Grau 3
Grau 3
Grau 3
Trata-se do terceiro e último Grau do Simbolismo. Para muitos Irmãos, principalmente para os
adeptos dos três Graus, é o coroamento final do aprendizado maçônico. Nas Potências ou
Obediências Simbólicas é o Grau em que é concedida ao Iniciado a plenitude dos direitos
maçônicos e obviamente a contrapartida dos deveres maçônicos.
O Grau é muito esotérico e é dedicado inteiramente ao espírito.
Neste Grau aparece pela primeira vez a pregação de uma doutrina através de uma lenda. Trata-
se da Lenda de Hiram. Ei-la:
Com Hiram Abiff morto e preservando o Juramento que haviam feito, ficaram perdidas as
Palavras e os Sinais de Mestre. Para solucionar o problema, Salomão determinou que as
primeiras palavras a serem pronunciadas ao descobrir-se o corpo de Hiram Abi e os primeiros
Sinais realizados passassem a ser os novos Sinais e Palavras de Mestre.
No simbolismo maçônico, o grau de Mestre representa o Outono da vida, estação em que o Sol
termina o seu curso e morre para renascer: é a época em que o homem recolhe os frutos do seu
trabalho e de seus estudos. É o emblema que indica a compreensão das lições de Moral que a
vida ensina e a experiência que se alcança.
O Mestre deve ser um todo harmonioso. É a meta que deve procurar todo Maçom. É o mérito do
Iniciado de ter atingido este desenvolvimento que o constitui dentro da verdade como um ser
intelectual.
O Terceiro Grau maçônico: o Grau de MESTRE é o complemento necessário dos dois primeiros.
Se não existisse, a cumeeira do edifício faltaria e a Maçonaria Especulativa não seria outra coisa
senão uma irrisória caricatura da Maçonaria Operativa.
O Mestrado conduz a novas sínteses. O Aprendiz dedicou-se ao trabalho material do desbaste da
"Pedra Bruta". O Companheiro ao trabalho intelectual que implica na realização da "Pedra
Cúbica". Ao Mestre não pode ser atribuído senão o trabalho espiritual. A sua missão é derramar a
luz e reunir o que está esparso.
O Mestrado não é um dom. É uma conquista. É a vitória do homem sobre si mesmo. O Mestre
deve se esforçar por enxotar o velho homem, isto é, por eliminar paciente, mas definitivamente,
todos os erros, as antíteses, as contradições de costumes e usos de nossa civilização, a fim de
edificar sobre um terreno novo o ser superior que o colocará em comunicação com as regiões de
igual natureza.
O Mestre não deve esquecer que, em sua ascensão para a espiritualidade o pensamento é uma
força soberana, guiada com bom-senso e lógico. Convém ter sempre no espírito a meta de atingir
e concentrar os seus desejos, os seus pensamentos e os seus atos para um mesmo ponto de
vista dirigido com amor para uma ordem de coisas, mais perfeita, para as múltiplas definições do
Bem, do Belo e do Verdadeiro.
O Mestre Maçom deve celebrar o companheirismo que amálgama os Irmãos pelo esquadro e pelo
compasso, animados não somente pelos feitos dos nossos antepassados, mas também, pela
vontade de superar obstáculos de hoje e do porvir.
Ser Mestre significa ser Mestre de si mesmo, trabalhar com inteligência e força de vontade em si
mesmo, no seu próprio aperfeiçoamento, tendo sempre em mente o fato de que nada mais somos
do que simples aprendizes, mesmo que nos denominemos Mestres.
Ser Mestre é aceitar que não nos pertencemos, mas à coletividade e que por isso mesmo sua
inteligência e sua vontade devem estar sempre a serviço dessa coletividade.
Ser Mestre é acender luzes pelo caminho por que passa luzes de amizade e sabedoria, de
bondade e justiça, de harmonia e compreensão, de solidariedade e fraternidade.
Ser Mestre é não se considerar juiz dos defeitos e erros dos outros, mas saber compreender e
perdoar.
Ser Mestre é saber aceitar um conselho, para ser ajudado.
Ser Mestre é retribuir com ternura aos que o odeiam.
Ser Mestre é ser perfeito nas mínimas realizações.
Pendente no teto, uma lâmpada com uma luz votiva sobre o centro do Templo.
No centro do Templo, um esquife coberto com um pano preto, e, sobre este, um Ramo de Acácia.
Os instrumentos de trabalho de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom estão espalhados pelo
chão.
Tudo deve lembrar luto, morte e consternação. Os Malhetes trarão um laço de crepe negro.
PALAVRAS
SINAIS
-DE ORDEM -PP. em esq. P. do p. dir. voltada para o eixo de marcha. Br. esq. Caído
naturalmente ao longo do corpo. Br. dir . dobrado em esquadria. M. dkv. aberta em esq . sobre o
plexo solar.
- VENTRAL - Ou Saudação - Levar a mão direita horizontalmente para a direita e deixá-la cair
naturalmente ao longo do corpo.
- DE HORROR- Levantar os dois br., m m., espalmadas, deixando-os em seguida cair sobre as
coxas dizendo: OH! SENHOR MEU DEUS!
- SOCORRO - Juntar as m m. entre 1., pai. para cima, sobre a cabeça, exclamando: A m. OO. FF.
DA VIÚ. à aproximação do interlocutor, ou:
- Colocar a m. fech. sobre a t. e à aproximação do interlocutor abrir os dedos indicador, médio e
anular, progressivamente, dizendo: S/.,C. e J..
IDADE - o -
Os cinco Pontos Perfeitos do Mestrado são resultado do processo pelo qual o corpo de Hiram Abi
foi levantado da sepultura. É somente através deles que se transmite a Palavra de Passe do Grau
de Mestre Maçom. Ei-los:
MM . unidas em g . - significando a união indissolúvel existente entre todos os Mestres Maçons.
Pr/, unido a pp. - significando que os Mestres Maçons caminham juntos para um só ideal. Joe.
unido a joe. - significando que os Mestres Maçons rendem o mesmo culto ao Grande Arquiteto do
Universo.
P . unido a p . - significando que os corações dos Mestres Maçons abrigam os mesmos
sentimentos. M. esq. sobre o o/, dir., significando a mútua proteção que devem guardar entre si os
Mestres Maçons. Nesta posição é que é transmitida a Palavra Sagrada, dada silabada no ouv.
esq..