0% acharam este documento útil (0 voto)
43 visualizações13 páginas

Leucemia Mieloide Crônica Imprimir

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1/ 13

Leucemia Mieloide Crônica – LMC

O QUE É LEUCEMIA MIELÓIDE – LMC?


A LMC é um tipo de leucemia que progride devagar (crônica) e envolve as
células mieloides da medula óssea.
A LMC é classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma
“neoplasia mieloproliferativa” (quando a medula óssea produz células
sanguíneas em excesso).
Pacientes com LMC apresentam uma superprodução de glóbulos brancos e
normalmente têm uma evolução lenta no crescimento das células doentes ao
longo do tempo. Isso pode causar anemia, fadiga, infecções, sangramentos e
outros problemas. Mas alguns pacientes são completamente assintomáticos e
a doença é descoberta em um exame comum de sangue.
INIBIDORES TIROSINA QUINASE E A QUALIDADE DE VIDA DOS
PACIENTES COM LMC
Desde o lançamento da terapia com inibidores da tirosina quinase em 2001, a
leucemia mieloide crônica (LMC) passou a ser uma doença crônica e
controlável para a maioria dos pacientes. As pessoas estão vivendo
normalmente com a LMC e com menos efeitos colaterais. Podemos
praticamente afirmar que o uso contínuo destas medicações conferiu uma
espécie de “cura funcional” aos pacientes. Isto é, a grande maioria fica em
remissão completa enquanto em uso desta medicação.
Quanto mais você souber sobre a sua doença, melhor você poderá cuidar de si
mesmo, da sua mente, do seu corpo e da sua saúde. Esse manual oferece
informações sobre a LMC, sobre o sangue e a medula óssea saudáveis,
explica termos complicados, exames e tratamentos que você pode encontrar e
lista opções de pesquisas e estudos clínicos.
Nós acreditamos que as informações contidas neste site irão lhe fornecer um
conhecimento útil ou irão reforçar o que você já sabe. Nós esperamos que você
o acesso sempre que quiser, e caso se sinta sozinho, enfrentando problemas
relacionados à doença, poderá usá-lo para obter informações, orientações,
assistência para localizar o suporte e os recursos que precisa, e ainda para
entrar em contato com a equipe de apoio ao paciente e esclarecer suas
dúvidas sobre a LMC.

O que causa Leucemia Mieloide Crônica?


Ninguém nasce com LMC. Ela não é hereditária. Ela acontece quando ocorre
uma alteração do cromossomo na da medula óssea. A célula alterada se
multiplica incontrolavelmente e elimina os glóbulos vermelhos, os glóbulos
brancos e as plaquetas saudáveis da medula óssea. As células da LMC então
espalham-se pela corrente sanguínea. Como a LMC é uma leucemia de
progressão lenta, o desenvolvimento das células maduras normais não é
totalmente comprometido, independente se elas forem vermelhas, brancas ou
plaquetas. Como resultado disso, a LMC é, no geral, menos agressiva que as
leucemias agudas, e normalmente os pacientes ainda não apresentam
sintomas quando diagnosticados.
Um fator de risco é qualquer fator que possa aumentar a chance de alguém
desenvolver uma doença.

Os Fatores de risco considerados para LMC são:


Sexo
A LMC é um pouco mais comum em homens que em mulheres.
Idade.
A chance de desenvolver LMC aumenta com a idade.
Exposição à radiação.
Em um pequeno número de pacientes, a LMC é causada devido à exposição a
altas doses de radiação (como ser sobrevivente de um ataque atômico ou de
um acidente de reator nuclear). Um pequeno aumento também ocorre em
algumas pessoas submetidas a altas doses de radioterapia como tratamento
para outros cânceres, como linfoma. Porém, a maioria das pessoas que
trataram um câncer com radioterapia não desenvolve LMC, e a maioria das
pessoas que tem LMC não foram expostas a altas doses de radiação.
Exposição a radiografia odontológica ou médica não foi associada com o
aumento do risco de desenvolver LMC.

Perfil Demográfico da Leucemia Mieloide Crônica?


A LMC é uma doença relativamente rara. É um pouco mais comum em homens
do que em mulheres e a maioria dos casos ocorre em adultos. Poucas crianças
desenvolvem essa doença.

Crianças e jovens adultos com LMC


Uma pequena porcentagem dos pacientes diagnosticados com LMC são
crianças e jovens adultos. A LMC representa cerca de 3% das leucemias em
pediatria. Como a LMC é rara em crianças, existem poucos estudos pediátricos
avaliando o uso dos inibidores de tirosina quinase em crianças.
Consequentemente, o tratamento em crianças com LMC não é padronizado.
Muitas vezes é seguido o guia desenvolvido para adultos, apesar de existirem
diferenças entre a LMC em pediatria e a em adultos em termos de
apresentação e progressão. Crianças com LMC devem ser tratadas por
médicos que sejam especializados em tratar crianças com câncer no sangue.
Embora não existam muitos estudos focados no tratamento de pacientes
pediátricos com LMC, existe uma evidência de que o imatinibe pode
desacelerar o crescimento do câncer, especialmente em crianças que são
tratadas antes de alcançarem a puberdade. Outros efeitos colaterais raros do
imatinibe visto em adultos, como cardiotoxicidade e disfunção da tireoide,
parecem ser extremamente raros em crianças. Como crianças com LMC
podem receber os inibidores de tirosina quinase por muito mais tempo que os
adultos, e durante a fase de crescimento, o cuidado de acompanhamento é
muito importante. Além de testar as respostas dos pacientes pediátricos à
terapia, os médicos também devem monitorar:

Altura e peso
Puberdade: os médicos devem encaminhar os pacientes a um endocrinologista
se ocorrer um atraso na puberdade
Funções da tireoide
Coração: pacientes devem fazer um eletrocardiograma anualmente
A má aderência à terapia, particularmente em adolescentes e jovens adultos, é
uma preocupação adicional. Com os inibidores tomados via oral, é importante
seguir as indicações dadas pelo médico e continuar tomando a medicação pelo
tempo prescrito. A não-adesão aos inibidores tem o potencial de fazer com que
o tratamento não funcione.
Levando em consideração as possíveis preocupações do tratamento dos
inibidores de tirosina quinase ao longo da vida, pesquisadores estão estudando
parar os inibidores depois de um período de resposta molecular profunda.
Atualmente, há informações limitadas sobre os resultados a longo prazo dos
pacientes com LMC após terem parado de tomar imatinibe. A dosagem
intermitente dos inibidores é uma outra possibilidade de tratamento para reduzir
os efeitos colaterais a longo prazo nos pacientes pediátricos de LMC, mas mais
estudos precisam ser feitos para avaliar essa estratégia. Como não houve
ensaios clínicos comparando o transplante de células-tronco e o imatinibe em
crianças devido ao pequeno número de pacientes pediátricos, a decisão sobre
como tratar LMC varia de caso para caso. O transplante de células-tronco deve
ser avaliado devido às complicações associadas com o uso vitalício dos
inibidores.
PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA
APRESENTAM SINTOMAS?
Diferente das outras formas de leucemia, a LMC é uma doença com
progressão lenta e não interfere completamente no desenvolvimento das
células normais da medula óssea (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e
plaquetas). Portanto, pacientes podem ter LMC, mas não apresentarem sinal
ou sintoma.
Aqueles que apresentam sintomas relatam sentir:
Fraqueza
Fadiga
Diminuição do fôlego durante as atividades diárias
Febre
Dores nos ossos
Perda de peso sem motivo aparente
Dores abaixo da costela ou no lado esquerdo, devido ao baço aumentado
Suor noturno
Quando os sintomas ocorrem, é porque a produção das células normais da
medula óssea está comprometida pelas células da LMC. Anemia é a falta de
glóbulos vermelhos, podendo causar cansaço, fadiga e diminuição do fôlego. A
falta de glóbulos brancos pode aumentar a chance de ter uma infecção. A
ausência de plaquetas pode levar a sangramentos ou ao aparecimento de
hematomas. Os sintomas também podem acontecer porque as células da LMC
se acumulam em órgãos como o baço.

QUAIS EXAMES SÃO UTILIZADOS NO DIAGNÓSTICO DA LEUCEMIA


MIELOIDE CRÔNICA?

Como muitas pessoas com LMC não apresentam sintomas, o diagnóstico da


Leucemia Mieloide Crônica muitas vezes acontece apenas quando, em exames
de rotina, um número muito alto de glóbulos brancos são detectados no
sangue.

O diagnóstico definitivo da LMC inclui estudos nas células do sangue e da


medula óssea. O hematologista e o patologista são os médicos especialistas
capacitados para identificar doenças, estudando as células do sangue e da
medula óssea com um microscópio.
O conjunto de exames para diagnosticar a LMC é:

LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA HEMOGRAMA


O Hemograma completo com contagem diferencial é usado para medir o
número de glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas em uma amostra
de sangue. Também mede a quantidade de hemoglobina dentro das células
vermelhas e a porcentagem de glóbulos vermelhos na amostra. O hemograma
completo deve incluir a contagem diferencial dos diferentes tipos de glóbulos
brancos. Pessoas com LMC costumam ter:
Aumento na contagem dos glóbulos brancos, muitas vezes a níveis muito altos
Redução na contagem dos glóbulos vermelhos
Possível redução ou aumento no número de plaquetas, dependendo da
gravidade da LMC
ESFREGAÇO PERIFÉRICO
As células do sangue são colocadas em uma lâmina, tingidas e examinadas
com um microscópio. Este exame mostra:

O número, tamanho, forma e tipo das células sanguíneas


A forma específica dos glóbulos brancos
A proporção de células imaturas (blastos) comparadas com a proporção de
células amadurecendo e glóbulos brancos totalmente maduros. Os blastos não
devem estar presentes no sangue de pessoas saudáveis.
ASPIRADO E BIÓPSIA DA MEDULA ÓSSEA
Esses exames são usados para examinar as células da medula óssea em
busca de anormalidades. Normalmente a coleta dos dois exames é feita ao
mesmo tempo. O hematologista faz uma anestesia local no osso do quadril do
paciente para que ele não sinta dor. Para fazer a aspiração da medula óssea
(mielograma), uma agulha oca é inserida no osso do quadril até a medula
óssea e coleta-se uma amostra de sangue com as células. Para a biópsia da
medula óssea, uma agulha mais larga é usada para remover um pequeno
pedaço de osso que contenha medula óssea. Ambas as amostras são
examinadas em um microscópio para procurar células doentes.

ANÁLISE CITOGENÉTICA
Citogenética é o estudo dos cromossomos e suas possíveis anormalidades.
Amostras da medula óssea são examinados em um microscópio para encontrar
mutações cromossômicas como as do cromossomo Philadelphia (Ph). A
presença do cromossomo Ph na medula óssea, juntamente com o aumento da
contagem dos glóbulos brancos e outros achados característicos do
hemograma e da medula óssea confirmam o diagnóstico de LMC. Como já
comentado, uma pequena porcentagem das pessoas que tem LMC não
apresentam o cromossomo Ph detectável por citogenética, mas quase sempre
eles têm um teste positivo para a fusão do gene BCR-ABL no cromossomo 22
por meio de outros tipos de exames.

EXAME FISH (HIBRIDIZAÇÃO IN SITU FLUORESCENTE)

FISH é um exame laboratorial usado para examinar genes e cromossomos nas


células. O FISH é um método mais sensível para detectar o cromossomo Ph do
que testes normais de citogenética e pode identificar a presença do gene BCR-
ABL (veja figura 4). No caso da LMC, o FISH usa sondas de cor que se ligam a
segmentos específicos do DNA dos genes BCR e ABL nos cromossomos. Os
genes BCR e ABL são marcados com diferentes substâncias químicas, cada
uma das quais libera uma cor diferente, permitindo sua identificação. A cor
aparece no cromossomo que contém o gene, isto é, no cromossomo 9 para
ABL e no cromossomo 22 para BCR e, portanto, pode detectar o pedaço do
cromossomo 9 que se moveu para o cromossomo 22 nas células de LMC. A
fusão do gene BCR-ABL é mostrada pela sobreposição de cores nas duas
sondas. A figura abaixo mostra o momento em que o Gene BCR-ABL está
sendo identificado nas células, usando o FISH.
Hibridização in situ fluorescente, ou FISH, é um método de teste que usa
moléculas fluorescentes para marcar o gene BCR-ABL na LMC. Nas células
normais, dois sinais vermelhos e dois verdes indicam a localização normal do
gene ABL e BCR, respectivamente. Nas células anormais, a fusão BCR-ABL é
visualizada por meio da fusão dos sinais verde e vermelho. É frequentemente
detectado como amarelo fluorescente (mostrado por setas).

PCR – REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE QUANTITATIVA


O que é PCR?
Exame PCR é o teste mais sensível para detectar e medir a quantidade de
genes BCR-ABL na amostra de sangue ou de medula óssea. Pode detectar
quantidades muito pequenas do gene BCR-ABL, mesmo quando o
cromossomo Ph não pode ser detectado pelo teste de citogenética. O nível de
sensibilidade deste exame é alto, uma vez que pode detectar uma célula de
LMC em uma quantidade de 100.000 a 1.000.000 de células normais. A
contagem das células do sangue, exames de medula óssea, FISH e PCR
exame também podem ser usados para medir como a pessoa está reagindo ao
tratamento depois que ele já tiver começado. É recomendado fazer o exame de
sangue PCR a cada 3 meses durante os primeiros 2 anos de tratamento.
Depois de 2 anos, se o paciente estiver reagindo bem, o teste deve ser feito a
cada 6 meses.

Análise da mutação do gene BCR-ABL


Algumas vezes, ocorrem mutações no gene BCR-ABL que produz a proteína
BCR-ABL. Essas mutações alteram a forma da proteína BCR-ABL, podendo
afetar como os inibidores de tirosina quinase ligam-se à proteína BCR-ABL
para bloquear os sinais de crescimento.
A análise da mutação genética BCR-ABL é um teste que procura por mutações
nesse gene que podem fazer com que certos inibidores de tirosina quinase
parem de funcionar.
O teste da mutação do gene BCR-ABL deve ser realizado em caso de:
Resposta inadequada a terapia inicial com inibidores de tirosina quinase
Falha em cumprir a meta do tratamento
Perda de resposta hematológica, citogenética, aumento de 1 log nos níveis de
BCR-ABL ou a perda da resposta molecular maior
Progressão para a fase acelerada ou blástica
Uma análise de mutação não precisa ser feita em pacientes que estejam
trocando de medicamento devido a efeitos colaterais.

LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA TEM CURA?


Os médicos especializados para diagnosticar e tratar pacientes com cânceres
do sangue, como a LMC, são chamados de “onco-hematologistas”. Esses
médicos definem as opções de tratamento mais apropriadas para cada
paciente.
A LMC não é curável com as terapias atualmente disponíveis, mas com os
medicamentos existentes atualmente, cada vez mais pacientes alcançam
remissões extremamente profundas. Por isto usamos o termo cura funcional.
Com estes medicamentos, a maioria das pessoas diagnosticadas com LMC em
fase crônica tem uma boa qualidade de vida por muitos anos. O tratamento da
LMC melhorou significativamente desde a introdução dos inibidores de tirosina
quinase, como o mesilato de imatinibe (Glivec®), dasatinibe (Sprycel®) e
nilotinibe (Tasigna®).
A introdução dos inibidores da tirosina quinase mudou potencialmente a forma
fatal da doença para algo que pode ser controlado. Nem todos os pacientes,
entretanto, respondem aos inibidores da tirosina quinase e é possível que os
pacientes desenvolvam resistência a esses medicamentos.
O caminho do tratamento de cada paciente é baseado na fase da LMC no
momento do diagnóstico, pontuação dos riscos, idade e outros problemas de
saúde que o paciente possa ter.

DIMINUINDO O ALTO NÚMERO DE GLÓBULOS BRANCOS DO SANGUE


Alguns pacientes podem ter o número de glóbulos brancos do sangue alto no
momento do diagnóstico. Essa contagem elevada pode, algumas vezes,
prejudicar a circulação do sangue para o cérebro, pulmões, olhos e outros
órgãos e pode também danificar pequenas veias sanguíneas. A Hidroxiureia
(Hydrea®) pode ser usada para abaixar rapidamente essa contagem até que o
diagnóstico de LMC seja confirmado por meio de exames de sangue e medula
óssea.
A hidroxiureia é um remédio em cápsula tomado via oral. Abaixar o número
alto de glóbulos brancos pode ajudar a diminuir o tamanho do baço. Uma vez
feito o diagnóstico de LMC, os médicos, provavelmente, irão dar início ao
tratamento com um inibidor da tirosina quinase e interromper a hidroxiureia.
Leucoaférese é um procedimento que usa um equipamento parecido com o da
hemodiálise para remover os glóbulos brancos do sangue. A leucoaférese é
usada para diminuir a alta contagem de glóbulos brancos se a LMC crônica for
diagnosticada durante os primeiros meses da gravidez porque outros
tratamentos podem ser prejudiciais ao desenvolvimento do feto.

POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR

Um pólipo é uma projeção de um crescimento de tecido a partir da parede de


um espaço vazio, como o intestino (consulte também pólipos do cólon e reto).
A polipose adenomatosa familiar ocorre em uma a cada 8.000 a 14.000
pessoas. Os pólipos estão presentes em 50% das pessoas até os 15 anos de
idade e em 95% das pessoas até os 35 anos de idade. Em praticamente todas
as pessoas não tratadas, os pólipos se desenvolvem em câncer do intestino
grosso ou do reto (câncer colorretal) por volta dos 40 anos.
Você sabia que...
Quase todos que apresentam polipose adenomatosa familiar desenvolvem
câncer colorretal até os 40 anos de idade.
Pessoas com polipose adenomatosa familiar também têm maior risco de
desenvolver câncer no duodeno, pâncreas, tireoide, cérebro e no fígado.
Pessoas com polipose adenomatosa familiar podem desenvolver outras
complicações (anteriormente chamadas de síndrome de Gardner),
particularmente vários tipos de tumores não cancerosos. Esses tumores não
cancerosos se desenvolvem em qualquer parte do corpo (por exemplo, na pele,
no crânio ou na mandíbula).

Sintomas
Os sintomas de polipose adenomatosa familiar são os mesmos de outros
pólipos cólicos (consulte Sintomas dos pólipos do cólon e do reto). A maioria
das pessoas não tem sintomas, mas em alguns casos há hemorragia retal.
Geralmente, a hemorragia ocorre apenas em quantidades microscópicas.

Diagnóstico
Colonoscopia
Exames genéticos
Exames para hepatoblastoma em crianças
O diagnóstico de polipose adenomatosa familiar é feito por meio de uma
colonoscopia.
Exames genéticos também são recomendados para pessoas com polipose
adenomatosa familiar. Os parentes diretos devem também realizar o exame
genético. Se não for possível a realização do exame genético, os parentes
devem realizar exames preventivos uma vez ao ano com sigmoidoscopia
(exame da parte inferior do intestino grosso, com um tubo de visualização) a
partir dos 12 anos, e com menor frequência a cada década.
Filhos de pessoas com polipose adenomatosa familiar podem ser examinados
quanto à presença de um tipo de câncer hepático (hepatoblastoma) entre o
nascimento até os cinco anos de idade.

Tratamento

Remoção cirúrgica do cólon e, algumas vezes, do reto


Possivelmente anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)
Uma vez que quase todas as pessoas com polipose adenomatosa familiar
apresentam câncer, os médicos geralmente recomendam a realização de
cirurgia logo após o diagnóstico ser confirmado. Há vários procedimentos. A
extração completa do intestino grosso e do reto (chamada colectomia total ou
proctocolectomia) elimina o risco de câncer. Como a pessoa não terá mais reto,
a extremidade cortada do intestino delgado é permanentemente conectada a
uma abertura cirúrgica na parede abdominal (ileostomia). Os resíduos
corporais são eliminados por ileostomia e depositados em uma bolsa
descartável.
Como alternativa à ileostomia, às vezes o médico pode remover o intestino
grosso e apenas o revestimento do canal anal (os pólipos crescem no
revestimento). Em seguida, é possível que a extremidade do intestino delgado
seja adaptada em uma bolsa conectada ao ânus. A bolsa funciona de certa
forma como um reto, eliminando a necessidade de ileostomia.
Como alternativa à ileostomia, pode-se remover apenas o intestino grosso e
unir o reto ao intestino delgado. Esse procedimento não elimina a possibilidade
de desenvolvimento de pólipos retais que, por sua vez, podem se transformar
em câncer. Em seguida, a porção restante do reto precisa ser examinada por
sigmoidoscopia com frequência com a finalidade de extrair novos pólipos. No
entanto, se aparecerem pólipos novos muito rapidamente, deve-se também
extrair o reto.

Depois que todo o reto e o intestino grosso de uma pessoa foi removido, ela
deverá realizar uma endoscopia gástrica e da parte superior do intestino
delgado (duodeno) em intervalos regulares, para tentar detectar a presença de
câncer. É possível que o médico também recomende à pessoa que realize
exames preventivos todos os anos.
Alguns anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) estão em estudo para
determinar sua capacidade de reverter a formação de pólipos em pessoas com
polipose adenomatosa familiar e em pessoas com pólipos ou câncer de
intestino grosso. No entanto, os efeitos desses medicamentos são provisórios e
os pólipos retomam seu desenvolvimento após a suspensão do tratamento.

Retinoblastoma

Retinoblastoma é um câncer que surge da retina imatura. Os sinais e


sintomas comumente incluem leucocoria (um reflexo esbranquiçado na pupila),
estrabismo e, com menor frequência, inflamação e visão prejudicada. O
diagnóstico é baseado no exame oftalmoscópico, ultrassonografia, TC e RM. O
tratamento de pequenos tumores e doença bilateral podem incluir
fotocoagulação, crioterapia e radioterapia. O tratamento dos tumores
avançados e alguns maiores é enucleação. Quimioterapia é, às vezes, usada
para reduzir o volume do tumor e para tumores que se expandiram além do
olho.
O retinoblastoma ocorre em 1/15.000 ou 1/30.000 nascidos vivos e representa
cerca de 3% dos tumores em crianças. A maioria dos casos está presente em
crianças < 2 anos de idade e < 5% de casos diagnosticados refere-se a
crianças > 5 anos. O câncer pode ser hereditário; a herança é principalmente
autossômica dominante, mas com penetrância incompleta (os sintomas clínicos
nem sempre estão presentes em indivíduos com a mutação causadora da
doença). Cerca de 25% dos pacientes têm tumor bilateral, que sempre é
hereditário. Outros 15% têm o processo unilateral e hereditário, e os restantes
60% têm doença unilateral não hereditária.
A patogenia da doença parece envolver uma desativação mutacional de ambos
os alelos do gene supressor (RB1) do retinoblastoma localizado no
cromossomo 13q14. Na forma hereditária, mutação da linhagem germinativa
altera um alelo em todas as células e, posteriormente, a mutação somática
altera o outro alelo nas células da retina da criança (o 2o acidente neste
modelo “2-acidente”), resultando em câncer. A forma não hereditária
provavelmente envolve mutações somáticas de ambos os alelos na célula da
retina.
Sinais e sintomas
O diagnóstico é feito quando se investiga a causa de estrabismo ou da
presença de um reflexo branco na pupila (leucocoria, às vezes referida como
pupila de olho de gato). Com menor frequência, os pacientes apresentam
inflamação do olho ou diminuição da visão.

Raramente, ao diagnóstico, o tumor já se disseminou via nervo óptico, através


da coroide ou por via hematogênica, levando à formação de uma massa orbital
de tecido macio, dor óssea local, cefaleia, anorexia ou vômitos.
O fundo de olho deve ser avaliado cuidadosamente por oftalmoscopia indireta
com a pupila bem dilatada e a criança sob anestesia geral. O tumor aparece
como única ou múltiplas elevações branco-acinzentadas na retina e implantes
tumorais podem ser vistos no vítreo.

Diagnóstico
Ultrassonografia, TC ou RM orbital
Ocasionalmente mapeamento ósseo, aspirado da medula óssea, biópsia e
punção lombar
O diagnóstico do retinoblastoma é, em geral, confirmado por ultrassonografia
orbital, RM ou TC. Em quase todos os tumores podem ser vistas calcificações
pela TC. Entretanto, se durante a oftalmoscopia o nervo óptico tem aparência
anormal, a RM é o exame mais indicado para encontrar expansão tumoral no
interior do nervo óptico ou coroide.
Se houver suspeita de extensão ao nervo óptico ou invasão extensa da
coroide, punção lombar e RM do encéfalo devem ser feitas para avaliar a
procura de metástases. Como a metástase à distância é rara, a avaliação da
medula óssea e cintilografia óssea podem ser reservadas a pacientes com
sintomas ósseos.
Crianças com história familiar de retinoblastoma devem ser examinadas pelo
oftalmologista logo após o nascimento e a cada 4 meses, até os 4 anos de
idade. Pacientes com retinoblastoma devem realizar testes de genética
molecular e, caso seja identificada mutação na linhagem germinativa, os pais
devem submeter-se aos mesmos testes para identificar a mesma mutação. Se
estes testes forem positivos, os filhos também devem submeter-se a mesma
avaliação e exames oftalmológicos frequentes. Sondas de DNA podem ser
utilizadas para identificar portadores assintomáticos.

Prognóstico
Quando o tumor é intraocular, > 90% dos pacientes podem ser curados. O
prognóstico para a doença metastática é ruim.
Pacientes com retinoblastoma hereditário têm probabilidade aumentada para
uma 2ª neoplasia, 50% das quais se originam das áreas irradiadas. Esses
tumores podem incluir sarcomas e melanomas. Cerca de 70% dos pacientes
que terão um 2º câncer o desenvolvem em 30 anos depois do retinoblastoma
primário.
Tratamento
Para câncer unilateral, enucleação
Para câncer bilateral, fotocoagulação, quimioterapia intra-arterial ou
enucleação unilateral com fotocoagulação, crioterapia e radioterapia do outro
olho
Quimioterapia sistêmica
O objetivo do tratamento do retinoblastoma deve ser a cura, mas tentativas de
preservar o máximo possível da visão são apropriadas. A equipe de tratamento
deve incluir um oftalmologista pediátrico com experiência em retinoblastoma,
um oncologista pediátrico e um oncologista.
Para o retinoblastoma unilateral avançado é feita enucleação com remoção
máxima possível do nervo óptico.
Para pacientes com câncer bilateral, a visão geralmente pode ser preservada.
As opções incluem fotocoagulação bilateral, quimioterapia intra-arterial ou
enucleação unilateral e fotocoagulação, crioterapia e radioterapia do outro olho.
A radioterapia é por radiação externa ou, para os pequenos tumores, aplicação
de pequena placa radioativa na parede do olho nas proximidades do tumor
(braquiterapia).
A quimioterapia sistêmica, como carboplatina, etoposídeo, e vincristina ou
ciclofosfamida mais vincristina, pode ajudar a reduzir o tamanho dos tumores
extensos para permitir o uso de outras terapias adicionais (p. ex., crioterapia,
hipertermia a laser), para tratar tumores bilaterais ou para tratar o câncer que
se disseminou para além do olho. Entretanto, a quimioterapia isolada
raramente leva à cura.
A cada 2 ou 4 meses é necessário refazer os exames oftalmológicos de ambos
os olhos e, se houver necessidade, também repetir o tratamento.

Síndrome de Marfan: o que é e como é feito o diagnóstico da


doença

A Síndrome de Marfan é uma doença genética que afeta o tecido conjuntivo,


tornando as articulações mais frouxas e elásticas que o normal. Está
relacionada à falta da proteína fibrilina e pode afetar os tecidos esquelético
(desvios na coluna, braços e dedos longos), ocular (descolamento da retina) e
cardiovascular (ruptura da aorta). O diagnóstico é feito a partir de exames
genéticos que contribuem para o tratamento dos sintomas.
O que é Síndrome de Marfan?
A Síndrome de Marfan é uma doença genética multissistêmica, ou seja, afeta
vários sistemas e órgãos no corpo, com foco principalmente no coração,
esqueleto e olhos. Em muitos casos ela é herdada de um pai ou mãe com
Síndrome de Marfan. Mas em outros casos também pode acontecer em uma
família sem nenhuma história anterior. As principais características são alta
estatura, membros desproporcionalmente longos, escoliose e lordose,
subluxação ou luxação do cristalino, dilatação da raiz da aorta entre outros.
O que causa a síndrome de Marfan?
A Síndrome de Marfan é causada por uma alteração em um único gene. Este
gene se chama FBN1 – o nome está relacionada com a proteína que ele
produz, a fibrilina . O nosso corpo sem fibrilina adequada apresenta algumas
alterações que afetam o esqueleto, de modo que os pacientes podem ser
bastante altos e com braços e pernas longos; a aorta (a principal artéria que sai
do nosso coração) pode se dilatar e em alguns casos romper; os olhos também
são afetados pois a lente que nos ajuda a enxergar pode sair fora do lugar
(chamada luxação do cristalino).
Sintomas da síndrome de Marfan
Os sintomas da Síndrome de Marfan afetam todo o corpo, pois a falta de
fibrilina causa articulações mais frouxas e, assim, mais elasticidade. Essa
elasticidade também aparece em outros tecidos como na aorta e nos olhos.
Alta estatura com braços longos e dedos das mãos longos e finos
(dolicoestenomelia ou hábito marfanóide)
Dilatação da raiz da aorta com possibilidade de aneurisma ( ruptura da aorta)
Luxação do cristalino que pode acontecer com alta miopia e descolamento da
retina;
Desvios na coluna como escoliose e cifose;
Alterações na caixa torácica como peito escavado.

Quem tem síndrome de Marfan pode ter filhos?


Sim, pois a síndrome de Marfan não altera a capacidade reprodutiva.
Entretanto, como a gestação modifica muito o corpo da mulher, é preciso que o
médico avalie se não existe riscos graves para a gestação, como por exemplo
problemas cardíacos.

A chance de ter filhos afetados é de 50%, portanto também é recomendado


que antes de planejar a gravidez seja realizado um aconselhamento genético.

Como é o diagnóstico da doença?


O diagnóstico é suspeitado clinicamente pela presença dos sintomas. A
confirmação acontece por exames de genética que permitem o
aconselhamento genético para os membros da família e o tratamento dos
sintomas.

Exames genéticos relacionados à síndrome de Marfan


Os exames genéticos estudam principalmente o gene FBN1, através do seu
sequenciamento e da procura de deleções e duplicações. Porém, existem
outros genes que causam doenças muito parecidas com a Síndrome de
Marfan. Para fazer a investigação desses quadros, um painel de diversos
genes também pode ser solicitado.

Tratamento
Até o momento não existe uma medicação específica para a Síndrome de
Marfan, mas existem diversos tratamentos para suas complicações.
Uma das complicações mais importantes é a dilatação da raiz da aorta.
Existem medicamentos que podem ser utilizados para diminuir a progressão
desta dilatação, assim, o acompanhamento de rotina com um medico
cardiologista é muito importante. Outro profissional importante é o
oftalmologista que auxilia na prevenção das complicações oculares.

Onde realizar o exame?


Para agendamento, preços e mais informações sobre os exames genéticos
para Síndrome de Marfan, acesse o link e fale diretamente com nosso time de
atendimento especializado via whatsapp.
A GeneOne é o laboratório de genômica especializado em medicina de
precisão. Utilizamos recursos tecnológicos de ponta e de última geração para
permitir o diagnóstico assertivo. Os exames são realizados por uma equipe
integrada, formada por médicos geneticistas, bioinformatas, especialistas em
biologia molecular e citogenética.
Nosso portfólio inclui exames moleculares previstos pelas diretrizes da ANS.
Além disso, oferecemos ao médico prescritor todo o apoio, desde o momento
da escolha do exame até sua interpretação através do núcleo de assessoria
médica, o NAM.

Você também pode gostar