RDC 330 2019
RDC 330 2019
RDC 330 2019
Subseção I
Dos requisitos específicos de infraestrutura
Art. 6º O Projeto Básico de Arquitetura a ser apresentado à vigilância sanitária deve
incluir, além do exigido nas demais normativas aplicáveis:
Subseção II
Da gestão de pessoal e do Programa de Educação Permanente
Art. 12. O serviço de saúde de que trata esta Resolução deve possuir equipe
multiprofissional dimensionada de acordo com seu perfil de demanda, e em conformidade
com o estabelecido nas demais normativas aplicáveis.
Art. 13. O responsável legal deve designar formalmente 1 (um) profissional
legalmente habilitado para assumir a responsabilidade pelos procedimentos radiológicos
de cada setor de radiologia diagnóstica ou intervencionista do serviço de saúde, doravante
denominado responsável técnico.
§ 1º O responsável técnico de que trata o caput deste artigo tem autoridade para
interromper atividades inseguras no setor de radiologia diagnóstica ou intervencionista
por que é responsável.
§ 2º Cada responsável técnico deve ter substituto(s) legalmente habilitado(s) e
formalmente designado(s) pelo responsável legal, para os casos de seu impedimento ou
ausência.
§ 3º No ato de designação do responsável técnico e de seu(s) substituto(s), o
responsável legal do serviço de saúde deve definir todas as atividades delegadas a esses
profissionais.
Art. 14. O responsável legal deve designar formalmente 1 (um) membro da equipe
legalmente habilitado para assumir a responsabilidade pelas ações relativas à proteção
radiológica de cada serviço de saúde que utilize radiações ionizantes para fins
diagnósticos ou intervencionistas, denominado supervisor de proteção radiológica.
§ 1º O supervisor de proteção radiológica de que trata o caput deste artigo tem
autoridade para interromper atividades inseguras no serviço de saúde por que é
responsável.
§ 2º O supervisor de proteção radiológica pode assessorar-se de consultores
externos, conforme a necessidade e o porte do serviço, os quais devem estar alistados na
equipe do serviço.
§ 3º Cada supervisor de proteção radiológica deve ter substituto(s) legalmente
habilitado(s) e formalmente designado(s) pelo responsável legal, para os casos de seu
impedimento ou ausência.
§ 4º No ato de designação do supervisor de proteção radiológica e de seu(s)
substituto(s), o responsável legal deve definir todas as atividades delegadas a esses
profissionais.
Art. 15. O serviço de radiologia diagnóstica ou intervencionista deve implementar
Programa de Educação Permanente para toda a equipe, em conformidade com o disposto
nesta Resolução e nas demais normativas aplicáveis.
§ 1º O Programa de que trata o caput deste artigo deve contemplar:
Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.
Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
Art. 44. As exposições médicas de pacientes devem ser otimizadas ao valor mínimo
necessário à obtenção do objetivo radiológico, bem como ser compatíveis com os padrões
aceitáveis de qualidade de imagem, devendo-se considerar, no processo de otimização de
exposições médicas:
I - a seleção adequada de técnicas, equipamentos e acessórios;
II - os processos de trabalho;
III - a garantia da qualidade;
IV - os níveis de referência de diagnóstico para pacientes adultos e pediátricos; e
V - as restrições de dose para indivíduo que colabore conscientemente, de livre
vontade e fora do contexto de sua atividade profissional, no apoio e conforto de um
paciente, durante a realização do procedimento radiológico.
Art. 45. As exposições ocupacionais normais de cada indivíduo, decorrentes de
todas as suas práticas, devem ser controladas de modo que não excedam os limites de
dose estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Art. 46. Para mulheres grávidas, devem ser observados os seguintes requisitos
adicionais, com vistas a proteger o embrião ou feto:
I - a gravidez deve ser notificada ao responsável legal pelo serviço, ou ao
profissional formalmente designado por ele, tão logo seja constatada; e
II - as condições de trabalho devem ser revistas para atender a esta Resolução e às
demais normativas aplicáveis.
Art. 47. Menores de 18 (dezoito) anos não podem trabalhar com raios X
diagnósticos ou intervencionistas.
Art. 48. As exposições normais de indivíduos do público, decorrentes de todas as
práticas, devem ser restringidas de modo que não excedam os limites de dose para
indivíduos do público estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Art. 49. Os níveis de equivalente de dose ambiental adotados como restrição de
dose para o planejamento de barreiras físicas de uma instalação e a verificação de
adequação dos níveis de radiação em levantamentos radiométricos são os estabelecidos
pela Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Subseção II
Das medidas de prevenção em proteção radiológica
Art. 50. As medidas de prevenção em proteção radiológica devem contemplar:
I - avaliação contínua das condições de trabalho, quanto aos aspectos de proteção
radiológica;
VII - estimativa dos equivalentes de dose ambiental anuais nos pontos de medida,
considerando os fatores de uso, de ocupação e carga de trabalho aplicáveis;
VIII - conclusões e recomendações aplicáveis; e
IX - data, identificação, qualificação profissional e assinatura do responsável pelo
laudo de levantamento radiométrico, e assinatura do responsável legal do serviço de
radiologia diagnóstica ou intervencionista.
Art. 64. Um novo laudo de levantamento radiométrico deve ser elaborado sempre
que houver modificações na infraestrutura, nos equipamentos ou nos processos de
trabalho que influenciem as medidas de proteção radiológica do serviço de radiologia
diagnóstica ou intervencionista, ou quando decorrerem 4 (quatro) anos contados da
realização do último levantamento.
Art. 65. Todo indivíduo ocupacionalmente exposto deve usar dosímetro individual
durante sua jornada de trabalho e enquanto permanecer em área controlada.
Parágrafo único. A obrigatoriedade do uso de dosímetro individual é dispensada
para o consultório odontológico isolado que possua apenas 1 (um) equipamento de raios
X intraoral, com carga de trabalho máxima estimada em até 4 mA.min/semana.
Art. 66. O dosímetro individual de que trata o Art. 65 devem observar o disposto
abaixo:
I - o dosímetro deve ser utilizado estritamente como estabelecido nas instruções de
uso do fabricante e no Programa de Proteção Radiológica;
II - o dosímetro deve ser trocado mensalmente;
III - cada dosímetro será utilizado por um único usuário, exclusivamente no serviço
de saúde ou setor para o qual foi adquirido; e
IV - quando não estiver em uso, o dosímetro individual deve ser mantido junto ao
dosímetro padrão em local seguro da área livre, em conformidade com as instruções de
uso do fabricante, sob a responsabilidade do responsável legal, ou do profissional
formalmente designado por ele.
Art. 67. O nível de registro para monitoração mensal do indivíduo
ocupacionalmente exposto é o estabelecido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Art. 68. Se houver suspeita de exposição acidental, o dosímetro individual deve ser
enviado ao serviço de monitoração individual para leitura em caráter de urgência.
Art. 69. O responsável legal do serviço de radiologia diagnóstica ou
intervencionista deve providenciar investigação dos casos de doses que atingirem ou
excederem os níveis de investigação estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia
Nuclear, ou quando notificado para tanto pela autoridade sanitária competente.
Art. 80. É proibida a utilização dos seguintes equipamentos e materiais nos serviços
de radiologia diagnóstica ou intervencionista:
I - cassetes sem tela intensificadora; e
II - equipamentos de abreugrafia.
Art. 81. Ficam proibidas:
I - a realização simultânea de procedimentos radiológicos em equipamentos
distintos, em uma mesma sala;
II - o uso de sistema de acionamento de disparo com retardo que impossibilite a
interrupção da exposição a qualquer momento;
III - segurar os dispositivos de registro de imagem com as mãos durante a
exposição, exceto nas técnicas necessárias em radiologia odontológica intraoral;
IV - a utilização de equipamento de radiologia diagnóstica ou intervencionista
móvel como fixo, exceto em condições temporárias para atendimentos de urgência ou
emergência, mediante parecer do responsável técnico; e
V - a utilização de equipamentos de radiologia diagnóstica ou intervencionista com
tubo alimentado por gerador de alta tensão autorretificado ou com retificação de meia
onda, exceto equipamentos de radiologia odontológica intraoral.
Art. 82. Fica proibido o processamento manual de filmes radiográficos, exceto em
radiologia odontológica intraoral ou em condições temporárias para atendimentos de
urgência ou emergência, mediante parecer do responsável técnico.
§ 1º Em radiologia odontológica intraoral, podem ser utilizadas câmaras portáteis
de revelação manual confeccionadas em material opaco, e o serviço deve dispor de
cronômetro, termômetro, tabela de revelação e demais recursos para garantir o
processamento conforme as instruções de uso dos fabricantes.
§ 2º Nos demais casos, a câmara escura para revelação manual deve ser provida de
cronômetro, termômetro, tabela de revelação e demais recursos para garantir o
processamento conforme as instruções de uso dos fabricantes.
Art. 83. O sistema de controle da duração da exposição aos raios X deve ser do tipo
eletrônico e não deve permitir exposição com duração superior a 5 (cinco) segundos,
exceto em fluoroscopia, radiologia intervencionista, tomografia computadorizada e
radiologia odontológica extraoral.
Parágrafo único. O sistema de controle da duração da exposição deve possibilitar a
interrupção da exposição a qualquer momento.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS