Introdução a Equideocultura

Mesohippus
1 - Introdução

Espécies de interesse econômico

1 - Introdução

Cavalo: Equus caballus

Jumento ou Asno: E. asinus

Hemi-asno asiáticos: E. kiang (Quiangue), E. onager

(Onagro), E. hemionus (Hemiono)

Zebras: E. zebra, E. burchelli, E. greveji e E. quagga

1 - Introdução

Equus zebra
Equus burchelli
Equus kiang Equus onager

Equus asinus
Mula
Cruzamento
1 - Introdução

Todas as espécies se hibridam e geram indivíduos inférteis.

As fêmeas híbridas, excepcionalmente, geram produtos

quando acasaladas com uma das espécies genitoras
Zebravalo
Jumento x Zebra

Mula ou Burro
1 - Introdução

Todas as espécies se hibridam e geram indivíduos inférteis.

Machos estéril – tem ardor sexual (libido)

Fêmeas estéreis – raramente são registrados mulas que

deram cria (potro ou muar, nunca um asinino)

Óvulo com cromossomos da sp equina, ficando da

asinina corpúsculo polar.

Garanhão  Potro ou potra e se jumento  mula ou

burro
Parto de Mula
2 – Origem e domesticação dos equinos

Origem

Os estudos de paleontologia – Velho e Novo mundo

Na América no seu descobrimento, já não havia equino

algum vivo.

Cataclisma, epizootia ou qualquer outro fator

contribuiu para o desaparecimento da espécie em
época anterior a pré-história
Figura 1 - Modificações surgidas nos ossos dos membros do gênero Eqqus através dos
tempos
Figura 2 – Evolução do Eohippus até o Equus caballus
Figura 3 - Mesohippus uma das primeiras formas tridáctilas, existentes na
América do Norte, à aproximadamente 30 milhões de anos
Figura 4 – Evolução do cavalo do Eohippus ao Eqqus caballus
2 – Origem e domesticação dos equinos

Origem

Monofilética ou Polifilética não conclusivo

2 – Origem e domesticação dos equinos

Origem

Três tipos de cavalos selvagens deram origem aos

cavalos atuais.

O cavalo da estepes, do deserto e das florestas.

2 – Origem e domesticação dos equinos

Origem

Equus ferus przewalskii

Sp menos importante

Conhecido como cavalo selvagem da Mongólia ou

“cavalo das estepes”

Contribuiu mais para formação de espécies locais,

ou seja, cavalos russo peludos, pequeno porte e
tração ligeira, porém exclusivamente resistentes ao
cansaço.
2 – Origem e domesticação dos equinos

Origem

Equus ferus przewalski

São os únicos a existirem atualmente

Equus ferus przewalskii
2 – Origem e domesticação dos equinos

Origem

Cavalo do deserto

Conhecido como Tarpan – Eqqus ferus ferus

Ancestral dos cavalos orientais (E. caballus

orientalis), bem proporcionados (mesomorfos) e de
grande beleza e harmonia para sela.

Cavalo pequeno porte – 1,30m

Extinto – último espécime morreu num zoológico em

Moscou em 1909
Equus ferus ferus

Tarpan
2 – Origem e domesticação dos equinos

Origem

Cavalo das florestas

Mais forte e pesado – 1,52m

Vivia nas florestas da antiga Germânia Central, sendo o

ancestral das raças ocidentais.
2 – Origem e domesticação dos equinos

Domesticação

Cavalo – Utilizado para consumo da carne e a pele para

proteção do frio

Cão, carneiro, boi, porco e cabra. O cavalo foi

domesticado depois.
2 – Origem e domesticação dos equinos

Domesticação

Pelos Árias - Planalto Central da Ásia

Emigrando para Ocidente ensinaram aos povos do

continente europeu.

Domesticação e a utilização como “motor”.

Sul da Espanha, Norte da África e ocidente da Ásia

Central

A partir daí o cavalo foi adaptado a utilização pelo

homem.
2 – Origem e domesticação dos equinos

Domesticação

Foi nas guerras, nas invasões da Grécia (2000 A.C.),

Egito (1600 A.C.), que os ocidentais ficaram
conhecendo o cavalo.
2 – Origem e domesticação dos equinos

Domesticação

O jumento era conhecido e utilizado no Egito e Ásia

menor antes do cavalo.

Representações artísticas datando de 2000 A.C, nos

mostram várias fases de sua captura, amansamento e
utilização.

A data de sua domesticação não é bem conhecida,

presumindo-se ser realizada 3000 AC ou mesmo antes.
2 – Origem e domesticação dos equinos

Georges-Louis Leclerc, Conde de Buffon

3 – Introdução do cavalo na América

A introdução é atribuída a Colombo em sua segunda viagem

realizada em 1493 à ilha de São Domingos.

Outras referências

1534  na capitania de São Vicente, por D. Ana

Pimentel, esposa de Martim Afonso de Souza (Ilha da
Madeira) e na Argentina em Buenos Aires, por Pedro de
Mendonça
3 – Introdução do cavalo na América

Outras referências

1535  por Ojeda no Chile e por Duarte Coelho em

Pernambuco

1541  Cabeça de vaca, que atravessando o Paraná e

Santa Catarina, com cavalos até a Bolívia, retornando
posteriormente pelo Uruguai e Sul do Brasil, 1550.
3 – Introdução do cavalo na América

Outras referências

1549  Tomé de Souza introduz na Bahia equinos

trazidos de Cabo Verde
3 – Introdução do cavalo na América

Outra nos primeiros tempos coloniais, de equinos

provenientes da península Ibérica (Espanha e Portugal),
culminando com a vinda da cavalhada da coudelaria do Alter
Real, de D. João VI, em 1808, na sua fuga para o Brasil.

Esses animais desempenharam papel importante na

formação dos nosso melhores cavalos de sela: O
Mangalarga e o Campolina.
3 – Introdução do cavalo na América

Os cavalos Alter eram uma variedade da raça Andaluza,

tanto para montaria, como no tiro de carruagem de luxo, no
que se distinguia pelo garbo de seus andares.
4 – Origem dos cavalos brasileiros

Outras introduções ocorreram não só pelos colonizadores,

mas pelos invasores.
4 – Origem dos cavalos brasileiros

O tipo mais comum é o Berbere que os mouros levaram do

Norte da África para a península Ibérica, ao lado do cavalo
Árabe.
4 – Origem dos cavalos brasileiros

Barbo ou Bérbere

Soldado na Argélia
4 – Origem dos cavalos brasileiros

As raças de cavalos brasileiros descendem diretamente ou

indiretamente do Andaluz.
4 – Origem dos cavalos brasileiros

Em quase todos os países americanos colonizados pelos

espanhóis encontram-se cavalos Andaluzes ou derivados
desta (Alter e Lusitano). Chamam a atenção pela sua
beleza, garbo, inteligência e docilidade com grande
facilidade para o adestramento.
4 – Origem dos cavalos brasileiros

A influência de outras raças européias só se fez sentir a

partir do segundo império, porém de pouca importância,
exceto em pequenas áreas.

O puro sangue inglês é a mais importante delas  utilizada

pelo exército para obtenção de mestiços
4 – Origem dos cavalos brasileiros

Em resumo, a maior influência na formação do rebanho

equino brasileiro é indiretamente originário do Norte da
África, predominando o sangue Berbere, por que mesmo o
Andaluz deriva dessa raça.

Os jumento, em sua maioria, também originam dessa região.

5 – A importância e situação atual da
equideocultura no Brasil e no Mundo

Até o advento do motor de explosão no início do século

passado, os equinos, de modo geral, constituíam um
elemento imprescindível a todos os países para o
transporte, lavoura, mobilidade dos exércitos, guerras, etc.

Por isso, os governos incentivavam a criação de cavalos para

assegurar a produção de alimentos, transporte, defesa de
fronteiras, viagens terrestres, etc.
5 – A importância e situação atual da
equideocultura no Brasil e no Mundo

Na 1ª guerra mundial (1914-1918) - 1 cavalo para 4 soldados

França e Inglaterra – 2.770.000 equinos

Estados Unidos – 923.580 equinos para Europa

Alemanha – 1.236.00 equinos

 5 – A importância e situação atual da
equideocultura no Brasil e no Mundo

O vapor, a eletricidade e a gasolina os grandes

“inimigos” do cavalo, sendo os dois primeiros
lhe foram mais úteis que prejudiciais.

O vapor

Emprego na estrada de ferro  teve

influência favorável no desenvolvimento da
produção de equinos

Barateou e facilitou o transporte para

zonas mais distantes dando impulso a
expansão agrícola e às trocas comerciais.
5 – A importância e situação atual da
equideocultura no Brasil e no Mundo

A eletricidade livrou o cavalo da tração de veículos de

transporte coletivos nas grandes cidades.
5 – A importância e situação atual da
equinocultura no Brasil e no Mundo

A gasolina até hoje continua sendo sua grande “inimiga” ou

amiga.

Diversidade de utilização:

Comodidade, possibilidade de resistência , força e

velocidade ao trabalho

Pelo valor e importância do produto sobre a qual se

apoia a produção industrial

Foi um tiro na importância que os cavalos apresentavam

na época
5 – A importância e situação atual da
equinocultura no Brasil e no Mundo

Por isso, onde chegam o automóvel, caminhão e motocicleta,

desaparecem, como por encanto, o cavalo de sela, as
carroças e as tropas de carga.
5 – A importância e situação atual da
equinocultura no Brasil e no Mundo

Exemplo concreto do desenvolvimento da tração mecânica

da lavoura, em detrimento da hipomóvel.

Nos EUA de 1920 a 1950 (30 anos)

O número de tratores empregados na agricultura

aumentou de 25.000 para 3.500.000, ou seja,
aumento de 140 vezes.

O número de cavalos e muares decresceu de quase

2/3, passando de vinte para oito milhões.
5 – A importância e situação atual da
equinocultura no Brasil e no Mundo

No Brasil

Grande extensão territorial, estradas ruins,

propriedades rurais de pequeno porte e proprietários
sem condições financeiras de empregarem tratores e
automóveis, como em alguns países do velho mundo.

Outros fatores: alto preço do combustível, não

depender de peças e mecânicos em uma pequena
propriedade, etc, justificaria a sobrevivência dos
equinos em nossas propriedades agrícolas
 5 – A importância e situação atual da
equinocultura no Brasil e no Mundo

A importância dos equinos passa:

Pela guerra nas conquistas de

uma civilização perante a
outra,

Na agricultura transportando
a safra e no preparo da terra

Nas cidades no transporte de

pessoas, etc
5 – A importância e situação atual da
equinocultura no Brasil e no Mundo

A importância dos equinos passa:

Outro benefício foi na extinção da escravatura e na

criação da ciência veterinária
5 – A importância e situação atual da
equinocultura no Brasil e no Mundo

Claude Bourgelat
5 – A importância e situação atual da
equinocultura no Brasil e no Mundo

Depois de Lyon, outras escolas foram criadas pela Europa

sendo que os professores das outras escolas passaram pela
de Lyon.
 5 – A importância e situação atual da
equinocultura no Brasil e no Mundo

Na Inglaterra, o tradicional gosto

pelas corridas de cavalo foi das
principais causas da criação do
ensino veterinário.

Por causa de Eclipse, o mais célebre

e extraordinário cavalo de corrida
que até hoje existiu, contribuiu para
criação da escola de veterinária na
Eclipse
Inglaterra.
6 – Estatística da Equideocultura no Brasil
6 – Estatística da Equideocultura no Brasil
6 – Estatística da Equideocultura no Brasil

Brasil

7.487.657 cabeças de equídeos

Maior rebanho da América Latina

3º rebanho mundial

Fonte: Animal Business Brasil (2015)

Fonte: http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?vcodigo=PPM01

2014  5.450.601 cabeças de equinos

AGRONEGÓCIO DO CAVALO
Figura 3 – Diagrama do Agronegócio do cavalo
Figura 4 –Complexo do Agronegócio Cavalo
7 – Atividades relacionadas aos equinos

Antes da porteira

Agentes que fornecem insumos, produtos e serviços

para a criação de cavalos.
7 – Atividades relacionadas aos equinos

Antes da porteira

Feno

Selaria e acessórios

Casqueamento e ferrageamento

Transporte terrestre

Educação e pesquisa

Etc.
7 – Atividades relacionadas aos equinos

Fonte: Jr Guerra, P. (2009)

7 – Atividades relacionadas aos equinos

Dentro da porteira

Que utilizam o cavalo de forma direta em suas

atividades.
7 – Atividades relacionadas aos equinos

Equoterapia

Turismo equestre

Cavalgadas

Escola de equitação

Jockey

Exposição e eventos

Rodeios, provas equestres, etc

7 – Atividades relacionadas aos equinos

Fonte: Jr Guerra, P. (2009)

7 – Atividades relacionadas aos equinos

Atividades fora da porteira

Agentes que encerram o ciclo do cavalo.

Leilões

Importações e exportações de cavalos vivos

Importações

Maiores importadores – Reino Unido, Irlanda,

EUA (58,9%) / Brasil: 30º Colocado (0,1%).
7 – Atividades relacionadas aos equinos

Atividades fora da porteira

Agentes que encerram o ciclo do cavalo.

Leilões

Importações e exportações de cavalos vivos

Exportações

Maiores exportadores – EUA, Reino Unido,

Irlanda (54,5%) /Brasil: 25º colocado (0,2%) -
(FAO, 2006)
7 – Atividades relacionadas aos equinos
7 – Atividades relacionadas aos equinos
7 – Atividades relacionadas aos equinos
7 – Atividades relacionadas aos equinos

Atividades de apoio

Seguro
7 – Atividades relacionadas aos equinos
7 – Atividades relacionadas aos equinos

(2004)
7 – Atividades relacionadas aos equinos
7 – Atividades relacionadas aos equinos
8 – Desafios

Qualificação da mão-de-obra

Linhas de financiamento específicas

Aumentar o fomento para pesquisa, educação e inovação

tecnológica

Melhorar os procedimentos para defesa sanitária

Aumentar a exportação

Popularizar a criação