Gerenciamento de Ativos No Setor Logisti

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FACULDADE UNYLEYA

ANDRÉ LUIZ TAMEIRÃO CASTELO BRANCO DE ALMEIDA

GERENCIAMENTO DE ATIVOS NO SETOR LOGÍSTICO E UM COMPARATIVO


ENTRE O SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES

CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO - MG


2020
FACULDADE UNYLEYA
ANDRÉ LUIZ TAMEIRÃO CASTELO BRANCO DE ALMEIDA

GERENCIAMENTO DE ATIVOS NO SETOR LOGÍSTICO E UM COMPARATIVO


ENTRE O SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES

Artigo Científico apresentado à Faculdade


Unyleya, como requisito parcial para a conclusão
da cadeira de Gestão de Ativos pertencente ao
curso de pós graduação em Engenharia da
Confiabilidade.

CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO – MG


2016
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GERENCIAMENTO DE ATIVOS NO SETOR LOGÍSTICO E UM COMPARATIVO


ENTRE O SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES

André Luiz Tameirão Castelo Branco de Almeida

RESUMO

O gerenciamento de ativos desempenha um papel cada vez mais importante no


cenário econômico das organizações uma vez que seu principal objetivo é extrair
valor dos ativos e garantir a competitividade da organização. O setor de logística de
uma empresa tem sua importância na gestão de informações relevantes ao
processo de planejamento, execução e controle do fluxo e armazenagem de
produtos. Assim, o gerenciamento de ativos dentro do setor logístico é de extrema
importância para garantir a otimização do processo através do uso de ferramentas,
técnicas, normas e tecnologias que garantirão o sucesso e melhoria contínua das
atividades. Este artigo tem como objetivo realizar comparativos entre o setor
logístico e de telecomunicações, dentre estes, as tecnologias utilizadas e as maiores
diferenças existentes entre eles. Os resultados mostram que é evidente a
necessidade das organizações caminharem, cada vez mais, para um cenário onde o
gerenciamento de ativos aliado à utilização da tecnologia tenha um papel mais
participativo nos resultados e objetivos estratégicos.

Palavras-chave: Gestão de ativos. Logística. Telecomunicações. Organização.


RFID.

1. Introdução

O objetivo deste trabalho é demonstrar como se desenvolve o gerenciamento de


ativos dentro de um setor logístico de uma organização, exemplificando quais o
métodos e tecnologias utilizadas e realizar uma breve comparação com o
gerenciamento de ativos no setor de telecomunicações. Segundo ARBACHE (2011),
o uso da tecnologia atual proporciona maior integridade e velocidade na troca de
informações, o que otimiza diversas atividades na logística como, por exemplo,
identificar onde e quando os produtos deverão ser distribuídos, o que e quando
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estocar, localizar ativos móveis e quais locais necessitam de quê mix de produtos.
Será apresentado posteriormente um comparativo entre o setor logístico e o de
telecomunicações identificando quais tecnologias estão presentes nas atividades de
ambos e apontar as diferenças de quais não estão. É considerado o entendimento
das atividades e do gerenciamento de ativos do setor de telecomunicações neste
artigo.

2. Desenvolvimento

Os benefícios diretos alcançados com o acesso à informação são melhorias na


previsão das demandas, na coordenação estratégica entre os membros da cadeia e
na gestão dos estoques, assim como uma rápida reação às solicitações do mercado
e redução do lead time (Simchi-Levi, Kaminsky e Simchi-Levi, 2000).

Desta forma, de acordo com ARBACHE (2011, apud McKenna, 2002) o objetivo da
tecnologia, na realidade, é prover as empresas do principal insumo que é a
“informação”, porque, hoje, tudo que as pessoas tocam é absorvido por uma rede de
informações em que os dados são coletados, analisados e filtrados para,
posteriormente, se transformar em subsídio para ações de mercado.

As principais ferramentas ou tecnologias para gerenciamento de ativos no setor de


logística que serão abordados neste artigo são o código de barras, o RFID (Radio
Frequency Identification) e o ERP (Enterprise Resource Plannig).

Assim como na logística, no gerenciamento de ativos do setor de telecomunicações


os sistemas RFID e ERP são bastantes utilizados.

2.1 Código de Barras

O código de barras é muito usado para identificar produtos individualmente a fim de


rastreá-lo ao longo da cadeia e utilizar inúmeras operações de automação.

As organizações internacionais European Article Numbering (EAN) e o Uniform


Code Council (UCC) normatizam o uso do código de barras, possibilitando que cada
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código seja identificável, sem ambiguidade, em qualquer parte do globo. Fazem


parte deste padrão quatro estruturas de números:

• EAN/UCC-8 (8 números);
• EAN/UCC-13 (13 números);
• EAN/UCC-14 (14 números);
• UCC-12 (12 números).

Os dados do produto são, na verdade, armazenados em um banco de dados e


podem ser personalizados de acordo com a necessidade de cada cliente, sendo
extraídos após a passagem do código de barras pelo leitor óptico. Em um
supermercado, por exemplo, ao passar o produto pelo check-out, obtém-se seu
preço, como pode ser visto na figura 1.

 
Figura 1 - Leitura de dados no check-out
Fonte: Autor

2.2 RFID

A sigla RFID, do inglês Radio Frequency Identification (Identificação por Rádio


Frequência) são também denominadas etiquetas eletrônicas ou, ainda, smart tags
(etiquetas inteligentes) devido à capacidade de armazenar informações em um chip
instalado em sua estrutura (ARBACHE, p.84, 2011).  
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As etiquetas inteligentes podem ser implantadas, por exemplo, em paletes


provenientes de uma manufatura e conter informações como datas de validade,
origem, destino, tipos de produtos e quantidades consolidadas no palete. Como a
leitura é imediata, e com erros próximos de zero, há um incremento na velocidade
dos processos de recebimento, minimizando etapas na inserção do produto no
estoque, reduzindo custos e aumentando a agilidade.

Em uma cadeia de suprimentos integrada, as notas fiscais são pré cadastradas no


sistema de estoque e enviadas por meio eletrônico para conferência no recebimento
da carga. Com o uso de etiquetas inteligentes a conferência é automatizada,
minimizando ainda mais tempos e processos.

Figura 2 - Esquema funcionamento RFID em um armazém


Fonte: http://leonidasleandro.blogspot.com/2011/06/pc-sistemas-investe-r-24-mi-em-centro.html

2.3 ERP

Para que haja um gerenciamento completo dos ativos através do uso do código de
barras ou do RFID, é necessário um sistema de armazenamento de dados recebidos
por estas tecnologias e fornecer informações que irão ajudar a otimizar as atividades
da organização.

O Enterprise resource planning (ERP) ou planejamento de recursos empresariais


são pacotes de gestão empresarial que possibilitam a automação e a informatização
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integrada de uma organização, dando suporte ao gerenciamento dos negócios.

A tecnologia ERP tem como um de seus principais conceitos a implantação de uma


base de dados única, integrando os diversos módulos ou subsistemas desse pacote
de gestão.
De acordo com ARBACHE (2011) O ERP pode ser uma excelente fonte de
informações para otimizar processos logísticos. Fornece a demanda em tempo real,
por exemplo, de uma manufatura. Com isso, tornam-se viáveis as melhores
soluções para reabastecimento de uma empresa, melhorando o grau de
disponibilidade do insumo sem, no entanto, manter altos estoques. Podemos
integrar entrada de insumos e expedição dos produtos com o ERP, permitindo
melhor gerenciamento dos armazéns. Os inputs do centro de distribuição podem ser
feitos pelas tecnologias de código de barras ou radiofrequência, minimizando os
erros e aumentando a acurácia das informações.

Dentro de uma cadeia de suprimentos, ao integrar os diversos ERPs dos vários


fornecedores da cadeia produtiva com o varejo (figura 26), pode-se otimizar todo o
processo de abastecimento e suprimento, possibilitando uma redução nos custos
logísticos, diminuindo os estoques sem queda no nível de serviço.

Figura 3 - Integração da cadeia de logística


Fonte: Gestão de Logística Distribuição e Trade Marketing (p.100)

2.4 Outras Tecnologias

Além das tecnologias mencionadas acima, o setor de logística conta com várias
outras no auxilio tanto da gestão de ativos quanto da cadeia de suprimentos como
um todo
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• Warehouse management system (WMS) - Controle dos produtos em


estoque;
• Efficient consumer response (ECR) - Coordenação das trocas de
informações entre indústria e varejo;
• Vendor management inventory (VMI) - Previsão de demanda e controle do
inventário.

2.5 Comparativo

As semelhanças entre o gerenciamento de ativos do setor de telecomunicações e do


setor logístico é que o RIFD e o ERP estão presentes em ambos. Com a
necessidade de rastrear e monitorar ativos móveis e fixos ao mesmo tempo, a
tecnologia atende muito bem aos dois setores. O ERP é necessário para armazenar
estes dados e disponibilizá-los de uma forma que possam ser tratados e utilizados
para gerar e agregar valor ao negócio, atendendo ao objetivo do gerenciamento de
ativos que é fazer com que estes gerem riqueza através do desempenho de suas
funções.

As atividades de gerenciamento de logística ainda contam com outras tecnologias


que auxiliam toda uma cada que pode ser mais complexa e variada do que o de
setor de telecomunicações, desta forma o uso da tecnologia de código de barras
presente na logística é apontada como uma diferença entre o setor de
telecomunicações. Além disso, o código de barras é muito mais barato do que o
RFID.

Além disso, por ter um fluxo de estoque mais volátil e mais variado do que o setor de
telecomunicações, o setor de logística conta com tecnologias como a WMS -
Sistema de Gerenciamento de Armazém, que controla os produtos em estoque e o
VMI, que gerencia e controla o inventário.

Por fim, a logística, diferentemente do setor de telecomunicações também conta


com um sistema de resposta eficiente ao consumidor (ECR) que coordena as trocas
de informações entre o varejo e a indústria.
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3. Conclusão

Diante do exposto, conclui-se que um bom gerenciamento de ativos de uma


empresa ou de um sector deve contar, além de uma estrutura física bem organizada
e planejada, com sistemas tecnológicos adequados para auxiliar, otimizar e
organizar as informações referente ao gerenciamento dos ativos. Há diversos tipos
de tecnologias diferentes no mercado, algumas delas direcionadas especificamente
para um tipo de negócio, e outras que estão disponíveis e atendem a diferente tipos
de organizações. Cabe os responsáveis identificar qual atenderá melhor as
expectativas do negócio.

Por fim, fica claro que o uso de tecnologias para o gerenciamento de ativos
torna-se essencial nos dias atuais frente às demandas e evolução do mercado, o
valor agregado aos ativos e o retorno que estes geram para a organização.
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REFERÊNCIAS

ABRAMAN. Página eletrônica: <http://www.abraman.org.br/>. Acesso em 22 mai.


2020.

ARBACHE, Fernando. Gestão de Logística, Distribuição e Trade Marketing. 4ª.


ed. Rio de Janeiro: FGV, 2011. 167 p.

BALLOU, Ronald H. Business logistics management: planning, organizing, and


controlling the supply chain. 4. ed. New York: McGraw-Hill, 1993.

McKENNA, Regis. Acesso total: o novo conceito de marketing de atendimento.


Rio de Janeiro: Campus, 2002.

SIMCHI-LEVI, David; KAMINSKY, Philip; SIMCHI-LEVI, Edith. Designing and


managing the supply chain. New York: McGraw-Hill, 2000.

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