Eureka! 7 (2000)
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AOS LEITORES 2
ARTIGOS
EQUAÇÕES DIOFANTINAS 39
Antonio Caminha Muniz Neto
PROBLEMAS PROPOSTOS 59
AGENDA OLÍMPICA 61
COORDENADORES REGIONAIS 62
Sociedade Brasileira de Matemática
AOS LEITORES
Realizamos durante 1999 a XXI Olimpíada Brasileira de Matemática em
mais de 2.500 colégios de nosso país, atingindo na realização da primeira etapa
cerca de 60.000 alunos. Este ano a Olimpíada se realizará nas seguintes datas:
2
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02. A calculadora de Juliana é bem diferente. Ela tem uma tecla D, que duplica o
número escrito no visor e a tecla T, que apaga o algarismo das unidades do
número escrito no visor.Assim, por exemplo, se estiver escrito 123 no visor e
apertarmos D, teremos 246; depois, apertando T, teremos 24. Suponha que esteja
escrito 1999. Se apertamos D depois T, em seguida D, depois T, teremos o
número:
A) 96 B) 98 C) 123 D) 79 E) 99
03. O gráfico abaixo mostra o valor aproximado do dólar em reais no dia 15 dos
últimos 6 meses.
2,0
1,5
1,0
D J F M A M J
04. Numa certa cidade, o metrô tem todas suas 12 estações em linha reta. A
distância entre duas estações vizinhas é sempre a mesma. Sabe-se que a distância
entre a terceira e a sexta estações é igual a 3 300 metros. Qual é o comprimento
dessa linha?
A) 8,4 km B) 12,1 km C) 9,9 km D) 13,2 km E) 9,075 km
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06. Quantos números de dois algarismos são primos e têm como antecessor um
quadrado perfeito ?
A) 2 B) nenhum C) 1 D) 3 E) 6
07. Quantas vezes num dia (24 horas) os ponteiros de um relógio formam ângulo
reto ?
A) 48 B) 44 C) 24 D) 22 E) 23
08. Dona Zizi comprou 2 balas para cada aluno de uma 5a série. Mas como os
meninos andavam meio barulhentos, ela resolveu redistribuir essas balas, dando 5
para cada menina e apenas 1 para cada menino. Podemos concluir que na 5a série
A) 20% são meninos B) 30% são meninas C) 75% são meninos
D) 50% são meninas E) 66,6...% são meninos
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A) 1 B) 2 C) 3 D) 5 E) 9
13. Letícia vendeu todos seus CDs de videogames para três amigos, que lhe
pagaram, respectivamente, R$ 240,00, R$ 180,00 e R$ 320,00. Todos os CDs
tinham o mesmo preço. Quantos CDs tinha Letícia no mínimo?
A) 20 B) 37 C) 28 D) 21 E) 25
2
15. Rafael tem da idade de Roberto e é 2 anos mais jovem que Reinaldo. A
3
4
idade de Roberto representa da idade de Reinaldo. Em anos, a soma das idades
3
dos três é:
A) 48 B) 72 C) 58 D) 60 E) 34
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A) 88 cm B) 100 cm C) 60 cm
D) 96 cm E) 80 cm
18. Numa certa cidade, foi adotado o seguinte sistema de rodízio de carros: duas
vezes por semana, de segunda a sexta, cada carro fica proibido de circular, de
acordo com o final de sua placa (algarismo das unidades). O número médio de
finais de placa proibidos diferentes para cada dia de proibição é:
A) 4 B) 1 C) 3 D) 2 E) indefinido
6
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03. Uma folha quadrada foi dobrada duas vezes ao longo de suas diagonais
conforme ilustração abaixo, obtendo-se um triângulo isósceles. Foi feito um corte
na folha dobrada, paralelo à base desse triângulo, pelos pontos médios dos outros
lados. A área do buraco na folha corresponde a que fração da área da folha
original ?
1 1 3 3 1
A) B) C) D) E)
2 6 8 4 4
4
08. Qual o 1999o algarismo após a vírgula na representação decimal de ?
37
A) 0 B) 1 C) 2 D) 7 E) 8
7
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16
12 27
B C
A) 80 B) 84 C) 86 D) 88 E) 91
10. Em um aquário há peixes amarelos e vermelhos: 90% são amarelos e 10% são
vermelhos. Uma misteriosa doença matou muitos peixes amarelos, mas nenhum
vermelho. Depois que a doença foi controlada verificou-se que no aquário, 75%
dos peixes vivos eram amarelos. Aproximadamente, que porcentagem dos peixes
amarelos morreram?
A) 15% B) 37% C) 50% D) 67% E) 84%
11. Pedro saiu de casa e fez compras em quatro lojas, cada uma num bairro
diferente. Em cada uma gastou a metade do que possuía e a seguir, ainda pagou
R$ 2,00 de estacionamento. Se no final ainda tinha R$ 8,00, que quantia tinha
Pedro ao sair de casa?
A) R$ 220,00 B) R$ 204,00 C) R$ 196,00 D) R$ 188,00
E) R$ 180,00
x + 99
12. Quantos são os possíveis valores inteiros de x para que seja um
x + 19
número inteiro?
A) 5 B) 10 C) 20 D) 30 E) 40
14. Uma bola de futebol é feita com 32 peças de couro. 12 delas são pentágonos
regulares e as outras 20 são hexágonos também regulares. Os lados dos
pentágonos são iguais aos dos hexágonos de forma que possam ser costurados.
Cada costura une dois lados de duas dessas peças.
Quantas são as costuras feitas na fabricação de uma bola de futebol?
A) 60 B) 64 C) 90 D) 120 E) 180
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15. Hoje, 12/6/1999, Pedro e Maria fazem aniversário. No mesmo dia em 1996, a
idade de Pedro era 3/4 da idade de Maria. No mesmo dia em 2002, a idade de
Pedro será igual à de Maria quando ele tinha 20 anos. Quantos anos Maria está
fazendo hoje?
A) 30 B) 31 C) 32 D) 33 E) 34
16. Uma caixa contém 100 bolas de cores distintas. Destas, 30 são vermelhas, 30
são verdes, 30 são azuis e entre as 10 restantes, algumas são brancas e outras são
pretas. O menor número de bolas que devemos tirar da caixa, sem lhes ver a cor,
para termos a certeza de haver pelo menos 10 bolas da mesma cor é:
A) 31 B) 33 C) 35 D) 37 E) 38
17. Quantos são os triângulos que possuem medidas dos seus lados expressas por
números inteiros e tais que a medida do maior lado seja igual a 11 ?
A) 10 B) 11 C) 12 D) 24 E) 36
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03. Um gafanhoto pula exatamente 1 metro. Ele está em um ponto A de uma reta,
só pula sobre ela, e deseja atingir um ponto B dessa mesma reta que está a 5
metros de distância de A com exatamente 9 pulos. De quantas maneiras ele pode
fazer isso?
A) 16 B) 18 C) 24 D) 36 E) 48
1
09. Se 00 < x < 900 e cos x = então x está entre:
4
A) 00 e 300 B) 300 e 450 C) 450 e 600 D) 600 e 750 E) 750 e 900
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16. A circunferência abaixo tem raio 1, o arco AB mede 700 e o arco BC mede
400. A área da região limitada pelas cordas AB e AC e pelo arco BC mede:
C
A
17. A reta r contém os pontos (0, 4) e (7, 7). Dos pontos abaixo, qual é o mais
próximo da reta r?
A) (1999, 858) B) (1999, 859) C) (1999, 860)
D) (1999, 861) E) (1999, 862)
18. Quantos são os pares (x, y) de inteiros positivos que satisfazem a equação
2x +3y = 101 ?
A) 13 B) 14 C) 15 D) 16 E) 17
19. Quantos números inteiros entre 10 e 1000 possuem seus dígitos em ordem
estritamente crescente? (Por exemplo, 47 e 126 são números deste tipo; 52 e 566
não).
A) 90 B) 98 C) 112 D) 118 E) 120
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23. Dois irmãos herdaram o terreno ABC com a forma de um triângulo retângulo
em A, e com o cateto AB de 84m de comprimento. Eles resolveram dividir o
terreno em duas partes de mesma área, por um muro MN paralelo a AC como
mostra a figura abaixo. Assinale a opção que contém o valor mais aproximado do
segmento BM.
B
M N
A C
24. As representações decimais dos números 21999 e 51999 são escritas lado a
lado. O número de algarismos escritos é igual a :
A) 1999 B) 2000 C) 2001 D) 3998 E) 3999
GABARITO
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PROBLEMA 1
Corte 10 algarismos do número 1234512345123451234512345, para que
o número restante seja o maior possível.
PROBLEMA 2
Sabe-se que três meses consecutivos de um determinado ano, não bissexto,
possuem cada um exatamente quatro domingos.
a) Estes meses podem ser janeiro, fevereiro e março?
b) Podem ser agosto, setembro e outubro?
PROBLEMA 3
Na figura, os triângulos ABC e EGF são equiláteros. O perímetro do triângulo
ABC é 132cm e, além disso,
AE = EC B
BD = DC
EF = FC
DG = GE D
a) Qual o perímetro da área sombreada?
b) Que fração da área do triângulo ABC G
PROBLEMA 5
Um edifício muito alto possui 1000 andares, excluindo-se o térreo. Do andar
térreo partem 5 elevadores:
O elevador A pára em todos os andares.
O elevador B pára nos andares múltiplos de 5, isto é, 0, 5, 10, 15, …
O elevador C pára nos andares múltiplos de 7, isto é, 0, 7, 14, 21, …
O elevador D pára nos andares múltiplos de 17, isto é, 0, 17, 34, 51, …
O elevador E pára nos andares múltiplos de 23, isto é, 0, 23, 46, 69, …
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a) Mostre que, excetuando-se o andar térreo, não existe nenhum andar onde
param os 5 elevadores.
b) Determine todos os andares onde param 4 elevadores.
PROBLEMA 6
Encontre o menor tabuleiro quadrado que pode ser ladrilhado usando peças com o
seguinte formato:
SOLUÇÃO PROBLEMA 2
Se o dia primeiro de janeiro for Segunda-feira, e o ano não for bissexto, então os
meses de janeiro, fevereiro e março terão 4 domingos cada.
SOLUÇÃO PROBLEMA 4
Basta distribuir as moedas em 7 caixas contendo respectivamente 1, 2, 4, 8, 16,
32 e 64 moedas. Para outros pagamentos Pedro pode fazer 3 = 1 + 2, 5 = 1 + 4, 6
= 2 + 4, 7 = 1 + 2 + 4. Assim já pode pagar as quantias de 1 a 7 reais com o
conteúdo das caixas. Somando-se a parcela de 8 a estas somas chega-se nas
somas de 9 até 15. Somando-se a parcela de 16 às 15 somas assim formadas
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SOLUÇÃO PROBLEMA 5
a) O elevador B pára nos múltiplos de 5.
O elevador C pára nos múltiplos de 7.
O elevador D pára nos múltiplos de 17.
O elevador E pára nos múltiplos de 23.
Como 5, 7, 17 e 23 são números primos, para que todos parem num mesmo
andar, este tem que ser múltiplo de 5 × 7 × 17 × 23 = 13685 e o prédio só tem
1000 andares.
b) Para que num andar parem exatamente quatro elevadores, devem parar A,
que pára em todos, e três dos restantes.
B, C e D param nos múltiplos de 5 × 7 × 17 = 595
B, C e E param nos múltiplos de 5 × 7 × 23 = 805
B, D e E param nos múltiplos de 5 × 17 × 23 = 1955
C, D e E param nos múltiplos de 7 × 17 × 23 = 2737
Logo, os andares onde param 4 elevadores são o 595 e o 805.
SOLUÇÃO PROBLEMA 6
O menor tabuleiro é do tipo 10 × 10 coberto com 20 peças, como mostrado, por
exemplo, pela figura abaixo, à esquerda.
Com efeito, o número de casas do
tabuleiro é um quadrado perfeito
múltiplo de 5. Logo é 25, 100, 225 ou
... etc. Mas um tabuleiro 5 × 5 não
pode ser coberto com peças deste tipo,
pois ao tentarmos completar uma
lateral do tabuleiro, seremos
conduzidos a uma das duas figuras à
direita, as quais não se deixam
completar pelas peças para formar todo
o tabuleiro.
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PROBLEMA 2
Num quadro-negro são escritos três inteiros. Começa-se, então, uma sequência de
movimentos onde, em cada passo, apaga-se um deles e escreve-se em seu lugar a
soma dos outros dois diminuída de uma unidade. Após vários movimentos, estão
escritos no quadro os números 17, 75 e 91. É possível que no início estejam
escritos no quadro :
a) 2, 2, 2 ?
b) 3, 3, 3 ?
PROBLEMA 3
Seja ABCD um quadrado. Escolhemos pontos M, N, P, Q respectivamente sobre
AB, BC, CD e DA, de modo que as circunferências circunscritas aos triângulos
MBN e PDQ sejam tangentes exteriormente. Mostre que MN +PQ ≥ AC.
PROBLEMA 4
Determine o maior natural n para o qual existe uma reordenação (a, b, c, d) de (3,
6, 9, 12) (isto é, {a, b, c, d} = {3, 6, 9, 12}) tal que o número n 3a 6 b9 c12 d seja
inteiro. Justifique sua resposta.
PROBLEMA 5
A C
Um professor de matemática passou aos seus alunos a adição + onde A, B,
B D
C e D são inteiros positivos, as frações estão simplificadas ao máximo e os
denominadores são números primos entre si. Os alunos adicionaram as frações
tirando o mínimo múltiplo comum dos denominadores das parcelas e escrevendo
este como o denominador do resultado. Mostre que a fração que os alunos
encontraram como resultado está simplificada.
PROBLEMA 6
Determine todos os inteiros positivos n para os quais é possível montarmos
um retângulo 9 × 10 usando peças 1 × n.
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SOLUÇÃO PROBLEMA 2
SOLUÇÃO PROBLEMA 3
A figura abaixo representa a situação, onde X e Y são os pontos médios dos
segmentos MN e PQ e Z é o ponto de tangência das circunferências. Então, como
∠MBN = ∠PDQ = 90° , segue que BX = MX = NX = XZ e DY = QY = YP = YZ.
Assim, MN + PQ = BX + XZ + ZY + YD ≥ BD = AC .
A Q D
M P
Z
X
B N C
SOLUÇÃO PROBLEMA 4
Temos 3 a ⋅ 6 b ⋅ 9 c ⋅ 12 d = 2 b + 2 d ⋅ 3 a +b + 2 c + d . Para (a, b, c, d) dados, o maior n
possível é mdc{b + 2d , a + b + 2c + d } ≤ b + 2d . Note que b + 2d é máximo
(com b e d elementos distintos de {3, 6, 9, 12}) quando d = 12 e b = 9. Neste
caso, b + 2d = 33, e a + b + 2c + d = 21 + a + 2c. Tomando a = 6 e c = 3, temos
também a + b + 2c + d = 33, que é obviamente o maior valor possível para n,
obtido para (a, b, c, d) = (6, 9, 3, 12).
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SOLUÇÃO PROBLEMA 5
Como os denominadores das frações são primos entre si, seu MMC é BD e assim,
AD + CB
a fração resultante é . Suponhamos que esta fração não seja irredutível
BD
isto é, que exista algum número primo p que divida o numerador e o denominador
desta fração. Como o produto BD é divisível por p, um dos seus termos, digamos
B sem perda de generalidade o seja. Entretanto, uma das parcelas da soma AD +
CB é divisível por p e como a soma, por hipótese, é divisível por p a parcela AD
é também divisível por p. Portanto A ou D é divisível por p. No primeiro caso
A
temos uma contradição com o fato da fração ser irredutível, no outro casos a
B
contradição está no fato de que os denominadores das frações iniciais sempre são
primos entre si.
SOLUÇÃO PROBLEMA 6
É claro que n deve ser no máximo 10 e dividir 90. Assim, restam para n as
possibilidades 1, 2, 3, 5, 6, 9, 10. Fora n = 6, é imediato que n pode assumir
qualquer um dos outros valores acima. Começando a tentar montar o retângulo
com peças 1 × 6 a partir de um canto, concluímos prontamente que a tarefa não é
possível.
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PROBLEMA 1
Nos extremos de um diâmetro de um círculo, escreve-se o número 1 (primeiro
passo) . A seguir, cada semicírculo é dividido ao meio e em cada um dos seus
pontos médios escreve-se a soma dos números que estão nos extremos do
semicírculo (segundo passo) . A seguir, cada quarto de círculo é dividido ao meio
e em cada um dos seus pontos médios coloca-se a soma dos números que estão
nos extremos de cada arco (terceiro passo). Procede-se, assim, sucessivamente:
sempre cada arco é dividido ao meio e em seu ponto médio é escrita a soma dos
números que estão em seus extremos. Determinar a soma de todos os números
escritos após 1999 passos.
PROBLEMA 4
Determine todos os inteiros positivos n para os quais é possível montarmos um
retângulo 9 × 10 usando peças 1 × n.
PROBLEMA 5
José tem três pares de óculos, um magenta, um amarelo e um ciano. Todo dia de
manhã ele escolhe um ao acaso, tendo apenas o cuidado de nunca usar o mesmo
que usou no dia anterior. Se dia primeiro de agosto ele usou o magenta, qual a
probabilidade de que dia 31 de agosto ele volte a usar o magenta?
PROBLEMA 6
Encontre as soluções inteiras de x 3 − y 3 = 999 .
SOLUÇÃO PROBLEMA 1
Seja S(n) a soma dos termos em cada passo em um dos semicírculos. Observemos
que S(1) = 2, S(2) = 4, e S(3) = 10. Deste modo, nos parece razoável conjecturar
que S(n) = 3n − 1 +1. Claramente, S(1) = 31 − 1 + 1. Os novos termos adicionados
para formar Ln +1 representam somas de dois termos consecutivos de Ln e cada
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Sociedade Brasileira de Matemática
SOLUÇÃO PROBLEMA 4
É claro que n deve ser no máximo 10 e dividir 90. Assim, restam para n as
possibilidades 1, 2, 3, 5, 6, 9, 10. Fora n = 6, é imediato que n pode assumir
qualquer um dos outros valores acima. Começando a tentar montar o retângulo
com peças 1 × 6 a partir de um canto, concluímos prontamente que a tarefa não é
possível.
SOLUÇÃO PROBLEMA 5
Sejam mn , an e cn as probabilidades de que no dia n ele use óculos magenta,
an + cn
amarelo e ciano, respectivamente. Temos m1 = 1, a1 = c1 = 0 e mn +1 = ,
2
mn + c n m + an 1 − mn
a n +1 = , e c n +1 = n Como an + cn + mn = 1, temos m n +1 = .
2 2 2
1 − ( −2) 2 − n
Assim, m n = , e em 31 de agosto a probabilidade de que ele volte a
3
1 + 2 −29
usar o magenta é m31 = .
3
SOLUÇÃO PROBLEMA 6
Temos ( x − y ) ( x 2 + xy + y 2 ) = 33 ⋅ 37 . Suponhamos x > y. Assim, os possíveis
valores de a = x – y são 1, 3, 9, 27, 37, 3 ⋅ 37, 9 ⋅ 37, 27 ⋅ 37 e cada valor permite
fazer y = x – a e precisamos apenas verificar se as raízes de
999
x 2 + x( x − a) + ( x − a) 2 = são inteiras. Na verdade, alguns destes valores são
a
obviamente inapropriados: a = x − y ≡ x 3 − y 3 ≡ 0 (mod 3) , donde os valores 1
e 37 podem ser descartados. Por outro lado, se x − y ≥ 3b temos
( x 3 − y 3 ) ≥ 3b 3 , donde podemos descartar a ≥ 27. Os dois valores restantes, 3 e
9, são de fato possíveis e dão as quatro
soluções: (10,1), ( −1,−10), (12,9) e (−9,−12).
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Sociedade Brasileira de Matemática
PROBLEMA 2
Emanuela, Marta e Isabel são três nadadoras que gostam de competir e por isso
resolveram organizar um desafio de natação entre elas. Ficou combinado o total
de pontos para o primeiro, o segundo e o terceiro lugares em cada prova. A
pontuação para primeiro lugar é maior que a para o segundo e esta é maior que a
pontuação para o terceiro. As pontuações são números inteiros positivos. O
desafio consistiu de várias provas e ao final observou-se que Emanuela fez 20
pontos, Marta 9 pontos e Isabel 10. A primeira prova foi vencida por Isabel.
PROBLEMA 3
Um reino é formado por dez cidades. Um cidadão muito chato foi exilado da
cidade A para cidade B, que é a cidade do reino mais longe de A. Após um
tempo, ele foi expulso da cidade B para a cidade C do reino mais longe de B.
Sabe-se que a cidade C não é a mesma cidade A. Se ele continuar sendo exilado
dessa maneira, é possível que ele retorne à cidade A?
PROBLEMA 4
Adriano, Bruno e Carlos disputaram uma série de partidas de tênis de mesa. Cada
vez que um jogador perdia, era substituído pelo que estava a esperar. A primeira
partida foi disputada por Adriano e Bruno. Sabe-se que Adriano venceu 12
partidas e Bruno 21. Quantas vezes Adriano e Bruno se enfrentaram?
21
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PROBLEMA 1
SOLUÇÃO DE MARIANA DE MORAES SILVEIRA (Belo Horizonte - MG)
O cubo deve ser dividido em 1000 cubinhos, ou seja 10 × 10 × 10, depois, deve-
se pegar um deles e dividí-lo novamente em 1000 cubinhos para que obtenhamos
1999 cubinhos. Assim teremos 1000 – 1 (que será dividido) + 1000 = 1999
cubinhos.
PROBLEMA 2
SOLUÇÃO DE DIOGO DOS SANTOS SUYAMA (Belo Horizonte - MG)
a) Foram disputadas 3 provas. Como 20 + 10 + 9 = 39, o número de pontos
distribuidos por prova só poderia ser 3 ou 13, pois estes são os únicos
divisores de 39, a não ser o mesmo e o 1. Em consequências, o número de
provas também será um desses números. Porém, se forem disputadas 13
provas, só há uma maneira de se distribuir os pontos: 2 para o primeiro, 1
para o segundo e 0 para o terceiro. Entretanto, 0 não é positivo, sendo assim
descartada essa hipótese.
b) Já sabendo que são 3 provas, é impossível que a vencedora ganhe menos que
8 pontos, pois assim, Emanuela só conseguiria os 20 pontos fazendo 7, 7 e 6
pontos em cada prova. Para isso, seria preciso que a vencedora fizesse 7
pontos, a segunda colocada 6 e a última 0, mas como vimos, 0 não é positivo.
É impossível, também que a vencedora faça mais de 10 pontos, pois não seria
possível que a segunda fizesse mais pontos que a última, ou que esta não
fizesse 0 pontos. Então, as únicas possibilidades são: 1a. → 10, 2a. → 2, 3a. →
1; 1a. → 9, 2a. → 3, 3a. → 1; 1a. → 8, 2a. → 4, 3a. → 1; e 1a. → 8, 2a. → 3, 3a.
→ 2. A primeira opção é incorreta, pois Isabel, que venceu uma das provas,
não poderia ter feito pontos nas outras. A segunda opção também não é
correta, pois Isabel teria que marcar apenas um ponto em duas provas. A
última opção é incorreta também, pois Isabel teria que marcar 2 pontos em
duas provas. Terceira opção: 1a. → 8, 2a. → 4, 3a. → 1 é a correta. Veja o
quadro abaixo:
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PROBLEMA 1
Seja ABCDE um pentágono regular tal que a estrela ACEBD tem área 1. Sejam P
interseção entre AC e BE e Q a interseção entre BD e CE. Determine a área de
APQD.
D
Q
E C
A B
PROBLEMA 2
Um reino é formado por dez cidades. Um cidadão muito chato foi exilado da
cidade A para a cidade B, que é a cidade do reino mais longe de A. Após um
tempo, ele foi expulso da cidade B para a cidade C do reino mais longe de B.
Sabe-se que a cidade C não é a mesma cidade A. Se ele continuar sendo exilado
dessa maneira, é possível que ele retorne à cidade A?
PROBLEMA 3
Adriano, Bruno e Carlos disputaram uma série de partidas de tênis de mesa. Cada
vez que um jogador perdia, era substituído pelo que estava a esperar. A primeira
partida foi disputada por Adriano e Bruno. Sabe-se que Adriano venceu 12
partidas e Bruno 21. Quantas vezes Adriano e Bruno se enfrentaram?
PROBLEMA 4
Prove que há pelo menos um algarismo diferente de zero entre a 1.000.000a. e a
3.000.000a. casa decimal de 2 após a vírgula.
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PROBLEMA 2
SOLUÇÃO DE EINSTEIN DO NASCIMENTO JÚNIOR ( Fortaleza - CE )
Há dez cidades A, B, C, D, E, F, G, H, I, J.
Um chato da cidade A foi exilado para a cidade mais longe de A, a cidade B.
Como B é a cidade mais longe de A, pode-se dizer que se tomarmos A como
sendo o centro de uma circunferência de raio AB, todas as cidades estarão dentro
dos limites da circunferência, exceto a cidade B que estará em cima dela.
A B
E D
Como as distâncias entre as cidades não são iguais e o chato foi exilado para a
cidade C que é a mais longe de B então BC > AB.
Da cidade C ele será exilado para a cidade D que é a mais longe de C e assim
sucessivamente até chegar na cidade J onde teremos a seguinte verdade:
AB < BC < CD < . . . < HI < IJ.
Ao chegar nesse ponto vemos que A com certeza não é a cidade mais longe de J
pois
AB = raio
AJ < raio
AJ < AB
AB < IJ
AJ < IJ
Logo ele irá para uma cidade diferente de A, e nunca retornará à cidade A.
PROBLEMA 3
SOLUÇÃO DE FÁBIO DIAS MOREIRA (Rio de Janeiro - RJ)
Quando começa a série, já ocorre um encontro entre Adriano (A) e Bruno (B).
Vamos chamar de VA, VB e VC o número de vitórias de Adriano, Bruno e Carlos,
respectivamente. Então ao final da série VA + VB = 33 e depois do 1o. jogo VA + VB
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PROBLEMA 4
SOLUÇÃO DE HENRIQUE CHOCIAY (Pinhais - PR)
Para começar a desenvolver 2 , utilizei o processo de extração que não utiliza
tentativas (processo prático por aproximação).
2
1,414
–1
1.00 ↑
–96 1 × 2 = 24 × 4 ≅ 100
4.00 96 ↵
281
1.1900 14 × 2 = 281 × 1 ≅ 400
1.1296
0060400 141 × 2 = 2824 × 4 ≅ 11900
11296 ↵
Deste lado, o número de casas sempre aumenta em 1 casa,
nunca mais. (mesmo se houvesse um caso de 99999 × 9 =
899991 (só aumenta 1 casa) (entre 1.000.000 e 3.000.000)
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PROBLEMA 3
Temos um tabuleiro quadrado 10 × 10.
Desejamos colocar n peças em casas do tabuleiro de tal forma que não existam 4
peças formando em retângulo de lados paralelos aos lados do tabuleiro.
Determine o maior valor de n para o qual é possível fazer esta construção.
SEGUNDO DIA
PROBLEMA 4
O planeta Zork é esférico e tem várias cidades. Dada qualquer cidade existe uma
cidade antípoda (i.e., simétrica em relação ao centro do planeta).
Existem em Zork estradas ligando pares de cidades. Se existe uma estrada
ligando as cidades P e Q então também existe uma estrada ligando as cidades P'
e Q', onde P' é a antípoda de P e Q' é a antípoda de Q. Além disso, estradas não
se cruzam e dadas duas cidades P e Q sempre é possível viajar de P a Q usando
alguma seqüência de estradas.
O preço da Kriptonita em Urghs (a moeda planetária) em duas cidades ligadas
por uma estrada difere por no máximo 100 Urghs. Prove que existem duas
cidades antípodas onde o preço da Kriptonita difere por no máximo 100 Urghs.
PROBLEMA 5
Em Tumbólia existem n times de futebol .
Deseja-se organizar um campeonato em que cada time joga exatamente uma vez
com cada um dos outros. Todos os jogos ocorrem aos domingos, e um time não
pode jogar mais de uma vez no mesmo dia.
Determine o menor inteiro positivo m para o qual é possível realizar um tal
campeonato em m domingos.
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PROBLEMA 6
Dado triângulo ABC mostre como construir com régua e compasso um triângulo
A’B’C’de área mínima com C '∈ AC , A'∈ AB e B'∈ BC tal que
∧ ∧ ∧ ∧
B ' A' C ' = B A C e A' C ' B ' = A C B.
C' B'
A B
A'
PROBLEMA 1
SOLUÇÃO DE HUGO PINTO IWATA (São José do Rio Preto - SP)
R Q
E C
S
P
A B
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igual à de RQD. Como a estrela é regular, a área de RQD é igual à de ERS, então,
a área de PQD é igual à de ERS. Assim a área do trapézio APQD é igual à soma
das áreas dos triângulos APD e ERS, que é igual à figura APDRES, que é
exatamente metade da estrela toda.
Resposta: A área de APQD é 0,5.
PROBLEMA 2
SOLUÇÃO DE HUMBERTO SILVA NAVES (Goiânia - GO)
Suponhamos, por absurdo, que todos os algarismos das casas decimais entre a
1.000.000a. casa decimal e a 3.000.000a. casa decimal de 2 fossem zero, então:
6 6 6
10 2⋅10 1010 2 = 10 3⋅10 2 (onde x ∈ Z e x ≤ x < x + 1)
6 6 6 6 6 6
102⋅10 ⋅ K = 103⋅10 2 (onde K = 1010 2 ) ⇒102⋅10 K ≤ 103⋅10 2 < 102⋅10 K + 1,
6 6 6
mas como 10 2⋅10 K ≠ 10 3⋅10 2 , (pois se não fosse teríamos 2 = K / 1010 ,
um absurdo, pois 2 é irracional!) então:
6 6 6 K K 1
10 2⋅10 K < 10 3⋅10 2 < 10 2⋅10 K + 1 ⇒ 10 6
< 2< 10 6
+ 6
⇒
10 10 10 3⋅10
K2 K2 2K 1 6 2K 1
6
<2< 6
+ 6
+ 6
⇒ K 2 < 2 ⋅ 102⋅10 < K 2 + 2⋅106 + 4⋅106 ,
102⋅10 10 2⋅10 104⋅10 106⋅10 10 10
6
mas como K = 1010 2 ∈ Z, temos (pela definição de x ):
6 K K 2 1 2K 1
K ≤ 1010 2 < K +1⇒ 10 6
≤ 2⇒ 2⋅10 6
≤ 10 6
< ⇒ 2⋅106 ≤ ,
10 10 10 4 10 2
logo:
6 2K 1 1 1
K 2 < 2 ⋅ 10 2⋅10 < K 2 + 2⋅10 6
+ 4⋅10 6
< K2 + + 4⋅106 < K 2 + 1 ⇒
10 10 2 10
2⋅10 6 6
K < 2 ⋅ 10
2
< K + 1 ⇒ 0 < 2 ⋅ 10 2⋅10 − K 2 < 1, um absurdo, pois não
2
existe nenhum inteiro maior que 0 e menor que 1, disto concluímos que há um
algarismo diferente de 0 nestas casas decimais. (Poderíamos ter uma aproximação
6
melhor pois 2K é bem menor que 10 2⋅10 ).
Obs: x denota a função do "maior inteiro": é o único inteiro tal que
x ≤ x < x + 1.
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PROBLEMA 3
SOLUÇÃO DA BANCA
O problema é equivalente a encontrar subconjuntos A1, A2, …, A10 do conjunto
{1, 2, 3, …, 10} cuja soma do número de elementos seja a maior possível tais que
a interseção de dois quaisquer deles tenha no máximo um elemento (Ai é o
conjunto das posições das peças na i-ésima linha do tabuleiro). Se Ai tem ki
k i (k i − 1)
elementos então há C k2i = subconjuntos de 2 elementos não pode
2
pertencer a dois dos conjuntos Ai, e há no total C102 = 45 subconjuntos
de 2 elementos de
10
k i (k i − 1)
{1, 2,…,10}. Assim, devemos ter ∑
i =1 2
≤ 45.
∑
i =1 2
≤ 45 então ∑k
i =1
i ≤ 5 ⋅ 4 + 5 ⋅ 3 = 35, valendo a igualdade se e só
29
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10
que ∑k i =1
i seja igual a 35. Por outro lado é possível construir exemplos com
10
∑k
i =1
i = 34, como abaixo:
• • • •
• • • •
• • • •
• • • •
• • •
• • •
• • •
• • •
• • •
• • •
PROBLEMA 4
SOLUÇÃO DE GILBERTO SANTOS DO NASCIMENTO (São Paulo - SP)
Seja C1' o antípoda de C1 .
Vamos ligar C1 a C1' e vice-versa, formando uma linha fechada. Abaixo
C 'j é o antípoda de C j para todo j.
C3 …
Cn
C2
C'1
C1
C'n
… C'2
C'3
Agora, supondo que a diferença da Kriptonita de C1' para C1 seja maior que 100.
Então, vamos supor que (C2 – C1) + (C3 – C2) +…+ (C1' – Cn) > 100. Como ao
30
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Agora, supondo que esta linha percorra a figura, ligando todas as cidades
antípodas, na parte de cima, a soma deve continuar sendo maior que 100 e
embaixo menor que 100. Em p.c. (parte de cima), a soma não pode passar
bruscamente de > 100 para < –100, pois são somadas apenas duas diferenças de
cada vez (menores que 200 no total!). Assim, para que p.c. fique negativo < –100
e p.b. fique positivo > 100, teríamos de ter duas cidades antípodas com diferença
> 100 em módulo.
> 100 Ck
…
…
…
p.c. C1'
C1
p.b. < –100 p.b. p.c. > 100 C1'
… C2'
< –100 … …
Ck'
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PROBLEMA 4
SOLUÇÃO DE HUMBERTO SILVA NAVES (Goiânia - GO)
Suponhamos, por absurdo, que os preços diferem por mais de 100 Urghs em
todas as cidades antípodas, então:
| xn – yn| > 100 ⇒ Mn – mn > 100 (Onde Mn = máx (xn, yn) e mn = min (xn, yn))
Como sabemos que existe um caminho de estradas que leva de M0 até m0, então
deve existir uma estrada que liga (para certo i, j ∈ N; i, j ≤ n) Mi ←→ mj.
Como existe uma estrada ligando Mi ←→ mj, também existe uma estrada ligando
mj ←→ Mi (antípodas). Pode acontecer i = j, caso em que se conclui facilmente
que Mi – mi > 100, um absurdo pois mi e Mi são "vizinhas", logo o preço da
Kriptonita difere por no máximo 100 Urghs.
Se i ≠ j, então:
| Mj – mi | ≤ 100 (são "vizinhas")
| Mi – mj | ≤ 100, mas como
Mi – mi > 100 e Mj – mj > 100, então:
Mi + Mj – mi – mj > 200
Mi – mj + Mj – mi > 200 ⇒ | Mi – mj + Mj – mi| > 200 ⇒ | Mi – mj| + | Mj – mi| >
200 ⇒ 200 ≥ | Mi – mj| + | Mj – mi| > 200, um absurdo, logo existem cidades
antípodas cujo preço difere no máximo em 100 Urghs.
PROBLEMA 5
SOLUÇÃO DE FABRÍCIO SIQUEIRA BENEVIDES (Fortaleza - CE)
i) n par.
Cada time tem que jogar com cada um dos outros. Se os times são: T1, T2, …, Tn;
temos que um time Ti tem que jogar (n – 1) vezes e para isso precisará de pelo
menos (n – 1) domingos. (pois só pode jogar 1 vez por domingo). Mostraremos
que é possível realizar o campeonato em (n – 1) domingos. Para isso basta que o
jogo entre Ti e Tj (i ≠ j) ocorra no seguinte domingo.
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dij T1 T2 T3 T4 T5 T6
T1 3 4 5 1 2
T2 3 5 1 2 4
T3 4 5 2 3 1
T4 5 1 2 4 3
T5 1 2 3 4 5
T6 2 3 4 5 1
O campeonato organizado assim satisfaz o problema pois: é fácil ver que um time
i joga com cada um dos outros times (no domingo dij, j ≠ i). E cada time só joga
uma vez num mesmo dia, caso contrário teríamos: um time Ti que joga contra Tj e
Tk no mesmo domingo, ou seja dij = dki
2) Se i ≠ n.
Agora se n for ímpar, como cada time tem que jogar com todos os outros seria
necessário pelo menos (n – 1) domingos.
Só que (n – 1) domingos não são suficientes pois em cada dia há um time que fica
sem jogar. Assim, se no primeiro dia Ti foi o time que não jogou, ele ainda
precisará de mais ( n – 1) domingos para jogar contra os outros. De modo que são
necessários pelo menos n domingos.
33
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Para ver que n domingos são suficientes, basta que o campeonato se organize
assim: Sejam T1, T2, …, Tn os times. Criamos um time virtual chamado Tn + 1 onde
jogar contra Tn + 1 um certo dia, significa não jogar naquele dia.
Temos então n + 1 = x times, organizamos então como no caso anterior o
campeonato. Como x é par isso pode ser feito em x – 1 = n dias.
Obs: O exemplo para (2k – 1) times é obtido do de (2k) times esquecendo-se um
dos times.
Resposta: Se n é par m = n – 1.
Se n é ímpar m = n.
PROBLEMA 6
SOLUÇÃO DA BANCA
α c
B'
C'
c
α D
a
α
a α
α
A A' B
Sejam ∠A, ∠B, ∠C os ângulos internos do triângulo ABC, sejam ∠A', ∠B', ∠C'
os ângulos internos do triângulo A'B'C' e consideremos ∠A' = ∠A e ∠C' = ∠C.
Seja D o ponto de interseção das circunferências circuscritas aos triângulos AA'C'
e CC'B'. Nos quadriláteros inscritíveis AA'DC' e CC'DB' temos ∠A'DC' = π – ∠A
e ∠C'DB' = π – ∠C. Logo, ∠A'DB' = 2π – (π – ∠A) – (π – ∠C) = π – ∠B, e
portanto, a circunferência circunscrita ao triângulo BB'A' passa por D.
34
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e portanto não depende da posição de A', B' e C'. O ponto D é fixo e sua
construção será mostrada no final da solução.
Como os ângulos A'DB', B'DC' e C'DA' são constantes, a menor área possível do
triângulo A'B'C' é obtida quando os segmentos DA', DB' e DC' forem os menores
possíveis. Logo, DA', DB' e DC' são respectivamente perpendiculares aos lados
AB, BC e CA.
Construção do ponto D
O ponto D, interseção desses dois arcos é tal que ∠DAB = ∠DBC = ∠DCA.
(Note que qualquer ponto D com esta propriedade deve pertencer a cada um dos
lugares geométricos descritos acima, o que nos dá a unicidade).
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EQUAÇÕES DIOFANTINAS
Antonio Caminha Muniz Neto
♦ Nível Intermediário
Ternos Pitagóricos
Queremos estudar as soluções (x, y, z) da equação x 2 + y 2 = z 2 , com x, y, z
inteiros não nulos. Após determinar tais soluções, vamos ver como podemos
utilizar as informações obtidas para resolver outras equações em números
inteiros. O resultado fundamental é o seguinte
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z
x
y
Vejamos em que a equação acima pode ajudar na solução de outros problemas.
Consideremos a tarefa de determinar as soluções inteiras não nulas da equação
x 2 + y 2 = 2 z 2 , com x ≠ y. Em uma qualquer dessas soluções, devemos ter x e y
com a mesma paridade, pois caso contrário x 2 + y 2 seria um número ímpar.
Assim, existem inteiros a e b tais que
x = a + b, y = a − b
Basta tomarmos a = ( x + y ) e b = 12 ( x − y ) , notando que x + y e x – y são
1
2
números pares. Substituindo as expressões acima para x e y na equação original,
concluímos que
40
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x 2 + y 2 = 2 z 2 ⇔ a 2 + b2 = z 2
Mas essa última equação é a nossa já conhecida equação de Pitágoras. Então, de
acordo com o teorema acima, podemos escrever
(a, b, z ) = (2uvd,(u2 − v 2 )d,(u2 + v 2 )d ) ou (a, b, z ) = ((u2 − v 2 )d, 2uvd,(u2 + v 2 )d )
onde d, u, v são inteiros não nulos, com u ≠ v, mdc(u, v) = 1 e u e v de paridades
distintas.
Segue daí que as soluções (x, y, z) de nossa equação são de um dos tipos abaixo,
onde d, u, v satisfazem as mesmas condições do teorema acima.
(x, y, z) = (2uvd +(u2 − v2 )d, 2uvd − (u2 − v2 )d,(u2 + v2 )d)
ou
(x, y, z) = ((u 2 − v2 )d + 2uvd,(u 2 − v2 )d − 2uvd,(u 2 + v2 )d )
Vamos usar o seguinte fato, que você pode provar facilmente: se um inteiro u não
for múltiplo de 3, então u 2 deixa resto 1, quando dividido por 3. Então, se b não
for múltiplo de 3, teremos de 3a 2 + b 2 = 2c 2 que c também não será múltiplo de
3. Olhando os restos de cada termo da equação por 3, teremos que 3a 2 + b 2
deixa resto 1 e 2c 2 deixa resto 2.1 = 2. Logo, não poderia ser 3a 2 + b 2 = 2c 2 .
Assim, b deve ser múltiplo de 3, digamos b = 3b1 . Daí vem que
3a 2 + 9b12 = 2c 2 , e c também é múltiplo de 3, digamos c = 3c1 . Substituindo na
equação, chegamos a 3b12 + a 2 = 6c12 .
41
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i. Supor que uma dada equação possui uma solução em inteiros não nulos.
ii. Concluir daí que ela possui uma solução em inteiros positivos que seja, em
algum sentido, mínima.
iii. Deduzir a existência de uma solução positiva menor que a mínima, chegando
a uma contradição.
Teorema 2: Se n for múltiplo de 4 então não existem inteiros não nulos x, y, z tais
que x n + y n = z n .
42
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de tal modo que não há outra solução positiva a ' , b' , c' com c ' < c (aqui vamos
usar o método da descida). Então a e b são primos entre si, e o teorema 1 garante
a existência de inteiros positivos primos entre si u e v tais que
a 2 = u 2 − v 2 , b 2 = 2uv , c = u 2 + v 2 . Como a 2 + v 2 = u 2 , segue novamente
do teorema 1 a existência de inteiros positivos primos entre si p e q tais que
a = p 2 − q 2 , v = 2 pq, u = p 2 + q 2 . Mas aí b 2 = 2uv = 4 pq( p 2 + q 2 )
Como p e q são primos entre si, temos que ambos são também primos com
p 2 + q 2 . Portanto, sendo 4 pq( p 2 + q 2 ) um quadrado devemos ter p, q e
p 2 + q 2 quadrados, digamos p = α 2 , q = β 2 , p 2 + q 2 = γ 2 , com α, β, γ
positivos. Por fim, segue que α 4 + β 4 = γ 2 , com c =u2 +v2 >u = p2 +q2 =γ 2 ≥γ,
contrariando a minimalidade de c. Logo, não há soluções não nulas de
x n + y n = z n quando n for múltiplo de 4. ❏
A Equação de Pell
Nem sempre é fácil, ou mesmo possível, determinar todas as soluções em inteiros
de uma dada equação. Por exemplo, para a equação x 2 − 2 y 2 = 1 , é bem mais
fácil mostrar que ela possui uma infinidade de soluções do que determinar todas
elas. Podemos gerar infinitas soluções dessa equação a partir de uma só solução
não nula.
Uma vez que a 2 − 2b 2 = 1 , teremos ( a + b 2 )( a − b 2 ) = 1 , e daí
( a + b 2 )2 ( a − b 2 )2 = 1
Desenvolvendo os binômios, chegamos a
( )
(a 2 + 2b 2 + 2ab 2 )(a 2 + 2b 2 − 2ab 2 ) = 1 , e daí a a 2 + 2b 2 − 2(2ab) = 1
2 2
( )
Portanto, se (a, b) for uma solução, a 2 + 2b 2 ,2ab será outra solução. Sendo a
e b positivos, temos a < a + 2b , e desse modo determinamos uma infinidade
2 2
de soluções da equação (contanto que tenhamos uma solução não nula). Veja que
(3, 2) é uma solução não nula de nossa equação.
É fácil ver que o método acima utilizado também garante que, quando d for um
inteiro tal que d é irracional, a equação x 2 − dy 2 = 1 admite infinitas
soluções não nulas, desde que admita uma solução não nula. Também, com
poucas modificações podemos tratar a equação x 2 − dy 2 = −1 (veja o exercício
6).
43
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que ξ − ( jξ − kξ
j −k )< 1
( j −k )n ≤ 1
( j −k )2
44
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Lema 2: Seja d um inteiro positivo que não seja um quadrado. Existe um inteiro
m para o qual a equação x 2 − dy 2 = m admite infinitas soluções inteiras.
(
x 2 − dy 2 = x − d y x + d y < 1y x − d y + 2 d y < 1y ) ( 1
y
)
+ 2 d y <2 d + 1
Prova: Admitamos por enquanto que nossa equação tenha uma solução em
inteiros positivos x, y. Dentre todas essas soluções, escolha aquela x1 , y1 tal que
α = x1 + y1 d seja o menor possível.
Dado um natural qualquer n, sabemos que existem inteiros positivos x n , y n tais
que ( x1 + y1 d ) n = x n + y n d . Daí, sabemos que
( x1 − y1 d ) n = x n − y n d , e assim
1 = ( x12 − dy12 ) n = ( x1 + y1 d ) n ( x1 − y1 d ) n =
= ( x n + y n d )( x n − y n d ) = x n2 − dy n2
Então todos os pares ( x n , y n ) são soluções da equação.
45
Sociedade Brasileira de Matemática
Seja agora (x, y) uma solução qualquer em inteiros positivos. Para terminar, basta
mostrarmos que existe um natural n tal que x + y d = α n . Suponha o
contrário. Então existe um natural n tal que α n < x + y d < α n +1 . Daí, vem
que 1 < α − n ( x + y d ) < α . Mas
α − n ( x + y d ) = ( x1 + y1 d ) − n ( x + y d ) = ( x n + y n d ) −1 ( x + y d ) =
= ( x n − y n d )( x + y d ) = ( xx n − dyy n ) + ( x n y − y n x ) d
e ocorre que
( xxn − dyyn )2 − d ( xn y − yn x )2 = xn2 ( x 2 − dy 2 ) + yn2 ( dy 2 − x 2 ) = xn2 − dyn2 = 1 ,
de modo que α − n ( x + y d ) = ( xx n − dyy n , x n y − y n x ) também é solução.
Como 1< α−n ( x + y d ) < α , basta mostrarmos que xxn − dyyn , xn y − yn x > 0 para
chegarmos numa contradição. Sejam a = xx n − dyy n , b = x n y − y n x . Temos
a + b d > 0 e a 2 − db 2 = 1 , donde a − b d = ( a + b d ) −1 > 0 .
Então, 2a = ( a + b d ) + ( a − b d ) > 0 . Por outro lado, a + b d > 1 implica
a − b d = ( a + b d ) −1 < 1 , e daí b d > a − 1 ≥ 0 . Logo, b > 0.
Para terminar, basta mostrarmos que a equação x 2 − dy 2 = 1 admite uma
solução. Tome, de acordo com o lema 2, um inteiro (não nulo) m tal que
x 2 − dy 2 = m admita uma infinidade de soluções. Podemos escolher duas
dessas soluções, ( x1 , y1 ), ( x 2 , y 2 ) digamos, tais que | x1 | ≠ | x 2 | mas x1 ≡ x 2 e
y1 ≡ y2 , módulo m. Então
( x1 + y1 d )( x 2 − y 2 d ) = ( x1 x 2 − dy1 y 2 ) + ( x 2 y1 − x1 y 2 ) d (*)
Mas x1 x 2 − dy1 y 2 ≡ x12 − dy12 ≡ 0 (mod m) e x 2 y1 ≡ x1 y 2 (mod m) , donde
existem inteiros u e v tais que x1 x 2 − dy1 y 2 = mu, x 2 y1 − x1 y 2 = mv
Segue de (*) que ( x1 + y1 d )( x 2 − y2 d ) = m( u + v d ) , e daí
( x1 − y1 d )( x 2 + y 2 d ) = m( u − v d ) .
Multiplicando ordenadamente essas duas igualdades, chegamos a
m2 = ( x12 − dy12 )( x 22 − dy 22 ) = m2 ( u 2 − dv 2 ) ,
ou seja, u 2 − dv 2 = 1 . Resta mostrarmos que u e v são não nulos. Se u = 0
teríamos − dv 2 = 1 , um absurdo. Se v = 0, viria u = 1 ou –1. De (*) seguiria que
46
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( x1 + y1 d )( x 2 − y 2 d ) = ± m , e assim ( x1 + y1 d ) = ±( x 2 + y 2 d ) ,
donde por fim | x1 | = | x 2 | , o que é um absurdo. ❏
Exercícios:
1. Seguindo os passos da prova do teorema 1, mostre que as soluções em
inteiros não nulos da equação x2 + 2 y2 = z2 são da forma
x = ± ( u 2 − 2v 2 )d , y = 2uvd , z = ( u 2 + 2v 2 )d , onde d, u, v são inteiros
não nulos, com u e 2v primos entre si.
2. Mostre que as equações a seguir não possuem soluções inteiras não nulas:
i. x 4 + 4 y 4 = z 2
ii. x 4 + 2 y 4 = z 2
iii. x 2 + y 2 = 3z 2
O item i do exercício a seguir tem a ver com o exemplo 1 do texto.
3. i. Mostre que não existem racionais x e y tais que x 2 + xy + y 2 = 2 .
ii. Determine todas as soluções racionais da equação x 2 + xy + y 2 = 1 .
Para resolver os próximos dois exercícios utilizamos o teorema 1. Eles são mais
difíceis que os anteriores, e no primeiro deles você pode achar útil o seguinte
resultado, conhecido como Teorema de Ptolomeu: dado um quadrilátero convexo
inscritível ABCD, tem-se
AB. CD + AD. BC = AC. BD
47
Sociedade Brasileira de Matemática
D
B
C
Para uma prova do Teorema de Ptolomeu, você pode consultar a referência [4].
4. Temos no plano uma circunferência de raio 1. Mostre que podemos
escolher em tal circunferência 2000 pontos A1 , A2 ,..., A2000 tais que Ai A j é
racional, quaisquer que sejam 1 ≤ i < j ≤ 2000 .
5. Seja r um inteiro positivo dado. Queremos determinar o número de
triângulos ABC, dois a dois não congruentes, satisfazendo as seguintes condições:
i. O raio da circunferência inscrita em ABC mede r.
ii. Os comprimentos dos lados de ABC são números inteiros, primos entre si.
Mostre que o número de tais triângulos é 2 k , onde k é o número de fatores
primos distintos de r.
6. Prove, sem apelar para o teorema 2, que a equação x 2 − 2 y 2 = −1
admite uma infinidade de soluções inteiras.
7. Prove que as soluções positivas ( x n , y n ) da equação do exemplo 2 são
dadas pelas seqüências ( x1 , y1 ) = (3, 2 ) e x n+1 = 3x n + 4 y n , y n+1 = 2 x n + 3 y n
8. Prove que há infinitos inteiros n tais que n 2 + ( n + 1) 2 seja quadrado.
Bibliografia
[1] Introdução à Teoria dos Números. Plínio O. dos Santos. Coleção Matemática Universitária.
IMPA. 1999.
[2] An Introduction to the Theory of Numbers. I. Niven, H. Zuckermann. John Wiley & Sons.
New York. 1980.
[3] A Classical Introduction to Modern Number Theory. K. Ireland & M. Rosen. Springer-Verlag.
New York. 1990.
[4] Quadriláteros e Triângulos. M. Mendes. Eureka! No5. OBM 1999
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Sociedade Brasileira de Matemática
a) Existe um inteiro positivo M(n) tal que depois de M(n) passos todas as
lâmpadas estão ACESAS de novo;
b) Se n é da forma 2k então todas as lâmpadas estão ACESAS depois de
n2 –1 passos;
a) Vamos inicialmente representar o estado das lâmpadas L0, L1, L2, ..., Ln–1 por
uma n-upla u = (u0, u1, u2, ..., un–1), onde ui = 0 se Li está apagada e ui = 1 se Li
está acesa.
Evidentemente o estado inicial das lâmpadas é dado pela n-upla e = (1, 1, 1, ...,1).
Nessas condições a operação Sj tranforma a n-upla (u0, u1, u2, ..., un–1) na nova
n-upla (u0, u1,..., uj–1, uj–1 + uj,..., uj+1,..., un–1), onde a soma uj–1 + uj é tomada
módulo 2 ( e j é tomada módulo n).
Assim sendo, nosso problema consiste em determinar um valor natural r, tal que:
S r ( S r −1 (...( S1 ( S 0 (e)))...)) = e
49
Sociedade Brasileira de Matemática
Para tanto, denotemos por Rj a operação que transforma a n-upla (u0, u1,..., uj–1, uj,
uj+1,..., un–1) na n-upla (u j mod n , u ( j +1) mod n ,...u ( j + n −1) mod n ). Observe que R–j é a
operação inversa de Rj e R0 deixa a n-upla inalterada.
Nesses termos temos para uma n-upla qualquer S j = R− j ( S 0 ( R j )) .
__
Agora para uma n-upla qualquer u podemos escrever:
__ __
S r (S r −1 ...(S1 (S 0 ( u )))...) = S r S r −1 ...S1 S 0 ( u ) = ( R−r S 0 Rr )(R−r +1 S 0 Rr −1 )...
__ __ __
...(R−1 S 0 R1 )S 0 ( u ) = R−r S 0 ( RS0 ) r ( u ) =R −r −1 ( RS0 ) r +1 ( u ) onde R = R1 .
Consequentemente, S r S r −1 ...S1 S 0 (e) = e ⇔ ( RS 0 ) r +1 (e) = Rr +1 (e) = e como
existe apenas um número finito de estados das lâmpadas (2n precisamente) que
equivale ao número total de n-uplas, em algum estágio a seqüência
e, ( RS 0 )1 (e), ( RS 0 ) 2 (e),... deve repetir algum de seus elementos. Nessas
condições para algum m e n ( m < n ) teremos : ( RS 0 ) m (e) = ( RS 0 ) n (e). Sendo
RS 0 uma bijeção (verifique!) temos ( RS 0 ) n − m (e) = e, o que conclui o ítem a.
b) Primeiramente associaremos à n-upla u = (u0, u1, u2, ..., un–1) o polinômio P(x)
da forma : P ( x) = u n − 2 + u n −3 ⋅ x + u n − 4 ⋅ x 2 + ... + u 0 ⋅ x n − 2 + u n −1 ⋅ x n −1 , onde
os coeficientes serão olhados módulo 2 (isto é, P(x) ∈ Z / 2Z [ x]).
Chamemos tal polinômio de polinômio de posição. Observe agora que para a
n-upla ( RS 0 )1 (u ) temos:
( RS0 )1 (u) = R1 (S 0 (u)) = R1 (u n−1 + u 0 , u1 , u 2 ,..., u n−1 ) = (u1 , u 2 ,..., u n−1 , u n−1 + u 0 )
e seu polinômio de posição é dado por
Q( x) = u n −1 + u n− 2 x + u n −3 x 2 + ... + u1 x n− 2 + (u n−1 + u 0 ) x n −1 Não se esqueça que
a adição u n −1 + u 0 é tomada módulo 2. Assim, Q(x) ≡ x ⋅ P(x) mod(x n − x n−1 − 1).
Assim sendo, queremos encontrar r tal que x r ≡ 1 mod( x n − x n −1 − 1). Note que
quando x r ≡ 1 mod( x n − x n −1 − 1). o polinômio de posição associado a ( RS 0 ) r
será congruente a P(x) que representará a n-upla e = (1, 1, 1,...1) no estado inicial
das lâmpadas. Suponha agora n = 2k.
2
Então x n ≡ ( x n ) n ≡ ( x n−1 + 1) n ≡ x n⋅( n −1) + 1 mod(x n − x n −1 − 1) pois se n é uma
potência de 2, todos os coeficientes, exceto o primeiro e o último da expansão
binomial ( x n −1 + 1) n são pares, logo congruentes a zero módulo 2.
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Sociedade Brasileira de Matemática
Finalmente temos:
2 2 2
x n − x n ( n −1) ≡ 1 mod( x n − x n −1 − 1) ⇒ x n − x n − n ≡ 1 mod( x n − x n −1 − 1) ⇒
2 2
−n
xn ⋅ ( x n − 1) ≡ 1 mod( x n − x n −1 − 1) ⇒ x n −1
≡ 1 mod( x n − x n −1 − 1)
( pois x n − 1 ≡ x n −1 (mod x n − x n −1 − 1)).
Assim, após ( n 2 − 1) etapas todas as lâmpadas estarão acesas novamente.
c) Suponha n = 2 k + 1
2
−1
Assim x n ≡ ( x n+1 ) n−1 ≡ ( x n + x) n−1 ≡ x n⋅( n−1) + x n−1 onde todas as congruências
foram tomadas mod(x n − x n−1 − 1). Como no ítem anterior n – 1 é potência de 2,
logo todos os coeficientes, exceto o primeiro e o último da expansão binômial
( x n + x) n−1 são pares, consequentemente congruentes a zero módulo 2.
Finalmente temos:
2 2
x n −1 − x n⋅( n −1) ≡ x n −1 mod(x n − x n −1 − 1) ⇒ x n −n ⋅ ( x n −1 − 1) ≡ x n −1 mod( x n − x n −1 − 1) ⇒
2 2
−n
(*) x n ⋅ ( x n ) ≡ x n −1 mod( x n − x n −1 − 1) ⇒ x n ≡ x n −1 mod( x n − x n −1 − 1) ⇒
2
⇒ x n − n +1 ≡ 1 mod( x n − x n −1 − 1). Observe que, como estamos trabalhando
módulo 2, x n ≡ x n −1 + 1 ≡ x n −1 − 1 mod( x n − x n −1 − 1), e isso justifica a
congruência (*). Assim sendo, após n 2 − n + 1 etapas, todas as lâmpadas estarão
acesas novamente.
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1 (x −1)2 1 1 (x −1)2 1
f (x) + ⋅ f 1+
x −1 = 1 ⇒ f ( x) + 1+ ⋅ f ( x −1) =1 ⇒
x2
x2
x2
x (x −1)
2 2
1 (x −1)2 1
⇒ ⋅ f ( x) + + 2 ⋅ f (x −1) = 1
x2 x2 x
f (x) + (x −1)2 + f (x −1) = x2 ⇒ f (x) + f (x −1) = 2x −1
f (x) + f (1− x) = 1
donde: ∴ f (x) = x
f (x) − f (1− x) = 2x −1
para x = 0 → f (1) = f (0) +1
x = −1 → f (0) = f (−1) +1 = − f (1) +1
f (1) − f (0) = 1
⇒ ∴ f (1) =1 e f (0) = 0.
f (0) + f (1) =1
31) Seja x1, x2, x3, … uma seqüência de números reais não negativos satisfazendo
x n − 2 x n −1
xn = para n = 3, 4, 5, … Estabeleça condições necessárias e
2 x n − 2 − x n −1
suficientes em x1 e x2 para xn ser inteiro para infinitos valores de n.
Afirmação: x1 = x 2 , x1 e x 2 inteiros.
x n − 2 x n −1
Prova: Se, x n = teremos,
2 x n − 2 − x n −1
1 2 x n − 2 − x n −1 1 2 1
xn (2 x n −2 − x n −1 ) = x n − 2 x n −1 ⇒ = ⇒ = − ⇒
xn x n − 2 x n −1 x n x n −1 x n − 2
1 1 1 1 1
⇒ − = − tome y n = logo, a seqüência y1, y2, …, é uma
x n x n −1 x n −1 x n − 2 xn
x − x2
P.A., de razão r = 1 desse modo, yn = y1 + (n −1)r ⇒ x1 = xn + (n −1)rx1xn ⇒
x1 x 2
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x1
⇒ x1 = xn (1+ (n −1)rx1) = x1 ⇒ xn = . Suponha r ≠ 0.
1+ (n −1)x1r
x − x2 x1 x 2
Como r = 1 , temos x n = fazendo x1 – x2 = a, teremos
x1 x 2 x 2 + (n − 1)( x1 − x 2 )
x1 x 2
xn = . Porém, para algum k, tal que x1 x 2 < x 2 + (k − 1) a
x 2 + (n − 1)a
teremos x n < 1 , para todo n ≥ k. Logo, devemos ter r = 0, o que conclui a
demonstração.
32) a) Prove que todo número inteiro não nulo m admite uma única representação
n −1
da forma m = ∑σ
k =0
k ⋅ 3 k , onde n é um inteiro positivo e σ k ∈{−1,0,1} para todo k,
com σ n −1 ≠ 0.
3n + 1
Dado um conjunto de pontos V = {P0 , P1 ,..., P3n −1 } , escrevemos em cada
2
2
aresta que une dois desses pontos Pi e Pj (i ≠ j) um número pertencente a
n −1
{0, 1, …, n – 1} da seguinte forma: escreveremos i − j = ∑σ k =0
k ⋅ 3 k , com
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Sociedade Brasileira de Matemática
~ ~
σ k ,σ p ∈ { − 1, 0 ,1}; σ n −1 = 1 e σ t- 1 = 1.
Vamos também fazer a hipótese de que para as arestas Pi Pj e Pi Ps , tenhamos o
~
número λ = min{ k ≥ 0 / σ k = 1} = min{ p ≥ 0 / σ p = 1} onde
0 ≤ λ < n − 1 e 0 ≤ λ < t − 1. Podemos então escrever:
λ −1
n −1
j − i = ∑
k =0
σ k . 3 k
+ ∑
k = λ +1
σ k . 3 k + 1 . 3 λ (1)
λ −1 t −1
s − i =
∑
p=0
σ p . 3 p + ∑ σ pk . 3 p + 1 . 3 λ ( 2 )
p = λ +1
λ −1 ~ t −1 ~
λ −1 n −1
k
De (2) – (1) obtemos s − j = ∑σ p .3 + ∑ σ p .3 − ∑σ k .3 + ∑σ k .3
p p k
p =0 p = λ +1 k =0 k = λ +1
~ ~
Para 0 ≤ k ≤ λ −1, σ k e σ k pertencem a {–1, 0}, donde σ k −σ k ∈{−1,0,1}, e os
somatórios com p ≥ λ +1 e k ≥ λ +1 são múltiplos de 3λ +1 , e portanto, ao
escrever s − j = ∑
γ
σ γ 3γ , com
≥0
'
σ γ' ∈{−1,0,1}, não aparece o termo 1⋅ 3λ , o que
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33) Na parede interna de um vaso cilíndrico de cristal existe uma gota de mel
num ponto B situado a três centímetros do seu bordo superior. Na parede externa,
num ponto A diametralmente oposto ao da gota, está uma formiga. Sabendo que a
altura do vaso é de 20cm e o seu diâmetro é 10cm. Indicar o caminho mais curto
para que a formiga atinja a gota de mel.
Cobrindo o vaso com papel por dentro e por fora, e marcando nele a localização
da formiga, da gota de mel e da borda, poderemos ver que ao desamassar o papel
ficarão as seguintes impressões, com as seguintes medidas:
B Gota
Parte de dentro
3 cm
πr = 5π
3 cm
A Formiga
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t
H
s
G
s
t
P
I F
y x
w z z
w
y
B
D E C
Como as retas traçadas são paralelas aos lados então os quadriláteros PFCE,
PIBD, PHAG são paralelogramos, e com isso concluímos que seus lados opostos
são congruentes. Daí temos:
BC = a, AC = b, AB = c, IF = x + y = a' , GD = t + w = c', HE = s + z = b'
___ ____
Os triângulos ABC e AIF são semelhantes pois IF // BC , de onde temos:
x+ y c−w x+ y b−z
= e =
a c a b
a' w a' z
= 1− = 1−
a c a b
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___ ____
Os triângulos ACB e GCD são semelhantes pois AB// GD , de donde temos:
b' x b' t
= 1− = 1−
b a b c
35) Sabendo que num triângulo ABC a altura relativa ao vértice A mede 12cm. e a
altura relativa ao vértice B mede 20cm, determine todos os valores possíveis para
a altura relativa ao vértice C.
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Vem que:
1 1 1 1 1 1
> − = − = , assim hc = 30. Agora, sabemos que: a + b > c
hc hb ha 20 12 30
2⋅S 2⋅S 2⋅S
a= ,b= e c= . Substituindo temos:
ha hb hc
1 1 1 1 1 1
+ > ⇒ + > ⇒ hc > 7,5
ha hb hc 12 20 hc
Resposta: 7,5cm < hc < 30 cm.
Você sabia…
Que há novos records de primos grandes descobertos em 2000?
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PROBLEMAS PROPOSTOS
36) Na figura abaixo o triângulo DEF tem área de medida S. Sabendo-se que o
triângulo DEF está inscrito num triângulo arbitrário ABC, mostre que as
medidas Si ( i = 1, 2, 3) das áreas dos outros triângulos formados satisfazem a
3
desigualdade S ≥ e que a igualdade ocorre se e só se os
1 1 1
+ +
S1 S 2 S 3
pontos DEF são os pontos médios dos lados do triângulo, ABC.
A
S1
F
E
S
S2
S3
B C
D
37) Cinco quadrados são dispostos conforme ilustra o diagrama abaixo. Mostre
que a medida da área do quadrado S é igual a medida da área do triângulo T.
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ii) os lados de qualquer triângulo com vértices entre os vértices do polígono são
coloridos usando no máximo 2 cores.
Prove que k ≤ 2.
Errata:
Eureka!No. 6, pág 40: O enunciado do problema 4 deve dizer:
Problema 4: Mostre que há infinitos naturais n tais que n2 + 1 divide n!, onde
n! = n ⋅ (n–1)..2⋅1 (por exemplo, 4! = 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 24).
Eureka! No. 6, pág 27: o segundo parágrafo está truncado. A versão correta é:
Determinar exatamente os valores de números de Ramsey clássicos R(a, b) é, em
geral, um problema computacionalmente muito difícil.
Os únicos valores de R(a, b) com 3 ≤ a ≤ b que são conhecidos são: R(3, 3) = 6,
R(3, 4) = 9, R(3, 5) = 14, R (3, 6) = 18, R(3, 7) = 23, R(3, 8) = 28, R (3, 9) = 36,
R(4, 4) = 18, e R(4, 5) = 25.
O único número Ramsey com mais de duas cores cujo valor é conhecido é
R(3, 3, 3) = 17.
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AGENDA OLÍMPICA
VI OLIMPÍADA DE MAIO
13 de maio de 2000
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COORDENADORES REGIONAIS
Amarisio da Silva Araújo (UFV) Viçosa - MG
Alberto Hassen Raad (UFJF) Juiz de Fora - MG
Angela Camargo (Centro de Educ.de Adultos - CEA) Blumenau - SC
Benedito T. Vasconcelos Freire (UFRN) Natal - RN
Claudio Arconcher (Col. Leonardo da Vinci) Jundiaí - SP
Claus Haetinger (UNIVATES) Lajeado - RS
Crescêncio das Neves (UFAM) Manaus-AM
Élio Mega (Col. ETAPA) São Paulo - SP
Enzo Marcom Takara (Col. Singular) Santo André - SP
Flávia Jerônimo Barbosa (UFPB Campus I) João Pessoa - PB
Florêncio F. Guimarães Filho (UFES) Vitória - ES
Francisco Dutenhefner (UFMG) Belo Horizonte - MG
Gisele de A. Prateado Gusmão (UFGO) Goiânia - GO
Ivanilde H. Fernandes Saad (U. Católica Dom Bosco) Campo Grande - MS
João Benício de Melo Neto (UFPI) Teresina - PI
João F. Melo Libonati (Grupo Educ. IDEAL) Belém - PA
Jorge Ferreira (UEM) Maringá - PR
José Carlos Pinto Leivas (UFRG) Rio Grande - RS
José Cloves Saraiva (UFMA) São Luis - MA
José Gaspar Ruas Filho (ICMC-USP) São Carlos - SP
José Luis Rosas Pinho (UFSC) Florianópolis - SC
José Paulo Carneiro (Univ. Santa Úrsula) Rio de Janeiro - RJ
José Vieira Alves (UFPB) Campina Grande - PB
Leonardo Matteo D'orio (Sistema Titular de Ensino)Belém - PA
Licio Hernandes Bezerra (UFSC) Florianópolis - SC
Luzinalva M. de Amorim (UFBA) Salvador - BA
Marcondes Cavalcante França (UF Ceará) Fortaleza - CE
Pablo Rodrigo Ganassim (L. Albert Einstein) Piracicaba - SP
Paulo H. Cruz Neiva de L. Jr. (Esc. Tec.Everardo Passos) SJ dos Campos - SP
Reinaldo Gen Ichiro Arakaki (INPE) SJ dos Campos - SP
Ricardo Amorim (Centro Educ. Logos) Nova Iguaçu - RJ
Roberto Vizeu Barros (Colégio ACAE) Volta Redonda - RJ
Sergio Claudio Ramos (IM-UFRGS) Porto Alegre - RS
Seme Gebara Neto (UFMG) Belo Horizonte - MG
Silvio de Barros Melo (UFPE) Recife - PE
Tadeu Ferreira Gomes (U. do Estado da Bahia) Juazeiro - BA
Tomás Menéndez Rodrigues (U. Federal de Rondonia) Porto Velho - RO
Valdenberg Araújo da Silva (U. Federal de Sergipe) São Cristovão - SE
Wagner Pereira Lopes (Esc. Tec. Fed. de Goiás) Jataí - GO
Waldemar M. Canalli (P.M. S. João de Meriti) S. João de Meriti - RJ
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