Bíblia Das Pedras

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ISSN 0100-7416

Novembro/2016

BOLETIM TÉCNICO No 174

Manejo dos principais insetos e ácaros-praga


na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

Cristiano João Arioli


Marcos Botton
Wilson Sampaio de Azevedo Filho
Alexandre C. Menezes-Netto
Joatan Machado da Rosa

Florianópolis
2016
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri)
Rodovia Admar Gonzaga, 1347, Itacorubi, Caixa Postal 502
88034-901 Florianópolis, SC, Brasil
Fone: (48) 3665-5000, fax: (48) 3665-5010
Site: www.epagri.sc.gov.br

Editado pelo Departamento Estadual de Marketing e Comunicação (DEMC).

Assessoria técnico-científica: Eduardo Rodrigues Hickel – Epagri / E.E. Itajaí


Janaína Pereira dos Santos – Epagri / E.E. Caçador
Leandro do Prado Ribeiro – Epagri / Cepaf

Editoração técnica: Paulo Sergio Tagliari, Márcia Varaschin, Lucia Kinceler


Revisão textual e padronização: João Batista Leonel Ghizoni
Arte-final: Victor Berretta

Primeira edição: novembro de 2016


Tiragem: 600 exemplares
Impressão: Dioesc

É permitida a reprodução parcial deste trabalho desde que a fonte seja citada.

Ficha catalográfica

ARIOLI, C.J.; BOTTON, M.; AZEVEDO-FILHO, W.S.; MENEZES-


NETTO, A.C.; ROSA, J.M. Manejo dos principais insetos e ácaros-
-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil. Florianópolis:
Epagri, 2016. 46p. (Epagri. Boletim Técnico, 174)

Anastrepha fraterculus; cigarrinhas; escaldadura das folhas;


Grapholita molesta; Prunus domestica.

ISSN 0100-7416
AUTORES

Cristiano João Arioli


Engenheiro-agrônomo, Dr.
Epagri, Estação Experimental de São Joaquim
Rua João Araújo Lima, 102, São Joaquim, SC
Fone: (49) 3233-8419
E-mail: cristianoarioli@epagri.sc.gov.br

Marcos Botton
Engenheiro-agrônomo, Dr.
Embrapa Uva e Vinho
Rua Livramento, 515, Caixa Postal 130, Bento Gonçalves, RS
Fone: (54) 3455-8108
E-mail: marcos.botton@embrapa.br

Wilson Sampaio de Azevedo Filho


Biólogo, Dr.
Universidade de Caxias do Sul (UCS)
Campus Universitário da Região dos Vinhedos (CARVI)
Centro de Ciências Exatas, da Natureza e de Tecnologia (CENT)
Alameda João Dal Sasso, 800, Bento Gonçalves, RS
E-mail: wsafilho@ucs.br

Alexandre C. Menezes-Netto
Engenheiro-agrônomo, Dr.
Epagri, Estação Experimental de Videira
Rua João Zardo, 1660, Caixa Postal 21, Videira, SC
Fone: (49) 3533-5634
E-mail: alexandrenetto@epagri.sc.gov.br

Joatan Machado da Rosa


Engenheiro-agrônomo, MSc.
Doutorando, Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Departamento de Fitossanidade/Entomologia
Campus Universitário, Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS
E-mail: joatanmachado@bol.com.br
APRESENTAÇÃO

Esta publicação tem por objetivo apresentar e discutir informações sobre as atuais
ferramentas desenvolvidas pela pesquisa para o manejo de artrópodes-praga na cultura
da ameixa, algo que, de certo modo, também se aplica às demais frutíferas de clima
temperado. Os autores, a Epagri e as demais instituições envolvidas têm como objetivo
orientar, de forma segura, os envolvidos com a produção de ameixas sobre as melhores
técnicas que visam controlar e sanar as diferentes adversidades às quais a cultura é
submetida.
A obra é fartamente ilustrada, o que propicia ao leitor melhor compreensão do
conteúdo. Este boletim é dedicado a fruticultores, técnicos, professores e estudantes de
ciências agrárias, bem como a todos aqueles interessados em compreender os aspectos
bioecológicos e as estratégias mais eficientes de manejo dos insetos e ácaros que causam
prejuízos aos produtores de ameixa.

A Diretoria Executiva
SUMÁRIO

Introdução....................................................................................................................9

1 Mosca-das-frutas-sul-americana.............................................................................11
1.1 Descrição e biologia . ................................................................................................. 11
1.2 Prejuízos..................................................................................................................... 12
1.3 Monitoramento.......................................................................................................... 13
1.4 Controle...................................................................................................................... 15

2 Mariposa-oriental...................................................................................................19
2.1 Descrição e biologia.................................................................................................... 19
2.2 Prejuízos .................................................................................................................... 21
2.3 Monitoramento.......................................................................................................... 23
2.4 Controle ..................................................................................................................... 25

3 Cigarrinhas . ...........................................................................................................27
3.1 Descrição e biologia.................................................................................................... 27
3.2 Prejuízos .................................................................................................................... 27
3.3 Cigarrinhas associadas aos pomares de ameixeira no Sul do Brasil .......................... 28
3.4 Monitoramento.......................................................................................................... 30
3.5 Controle ..................................................................................................................... 32

Referências.................................................................................................................35

ANEXO – Guia para o controle de pragas secundárias nos cultivos de ameixeira . .......41
BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

Introdução

A fruticultura de clima temperado é uma opção viável de renda aos agricultores do


Sul do Brasil, especialmente para aqueles que diversificam suas atividades agropecuárias
e que possuem pequenas áreas de produção. Isso ocorre por se tratar de uma região
com condições climáticas apropriadas ao cultivo e por ser uma atividade que possui
rentabilidade econômica e valor agregado (MONTEIRO et al., 2004). Por essas razões, o
cultivo de frutíferas de caroço, incluindo a ameixeira, está entre as atividades agrícolas de
maior importância na região Sul do Brasil (HEIDEN, 2013).
No estado de Santa Catarina, o cultivo da ameixeira se concentra na região do
Alto Vale do Rio do Peixe, principalmente nos municípios de Fraiburgo, Videira e Tangará
(FRUTICULTURA..., 2013). Na safra 2012/13, o número de fruticultores envolvidos na
exploração desse cultivo em Santa Catarina foi de 490, com aproximadamente 1.067ha
plantados, dos quais 918,1ha em produção (HEIDEN, 2013).
Os problemas fitossanitários relacionados a doenças e artrópodes-praga estão
entre os fatores limitantes de produção e representam um entrave para o desenvolvimento
da cadeia produtiva da ameixeira na região Sul. A mosca-das-frutas-sul-americana,
Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephritidae) (BORGES et al., 2015), a mariposa-oriental,
Grapholita molesta (Lepidoptera: Tortricidae) (ARIOLI et al., 2014) e a escaldadura das
folhas da ameixeira (EFA), doença causada pela bactéria Xylella fastidiosa e transmitida
por cigarrinhas (DALBÓ et al., 2013), são fatores bióticos que reduzem significativamente a
produtividade e a vida útil dos pomares comerciais.
Dentro do grupo das moscas-das-frutas, a mosca-das-frutas-sul-americana A.
fraterculus é uma praga que limita seriamente a produção da ameixeira. A mosca-do-
-mediterrâneo, Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae), possui importância econômica
nas regiões Sudeste e Nordeste. Em Santa Catarina, C. capitata ocorre principalmente nas
regiões mais quentes da faixa litorânea (NORA et al., 2000).
Nos últimos anos, a lista de inseticidas disponíveis para o controle de A. fraterculus
tem-se alterado significativamente. Os produtos químicos com ação de profundidade, que
antes eram eficazmente utilizados para o controle de larvas, não possuem mais registro
para a cultura por apresentarem alta toxicidade, resultado de uma exigência cada vez
maior da sociedade por produtos com menos resíduos de agrotóxicos. Torna-se cada vez
mais evidente a necessidade da utilização integrada de diferentes táticas de controle para
o manejo dessa espécie-praga nos pomares. As estratégias atuais de manejo da mosca-

9
-das-frutas envolvem diversas ferramentas, tais como o monitoramento de adultos com
atrativos alimentares eficazes; o uso de iscas tóxicas atrativas, duráveis e resistentes às
intempéries; o controle cultural; as barreiras físicas, como ensacamento de frutos; a
captura massal com armadilhas; e o emprego de inimigos naturais, especialmente de
parasitoides.
Outra importante espécie-praga da ameixeira no Brasil é a mariposa-oriental,
também conhecida como grafolita. A técnica de interrupção do acasalamento (mating
disruption) por meio da utilização de feromônio sexual é uma ferramenta de controle
atualmente disponível e de bastante importância para o manejo dessa praga. Também
conhecida como técnica da confusão sexual, essa forma de controle apresenta-se como
importante alternativa ao controle químico (HICKEL et al., 2007).
A EFA está presente em todas as áreas de produção, e a maioria dos cultivares é
suscetível a essa doença, que é a mais importante em cultivos de ameixeira no Brasil.
A dispersão de X. fastidiosa é feita por cigarrinhas, em especial aquelas pertencentes à
subfamília Cicadellinae, que, ao se alimentarem nos tecidos do xilema, podem transmitir
a bactéria, atuando como vetores. A bactéria coloniza os vasos do xilema e causa sua
obstrução, provocando significativas mudanças na fisiologia da planta, pois diminui a
disponibilidade de água e de nutrientes e altera o padrão hormonal. Essas mudanças
se expressam visualmente com a clorose, a necrose e a posterior queda das folhas e o
secamento e morte de ramos (MÜLLER, 2013).
Além dessas espécies, o ataque de pragas secundárias, como cochonilhas, pulgões,
lagartas, gorgulho-do-milho, ácaros, trips e brocas também pode ocorrer. Entretanto, a
ocorrência de grandes populações dessas espécies-praga está, em geral, relacionada
a desequilíbrios nutricionais ou ao uso indiscriminado de inseticidas utilizados para o
controle das pragas primárias.
Aqui apresentamos informações sobre aspectos biológicos, caracterização de
injúrias, monitoramento e controle das principais pragas da ameixeira no estado de Santa
Catarina.

10
BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

1 Mosca-das-frutas-sul-americana
Anastrepha fraterculus (Weidemann, 1830) (Diptera: Tephritidae)

1.1 Descrição e biologia

Os adultos de A. fraterculus apresentam coloração amarela, com asas transparentes


que contêm duas manchas características, uma em forma se “S” que vai da base à
extremidade da asa, e outra no bordo posterior em forma de “V” invertido. As fêmeas
medem aproximadamente 7mm de comprimento e 16mm de envergadura de asa,
possuindo uma estrutura denominada ovipositor no final do abdome, que é utilizada para
depositar os ovos no interior dos frutos (ZUCCHI, 2000) (Figura 1).

Figura 1. Adultos da mosca-das-frutas-sul-americana, Anastrepha


fraterculus (Diptera: Tephritidae): macho (esq.) e fêmea (dir.)

Após a emergência, as fêmeas necessitam ingerir alimentos proteicos para completar


o desenvolvimento dos ovários (CRESONI-PEREIRA & ZUCOLOTO, 2009). Em geral, levam
de 4 a 7 dias para atingir a maturidade sexual, quando ficam aptas ao acasalamento. A
cópula, por sua vez, ocorre nas primeiras horas da manhã. Estando fertilizadas, as fêmeas
iniciam a postura perfurando a epiderme dos frutos com o ovipositor para depositar os
ovos no seu interior. As fêmeas podem ovipositar mais de uma vez num mesmo fruto,
sendo comum encontrar de três a cinco ovos em cada fruto. Os ovos são de coloração

11
branca, levemente curvados e de tamanho reduzido (1mm), sendo de difícil visualização a
olho nu (SELIVON & PERONDINI, 2000).
As larvas eclodem no interior do fruto, desenvolvendo-se a partir do consumo
da polpa e ali mesmo completam seu desenvolvimento. São larvas do tipo vermiforme,
apresentando coloração branco-amarelada, sem pernas, não sendo possível distinguir
claramente a cabeça do restante do corpo. Quando totalmente desenvolvidas, medem
cerca de 7 a 9mm de comprimento. Nessa fase, saem do fruto e penetram no solo, onde se
transformam em pupa para, em seguida, passar à fase adulta (ZUCCHI, 2000).
A duração do ciclo biológico de A. fraterculus é dependente das condições
ambientais, principalmente da temperatura. À temperatura de 25oC, o período de ovo a
adulto dura aproximadamente 30 dias (SALLES, 2000) (Tabela 1).

Tabela 1. Duração das fases de desenvolvimento da mosca-das-frutas-sul-americana Anastrepha


fraterculus (Diptera: Tephritidae) a 25°C
Fase de desenvolvimento Duração (dias)
Ovo 2,8
Larva 12,7
Pupa 14,1
Adulto 55,5
Fonte: SALLES (2000).

A mosca-das-frutas não é residente nos pomares de ameixeira. É uma espécie


polífaga que se multiplica inicialmente em fruteiras nativas/silvestres e migra para os
pomares comerciais em busca de alimento ou para realizar a postura (SELIVON, 2000).
Na região Sul do Brasil, são listadas mais de 50 espécies de plantas nativas e cultivadas
como hospedeiras de A. fraterculus, e a disponibilidade de frutos ao longo do ano facilita
a reprodução e o crescimento populacional dessa praga (KOVALESKI et al., 2000; NORA et
al., 2000).

1.2 Prejuízos

Em anos com alta pressão populacional, o ataque da mosca-das-frutas pode


comprometer totalmente a produção. De forma geral, o ataque em ameixas inicia-
-se logo após a formação do fruto. Embora nessa fase ocorra oviposição, as larvas não
se desenvolvem. No entanto, o dano causado pela punctura resulta na queda do fruto,

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BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

facilita a infecção de patógenos, bem como propicia a maturação precoce (SALLES, 1999).
O principal dano ocorre em frutos maduros, pois nessa fase as larvas se desenvolvem
normalmente. Nesse caso, a polpa amolece, tornando-se marrom devido aos processos
de decomposição (flora bacteriana que auxilia a desdobrar os componentes nutricionais
em substratos assimiláveis pelas larvas), culminando com a queda deles (Figura 2).
Em ameixas, a infestação larval não é perceptível externamente, uma vez que os
frutos permanecem com aspecto inalterado. Somente ao pressionar a epiderme é possível
visualizar o sintoma, pois o fruto perde a consistência e, muitas vezes, há extravasamento
de líquido no orifício de saída das larvas (SALLES, 1999).

Figura 2. Injúrias (A) externa e (B) interna causadas pela mosca-das-frutas-sul-


-americana em ameixas

1.3 Monitoramento

As armadilhas devem ser instaladas no pomar logo após o raleio1, quando os frutos
apresentarem em torno de 2 a 3cm de diâmetro. O monitoramento deve ser realizado com
armadilhas do tipo McPhail (Figura 3) contendo atrativo alimentar (Tabela 2).

¹ Nota do revisor: A despeito de a forma dicionarizada ser “raleamento”, será mantido neste texto o termo
“raleio” pela tradição de seu uso na literatura da área.

13
Tabela 2. Atrativos alimentares recomendados para o monitoramento da mosca-das-frutas-sul-
americana Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephritidae) em pomares de ameixeira.

Concentração Intervalo de
Nome comercial Armadilhas/ha
recomendada substituição (dias)
Bio Anastrepha® 5% 7
Torula® 6 pastilhas de 3g/L 2a4 7
Ceratrap® Sem diluição 60

Figura 3. Armadilha do tipo McPhail para o monitoramento da mosca-das-


-frutas-sul-americana

O suco de uva diluído a 25%, tradicionalmente utilizado, não tem sido mais
recomendado para o monitoramento da praga. A utilização desse atrativo tem causado
falhas significativas no controle da mosca em pomares de diversas espécies frutíferas,
incluindo a ameixeira. Essas falhas ocorrem uma vez que a quantidade de moscas-das-
-frutas capturada nas armadilhas com suco de uva não permite uma estimativa confiável
da real população que ocorre no pomar monitorado (SCOZ et al., 2006). A eficácia do uso
desse atrativo é especialmente limitada no período de pré-colheita, quando os voláteis
emitidos pelas frutas maduras são fortemente atrativos aos adultos e, assim, restringem
a ação de captura do atrativo alimentar das armadilhas de monitoramento. Disso resulta
grande quantidade de injúrias nas ameixas, pois os adultos presentes nos pomares não são
detectados nas armadilhas e, portanto, as tomadas de decisão de controle são feitas em
momentos inadequados.

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BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

Como alternativas ao suco de uva, os produtores podem utilizar a levedura Torula®


e a proteína hidrolisada (Tabela 2). Uma nova formulação de proteína hidrolisada da marca
comercial CeraTrap®, obtida a partir de hidrólise enzimática a frio, apresenta resultados
superiores aos demais atrativos disponíveis no mercado. Além da vantagem de não
necessitar de substituição semanal ou quinzenal nas armadilhas (com intervalo de troca
de até 60 dias), esse atrativo alimentar permite a detecção mais precisa das populações
da mosca-das-frutas no período de pré-colheita e, portanto, é uma ferramenta para o
monitoramento dessa espécie-praga nos pomares.
Com base no comportamento e na biologia da mosca-das-frutas, alguns aspectos
devem ser observados para um correto monitoramento:
• Localização no pomar: as armadilhas devem ser instaladas nas fileiras
próximas às bordas do pomar, principalmente nas divisas com a mata nativa, pois os
indivíduos responsáveis pelo início da infestação são provenientes de áreas adjacentes,
onde existem hospedeiros nativos. É importante destacar que as armadilhas devem ser
distribuídas em todos os talhões ou quadras do pomar, nos diferentes cultivares;
• Altura da armadilha: as armadilhas devem ser posicionadas nas plantas a uma
altura de 1,5 a 1,7m em relação ao nível do solo, evitando-se a incidência direta do sol e
da chuva;
• Avaliação: as armadilhas devem ser avaliadas duas vezes por semana. Para
tanto, o líquido atrativo deve ser passado numa peneira para permitir a contagem dos
insetos capturados. Seguir a reposição dos atrativos conforme a recomendação (Tabela 2).

1.4 Controle

Por ser uma praga muito agressiva, capaz de causar danos diretos e comprometer
toda a produção, a mosca deve ser controlada assim que forem verificadas as primeiras
capturas nas armadilhas. Entre as formas mais recomendadas, estão a aplicação de iscas
tóxicas (HARTER et al., 2015) e a pulverização de inseticidas em cobertura total. O nível
de controle para as pulverizações em cobertura é de 0,5 mosca/armadilha/dia ou de 3,5
moscas/armadilha/semana.
O emprego de iscas tóxicas é fundamental no manejo da mosca-das-frutas, visando
reduzir a pressão populacional da praga no pomar. Essa forma de controle objetiva
reduzir a população de adultos através da utilização de um atrativo alimentar associado
a um inseticida na forma do sistema “atrai e mata”. Esse sistema apresenta as seguintes

15
vantagens: aplicação em menor área, controle da população no início da infestação,
redução de danos por evitar a postura das fêmeas e redução do risco da presença de
resíduos nos frutos (BOTTON et al., 2014).
No Brasil, a isca tóxica pode ser preparada com diferentes tipos de atrativos
alimentares, tais como melaço de cana-de-açúcar (5% a 7%), proteína hidrolisada (3% a
5%) ou milhocina (5%), adicionando-se um inseticida com efeito sobre adultos da mosca-
-das-frutas (fosforados, spinosade ou piretroides) (ver Tabela 3). A proteína hidrolisada
tem demonstrado resultados mais consistentes no controle da praga quando comparada
ao melaço de cana-de-açúcar, além de ser mais seletiva aos inimigos naturais (BORGES et
al., 2015). A aplicação deve ser realizada nas bordas do pomar, utilizando-se gotas grossas.
Quando houver aumento significativo e rápido do nível populacional, recomenda-se a
aplicação no caule/tronco das plantas em fileiras alternadas. Se houver remanescente de
mata adjacente ou quebra-vento, recomenda-se também realizar a aplicação da isca na
parte em que eles fazem divisa com o pomar. O volume de calda a ser aplicado por hectare
é dependente das características do pomar, bem como da forma de aplicação (se apenas na
borda ou também no interior do pomar em fileiras alternadas). De maneira geral, o volume
aplicado é de 60 a 200 litros/ha, devendo a isca tóxica ser reaplicada semanalmente ou
após a ocorrência de chuvas.
Um novo atrativo para uso em iscas tóxicas, da marca comercial Anamed® (ver Tabela
3), tem sido uma alternativa às proteínas hidrolisadas. O produto não deve ser diluído
em água, devendo-se utilizar sopradores adaptados para esse fim (Figura 4). A principal
vantagem dessa formulação é a maior resistência à remoção pela chuva e à degradação
pela radiação ultravioleta, o que permite ampliar o intervalo entre as aplicações para 15
a 20 dias.
O produto não deve ser aplicado diretamente sobre frutos, mas somente nas
bordas do pomar. Isso ajuda a estabelecer uma barreira física e evita a entrada da mosca-
-das-frutas na área.

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BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

Tabela 3. Atrativos utilizados em isca tóxica para o controle da mosca-das-frutas-sul-americana


Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephritidae) em pomares de ameixeira
Intervalo de
Ingrediente Produtos Concentração do Volume de
aplicação Agente letal2
atrativo comerciais atrativo (%) isca/ha
(dias)1

Açúcar Melaço de cana 5a7


Inseticida registrado
Milhocina 5 para a cultura na dose
3a7 60 a 200L
Proteína Biofruit® recomendada para
3a5 100L
Isca Proteica®
Inseticida registrado
Anamed® Sem diluição 15 a 21 1kg para a cultura (1% do
ingrediente ativo)
1
Variável conforme as condições climáticas (incidência de chuva) e a pressão populacional da praga.
2
Pela sua eficiência e custo, o ingrediente ativo malationa pode ser utilizado em isca tóxica para o controle de A.
fraterculus em fruteiras de clima temperado no Sul do Brasil.

Figura 4. Equipamento adaptado para a aplicação da isca tóxica Anamed®


Fonte: Gustavo Simoneti Nunes (Isca Tecnologias)

17
Embora seja eficaz na supressão populacional da moscas-das-frutas nos pomares,
a isca tóxica não tem sido utilizada de forma rotineira pelos produtores. As principais
restrições dizem respeito à baixa persistência do produto após a ocorrência de chuva, sendo
necessárias constantes reaplicações (até duas vezes por semana); à demanda de máquinas
e de mão de obra para aplicação; aos possíveis efeitos deletérios sobre os inimigos naturais
e polinizadores (principalmente quando a isca é formulada com melaço de cana-de-açúcar
e inseticidas organofosforados) e à possibilidade de atrair outros insetos para o pomar,
principalmente em áreas de pequenos produtores, que aplicam a tecnologia de forma
isolada. No entanto, devido à retirada do mercado de produtos do grupo químico dos
organofosforados, essa tecnologia, após aprimoramentos, deverá ser a mais empregada
nos próximos anos para o controle da mosca-das-frutas (BOTTON et al., 2014).
A aplicação de inseticidas em área total é direcionada aos adultos presentes nos
pomares. A deltametrina (piretroide) é o único inseticida autorizado para o controle de
mosca-das-frutas em ameixeira (AGROFIT, 2016) e apresenta reduzido efeito sobre larvas,
além de ser altamente deletério aos inimigos naturais.
Como medidas para auxiliar no controle da mosca-das-frutas dentro e fora dos
pomares, recomenda-se:
• controlar plantas silvestres localizadas próximas ao pomar que sejam
constantemente infestadas por mosca-das-frutas;
• retirar os frutos temporões (que crescem fora de época), evitando que eles
amadureçam na planta e se tornem foco de infestação;
• eliminar do pomar os frutos caídos e os provenientes de raleio, enterrando-os
a cerca de 20 a 30cm de profundidade;
• eliminar pomares que não estejam mais em produção, evitando o abandono,
a fim de não torná-los focos de infestação;
Além das recomendações acima, em função do tamanho da área e da disponibilidade
de mão de obra, sugere-se o ensacamento dos frutos em início de desenvolvimento,
quando apresentam em torno de 2cm de diâmetro.

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BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

2 Mariposa-oriental
Grapholita molesta (Busck, 1916) (Lepidoptera: Tortricidae)

2.1 Descrição e biologia

Os adultos de G. molesta são pequenas mariposas de coloração cinza-escura


medindo entre 5,5 e 7mm de comprimento (Figura 5, A), sendo as fêmeas, geralmente,
maiores que os machos. A emergência dos adultos ocorre no período da manhã, porém a
espécie possui hábito crepuscular com atividades de migração, alimentação, acasalamento
e postura concentradas durante o entardecer, após as 17h (SILVA et al., 2010).
G. molesta possui metamorfose completa, passando pelas fases de ovo, lagarta,
pupa e adulto. A duração do ciclo é variável conforme a temperatura e o alimento disponível
na fase jovem (Tabela 4). Os adultos vivem aproximadamente 20 dias (SILVA et al., 2010).
As fêmeas ovipositam isoladamente na face inferior de folhas novas, sobre ramos
novos não lignificados e nos frutos. As fêmeas iniciam a oviposição 1 a 3 dias após a
cópula, podendo ovipositar aproximadamente 300 ovos durante a vida, dependendo do
hospedeiro, com pico de oviposição entre 4 e 9 dias após a emergência. Os ovos medem
entre 0,5 e 0,9mm de diâmetro, apresentam forma de disco e coloração branca, sendo de
difícil visualização nas plantas (DUSTAN, 1961).
Logo após a eclosão, as lagartas penetram nos ponteiros ou nos frutos (Figura
5, B). No último segmento abdominal, apresentam uma estrutura em forma de pente
denominada “pente anal”, com três a seis dentes. Essa estrutura pode ser utilizada
para diferenciar G. molesta de outras espécies da mesma família que também atacam
fruteiras de clima temperado, como a Cydia pomonella (Lepidoptera: Tortricidae), praga
quarentenária no Brasil (GRELLMANN, 1991).
A pupa também é de tamanho reduzido (5 a 7mm de comprimento), com
coloração pardo-escura quando próxima à emergência do adulto (Figura 5, C). Encontra-
-se, geralmente, protegida sob fendas da casca do tronco, na região da base do pedúnculo
do fruto e no solo. Nessa fase, o inseto é facilmente dispersado para outras regiões,
principalmente quando a pupa se encontra próximo à base do pedúnculo dos frutos, onde
dificilmente é percebida durante a classificação e o transporte (SILVA et al., 2010).

19
Tabela 4. Duração das fases de desenvolvimento (média ± erro padrão) da
mariposa-oriental Grapholita molesta (Lepidoptera: Tortricidae) em dieta
artificial a 25°C
Fase de desenvolvimento Duração (dias)
Ovo 3,20 ± 0,15
Lagarta 15,50 ± 0,11
Pupa 6,04 ± 0,12
Longevidade de adulto 22,90 ± 0,41
Período de pré-oviposição 2,90 ± 0,25
Período de oviposição 14,40 ± 0,66
Fonte: ARIOLI et al. (2010).

(A) (B) (C)

Figura 5. Mariposa-oriental, Grapholita molesta (Lepidoptera: Tortricidae), (A) adulta, (B) lagarta e
(C) pupa

A mariposa-oriental é uma praga do tipo residente, ou seja, que habita o pomar


por todo o ano e não apenas o utiliza para se alimentar ou ovipositar, como é o caso da
mosca-das-frutas. Embora existam trabalhos demonstrando a grande capacidade de voo
dos adultos dessa espécie (acima de 1km de distância), acredita-se que o crescimento
populacional nos pomares ocorra no próprio local, havendo a dispersão apenas entre
pomares próximos. Um fato importante a ser considerado no manejo da mariposa-oriental
é a não identificação de plantas hospedeiras silvestres nas florestas brasileiras.
Em Santa Catarina, em ameixeiras, o período de ocorrência da mariposa-oriental
é amplo, estendendo-se de agosto a maio. De forma geral, as maiores populações são
verificadas logo após a diapausa hibernal (agosto e setembro) e durante o período de

20
BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

colheita (dezembro e janeiro). Para a região de Videira, localizada no Alto Vale do Rio
do Peixe, o intervalo entre gerações está em torno de 7,5 semanas, o que permite a
ocorrência de cinco a seis gerações entre o período da diapausa (HICKEL et al., 2003). Já
para a Serra Catarinense, em especial para São Joaquim, esse intervalo situa-se em torno
de 9,5 semanas, o que permite a ocorrência de três a quatro gerações anuais (CIVIDANES
& MARTINS, 2006).
Para as condições catarinenses, HICKEL et al. (2007) sugerem um modelo de
previsão de ocorrência da mariposa-oriental a fim de auxiliar os produtores sobre
o momento oportuno para a realização do controle do inseto nos pomares. O modelo
sugerido tem como base uma equação (função Weibull) que simula a distribuição de
insetos em resposta à temperatura, uma vez que a velocidade de desenvolvimento dos
espécimes coincide essencialmente com o calor acumulado durante seu desenvolvimento.
Assim, de posse dos dados de temperatura máxima e mínima no ambiente do pomar e
adotando-se 9oC como temperatura-base para o desenvolvimento da mariposa-oriental,
é possível o cálculo do acúmulo de graus-dia (°D) (calor acumulado por dia). Hickel et al.
(2003) sugerem que o modelo fornece um bom indicativo de controle das populações de
adultos nas somas térmicas entre 150 e 200oD, entre 700 e 750oD para a região de Videira
e entre 100 e 150oD, 700 e 750oD e 1250 e 1300oD para a região de São Joaquim.

2.2 Prejuízos

A mariposa-oriental ocasiona danos aos cultivos da ameixeira apenas na fase de


lagarta, a qual ataca tanto as brotações do ano (ponteiros) quanto os frutos (Figura 6). Após
a eclosão, as lagartas se dirigem para os brotos tenros, onde penetram fazendo galerias.
Durante os primeiros dias não se observam sintomas de ataque, os quais são visíveis a
partir da segunda semana. Verifica-se a deposição de excrementos (fezes) na entrada
da galeria, a murcha e a posterior secagem dos ponteiros (Figura 6, A). Outro sintoma
observado é o aparecimento de um exsudato gomoso na região de penetração da lagarta
(reação característica em drupáceas). No entanto, quando esse exsudato é registrado, a
lagarta já abandonou a galeria para se transformar em pupa (ARIOLI, 2007).

21
(A)

(B)

Figura 6. Danos causados pela


mariposa-oriental, Grapholita
molesta (Lepidoptera: Tortricidae):
(A) nas brotações novas e (B) nos
frutos

Durante a noite, a lagarta possui o hábito de deixar a galeria, podendo alimentar-se


de três a sete ramos diferentes na mesma planta, geralmente próximos entre si, para poder
completar o desenvolvimento larval. Esse tipo de ataque é mais preocupante quando
ocorre em plantas jovens (pomares recém-implantados) e em viveiros, principalmente
após a enxertia, pois o comprometimento dos brotos interfere na fisiologia da planta e,
consequentemente, na formação da copa (HICKEL et al., 2007). Normalmente, o ataque
nos ponteiros e brotações em plantas adultas não causa prejuízos econômicos, mas pode
comprometer o acúmulo de reservas para a próxima safra.
O ataque das lagartas aos frutos pode ser feito de duas formas distintas: na primeira,
observa-se um orifício de entrada, relativamente grande, correspondendo ao dano
causado pelas lagartas que tiveram seu desenvolvimento inicial nas brotações e acabaram
migrando para o fruto. A segunda, de difícil percepção, é causada pelas lagartas recém-
-eclodidas que penetram na zona do pedúnculo dos frutos, sendo esse dano observado
apenas quando o fruto começa a exsudar goma (fruto verde) ou excrementos do tipo
serragem (frutos maduros). Em geral, quando no interior do fruto, formam galerias em
direção ao caroço, podendo ocasionar o escurecimento da polpa decorrente dos processos
de oxidação e fermentação, levando ao apodrecimento total e à consequente queda dos
frutos, tornando-os inviáveis para a comercialização (SALLES, 2001).
Na região Sul do Brasil, o inseto tem provocado perdas diretas, que variam entre
0,5% e 5%, principalmente nos cultivares tardios, com colheita no mês de janeiro.

22
BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

Entretanto, não há informações das perdas devidas aos danos indiretos, ocasionadas
principalmente pela incidência da podridão-parda, causada pelo fungo Monilinia fructicola
Wint. (Honey, 1928) (Helotiales: Sclerotiniaceae). Ao realizar a injúria, a mariposa-oriental
rompe a casca e expõe o fruto, facilitando a infecção desse patógeno, o que pode elevar
as perdas durante a fase de amadurecimento no campo ou durante o armazenamento.

2.3 Monitoramento

A presença da mariposa-oriental nos pomares deve ser monitorada, e o incremento


de captura deve ser utilizado como critério para a adoção de medidas de controle. Para
isso, utiliza-se feromônio sexual sintético (Tabela 5), disponibilizado em septo de borracha
acondicionado no interior de armadilhas modelo Delta (Figura 7). O atrativo imita o odor
natural que as fêmeas liberam no ambiente para atrair os machos para o acasalamento, os
quais são retidos na base interna da armadilha em um piso adesivo (BOTTON et al., 2001;
ARIOLI et al., 2006).

Tabela 5. Feromônios registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


(Mapa) para monitoramento e controle da mariposa-oriental, Grapholita molesta (Lepidoptera:
Tortricidae), no Brasil
Intervalo de
Programa/Ingrediente Carência
Nome comercial substituição do
ativo (dias)
septo (dias)2
Densidade de
Monitoramento
armadilhas1
Álcool laurílico Biographolita 1 armadilha/ha 28 SR4
Acetato de dodecenila Iscalure Grafolita 3 a 5ha 28 SR
Controle Dose Reaplicação3
20 liberadores/
(Z)-8-dodecenol Biolita 90 SR
ha
Acetato de (E)-8-
dodecenila + acetato de
Splat Grafo 1 a 2,5kg/ha 90 SR
(Z)-8-dodecenila + Z-8-
dodecenol
Acetato de (E)-8-
dodecenila + acetato de Cetro 500 liberadores 180 SR
(Z)-8-dodecenila
Fonte: AGROFIT (2016).
1
Mínimo de duas armadilhas por pomar.
2
Informações das empresas fabricantes.
3
Informações das empresas fabricantes, sendo a eficiência variável de acordo com as condições climáticas e
a forma de aplicação do produto.
4
Admitidos sem restrição.

23
Figura 7. Armadilha modelo Delta com feromônio sexual sintético
para a captura de adultos da mariposa-oriental, Grapholita
molesta (Lepidoptera: Tortricidae)

Para a observação dos níveis populacionais da mariposa-oriental nos pomares,


recomenda-se que as armadilhas sejam instaladas no início da brotação, fixando-as às
plantas a uma altura de aproximadamente 1,8m em relação ao nível do solo, tendo-se
o cuidado de manter as aberturas sempre livres de ramos para facilitar a distribuição da
pluma de odor, potencializando, assim, a captura dos adultos. Elas devem ser mantidas até
o momento da colheita. Para pomares jovens ainda em formação, recomenda-se que as
armadilhas sejam mantidas até a queda das folhas, uma vez que o ataque da praga pode
comprometer o desenvolvimento das plantas.
As armadilhas devem ser vistoriadas uma vez por semana, procedendo-se à
contagem e à retirada dos adultos capturados no piso adesivo. Como nível de controle,
na cultura da ameixeira é estabelecida a captura de 20 machos/armadilha/semana. O piso
adesivo deve ser trocado assim que apresentar ressecamento ou diminuição significativa
da cola, o que geralmente ocorre após grande acúmulo de detritos de poeira e de insetos.
O comportamento da praga deve ser observado em cada pomar a fim de verificar a
necessidade de antecipar ou retardar o controle em função das características específicas
de cada local (BOTTON et al., 2001; ARIOLI et al., 2006).

24
BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

2.4 Controle

A intensidade do ataque da mariposa-oriental é dependente da geração da praga,


bem como do estádio fenológico da cultura. Em geral, os cultivares tardios (com colheita
a partir de janeiro) são mais atacados quando comparados àqueles de ciclo precoce e
médio. Isso ocorre por incidir sobre os cultivares tardios um maior número de gerações e,
consequentemente, populações mais elevadas.
A aplicação de inseticidas ainda é a principal estratégia para o controle de pragas em
fruteiras de clima temperado no Sul do Brasil, sendo os organofosforados e piretroides os
mais empregados por apresentarem um amplo espectro de ação. Inseticidas mais seletivos
aos inimigos naturais e de menor toxicidade a mamíferos, como o clorantraniliprole, o
lufenurom e o novalurom (específicos para o controle de lagartas), e o etofemproxi foram
registrados recentemente para o controle da mariposa-oriental nas culturas da macieira
e do pessegueiro. Devido ao agrupamento de culturas (minor crops), a expectativa é de
que esses ingredientes ativos sejam autorizados também para uso na cultura da ameixeira
(BOTTON et al., 2011).
Tendo em vista o número reduzido de inseticidas registrados para o controle
da mariposa-oriental na cultura da ameixeira, o emprego da técnica de interrupção de
acasalamento (TIA), pelo uso de feromônio sexual, constitui-se importante alternativa para
o controle da praga. Pela aplicação de uma grande quantidade de feromônio sexual sintético
no pomar, a TIA atua dificultando o encontro entre machos e fêmeas. Consequentemente,
há uma diminuição dos acasalamentos, bem como das populações nas gerações seguintes.
Essa técnica é usada com sucesso em fruteiras de caroço em todo o mundo.
No Brasil, já existem três formulações registradas para o controle da mariposa-
-oriental pela TIA (Biolita®, Splat Grafo® e Cetro®) (Tabela 5). Em função das características
(grandes áreas de plantio), a TIA é utilizada de maneira significativa por produtores de
maçã. Em áreas de produção de ameixeira, em geral pequenas, somente parte pequena dos
produtores utiliza a tecnologia. Isso limita a eficiência do controle da mariposa-oriental nos
pomares que adotam a TIA em função da migração de indivíduos de pomares em que não
se utilizou o feromônio. Mesmo com essas restrições, os resultados iniciais demonstram
que a tecnologia é eficaz, principalmente devido à menor pressão populacional da praga
na região Sul do Brasil comparada à de cultivos de macieira (BOTTON et al., 2005).
Outra técnica que também utiliza feromônio sexual como base para o controle da
mariposa-oriental é a técnica denominada de atrai e mata (attract and kill). O contato
de machos com um produto composto do feromônio sexual sintético mais um produto

25
inseticida contamina e, posteriormente, mata os indivíduos. O produto comercial para
o controle da mariposa-oriental, e também da Bonagota cranaodes (Meyrick, 1937)
(Lepidoptera: Tortricidae), pela técnica atrai e mata com registro no Brasil é o Splat Cida
Grafo Bona®, porém com registro exclusivo para a cultura da maçã (AGROFIT, 2016).
De maneira geral, para obter resultados satisfatórios com o emprego da técnica,
algumas condições devem ser observadas pelos fruticultores, destacando-se:
• aplicação do feromônio sexual sintético em áreas amplas (maiores que 5ha)
ou em amplitude regional mediante estratégia cooperativa, principalmente em áreas onde
os pomares estão localizados próximos entre si;
• aplicação dos liberadores de feromônio sexual antes do aparecimento da
primeira geração de adultos da mariposa-oriental (agosto e setembro), conforme os
registros da flutuação populacional;
• aplicação de inseticidas eficientes no controle da mariposa-oriental,
principalmente para combater as fêmeas adultas (“tratamento de limpeza”) entre 1 e 2
dias depois da instalação dos liberadores de feromônio sexual no pomar;
• aplicação de 20% a mais de liberadores de feromônios sexuais em relação ao
restante da área nas duas ou três filas de plantas das bordas dos pomares, que estão mais
sujeitas à ação dos ventos, ou promover uma distribuição fora do pomar, ampliando-se a
área de cobertura do produto;
• integração do uso de feromônios sexuais sintéticos com inseticidas nos
primeiros anos de implantação dessa técnica em áreas com alta densidade populacional da
mariposa-oriental (acima de 30 machos/armadilha/semana na população pós-diapausa),
comprovada pela perda expressiva verificada em safras anteriores (acima de 1% de frutos
danificados);
• reposição dos liberadores após o período recomentado (Tabela 5);
• posicionamento dos liberadores no terço superior das plantas, evitando sua
exposição direta aos raios solares;
Embora o uso de feromônio para o controle da mariposa-oriental apresente
importantes vantagens, como a ausência de toxicidade e a seletividade aos inimigos
naturais, ele é específico para o controle dessa praga. Assim, é importante que o produtor
amplie o monitoramento, avaliando a presença de outras pragas que possam causar danos,
tais como a mosca-das-frutas, outras lagartas e gorgulhos, que devem ser controladas com
estratégias específicas e com produtos devidamente registrados para a cultura.

26
BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

3 Cigarrinhas
(Hemiptera: Cicadellidae: Cicadellinae)

3.1 Descrição e biologia

As cigarrinhas são insetos sugadores que apresentam boa capacidade de dispersão.


Em geral, as espécies ficam restritas a seus domínios zoogeográficos, mas a migração de
seus prováveis locais de origem também pode ocorrer, colonizando, assim, outras regiões.
As espécies pertencentes à subfamília Cicadellinae são numerosas e diversificadas, com
comprimento variado e cores vistosas, porém com comportamento alimentar semelhante,
sugando a seiva nos vasos do xilema das plantas. A duração do ciclo biológico varia em
função da temperatura: a 25°C, a duração das fases de ovo e ninfa é de aproximadamente
10 e 15 dias, respectivamente, enquanto os adultos vivem por até 60 dias (REDAK et al.,
2004).
As cigarrinhas possuem hábito diurno, com pico de atividade nos horários mais
quentes (MARUCCI et al., 2004). Algumas espécies preferem a vegetação rasteira, enquanto
outras apresentam hábito arbóreo (PAIVA et al., 1996).

3.2 Prejuízos

O dano direto provocado pelas cigarrinhas não é relevante, porém muitas espécies
são potenciais vetores da bactéria Xylella fastidiosa, que é o agente causal da principal
doença ocorrente na cultura, a escaldadura das folhas da ameixeira (EFA) (MOHAN et al.,
1980; DUCROQUET et al., 2001). X. fastidiosa coloniza os vasos do xilema (limitando-se a
este) de inúmeras espécies vegetais, dependendo, obrigatoriamente, de insetos-vetores
para sua disseminação natural e penetração em tecido vegetal suscetível. Ao adquirir a
bactéria, durante a alimentação em plantas infectadas, as cigarrinhas adultas passam a
transmitir o fitopatógeno indefinidamente (LOPES, 1996).
Os primeiros registros da EFA ocorreram em 1935 na Argentina, região do Delta do
Rio Paraná, e, posteriormente, nos Estados Unidos, no Brasil e no Paraguai. A doença é um
importante fator fitossanitário que limita o cultivo de ameixas no Brasil e foi relatada pela
primeira vez em 1978 no município de Pelotas, RS (FRENCH & KITAJIMA, 1978).
A EFA é endêmica na maioria das regiões produtoras de ameixa do País e desde
a década de 70 tem sido responsável pela redução na área cultivada. O problema

27
fitossanitário causado pela EFA encarece o custo de produção e reduz a competitividade
em relação às ameixas importadas, especialmente da Argentina e do Chile. Os sintomas
da doença somente aparecem após vários meses de incubação da bactéria, quando ela
aumenta sua população e se distribui sistemicamente pela planta. Quando as mudas já
vêm contaminadas do viveiro, cultivares mais suscetíveis podem apresentar sintomas já no
segundo ano após o plantio. A doença se caracteriza por necrose das folhas e secamento
dos ramos colonizados pela bactéria, da parte apical para a base da copa, com declínio
no vigor e na produção (80% a 90%), culminando com a morte da planta (Figura 8)
(DUCROQUET et al., 2001).

Figura 8. Sintomas da escaldadura das folhas da ameixeira (EFA)


Fonte: Cristiane Müller.

3.3 Cigarrinhas associadas aos pomares de ameixeira no Sul


do Brasil

Estudos de levantamento populacional conduzidos até o presente momento


identificaram ampla diversidade de espécies de cigarrinhas ocorrentes em pomares de
ameixeira no Brasil (AZEVEDO FILHO et al., 2011). Na região Sul, nos estados de Santa
Catarina (município de Videira) e Rio Grande do Sul (municípios de Bento Gonçalves,
Farroupilha e Protásio Alves), já foram registradas 33 espécies associadas à cultura (Tabela
6) (HICKEL et al. 2001; AZEVEDO FILHO et al., 2011).

28
BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

Tabela 6. Espécies de cigarrinhas (Cicadellidae: Cicadellinae) associadas à cultura da ameixeira


em Santa Catarina (município de Videira) e Rio Grande do Sul (municípios de Bento Gonçalves,
Farroupilha e Protásio Alves) coletadas com armadilhas adesivas amarelas
Pomares
Tribo Espécie
SC RS
Bucephalogonia xanthophis (Berg, 1879) X X
Caragonalia carminata (Signoret, 1855) X X
Diedrocephala variegata (Fabricius, 1775) X X
Dilobopterus dispar (Germar, 1821) X X
Erythrogonia dorsalis (Signoret, 1853) X X
Ferrariana trivittata (Signoret, 1854) X
Hortensia similis (Walker, 1851) X X
Macugonalia cavifrons (Stål, 1862) X X
Cicadellini Macugonalia geographica (Signoret, 1855) X
Macugonalia leucomelas (Walker, 1851) X X
Parathona gratiosa (Blanchard, 1840) X X
Pawiloma victima (Germar, 1821) X X
Plesiommata corniculata Young, 1977 X
Sibovia sagata (Signoret, 1854) X X
Sonesimia grossa (Signoret, 1854) X
Spinagonalia rubrovittata Cavichioli, 2008 X X
Tettisama quinquemaculata (Germar, 1821) X
Acrogonia citrina Marucci & Cavichioli, 2002 X
Aulacizes conspersa Walker, 1851 X
Aulacizes obsoleta Melichar, 1926 X X
Aulacizes quadripunctata (Germar, 1821) X
Homalodisca ignorata Melichar, 1924 X X
Molomea consolida Schröder, 1959 X
Molomea flavolimbata (Signoret, 1854) X
Molomea lineiceps Young, 1968 X
Proconiini
Molomea magna (Walker, 1851) X
Molomea personata (Signoret, 1854) X X
Molomea xanthocephala (Germar, 1821) X
Ochrostacta physocephala (Signoret, 1854) X
Oncometopia facialis (Signoret, 1854) X X
Oncometopia fusca Melichar, 1925 X X
Phera carbonaria (Melichar, 1924) X
Tapajosa rubromarginata (Signoret, 1855) X

29
Devido à baixa especificidade das espécies em relação à bactéria X. fastidiosa, as
cigarrinhas do grupo Cicadellinae, que se alimentam da seiva bruta do xilema de plantas
infectadas, são consideradas potenciais vetores do fitopatógeno (Figura 9). De forma
geral, aquelas que se encontram nas proximidades de cultivos com presença confirmada
da doença são consideradas as mais importantes, pois apresentam maior probabilidade
de transmissão. Além disso, o conhecimento das espécies de cicadelíneos presentes na
vegetação rasteira, que em muitos casos inclui plantas hospedeiras de fitopatógenos, é
importante para facilitar o entendimento de uma possível disseminação do microrganismo
entre hospedeiros alternativos e a cultura (LOPES, 1999).
A eficácia com que se dá a transmissão da bactéria pelas cigarrinhas é variável. Uma
espécie, mesmo pouco abundante no pomar, pode ser considerada eficiente vetor por
seus altos índices de inefectividade natural (HOPKINS & ADLERZ, 1988).
No Brasil, já foram relatadas 12 espécies de cicadelíneos vetores de X. fastidiosa
para as culturas de citros e café: Acrogonia citrina, Acrogonia virescens, Bucephalogonia
xanthophis, Dilobopterus costalimai, Ferrariana trivittata, Fingeriana dubia, Homalodisca
ignorata, Macugonalia leucomelas, Oncometopia facialis, Parathona gratiosa, Plesiommata
corniculata e Sonesimia grossa (FUNDECITRUS, 1999; YAMAMOTO & GRAVENA, 2000;
YAMAMOTO et al., 2007). Em ameixeira, a bactéria já foi detectada com o uso do teste
Elisa nas espécies P. corniculata, Hortensia similis, Haldorus sp., Exitianus obscurinervis
e Balclutha hebe. As cigarrinhas Sibovia sagata, Macugonalia cavifrons e Macugonalia
leucomelas também foram indicadas como vetores da bactéria em ameixeira (MÜLLER,
2013).

3.4 Monitoramento

Diferentes métodos podem ser utilizados para a coleta e o monitoramento de


cigarrinhas em ameixeira. E os destaques vão para o uso de: armadilha adesiva amarela,
“succionador” motorizado, rede de varredura, armadilha luminosa, armadilha Malaise e
bandeja d’água.
A combinação de vários métodos de amostragem auxilia no levantamento das
espécies nos pomares. Contudo, as armadilhas adesivas amarelas (Figura 10, A) têm sido a
principal ferramenta no monitoramento de cigarrinhas potenciais vetores de X. fastidiosa
em diferentes culturas no Brasil, tais como citros, café e videira. As armadilhas podem
ser adquiridas já cortadas ou em bobinas com tamanho aproximado de 8,5 x 11cm. São
utilizadas seis armadilhas por hectare, instaladas na periferia norte da planta a uma

30
BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

(A) (B) (C) (D) (E)

(F) (G) (H) (I) (J)

(K) (L) (M) (N) (O)

(P) (Q) (R) (S) (T)

Figura 9. Cigarrinhas (Cicadellidae: Cicadellinae) associadas à cultura da ameixeira no Sul do Brasil:


Cicadellini: A. Bucephalogonia xanthophis (Berg, 1879); B. Dilobopterus dispar (Germar, 1821);
C. Erythrogonia dorsalis (Signoret, 1853); D. Hortensia similis (Walker, 1851); E. Macugonalia
geographica (Signoret, 1855); F. Parathona gratiosa (Blanchard, 1840); G. Pawiloma victima
(Germar, 1821); H. Sonesimia grossa (Signoret, 1854); I. Spinagonalia rubrovittata Cavichioli, 2008.
Proconiini: J. Acrogonia citrina Marucci & Cavichioli, 2002; K. Aulacizes conspersa Walker, 1851; L.
Aulacizes quadripunctata (Germar, 1821); M. Homalodisca ignorata Melichar, 1924; N. Molomea
consolida Schröder, 1959; O. Molomea lineiceps Young, 1968; P. Molomea personata (Signoret,
1854); Q. Molomea xanthocephala (Germar, 1821); R. Oncometopia facialis (Signoret, 1854); S.
Oncometopia fusca Melichar, 1925; T. Tapajosa rubromarginata (Signoret, 1855).
Fonte: Wilson S. de Azevedo Filho e Graziela Poletto.

31
altura de aproximadamente 1,7m acima do nível do solo ou na primeira metade da copa.
Além disso, pode ser colocada uma estaca de madeira com a armadilha na extremidade,
próximo à base da planta, a uma altura de 0,5m do solo para capturar as cigarrinhas
associadas à vegetação rasteira. Essa fixação pode ser feita com o auxílio de arames e
presilhas metálicas, que facilitam a troca da armadilha durante o monitoramento (Figura
10, B) (LOPES, 1999).
As armadilhas devem ser vistoriadas e trocadas a cada 15 dias para evitar danos
que possam ser causados aos exemplares por intempéries ou alterações nas cores. Caso
seja necessário retirar as cigarrinhas das armadilhas para uma avaliação mais detalhada
em laboratório, é possível colocar algumas gotas de querosene sobre o inseto para
dissolver a cola. A preservação dos espécimes retidos nas armadilhas é importante para a
identificação correta dos táxons.

Figura 10. (A) Armadilha adesiva amarela e (B) armadilhas adesivas instaladas no pomar para
monitoramento
Fonte: Wilson S. de Azevedo Filho.

3.5 Controle

Ainda não há um nível de controle ou de ação estabelecido para esses insetos na


cultura da ameixeira, principalmente por se tratarem de vetores de doenças de plantas.
Nesse caso, os produtores devem ser criteriosos em relação ao controle das cigarrinhas,
aplicando inseticidas apenas quando forem detectadas cigarrinhas potenciais vetores
em pomares que apresentem fontes de inóculo da doença (plantas sintomáticas) em

32
BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

seu interior ou em talhões vizinhos. O rigor no controle dos vetores deve ser maior em
pomares em fase de formação e nos meses de primavera e verão, quando há maior fluxo
de brotações e de cigarrinhas.
A eliminação de plantas ou ramos sintomáticos é uma prática que pode ser viável
em cultivares resistentes (ex.: Chatard). No entanto, para os cultivares mais plantados
essa prática é inviável, pois quando as plantas apresentam o sintoma, já estão bastante
debilitadas e, mais ainda, a bactéria provavelmente já foi disseminada para outras plantas
pelos vetores. Desse modo, a eliminação de plantas ou ramos não surtiria o efeito desejado
de interromper a disseminação da doença.

33
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BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

Referências

AGROFIT. Sistema de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: <www.agricultura.gov.br>. Acesso


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Fitossanidade) – Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2007.

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AZEVEDO FILHO, W.S.; PALADINI, A.; BOTTON, M.; CARVALHO, G.S.; RINGENBERG, R.; LOPES, J.R.S.
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35
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39
40
BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil

ANEXO

Guia para o controle de pragas secundárias nos


cultivos de ameixeira

41
42
Época de Monitoramento e nível de Considerações importantes para o
Praga Danos
ocorrência controle controle

• Racionalizar o emprego de
inseticidas para o controle das
• Monitorar e observar com o pragas primárias
• Os ácaros raspam as
auxílio de lupa (aumento de 10
folhas, ocasionando • A manutenção de plantas
Ácaros Período vezes), de 10 a 40 folhas/planta
bronzeamento e a de cobertura na entrelinha da
vegetativo, num total de 10 plantas/pomar
Tetranychus urticae consequente queda delas cultura contribui para reduzir as
e Panonychus ulmi especialmente • O nível de controle para a
infestações, pois servem como
(Acari: Tetranychidae) • Redução da fotossíntese na pré-colheita aplicação de acaricidas é de 6
e enfraquecimento das abrigo para inimigos naturais
formas móveis/folha em 20%
plantas • Temperaturas elevadas e baixa
das folhas amostradas
umidade favorecem a multiplicação
dos ácaros

43
• Sugam a seiva das
plantas, ocasionando o • Evitar aplicações excessivas de
Pulgões encarquilhamento de • Identificação visual dos focos nitrogênio, minimizando o vigor
Brachycaudus flores e folhas Da floração ao de infestação das plantas
schwartzi e Myzus raleio
persicae (Hemiptera: • Facilitam a proliferação • 5% de ponteiros ou flores • Caso seja necessário o controle
Aphididae) de fungos formadores infestadas químico, este deve ser direcionado
de fumagina, que pode aos focos de infestação
interferir na produção

Continua...
BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil
Continuação...
Época de Monitoramento e nível de Considerações importantes para o
Praga Danos
ocorrência controle controle

• Podar os ramos que estejam com


alta infestação, deixando-os em
fossas ou buracos cobertos com
tecido voil nos arredores do pomar
para a emergência de inimigos
• As cochonilhas naturais
alimentam-se da seiva, • Amostragem visual com
de ramos e de troncos identificação dos focos de • Raspar os troncos e ramos com
Cochonilha-branca ocasionando seu presença das cochonilhas
Pseudaulacaspis secamento; De meados do infestação, registrando-se as
pentagona outono ao final plantas ou partes infestadas no • Aplicar calda sulfocálcica no
• Ocasionam a perda de do inverno pomar inverno
(Hemiptera:
Diaspididae) vigor nas plantas • Nível de controle não • Aplicar inseticidas de contato
• Facilitam a entrada de determinado adicionados a um óleo mineral

44
doenças, como os cancros ou vegetal durante o inverno e
somente nas plantas infestadas

• Ou aplicar inseticidas no solo,


no início da brotação ou após a
colheita

• As ninfas sugam a seiva


nos troncos, ramos, folhas
e frutos • Amostragem visual das plantas • Remover e queimar os ramos
Piolho-de-são-josé e dos frutos no momento infestados durante a poda
• Diminuem o vigor e a
Quadraspidiotus produtividade, e podem De outubro a da colheita para delimitar os
perniciosus pontos de infestação • Manter a vegetação no interior
ocasionar a morte das abril do pomar para fornecer alimento
(Hemiptera: plantas
Diaspididae) • Nível de controle não e favorecer a sobrevivência de
• Frutos atacados determinado inimigos naturais
apresentam manchas
avermelhadas
Continua...
Continuação...

Época de Monitoramento e nível de Considerações importantes para o


Praga Danos
ocorrência controle controle

• Manter a sanidade das plantas,


• Atacam ramos, evitar excesso de adubação, usar
Broca-das-rosáceas obstruindo os canais • Amostragem visual das plantas material propagativo sadio e
condutores de seivas, atacadas com a presença de controlar doenças
Scolytus rugulosus,
Xyleborinus saxesenii, levando à morte a planta Durante todo pequenos orifícios de entrada • Evitar o estabelecimento do
Corthylus abreviatus o ano dos insetos pomar em áreas encharcadas
e Monarthum • Atacam
(Coleoptera: preferencialmente plantas • Nível de controle não • Remover e queimar os ramos
Scolytidae) debilitadas, submetidas a determinado atacados oriundos da poda,
condições de estresse visando reduzir a incidência da
praga no pomar

45
• Utilizar armadilhas PET Milho
(garrafa do tipo PET de 600ml
pintadas de preto) contendo • Eliminar os focos de infestação
• Os adultos perfuram a grãos de milho como atrativo do inseto por meio do tratamento
Gorgulho-do-milho casca dos frutos alimentar dos grãos armazenados nos
Sitophilus zeamais Próximo à
• Facilitam a infecção paióis, já que eles migram para
(Coleoptera: colheita • Inspecionar diariamente os
de fungos e o ataque de os pomares quando a população
Curculionidae) frutos a partir de 5 dias antes da
outros insetos está alta e quando ocorre falta de
colheita
alimento
• Nível de controle não
determinado

Continua...
BT 174 – Manejo dos principais insetos e ácaros-praga na cultura da ameixeira no Sul do Brasil
Continuação...

Época de Monitoramento e nível de Considerações importantes para o


Praga Danos
ocorrência controle controle

• As lagartas rompem a • Evitar aplicações de


• Realizar a inspeção visual
epiderme dos frutos herbicidas que destroem
dos frutos da frutificação até a
Outras lagartas colheita a vegetação de cobertura
• O fruto atacado
Da primavera nos pomares e, assim,
(Noctuidae e apresenta casca
ao outono • Nível de controle não evitar a migração das
Geometridae) defeituosa
determinado lagartas para as plantas
• Facilitam a infecção de e o consequente ataque
fungos nos frutos

• Realizar inspeção visual das


flores do início da floração

46
até a formação do fruto
• Adultos e larvas raspam (aproximadamente 2cm de
a película do ovário das diâmetro)
flores, que pode evoluir Entre os • No final do inverno, não se
para deformações e queda estádios • Inspecionar 10 flores/planta e recomenda aplicar herbicida
dos tecidos 10 plantas/talhão dessecante no pomar para
fenológicos G não eliminar os hospedeiros
Trips (Thysanoptera: • A visualização das formas
• Quando se desenvolve, (queda das alternativos dessa praga. Esse
Thripidae) jovens pode ser feita com
o fruto atacado apresenta pétalas) manejo elimina as fontes de
casca defeituosa, áspera e auxílio de lupa com aumento de alimentação, o que pode levar
com deformação e H (fruto 10x, destacando-se as pétalas a uma maior infestação de trips
formado) ou batendo-as sobre uma sobre as plantas de ameixeira
• Facilitam a infecção de bandeja branca
fungos
• O nível de controle para a
aplicação de inseticidas é de 2%
das flores com presença de trips

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