Introdução TCC

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INTRODUÇÃO

A depressão pós-parto é uma patologia psíquica que a cada dia vem acometendo um número
maior de mulheres mundo a fora. A mesma já vem sendo motivo de inúmeros estudos e é
identificada na literatura desde Hipócrates, onde se notou uma associação entre o período de
pós- parto e o transtorno do humor.
A gravidez e os primeiros meses após o parto constituem uma das fases mais mutáveis
da vida da mulher. Tanto a nível físico, hormonal, emocional e social, são inúmeras as
alterações vividas, e podem muitas vezes ser difíceis de gerir. Naquelas fases da vida, as
mulheres estão mais vulneráveis ao desenvolvimento de distúrbios psiquiátricos, ou ao
agravamento de algum prévio à gravidez. Estes distúrbios podem ser perturbações do humor,
perturbações da ansiedade, psicoses, distúrbios alimentares, perturbações
obsessivocompulsivas, entre outros. As perturbações do humor e da ansiedade são as mais
comuns, com uma prevalência estimada de 11% e 15%, respectivamente(HOWARD LM,
2018); as psicoses são os casos mais raros (0,2%), mas também os mais graves constituindo
uma emergência psiquiátrica pelo risco aumentado de infanticídio e suicídio. Os sintomas
psicóticos surgem em cerca de duas semanas após o parto, e incluem agitação, pensamentos
desorganizados, paranóia e alucinações. (NORHAYATI MN, 2015)
Actualmente a depressão é apontada como a quarta doença no mundo. Estima se que 121
milhões de pessoas sejam afectada por essa doença e calcula-se que da população mundial de
5 a 10% sofrerão pelo menos um episódio depressivo ao longo da vida (OMS, 2000). “O
Transtorno Depressivo pode ser desencadeado por um episódio traumático ou uma mudança
repentina na vida de uma pessoa” (OLIVEIRA, 2015, p. 11). Segundo KONRADT (2011) a
Depressão pós-parto pode ocorrer no período de até 12 meses após o parto e possui as
mesmas características de depressão na população em geral, sendo elas: humor deprimido,
perda de interesse ou prazer pelas coisas, sentimento de baixa auto estima e baixa
concentração.
A gravidez é considerada um período de risco para o psíquico, pois nesse período a mulher
sofre com mudanças físicas e tudo fica mais intenso na sua vida (IACONELLI, 2005).A
gravidez além de representar o período do desenvolvimento do feto, é também o período de
desenvolvimento para a mulher, onde, ela experimenta uma nova realidade, a detornar-se mãe
(TEIXEIRA, 2001, p.4).
A depressão pós-parto é uma síndrome que interfere na vida de uma mulher tanto
emocionalmente, quanto fisicamente e cognitivamente (CAMACHO et al,2006).
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Para Iaconelli (2005), a depressão pós-parto é um caso clinico que necessita de
acompanhamento psicológico e psiquiátrico, e que devido à gravidade dos sintomas, há de se
pensar no uso de medicamento. Durante o puerpério, acontecem grandes mudanças, que
quando são associadas a factores de risco, podem ocorrer sinais e sintomas depressivos
levando ao sofrimento psíquico como a depressão pós-parto (VIANA, 2011).

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1.1.Formulação do Problema

A depressão pós-parto é uma doença de causa desconhecida, a qual deve ser monitorada
rigorosamente. É importante atentar para os sinais e sintomas que podem surgir até mesmo
antes do parto. Deve-se investigar o histórico familiar, aceitação da gestação, se esta foi
planeada, tentativas de interromper a gravidez, condições socioeconómicas da gestante, se foi
vítima de algum tipo de violência e se apresenta sentimentos negativos relacionados à
gravidez, também o apoio do parceiro e demais familiares com que a puérpera se relaciona.
Trata-se de um problema que atinge um número significativo de puérperas.
Segundo Towsend (2014), de 10% a 20% das mulheres que dão à luz apresentam sinais
e sintomas de DPP. Cabe ressaltar que os profissionais de saúde estejam atentos aos
comportamentos apresentados pelas mães durante a gestação, parto e puerpério, no intuito de
identificar factores de risco, bem como diagnosticar precocemente, prevenir e
tratar a depressão pós-parto.
Desta forma vários estudos têm sido realizados neste âmbito da depressão pós-parto,
demonstrativos da precocidade e das elevadas quantidades de procura do tratamento da
depressão, sendo assim Surgiu-nos a seguinte pergunta:
Qual é o conhecimento dos profissionais de saúde do Hospital dos cajueiros sobre o
tratamento farmacológico da depressão pós parto?

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1.2 JUSTIFICATIVA

A escolha da temática desta investigação vai de encontro quer ao interesse pessoal, quer pelas
experiências vividas ao longo do percurso académico. Motivada pelo interesse despertado
durante o desenrolar dos ensinos clínicos, assim como a convivência pelo conteúdo teórico
aprendido ao longo deste percurso. Outro aspecto não menos importante que veio reforçar a
escolha da temática em estudo é o facto da depressão na gestação traz graves consequências,
tanto físicas como emocionais, além de influenciar na vida fetal.
Percebe-se, no quotidiano, que as mulheres levam durante toda a sua vida a experiência e
memórias de como foi esse período, desde a gestação até o puerpério. Por esse fato, observa-
se uma grande necessidade de um cuidado especial por parte dos profissionais de saúde,
estabelecendo um cuidado de forma individual, de acordo com as necessidades de cada
mulher. Além disso a DPP é vista como um grande problema de saúde pública mundialmente
(MEIRA etal., 2015).
Segundo a Organização Mundial da Saúde a depressão atinge 15 % da população em geral,
em pelo menos um momento da vida. Mais de 400 milhões de pessoas no mundo sofre de
depressão, sendo que o risco do homem sofrer da doença é de 11% e o da mulher pode chegar
a 18,6%, e a OMS prevê que nos próximos 20 anos o problema saíra do quarto para o segundo
lugar no ranking de doenças dispendiosas e fatais, perderá apenas pelas enfermidades
cardíacas.
Este contexto mostra-se relevante por abordar o tema depressão na gestação e poderá
contribuir para a melhoria da área da saúde em relação ao cuidado com estas mulheres, seja
quando surgirem sinais e sintomas leves e iniciais de depressão na gravidez ou quando
apresentarem sintomas mais graves, pois favorecerá a identificação precoce e a
implementação de um cuidado mais qualificado e humano.

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1.3 OBJECTIVOS
1.3.1 Objectivo geral

 Avaliar o conhecimento dos profissionais do Hospital dos cajueiros sobre o


tratamento farmacológico da depressão pós-parto.
1.3.2 Objectivo específico

 Caracterizar os profissionais segundo dados socio –demográficos: idade, género,


categoria profissional, tempo de serviço;
 Descrever a percepção dos profissionais sobre o tratamento farmacológico depressão
pós-parto da população em estudo
 Identificar as fontes de informação sobreo tratamento farmacológico da depressão
pós-parto,
 Analisar os principais sintomas, factores e o tratamento farmacológico.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
2.1. Definição de termos e conceitos
A depressãoé um transtorno de humor, que se manifesta através de um conjunto de sintomas,
que alteram o pensamento, comportamento, sentimentos e fisiologia da pessoa deprimida,
durante um período significativo de tempo, sendo no mínimo duas semanas. (CRUZ etal.,
2005).
Farmacêutico é o profissional da área de saúde que possui uma formação académica voltada
para as ciências farmacêuticas, mas também dominam conteúdos noutras áreas científicas
(RANG, 1999)
O ciclo gravídico-puerperal é caracterizado por diversas mudanças ocorridas na mulher,
sendo a fase de maior incidência de transtornos psíquicos, afectando directamente o equilíbrio
psicológico das mulheres (ZUGAIB, 2008 citado por VIEIRA; PARIZOTTO, 2013).
A Depressão Pós-parto é considerada como uma patologia decorrente de uma junção de
factores biopsicossociais, de difícil controlo, actuando de forma imbatível no seu surgimento.
(GUEDES-SILVA etal., 2003).
Medicamento, é toda a substância química apresentada como possuindo propriedades
curativas ou preventivas dos sintomas ou que possa ser utilizada ou administrada no ser
humano com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo uma acção
farmacológica, ou a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas”.(OMS, 2001)
A gestação é um período passageiro que faz parte do processo normal do desenvolvimento
humano. Há grandes transformações, não só no organismo da mulher, mas no seu bem-estar,
alterando seu psicológico e o seu papel sócio-familiar (FALCONE etal., 2005).
O tratamento farmacológico é o meio mais acessível a clínicos que lidam com tais
pacientes, havendo indício de que se restabeleça o funcionamento dessas mulheres,
potencialmente atingindo toda a família (LOGSDON etal., 2003).
A Atenção Farmacêutica é definida como uma actividade pertencente à Assistência. Esta é
uma grande área composta por duas subáreas distintas, porém complementares; uma
relacionada à tecnologia de gestão do medicamento (garantia de acesso) e a outra relacionada
à tecnologia do uso do medicamento (correcta utilização do medicamento), em que se
enquadra uma especialidade privativa do farmacêutico. (Araújo, 2008)

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2.2 Breve historial sobre a depressão

O termo depressão é relativamente novo na história, tendo sido usado pela primeira vez em
1680, para designar um estado de desânimo ou perda de interesse. Em 1750, Samuel Johnson
incorporou o termo ao dicionário. O desenvolvimento do conceito de depressão emergiu com
o declínio das crenças mágicas e supersticiosas que fundamentavam o entendimento dos
transtornos mentais até então. Desse modo, a história do conceito de depressão tal como o
concebemos na actualidade tem seu início no século XVII. Entretanto, sua origem pode ser
inferida a partir das menções de alterações de humor ao longo da história, sobretudo nas
referências ao estado conhecido como melancolia. (CABRAL, 2013)
As primeiras descrições de estados de alteração do humor podem ser encontradas nas
escrituras bíblicas e na mitologia. A visão pré-socrática do homem, compartilhada de modo
geral por gregos, hebreus, egípcios, babilónios e persas, compreendia o adoecimento físico e
mental a partir de uma narrativa mítica e religiosa, atribuindo a uma entidade divina a
etiologia de todos os males. A passagem da narrativa mítica ao discurso racional, consolidada
com as contribuições de Sócrates (ATENAS, 469 a.C.-399 a.C.), viabilizou a transferência do
entendimento da doença do âmbito divino para a natureza, inaugurando, assim, o modo
científico de pensar. (CHAVES, 2004).
Atribui-se a Hipócrates (Cós, 460 a.C.-370 a.C.) e seus seguidores a diferenciação entre
medicina e filosofia, bem como a transição da explicação da doença centrada em termos
sobrenaturais para termos científicos e, ainda, a superação da teoria cardiocêntrica de
Aristóteles (ESTAGIRA, 384 a.C.-Atenas, 322 a.C.), a qual considerava o coração como o
centro das emoções humanas, descrevendo o cérebro como o “centro” das funções mentais e,
portanto, de suas patologias. Com base no conceito dos quatro fluidos – bile, fleugma, sangue
e bile negra –, Hipócrates desenvolveu seu entendimento das doenças como manifestação de
um desequilíbrio entre esses fluidos e também seu modelo dos quatro humores – colérico,
fleugmático, sanguíneo e melancólico –, que, segundo ele, explicariam a regulação das
emoções e a formação do carácter dos indivíduos. Fundamentado nesse modelo, Hipócrates
formulou a primeira classificação nosológica dos transtornos mentais registada na história:
descreveu e nomeou a melancolia, a mania e a paranoica. A etimologia do termo melancolia –
melan significa negro, e cholis, bile –, revela a visão de Hipócrates: o quadro clínico da
melancolia – em que se observava aversão à comida, falta de ânimo, inquietação,
irritabilidade, medo ou tristeza que perduravam por longo período – seria resultante de uma

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intoxicação do cérebro pela bile negra. Hipócrates diferencia, ainda, a doença melancolia da
personalidade melancólica.
2.3 Epidemiologia
A maioria das mulheres desenvolve depressão pós-parto nos três primeiros meses após o
nascimento do bebé (COOPER etal. 1998), revelando-se um pico da incidência por volta da
4.ª à 6.ª semana (COXetal. 1993).
A prevalência varia de acordo com a rapidez com que a mulher é diagnosticada no pós-parto,
com a altura do pós-parto em que se tenta obter um diagnóstico e com os métodos e testes
utilizados para diagnosticar a depressão pós-parto.
Estima-se que relativamente à prevalência, a depressão pós-parto atinja cerca de 10- 20% das
mulheres (Cox etal. 1996; O’Hara etal. 1996; Steiner 1998), com alguma variação entre as
populações (HalbreichandKarkun 2006).
Nas adolescentes verificou-se uma prevalência entre 16-44%, quase duas vezes superior à das
gestantes adultas, o que pode estar relacionado com a falta de maturidade afectiva e dos
relacionamentos, bem como, o facto de grande parte delas terem de abandonar os estudos em
devido à maternidade (Szigethyand Ruiz 2001).
2.4 Etiologia

A etiologia da DPP parece ser pouco esclarecida, apresentando-se de forma multideterminada,


por meio de uma combinação de factores de carácter psicológico, psicossocial, obstétrico,
hormonal e hereditário (CAMACHO etal., 2006)
Os factores obstétricos envolvidos no aparecimento da DPP são potencialmente apresentáveis
durante toda a gestação. A mulher pode passar por situações que oferecem o risco da DPP,
tais como prematuridade, intercorrências neonatais e má-formação congénita do bebé
(MULLER etal., 2005). Complicações gravídicas que resultam em partos de risco também
contemplam estes factores (SILVA; BOTTI, 2005). As condições do puerpério podem
predispor a mulher à depressão puerperal e mulheres que passaram por puerpérios com
algum comprometimento clínico podem manifestar um quadro desta patologia (SILVA;
BOTTI, 2005). Alguns autores (FURTADO, 2005; O’HARA, 1997) afirmam ainda que tanto
a gravidez quanto o parto podem ser factores estressantes para a mulher, actuando muitas
vezes como factores desencadeantes da DPP.
Após o parto, demonstra-se uma acentuada queda nos harmónios estradiol e progesterona,
além da redução do cortisol sérico, relacionada a uma diminuição das actividades secretoras
da glândula pituitária.
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Este fato pode estar envolvido nas alterações do humor que ocorrem durante esta fase
(CAMACHOetal., 2006). A evidência mais reforçadora de uma etiologia hormonal
significativa foi demonstrada através de um experimento que simulou os
níveissuprafisiológicos do estradiol e progesterona em fases avançadas da gravidez e sua
subsequente retirada, em mulheres com ou sem histórico de DPP (BLOCH etal., 2000).
Concluiu-se que a queda brusca desses hormônios no pós-parto possivelmente está envolvida
na etiologia da depressão puerperal (BLOCH etal., 2003).
2.5 Factores de risco
Têm sido sugeridos múltiplos e numerosos factores de risco associados à depressão pós-parto.
Numa meta-análise, Beck identificou 13 factores de risco significantes para a depressão pós-
parto. Nos dez factores de risco, que possuem um efeito moderado incluem-se: a depressão
pré-natal, a baixa auto-estima, o stresse associado aos cuidados da criança, ansiedade pré-
natal, o stresse diário, o baixo suporte social, a má qualidade da relação conjugal, história
prévia de depressão, o comportamento problemático da criança e o “postpartumblues”. Os
outros três factores são o facto de ser solteira, o baixo estado socioeconómico e a gravidez não
planeada, possuindo um menor efeito na depressão pós-parto (Beck 2001).
A idade jovem (adolescentes), a vulnerabilidade e a personalidade da mulher
(SteinerandYonkers 1998) e factores sociais como a instabilidade profissional, o desemprego
da mulher ou parceiro e o baixo rendimento (Murrayetal. 1996; Warneretal. 1996; O’Hara
andSwainetal., 1996; Fischetal. 1997; Bergantetal. 1999) têm sido referidos como
componente factorial para a depressão pós-parto. Ainda relativamente aos factores sociais a
falta de apoio, já referida, pode advir do pai da criança ou da própria mãe da mulher em
questão, e reflectir-se então no aparecimento da depressão pós-parto (Murrayetal. 1996;
O’Hara andSwainetal. 1996).
Quadro 1– Factores etiológicos das desordens metais no puérpero.

. Fonte: Carvalho, 2007

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Os factores estressantes que ocorrem tanto no período da gravidez quanto durante o parto,
possivelmente estão associados na etiologia da DPP. Ambos períodos precisam ser analisados
com muita atenção para identificar precocemente os factores psicossociais, hormonais e
fisiológicos (SANTOS etal., 2009).
Outros autores mencionam, relativamente à relação conjugal, a má relação conjugal, o
divórcio e a poligamia, bem como a monoparentalidade como elementos causadores desta
patologia (Warneretal. 1996; O’Hara andSwainetal. 1996; Ghubashand Abou-Salehetal.
1997).
Quanto aos factores associados ao recém-nascido, tais como o baixo peso à nascença
(Bergantetal. 1999), intercorrências neonatais, malformações congénitas (Ghubashand Abou-
Salehetal. 1997), e ausência de amamentação (Warneretal. 1996) são outros condicionantes
que colocam a mulher em risco para a depressão pós-parto.
O risco de depressão pós-parto depois de um abortamento, nascimento de um nado morto ou
da interrupção da gravidez, é maior em mulheres com historial anterior de depressão do que
aquelas que não o possuem (Neugebaueretal. 1997). Ao contrário do que se pensava, um
estudo revelou que, as multíparas têm 43% mais probabilidade de desenvolver sintomatologia
depressiva moderada a severa em comparação com as primíparas (Choi etal. 2009).
Relativamente ao tipo de parto, apurou-se que o parto por cesariana não aumenta o risco de
depressão pós-parto e que as mulheres que apresentam dor aguda após o parto possuem um
risco três vezes superior de vir a desenvolver depressão pós-parto do que as que apresentaram
dor ligeira (Eisenachetal. 2008).
2.6 Diagnóstico
Assiste-se nos dias de hoje ao recrudescer das perturbações psicopatológicas relacionadas
com a maternidade, em razão da falência dos sistemas de apoio sócioeconómico-culturais,
sendo o interesse que se consagra à depressão pós-parto e à sua detecção e diagnóstico
justificáveis, na medida em que se torna um importante instigador da saúde mental de todos
os elementos da família.
O infanticídio e o suicídio incluem-se entre as complicações mais graves decorrentes deste
transtorno puerperal na ausência de intervenção adequada, pelo que o seu diagnóstico assume
fulcral importância.

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2.7 Sintomas

O quadro clínico da DPP é variável, apresenta alterações físicas, cognitivas e


comportamentais. Consoante a gravidade de todas estas alterações a DPP pode ser classificada
numa escala de depressão ligeira a grave (Schardosim&Heldt, 2011). Os sintomas que
afectam a DPP são na sua maioria iguais aos da depressão não pós-parto, excepto os que estão
directamente relacionados com o bebé. Os principais sintomas estão descritos na tabela 1
(Meltzer-Brody& Jones, 2015; Schardosim&Heldt, 2011; Schmidt etal., 2005).

Quadro 1: Sintomas de DPP. Adaptado de (da Silva Moraes etal., 2006)

Perda de prazer ou interesse navida;


Mauhumor,especialmentenapartedamanhã,tristeza,choro;
Exaustão que não é aliviada pelosono;
·
· Sentimento de culpa; Perda de peso;
· Baixo nível de energia; Irritabilidade;
Higiene pessoalprecária;
Constipaçãointestinal;
Preocupação e falta defoco;
Indecisão;
Concentraçãodiminuída;
Ansiedade;
Desespero; ·
Pensamentoscompulsivos;

Perda dalibido;

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A maioria das mulheres afectadas pode ter sintomas durante seis meses, e 25% durante um
ano caso não recebam tratamento. Os transtornos de humor não tratados estão associados a
riscos de saúde para a mãe e para o feto/bebé. Em relação às grávidas com depressão prévia se
interromperem o AD têm uma grande probabilidade de ter uma recaída. Por sua vez o risco de
recorrência da DPP é cerca de 25% (DELIGIANNIDIS etal., 2014). O suicídio durante a
gravidez ou durante o período pós-parto é de extrema importância, não só devido à gravidade
da situação mas também devido à sua prevalência que está entre os 2,6%. Nos Estados Unidos
é a quinta maior causa de morte em mulheres grávidas (Melville, Gavin, Guo, Fan, &Katon,
2010).

2.8 Repercussões na interacçãomãe-bebé

A DPP causa significativas repercussões na vida da mulher, na dinâmica familiar e na


interacção mãe-bebé. O relacionamento primordial mãe-bebê é fundamental para o
desenvolvimento emocional e cognitivo da criança, o que torna muito importante as alterações
que a DPP pode causar.
Mães com DPP, quando comparadas às mães não-deprimidas, gastam menos tempo olhando,
tocando e falando com seus bebés e apresentam mais expressões negativas que positivas
(HERRERA etal., 2004). Elas, na interacção com o bebé, expressam-
semenosfaceaface(STANLEYetal.,2004)esãomenossensíveis(HIPWELL, 2000).
Mães deprimidas podem interromper a amamentação mais precocemente (FIELD, 1992;
RIGHETTI-VELTEMA etal., 2002; HATTON etal., 2005) e lidar com seus bebés de forma
indecisa, insensível e confusa, por lhes faltar habilidades de resolução de problemas ou a
persistência necessária para estabelecer interações sensíveis com suas crianças (TETI &
GELFAND,1991).
Em alguns estudos, mães deprimidas definiram-se como menos competentes, menos ligadas
emocionalmente à criança, mais dependentes e isoladas socialmente, com menos confiança e
satisfação com o desempenho materno (RIGHETTI-VELTEMA etal., 2002). Algumas
tiveram percepção negativa de seus bebés, o que não mudou mesmo após a realização de
psicoterapia (ORTHON etal., 2007; FORMAN etal., 2007).
Os bebés são vulneráveis ao impacto da depressão materna porque dependem muito da
qualidade dos cuidados e da responsabilidade emocional da mãe (FIZZO & PICCININI,
2005). Quanto mais grave e persistente for a DPP materna, maior é a chancede prejuízos na
relação mãe-bebé e de repercussões no desenvolvimento da criança (STANLEY etal., 2004).
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Bebés de mães deprimidas, quando comparados aos de não- deprimidas, exibem menos afecto
positivo e mais afecto negativo, têm menor nível de actividade e menos vocalizações;
costumam distanciar o olhar, apresentam aborrecimentos e protestos mais intensos, mostram
mais expressões de tristeza e raiva, menos expressões de interesse e têm uma aparência
depressiva com poucos meses de idade (COHN etal., 1990). Field (1995) ressalta que os
bebés de mães deprimidas se aconchegam pouco, têm pouca reciprocidade com suas mães e
expressão emocional, são irritados e choram mais, além de terem mais problemas de
alimentação e sono e menor desenvolvimento motor.
Estudos de seguimento com crianças de mães com DPP demonstram que estas crianças têm
menos segurança afectiva (CAMPBELL etal., 2004), apresentam maior incidência de
distraibilidade, alterações de comportamento, atraso no desenvolvimento cognitivo e
transtornos afectivos (SINCLAIR & MURRAY, 1998; HAY etal., 2001 e 1995; GRACE
etal., 2003; HALLIGAN etal., 2007).
2.9 Tratamento

O medicamento certo, na dose certa, dada no momento certo, para o paciente certo. Este
princípio é particularmente importante para os medicamentos com janelas terapêuticas
estreitas, como é o caso dos fármacos administrados a grávidas devido a todas as alterações
que estas sofrem que influenciam tanto a eficácia dos fármacos, como os seus efeitos adversos
(HAAS, 2014).
Quadro 3Classes de antidepressivos e seus respectivos medicamentos.
Classes Medicamentos
InibidoresSeletivos da fluoxetina, paroxetina e sertralina
Recaptação de Serotonina
AntidepressivosTricíclicos amitriptilina, imipramina enortriptil
InibidoresMistos de Bupropiona
Recaptação de
Norepinefrina-Dopamina
Antagonistas alfa-2 adrenérgicos Maprotilina
Fonte: http://www.imebi.com.br/depressao.php, 2010.
A depressão é classificada através dos desequilíbrios do sistema dopaminérgico,
noradrenérgico e serotonérgico. Ao longo do tempo muitas classes de antidepressivos foram
introduzidas no mercado, com o objectivo de aumentar a concentração de serotonina na fenda
sináptica. Por volta de 1950 a isoniazida e o seu derivado iproniazida eram utilizadas no

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tratamento da tuberculose, verificou-se que os doentes medicados apresentavam sinais de
melhoria em relação ao humor devido ao facto destes fármacos inibirem a monoamina
oxidase. Iproniazida tornou-se posteriormente o primeiro fármaco a ser comercializado
especificamente como um ADT (Levine&Ruha, 2014).
O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível de modo a diminuir as possíveis
repercussões para o feto/bebé e para a mãe. As possíveis passagens de fármaco pela barreira
mamária e placentária devem estar sempre presentes aquando da escolha do AD
(Reefhuisetal., 2015). Existem vários grupos terapêuticos efectivos na depressão, entre eles os
antidepressivos triciclicos (ADT), inibidores selectivos da recaptação de serotonina (ISRS),
inibidores da moniaminoxidase (IMAO), e inibidores da recaptação de serotonina e
noradrenalina (IRSN) (Hirst&Moutier, 2010; Pussi, F. D. & Audi, 2000).
Uma resposta efectiva por parte dos AD pode demorar cerca de 4 a 6 semanas após o início
do tratamento, durante este periodo de “latência” pode eventualmente ocorrer um aumento de
ansiedade, verificando-se o oposto do efeito terapêutico. Como estratégia terapêutica pode-se
conjugar o AD com um ansiolítico temporário (D. Kim, Epperson, Weiss, &Wisner, 2014;
Welfordetal., 2016).
Consoante os benefícios e os riscos que a toma de AD traz para o feto/bebé a decisão de
iniciar a terapêutica deve ser tomada, contudo o uso de AD é recomendado para a DPP
moderada a grave. Neste sentido destacam-se os ISRS nomeadamente a sertralina e a
paroxetina, por demonstrarem níveis indetectáveis no plasma do bebé, ao contrário da
fluoxetina e do citalopram (Hirst&Moutier, 2010; Mendoza B. &Saldivi, 2015). Os ISRS são
a primeira linha no tratamento farmacológico da DPP, devido ao seu perfil seguro em relação
aos seus efeitos adversos e à segurança do mesmo em relação à overdose quando comparando
com outros grupos terapêuticos. Além disso, os ISRS são o grupo terapêutico mais prescrito
de AD (De Crescenzo, Perelli, Armando, &Vicari, 2014; Forsberg, Naver, Gustafsson,
&Wide, 2014; Hirst&Moutier, 2010; D. Kim etal., 2014). O mecanismo de acção dos ISRS
passa pela inibição da recaptação de serotonina no neurónio pré-sináptico depois desta ser
libertada, havendo assim maior acumulação da mesma (Patetsos&Horjales-Araujo, 2016).
Cerca de 35% dos pacientes que tomam ISRS não chegam a obter resposta, muitas vezes é
necessário o ajuste da dose devido às diferenças metabólicas. Em situações mais complicadas
é possível aliar ao AD, estabilizadores de humor, benzodiazepínas ou antipsicóticos. Sob o
risco de haver remissão, a terapia deve ser constante pelo menos durante nove a doze meses
após o desaparecimento dos sintomas (D. Kim etal., 2014).

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Há uma preocupação quando se fala de ISRS durante a gravidez, para as malformações
congénitas, nomeadamente o pé boto. É uma má formação estrutural que ocorre quando os
membros inferiores não conseguem rodar correctamente. A prevalência do pé boto estrutural é
cerca de um por cada mil nascimentos. A toma de sertralina no primeiro mês aumenta em
duas vezes o risco de pé boto, e esse risco é ainda maior com o uso de paroxetina. Dentro dos
ISRS temos a sertralina, paroxetina, fluoxetina, citalopram, escitalopram e fluvoxamina
(Mahsa M Yazdy, Allen A Mitchell, Carol Louik, 2014).
IRSN também são usados durante a gravidez com efeitos semelhantes aos ISRS
(Forsbergetal., 2014). São uma família de antidepressivos que inibem a recaptação de
serotonina e de noradrenalina (Sansone&Sansone, 2014). Inclui quatro tipo de fármacos
(venlafaxina e o metabolitodesvenlafaxina, duloxetina e milnaciprano), que actuam por
aumento da concentração sináptica de serotonina e noradrenalina, o mecanismo é semelhante
aos ISRS mas não são específicos para a serotonina (Kanner, 2013). Em relação à venlafaxina
não há evidências de que haja malformações associadas à toma deste fármaco, há apenas no
primeiro trimestre risco de anecefalia, fenda palatina, gastrosquise e algumas malformações
cardíacas (Forsbergetal., 2014; Yonkers, Blackwell, &Forray, 2014).
Na década de 1950, imipramina tornou-se o primeiro ADT utilizado para o tratamento da
depressão e continuou a ser usado até ao aparecimento dos ISRS. Actualmente os ADT são
fármacos de segunda linha na terapia antidepressiva, estes inibem a recaptação de monoamina
(Levine&Ruha, 2014). A passagem de ADT para a placenta é de 60% dos níveis séricos
maternos, e são conhecidos riscos de malformações (Yonkersetal., 2014). Estes estão
referenciados como potenciadores dos pensamentos suicidas no início do tratamento, pois
verifica-se uma melhoria na patologia sendo que o doente fica mais enérgico e menos
prostrado, tendo mais energia para realizar os seus pensamentos suicidas que já se encontram
presentes (Pussi, F. D. & Audi, 2000).
A monoamina-oxidase (MAO) está localizada na membrana mitocondrial externa e é
responsável pela desagregação de catecolaminas citoplasmáticos. Tipo A (MAO-A) desamina
principalmente serotonina e norepinefrina; tipo B (MAO-B) desamina principalmente
tiramina. Em relação aos IMAO´s não há muita informação sobre os efeitos da sua exposição
a longo prazo no sistema nervoso central na criança, não sendo uma classe de fármacos muito
utilizados (Levine&Ruha, 2014).
O papel da oxitocina (OT) no tratamento de depressão pós-parto tem sido um tópico de
interesse crescente (S. Kim etal., 2014). A OT é uma hormona neuropeptída conhecida pelo

28
seu envolvimento no processo de ejecção do leite durante a lactação, OT tem sido
recentemente relacionada com a fisiopatologia de várias desordens psiquiátricas. Vários
estudos forneceram evidências de uma relação entre OT e o comportamento durante a
maternidade. Além do potencial terapêutico que a OT apresenta para uma grande variedade de
condições psiquiátricas, a atenção é cada vez mais dirigida para a sua intervenção no
tratamento da DPP (Moura etal., 2016).
2.10 Prevenção
A prevenção precoce da depressão pode ser realizada por meio Intervenções conjuntas
durante a gravidez, minimizando o risco de as mães desenvolverem DPP e prevenindo os
graves problemas pessoais e familiares decorrentes desta síndrome. Os autores sugerem, como
prevenção, o uso de abordagem terapêutica logo no início da gestação, a fim de diagnosticar
possíveis factores de risco da DPP e iniciar o tratamento precocemente. O terapeuta pode
auxiliar, não somente a gestante, mas as pessoas do seu convívio,possibilitando o
planeamento de estratégias apropriadas acerca desta nova realidade vivida pela família.
(KONRADT etal. 2011).
As benfeitorias da actuação terapêutica precoce e preventiva não se restringem ao bem estar
exclusivo das mães e familiares; ela representa, também, um grande benefício para as
crianças, uma vez que pode existir relação entre as desordens depressivas das mães e os
distúrbios emocionais de seus filhos (CUNHA etal., 2012).
Seguindo o conceito de prevenção precoce da DPP, é imprescindível que o médico estabeleça
uma adequada relação profissional e paciente, que o auxilie a identificar as mulheres com
factores de risco, durante o acompanhamento pré-natal.
Neste período, eventuais conflitos quanto à maternidade e situações psicossociais adversas
podem ser resolvidos. Desta forma, o profissional de saúde tem a chance de actuar na
perspectiva de prevenção e promoção da saúde, revestindo sua conduta de potencial para
mudar a alta prevalência e o impacto social desse transtorno (SHIMIZU &LIMA, 2009).
Afirmam que é importante permitir que a gestante possa expressar livremente seus temores e
ansiedades, e que um enfermeiro bem treinado pode dar assistência e orientação, auxiliando a
gestante a enfrentar as diversas situações de maneira mais adaptativa, realista e confiante
(CHAUDRON & PIES, 2003).
O apoio e a preparação durante a gravidez, assim como o aumento de informação contribuem
para o aumento do bem-estar da mulher no final da gravidez, evidenciando-se menor

29
ocorrência de problemas psicológicos e de depressão no período pós-parto (FIGUEIREDO,
1997).
A intervenção psicológica em grupo durante a gestação funciona como suporte, contendo as
ansiedades e fomentando as trocas de vivências e a reflexão sobre as mesmas. A interligação
do falar, reflectir e receber informação científica contribui para a redução dos medos e
consequentemente para o alívio da ansiedade relativa à gravidez. Quanto mais oportunidades
tiverem de falar sobre a percepção que vão tendo das suas modificações, mais aumentam as
suas hipóteses de adaptação (ZIMERMAN&OSÓRIO,1997).
A terapêutica da depressão puerperal baseia-se na farmacologia e na psicoterapia. Porém, o
uso de psicofármacos no puerpério apresenta determinadas contra-indicações devido ao
aleitamento materno, que pode ser comprometido com a excreção destes medicamentos no
leite.
Os efeitos dos medicamentos no organismo do bebé variam segundo o tipo de droga, sua
farmacocinética e a sensibilidade individual (Rocha, 1999). em analisar a confiabilidade, além
do fato de que a sua utilização requer um grau mínimo de escolaridade e cooperação dos
respondentes. Pacientes com patologias graves podem não se concentrar o suficiente para
responder as questões (SCHARDOSIM & HELDT, 2011).

2.11 Actuação do farmacêutico no tratamento da depressão


É Fundamental a actuação do farmacêutico no processo de tratamento da depressão, pelo fato
estabelecer uma relação directa ao paciente, onde o mesmo e beneficiado, garantindo a
utilização adequada dos medicamentos, orientando as possíveis interacções medicamentos-
nutrientes, orientação sobre a importância da dose adequada, e seus horários de administração,
com essa participação do farmacêutico, o paciente com transtorno depressivo, terão melhor
acesso as informações sobre o seu diagnóstico e a gestão de suas condições (PERETTA,
CICCIA, 2008).
Portanto, a associação de farmacoterapia, psicoterapia e terapias alternativas, vem
representando uma melhora significativa na recuperação do paciente no âmbito familiar,
sociocultural e económico, que por sua vez o farmacêutico apresenta um papel significativo
nesta orientação, principalmente direccionado para as reacções adversas quanto ao
medicamento (YONEKURA, 2008).
Porém esse acompanhamento farmacoterapêutico, confere um processo no qual a actuação do
farmacêutico objectiva resultado clínico dos fármacos, através da atenção farmacêutica para
promover a utilização segura, a prevenção de problemas relacionados aos medicamentos,
30
como intoxicações e promover a aderência ao tratamento (FREITAS, LEILA, PEREIRA,
2008).
Com relação à utilização irracional de medicamentos é considerado importante problema de
saúde pública, onde o farmacêutico deve incorporar a equipe de saúde, garantindo assim a
utilização adequada e racional dos medicamentos. Os fármacos utilizados nos pacientes com
transtorno depressivos em sua maioria são regulados.
É extremamente importante a actuação do farmacêutico no armazenamento, na dispensação,
no apoio à equipe multiprofissional e na orientação aos pacientes, sendo que com esta
participação os pacientes depressivos terão melhor acesso as informações sobre o diagnóstico,
tratamento e a gestão de suas condições (PERETTA, CICCIA, 2008).
O Farmacêutico Hospitalar possui a possibilidade de actuar junto à equipe médica por meio
da avaliação farmacêutica da prescrição, relatando as possíveis interacções medicamentosas,
interacções medicamento-nutriente, adequação de dose para pacientes idosos, crianças,
pacientes com insuficiência renal e auxiliando na adequação de frequência e horário na
administração dos medicamentos. Outra actuação do farmacêutico é na reconciliação
medicamentosa, identificando os medicamentos que os pacientes utiliza e comparando com os
medicamentos prescritos a admissão, a transferência ou a alta.
Portanto, a participação do farmacêutico no tratamento da depressão é limitada, desse modo é
importante que o profissional aprimore sua postura interdisciplinar para ampliar sua área de
actuação, favorecendo a prática de uma terapia segura e racional (LIMA DA SILVA, 2008).
O farmacêutico deve apresentar aos pacientes recomendações gerais dos antidepressivos,
informando a existência de um período (2 – 3 semanas) prévio aos efeitos terapêutico;
diminuir os efeitos secundários iniciais que por sua vez dificultam o cumprimento do
tratamento, sabendo-se que deve começar com doses baixas que aumentam progressivamente;
elegendo sempre o mesmo antidepressivo que tenha dado bom resultado clínico. (Leila
Pereira, 2008)
A interrupção dos antidepressivos, após de um tratamento de mais de oito semanas, pode
ocorrer sintomas de abstinência podendo ser minimizados com a redução das doses, ao longo
de quatro semanas, porém o farmacêutico também exerce um papel vital nas informações de
saúde, influenciando directa ou indirectamente a escolha e o uso das terapias com
medicamentos (AMARAL, 2009).

31
3. METODOLOGIA
3.1 Tipo de estudo
Realizou-se um estudo observacional descritivo transversal com abordagem quantitativa.
3.2-Local do estudo

32
O estudo foi realizado no Hospital Geral dos Cajueiros no Iº trimestre de 2020, localizado no
município do Cazenga.
3.3- População em estudo
A população foi constituído por 3 1profissional do Hospital Geral dos Cajueiros e foram
seleccionados uma amostra de 26 profissional.
3.4- Tipo de amostra e técnicas de amostragem
A amostra foi constituída por 26 profissional usando a técnica de selecção de amostragem
probabilística estratificada.
3.5 Variáveis em estudo
Foram estudadas as seguintes variáveis:
 Idade;
 Sexo;
 Categoria profissional;
 Tempo de serviço.
3.6-Critérios de inclusão
Foram incluídos no estudos todos os profissionais que aceitaram participar no nosso estudo.
3.7-Criterio de exclusão
Foram excluídas todos os profissionais que não aceitam participar no estudo.
3.8- Procedimentos éticos
Para autorização de recolha de dados foi apresentado um credencial passado pelo Instituto
Superior da Ciência da Saúde solicitando á autorização á direcção do Hospital Geral dos
Cajueiros. (Anexo A),Aos profissionais participante do estudo foi lhes entregue um termo de
consentimento livre e informado (Apêndice A)
3.9-Procedimento de recolha de dados
A recolha de dados foi realizado de forma manual com base num questionário (Apêndice B),
com uma parte estruturada para colectar os dados de caracterização dos enfermeiro e outra
parte semi-estruturada com a questão de Avaliar o conhecimento dos profissionais de saúde
do Hospital geral dos cajueiros sobre o tratamento farmacológico da depressão pós-parto.

3.10-Analise e apresentação dos resultados


Para caracterização dos dados quantitativos formou se uma base de dado no programa
Microsoft excel, foi utilizado também o microsoftofficepowerpoint, para tratamento e análise
de dados foi utilizada a estatística descritiva: tabela com frequência absoluta simples. Os

33
dados que avaliam o conhecimento foram agrupado e analisados conforme a análise do
conteúdo.

5- APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.


Tabela 1˗Distribuição dos profissionais de saúde do Hospital Geral dos Cajueiros segundo a
faixa etária.

34
Idade N %
20 24 1 4
25 29 14 54
30 34 2 8
35 39 4 15
40 44 5 19
TOTAL 26 100
A tabela n 1 mostra que dos 26 inqueridos 54% tinham idade compreendida entre os 25 aos 29
anos e 1 tinha idade compreendida entre os 20 aos 24.

Desta realidade, percebe-se que os serviços, particularmente onde o presente estudo foi
realizado, está sendo exercido por profissionais de saúde com idade adequada, e que pode
gerar melhor rendimento. Acreditamos que este facto está relacionado com a constante
renovação da força de trabalho que o estado em si tem levado a cabo através de ingresso de
novos funcionários no MINSA.
Para Kurgant, (1991) quanto maior for a idade do profissional, maior será a responsabilidade
e entrega pelo trabalho que presta em prol da sociedade.

TABELA 2. Distribuição dos profissionais de saúde do Hospital Geral dos Cajueiros segundo
o género.

Género N %

35
Desnutrição grave 7 5
Desnutrição leve 25 22
Desnutrição moderado 30 28
Eutrofia 50 45
TOTAL 112 100
A tabela n 2 mostra que dos 26 inqueridos 62% eram do género feminino e 38% do género
masculino.

Os dados obtidos nesta tabela, são semelhante aos encontrados por BARLIM (2003), num
estudo realizado com profissionais de saúde num hospital em Espanha, e outro estudo
realizado por PEDRO (2005), num hospital em Angola, em que o género predominante foi o
feminino, onde a história regista que a maior força de trabalho na área de saúde são as
mulheres.
Padilha e Mancia (2005 apud PIRES e VASCONCELOS 2011) referem que, uma forma de
explicar o porque da grande maioria dos enfermeiros serem do sexo feminino está relacionada
a fundadora ou iniciadora da profissão Florence Nithingale e sem contar que o cuidado
antigamente era tarefa das mulheres-irmãs, mães, tias e avôs, dessa forma a perspectiva de
trabalhar na área ainda foca muito a mulher.

Tabela 3. Distribuição dos profissionais de saúde do Hospital Geral dos Cajueiros segundo
a categoria profissional.

Categoria dos profissionais N %


36
Técnico Médio 4 15
Bacharel 8 31
Licenciado 14 54
TOTAL 26 100
A tabela n 3 mostra que dos 26 inqueridos 54% eram licenciados e 4 eram técnicos médio.

Hoje o mercado espera algo mais dos profissionais de saúde, pois os profissionais da
actualidade requerem um conjunto de conhecimento técnico científicos, é preciso que estes
profissionais saibam com mestria lidar equilibradamente com a razão e a emoção, que tenham
conhecimento e atitudes racionais, que desenvolvam competência de assistir a pessoa,
valorizando enfim, o seu desenvolvimento profissional. NASCIMENTO,(2007)
Tem-se a percepção com os resultados desse estudo, que a população estudada possuía na sua
maioria formação acadêmica média o que pode estar relacionada com o facto de que as
instituições que formam licenciados em ciências farmacêuticas começam a lançá-los para o
mercado de trabalho há menos de 6 anos.

Tabela 4˗Distribuição dos profissionais de saúde do Hospital Geral dos Cajueiros segundo o
tempo de serviços.

Tempo de Serviço N %
37
1–5 18 69
6 – 10 5 19
11 – 15 3 12

TOTAL 26 100
A tabela n 4 mostra que dos 26 inqueridos 69% tinham de 1 a 5 anos de tempo de serviço e
12% tinham entre 11 a 15 anos de serviço.

MARQUIS, (2005), refere que a experiência profissional isoladamente não significa


competência, é necessário supervisão e formações no domínio de formação continua e
especializada de modo a melhorar e qualificar a assistência de saúde.
O estudo feito por FIGUEIREDO (2003) refere que, a história revela, que quanto maior for o
tempo de exercício profissional numa determinada unidade, maior será a experiência.

Tabela 5˗Distribuição dos profissionais de saúde do Hospital Geral de Luanda segundo a


percepção sobre o tratamento farmacológico da depressão pósparto.

Conhecimento sobre o tratamento farmacológico


da depressão posparto N %

38
SIM 24 92
NÃO 2 8
TOTAL 26 100
A tabela n 5 mostra que dos 26 inqueridos 92% têm conhecimento sobre o tratamento
farmacológico da depressão pospartoe 8% afirmaram que não têm conhecimento.

A DPP tem se configurado como sério problema de saúde materna, pois provoca diversas
alterações emocionais e comportamentais na mãe depressiva, e pode atingir de 10 a 15% de
mulheres, após o nascimento do filho, exigindo tratamento adequado.
Segundo Lobato, Moraes e Reichenheim (2011), a DPP é reconhecida como causa de
morbidade materna e as síndromes depressiva afectam directamente toda a família, podendo o
cônjuge também sofrer crise de depressão e os filhos serem propensos ao atraso no
crescimento e no desenvolvimento cognitivo e social, podendo causar distúrbio no sono,
doenças diarreicas e distúrbiosnutricionais.

A depressão leve pode ser tratada com intervenções psicológicas e sociais. Os quadros mais
graves estão indicados à associação dessas intervenções com antidepressivos. Muitas
evidências apontam a hipótese de que os exercícios físicos auxiliam no tratamento dos
transtornos depressivos, portanto mulheres com depressão no puerpério podem se beneficiar
com essa orientação, com maior relevância para as puérperas que resistem ao tratamento
farmacológico, ou com menor acesso às intervenções psicoterápicas, embora não seja uma
alternativa aos casos graves. (LACERDA, 2009)

Tabela 6˗Distribuição dos profissionais de saúde do Hospital Geral dos Cajueiros segundo
qual foi a origem da informação.

Qual foi a origem da informação. N %


Dicionário de Especialidades 2 7

39
Revistas especializadas 1 4.5
Micro computadores 1 4.5
Índiceterapêuticos 2 7

Livros de farmacologia 20 77
TOTAL 26 100
A tabela n 6 mostra que dos 26 inqueridos 20% afirmaram que a fonte de informação foi o
livro de farmacologia e 4.5% afirmaram micro computador e revistas científicas.

Segundo Fernández-llimóz (1999), a presença de fontes de informação de qualidade, que


sejam acessíveis, confiáveis, seguras e aplicáveis, é um elemento estrutural importante
natomada de decisões para prática da atenção farmacêutica.
Podemos afirmar que os benefícios das farmácias serem equipados com fonte de informações
adequadas também esta relacionada com a qualidade de serviços prestados; o índice
terapêutico e o livro de farmacologia constituem uma ferramenta indispensável porque
fornecem informações mais fiáveis, completa e actualizada sobre medicamentos, e seus
aspectos farmacocinéticos e farmacodinâmica.

Tabela 7˗Distribuição dos profissionais de saúde do Hospital Geral dos Cajueiros segundo
principais sintomas da depressão.

Principais sintomas da depressão N %


Mudanças no apetite/peso 7 27
40
Pensamentos obsessivos 3 12
Ansiedade 10 38
Perturbações de sono 4 15
Ideação suicida/infanticida 1 4
Agitação 1 4
TOTAL 26 100
A tabela n 7 mostra que nos 26 inqueridos 38% afirmaram a principal sintoma da depressão
pós parto é a ansiedade 1 afirmou agitação.

O quadro clínico da depressão pós-parto pode variar, mas tipicamente as puérperas descrevem
uma diminuição do prazer e relacionamento com pessoas que anteriormente eram agradáveis,
assim como sentimentos de baixa eficiência em suas actividades, muitas vezes
preferencialmente ao humor depressivo. Os sintomas mais graves podem incluir dificuldade
em tomar simples decisões, ansiedade, agitação psicomotora, prejuízo nos cuidados pessoais,
intensa desesperança, planos ou ideação suicida.(DSM-IV – APA)
Segundo Camacho etal 2006, a ansiedade e a melancolia se dão mais severamente em
primíparas, vindo a causar posteriormente depressão. A melancolia, conhecida também como
tristeza pós-parto, caracteriza-se por um distúrbio transitório de humor, consistindo de
sentimentos de melancolia, choros frequentes, ansiedade, irritabilidade, geralmente atingindo
a puérpera entre o terceiro e o quinto dia após o parto, regredindo espontaneamente, podendo
estar relacionada ao estresse do parto, a responsabilidade aumentada, entre outros factores
(CANTILINO, 2003 apudCAMACHO, 2006).

Tabela 8˗ Distribuição dos profissionais de saúde do Hospital Geral dos Cajueiros segundo os
principais factores da depressão pósparto.

Os principais factores da depressão posparto N %


Factoressociodemográficos 8 31
Factores obstétricos 10 38
41
Factores clínicos 2 8
Acontecimentos de vida stressantes 1 4
Factores psicológicos 3 12
Factores relacionados com a criança 2 8
TOTAL 26 100
A tabela n 8 mostra que dos 26 inqueridos 38% afirmaram que os principais factores que
estão da base da depressão são factores obstétricos e 4% afirmaram Acontecimentos de vida
stressantes.

Evidenciam-se nessa categoria os principais factores descritos pelos autores responsáveis pelo
surgimento da depressão pós-parto,nomeados desde condições socioeconómicas, história de
depressão, violência domestica até a baixa escolaridade, o medo de ser mãe, e entre outros.

Diversas são as causas que desencadeiam o desenvolvimento da depressão pós-parto.


Ruschietal. (2007) e Guidolin e Célia (2011) comumente descrevem em suas pesquisas que
mulheres com escolaridade, níveis socioeconómicos mais baixos e com maior número de
filhos, apresentam mais depressão do que mulheres com nível económico mais elevado e com
maior instrução. Factores socioeconómicos, como a renda familiar, têm influência
significativa para prevalência da depressão puerperal, uma vez que é influenciada por
dificuldades impostas pela pobreza (FONSECA; SILVA; OTTA, 2010; MORAES etal.,
2006).

Tabela9˗Distribuição dos profissionais de saúde do Hospital Geral dos Cajueiros segundo o


tratamento farmacológico da depressão pósparto.

O tratamento farmacológico da depressão posparto N %


Amitriptilina 1 4
Citalopram 1 4
Clomipramin 1 4
42
Fluoxetina 5 19
Fluvoxamina 2 8
Imipramina 2 8
Mirtazapina 2 8
Paroxetina 2 8
Nortriptilina 1 4
Sertralina e trazodone 9 35
TOTAL 26 100
A tabela n 9 mostra que dos 26 inqueridos 35% afirmaram que é Sertralina e trazodone.

No que diz respeito à terapia farmacológica, os inibidores selectivos de recaptação da


serotonina (ISRS) são habitualmente a primeira escolha para o tratamento de DPP, pelos seus
bons resultados de eficácia na melhoria da sintomatologia depressiva e da sua baixa
toxicidade (Horowitz& Goodman, 2005). Quando as mulheres estão a amamentar, a
sertralina, a paroxetina e a fluvoxamina têm sido os ISRS aconselhados para tratamento de
DPP, pelos baixos níveis maternos do fármaco a serem detectados no bebé (Horowitz&
Goodman, 2005).
A escolha da terapia farmacológica deve ter em conta a história da mulher, a sua resposta a
tratamentos prévios utilizando terapia farmacológica, bem como a consideração personalizada
dos riscos/benefícios do tratamento específico e da amamentação. É importante que o
profissional de saúde adopte uma postura de escuta e de não-julgamento sobre as percepções
das mulheres acerca da amamentação, e que proporcionem informação clara acerca dos
riscos/benefícios da medicação, para que as mulheres possam tomar decisões informadas
acerca do tratamento a seguir (Horowitz& Goodman, 2005).

5- CONCLUSÕES

Conclui-se que há grande relevância científica no estudo sobre o conhecimento dos


profissionais de saúde do Hospital Geral dos Cajueiros sobre o tratamento farmacológico da
depressão pósparto.
Do total dos profissionais de saúde que participaram do estudo tinham idade compreendido
entre os 25 aos 29 anos de idade, a maioria era do género feminino e eram licenciados, tinham
mais de 5 anos de serviço, e a maioria afirmou que têm conhecimento sobre a percepção do
43
tratamento farmacológico da depressão pósparto, quanto a fonte a maioria relatou o livro de
farmacologia, quanto ao principais sintomas da depressão a maioria afirmou a ansiedade,
sobre o tratamento farmacológico da depressão posparto a maioria afirmou o antidepressivo
Sertralina e trazodone, quanto oas principais factores da depressão pósparto a maioria afirmou
factores obstétricos. conclui-se que os profissionais de saúde onde foi feito o presente estudo
têm conhecimento sobre o tratamento farmacológico da depressão pós parto.

6. - SUGESTÕES

Para a direcção do hospital geral dos Cajueiros, sugere-se que haja mais formação contínua
nos profissionais de forma a melhorar o conhecimento sobre o tratamento farmacológico da
depressão pós-parto.
Acredita-se que a união de forças entre os profissionais de saúde e os familiares pode
transformar o momento da DPP em uma fase em que a mulher poderá se sentir mais firme e

44
mais confiante para expressar seus sentimentos, sentindo-se acolhida e ajudada. Nesse caso,
os profissionais de saúde, , devem estar atentos e, quando necessário, relatar à família que
algo não está bem com a paciente e vice-versa. A proposta centra-se na superação das
dificuldades da depressão pós-parto, já que seus maiores aliados são o descaso e a
subestimação do sofrimento da mulher, que pela equipe de saúde, quer pela família.
A direcção do Instituto superior de ciências da saúde (ISCISA) deve-se criar programas de
incentivação de pesquisas e demonstrações em palestras assuntos relacionados a saúde
damulher para que esta venha a ser mais conhecida no seio da comunidade estudantil para que
os mesmos através de trabalhos comunitários possam passar a comunidade em geral
informações relacionadas a depressão pós-parto.
A direcção do Ministério da Saúde a capacitação dos profissionais de saúde sobre matérias
ligados a depressão através de formações, workshops e seminários. A valorização da classe
farmacêuticas, inserção à equipe multiprofissional nas unidades hospitalar para garantir um
atendimento integral e de qualidade por se tratar do profissional mais qualificado dos
medicamento.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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