Tema 3 - Piezometro

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PRÁTICA - PIEZÔMETRO

5.1 Introdução:

O dispositivo mais simples para medir pressões é o tubo piezométrico ou,


simplesmente, piezômetro. Consiste na inserção de um tubo transparente na tubulação
ou recipiente onde se quer medir a pressão. O líquido subira na coluna piezométrica a
uma altura h, correspondente a pressão interna. Existem basicamente 03 tipos de
piezômetros: piezômetro de coluna vertical, de coluna inclinada e de tubo em U
(manômetro).
O piezômetro apresenta três defeitos que tornam seu uso limitado:
 A altura h, para pressões elevadas e para líquidos de baixo peso especifico,
será muito alta. Exemplo: água com pressão de 1000000N/m2 e cujo peso
especifico e 100000N/m3 formará uma coluna h= p/y = 1000000/10000 = 10m.

Logo, não sendo viável a instalação de um tubo de vidro com mais de 10m de
altura, o piezômetro não pode, nesse caso, ser aplicado para pressões acima de 1 atm.
Nota-se então que esse aparelho deve ser utilizado para baixas pressões.
No caso de pressões muito grandes, o piezômetro e substituído com vantagem
por um tubo em U, chamado de manômetro, no qual se coloca um líquido de peso
especifico γ’ diferente do peso especifico γ do fluido do recipiente. O líquido
manométrico mais utilizado e o mercúrio.
Os manômetros diferenciais são utilizados entre dois pontos de um sistema em
que se escoa um líquido. Dois piezômetros colocados lado a lado podem funcionar
como manômetros diferenciais.
Os piezômetros são utilizados na engenharia devido principalmente a sua fácil
construção e operação. Como principais exemplos de uso mencionam-se:
monitoramento de pressão d’água para determinação de coeficientes de segurança para
aterros ou escavações; monitoramento de pressão d’água para avaliação de estabilidade
de encostas; monitoração de sistemas de drenagem em escavações; monitoramento de
sistemas de melhora de solo tais como drenos verticais; monitoramento de pressão
d’água para barragens.
5.2 Objetivo:

Determinar a partir de ensaios a perda de carga em tubos retos e válvulas.

5.3 Materiais e Métodos:

5.3.1 Materiais:

O esquema de um piezômetro para calcular a perda de carga em tubo reto e


válvulas pode ser visualizado da figura 5.1.

Figura 5.1: Sistema para se determinar a perda de carga em tubos retos e válvulas. 1) Duto de sucção da
bomba. 2) Bomba. 3) Motor da bomba. 4) Duto de descarga ou recalque. 5) Válvula de regulagem da
vazão. 6) Cotovelo de 90°. 7) Piezômetro, medidor de pressão, tubo vertical transparente para a leitura da
carga de pressão. 8) Nível do líquido após o cotovelo (PVC), e inferior ao do piezômetro em função da
turbulência e aumento da velocidade pela contração de veia fluida provocada pela singularidade (joelho).
9) Nível no ponto inicial de analise do trecho reto, P1/γ . 10) Nível no ponto final de analise do trecho
reto P2/γ . 11) Diferença de carga de pressão concernente a válvula (12) e as conexões de acoplamento.
12) Válvula entre os tubos piezométricos para se determinar a sua perda de carga. 13) Tomada com
pressão negativa (entrando ar no tubo), da perda de carga no cotovelo. 14) Descarga móvel para leitura da
vazão pela massa por unidade de tempo. 15) Tanque de reciclo da água.

Na figura 5.2 pode ser visualizado o piezômetro da instituição.


Figura 4.2: Piezômetro

5.3.2 Metodologia:

 Obter a perda de carga experimental entre os pontos 1 e 2 do tubo horizontal


de comprimento L da figura 5.1.
 Obter a diferença de carga de pressão concernente a válvula (12) da Figura
5.1 e as conexões de acoplamento.
 Determinar a vazão pela técnica da massa por unidade de tempo e pela
técnica do vertedouro triangular (vertedouro triangular com angulo de 90°).

5.3.3 Tratamento de Dados:

Comparar a perda de carga experimental entre os pontos 1 e 2 do tubo horizontal


de comprimento L e compará-lo com a prevista por equações:
 Equação de Darcy:
Eq.
16
Eq.
17

V = velocidade de descarga em cm/s ou m/s


K = constante de permeabilidade (cm/s ou m/s)
i = gradiente hidráulico
L = altura da amostra (cm ou m)
h = carga hidráulica (cm ou m)

 Equação Darcy-Weisbach-Chezy:
Eq.
18

= perda de carga ao longo do comprimento do tubo (m.c.a)


= fator de atrito de Darcy-Weisbach (adimensional)
= comprimento do tubo (m)
= velocidade do líquido no interior do tubo (m/s)
= diâmetro interno do tubo (m)
= aceleração da gravidade local (m/s2)

 Equação de Fair-Whipple-Hsiao:
Eq.
19

= perda de carga (m.c.a)


= vazão (m3 s-1)
= diâmetro interno (m)
= comprimento da tubulação (m)

 Equação de Hazen-Williams:

Eq.
20

= perda de carga (m.c.a)


= vazão (m3 s-1)
= diâmetro interno (m)
= comprimento da tubulação (m)
= coeficiente de atrito (adimensional)

 Equação de Swamee:

Eq.
21

Eq.
22

= coeficiente de atrito (adimensional)


= diâmetro interno (m)
= número de Reynolds
= velocidade do fluído (m s-1)
= diâmetro interno (m)
= viscosidade cinemática (m2 s-1)

Discutir:
 A precisão na medida da vazão dos dois métodos.
 O fator de atrito definido por Darcy e defino por Fanning. Correlações de
Colebrook, Churchill e Swamee. O fator de atrito calculado a partir do diagrama
de Moody.

Fazer:
 Memória de calculo e colocar em anexo. Todos os cálculos realizados para a
determinação da vazão, da perda de carga e do fator de atrito devem estar
claramente indicados no relatório.
5.4 Bibliografia:

BASTOS, F. A. Problemas de Mecânica dos Fluidos. Editora Guanabara Koogan,


483p, 1983.

FOUST, A. S. WENZEL, L. A., CLUMP, C. W, MAUS, L., ANDERSEN, L. B.


Princípios das Operações Unitárias. Segunda edicao. LTC, 1982.

McCABE, W., SMITH, J. and HARRIOT, P. Unit Operations of Chemical Engineering.


4ª Ed. New York, McGraw-Hill, 1985.

Determinação da vazão pela técnica do vertedouro triangular


(vertedouro triangular com ângulo de 90°)

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