá ocorrer, desde que a autoridade policial concorde (art.
5º, parágrafo único: O aceite da colaboração ficará a critério do delegado de polícia,
que poderá admiti-la ou rejeitá-la a qualquer tempo.)
Todavia, mesmo que admitida a colaboração do detetive particular, é vedado que ele
participe de diligências policiais (p.ex.: busca e apreensão).

Art. 10. É vedado ao detetive particular: (...)


IV - Participar diretamente de diligências policiais.

DICA 122
DIREITOS DO DETETIVE PARTICULAR

São DIREITOS do detetive particular:

exercer a profissão em todo o território nacional na defesa dos direitos ou


interesses que lhe forem confiados, na forma desta Lei;

recusar serviço que considere imoral, discriminatório ou ilícito;

renunciar ao serviço contratado, caso gere risco à sua integridade física ou moral;

compensar o montante dos honorários recebidos ou recebê-lo proporcionalmente, de


acordo com o período trabalhado, conforme pactuado;

reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer autoridade, contra a


inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;

ser publicamente desagravado, quando injustamente ofendido no exercício da


profissão.

DICA 123

DEVERES DO DETETIVE PARTICULAR

São DEVERES do detetive particular:

preservar o sigilo das fontes de informação;

respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem das pessoas;

exercer a profissão com zelo e probidade;

defender, com isenção, os direitos e as prerrogativas profissionais, zelando pela


própria reputação e a da classe;

zelar pela conservação e proteção de documentos, objetos, dados ou informações


que lhe forem confiados pelo cliente;

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restituir, íntegro, ao cliente, findo o contrato ou a pedido, documento ou objeto que lhe
tenha sido confiado;

prestar contas ao cliente.

DICA 124

AÇÃO PENAL

INCONDICIONADA

DE INICIATIVA
AÇÃO PENAL
PÚBLICA

CONDICIONADA

A ação penal pública incondicionada é titularizada pelo Ministério Público. O MP


inicia a ação penal com a denúncia.
A regra no sistema jurídico = a ação penal seja pública incondicionada.
A ação penal pública condicionada depende da representação do ofendido ou de
requisição do Ministro da Justiça. Nesses casos, o Ministério Público continua sendo o
titular da ação penal, mas não pode exercer o seu direito de ação de ofício, como nos
casos de ação penal pública incondicionada.

de requisição do
promovida por Ministro da
denúncia do Justiça, ou de
Crimes de ação Ministério Público, representação do
pública dependerá, ofendido ou de
quando a lei o quem tiver
exigir, qualidade para
representá-lo.

OBS: Caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão


judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão (CADI – deve ser por esta ordem).

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Qualquer
crime

praticado em detrimento do
patrimônio ou interesse da
União, Estado e Município

a ação penal
será pública

OBS: Os crimes de lesão corporal leve ou culposa cometidos no contexto de


violência doméstica ou familiar contra a mulher, que se enquadram na Lei Maria da
Penha, são de ação penal pública incondicionada. Exceção: crime de ameaça em que
a ação penal pública é condicionada à representação.
DICA 125

Princípios da ação pública

Obrigatoriedade: Presentes a materialidade e indícios de autoria deve o MP oferecer


denúncia;

Divisibilidade: Havendo mais de um autor do crime, o MP pode ajuizar a ação


somente em face de um ou uns, deixando para ajuizar em face dos outros depois
(visando, por exemplo, reunir mais provas);

Indisponibilidade: O MP não pode desistir da ação - mas pode pedir o arquivamento


do IP - ou absolvição do réu;

Oficialidade: O MP é uma instituição pública e;

Intranscendência: A pena não poderá passar da pessoa do condenado.


DICA 126

AÇÃO PENAL

PROPRIAMENTE DITA

DE INICIATIVA PERSONALÍSSIMA
AÇÃO PENAL
PRIVADA

SUBSIDIÁRIA

A ação penal de iniciativa privada é titularizada pelo ofendido ou pelo seu


representante legal, promovida mediante a queixa-crime. Mesmo não sendo titular das
ações penais privadas, o Ministério Público deve atuar em todos os atos do processo.

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DICA 127

AÇÃO PENAL

A ação penal privada propriamente dita é a regra entre os crimes de ação penal
privada. O seu titular é o ofendido ou o seu representante legal. Para a promoção da
queixa-crime, o ofendido ou o seu representante legal possui o prazo decadencial de 6
meses, contados do conhecimento da autoria
OBS: caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão (CADI – deve ser por esta ordem)

Ex.: crime contra a honra de funcionário público.

O STF editou a Súmula 714 que dispõe: “É concorrente a legitimidade do ofendido,


mediante queixa, e do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para
a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de
suas funções”.

DICA 128

JURISDIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
Conceito: é o poder de o Estado de dizer o direito no caso concreto, resolvendo conflitos
e substituindo a vontade das partes.

São características da jurisdição:


Substitutividade – significa a atuação do Estado em substituição à vontade das partes
na resolução de conflitos.
Inércia – os órgãos jurisdicionais precisam ser provocados para atuarem.
Existência de lide – a lide é conceituada como um conflito de interesses qualificado
pela pretensão resistida. Todavia, esse conceito não encontra amparo no processo penal,
tendo em vista que não há conflito de interesses, pois todos buscam um justo provimento
jurisdicional.
Atuação do direito – é objetivo da jurisdição a aplicação do direito no caso concreto.
Imutabilidade – após a conclusão do exercício da jurisdição por meio de uma
sentença, em regra, não há como alterar o que foi resolvido.
DICA 129

PRINCÍPIOS

A Jurisdição é regida pelos seguintes princípios:


Investidura – para exercer a jurisdição é necessário ser magistrado (juiz), o qual deve
estar legalmente investido no cargo, por meio de concurso público.
Indeclinabilidade – o juiz não pode deixar de julgar os casos submetidos a
apreciação.
Inevitabilidade ou Irrecusabilidade – a jurisdição não está sujeita a vontade das
partes, ela se impõe.
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Improrrogabilidade – as partes, ainda que desejem, não podem retirar do juiz
natural o conhecimento de determinado caso, na esfera criminal.
Indelegabilidade – o juiz não pode delegar a sua função jurisdicional a quem não
possui.
Juiz natural – este princípio apresenta duas facetas. A primeira dispõe que ninguém
será processado e nem sentenciado senão pela autoridade competente. A segunda é que
não haverá juízo ou tribunal de exceção.
Inafastabilidade – a lei não excluirá da apreciação do judiciário lesão ou ameaça a
direito.
Devido Processo Legal – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal.
Unidade – A jurisdição é única, do Poder Judiciário. O que há é a diferença no tocante
a sua aplicação e grau de especialização (cível, criminal; estadual, federal, militar,
trabalhista, eleitoral e etc).
DICA 130

COMPETÊNCIA
A competência, por sua vez, é a medida da jurisdição. Jurisdição todo juiz possui, mas a
sua competência é limitada.
A competência pode ser determinada em razão da:
Matéria (ratione materiae) – leva em consideração a natureza da infração a ser
julgada. Exemplo: crime comum, federal, militar, eleitoral.
Prerrogativa da função (ratione personae) – considera a o cargo público ocupado
pela pessoa que cometeu a infração (foro por prerrogativa de função).
Funcional – considera a distribuição dos atos processuais praticados e envolve três
critérios:

Fase do processo – por exemplo um juiz cuida da fase inicial do processo até a
sentença e outro da execução penal.

Objeto do juízo – quando há distribuição de tarefas dentro de um mesmo processo.


Exemplo: Tribunal do júri (o juiz cuida das questões de direito, dosimetria da pena,
sentença; enquanto compete aos jurados a votação dos quesitos).

Grau de jurisdição – resulta do duplo grau de jurisdição. É a distribuição VERTICAL


da competência.
Territorial (ratione loci) – considera o local do crime.

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DICA 131

COMPETÊNCIA ABSOLUTA X COMPETÊNCIA RELATIVA

COMPETÊNCIA ABSOLUTA COMPETÊNCIA RELATIVA

Envolve interesse público Envolve o interesse das partes

Não permite prorrogação, pode ser Admite prorrogação. Pode ser arguida
arguida a qualquer tempo e grau de pelas partes.
jurisdição.

Pode ser declarada de ofício pelo juiz Pode ser declarada de ofício pelo juiz, até
a fase da absolvição sumária.

Implica NULIDADE ABSOLUTA de todos Implica NULIDADE RELATIVA dos atos


os atos decisórios e instrutórios do decisórios (art. 567, CPP)
processo

Espécies: competência em razão da Espécie: competência territorial.


matéria, por prerrogativa de função e
funcional.
DICA 132

COMPETÊNCIA
O art. 69, do CPP, dispõe que “Determinará a competência jurisdicional:
o lugar da infração:
o domicílio ou residência do réu;
a natureza da infração;
a distribuição;
a conexão ou continência;
a prevenção;
a prerrogativa de função.”
A regra geral para definição da competência é o lugar em que se consumar a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
Com essa regra, o CPP adotou a TEORIA DO RESULTADO.

ATENÇÃO!

NÃO confundir a regra adotada para fixação da competência territorial, que é a


TEORIA DO RESULTADO, com a teoria adotada para o lugar do crime no Código
Penal, que foi a TEORIA DA UBIQUIDADE.

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DICA 133
EXCEÇÕES
Em regra, a competência é firmada pelo local onde se consuma a infração penal ou onde
for praticado o ÚLTIMO ATO DA EXECUÇÃO, nos crimes tentados.
Todavia essa regra possui algumas exceções:
Crimes a distância ou de espaço máximo – é aquele em que a conduta e o
resultado ocorrem em países distintos, gerando um conflito de competência internacional.
Essa é a regra que está prevista no Código Penal, como lugar do crime e segue a Teoria
da Ubiquidade.
Incerteza do limite territorial entre duas ou mais jurisdições ou incerteza da
jurisdição – segue a teoria da ubiquidade.
Infração continuada ou permanente – Teoria da UBIQUIDADE.
Crime plurilocal de homicídio – segue a Teoria da ATIVIDADE (entendimento
jurisprudencial).

Juizado Especial Criminal – nas infrações de menor potencial ofensivo, a regra de


competência é do local onde foi praticada a conduta (Teoria da ATIVIDADE).
DICA 134
COMPETÊNCIA PARA OS CRIMES DE ESTELIONATO
ATENÇÃO PARA A ALTERAÇÃO DO CPP – A Lei 14.155/2021 incluiu o §4º no art. 70 do
CPP e disciplinou a competência para os crimes de estelionato. Confira-se:
“Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem
suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou
mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do domicílio
da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela
prevenção.”
DICA 135

CONEXÃO
Art. 76 do CPP. A competência será determinada pela conexão:

INTERSUBJETIVA
Por simultaneidade - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido
praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas;
Concursal - várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar;
Reciprocidade - várias pessoas, umas contra as outras;

OBJETIVA
Teleológica – se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar;

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Consequencial – ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em
relação a qualquer delas;

INSTRUMENTAL
quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares
influir na prova de outra infração.
DICA 136

CONTINÊNCIA
A continência está prevista no art. 77, do CPP, e determina que “A competência será
determinada pela continência quando:
duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;

no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda
parte, e 54 do Código Penal.”

CONTINÊNCIA

SUBJETIVA Duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração

Concurso formal
OBJETIVA
Aberratio ictus
ART. 77, II, CPP
Aberratio criminis

DICA 137

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO DOMICÍLIO DO RÉU


O CPP dispõe que não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-
á pelo domicílio ou residência do réu.
Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção (que
significa a situação em que concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou
com jurisdição cumulativa, um deles antecede o outro na prática de algum ato do
processo ou de medida a este relativa).
Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o
juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.
Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de
domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
Neste caso, nas AÇÕES DE EXCLUSIVA AÇÃO PRIVADA, o querelante pode OPTAR
entre o lugar da infração ou domicílio do réu.

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DICA 138

FORO PREVALECENTE
Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as
seguintes regras:

FOROS FORO PREVALECENTE

JÚRI + JURISDIÇÃO COMUM JÚRI

JURISDIÇÕES IGUAIS 1. INFRAÇÃO COM PENA MAIS GRAVE;


2. MAIOR NÚMERO DE INFRAÇÕES;
3. PREVENÇÃO

Deve ser observado o número 1, em caso de penas


iguais, adota-se o critério 2; em caso de penas
iguais e mesmo número de infrações, adota-se o
critério 3.

JURISDIÇÃO COMUM + JURISDIÇÃO ESPECIAL (EX.: justiça comum e


JURISDIÇÃO ESPECIAL justiça militar)

JURISDIÇÃO DE DIVERSAS A DE MAIOR GRADUAÇÃO


CATEGORIAS

DICA 139

SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE PROCESSOS


Observadas as regras de conexão ou continência, os processos deverão ser reunidos no
juízo prevento para julgamento comum. Todavia há hipóteses em que essa reunião não
poderá ocorrer. Vejamos:
Quando ocorrer crime da jurisdição comum e a militar. Os processos deverão
seguir separados.
Quando ocorrer crime de competência da jurisdição comum e ato infracional
análogo a crime. Os processos seguirão separados.
Quando algum dos réus vem a sofrer de doença mental (superveniência de doença
mental). Neste caso, o processo fica suspenso em relação ao réu acometido pela doença,
até que se recupere.
Quando houver réu foragido que não possa ser julgado à revelia. É o que ocorre nos
casos do art. 366, do CPP (suspensão do processo e do prazo prescricional, quando o réu
não é citado e nem constitui defensor).

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DICA 140

SEPARAÇÃO FACULTATIVA DE PROCESSOS


Observadas as regras de conexão ou continência, os processos deverão ser reunidos no
juízo prevento para julgamento comum. Todavia há hipóteses em que essa reunião poderá
ou não ocorrer, de acordo com a manifestação das partes ou, de ofício, pelo juiz.
Vejamos:
Quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de
lugar diferentes, o juiz reputar conveniente a separação.
Quando pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão
provisória, o juiz reputar conveniente a separação.
Quando ocorrer motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.
DICA 141

SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL


Súmula vinculante 36-STF: Compete à Justiça Federal comum processar e julgar
civil denunciado pelos crimes de falsificação e de uso de documento falso quando se tratar
de falsificação da Caderneta de Inscrição e Registro (CIR) ou de Carteira de Habilitação de
Amador (CHA), ainda que expedidas pela Marinha do Brasil.
Súmula 122-STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos
crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II,
"a", do Código de Processo Penal.
Súmula 147-STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes
praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da
função.
Súmula 165-STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar crime de falso
testemunho cometido no processo trabalhista.
Súmula 200-STJ: O juízo federal competente para processar e julgar acusado de
crime de uso de passaporte falso é o do lugar onde o delito se consumou.
Súmula 208-STJ: Compete à justiça federal processar e julgar prefeito municipal
por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal.
Súmula 528-STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga
remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.
DICA 142

SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL


Súmula 498-STF: Compete a justiça dos estados, em ambas as instâncias, o
processo e o julgamento dos crimes contra a economia popular.
Súmula 522-STF: Salvo ocorrência de tráfico com o exterior, quando, então, a
competência será da Justiça Federal, compete a justiça dos estados o processo e o
julgamento dos crimes relativos a entorpecentes.

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Súmula 38-STJ: Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição
de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens,
serviços ou interesse da União ou de suas entidades.
E se a contravenção penal for conexa com crime federal? Haverá a cisão dos processos, de
forma que o crime será julgado pela Justiça Federal e a contravenção pela Justiça Estadual
(STJ. CC 20454/RO).
Exceção na qual a Justiça Federal julgaria contravenção penal: contravenção penal
praticada por pessoa com foro privativo no Tribunal Regional Federal.
Súmula 42-STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas
cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu
detrimento.

Súmula 62-STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar o crime de falsa


anotação na carteira de trabalho e previdência social, atribuído à empresa privada.

Info 554, STJ: o STJ decidiu que compete à Justiça Federal (e não à Justiça
Estadual) processar e julgar o crime caracterizado pela omissão de anotação de vínculo
empregatício na CTPS (art. 297, § 4o, do CP). Esse mesmo raciocínio pode ser aplicado
para a falsa anotação na CTPS (art. 297, § 3o do CP).

Súmula 104-STJ: Compete à Justiça Estadual o processo e julgamento dos crimes


de falsificação e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino.

Súmula 107-STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime de


estelionato praticado mediante falsificação das guias de recolhimento das contribuições
previdenciárias, quando não ocorrente lesão à autarquia federal.

Súmula 140-STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime


em que o indígena figure como autor ou vítima.

Súmula 209-STJ: Compete à justiça estadual processar e julgar prefeito por


desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.

Súmula 546-STJ: A competência para processar e julgar o crime de uso de


documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o
documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 143
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) - CRIMES EM ESPÉCIES (art. 9 a
38)

Crime do artigo 18
Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo
se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar
declarações.
Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

O dispositivo se limitou ao interrogatório policial

Crime do artigo 19 (Importante)


Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de preso à autoridade
judiciária competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias
de sua custódia.
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Figura equiparada
Incorre na mesma pena o magistrado que, ciente do impedimento ou da demora, deixa
de tomar as providências tendentes a saná-lo ou, não sendo competente para decidir
sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à autoridade judiciária que o seja.
DICA 144
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) - CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 20 (importante)


Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu
advogado.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Figura equiparada
- De entrevistar-se pessoal
e reservadamente com seu
advogado ou defensor, por
Incorre na mesma prazo razoável, antes de
pena quem impede audiência judicial, e
o:
- De sentar-se ao Salvo no curso de
- Preso
lado do advogado interrogatório ou
- Réu solto ou defensor e com no caso de
ele comunicar-se audiência
- Investigado
durante a audiência realizada por
videoconferência.

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Crime do artigo 21 (importante)
Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento:
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Figura equiparada
Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, criança ou adolescente na
companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado.
DICA 145
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) - CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 22
Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do
ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas
condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Figura equiparada
Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem:

Coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel


ou suas dependências;

Cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou
antes das 5h (cinco horas).
Fique atento!

- Prestar socorro
NÃO haverá crime se - Houver fundados indícios que
o ingresso for para indiquem a necessidade do ingresso
em razão de situação de flagrante
delito ou de desastre

Crime do artigo 28
Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda
produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do
investigado ou acusado.
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Crime do artigo 32 (importante)


Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação
preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento
investigatório de infração penal, civil ou administrativa, assim como impedir a obtenção de
cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, ou que indiquem a
realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível.
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Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
DICA 146
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) - CRIMES EM ESPÉCIES
Crime do artigo 36
Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que
extrapole exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida da parte
e, ante a demonstração, pela parte, da excessividade da medida, deixar de corrigi-la.
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Crime do artigo 37
Demorar demasiada e injustificadamente no exame de processo de que tenha
requerido vista em órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou
retardar o julgamento.
Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Crime do artigo 38
Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede
social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação.
Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
DICA 147
LEI Nº 9.455/1997 (ANTITORTURA)
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL DA LEI DE TORTURA
A Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso III, estabelece que: [...] "ninguém será
submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante".
O art. 5º, XLIII, da CF/88, ainda estabelece que: [...] "a lei considerará crimes
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
Fique atento!
Perceba que o crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

O que seria graça?


A graça é forma de clemência soberana e se destina a pessoa determinada e não a fato,
sendo denominada indulto individual na Lei de Execução Penal. Trata-se, portanto, de um
benefício individual (com destinatário certo).

O que seria anistia?


A anistia é o esquecimento jurídico de uma ou mais infrações penais. Trata-se do
perdão concedido pela prática determinado crime.

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DICA 148
LEI Nº 9.455/1997 (ANTITORTURA)
Memorize!

São crimes INAFIANÇÁVEIS


Crimes
todos os imprescritíveis e os
Inafiançáveis
insuscetíveis de graça ou anistia.

- Racismo;
Crimes - Ação de Grupos armados, civis
imprescritíveis ou militares contra a ordem
constitucional e o Estado
Democrático.

Crimes Tortura;
insuscetíveis de Tráfico;
graça e anistia Terrorismo;
Hediondo.

DICA 149
MODALIDADES DE CRIMES DE TORTURA

Tortura-persecutória ou tortura-prova

Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave


ameaça, causando lhe sofrimento físico ou mental, com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.

Trata-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.
Constranger é o verbo núcleo, que significa forçar ou coagir.
OBS.: Os meios executórios dessa modalidade de tortura são a violência e a grave
ameaça.

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DICA 150
MODALIDADES DE CRIMES DE TORTURA

Tortura crime ou tortura para a prática de crime

Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave


ameaça, causando lhe sofrimento físico ou mental, para provocar ação ou omissão de
natureza criminosa.

Trata-se de crime comum, por isso, pode ser praticado por qualquer pessoa.
Constranger é o verbo núcleo, que significa forçar ou coagir.
OBS.: Os meios executórios dessa modalidade de tortura são a violência e a grave
ameaça.
DICA 151
MODALIDADES DE CRIMES DE TORTURA

Tortura discriminatória ou tortura racismo

Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave


ameaça, causando lhe sofrimento físico ou mental, em razão de discriminação racial ou
religiosa.

Trata-se de crime comum, isto é, pode ser praticado por qualquer pessoa.
Constranger é o verbo núcleo, que significa forçar ou coagir. No entanto, ao contrário dos
delitos anteriores, em que as vítimas eram constrangidas a "fazer algo", na tortura
discriminação o ofendido será torturado por conta da discriminação racial ou religiosa.
OBS.: Os meios executórios dessa modalidade de tortura são a violência e a grave
ameaça.
DICA 152
MODALIDADES DE CRIMES DE TORTURA
Tortura castigo
Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo
pessoal ou medida de caráter preventivo.
Trata-se de crime próprio, pois exige uma especial qualidade do agente. Assim, o autor do
delito deve ter uma relação de guarda, poder ou autoridade com a vítima.
Fique atento!
Diferentemente dos delitos anteriores, na tortura castigo deve haver o intenso sofrimento
físico ou mental.

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Diferença entre o crime de maus tratos e tortura castigo

Maus-tratos (art. 136, CP) Tortura castigo (Lei n. 9.455, art. 1º, II)

Há excesso nos meios de correção. Há dolo de torturar.

Não há intenso sofrimento físico ou Existe intenso sofrimento físico ou


mental. mental.

Não há emprego de violência ou grave Há emprego de violência ou grave


ameaça, embora possa ocorrer. ameaça.

Memorize!

Tortura prova - obter informação,


declaração ou confissão.

Tortura crime - provocar ação ou


omissão de natureza criminosa
Modalidades de crimes
de tortura Tortura discriminatória - discriminação
racial ou religiosa

Tortura castigo - castigo pessoal ou


medida de caráter preventivo (crime
próprio)

Para todos esses delitos a pena será de reclusão de 2 a 8 anos.


DICA 153
FORMA OMISSIVA DA TORTURA
Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou
apurá-las, incorre na pena de detenção de 1 a 4 anos.
Fique atento!
A forma omissiva da tortura é o único delito da lei de antitortura que não é equiparado ao
hediondo. Também é o único que a pena é de detenção.
Trata-se de crime próprio, uma vez que é exigido uma especial qualidade do agente.

Ex.: Diretor de Presídio percebe que os policiais penais estão torturando um preso na
Unidade Prisional e não faz nada para impedi-los. O Diretor responderá pelo delito de
omissão perante a tortura, enquanto os agentes responderão por tortura.
O particular, que não possua tal dever, caso se depare com a prática de crime de tortura e
não o impeça, responderá pelo crime de omissão de socorro.
A pena para este delito é de detenção de 1 a 4 anos.

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DICA 154
TORTURA QUALIFICADA PELO RESULTADO LESÃO GRAVE OU MORTE

Se a tortura
praticada resulta em Pena: reclusão de 4
lesão grave ou a 10 anos
gravíssima

Se a tortura Pena: reclusão de 8


praticada resulta em a 16 anos
morte

Trata-se de um crime preterdoloso, tendo em vista que há dolo na tortura e culpa no


resultado lesão grave ou morte.
Cuidado!

Se o sujeito tem a intenção de torturar e, culposamente, lesiona de forma grave ou


mata a vítima, responderá pelo delito de tortura qualificada pelo resultado, previsto no
art. 1º, § 3º, da Lei 9.455/97.

Se o autor tem a intenção de torturar e, após consumado o crime, decide matar a


vítima, responderá por tortura em concurso com homicídio qualificado.

Se o indivíduo tem, desde o início, a intenção de matar a vítima e para tanto emprega
a tortura, responderá por homicídio qualificado pela tortura.
DICA 155
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA

Cometido por agente público

A pena aumenta de 1/6 até Contra criança, gestante, portador de


1/3 deficiência, adolescente ou + 60 anos

Cometido mediante sequestro

A pena aumenta de 1/6 até 1/3:

Se o crime for cometido por agente público;

Se o crime for cometido contra criança, gestante, portador de deficiência,


adolescentes ou maior de 60 anos;
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Se o crime for cometido mediante sequestro;
DICA 156
EFEITOS DA SENTENÇA CONDENATÓRIA
A condenação pela prática de crime previsto na Lei nº. 9.455/97 (inclusive na forma
omissiva) acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição
para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

Trata-se de efeito automático da sentença condenatória por crime de tortura.


A interdição consiste na impossibilidade de o agente voltar ao serviço público.
Fique atento!
O prazo da interdição é calculado com base no dobro da pena aplicada na sentença
condenatória.

Perda do cargo, função ou


emprego público.
Condenação pela
prática de crime de Interdição para seu exercício
tortura pelo DOBRO do prazo da pena
aplicada.

DICA 157
EXTRATERRITORIALIDADE

A lei nº. 9.455/94 se aplica a fatos ocorridos fora do território nacional desde que:

A vítima seja brasileira; ou

O autor seja encontrado em local sob jurisdição brasileira

Se aplica a lei de tortura Vítima brasileira


a fatos ocorridos fora do Agente encontrado em local sob
Brasil jurisdição nacional

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DICA 158
LEI DE CRIMES HEDIONDOS (LEI 8.072/90) - ROL DOS CRIMES HEDIONDOS

O rol dos crimes hediondos sofreu forte alteração com o Pacote Anticrime. Fique atento
às novidades:

LESÃO DOLOSA FUNCIONAL


HOMICÍDIO EM ATIVIDADE
HOMICÍDIO QUALIFICADO GRAVÍSSIMA E SEGUIDA DE
DE EXTERMÍNIO
MORTE

ROUBO COM RESTRIÇÃO DA ROUBO COM LESÃO GRAVE OU


ROUBO COM ARMA DE FOGO
LIBERDADE DA VÍTIMA MORTE

EXTORSÃO COM RESTRIÇÃO DA EXTORSÃO COM LESÃO EXTORSÃO QUALILIFICADA E


LIBERDADE DA VÍTIMA CORPORAL OU MORTE MEDIANTE SEQUESTRO

ESTUPRO ESTUPRO DE VULNERÁVEL EPIDEMIA COM MORTE

FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO E FAVORECIMENTO DA


FURTO QUALIFICADO PELO
ADULTERAÇÃO DE PRODUTO PROSTITUIÇÃO DE CRIANÇA
EMPREGO DE EXPLOSIVO
TERAPÊUTICO OU MEDICINAL E ADOLESCENTE

POSSE OU PORTE ILEGAL DE


COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE
GENOCÍDIO ARMA DE FOGO DE USO
FOGO
PROIBIDO

EQUIPARADOS:
TRÁFICO INTERNACIONAL DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA TRÁFICO DE DROGAS
ARMA DE FOGO, ACESSÓRIO OU PARA A PRÁTICA DE CRIME
MUNIÇÃO HEDIONDO OU EQUIPARADO TORTURA
TERRORISMO

DICA 159
HIPÓTESE DE FURTO HEDIONDO

O pacote anticrime trouxe duas hipóteses de furto qualificado: com o emprego


de artefato explosivo e furto DE artefato explosivo;

O furto qualificado pelo USO de artefato explosivo ou análogo é hediondo;


Contudo, o furto DO artefato explosivo NÃO é hediondo!
CUIDADO se a sua prova diz que o furto foi praticado com emprego de explosivo
(como, por exemplo, explodir o caixa eletrônico) ou se o agente simplesmente entrou
numa loja e furtou explosivos;

→ FURTO COM EMPREGO DE EXPLOSIVOS: HEDIONDO


→ FURTO DE EXPLOSIVOS: NÃO É HEDIONDO
DICA 160
HIPÓTESES DE ROUBO E EXTORSÃO HEDIONDOS

Nem todo roubo será hediondo, mas serão hediondos aqueles com:
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Restrição da liberdade;

Emprego de arma de fogo (qualquer arma de fogo);

Lesão grave ou morte.

Já os crimes de extorsão serão hediondos aqueles com:

Restrição da liberdade;

Lesão grave e morte;


CUIDADO: A extorsão com arma de fogo não é crime hediondo.
DICA 161
LESÃO CORPORAL HEDIONDA
Há apenas UMA hipótese de lesão corporal de natureza hedionda: lesão corporal dolosa,
funcional, de natureza gravíssima ou seguida morte;

ATENÇÃO!

Para que seja hedionda tem que preencher os três requisitos:

DOLOSA;

FUNCIONAL;

GRAVÍSSIMA ou SEGUIDA DE MORTE.

Dolosa diz quanto à intenção do agente (intencional);

Funcional é a lesão corporal praticada contra autoridade ou agente descrito nos


arts. 142 e 144 da Constituição Federal (Segurança Pública), integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo
até TERCEIRO GRAU, em razão dessa condição;

Se o resultado for uma lesão GRAVÍSSIMA ou SEGUIDA DE MORTE;


DICA 162

ARMA DE FOGO

ATENÇÃO!

Com a modificação feita pelo pacote anticrime, passou a ser crime hediondo
apenas a POSSE ou PORTE de arma de fogo de uso PROIBIDO;

Assim sendo, o crime de posse ou porte de arma de uso permitido ou


restrito NÃO será crime hediondo;

Importante ressaltar que no Brasil se adota o critério legal, ou seja, só será


crime hediondo o que estiver no rol legal;

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Assim sendo, a gravidade do crime não interessa se ele não estiver previsto
na lei de crimes hediondos.

DICA 163
PRISÃO TEMPORÁRIA E VEDAÇÕES
O prazo da prisão temporária em regra é de 5 dias, contudo, se a prisão temporária
for de crime hediondo o prazo será de até 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias;
Os crimes hediondos são passíveis de liberdade provisória sem fiança e progressão
de regime;

Não caberá, contudo, aos crimes hediondos, a concessão de:

Fiança;

Graça;

Indulto;

Anistia.
DICA 164

HOMICÍDIO HEDIONDO

Todas as hipóteses de homicídio qualificado serão crimes hediondos, inclusive o


Feminicídio;

São hipóteses de homicídio qualificado aquele praticado com uso de fogo, meio cruel,
motivo torpe, que dificulte a defesa da vítima, mediante emboscada, recompensa, dentre
outros;

Feminicídio será o crime praticado contra a mulher por razões do sexo feminino:
violência doméstica ou repulsa à condição de mulher;

O Homicídio Simples também pode ser considerado crime hediondo, quando


praticado em atividade de grupo de extermínio, ainda que por um só agente;

O homicídio híbrido (qualificado-privilegiado) não é hediondo;

O homicídio qualificado tentado também é crime hediondo.


DICA 165

IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO


A identificação de perfil genético apenas será realizado no condenado por crime doloso
praticado com violência grave contra a pessoa, bem como por crime contra a vida,
contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável;

Crime doloso com violência grave à pessoa;

Crime contra a vida;

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Crime contra a liberdade sexual;

Crime sexual contra vulnerável.


A recusa em se submeter à identificação é falta grave;
CUIDADO: a identificação do perfil genético não mais se aplica a todos os crimes
hediondos, mas aos crimes acima.
DICA 166
CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITO DE RAÇA OU DE COR (LEI 7.716/89)
RACISMO
Ato previsto na Lei 7.716/1989 e para sua caracterização é necessário que haja ofensa à
dignidade de alguém, com base em elementos referentes à raça, cor, etnia, religião,
idade ou deficiência. Foi elaborada para regulamentar a punição de crimes resultantes
de preconceito de raça ou de cor.
Não confunda racismo com injúria racial, o primeiro está previsto na Lei n.7716/1989
e é a ofensa contra uma coletividade, ao passo que o segundo, tem previsão legal no
Código Penal e ocorre quando a ofensa é direcionada a um indivíduo específico.

Racismo Injúria racial

Ofensa contra uma coletividade Ofensa é direcionada a um indivíduo


específico.

Lei 7.716/1989 CP

A Constituição Federal trata o racismo como imprescritível e inafiançável, além do


combate à discriminação racial, ao dispor sobre o repúdio ao racismo como um dos
princípios que regem as relações internacionais brasileiras.
DICA 167
ATOS ENSEJADORES DE CRIMINALIZAÇÃO DE RACISMO

Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da


Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos, ou
obstar a promoção funcional. Pena: Reclusão de 2 a 5 anos;

Negar ou obstar emprego em empresa privada, deixar de conceder os equipamentos


necessários ao empregado, impedir a ascensão funcional ou obstar outra forma de
benefício ou tratamento diferenciado no ambiente de trabalho. PENA: Reclusão de 2 a 5
anos;

Anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir


aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego. PENA: Multa e de
prestação de serviços à comunidade;

Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial. PENA: Reclusão de 1 a 3


anos;

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Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de


ensino público ou privado de qualquer grau. PENA: Reclusão de 3 a 5 anos;

Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou qualquer


estabelecimento similar. PENA: Reclusão de 3 a 5 anos;

Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou


locais semelhantes abertos ao público. PENA: Reclusão de 1 a 3 anos;

Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos, casas de


diversões, ou clubes sociais abertos ao público. PENA: Reclusão de 1 a 3 anos;

Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de cabeleireiros, barbearias,


termas ou casas de massagem ou estabelecimento com as mesmas finalidades. PENA:
Reclusão de 1 a 3 anos;

Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e


elevadores ou escada de acesso aos mesmos. PENA: Reclusão de 1 a 3 anos;

Impedir o acesso ou uso de transportes públicos. PENA: Reclusão de 1 a 3 anos;

Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças


Armadas. PENA: Reclusão de 2 a 4 anos;

Impedir ou obstar, o casamento ou convivência familiar e social. PENA: Reclusão de


2 a 4 anos;

Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia,


religião ou procedência nacional. PENA: Reclusão de 1 a 3 anos e multa.

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