Apostila 1 - Empreendedorismo

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CURSOS FIC NOVOS CAMINHOS

Assistente Administrativo

DISCIPLINA MARKETING E
EMPREENDEDORISMO

Eliane Silva Ribeiro

Outubro de 2021
Campus Três Corações
2017
MEDIOTEC-REDE-ETEC



APOSTILADE
EMPREENDEDORISMO
SUMÁRIO

Apresentação

Aula 1 – Empreendedorismo: Conceitos e Importância

1.1 Introdução
1.2 Empreendedorismo: Conceitos e Definições
1.3 Criatividade e Inovação Sucesso dos Empreendimentos
1.4 Tipos de Empreendedorismo
Resumo
Atividade de Aprendizagem

Aula 2 – Conhecendo um empreendedor

2.1 Introdução
2.2 As Principais Características de um Empreendedor de Sucesso
Resumo
Atividade de Aprendizagem

Aula 3 – O Processo Empreendedor: Identificando e Avaliando Oportunidades

3.1 Introdução
3.2 A Oportunidade: Como Identificá-la e Avaliá-la?
Atividade de Aprendizagem
Resumo

Aula 4 – Planos de Negócios

4.1 Plano de Negócios – conceitos diversos


4.2 Elementos Formadores de um Plano de Negócios
4.3 Criando o seu Plano de Negócios

Aula 5 – Perfil do Empreendedor

5.1 Perfil do Empreendedor? O que vem a ser isso?


5.2 Diferenças e Semelhanças entre Empreendedor e Administrador
5.3 Legislação Aplicada
5.4 Liderança com Sabedoria

01
APRESENTAÇÃO

Prezado (a) estudante,

Seja bem-vindo ao programa MedioTec, da rede e-Tec Brasil!

O sistema e-Tec Brasil tem como objetivo democratizar o acesso à educação profissional e tecnológica, para isso
leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades,
incentivando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino e o
atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2010).

Esta apostila foi elaborada a partir do material disponibilizado no repositório da rede e-Tec Brasil1. O conteúdo que
você verá a seguir é resultado da união de duas apostilas de Empreendedorismo, de modo que as três primeiras aulas
são de autoria de Ariana Ramos Massensini e as duas últimas aulas, da autora ThéliaTheóphilo Bezerra.

Considerando a especificidade do público e também a carga horária do nosso curso, o conteúdo das apostilas passou
por pequenas adaptações, buscando sempre respeitar e manter a ideia original das autoras.

O componente curricular "Empreendedorismo" possui carga horária de 22 horas, distribuídas em cinco aulas.

Iniciamos agora nossa disciplina.

Bons estudos!

02
Aula1‒Empreendedorismo:ConceitoseImportância
Objetivos:

Compreender os conceitos de empreendedorismo;


Perceber a importância da criatividade e inovação para o sucesso dos empreendimentos; e
Diferenciar os tipos de empreendedorismo.

1.1 Introdução

Olá, caro estudante!

Seja muito bem-vindo ao componente curricular de Empreendedorismo! Tenho certeza de que participar dessas
aulas não será difícil e nem complicado, mas, para isso, é necessário que você organize seus horários e rotinas de
estudo. Preparado?

Para iniciar nossa conversa, vamos fazer algumas reflexões.

Quais são os fatores que você acredita serem necessários para que um empreendimento seja considerado um caso de
sucesso, mantendo estabilidade no mercado e um bom percentual de lucratividade?
Podemos dizer que, para ser o dono do negócio, você deve dispor de um grande capital?
Seu empreendimento deve ter mais de 20 funcionários?
Será que esse negócio já deve ser consolidado no mercado?
Será que é necessário conhecer quem são seus fornecedores?
Qual é o gosto de seu cliente?
Você terá prazer em administrar o que decidir montar?

Vamos pensar em outras situações.

Se você é dono do negócio, poderá dormir até mais tarde e deixar que seus empregados tomem conta de tudo o que
deve ser feito? Hum... Já imaginou? Ops! Nem tudo é o que parece ser, nem tudo é como ouvimos por aí. Você verá,
no decorrer de nossos estudos, que muitas dessas ideias não são verdadeiras. O empreendedor precisa, por exemplo,
estar atento ao que acontece em seu empreendimento todos os dias.
Atualmente, para que um negócio seja bem-sucedido precisa contar com muito mais recursos (financeiros,
tecnológicos, etc.) do que os empreendimentos de anos atrás. A concorrência era menor, os clientes menos
exigentes, pois havia menos empreendimentos no mercado.
Mas, afinal, o que significa a palavra empreendedorismo?
Vamos conhecer o seu significado?

1.2 Empreendedorismo: Conceitos e Definições

O termo empreendedorismo é uma tradução da palavra entrepreneurship. É utilizado para designar uma área de
enorme abrangência e não trata apenas da criação de empresas. É isso mesmo! O empreendedorismo pode-se
apresentar de várias formas.
Além da geração do auto-emprego – quando você é o dono do seu próprio negócio –, podemos citar também aquele
empregado que introduz uma inovação na organização em que trabalha, criando valores adicionais como, por
exemplo, novas formas de desenvolver um produto ou executar um processo, novas políticas governamentais para
um setor público, enfim, existem várias formas de manifestação do empreendedorismo.
Segundo Dolabela (2008), o empreendedorismo é um fenômeno cultural, fruto de habilidades, práticas e valores
das pessoas. Implica uma forma de ser, uma concepção de mundo, uma forma de se relacionar.
Observando os conceitos acima, podemos dizer que empreender é ousar? Quem sabe, olhar para frente e descobrir
novas demandas por produtos e serviços em cima de outros produtos que já estão no mercado.

03
Veja a opinião de Peter Drucker sobre o assunto:

O empreendedor vê a mudança como norma e como sendo sadia. Geralmente, ele não provoca a mudança por si
mesmo. Mas, se isto define o empreendedor e o empreendimento, o empreendedor sempre está buscando a
mudança, reage a ela, e a explora como sendo uma oportunidade (DRUCKER, 1987, p. 36).
Analisando os conceitos de Drucker, vemos que empreender é arriscar, ir além do tradicional, fazer coisas que os
outros não fazem. O empreendimento é o negócio em si e o empreendedor é o grande responsável pelo
empreendimento. É aquele indivíduo inovador capaz de visualizar uma realização futura e que, por isso, junta
esforços humanos e financeiros para alcançá-la.

Vejamos exemplos práticos:

Os supermercados Pão de Açúcar – uma rede espalhada pelo país inteiro. O supermercado é o empreendimento, o
empresário, dono dessa rede – Abílio Diniz – é o empreendedor.
Pense na panificadora que tem na esquina da sua casa. A panificadora é um empreendimento e o dono da
panificadora – Sr. João – é o empreendedor.

Na próxima aula, você conhecerá melhor as características de um verdadeiro empreendedor, e, digo mais, quem
sabe você descobre que possui um espírito empreendedor, que o impulsiona para ser dono do seu próprio negócio
ou, então, para fazer algo inovador no seu local de trabalho?

Mas, espera aí! O que é esse negócio de "espírito empreendedor"? Conheça agora dois elementos importantes para
o início dessa avaliação pessoal.

1.3 Criatividade e Inovação Sucesso dos Empreendimentos

Criatividade e inovação. Expressões que achamos tão comuns, não é mesmo? Temos ideia do conceito, porém,
quando pensamos na aplicabilidade, surgem dúvidas. Como ser criativo? Como ser inovador? Como a criatividade
e a inovação podem contribuir para o sucesso do empreendimento?

Uma está focada em pensar em coisas novas – é o que chamamos de criatividade – enquanto a outra – que chamamos
de inovação –, em fazer coisas novas. Em outras palavras, criar é inventar algo. Inovar é transformar esse novo em
algo que sirva às pessoas, ou seja, que possa ter utilidade. Empreender é transformar esse novo, que também é útil,
em negócio (as coisas só chegam até nós através de negócios, de processos de entrega, de empresas).
Segundo Campos (2004), o objetivo do trabalho humano é satisfazer as necessidades de quem precisa do resultado
daquilo que você faz. Assim, um trabalho, uma ação, uma invenção ou uma criação que não sirva às pessoas não
surte efeito. Empreender, então, é fazer chegar aquilo que foi criado e que tem uma utilidade a quem precisa e que,
ao mesmo tempo, gere lucro a quem produz. Quando falamos de pessoas empreendedoras, a tendência é
lembrarmos de grandes nomes, como Albert Einsten – o gênio cientista que desenvolveu a teoria da relatividade;
Santos Dumont, inventor do avião; Henry Ford, o primeiro empresário a produzir em massa automóveis e vendê-los
a um baixo custo. Puxa! Quanta gente famosa!

Mas, não podemos nos esquecer dos inventores do lápis, da borracha, da mesa, enfim, de coisas que para nós, hoje,
são simples, mas que, quando inventadas, há anos, causaram grande impacto e, agora, tornaram-se indispensáveis
no cotidiano das pessoas. Pessoas empreendedoras são criativas e inovadoras. Segundo Dolabela (1999, p. 28), "um
empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões".
Criatividade e inovação são elementos de grande importância no ambiente organizacional. Pense na empresa em
que você trabalha. Provavelmente existem alguns problemas que são sempre os mesmos. Vamos pensar num
exemplo comum nas empresas do mundo moderno – atendimento ao cliente.
Você, certamente, já entrou em uma loja com a expectativa de comprar algo novo e que fosse útil para suprir uma
determinada necessidade e, de repente, chega um vendedor mal-humorado para recebê-lo.

04
Depois de ouvir um "pois não", daqueles que, no fundo, gostaria de expressar "não aguento mais atender ninguém
por hoje!", você sai extremamente desanimado da loja e vai procurar o que precisa em outro lugar. Lembre-se de que
um cliente mal atendido dificilmente voltará e que, provavelmente, maneiras usuais de resolver esse caso não
funcionem mais. A inovação nasce quando hábitos tradicionais não contribuem para a competitividade ou para
agregar valor à organização. Quando ocorre isso, é preciso encontrar outra forma de resolver as coisas. Por isso, a
criatividade e a inovação são tão importantes para o sucesso dos empreendimentos.

Para ser criativo e inovador é necessário sair da zona de conforto, porque é muito fácil fazer do mesmo jeito o que
fazemos todos os dias, concorda? Muitas vezes inovação não é apenas aquilo que é novo. Podemos dizer, por
exemplo, que a introdução de freios ABS é um tipo de inovação.

Figura 1: Freio ABS

Depois de ouvir um "pois não", daqueles que, no fundo, gostaria de expressar "não aguento mais atender ninguém
por hoje!", você sai extremamente desanimado da loja e vai procurar o que precisa em outro lugar. Lembre-se de que
um cliente mal atendido dificilmente voltará e que, provavelmente, maneiras usuais de resolver esse caso não
funcionem mais. A inovação nasce quando hábitos tradicionais não contribuem para a competitividade ou para
agregar valor à organização. Quando ocorre isso, é preciso encontrar outra forma de resolver as coisas. Por isso, a
criatividade e a inovação são tão importantes para o sucesso dos empreendimentos.

Para ser criativo e inovador é necessário sair da zona de conforto, porque é muito fácil fazer do mesmo jeito o que
fazemos todos os dias, concorda? Muitas vezes inovação não é apenas aquilo que é novo. Podemos dizer, por
exemplo, que a introdução de freios ABS é um tipo de inovação.

Essa tecnologia é um sistema de frenagem para evitar que a roda bloqueie quando o pedal é pressionado fortemente,
evitando o descontrole do veículo. Nos carros convencionais, o sistema de freios é a disco e, em caso de uma parada
brusca, o carro tem uma grande chance de derrapar. Entendeu?

É importante que se diga que a criatividade não vem de um modo aleatório ao ser humano. Ela aparece à medida que
a pessoa consegue ligar informações já armazenadas em seu cérebro e, delas, tirar, formar, enxergar novos conceitos
e possibilidades. Por isso, para ser criativo, mais do que nunca, é preciso conhecer o princípio de como as coisas
funcionam. Conhecendo-o, a pessoa pode fazer conexões e, assim, chegar ao novo. Para ser criativo, então, é
preciso estudar muito, conhecer muitos modelos, estar atento às mudanças.
E você? Será que tem tentado exercitar sua criatividade ou está com medo de sair do seu cantinho e começar o dia
fazendo algo novo? Já parou para pensar? Então, vai uma dica de Erich Fromm – psicanalista e escritor alemão –
para ajudá-lo nesse processo:

Criatividade exige a coragem de abandonar as certezas. As condições para a criatividade são de se surpreender; se
concentrar; aceitar conflito e tensão, renascer a cada dia; ter consciência de sua individualidade.
Erich Fromm
(extraído do site criatividadeaplicada.com)

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E, então? Será que você está preparado para renascer a cada dia? Faça uma reflexão de como tem sido sua vida
pessoal e profissional e comece a surpreender aqueles que estão perto de você.

Vamos conhecer os dois tipos de empreendedorismo existentes? Observe as definições abaixo:

1.4 Tipos de Empreendedorismo

1.4.1 Empreendedorismo Corporativo

É também conhecido como intraempreendedorismo ou empreendedorismo interno. O empregado empreendedor é


o indivíduo que promove ou inspira a inovação dentro de uma organização existente. O esforço empreendedor pode
resultar em mudanças significativas no negócio ou até mesmo na estrutura administrativa.

O maior influenciador desse processo é o ambiente: oportunidades, pessoas, riscos, mudanças externas, enfim, a
empresa empreendedora precisa incentivar o processo criativo de seus colaboradores, favorecendo a busca por algo
diferente, criando políticas de recompensa e aceitando possíveis falhas que possam vir a surgir. Como vimos no
início da aula, a ousadia é característica do empreendedorismo. Quem ousa tem chance maior de cometer erros (é
como diz o velho ditado: "só não erra quem não faz"). Desta forma, caso queira uma organização que tenha
criatividade e inovação, é preciso que o erro seja permitido. Suponha que você trabalhe na linha de produção de uma
grande montadora de veículos e, de repente, descobre um método que aumenta 15% a produção de veículos do mês,
reduzindo perdas e custos. Parabéns! Você é um intraempreendedor. E claro, quando for testar seu método, algumas
falhas podem ocorrer. Mas, fazendo os ajustes que se fizerem necessários, o ganho organizacional será fantástico.

É claro que exercer esse tipo de empreendedorismo não é algo fácil. Toda empresa deve ter regras e processos (que
acabam trazendo certa dose de burocracia). Isso é salutar, pois dá um norte aos seus colaboradores. Ocorre que,
muitas vezes, as lideranças, na ânsia de melhores resultados em menor tempo, acabam por não permitir um
ambiente onde as pessoas possam demonstrar os seus talentos, colocar a sua criatividade em prol da organização. É
um contrassenso, indubitavelmente, mas, muitas vezes, fica difícil enxergar um espaço para exercer esse tipo de
empreendedorismo, mesmo porque o controle não está na mão do empreendedor.

1.4.2 Empreendedorismo Social

O empreendedorismo social é formado através de parcerias estabelecidas entre comunidade, governo e setor
privado, com o objetivo de promover a qualidade de vida das pessoas, gerando benefícios diretos e indiretos.
O empreendedor social é um líder que mobiliza pessoas e promove ações em prol de movimentos sociais de
cooperação. Você se lembra da Madre Tereza de Calcutá? Conhecida como missionária da caridade, Madre Tereza
iniciou sua vida religiosa como professora. Mais tarde, criou uma congregação de religiosas para auxiliar pobres,
doentes e famintos. Pouco a pouco, foi angariando adeptas para sua causa entre as antigas alunas, tendo fundado
casas religiosas por toda a Índia e, depois, no exterior. O trabalho de Madre Tereza ficou conhecido no mundo todo,
levando-a a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1979. Então, podemos dizer que ela é um exemplo de
empreendedora social. Podemos citar também o empreendedor Betinho, um transformador social. Você o conhece?
Betinho realizou grandiosos projetos para a valorização da solidariedade e dos direitos humanos. Esse tipo de
empreendedorismo surge a partir de problemas sociais que apresentam
impacto nos mais diversos setores, buscando gerar soluções eficientes e
eficazes. A forma de se fazer o empreendedorismo social é caracterizada
mais pela intuição do que pela racionalidade dos fatos. O empreendedor
social é um sonhador, um visionário. Além de tudo isso, e o mais importante,
talvez, é que ele é um grande realizador. Seu grau de confiabilidade, tanto no
âmbito técnico como comportamental e moral, é altíssimo. A grande
mobilização das pessoas se dá, via de regra, por esse grau de confiabilidade.
Figura 2: Betinho

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A cooperatividade, a solidariedade e o trabalho em equipe são algumas características desse tipo de
empreendedorismo. O empreendedor social é um líder pleno! É um artista das relações humanas.

1.4.3 Empreendedorismo Startup ou de Negócios

Esse tipo de empreendedorismo está focado na criação de novos negócios, e, para a implementação de um novo
negócio, existem vários desafios a serem enfrentados: conquistar uma clientela, enfrentar concorrentes, oferecer
produtos ou serviços com diferenciais competitivos.
Esse empreendedor é aquele que não tem medo das críticas, das "batalhas", dos conflitos. É um grande planejador.
Todos esses aspectos são importantes para a sustentabilidade do empreendimento. O empreendedorismo de startup
trabalha com empreendedores potenciais e empresas em estágio inicial. O desenvolvimento desse tipo de atividade
é mobilizado através de palestras, capacitações, consultorias, etc.

E você? Conseguiu se identificar em algum tipo de empreendedorismo?

Se um dia você desejar ser o dono de seu próprio negócio, utilizará todos os ingredientes propostos no decorrer
dessas aulas, certo? Se houver um bom planejamento, certamente os riscos de um empreendimento dar errado serão
muito menores.

Resumo

Você percebeu quantos conceitos foram estudados nessa aula? Conhecemos o significado das palavras
empreendedorismo, empreendedor e empreendimento. Você viu que muita gente confunde os conceitos, achando
que empreendedor é somente aquele que decide abrir seu próprio negócio. O empreendedorismo se manifesta
também quando o indivíduo aplica uma inovação na empresa ou no ambiente em que trabalha.
Vimos ainda que existem três tipos de empreendedorismo: o coorporativo, o social e o de negócios, cada um com
um fim diferente. Estudamos também que a criatividade e a inovação são elementos de sustentabilidade dentro das
organizações.

Muito bem! Agora que você chegou ao final desse encontro, realize as atividades propostas e siga em frente com os
estudos.

Atividade de Aprendizagem

Relacione nas linhas abaixo duas características para cada tipo de empreendedorismo.

Empreendedorismo Coorporativo

_________________________________________________________________________________________

Empreendedorismo Social

_________________________________________________________________________________________

Empreendedorismo de Negócios

_________________________________________________________________________________________

Olá, chegamos ao final da nossa primeira aula. Acredito que tenha gostado. Continue dedicando-se cada vez mais.
Na próxima aula, você conhecerá o perfil de um empreendedor e, quem sabe, conseguirá identificar as
características desse profissional em você e nas pessoas que estão ao seu redor? Siga em frente e bons estudos.

07
Aula2-Conhecendoumempreendedor
Objetivos

Perceber as características do perfil de um empreendedor;


Identificar os desempenhos que caracterizam a ação do empreendedor.um empreendedor

2.1 Introdução

Olá, caro estudante!

Seja bem-vindo à segunda aula deste componente curricular. Na aula anterior, você conheceu alguns conceitos
relacionados à palavra empreendedorismo. Percebeu ainda que ele pode manifestar-se de várias formas,
dependendo de seu objetivo. Conheceu também alguns aspectos que são fundamentais para o sucesso da
organização: a criatividade e a inovação.

Nesta aula, você aprofundará mais o estudo sobre o empreendedor. Poderá entender o perfil desse profissional e as
características comuns a ele. Preparado? Quem sabe identificamos essas características em você? Então,
embarquemos nesta viagem. Você já conheceu o significado da palavra "empreendedor" e percebeu que ela não
designa apenas aquele indivíduo que cria uma empresa, mas também aquele que sai de uma situação "A" e conduz a
organização (sua ou alheia), o departamento, um grupo ou sua própria vida a uma situação B. E esse caminho é
construído de um modo estratégico. Resumidamente, ele transforma sonhos em realidade.
Mas, o que será que motiva alguém a ir atrás de seus próprios sonhos, assumindo os riscos de gerenciar o seu próprio
negócio?

2.2 As Principais Características de um Empreendedor de Sucesso

2.2.1 Aceitação do Risco

A primeira característica que o empreendedor deve possuir é a aceitação de riscos. Neste sentido, o empreendedor
precisa estar ciente de que, na mesma proporção em que um negócio pode dar certo, ele também pode dar errado. É
claro que você não decide ter um comércio ou uma empresa sem antes fazer uma pesquisa de mercado e um bom
planejamento, não
é mesmo? Essas ferramentas ajudam a minimizar os riscos. É importante salientar que riscos, em maior ou menor
proporção, sempre existirão.

O fato é que é imprescindível conhecer o máximo possível dos riscos inerentes àquele negócio (seja seu ou de
outrem) em que a pessoa começa a se envolver através do sonho que tem. E como conhecê-los?
Obviamente, um planejamento das atividades necessárias à realização de um empreendimento evidencia os riscos
inerentes. É como um engenheiro: através da criação de uma planta, ele consegue estudar os fatores que intervêm na
construção. Alguns são pré-requisito para a elaboração do plano de trabalho, outros aparecem com sua construção.
Para conhecer, por exemplo, a largura e profundidade do alicerce, é preciso conhecer em que tipo de solo a casa será
construída, e assim por diante. Portanto, o primeiro passo para identificar o risco é o planejamento.

2.2.2 Planejamento

Planejar significa definir metas, dividir tarefas, montar planos de ação, revisar constantemente aquilo que deve ser
feito e ser capaz de verificar, de antemão, fatores que podem interferir positiva e negativamente nessas ações. O
planejamento também auxilia a definir o que fazer, quando, como e quem irá realizar.

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Senge (2005) nos mostra que, toda vez que buscamos alavancar uma situação, que exercemos uma força
construtora, forças limitadoras entrarão em ação e poderão destruir o movimento de ascensão. Assim, planejar
preciso, também, no sentido de identificar essas forças, para que possamos anular os seus efeitos.

Após realizado o planejamento, é hora de entrar em ação. Mas, só fazer resolve? Pode ser que não. Se não tivermos
metas, ou seja, métricas preestabelecidas durante o percurso, não saberemos se estamos no caminho certo. Assim, é
de suma importância a avaliação do que estamos fazendo. É preciso avaliar, sempre, se tudo ocorre conforme o que
foi planejado inicialmente.

E se não está tudo ocorrendo conforme o planejado? Então, é hora de atuar, de corrigir a rota. Caso não tenha
planejado e esteja fora do caminho, não terá como saber para onde está indo. Assim, não terá como corrigir o erro de
condução do processo.
Vamos conhecer uma ferramenta que pode auxiliá-lo na realização de qualquer atividade? Observe o Quadro 1 e,
logo abaixo, um exemplo prático.

PLANO DE AÇÃO - OBJETIVO: O QUE SE PRETENDE ALCANÇAR.

O quê? Onde? Por quê? Como? Quem? Quando? Quanto?

O que será Onde será Por que deve Como será Quem o fará? Quando será Quanto feito
feito? feito? ser feito? realizado? feito? estará?

Em uma Um churrasco No feriado R$ 800,00


Realizar É seu O próprio (oitocentos
chácara durante todo do dia
uma festa. aniversário. aniversariante. reais).
fora da cidade. o dia. 12 de outubro.
Quadro 1: Plano de ação

O plano de ação é uma que ferramenta pode ajudá-lo a traçar planos para sua vida pessoal. Que tal exercitar?
Coloque em seu caderno algo que deseja muito alcançar. Faça o planejamento de como isso será feito. Estabeleça
metas, guarde-o em um local visível e não se esqueça de organizar seu tempo para realizá-lo. Lembre-se de avaliar,
periodicamente, se tudo está dentro da conformidade. Se algo não estiver, corrija e continue em ação.

2.2.3 Foco na Oportunidade

Dizem que, quando queremos algo verdadeiramente, o universo conspira para que aquilo aconteça. Pode ser uma
verdade, mas uma coisa é certa: quando você tem algo que domina a sua mente, que o faz vibrar de vontade para que
aconteça, sua mente e seus sentidos abrem-se para aquilo. Dessa forma, você fica mais atento a situações que
tenham a ver com aquilo que espera que aconteça.
Veja o exemplo: se falamos sobre "Fusca". Talvez fizesse muito tempo que não prestasse atenção nesse carro. Como
o citei, ao sair à rua, provavelmente você encontrará algum. Isso levando em consideração que não é o que você
quer. Imagine o que ocorre com um desejo sincero!
Assim, estando atento, tendo foco no que quer, você identifica mais oportunidades e tem mais condições de
conseguir o que almeja. Lembre-se: é preciso aproveitar as oportunidades.

2.2.4 Conhecimento do Ramo e de Práticas Gerenciais

Para que o empreendedor consiga fazer algo bem feito, necessita conhecer a atividade que realizará. Vejamos um
exemplo: como você pode abrir uma indústria de confecção, se não entende nada disso? Como contratar e
acompanhar os colaboradores, saber que tipo de tecido comprar ou até mesmo como negociar com seus
fornecedores e atender às demandas do mercado? Não seria difícil? Portanto, antes de abrir qualquer negócio, é
necessário conhecer suas características.

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Além disso, é preciso conhecer as práticas gerenciais. Muitas pessoas se equivocam no negócio por achar que
conhecem o ramo. Bons cabelereiros, por assim serem, creem ter condições de abrir o seu próprio salão. Pizzaiolos,
idem. Mas, ter um negócio não significa saber fazer aquela atividade. Saber é importante, mas é preciso conhecer as
atividades e competências transversais, ou seja, aquelas que dão suporte à atividade-fim, como administração de
estoque, de pessoal, de marketing, financeira, entre outras, pois são elas que serão os pilares do seu negócio. Cortar
cabelo e não receber, não dá resultado e, portanto, não há sucesso no empreendimento. Não controlar o estoque e
faltar recheio para fazer a pizza, idem. Para ser empreendedor (do seu negócio ou dos outros) é preciso saber fazer e
gerenciar o que está sendo feito.

2.2.5 Liderança

É a habilidade de conduzir as pessoas a alcançarem os objetivos de uma organização ou de um grupo. Um bom líder
motiva e influencia os liderados que, de forma voluntária, trabalham em prol de alcançar melhores resultados. Um
bom empreendedor sabe definir objetivos e orientar a realização de tarefas.
Pense, por exemplo, no coordenador de área da empresa em que você trabalha. Você acha que ele é um bom líder?

2.2.6 Saber Organizar

A organização contribui para o alcance de melhores rendimentos no trabalho, economizando tempo e dinheiro.
Envolve a capacidade de utilização dos recursos humanos e materiais, necessários à execução de uma tarefa, de
forma racional. A organização é uma competência essencial ao empreendedor. Sem organização não há
planejamento que se consiga concretizar de forma plena.

2.2.7 Capacidade de Decisão

Tomar uma decisão, seja na vida pessoal ou na vida profissional, não é nada fácil. É necessário estar bem informado
e avaliar as alternativas, a fim de escolher a solução mais adequada.
O empreendedor deve saber tomar a decisão certa, no momento certo, e não ficar esperando que as pessoas decidam
por ele, muito embora, antes de decidir, faz-se importante ouvir as pessoas envolvidas para que possa ampliar sua
visão sobre o fato a ser analisado, melhorando, sobremaneira, a qualidade dos resultados da decisão a ser tomada.

2.2.8 Otimismo

Significa acreditar que o seu negócio vai dar certo. Um verdadeiro empreendedor nunca perde a esperança de ver os
seus projetos realizados. Você é daquelas pessoas que criticam tudo e desacreditam facilmente das coisas? Ou é
daquelas que acreditam que, mesmo diante das dificuldades de se concretizar um projeto, tem tudo para dar certo e
vai dar certo? Já parou para pensar nisso?

2.2.9 Flexibilidade

Caso algo não ocorra conforme o que foi planejado, o empreendedor deve adaptar-se às situações que o rodeiam.
Quando falamos de flexibilidade, queremos dizer que, às vezes, é preciso mudar o que foi planejado. Como o
planejamento, por sua natureza, é antecessor aos fatos, coisas não previstas podem acontecer e o cenário pode
mudar. Afinal, nossos clientes mudam e os gostos deles também, você concorda? Desta forma, como dito no início
da aula, é preciso ter métricas que, durante o caminho, permitam observar a mudança de rota. Assim, podemos
adequar a caminhada à rota preestabelecida ou, ainda, adequar a rota ao momento, em virtude de mudanças
importantes que afetam o projeto.

2.2.10 Capacidade de Trabalhar em Equipe

Acreditar nos outros é importante para a realização de qualquer trabalho. O trabalho em equipe combina talentos
individuais para alcançar resultados que um indivíduo sozinho, dificilmente, conseguiria.

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Só em equipes é possível a harmonia, por sua característica de ser a junção dos diferentes em prol de um resultado
comum. Algumas pessoas veem o que outras não são capazes. Umas sintetizam o pensamento e clareiam as
possibilidades e alternativas, outras conceituam melhor. Umas detêm competências em certas ferramentas, outras
planejam melhor; e assim por diante. Trabalhar em equipe minimiza esforços e potencializa resultados. Se ainda
não o fez, experimente.

Você viu quantas características? Todas elas são importantes para o sucesso de um empreendedor, mas, de nada
valerão se o dono do negócio não tiver amor e dedicação por aquilo que faz. Aí está o segredo do sucesso
profissional. Seja você um intraempreendedor ou o dono de seu próprio negócio, realize aquilo que você sinta
prazer em fazer.

Mas será que existe uma pessoa que consegue reunir todas essas características? Dificilmente conseguiremos
encontrar. Daí a importância de saber trabalhar em equipe. O fato é que o empreendedor deve buscar um equilíbrio
entre elas, pois essas características não são herdadas e sim adquiridas. Dolabela (1999, p. 33) afirma que "o
empreendedorismo é um fenômeno cultural, ou seja, é fruto dos hábitos, práticas e valores das pessoas".

Resumo

Na aula de hoje, você conheceu algumas características de um empreendedor de sucesso. Ah! Não se esqueça de que
elas não são natas e, sendo assim, podem ser desenvolvidas ao longo dos anos, incentivadas por vários fatores como,
por exemplo, os culturais e familiares. Vimos, ainda, algumas atitudes que são comuns aos empreendedores, porém,
de nada adianta tê-las se, além do conhecimento técnico, não se tem amor naquilo que faz. Esse sentimento é
imprescindível em nossas vidas.

Atividade de Aprendizagem

Vamos exercitar? Escolha nas colunas abaixo aquela em que todas as características listadas foram indicadas nessa
aula como sendo típicas de um empreendedor.

Coluna 01 ( ) Coluna 02 ( ) Coluna 03 ( )

1. Flexibilidade 1. Planejamento 1. Organização


2. Organização 2. Aceitação do risco 2. Capacidade de decisão
3. Planejamento 3. Pessimismo 3. Otimismo
4. Indecisão 4. Flexibilidade 4. Flexibilidade

Chegamos ao final de mais uma etapa do curso. Na próxima aula, você conhecerá o processo empreendedor: como
identificar e avaliar as oportunidades. Então, realize os exercícios propostos e siga em frente nos estudos. Saiba que
o seu sucesso profissional depende de dedicação e empenho. Acredito que você esteja se identificando com esta
disciplina, pois cada um de nós possui características empreendedoras. Continue firme na caminhada e até o
próximo conteúdo.

11
Aula3.OProcessoEmpreendedor:Identificando
eAvaliandoOportunidades
Objetivos:

Identificar as fases do processo empreendedor;

Diferenciar ideia de oportunidade; e

Distinguir os fatores que podem intervir no processo empreendedor e na identificação e avaliação de uma
oportunidade.

3.1 Introdução

Bem-vindo ao nosso terceiro encontro do componente curricular Empreendedorismo.


Na aula anterior, você conheceu o perfil do empreendedor.
O nosso estudo neste encontro estará focado na identificação e avaliação da oportunidade. Preparado?
Então, não perca essa oportunidade, iniciando já sua leitura.

3.2 A Oportunidade: Como Identificá-la e Avaliá-la?

Tudo começa com uma "oportunidade"! Uma palavra de som e significado muito forte, não acha? Segundo o
dicionário Houaiss (2003, p. 482), significa chance, momento, instante. Você já deve ter ouvido, em alguma
situação,frases do tipo: "- Puxa! Perdi uma oportunidade excelente!"

Identificar uma oportunidade empreendedora é enxergar um possível espaço para atuação no mercado ou até
mesmo na empresa em que você trabalha. Avaliar essa oportunidade é analisar se a ideia proposta tem uma real
potencialidade perante clientes, fornecedores e concorrentes.
Dessa forma, por que será que as pessoas perdem oportunidades? Podemos afirmar que, além da falta de preparo,
muitas vezes elas não conseguem avaliar a viabilidade de uma oportunidade em determinado momento, concorda?
É assim que acontece no mundo dos negócios. Como vimos em aulas anteriores, o empreendedor mantém o foco
nas oportunidades, observando tudo o que acontece ao seu redor.

Observe os exemplos abaixo:

"Alessandra formou-se em Educação Física e voltou para a sua cidade natal, com apenas 30.000 habitantes, para
cuidar de seu pai doente. Lá os empregos eram escassos e Alessandra estava disposta a abrir o seu próprio negócio.
Ela passou a observar as pessoas com mais atenção e percebeu que, em sua pequena cidade, havia cada vez mais
interessados em cuidar da saúde. Existia um parque na cidade, que vivia lotado de pessoas fazendo caminhada e
exercício todos os dias. Ao conversar com algumas delas, ela identificou que muitas gostariam de ter um serviço
personalizado, que pudesse ajudá-las a melhorar os exercícios que faziam. Alessandra percebeu que ali havia uma
oportunidade".

"Uma situação bem diferente aconteceu com Antônio, um coordenador experiente da área de projetos de uma
grande empresa. A empresa em que trabalhava sofreu uma mudança em sua estrutura e teve que fundir dois
departamentos, mantendo apenas um coordenador. Antônio não seria mais o coordenador do departamento em que
atuava e, muito menos, colaborador da organização. Os diretores ofereceram a ele a oportunidade de continuar
realizando consultorias e implementando ferramentas de gestão nas empresas parceiras, oferecendo-lhe toda a
clientela já existente. Além disso, a empresa firmaria um contrato de exclusividade com Antônio, porém, ele deveria
abrir sua própria empresa para prestar esse serviço. Surgiu uma oportunidade sem que ele estivesse esperando por
ela".

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"Eduardo Bom Ângelo, presidente da corretora de seguros Lazam- MDS, costuma dizer que o tecnólogo Mauro
Bentes tem cabeça de dono — uma das características de um empreendedor corporativo. Há dois anos, Mauro
observou que os computadores da empresa precisavam ser trocados, pois estavam obsoletos e tornavam as estações
de trabalho desconfortáveis. Ele propôs o desenvolvimento de um computador pequeno, econômico e potente.
Mauro projetou e negociou o preço com um parceiro e apresentou o projeto aos chefes. Este mês, a Lazam recebe
270 máquinas cuja CPU é 90% menor do que a convencional. Os novos computadores são mais silenciosos, emitem
menos calor e vão reduzir 73% do consumo de energia por ano".

Fonte: Matéria extraída da revista Você S/A, edição 0136, de outubro de 2009

Você percebeu que apesar de Antônio – o consultor do segundo exemplo, não ter ido atrás da oportunidade, ele
estava preparado e soube aproveitá-la? E quanto à Alessandra? A professora de Educação Física manteve seu foco
nas situações que aconteciam ao seu redor e, quando o ambiente cedeu um espaço, ela se inseriu no mercado como
uma profissional autônoma. Mauro não abriu seu próprio negócio, mas implantou um produto inovador em sua
empresa, o que representará uma economia significativa de energia. Assim acontece na vida dos empreendedores.
Eles estão sempre atentos ao que ocorre ao seu redor.

Atividade de aprendizagem

Vamos exercitar? Baseado na leitura dos textos acima, responda às questões que se seguem.

a) Quais foram os fatores que levaram Alessandra a enxergar sua oportunidade?

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_________________________________________________________________________________________

b) Quais foram as estratégias utilizadas por Alessandra para validar a sua ideia?

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

c) Em sua opinião, por que devemos considerar Antônio e Mauro verdadeiros empreendedores?

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_________________________________________________________________________________________

Sobre a oportunidade...

Deve-se adequar à pessoa – talvez o que é interessante para mim, não seja interessante para você.
É dinâmica – se alguém a enxerga, significa que ela ainda tem uma chance para dar certo.
É sedutora, duradoura e tem a hora certa para ser aproveitada.
Uma oportunidade é um desafio.

Reconhecer e não perder a oportunidade requer muito mais do que técnicas e teorias. Agarrar uma oportunidade
depende da capacidade empreendedora. É bom lembrar, também, que na vida da gente não aparece uma única
oportunidade, mas, cada oportunidade que aparece é única. O empreendedor está sempre atento!

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3.2.1 As Ideias

Uma das grandes causas do insucesso dos empreendedores é não saber identificar a diferença entre uma ideia e uma
oportunidade.

Atrás de uma oportunidade, existe sempre uma ideia. Porém, só saberemos se é boa, depois de testá-la. Quando
falamos em testar, significa realizar um estudo de viabilidade, porque somente através dele é que será possível
identificar o verdadeiro potencial de uma ideia.

Existem fatores pessoais que contribuem para o desenvolvimento de uma nova ideia. Pense, por exemplo, na
situação de um amigo que alcançou o sucesso por meio de uma atividade empreendedora. É natural que você se
sinta estimulado para trilhar um caminho parecido.

Existem ainda fatores presentes no meio ambiente que também contribuem para o surgimento de uma nova ideia.
Imagine que você possua um espírito empreendedor e uma capacidade de avaliar o mercado. De repente, percebe
que existe uma lacuna que poderia ser preenchida. Esse pode ser o primeiro passo rumo ao processo empreendedor.
Uma ideia pode ser criada para atender a diversas situações consideradas empreendedoras, entre as quais
poderíamos citar uma que fosse relacionada à promoção ou venda de um produto ou serviço. Nesse caso, seria
importante testar uma ideia junto a potenciais clientes: será que eles comprariam o seu produto ou serviço? Haveria
uma demanda no mercado?

Conheça agora algumas situações favoráveis ao surgimento de ideias.

Negócios existentes no mercado, feiras e exposições, instituições de ensino superior; experiências profissionais
anteriores, pesquisa, mudanças de mercado, consultorias, experiências como consumidor e uma infinidade de
outras situações. É só observar o ambiente que o cerca! Com quantas pessoas conversamos diariamente, quantas
situações e fatos diferentes ocorrem a cada instante?

Precisamos passar por esse processo, pois muitas pessoas confundem necessidade com oportunidade. Ao
identificar uma necessidade em um grupo de pessoas, vem a ideia de um negócio ou produto. O que precisa ser
checado, neste momento, é se as pessoas identificam para si esta necessidade. E mais, se ela é tão forte a fim de
causar uma tensão que a levaria a adquirir o produto ou serviço fruto da sua ideia.
Por exemplo: as pessoas precisam de educação formal. É uma necessidade clara e evidente no mundo e,
principalmente, em nosso país. Será que as pessoas "compram" educação ou compram aprovação?
Prevenção à saúde é uma necessidade premente.

Quantos sabem disso? Talvez muitos. Quantos investem tempo e dinheiro na prevenção de sua saúde? Não que
ninguém invista, mas esses mercados citados, em termos de necessidade, são imensos, mas, de usabilidade, nem
tanto. Às vezes, a ideia de negócio que se tem é excelente, mas, em termos de tensão para a compra, de demanda
efetiva, ainda é muito incipiente. São casos em que as oportunidades são menores que o tamanho da ideia.
Assim, é possível a você ter várias ideias, mas o desafio é descobrir a oportunidade por trás dela.

Vamos conhecer agora os fatores que intervêm no processo empreendedor?

3.2.2 Fatores que Intervêm no Processo Empreendedor – Fase de Identificação e Avaliação de Oportunidade

Existem vários fatores que podem intervir no processo empreendedor durante a fase em que uma ideia está sendo
testada. Podemos citar, por exemplo, as mudanças que ocorrem no mercado em função do cenário econômico,
político e social. Pode ser que, mesmo que você esteja com tudo engatilhado para abrir seu negócio, esse não seja o
melhor investimento neste momento. Analise as situações a seguir: O mercado está em crescimento estável ou está
estagnado? A economia está em crise? Será que as pessoas comprarão seu produto? Como está a situação dos
concorrentes?

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Pode ser que a economia esteja a seu favor, mas você já analisou a relação entre a oportunidade x habilidade x suas
metas pessoais? Seria uma relação harmônica?

Temos, aqui, uma variável importante, que é a que se refere às metas pessoais. Como dissemos acima, o que é
oportunidade para um pode não ser para outro, e isso tem muito a ver com as metas pessoais. Elas, quando bem
construídas, estão alicerçadas no dom, no prazer em fazer algo. Não devemos abrir um negócio porque "fulano" ou
"beltrano" estão ficando ricos com ele. Levando em conta somente essa variável, podemos fracassar de uma
maneira avassaladora. Fazer o que não conhecemos (relembrando que isso, só, também não basta) ou aquilo de que
não gostamos pode trazer sérias consequências negativas ao projeto.

Viu como abrir um negócio não é nada fácil? É necessário atentar para cada detalhe, para cada situação. O
empreendedorismo é um processo dinâmico, constituído por três etapas: percepção, concepção e realização de uma
oportunidade em negócio, um conjunto de pessoas e processos que levam à transformação de ideias em
oportunidades.

Resumo

Caro cursista, estamos chegando ao final de nossa terceira aula. Estudamos que o processo empreendedor é
composto por três fases, que vão desde a concepção de uma nova ideia e da busca pela oportunidade, até a gestão do
negócio.

Vimos que a oportunidade surge a partir de uma ideia, embora nem sempre seja, exatamente, uma oportunidade.
Antes de validá-la, é necessário testá-la. Testar uma ideia inclui um estudo de sua viabilidade: as pessoas
comprariam meu produto? Qual a demanda por ele? Quem são os fornecedores?

Aprendemos que congressos, feiras, universidades, empregos anteriores, entre outros, podem ser uma grande fonte
de ideias. As ideias são influenciadas por fatores pessoais, como a capacidade de assumir riscos, educação,
experiências, e por fatores ambientais como, por exemplo, modelos de sucesso, oportunidade e criatividade.
Existem vários fatores que podem interferir no processo empreendedor. Se o mercado não está em crescimento, não
é hora de abrir um negócio. Realize as atividades propostas e siga em frente com seus estudos de empreendedor.

Atividade de Aprendizagem

1) Cite alguns fatores que podem intervir no processo empreendedor:

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

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É muito bom chegar ao final de uma etapa de estudos e perceber como foi proveitoso. Continue dedicando-se ao
máximo. Na próxima aula, você conhecerá o desenvolvimento de um plano de negócios. Caso tenha dúvidas,
procure os tutores.

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Referências

CAMPOS, Vicente Falconi de. Gerenciamento da Rotina do Trabalho do dia-a-dia. Nova Lima: INDG Tecnologia
e Serviços LTDA., 2004

CHIAVENATO, Idalberto, Introdução a Teoria Geral da Administração, 7ª edição.


Editora Campus, 2003.

CHIAVENATO, Idalberto, Gestão de Pessoas e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2004.

DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. 1ª Ed. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999.

DRUKER, P.F., Inovação e Espírito Empreendedor, Editora Pioneira, São Paulo, 1987.

Houaiss Dicionário Eletrônico. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2009

RODRIGUEZ, Edson. Conseguindo resultados através das pessoas: o grande


segredo do gestor bem sucedido. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005

ROSA, Afrânio Cláudio. Como elaborar um plano de negócio. SEBRAE, Brasília:


2007.

SENGE, Peter M. A quinta disciplina: arte e prática da organização que


aprende. Rio de Janeiro: Best Seller, 2005

Texto: A Galinha e o Porco, disponível em: < http://blog.kombo.com.br>. Último acesso em 18 de maio. 2010.

Texto: Criatividade: Pensamentos Selecionados, disponível em: <http:// criatividadeaplicada.com> . Último


acesso em 18 de maio. 2010.

Currículo da Professora-Autora

Ariana Ramos Massensini, graduada em Administração de Empresas pela Unievangélica


Centro Universitário de Anápolis, especialista em Gestão de Sistemas de Educação a
Distância pela Universidade Gama Filho. Possui experiência na área administrativa,
coordenação de projetos, desenvolvimento de cursos a distância e monitoria de EaD em
empresa de prestação de serviços educacionais. Possui dois artigos apresentados em
congressos internacionais de educação a distância. Atualmente, é coordenadora de
desenvolvimento de cursos EaD no Senai -Departamento Regional de Goiás e é professora
conteudista do Curso de Administração EaD, do Centro de Educação Profissional Sebastião
de Siqueira (CEPSS), por meio do Programa e-Tec Brasil-MEC.

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4-Planodenegócios

Objetivos

Apresentar o conceito e a importância do


Plano de Negócios;
Apresentar os principais elementos que
compõem um Plano de Negócios; e
Oportunizar a criação de um Plano de
Negócios.

Introdução

Caro (a) estudante, se você parar por uns


instantes e refletir, vai perceber que tudo na
vida depende de um plano. Aliás, fazemos
Figura 3: Planejar | Fonte: www.shutterstock.com planos desde que nascemos. Seja para
chamar a atenção da mamãe, berrando ou chorando, para que ela venha logo nos dar atenção; seja para conseguir o
olhar da nossa paixãozinha escolar. Enfim, tudo o que queremos conseguir passa por um processo de planejamento,
ainda que precário.
À medida que amadurecemos, vamos aprimorando nossa maneira de
planejar e organizar a vida e, para isso, em vários momentos,
recorremos a amigos ou familiares para nos ajudar a tomar uma
decisão sobre algum aspecto bastante particular de nossos sonhos.
Isso ocorre devido ao receio de que alguma coisa dê errado, ou
porque queremos nos sentir seguros com a opinião de alguém que
demonstra saber um pouco mais do que nós.

No mundo dos negócios isso também é verdade. Você verá.


Especialmente quando envolve, na maioria das vezes, o
levantamento de empréstimos financeiros e certa dose de riscos.
Neste tópico você terá oportunidade de experimentar como é realizar
um plano de negócios. Figura 4: Planejamento | Fonte: www.shutterstock.com

4.1 Plano de negócios – conceitos diversos

Com algumas leituras em livros e sites especializados em empreendedorismo, você compreenderá que existem
diversas definições para plano de negócios, bem como variados elementos que podem compô-lo. Entenda, portanto,
que não existe uma fórmula única. Mais à frente, você constatará que é capaz de criar um plano de negócios
consistente, que atenda à necessidade de seu negócio. Na verdade, para alguns autores desse ramo, o plano de
negócios tem muito mais valor para o empreendedor do que para um provável investidor. Funciona, muitas vezes,
como uma bússola que apontará o melhor trajeto. Todavia, o plano de negócios também assume uma importância
estratégica para o investidor, que o utiliza para analisar a viabilidade do investimento, destacando que há vários
casos em que o investidor é o próprio empreendedor.

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Figura 5: Plano de negócios | Fonte: www.shutterstock.com

Para chegar à etapa de desenvolvimento de seu plano de negócio, você deverá ter realizado outras etapas anteriores
de fundamental importância para eliminar ou minimizar o risco de fracasso.

Figura 6: Desenvolver seu plano | Fonte: www.shutterstock.com

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Se você seguir, por exemplo, as orientações propostas por Degen (2013, p. 26), descritas e adaptadas na Figura 7,
estará, de certo modo, no caminho certo para vencer.

Etapas Representação Descrição

Pesquisar oportunidades de negócio.


1 – Escolher Reunir e classificar informações
sobre o negócio.

Definir o conceito do negócio e suas


características.
Identificar e gerenciar os riscos do negócio.
2 – Criar Projetar e avaliar as possibilidades de
lucro e de crescimento do negócio.
Estabelecer quais estratégias serão
competitivas para o negócio.

3 – Planejar Escrever o Plano de Negócios.

Buscar coletar financiamentos


e/ou investimentos.
4 – Desenvolver Pôr o negócio para funcionar.
Gerenciar o negócio.
Criar um plano de expansão do negócio.

5 – Colher Receber os lucros ou recompensas do negócio.

Figura 7: Etapas para um negócio de sucesso


Fonte: Elaborada pela autora, adaptada de Degen (2013, p. 26) - ilustração: www.shutterstock.com

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A elaboração do plano de negócios situa-se, portanto, na 3ª etapa.

O que vem a ser um plano de negócios?

De acordo com a definição de Bel Pesce (2012, p. 87), trata-se de "um documento que descreve a visão para a sua
empresa e suas projeções financeiras". Ou seja, em linhas gerais, permite definir qual é o negócio da empresa, suas
características básicas e valores envolvidos, bem como descreve os riscos possíveis que podem afetar o negócio, as
projeções de lucro, as estratégias para o crescimento e, entre outros aspectos, define a trajetória financeira necessária
para levá-lo adiante. De outro modo, Degen (2013) sustenta que:
O plano de negócio é a descrição, em um documento, da oportunidade de negócio que o
candidato a empreendedor pretende desenvolver, como a descrição do conceito do negócio,
dos atributos de valor da oferta, dos riscos, da forma como administrar esses riscos, do
potencial de lucro e crescimento do negócio, da estratégia competitiva, bem como o plano de
marketing e vendas, o plano de operação e o plano financeiro do novo negócio, com a
projeção do fluxo de caixa e o cálculo da remuneração esperada, além da avaliação dos riscos
e o plano para superá-los (DEGEN, 2013, p. 208).

É possível perceber que o plano de negócios é constituído de vários outros planos, em que cada um deles colabora
para a realização dos objetivos do negócio e para a previsão de seu crescimento; avaliando a sustentabilidade e
responsabilidade social, bem como seu impacto no meio ambiente.
Na visão de Dornelas (2012, p. 93), "o plano de negócios é parte fundamental do processo empreendedor.
Empreendedores precisam saber planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou em
crescimento". Portanto, constitui-se como um instrumento estratégico para captação de recursos.

Justificativas para adotar um plano de negócios

Estudos feitos no Brasil apontam uma taxa de mais de 70% de mortalidade entre as micro e pequenas empresas
brasileiras nos anos iniciais de sua abertura. Contudo, verificou-se que isso não é um problema tipicamente
brasileiro. Nos Estados Unidos da América (EUA), onde o empreendedorismo impera, segundo Dornelas (2012, p.
94), a mortalidade é de mais de 50%.

São taxas altas e preocupantes, você não acha?

Verificou-se, ainda, que no ímpeto de lançar-se como empresário, para, entre outros motivos, se ver livre de um
emprego que não o satisfaz, o empreendedor inexperiente e sem planejamento tem poucas ou nenhuma chance de se
firmar na área de negócio escolhida.
A essas constatações, somam-se outros elementos que contribuem para a falência de vários empreendimentos, tais
como: formação deficiente em gerenciamento; ocorrência de fraudes e desastres; falta de capital ou financiamento
para tocar o negócio; decisões precipitadas para expansão ou novas aquisições; comprometimento de grande
parcela de recursos próprios e outros.
Ao se deparar com essas ocorrências, o empreendedor percebe que o sonho dá passagem à decepção. Frustrado,
retorna à situação de empregado e enterra de vez, na maioria das vezes, o seu ideal de ser dono do próprio negócio.
Pensando bem, chega-se à conclusão que a palavra-chave para o sucesso ou o fracasso é planejamento, você
concorda?
Tenha a certeza de que nenhum livro técnico ou especialista em negócios apresentará um mapa do tesouro que
garanta obter 100% de retorno do investimento feito. Apesar disso, o candidato a empreendedor deve-se ater a duas
preocupações centrais e estratégicas: planejamento e gestão.

Aliada a essas questões, uma outra é essencial: capacitação. Ou seja, manter-se em constante processo de
aprendizagem em relação ao negócio e elaborar um planejamento que envolva dois itens importantes: o plano de
negócio que contemple um plano de gestão. Aliás, o plano de negócios atende a pelo menos a dois grandes objetivos:
permitir ao empreendedor ter uma visão detalhada das possibilidades do negócio e permitir ao investidor ou
financiador conhecer também essas possibilidades e, especialmente, analisar os riscos envolvidos no negócio.

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De acordo com Dornelas (2012), o plano de negócios é utilizado para desenvolver e descrever um empreendimento
e o modelo de negócio que sustenta a empresa.

Como proposta prática para você conhecer uma variante de plano de negócios, apresento-lhe um método
denominado Canvas, que foi desenvolvido por Alexander Osterwalder para ajudar o empreendedor a definir o
escopo do seu empreendimento. Esse modelo tornou-se popular, pois permite, de maneira simples e objetiva, traçar
o modelo que antecede a elaboração do plano de negócios.
Se você fizer algumas buscas pela internet, encontrará várias propostas visuais desse modelo, inclusive preenchidas
com dados empresariais, como o que mostramos na Figura 8.

Figura 8: Modelo Canvas de um plano de negócios


Fonte: http://bmgenbrasil.com/wp-content/uploads/acessomateriais/PBM_Canvas_v1.2.1_ptb.pdf

Observe que a Figura 8 indica o quanto é fácil desenvolver um modelo de negócios, em especial para quem está
começando, certo? É constituído por nove blocos que integram, em uma só página, as principais considerações de
um plano de negócios.

Permite, portanto, visualizar cada quadrante para checar, entre outras possibilidades, o andamento das atividades-
chave a tempo de corrigir eventuais desvios.
Compreendido esse tópico, você concluirá o quanto é necessário estabelecer um plano de negócios e que existem
várias formas de fazê-lo.

Canvas

• uma ferramenta de gerenciamento estratégico que permite desenvolver e esboçar modelos de negócios novos ou existentes.
• um mapa visual pré-formatado contendo nove blocos do modelo de negócios. O Business ModelCanvas foi inicialmente proposto por Alexander Osterwalder, baseado
no seu trabalho anterior sobre Business ModelOntology. Continue lendo sobre o assunto em http://pt.wikipedia.org/wiki/ Business_Model_Canvas
Saiba mais sobre o criador do Canvas, Alexander Osterwalder em http://alexosterwalder.com/

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Para começar, vamos esclarecer que para elaborar um plano de negócios você poderá selecionar um modelo dentre
vários existentes, ou seja, não há uma receita única para criá-lo. E tem mais, você poderá reunir em um modelo ou
plano de negócios vários elementos de outros planos.

Esclarecida essa questão, um plano de negócios deverá retratar as especificidades do seu negócio e, por isso mesmo,
não deve ser inflexível. De qualquer modo, alguns elementos são mais essenciais que outros em seu plano, e assim,
considerando esses dados, descrevemos, a seguir, dois exemplos propostos por especialistas em
empreendedorismo. Vamos estudá-los?

O primeiro exemplo proposto é de Degen (2013, p. 208-216), que orienta o futuro empreendedor a realizar,
previamente, uma lista com perguntas que devem ser respondidas na elaboração do plano de negócios. Para facilitar
a sua vida na elaboração de sua lista de perguntas, você poderá se guiar pelas questões que abordamos a seguir:

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A partir daí inicia-se a escrita do plano de negócios que, conforme esse autor, é constituído de três categorias:
Sumário, Plano de Negócios e Plano Operacional de Negócio, descritos de forma resumida na Quadro 2 –
Elementos de um plano de negócios.

É um documento com, no máximo, 10 páginas em que o empreendedor faz


a
apresentação resumida de seu negócio para terceiros, tais como: investidores, ban-
Sumário Executivo
cos, amigos, fornecedores e potenciais clientes. Pode-se denominá-lo de Sumário

Conterá, no máximo, 50 páginas e deverá abordar todas as questões críticas


para
se obter sucesso com o negócio. Essas questões deverão ser tratadas com mais
Plano de Negócios profundidade do que as apontadas no Sumário. Poderá ser utilizado para conse-
guir investimentos, por exemplo, bem como para avaliar a viabilidade da ideia ou
decidir-se pelo seu arquivamento.
É um documento que poderá ultrapassar 50 páginas contendo, entre outros
informes, um cronograma de desenvolvimento de todas as atividades do negócio
Plano Operacional de Negócios com seus respectivos gestores. São previstos, ainda, nesse texto, os prazos para
execução das atividades bem como uma planilha de custos e uma projeção para
os próximos anos.

Quadro 2: Elementos de um plano de negócio| Fonte: Elaborada pela autora, adaptada de Degen (2013, p. 212)

O segundo exemplo, que apresento com adaptações para você na Quadro 3, integra um conjunto de estruturas ou
modelos citados no livro de Dornelas (2012, p. 100-110). Selecionei uma estrutura básica proposta para pequenas
empresas, lembrando que o empreendedor pode adaptar, da forma que lhe convier, para atender às necessidades de
seu negócio. Há planos de negócios que não contemplam todos os itens apresentados no modelo a seguir, como você
poderá atestar realizando pesquisas em sites ou livros especializados sobre o assunto.

1. Capa
2. Sumário
3.1. Declaração de visão.
3.2. Declaração de missão.
3.3. Propósitos gerais e específicos do negócio, objetivos e metas.
3. Sumário executivo 3.4. Estratégia de marketing.
3.5. Processo de produção.
3.6. Equipe gerencial.
3.7. Investimentos e retornos financeiros.
4.1. Descrição dos produtos e serviços – características e benefícios.
4. Produtos e serviços
4.2. Previsão de lançamento de novos produtos e serviços.
5.1. Análise do setor.
5.2. Definição do nicho de mercado.
5. Análise da indústria
5.3. Análise da concorrência.
5.4. Diferenciais competitivos.
6.1. Estratégia de marketing (preço, produto, praça, promoção).
6. Plano de marketing 6.2. Canais de venda e distribuição.
6.3. Projeção de vendas.
7.1. Análise das instalações.
7.2. Equipamentos e máquinas necessários.
7. Plano operacional 7.3. Funcionários e insumos necessários.
7.4. Processos de produção.
7.5. Terceirização.
8.1. Estrutura organizacional.
8. Estrutura da empresa
8.2. Assessorias externas (jurídicas, contábil, etc.).
9.1. Balanço patrimonial.
9. Plano financeiro 9.2. Demonstrativo de resultados.
9.3. Fluxo de caixa.
10. Anexos
Quadro 3: Estrutura – Plano de negócios para pequenas empresas | Fonte: Elaborada pela autora, adaptada de Dornelas (2012, p.106)

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Compreendo que você possa achar esse modelo de elaboração de plano de negócios bastante complexo de realizar,
mas é uma primeira impressão. Quando você se inteirar sobre o assunto, por meio de mais leituras, e elaborar seu
primeiro plano de negócios, verá que não é tão complicado assim.

Várias microempresas optam por elaborar um sumário executivo para dar o pontapé inicial em suas
ideias, pois os elementos que farão parte desse sumário são essenciais para que o próprio empreendedor
perceba as suas possibilidades e teste condições básicas de viabilidade do negócio.

4.3 Criando o seu plano de negócios

Caro (a) estudante, considerando as informações estudadas e refletidas neste seu caderno sobre empreendedorismo,
é chegada a hora, a oportunidade de experimentar a criação de um plano de negócios, real ou fictício.
Para chegar até esse plano, é recomendável que você entenda alguns conceitos básicos de planejamento. Na visão de
Maximiano (2011, p. 61), o planejamento "serve para enfrentar o futuro, com suas certezas e incertezas. Se a
empresa não se preparar, será atropelada pelos acontecimentos". Entenda que é sem planejamento adequado que
boa parte de novas empresas fecham as portas antes mesmo de completar um ano de existência. Ainda nas palavras
desse autor, o planejamento requer a tomada de "três tipos de decisões". São elas: "Definir o objetivo (ou objetivos) –
qual situação deverá ser alcançada. Definir um ou mais cursos de ação – caminhos para atingir o objetivo. Definir
meios de execução – previsão de recursos necessários para realizar o objetivo"(MAXIMIANO, 2011, p. 61).

Mantendo o foco nas três decisões acima, você deverá estabelecer a estratégia que a empresa deverá seguir com
vistas aos objetivos. Nesse caso, surge o planejamento estratégico, entendido como o processo de definir a estratégia
da empresa, englobando, essencialmente:

Onde você ou sua empresa estão agora?


Quais os caminhos que deverá seguir?
Quais as fases ou etapas que deverá vencer?
Onde você quer estar daqui a algum tempo? (MAXIMIANO 2011).

Esboçando as respostas para as questões acima apresentadas, a elaboração do seu plano de negócios será mais real e
estará mais próxima de alcançar o sucesso. Antes de você começar, faço-lhe uma pergunta: em termos de negócios, o
que lhe daria mais prazer em realizar, a ponto de lhe fazer esquecer de dormir?

A resposta a essa pergunta pode ser o caminho que você estava procurando para delinear o seu futuro profissional. As
palavras de Vujicic (2011) são bastante motivadoras nesse sentido, vale à pena ler e reler:

[...] A verdade essencial é a seguinte: cada um de nós tem um dom – um talento, uma habilidade, uma aptidão – que
nos dá prazer e nos cativa, e o caminho para a felicidade muitas vezes está nesse dom. [...] Quais são as coisas que
mais despertam seu interesse e mais o atraem? O que gosta de fazer, a ponto de perder a noção de tempo e espaço, e
mesmo assim jamais se cansa? Agora, o que as outras pessoas veem em você? Elas elogiam seu talento para a
organização ou suas habilidades analíticas? [...] Essas são as dicas para que você encontre seu caminho na vida, o
qual está guardado em segredo dentro de você. (VUJICIC, 2011, p. 34).

Após seus estudos, trace um planejamento para elaborar seu primeiro plano de negócios,
procure realizar essa atividade com seus colegas de curso. Isso irá capacitá-lo ainda mais a
trabalhar em equipe, imaginando uma proposta de trabalho que você gostaria realmente de fazer.

O SEBRAE oferece vários cursos excelentes e gratuitos para micro e pequenos empreendedores. Boa parte desses cursos é virtual, ou seja, pela internet, portanto, na
modalidade a distância. Para começar, procure fazer esse dois cursos: "Aprender a Empreender" e "Iniciando um Pequeno e Grande Negócio".
Acesse: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ead

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Realizadas essas atividades, você terá, daqui em diante, uma visão ampliada em relação às várias possibilidades de
criação de um plano de negócios. Acreditamos que terá desenvolvido o seu perfil de empreendedor (a). Você
compreenderá isso em nossa próxima e última aula: Perfil do Empreendedor.

Resumo

Caro (a) estudante,

Esta unidade é de extrema importância para sua formação profissional, pois possibilitou a você compreender os
conceitos sobre plano de negócios e os elementos que o formam, sabendo que existe uma multiplicidade de
exemplos que você pode adotar ou adequar às suas necessidades.
Você desenvolveu, nesta unidade, a capacidade para criar um plano de negócios pessoal, com base em uma proposta
alinhada com os seus sonhos, preferencialmente. Dessa maneira, você terá desenvolvido, também, características
que possam habilitá-lo (a) como empreendedor (a), seja com um negócio próprio, seja em uma empresa ou
corporação de terceiros.

Aula5‒Perfildoempreendedor

Objetivos

Identificar as características do perfil do empreendedor; e


Conhecer a legislação que rege as atividades de uma empresa ou de um empreendedor individual.

Introdução

Caríssimo (a) estudante!

Nesta aula, a última deste componente curricular, você conhecerá o que define o perfil de um empreendedor. Passará
pelo entendimento do que é perfil e como ele pode ser construído ao longo de um processo de estudos e
aprimoramento constantes.

Perceberá que a melhoria de suas capacidades de transformar sonhos em possibilidades de negócios é um processo
contínuo.
5.1 Perfil do empreendedor? O que vem a ser isso?

Você viu nas aulas anteriores que é possível, por meio dos
estudos,desenvolver habilidades que nos tornem competentes para
sermos empreendedores.

No entanto, algumas pessoas parecem ser dotadas naturalmente de certas


características que formam o perfil de um empreendedor. Observe a
Figura 9, pode-se interpretar seu sentido de várias formas. Uma delas é
que o jovem em questão busca alcançar um ou mais objetivos e, para
tanto, precisa vencer cada degrau nessa caminhada. Você pode ter visões
diferentes do sucesso. Qual seria outra possibilidade de interpretação?
Para que você entenda melhor, todo profissional, ao final de sua formação
acadêmica ou técnica, reúne, também, características que o habilitam
para o exercício da profissão escolhida. Figura 9: Visões diferentes de sucesso | Fonte: www.shutterstock.com

25
Em outras palavras, o perfil de um profissional representa o conjunto de habilidades e competências que lhe permite
realizar satisfatoriamente as atribuições relacionadas com a sua carreira. Assim, um empreendedor agrega um
conjunto de qualidades, desenvolvidas ou natas, que formam o seu perfil. Uma dessas qualidades, segundo Degen
(2013, p. 14), é a "vontade dos empreendedores em vencer todas as dificuldades para desenvolver seu negócio,
pagando o preço do sacrifício pessoal para ter sucesso, é função direta de sua necessidade de realizar".

5.2 Características do perfil do empreendedor

A lista de qualidades que um empreendedor pode reunir é extensa e, portanto, não se esgota na relação descrita no
Quadro 2, exposto a seguir. Sendo assim, não se precipite em julgar que não possui a maioria delas. Afinal, vimos
que é possível desenvolver seu perfil empreendedor por meio de estudos, de observações constantes do que é bom
ou não para enriquecer seu conhecimento e de tomada de decisões para melhorar a postura empreendedora.
Portanto, é um processo contínuo que todos estamos trilhando.

Para que você inicie uma autoavaliação das suas características, de modo a identificar aquelas que podem ser
melhoradas, disponibilizo o Quadro 4. Na primeira coluna estão descritas as características desejáveis ou possíveis;
na segunda, você irá marcar com um "X" para "SIM" nas situações em que você julgar que a afirmativa parece com
você; e, na terceira coluna, você marcará o "X" caso não se identifique com a situação apresentada.
Por fim, você deverá somar quantos "SIM" e quantos "NÃO" obteve e, com tais dados, poderá chegar a algumas
conclusões. Vai experimentar?

Características do perfil do empreendedor


Perfil do empreendedor Sim Não
Suas ideias vão além dos sonhos
Possui visão do hoje projetado para o futuro
Detém alto nível de observação
Iniciativa
Enfrenta desafios com naturalidade
Enxerga oportunidades onde a maioria só enxerga dificuldade
Faz do limão uma limonada
Tem um espírito inquieto
Questiona tudo e todos
O “não” é um desafio para o “sim”
Explora várias possibilidades até alcançar seus objetivos
Imaginação constante e fértil
Realizador (a) de visões
Desenvolve ideias com criatividade
É atraído (a) para inovações
Capacidade para a liderança
Otimismo
Desapego: quando julga que chegou o momento de passar adiante seu empreendimento, já se
coloca em busca de novos projetos
Flexibilidade para lidar com situações de conflito
Autoconfiança
Organização
Vive em busca de novos conhecimentos. Gosta de aprender
Necessidade de controle
Necessidade de sentir-se realizado (a) – busca pela autorrealização
Firmeza de propósitos
Capacidade para negociar. Exige saber ouvir as partes, saber ceder para ganhar mais à frente
Capacidade para gerenciar pessoas, considerando-as como fatores primordiais para o sucesso de
qualquer negócio.
Quadro 4 – Características do perfil do empreendedor | Fonte: Elaborado pela autora

26
Obtidos os resultados de quantos "sim" e quantos "não" você marcou, recomendo, com o propósito único de
exemplificar seu desempenho, comparar com o Quadro 4. Ressalto, entretanto, que seus resultados nesse pequeno
teste servem apenas para dar uma ideia aproximada de qual, ou quais, características poderão ser melhoradas. Feito
isso, daqui a alguns meses refaça o teste para verificar seu progresso.

Considerando, portanto, o seu quantitativo de "SIM", temos:

Excelente: entre 25 e 27 "SIM". Você tem potencial para superar as próprias expectativas. Mas não
pode se descuidar do que já sabe até aqui, deve continuar aprendendo sempre e manter a humildade.

Ótimo: entre 21 e 24 "SIM". Você apresenta alguns pontos que devem receber a devida atenção,
acreditando ser possível chegar à excelência.

Bom: entre 15 e 20 "SIM". Procure mais motivação para desenvolver as características para as quais
marcou "NÃO" ou substitua por outras que tenham alguma relação com essas.

Regular: abaixo de 15 "SIM". Se você acreditar que pode desenvolver as demais características,
assim o será. Tudo lhe será possível a partir disso.

De acordo com Dornelas (2012), por meio do perfil é possível conhecer os pontos fortes e fracos do empreendedor.
Quanto mais pontos fortes, melhor deverá ser seu desempenho. Enquanto isso, os pontos fracos deverão ser
trabalhados, seja para reduzi-los ou eliminá-los.

O perfil empreendedor é um importante elemento na visualização das perspectivas de sucesso de novos


empreendimentos. No Quadro a seguir são apresentadas as características e os comportamentos esperados dos
empreendedores.

Características e comportamentos para traçar o perfil do


empreendedor
Características Comportamentos (definições operacionais)
Estabelece metas e objetivos que são desafiantes e que têm signifi-
cado pessoal.
Estabelecimento de metas
Tem visão de longo prazo, clara e específ ica.

Estabelece objetivos de curto prazo mensuráveis.


Planeja dividindo tarefas de grande porte em subtarefas, com prazos
definidos.
Planejamento e monitoramento sistemático
Constantemente revisa seus os planos, levando em conta resultados
obtidos e mudanças circunstanciais.
Mantém registros financeiros e utiliza-os para tomar decisões.
Age diante de um obstáculo significativo.
Age repetidamente ou muda para uma estratégia alternativa, a fim de
Persistência enfrentar um desafio ou superar um obstáculo.
Faz um sacrifício pessoal ou despende um esforço extraordinário para
completar uma tarefa.
Continua...

27
Características Comportamentos (definições operacionais)
Atribui a si mesmo e a seu comportamento as causas de seus sucessos ou
fracassos e assume responsabilidade pessoal pelos resultados obtidos.
Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se neces-
Comprometimento sário, para terminar uma tarefa.
Esforça-se para manter clientes satisfeitos e coloca a boa vontade a
longo prazo acima do lucro a curto prazo.
Dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedo-
res e concorrentes.
Busca de informações Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço.
Consulta especialistas para obter assessoria técnica ou comercial.
Faz as coisas antes de solicitado ou forçado pelas circunstâncias.
Age para expandir o negócio para novas áreas, produtos ou
serviços.
Busca de oportunidades e iniciativa Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio
novo, obter financiamento, equipamentos, terrenos, local de trabalho
ou assistência.
Encontra maneiras de fazer as coisas da melhor forma, mais rápida
ou mais barata.
Age de maneira a fazer coisas que satisfazem ou excedem padrões
Exigência de qualidade e eficiência de excelência.
Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho
seja terminado a tempo ou que o trabalho atenda a padrões de
qualidade previamente combinados.
Avalia alternativas e calcula riscos deliberadamente.
Riscos calculados Age para reduzir riscos ou controlar resultados.
Coloca-se em situações que implicam desafios com riscos moderados.
Utiliza estrat égias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros.
Persuasão e rede de contatos
Utilizapessoas-chave como agentes para atingir seus objetivos.

Age para desenvolver e manter relações comerciais.

Busca autonomia em relação a normas e controles dos outros.

Independência e autoconfiança Mantém seu ponto de vista mesmo diante da oposição ou de resulta -

dos desanimadores.

Expressa confiança na sua própria capacidade de complementar uma

tarefa difícil ou de enfrentar um desafio.

Quadro 5 – Características e comportamentos para traçar o perfil do empreendedor | Fonte: Elaborado pela autora, adaptada de McClelland (1998) e Cooley (1990)

McClelland (1998), ao analisar essas características e comportamentos, identificou que o sucesso do negócio está
relacionando ao perfil do empreendedor. Cooley (1999) adaptou o trabalho de McClelland (1998) e criou um
manual para capacitar os empreendedores futuros a melhorar seu comportamento por meio do programa Empretec,
do SEBRAE.

28
McClelland (1998), ao analisar essas características e comportamentos, identificou que o sucesso do negócio está
relacionando ao perfil do empreendedor. Cooley (1999) adaptou o trabalho de McClelland (1998) e criou um
manual para capacitar os empreendedores futuros a melhorar seu comportamento por meio do programa Empretec,
do SEBRAE.

Nesse sentido, Dornelas (2012, p. 41) criou um modelo de autoavaliação do perfil empreendedor (ambiente, atitudes
e know-how), em que é possível realizar uma análise de desempenho visualizando seus principais pontos fortes e
fracos e, em seguida, traçar uma estratégia para melhorá-los, especificando os resultados desejados e prazos para
alcançá-los. O teste é apresentado a seguir.

Teste do perfil empreendedor de Dornelas (2012)

Observe o Quadro 6 acompanhando o que se pede para a realização desse teste:

1. Atribua à sua pessoa uma nota de 1 a 5 para cada uma das características a seguir e escreva a nota na última coluna.

2. Some as notas obtidas para todas as características.

3. Analise seu resultado global com base nas explicações ao final.

4. Destaque seus principais pontos fortes e pontos fracos.

5. Quais os pontos fortes destacados são mais importantes para o desempenho de suas atribuições atuais na
empresa?

6. Quais os pontos fracos destacados deveriam ser trabalhados para que o seu desempenho na empresa seja
melhorado? É possível melhorá-los?

Teste de perfil empreendedor

Insufi-
Características Excelente Bom Regular Fraco Nota
ciente

5 4 3 2 1
Comprometimento e determinação

1.É proativo na tomada de decisão

2.É tenaz e obstinado

3.Tem disciplina e dedicação

4.É persistente em resolver problemas

5.É disposto ao sacrifício para


atingir metas

6.É capaz de imersão total nas


atividades que desenvolve

Continua...

29
Obsessão pelas oportunidades
7.Procura ter conhecimento profundo
das necessidades dos clientes

8.É dirigido pelo mercado


(marketdriven).
9.Tem obsessão em criar valor e
satisfazer os clientes
Tolerância ao risco, ambiguidade e incertezas
10.Corre riscos calculados
(analisa tudo antes de agir)
11.Procura minimizar os riscos
12.Tolera as incertezas e
falta de estrutura
13.Tolera o estresse e conflitos
14.É hábil em resolver
problemas e integrar soluções
Criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação
15.Não é convencional, tem
cabeça aberta,
16. Não se conforma com o status quo
17.É hábil em se adaptar a
novas situações
18. Não tem medo de falhar
19.É hábil em definir conceitos e
detalhar ideias
Motivação e superação
20.É orientado a metas e resultados
21.É dirigido pela necessidade de
crescer e atingir melhores resultados

22.Não se preocupa com status e poder


23.Tem autoconfiança
24.É ciente de suas fraquezas e forças
25.Tem senso de humor e procura
estar animado
Liderança
26.Tem iniciativa
27.Tem poder de autocontrole
28.Transmite integridade e confiabilidade
29.É paciente e sabe ouvir
30.Sabe construir equipe e trabalhar nela.
TOTAL
Quadro 6 – Teste de perfil empreendedor de Dornelas (2012) | Fonte: Elaborado pela autora, adaptado de Dornelas (2012, p. 41)

30
Analise seu desempenho

120 a 150 pontos: Você provavelmente já é um empreendedor, possui as características comuns aos
empreendedores e tem tudo para se diferenciar no mundo dos negócios.

90 a 119 pontos: Você possui muitas características de empreendedor e, às vezes, se comporta como um, porém,
pode melhorar ainda mais se equilibrar os pontos ainda fracos com os pontos já fortes.

60 a 89 pontos: Você ainda não é muito empreendedor e provavelmente se comporta, na maior parte do tempo,
como um administrador tradicional e não um "fazedor". Para se diferenciar e começar a praticar atitudes
empreendedoras, procure analisar os seus principais pontos fracos e definir estratégias pessoais para eliminá-los.

Menos de 59 pontos: Você não é empreendedor e, se continuar a agir como age, dificilmente será um. Isso não
significa que você não tenha qualidades, apenas que prefere seguir a ser seguido. Se sua posição na empresa exigir
um perfil mais empreendedor, reavalie sua carreira e seus objetivos pessoais.

A seguir apresenta-se o Quadro 7, com uma sugestão desenvolvida também por Dornelas (2012, p. 42), para que
você registre os seus pontos fortes e fracos, defina sua estratégia de melhoria, incluindo resultados e prazos para a
realização de mudanças. Diz-se que é mais fácil gerenciar estratégias se as registramos em algum lugar que não seja
apenas na nossa memória.

Pontos fortes e pontos fracos


Principais pontos fortes Principais pontos fracos

– –
– –
– –
– –
– –
– –
– –
– –
– –
– –
– –
– –
Definição de estratégia a seguir

Resultados desejados e prazos para alcançá-los

Quadro 7 – Pontos fortes e pontos fracos | Fonte: Elaborado pela autora, adaptado de Dornelas (2012, p. 42)

31
5.2 Diferenças e semelhanças entre empreendedor e administrador

Podemos dizer que nem todo administrador é empreendedor, mas que todo empreendedor deve entender, pelo
menos um pouco, de administração. Isso faz sentido até para, se for o caso, contratar um profissional que faça a
administração da empresa. Portanto, o ideal é que o empreendedor não perca o foco nos seus objetivos, mas que
saiba transitar entre o sonho possível e a realidade.

Figura 10: Sonho possível e realidade | Fonte: www.shutterstock.com

Saiba que é comum que o administrador seja denominado gestor. Assim, seguindo o mesmo raciocínio, realizar a
administração significa realizar a gestão, o gerenciamento ou a gerência. Entendido?

Aliás, qual a diferença entre administrador e empreendedor? Bom, quanto ao que caracteriza um empreendedor
você já estudou muito até aqui para saber identificá-lo, certo? Em linhas gerais, o empreendedor sonha com
oportunidades para concretizar os seus sonhos e não tem receio de perder a batalha no final. É, na verdade, um
visionário e vibra com o que faz. O importante para ele é vencer a guerra e, por isso mesmo, está sempre buscando
novas formas de alavancar suas ideias, independentemente dos recursos disponíveis.

Por outro lado, o administrador "puro", em uma concepção tradicional, é mais cauteloso. Analisa com mais rigor as
possibilidades de investimento e é bastante criterioso com os fatores de risco.
Maximiano (2011, p.16) defende que "Administrar é um processo de tomar decisões sobre o uso de recursos para
permitir a realização de objetivos".

Observe a Figura 11 e, nesse contexto, use sua imaginação para compreender o que pode estar representando.

Figura 11: Administrar X empreender | Fonte: www.shutterstock.com

32
Perceba, caro (a) estudante, que as características do administrador aproximam-se das de um empreendedor à
medida que este assume os papéis daquele. Observe, agora, com atenção, a atividade proposta com o objetivo de
sistematizar este seu estudo.

Ao analisar as imagens na Figura 11, você pode ter diferentes impressões, pois cada uma delas passa uma mensagem
para o observador. Identifique quais são essas mensagens, considerando as informações até aqui estudadas, em
especial as relacionadas aos perfis de empreendedor e administrador. Registre suas impressões e poste no fórum do
AVA. Observe a perspectiva dos colegas e sustente a discussão acerca do seu modo de perceber as coisas.

5.3 Legislação aplicada

É sabido que muitas empresas começam seus negócios na informalidade, apresentando diversas justificativas para
isso, desde a da experiência para ver se vai dar certo até a da burocracia envolvida no processo de regularização do
negócio.

Porém, hoje o próprio governo e várias empresas têm tomado a iniciativa de facilitar e incentivar a regularização por
meio de várias ações que são divulgadas de forma constante. Este tópico sobre legislação é um apanhado de algumas
leis ou normas que regem as atividades de uma empresa ou de um empreendedor individual. É uma realidade que
você deverá enfrentar em algum momento da existência de sua empresa, até porque é uma forma de resguardar seus
interesses presentes e futuros.

Você poderá manter-se atualizado quanto a esses dispositivos legais acessando diversos sites que tratam desse tema,
entre eles o do SEBRAE. Nesse contexto, apresento a relação a seguir:

Lei de Patentes ou Lei da Propriedade Industrial => Lei nº 9.279/96


Lei Geral da Micro e Pequena Empresa => Lei nº 123/2006
Lei Complementar do Estatuto Nacional das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte => LC nº 127/2007
Lei do Empreendedor Individual => LC nº 128/2008
Código Civil Brasileiro => define os tipos de sociedades que podem constituir empresas, bem como abertura de
associações ou fundações.

Recomendo aguçar sua curiosidade pesquisando sobre a Lei de Patentes e também sobre a Lei do
Empreendedor Individual. Após as leituras, discuta com seus colegas no fórum do AVA, abordando
as seguintes questões:

1. O quanto o País pode perder, ou tem perdido, em termos de ideias inovadoras que não foram
patenteadas?

2. Busque exemplos de invenções brasileiras que não foram patenteadas no devido tempo e hoje
estão brigando na justiça pelo reconhecimento de autoria bem como pelo ressarcimento financeiro.

Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996, que regula direitos e obrigações relativos à


propriedade industrial, disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm
Lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, republicação em atendimento ao disposto no art. 5º da Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011, que
Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm
Lei complementar nº 127, de 14 de agosto de 2007, que altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da
Empresa de Pequeno Porte, disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp127.htm
Lei complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008, que altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp128.htm
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro, que
Institui o Código Civil, disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm
No Portal do Empreendedor tem uma seção para apresentação da legislação em vigor para o empreendedor brasileiro. Acesse em
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/legislacao

33
5.4 Liderança com sabedoria

A expressão "levar a vida" pode ser entendida como liderar os caminhos por onde você passará.

Figura 12: Caminhos | Fonte: www.shutterstock.com

Agora, imagine levar/acompanhar/ liderar a vida de outros que estão à sua volta em uma relação de hierarquia
empresarial.

Figura 13: Hierarquia empresarial | Fonte: www.shutterstock.com

Quem lidera tem a maior responsabilidade nesse processo. A pergunta é: todos que assumem a chefia de um setor ou
a gerência de um projeto têm perfil de líderes? Qual é a diferença entre ser líder e ser chefe?

34
Figura 14: Modelos | Fonte: www.shutterstock.com

Liderar tem a ver com a vontade de querer que todos, a seu ritmo, estejam em harmonia e próximos de seu líder, na
intenção de realizar objetivos comuns à organização. Um líder se entrega ao que está fazendo. Acompanha cada
ação, cada estratégia como se a sentisse parte de si, como se fosse aquele que escreveu a melodia e quer ser o regente
da orquestra. Contudo, proporciona certa liberdade aos seus liderados para que usem de sua criatividade e
conhecimento, no sentido de contribuírem para o desenvolvimento da empresa.

Uma característica considerada marcante para um líder é a capacidade de incentivar, motivar sua equipe,
encorajando-a a vencer as dificuldades e levando-a a persistir sempre, pois atrás de qualquer criação ou inovação
tecnológica existe uma equipe de seres humanos, antes de tudo. Você deve cuidar de seus sonhos como se fossem
sementes que precisarão ser regadas, dia após dia, até adquirirem forma própria. Buscar alternativas diferentes de
cultivar, estudar novas tecnologias, acreditar que é possível e, assim, as recompensas virão.

Resumo

Caro (a) estudante,

Chegar até aqui, ao final desta aula e também do componente curricular "Empreendedorismo", representa, para
mim, que você venceu mais uma etapa valiosa em sua formação. Nessa aula você conheceu um conjunto de
características que, talvez, já façam parte de sua forma de ser ou que podem ser desenvolvidas para formar seu perfil
empreendedor.Percebeu, também, que é necessário saber diferenciar administrador de empreendedor e a
importância de ambos para o sucesso do negócio. Também se deparou com a existência de leis que regem a abertura
e regularização de empresas.

Percebeu, ainda, o valor de desenvolver o espírito de liderança diante de uma equipe, que deverá ser valorizada e
motivada continuamente para, assim, contribuir para a expansão da empresa e dos negócios.
Por fim, aproveito este momento para agradecer pelo seu empenho em permanecer motivado (a) até o fim de seus
estudos e me despeço estendendo um convite a você para que mantenha o foco em um objetivo maior: ser
empreendedor (a) não só em sua trajetória profissional, mas também em sua vida pessoal, agora e nos novos
componentes de seu curso.

Portanto, deixo meus sinceros parabéns.

35
Referências

ANDREASSI, Tales et al.. Práticas de empreendedorismo: casos e planos de negócios.


Rio de Janeiro: Campus; Elsevier, 2012.

ANDRADE, Renato Fonseca de. Contexto do empreendedorismo no Brasil. In: GRANDO, Nei. (Org.).
Empreendedorismo inovador: como criar startups de tecnologia no Brasil. São Paulo: Editora Évora, 2012.

BESSANT, John; TIDD, Joe. Inovação e empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009.

BRASIL, Presidência da República. Casa Civil. Lei Complementar Nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (Republica-
ção em atendimento ao disposto no art. 5º da LeiComplementar nº 139, de 10 de novembro de 2011). Institui o
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis no 8.212 e 8.213,
ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de
1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de
1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm. Acesso em: 21 maio 2014.

BRASIL, Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996, que regula direitos e obriga-
ções relativos à propriedade industrial. Disponível em http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9279.htm.
Acesso em: 22 maio 2014.

BRASIL, Presidência da República. Casa Civil. Lei complementar nº 123, de 14 dedezembro de 2006, republica-
ção em atendimento ao disposto no art. 5º da LeiComplementar nº 139, de 10 de novembro de 2011, que Institui o
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Disponível em http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm. Acesso em: 22 maio 2014.

BRASIL, Presidência da República. Casa Civil. Lei complementar nº 127, de 14 deagosto de 2007, que altera a Lei
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006,que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa
de Pequeno Porte. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp127.htm. Acesso em: 22 maio
2014.

BRASIL, Presidência da República. Casa Civil. Lei complementar nº 128, de 19 dedezembro de 2008, que
altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de2006. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp128.htm. Acesso em: 22 maio 2014.

BRASIL, Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de2002, Lei de Introdução ao
Código Civil Brasileiro, que Institui o Código Civil. Disponívelem
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 22 maio 2014.

BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário escolar.ed. rev. e atual. por Suzana d'Avila. Rio de Janeiro: Ediouro,
2000

BUENO, Francisco da Silveira. Minidicionário da língua portuguesa. São Paulo: FTD, 2000.

CANTWELL, Marianne. Vida de profissional freelancer: ferramentas para facilitar seu


trabalho como autônomo. Tradução: Bruno Alexander. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico. Rio de Janeiro:


Elsevier, 2003.

36
Referências

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Rio de Janeiro: Campus; Elsevier, 2012.

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BESSANT, John; TIDD, Joe. Inovação e empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009.

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disposto no art. 5º da LeiComplementar nº 139, de 10 de novembro de 2011). Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de
Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de
11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. Disponível em
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de Pequeno Porte. Disponível em http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm. Acesso em: 22 maio 2014.

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Currículo da Professora-Autora

ThéliaTheóphilo Bezerra, profissional com mestrado em Tecnologias em Educação pela Universida-de


de Brasília (UnB). Especialista em Informática Educacional pela Universidade Federal de Lavras
(UFLA); em Gestão de Tecnologia da Informação (UnB). Licenciada pelo Programa de Formação de
Professores pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Graduada em Processamento de Dados pela
UCB. Atuou como docente nas instituições de ensino superior: Facitec-DF, FATEP-DF, FACNET-DF,
UNEB-DF. Atuou como coordenadora de Estágio na FATEP-DF.

Atuou como Coordenadora dos cursos superiores de Bacharelado em Sistemas de Informação e Sistemas
para Internet na FACNET-DF (atual Anhanguera). Atuou na Escola Técnica de Brasília (ETB) como
coordenadora do Curso Técnico de Informática; coordenadora de Educação a Distância; coordenadora
geral da Rede e-Tec-DF; coordenadora adjunta da Rede e-Tec--DF e professora pesquisadora da Rede e-
Tec. Atuou na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal/Coordenadoria de Educação
Profissional do DF (SEEDF/CEPROF), como chefe de Núcleo dos Cursos Básicos. Atuou no Grupo de
Pesquisa Currículo Referência (GPCR/MEC/UFSC), que culminou na edição do Currículo Referência
Nacional para os cursos técnicos no Brasil. Atua como docente, desde 1999, e como coordenadora geral
pedagógica dos Cursos Técnicos da ETB. Atua como professora formadora, da Rede e--Tec, na disciplina
Informática Aplicada no Curso Técnico de Informática na modalidade a distância.

É professora concursada, desde 1999, em Informática da Secretaria de Estado de Educação do Governo do


Distrito Federal (SEEDF). Possui experiência nas disciplinas: Informática Aplicada; Multimídias; Redes
I; Banco de Dados I; Sistemas para Internet; Fundamentos de Administração para Informática; Gestão de
Tecnologias da Informação; Algoritmo e Lógica de Programação; Engenharia de Software; Comunicação
Visual para Web; Auditoria e Segu-rança da Informação; Legislação Aplicada à Internet e outros.

Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/4807635860129788

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