Guia Testes Rápidos
Guia Testes Rápidos
Guia Testes Rápidos
a execução de
testes rápidos
DCCI/SVS/MS
2021
Objetivo
O dispositivo do teste:
é para uso único para ser utilizado na presença da pessoa;
é de fácil execução;
não necessita de estrutura laboratorial;
pode ser executado em qualquer Serviço de Saúde ou em ações extramuros.
Atente para a diferença de realização dos testes entre aqueles que procuram espontaneamente
sua realização (ex: ações extramuros) e aqueles para quem ofertamos a testagem em rotinas
assistenciais (gestantes, pacientes com tuberculose).
Rastreamento de IST com uso de TR Verifique aqui as principais populações e a
frequência com que a testagem deve ser ofertada
Pré-teste
Testagem
Pós-teste
Pré-teste
É importante a capacitação com relação aos procedimentos de cada novo teste adquirido
pelo MS
Dispositivo de teste
Sempre confira a
validade do kit
antes do uso
Sílica
Solução tampão
Bula ilustrativa
Conservar o kit na faixa de temperatura que está expressa na bula de cada fabricante. Nos
locais que ultrapassam os 30ºC utilizar caixa térmica, isopor, sala climatizada ou geladeira
para manter a temperatura adequada (cuidado para não congelar ou umedecer os testes);
Usar termômetro de máxima e mínima nos locais onde os testes são armazenados (sala ou nas
caixas de transporte);
Conferir o prazo de validade na parte externa da embalagem do kit e não utilizar os testes
após o vencimento;
Superfície plana Materiais para Cronômetro Caneta Lanterna para Lixeira com Descarte para
(sem higienização ou relógio permanente iluminação da sacos material
irregularidades) e (álcool 70%, para marcar o para janela de apropriados perfurocortante
com cobertura de algodão ou tempo identificação leitura quando para descarte
papel absorvente gaze) do dispositivo o teste for de material
para disposição de teste realizado em reciclável e
dos materiais e locais com biológico
evitar baixa
contaminação do luminosidade.
local de trabalho A iluminação é
essencial para
visualização de
linhas fracas
Como organizar a
área de trabalho?
Pré-teste
sangue
Como receber o
usuário para
realizar os testes?
Pré-teste
Receba com cordialidade chamando-a pelo nome que está na requisição e, quando for o caso, pelo
nome social;
A pessoa deve sentir-se confortável para esclarecer suas dúvidas sobre os procedimentos e
eventuais encaminhamentos;
A apresentação de documento de identificação não deve ser um critério para a oferta da testagem
rápida. Na ausência de documento de identificação o resultado deve ser informado verbalmente;
Neste momento também é importante esclarecer sobre como será feita a coleta da amostra, como
funciona o teste e quanto tempo levará até ser possível interpretar o resultado;
Como receber o
usuário para
realizar os testes?
Pré-teste
Identifique qual foi a motivação para a pessoa buscar a testagem rápida, verifique
o histórico de testagens prévias e o motivo das mesmas (se houve exposição
recente ao risco, resultado reagente em autoteste, outros);
Verifique se a pessoa teve algum tipo de exposição de risco recentemente e explique o que é janela imunológica,
evidenciando a importância de retorno para refazer o teste 30 dias após a exposição;
Mesmo que a exposição tenha sido recente, não perca a oportunidade, faça o teste no momento para vincular a pessoa
ao serviço;
Caso a exposição tenha ocorrido em menos de 72h, orientar com relação a PEP e encaminhar para o serviço de
referência;
Se a usuária for mulher em idade reprodutiva, pergunte se está grávida. Pode acontecer resultados falsos reagentes em
mulheres grávidas;
Também se informe se a pessoa foi vacinada para gripe (H1N1), tétano, raiva, pois imunizações também podem gerar
resultados falsos reagentes para HIV;
Pessoas em tratamento que tomam antirretrovirais podem apresentar resultados falsos não reagentes em testes para
detecção da infecção pelo HIV. Portanto, não é aconselhável realizar TR HIV nessas pessoas.
O que perguntar ao
usuário antes de
realizar os testes?
Pré-teste
Hepatite B:
Se for mulher em idade reprodutiva, pergunte se está grávida;
Pergunte se a pessoa já é vacinada para hepatite B. Nos casos em que a vacinação ocorreu nos últimos 21 dias antes da
testagem, podem ocorrer resultados falsos reagentes nos testes que detectam o antígeno de superfície do HBV (HBsAg);
Caso a pessoa nunca tenha sido vacinada, ofereça a vacina ou informe qual é o serviço mais próximo para a vacinação;
Em caso de resultado não reagente, permanecendo a suspeita de infecção, deve-se coletar uma nova amostra após 30 dias e
repetir a testagem. É importante selecionar a correta combinação de testes para garantir o diagnóstico preciso.
Hepatite C:
Também se informe se a pessoa está grávida, foi vacinada para gripe (H1N1), tétano, raiva, pois essas condições podem gerar
resultados falsos reagentes para hepatite C;
Em caso de resultado não reagente, permanecendo a suspeita de infecção, deve-se coletar uma nova amostra após 30 dias e
repetir a testagem. É importante selecionar a correta combinação de testes para garantir o diagnóstico preciso.
O que perguntar ao
usuário antes de
realizar os testes?
Pré-teste
Pergunte se a pessoa alguma vez já teve sífilis e se já realizou tratamento para essa infecção;
Se for mulher em idade reprodutiva, pergunte se está grávida, se tem filhos, se está fazendo ou se fez
acompanhamento pré-natal em gestações anteriores e se realizou os testes recomendados;
Esclareça que o teste rápido para sífilis detecta anticorpos que podem ser de uma infecção atual ou de
infecções anteriores e que se reagente será necessário realizar testes complementares;
Se persistir a suspeita clínica de sífilis, deve-se repetir um dos fluxogramas recomendados após 30 dias
para a confirmação ou não da infecção.
Como forneço os
resultados dos
testes rápidos?
Pré-teste
Janela imunológica é o período entre a infecção pelo HIV e a produção de anticorpos contra o HIV pelo organismo em uma
quantidade suficiente para serem detectados pelos testes, como o teste rápido;
Na maioria dos casos, a duração da janela imunológica é de 30 dias, porém esse período pode variar, dependendo da reação do
organismo do indivíduo frente à infecção e do tipo do teste (método utilizado e sensibilidade);
Se um teste para detecção de anticorpos anti-HIV é realizado durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de
gerar um resultado não reagente, mesmo que a pessoa esteja infectada. Dessa forma, recomenda-se que, nos casos de testes
com resultados não reagentes em que permaneça a suspeita de infecção pelo HIV, a testagem seja repetida após 30 dias com a
coleta de uma nova amostra;
Verifique a bula do teste que está sendo utilizado para identificar qual a janela imunológica prevista;
É importante ressaltar que, no período de janela imunológica, o HIV já pode ser transmitido, mesmo nos casos em que o
resultado do teste que detecta anticorpos anti-HIV for não reagente.
Testagem
Iniciando os
Informações na
trabalhos de Fluxo de testagem
testagem rápida
testagem
Iniciando os
trabalhos de Testagem
testagem
2. Abrir o dispositivo
Teste inválido
O teste rápido inclui um sistema de controle interno de migração, representado por uma linha colorida, que
aparece na área de controle (C), essa linha confirma que o resultado obtido é válido;
Se a linha de controle (C) não aparecer dentro do tempo máximo determinado pelo fabricante, o teste será
considerado inválido, mesmo que a linha colorida apareça na área de teste (T);
Algumas das causas prováveis para a invalidação dos testes ou resultados falsos (falso reagente e falso não
reagente) podem ser o armazenamento inadequado dos kits, volume insuficiente de amostra, volume
incorreto de diluente e a execução incorreta do teste.
Os laudos devem seguir as recomendações que estão nos manuais técnicos para diagnóstico (HIV, sífilis e hepatites) e a legislação sanitária vigente;
É muito importante que o profissional/educador/executor conheça a organização da rede de saúde do território na qual está inserido, para realizar os
encaminhamentos quando necessário;
Os serviços devem ter condições mínimas de atendimento, além de estar inseridos em uma rede de atenção que possibilite o encaminhamento para
níveis mais complexos, quando necessário;
É importante ter em mãos as informações sobre os serviços de saúde para onde as pessoas deverão ser encaminhadas em caso de necessidade;
As gestantes com resultados reagentes, devido à grande possibilidade de transmissão vertical, devem ser tratadas com cuidados especiais conforme
as recomendação vigentes no PCDT IST;
Em caso de resultado reagente encaminhar o paciente para realizar os testes adicionais de acordo com os fluxos recomendados pelos Manuais
Técnicos para o diagnóstico das IST do Ministério da Saúde;
Avaliar oferta de autoteste para parcerias de acordo com as estratégias de distribuição das para a distribuição do autoteste de HIV no
.
Sempre que possível a coleta de amostra para exames complementares deve ser
feita no mesmo atendimento para evitar a perda do usuário
Intercorrências
com testes
rápidos
Pós-teste
Seguir corretamente os fluxogramas de diagnósticos vigentes e recomendados pelos manuais técnicos para o
diagnóstico de cada agravo (HIV, Sífilis e Hepatites Virais);
Saber que em caso de resultado reagente no autoteste, deve-se utilizar o fluxograma completo para o
diagnóstico de HIV preconizado no manual. Dessa forma, o autoteste não deve ser considerado como o T1;
Ter formulários e registros para garantir a rastreabilidade do processo de realização de testes rápidos (ex:
identificação do usuário, data do atendimento, tipo do teste, numero do lote do kit, data de validade, rubrica do
profissional/colaborador).
Referências
1. https://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/769
3. http://www.aids.gov.br/pt-br/profissionais-de-saude/testes-rapidos
4. https://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/636
5. https://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/89-coleta-de-sangue-diagnostico-e-monitoramento-das-dst-aids-e-
hepatites-virais
6. https://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/88-biosseguranca-laboratorios-de-dst-aids-e-hepatites-virais
7. http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2020/guia-rapido-de-testagem-focalizada-para-o-hiv
8. http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-atencao-integral-pessoas-com-
infeccoes
9. http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2017/prevencao-combinada-do-hiv-bases-conceituais-para-profissionais-trabalhadoresas-e-
gestores
10. http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2020/diretrizes-para-distribuicao-do-autoteste-de-hiv-no-brasil