Elementos Da Física Vol. 2
Elementos Da Física Vol. 2
Elementos Da Física Vol. 2
I.
das provas discursivas de física do IME de 1980 a 2015. Na verdade, o autor deste livro sempre ouviu
que seus alunos gostavam mais de suas aulas de física do que de matemática. Sabe quando você tem
paiXào por uma coisa, mas seu dom é pra outra coisa? É mais ou menos por aí.
Marcelo Rufino
Abril de 2018
J
)
i-
T
índice
1. Vetores 1
Segmentos Orientados 1
Vetores 2
2. Introdução à Cinemática 13
Conceitos Fundamentais 13
Posição 13
Vetor Posição 15
Vetor Deslocamento e Deslocamento Escalar 15
Distância Percorrida ou Espaço Percorrido 17
Unidades de Espaço 17
Velocidade Média 18
Unidades de Velocidade 19
Velocidade Instantânea 20
Velocidade Relativa 22
Composição de Movimentos 25
Classificação do Movimento Quanto à Velocidade 26
Movimento Uniforme 27
Exercícios Resolvidos 29
Exercícios Propostos 35
4. Cinemática: Lançamentos 86
Conceitos Fundamentais . . 86
Queda Livre 86
Lançamento Vertical Descendente 87
Lançamento Vertical Ascendente . 87
Lançamento Horizontal 89
C
Lançamento Oblíquo . . 91
Parábola de Segurança 96
Exercícios Resolvidos . 102
Exercícios Propostos 110
6. Estática 161
Conceito de Equilíbrio............. 161
Equilíbrio de Translação......... 163
Equilíbrio de Rotação............... 165
Condições Gerais de Equilíbrio 171
Tombamento............................. 172
Treliças Planas.......................... 173
Princípio dos Trabalhos Virtuais 175
Exercícios Resolvidos............. 177
Exercícios Propostos 191
7. Gravitação............. 223
Introdução............... 223
Modelo Geocêntrico 223
Modelo Heliocêntrico 226
Leis de Kepler . 231
Lei da Atração Universal 232
Momento Angular........... 234
Aceleração Gravitacional 236
Movimento das Marés.................... 239
Energia Potencial Gravitacional . . . 243
Casca Esférica................................. 244
Conservação da Energia Mecânica 247
Órbita Circular................................. 248
Efeito Estilingue Gravitacional 251
Órbita Elíptica.......................... 254
Coordenadas Polares........... 259
Exercícios Resolvidos 261
Exercícios Propostos 269
8. Hidrostática 296
Introdução................................................................................ 296
Densidade e Massa Específica............................................ 296
Pressão .................................................................................... 297
Variação da Pressão com a Profundidade em um Líquido 298
Princípio de Pascal................................................................ 299
O Princípio de Arquimedes................................................... 307
Translação de Fluidos.......................................................... 310
Exercícios Resolvidos . 313
Exercícios Propostos 331
9. Hidrodinâmica 364
Fluxo de Fluido 364
Equação da Continuidade 364
Equação de Bernoulli . . . . 365
Exercícios Resolvidos . . . 370
VETORES
SEGMENTOS ORIENTADOS
Afirma-se que um seguimento é nulo quando sua origem coincide com sua extremidade (A
= B). Dado um segmento AB, segue que o segmento BA é o seu oposto.
A A
B
Dados dois segmentos orientados AB e CD, como os mostrados na figura seguinte,
dizemos que eles têm a mesma direção quando os segmentos AB e CD são paralelos ou
coincidentes. Com relação ao seu sentido, dizemos que dois segmentos possuem o mesmo
sentido quando, além de terem a mesma direção possuem a mesma orientação. Quando a
orientação é oposta, dizemos que os segmentos são opostos.
A D
c
Dizemos que dois segmentos sâo equipolentes quando eles possuem o mesmo
comprimento, a mesma direção e o mesmo sentido.
A D
B C
1
ELEMENTOS DA FÍSICA
VETORES
Chama-se de vetor ao segmento de reta orientado que possui sua origem em um ponto e
extremidade em outro. Na figura, o segmento AB é chamado de vetor AB e indicado por AB .
Sejam ü e v dois vetores quaisquer. A soma de ü com v é o vetor ü + v que pode ser
determinado da seguinte maneira: escolhemos representantes AB e BC dos vetores ü e v . O
vetor soma é representado pela flecha que possui origem no ponto A e extremidade no ponto C,
como mostra a figura:
C
U +V
V
u
A u B
A soma coincide com a diagonal do paralelogramo determinado por ü e v, quando estes
vetores são posicionados com o mesmo ponto inicial. Veja:
u U +V
ü
V
Assim fica evidente que ü + v = v + ü.
Vejamos agora algumas definições:
(i) Existe um só vetor nulo 0 tal que, v + 0 = 0 + v = v. O vetor nulo tem módulo zero e direção e
sentido indeterminados.
(ii) Qualquer que seja o vetor v , existe um só vetor -v (vetor oposto de v) tal que v + (-v) = 0.
(iii) A diferença dos vetores ü e v é o vetor ü + (-v).
2
IELEMENTOS DA FÍSICA
-V
n + (-v) /
\ /u
-2v
-1,5v -*
y P
v i
V o x +x
3
r~TELEMENTOS DA FÍSICA
Dois vetores são iguais se as respectivas componentes são iguais. Assim, se os vetores
ü= (x,, y,, z,)e v = (x2, y2, z2) são iguais se e somente se x, = x2, y, = y2 e z, = z2.
z.
Caso o vetor v = (x, y, z) seja dado no
espaço, seu módulo é calculado observando que
|v| é a diagonal de um paralelepípedo de
dimensões x, y e z, conforme ilustrado na figura
A ao lado. Desta forma, o módulo de v=(x, y, z)
V vale:
X L I v 1= 7x2 + y2 + z2
4
£
ELEMENTOS DA FÍSICA
Sendo u = (x1f y,) e v = (x2, y2), define-se a soma entre os vetores u e v como:
p p
y2 D
u+v
V
B LG
*1 Vi
u _i----------- x
+x
o x2F Xi xd + x2 o Vx2
Como OAPB é paralelogramo, tem-se que os triângulos OAF e BPG, da figura 1, são
congruentes, por LAA0. Assim, OF = BG e então a abscissa de P é Xi + x2. Analogamente, tem-
se que os triângulos ADP e OEB, da figura 2, são congruentes, por LAAO e assim, PD = BE e
então a ordenada de P é y2 + y-i. Assim, as coordenadas de P são (x2 + Xi, y2 + yi).
Tudo que foi apresentado para a soma de dois vetores em um plano é válido para a soma
de dois vetores no espaço. Isto ocorre pois dois vetores não paralelos determinam um único plano.
A demonstração deste fato é bem simples. Faça coincidir a origem O dos vetores com a origem
dos sistema de eixos tridimensionais. O ponto O e os extremos A e B dos vetores v e ü
determinam um único plano, que é o plano que contém o triângulo OAB. Assim, somando os
vetores u= (x1f y,, z-i) e v = (x2, y2, z2) encontra-se u + v= (x4 + x2, y! + y2, z-, + z2)
Considere a figura anterior, onde 0 = ZAÔB é o ângulo formado pelos vetores v = OAe
ü = OB . Como AOBP é um paralelogramo, sabe-se que ZOÂP = 180° - 0. Aplicando o lei dos
cossenos em AOAP:
5
SÜKitaMii
ELEMENTOS DA FÍSICA
Sendo u = (xn, yi, z,)ek e IR, a multiplicação de um vetor por um escalar é definido por:
A definição algébrica do produto por escalar dada acima concorda com a definição
geométrica vista anteriormente. O módulo de v = (k.x,, k.yi, k.z,) é dado por:
| v | = >/(k-x1)2 + (k.y1)2+(k.z1)2 = 7k2(x,2 + y,2 + z2) = |k|7x,2 + y/ + zf = | k || ü|
Suponha que os pontos A e B são dados por A(2, - 7, 5) e B(0, 4, - 6). Assim, o vetor AB
édado por ÃB = B-A = (0, 4, -6)-(2, -7, 5) = (0 -2, 4 - (-7), -6 - 5) = (-2, 11, - 11).
É possível associar um vetor de módulo unitário a cada eixo. O vetor unitário 7 será
associado ao eixo x e o vetor unitário j ao eixo unitário ao eixo y, conforme figura abaixo:
1..
j
O"t T ->
X
O par ordenado de vetores unitários (i, j) constitui uma base do plano R2, ou seja, base do
plano cartesiano Oxy. Verifica-se que um vetor ü = (x, y), pode ser escrito univocamente como:
ü = x.i + y.j
6
r ELEMENTOS DA FÍSICA
Zf
z
“71
Z I
I P(x.y.z)
PzZ I
r— I
I
I I
i
1
I U I
l I
i k I
l I
—k
l
j Y
I i
i
5<
O terno de vetores unitários (i , j , k), será a base do espaço R3. O módulo do vetor
ü = x.i + y.j +z.k será dado por:
| ü |= 7x2 + y2 + z2
Sejam ü = (xi, y1f e v = (x2, y2, z2) dois vetores, que formam um ângulo 0. Define-se o
produto escalar de ü por v , que é simbolizado por ü.v como sendo o escalar (número real)
Ü.V =| Ü I. I V I .COS©
Observe que esse produto é simbolizado por um ponto. Não é permitido utilizar o sinal x,
pois este será utilizado para outro tipo de produto. Para obter o produto escalar em função das
coordenadas dos vetores, multipliquemos inicialmente os vetores unitários:
Caso sejam conhecidas todas as componentes de dois vetores ü(xv y^ z^ e v(x2, y2, z2),
é mais eficiente calcular produto escalar pela expressão ü.v = x,x2 + y,y2 + z,z2 do que pela
definição ü.v =|ü|.| v|.cos0, que é mais utilizada para determinar o valor de cos 0. A propósito,
7
ELEMENTOS DA FÍSICA
pela definição ü.v =| u |. | v | .cos0, é fácil verificar que se ü e v são dois vetores perpendiculares,
o produto escalar é nulo, pois cos 90° = 0.
Por exemplo, considere os vetores ü(2, -4, 3) e v(-1, -2,-4). O produto escalar destes
vetores vale:
ü.v=0 (1).(-3) + (-2).k + (7).(-5) = 0 => -3-2k-35 = 0 => 2k = -38 => k = -19
O ângulo entre dois vetores pode ser calculado a partir do produto escalar entre estes dois
vetores. Isolando cos 0 na expressão do produto escalar segue que:
ü.v
COS0 =
|ü|.|v|
Por exemplo, pode-se determinar o valor de k de modo que o vetor v = (-1, -1,-2) forme
um ângulo de 60° com o vetor ü = (k, - 4, - 2):
COS0 =
ü.v
=> cos 60° =
(k)-(-1) + (-4).(-1) + (-2),(-2) 2 -k + 4 + 4
IüI•Iv| 7k2 + (~4)2 + (-2)2 .V(-1)2 + (-1)2 + (-2)2 22 Vk2 +20.V6
Vôk2 +120 =2(8-k) => 6k2 + 120 = 4(64 - 18k + k2) => 3k2 + 60 = 128 - 32k + 2k2 =
k2 + 32k - 68 = 0 => (k + 34)(k -2) = 0 => k = -34ouk = 2
Como - 1 < cos 0 < 1 segue que -1 u |. | v |< ü.v <| ü |. | v |. A igualdade ocorre apenas
quando 0 = 0, caso em que ü.v =| ü |. | v |, ou 0 = 180°, situação em que ü.v = -1 ü |. | v |.
8
ELEMENTOS DA FÍSICA
PRODUTO VETORIAL
O produto vetorial é uma multiplicação entre dois vetores, onde o resultado será também
um vetor. A simbolização do produto vetorial de 0 por v é üx v ou ü a v.
Os sinais x ou a são usados para o produto vetorial e não podem ser substituído pelo ponto
(.) que é usado apenas para o produto escalar.
O Produto vetorial üxv é definido como sendo um vetor que apresenta as seguintes
características:
Üx V
Os dedos indicador, médio e polegar devem estar esticados como indicado na figura, com
o dedo médio perpendicular à palma da mão e o polegar apontado para cima. O primeiro vetor ü
do produto vetorial é apontado com o dedo indicador e o segundo vetor v é apontado com o dedo
médio. O produto ü x v é apontado com o polegar.
O produto vetorial pode ser calculado a partir das coordenadas dos mesmos. Para isso,
inicialmente deve-se determinar os produtos de todos os pares de vetores unitários T, j e k,
utilizando a expressão üxv=|ü|.|v|.senO e lembrando que o ângulo formado entre 7 e j, j e
k e i e k é 90° e o ângulo entre i e 7, j em j e k e k é 0o.
9
ELEMENTOS DA FÍSICA
O resultado encontrado para üxv, em função das componentes dos vetores pode ser
interpretado como o determinante de uma matriz 3x3 onde os elementos da 1a linha são os
vetores unitários em cada eixo, os elementos da 2a linha são as componentes de ü e os
elementos da 3a linha são as componentes de v :
í j k
üxv = (y1z2-y2z1)i+(x2z1-x1z2)j+(x1y2-x2y1)k= x, y, Z1
x2 y2 Z2
T j k
üxv = -1 3 2 =-67 + 2j-5k-3k-10T-2j =-16T + 0j-8k
1 5 -2
S = basexaltura => S =| AB | .h
h
Do triângulo AMD, segue que h=|AD|.senO .
e Deste modo, tem-se que:
A B
M S =| AB |. | AD |. sen 0 =| AB x AD |
T j k
üxv = 2 1 -1 = aT-j-2k-k —T-2aj =(a-1)T-(2a + 1)j-3k
1 a
10
ELEMENTOS DA FÍSICA
PRODUTO MISTO
X! Yi Z1
ü.(vxw) = x2 y2 z2
X3 y3 Z3
|Ü.(VXW)|=|Ü|.|VXW|.COS0,
^paralelepípedo | U. (V X W ) |
11
ELEMENTOS DA FÍSICA
-7
Tome três vetores ü, v e w no espaço
de modo que as origens coincidem no mesmo
ponto. Repare que esta configuração sempre é
possível. A origem comum e as três
extremidades dos vetores formam um tetraedro,
conforme indicado na figura. O volume deste
tetraedro é igual à um sexto do volume do
paralelepípedo formado pelos vetores ü, v e w .
Assim:
V |ü.(vx w)|
^tetraedro
6
Por exemplo, considere no espaço os pontos A(2,1, 3), B(2, 7, 4), C(3, 2, 3) e D(1, - 2, 3).
Deseja-se calcular o volume do tetraedro que possui A, B, C e D como vértices. Tomando A como
origem, os vetores definidos pelos pontos são AB = (0, 6,1), AC = (1,1, 0) e AD = (-1, -3, 0). O
IAB (AC x AD) I
volume do tetraedro ABCD é dado por Vtetraedro =------------------- — . Calculando o produto misto:
6
0 6 1
ÃB.(ÃCxÃD) = 1 1 0 = 0 + 0 - 3 +1 + 0 + 0 -2
-3 0
|AB.(ACxAD)| |-2|_1
vtetraedro g 6 3
12
ELEMENTOS DA FÍSICA
INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
A cinemática é a área da Física que estuda o movimento dos corpos, sem interesse nas
causas que levaram ao movimento dos corpos. Existe um especial interesse em determinar o que
será futuramente definida como função horária do espaço, que nada mais é do que a dependência
que existe entre a posição do elemento e a grandeza tempo.
POSIÇÃO
Referencial Unidimensional
|sada| |chegada|
+o x 100 m
Referencial Bidimensional
O referencial bidimensional deve ser adotado quando a trajetória do corpo está contida
totalmente em um plano. O referencial bidimensional é formado por dois eixos orientados
perpendiculares, tradicionalmente denominados de eixo x e eixo y. . Assim, as coordenadas de
cada elemento, em um instante qualquer do movimento, é dado por um par ordenado da forma
P(a, b), onde a é a coordenada x do ponto P e b é a coordenada y do ponto P. A origem do
referencial é a interseção destes dois eixos. Apesar de não ser obrigatório, é normal adotar a
origem do referencial como sendo o único ponto do plano que possui coordenadas
simultaneamente nulas, ou seja, o ponto 0(0, 0).
No exemplo seguinte, um corpo está preso a uma corda, cuja outra extremidade está presa
em um ponto do plano. O corpo então movimenta-se ao longo de uma trajetória circular. Como
toda circunferência está contida em um plano, pode-se adotar um sistema bidimensional xy para
determinar as coordenadas do corpo em qualquer instante de seu movimento. Por simplicidade, a
origem do referencial, ponto 0(0, 0) deve ser colocada no centro da circunferência que é a
trajetória do corpo.
13
ELEMENTOS DA FÍSICA
y-1
. P
,'"b
o a x
Note que, para o exemplo citado, a orientação de cada eixo é irrelevante, uma vez que o
corpo percorrerá coordenadas positivas, negativas e nulas, nos dois eixos, ao percorrer toda a
circunferência. Quando a orientação é irrelevante, o padrão é adotar o eixo x horizontal com
valores crescentes da esquerda para a direita e o eixo y vertical com valores crescentes de baixo
para cima.
Referencial Tridimensional
Quando a trajetória do corpo não está contida em uma reta ou em um plano é necessário
utilizar um referencial tridimensional para identificar a posição do corpo. São adotados três eixos,
normalmente denominados x, y e z, perpendiculares entre si, conforme a figura abaixo. As
coordenadas de cada ponto P são determinadas pelas projeções de P sobre os planos xy, xz e yz.
Assim, cada ponto P é identificado da forma P(xP, yP, zP), onde Xp é a coordenada x do ponto P, yP
é a coordenada y do ponto P e zP é a coordenada z do ponto P.
y-
yp
O xP X
zP;
z
14
ELEMENTOS DA FÍSICA
VETOR POSIÇÃO
Em cada instante a posição de uma partícula pode ser dada pelas suas coordenadas
cartesianas a, b e c, ou através do vetor posição, r , cuja origem coincide com a origem do
referencial e cuja extremidade coincide com a posição da partícula. O vetor posição de um ponto
P(a, b, c) pode ser escrito em função das componentes escalares e dos respectivos versores
segundo os eixos x, y e z da forma f = a.T + b. j + c.k . Neste caso, afirma-se que a é a componente
de r no eixo x, b é a componente de r no eixo y e c é a componente de f no eixo z.
Zf
c_
“71
' I P(a, b, c)
I
(■---------------------------
P/ I
1
I I
i I
r I
I I
I I
i k I
I I
I üj' +-T i
z^b
I J i Y
i
I
a
As = sf - s0
Para entender melhor a diferença entre vetor deslocamento (ou deslocamento vetorial) e
deslocamento escalar, considere o movimento de um automóvel ao longo de uma estrada não
retilinea, conforme a figura abaixo.
15
r ELEMENTOS DA FÍSICA
Com relação ao deslocamento escalar é necessário destacar o que ocorre quando o móvel
inverte o sentido de seu movimento.
30 km 20 km
*
A B 0
Note, pelo exemplo anterior, que o deslocamento escalar pode assumir valor positivo
(quando sf > s0), negativo (quando Sf < s0) ou nulo (quando sf = s0). Com relação ao deslocamento
escalar nulo, é necessário destacar que ele ocorre somente quando a posição inicial coincide com
a posição final e, em algum momento, o móvel inverte o sentido de seu movimento. Caso um
móvel percorra um circuito fechado, ao passar novamente pela posição inicial o deslocamento
escalar será igual ao comprimento da trajetória, como pode ser evidenciado na figura abaixo.
li
//
A í
-4—
Sf So
i
16
F ELEMENTOS DA FÍSICA
1 m
I I T T T I 1 T I T I
A B c D E F G H I J K L
-3 -2 O 1 2 3 4 5 6 7 8
Perceba que existe uma sensível diferença entre a distância percorrida e o deslocamento
escalar para este movimento. O deslocamento escalar leva em consideração apenas o espaço
inicial e final:
UNIDADES DE ESPAÇO
Em alguns casos medir o espaço em metros não é prático. Por exemplo, a distância em
linha reta entre Belém e Brasília é 1.469.960 m. Neste caso, é adequado adotar um múltiplo do
metro, que é quilômetro, onde 1 km = 1000 m. Deste modo, a distância entre Belém e Brasília
pode ser escrita como sendo 1.469,96 km.
Por outro lado, distâncias muito menores que um metro devem ser descritas usando os
submúltiplos centímetro (cm) ou milímetro (mm). Por exemplo, é mais prático afirmar que a largura
de um celular é 5 cm do que 0,05 m. Para feitos de conversão, tem-se que 1 cm = 0,01 m e 1 mm
= 0,001 m.
Nos Estados Unidos uma unidade muito utilizada é a a milha. Tem-se que 1 milha
corresponde a, aproximadamente, 1,609 metros. A polegada é uma unidade de comprimento
muito usada em países como a Inglaterra, e sua medição possui uma relação com o centímetro,
de forma que 1 polegada corresponde a 2,54 centímetros. Na aviação verifica-se uma unidade
usada na determinação de altura, o pé. Quando um avião precisa informar a sua altura ele utiliza
essa unidade comunicando aos passageiros e informando a torre de comando a sua altitude
correta. Por exemplo, um avião que se encontra a 10.000 pés de altitude está a 304.800 cm, que
corresponde a 3048 metros. Dizemos que 1 pé corresponde a 30,48 centímetros.
17
ELEMENTOS DA FÍSICA
VELOCIDADE MÉDIA
Vitória da
Conquista Ilhéus
GOIÁS (B)
Brà/ília
Porto Segur-
Goiânia
o
Uberlândia
ESPÍRITO
SANTO
Belo Horizonte
oo f
Belim Vitória
São José do
Rio Preto
Ribeirí Pretl
>ARANÁ
Suponha que em um determinado referencial, São Paulo seja representada pela posição
inicial A e Brasília pela posição final B. Assim, rAB é o vetor que liga as posições A e B, também
denominado de vetor deslocamento. Pelo mapa, fica bem claro que o módulo do deslocamento
vetorial é de | rAB | = 873 km, enquanto que o deslocamento escalar (que neste caso coincide com
a distância percorrida) é de As = 1005 km.
*AB
vm
At
18
ELEMENTOS DA FÍSICA
As
vm
At
Deste modo, para a viagem de São Paulo a Brasília, a velocidade média escalar foi de
As 1005 ..
vm — =------- = 83,75 km / h .
At 12
O resultado vm >| vm | já era esperado, uma vez que em qualquer movimento o espaço
escalar apresenta módulo maior ou igual à variação do vetor posição.
UNIDADES DE VELOCIDADE
. m . 10'3km 3600 km „ „ km
1 —=1 103 ”h~
= 3,6—
s -U
3600
h
Esquematicamente:
km/h m/s
Outras unidades de velocidade, não pertencentes ao SI, são utilizadas em alguns países
ou áreas específicas. Nos Estados Unidos e na Inglaterra a indicação da velocidade nos
velocímetros dos automóveis é em milhas por hora (mph), cuja equivalência para km/h é:
1 nó = 1,852 km/h.
19
ELEMENTOS DA FÍSICA
VELOCIDADE INSTANTÂNEA
Este tipo de limite é a definição de derivada da função que está no numerador em função
da variável que está no denominador. Logo, pode-se afirmar que a velocidade instantânea é
derivada do espaço s(t) no tempo t:
d[s(t)]
vlnst(t) -
dt
20
ELEMENTOS DA FÍSICA
A partir de agora, neste livro, a velocidade instantânea será designada apenas por v,
bastando apenas indicar o instante em que a velocidade deve ser calculada.
d[s(t)]
v(t)
dt
A expressão da velocidade instantânea, que até agora foi escrita apenas na forma escalar,
também pode ser escrita de forma vetorial:
d[r(t)]
v(t)
dt
v(t)==d(xT+yi++éz ]+—k
1 ' dt dt dt dt J dt
Por exemplo, suponha que o vetor posição é dado em função do tempo t pela expressão:
r(t) = (2t2 -1)7 + (5t4 - 2t3 +12 - 8t +10)j + (-6t3 -12 +10t + 9).k (SI)
■MM
21
ELEMENTOS DA FÍSICA
VELOCIDADE RELATIVA
Movimento Unidimensional
Considere a situação em que uma pessoa A está sentada a beira de uma estrada, em um
trecho retilíneo, observando os carros se movimentando. A observa o movimento de dois carros, B
e C, que se movimentam nessa estrada em sentidos contrários.
I x
A
vc C
vB Vc
B
Como o observador A está sentado, afirma-se que A é solidário ao solo, ou seja, não se
movimenta com relação ao solo. Deste modo, a pessoa A e o solo medem as mesmas
velocidades de qualquer móvel, incluindo os carros na estrada. Portanto, um referencial x solidário
ao solo e com origem em A mede velocidade vB para B e velocidade vc para C, as mesmas
velocidades indicadas pelos velocímetros dos carros, que é a velocidade dos carros em relação
ao solo no instante considerado. Devido ao movimento de aproximação, B tem a impressão que a
velocidade de C possui módulo maior que | vc |. Isso ocorre porque os referenciais x e x' medem
velocidades diferentes de qualquer móvel.
No item sobre velocidade instantânea verificou-se que se At tende a zero pode-se
considerar que a velocidade é constante nesse pequeno intervalo de tempo. Desta forma, em um
certo intervalo de tempo At infinitesimal, o carro B percorre uma distância | vB | .At e o carro C
percorre uma distância | vc | .At. Como os carros se movimentam em sentidos contrários, a
distância entre B e C diminuiu em AsBC =| vB |.At+|vc |.At. É exatamente essa distância que o
carro B mede que o carro C andou no intervalo At. Assim, o referencial x', orientado conforme a
figura, que se movimenta ao longo da estrada com velocidade vB , medirá que a velocidade de C
vale:
O sinal negativo é devido à orientação do eixo x', que é da esquerda para a direita,
enquanto que o carro C se desloca em sentido dos valores negativos de x'.
É assim que se determina a velocidade relativa entre dois móveis que não estão em
repouso. Adota-se a posição de um dos móveis, digamos B, como origem e a velocidade do
referencial x' sendo igual à velocidade do móvel B. A velocidade relativa entre B e C é igual ao
módulo da velocidade v'c que o referencial x' mede de C.
Portanto, a velocidade relativa entre dois móveis que se movem ao longo de uma mesma
reta em sentidos contrários é igual à soma dos módulos das velocidades.
Note que o mesmo resultado seria encontrado se fosse adotado um eixo x" que tivesse
como origem o carro C, com orientação da esquerda para a direita e se movimentasse com
velocidade vc. A velocidade que x" mediria de B seria:
22
87~............. . -......
ELEMENTOS DA FÍSICA
A velocidade relativa entre os móveis B e C também pode ser definida como o módulo da
velocidade que o eixo x" mede do móvel B:
vbc=|v"b H vb | + | vc I
c vc
vB
B
vB x’
—►
vB Vc
B C
Assim, a velocidade relativa entre dois móveis que se movem ao longo de uma mesma
reta no mesmo sentido é igual ao módulo da subtração dos módulos das velocidades.
23
ELEMENTOS DA FÍSICA
P
\
f
z‘ ? \
r'
' o O
O'
y’
Como os eixos não possuem movimento de rotação, as derivadas acima são interpretadas
como as velocidades de translação:
Desta forma, a velocidade relativa entre dois móveis, medida por um referencial estático, é
a subtração vetorial de suas velocidades. Portanto, se os móveis A e B se movimentam no espaço,
com posições medidas em relação a um referencial estático Oxyz, a velocidade relativa entre os
móveis A e B é dada por:
^AB = vA -vB
Note que este resultado concorda com a análise realizada sobre a velocidade relativa em
movimento unidimensional, uma vez que se dois vetores possuem mesma direção e sentido (caso
de móveis se aproximando) o módulo do vetor subtração é a subtração dos módulo, enquanto se
os vetores possuem mesma direção e sentidos opostos (caso de móveis se afastando) o módulo
da subtração dos vetores é a soma dos módulos.
24
ELEMENTOS DA FÍSICA
COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS
V M
v avião
9/
Vr - Vavião 9" V vento
25
ELEMENTOS DA FÍSICA
Movimento Progressivo
Um movimento é classificado como progressivo quando o móvel se movimenta no mesmo
sentido da orientação da trajetória. No exemplo abaixo, a motocicleta percorre a estrada no
mesmo sentido do crescimento da quilometragem.
km km
33 34
Movimento Retrógrado
Um movimento é classificado como retrógrado quando o móvel se movimenta no sentido
contrário da orientação da trajetória. No exemplo abaixo, a motocicleta percorre a estrada no
sentido inverso ao do crescimento da quilometragem.
km km
20 21
vy V
>
Vx X
26
ELEMENTOS DA FÍSICA
MOVIMENTO UNIFORME
Determinar uma equação horária é expressar uma variável em função do tempo. Podem
até surgir outras grandezas físicas na expressão, desde que sejam constantes. No caso da
equação horária do espaço, a posição s do móvel será determinada em função da variável tempo t.
Suponha que o móvel parta da posição inicial s0 com uma velocidade escalar constante v.
Pelo fato da velocidade escalar ser constante, então a velocidade média é igual à velocidade
escalar:
V V
So S
As s-s0
vm V = s = s0 + v.t
ÃF t
Observações:
1) A grandeza velocidade escalar deve ser substituída na equação horária do espaço levando em
consideração seu sinal. No exemplo da figura acima o móvel está se movimentando no mesmo
sentido da orientação do eixo, ou seja, o movimento é progressivo e portanto v > 0. Entretanto,
caso o móvel estivesse se movimentando no sentido contrário ao da orientação do eixo o
movimento seria classificado de retrógrado e v < 0.
2) Se o móvel iniciar seu movimento a partir da origem tem-se s0 = 0.
3) As unidades de todas as grandezas devem substituídas da equação dentro de um mesmo
sistema de unidades. Assim, se a velocidade for dada em metros por segundo, o espaço será
medido em metros e o tempo em segundos. Caso a velocidade seja medida em quilômetros por
hora o espaço será medido em quilômetros e o tempo em horas.
4) A equação s = s0 + v.t é válida para qualquer trajetória, bastando que o movimento seja
uniforme.
MU bi ou tridimensional
r = r0 + v.t
27
ELEMENTOS DA FÍSICA
Gráficos do MU
Gráfico s x t:
Como s = s0 + vt segue que o gráfico de s x t é uma reta, cuja inclinação depende do sinal
de v. Além disso, o ponto onde a reta intercepta o eixo s é a posição inicial s0 do móvel.
s s s
So So
e
So
0 *t 0 *t
0
Caso os eixos sejam feitos na mesma escala, ou seja, uma unidade de comprimento
possua a mesma medida no gráfico que uma unidade de tempo, a tangente da inclinação 0 da
reta com a horizontal (explicitado no 1a gráfico) é igual à velocidade escalar v: tg 0 = v.
Gráfico v x t
Como a velocidade escalar é constante no MU, o gráfico da dependência da velocidade
pelo tempo é uma reta horizontal.
v
0 *t
Gráfico v x t do MU
v
Em um gráfico velocidade versus tempo,
V independentemente se o movimento é uniforme ou não, a área
compreendida entre a linha do gráfico e o eixo do tempo é
numericamente igual ao deslocamento do móvel, Essa
informação será demonstrada no próximo capítulo, mais
especificamente no item sobre movimentos não uniformes.
*t
0 ti t2
A = As
28
L
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER2) (Fuvest-16) Um veículo viaja entre dois povoados da Serra da Mantiqueira, percorrendo a
primeira terça parte do trajeto à velocidade média de 60 km/h, a terça parte seguinte a 40 km/h e o
restante do percurso a 20 km/h. O valor que melhor aproxima a velocidade média do veículo
nessa viagem, em km/h, é
a) 32,5 b) 35 c) 37,5 d) 40 e) 42,5
Solução: Alternativa A
Suponha que a distância entre os dois povoados é 3x. Assim, o tempo decorrido para preencher
cada terço do trajeto vale:
.. . x . x .... x x
"'■-í; ’ *’-6õ ii) t2 ^2 iii) t3= — t3 = —
40 V3 3 20
Logo, a velocidade média nessa viagem vale:
3x 3/ _____ 3 3
Vm — = 32,72 km/h
ti + t2+t3 X + X + 2Í 11 • 11 1 2+3+6 11
60 40 20
60 + 40
40 + 20 120
ER3) (ITA-85) Um ônibus parte do Rio de Janeiro para Curitiba às 7 horas da manhã; às 12 horas
parte outro ônibus de Curitiba para o Rio. Percorrem os 720 km entre as duas cidades em 12
horas. A hora e a distância do Rio de Janeiro que os ônibus se encontram, são, respectivamente:
a) 08h30 min e 220 km. b) 15h30 mine 220 km. c) 08h30 min e 510 km.
d) 15h30 min e 510 km. e) 15h30 min e 498 km.
Solução: Alternativa D
Rio de
Janeiro Curitiba
V,
GMV —► X
->
720 km
29
r ELEMENTOS DA FÍSICA
ER4) (ITA-09) Um barco leva 10 horas para subir e 4 horas para descer um mesmo trecho do rio
Amazonas, mantendo constante o módulo de sua velocidade em relação à água. Quanto tempo o
barco leva para descer esse trecho com os motores desligados?
a) 14 horas e 30 minutos.
b) 13 horas e 20 minutos.
c) 7 horas e 20 minutos.
d) 10 horas.
a) Não é possível resolver porque não foi dada a distância percorrida pelo barco.
Solução: Alternativa B
Sejam vb a velocidade do barco em relação a água e v,a velocidade da correnteza do rio.
Assim, pode-se afirmar que:
Subida: L = (vb — vr).t.
Descida: L = (vb + vr).t2
Motor desligado: L = vr.t3
L L
Logo: -—- = vb + vr - vb+vr = 2vr = —
_ 2L 2 2 1 2
l2 T1 l3 t2 t. ^3 4 10 ^3
t3= 13,33 h => t3=13he20min
ER5) (Espcex-10) Um bote de assalto deve atravessar um rio de largura igual a 800m, numa
trajetória perpendicular à sua margem, num intervalo de tempo de 1 minuto e 40 segundos, com
velocidade constante. Considerando o bote como uma partícula, desprezando a resistência do ar
e sendo constante e igual a 6 m/s a velocidade da correnteza do rio em relação à sua margem, o
módulo da velocidade do bote em relação à água do rio deverá ser de:
margem
Correnteza
Trajetória do Bote
margem
Desenho Ilustrativo
[A] 4 m/s [B] 6 m/s [C] 8 m/s [D] 10 m/s [E] 14 m/s
Solução: Alternativa D
Para determinar a direção em que o bote vai se deslocar em relação à
margem é necessário fazer a soma vetorial da velocidade do
correnteza com a velocidade do bote em relação à água, como
□te indicado na figura ao lado. Inicialmente, vamos calcular o módulo da
800 o ,
\ velocidade resultante do bote: | vR |= = ----- = 8 m/s
100
Como os módulos dos vetores vR, vbote e vri0 formam um triângulo
retângulo: |vbote t2=|vR|2+|vri0|2 => |I v bote |2=64 + 36 = 100
Vbote => I ^bote | = 10 m/s
ER6) (ITA-09) Na figura, um ciclista percorre o trecho AB com velocidade escalar média de
22,5km/h e, em seguida, o trecho BC de 3,00km de extensão. No retorno, ao passar em B, verifica
ser de 20,0 km/h sua velocidade escalar média no percurso então percorrido, ABCB. Finalmente,
ele chega em A perfazendo todo o percurso de ida e volta em 1,00h, com velocidade escalar
média de 24,0km/h. Assinale o módulo v do vetor velocidade média referente ao percurso ABCB.
30
ELEMENTOS DA FÍSICA
A B
ER7) (Escola Naval-87) Duas estações A e B, que distam entre si 6 km, estão ligadas por uma
estrada de ferro de linha dupla. De cada uma das estações partem trens de 3 em 3 minutos. Os
trens trafegam uniformemente com velocidade iguais. Um pedestre percorre, com velocidade
constante a estrada. No momento em que ele passa por A. vê um trem que parte para B e outro
que chega de B. No momento em que o pedestre passa por B, vê um trem que parte para A e
outro que chega de A. Contando com esses quatro trens com os quais se encontrou nas duas
estações, o pedestre passou por 29 trens que seguiram no mesmo sentido que ele e por 33 que
iam em sentido contrário. A velocidade dos trens, em km/h, era:
a) 60 b) 70 c) 80 d) 90 e) 100
Solução: Alternativa A
Como as velocidades de todos os trens são iguais e os mesmos partem a cada 3 minutos = 1/20 h,
A
Considere inicialmente um referencial x'y' que se desloca de A para B com a mesma velocidade
dos trens. Neste referencial, a velocidade dos trens que estão indo de A para B é zero, fazendo
com que a distância que o pedestre percorre de A para B, medido por x'y', é 28x (lembre que
existe um trem em A e outro em B).
28v,
28x 2Q 7vtvp
Como a velocidade do pedestre em x'y’ vale vt - vp: vt - vp =
6 30
(!)
vp
Suponha agora um outro referencial x"y" que se desloca de B para A com velocidade vt. Neste
referencial, a velocidade dos trens que estão indo de B para A é zero, fazendo com que a
distância que o pedestre percorre de A para B, medido por x''y", é 32x (lembre que existe um trem
em A e outro em B).
32vt
32x 20 8v.vp
Como a velocidade do pedestre em x"y" vale vp + vt: vp + vt = (2)
6 30
vp
31
r ... - .
ELEMENTOS DA FÍSICA
v.~vp 7
Dividindo (1) e (2): 8vt - 8vp = 7vt + 7vp vt = 15vp (3)
Vt+Vp 8
Substituindo (3) em (1):
14v, _ 7v2
vt-vp =
7v,vp
vt-A = 7v? => vt = 60 km/h
30 ' 15 30.15 15 ”30.15
ER8) (ITA-94) Um avião voando horizontalmente a 4000 m de altura numa trajetória retilínea com
velocidade constante passou por um ponto A e depois por um ponto B situado a 3000 m do
primeiro. Um observador no solo, parado no ponto verticalmente abaixo de B, começou a ouvir o
som do avião, emitido em A, 4,00 segundos antes de ouvir o som proveniente de B. Se a
velocidade do som no ar era de 320 m/s, a velocidade do avião era de:
a) 960 m/s b) 750 m/s c) 390 m/s d) 421 m/s e) 292 m/s
Solução: Alternativa D
Pelo Teorema de Pitágoras segue que PB = 5000 m
Sejam:
tpB = tempo que o som percorre a distância PB
tpQ = tempo que o avião percorre a distância PQ
4000 m I íqB = tempo que o som percorre a distância QB
At = diferença de tempo que B percebe entre os sons
AÍ
emitidos em P e Q.
3000 m
Deste modo, tem-se:
A, QB PB PQ
At + Íqb — tpB + tpQ =>
Vs Vs VA
4000 5000 3000 3000 3000
4,0 + +-------- => 4,0 + 12,5 = 15,625 + = 7,125 => vA = 421,05 m/s
320 320 vA vA VA
ER9) (ITA-91) A figura representa uma vista aérea de um trecho retilíneo de ferrovia. Duas
locomotivas a vapor, A e B, deslocam-se em sentidos contrários com velocidades constantes de
50,4 km/h e 72,0 km/h, respectivamente. Uma vez que AC corresponde ao rastro da fumaça do
trem A, BC ao rastro da fumaça de B e que AC = BC, determine a velocidade (em m/s) do vento.
Despreze as distâncias entre os trilhos de A e B.
C h = 160 m
a) 5,00
b) 4,00 h|
A
c) 17,5 B
d) 18,0 T“
1360 m
i
e) 14,4 I* *!
Solução: Alternativa A
I) Convertendo de km/h para m/s:
vA = 50,4 Km/h = 14,0 m/s
vB = 72,0 km/h = 20,0 m/s
^Vv !h II) No mesmo tempo em que o trem B percorre a
A B distância de 680 + x, o trem A percorre 680 - x:
680-x_680 + x
◄--------- ►< x > t=
vA " vB
680-x x 680
20,0(680 - x) = 14,0(680 + x) =>
13600 - 20,Ox = 14,Ox + 9520 => x = 120 m
III) Teorema de Pitágoras em ACPM: CP = Vx2 +h2 =Vl202 +1602 = 200,0 m
P
32
ELEMENTOS DA FÍSICA
»•
IV) Note que a direção da velocidade do vento coincide com direção do segmento que liga o ponto
P de encontro dos trens ao ponto C. Perceba também que o triângulo CPB é semelhante ao
triângulo formado por vv e vB :
vv CP 20,0.200
—== => vv =------------ vv = 5,00 m/s
vB PB 800
ER10) (ITA-07) Considere que um tiro de revólver, a bala percorre trajetória retilínea com
velocidade V constante, desde o ponto inicial P até o alvo Q. Mostrados na figura, o aparelho M,
registra simultaneamente o sinal sonoro do disparo e c do impacto da bala no alvo, o mesmo
ocorrendo com o aparelho M2. Sendo Vs a velocidade do som no ar, então a razão entre as
respectivas distâncias dos aparelhos M, e M2 em relação ao alvo Q é
T M2
i
I
v
_ _ jx9°°_
P Ml Q
a) Vs (V - Vs) / (V2 - V2S). b) Vs (Vs - V) / (V2 - V2S). c) V (V — Vs) / (V2S — V2).
d) Vs (V + Vs) / (V2 - V2S). e) Vs (V - Vs) / (V2 + V2S).
Solução: ALTERNATIVA: A
. . x
Sejam: x = QM, , y = PM, e z = QM2 . Deseja-se encontrar k = — .
y
Segundo o enunciado, o tempo que o som percorre a distância z é igual à soma do tempo que a
bala percorre z + x e do tempo que o som percorre a distância x:
z z+x x 2xv z + x . 2v ...
— =------ + — => z + x =--------- => ------ = k--------- (1)
vs v vs v-vs y v-v5
Também segundo o enunciado, o tempo que o som percorre a distância PM2 é igual à soma do
tempo que a bala percorre a distância z + x e do tempo que o som percorre a distância y:
2
Z+X Z+X 4k2v2
I +1
7(z + x)2 + y"
y2 z+x + y y y 1
+—
(1) ___ V~Vs , 1
vs v vs Vs V vs vs V Vs
74k2v2 +(v-vs)2 2k 1
■J4k2v2+(v-vs)2 = 2kvs + (v - vs)
vs(v-vs) ~v-vs vs
Elevando ao quadrado essa última expressão:
vs(v —vs)
k2v2 + (v - vs)2 = 4k2vs2 + 4kvs(v - vs) + (v - vs)2
v2-v2
ER11) (ITA-88) Três turistas, reunidos num mesmo local e dispondo de uma bicicleta que pode
levar somente duas pessoas de cada vez, precisam chegar ao centro turístico o mais rápido
possível. O turista A leva o turista B, de bicicleta, até um ponto x do percurso e retorna para
apanhar o turista C que vinha caminhando ao seu encontro. O turista B, a partir de x continua a pé
sua viagem rumo ao centro turístico. Os três chegam simultaneamente ao centro turístico. A
velocidade média como pedestre é v-i, enquanto que como ciclista é v2. Com que velocidade
média os turistas farão o percurso total ?
Solução:
X y L-x-y
33
ELEMENTOS DA FÍSICA
2Lv, = 3xv, + xv2 => x=-*^- (6) => L-x=L- 2Lv, L(v,+v2)
(7)
3v, + v2 3v, + v2 3vi+v2
Substituindo (6) e (7) em (1):
At = A + L~x = 2L + Uvi +v2) = L v, + v2 ] _ L(vi +3v2)
2+
vn v2 3v1+v2 v2(3v1+v2) 3v1+v2 v2 v2(3v1+v2)
L v2(3v,+v2) v v2(3vi+v2)
Vm
At v1 + 3v2 m v,+3v2
34
ELEMENTOS DA FÍSICA
afirmar que
01) a distância percorrida na primeira etapa foi
de 80km.
E1) (UFV-00) Um aluno, sentado na carteira da 02) a duração da viagem foi de 4 horas.
sala, observa os colegas, também sentados 04) a distância total percorrida foi de 260km.
nas respectivas carteiras, bem como um 08) a velocidade média na viagem toda foi de
mosquito que voa perseguindo o professor que 64km/h.
fiscaliza a prova da turma. Das alternativas 16) a velocidade média na viagem toda foi de
abaixo, a única que retrata uma análise correta 70km/h.
do aluno é:
a) A velocidade de todos os meus colegas é E4) (Fuvest-07) Um passageiro, viajando de
nula para todo observador na superfície da metrô, fez o registro de tempo entre duas
Terra. estações e obteve os valores indicados na
b) Eu estou em repouso em relação aos meus tabela.
colegas, mas nós estamos em movimento em Chegada Partida
relação a todo observador na superfície da Vila Maria 0:00 min 1:00 min
Terra. Felicidade 5:00 min 6:00 min
c) Como não há repouso absoluto, não há Supondo que a velocidade média entre duas
nenhum referencial em relação ao qual nós, estações consecutivas seja sempre a mesma e
estudantes, estejamos em repouso. que o trem pare o mesmo tempo em qualquer
d) A velocidade do mosquito é a mesma, tanto estação da linha, de 15 km de extensão, é
em relação ao meus colegas, quanto em possível estimar que um trem, desde a partida
relação ao professor. da Estação Bosque até a chegada à Estação
e) Mesmo para o professor, que não pára de Terminal, leva aproximadamente:
andar pela sala, seria possível achar um S5o José Terminal
referencial em relação ao qual ele estivesse Arcoverce Ccr"al rebcidade
em repouso. Bosquu
V ia Mana
tl
l I
I sensores constituídos por laços de fios
I condutores embutidos no asfalto. Cada um dos
I
I laços corresponde a uma bobina. Quando o
A
veículo passa pelo primeiro laço, a indutância
a) 100 b) 220 c) 300 d) 10000 e)18000 da bobina é alterada e é detectada a
passagem do veículo por essa bobina. Nesse
E3) (UFMS-04) Uma viagem é realizada em momento, é acionada a contagem de tempo,
duas etapas. Na primeira, a velocidade média que é interrompida quando da passagem do
é de 80km/h; na segunda é de 60km/h. Sendo veículo pela segunda bobina. Com base nesse
a distância percorrida, na segunda etapa, o sistema, considere a seguinte situação: em
triplo daquela percorrida na primeira, é correto uma determinada via, cuja velocidade limite é
35
ELEMENTOS DA FÍSICA
36
ELEMENTOS DA FÍSICA
£
I 0
policia florestal.
a) qual a distância entre o escoteiro e a polícia
~~-20
florestal, de acordo com a regra prática?
-40 b) qual o erro percentual que o escoteiro
cometeu ao usar regra prática?
-60 L c) sabendo que a velocidade da luz vale 3,0 x
0 5 10 15
108 m/s, qual será o erro maior: considerar a
Tempo velocidade da luz infinita ou o erro na
(min) cronometragem do tempo? Justifique.
O gráfico acima mostra a evolução da
velocidade escalar instantânea de uma E19) (Unicamp-14) O passeio completo no
37
ELEMENTOS DA FÍSICA
ir.. •— 38
ELEMENTOS DA FÍSICA
inicial. Essa redução temporária aumenta seu E29) (Ciaba-12) Um barco atravessa um rio de
tempo de viagem, com relação à estimativa margens paralelas e largura de 4,0 km. Devido
inicial, em à correnteza, as componentes da velocidade
a) 5 minutos. b) 7,5 minutos. do barco são Vx = 0,50 km/h e Vy = 2,0 km/h.
c) 10 minutos. d) 15 minutos. Considerando que, em t = 0, o barco parte da
e) 30 minutos. origem do sistema cartesiano xy (indicado na
figura), as coordenadas de posições, em
E26) (FGV-00) Um guarda rodoviário munido quilômetros, e o instante, em horas, de
de um binóculo e um cronômetro verifica o chegada do barco à outra margem são
tráfego de veículos em uma rodovia de mão
dupla. Para autuar motoristas infratores, o
policial cronometra o tempo em que os
veículos passam entre duas marcas y(km) Sentido da correnteza
E28) (Ciaba-00) “As ondas eletromagnéticas E32) (Espcex-10) O gráfico abaixo indica a
viajam no vácuo à velocidade da luz, cerca de posição (S) em função do tempo (t) para um
3x108 m/s. Assim, como os primeiros testes automóvel em movimento num trecho
com transmissões de rádio datam horizontal e retilíneo de uma rodovia.
provavelmente de 1908, o raio máximo S (km) À
atingido por tais emissões, ditas “inteligentes”,
seria de aproximadamente 92 anos-luz (muito
pouco, em termos astronômicos), ou seja, 4-
qualquer inteligência extraterrestre, originária
de sistema planetário além deste limite, por
mais sensíveis e sofisticados que fossem seus
0
radiotelescópios, não conseguiría nos 3 8 10
-2- t (min)
detectar.” A ordem de grandeza da distância
de 92 anos-luz, convertida para metros, é
(considerar ano terrestre com 365 dias): Gráfico Fora de Escala
(A) 1022 (B) 102° (C) 1018 Da análise do gráfico, pode-se afirmar que o
(D) 1016 (E) 1014 automóvel
[A] está em repouso, no instante 1 min.
39
ELEMENTOS DA FÍSICA
0
1
0,1 0,2 0,3
'(s)
40
ELEMENTOS DA FÍSICA
10-- I
I
I
I
0
+5 t(s)
O instante em que a posição do móvel é - 30
41
rr." ELEMENTOS DA FÍSICA
F9) (UEL-87) Um barco, com o motor a toda F14) (UFPE) O gráfico representa a posição de
potência, percorre 60 km em 2 h descendo um uma partícula em função do tempo. Qual a
rio. Em sentido contrário, percorre 40 km em velocidade média da partícula, em metros por
igual intervalo de tempo. A velocidade do segundo, entre os instantes t = 2,0 min e t =
barco em relação às águas e a velocidade das 6,0 min?
águas em relação às margens do rio são, x (m) .
respectivamente, em km/h, iguais a:
a) 30 e 20 b) 25 e 5 c) 25 e 20 8,0 X 10z-
d) 30 e 5 e) 12,5 e 7,5
6,0 X 102-
42
ELEMENTOS DA FÍSICA
43
ELEMENTOS DA FÍSICA
44
ELEMENTOS DA FÍSICA
45
ELEMENTOS DA FÍSICA
0
L
t,JL,
• /zzzzzzz/fzzzzzzzzzz.
D
*0
I
a) quando a lâmpada atingir a base da escada,
intervalos de tempo nas situações (1) e (2), sabendo que s0 = 3 m;
vale
b) quando t = 4 s, sabendo que s0 =
a) 1/3 b) 3/5 c) 5/7 d) 7/9
0,4x(V3-1) m.
A8) (ITA-82) Um nadador que pode
desenvolver uma velocidade de 0,900 m/s na A11) Um móvel animado de movimento
água parada atravessa um rio de largura D uniforme percorre uma reta AB, partindo do
metros, cuja correnteza tem uma velocidade ponto A e seguindo rumo a B no mesmo
de 1,08 Km/. Nadando em linha reta, ele quer instante em que outro móvel parte do ponto B
alcançar um ponto da outra margem situado rumo a A também com movimento uniforme.
D Sabe-se que o primeiro móvel atinge o ponto B
—— metros abaixo do ponto de partida. Para 25 s após o instante em que cruza com o
segundo e que este atinge o ponto A 9 s após
isso, sua velocidade em relação ao rio deve
o mesmo instante. Calcular a relação entre as
formar com a correnteza o ângulo:
velocidades do primeiro e do segundo.
A) arc sen
V3(V33+1) V3
B) arc sen —
12 A12) Dois trens, cada um com velocidade
escalar de 34 km/h, aproximam-se um do outro
C) Zero graus D) arc sen—
' 12 na mesma linha. Um pássaro que pode voar a
V3(V33 +1) 58 km/h parte de um dos trens quando eles
E) arc sen estão distantes de 102 km e dirige-se
2
diretamente ao outro. Ao alcançá-lo, o pássaro
retorna diretamente para o primeiro trem e
A9) Um piloto deseja voar de Oeste para Leste,
assim sucessivamente. Qual a distância total
de um ponto P a um ponto Q e, em seguida,
46
■................................................................
ELEMENTOS DA FÍSICA
que o pássaro percorre até os trens se A15) (UFSCar-02) Três amigos, Antônio,
chocarem? Bernardo e Carlos, saíram de suas casas para
se encontrarem numa lanchonete. Antônio
A13) (OBF-06) Dois aviões de combate A e B realizou metade do percurso com velocidade
voam em trajetória retilínea e horizontal e média de 4 km/h e a outra metade com
estão alinhados. Estando distanciados 600 m velocidade média de 6 km/h. Bernardo
um do outro, o que vem atrás inicia uma percorreu o trajeto com velocidade média de 4
seqüência de disparos contra o outro, à razão km/h durante metade do tempo que levou para
de 1 projétil a cada um quarto de segundo. A chegar à lanchonete e a outra metade do
velocidade dos projéteis vP/A, relativamente ao tempo fez com velocidade média de 6 km/h.
avião A, é constante e igual a 500 m/s e, como Carlos fez todo o percurso com velocidade
o tempo de seu percurso é muito curto, o efeito média de 5 km/h. Sabendo que os três saíram
de queda do projétil pela gravidade é no mesmo instante de suas casas e
irrelevante na análise desta situação. percorreram exatamente as mesmas
distâncias, pode-se concluir que
a) Bernardo chegou primeiro, Carlos em
segundo e Antônio em terceiro.
b) Carlos chegou primeiro, Antônio em
Considerando que o avião que vem por trás segundo e Bernardo em terceiro.
voa com uma velocidade vA = 100m/s, que a c) Antônio chegou primeiro, Bernardo em
velocidade do da frente é vB = 120 m/s, e que segundo e Carlos em terceiro.
essas velocidades são constantes, calcule: d) Bernardo e Carlos chegaram juntos e
a) o tempo que o primeiro projétil disparado Antônio chegou em terceiro.
leva para atingir o avião que vai à frente. e) os três chegaram juntos à lanchonete
b) a distância entre dois projéteis lançados
consecutivamente. A16) (ITA-93) Uma ventania extremamente
c) o número de projéteis, por segundo, que forte está soprando com uma velocidade v na
atinge a aeronave da frente. direção da seta mostrada na figura. Dois
aviões saem simultaneamente do ponto A e
A14) (Escola Naval-86) Dois navios (A e B) ambos voarão com uma velocidade constante
navegam respectivamente nos rumos 090° e c em relação ao ar. O primeiro avião voa
030° com velocidades de 10,0 m/s e 18,0 m/s, contra o vento até o ponto B e retorna logo em
quando se avistam nas posições mostradas na seguida ao ponto A, demorando para efetuar o
figura abaixo, a uma distância de 1.732 m. percurso total um tempo t-i. O outro voa
A ■\90° / perpendicularmente ao vento até o ponto D e
N retorna ao ponto A, num tempo total t2. As
10 m/s /
distâncias AB e AD são iguais a L. Qual é a
Wc :E razão entre os tempos de vôo dos dois aviões?
v i
1.732m ,
S a) t2/ti =
|30°/
~v
(18 m/s b) t2/t, = d -■
b «Z +-
c) t2/ti = v/c A
B
Pode-se afirmar que, mantidos os mesmos d) t2/ti = 1
rumos e velocidades:
a) haverá abalroamento (colisão), 1 minuto e e) t2/ti -
40 segundos após se avistarem;
b) não haverá abalroamento e o navio A
cortará (cruzará) a proa do navio B; A17) (ITA-94) Um barco, com motor em
c) não haverá abalroamento e o navio B regime constante, desce um trecho de um rio
cortará a proa do navio A; em 2,0 horas e sobe o mesmo trecho em 4,0
d) a velocidade relativa entre as duas horas. Quanto tempo, em horas, levará o barco
embarcações é decrescente em módulo; para percorrer o mesmo trecho, rio abaixo,
e) são corretas as afirmativas C e D. com o motor desligado?
a) 3,5 b) 6,0 c) 8,0 d) 4,0 e) 4,5
47
r ELEMENTOS DA FÍSICA
A18) (ITA-11) Um problema clássico da A21) (OBF-16) Ao passar por uma cidade,
cinemática considera objetos que, a partir de viajando por uma BR a 80 km/h, o motorista
certo instante, se movem conjuntamente com percebeu que o indicador de combustível de
velocidade de módulo constante a partir dos seu veículo mostrava 3/4 de tanque. Ao passar
vértices de um polígono regular, cada qual pela cidade seguinte, notou que o indicador
apontando à posição instantânea do objeto registrava 1/4 de tanque. O manual do veículo
vizinho em movimento.A figura mostra a afirma que o tanque tem uma capacidade de
configuração desse movimento múltiplo no 48 litros e que o veículo faz 10 km/l
caso de um hexágono regular. Considere que (quilômetros por litro) à velocidade padrão de
o hexágono tinha 10,Om de lado no instante 80 km/h. Admitindo que o manual do veículo
inicial e que os objetos se movimentam com esteja correto e que o motorista mantenha a
velocidade de módulo constante de 2,00 m/s. velocidade constante, determine em horas, o
Após quanto tempo estes se encontrarão e tempo gasto entre as duas cidades.
qual deverá ser a distância percorrida por cada
um dos seis objetos? A22) Pancho Villa viaja de Acapulco a
Guadalajara, viajando por uma estrada a uma
velocidade constante. Passa por um marco
(marcador de distância, a partir de Acapulco)
que contém dois algarismos. Uma hora depois,
passa por outro marco, contendo os mesmos
dois algarismos, mas em ordem inversa. Uma
hora depois, passa por um terceiro marco,
contendo os mesmos algarismos, na ordem
que os viu no primeiro marco, mas separados
a) 5,8 s e 11,5 m b) 11,5 s e 5,8 m
por um zero. Com que velocidade Pancho Villa
c) 10,0 s e 20,0 m d) 20,0 s e 10,0 m
viaja?
e) 20,0 s e 40,0 m
A23) Em um momento inicial, duas velas eram
A19) (IME-91) Um jogador de futebol do
iguais e tinham altura h, encontrando-se a uma
Flamengo (F) conduz a bola aos pés, por uma
distância a. A distância entre cada uma das
reta junto à lateral do campo, com uma
velas e a parede mais próxima é também igual
velocidade constante V,, em direção à linha
a a. Com que velocidade movem-se as
divisória do gramado. Um atleta do Botafogo
sombras das velas nas paredes, se uma vela
(B), situado na linha divisória, avalia estar
queima durante o tempo ti e a outra durante o
distante d metros do adversário e t_ metros da tempo Í2?
lateral e parte com velocidade constante V2 >
\A em busca do adversário, para interceptá-lo.
Determine em que direção deve decidir correr
o jogador botafoguense.
X
I
I
h
◄— a —— a —----- a------ ►
A20) Dois trens estão se movimentando em
sentidos opostos ao longo de dois trilhos A24) Duas partículas, 1 e 2, se movem no
paralelos. Um deles move-se com 90 km/h e o
espaço com velocidades constantes v, e v2,
outro com 10 m/s. Um passageiro situado em
um dos trens observa que o outro trem passa de modo que no momento inicial os vetores
em 8 segundos. Qual é o comprimento do posições são q e f2 , respectivamente.
outro trem? Determine a condição que deve existir entre
a) 320 m b) 280 m c) 240 m esses quatro vetores de modo que as duas
d) 190 m e)160 m partículas colidam.
48
ELEMENTOS DA FÍSICA
49
ELEMENTOS DA FÍSICA
Aceleração Escalar
Suponha que um móvel está se deslocando ao longo de uma trajetória. A figura abaixo
mostra como a velocidade escalar do móvel varia de acordo com o tempo de movimento.
Neste movimento é possível identificar que a cada 0,2 h a velocidade aumenta 6 km/h.
Assim, a velocidade do móvel é incrementada de forma uniforme em relação ao tempo. Isto
caracteriza um movimento uniformemente acelerado (MUV). A essa taxa temporal da variação da
velocidade escalar dá-se o nome de aceleração escalar, normalmente simbolizada por a. Deste
modo, a expressão da aceleração escalar média é:
Av Vf~V0
am amm
ÃT At
Av
Caso o movimento seja uniformemente variado, a razão — se mantém constante
Neste caso, a expressão “aceleração escalar média” é substituída apenas por “aceleração
escalar” do MUV.
50
í'
ELEMENTOS DA FÍSICA
Av
a =■—
At
-°-=3o*m,
0,2 h2
—-—km
. m . 1000 (3600)2 km = 12960 ^1
1F = 1 ----- ------ h2 1000 h2
(3600)2
m/s km/h2 x 30
x 30 x = —— m/s2
1 12960
7 12960 432
No capítulo anterior, foi definido que, quando o móvel possui velocidade no mesmo sentido
da orientação d trajetória, ela é positiva (v > 0) e o movimento é denominado de progressivo. Por
outro lado, quando o móvel possui velocidade contrária ao sentido da trajetória ela é negativa (v <
0) e o movimento é denominado de retrógrado. Por isso, no estudo da aceleração somos
incorretamente levados a dizer que sempre que a aceleração é positiva a > 0 o movimento é
acelerado e sempre que a aceleração é negativa a < 0 o movimento é retardado. O correto é
afirmar que um movimento é acelerado quando aceleração escalar e velocidade escalar possuem
o mesmo sinal, enquanto que um movimento é retardado quando aceleração escalar e
velocidade escalar possuem sinais contrários.
Suponha que um móvel se movimenta no espaço de uma posição A para uma posição B
em um tempo At, em uma trajetória qualquer. A expressão da aceleração vetorial média deste
movimento é análoga à expressão da aceleração escalar média:
Avab VB — V
V VA
im = ãm =
At At
sst-
51
ELEMENTOS DA FÍSICA
Av
a=— => v - Vo = at => v = v0 + at
At t-0
v(t) = Vo + at
Esta expressão deve ser homogênea com relação às unidades das grandezas. Assim, se a
aceleração for medida em m/s a aceleração será medida em m/s2 e o tempo em s. Do mesmo
modo, se a velocidade for medida em km/h, a aceleração será medida em km/h2 e o tempo em h.
Por exemplo, admita que em um MUV a velocidade inicial seja igual a v0 = - 6 m/s e a
aceleração escalar seja a = 5 m/s2. A equação horária da velocidade é:
Gráfico v x t do MUV
Do estudo das funções, sabe-se que o gráfico de uma função do 1o grau é uma reta. Deste
modo, a linha que representa o gráfico de velocidade versus o tempo no MUV é uma reta cujo
coeficiente angular é a aceleração escalar e cujo coeficiente linear é a velocidade inicial. Se a > 0
a reta é crescente e se a < 0 a reta é decrescente.
V ‘1 v '‘
tg e = a Vo tg 0 = a
e
0
Vo
*t 0 *t
0
a>0 a<0
W*Ml
te.— 52
ELEMENTOS DA FÍSICA
No item sobre aceleração não uniforme será demonstrado que no gráfico da velocidade
versus o tempo, independentemente do tipo de movimento, a área compreendida entre a linha do
gráfico e o eixo do tempo é numericamente igual ao deslocamento escalar. No caso particular do
movimento uniformemente variado a região representada será um trapézio retângulo ou um ou
dois triângulos retângulos
V Ák V jL
Vo
Vo As As
*t
1
0 0
a>0 a<0
Área = As
V ‘‘ v ‘‘
Gráfico 1 Gráfico 2
a<0 a>0
Ai! A:
ti
0 *t 0 to *t
t. tz tz
I Ai
As = A, — A2 As = - A, + A2
53
ELEMENTOS DA FÍSICA
V i k
Vo
0 *t
t
... . at2
s(t) = so+vot + —
Como toda equação física, as grandezas devem ser medidas em unidades do mesmo
sistema. Portanto, se a aceleração for dada em m/s2, o espaço será dado em m, o tempo em s e a
velocidade inicial em m/s. Caso a velocidade inicial seja dada em km/h, o espaço será medido em
km, o tempo em h e a aceleração em km/h2.
Por exemplo, suponha que uma partícula executa um MUV de espaço inicial - 8 m,
velocidade inicial 4 m/s e aceleração 6 m/s2. Na equação horária do espaço desse movimento é:
s(t) = so+vot + -y- => s(t) = -8 + 4t + -^- => s(t) = — 8 + 4t + 3Í2 (SI)
Se for afirmado que uma determinada expressão de 2° grau em t é uma equação horária
do espaço do MUV, é possível identificar os valores do espaço inicial, da velocidade escalar inicial
e da aceleração escalar do movimento. Por exemplo, se s(t) = 5 - 2t - õt2 representar uma
at2
equação horária do espaço do MUV, comparando com a expressão geral s(t) = s0+vot + —,
concluiu-se que s0 = 5 m, v0 = - 2 m/s e a = - 10 m/s2.
54
■bssmk-. ELEMENTOS DA FÍSICA
Devido a ser uma expressão polinomial do 2o grau na variável tempo, o gráfico do espaço
pelo tempo é uma parábola. A concavidade da parábola depende do sinal da aceleração, fazendo
com que existam duas possibilidades.
sjk s
a>0 a<0
concavidade concavidade
voltada pra cima voltada pra baixo
So
so J inversão do J inversão do
• sentido do i sentido do
{ / movimento J /movimento
> >
■"* instante t t
onde s = 0 instante ’
instante
onde s = 0
onde s = 0
at2
As SfS0 _ V°t + ~T 2v0 + at v0+(v0+at) Vp+Vf
Vm
At t t 2 2 2
As Vp+Vf As
vm “Ãt
2 At
n ■WJR-.V
55
ELEMENTOS DA FÍSICA
Equação de Torricelli
v0 +V, As 2As
At
2 At vo+vf
At = ^^ => 2 As Vf-Vp
vf = Vo + a.At => => (vf - v0)(vf + vo) = 2aAs =>
a v0+v( a
v,-v„=2aAs => v, = v„ + 2aAs
Gráfico a x t no MUV
‘•a a
O ti tj
a
*t
I
A = Avi A = Av
i
I a í I
O ti t2 *t
No caso de a < 0, a área deve ser contabilizada como negativa, uma vez que está abaixo
do eixo do tempo. Assim, toda vez que a < 0 tem-se A = Av < 0.
No próximo item desse capítulo, sobre movimento não uniforme, será demonstrado que em
qualquer tipo de movimento a área compreendida entre a linha do gráfico e o eixo do tempo é
numericamente igual à variação da velocidade escalar Av.
56
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER1) (Mackenzie-10) Dois automóveis A e B se movimentam sobre uma mesma trajetória retilínea,
com suas velocidades variando com o tempo de acordo com o gráfico abaixo. Sabe-se que esses
móveis se encontram no instante 10 s. A distância entre eles, no instante inicial (t = 0 s), era de
v (m/s) A
45-----------
30
0 ,t(s)
10
-10
B
-30
-500
-1000 4
0 40 80 120 160 200 t(s)
Solução:
57
ELEMENTOS DA FÍSICA
hmax = S'0stS120
0sts120 = = 60000 m = 60 km
ER4) (AFA-01) Ao ultrapassar uma viga de madeira, uma bala tem sua velocidade escalar variada
de 850 m/s para 650 m/s. A espessura da viga é 10 cm. Admitindo o movimento como sendo
uniformemente variado, o intervalo de tempo, em segundos, em que a bala permaneceu no
interior da viga foi aproximadamente
a) 5,0 xW4 b) 1,3x10 ' c) 5,0x10' d)1,3x10‘2
Solução: Alternativa B
Como o movimento é admitido como uniformemente variado, a velocidade média é a média
.. ... , . .. . v0+Vf Ax 850 + 650 0,10 A. . „ ,__4
aritmética das velocidades: v_=
v, —12----- - = — => --------------- =------- => At =1,3.10
= 1,3.10 s
m 2 At 2 At
ER5) (Ciaba-16) Um automóvel, partindo do repouso, pode acelerar a 2,0 m/s2 e desacelerar a 3,0
m/s2. O intervalo de tempo mínimo, em segundos, que ele leva para percorrer uma distância de
375 m, retornando ao repouso, é de
( a ) 20 ( b ) 25 ( c ) 30 (d)40 (e ) 55
Solução: Alternativa B
O tempo mínimo ocorrerá quando o automóvel se movimenta da seguinte forma:
i) partindo do repouso, o automóvel acelera com 2 m/s2 até atingir uma velocidade máxima vn
percorrendo uma distância Xj em um tempo tj.
ii) após a distância x1t o automóvel deve desacelerar com - 3 m/s2, desde a velocidade Ví até o
repouso, percorrendo uma distância x2 em um tempo t2, de modo que Xi + x2 = 375 m (1)
Equação de Torricelli para o primeiro percurso:
V12 = v02 + 2aiXi = 0 + 2.2x, => v,2 = 4xi (2)
Equação de Torricelli para o segundo percurso:
v2 = Vj2 + 2a2x2 => 0 = v,2 - 2.3x2 => v/ = 6x2 (3)
Igualando as expressões (2) e (3): 4x-i = 6x2 => 2x, = 3x2 (4)
Substituindo (1) em (4): 2x1 = 3(375 - x,) = 1125 - 3x, => x, = 225 m => x2=150m
=> 225 = ^-
Logo: x, => t-i = 15 s
2 2
x => 150=^-
=> = 10 s
2 2 2
Portanto: tT = t, + t2 = 15 + 10 = 25 s
58
ELEMENTOS DA FÍSICA
...
ER6) (ITA-96) Um automóvel a 90 km/h passa por um guarda num local em que a velocidade
máxima é de 60 km/h. O guarda começa a perseguir o infrator com sua motocicleta, mantendo
aceleração constante até que atinge 108 km/h em 10 s e continua com essa velocidade até
alcançá-lo, quando lhe faz sinal para parar. Pode-se afirmar que:
a) O guarda levou 15 s para alcançar o carro.
b) O guarda levou 60 s para alcançar o carro.
c) A velocidade do guarda ao alcançar o carro era de 25 m/s.
d) O guarda percorreu 750 m desde que saiu em perseguição até alcançar o motorista infrator.
e) Nenhuma das respostas acima é correta.
Solução: Alternativa D
Equação horária do espaço do automóvel:
x-, = xOi + v,t = 0 + 90t = 90t
Equação horária do espaço do guarda:
x2 = x02 + v2t = v2AtV2 + v2t = (108)(10/3600)/2 + 108t = 0,15 + 108t
Quando o guarda alcança o carro:
x, = x2 => 90t = 0,15 + 108t => 18t = 0,15 => t= (1/120) h => t = 30 s
Velocidade do guarda ao alcançar o carro:
v2 = 108 km/h = 30 m/s
Espaço percorrido pelo guarda até alcançar o carro:
x, = 90t = 90(1/120) = 0,750 km => x, = 750 m
ER7) (ITA-05) Um aviao de vigilância aérea está voando a uma altura de 5,0 km, com velocidade
de 5OVÍÕ m/s no rumo norte, e capta no radiogoniômetro um sinal de socorro vindo da direção
noroeste, de um ponto fixo no solo. O piloto então liga o sistema de pós-combustão da turbina,
imprimindo uma aceleração constante de 6,0 m/s2. Após 40VTÕ/3 s, mantendo a mesma direção,
ele agora constata que o sinal está chegando da direção oeste. Neste instante, em relação ao
avião, o transmissor do sinal se encontra a uma distância de
a) 5,2 km. b) 6,7 km. c) 12 km. d) 13 km. e) 28 km.
Solução: Alternativa: D
1 i
fx distância percorrida pelo avião no intervalo de tempo dado é: AS = vot + — at => AS = 12km
Vista de cima: A
C
r
2^ avião
B
Como C B A = 45° => AB = CA = 12km
12 km
Por Pitágoras, d = 13 km
59
r.;: ELEMENTOS DA FÍSICA
ER8) (IME-13) Um automóvel percorre uma estrada reta de um ponto A para um ponto B. Um
radar detecta que o automóvel passou pelo ponto A a 72 km/h. Se esta velocidade fosse mantida
constante, o automóvel chegaria ao ponto B em 10 min. Entretanto, devido a uma eventualidade
ocorrida na metade do caminho entre A e B, o motorista foi obrigado a reduzir uniformemente a
velocidade até 36 km/h, levando para isso, 20 s. Restando 1 min para alcançar o tempo total
inicialmente previsto para o percurso, o veículo é acelerado uniformemente até 108 km/h, levando
para isso, 22 s, permanecendo nesta velocidade até chegar ao ponto B. O tempo de atraso, em
segundos, em relação à previsão inicial, é:
(A) 46,3 (B) 60,0 (C) 63,0 (D) 64,0 (E) 66,7
Solução: Alternativa D
A distância entre A e B vale: AxT = v^ = 20.600 = 12000 m
Como o problema ocorreu na metade do caminho: Ax, = 6000 m e ti = 5 min = 300 s
.. . , - vl+v2 Ax2 20 + 10 Ax2 a „„
Na desaceleraçao: vm = -- => —-— = => Ax2 = 300 m
Tempo com velocidade de 36 km/h = 10 m/s: t3 = t0 — At — t-i —12 = 600 - 60 - 300 - 20 = 220 s
Espaço percorrido com 36 km/h: Ax3 = v2.t3 = 10.220 = 2200 m
Espaço que falta para B quando do início da aceleração:
Ax< = Axt - AXi - Ax2 - Ax3 = 12000 - 6000 - 300 - 2200 = 3500 m
i - v2 + v, Ax5 10 + 30 Axs A
Na aceleraçao: vm = - J => —-— = => Ax5 = 440 m
Espaço percorrido até B com velocidade de 108 km/h: Axg = Ax^ - Axs = 3500 - 440 = 3060 m
Tempo com velocidade de 108 km/h: t5 = —— = = 102 s
x, = x2 vt
L-v2t + ^- => = 4000
vt =
=> vt 4000-32t+ => t2- 10(v + 32)t + 40000 = 0
0,11122 =>
-32t+0,1 (1)
Como os automóveis se encontram duas vezes, essa equação de segundo grau deve possui duas
raízes distintas, que ocorre quando seu discriminante é maior que zero:
A>0 => 100(v + 32)2 - 4.40000 > 0 => 100[(v + 32)2 - 1600] > 0 => v2 + 64v - 576 > 0 =>
(v - 8)(v + 72) = 0 => v < - 72 m/s (não convém pois v > 0) ou v > 8 m/s
Entretanto, perceba que o automóvel que vai de A para B for muito rápido, haverá apenas um
cruzamento. Assim, é necessário impor que a maio raiz da equação (1) seja inferior ao tempo que
o automóvel que sai de B demora para retornar para B:
60
ELEMENTOS DA FÍSICA
Até este momento este livro apresentou estudos detalhados de dois tipos de movimento:
Movimento Uniforme e Movimento Uniformemente Variado. Em cada um deles uma das
grandezas que caracterizam o movimento se mantém constantes: velocidade ou aceleração. Mas
o que acontece quando nem velocidade nem aceleração se mantém constantes? A única maneira
de resolver este problema é lançando mão da utilização de derivada e integral. No capítulo sobre
movimento uniforme foi demonstrado que a velocidade instantânea é igual à derivada do espaço
no tempo:
d[s(t)]
v(t) =
dt
Esta expressão permite determinar a velocidade a partir de uma equação que relacione o
espaço ao tempo. Caso seja dada uma equação que relacione a velocidade ao tempo, basta
utilizar a operação inversa da derivada, que é a integral. Deste modo, o espaço é a integral da
velocidade no tempo:
s(t) = jv(t)dt.
Mas, e quanto à aceleração? Sabe-se que a aceleração média escalar é definida por:
Av
am
ÃT
Assim, fazendo At tender a zero, obtém-se a aceleração instantânea do movimento:
d[v(t)]
a(t) =
dt
v(t) = ja(t)dt.
Grandezas Vetoriais
d[r(t)]
v(t) =
dt
r(t) = fv(t)dt
61
I............ .................. ......................... ■
ELEMENTOS DA FÍSICA
d[v(t)]
ã(t) =
dt
v(t) = Jã(t)dt
v(t) = ^ = ^í dy dz, dx dy dz
+ —i+ — k, onde v =—, v„ = — e v =—
' ' dt dt dt dt x dt y dt z dt
Por exemplo, suponha que um móvel realiza um movimento retilíneo de modo que o
espaço escalar varie com o tempo de acordo com a expressão s(t) = 2t4 - 5t3 + 3t2 -1 + 6 (SI). As
expressões da velocidade escalar e da aceleração escalar podem ser obtidas derivando
sucessivamente s(t):
v(t) = Ja(t)dt = J(72t2 -12t + 10)dt = 24t3 -6t2 +10t+ k, (SI), onde ki é uma constante
s(t) = jv(t)dt = j(24t3 -6t2 + 10t + k1)dt = 6t4 -2t3 +5t2 +k,t + k2 (SI), onde k2 é uma constante
Perceba que k-i e k2 não são duas constantes quaisquer. Fazendo t = 0 em v(t) conclui-se
que k4 = v(0), ou seja, kí é a velocidade inicial da partícula. Analogamente, substituindo t = 0 em
s(t) segue que k2 = s(0), fazendo com que k2 seja o espaço inicial da partícula.
62
r. ELEMENTOS DA FÍSICA
Uma das consequências do fato de vetor velocidade v ser a derivada do vetor posição r
no tempo é que o vetor velocidade é sempre tangente à trajetória na posição da partícula.
Suponha, por exemplo, um movimento bidimensional, medido por meio de um referencial xOy,
como indicado na figura abaixo. Em determinado instante a partícula encontra-se em um ponto de
sua trajetória definido pelo vetor posição r = xi + yj . O vetor velocidade é dado pela derivada no
tempo do vetor posição:
dr dxr dy- -?
v = — = — i + — J = v„i + v„j.
dt dt dt J y
y“
trajetória
>X
Como o vetor velocidade é sempre tangente à trajetória na posição da partícula, segue que
a inclinação 0, com relação à horizontal, da reta tangente à trajetória em uma posição específica é
tal que:
tg0 = —
Vx
n Vv
cos 0 = ou sen 0 = ^-
|v| |v|
No caso extremo da trajetória da partícula ser retilínea, o vetor velocidade possuirá direção
paralela à trajetória.
O que acabou de ser exposto para o movimento bidimensional também vale para o
tridimensional, com o vetor velocidade sempre sendo tangente à trajetória na posição especificada.
Assim, se v = vxT + vy j + vzk então os ângulos 0X que v faz com o plano yz, 0y que v faz com o
plano xze 0Z que v faz com o plano xy são tais que:
A. Vv ~ V,
cos 0X = — — COS0y = ~ e cos0z=-^-
I v| ‘ V V
r 63
ELEMENTOS DA FÍSICA
■MB*
ã= —
dt
Deste modo, a aceleração é responsável pela variação do vetor velocidade no tempo. Essa
variação pode se manifestar no módulo e/ou na direção do vetor velocidade. Todo vetor
aceleração pode ser escrito como a soma de dois vetores perpendiculares: vetor aceleração
tangencial (ãT) e vetor aceleração normal (ãN).
ã ãT+ãN
normal tangente
normal -*
aT
v
tangente A
a taN
aN\
a
Figura 1 Figura 2
64
ELEMENTOS DA FÍSICA
Gráficos v x t e a x t
Toda variável que é definida a partir de uma integral pode ter sua variação calculada
através da área de um gráfico. A justificativa desse resultado está no capítulo 1 do volume
Mecânica 1 dessa coleção. Por exemplo, sabe-se que o espaço é definido como a integral da
velocidade no tempo s = vdt. Assim, a variação do espaço no intervalo L < t < t2 é igual a área,
Jti
A = As = s2 - s-i
o ti t2 t
Lembre que este resultado já havia sido enunciado para os casos do movimento uniforme
e do movimento uniformemente variado, porém é válido para qualquer tipo de movimento. Cabe
também ressaltar que todas as partes da área que estiverem abaixo do eixo do tempo
(velocidades escalares negativas) devem ser contadas como negativas no cálculo da área total.
r ^2
Analogamente, como v adt, a variação da velocidade escalar, no intervalo < t á t2, é
a, k
A = Av = v2 - v-i
>
o t. t
Partes da área que estejam abaixo do eixo do tempo (acelerações escalares negativas)
devem ser contadas como negativas no cálculo da área total.
65
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER1) Uma partícula, inicialmente em repouso, parte da origem com aceleração a = 4s m/s2, onde
s é o espaço, dado em metros. Determine a velocidade da partícula na posição s = 2 m.
Solução:
„ , ds dv
Sabe-se que v = — e a —. Eliminando dt nestas duas equações obtém-se v dv = a ds.
dt
s
Assim: v dv = 4s ds => fv vdv = [S4sds V = 2s2 => v2 = 4s2 v = 2s m/s
Jo Jo 2 0 o
ER2) Um ponto material move-se ao longo de uma trajetória horizontal com velocidade v = 3t2 - 6t
m/s, onde t é o tempo em segundos. Supondo que no instante inicial o ponto se localizava na
origem O, determine a distância percorrida e, 4 s.
Solução:
s(t) = Jv(t)dt => s(t) = J^(3t2-6t)dt => s(t) = t3-3t2
ER3) (IME-87) Uma partícula desloca-se verticalmente, com velocidade crescente, de uma altura
5 m até o solo em 2 s. A representação gráfica do diagrama altura (z) vs tempo (t), relativa ao seu
deslocamento, é o quadrante de uma elipse. Determine:
a) o tempo necessário, a partir do início do deslocamento, para que a velocidade da partícula seja
2,5 m/s;
5 ?
b) a altura que estará a partícula quando sua aceleração for de . m/s .
V4-t2
Solução:
‘ • z(m) a) Como a inclinação da reta tangente ao gráfico z x t no ponto t = 0
5 é paralela ao eixo do tempo conclui-se que a velocidade inicial do
z2 t2
corpo é v0 = 0 m/s. A equação deste quarto de elipse é — + — = 1,
25 4
com 0<z<5e0<t<2
*t(s)
2 Isolando z obtém-se: z(t) = — 74 -12 , para 0 < t < 2.
5 1 -2t 5t
Derivando z(t) no tempo: z'(t) = v(t) = — => v(t) = - , 0 < t < 2.
2^4-t2
Fazendo v(t) = -2,5: -^ = 5t ^t2 =t 4-t2 = t2 => t2 = 2 => t = 72 s
274-t2
74 -12 - t2 '
5 V4-t2 5
b) v’(t) = a(t) = ——
4-t2 74 — t2 2 274—7
5t2 15-74-t2
=> 3(4 — t2) = t2 => 12 —3t2 = t2 => t2 = 3 => t = 73 s
274-t2 2
66
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER4) A aceleração tangencial de um objeto ao longo de uma trajetória fixa é at = - 0,4v, onde a é
medida em mm/s2 e v em mm/s. Sabendo que em t = 0 a velocidade é 30 mm/s, calcule:
a) A distância que o objeto percorrerá antes de parar.
b) A dependência da velocidade pelo tempo.
c) O tempo necessário para o objeto parar.
Solução:
ds dv
a) Sabe-se que v = — e a = —. Eliminando dt nestas duas equações obtém-se v dv = a ds.
Assim: v dv = - 0,4v ds => dv = -0,4ds => [v dv=fs-0,4ds => (v - v0) = - 0,4(s - s0)
Jvq Jso
No instante em que o objeto parar tem-se v = 0: (0 - 30) = - 0,4As => As = 30/0,4 => As = 75 mm
b) a=— => -0,4v = — => -0,4dt = —dv => í*-0,4dt = í* —dv
' dt dt v Jo jm v
,-0.4t v = 3Oe’0'4'
- 0,4t = In v - In 30 => -0,4t = ln — => — = e
30 30
c) Note que v tende a zero apenas quando t tende a infinito
ER5) Dois objetos, A e B, se conectam mediante uma barra rígida que tem comprimento L. Os
objetos deslizam ao longo de guias perpendiculares como é mostrado na figura. Suponha que A
desliza para a esquerda com uma velocidade constante v. Encontre a velocidade de B quando 0 =
60°.
I O
Solução:
A equação horária do movimento do objeto A é x = L - vt.
Para determinar a equação horária de B basta observar que x2 + y2 = L2:
(L - vt)2 + y2 = L2 => L2 - 2vLt + vV + y2 = L2 => y = V2vLt-v2t2
A velocidade de B é determinada derivando y no tempo:
dy 2vL-2v2t . .. vL-v2t
VB VB =
dt 2>/2vLt-v2t2 V2vLt - v2t2
Quando 0 = 60° segue que x = t => L
L-Vt: = — => vt = - t=—
2 2 2v
vL-v2 —
. x L vL-v2t 2v V
Logo, para t = ^: vb =
V2vLt-v2t2
f2vL —-v2f—
2 J3
2v 2v
67
ELEMENTOS DA FÍSICA
68
ELEMENTOS DA FÍSICA
0 5,'
+-
10 t(s)
Paulo-Tóquio é de 800km/h.
a) O comprimento da trajetória realizada pelo
Kasato Maru é igual a aproximadamente duas
vezes o comprimento da trajetória do avião no
-5,0 -- trecho São Paulo-Tóquio. Calcule a velocidade
escalar média do navio em sua viagem ao
Brasil.
E8) (UFPE-00) Dois carros, A e B, percorrem b) A conquista espacial possibilitou uma
uma estrada plana e reta no mesmo sentido. viagem do homem à Lua realizada em poucos
No instante t=0 os dois carros estão alinhados. dias e proporcionou a máxima velocidade de
O gráfico representa as velocidades dos dois deslocamento que um ser humano já
carros em função do tempo Depois de experimentou. Considere um foguete subindo
quantos segundos o carro B alcançará o carro com uma aceleração resultante constante de
A? módulo aR = 10m/s2 e calcule o tempo que o
v(m/s) foguete leva para percorrer uma distância de
800km, a partir do repouso.
7,0
69
ELEMENTOS DA FÍSICA
70
ELEMENTOS DA FÍSICA
e = 37ó--
No circuito da figura dada, a distância entre as
linhas A e B, é de 512 m. O carro número 1, 30
que estava parado na linha A, como indicado
na figura, parte com aceleração de 4 m/s2, que
mantém constante até cruzar a linha B. No
mesmo instante em que o carro número 1
parte (podemos considerar t = Os), o carro
número 2 passa em MRU (Movimento
Retilíneo Uniforme) com velocidade de 120
km/h, que mantém até cruzar a linha B. A x(m)
velocidade, aproximada, do carro número 1 ao
0 B
cruzar a linha B e o carro que a cruza primeiro
são, respectivamente,
a) Vã / 3 b) 1,0 c)1,5
( a ) 230 km/h e carro número 2. d) Vã e) 2,0
( b ) 230 km/h e carro número 1.
( c ) 120 km/h e carro número 1. E24) (AFA-08) Uma partícula move-se com
( d ) 120 km/h e carro número 2. velocidade de 50 m/s. Sob a ação de uma
( e ) 180 km/h e carro número 1. aceleração de módulo 0,2 m/s2 , ela chega a
atingir a mesma velocidade em sentido
E22) (Ciaba-17) Um trem deve partir de uma contrário. O tempo gasto, em segundos, para
estação A e parar na estação B, distante 4 km ocorrer essa mudança no sentido da
de A. A aceleração e a desaceleração podem velocidade é
ser, no máximo, de 5,0 m/s2, e a maior a) 500 b) 250 C) 100 d) 50
velocidade que o trem atinge é de 72 km/h. O
tempo mínimo para o trem completar o E25) (AFA-12) Considere um móvel
percurso de A a B é, em minutos, de: deslocando-se numa trajetória horizontal e
(a) 1,7 ( b ) 2,0
(b)2,0 (c) 2,5 descrevendo um movimento retilíneo
(d ) 3,0 (e)3,4 uniformemente acelerado e retrógrado. A
alternativa que contém o gráfico que melhor
E23) (Ciaba-13) Dois navios A e B podem representa o movimento descrito pelo móvel é
mover-se apenas ao longo de um plano XY. O a) .espaço c) .velocidade
navio B estava em repouso na origem quando,
em t = 0, parte com vetor aceleração constante
fazendo um ângulo a com o eixo Y. No mesmo
instante (t = 0), o navio A passa pela posição
mostrada na figura com vetor velocidade tempo tempo
constante de módulo 5,0 m/s e fazendo um b) espaço d) aceleração
ângulo 0 com o eixo Y. Considerando que no
instante t, = 20 s, sendo yA^) = yB(t2) = 30 m,
ocorre uma colisão entre os navios, o valor de tempo
tga é
Dados: sen(0)=O,6O ; cos(0)= 0,80. tempo
A 8 C
Sua velocidade v em função do tempo t, ao
71
ELEMENTOS DA FÍSICA
longo da trajetória, é descrita pelo diagrama v parar. Qual foi o módulo da desaceleração, em
x t mostrado abaixo. m/s2, considerando que a distância total
4v percorrida pelo carro foi de 750 m?
a) 3,50 b)4,00 c)4,50 d) 5,00 e) 5,50
^0
E30) (ITA-92) Dois automóveis que correm em
estradas retas e paralelas têm posições a
partir de uma origem comum, dadas por:
■>
X, = (30t) m X2 = (1,0 . 103 + 0,2t2) m
0 í
Calcule o(s) instante(s) t (t’) em que os dois
Considerando que o bloco passa pelos pontos
automóveis devem estar lado a lado. ( Na
A e B nos instantes 0 e t1t respectivamente, e resposta você deverá fazer um esboço dos
para no ponto C no instante t2, a razão entre gráficos X1 (t) e X2 (t).)
as distâncias percorridas pelo bloco nos
t(s) t-(s) t(s) t'(s)
trechos BC e AB , vale
a) 100 100. b) 2,5 7,5.
*2 +ti b) ~ *2__ *1 t2+ti c) 50 100. d) 25 75.
a) b) c) d)
t, t2 2t, 2t2 e) Nunca ficaram lado a lado.
72
ELEMENTOS DA FÍSICA
2,2 s. O tempo de reação do motorista (tempo F4) (Unicamp-14) Correr uma maratona requer
decorrido entre o momento em que o motorista preparo físico e determinação. A uma pessoa
vê a mudança de sinal e o momento em que comum se recomenda, para o treino de um dia,
realiza alguma ação) é 0,5 s. repetir 8 vezes a seguinte sequência: correr a
a) Determine a mínima aceleração constante distância de 1 km à velocidade de 10,8 km/h e,
que o carro deve ter para parar antes de atingir posteriormente, andar rápido a 7,2 km/h
o cruzamento e não ser multado. durante dois minutos.
b) Calcule a menor aceleração constante que o a) Qual será a distância total percorrida pelo
carro deve ter para passar pelo cruzamento atleta ao terminar o treino?
sem ser multado. b) Para atingir a velocidade de 10,8 km/h,
partindo do repouso, o atleta percorre 3 m com
F3) (Unicamp-10) A Copa do Mundo é o aceleração constante. Calcule o módulo da
segundo maior evento desportivo do mundo, aceleração a do corredor neste trecho.
ficando atrás apenas dos Jogos Olímpicos.
Uma das regras do futebol que gera polêmica F5) (Fuvest-98) Dois trens A e B fazem
com certa frequência é a do impedimento. manobra em uma estação ferroviária
Para que o atacante A não esteja em deslocando-se paralelamente sobre trilhos
impedimento, deve haver ao menos dois retilíneos. No instante t = Os eles estão lado a
jogadores adversários a sua frente, G e Z, no lado. O gráfico representa as velocidades dos
exato instante em que o jogador L lança a bola dois trens a partir do instante t = Os até t =
para A (ver figura). Considere que somente os 150s, quando termina a manobra. A distância
jogadores G e Z estejam à frente de A e que entre os dois trens no final da manobra é:
somente A e Z se deslocam nas situações V<n/»>
descritas a seguir. ♦5
a) 0 m b) 50 m c) 100 m
d)250 m e) 500 m
73
r ’
ELEMENTOS DA FÍSICA
x (m)
função do tempo de acordo com o seguinte 15077
gráfico.
v(rrfs^ ■
100
30 75
50 T
! 25 rfn
! 0
í —-1
5
i-
1O 15
10 t (s) tempo (s)
Suponha que você queira fazer esse mesmo a) Escreva as equações da posição como
carro passar do repouso a 30m/s também em função do tempo: Xi(t), do pedestre e x2(t), do
10s, mas com aceleração escalar constante. ônibus.
a) Calcule qual deve ser essa aceleração. b) Escreva as equações da velocidade como
b) Compare as distâncias d e d' percorridas função do tempo: v^t), do pedestre e v2(t), do
pelo carro nos dois casos, verificando se a ônibus.
distância d' percorrida com aceleração escalar c) Em que instante de tempo a velocidade do
constante é maior, menor ou igual à distância d pedestre em relação ao ônibus é nula?
percorrida na situação representada pelo
gráfico. F10) (UESPI-10) Numa pista de testes retilínea,
o computador de bordo de um automóvel
F8) (UCS-11) Um recurso eletrônico que está registra o seguinte gráfico do produto va da
ganhando força nos videogames atuais é o velocidade, v, pela aceleração, a, do
sensor de movimento, que torna possível aos automóvel em função do tempo, t. O analista
jogadores, através de seus movimentos de testes conclui que nos instantes t < ti e t >
corporais, comandarem os personagens do ti o movimento do automóvel era:
jogo, muitas vezes considerados como va
avatares do jogador. Contudo, esse processo
não é instantâneo: ocorre um atraso entre o
movimento do jogador e o posterior movimento
do avatar. Supondo que o atraso seja de 0.5 s,
se num jogo um monstro alienígena está a 18
m do avatar e parte do repouso em direção a
ele para atacá-lo, com aceleração constante
de 1 m/s2 (informação disponibilizada pelo ti t
próprio jogo), quanto tempo, depois do início
do ataque, o jogador deve socar o ar para que
seu avatar golpeie o monstro? Por
simplificação, despreze em seu cálculo
detalhes sobre a forma dos personagens. A) t < tv retardado; t > tv retrógrado
a) 1.0 s b) 1.8 s c) 4.7 s B) t < t,: acelerado; t > tv progressivo
d) 5.5 s e) 7.3 s C) t < t< retardado; t > tv acelerado
D) t < t,: acelerado; t > t< retardado
F9) (UFC-97) No gráfico abaixo estão E) t < tv retardado; t > tv progressivo
representados os movimentos de um pedestre
e de um ônibus. No instante de tempo t = 0, o F11) (Mackenzie-03) Um automóvel está
ônibus, até então parado na posição x = 25 m, parado junto a um semáforo, quando passa a
parte em linha reta, com aceleração constante. ser acelerado constantemente à razão de 5,0
Nesse mesmo instante (t = 0), o pedestre se m/s2, num trecho retilíneo da avenida. Após
encontra na posição x = 0, correndo com 4,0 s de aceleração, o automóvel passa a se
velocidade constante, na mesma direção e deslocar com velocidade constante por mais
sentido em que se desloca o ônibus. 6,0 s. Nesse instante, inicia-se uma frenagem
uniforme, fazendo-o parar num espaço de 20
m. A velocidade escalar média do automóvel
nesse percurso foi de:
a) 20 km/h b) 36 km/h c) 45 km/h
d) 54 km/h e) 72 km/h
74
ELEMENTOS DA FÍSICA
F12) (Mackenzie-03) Em uma pista retilínea, ao solo com uma velocidade vertical de
um atleta A com velocidade escalar constante módulo 2,0 m/s. Supondo que, ao saltar do
de 4,0 m/s passa por outro B, que se encontra avião, a velocidade inicial do paraquedista na
parado. Após 6,0 s desse instante, o atleta B vertical era igual a zero e considerando g = 10
parte em perseguição ao atleta A, com m/s2, determine:
aceleração constante e o alcança em 4,0 s. A a) O tempo total que o paraquedista
aceleração do corredor B tem o valor de: permaneceu no ar, desde o salto até atingir o
a) 5,0 m/s2 b) 4,0 m/s2 c) 3,5 m/s2 solo.
d) 3,0 m/s2 e) 2,5 m/s2 b) A distância vertical total percorrida pelo
paraquedista.
F13) (UEL-87) Um trem deve partir de uma
estação A e parar na estação B, distante 4000 F17) (UFU-11) Semáforos inteligentes ajudam
m de A. A aceleração e a desaceleração no trânsito de grandes cidades, pois além de
podem ser, no máximo, de 5,0 m/s2, e a maior possuírem regulagem de tempo, também
velocidade que o trem atinge é de 20 m/s. O informam ao motorista o momento exato em
tempo mínimo para o trem completar o que o cruzamento será liberado ou fechado,
percurso de A a B é, em segundos, de: evitando acidentes. Um desses semáforos
a) 98 b) 100 c) 148 d) 196 e) 204 funciona com cinco lâmpadas verdes e cinco
vermelhas, dispostas conforme a figura abaixo.
F14) (UFPR-12) Um míssil é lançado verdes vermelhas
75
ELEMENTOS DA FÍSICA
43,4 - - 1 £ 10
33.0 - - II
5
I
°o
0 9,58 9,70 l(s) Tempo (s)
Pode-se afirmar que, quando Usain Bolt A distância de maior aproximação do
cruzou a linha de chegada, Tyson Gay estava automóvel com a origem do sistema de
atrás dele, em metros, coordenadas, sua velocidade inicial e sua
a) 0,5. b) 0,8. c) 1,1. aceleração são, respectivamente,
d) 1,5. e) 1,9. (A) 3,75 m, -2,5 m/s e 1,25 m/s2.
(B) 3,75 m, -2,5 m/s e 2,50 m/s2.
F20) (FATEC-11) Um atleta inicia seu treino a (C) 3,75 m, -10 m/s e -1,25 m/s2.
partir do repouso e começa a cronometrar seu (D) 5,00 m, 10 m/s e 1,25 m/s2.
desempenho a partir do instante em que está a (E) 5,00 m, 2,5 m/s e 2,50 m/s2.
uma velocidade constante. Todo o percurso
feito pelo atleta pode ser descrito por meio F22) (EEAR-00) Durante um ataque pirata a
de um gráfico da sua posição (s) em função um navio cargueiro, os canhões de ambos
do tempo (t), conforme figura a seguir. acertaram-se mutualmente. Admitindo que não
houvesse movimento relativo entre os dois
navios, ou seja, que estivessem em repouso e
que a resistência do ar fosse desprezível, qual
seria o valor aproximado, em graus, do ângulo
entre cada canhão e a horizontal ( convés ) do
76
«Bi®
ELEMENTOS DA FÍSICA
navio? Considere a distância entre os navios trajetória, cujos gráficos horários são dados
de SoVãm , g = l0m/s2 , velocidade inicial do por:
projétil (bala) 40m/s e utilize a relação sen a . s(m)
77
ELEMENTOS DA FÍSICA
78
L—1ELEMENTOS DA FÍSICA
J
'c
típico) e adotando g = 10 m/sz, discuta se a
pessoa infringiu as Leis do Novo código
> 8 -
Brasileiro de Trânsito. Em caso afirmativo,
V dizer o mínimo de infrações cometidas,
6 - considerando que as principais infrações
previstas no referido código são: avançar sinal
4 - vermelho; deixar de dar preferência de
V passagem a pedestre que esteja na faixa;
2 - dirigir embriagado; transitar em rodovias com
\ i velocidade acima de 20% da máxima permitida
//■•••?
M ou a mais de 50% da máxima permitida em
o -- I ' I ' I ' I ■ I ' I ' I ’ I ■ I ' I 1 I ■ I ' I
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 195 vias públicas; participar de rachas ou pegas;
Tempo (segundos) não usar cinto de segurança; estacionar em fila
Observando o gráfico apresentado, assinale dupla; deixar de reduzir a velocidade do
a(s) proposição(ões) CORRETA(S). veículo próximo a escolas e hospitais etc.. Veja
01. No sexagésimo segundo, o ciclista A está figura abaixo.
SF_MÃFOR(
150 metros à frente do ciclista B.
02. A aceleração do ciclista A, nos primeiros
quarenta e cinco segundos, é de 1m/s2. J , L
04. No centésimo trigésimo quinto segundo, o
ciclista S está 150 metros à frente do ciclista A.
08. O ciclista B nunca alcança o ciclista A. 94 m
+■ + L-r
16. O ciclista A venceu a disputa porque
percorreu os 1200 metros em 150 segundos, e A6) (Unesp-13) Dois automóveis estão
o ciclista B gastou 165 segundos. parados em um semáforo para pedestres
32. No centésimo sexagésimo quinto segundo, localizado em uma rua plana e retilínea.
o ciclista B está a apenas 7,5 metros da faixa Considere o eixo x paralelo à rua e orientado
de chegada, e o ciclista A encontra-se a 52,5 para direita, que os pontos A e B da figura
metros da faixa de chegada. Portanto, o representam esses automóveis e que as
ciclista B vence a corrida. coordenadas xA(0) = 0 e xs(0) = 3, em metros,
64. A corrida termina empatada, pois ambos os indicam as posições iniciais dos automóveis.
ciclistas percorrem os 1200 metros em 165
j
segundos.
£
£
Stjíi
B
A4) (UEG-12) Considere dois anéis com raios A
a e b, sendo b > a. No instante t = 0, os dois
anéis se encontram com seus centros na £
origem. Sabendo-se que as acelerações dos d£
anéis são a! e a2 e que ambos partem do
repouso, a distância que o centro do anel
0 3 x (m)
menor percorrerá até que sua extremidade
Os carros partem simultaneamente em
toque no anel maior será de:
sentidos opostos e suas velocidades escalares
a)a1(b-a)/(a1-a2)
variam em função do tempo, conforme
bja^b-a^a,* a2)
representado no gráfico.
c) a,(b + a)/(ai - a2)
d) a,(b + a)/(a! + a2)
79
ELEMENTOS DA FÍSICA
(C)
.A
que representa o movimento de a tangenciam-
se em t = 3 s. Sendo a velocidade inicial da
partícula b de 8 m/s, o espaço percorrido pela
partícula a do instante t = 0 até o instante t = 4
V
s, em metros, vale
B B
a) 3,0 b) 4,0 c) 6,0 d) 8,0
A) a extremidade A descreve uma trajetória
A8) (Escola Naval-16) Analise a figura abaixo. curva.
VB B) o movimento do ponto A é uniformemente
B0-»_______________________ acelerado.
C) a velocidade do ponto A é constante.
D) o tempo gasto para A chegar ao solo é 2,5
segundos, independentemente do
0 500 x(m) comprimento da escada.
A figura acima mostra duas partículas A e B se E) Nenhuma das afirmações acima é correta.
movendo em pistas retas e paralelas, no
sentido positivo do eixo x. A partícula A de
80
M’.4
ELEMENTOS DA FÍSICA
( )E.
81
ELEMENTOS DA FÍSICA
A15) (ITA-68) Três carros percorrem uma Neste caso pode-se afirmar que:
estrada plana e reta com as velocidades em a) A velocidade média entre t = 4s e t = 8s é
função do tempo representadas pelo gráfico ao de 2,0 m/s.
lado. No instante t = 0 os três carros passam b) A distância percorrida entre t = Os e t = 4s
por um farol. A 140 m desse farol há outro é de 10 m.
sinal luminoso permanentemente vermelho. c) Se a massa do corpo é de 2,0 kg a
Quais dos carros ultrapassarão o segundo resultante das forças que atuam sobre ele
farol ? entre t = Os e t = 2s é de 0,5N.
d) A sua aceleração média entre t = 0 s e t = 8
•wV/A
s é de 2,0 m/s2.
e) Todas as afirmativas acima estão erradas.
30
A18) (ITA-01) Uma partícula, partindo do
20 repouso, percorre no intervalo de tempo t, uma
A distância d. Nos intervalos de tempo seguintes,
10
0 todos iguais a t, as respectivas distâncias
percorridas são iguais a 3D, 5D, 7D etc. a
O 2 5 í I 10 ia A respeito desse movimento pode-se afirmar
que:
A) Nenhum dos três B) 2 e 3 C) 1 e2 a) a distância da partícula desde o ponto em
D) 1 e 3 E)1,2e3 que inicia seu movimento cresce
exponencialmente com o tempo.
A16) (ITA-86) O gráfico a seguir representa as b) a velocidade da partícula cresce
posições das partículas (1), (2) e (3), em exponencialmente com o tempo.
função do tempo. Calcule a velocidade de c) a distância da partícula desde o ponto em
cada partícula no instante t = 4 s. que inicia seu movimento é diretamente
i * m
proporcional ao tempo elevado ao quadrado.
500
. Pan,cu:a 1 d) a velocidade da partícula é diretamente
«O r- 9adicu:a 2 proporcional ao tempo elevado ao quadrado.
e) nenhuma das opções acima é correta.
300
82
ti..
ELEMENTOS DA FÍSICA
Trem I
^3 ■
(3,-32/
83
ELEMENTOS DA FÍSICA
I
B determine o intervalo de tempo para o qual o
movimento é retrógrado
84
ELEMENTOS DA FÍSICA
i: :
■h
3a
85
ELEMENTOS DA FÍSICA
CINEMÁTICA - LANÇAMENTOS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
QUEDA LIVRE
A queda livre ocorre quando uma partícula é abandonada de uma altura h, sem velocidade
inicial, a uma determinada altura do solo. Note que a partícula está sujeita apenas à aceleração da
gravidade, motivo pelo qual toda queda livre é um movimento uniformemente variado. Deste modo,
a partícula se moverá em uma trajetória perfeitamente vertical até atingir o solo. Será adotado um
referencial unidimensional vertical y, cuja origem coincide com a posição do solo. Como o eixo
está orientado de baixo para cima e a aceleração da gravidade é um vetor orientado de cima para
baixo, neste eixo, a aceleração escalar resultante vale a = - g. Além disso, devido ao movimento
sempre descendente, esse eixo sempre mede velocidades menores ou iguais a zero da partícula.
f : vf = v0 + at v = o - gt => v = - gt
86
ELEMENTOS DA FÍSICA
vf = v0 + at - v = - v0 - gt => v = v0 + gt
87
-■ • • ...
ELEMENTOS DA FÍSICA
Perceba que essa última expressão poderia ser obtida somando as equações horárias da
velocidade na subida e na descida.
at2 = h0+v0.ts-^
y = yo + vot+— hmax
at2 gtd
y = yo+vot+^- 0 hmax hmax
2
at2 gt?
y = yo + vot+— => O = ho+vo.tT-Y
Observações:
2) Como a velocidade no instante de altura máxima é nula, o movimento de descida é uma queda
livre.
3) No movimento de descida, o tempo que a partícula demora para atingir a altura h0, em relação
ao solo, é igual a ts.
MMM
88
ELEMENTOS DA FÍSICA
LANÇAMENTO HORIZONTAL
Vo Vx = V0
ho
/O
X= 6 +vxt X = vot
ay = - g
✓o
0 X Vy=> >y + ayt => vy = -gt
—►
y = yOy+><< 1 't.ül
/O
2
y=ho-^-
Quando a partícula atinge o solo tem-se t = td, x = Aey = 0. Assim, o alcance e a altura do
movimento valem:
gtd
A = V0td h0
2
z >.2
t=A _9 2L y = h0 _^23(2 > Para 0 < x < A
vo
y = h0
2UJ
Esta última expressão é a equação da trajetória executada pela partícula, que é um arco
de parábola, restrito aos instantes em que a partícula está no ar, por isso a restrição 0 < x < A.
89
ELEMENTOS DA FÍSICA
y “
Vo
ho
Como ocorre em todo movimento não retilíneo, a velocidade resultante, que é tangente à
trajetória na posição da partícula, pode ser decomposta em duas componente retangulares, aqui
designadas de vx e vy. Portanto, segue que vR = vx + vy.
V^ = Vx+V^ vR = vo+(~gt)2
|V„ | gt
tge = ^ => tg0
vo
2) O valor máximo de 0 ocorre para o instante em que a partícula choca-se com o solo.
90
í .
ELEMENTOS DA FÍSICA
LANÇAMENTO OBLÍQUO
y “
r
vx
Vy
y hmax
o x
—>
= *T
ts=td
2
i) eixo x:
Desde que a única aceleração existente é a aceleração da gravidade, que é um vetor com
direção vertical, tem-se ax = 0. Portanto, a projeção do movimento no eixo x é um movimento
uniforme, cuja velocidade é constante e igual à componente x da velocidade de lançamento:
Vx = Vq.COS 0
X = Vo-COS 0.t
91
ELEMENTOS DA FÍSICA
•f
ii) eixo y:
Como a única aceleração atuante na partícula é a gravidade, segue que ay = - g. Logo, a
projeção do movimento no eixo y é um movimento uniformemente variado, mais especificamente
um lançamento vertical ascendente, com velocidade de lançamento igual a vOy = vosen 0.
Além disso, a partícula apresentará o mesmo módulo de velocidade vertical quando passa
na mesma altura na subida e na descida. Assim, se ao passar por um altura h (0 < h < hmax) na
subido a componente y da velocidade é vy , ao passar pela mesma altura na descida a
componente y da velocidade é -vy.
✓0
♦ avt2 gt2
y= >y + vOyt + -^~ => y = vosen0t-^-
Sabe-se que a partícula atinge a altura máxima quando vy = 0. Assim, o tempo de subida
(tempo que leva a partícula desde o lançamento até o ponto de altura máxima) vale:
v0 sen0
vy = vosen 0 - gt => 0 = vosen 0 - gts => vosen 0 = gts => t. =
g
Como a trajetória da partícula é simétrica em relação a um eixo vertical que passa pelo
ponto de altura máxima, segue que o tempo de descida é igual ao tempo de subida:
v0 sen0
td=ts
g
Assim, o tempo total de movimento (tempo que a partícula demora para atingir o solo) é
igual a soma do tempo de subida com o tempo de descida:
,T.td + t..5^
92
■MK -ELEMENTOS DA FÍSICA
Alcance Máximo
Pela expressão do alcance, pode-se concluir que fixando v0 e variando 0 obtém-se valores
distintos do alcance. Um problema clássico consiste em determinar o valor de 0 de modo que o
alcance seja máximo. Este problema possui muitas aplicações práticas, como o lançamento de
um artefato militar ou o salto de um atleta de salto em distância.
Vp sen 20
Como A = , fixando v0, tem-se que o alcance máximo ocorre para o maior valor
g
possível de sen 20, que é 1:
Suponha que uma partícula vai ser lançada em diversos ângulos de lançamento, sempre
com a mesma velocidade de lançamento v0. O objetivo é encontrar a relação entre dois destes
ângulos de lançamento (digamos a e p, com a * P), de modo que os respectivos alcances sejam
iguais.
y-
g
*0 Z
,a X
O
♦ A >
v§ sen2a _ Vp sen2p
A! = A2 => => sen 2a = sen 2p
g ~ g
Como a * p, a única possibilidade é que a soma dos arcos seja igual a 180°:
Assim, caso a velocidade de lançamento seja a mesma, sempre que a soma dos ângulos
de lançamento seja 90°, o alcance destes dois lançamentos será o mesmo.
93
ELEMENTOS DA FÍSICA
T
Do que já foi exposto sobre o lançamento oblíquo abe-se que a projeção do movimento no
eixo x é um MU e no eixo y é um MUV. Assim, as equações horárias das velocidades em cada
eixo são:
y “
g
V
v.
>•
r
hmax
O x
ÍL —►
t |Vy| |vy|
tga = -JÍ- sena =—— e cosa=JI—
Vx I
|vxl’ |vR I |vRl
Em outros termos:
|vo.senO-gt|
tga
vo.cos0
| vo.sen0-gt|______
sena =
■^(Vq.cosO)2 +(vo.sen0-gt)2
vn.cos0
cos a = ----- ■ M -
^(Vq.cosO)2 +(vo.sen0-gt)2
94
ELEMENTOS DA FÍSICA
Observações:
2) Como a trajetória parabólica da partícula é simétrica em relação ao um eixo vertical que passa
pela posição de altura máxima, a partícula apresenta mesmo módulo de vy para a mesma altura h
na subida e da descida. Assim, se em um altura h na subida a velocidade em y é vy, na mesma
altura h na descida a velocidade no eixo y será - vy;
4) No instante em que a partícula choca-se com o solo o ângulo formado entre vR e a direção
horizontal é igual ao ângulo de lançamento 0. Isto é mais um consequência da trajetória
parabólica da partícula ser simétrica em relação ao um eixo vertical que passa pela posição de
altura máxima;
5) Desde o instante do lançamento até o ponto de altura máxima o ângulo a formado entre vR e a
direção horizontal vai diminuindo, desde 0 (ângulo de lançamento) até 0. A partir do ponto de
altura máxima o ângulo a vai aumentando desde 0 até 0;
2
x
g
x vo COS 0
y = v0 sen 0t - => y = ^sen0
COS0, 2
g x2, para 0 < x < A
y = (tgO)x-
2Vq cos2 0
95
ELEMENTOS DA FÍSICA
PARÁBOLA DE SEGURANÇA
Considere que uma partícula pode ser lançada, sempre com a mesma velocidade v0, com
um ângulo 0 de lançamento variável, de modo que 0 < 0 < 180°. Deste modo, a partícula passará
por uma infinidade de pontos do plano xy. Por exemplo, ao longo do eixo x todos os pontos tais
Vn Vn
que x < lAmaxI, equivalente a —-<x<— , podem ser atingidos. No eixo y todos os pontos
g g
inferiores ao ponto de altura máxima de um lançamento com 0 = 90° também podem ser atingidos
Vn
pela partícula: 0 < y < —. O objetivo agora é determinar todos os pontos do plano xy que podem
2g
ser atingidos pela partícula. Essa região é delimitada pelo eixo x e por uma curva que é tangente a
todas parábolas obtidas variando o ângulo de lançamento desde 0 até 180°, mantendo constante
a velocidade de lançamento v0. A figura abaixo mostra um esboço da região que reúne todos os
pontos do plano xy que podem ser atingidos pela partícula.
x
< >
A equação da trajetória pode ser escrita como uma equação de segundo grau em tg 0:
Esta última expressão determina o ângulo 0 que a partícula deve ser lançada para atingir o
ponto (x, y). Como toda equação de segundo grau, deve-se analisar seu discriminante.
1) 1° caso: A > 0
Se A > 0 a equação terá duas soluções distintas, digamos tg a e tg p (a # p). Assim,
existem dois ângulos distintos para os quais o ponto (x, y) será atingido pela partícula.
Graficamente, o ponto é interno à região dos pontos que podem ser atingidos pela partícula, como
o ponto P2 na figura anterior. Essa região recebe o nome de zona de risco.
2) 2a caso: A = 0
Se A = 0, a equação fornecerá um único ângulo de lançamento sob o qual o ponto (x, y)
será atingido pela partícula. Graficamente, o ponto está sobre a curva que delimita a zona de risco,
como por exemplo o ponto P3 na figura anterior.
3) 3° caso: A < 0
Se A < 0, a equação não possui solução, ou seja, não existe ângulo de lançamento 0 que
faça a trajetória da partícula passar pelo ponto (x, y). Para atingi-lo, seria necessário aumentar a
velocidade de lançamento v0. Graficamente, A < 0 significa que o ponto é externo à zona de risco,
como por exemplo o ponto Pi da figura. Esta região formada pelos pontos que não podem ser
atingidos pela partícula denomina-se zona de segurança.
96
ELEMENTOS DA FÍSICA
Desta forma, para determinar a equação da curva que delimita a divisão dos pontos do
plano entre zona de risco e zona de segurança deve-se impor que o discriminante da equação
2 z
2Vp 2vg.y = 0 v2 a
A = 0 => b2 - 4ac = 0 => -4 1 + y = —--s-x2, para x> 0
gx g.x2 2g 2v2
Esta equação representa um arco de parábola, limitada aos valores de x positivos, que
recebe o nome de parábola de segurança, exatamente por delimitar a região de segurança do
plano, formada pelos pontos que não podem ser atingidos pela partícula, independentemente do
ângulo 0 de lançamento.
4y
zona de segurança
parábola de segurança
v_y°—g_x2
X“2g 2vf
zona de risco
->
X
Propriedade
2g.xv 4g-yv
sen20 e cos20 = 1-
' v2 V?
x2 (yv -k)):2 Vn
Como sen2 20 + cos2 20 = 1 tem-se que
1
— ^- +
Al. Z
— = 1, onde k = — , que é a
4k2 b2 4g
equação de uma elipse centrada em (0, 0) e com semi-eixos iguais a 2b e b.
y(m)
X x(m'
97
ELEMENTOS DA FÍSICA
r
Ângulo para alcance máximo (lançamento e colisão em alturas diferentes)
y “
yi
2g
,V0
\y?
/\0 . \9
O X
-H
X Amax
solo
_h = 2Í_JLx* X =
2g 2Vq
Amax =
Ainda falta determinar o ângulo de lançamento da partícula para esse alcance máximo.
Uma possibilidade é substituir na equação da trajetória (em função de tg 0) as coordenadas do
ponto onde a parábola de segurança encontra o solo e observar que, neste caso, o discriminante
98
ELEMENTOS DA FÍSICA
da equação é nulo (pois o ponto pertence à parábola de segurança), ou seja, a equação possui
raiz dupla, cujo valor coincide com a ordenada do vértice da parábola, na variável tg 0.
2yj
tg2 0 - í tg 0 +1 + 2v°2y b gx Vp 1 vq g vo
0 => tg 0 = -
l gx ) gx2 2a 2 g x g v0>/vã+2gH •7vo+2gH
2 v0 2v0
2tgO 7vg+2gH = 7vo + 2gH = Vp^vg +2gH
tg20 =
1-tg20” Vp 2gH gH
’ - "
Vo+2gH vp + 2gH
Note, na figura, o ângulo a, formado, com a horizontal, pelo segmento que liga a origem ao
ponto de colisão da partícula com o chão. A cotangente deste ângulo vale:
Vqa/vq +2gH
cotg a = tg (90° - a) = A™x =
H gH
P = 45°-- + a 45°+—
2 2
Observe que este é o mesmo ângulo formado pelo vetor velocidade e a direção vertical.
Assim, para fazer um lançamento com alcance máximo, de um ponto acima do solo, basta lançar
a partícula na direção da bissetriz do ângulo formado entre o eixo y e o segmento de reta que liga
a origem O ao ponto onde a parábola de segurança intersecta o solo.
y“
* o
90°-a
H
r 99
ELEMENTOS DA FÍSICA
Uma outra situação análoga a esta é o lançamento de uma partícula sobre um plano
inclinado, de inclinação a com relação à direção horizontal. Pela definição de parábola de
segurança, o alcance máximo ocorre quando a partícula se choca com o plano inclinado no
mesmo ponto onde a parábola de segurança intersecta o plano inclinado. Neste ponto, a trajetória
parabólica da partícula é tangente à parábola de segurança. A partícula seguirá essa trajetória
que resulta em um alcance máximo quando for lançado de modo que v0 esteja sobre a bissetriz
do ângulo formado pelo plano inclinado e a direção vertical, no ponto de lançamento, como
indicado na figura abaixo:
0 = 45°--.
2
y "
parábola de
-..segurança
plano
trajetória da inclinado
partícula,-''
Vo /
tf/
Xp
a
—►
O X
Observações:
1) A expressão do ângulo de lançamento encontrado para alcance máximo, tanto para lançamento
de uma altura acima do solo quanto para lançamento sobre um plano inclinado, 0 = 45°—^,
concorda com o resultado encontrado para ângulo de lançamento para alcance máximo com
lançamento no solo, uma vez que para a = 0 tem-se 0 = 45°.
2) Caso a partícula seja lançada para baixo do plano inclinado em vez de lançar para cima, como
foi apresentado anteriormente, o ângulo de lançamento, com relação à horizontal, para alcance
máximo é o mesmo, ou seja, 0 = 45°--^, onde a é o ângulo de inclinação do plano inclinado.
100
ELEMENTOS DA FÍSICA
4y
V3 V3 > V2 > V1
V2
V1
—►
X
P(xp, yP):
Como Vo > 0 e yp < 7yP + xP , deve-se escolher + nos dois sinais ±. Assim, a menor
velocidade de lançamento para que a partícula passe por um determinado ponto P(xP, yP) do
plano é v0=A/g(yp+7yP+xP).
-y
P(xr, yP)
101
^ ELEMENTOS DA FÍSICA
ER1) Um balão sobe verticalmente com movimento uniforme e 5 s após ele abandonar o solo, seu
piloto abandona uma pedra que atinge o solo 7 s após a partida do balão. Determinar:
a) a altura onde foi abandonada a pedra;
b) a velocidade de ascensão do balão;
c) a altura em que se encontra o balão no instante em que a pedra atinge o solo.
Dado: g = 9,8 m/s2
Solução:
a) Suponha que a pedra é abandonada a uma altura h do solo. Além disso,
seja v0 a velocidade do balão, suposta constante, que é a mesma
velocidade com que a pedra é lançada.
A equação horária do balão é: yb = v0.t => h = 5v0
Ji
á '
H
I
A equação horária do movimento da pedra é:
yP = yo + vot-^- => yp = h+v0t-4,9t2
ER2) Um método possível para medir a aceleração da gravidade g consiste em lançar uma
bolinha para cima em um tubo onde se fez vácuo e medir, com precisão, os instantes tí e t2 de
passagem (na subida e na descida, respectivamente) por uma altura h conhecida, a partir do
.... 2h
instante de lançamento. Mostre que g = —
ttt2
Solução:
Pela simetria que existe em todo lançamento vertical, o tempo que a bolinha
demora para percorrer a distância h na subida é igual ao tempo que demora
para a bolinha percorrer a mesma altura h na descida. Assim, pode-se
: ■
afirmar que o tempo total que a bolinha leva para voltar à posição de
lançamento é h + t2. Logo, analisando o movimento de descida (queda livre),
‘4 ^-t2 H gfti + t2
2
=> H = f(t?+2t1t2+t2)
2 2 I o
h Analisando agora o movimento da bolinha desde o ponto de altura máxima
até passar pela altura H - h:
x2 2
H_h=9|k^ H-h = ^fi—Í1 => H-h = J(t2-2t1t2+t2)
2 2 2 2 I o
nmmmmmmm
102
.....ELEMENTOS DA FÍSICA
ER3) (IME-88) Um elevador parte do repouso e sobe com aceleração constante igual a 2 m/s2 em
relação a um observador fixo, localizado fora do elevador. Quando sua velocidade atinge o valor v
= 6 m/s, uma pessoa que está dentro do elevador larga um pacote de uma altura h = 2,16 m, em
relação ao piso do elevador. Considerando que o elevador continue em seu movimento acelerado
ascendente, determine para o observador fixo e para o localizado no interior do elevador:
a) o tempo de queda;
b) o espaço total percorrido pelo pacote até que este encontre o piso do elevador.
Obs: considere g = 10 m/s2.
Solução:
a) Será adotado um referencial unidimensional y, com direção
vertical, sentido de baixo para cima e origem na posição do piso
♦ o quando o pacote é solto. Este referencial é considerado um
observador fixo, ou seja, está parado com relação ao prédio onde
está localizado o elevador.
Equação horária do espaço do piso do elevador:
2,16 m ye(t) = v0t + -^- = 6t + t2
ILi
t2 = 0,36 => t = 0,6s
Equação horária do espaço do pacote:
yP(t) = yop+vot + ^- = 2,16 + 6t-5t2
ER4) (ITA-80) Um corpo cai, em queda livre, de uma altura tal que durante o último segundo de
queda ele percorre 1/4 da altura total. Calcular o tempo de queda, supondo nula a velocidade
inicial do corpo.
1 2
( )A.t = ---------7= S ( ) B. t = s ( )C.t = == S
2-V3 2 -X 3
3
( ) d. t = s ( )E.t = s
2 - VT
Solução: Alternativa C
Sejam h a altura total da queda livre e t o tempo total de queda. Logo:
h=— (1)
2
t-1< ! 3h/4 Como o corpo percorre a distância h/4 no último segundo de movimento,
segue que a distância 3h/4 (contada desde o instante em que o corpo é
t{ abandonado) é percorrida em um tempo t - 1 s.
3h _ g(t —1)2 h 2g(t -1)22
2g(t-1) (D gt2 =2g(t-1)2
h=
4 2 3 2 3
! h/4 3t2 = 4(t2-2t+1) => 3t3 = 4t4Í2 - 8t + 4 => ^-81 + 4 = 0 =>
2 -8t
ó + t=
8 ± 764-4.1.4 8 ± 748 = 4 ±2^3 s
2“ 2
A única solução conveniente é a o do sinal +, uma que 4 - 273 < 1, que é um absurdo, pois o
tempo total de movimento é maior que 1.
2
Desta forma: t = 4 + 273 =2(2 + 73) = s
2-Vã
103
^ELEMENTOS DA FÍSICA
I h
K t
tf tf h = t, t2 h 2 tf t2 h
a) H = 2^-tf)2 b) H c) H =
41-t?) (ti-tf)2
d) H = 4 2 h 4tf tf h
e) H =
W^fT (ti-‘f)2
Solução: Alternativa E
gtf gtf
Analisando as quedas livres: H = h= H+h= onde t2 = t3 +14
2 2
Portanto- t>= V2h+J2(H+h) t,(V^ + j2(H+h)
vg v g -Jg
*2 h tg__
ti H Jl
tj
tf
2t2
t. £ h . h
+ — = 1 +------ >
H H
tj 1 _ 2t2
tf ’ ’ t. £ tl-tf
t?
2t2
ti
4t?t^h
(tf-tf)
ER6) (Ciaba-16) Uma bola é lançada do topo de uma torre de 85 m de altura com uma velocidade
horizontal de 5,0 m/s (ver figura). A distancia horizontal D, em metros, entre a torre e o ponto onde
a bola atinge o barranco (plano inclinado), vale Dado: g = 10m/s2
85 m
I 8
1
10 m
(a)15 (b)17 (c)20 (d)25 (e)28
104
ELEMENTOS DA FÍSICA
Solução: Alternativa A
Para resolver esta questão, é necessário transformá-la
vt em uma questão de geometria analítica, onde será
5 m/s
85 determinada a interseção de uma parábola (trajetória da
bola) com uma reta (superfície do barranco).
Com relação à trajetória da bola:
xx
Eixo x: x = vot => x = 5t => t = — (1)
5
y = 85-5 r£
xV x2
,9
-> => y = 85- — (3)
O 10 D X
Reta que define a inclinação do barranco:
y = mx + n, onde m é a inclinação da reta (m = tg 0 = 8) => y = 8x + n
Para determinar n basta substituir o ponto (10, 0) na equação da reta:
0 = 8.10 + n => n=-80 => y = 8x-80 (4)
x2 x2
Fazendo a interseção de (3) e (4): 85------ = 8x-80 => —+ 8x-165 = 0 =>
5 5
x2 + 40x-825 = 0 => (x - 15)(x + 55) = 0 => x = 15 m ou x = - 55 m (não convém)
Logo, D = 15 m
ER7) (AFA-09) Uma bola de basquete descreve a trajetória mostrada na figura após ser
arremessada por um jovem atleta que tenta bater um recorde de arremesso.
5,0 m
' I
À i-
2.0 m-
-, ■ - ■ •- - —rvr—rw
I----------- 7----------
A bola é lançada com uma velocidade de 10 m/s e, ao cair na cesta, sua componente horizontal
vale 6,0 m/s. Despreze a resistência do ar e considere g = 10 m/s2. Pode-se afirmar que a
distância horizontal (x) percorrida pela bola desde o lançamento até cair na cesta, em metros, vale
a) 3,0 b) 3,6 c) 4,8 d) 6,0
Solução: Alternativa D
y “
A origem dos sistema de coordenadas será colocado
no ponto de lançamento da bola.
Sabe-se que a componente horizontal da velocidade é
3 constante. Logo, na posição de lançamento:
vo=vx+voy => 1OO = 36+Voy => Voy = 8m/s
Componente y da equação horária do espaço:
y = v0yt-^- = 8t-5t2
105
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER8) (ITA-11) Duas partículas idênticas, de mesma massa m, são projetadas de uma origem O
comum, num plano vertical, com velocidades iniciais de mesmo módulo v0 e ângulos de
lançamento respectivamente a e p em relação á horizontal.Considere T, e T2 os respectivos
tempos de alcance do ponto mais alto de cada trajetória e t, e t2 os respectivos tempos para as
partículas alcançar um ponto comum de ambas as trajetórias.Assinale a opção com o valor da
expressão hT, + t2T2.
a) 2^0 (tga + tgp)/g2 b) 2^^ c) 4v20 sena /g2
d) 4^0 senp /g2 e) 2^0 (sena + senp)/g2
Solução: Alternativa B
Como a projeção na vertical de um lançamento oblíquo é um lançamento vertical:
T = vosena e T = vosenp
1 g 2 g
Como a projeção na horizontal de um lançamento oblíquo é um MU:
x, = (vocos a)t e x2 = (v0cos p)t
No ponto comum:
i) x, = x2 => cos a.t, = cos p.t2
g(tT -12 )(t, +12)
ii) y, = y2 (vosena)t, = (v0senp)t2 v0(sena.t, -senp.t2) =>
2
senp. cos a gt2 (cosp-cosa)(cosp + cosa)
vot, sena -
cosp 2 cos2 p
a-p a+P a+P a~p
sena.cosp-senp.cosa') gt2 2 cos----- - cos------- ,2sen----- - sen----- -
2_______ 2_________ 2_______ 2
Vo4,
cosp 2 COS2 P
2v0 cosp 2v0 cosa
2v0sen(a - P)cos p = gtisen(a - p)sen(a + p) => = => t2
gsen(a + p) gsen(a + P)
Deste modo:
2v0cosp vosena 2v0cosa vosenp _o.
sen< cosa 2v2
t-|Ti + t2T2 -
gsen(a + p) g gsen(a + p) g g2 g2
ER9) (IME-94) Um míssil viajando paralelamente à superfície da terra com uma velocidade de 180
m/s, passa sobre um canhão à altura de 4800 m no exato momento em que seu combustível
acaba. Neste instante, o canhão dispara a 45° e atinge o míssil. O canhão está no topo de uma
colina de 300 m de altura. Sabendo-se que a aceleração local da gravidade g = 10 m/s2,
determine a altura da posição de encontro do míssil com a bala do canhão, em relação ao solo.
Despreze a resistência do ar.
4
i
I
I zZ
l Z. 4S°
480-3 m
'i
I 200
1'
✓//// 77777
SOLO
Solução:
A componente horizontal da velocidade da bala deve ser igual à velocidade do míssil.
/2
Vm = vbaia.cos 45° => 180 = vbala.— => vbala = 180>/2 m/s
106
k-..............
ELEMENTOS DA FÍSICA
ybaia(t) = yOb + Vba,a.cos 45°t - gt2^ => ybaia(t) = 300 + 180t - St2
Mo momento do encontro: ym(t) = ybaia(t) => 4800 - õt2 = 300 + 180t - õt2 => t = 25 s
Logo: y(25) = 4800 - 5(25)2 = 1675 m
água
Solução:
D
Na horizontal tem-se: D = vA.cos 0.t => t
vA COS0
,, vA.sen0.D gD2
Na vertical: y vA.sen0.t- — -H = —- -----------
A 2 VA.COS0 2vA cos2 0
gD2 1 gp2 1 1 2 cos2 0(H + D.tg0)
-H = D.tgO- => H + D.tg0 =
2cos20 v2 2cos20 vA gõ2
D g
Va " cos0^2(H + D.tg0)
ER11) (IME-98) Um pequeno cesto é preso em uma haste que o faz girar no sentido horário com
velocidade constante. Um carrinho, com velocidade de 1,5 m/s, traz consigo um brinquedo que
arremessa bolinhas na vertical para cima com velocidade de 5,5 m/s. Quando o carrinho está a
uma distância de 2 m do eixo onde a haste é presa, uma bolinha é lançada. Nesse instante, o
cesto está na posição mais baixa da trajetória (posição A), que é a altura do chão e a do
lançamento da bolinha. A bolinha é arremessada e entra, por cima, no cesto quando este está na
posição B indicada na figura. Determine o vetor velocidade da bolinha ao entrar no cesto;
Dado: g = 10 m/s2.
Cesto
B LI X
i
Carrinho Li
|«|
X
►I
2m
Solução:
Sejam r o comprimento da haste e t o tempo que o cesto leva para ir de A para B.
Considere que a origem dos sistema está no ponto de lançamento da bolinha, com o eixo x na
horizontal e o eixo y na vertical.
A equação horária da posição x da bolinha é: x = vx.t = 1,5t
Quando a bolinha entre no sexto tem-se x = 2 - r: 2 - r = 1,5t (1)
qt2 2
A equação horária da posição y da bolinha é: y = vOyt-^~ => y = 5,5t-5r
Quando a bolinha entra no cesto, tem-se que y = r: r = 5,5t - St2 (2)
Somando as equações (1) e (2):
107
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER12) É necessário lançar uma partícula sobre uma parede vertical de altura H que se encontra a
uma distância D do ponto de lançamento, em um local onde a aceleração da gravidade é g.
i9 nt
H
D
lançamento para que a partícula passe pelo ponto P(D, H) é v0 = AJg(H + A/D2 + H2 ) •
b) Para determinar o ângulo de lançamento da partícula basta substituir na equação da trajetória
(em função de tg 0) as coordenadas do ponto P(D, H) e a velocidade v0 determinada no item
anterior. Será determinada uma equação do 2o grau de tg 0 que possui raiz dupla, uma vez que P
pertence à parábola de segurança. Neste caso, o valor da raiz coincide com a ordenada do vértice
da parábola, na variável tg 0:
_2yi
2v§ gx Vp 1
=> tge.
=> tge -7
V gx J gx2 2a 2 g x
g(H + ^D2 + H2) H + Td2 + H2
t96 =-------- gõ-------- =-------- 5”
h + Vd2 + h2
Logo, para um alcance máximo, o ângulo de lançamento deve ser arc tg
D
Calculando o valor de tg 20:
108
BL...
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER13) Um engenheiro deverá projetar um poço onde serão realizados testes de explosão com
granadas. Para efeitos de segurança, os estilhaços das granadas não podem atingir a superfície
da Terra. Admita que a profundidade do poço é H, que a granada está localizada no centro do
poço e que todos os estilhaços são lançados com a mesma velocidade v0. Determine qual o valor
que o engenheiro vai projetar para o diâmetro D do poço de modo a satisfazer as condições de
segurança.
>
D
Solução:
y Jk
D/2 X Portanto:
2 2
vo 9 „2 D
-9-1-1 = Vo-2gH
y= 2g"2v§ 2g 2v2U. 2v^2j 2g
-T
2j
vg(vg-2gH)
g2
=»>
„
—
2v0A/v2-2gH
109
ELEMENTOS DA FÍSICA
queda. 1
110
ELEMENTOS DA FÍSICA
verticalmente para cima, da beira da sacada E15) Um canhão, em solo plano e horizontal,
de um prédio, com uma velocidade inicial de dispara uma bala, com ângulo de tiro de 30°. A
10m/s. O projétil sobe livremente e, ao cair, velocidade inicial da bala é 500 m/s. Sendo g =
atinge a calçada do prédio com velocidade 10 m/s2 o valor da aceleração da gravidade no
igual a 30m/s. Determine quanto tempo o local, qual a altura máxima da bala em relação
projétil permaneceu no ar. Adote g = 10m/s2 e ao solo, em km?
despreze as forças dissipativas.
E16) Um corpo é lançado para cima, com
E11) Um corpo em queda livre, a partir do velocidade inicial de 50m/s, numa direção
repouso, percorre uma distância d no primeiro que forma um ângulo de 60° com a horizontal.
segundo de movimento. Qual a distância Desprezando a resistência do ar, calcule, no
percorrida por ele no quarto segundo de ponto mais alto da trajetória a velocidade
movimento? Despreze o efeito do ar. do corpo: (Dados: sen 60° = 0,87 e cos 60°
a) d b) 4 d c) 5 d d) 6 d e) 7 d = 0,5)
E12) Deixa-se cair livremente de uma altura de 17) (Fuvest-10) Numa filmagem, no exato
200 metros, um objeto pesado. Desejando-se instante em que um caminhão passa por uma
dividir em duas partes esta altura, de maneira marca no chão, um dublê se larga de um
que os tempos percorridos sejam iguais e viaduto para cair dentro de sua caçamba. A
considerando a aceleração da gravidade igual velocidade v do caminhão é constante e o
a 10 m/s2 teremos, medindo de cima para dublê inicia sua queda a partir do repouso, de
baixo: uma altura de 5m da caçamba, que tem 6 m de
a) 40 m e 160 m b) 50 m e 150 m comprimento. A velocidade ideal do caminhão
c) 75 m e 125 m d) 100 m e 100 m é aquela em que o dublê cai bem no centro da
e) 160 m e 40 m caçamba, mas a velocidade real v do
caminhão poderá ser diferente e ele cairá mais
E13) (UFPR-10) Cecília e Rita querem à frente ou mais atrás do centro da caçamba.
descobrir a altura de um mirante em relação ao Para que o dublê caia dentro da caçamba, v
nível do mar. Para isso, lembram-se de suas pode diferir da velocidade ideal, em módulo, no
aulas de física básica e resolvem soltar uma máximo:
moeda do alto do mirante e cronometrar o a) 1 m/s. d) 7m/s.
tempo de queda até a água do mar. Cecília b) 3m/s. e) 9m/s.
solta a moeda e Rita lá embaixo cronometra 6 c) 5m/s.
s. Considerando-se g = 10 m/s2, é correto
afirmar que a altura desse mirante será de E18) (Ciaba-03) Um navio se desloca para
aproximadamente: frente com velocidade vetorial constante. Do
a) 180 m. b) 150 m. c) 30 m. alto do seu mastro deixa-se cair uma pedra
d) 80 m. e) 100 m. sobre o seu convés (piso onde está fixada a
base do mastro). Pode-se afirmar, com relação
E14) (UCS-12) Em um famoso desenho a um ponto fixo na beira do cais, que
animado da década de oitenta, uma gatinha (a) a trajetória de queda da pedra é retilínea e
era sempre perseguida por um apaixonado vertical.
gambá. Os episódios basicamente consistiam (b) a pedra cairá sobre o convés, em um ponto
nas maneiras que a gatinha encontrava para situado atrás da base do mastro.
fugir. Imaginemos que ela, prestes a ser (c) a pedra cairá, segundo trajetória retilínea,
alcançada e em desespero, se atirasse em um em um ponto do convés situado à frente da
precipício. Ao pular, ela estaria com base do mastro.
velocidade vertical inicial nula. Qual a (d) a trajetória da pedra é parabólica e ela
velocidade vertical inicial que o gambá deveria cairá em um ponto do convés à frente da base
ter para, ao se lançar também pelo precipício do mastro.
2 segundos depois, conseguir alcançar a (e) a trajetória da pedra é parabólica e ela
gatinha exatamente 4 segundos após ela ter cairá na base do mastro.
saltado? Considere a aceleração da gravidade
como 10 m/s2. E19) (Mackenzie-05) Num local cujo módulo
a) 15 m/s b) 20 m/s c) 25 m/s da aceleração gravitacional é desconhecido,
d) 30 m/s e) 35 m/s um pequeno corpo é abandonado, do repouso,
a uma altura de 6,40m em relação ao solo,
111
ELEMENTOS DA FÍSICA
plano e horizontal. Imediatamente após o E23) (UFPE-02) Numa partida de futebol, uma
impacto com o solo, esse pequeno corpo falta é cobrada de modo que a bola é lançada
ascende verticalmente, com uma velocidade segundo um ângulo de 30° com o gramado. A
inicial de módulo igual a 75% do módulo de bola alcança uma altura máxima de 5,0m.
sua velocidade no instante do impacto. A altura Qual é o módulo da velocidade inicial da bola
máxima atingida nessa ascensão será: em km/h? Despreze a resistência do ar.
a) impossível de se saber, pelo fato de
desconhecermos o módulo da aceleração E24) (UESPI-09) Num planeta em que a
gravitacional local. aceleração da gravidade tem módulo 5 m/s2,
b) 6,40m. d) 3,60m. uma partícula cai em queda livre a partir do
c) 4,80m. e) 3,20m. repouso no instante t = 0. Denotando o eixo
perpendicular à superfície do planeta como
E20) (UFPE-01) O salto (parabólico) de um eixo x, e considerando o seu sentido positivo
gafanhoto tem um alcance de 0,9 m. para cima, assinale o gráfico que ilustra a
Considere que o ângulo de inclinação do vetor velocidade vx desta partícula, em m/s, em
velocidade inicial do gafanhoto seja de 45° em função do tempo t, em segundos.
relação ao solo. Qual o módulo dessa A) vx (m/s) B) vx (m/s)
velocidade inicial em m/s?
8 15
E21) (UFPE-11) Uma bola cai em queda livre a
partir do repouso. Quando a distância
percorrida for h, a velocidade será Vi. Quando
a distância percorrida for 16h a velocidade Us) jj(s)
será V2. Calcule a razão V2/V1. Considere
4 3
desprezível a resistência do ar.
C) vx (m/s) D) Vx (m/s)
E22) (PUC/SP-03)
TURMA DA MONICA/Mauricio de Sousa J(s)
5 Í2
t(s)
-5
E) vx (m/s)
t(s)
-10-
E25) (Unesp-12)
O gol que Pelé não fez
Na copa de 1970, na partida entre Brasil e
Tchecoslováquia, Pelé pega a bola um pouco
antes do meio de campo, vê o goleiro tcheco
Suponha que Cebolinha, para vencer a adiantado, e arrisca um chute que entrou para
distância que o separa da outra margem e a história do futebol brasileiro. No início do
livrar-se da ira da Mônica, tenha conseguido lance, a bola parte do solo com velocidade de
que sua velocidade de lançamento, de valor 10 108 km/h (30 m/s), e três segundos depois
m/s, fizesse com a horizontal um ângulo a, toca novamente o solo atrás da linha de fundo,
cujo sen a = 0,6 e cos a = 0,8. Desprezando- depois de descrever uma parábola no ar e
se a resistência do ar, o intervalo de tempo passar rente à trave, para alívio do assustado
decorrido entre o instante em que Cebolinha goleiro. Na figura vemos um a simulação do
salta e o instante em que atinge o outro lado é: chute de Pelé.
a) 2,0 s b)1,8s c)1,6s
d)1,2s e) 0,8 s
112
ELEMENTOS DA FÍSICA
E31) (Ciaba-14)
113
ELEMENTOS DA FÍSICA
114
ELEMENTOS DA FÍSICA
forma que bolinhas sucessivamente relação à balsa e sua altitude é 2000 m. Qual a
abandonadas em uma delas atingem distância horizontal que separa o avião dos
ordenadamente recipientes conduzidos pela sobreviventes, no instante do lançamento ? (g
outra. Cada bolinha atinge o recipiente no = 10 m/s2).
instante em que a seguinte é abandonada.
Sabe-se que a velocidade da esteira superior é E41) Um corpo é lançado obliquamente para
v e que o espaçamento das bolinhas é a cima, formando um ângulo de 30° com a
metade da distância d, entre os recipientes. horizontal. Sabe-se que ele atinge uma altura
Sendo g a aceleração da gravidade local, a máxima hmàx = 15 m e que sua velocidade no
altura h, entre as esteiras, pode ser calculada ponto de altura máxima é v = 10 m/s.
por Determine a sua velocidade inicial. Adotar g =
7 10 m/s2.
€ r
115
ELEMENTOS DA FÍSICA
Foto
Vo
6,0 m
a) Estime o intervalo de tempo t1, em
segundos, que a bola levou para ir do ponto A
ao ponto B.
b) Estime o intervalo de tempo t2, em
segundos, durante o qual a bola permaneceu
no ar, do instante do chute até atingir o chão H, =3,2m
após o choque.
c) Represente, no sistema de eixos da folha de
resposta, em função do tempo, as velocidades h2 = 1,8 m
horizontal VX e vertical VY da bola em sua
trajetória, do instante do chute inicial até o F 1,6m D=?
T
instante em que atinge o chão, identificando A B
por VX e VY, respectivamente, cada uma das NOTE E ADOTE
Nos choques, a velocidade horizontal da bola não é alterada.
curvas. Desconsidere a resistência do ar, o atrito e os efeitos de rotação
da bola.
F4) (Fuvest-00) Um elevador, aberto em cima,
a) Estime o tempo T, em s, que a bola leva até
vindo do subsolo de um edifício, sobe
atingir o chão, no ponto A.
mantendo sempre uma velocidade constante
b) Calcule a distância D, em metros, entre os
ve = 5,0 m/s. Quando o piso do elevador passa
pontos A e B.
pelo piso do térreo, um dispositivo colocado no
c) Determine o módulo da velocidade vertical
piso do elevador lança verticalmente, para
da bola Va, em m/s, logo após seu impacto
cima, uma bolinha, com velocidade inicial vb =
com o chão no ponto A.
10,0 m/s, em relação ao elevador. Na figura, h
e h’ representam, respectivamente, as alturas
F6) (Fuvest-09) O salto que conferiu a
da bolinha em relação aos pisos do elevador e
medalha de ouro a uma atleta brasileira, na
do térreo e H representa a altura do piso do
Olimpíada de 2008, está representado no
elevador em relação ao piso do térreo. No
esquema ao lado, reconstruído a partir de
instante t = 0 do lançamento, H = h = h’ = 0.
fotografias múltiplas. Nessa representação,
a) Construa em um mesmo sistema de
está indicada, também, em linha tracejada, a
coordenadas os gráficos H(t), h(t) e h’(t), entre
trajetória do centro de massa da atleta (CM).
o instante t = 0 e o instante em que a bolinha
Utilizando a escala estabelecida pelo
retorna ao piso do elevador.
comprimento do salto, de 7,04m, é possível
b) Indique no gráfico o instante tmax em que a
estimar que o centro de massa da atleta
bolinha atinge sua altura máxima, em relação
atingiu uma altura máxima de 1,25m (acima de
ao piso do andar térreo.
sua altura inicial), e que isso ocorreu a uma
IIOf-
distância de 3,0m, na horizontal, a partir do
início do salto, como indicado na figura.
1.25 m
CM-—.
h*
H
piso térreo
116
ELEMENTOS DA FÍSICA
H7
ELEMENTOS DA FÍSICA
\r
FIGURA SEM ESCALA ; d ;
80cm
F17) (AFA-02) Um audacioso motociclista
deseja saltar de uma rampa de 4 m de altura
e inclinação 30° e passar sobre um muro
(altura igual a 34 m) que está localizado a
50/3 m do final da rampa.
ca
Despreze a resistência do ar e considere:
sena = 0,60; cosa = 0,80; g = 10m/s2
a) 0,60m b)0,80m
b) 0,80m c) 1,20m
I
d) 1,60m e) 3,20m
50^3
F13) (AFA-98) Uma pequena esfera é 4m
abandonada em queda livre, de uma altura de
80 m, em relação ao solo. Dois segundos obs.: o desenho está fora de escala.
após, uma segunda esfera é atirada,
Para conseguir o desejado, a velocidade
verticalmente para baixo. Despreze a
mínima da moto no final da rampa deverá ser
resistência do ar e considere g = 10 m/s2. A
igual a
fim de que as esferas atinjam o solo no mesmo
a) 144 km/h. b) 72 km/h.
instante, a velocidade de lançamento da
c) 180 km/h. d) 50 km/h.
segunda esfera, em m/s, deve ser
a) 15 b)20 c)25 d)30
F18) (AFA-07) Um pára-quedista, ao saltar na
vertical de um avião que se desloca na
F14) (AFA-99) Em uma experiência realizada
horizontal em relação ao solo, sofre uma
na Lua, uma pedra de 200 g é lançada
redução crescente da aceleração até atingir a
verticalmente para cima e, no mesmo instante.
velocidade limite. O gráfico que MELHOR
118
s
ELEMENTOS DA FÍSICA
t t
A
Sa da
com velocidade v. Sabendo que os corpos se Para que a granada atinja o ponto A, somente
encontram na metade da altura da descida do após a sua passagem pelo ponto de maior
primeiro, pode-se afirmar que h vale altura possível de ser atingido por ela, a
V2 v /2 V I
\2
distância D deve ser de:
a) — b)— C) d) Dados: Cos a = 0,6, Sen a = 0,8
g g g gj [A] 240 m [B] 360 m [C] 480 m
[D] 600 m [E] 960 m
F20) (Ciaba-13) Uma bola é lançada
obliquamente e, quando atinge a altura de 10 F23) (Escola Naval-12) Um projétil é lançado
m do solo, seu vetor velocidade faz um ângulo contra um anteparo vertical situado a 20 m do
de 60° com a horizontal e possui uma ponto de lançamento. Despreze a resistência
componente vertical de módulo 5,0 m/s. do ar. Se esse lançamento é feito com uma
Desprezando a resistência do ar, a altura velocidade inicial de 20 m/s numa direção que
máxima alcançada pela bola, e o raio de faz um ângulo de 60° com a horizontal, a altura
curvatura nesse mesmo ponto (ponto B), em aproximada do ponto onde o projétil se choca
metros, são, respectivamente, com o anteparo, em metros, é
B Dados: tg 60° » 1,7; g = 10 m/s2.
y
Anteparo
^max
10,00 m A
Vo
W Y h
Dado: g = 10 m/s2. \ 60°
(a ) 45/4 e 5/6 ( b ) 45/4 e 5/3 > x
( c) 50/4 e 5/6 ( d ) 50/4 e 5/3 -►
(e) 15 e 5/3 20 m
a) 7,0 b) 11 C) 14 d) 19 e) 23
F21) (Espcex-01) Um balão sobe verticalmente,
em movimento retilíneo e uniforme, com F24) (Escola Naval-15) Analise a figura abaixo.
velocidade escalar de 10 m/s. Quando ele está
a 20 m do solo uma pedra é abandonada do
balão. A altura máxima, em relação ao solo,
119
ELEMENTOS DA FÍSICA
F25) (ITA-56) Um corpo de pequenas F30) Um vaso de flores cai livremente do alto
dimensões I escorrega sem atrito, a partir de A, de um edifício. Após ter percorrido 320 cm, ele
pela superfície AB, que tem em B, tangente passa por um andar que mede 2,85 m de
horizontal. Em B o corpo aciona um dispositivo altura. Quanto tempo ele gasta para passar por
elétrico, de maneira que, nesse instante, o esse andar? Desprezar a resistência do ar e
eletroimã desativa. E deixa cair um outro corpo assumir g = 10 m/s2.
II, que está na mesma altura que B. Para que
distância d haverá encontro entre os corpos? F31) Um projétil é atirado com velocidade Vo =
200 m/s fazendo um ângulo de 60° com a
A?1 d horizontal. Desprezada a resistência do ar,
>
qual será a altura do projétil quando sua
h velocidade fizer um ângulo de 45° com a
horizontal? (Adote g = 10 m/s2)
120
ELEMENTOS DA FÍSICA
0
A4) (UFG-12) Um torcedor sentado na
Vo.
arquibancada, a uma altura de 2,2 m em
relação ao nível do campo, vê um jogador
fazer um lançamento e percebe que a bola
permaneceu por 2,0 segundos acima do nível
em que se encontra. Considerando-se que o
ângulo de lançamento foi de 30°, calcule:
a) 1/2 m/s2 b) 1/3 m/s2 c) 1/4 m/s2 a) a velocidade de lançamento da bola;
d) 1/5 m/s2 e) 1/10 m/s2 b) o alcance do lançamento da bola.
A3) (UFTM-11) Num jogo de vôlei, uma A5) (Fuvest-01) Um motociclista de motocross
atacante acerta uma cortada na bola no move-se com velocidade v = 10 m/s, sobre
instante em que a bola está parada numa uma superfície plana, até atinge uma rampa
altura h acima do solo. Devido à ação da (em A) inclinada de 45° com a horizontal,
atacante, a bola parte com velocidade inicial Vo, como indicado na figura.
com componentes horizontal e vertical,
V
respectivamente em módulo, Vx = 8 m/s e Vy =
3 m/s, como mostram as figuras 1 e 2.
>,lr------- A
H
h
figura 1 X
A trajetória do motociclista deverá atingir
novamente a rampa a uma distância horizontal
4m D (D = H), do ponto A, aproximadamente igual
p a:
Após a cortada, a bola percorre uma distância a) 20 m b) 15 m c) 10 m
horizontal de 4 m, tocando o chão no ponto P. d) 7,5 m e) 5 m
121
' .............................................................................................. ■ - . ................................................................................ -
ELEMENTOS DA FÍSICA
30 m
\ 98 40 m
| 99
122
; ELEMENTOS DA FÍSICA
*■
partículas ocorrerá :
A) um décimo de segundo após o lançamento
da segunda partícula.
B) 1,1 s após o lançamento da segunda
25 m partícula.
C) a uma altura de 4,95 m acima do ponto de
lançamento
a) 1,00 b) 3,00 c) 5,00 D) a uma altura de 4,85 m acima do ponto de
d) 12,0 e) 15,0 lançamento
E) a uma altura de 4,70 m acima do ponto de
A12) (AFA-95) A distância percorrida por um lançamento
objeto abandonado em queda livre, a partir, do
repouso, durante o i-ésimo segundo, é A16) (ITA-82) Acima de um disco horizontal de
a) gi2/2 b) gi - g/2 centro O que gira em torno de seu eixo, no
c) g/2(i + 1/2) d) g/2(i + i2/2) vácuo, dando 50,0 voltas por minuto, estão
duas pequenas esferas M e N. A primeira está
A13) (AFA-01) Um corpo é abandonado do 2,00 m acima do disco e a segunda a 4,50 m
topo de um precipício. O ruído produzido pela acima do disco, ambas na mesma vertical.
queda do corpo ao atingir o chão é ouvido 10 s Elas são abandonadas simultaneamente e, ao
após o seu abandono. Considerando a chocar-se com o disco, deixam marcas N' e M'
velocidade do som no ar igual a 340 m/s, tais que o ângulo M'ON' é igual a 95,5°.
pode-se afirmar que a altura do precipício, em Podemos concluir que a aceleração de
metros, é aproximadamente gravidade local vale:
a) 200 b) 288 c) 391 d) 423 a) 10,1 ms’2, b) 49,3 ms 2,
c) 9,86 ms'2, d) 11,1 ms'2.
A14) (ITA-75) Um projétil de massa m é e) 3,14 ms-2.
lançado com uma velocidade inicial vo que
forma um ângulo de 60° com a horizontal. Em A17) (ITA-85) Dois corpos estão sobre a
sua volta à Terra ele incide sobre um plano mesma vertical, a 40 m um do outro.
inclinado de 30° com a horizontal. O ponto de Simultaneamente
lançamento do projétil e o início do plano deixa-se cair o mais alto e lança-se o outro
inclinado coincidem, conforme a figura. O para cima com velocidade inicial v0. A
choque do projétil com o plano inclinado é velocidade Vo para que ambos se encontrem
suposto totalmente inelástico. Após o instante quando o segundo alcança sua altura máxima,
de impacto o projétil desliza, sem atrito, em é: (g = 10 m/s2)
direção à origem 0. Despreza-se a resistência a) 20 m/s. b) 15 m/s. c) 25 m/s.
do ar. Qual a velocidade com que ele chega à d) 30 m/s. e) 22 m/s.
origem?
y A18) (ITA-89) Do alto de uma torre de 20 m de
altura, um artilheiro mira um balão que se
encontra parado sobre um ponto situado a 400
m do pé da torre. O Ângulo de visada do
artilheiro em relação à horizontal é de 15° No
instante exato em que o artilheiro dispara um
projétil ( P ) os ocupantes do balão deixam cair
o um objeto ( O ) que é atingido pela disparo. A
velocidade do projétil ao deixar o cano da arma
A)Vlv0 B)Jfv0 C)|VO é vo = 200 m/s. Despreze a resistência do ar.
A) Faça um esquema indicando a configuração
D) 2 v» E)àv° do problema.
B) Deduza as equações horárias : x p (t) e y p (t)
A15) (ITA-76) Uma partícula é lançada , no para o projétil e y o (t) para o objeto
vácuo, verticalmente para cima, com uma (literalmente).
velocidade inicial de 10 m/s. Dois décimos de C) Calcule o instante do encontro projétil-
segundo depois, lança-se, do mesmo ponto, objeto (numericamente).
uma segunda partícula com a mesma D) Calcule a altura do encontro
velocidade inicial. A aceleração da gravidade é (numericamente).
igual a 10 m / s2. A colisão entre as duas
123
ELEMENTOS DA FÍSICA
A20) (ITA-04) Durante as Olimpíadas de 1968, A25) Um elevador sem teto está subindo com
na cidade do México, Bob Beamow bateu o uma velocidade constante v = 10 m/s. Um
recorde de salto em distância, cobrindo 8,9 m menino no elevador, quando este está a uma
de extensão. Suponha que, durante o salto, o altura h = 20 m acima do solo, joga direto para
centro da gravidade do atleta teve sua altura cima uma bola. A velocidade inicial da bola em
variando de 1,0 m no início, chegando ao relação ao elevador é Vo = 20 m/s. a) Calcule a
máximo de 2,0 m e terminando a 0,20 m no fim altura atingida pela bola em relação ao solo, b)
do salto. Desprezando o atrito com o ar, pode- Quanto tempo passa para que a bola retorne
se afirmar que a componente horizontal da ao elevador? Considere g = 9,8 m/s2.
velocidade inicial do salto foi de: (g = 10 m/s2)
a) 8,5 m/s. b) 7,5 m/s. c) 6,5 m/s. A26) Uma bola de tênis cai do telhado de um
d) 5,2 m/s. e) 4,5 m/s. edifício, sem velocidade inicial, em um local
onde g = 9,8 m/s2. Um observador, parado na
A21) (IME-79) Um projétil é lançado frente de uma janela de 1,20 m de altura, nota
verticalmente do solo com velocidade inicial de que a bola leva 1/8 de segundo para cair
200 m/s. A uma altura H a carga do projétil desde o alto da janela até sua base. A bola de
explode; o ruído da explosão é recebido no tênis continua a cair, choca-se elasticamente
solo 15 segundos após o lançamento. com a calçada horizontal e reaparece na parte
Despreze a resistência do ar e use os valores inferior da janela 3 s depois de ter passado
de 10 m/s2 para a aceleração da gravidade e naquele ponto de descida. Qual é a altura do
de 300 m/s para a velocidade do som. Calcule: edifício?
a) o intervalo de tempo entre o lançamento e a
explosão. A27) Um bombardeiro, mergulhando em um
b) a altura em que se deu a explosão. ângulo de 60° com a vertical, lança uma
bomba de uma altitude de 700 m. A bomba
A22) (IME-79) Um elevador, tendo acabado de atinge o solo 5,0 s após ser lançada.
partir de um andar, desce com aceleração de 3 Considerando g = 9,8 m/s2:
m/s2. O ascensorista, sentado em seu banco, a) Qual a velocidade do bombardeiro?
percebe o início da queda do globo de luz, o b) Qual a distância que a bomba percorre
qual está a 3,5 metros acima de seu pé. horizontalmente durante seu trajeto?
Calcule o tempo de que ele disporá para c) Quais as componentes horizontal e vertical
afastar o pé. Use g = 10 m/s2. de sua velocidade exatamente antes de atingir
o solo?
A23) (IME-81) Em um planeta desconhecido,
de gravidade também desconhecida, deixam- A28) Um pequeno corpo desliza com
se cair de uma altura de 9,0 metros e a partir velocidade v = 10 m/s por um plano horizontal
do repouso, esferas em intervalos de tempo aproximando-se de um buraco. O buraco é
iguais. No instante em que a 1a esfera toca o formado por duas paredes verticais paralelas,
chão, a 4a esfera está no ponto de partida. situadas a d = 5 cm entre si. A velocidade v do
Determine nesse instante, as alturas em que corpo é perpendicular às paredes. A
se encontram a 2a e 3a esferas. profundidade do buraco é H = 1 m. Quantas
vezes o corpo se chocará com as paredes
A24) Uma bola de chumbo é largada de um antes de bater no fundo? Supor que todos os
trampolim a 5,5 m acima de uma piscina. Ela choques são perfeitamente elásticos.
atinge a superfície da água com uma certa
velocidade, penetra no seio da água com esta
124
K~:.. LELEMENTOS DA FÍSICA
I r1
número de afirmativas corretas,
a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4
I
H
A35) É possível lançar uma pedra do topo do
pirâmide Quéops de tal modo que a pedra nâo
atinja a pirâmide? A altura da pirâmide é 137,2
m, o comprimento de cada lado da pirâmide é
de 227,5 mea velocidade de lançamento da
'd 1 pedra é 24 m/s.
125
ELEMENTOS DA FÍSICA
126
E. .
KlüKi ELEMENTOS DA FÍSICA
Até este momento, os conceitos cinemáticos foram apresentados neste livro de modo que
a trajetória executada pela partícula seja qualquer. Entretanto, existe um formato de trajetória que
possibilita determinar expressões horárias e grandezas próprias do movimento, que é a trajetória
circular. Considere como movimento circular o movimento resultante de uma partícula que gira
com determinada velocidade em torno de uma trajetória circular de raio R e centro O, conforme
indicado na figura abaixo.
Conforme foi apresentado no item sobre a direção do vetor velocidade, sabe-se que v
sempre é tangente à trajetória na posição da partícula. No caso de um movimento circular, é
necessário indicar o sentido, horário ou anti-horário, em que a partícula está se movimentando
sobre a circunferência.
GRANDEZAS ANGULARES
127
ELEMENTOS DA FÍSICA
Deslocamento Angular
Considere uma partícula que se desloca ao longo de uma circunferência de raio R e centro
O. Suponha que a partícula começa seu movimento a partir de uma posição inicial A ao longo da
circunferência e termina em um ponto B, se deslocando em sentido horário. A trajetória da
partícula é o arco de circunferência AB. O deslocamento angular A0 é definido como a variação
do ângulo central varrido pela partícula em seu movimento, que nada mais é que o ângulo central
A0 correspondente ao arco de circunferência AB .
As = R.A0
A6 = 2ji
Por outro lado, se uma partícula se movimenta sobre uma trajetória circular de forma que
seu deslocamento escalar é equivalente a um quarto de circunferência, seu deslocamento angular
. . , 2n 7t ..
foi de — = — radianos.
4 2
Uma outra unidade muito adotada é o grau. Um grau é equivalente ao ângulo central
1
correspondente a um arco de comprimento da circunferência. Assim, uma circunferência
completa corresponde a um deslocamento angular de 360°. Para converter um arco de x radianos
para y graus (e vice-versa), basta aplicar uma regra de 3:
128
■sat ELEMENTOS
L DA FÍSICA
Velocidade Angular
A velocidade angular média é definida pela taxa temporal como o deslocamento angular é
percorrido. Simbolicamente usa-se a letra grega co para designar a velocidade angular. Em termos
matemáticos segue que:
A9
(D„
m
At
A0
A velocidade angular instantânea é igual à razão — quando At tende a zero. Em termos
A6
co = Iim —.
At-»O At
dO
co = —
dt
A0 As As v
“m “m vm = com.R,
At ÃtR At JR R
v = co.R,
2tt
A6 q 7t ,,
“m — = -á- = — rad/s
At 10 15
129
ELEMENTOS DA FÍSICA
T
Sentido da Velocidade Angular
Existem dois possíveis sentidos para a velocidade angular instantânea: sentido horário ou
sentido anti-horário.
v
sentido horário sentido anti horário
O sentido horário também é conhecido por destro ou dextrógiro. O sentido anti horário
também conhecido por sinistro ou levógiro.
Aceleração Angular
Caso a>f > wo tem-se am > 0, enquanto que se cof < co0 tem-se am < 0. Se cof = coo tem-se am
= 0, porém isso não significa que a velocidade angular não variou durante algum momento do
movimento, significa apenas que os valores da velocidade angular para t = 0 e para t = tf são
iguais. Por exemplo, a velocidade angular pode aumentar até um determinado instante
intermediário para depois diminuir até o valor inicial.
Para definir aceleração angular instantânea basta fazer o intervalo de tempo tender a zero.
Assim, pode-se afirmar que:
Como Av = Aco.R, pode-se determinar uma relação entre a aceleração tangencial escalar
média e a aceleração angular média:
Fazendo At -> 0, os valores médios das grandezas tendem aos seus valores instantâneos:
a = a.R
No sistema internacional de unidades, a aceleração angular é medida em rad/s2. Assim, se
a velocidade angular varia em 20n rad/s em 5 s, segue que:
Aco 20;r . ,2
«m = — = —— = 4?t rad/s
At 5
Se o raio da circunferência é de 2 m:
130
ELEMENTOS DA FÍSICA
Período
A= B a
A0 = 2n
O.
R
É muito comum encontrar na literatura física que a definição de período está atrelado ao
fato da velocidade angular ser constante. Entretanto, essa condição não é necessária, bastando
que a partícula apresente, em cada ciclo, as mesmas velocidades angulares para a mesma
posição angular. Se isto ocorrer, o tempo que a partícula leva para percorrer cada volta é o
mesmo, podendo o movimento ser classificado como periódico. Por exemplo, suponha que um
carro parte do repouso de um ponto A sobre uma circunferência, acelerando até o ponto
diametralmente oposto com aceleração escalar a e depois desacelerando com aceleração escalar
- a até retornar ao ponto A, com velocidade nula, sempre no sentido horário. Se a cada volta o
corpo executar movimentos idênticos a este, classifica-se este movimento de periódico, com o
tempo para percorrer cada volta constante. Este tempo é denominado de período do movimento
circular.
Como toda grandeza equivalente ao tempo, no sistema internacional de unidades o
período é medido em segundos.
Frequência
n
f
Ãt
De forma semelhante à definição de período, existe a necessidade do movimento ser
periódico para que tenha sentido determinar a frequência de um movimento circular.
A unidade de medida de frequência no SI é Hertz, simbolizada por Hz. 1 Hertz é a
frequência de uma partícula ao executar uma volta em um segundo. Assim:
1 Hz = 1 — = 1 s
s
Outra unidade muito utilizada, mas não pertencente ao SI, é o rpm (rotações por minuto).
Um rpm é a frequência de uma partícula que executa uma volta em um minuto. Para efeito de
conversão de unidades:
131
ELEMENTOS DA FÍSICA
n n x 1 -r 1
f f = — ou T =-
Ãt nT T f
ACELERAÇÃO CENTRÍPETA
v.
0/2
A A A
|Av|=| v4 |sen—+|v2 |sen—= 2vsen^
0 0
Como o ângulo 0/2 é pequeno pode-se usar a aproximação sen— = -. Assim:
A A
| Av |= 2v sen— = 2v = v0
132
^ELEMENTOS DA FÍSICA
Além disso, a direção do vetor Av = v2 -v1 é sempre radial, ou seja, ao longo de uma reta
que passa pelo centro da circunferência, com sentido para o centro da trajetória circular, como
indicado na figura.
- Av
Quando o módulo de v é constante, a aceleração centrípeta é dada ãcp =— ■ Como At é
sempre maior que zero, segue que os vetores ãcp e Av possuem mesma direção e mesmo
sentido. Deste modo, a aceleração centrípeta possui direção radial, sempre com sentido do corpo
ao centro da trajetória circular.
. . | Av I V0 A0 v lãcpl=-^- 0U lacpl=®2R
arn = ------ 1 = — = v— = vco = v —
cpl At At At R IX
As duas expressões encontradas para a aceleração centrípeta permitem calcular seu valor
instantâneo, sendo apenas necessário saber o valor do raio da circunferência e da velocidade
escalar da partícula em determinado instante. Como toda aceleração, a unidade de medida da
aceleração centrípeta no SI é m/s2.
Do exposto neste capítulo, pode-se concluir que a aceleração de uma partícula executando
um movimento circular sempre pode ser decomposta, a cada instante do movimento, em duas
componentes: uma tangencial ãt, responsável pela variação do módulo do vetor velocidade, e
outra radial ãcp, responsável pela alteração da direção do vetor velocidade.
133
ELEMENTOS DA FÍSICA
co > 0
co < 0
A0 0 - 0O
co =---- =-------- - => 0(t) = 0o + cot
At t-0
O gráfico da posição angular em função do tempo é uma reta e, caso os eixos possuam a
mesma escala, a inclinação da reta é igual à velocidade angular.
'‘9 co = tg a Jk0 co = tg a
O
>t O t
2?r
co = —•
T
co = 2rtf
134
ELEMENTOS DA FÍSICA
Ato
a =---- = => a>(t) = ©o + at
At t-0
to a = tga ‘ ‘ CO a = tgcc
►
O t O t
t t2 t2
x xo+vot + a — 0.R = 0o.R + a>o.R.t + a.R— =:
( t2' t2
6(t) = 0o +<oo.t + a—
X-0 = X % + “o * + a
0“
6o
9o
o *t O *t
135
ELEMENTOS DA FÍSICA
A0 COq + CDf A0
At 2 At
Note que todas as expressões do MUV são válidas para o MCUV, bastando converter as
equações para as respectivas grandezas angulares.
MUV MCUV
t t2 t2
x xo+vot + a — 0(t) = 0O + coo.t + a—
Observe que os conceitos de período e frequência, definidos para o MCU, não são válidos
para o MCUV, uma vez que, sendo a aceleração angular diferente de zero, o tempo que a
partícula leva para percorrer cada volta é diferente, caracterizando um movimento não periódico.
136
ELEMENTOS DA FÍSICA
vA = VB ®ara — ®bRb
U)B
\ r8 R5-
\RA
<OA Ra
B B
VB
vB J-
A A
VA VA
Perceba que, apesar da mesma expressão, na transmissão por corrente ou correia dos
dois movimentos circulares possuem o mesmo sentido, enquanto que na transmissão por contato
os dois movimentos circulares possuem sentidos contrários. A transmissão por correia é muito
comum em motores de combustão, de modo a transmitir movimento da polia motriz à polia movida.
A transmissão por corrente é muito comum em motocicletas, consistindo em um método leve e
fácil para transmitir o movimento da caixa de câmbio até a toda traseira. A transmissão por
contato é bastante utilizada em engrenagens, como, por exemplo, no funcionamento dos relógios
analógicos.
R, -i
o>2
R,
Motor
Este tipo de acoplamento faz com que os dois discos apresentem o mesmo deslocamento
angular no mesmo intervalo de tempo, implicando que as velocidades angulares dos dois discos
são iguais:
137
ELEMENTOS DA FÍSICA
O fato das grandezas lineares e angulares estarem relacionadas por um constante, que é o
raio do movimento circular, permite generalizar para as grandezas angulares as definições a partir
de derivada e integral. Iniciemos pela relação entre espaço e velocidade. Sabe-se que a
velocidade é a derivada do espaço no tempo:
ds coR = ^2 de
v =—
dt dt
coX = X — => co = —
dt
dt
d0
to = — dO = codt =>
p dO = í'f codt A0 = 6, -60 = f''codt
dt Je0 J<o Jt0
co j i
A = A0 = 0f - 0o
o *t
dco
a=— => dco = adt => pdco í' adt
Jtfl
Aco = cof - co0 = í1 adt
dt Jt0
138
ELEMENTOS DA FÍSICA
A = Aro = ®f - a>o
>
o t
d[0(t)] d(2t3-5t2+7t-1)
co(t) = 2.3t2 - 5.2t + 7 = 6t2 - 10t rad/s
dt dt
d[tü(t)] d(6t2-10t)
a(t) = 6.2t-10 = 12t-10 rad/s2
dt " dt
^t3 +—t2+6t + k1
<o(t) = Ja(t)dt = J(-24t2 + 18t + 6)dt -8t3 + 9t2 + 6t + k, rad/s
3 2 1
O valor de k-i pode ser obtido a partir de um valor conhecido da velocidade angular, por
exemplo, do valor da velocidade angular inicial <b(0). Para tanto, é suficiente substituir t = 0 na
expressão é calcular o valor de ki.
0(t) = j"co(t)dt = J(-8t3 +9t2 + 6t + k1)dt=-^t4 + —t3 + —t2 -i-k^ + kj =-2t4 +3t3 +3t2 +k1t + k2 rad
3 2
Os valores de ki e k2 podem ser obtidos a partir de, pelos menos, dois valores conhecidos
do espaço angular, digamos 0(h) e 0(t2). Substituindo h e t2 na expressão de 0(t) determinam-se
duas equações lineares em k-i e k2 que, manipuladas corretamente, levam aos valores de kí e k2.
139
ELEMENTOS DA FÍSICA
■r
ER1) (Ciaba-00) No sistema de transmissão de movimento da figura abaixo, a polia motora “A”
tem 500 mm de diâmetro e gira a 120 rpm. As polias intermediárias “B” e “C”, solidárias entre si
(soldadas uma na outra), têm, respectivamente, 1000 mm e 200 mm. A rotação da polia “D”, de
diâmetro 400 mm, é de:
ER2) (Espcex-03) A figura abaixo representa uma associação das engrenagens I, II e III, de raios
iguais a 4 cm, 48 cm e 12 cm, respectivamente, que giram em torno de eixos fixos.
FIGURA FORA DE
ESCALA
O '• O
I
III
II
Se a engrenagem III girar com velocidade angular de 5it rad/s, a freqüência de rotação da
engrenagem I valerá
A) 2,5 Hz. B) 5,0 Hz. C) 7,5 Hz. D) 10,0 Hz. E) 12,5 Hz.
Solução: Alternativa C
A transmissão por contato faz com que a periferia de todas as engrenagens possuam a mesma
velocidade linear:
V| = Vii = Viu => ffl|R| = coiiiRiii => 27tf|R| = coniRm => 2na>|.4 = 5n.12 => coi = 7,5 Hz
ER3) (AFA-99) Duas partículas partem da mesma posição, no mesmo instante, e descrevem a
mesma trajetória circular de raio R. Supondo que elas girem no mesmo sentido a 0,25 rps e 0,2
rps, após quantos segundos estarão juntas novamente na posição de partida?
a) 5 b)10 c) 15 d) 20
Solução: Alternativa D
Assim, a partícula I passa pela posição inicial a cada 4 s, enquanto que a partícula B passa pela
posição inicial a cada 5 s. As duas partículas vão passar simultaneamente pela posição inicial
após um tempo mínimo que é o máximo divisor comum entre os períodos das partículas:
At = mdc (Tí, T2) = mdc (4, 5) = 20 s
140
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER4) (UESPI-11) No instante t = 0, um relógio de ponteiros marca duas horas da tarde. O ângulo
0 entre o ponteiro pequeno e a direção vertical para cima aumenta no sentido horário, de acordo
com a figura a seguir. Assinale a equação horária que descreve, até a meia-noite, o ângulo 0, em
radianos, em função de t, em segundos.
&\2
) 3
X4 >
6 5
ER5) (ITA-91) Uma partícula move-se em uma órbita circular com aceleração tangencial constante.
Considere que a velocidade angular era nula no instante t = 0. Em um dado instante t’, o ângulo
entre o vetor aceleração a e a direção ao longo do raio é —. Indique qual das alternativas exibe
4
um valor de aceleração angular (a) adequado à partícula no instante t’.
a) a = — b) a = 2t’ c) a = — d) a = ----- e) a = —
t' ' t'2 2t'2 t'
Solução: Alternativa C
Como ãR = ãt + ãcp:
at
; I) Se o ângulo entre a aceleração centrípeta e a aceleração resultante é 45°,
2cp
; então |acp| = |at|
3r [ II) acp = at => <b2R = aR => © to2 = a => a2/t’2 = a => a = 1/t’2
ER6) (OBF-13) Uma vitrola era usada para tocar discos (LP -long-play) de vinil. O prato da vitrola -
disco giratório onde se posicionava o LP - gira a 33 rpm (rotações por minuto). Quando se desliga
o aparelho o disco pára após executar 3 rotações. Determine aceleração angular do disco e o
tempo que o disco leva para parar.
Solução:
0 aparelho ainda executa 3 rotações até parar: AS = 3.2n = 6n rad
141
ELEMENTOS DA FÍSICA
■■
33 11
Convertendo de rpm para Hz: f0 = 33 rpm = — =— Hz
ER7) (OBF-06) Um ciclista pedala sua bicicleta fazendo com que a engrenagem maior,
concêntrica ao eixo do pedal e tendo um raio RA igual a 10,0 cm, gire com uma frequência fA igual
a 2,0 Hz e transmita esse movimento à engrenagem menor por meio de uma corrente. A
engrenagem menor, por sua vez, tem raio RB de 4,0 cm e é solidária e concêntrica ao eixo da roda
traseira, que tem raio R de 30,0 cm. Dadas essas condições, determine:
a) a freqüência de rotação fB da engrenagem menor;
b) a velocidade de translação v da bicicleta.
Solução:
A velocidade escalar da corrente é a mesma nas duas engrenagens:
vA = vB => waRa = wbRb => 2n.fA.RA = 2n.fB.RB => 2.10 = fB.4 => fB = 5 Hz
b) A velocidade de translação da bicicleta é igual à velocidade de um ponto da periferia da roda,
que gira com freq. fB = 5 Hz (A roda é concêntrica e solidária à engrenagem menor)
v = 2nRfB = 2.3.0,30.5 = 9 m/s => v = 32,4 km / h
ER8) (IME-87) Duas circunferências A e B de raios iguais (r) giram, em sentidos opostos, no plano
da figura, em torno de um de seus pontos de interseção O, fixo, com velocidade angular constante
(w). Determine:
a) a velocidade (v) e a aceleração (a), em intensidade e direção, do outro ponto de interseção M
em seu movimento sobre a circunferência;
b) Em que posição sobre o segmento OM (OM > 0) a velocidade do ponto M é nula para um
observador situado em O.
Justifique suas respostas.
Solução:
a) Note que o ponto P, diametralmente oposto ao ponto O, executa uma
circunferência de raio 2r. Além disso, como o triângulo OPM é retângulo, o
ponto M é a projeção de P sobre a reta que passa pelos pontos de interseção
das duas circunferências. Assim: x(t) = 2r.cos (wt + 60)
Derivando em t: v(t) = - 2wr.sen (wt + 0O)
Derivando em t novamente: a(t) = - 2w2r.cos (wt + 0O)
b) v = 0 => sen (wt + 0O) = 0 => cos (wt + 0O) = ± + 1 => x = + 2r
Como OM > 0 segue que x = 2r
ER9) (IME-98) Um pequeno cesto é preso em uma haste que o faz girar no sentido horário com
velocidade constante. Um carrinho, com velocidade de 1,5 m/s, traz consigo um brinquedo que
arremessa bolinhas na vertical para cima com velocidade de 5,5 m/s.
Quando o carrinho está a uma distância de 2 m do eixo onde a haste é presa, uma bolinha é
lançada. Nesse instante, o cesto está na posição mais baixa da trajetória (posição A), que é a
142
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER10) (Seletiva IPhO-02) Uma barra rígida está apoiada no canto de uma sala (vide figura abaixo).
O extremo A desliza pela parede enquanto o extremo B desliza pelo solo. Encontre a aceleração
do ponto C (centro da barra) em função do ângulo a, se a velocidade do ponto B for constante.
Despreze todas as forças de atrito.
/ / / / / / / ///
Solução:
Como OC = AB/2 = L/2, o ponto C descreve uma circunferência
de centro O e raio L/2. Seja u a velocidade de C, que é tangente
à trajetória circular. Além disso, como AOCB é isósceles com O
fixo, o deslocamento horizontal de C sempre é metade do
deslocamento horizontal de B, para o mesmo intervalo de tempo:
v v v
v,’r_ = — => u. sen a = — => u =-----------
Cx 2 2 2sena
Como v é constante, a componente horizontal da velocidade de C
é constante, fazendo com que aCx = 0. Assim, a aceleração de C
é vertical:
u2 V2 v2
ac sena = acp = ac =
0 L/2 2Lsen2 a 2L sen3 a
143
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER11) Um disco de raio R rola sem deslizar sobre um plano horizontal. O disco inicia seu
movimento do repouso e seu centro C se desloca com aceleração constante ã .
a:
.... CÍ_ã B
144
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER12) Dois objetos, A e B, se conectam mediante uma barra rígida que tem comprimento L. Os
objetos deslizam ao longo de guias perpendiculares como é mostrado na figura. Suponha que A
desliza para a esquerda com uma velocidade constante v. Encontre a velocidade de B quando 0 =
60°.
O
Solução:
Essa questão foi resolvida no capitulo sobre movimentos acelerados, utilizando ferramentas de
cálculo. Porém, essa questão pode ser resolvida apenas usando conceitos do movimento circular.
No referencial xy da figura, que está parado em relação ao
sistema, ü é a velocidade da esfera B no momento indicado.
Como a esfera B pode se mover apenas na barra vertical,
então ü é um vetor vertical.
Considere agora um outro referencial x’y’, que se move
horizontalmente com velocidade v , a mesma velocidade da
esfera A no referencial parado xy. Em relação ao referencial
x’y', a esfera A está parada. Neste caso, como a distância
entre as esferas é fixa, a única possibilidade é que a esfera B
se movimente ao longo de uma circunferência com centro em
A. Como x’y’ se move apenas horizontalmente, este referencial
mede que a componente vertical da velocidade de B é ü e a componente horizontal da velocidade
de B é v. Como em um movimento circular o vetor velocidade é tangente à trajetória, segue que
v'B (velocidade de B em relação a x’y’) sempre é perpendicular à haste. Logo, o ângulo 0 formado
pela haste e o eixo horizontal é igual ao ângulo formado entre v'B e ü. Assim:
v v v
tg0 = —= — u =----- u U=—7=
x u tg0 tg60° J3
Observação: Pode parecer estranho a esfera B percorrer uma trajetória circular em relação ao
referencial x’y’. Porém, neste referencial as guias não estão em repouso. Na verdade, x’y’ mede
que o sistema formado pelas duas guias está se movendo para a direita com velocidade v. A
figura abaixo exemplifica melhor como ocorre o movimento em relação a x’y’.
1 A
I ') < y_
~*x-
145
ELEMENTOS DA FÍSICA
Motor
Pota 1-kCQ
Serra
de fita
Pota 3
Pota 2
Pota 1-
Motor
Serra
de fita
Polia 3
Polia 2
I-......
gf
Correta
Correia 2
Montagem P Montagem Q
, . Va Ra \ VA Ra
a) Va = Vb b) —=- = —c) —- =
Por qual montagem o açougueiro deve optar e VB Rb Vb Rb
qual a justificativa desta opção? ,2
A) Q, pois as polias 1 e 3 giram com ., VA Rb . VA Rb
d) —= —-e) —=- =
velocidades lineares iguais em pontos VB Ra Vb Ra
periféricos e a que tiver maior raio terá menor
frequência.
E4) (Unicamp-14) As máquinas cortadeiras e
B) Q, pois as polias 1 e 3 giram com
colheitadeiras de cana-de-açúcar podem
frequências iguais e a que tiver maior raio terá
substituir dezenas de trabalhadores rurais, o
menor velocidade linear em um ponto
que pode alterar de forma signicativa a relação
periférico.
de trabalho nas lavouras de cana-de-açúcar. A
C) P, pois as polias 2 e 3 giram com
pá cortadeira da máquina ilustrada na gura
frequências diferentes e a que tiver maior raio
abaixo gira em movimento circular uniforme a
terá menor velocidade linear em um ponto
uma frequência de 300 rpm. A velocidade de
periférico.
um ponto extremo P da pá vale (Considere n =
D) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes
velocidades lineares em pontos periféricos e a 3.)
que tiver menor raio terá maior frequência.
E) Q, pois as polias 2 e 3 giram com
diferentes velocidades lineares em pontos
periféricos e a que tiver maior raio terá menor
frequência.
l
146
ELEMENTOS DA FÍSICA
instrumentos usados para medir a velocidade E8) (UFPE-02) Dois atletas percorrem uma
do vento. A sua construção mais conhecida é a pista circular, com períodos iguais a 1,0 min e
proposta por Robinson em 1846, que consiste 1,1 min. Supondo que eles mantenham suas
em um rotor com quatro conchas hemisféricas velocidades constantes, após quanto tempo,
presas por hastes, conforme figura abaixo. Em em minutos, o atleta mais rápido terá dado
um anemômetro de Robinson ideal, a uma volta a mais que o outro?
velocidade do vento é dada pela velocidade
linear das conchas. Um anemômetro em que a E9) (UFPE-10) Uma bicicleta possui duas
distância entre as conchas e o centro de catracas, uma de raio 6,0 cm, e outra de raio
rotação é r = 25 cm, em um dia cuja 4,5 cm. Um ciclista move-se com velocidade
velocidade do vento é v = 18 km/h, teria uma uniforme de 12 km/h usando a catraca de 6,0
frequência de rotação de cm. Com o objetivo de aumentar a sua
velocidade, o ciclista muda para a catraca de
4,5 cm mantendo a mesma velocidade angular
dos pedais. Determine a velocidade final da
bicicleta, em km/h.
catracas coroa
147
ELEMENTOS DA FÍSICA
E11) (UESPI-09) Um corpo move-se numa força centrípeta sobre B é maior do que a força
trajetória circular de raio r = n m, com uma centrípeta sobre A, em módulo.
velocidade de módulo constante, v = 4 m/s. e) Se A e B estivessem correndo na mesma
Para tal situação, quanto tempo tal objeto leva raia, as forças centrípetas teriam módulos
para dar uma volta completa ao longo desta iguais, independentemente das massas.
trajetória?
A) (2/n2) s B) (tt2/2) s C) (n/2) s E14) (UESPI-12) A engrenagem da figura a
D) (tt2/4) s E)(2/n)s seguir é parte do motor de um automóvel. Os
discos 1 e 2, de diâmetros 40 cm e 60 cm,
E12) (UESPI-10) Sobre uma partícula em respectivamente, são conectados por uma
movimento ao longo de uma circunferência, é correia inextensível e giram em movimento
correto afirmar que: circular uniforme. Se a correia não desliza
A) a sua aceleração tem direção radial e sobre os discos, a razão 0)702 entre as
sentido para dentro, isto é, apontando da velocidades angulares dos discos vale
posição partícula para o centro da
circunferência. correia
B) a sua aceleração tem direção radial e
sentido para fora, isto é, apontando do centro
da circunferência para a posição da partícula.
C) a sua aceleração é nula.
D) a sua velocidade tem direção tangente à
trajetória circular.
E) a sua velocidade pode possuir uma
componente na direção radial. ?
E13) (UFSM-12) A figura representa dois
disco 1 disco 2 i
a) 1/3 b) 2/3 c)1 d) 3/2 e) 3
atletas numa corrida, percorrendo uma curva
circular, cada um em uma raia. Eles E15) (Unicamp-10) A experimentação é parte
desenvolvem velocidades lineares com essencial do método científico, e muitas
módulos iguais e constantes, num referencial vezes podemos fazer medidas de
fixo no solo. Atendendo à informação dada, grandezas físicas usando instrumentos
assinale a resposta correta. extremamente simples. Usando o relógio e a
régua graduada em centímetros da figura no
espaço de resposta, determine o módulo da
velocidade que a extremidade do ponteiro
dos segundos (o mais fino) possui no seu
movimento circular uniforme.
«-■
cm
148
ELEMENTOS DA FÍSICA
Nesse intervalo de tempo, sua velocidade os discos A e C estão ligados ao mesmo eixo
angular, em graus minuto, é dada por central.
a) 360. b) 36. c) 6. d)1. Analise as afirmativas abaixo.
I. A velocidade angular do disco C é metade do
E17) (UFG-10) A Lua sempre apresenta a disco B.
mesma face quando observada de um ponto II - A velocidade escalar de um ponto do
qualquer da superfície da Terra. Esse fato, perímetro do disco A é o dobro da velocidade
conhecido como acoplamento de maré, ocorre escalar de um ponto do perímetro do disco C.
porque III. Os discos B e C têm a mesma velocidade
a) a Lua tem período de rotação igual ao seu escalar em pontos de seus perímetros.
período de revolução. IV. O período do disco C é o dobro do período
b) a Lua não tem movimento de rotação em do disco B.
torno do seu eixo. V. As frequências dos discos A e B são iguais.
c) o período de rotação da Lua é igual ao Com base nessas informações, assinale a
período de rotação da Terra. alternativa correta.
d) o período de revolução da Lua é igual ao (A) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
período de rotação da Terra. (B) As afirmativas II e I são verdadeiras.
e) o período de revolução da Lua é igual ao (C) As afirmativas III e IV são verdadeiras.
período de revolução da Terra. (D) As afirmativas I, II, IV são verdadeiras.
(E) As afirmativas I e IV são verdadeiras.
E18) (Ciaba-05) Uma bomba centrífuga gira a
1800 rpm. A velocidade tangencial de um E21) (AFA-07) Uma partícula descreve
volume de fluído impelido pelo seu rotor, de movimento circular passando pelos pontos A e
raio igual a 12 cm, é em m/s de B com velocidades vA e vB , conforme a figura
(a)6,1n (b)7,2n
( b ) 7,27t (c) 8,6rc abaixo. A opção que representa o vetor
(d) 9,3n (e) 10,47t aceleração média entre A e B é
''a
E19) (Ciaba-06) Uma bomba centrífuga de
bordo gira a 1800 rpm, impelindo água salgada
para o sistema de resfria-mento do motor
principal. Sendo o diâmetro externo do rotor
impelidor de 7,5 cm, a velocidade tangencial
imposta à partícula fluida (em m/s), no contato
^B
com o impelidor, é, aproximadamente
(A)1 (B)3 (C) 5 (D) 7 (E) 9
E20) (Ciaba-08) a) c)
\R
b) d)
CZ2 149
Mt. ELEMENTOS DA FÍSICA
A
l n.as
1111°°
[dose certa
í---- 1--------
Figura 10: Pista de atletismo 6 cm j
gotejador
Suponha que dois atletas, nas curvas, sempre
se mantenham na parte mais interna de suas
raias, de modo a percorrerem a menor
distância nas curvas, e que a distância medida
T
de medicamentos em um paciente. Regulando-
a partir da parte interna da raia 1 até a parte
150
ELEMENTOS DA FÍSICA
se o aparelho para girar com frequência de pintadas de cor diferente, como ilustra a figura.
0,25 Hz, pequenos roletes das pontas da
estrela, distantes 6 cm do centro desta,
esmagam a mangueira flexível contra um i—:
anteparo curvo e rígido, fazendo com que o
líquido seja obrigado a se mover em direção
ao gotejador. Sob essas condições, a Ao projetarmos o filme, os fotogramas
velocidade escalar média imposta ao líquido aparecem na tela na seguinte seqüência
em uma volta completa da estrela é, em m/s,
Dado: n= 3,1
a) 2,5.10’2, b) 4,2.10'2. c) 5,0.10’2.
d) 6,6.10’2. e) 9,3.10'2.
F5) (UFJF-05) Na leitura de um CD (Compact o que nos dá a sensação de que as pás estão
Disk), a superfície do CD passa por cima de girando no sentido anti-horário. Calcule
um dispositivo de leitura com uma certa quantas rotações por segundo, no mínimo, as
velocidade linear. Essa velocidade linear deve pás devem estar efetuando para que isto
ser mantida constante durante toda a leitura. ocorra.
MM
F7) (UESPI-10) Numa corrida de automóveis,
realizada num circuito circular de raio 2 km, o
líder e o segundo colocado movem-se,
respectivamente, com velocidades angulares
constantes e iguais a 60 rad/h e 80 rad/h. Num
Quando o dispositivo de leitura está lendo os certo instante, a distância entre eles, medida
dados na região próxima do centro do CD, ele ao longo da pista, é de 100 m. Após quanto
está a uma distância de r = 20mm do centro do tempo o segundo colocado irá empatar com o
disco. Já para leituras na beirada, esta líder? (Para efeito de cálculo, considere os
distância é maior e vale r = 60mm. Se a automóveis como partículas.)
velocidade linear é 1,26m/s, podemos dizer A) 2 s B) 4 s C) 6 s D)8s E) 9 s
que o número de rotações por minuto (rpm) é
(considere 2rr = 6,3): F8) (UESPI-11) A figura a seguir ilustra uma
a) 600 rpm próximo ao centro e 200 rpm ciclista pedalando em sua bicicleta em um
próximo à beirada movimento retilíneo uniforme, com velocidade
b) 200 rpm próximo ao centro e 600 rpm de módulo 2 m/s, em relação a um observador
próximo à beirada em repouso no solo. Os pneus giram sem
c) 300 rpm próximo ao centro e 500 rpm deslizar. Os módulos das velocidades dos
próximo à beirada pontos mais alto (A) e mais baixo (B) do pneu
d) 500 rpm próximo ao centro e 300 rpm dianteiro, em relação a esse observador, são
próximo à beirada respectivamente iguais a:
e) 300 rpm próximo ao centro e 300 rpm
próximo à beirada A
F6) (UFRJ-98) O olho humano retém durante
1/24 de segundo as imagens que se formam
na retina. Essa memória visual permitiu a
B
invenção do cinema. A filmadora bate 24
fotografias (fotogramas) por segundo. Uma vez 5 ‘
revelado, o filme é projetado à razão de 24 A) 2 m/s e 2 m/s B) zero e 2 m/s
fotogramas por segundo. Assim, o fotograma C) 4 m/s e 2 m/s D) 2 m/s e 4 m/s
seguinte é projetado no exato instante em que E) 4 m/s e zero
o fotograma anterior está desaparecendo de
nossa memória visual, o que nos dá a F9) (UFJF-02) Na figura abaixo, quando o
sensação de continuidade. ponteiro dos segundos do relógio está
Filma-se um ventilador cujas pás estão girando apontando para B, uma formiga parte do ponto
no sentido horário. O ventilador possui quatro A e se desloca com velocidade angular
pás simetricamente dispostas, uma das quais
151
ELEMENTOS DA FÍSICA
constante w = 2tt rad/min, no sentido anti- a) cüa < u>b = wR. b) CÜA = tüB < CÜR.
horário. Ao completar uma volta, quantas c) O)A = CÜB = tÜR. d) IOA < <JÜB < (jür.
vezes a formiga terá cruzado com o ponteiro e) (jüa > <job = wR.
dos segundos?
F13) (UERJ-11) Um ciclista pedala uma
bicicleta em trajetória circular de modo que as
direções dos deslocamentos das rodas
mantêm sempre um ângulo de 60°. O diâmetro
da roda traseira dessa bicicleta é igual à
metade do diâmetro de sua roda dianteira.O
esquema a seguir mostra a bicicleta vista de
cima em um dado instante do percurso.
roda dianteira
a) Zero. b) Uma. c) Duas.
d) Três. e) ti.
152
^ELEMENTOS DA FÍSICA
i- __ _C3
I
a) 602,8 m b) 96,0 m c) 30,0 m
d) 20,0 m e) 10,0 m n
4R
©
/T
0.5 m
_L Hl1
corrente
coroa catraca c
Adaptado de: < http J/revistaescola abril.com.br/ensino-medio/equilibriorodas-
532002.shtml >. Acesso em: 12 ago. 2011. (http://carros.hsw.uol com.br. Adaptado.)
Em uma corrida de bicicleta, o ciclista desloca Considere rA , rB , rc e rD os raios das
-se com velocidade escalar constante, engrenagens A, B, C e D, respectivamente.
mantendo um ritmo estável de pedala das, Sabendo que rB = 2rA e que rc = rD , é correto
capaz de imprimir no disco dianteiro uma afirmar que a relação Wi/w2 é igual a
velocidade angular de 4 rad/s, para uma A) 1,0. B) 0,2. C) 0,5. D) 2,0. E) 2,2.
configuração em que o raio da coroa é 4R, o
raio da catraca é R e o raio da roda é 0,5 m. F18) (Unicamp-15) Considere um computador
Com base no exposto, conclui-se que a que armazena informações em um disco rígido
velocidade escalar do ciclista é: que gira a uma frequência de 120 Hz. Cada
a) 2 m/s b) 4 m/s c) 8 m/s unidade de informação ocupa um comprimento
d) 12 m/s e) 16 m/s físico de 0,2 pm na direção do movimento de
rotação do disco. Quantas informações
F17) (Unesp-15) A figura representa, de forma magnéticas passam, por segundo, pela cabeça
simplificada, parte de um sistema de de leitura, se ela estiver posicionada a 3 cm do
engrenagens que tem a função de fazer girar centro de seu eixo, como mostra o esquema
duas hélices, H, e H2. Um eixo ligado a um simplificado apresentado abaixo?
motor gira com velocidade angular constante e (Considere n = 3.)
nele estão presas duas engrenagens, A e B.
Esse eixo pode se movimentar
153
ELEMENTOS DA FÍSICA
Ez
* Fonte de luz F
0,2 fim Nesta condição, a roda, com N dentes, gira
a) 1,62x10®. b) 1,8x10®. com velocidade angular constante e dá V
c) 64,8x10®. d) 1,08x10®. voltas por segundo.______________________
Note e adote:
No experimento de Fizeau, os dentes da roda estão
F19) (PASUSP-10) Uma bicicleta tem a roda igualmente espaçados e têm a mesma largura dos
dianteira com raio 27 cm e a roda traseira com espaços vazios;
raio 33 cm. Estando a bicicleta parada, dois L = 8600 m;
pontos A e B são marcados, nas rodas N = 750;
V = 12 voltas por segundo.__________________________
dianteira e traseira, nos respectivos pontos de
contato com o solo, conforme a figura. Depois a) Escreva a expressão literal para o intervalo
de a bicicleta percorrer uma distância d, os de tempo At em que a luz se desloca da roda
pontos A e B voltam a ficar, simultaneamente, até E2 e retorna à roda, em função de L e da
em contato com o solo. Assumindo que não há velocidade da luz c.
escorregamento das rodas da bicicleta, o b) Considerando o movimento de rotação da
menor valor de d, em metros, para o qual essa roda, escreva, em função de N e V, a
situação acontece, é expressão literal para o intervalo de tempo At
decorrido entre o instante em que a luz passa
pelo ponto central entre os dentes A e B da
roda e o instante em que, depois de refletida
por E2, é bloqueada no centro do dente B.
c) Determine o valor numérico da velocidade
da luz, utilizando os dados abaixo.
27 cm 33 cm
F21) (Fuvest-15) Uma criança com uma bola
nas mãos está sentada em um "gira-gira" que
A B roda com velocidade angular constante e
a)1,98rr b)2,977t c) 5,94n d) 8,91n e) 17,82n
frequência / = 0,25 Hz. Adote n = 3.
a) Considerando que a distância da bola ao
F20) (Fuvest-14) A primeira medida da centro do "gira-gira" é 2 m, determine os
velocidade da luz, sem o uso de métodos módulos da velocidade VT e da aceleração a
astronômicos, foi realizada por Hippolyte da bola, em relação ao chão.
Num certo instante, a criança arremessa a bola
Fizeau, em 1849. A figura abaixo mostra um
esquema simplificado da montagem horizontalmente em direção ao centro do "gira-
experimental por ele utilizada. Um feixe fino de gira", com velocidade VR de módulo 4 m/s, em
relação a si. Determine, para um instante
luz, emitido pela fonte F, incide no espelho
plano semitransparente E,. A luz refletida por imediatamente após o lançamento,
b) o módulo da velocidade U da bola em
E, passa entre dois dentes da roda dentada R,
relação ao chão;
incide perpendicularmente no espelho plano E2
c) o ângulo 6 entre as direções das
que está a uma distância L da roda, é refletida
velocidades U e VR da bola.
e chega ao olho do observador. A roda é então
colocada a girar em uma velocidade angular tal
F22) (Fuvest-16) Em janeiro de 2006, a nave
que a luz que atravessa o espaço entre dois
espacial New Horizons foi lançada da Terra
dentes da roda e é refletida pelo espelho E2,
não alcance o olho do observador, por atingir o com destino a Plutão, astro descoberto em
1930. Em julho de 2015, após uma jornada de
dente seguinte da roda.
aproximadamente 9,5 anos e 5 bilhões de km,
a nave atinge a distância de 12,5 mil km da
154
ELEMENTOS DA FÍSICA
Determine
a) a velocidade média v da nave durante a
viagem; Figura ilustrativa
b) o intervalo de tempo A t que as informações a) 5 m/s b) 5n m/s C) 10 m/s
enviadas pela nave, a 5 bilhões de km da d) 10n m/s e) 20 m/s
Terra, na menor distância de aproximação
entre a nave e Plutão,
levaram para chegar em nosso planeta;
c) o ano em que Plutão completará uma volta
em torno do Sol, a partir de quando foi A1) (AFA-09) Dispõe-se de quatro polias ideais
descoberto. de raios RA = R, Rb = 3R, Rc = R/2 e RD = R/10
que podem ser combinadas e acopladas a um
F23) (EEAR-02) Dois móveis A e B percorrem motor cuja frequência de funcionamento tem
a mesma pista circular com movimentos valor f. As polias podem ser ligadas por
uniformes, partindo do mesmo ponto e correias ideais ou unidas por eixos rígidos e,
caminhando no mesmo sentido. A velocidade nos acoplamentos, não ocorre escorregamento.
angular de A é o triplo da velocidade angular Considere que a combinação dessas polias
de B e 0,5 s após a partida eles se encontram com o motor deve acionar uma serra circular
pela primeira vez. A velocidade angular de B, (S) para que ela tenha uma frequência de
em rad/s, vale rotação igual a 5/3 da frequência do motor.
Dado: n = 3,14 Sendo assim, marque a alternativa que
a) 2,00. b) 3,00. c) 3,14. d) 6,28. representa essa combinação de polias.
a) b)
F24) (Ciaba-17) Considere uma polia girando
em torno de seu eixo central, conforme figura
abaixo. A velocidade dos pontos A e B são,
respectivamente, 60 cm/s e 0,3 m/s. A
distância AB vale 10 cm. O diâmetro e a
velocidade angular da polia, respectivamente,
valem:
c) d)
155
ELEMENTOS DA FÍSICA I
í
abaixo. CO (rad/s)
2n
1Ott t(s)
Figura 3
Nessas condições, o número total de voltas
v dadas pela polia A até parar e o módulo da
aceleração a, em m/s2, são, respectivamente,
É correto afirmar que o módulo da aceleração a) 5n, 7t c) 2(n — 1), 3tt
média experimentada pelo carro nesse trecho, b) 5n, 5n d)5(n+1), 5n
em m/s2, é
a) 0 b) 1,8 c) 3,0 d) 5,3 A4) (Ciaba-08) Um satélite meteorológico
envia para os computadores de bordo de um
A3) (AFA-13) A figura 1 abaixo apresenta um navio conteneiro informações sobre um
sistema formado por dois pares de polias tornado que se forma na rota desse navio a
coaxiais, AB e CD, acoplados por meio de uma 54,0 milhas a boreste (direita). Segundo as
correia ideal e inextensível e que não desliza informações, o tornado tem forma cônica de
sobre as polias C e B, tendo respectivamente 252 m de altura e 84 m de raio. A velocidade
raios RA = 1 m, RB = 2 m , RC = 10 m e RD = angular é aproximadamente 45 rad/s. O
0,5 m. módulo da velocidade vetorial de rotação do
tornado, em km/h, num ponto situado a 3 m do
plano de sua base, vale
(A)162 (B)242 (C) 308 (D)476 (E)588
I
156
ELEMENTOS DA FÍSICA
157
ELEMENTOS DA FÍSICA
158
ELEMENTOS DA FÍSICA
O
D-
A21) Uma partícula está se movendo em uma
trajetória circular com o módulo constante da
aceleração tangencial. Depois de um certo
tempo t de movimento, o ângulo entre a
aceleração total e o vetor velocidade é igual a
45°. Qual é o valor da aceleração angular da
partícula?
ajn/t2 b) 1/t2 c)2n/t2 d) Vã/t2 e) V2 / 2t2 Qual deveria ser a velocidade angular que um
cinematógrafo com 15 fendas deveria girar
A22) (OBF-13) Considere uma pista de para obter a taxa de 60 quadros por segundo?
atletismo composta de duas partes retilíneas
de 80 m de comprimento e duas partes A24) (OBF-15) Duas partículas A e B partem
semicirculares de 40 m de raio, como mostra a da origem O e viajam em direções opostas ao
figura ao lado. Os pontos A e B estão longo do caminho circular de raio 5 m com
posicionados no encontro entre as duas partes velocidades de módulos constantes vA = 0,7
retilíneas e uma parte circular. Um corredor m/s e vB = 1,5 m/s.
cuja massa é de 50 kg completa uma volta
com velocidade constante no sentido anti-
horário em 50 s. A rosa dos ventos no interior
do circuito indica as direções Norte-Sul e
Leste-Oeste. Use rt = 3.
B
159
—-e—T--- • . . .
ELEMENTOS DA FÍSICA
C
Luz incidente e
refletida no
espelho
160 mm
divisor de feixe
Fonte de luz
luz perdida B A
80 mm
(a) Determine a expressão para a velocidade !
da luz em termos das varáveis fornecidas no
texto.
(b) No experimento realizado por Fizeau a A28) Um ponto se movimenta ao longo de uma
engrenagem tinha 720 dentes, a distância L foi circunferência de raio R. Sua velocidade
de 8600 mea velocidade angular em que o depende da distância percorrida s como
efeito foi observado era de 12,5 rotações por v = kVs , onde k é uma constante. Determine o
segundo. Neste caso, determine a velocidade
ângulo a entre os vetores aceleração
da luz encontrada por Fizeau.
resultante e velocidade como função de s.
A26) (OBF-16) Uma barra de comprimento L
A29) Uma partícula se movimenta ao longo de
tem suas extremidades A e B presas a anéis
um plano com velocidade de módulo constante
que deslizam em trilhos que coincidem com os
v. A trajetória da partícula é dada por y(x) = kx2,
eixos cartesianos, conforme a figura abaixo.
onde k é uma constante não nula. Determine a
No instante ilustrado, a barra encontra-se com
aceleração e o raio de curvatura da partícula
velocidade nula e sabe-se que a aceleração do
no ponto (0, 0).
ponto A é constante, aponta para a origem do
sistema de referência e tem módulo 4,00 m/s2.
yI
A
L
800 mm
B
■>
X
600 mm
Determine:
(a) a equação horária da extremidade B e
(b) a velocidade média de B entre a
configuração inicial e o instante em que a
extremidade A chega ao ponto onde os trilhos
se cruzam.
160
ELEMENTOS DA FÍSICA
ESTÁTICA
CONCEITO DE EQUILÍBRIO
Equilíbrio Relativo
Fb,
’ :ía - FAi + Fa2 + FA3 + FA4 mAaA e ^RB — FB, + FB2 + FB3 + FB4 + FBB + FB6 = mBãB
FAi + FA2 + FA3 + FA4 FBi + Fb2 + FB3 + FB4 + FB5 + FB6
ãA = e ãB
mA mB
= ãB - ãA = 0 ãA=ãB
Desta maneira, pode-se concluir que o conceito de equilíbrio está ligado diretamente ao
referencial adotado para medir a velocidade e a aceleração da partícula. Uma partícula pode estar
em equilíbrio relativamente a um referencial e não estar em equilíbrio em relação a outro
referencial, bastando para isso que exista uma aceleração relativa não nula entre os dois
referenciais.
Por fim, pode-se enunciar que uma partícula está em equilíbrio relativamente a um
referencial se este referencial mede uma aceleração nula desta partícula.
Deve-se ressaltar que, até este momento, estamos tratando do equilíbrio de uma partícula,
ou seja, de corpos cujas dimensões são desprezíveis. O estudo do equilíbrio de corpos extensos
será apresentado mais adiante neste mesmo capítulo.
a
161
ELEMENTOS DA FÍSICA
Tipos de Equilíbrio
fõl
162
ELEMENTOS DA FÍSICA
EQUILÍBRIO DE TRANSLAÇÃO
F„
*F3
A força resultante em um corpo é igual a soma vetorial de todas as forças que atuam no
corpo. Pela 2a Lei de Newton, sabe-se que a força resultante é o produto da massa do corpo pela
aceleração resultante.
FR=F1+F2+... + Fn=mãR
F1x + F2x nx 0
F1y F2y + •■• + Fny 0
163
ELEMENTOS DA FÍSICA
Fi
5
-f3
Deste modo, se Ê, e F2 não forem paralelos, necessariamente os vetores F,, F2 e F3
formam um triângulo fechado, conhecido como triângulo de forças do corpo em equilíbrio de
translação. Note que para as três forças formarem um triângulo fechado é necessário que o corpo
esteja em equilíbrio de translação.
Na figura abaixo está um exemplo clássico da teorema das três forças para o caso de
forças paralelas. Uma barra, em equilíbrio de translação, está apoiada por um suporte e possui
dois corpos apoiados em suas extremidades. Observe que todas as forças são verticais. Para que
ocorra equilíbrio é necessário que F, + F2 + F3 = 0.
f2
F,
r1 a 1 1
f3
Uma possível situação prática de três forças formando um triângulo fechado se encontra
na figura abaixo. Um corpo, de peso P , está preso ao teto por duas cordas. Denominando de fj e
f2 as trações nas cordas, para que ocorra o equilíbrio, as forças devem formar um triângulo
fechado. Note que nem sempre as forças vão formar o triângulo diretamente na decomposição de
forças da figura original. Em algumas situações, como a exemplificada abaixo, é necessário
deslizar os vetores para que o triângulo seja formado.
164
ELEMENTOS DA FÍSICA
EQUILÍBRIO DE ROTAÇÃO
b\
%
É importante ressaltar que a distância é em relação à linha de ação da força F, uma vez
que o ponto de aplicação da força faça com que a menor distância de F até o ponto P seja obtida
em um prolongamento de F, como ocorre no exemplo da figura anterior.
Uma aplicação prática deste resultado é o sistema de abertura de uma porta, onde a
maçaneta encontra-se o mais distante possível do eixo de rotação da porta, de modo que seja
possível aplicar sobre a maçaneta a menor força possível para fazer a porta abrir. Ainda neste
capítulo será demonstrado que a menor força necessária para rotacionar um corpo em torno de
um eixo ocorre quando o braço dessa força, em relação ao eixo de rotação, assume o maior valor
possível.
165
-T—> — — . ............................................. .. .
ELEMENTOS DA FÍSICA
|íF.o| = F.b,
onde b é o braço da força F com relação ao ponto O. Deste modo, o módulo do torque é igual
ao produto do módulo da força pelo braço de F em relação ao ponto O.
166
ELEMENTOS DA FÍSICA
Torque Resultante
Considere um corpo que está sujeito à ação de n forças Fv F2 Fn. O torque resultante
tR em relação a um ponto O do espaço é definido como a soma vetorial dos torques de cada
força em relação ao ponto O:
Ír.o = r, x F, + r2 x F2 +... + rn x Fn
Como tfo=FxF, da teoria dos vetores, sabe-se que tfo é um vetor perpendicular ao
plano formado por f e F. Neste livro, serão estudados apenas os casos em que todas as
forças são coplanares, que são as típicas situações problemas de ensino médio. Para as
situações de forças não coplanares, o leitor deve procurar um bom livro de Mecânica Técnica.
A figura abaixo mostra um corpo que está sujeito a três forças F,, F2 e F3 , todas
pertencentes ao plano xy. Suponha que o corpo possa girar em torno de um eixo que passa pelo
ponto O. A atuação da força F, provoca uma tendência do corpo girar no sentido anti horário em
torno de O, enquanto que a atuação da força F2 provoca uma tendência do corpo girar no sentido
horário em torno de O. A linha de ação da força F3 passa pelo ponto O (torque nulo), não
provocando tendência de rotação em torno de O. Apesar do corpo estar sujeito à ação de apenas
três forças, a análise desta situação permite generalizar para uma quantidade qualquer de forças,
uma vez que todas as forças, em relação a tendência de rotação do corpo, podem ser agrupadas
em três categorias: sentido anti horário, sentido horário e nenhuma tendência de rotação.
z“
F3
y
*2
167
ELEMENTOS DA FÍSICA
A observação deste último resultado nos permite chegar a algumas conclusões, válidas
somente se todas as forças atuantes no corpo sejam coplanares:
1) Todos os torques são vetores perpendiculares ao plano que contém as forças atuantes no
corpo. Assim, os torques são vetores paralelos ao eixo (que na figura anterior denominamos de
eixo z) que é perpendicular ao plano definido pelas forças.
2) Para calcular o torque resultante, basta determinar a componente do torque no eixo z, uma vez
que as componentes do torque em x e y são nulas.
3) Esta componente do torque no eixo z, que nada mais é do que o torque resultante, é obtida a
partir de um cálculo da seguinte maneira:
4) Apesar do torque ser uma grandeza vetorial, caso as forças sejam todas coplanares, é possível
fazer uma análise escalar do problema, determinando o valor do torque resultante diretamente a
partir da expressão tr = ± F,.^ ± F2.b2 ± ... ± Fn.bn.
5) Após efetuado o cálculo de tr = ± F^b-i ± F2.b2 ± ... ± Fn.bn tem-se três possíveis situações:
i) tr > 0: a aceleração angular do corpo está no sentido anti horário;
ii) tr < 0: a aceleração angular do corpo está no sentido horário;
iii) rR = 0: a aceleração angular do corpo é nula.
168
ELEMENTOS DA FÍSICA
Como o ponto B é um ponto aleatório do espaço, está demonstrado que pode-se escolher
qualquer ponto para calcular o torque resultante. Se o torque for nulo em relação a um
determinado ponto, será nulo em relação a qualquer ponto, caso o corpo esteja em equilíbrio de
translação.
Teorema: Suponha que um corpo extenso está em equilíbrio de rotação sob a atuação de n
forças F|, F2, ..., Fn_, e Fn. Se as forças (ou suas linhas de ação) F,, F2, ... e Fn_, passam por um
mesmo ponto P do espaço, a força Fn (ou sua linha de ação) também deve passar pelo ponto P.
Demonstração:
Pelo teorema anterior, pode-se escolher qualquer ponto do espaço
f2 para calcular momento. Como as forças F,, F2,... e Fn-1 passam pelo
F,
ponto P, o torque de cada uma dessas forças em relação a P é nulo.
Como o corpo está em equilíbrio de rotação, o torque resultante no
P1 F„_i
Fn ponto P, devido à ação das forças F1t F2,..., F^ e Fn, é nulo.
^0 ^0 .^0
Çi
ÍR = -1 +ji> *2 + ... + JJj n-1 +rnxFn=0 => rnxFn=0
169
ELEMENTOS DA FÍSICA
Este teorema permite determinar relações geométricas e/ou trigonométricas. Por exemplo,
suponha a situação abaixo, onde deseja-se determinar a força mínima F necessária a ser
aplicada na parte superior de uma esfera de modo que a mesma fique a iminência de subir um
degrau de altura h. Note que a eminência de subir o degrau a normal da esfera com o solo é igual
a zero. Uma maneira de resolver esta situação problema é calculando o torque em relação à quina
do degrau. Entretanto, pelo teorema, a linha de ação da força de contato Fc (devido à normal e ao
atrito) da quina do degrau com a esfera deve passar pela interseção das linhas de ação da força
F e do peso P.
F
M
>
2R-h 2R-h
'''-R \f
R-h '-\c
P d d
h
F P P7h(2R-h) ' h
F F = P.
d 2R-h 2R-h 2R-h
f = fi + f2
1
170
ELEMENTOS DA FÍSICA
Momento de um Binário
Um binário é definido como duas forças paralelas que têm a mesma intensidade, mas
direções opostas, e são separadas por uma distância perpendicular d. Seu efeito é produzir
rotação pura, ou tendência de rotação, em um sentido específico.
Por exemplo, considere uma situação
em que os vetores posição fA e rB estão
direcionados do ponto O para os pontos A e B,
situados na linha de ação de -F e F ,
respectivamente. Portanto, o momento do
binário em relação a O é
M = rB x x(-F) = (rB-rA)xF
M = fxF
onde O é um ponto qualquer do plano que contém as forças e bn b2 bn sao os braços das
forças F,, F2, .... Fn em relação ao ponto O.
Neste caso bidimensional, tem-se três equações lineares com relação às forças e aos
braços. Da teoria dos sistemas lineares, pode-se determinar até três variáveis desconhecidas pela
manipulação algébrica dessas três equações, onde essas variáveis podem ser forças ou braços
de forças.
Em alguns casos, a escolha adequada do ponto onde o torque é calculado faz com que a
manipulação algébrica fique mais simples. Para tanto, deve-se priorizar pontos onde passem o
maior número possível de linhas de ação de forças com valores desconhecidos, de modo que na
equação do torque essas forças não apareçam devido ao torque nulo.
171
ELEMENTOS DA FÍSICA
TOMBAMENTO
■>
c p N
b I b/2 p* £
Fal
Para que o bloco não deslize é necessária a existência de uma força de atrito do bloco
com o solo. Na situação de iminência de tombamento, a força normal trocada com o solo estará
aplicada sobre a aresta que o bloco estará prestes a rotacionar sobre, uma vez que, à exceção
dessa aresta, toda o resto do plano da base perderá contato com o solo. Note que, apesar da
figura original ser em três dimensões, todos os pontos de aplicação das forças pertencem a um
mesmo plano. Assim, analisando um corte no paralelepípedo feito por esse plano que contém as
forças, chega-se a distribuição de forças apresentada na figura acima. Deste modo, calculando o
torque em relação ao ponto P, ponto médio da aresta por onde o paralelepípedo por girar:
Tp =0 +F.a-P—= 0 F=™
2 2a
. _ a/2
tg0 =----- => tg 0 = —
b/2 a b
Assim, o ângulo 0 em que o bloco fica a iminência de tombar é tal que tg 0 = a/b.
172
ELEMENTOS DA FÍSICA
TRELIÇAS PLANAS
L-------- 4 m--------- -
li,1'c
///w-
í\p(
F. 60 \\
4m
il 4m
P
A principal estratégia de cálculo dos esforços em treliças planas é o método dos nós, que
consiste em verificar o equilíbrio de cada nó da treliça, seguindo-se os passos descritos a seguir:
1) determinação das reações de apoio
2) identificação do tipo de solicitação em cada barra (barra tracionada ou barra comprimida)
3) verificação do equilíbrio de cada nó da treliça, iniciando-se sempre os cálculos pelo nó que
tenha o menor número de incógnitas.
Observe o exemplo seguinte para entender melhor a aplicação do método dos nós na
resolução de uma treliça plana, onde deseja-se determinar as forças que atuam em todos os
elementos da treliça mostrada na figura.
400 N
____
4m
I-
a?
600 N
'600
L._ 3 m——*---- 3 nr
173
ELEMENTOS DA FÍSICA
y
Analisando o nó A:
LFy=0 600 --Fab = 0 => FAB = 750 N
5
Q Q
4 £Fx=0 => Fad-|Fab=O => FAD=j750 => Fad = 450 N
5 5
600 X
Analisando o nó D:
**'/« I Fpc 3
YFx=0 => -450+ -FDB+600 = 0 => FDB = — 250 N
M 450 N » 600 N
SFy=0
5
O sinal negativo indica que FDB atua no sentido oposto ao indicado na
figura.
-Fdc-|fdb
0 => Fdc = 200 N
y
Analisando o nó C:
200 N £Fx=0 => Fcb- 600 = 0 => Fcb = 600 N
600 N
200 X
400 N 200 X
4r6OON Compressão 600 X’X
-► —600 N
750 N 250 X
4. 200 X
I
í
750 X
250 N V 1200 N
A
Tração
► «N. 600 N
450 N 450 N D
600 N
174
^ ELEMENTOS DA FÍSICA
Considere uma partícula submetida à ação de várias forças F,, F2 Fn. Devido à ação
destas forças o corpo pode sofrer um pequeno deslocamento em determinada direção. Esse
deslocamento é possível, porém não será necessariamente realizado, uma vez que o corpo pode
estar em equilíbrio estático ou mesmo se o vetor deslocamento for perpendicular à direção
desejada. Por isso, esse deslocamento desejado é chamado de deslocamento virtual e é
representado por 8r. Essa simbologia é usada para diferenciar de dr, que é um deslocamento
que efetivamente ocorre, enquanto que 8r não ocorre necessariamente.
Fn
F2 f3
O trabalho de cada uma das forças Fd, F2, Fn na direção 8r é denominado de trabalho
virtual e é simbolizado por 8U:
Logo, o trabalho virtual das forças F,, F2 Fn é igual ao trabalho virtual realizado pela
sua resultante FR. O princípio dos trabalhos virtuais garante que se uma partícula está em
equilíbrio, o trabalho virtual das forças que atuam sobre ela é zero para qualquer
deslocamento virtual dessa partícula. A saber, se a partícula está em equilíbrio, a resultante FR
será zero, fazendo com que 8W seja igual a zero.
A aplicação do princípio dos trabalhos virtuais produz soluções mais simples quando a
situação problema envolve vários corpos interligados entre si. Considere o exemplo seguinte,
onde duas barras, AC e BC, estão articuladas em C, onde é aplicada uma força vertical de módulo
P. Deseja-se determinar a componente horizontal da força exercida pela alavanca sobre o ponto B.
175
ELEMENTOS DA FÍSICA
■f
P.tg0
2Bx<?cos 0 + Písen 0 = 0 => Bx = -
2
176
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER1) (ITA-07) No arranjo mostrado na figura com duas polias, o fio inextensível e sem peso
sustenta a massa M e, também, simetricamente, as duas massas m, em equilíbrio estático.
Desprezando o atrito de qualquer natureza, o valor h da distância entre os pontos P e Q vale
------------- zl------------ s-;
/////////////////////.
..... ...J,
h
Q
A
Á
a) ML / An2 -M|2: b)L c) ML / 7m2 -4m2
d) mL / iMm2 -M2 e) ML / 7zm2 -M2
Solução: Alternativa A
Seja a o ângulo que o fio faz com o direção vertical. Como as massas m está equilibradas segue
T = mg. O ponto Q também está em equilíbrio de translação:
_ Mg _. ______ V4m2 -M2
SFy = => 2.T.C0S a = Mg => cos a => sen a =
" 2T 2m
L ML
Como tg a = h=
h V4m2 -M2
ER2) (IME-07)
1,732 m I.OOCm
I'
1,000 m
Um bloco de massa M = 20kg está pendurado por três cabos em repouso, conforme mostra a
figura acima. Considerando a aceleraçãoda gravidade igual a 10 m/s2, -J2= 1,414 e VÕs 1,732,
os valores das forças de tração, em newtons, nos cabos 1e 2 são,respectivamente:
a) 146 e 179. b) 179 e 146. c) 200 e 146.
d) 200 e 179. e) 146 e 200.
Solução: Alternativa A
Pelo teorema das três forças, as duas trações e o peso devem
formam um triângulo, conforme a figura ao lado.
Pela Lei dos senos:
sen 45° sen 75°
=> 7!= 146,41 N
Ti P
Novamente pela Lei dos senos:
servia _ sen 60° T2 = 179.3N
t2
E 177
. .... . . . . .... .... .... .
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER3) (ITA-94) Uma barra homogênea de peso P tem uma extremidade apoiada num assoalho
horizontal e a outra numa parede vertical. O coeficiente de atrito com relação ao assoalho e com
relação à parede são iguais a p. Quando a inclinação da barra com relação à vertical é de 45°, a
barra encontra-se na iminência de deslizar. Podemos então concluir que o valor de p é :
a) 1 - (V2/2) b) V2-1 c) 1/2 d) V2 / 2 e) 2-V2
Solução: Alternativa B
F„, LFh = 0 N, - Fat2 — N2p
SFV = 0 => Fat1 + N2 = P => N,p + N2 = P => P = N,p + N,/p = N,(p + 1/p)
SMa = 0 => (P.cos 45°)(L/2) - (Nvcos 45°)(L) - (Fat1.cos 45°)(L) = 0 =>
P = 2N1 + 2N1p = 2N1(1 +p)
2N,(1 + p) = N,(p + 1/p) => 2 + 2p = p + 1/p => p2 + 2p-1=0 =>
F«2
Desde que p > 0 P = V2-1
20 cm
a) 1,5 b) 3,0 c) 2,0 d) 1,0 e) 5,0
Solução: Alternativa B
N,<— Pelo teorema de Pitágoras segue que o comprimento da projeção
T* vertical da barra vale 30 cm
30 cm Pelo equilíbrio de forças na direção vertical:
P ZFy = 0 => T = P = 3000 NFX = 0 => Nt = N2
N2 Fazendo momento igual a zero na extremidade inferior da barra:
N,.30 — 3000.20 + 3000.10 = 0 => 1^ = 1000 1x1 => T/N, = 3
ER5) (ITA-10) Considere um semicilindro de peso P e raio R sobre um plano horizontal não liso,
mostrando em corte na figura. Uma barra homogênea de comprimento L e peso Q está articulada
no ponto O.A barra está apoiada na superfície lisa do semicilindro, formando um ângulo a com a
vertical. Quanto vale o coeficiente de atrito mínimo entre o semicilindro e o plano horizontal para
que o sistema todo permaneça em equilíbrio?
a) p = cos a / [ cos a + 2P (2h/LQ cos (2a) — R/LQ sen a)]
b) p = cos a / [ cos a + P (2h/LQ sen (2a) - R/LQ cos a)]
c) p = cos a / [ sen a + 2P (2h/LQ sen (2a) - R/LQ cos a)]
d) p = sen a / [ sen a + 2P (2h/LQ cos (a) - 2R/LQ cos a)]
e) p = sen a / [ cos a + P (2h/LQ sen (a) - 2R/LQ cos a)]
Solução: Alternativa C
178
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER6) (ITA-13) Duas partículas, de massa m e M, estão respectivamente fixadas nas extremidades
de uma barra de comprimento L e massa desprezível. Tal sistema é então apoiado no interior de
uma casca hemisférica de raio r, de modo a se te equilíbrio estático com m posicionado na borda
Pda casca e M, nu ponto Q, conforme mostra a figura. Desconsiderando forças de atrito, a razão
m/M ente as massas é igual a
a) (L2 - Sr2) / (Sr2).
b) (2L2-3r2)/(2r2).
e) (3L2-2r2)/(L2-2r2).
'•
179
ELEMENTOS DA FÍSICA
I■
Solução: Alternativa A s
Nf w ] Pela figura tem-se que L = 2r.cos 0
poç; (T* rr_‘ Além disso, pode-se concluir que APOQ é isósceles
\T i - Equilíbrio de translação:
i
mg e. n2 EFX = 0 => Ni + T.cos 0 - T.cos 0 - N2.cos 20 = 0 =>
i
i «r . Ni = N2.cos 20
i Va EFy = 0 => N2.sen 20 - Mg + T.sen 0-T.sen 0 - mg = 0 =>
i
Mg N2.sen 20 = Mg + mg
i 1 r
Equilíbrio de rotação (momento em relação ao ponto Q)
XMq = 0 => N^sen 0.L - mg.cos 0.L = 0 => N,.sen 0 = mg.cos 0
. • kl -a a (Mg + mg)cos20.sen0 .
Assim: N2.cos 20.sen 0 = mg.cos 0 => —2----- ___aa------------ = mg.cos0 =>
sen 20
(M + m) cos 20. sen 0
m.cos0 => (M + m)cos 20 = 2m.cos2 0
2sen0. cos0
fl + — 1(2cos20-1) = 2—cos2 0 2 cos2 0 -1 + —(2 cos2 0 -1) = 2—cos2 0
l Mj M Mv ' M
— = 2cos20-1 = 2-^--1 = L2-2r2
M 4r2 2r2
ER7) (ITA-15) A figura mostra um tubo cilíndrico de raio R apoiado numa superfície horizontal, em
cujo interior encontram-se em repouso duas bolas idênticas, de raio r = 3R/4 e peso P cada uma.
Determine o peso mínimo Pc do cilindro para que o sistema permaneça em equilíbrio.
i R
P
Solução:
Note, pela 2a figura, que a tendência de rotação do sistema tubo+esferas é
no sentido horário, fazendo com que, no iminência de equilíbrio, a esfera
inferior não toque o solo e a normal do tubo com o solo se concentre em
um ponto de sua periferia mais à direita, como indicado na figura.
Seja 0 o ângulo que a linha que une os centros forma com a direção
horizontal. Pela geometria da figura segue que:
„ R/2 1 n 2V2
cos0 =--------- = — => sen0 =-------
3R / 2 3 3
Pelo teorema das três forças, na esfera superior tem-se que:
PV2
E, = P. cot0
4
p Fz
Analogamente, na esfera inferior: F2 =P.cotO = ——
N
P‘=I
180
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER8) (IME-97) Uma barra uniforme e homogênea de peso P, tem seu centro de gravidade (C.G.)
na posição indicada na figura abaixo. A única parede considerada com atrito é aquela na qual a
extremidade esquerda da barra está apoiada. O módulo da força de atrito Fat é igual ao peso da
barra. Determine o valor do ângulo 0 na posição de equilíbrio, em função do comprimento da barra
L e da distância entre as paredes a.
Solução:
Equilíbrio de translação: Ni.cos0 = P e Nysen 0 = N2
N,
Equilíbrio de rotação: P.cosO.—= N. a =: Pcos0L P.a
2 1COS
cosOO 2 cos2 0
B
2a ,Í2a „ ,Í2ã
e COS3 0 COS0 => 0 = arccos^—
*n2 <- L
p
181
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER10) (ITA-17) Um bastão rígido e uniforme, de comprimento L, toca os pinos P e Q fixados numa
parede vertical, interdistantes de a, conforme a figura. O coeficiente de atrito entre cada pino e o
bastão é p , e o ângulo deste com a horizontal é a . Assinale a condição em que se torna possível
o equilíbrio estático do bastão.
ER11) (ITA-17) Na figura, a extremidade de uma haste delgada livre, de massa m uniformemente
distribuída, apóia-se sem atrito sobre a massa M do pêndulo simples. Considerando o atrito entre
a haste e o piso, assinale a razão M/m para que o conjunto permaneça em equilíbrio estático.
IIIIIIIIIUIIIIIIIII
l\
A
i \
•i /
/
M
;<?>/
I-/ m
1/
IIIIIIIIIUIIIIIIIII
K) tan<p/2tan9 B) (1-tan<p)/4sen9cosç> C) (sen2<pcot9-2sen20)/4
D) (sencpcot 0 -2sen229)l4 E) (sen2ç>cot9 -sen29)/ 4
Solução: Não há alternativa correta
Equilíbrio de translação na esfera
Em x: Tsen0 = Nicos<|>
Em y: Mg + NiSenif) = Tcos0
Eliminando T nestas equações:
N ________ Mg sen 0______
1 cos<|>cos0-sen<|>sen0
Mg Equilíbrio de rotação na barra:
SMA = 0 => NiL-mgsen^-t = 0
2Mgsen0
------------- - ------------------- = mg sen <b
*A cos <j> cos 0 - sen <|) sen 0
M _ sen2<|>cot0-2sen2 <j>
m 4
182
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER12) (IME-10)
2.50 m
4.25 m
A figura mostra duas barras AC e BC que suportam, em equilíbrio, uma força F aplicada no ponto
C. Para que os esforços nas barras AC e BC sejam, respectivamente, 36 N (compressão) e 160 N
(tração), o valor e o sentido das componentes vertical e horizontal da força F devem ser:
Observação:
Despreze os pesos das barras e adote VÕ =1,7.
A) 80 N ( I), 100 N (-) B) 100 N (l ), 80 N (-) C) 80 N (t), 100 N (-)
D)100N( f ), 80 N (-) E) 100 N ( 1 ), 80 N (-)
Solução: Alternativa A
Como a barra Ãc está comprimida e a barra bc está tracionada então a força F em (C) deve
possuir, na direção da barra ÃC (sentido de C para A) uma intensidade de 36N, enquanto que na
direção da barra BC (sentido de B para C) intensidade de 16N (ver figura), portanto :
£Fx = 160.cos 30° - 36 = 100N —>
£Fy=160.sen 30° = 80N |
: y
36N
x
X^3Õ"'—*
160N
ER13) (IME-06) Um bloco da massa m = 5kg desloca-se a uma velocidade de 4 m/s até alcançar
uma rampa inclinada de material homogêneo, cujos pontos A e B são apoio e oferecem reações
nas direções horizontal e vertical. A rampa encontra-se fixa e o coeficiente de atrito cinético entre
o bloco e a rampa é igual a 0,05. Sabe-se que o bloco pára ao atingir determine altura e
permanece em repouso.Considerando que a reação vertical no ponto de apoio B após a parada
do bloco seja de 89 N no sentido de baixo para cima, determine a magnitude, a direção e o
sentido das demais reações nos pontos A e B.
Dados: aceleração da gravidade (g) = 10m/s2; Peso linear da rampa = 95 N/m.
A
Rampa
1,2 nl
Bloco
V B 4mr S
5 kg
183
ELEMENTOS DA FÍSICA
Solução:
Rv i) Calculando inicialmente a altura
Rha A D atingida pelo bloco sobre a rampa, pelo
teorema da energia cinética:
0,4m WP + Wfat = 0 - Eci =>
0, -mgh - p.mg.cosG.d = -m.vi2/2 =>
c\ 10h +0,05.10.1,6/2 = 42/2 =>
N ! fal 25h + d = 20 (I).
0,8m h; Pb ii) No ABCG:
Rvb = 89N sen 0 = h/d => 1,2/2,0 = h/d =>
6 d = 5h/3, substituindo em (I), encontra-se:
h = 0,75m
B RHb
iii) Como o bloco, ao atingir a rampa,
12
encontra-se em equilíbrio: fat = m.g.sen 0 => fat = 5.10.^-^ => fat = 30N.
ER14) (IME-09) A figura mostra uma estrutura em equilíbrio, formada por uma barra BD, dois
cabos AD e DE, e uma viga horizontal CF. A barra é fixada em B.Os cabos de seção transversal
circular de 5mm de diâmetro, são inextensíveis e fixados nos pontos A, D e E. A viga de material
uniforme e homogêneo é apoiada em C e sustentada pelo cabo DE. Ao ser colocado um bloco de
100kg de massa na extremidade F da viga, determine:
a) a força no trecho ED do cabo;
b) as reações horizontal e vertical no apoio C da viga;
c) as reações horizontal e vertical no apoio B da barra.
Dados: aceleração da gravidade: 10m/s2; densidade lineares de massa: p-, = 30 kg/m, p2 = 20kg/m,
p3 = 10kg/m; V20 « 4,5.
D
2,0 m
A cabo
2.0 m
_______ B,
zzzzzzZrzzzzz
2.0 m
bloco
Viga \E ü
c F
l_____ l
2.0 m 2.0 m 3,0 m 1.5 m 1,5 m 3,0 m
184
ELEMENTOS DA FÍSICA
Solução:
4C
Pelo teorema de Pitágoras segue que DE = — e DA = 2V5 .
ER15) (ITA-09) Chapas retangular rígidas, iguais e homogêneas, são sobrepostas e deslocadas
entre s, formando um conjunto que se apóia parcialmente na borda de uma calçada. A figura
ilustra esse conjunto com n chapas, bem como a distância D alcançada pela sua parte suspensa.
Desenvolva uma fórmula geral da máxima distância D possível de modo que o conjunto ainda se
mantenha em equilíbrio. A seguir, calcule essa distância D em função do comprimento L de cada
chapa, para n = 6 unidades.
////////////////
/
/
/
Solução:
185
ELEMENTOS DA FÍSICA
Claramente, para um sistema com apenas uma chapa, o valor máximo de Dt vale U2.
No caso de duas chapas, a extremidade esquerda da chapa superior deve ficar a uma distância
igual a L/2 da extremidade direita da chapa inferior e o centro de massa das duas chapas deve
ficar na direção da borda da calçada:
I | L L L
I m x — + m X---- + —
2 2 2 L
< ---------► Xcm ~ 0 = 0 => x
— > L/2 2m 4
TA x
d2=-+- => d22 = -fl
2I
+ --
2 4 2
No caso de três chapas têm-se o seguinte esquema:
I ~| Mais uma vez o centro de massa das chapas deve estar
] na direção da quina da calçada: xCm = 0
] ◄---------- >
. L/2 L L LI L L L
* 174 m x — + m X---- + — + m x — + — + -
2 2 4j 2 4 2
=0
X 3m
„ L L L r» L (, 1 1
3x-3—+ 2—+ —= 0 => x = — => D3 =— + — + — D. = — 1 4----- h —
2 4 2 6 2 4 6 3 2l2 2 3
Para quatro chapas, o cálculo fica da seguinte maneira:
’ L L L
x— +-+-
2 6 4
Xcm = 0 => =0
4m
A . L „L _L L n L L L L L Lf. 1 1 1
X +---- 1----
2642 8 2468 4 2 2 3 4
Logo, para uma quantidade n qualquer de chapas, o valor de xn é calculado da seguinte maneira:
nxn-n- + (n-1) L —+(n-2)—-— + ... + 2- + - = 0 => nxn-n- + (n-1)- = 0 L
+ ... + 2—+ —= 0 => X"=^
n 2 2(n-1) 2(n-2) 4 '2 2 n 2 2 >2
LL
-I.1 + —
1 +— 1 +
1 +—
Assim: Dn = Xí + x2 + x3 + ... + xn D„=
n — —
2l 2 3 4 n )'
.1111 1,
Para n = 6 tem-se que D6 = 1+—+—+— +— +— d6=—
6 40
ER16) (IME-17)
12
12 5 5
186
ELEMENTOS DA FÍSICA
A figura acima apresenta uma estrutura em equilíbrio, formada por oito barras AC, BC, AF, CF,
CD, DE, DF e EF conectadas por articulações e apoiadas nos pontos A e B. Os apoios A e B
impedem as translações nas direções dos eixos x e y. Todas as barras são constituídas por
material uniforme e homogêneo e possuem pesos desprezíveis. No ponto D, há uma carga
concentrada, paralela à direção do eixo x, da direita para esquerda, de 20 kN, e, no ponto E existe
uma carga concentrada, paralela à direção do eixo y, de cima para baixo, de 30 kN. Determine:
a) as componentes da reação do apoio A em kN;
b) as componentes da reação do apoio B em kN;
c) as barras que possuem forças de tração, indicando os módulos destas forças em kN;
d) as barras que possuem forças de compressão, indicando os módulos destas forças em kN.
Solução:
D Representando os esforços externos
conforme a figura abaixo e aplicando a
condição de equilíbrio para as mesmas,
temos:
li) Nó D: (x):
20 + Fed.cos0 = FCD.cosa -> FCD = 130,1kN.
(y): Ffd = FED.sen0 + FCD-sena -> Ffd = 122kN.
c) barra DE = 78kN
barra CD = 130,1 kN
barra AC = 23,9kN
barra CB = 75,9kN
d) barra EF = 72kN
barra FD = 122kN
barra FC = 72kN
barra FA= 122kN
187
ELEMENTOS DA FÍSICA
sMt._ -
ER17) (IME-14)
10 kN 10kN
carga
horizontal
1,5 m
1,5 m
2,0 m 2,0 m
A figura acima mostra uma estrutura em equilíbrio de peso desprezível em relação ao
carregamento externo. As barras desta estrutura só resistem aos esforços normais de tração ou
de compressão. Sobre o nó D há uma carga vertical concentrada de 10 kN, enquanto no nó C há
uma carga vertical concentrada de 10 kN e uma carga horizontal. Sabendo que o apoio A não
restringe o deslocamento vertical e a força de compressão na barra AB é 5 kN, determine:
a) a intensidade, em kN, e o sentido da carga horizontal no nó C;
b) as reações de apoio, em kN, nos nós A e B, indicando suas direções e sentidos;
c) as barras que estão tracionadas, indicando suas magnitudes em kN;
d) as barras que estão comprimidas, indicando suas magnitudes em kN.
Solução:
Diretamente tem-se que By = 20 kN
Analisando o nó E: FCE(4/5) + FAE(4/5) = FBE(4/5) => FCE + 25/3 = 25 => FCe = 50/3 kN
a) Fcx = Ax + 20, porém não é possível determinar, apenas com os valores fornecidos no
enunciado, o valor de Ax
b) Bx = 20 kN (para a direita) e By = 20 kN (para cima)
Ax não é possível determinar e Ay = 0
c) A única barra tracionada é AE, com força de módulo FAE = 25/3 kN
d) As barras AB, BE, CE e DE estão comprimidas:
Fab = 5 kN, Fbe = 25 kN, FCE = 50/3 kN e FDE = 10 kN
Note que o sistema proposta é hiperestático com 1 grau de liberdade, ou seja, não é possível
determinar todas os esforços, alguns devem ficar em função de um dos valores de tensão, no
caso a força Ax.
188
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER18) (IME-10) Uma mola com constante elástica k, que está presa a uma parede vertical,
encontra-se inicialmente comprimida de Ax por um pequeno bloco de massa m, conforme mostra
a figura. Após liberado do repouso, o bloco desloca-se ao longo da superfície horizontal lisa EG,
com atrito desprezível, e passa a percorrer um trecho rugoso DE até atingir o repouso na estrutura
(que permanece em equilíbrio), formada por barras articuladas com peso desprezível. Determine
os valores das reações horizontal e vertical no apoio A e da reação vertical no apoio B, além das
reações horizontal e vertical nas ligações em C, D e F.
Dados:
• constante elástica: k = 100kN/m;
• compressão da mola: Ax = 2cm;
• massa do bloco: m = 1Okg;
• coeficiente de atrito cinético do trecho DE: pc = 0,20;
• aceleração gravitacional: g = 10m/s2.
3m
3m
Solução:
Conservação da energia mecânica:
KAx2 . 100.103. (2.10-2)2
mgp.d => ----------- |
— = mgpi.d (10)(10)(0,20)d=>d = 1,0m
HF|t -Hf
VFf -V/f
- Hc^
HC(|
i 100N -Vcf
Vet Hd TVD
h,
Va
CE Fx = 0 => Hc + HD = 0 (1)
Fy = 0 => Vc +VD= 100 (2)
Mc = 0 => - (3,5) . 100 + (2,5) VD = 0 VD = 140N => Vc = -40N
189
---- . - .. .......... .. .. , .
ELEMENTOS DA FÍSICA
190
ELEMENTOS DA FÍSICA
roldan;
BL J
Caso um garoto se dependure no portão pela
ginasta olímpica que se sustenta em duas
argolas presas por meio de duas cordas ideais
a um suporte horizontal fixo; as cordas têm
2,0m de comprimento cada uma. Na posição
extremidade livre, e supondo que as reações ilustrada na figura 1 os fios são paralelos e
máximas suportadas pelas dobradiças sejam
verticais. Nesse caso, as tensões em ambos
iguais, os fios valem T. Na posição ilustrada na figura
(A) é mais provável que a dobradiça A
2, os fios estão inclinados, formando o mesmo
arrebente primeiro que a B
ângulo 0 com a vertical. Nesse caso, as
(B) é mais provável que a dobradiça B
tensões em ambos os fios valem T’ e a
arrebente primeiro que a A.
distância vertical de cada argola até o suporte
(C) seguramente as dobradiças A e B
horizontal é h = 1,80m, conforme indica a
arrebentarão simultaneamente.
figura 2.
(D) nenhuma delas sofrerá qualquer esforço.
(E) o portão quebraria ao meio, ou nada
E.3
sofreria.
191
ELEMENTOS DA FÍSICA
4- /////////
J3_
a) igual a 0,2 b) igual a 0,67
c) maior que 0,67 d) igual a 0,50
e) inferior a 0,2
figura 1 figura 2
Sabendo que a ginasta pesa 540N, calcule T e E10) (UFPR-16) No sistema representado na
T. figura ao lado, cada uma das roldanas pesa
100 N. O sistema está em repouso.
E7) (AFA-98) Na figura abaixo , o ângulo 0 Considerando que apenas os segmentos de
vale 30°, e a relação entre as massas M2/M1 corda b e c não estão na vertical e
tem valor 3/2. Para que o sistema permaneça desprezando-se o atrito nos eixos das roldanas
em equilíbrio, qual deve ser o valor do e no contato das roldanas com a corda, qual é
coeficiente de atrito entre o bloco 2 e o plano? a tração na corda b?
a) Vã/3
b) Vã/2
c) Vã
d) 1/2
Pi = 100 N
E9) (Espcex-97) O esquema da figura abaixo A maior massa que o bloco B pode ter, de
representa um sistema em equilíbrio. As modo que o equilíbrio mantenha, é
massas A e B são, respectivamente, 200kg e a) pe mA b) 3pe mA c) 2pe mA d) 4pe mA
100kg e os fios são ideais. O coeficiente de
atrito estático entre o corpo A e a superfície é: E12) (Espcex-97) O esquema da figura
Dados: sen45° = cos45° = Vã /2 abaixo representa uma luminária em
equilíbrio, suspensa por fios ideais ao teto e
tem-se:
192
ELEMENTOS DA FÍSICA
e.
E14) (UFPR-17) Uma mola de massa V
desprezível foi presa a uma estrutura por meio
da corda “b”. Um corpo de massa “m" igual a
2000 g está suspenso por meio das cordas “a”,
“c” e “d”, de acordo com a figura ao lado, a p
qual representa a configuração do sistema
após ser atingido o equilíbrio. Considerando P cos 0, P cos 0,
que a constante elástica da mola é 20 N/cm e A)T,= B)T,=
sen ( 0! + 0 2) sen ( 0, + 0,)
a aceleração gravitacional é 10 m/s2, assinale P cos 0 ; P cos 0,
a alternativa que apresenta a deformação que C)T,= D)T,=
a mola sofreu por ação das forças que sobre cos ( 01 + 0 2) cos ( 0, + 0 2)
ela atuaram, em relação à situação em que P sen 01
E)T,=
nenhuma força estivesse atuando sobre ela. sen ( 01 + 0 2)
Considere ainda que as massas de todas as
cordas e da mola são irrelevantes. E17) (ITA-84) É dado um pedaço de cartolina
com forma de um sapinho cujo centro de
gravidade situa-se no seu próprio corpo. A
seguir, com auxílio de massa de modelagem
fixamos uma moeda de 10 centavos em cada
193
ELEMENTOS DA FÍSICA
*1
«2
20IKH
A) Continua no corpo do sapinho. lOOIKH
B) Situa-se no ponto médio entre seus olhos.
C) Situa-se no nariz do sapinho. m
D) Situa-se abaixo do ponto de apoio.
E) Situa-se no ponto médio entre as patas O gráfico que melhor representa as forças de
traseiras. reação Ni e N2 nos dois pilares em função da
distância x do centro de massa do caminhão
E18) (Ciaba-15) Considere o sistema em ao centro do primeiro pilar é:
equilíbrio da figura dada: 700K.H
zzzzz/////////////////// N. ”1
'x<30o 60° </ SOOkN
a) d)
99 30 50 10 9» ■j# ÍT"50
1200kN
Nf=N.
600kN
p
b) e)
Cos 30° = 0.87
Cos 60° = 0.50 10 20 30 40 10 70 30 41 «
TOOkN
Os fios são ideais e o peso do bloco P é de 50
N. Sabendo-se que a constante da mola K vale 500kN
45®
194
ELEMENTOS DA FÍSICA
a)
P 10 cm 40 cm
I
I
I
Lh
-S -3 0 2 *(m)
b)
0 guindaste da figura acima pesa 50.000N
sem carga e os pontos de apoio de suas rodas
no solo horizontal estão em x = 0 e x = - 5m. O 10 cm 60 cm
centro de massa (CM) do guindaste sem carga
está localizado na posição (x = - 3m, y = 2m).
Na situação mostrada na figura, a maior carga
P que esse guindaste pode levantar pesa
a)7.000N b) 50.000N c) 75.000N
d) 100.000N e) 150.000N
c)
E23) (Mackenzie-02) A figura mostra um
mobile constituído por duas barras de massas 10 cm 80 cm
desprezíveis que sustentam os corpos A, B e £
C por fios ideais. Sendo a massa do corpo A
45 g, a massa do corpo C, que mantém o
conjunto em equilíbrio na posição indicada,
deve ser igual a:
d)
20 cm 30 cm
10 cm 100 cm
10 cm 30 cm
a)10g b) 20 g c) 30 g d) 40 g e) 50 g e)
195
ELEMENTOS DA FÍSICA
músculo bíceps
2* balança
osso rádio
a) Calcule o peso do caminhão.
b) Determine a direção e o sentido da força
que o caminhão exerce sobre a segunda
balança e calcule seu módulo.
rF
bíceps sobre o osso rádio, considerando g =
10m/s2.
196
ELEMENTOS DA FÍSICA
Á 10m
À força de reação em A , são, respectivamente:
------------- I
d) 55,00 kg
41 B|~|
2m Ym
e) 60,00 kg
A1 z
O valor aproximado do seu comprimento útil é:
sistema constituído de duas barras A e B, (A) 6,35 m (B) 5,77 m (C) 5,20 m
rigidamente ligadas e em equilíbrio, suspensas (D) 4,89 m (E) 2,92 m
pelo ponto P. A barra B, na horizontal, forma
um ângulo de 150° com a barra A. E34) (Ciaba-00) Um quadrado gira em torno do
Desprezando o peso das barras e sabendo ponto “A”, conforme mostra a figura:
que o comprimento da barra A é o dobro do bi-£> C
comprimento da barra B, a relação entre os
pesos dos corpos 2 e 1, suspensos nas
extremidades das barras, vale r 2m
a.') 431 B
í
P
A 2m
b) -5
k) 150°
2 Apoio
c) Vã 1 Sabendo que as forças aplicadas são iguais e
d) 3 têm módulos 2 N e que o lado quadrado vale 2
m, quanto vale o momento que provoca a
rotação?
E32) (Ciaba-97) Na figura abaixo, a barra AB (A) 4 Nm (B)8 Nm
tem peso igual a 2000 N e for necessário que a
L.ZI 197
ELEMENTOS DA FÍSICA
è E38) (Ciaba-15)
■
p í__
rz
6, Om
—I ►!
Ic
( a ) 800 N , 90 cm.
( c ) 800 N , 50 cm.
( e ) 360 N , 90 cm.
( b ) 400 N , 90 cm.
( d ) 800 N , 100 cm.
A
Uma barra PB tem 10 m de comprimento e
E39) (AFA-08) Uma viga homogênea é
suspensa horizontalmente por dois fios
pesa 100 kgf. A barra pode girar em torno do verticais como mostra a figura abaixo.
ponto C. Um homem pesando 70 kgf está
caminhando sobre a barra, partindo do ponto P.
Conforme indica a figura acima, qual a
A 8
distância x que o homem deve percorrer para
que a força de interação entre a barra e o
ponto de apoio em P seja de 5,0 kgf? IZÍ
a) 1,0 m b) 3,0 m c) 5,0 m
0
d) 7,0 m e) 9,0 m I—I
E37) (Ciaba-13) Uma viga metálica uniforme I-------------------- L-------------------- 1
de massa 50 kg e 8,0 m de comprimento A razão entre as trações nos fios A e B vale
repousa sobre dois apoios nos pontos B e C. a) 1/2 b) 2/3 c) 3/4 d) 5/6
Duas forças verticais estão aplicadas nas
extremidades A e D da viga: a força Fi de E40) (Espcex-98) Uma tábua homogênea e
módulo 20 N para baixo e a força F2 de módulo uniforme de comprimento L com massa de
30N, para cima, de acordo com a figura. Se a 3,0Kg, em equilíbrio, tem uma das suas
198
2^ L
ELEMENTOS DA FÍSICA
Mola i
i
___________ I M ! J
i
i
---- L/a------ I.L/4-I-L/4J
7*
a) F=3,0N b) F=25,0N c) F=30,0N L p
d) F=2,5N e) F=5,0N
[desenho ilustrativo-fora de escala |
E41) (Espcex-11) Uma barra horizontal rígida
e de peso desprezível está apoiada em uma a) PL/8F b) PL/6F c) PL/4F
base no ponto O. Ao longo da barra estão d) PL/3F e) PL/2F
distribuídos três cubos homogêneos com
pesos Pi, P2 e P3 e centros de massa G1, G2 E43) (Espcex-12) Uma barra homogênea de
e G3 respectivamente. O desenho abaixo peso igual a 50 N está em repouso na
representa a posição dos cubos sobre a horizontal. Ela está apoiada em seus
barra com 0 sistema em equilíbrio estático. extremos nos pontos A e B, que estão
distanciados de 2 m. Uma esfera Q de peso
T o
80 N é colocada sobre a barra, a uma
distância de 40 cm do ponto A, conforme
40 cm representado no desenho abaixo:
4^ r
Cl ^c2 c3
Desenho Ilustrativo
0 cubo com centro de massa em G2 possui B
peso igual a 4Pi e o cubo com centro de
massa em G3 possui peso igual a 2Pi. A ......
projeção ortogonal dos pontos G1, G2, G3 e O
sobre a reta r paralela à barra são, A intensidade da força de reação do apoio
sobre a barra no ponto B é de
respectivamente, os pontos C1, C2, C3 e O’. A
[A] 32 N [B] 41 N [C] 75 N
distância entre os pontos C1 e O’ é de 40 cm
e a distância entre os pontos C2 e O’ é de 6 [D] 82 N [E]130N
cm. Nesta situação, a distância entre os
pontos O’ e C3 representados no desenho, é
de: E44) (Escola Naval-16) Analise a figura abaixo.
[A] 6,5 cm [B] 7,5 cm [C] 8,0 cm
[D] 12,0 cm [E] 15,5 cm
199
ELEMENTOS DA FÍSICA
equilíbrio estático, composto de uma tábua de III - Quando João chega no meio da escada
5,0 kg de massa e 6,0 m de comprimento, fica com medo e dá total razão à Maria. Ele
articulada em uma de suas extremidades e desce da escada e diz a Maria: “Como você é
presa a um cabo na outra. O cabo está mais leve do que eu, tem mais chance de
estendido na vertical. Sobre a tábua, que está chegar ao fim da escada com a mesma
inclinada de 60°, temos um bloco de massa 3,0 inclinação, sem que ela deslize”.
kg na posição indicada na figura. Sendo assim, Ignorando o atrito da parede:
qual o módulo, em newtons, a direção e o a) Maria está certa com relação a I mas João
sentido da força que a tábua faz na articulação? errado com relação a II.
Dado: g = 10 m/s2. b) João está certo com relação a II mas Maria
a) 45, horizontal para esquerda. errada com relação a I.
b) 45, vertical para baixo. c) As três estão fisicamente corretas.
c) 45, vertical para cima. d) Somente a afirmativa I é fisicamente correta.
d) 30, horizontal para esquerda. e) Somente a afirmativa III é fisicamente
e) 30, vertical para baixo. correta.
i--------
( )A. R = 14,0N
ITc
( ) B. R = 7,0 N
J B
a) pq b) Tpà c) d) e)
E47) (ITA-96) Considere as três afirmativas E50) (ITA-15) Um bloco cônico de massa M
abaixo sobre um aspecto de Física do apoiado pela base numa superfície horizontal
cotidiano. tem altura h e raio de base R. Havendo atrito
I - Quando João começou a subir pela escada suficiente na superfície da base de apoio, 0
de pedreiro apoiada numa parede vertical, e já cone pode ser tombado por uma força
estava no terceiro degrau, Maria grita para ele: horizontal aplicada no vértice. O valor mínimo
- “Cuidado João, você vai acabar caindo pois a F dessa força pode ser obtido pela razão h/R
escada está muito inclinada e vai acabar dada pela opção,
deslizando”. a)^. b)-L. Mg + F
c)
' F 7 Mg Mg
II - João responde: -“Se ela não deslizou até
agora que estou no terceiro degrau, também Mg+F , Mg+F
d) F ’ e)
' 2Mg
não deslizará quando eu estiver no último”.
200
ELEMENTOS DA FÍSICA
9
a) Calcule os momentos da forças P e C em
relação ao ponto O indicado no esquema
impresso na folha de respostas.
b) Escreva a expressão para o momento da
força T em relação ao ponto O e determine o
módulo dessa força.
c) Determine o módulo da força C na cauda do
B / pica-pau.
d) I F |
m9[ã minuto e que a cinza sempre se desprende do
cigarro.
H
b) I F | > mg
mgl - I
e) | F |
2
í- I
VU,
+ H2 25 mn
mgH
c) | F | 777777777777777’7777777777777.1
C
Figura 1 - Ponte pènsil
J
201
ELEMENTOS DA FÍSICA
30’ M
202
ELEMENTOS DA FÍSICA
3,20 m
203
ELEMENTOS DA FÍSICA
°2 5-,
Uma barra cilíndrica, rígida e homogênea, de
massa m, está em equilíbrio estático apoiada
por suas extremidades sobre dois planos
inclinados que formam com a horizontal
ângulos respectivamente iguais a 01 e 02 tal
que 01 < 02, conforme mostra a figura acima.
Supondo irrelevantes os possíveis atritos e
sabendo que a barra está num plano
perpendicular a ambos os planos inclinados,
calcula-se que a força normal que o plano mais
íngreme exerce sobre a barra seja dada por
sen0} sen02
mg mg
a) Determine, a partir de medições a serem sen(0x + 0 ■>) sen(0} + 02)
realizadas no esquema abaixo, a razão R = a) b)
F1/F2, entre os módulos das forças exercidas
COS0} cos<9,
mg mg
pelos dois carregadores. cos(3 + 02) d) cos(3+02)
c)
b) Determine os valores dos módulos de F1 e
F2, em newtons. tg02
mg
e) tg^+01)
F13) (CIABA-98) Uma barra AB móvel em
tomo do pino A sustenta em B um corpo M de F15) (Ciaba-17) Uma haste homogênea de
peso igual a 480 Kgf, como se mostra na figura peso P repousa em equilíbrio, apoiada em uma
abaixo. Desse modo, a intensidade da força de parede e nos degraus de uma escada,
tração no cabo BC e a intensidade da força conforme ilustra a figura abaixo. A haste forma
exercida sobre a barra em B são, um ângulo 0 com a reta perpendicular à
respectivamente, em Kgf: parede. A distância entre a escada e a parede
Dados: é L. A haste toca a escada nos pontos A e B
da figura.
204
ELEMENTOS DA FÍSICA
d
haste
B
3 M
©
'escada
parede s i C
m
L1
m
A i
O afastamento do ponto M em relação à sua
s L posição inicial é
I
9
I
a)^ b)^ C)±£ d)^
l J1 ' 2 3 4 6
L
F18) (AFA-12) Considere uma prancha
J1 homogênea de peso P e comprimento L que
L se encontra equilibrada horizontalmente em
Utilizando as informações contidas na figura duas hastes A e B como mostra a figura 1
acima, determine o peso P da haste, admitindo abaixo.
que Fa é a força que a escada faz na haste no
ponto A e Fb é a força que a escada faz na
haste no ponto B. Figura 1
a) P = 2(Fa + Fb)/(3.cos 6) Sobre a prancha, em uma posição x < L/2, é
b) P = 2(Fa + 2Fb)/(3.cos 0) colocado um recipiente de massa desprezível
c) P = 3(Fa + Fb)/(2.cos 0) e volume V, como mostrado na figura 2. Esse
d) P = 2(Fa + Fb)/(3.cos 0) recipiente é preenchido lentamente com um
líquido homogêneo de densidade constante
F16) (EEAR-02) A figura a seguir mostra uma até sua borda sem transbordar.
barra homogênea de peso P e comprimento AB
= L. Esta barra possui uma articulação na
extremidade A e está em equilíbrio devido à
aplicação de uma força F na extremidade B.
Qual deve ser o valor do ângulo a, em graus, x Figura 2
para que o equilíbrio seja mantido? Nessas condições, o gráfico que melhor
Dados: |p| = 2V2N e |f| = V3N representa a intensidade da reação do apoio
B, RB, em função da razão entre o volume V’
do líquido contido no recipiente pelo volume V
do recipiente, V7 V, é
a) Rb‘ C)
p p
2 2
Y’ 1
y
1 V V
a) 135° b)120° c) 60° d) 45°
b) RB‘ d)
«a-
F17) (AFA-08) A figura abaixo apresenta dois
corpos de massa m suspensos por fios ideais
que passam por roldanas também ideais. Um p P
terceiro corpo, também de massa m, é y y
suspenso no ponto médio M do fio e baixado 1 V 1 v
até a posição de equilíbrio.
F19) (AFA-14) A figura abaixo mostra um
sistema em equilíbrio estático, formado por
uma barra homogênea e uma mola ideal que
estão ligadas através de uma de suas
extremidades e livremente articuladas às
paredes.
205
ELEMENTOS DA FÍSICA
2L0 O
A C D
B
P
fx barra possui massa m e comprimento Lo, a
mola possui comprimento natural !_□ e a Obs.: desenho fora de escala
distância entre as articulações é de 2L0. Esse Sabendo que o peso da haste é igual a 4P,
sistema (barra-mola) está sujeito à ação da que o seu comprimento é igual a 6 m e que 0
gravidade, cujo módulo da aceleração é g e, sistema está no vácuo, podemos afirmar que
nessas condições, a constante elástica da a distância do ponto A ao ponto B vale:
mola vale [A] 2,4 m [B] 2,5 m [C] 3,2 m
m.g.Lõ1 [D] 3,4 m [E] 4,2 m
a) c) 2m.g.L01
4(V3-1)
m.g F22) (Espcex-13) Um portão maciço e
b) m.g.Lõ1 d) homogêneo de 1,60 m de largura e 1,80 m
V6-2 de comprimento, pesando 800 N está fixado
em um muro por meio de dobradiças "A",
F20) (Espcex-01) Para que a haste AB , situada a 0,10 m abaixo do topo do portão, e
homogênea, de massa m = 5kg, permaneça "B", situada a 0,10 m de sua parte inferior, a
em equilíbrio suportada pelo fio ideal BC, a distância entre as dobradiças é de 1,60 m
força de atrito em A deverá ser: conforme o desenho abaixo. Elas têm peso e
dimensões desprezíveis, e cada dobradiça
41 suporta uma força cujo módulo da
Dados: g = 10 m/s2, sen 45° = cos 45° = —
2 componente vertical é metade do peso do
AB = BC = L portão. Considerando que o portão está em
C equilíbrio, e que o seu centro de gravidade
z 2__ L / / 1 está localizado em seu centro geométrico, 0
módulo da componente horizontal da força
45° em cada dobradiça "A" e "B" vale,
respectivamente:
L
90° i ' r !■<—-1,60 m— i ~
B <£ O,lOm
i—
L
45°
PORLTAO
7 7 T 7 1 7 7 7 1 T E E
A o O
CO
a) 50-?2 N b) 50,0 N c) 12,5 N
d)6,0N e)6>/2 N
I I I
lHI
F21) (Espcex-05) Uma haste AD homogênea I
e rígida encontra-se em equilíbrio estático,
na posição horizontal, sustentada pela corda 0,10rn
ideal OB. No ponto C, que dista 5 m do ponto i-"1 r r
A, está pendurado um peso P, conforme o desenho ilustrativo - fora de escala
desenho abaixo. a) 130 N e 135 N b) 135 N e 135 N
c) 400 N e 400 N d) 450 N e 450 N
e) 600 N e 650 N
206
ELEMENTOS DA FÍSICA
207
ELEMENTOS DA FÍSICA
r
movimento.
a
-—L ---- *
FH
a) retilíneo uniforme.
b) retilíneo uniformemente acelerado.
c) retilíneo uniformemente retardado. 0
d) retilíneo com aceleração variável.
e) qualquer. r
d)
F29) (ITA-64) Na questão anterior, com a = 50
g/s, L = 1,50 m e M = 10,0 kg, C tem FH Mg
velocidade
a) variável com o tempo.
b) igual a 7,5 x 10-3 m/s.
c) igual a 6,0 x 103 m/s.
d) igual a 7,5 x 104m/s.
e) igual a 1,50 x 103 m/s. 0
.6
F30) (ITA-74) Na figura tem-se uma barra de
?
massa M e comprimento L, homogênea,
suspensa por dois fios, sem massa. Uma força F31) (ITA-79) Na figura abaixo acha-se
Fh, horizontal, pode provocar um ilustrada uma cancela cujo movimento de
deslocamento lateral da barra. Nestas rotação em torno do eixo EE' é facilitado pela
condições, indique abaixo o gráfico que melhor fixação de um cilindro maciço de latão, no
representa a intensidade da força FH como trecho AE, e com o eixo de simetria ortogonal
a EE'. O cilindro é fixado na parte superior do
208
ELEMENTOS DA FÍSICA
ÍL
A B
A) 19,6 N
/
B) 7,2 N
r
0
( )A-à direita de A, entre A e E, a 1,5 x 10'1m.
( ) B - à esquerda de A, fora do trecho AE, a C) 1,2 N <5/ I
1,5 x 10’1m.
( ) C - à esquerda de A, fora do trecho AE, a D ) 2,4 N / ®l
I .
>a
1,0x10‘1m.
( ) D - coincidindo com o extremo A. E ) 2,9 N
( ) E - à direita de A, entre A e E, a 1,0 x 10'1m.
F35) (IME-78) Considerando a figura,
F32) (ITA-85) Numa balança defeituosa um determine a expressão, em função do peso W,
dos braços é igual a 1,0100 vezes o outro. Um da força exercida pelo solo sobre a barra AD.
comerciante de ouro em pó realiza 100 Dyf,
pesadas de 1,0000 kg, colocando o pó a pesar
um igual número de vezes em cada um dos 745°1_ 30°
pratos da balança. O seu ganho ou perda em
mercadoria fornecida é:
a) zero.
c) 0,25 kg ganhos.
e) 5 g ganhas.
b) 5 g perdidas.
d) 0,25 kg perdidos.
\ I b) d / sen a.
a—
CTr c) d / sen2 a.
\ / • 7a
\A| i lb d) d / cotg a.
I
e) d cotg a / sen a.
oc oc
A) T = P.— .tg 0 B) T = P.— .sen 0 F37) (ITA-99) Um brinquedo que as mamaes
a a utilizam para enfeitar quartos de crianças é
209
ELEMENTOS DA FÍSICA
conhecido como “mobile". Considere o “mobile” F40) (ITA-87) Uma das extremidades de uma
de luas esquematizado na figura abaixo. As corda de peso desprezível está atada a uma
luas estão presas por meio de fios de massas massa M1 que repousa sobre um cilindro fixo,
desprezíveis a três barras horizontais, também liso, de eixo horizontal. A outra extremidade
de massas desprezíveis . O conjunto todo está está atada a uma outra massa M2. Para que
em equilíbrio e suspenso num único ponto A. haja equilíbrio na situação indicada, deve-se
Se a massa da lua 4 é de 10g, então a massa ter:
em quilograma da lua é:
a) 18° M
4'Z- --'Jí
b) 80 M 2L
c) 0,36 L~| 2L
d) 0,18 UI 2L
e) 9
M2E]
F38) (IME-68) Qual o valor mínimo da força B) M2 = 7J M1 / 4
A) M2=/3 Mi/4
horizontal F capaz de fazer com que a roda da
C) M2= Mi/2 D) M2= M1//3
figura suba o degrau?
E) M2= Mi/4
R = 50 cm
P = 200 N F41) (ITA-98) Considere um bloco cúbico de
d = 30 cm
F lado d e massa m em repouso sobre um plano
■4- inclinado de ângulo a, que impede 0
R movimento de um cilindro de diâmetro d e
\\ UI P
I massa m idêntica à do bloco, como mostra a
llkn figura.
...................... Suponha que o coeficiente de atrito
estático entre o bloco e o plano seja
suficientemente grande para que o bloco não
a)150N b) 200 N c) 250 N deslize pelo plano e que o coeficiente de atrito
d) 300 N e) 350 N estático entre o cilindro e o bloco seja
desprezível. O valor máximo do ângulo a do
F39) (ITA-68) Na situação abaixo, o bloco 3 de plano inclinado, para que a base do bloco
massa igual a 6,0 kg está na eminência de permaneça em contato com o plano, é tal que:
deslizar. Supondo as cordas inextensíveis e
sem massa e as roldanas também sem massa //
e sem atrito, quais são as massas dos blocos
1 e 2 se o coeficiente de atrito estático do a(
plano horizontal para o bloco 3 é |ie= 0,5 ?
a) sen a = 1/2. b) tang a = 1
c) tan a = 2. d) tan a = 3
e) cotg a =2.
210
ELEMENTOS DA FÍSICA
£
b) F
3 3
C)
4MgV3
3
8MgV3
MgVi
3
4MgV3
€/2
i
i
i
i
i
HL.
d) i R D__ l
3 3
P M Um caminhão de três eixos se desloca sobre
MgV3
e) MgVã uma viga biapoiada de 4,5m de comprimento,
2 '7777777777777777/ conforme ilustra a figura acima. A distância
entre os eixos do caminhão é 1,5m e o peso
por eixo aplicado à viga é 150kN. Desprezando
F43) (ITA-07) Na experiência idealizada na o peso da viga, para que a reação do apoio A
figura, um halterofilista sustenta, pelo ponto M, seja o dobro da reação vertical no apoio B, a
um conjunto em equilíbrio estático composto distância D entre o eixo dianteiro do caminhão
de uma barra rígida e uniforme, de um peso Pi e o apoio A deverá ser:
= 100N na extremidade a 50 cm de M, e de um a) Om b) 0,3m c) 0,6m
peso P2 = 60 N, na posição x2 indicada. A d) 0,9m e)1,2m
seguir, o mesmo equilíbrio estático é verificado
dispondo-se, agora, o peso P2 na posição F46) (IME-09) Uma viga de 8,0 m de
original de Pi, passando este à posição de comprimento, apoiada nas extremidades, tem
distância Xi = 1,6 x2 da extremidade N. Sendo peso de 40 kN. Sobre ela, desloca-se um carro
de 200 cm o comprimento da barra e g = 10 de 20 kN de peso, cujos 2 eixos de roda
m/s2 a aceleração da gravidade, a massa da distam entre si 2,0 m. No instante em que a
barra é de reação vertical em um apoio é 27,5 kN, um dos
200 cin eixos do carro dista, em metros, do outro apoio
A) 1,0 B)1,5 C) 2,0
N D) 2,5 E) 3,0
*2
F47) (OBF-06) A estrutura representada
pi sustenta, em equilíbrio, dois corpos de pesos
Pi e P2. Como os ângulos a e p são iguais
a) 0,5 kg b) 1,0 kg c) 1,5 kg
respectivamente a 143° e 106°, calcule:
d) 1,6 kg e) 2,0 kg
211
ELEMENTOS DA FÍSICA
g=10 m/s2
escada
A
B
___ E
piso 4m 4
a) o prisma tomba (sem deslizar) plano
inclinado abaixo. desenho ilustrativo-fora de escala
b) o prisma desliza (sem tombar) plano
inclinado abaixo. [A] 0,30 [B] 0,60 [C] 0,80
c) o prisma fica em equilíbrio estático. [D] 1,00 [E] 1,25
d) o prima inicialmente desliza e depois tomba
e) o prisma inicialmente tomba uma vez e A3) (Espcex-15) Um cilindro maciço e
depois desliza. homogêneo de peso igual a 1000 N encontra-
se apoiado, em equilíbrio, sobre uma estrutura
composta de duas peças rígidas e iguais, DB e
: ‘ .4 . EA, de pesos desprezíveis, que formam entre
i : : si um ângulo de 90°, e estão unidas por um
A1) (UFPR-13) Uma pessoa P de 75 kg, eixo articulado em C. As extremidades A e B
representada na figura, sobe por uma escada estão apoiadas em um solo plano e horizontal.
de 5 m de comprimento e 25 kg de massa, que O eixo divide as peças de tal modo que
está apoiada em uma parede vertical lisa. A DC=EC e CA=CB, conforme a figura abaixo.
escada foi imprudentemente apoiada na
parede, formando com esta um ângulo de 60°.
O coeficiente de atrito estático entre a sua
base e o piso é 0,70 e o centro de gravidade
da escada encontra-se a 1/3 do seu
comprimento, medido a partir da sua base, que
está representada pelo ponto O na figura.
Despreze o atrito entre a parede e a escada e
considere esta como um objeto unidirecional.
a) Reproduza na folha de respostas o desenho
da escada apenas, e represente todas as
forças que estão atuando sobre ela,
nomeando-as e indicando o seu significado.
b) Determine a distância máxima x que essa
pessoa poderá subir sem que a escada deslize. Um cabo inextensível e de massa desprezível
encontra-se na posição horizontal em relação
A2) (Espcex-14) Um trabalhador da construção ao solo, unindo as extremidades D e E das
civil de massa 70 kg sobe uma escada de duas peças. Desprezando o atrito no eixo
material homogêneo de 5 m de comprimento e articulado e o atrito das peças com o solo e do
massa de 10 kg, para consertar o telhado de cilindro com as peças, a tensão no cabo DE é:
uma residência. Uma das extremidades da [A] 200 N [B] 400 N [C] 500 N
escada está apoiada na parede vertical sem [D] 600 N [E] 800 N
atrito no ponto B, e a outra extremidade está
apoiada sobre um piso horizontal no ponto A, A4) (Escola Naval-10) A figura abaixo mostra
que dista 4 m da parede, conforme desenho uma barra uniforme e homogênea de peso P e
abaixo. Para que o trabalhador fique parado na comprimento L, em repouso sobre uma
extremidade da escada que está apoiada no superfície horizontal. A barra está apoiada,
ponto B da parede, de modo que a escada não sem atrito, ao topo de uma coluna vertical de
deslize e permaneça em equilíbrio estático na altura h, fazendo um ângulo de 30° com a
iminência do movimento, o coeficiente de atrito vertical. Um bloco de peso P/2 está pendurado
estático entre o piso e a escada deverá ser de a uma distância L/3 da extremidade inferior da
Dado: intensidade da aceleração da gravidade barra. Se a barra está na iminência de deslizar,
212
LELEMENTOS DA FÍSICA
a expressão do módulo da força de atrito entre balança, de forma que o ângulo p indicado na
a sua extremidade inferior e a superfície figura 3 tem coseno igual a 0,43 e seno igual a
horizontal é 0,90. Os dois outros pés permanecem
apoiados no solo, sem atrito. A massa acusada
pela balança é:
30°
/ ////'/// /'/ /
a)PL/4h b)V3PL/6h c) PU2h
d) V3PL / 2h e) V3PL / 4h A) 25kg
B) Zero quilogramas, porque a mesa vira
A5) (ITA-63) Na figura ao lado, a linha AB C) Zero quilogramas, porque a balança será
representa uma escada de 5,0 m de empurrada para a direita e não há equilíbrio
comprimento e peso desprezível. Um homem D) 12kg
pesando 80 kgf está sobre ela, a meia E) 10kg
distância entre os extremos. A parede vertical
não apresenta atrito. Qual é a força horizontal A8) (ITA-85) Um cilindro de raio R está em
de reação da parede no ponto A? equilíbrio, apoiado num plano inclinado, áspero,
-4. A. de forma que seu eixo é horizontal. O cilindro é
formado de duas metades unidas pela secção
longitudinal, das quais uma tem densidade d 1
e a outra densidade d 2< d 1. São dados os
ângulos a de inclinação do plano inclinado e a
distância h = 4-^ do centro-de-massa de
3tti B
cada metade à secção longitudinal de
separação sobre o horizonte podemos afirmar
que:
A6) (ITA-65) Três blocos cúbicos iguais de
aresta a, estão empilhados conforme sugere a
figura ao lado. Nestas condições, a máxima
distância x para que ainda se tenha equilíbrio,
é:
a
A)a/2
i/'
a
B)(7/8)a «
“^7
C)a
T
A) sen p = cos a
D)(11/12)a x ; B) a = p
3 7t d, + d,
C) sen p sen a
E) (3/4) a ««SM 4 a'-02
D) sen p = ~ sen a
a d.
A7) (ITA-82) Uma mesa de material E) sen p = 1
homogêneo, de massa 50 kg e largura 1,2 m,
tem seu centro de massa localizada a 65 cm A9) (ITA-86) Um toro de madeira cilíndrico de
de altura acima do solo, quando a mesa está peso P e de 1,00 m de diâmetro deve ser
em sua posição normal. Levantam-se dois dos erguido por cima de um obstáculo de 0,25 m
pés da mesa e colocam-se-os sobre uma de altura. Um cabo é enrolado ao redor do toro
213
tu» «fts.;
4-e t
I
IflOrn
C). A resultante das cargas sobre a mesa,
incluindo seu próprio peso, é uma força vertical
de 200 N aplicada em D. Calcule o maior peso
A possível de se aplicar em E sem que mesa
C^25 m
tombe, e para esse valor, obtenha as reações
nos três pés.
0,3 m
4--------- *
A) T = P 73 , R = 2P A
B) T = P/73 , R = 2P/73 ■ I
I 0,3 m
C) T = P 73 12 , R = P 77 /2 I
D) T = P/2, R = P 75 /2 L
E
E) T=P72/2, R = P73/72
D
"1
A10) (ITA-90) Para que a haste AB I
0,36 m I
homogênea de peso P permaneça em I
equilíbrio suportada pelo fio BC, a força de I
I
atrito em A deve ser: > C
0,24 m
/ C ◄-------------------------- ♦
fc’. 0,8 m
< . 4 + LÊ. p l
' '. i
Tf z - mjHí 4- Í9Ò-- - - t A13) (IME-81) Um cilindro C de raio R e peso
B
I : i , 2W é colocado sobre dois semicilindros A e B
kJ AB = BC = í. de raio R e peso W, como ilustra a figura. O
z
contato entre o cilindro e os semicilindros não
U-- P
í
tem atrito. O coeficiente de atrito entre o plano
niüuniinni)iin ilnuiHiiiihiilnnlIiHJiiliiHiiiuiiiii horizontal e a face plana dos semicilindros é
a) P/4 b) P/2 c) P^2 / 2 0,5. Determine o valor máximo da distância “d"
entre os centros dos semicilindros A e B para
d) PV2 / 4 e) outro valor que exista equilíbrio em todo o sistema. Não é
permitido o contato do cilindro C com o plano
A11) O cilindro de peso P descansa sobre os horizontal.
apoios fixos A e B dispostos simetricamente
em relação à linha vertical que passa pelo
centro do cilindro. O coeficiente de atrito entre
o cilindro e cada apoio é p. Calcule o valor da
força tangencial F que fará o cilindro ficar na
iminência de girar.
214
ELEMENTOS DA FÍSICA
extremos fixos A e E e que não haja atrito nas sem provocar escorregamento.
articulações. Calcular o ângulo a que a barra
DE forma com a horizontal. A17) (IME-03) Uma placa homogênea tem a
forma de um triângulo equilátero de lado L,
espessura L / 10 e massa específica p = 5g /
cm3. A placa é sustentada por dobradiças nos
pontos A e B, e por um fio EC, conforme
mostra a figura. Um cubo homogêneo de
aresta L /10, feito do mesmo material da placa,
é colocado com o centro de uma das faces
A15) (IME-90) Ao teto de uma sala, deseja-se sobre o ponto F, localizado sobre a linha CD,
prender 3 molas iguais que deverão equilibrar, distando L%/3 / 6 do vértice C. Considere as
na horizontal, uma haste rígida, delgada e de dimensões em cm e adote g =10 m/s2.
peso desprezível, bem como uma viga pesada, Determine em função de L:
homogênea e uniforme, de tal modo que a a. Os pesos da placa e do cubo em Newtons.
haste suporte, em seu ponto médio, a viga. Os b. A tração no fio CE em Newtons.
pontos de fixação, no teto, devem formar um
triângulo isósceles de ângulo diferente em C. E
c
A
nvjg r
a) A altura máxima, em relação ao solo, a que
um homem de 90 kgf de peso pode subir, sem A19) (ITA-14) Um recipiente cilíndrico vertical
provocar o escorregamento da escada; contém em seu interior três esferas idênticas
b) A distância máxima da parede a que se de mesmo peso P que são tangentes entre si e
pode apoiar a parte inferior da escada vazia,
F •—
215
ELEMENTOS DA FÍSICA
também à parede interna do recipiente. Uma massa desprezível, fixado nos pontos A e D. A
quarta esfera, idêntica às anteriores, é então partir de um certo instante, a caixa d’água
sobreposta às três como ilustrado em começa a ser enchida com uma vazão
pontilhado. Determine as respectivas constante de 500 L/h. A roldana em B possui
intensidades das forças normais em função de atrito desprezível. Sabendo que o cabo possui
P que a parede do recipiente exerce nas três seção transversal circular com 1 cm de
esferas. diâmetro e que admite força de tração por
unidade de área de no máximo 750 kgf/cm2,
determine o tempo de entrada de água na
caixa, em minutos, até que o cabo se rompa.
B
h
D
2,5 m
C
4a/ \4a
P <2?
A^60° 60°^b
CD
a) 3,0x102 kg b) 4,0x102 kg
c)8,0x102kg d)2,4x103kg
A25) É dado um cilindro de revolução de raio
e) 4,0 x 103 kg
R, eixo horizontal e superfície perfeitamente
A22) (IME-08) A figura abaixo mostra uma lisa. Nele apoiam-se dois corpúsculos A e B
caixa d’água vazia, com peso de 125 kgf, em equilíbrio de massas ma e mt, ligados um
sustentada por um cabo inextensível e de ao outro por um fio leve e flexível de
216
1
L- ELEMENTOS DA FÍSICA
comprimento I, com este sistema pertencendo A28) Uma barra uniforme de comprimento 21 e
a um plano perpendicular ao eixo do cilindro. de peso P, se apoia tal como indica a figura
Determinar os ângulos a e p. em uma semi-esfera oca, perfeitamente lisa e
de raio r. Encontrar o ângulo 0 que a barra
forma com a horizontal na posição de equilíbrio.
217
ELEMENTOS DA FÍSICA
218
ELEMENTOS DA FÍSICA
175,0 N V
f] B H
h
216.0 N 777777777777777777777777
a) os módulos das componentes horizontal e
vertical da força que um bloco exerce sobre o
outro;
v b) os módulos das forças normais que a
75° superfície exerce sobre cada bloco.
15°
c A43) Uma escada de peso P se escora numa
parede lisa e se apóia num solo horizontal
A figura acima apresenta um perfil metálico AB, áspero. O coeficiente de atrito entre a escada
com dimensões AC = 0,20 m e CB = 0,18 m, e a solo é p. Que condição deve satisfazer a
apoiado em C por meio de um pino sem atrito. inclinação a da escada com relação à
Admitindo-se desprezível o peso do perfil AB, horizontal de modo que um homem de peso p
o valor da força vertical F, em newtons, para possa subir até o topo da escada?
que o sistema fique em equilíbrio na situação
da figura é:
219
ELEMENTOS DA FÍSICA
-i
4r2
3n
C2 '
a) 0 = a
P, + P2 cos a
b) tgO =
P, sen a
(P| — P2 )(r1 + r2) 3n P2 (q — r2) _ P2 +P1cosa
a) 4 (P^PjXq-Pj) b)7 4 P^-P^ c) tg0
P1 sen a
3n (Pí +P2)>/r12 +r2 .. . n Pi + P2 sen a
3tc P2(r1 r2) d) tgO = -!—---------
c) d) P2 + P, cos a
4 PjFj - P2r2 4 P^+r-j)
P2 + P, sen a
e) tg6
A45) Um corpo de massa m e dimensões axb P, +P2cosa
encontra-se sobre um plano inclinado cujo
ângulo de inclinação é a. Sobre o corpo A47) (OBF-13) Três livros idênticos de
começa a atuar uma força F paralela ao plano comprimento L estão empilhados com uma
inclinado. Calcule o valor da força F mínima taça de 1/10 do peso de um livro posicionada
necessária para fazer com que o corpo tombe. como mostra a figura. Qual o valor limite da
Sabe-se neste caso que o corpo não deslizará razão b/a para que o conjunto fique em
pelo plano inclinado. equilíbrio?
L ■»
KZZZZZZZZzZ^^^^^^^
a-J^aT~
□
Zzzzzzzz/ZZZZT^^I^ZWWZZZZZZ/Zzzzzzzzzzzzzz^
i*b
220
ELEMENTOS DA FÍSICA
JL
2 0 3 __
27m| 30^21 m
15m 30ml 60m 30m
1
I 33m
"~Of
22 i
h •
45'
y
A52) Calcule as reações de apoio e as forças
A50) (Olimpíada de Hong Kong-15) Uma carro normais nas barras.
de massa m percorre uma curva de raio r com 50 <N 100 KH 50 KN
velocidade constante v. Suponha que h é a
altura do centro de massa (CG) em relação ao
l 2
I 2
v
Ni n2
A E,
HE
VA VE
X
A53) Calcule as forças normais nas barras.
___ _ h
f /<-U
k— *k—>
o a
Qual o valor das forças normais Ni e N2?
221
ELEMENTOS DA FÍSICA
2m 2m 2m 2m
A54) (IME-15)
carga
vertical A57) Determinar os esforços nas barras das
treliças abaixo.
3m 3m 3m
10 kN
D 1! 1?
| M. A| "
2,0 m 2,0 m A
10, 100 kN
3m 8 9
A figura mostra uma estrutura em equilíbrio,
formada por barras fixadas por pinos. As
barras AE e DE são feitas de um material
uniforme e homogêneo. Cada uma das barras
restantes tem massa desprezível e seção 3m
transversal circular de 16 mm de diâmetro. O B
apoio B, deformável, é elástico e só apresenta
força de reação na horizontal. No ponto D,
duas cargas são aplicadas, sendo uma delas
A58) Calcule as forças normais nas barras.
conhecida e igual a 10 kN e outra na direção 6 tf
vertical, conforme indicadas na figura.
Sabendo que a estrutura no ponto B apresenta O l o 1 tf
222
ELEMENTOS DA FÍSICA
GRAVITAÇÃO
INTRODUÇÃO
i r-------------- 1. -
OCEANUS
i
çyyh
51
r i'-l-x2t-
I OC EANUS
Outra ideia errada que passou séculos como correta foi a de infinitude do universo. Até o
século XVII pensava-se que o Cosmos era finito e que as estrelas estavam todas em posições
fixas na superfície de uma esfera, denominada de Esfera Celeste.
Contudo, certamente a maior polêmica astronômica do passado foi quanto ao modelo
cosmológico de movimentos dos planetas até então conhecidos e do Sol. Até o século XVI
acreditava-se que a Terra era o centro do universo e todo o resto girava em torno dela. Discordar
desta ideia era discordar da Bíblia! À época, a igreja detinha o monopólio da explicações dos
mistérios da criação, incluindo o movimentos dos astros. Várias pessoas foram consideradas
hereges simplesmente por considerar que a Terra girava em torno do Sol e não o contrário.
Acompanhe os próximos itens para entender melhor como se desenvolveu a descoberta
das leis que regem o movimento dos astros do universo.
MODELO GEOCÊNTRICO
O Geocentrismo é o modelo cosmológico mais antigo e foi aceito até o século XVI. Baseia-
se na consideração que a Terra é o centro do Universo e todos os demais objetos celestes giram
em torno da Terra. Foi defendido pela igreja católica, que acreditava existir passagens bíblicas
que justificavam o fato da Terra ser o centro do universo: "O homem é o centro do universo". O
modelo geocêntrico não deve ser confundido com a incorreta ideia de a Terra ser plana, difundida
principalmente durante a Idade Média.
Acompanhe como evoluiu o modelo geocêntrico a partir da contribuição dos principais
filósofos e astrônomos que ajudaram a definir este modelo.
223
ELEMENTOS DA FÍSICA
Aristóteles
Aristóteles foi um filósofo grego que viveu entre os anos de 384 de 322 ac. Aristóteles não
foi exatamente o primeiro a defender a Terra como centro do universo, mas foi quem organizou o
primeiro modelo cosmológico conhecido, descrevendo a localização e os movimentos dos astros
conhecidos até então. O universo de Aristóteles tinha a Terra fixa no centro e todos os demais
astros (incluindo-se entre eles Sol e Lua), girando ao redor de nós. As estrelas, excluindo o Sol,
estavam localizadas na superfície de uma esfera, conhecida como esfera das estrelas, e eram
fixas. Cada planeta estava preso a uma esfera cristalina, sendo, a mais próxima, a esfera da Lua,
e a última, a esfera das estrelas. Todas as esferas tinham o mesmo centro, coincidindo com a
posição Terra.
Marte
Estrelas
É importante lembrar que Urano, Netuno e Plutão não haviam sidos descobertos nesta
época, fazendo com que Aristóteles não os incluísse no seu modelo de cosmos.
Hiparco
Hiparco (190 ac -120 ac), foi um astrônomo grego. Entre suas contribuições na astronomia
citam-se a organização de dados empíricos derivados dos babilônicos, melhoramentos em
constantes astronômicas importantes tais como duração do dia e do ano, com uma aproximação
de 6min30s, elaboração do primeiro catálogo estelar da história com cerca de 850 estrelas, e a
impressionante descoberta da precessão dos equinócios, o movimento cíclico ao longo da
eclíptica, na direção oeste, causado pela ação do Sol e da Lua sobre a direção do eixo de rotação
da Terra e que tem um período de cerca de 26000 anos.
Ptolomeu
224
ELEMENTOS DA FÍSICA
Apogeu Planeta
I Planeta
E
I
Deferente
•C
Retrogradaçãa
l
I
Planeta
Perigeu
Para explicar a diferença de velocidades, a Terra foi retirada do centro da esfera ocupando
uma posição excêntrica. Desse modo, mesmo que o planeta descreva um movimento circular
uniforme em torno do centro de curvatura, visto da Terra, esse movimento em relação às estrelas
de fundo parecerá ocorrer a velocidades diferentes quando o corpo estiver no perigeu e no
apogeu. O sistema excêntrico explicava também as conhecidas variações de brilho dos planetas
nos diversos pontos da órbita. Assumia-se que o ponto P se movia uniformemente no círculo de
referência ou deferente. No entanto, as velocidades obtidas ainda não refletiam bem as
velocidades dos planetas e muito menos as retrogradações. O ponto P era apenas um ponto
imaginário no deferente em torno do qual se definia o epiciclo. O epiciclo era uma circunferência
centrada no ponto P e sobre a qual o planeta descrevia a sua trajetória num movimento circular
uniforme. Para tornar o movimento do planeta idêntico à observação era apenas necessário
adaptar os tamanhos do deferente e dos epiciclos até se obter a curva ajustada às observações.
Embora em desuso, o modelo de Ptolomeu, em termos de descrição empírica, é
razoavelmente condizente com o que de fato se observa quando se está em um referencial
atrelado à Terra - o referencial naturalmente assumido pelo senso comum (o que justificava à
época o sucesso do modelo).
MODELO HELIOCÊNTRICO
Aristarco
Aristarco (310 ac - 230 ac) foi um astrônomo e matemático grego, natural da cidade de
Samos, sendo o primeiro cientista a propor que a Terra gira em torno do Sol e que a Terra possui
movimento de rotação. Aristarco concluiu que o Sol estaria 20 vezes mais distante da Terra do
que da Lua, mas, embora o correto seja cerca de 400 vezes, o seu procedimento estava correto.
Aristarco também procurou calcular o diâmetro da Lua em relação ao da Terra, baseando-se na
sombra projetada pelo nosso planeta durante um eclipse lunar e concluiu que a Lua tinha um
diâmetro três vezes menor que o da Terra, sendo que o valor correto é 3,7 vezes. Com esse dado,
deduziu que o diâmetro solar era 20 vezes maior que o da Lua e cerca de 7 vezes maior que o da
Terra. Também calculou, com mais precisão do que a dos antigos sábios, a duração de um ano
solar. Embora obtivesse muitos erros em seus resultados, o problema estava mais nos
instrumentos utilizados por ele do que nos seus métodos, que eram corretos. Para ele, seria mais
225
ELEMENTOS DA FÍSICA
natural supor que um astro menor girasse em torno de um maior, que era uma opinião diferente
da dos seus antecessores.
Seleuco ■
O único outro astrônomo da antiguidade que sabe-se ter apoiado o modelo heoicoêntrico
de Aristarco foi Seleuco, um astrônomo mesopotâmico que viveu um século após Aristarco.
Seleuco adotou o sistema heliocêntrico de Aristarco e diz-se que ele havia provado a teoria
heliocêntrica. Acredita-se que Seleuco pode ter provado a teoria heliocêntrica determinando as
constantes de um modelo geométrico para a teoria heliocêntrica e desenvolvendo métodos para
computar posições planetárias usando este modelo. Ele pode ter usado métodos trigonométricos
primitivos que estavam disponíveis em sua época, já que era contemporâneo de Hiparco. Um
fragmento de um trabalho de Seleuco, que apoiava o modelo heliocêntrico de Aristarco no século
II a.C. sobreviveu em uma tradução árabe.
Nicolau Copérnico
A teoria do modelo heliocêntrico, a maior teoria de Copérnico, foi publicada em seu livro,
De revolutionibus orbium coelestium ("Da revolução de esferas celestes"), durante o ano de sua
morte, 1543. O livro marcou o começo de uma mudança de um universo geocêntrico, com a Terra
em seu centro. Copérnico acreditava que a Terra era apenas mais um planeta que concluía uma
órbita em torno de um sol fixo todo ano e que girava em torno de seu eixo todo dia. Ele chegou a
essa correta explicação do conhecimento de outros planetas e explicou a origem dos equinócios
corretamente, através da vagarosa mudança da posição do eixo rotacional da Terra. Ele também
deu uma clara explicação da causa das estações: o eixo de rotação da terra não é perpendicular
ao plano de sua órbita.
Apesar de Copérnico colocar o Sol como centro das esferas celestiais, ele não fez do Sol o
centro do universo, mas perto dele. Do ponto de vista experimental, o sistema de Copérnico não
era melhor do que o de Ptolomeu, e Copérnico sabia disso, e não apresentou nenhuma prova
observacional em seu manuscrito, fundamentando-se em argumentos sobre qual seria o sistema
mais completo e elegante.
EL$trcllaj
226
ELEMENTOS DA FÍSICA
Galileu Galilei
Galileu Galilei (15 de fevereiro de 1564 - 8 de janeiro de 1642) foi um físico, matemático,
astrônomo e filósofo italiano. Galileu não inventou o telescópio, porém Galileu foi o primeiro a
fazer uso científico do telescópio, ao fazer observações astronômicas com um que ele mesmo
construiu e que possuía um aumento de 30 vezes. Descobriu assim que a Via Láctea é composta
de miriades de estrelas (e não era uma "emanação" como se pensava até essa época), descobriu
ainda os satélites de Júpiter, as montanhas e crateras da Lua. A observação dos satélites de
Júpiter, levaram-no a defender o sistema heliocêntrico de Copérnico.
Entre 1613 e 1615, escreveu as famosas cartas copérnicas. Nestas cartas, Galileu
descreveu as suas idéias inovadoras, que geraram muito escândalo nos meios conservadores.
Em 1616, a Inquisição pronunciou-se sobre a Teoria Heliocêntrica declarando que a afirmação de
que o Sol é o centro imóvel do Universo era herética e que a de que a Terra se move estava
"teologicamente" errada, contudo nada fora pronunciado a nível científico. Galileu foi convocado a
Roma para expor os seus novos argumentos. O tribunal decidiu não haver provas suficientes para
concluir que a Terra se movia e que por isso ordenou a Galileu abandonar a defesa da teoria
heliocêntrica exceto como ferramenta matemática conveniente para descrever o movimento dos
corpos celestes.
Após um julgamento longo Galileu foi condenado a negar publicamente as suas idéias e à
prisão por tempo indefinido. Os livros de Galileu foram censurados e proibidos. Galileu conseguiu
converter a pena de prisão a confinamento domiciliar. Suas obras foram censuradas e proibidas.
Por 340 anos seu processo permaneceu arquivado até que em 1983, o Papa João Paulo II
reconheceu os erros da Igreja e absolveu o cientista.
Tycho Brahe
Tycho Brahe nasceu o em 1546, de uma família nobre dinamarquesa. Tycho considerou
sempre que para se poder tirar conclusões corretas dos fenômenos naturais, era necessário
dispor de medidas o mais precisas possível. Tendo em vista esse objetivo, construiu instrumentos
de proporções gigantescas, de modo a minorar os erros de precisão, como é o caso do grande
quadrante mural do observatório. Entre 1576 e 1598, Tycho produziu as maiores tabelas que
alguma vez haviam sido realizadas até à época. No entanto, não conseguiu verificar qualquer
paralaxe estelar ou qualquer outro movimento anual que indicasse que a Terra se deslocasse ao
redor do Sol. No entanto, Tycho viu claramente as vantagens de ter um sistema centrado no Sol e
por isso, em 1586, propôs o seu modelo em que o Sol gira em torno da Terra ao longo de um ano
mas leva, orbitando à sua volta, os restantes planetas.
Viria a falecer em 1601, não sem antes fornecer a Kepler todos os dados das suas
observações, pedindo-lhe que publicasse o seu último trabalho, as "Tabelas Rudolfinas",
dedicadas ao imperador. Neste livro, foram compilados os dados observacionais de Tycho,
embora a visão teórica patente no livro seja a de Kepler, que era um heliocentrista
227
ELEMENTOS DA FÍSICA
Kepler
228
ELEMENTOS DA FÍSICA
LEIS DE KEPLER
1a Lei de Kepler - Lei das Órbitas: Os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, que
ocupa um dos focos da elipse.
2a Lei de Kepler - Lei das Áreas: O segmento que une o sol a um planeta descreve áreas iguais
em intervalos de tempo iguais.
At, At2
3a Lei de Kepler - Lei dos Períodos: O quociente dos quadrados dos períodos e o cubo de suas
distâncias médias do sol é igual a uma constante Kp (constante de Kepler), igual a todos os
planetas.
k.=4
p a3
Aqui, a letra a não foi usada à toa para simbolizar a distância média do planeta ao Sol. Em
uma órbita elíptica, a menor distância e a maior distância de um planeta ao Sol ocorrem nos
extremos do eixo maior. Assim, se r, é a menor distância de um planeta ao Sol e r2 é a maior
distância deste planeta ao Sol, segue que - ^r2- = a. Por ser igual a uma média aritmética, o semi
eixo maior recebe o nome de raio médio da órbita. Caso a órbita seja circular, a = R, onde R é o
raio da circunferência.
229
ELEMENTOS DA FÍSICA
Ainda que os efeitos da gravidade sejam fáceis de notar, a busca de uma explicação para
a força gravitacional tem embaraçado o homem durante séculos. O filósofo grego Aristóteles
empreendeu uma das primeiras tentativas de explicar como e por que os objetos caem em direção
à Terra. Entre suas conclusões, estava a ideia de que os objetos pesados caem mais rápido que
os leves. Embora alguns tenham se oposto a essa concepção, ela foi comumente aceita até o fim
do século XVII, quando as descobertas do cientista italiano Galileu Galilei ganharam aceitação. De
acordo com Galileu, todos os objetos caiam com a mesma aceleração, a menos que a resistência
do ar ou alguma outra força os freasse.
Os antigos astrônomos gregos estudaram os movimentos dos planetas e da Lua.
Entretanto, o paradigma aceito hoje foi determinado por Isaac Newton (4 de janeiro de 1643 — 31
de março de 1727), físico e matemático inglês, baseado em estudos e descobertas feitas pelos
físicos que até então trilhavam o caminho da gravitação. Como Newton mesmo disse, ele chegou
a suas conclusões porque estava "apoiado em ombros de gigantes". No início do século XVII,
Newton baseou sua explicação em cuidadosas observações dos movimentos planetários, feitas
por Tycho Brahe e por Johannes Kepler. Newton estudou o mecanismo que fazia com que a Lua
girasse em torno da Terra. Estudando os princípios elaborados por Galileu Galilei e por Johannes
Kepler, Newton conseguiu elaborar uma teoria que dizia que todos os corpos que possuíam
massa sofreriam atração entre si.
No verão de 1684, houve uma reunião entre Robert Hooke, Edmond Halley e Christopher
Wren em que discutiram sobre gravitação. Halley, que mantinha uma boa amizade com Newton,
visitou-o em agosto de 1684, e lhe apresentou um problema que eles não tinham conseguido
resolver: Qual é a forma da órbita de um planeta atraído pelo Sol por uma força que varia com o
inverso do quadrado da distância? Newton respondeu imediatamente: Uma elipse.
Desconcertado, Halley perguntou: Como sabe?, ao que Newton lhe respondeu que já havia
resolvido esse problema. Newton procurou o papel com a prova mas não o encontrou, mas
prometeu reconstruí-la e lhe enviá-la, e assim Halley teve que aguardar, e só recebeu a prova em
novembro de 1684, sob o título De Motu Corporum in Gyrum ("Sobre o movimento dos corpos em
órbita"). Halley imediatamente percebeu a importância do resultado e do método empregado por
Newton, e o visitou novamente, decidido a convencê-lo a publicar suas descobertas. Em Motu,
Newton empregou, pela primeira vez, o termo ‘força centrípeta’, o que é simbolicamente
significativo, pois, ao se opor à ideia de ‘força centrífuga’ (termo cunhado por Huygens), o termo
‘força centrípeta’ simbolizou uma importante mudança conceituai para a compreensão do
movimento orbital.
Um resumo das conclusões de Newton está a seguir. Suponha que um planeta de massa
m está girando em torno de uma estrela de massa M. Em determinado instante, a distância entre
os astros é r. A força de atração gravitacional é uma resultante centrípeta
c
Fg“
mv2
2nr r
v = —-, ou seja, v oc —
mr
Fg
Pela terceira Lei de Kepler, sabe-se que T2 cc r3, fazendo com que
230
ELEMENTOS DA FÍSICA
m
FG
°V
De acordo com a 3a lei de Newton, o planeta exerce uma força igual e contrária sobre a
estrela. A força gravitacional exercida pelo planeta sobre a estrela, de massa M é dada por
M
Fgcc —
r2
Mm GMm
Fg => FG =-
Em 1798 o físico inglês Henry Cavendish, utilizando uma balança de torsão, mediu o valor
da constante gravitacional universal como G = 6.67.10-11 Nm2/kg2.
Suponha que dois astros de massas m, e m2 estão orbitando em torno do centro de massa
comum CM, que estão localizado a uma distância r-i do corpo de massa m, e r2 do corpo de
massa m2. Desconsidere a influência gravitacional de outros astros.
Gm1m2
G'(r1+r2)2
F1=^ e f2 = m2v2
r1 r2
2^ 4n2r2
Vi ~~
T2
Logo:
231
ELEMENTOS DA FÍSICA
Gm, 4n2r2
(fi+r2)2
MOMENTO ANGULAR
L = r xp
A figura ilustra geometricamente o momento angular L, que, por ser igual ao produto
vetorial de r e p, é perpendicular ao plano formado por r e p. Se <j> é o ângulo formado por r e
p, então:
dL d(rxp) dr dp dL
=------ X p+rx — = vxp +rxF rxF => —=?
"d?" dt dt dt 0 pois v//p dt dt
232
í
ELEMENTOS DA FÍSICA
!
i O r J
F(r}=f^r
Vetorialmente falando, a força resultante sobre a partícula é dada sob a forma F(r) = f(r)r,
onde r é o versor do vetor posição r. Perceba que a força gravitacional que uma estrela exerce
sobre os planetas que o orbitam é uma força central, bem como a força que um planeta exerce
sobre seus satélites naturais. Deste modo, conclui-se que ocorre a conservação do momento
angular de um planeta que órbita em torno de uma estrela em órbita elíptica. Na verdade, a
segunda Lei de Kepler é uma consequência da conservação do momento angular.
_L
|L|=|rxp| => L = r.m.v.sen a r.v.sena
m
dA L
dt 2m
dA
Como L e m são constantes, conclui-se que — é constante, ou seja, a taxa de variação
dt
instantânea da área é a mesma em todos os pontos. Isto equivale a dizer que a área varrida é
proporcional ao tempo, que foi a mesma conclusão empírica que chegou Kepler a partir da análise
dos dados coletados por Tycho Brahe.
233
ELEMENTOS DA FÍSICA
ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL
GM 6,674.10~11,5,974.1024
9põio 9Póio => gPóio = 9,823 m/s2
R2 (6,371.106)2
GMm
P = Fg - FCP => mgEq -mco2R
R2
GM 2n 2e>
gEq=—2--C0ZR => gEq = gPólo - <0 R
R
A velocidade angular com que gira o corpo é igual à velocidade angular da Terra:
234
ELEMENTOS DA FÍSICA
2
9,823 -1 sen2X g = 9,789>/l + 0,00696. sen2 X
g = 9,789 1 +
9,789
0,00696.sen2 X
g = 9,78^1+ 0,00696. sen2 X = 9,789 1 + g = 9,789(1 + 0,00348. sen2 X)
2
235
ELEMENTOS DA FÍSICA
O cálculo anterior foi realizado considerando que a Terra é uma esfera perfeita, que
notadamente não é realidade. Devido ao seu movimento de rotação, a Terra é achatada nos
pólos, que faz com que pontos mais distantes do Equador estejam mais próximos do centro da
Terra. Este fato interfere tanto no valor de FG quanto no de FCf, alterando o valor de g em função
de uma latitude qualquer. Este cálculo mais preciso está totalmente fora do objetivo deste livro.
Para efeito de curiosidade, o valor correto de g, levando em consideração o achatamento dos
pólos, é:
Perceba que latitude igual a zero significa que o local está ao longo da linha do Equador,
enquanto que existem apenas dois pontos com latitude igual a noventa graus ao nível do mar, que
são os dois pontos onde o eixo da Terra cruza a superfície terrestre, um do pólo norte e outro no
pólo sul.
GMm GM
FG = P => = mg g=
(R + h)2 (R + h)2
236
ELEMENTOS DA FÍSICA
237
ELEMENTOS DA FÍSICA
As imagens seguintes ilustram coma funciona a influência do Sol sobre o movimento das
marés para cada fase da Lua.
LUA NOVA
maré lunar
LUA U
O
c/s
Maré Viva
Lua cm sigizia 3
o
(Sol c Lua cm conjunção) maré solar n
QUARTO Q LUA
CRESCENTE
maré lunar j
oCA
Maré Morta
Lua cm quadratura maré solar 3
o
■»
LUA CHEIA
maré lunar
LUA J
O
<zi
Maré Viva \
Lua cm sigizia 8
o
(Sol c Lua cm oposição) maré solar
QUARTO maré lunar
MINGUANTE
u
maré solar o
</3
Maré Morta
Lua cm quadratura O LUA 3
c
n
238
ELEMENTOS DA FÍSICA
Forças gravitacionais diferenciais são forças que surgem dentro de um corpo extenso
devido à variação do campo gravitacional, gerado por outro corpo, ao longo do comprimento do
corpo extenso. São também chamadas de forças de maré. Para exemplificar, suponha que duas
massas m estão localizadas em pontos diametralmente opostos da superfície terrestre, pontos
estes pertencentes à reta que liga do centro da Terra ao centro da Lua, cuja distância é d.
R
^02* m FGj
m
OT<
d
AFS 2GMsRt
m d^
Altura da Maré
Considere a situação de Lua Nova ou Lua Cheia, onde os efeitos da atração da Lua e do
Sol são somados na formação das marés. Pelo princípio da superposição, pode-se calcular
isoladamente os efeitos da Lua e do Sol e depois somar suas atuações. A aceleração de maré
zXF R
devido a atuação da Lua sobre a um corpo de massa m Terra vale AaL = — =------, onde dL é
m d^
a distância entre os centros da Lua e da Terra. Se considerarmos que a energia potencial causada
pelo deslocamento hL, devido à maré da Lua sobre uma massa m, tem que ser equilibrado pelo
trabalho realizado pela força de maré devido à Lua:
2GMlR 2GMlR4
mghL = mAaLR => R hL
R2 tf Myd3
239
ELEMENTOS DA FÍSICA
2MlR4 2.(7,36.1022)(6,37.10s)4
hL = = 0,72 m
MTd3 (5,97.1024)(3,84.108)3
2MSR4 2.(2.1O3O)(6,37.1O6)4
hs = = 0,33 m
MTdg (5,97.1024)(1,49.1011)3
Somando os efeitos da Lua e do Sol sobre a Terra, encontra-se uma altura máxima da
maré de 1,06 m. Entretanto, para chegar a esse resultado, adotou-se um modelo hipotético em
que a Terra é formada por um núcleo sólido coberto por água, ou seja, não possui continentes,
que está totalmente fora da realidade. Isso justifica a diferença do resultado teórico encontrado e
valores reais de marés observados na Terra. Devido a forma irregular dos continentes, às vezes a
maré alta acumula-se em certas regiões estreitas, atingindo nesses pontos amplitudes bastantes
altas. Por exemplo, na Bacia de Fundy, no Canadá a maré alta alcança até 21 metros nos casos
extremos.
Período da Maré
Quanto tempo se passa entre duas marés altas no mesmo local? Uma análise rápida
poderia concluir que esse tempo é de 12 horas, uma vez que a maré alta ocorre duas vezes em
uma volta completa da Terra sobre seu eixo. Contudo, essa é uma análise incompleta. Enquanto
a Terra gira em torno do seu eixo, a Lua também gira em torno da Terra e ambos giram em torno
do Sol. A figura abaixo mostra como ocorre esse fenômeno. Em determinado instante ocorre uma
maré lata no ponto P. Como o movimento de rotação da Terra em torno do seu eixo e a rotação
da Lua em torno da Terra ocorrem no mesmo sentido, o ponto P estará novamente alinhado com
os centros da Terra e da Lua (próxima maré alta) após um tempo maior que 12 horas.
Terra
-.... O "
o
Tendo em vista que o período sideral da Lua é de 27,32 dias, isto é, que ela se move 360’
em relação a um ponto fixo no espaço a cada 27,32 dias, deduz-se que ela se desloca para um
360°
mesmo sentido — = 13,27° por dia. Levando-se em conta que a Terra gira 360° em 24 horas
e que o Sol se desloca 1° por dia (todos esses deslocamentos no mesmo sentido), deduz-se que
a Lua "atrasa" por dia um tempo, em minutos, dado por
13,27°-1°
24h60min = 49,1 min ,
360°
isto é, a cada dia a Lua cruza o mesmo meridiano aproximadamente 49 minutos mais tarde do
que no dia anterior. Como são duas marés por dia, a água sobe e desce aproximadamente a cada
12 horas e 24 minutos e 32 segundos.
240
ELEMENTOS DA FÍSICA
No capítulo 6 do livro Mecânica I desta coleção foi introduzido o conceito sobre energia
potencial, que é a energia associada à posição da partícula. Foi enfatizado que a expressão mgy
é válida para 0 cálculo da energia potencial apenas em situações em que a partícula encontre-se
próximo à superfície terrestre, onde a força de atração gravitacional pode ser considerada
constante. Para situações em que a partícula está distante da superfície terrestre é necessário
utilizar a definição de energia potencial, dada pelo negativo do trabalho realizado pela força
gravitacional:
AU = U.-Ui=-[r,F(r)dr
Jri
GMm
AU = Uf-Ui=-^- — _.. rr( 1 , _ r'_1 GMm GMm
z—dr = GMm — dr = GMm AU = Uf-U( =- +-------
r2 Jri r2 g r Q fi
GMm
U(r) = -
r
Esta expressão mostra que a energia potencial gravitacional varia em 1/r sempre que a
força varia em 1/r2. Além disso, a energia potencial é negativa porque a força é de atração e
adotou-se a energia potencial como zero quando a separação das partículas é infinita. Como a
força entre duas partículas é de atração, uma força externa deve realizar trabalho positivo para
aumentar a separação entre elas. O trabalho realizado por uma força externa produz um aumento
na energia potencial conforme são separadas as duas partículas.
>c UT
Gm1m2 Gm,m3 Gm2m2
ru r23
241
ELEMENTOS DA FÍSICA
CASCA ESFÉRICA
p - n scn6
m
>P
dU=-2mdM
s
dM Aanel Msen0d0
dM =
M 47ia2 ' 2
GMmsen0
dU d0
2s
Como s varia com 0, antes de integrar deve-se exprimir s em função de 0. Pela lei dos
cossenos segue que:
s2 = a2 + r2 - 2arcos 0
sen0 d0=^
2s — = 2arsen0 =>
d0 s ar
242
ELEMENTOS DA FÍSICA
Perceba que, apesar do desenho indicar o ponto P externo à casca esférica, todo o cálculo
realizado até então permite considerar o ponto P interno à casca esférica. A diferença ocorre
exatamente nos valores de smax e smin, a saber:
GMm
i) Se P é externo à casca esférica: smax = r + a e smln = r - a
r
_ GMm
ii) Se P é interno à casca esférica: smax = r + a e smin = a - r
a
2) Se P é interno à casca esférica, o valor de U é constante e como F(r) =—, segue que a força
dt
gravitacional resultante no corpo de massa m é nula! Este resultado, apesar de estar longe de ser
intuitivo, possui uma demonstração que dispensa o uso de cálculo.
A'A" PA"
B'B" PB" PB rB
Mb GMAm GMBm
Fa=Fb
tf rB
te
e-
243
- --TXST-i-'--.-'.rCTfr's---. ...............
ELEMENTOS DA FÍSICA
Esfera Maciça
De forma geral, planetas e satélites podem ser considerados esferas maciças, alguns
formados de várias camadas sólidas e outros gasosos, entretanto, dificilmente planetas podem ser
considerados corpos homogêneos. Para facilitar a análise da força e da energia potencial
gravitacional geradas por uma esfera maciça, será considerado apenas o caso em que a esfera
apresenta uma distribuição uniforme de massa p.
No caso de uma partícula de massa m localizada a
uma distância r > R de uma esfera maciça de raio R e massa
R m M, a força e a energia potencial gravitacional são calculadas
O como se toda a massa estivesse concentrada no centro de
M * *
r massa da esfera maciça:
GMm ,. GMm
e U =----------- , para r > R
r
GM'm
F(r) = -
ivr r3 =>
r3
M' = M-^- GMm
=> F(r) = - r, r< R
M R3 R3 R3
244
.^ELEMENTOS DA FÍSICA
Note que o sinal negativo garante que a força é atrativa. Logo, supondo que a partícula
possa de movimentar no interior da esfera (não é um absurdo, é só considerar que o material da
esfera é fluido, por exemplo, ou que existe um túnel ligando ao centro da esfera), ao abandoná-la
na superfície da esfera, a partícula é atraída para o centro da esfera. Isto dá uma dica de como
calcular a energia potencial gravitacional do sistema formado pela esfera maciça e a partícula de
massa m, em função da distância mútua r < R. Basta utilizar a definição de energia potencial,
integrando desde a distância R até r.
r r
GMm GMm (• GMm r r2 GMm
AU = U(r) - U(R) = -JF(r)dr = -J rdr = jrdr = (r2 -R2)
R R
R3 "r3 R R3 r 2 2R3
GMm
Como U(R) = - —-—, segue que:
[/(r)
A ao lado estão os gráficos da força e da
O r energia potencial gravitacional entre uma esfera
maciça e uma partícula de massa m, em função
GMm da distância mútua r. Perceba que, para r < R, o
gráfico da energia potencial é um ramo de
parábola e o gráfico da força é um segmento de
reta. Para r > R, o gráfico da energia potencial
1
rjGW/n; varia proporcionalmente a enquanto que a
2 R : 1
dependência da força com r é na forma .
F(r) r
R
O *■ r A expressão da energia potencial no
interior de uma esfera maciça fornece uma
importante informação, que é o valor da energia
potencial gravitacional quando a partícula está no
centro da esfera, que não pode ser calculada
GMm diretamente pois r = 0. Fazendo r = 0 na
expressão encontrada segue que:
R2 U(0) = -32Mül
2R
k=1
2 +hh
i=1 j=1
rijo k=1
+EZ-
2 i=1 j=1i=i j=i rij f
J*i
245
ELEMENTOS DA FÍSICA I
ÓRBITA CIRCULAR
Pela 1a Lei de Kepler, os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, que ocupa
um dos focos da elipse. Assim, a órbita dos planetas em torno de uma estrela, bem como a órbita
de um satélite natural em torno de um planeta, é elíptica. Em uma elipse, a excentricidade é
definida como a razão entre a distância entre os focos e o eixo maior. Logo, quanto menor a
excentricidade, mais a elipse se aproxima de uma circunferência. No caso extremo da
excentricidade valer 0 (elipse degenerada), tem-se uma circunferência. Abaixo é possível verificar
a excentricidade das órbitas dos planetas do sistema Solar.
Planeta Excentricidade
Mercúrio 0,2056
Vênus 0,0068
Terra 0,0167
Marte 0,093
Júpiter 0,048
Saturno 0,056
Urano 0,046
Netuno 0,0097
Note que, à exceção de Mercúrio, todos os demais planetas possuem órbitas elípticas que
se aproximam muito de órbitas circulares, devido ao valor de excentricidade próximo de zero.
Logo, de modo a simplificar algumas demonstrações, pode-se adotar que a órbita de determinado
astro é circular.
Além das órbitas dos planetas, as órbitas dos satélites naturais também são
aproximadamente circulares. Por exemplo, a órbita da Lua é 0,0549. Ganimedes, o maior satélite
natural de Júpiter, possui uma órbita elíptica de excentricidade 0,0011, ou seja, praticamente uma
órbita circular.
246
ELEMENTOS DA FÍSICA
Repare que este resultado concorda totalmente com a terceira Lei de Kepler, uma vez que
T2 4t?
r3 GM ’
que é uma constante. Perceba, também, que quanto maior o raio da órbita do planeta, maior será
o período. Deste modo, os planetas mais distantes do Sol demoraram muito mais tempo para dar
uma volta completa do que os planetas mais próximos do Sol. Por exemplo, o período de Netuno,
planeta do sistema solar mais distante do Sol, é aproximadamente 165 anos terrestres, enquanto
que o período de Mercúrio, o mais próximo do Sol, é aproximadamente 88 dias terrestres.
[gm
Vsat 2rt V r _2k /GM\2tt GM 4n2
r
Jgmt2
“sal = “r V 4n2
r Tt r Tt Nr3 ~ Tt r3 Tt2
GMT2 j6,67.10~11.6/l02“.(24.60.60)2
r=? = 42,3.10® m
4tt2 V 4(3,14)2
Como possuem uma mesma órbita, todos os satélites geoestacionários apresentam uma
mesma velocidade orbital, a saber:
Igm_ Íi6,67.10~11.6.10l2: “
Vgeoest. ~ J — J- — =3075,9 m/s
42,3.10®
247
ELEMENTOS DA FÍSICA
Velocidade de Escape
Para um dado campo gravitacional e uma dada posição, a
velocidade de escape é definida como a velocidade mínima de
lançamento para mover-se ao infinito. Deve-se ressaltar que o
objeto a ser lançado não pode ser dotado de alguma forma de
e > auto propulsão. O único impulso externo (em relação ao sistema
formado por objeto + astro) permitido será no instante do
lançamento. A partir do momento do lançamento, o objeto deve
estar sujeito exclusivamente ao campo gravitacional gerado por
uma estrela, planeta ou satélite. Deve ser desprezado o atrito
com a atmosfera do astro onde o objeto está sendo lançado.
Suponha que o objeto está sendo lançado da superfície da Terra e deseja-se calcular a
menor velocidade de lançamento de modo que o objeto alcance uma distância infinita em relação
à Terra. A maneira mais simples de determinar a velocidade de escape é observando a
conservação da energia mecânica. Como deseja-se a menor velocidade de lançamento, pode-se
considerar que a velocidade no infinito é nula:
248
ELEMENTOS DA FÍSICA
2GM 2.6,67.1CT11.6.1024
Ve = = 11,2.103 m/s= 11,2 km/s
R 6,37.10®
Devido à atmosfera terrestre, não é prático dar a um objeto próximo à superfície da Terra
uma velocidade de 11,2 km/s por dois motivos: 1) esta velocidade é bem mais alta que a
capacidade de propulsão dos sistemas atuais; 2) o atrito com ar faria com que os o objetos
queimassem. O que se faz então para lançar um objeto para o infinito? Inicialmente o objeto é
colocado em uma órbita relativamente próxima à superfície da Terra, onde o ar já está bastante
rarefeito. Então o objeto é acelerado até a velocidade de escape naquela altitude, que é um pouco
menor, cerca de 10,9 km/s.
Análise Unidimensional
Inicialmente será realizada uma análise unidimensional do efeito estilingue. Considere uma
sonda de massa m se aproximando de um planeta de massa M. Despreze a interação
gravitacional da sonda com qualquer outro astro. Quando a distância entre a sonda e o planeta é
muito grande pode-se considerar que a interação gravitacional entre eles é nula. Deste modo, é
constante a velocidade da sonda para distâncias infinitas em relação ao planeta. Suponha que a
sonda realiza uma curva de 180°, devido à interação gravitacional com o planeta, conforme a
figura seguinte. Em relação a um ponto fixo do espaço, considere que a velocidade de
aproximação da sonda é v-, (quando a distância é infinita) e a do planeta é vp. Após a interação
gravitacional, adote que a velocidade da sonda é vz ea da planeta é v'p.
249
ELEMENTOS DA FÍSICA
m
-•----- ►-
V2
m
V,*’
Como a única força atuante em cada corpo é a força de atração gravitacional mútua,
ocorre a conservação da quantidade de movimento:
Mvp-m(v1+v2)
- mvi + Mvp = mv2 + Mv'p v'p =
M
MXÍ(v, - v2 = .rrfj\r-W.J[m(v1 + v2)- 2Mvp] => Mv, - Mv2 = mv, + mv2 - 2Mvp =>
(M-mjv, +2Mvp
V2 V2 1 m
M+m
1+M
Como a massa do planeta é muito superior à massa da sonda, pode-se considerar que -
tende a zero, fazendo com que:
v2 = v, + 2vp
Repare que a velocidade do planeta praticamente não sofre alteração. Isso ocorre também
devido à grande diferença entre as massas do planeta e da sonda. Algebricamente, na expressão
em que v'p foi isolado, tem-se:
MVp-mív^Vg) m. .
= Vp“m(V1+V2)
Vp= M H M
250
ELEMENTOS DA FÍSICA
Análise Bidimensional
A análise unidimensional possui apenas efeito teórico, uma vez que no espaço uma
espaçonave ou sonda, ao utilizar o efeito estilingue, retorna na prática em uma direção não
paralela à direção de aproximação. Isto ocorre pois, como será visto mais adiante neste capítulo,
qualquer objeto lançado de um planeta, a partir de uma propulsão, apresenta uma órbita que é
uma das possíveis cênicas: circunferência, elipse, parábola ou hipérbole. No caso de uma sonda,
que é o objeto que mais se utiliza do efeito estilingue, deseja-se que ela alcance distâncias
infinitas em relação à Terra, fazendo com que sua trajetória seja uma curva aberta (se fosse
fechada ela retornaria ao ponto de lançamento). Assim, uma sonda é impulsionada durante seu
lançamento com energia suficiente para executar uma trajetória em forma de hipérbole.
Para efeito de análise, suponha que uma sonda é lançada da Terra, em uma trajetória em
forma de hipérbole, em direção à Vênus, que será usando para o efeito estilingue. Ao se
aproximar de Vênus, a sonda continuará a executar uma trajetória hiperbólica, agora com Vênus
ocupando o foco da nova hipérbole que será formada. A figura abaixo ilustra a trajetória da sonda
próximo a Vênus e o efeito estilingue aplicado na sonda.
rn
Toda a análise realizada para o efeito estilingue unidimensional pode ser aproveitada para
a direção paralela ao vetor velocidade do planeta. Denominemos essa direção de x e de y a
direção perpendicular a x. Assim, após se distanciar consideravelmente de Vênus, a sonda terá
uma componente da velocidade na direção x dada por:
V2x = V1x+2Vp.
Vly = V2y = Vy
Se 6 = 0 tem-se o caso unidimensional, onde v2 = v, + 2vp. Para uma análise mais real
considere 0 = 90°, ou seja, a sonda se aproxima de Vênus em uma direção perpendicular à órbita
251
—- —K-- -
ELEMENTOS DA FÍSICA
desta. Neste caso, a velocidade final da sonda será paralela à velocidade de Vênus.
Considerando v, = 15 km/s e vp = 35 km/s, segue que a velocidade final, devido ao efeito
estilingue, da sonda para 0 = 90° vale:
Logo, o incremento de velocidade na sonda foi de 56,6 km/s devido ao efeito estilingue.
Portanto, utilizando o efeito estilingue várias vezes, fazendo a sonda passar próximo de muitos
planetas, a mecânica clássica garante que a sonda adquire uma velocidade arbitrariamente
grande para efeitos espaciais. Entretanto, na prática, é muito complicado fazer isso acontecer, por
diversos motivos. As órbitas dos planetas deveria estar em uma disposição especial de modo que
a sonda se dirigiría à outro planeta após a interação com o planeta anterior. Quanto mais rápido a
sonda viaja, mais complicado é controlar a proximidade com um planeta de modo que evitar que
ocorra uma colisão entre ambos. Além disso, para velocidades muito grandes da sonda, o tempo
de interação com o campo gravitacional do planeta é muito pequeno, diminuindo o efeito
estilingue.
ÓRBITA ELÍPTICA
H
G
252
ELEMENTOS DA FÍSICA
Observe a figura anterior. Note que, por simetria, as distâncias do ponto B aos focos F, e
F2são iguais. Desde que BF, +BF2 = 2a segue diretamente que BF, =BF2 = a. Como O é o ponto
médio de BD então BO = DO = b .
Como AF, + AF2 = 2a e OF, = OF2 = c então AF, = a - c e AF2 = a + c.
Da figura: AO = AF, + OF, = a. Por simetria conclui-se que CO = a.
Logo, o comprimento do eixo-maior vale AC = 2a .
Perceba que a, b e c forma um triângulo retângulo, ou seja: a2 = b2 + c2
Q
A excentricidade da elipse vale e = cos 0 = —.
a
A área de uma elipse é dada por A = nab.
Análise Qualitativa
Um planeta, de massa m, gira em torno de uma
estrela em uma órbita elíptica. Despreze as interações
gravitacionais com qualquer outro corpo celeste. Sabe-se
à V, que a estrela ocupa um dos focos da elipse, que será
*r1 considerado como a origem dos vetores posições dos
v2 f a pontos do plano que contém a órbita elíptica. Considere
três posições particulares da trajetória do planeta: posição
V
P 1 (mais distante da estrela), posição 2 (mais próximo da
estrela) e posição P (posição aleatória ao longo da elipse).
É conhecido o fato que a maior e a menor distância de um ponto qualquer da elipse aos focos
encontram-se nos vértices do eixo maior. Logo, a maior distância de um ponto da trajetória do
planeta à estrela é o ponto 1 e a menor distância é o ponto 2.
Como a única força atuante no planeta é uma força central, ocorre a conservação do
momento angular:
Logo, a maior velocidade do planeta em sua órbita ocorre na posição 2, enquanto que a
menor velocidade ocorre na posição 1. Em qualquer outro ponto da trajetória a velocidade do
planeta possui módulo com valor intermediário entre v, e v2.
Em resumo:
Toda a análise que foi apresentada para o movimento de um planeta em torno de uma
estrela também é válida para o movimento de um satélite natural em torno de um planeta, como,
por exemplo, o movimento da Lua me torno da Terra.
253
ELEMENTOS DA FÍSICA
Análise Quantitativa
Da análise qualitativa sabe-se que a maior velocidade
de um planeta em torno de uma estrela ocorre no ponto mais
s bl V1 próximo da estrela, enquanto que a menor velocidade de um
a-cO al+ c planeta em torno de uma estrela ocorre no ponto mais
distante da estrela. Quanto vale cada um destes valores de
v2,?k ;
velocidade? É possível determinar estes valores extremos da
velocidade em função da massa da estrela e de distâncias
características da elipse.
Suponha que a massa do planeta seja m e a da estrela seja M. Sabe-se que a distância
minima do planeta à estrela é igual r, = a - c, enquanto que a distância máxima vale r2 = a + c,
onde a é o comprimento do semi-eixo maior e c é a semi distância focal.
Pela Conservação do Momento Angular:
a -c
L = mq xv, = mr2 xv.2 => v,.(a + c) = v2.(a - c) => v, v2-------
a+c
GM(1 + e) GM(1-e)
v2 = vmax e v, vmi„ =
a(1-e) a(1 + e)
Como a circunferência pode ser considerada uma elipse degenerada, em que a distância
focal é nula (2c = 0), estes dois resultados concordam com a velocidade orbital no caso de órbita
circular, uma vez que c = 0 implica
[GM
V mm
• = Vmax v“~V a ’
L = m^GMa(1-e2)
254
ELEMENTOS DA FÍSICA
órbita circular. Isto ocorre desde que, fazendo os focos coincidirem, a elipse se torna uma
circunferência, onde o raio r será igual ao semi eixo maior a.
255
ELEMENTOS DA FÍSICA
•i
Velocidade Areolar
Segundo a 2a Lei de Kepler, o segmento que une o Sol a
um planeta descreve áreas iguais em intervalos de tempo
iguais. No item sobre o momento angular, foi demonstrado que
a taxa temporal como que a área é varrida pelo vetor posição é
dA L
igual a — = —, que de fato é constante, uma vez que L e m
dt 2m
dA
são valores constantes. À razão — denomina-se velocidade
dt
areolar. Apesar de ser uma velocidade, a unidade no SI não é m/s e sim m2/s, pois se trata da
razão de uma área pelo tempo. Como L = m-7GMa(1 - e2), onde a é o semi eixo maior da elipse e
e é a excentricidade da elipse, o valor da velocidade areolar de um planeta vale:
dA L Xí\/GMa(1-e2) ^GMaQ-e2)
dt 2m 2]rf\ 2
Em função do semi eixo maior a (ou raio médio da órbita) e do semi eixo menor b da elipse
tem-se:
dA b ÍGM
dt ” 2 V a
uma circunferência é obtida fazendo os focos de uma elipse coincidirem, onde o semi eixo maior a
da elipse (ou raio médio da órbita) se transforma no raio r da circunferência.
ii) De forma semelhante às expressão da energia mecânica e da velocidade em uma posição
arbitrária, ambos em órbita elíptica, o período em órbita elíptica também independe do semi eixo
menor b e da excentricidade e da elipse.
256
ELEMENTOS DA FÍSICA
COORDENADAS POLARES
d(P.F)
Em linguajar matemático tem-se que e =
d(P,r)'
ed . „
— = 1 + e.cos0 ,
r
onde d é a distância entre o foco e a diretriz, r =PF e 0 é o ângulo formado por PF e a reta que
passa por F e é perpendicular à diretriz. Esta expressão recebe o nome de equação polar da
ed
cônica. Dependendo do valor da excentricidade, a expressão — = 1 + e.cos0 representa todas as
1 1 f. GM | „GM GM
- = — 1------- 5- Icos0 + ——
r ro l rroovvoo ) 1foVo
257
LELEMENTOS DA FÍSICA
ed
Comparando com a equação polar geral de uma cônica — = 1 + e.cos0, conclui-se que a
excentricidade da cônica vale
e=^-1
GM
Perceba que estes resultados são válidos para situações em que o objeto que está sendo
lançado (sonda, satélite, foguete, ônibus espacial, ...) se utilize de propulsão exclusivamente no
momento do lançamento. Caso o objeto possa acionar motores propulsores após o lançamento, o
mesmo pode alterar sua trajetória, passado, por exemplo, de uma trajetória circular para uma
elíptica, apenas expelindo gases propulsores na direção desejada.
258
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER1) (Unesp-08) A órbita de um planeta é elíptica e o Sol ocupa um de seus focos, como ilustrado
na figura (fora de escala). As regiões limitadas pelos contornos OPS e MNS têm áreas iguais a A.
P, M
A N
A
s
o
Se top e tMN são os intervalos de tempo gastos para o planeta percorrer os trechos OP e MN,
respectivamente, com velocidades médias v0P e vMN, pode-se afirmar que
A) top > Ímn e Vop < Vmn- D) top > tMN e vOp > vMn-
8) top = Ímn e Vqp > Vmn- E) top < tMN e Vop < vMn-
C) top = Ímn e Vop < Vmn-
Solução: Alternativa B
A lei das áreas de Kepler afirma que o segmento de reta que liga o Sol ao Planeta, varre áreas
iguais em intervalos de tempos iguais. Como as áreas são iguais, segue que top = tMN-
Como os arcos OP e MN são descritos no mesmo intervalo de tempo e os arcos são tais que
OP > MN, então vOp > vMn-
ER2) (Unesp-05) Se a massa e o raio da Terra dobrassem de valor, o peso P de uma pessoa (ou
a força com que a Terra a atrai) na superfície do planeta seria, desconsiderando outros efeitos,
a) quatro vezes menor.
b) duas vezes menor.
c) o mesmo.
d) duas vezes maior.
e) quatro vezes maior.
Solução: Alternativa B
Sabe-se que F = —GMm
J^,m-. Assim, se M1 = 2M e R' = 2R tem-se:
R2
GM'm G(2M)m 2GMm 1 GMm F
F’
~ R'Í2z- (2R)2 4R2 ~2 R2 2
Assim, 0 peso seria duas vezes menor
ER3) (UFRJ-05) Um satélite geoestacionário, portanto com período igual a um dia, descreve ao
redor da Terra uma trajetória circular de raio R. Um outro satélite, também em órbita da Terra,
descreve trajetória circular de raio R/2. Calcule o período desse segundo satélite.
Solução:
Como os dois satélites orbitam em torno de um mesmo planeta, as constantes de Kepler de cada
satélite são iguais:
1_1 => (£ 1 => 1=1O => T2
1
—= dias => T2 = 8he29min
R? R2 R3 (R / 2)3 2>/2
259
ELEMENTOS DA FÍSICA
«i
ER4) (UFRGS) O cometa de Halley atingiu, em 1986, sua posição mais próxima do Sol (periélio)
e, no ano de 2023, atingirá sua posição mais afastada do Sol (afélio).
ER5) (ITA-04) Uma estrela mantém presos, por meio de sua atração gravitacional, os planetas
Alfa, Beta e Gama. Todas descrevem órbitas elípticas, em cujo foco comum se encontram a
estrela, conforme a primeira lei de Kepler. Sabe-se que o semi-eixo maior da órbita de Beta é o
dobro daquele da órbita de Gama. Sabe-se também que o período de Alfa é V2 vezes maior que
o período de Beta. Nestas condições, pode-se afirmar que a razão entre o período de Alfa e o
Gama é:
a) V2 b) 2 c)4 d) 4>?2 e) 6^2
Solução: Alternativa C
Utilizando a lei dos períodos, formulada por Kepler:
t2 t2 Ti t2 T2 „
Fg 'p = Tg = 'p 2 1
p3 n3 n3 p3 n3 p3
16
*'a "r *'a Rr
4=4
R? R’
=> ^=
TY
ví'166 => 4=4
Ty
260
ELEMENTOS DA FÍSICA
R2
que g = gT-y.
ER7) (ITA-99) Considere a Terra uma esfera homogênea e que a aceleração da gravidade nos
pólos seja de 9,8 m/s2. O número pelo qual seria preciso multiplicar a velocidade de rotação da
Terra de modo que o peso de uma pessoa no Equador ficasse nulo é:
a)4n b) 2n c) 3 d) 10 e) 17
Solução: Alternativa E
Considere o referencial solidário à pessoa, ou seja, o referencial gira
com velocidade angular a>. Como o peso é nulo:
F'cp = F0 => mco,2R = mg => co' = (g/R)1/2 =>
co' = (9,876,4.106)1/2 = 1.24.10"3 rad/s
A velocidade angular da Terra vale:
coo = 2n/T = 2(3,14)7(24.3600) = 7,27.10'5 rad/s
Logo: co7co0=17
ER8) (ITA-06) Lançado verticalmente da Terra com velocidade inicial Vo, um parafuso de massa m
chega com velocidade nula na órbita de um satélite artificial, geoestacionário em relação à Terra,
que se situa na mesma vertical. Desprezando a resistência do ar, determine a velocidade Vo em
função da aceleração da gravidade g na superfície da Terra, raio da Terra R e altura h do satélite.
......
h
zní^*-
R/
Solução:
Por conservação da energia mecânica, tem-se
1/2
mvp GMm GMm R
onde GM = gR2, que substituindo: v0 = 2gR 1 -
2 R R+h’ R+h
261
ELEMENTOS DA FÍSICA
i
ER9) (ITA-17) Com os motores desligados, uma nave executa uma trajetória circular com período
de 5400 s próxima á superfície do planeta em que órbita. Assinale a massa especifica média
desse planeta
A ( ) 1,0 g/ cm3 B( )1,8g/cm3 C ( ) 2,4 g/ cm3
D ( ) 4,8 g/ cm3 E( ) 20,0 g/cm3
Solução: Alternativa D
A força de atração gravitacional que o planeta exerce sobre a nave é uma resultante centrípeta:
nLYÍ = m.-p.G.n.R => v2 = —.p.G.n.R2 2nR I2 4
Fc=Ffl | = —.p.G.n.R2
R 3 3 T
n p.G 3n 3,3,14
=> p = 4,8 g /cm3
Gt2 P 6,7.10-11.(5,4.103)2
ER10) (IME-89) Um astronauta em traje espacial e completamente equipado pode dar pulos
verticais de 0,5 m na Terra. Determine a altura máxima que o astronauta poderá pular em um
outro planeta, sabendo-se que o seu diâmetro é um quarto do da Terra e sua massa específica
dois terços da terrestre. Considere que o astronauta salte em ambos os planetas com a mesma
velocidade inicial.
Solução:
Representando as massas dos planetas em função da densidade e do raio segue que:
IVL. =dTVT = dT-nR3 e Mp = dpVp = dP — jtRp => !^p. = ^p5e.
T T T3 T p p p p 3 p MT dT R3
Logo, a razão entre as acelerações das gravidades dos planetas vale:
GMP
gP Rp Mp R2 dp Rp R2 dp Rp 21^ 2
9t GM T M t R2 " dT R3 Rp dT Rt " 3 4 6
R2
Como as velocidades iniciais são iguais: v2 = 2gPhP = 2gThT => hp = —hT =6.0,5 = 3,0m
9p
ER11) (ITA-94) Deixa-se cair um corpo de massa m da boca de um poço que atravessa a Terra,
passando pelo seu centro. Desprezando atritos e rotação da Terra, para R > |x| o corpo fica sob
ação da força F = — m.g.x/R, onde a aceleração gravitacional g = 10,0 m/s2, o raio da Terra R =
6,4.10® m e x é a distância do corpo ao centro da Terra (origem de x). Nestas condições podemos
afirmar que o tempo de trânsito da boca do poço ao centro da Terra e a velocidade no centro são:
a) 21 min e 11.3.103 m/s b) 21 min e 8,0.103 m/s c) 84 min e 8,0.103 m/s
<_
d) 42 min e 11,3.103 m/s e) 42 min e 8,0.103m/s
Solução: Alternativa B
A expressão fornecida da força pode ser demonstrada:
GM'm
A força resultante no corpo é da forma F = - , onde M' é a
x2
massa da esfera concêntrica da Terra e de raio x. Deste modo, como
x3
a densidade é admitida como constante: M' = M—.
R3
, GM'm Gm Mx3 GMm mg
Logo: F = -—=—=---- 5------ z- =-------r~x =-----
— 2x
x2 x2 R3 R3 R
Deste modo, a força é de restituição (devido ao sinal negativo) e
proporcional à posição, ou seja, o movimento é um MHS.
262
ELEMENTOS DA FÍSICA
6,4.106
2(3,14), = 5026,56 s s 84 min
10,0
Note que o tempo para ir da superfície ao centro da Terra é igual a um quarto do período do MHS:
t = T/4 = 21 min
A velocidade máxima também pode ser determinada a partir do MHS equivalente:
Vmzx = co.R = 2rt.R/T = 2n(6,4.106)/(5026,56) = 8.0.103 m/s
ER12) (ITA-09) Lua e Sol são os principais responsáveis pelas forças de maré. Estas são
produzidas devido às diferenças na aceleração gravitacional sofrida por massas distribuídas na
Terra em razão das respectivas diferenças de suas distâncias em relação a esses astros. A figura
mostra duas massas iguais, m-i = m2 = m, dispostas sobre a superfície da Terra em posição
diametralmente opostas e alinhadas em relação à Lua, bem como uma massa m0 = m situada no
centro da Terra. Considere G a constante de gravitação universal, M a massa da Lua, r o raio da
Terra e R a distância entre os centros da Terra e da Lua. Considere, também, fOz, fiZ e f2z as forças
produzidas pela Lua respectiva mente sobre as massas m0, m, e m2. Determine as diferenças (fiz -
-j
f«z) e (f2z - fOz) sabendo que deverá usar a aproximação--------- = 1 +ax, quando x «1.
(1 + x)a
Solução:
GMm, Gmmn . GMm2
Interação entre m0, mb m2ea lua: fOz = -jfiz =
R2 (R-r)2
" + r))2‘
(R R2
fiz ~ foz= GM .
m2 GMm0 => fiz-foz=-|^[(1 + r/R)-2 m, -m0]
R2(1 + r/R)2 R2
Fazendo x = 1 -> (1 + r / R)~ = 1-* GM 2r
=> flz-foz=-2- mi-mo
R R' R
2GMmr
Como m1=m0=m, temos: f1z - fOz = - (1)
R3
f f - GM I 1-1 GM 2r
m2 -m0 => f2z - foz - —r 1 + — |m2 -m0
R R' R
2m,r
f2z-f0z- -^5-pm2 + —------ m0
r\
2GMmr
Como m0=m2=m, temos f2z - fOz = + R3 (2)
263
ELEMENTOS DA FÍSICA
considerando a existência da cavidade. Então, o valor máximo da variação relativa: (G, - G2) / G1t
que se obtém ao deslocar a posição da cavidade, é:
ER14) (IME-82) Mostre que o raio r da órbita da Lua pode ser determinado a partir do raio R da
Terra, da aceleração da gravidade g na superfície da Terra e do tempo T necessário para a Lua
descrever uma volta completa em torno da Terra, ou seja, r= f(g, R, T).
Solução:
Sabe-se que a aceleração da gravidade na superfície da Terra vale g = --^T- e que o período da
R
r3
Lua em torno da Terra é T = 2n.
\gmt
gR2T2
Assim: T2 = 4rr2 r=?
gR 4n2
ER15) (ITA-16) Considere duas estrelas de um sistema binário em que cada qual descreve uma
órbita circular em trono do centro de massa comum. Sobre tal sistema são feitas as seguintes
afirmações:
I. O período de revolução é o mesmo para as duas estrelas.
II. Esse período é função apenas da constante gravitacional da massa total do sistema e da
distância entre ambas as estrelas.
III. Sendo R, e R2 os vetores posição que unem o centro e massa dos sistema aos respectivos
centros de massa das estrelas tanto R, como R2 varrem áreas de mesma magnitude num mesmo
intervalo de tempo.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas a afirmação I é verdadeira. b) Apenas a afirmação II é verdadeira.
c) Apenas a afirmação III é verdadeira. d) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
e) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
Solução: Alternativa D
264
ELEMENTOS DA FÍSICA
d3
T = 2n ---------- VERDADEIRA
Gím, + m2)
III. A área varrida por unidade de tempo da estrela vale — = ^Ü- = — r.2. Como as velocidade
At 2At 2 1
angulares são iguais, a área varrida pelas estrelas seria igual apenas se os raios fossem iguais.
FALSA
W I II >
265
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER17) Uma partícula de massa m está a um distância d de uma barra uniforme de comprimento L
e massa M. Qual a intensidade da força de interação gravitacional devido à barra?
M
mO’ □
4- ■x
d L
Solução:
r A força resultante na partícula é a soma
"►dM
_. da contribuição de infinitos elementos
mO’ I I —* infinitesimais de massa dM, onde a
—► dr-<—
■4 >◄------------------- r distância destes elementos à partícula
d L varia desde d até d + L.
O diferencial de força gravitacional dF
Gm
devido à dM vale dF —-j-dM. Como a barra e uniforme segue que dM = —dr. Assim:
r L
rGMm GMm rL+d 1 , GMm L+d 1 GMm<2 1 GMm
F j|PdM dr = -------
L Jd r2
-v dr =-------
L r r L d L+d d(L + d)
ER18) Um projétil será lançado do fundo de uma cratera, que foi cavada em um planeta de raio R,
com a velocidade de escape da superfície do planeta. Determine a profundidade h da cratera de
modo que a altura máxima alcançada pelo projétil seja igual a h.
Solução:
Sabe-se que a energia potencial gravitacional, entre um
planeta de massa M e uma partícula de massa m, em um
GMm(3R2 -r2)
ponto no interior de um planeta vale U(r) = -
2R3
* onde r é a distância entre a partícula e o centro do planeta.
* Sabe-se também que a velocidade de escape da superfície de
, t . Í2GM
um planeta vale ve = J-
Pela conservação da energia mecânica:
Xv3 GMXÍ[3R2-(R-h)2j _ GM/rí __
2 2R3 R+h
2PKÍ ^tVf(3R2 -R2 +2Rh-h2) 1_ 2R2 +2Rh-h2 1
2R 2R3 R+h R 2R3 R+h
2R2 -2R2 -2Rh + h2 1 h2 -2Rh 1
=> h(h - 2R)(R + h) = - 2R3
2R3 R+h 2R3 R+h
h3 - Rh2 - 2R2h + 2R3 = 0 => h2(h - R) - 2R2(h - R) = 0 => (h - R)(h2 - 2R2) = 0 =>
h = R ou h = y[2R
Perceba que a resposta h = -JlR e válida uma vez que as posições definidas por h = R e
h = V2R possuem a mesma energia potencial gravitacional.
ER19) (ITA-14) Considere dois satélites artificiais S e T em torno da Terra. S descreve um órbita
elíptica com semieixo maior a, e T, uma órbita circular de raio a, com respectivos vetores posição
rs e rr com origem no centro da Terra. É correto afirmar que
A ( ) para o mesmo intervalo de tempo, a área varrida por rs é igual à varrida por rr.
B ( ) para o mesmo intervalo de tempo, a área varrida por rs é maior que a varrida por rr.
C ( ) o período de translação de S é igual ao de T.
D ( ) o período de translação de S é maior que o de T.
E ( ) se S e T tem a mesma massa, então a energia de S é maior que a de T.
Solução: Alternativa C
266
K ELEMENTOS DA FÍSICA
Como b < a então vareO|ardeS < vareoiardeT => alternativas A e B são incorretas
I 2GMr~
Sabe-se que v2 = lr2(ri+r2) , então:
ER20) (ITA-12) O momento angular é uma grandeza importante na Física. O seu módulo é
definido como L = rpsen0, em que ré o módulo do vetor posição com relação à origem de um
dado sistema de referência, p o módulo do vetor quantidade de movimento e 0 o ângulo por eles
formado. Em particular, no caso de um satélite girando ao redor da Terra, em órbita elíptica ou
circular, seu momento angular (medido em relação ao centro da Terra) é conservado. Considere,
então, três satélites de mesma massa com órbitas diferentes entre si, I, II e III, sendo I e III
circulares e II elíptica e tangencial a I e III, como mostra a figura. Sendo Lh Lu e Lm os respectivos
módulos do momento angular dos satélites em suas órbitas, ordene, de forma crescente, Lh Lu e
Lm. Justifique com equações a sua resposta.
Solução:
Sejam v, e v2 as velocidades nos extremos da elipse, de módulo de vetor posição iguais,
267
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER21) (ITA-15) Uma nave espacial segue inicialmente uma trajetória circular de raio rA em torno
da Terra. Para que a nave percorra uma nova órbita também circular, de raio rB > rA, é necessário
por razões de economia fazer com que ela percorra antes uma trajetória semieliptica, denominada
órbita de transferência de Hohmann, mostrada na figura. Para tanto, são fornecidos à nave dois
impulsos, a saber: no ponto A, ao iniciar sua órbita de transferência, e no ponto B, ao iniciar sua
outra órbita circular. Sendo M a massa da Terra; G, a constante da gravitação universal; m e v,
respectivamente, a massa e a velocidade da nave; e constante a grandeza mrv na órbita elíptica,
pede-se a energia necessária para a transferência de órbita da nave no ponto B.
vb
Solução:
Pela conservação do momento angular:
268
ELEMENTOS DA FÍSICA
269
•t-- -- ' "EBW— • ■ - -• - ■
^ ELEMENTOS DA FÍSICA
270
ELEMENTOS DA FÍSICA
271
ELEMENTOS DA FÍSICA
272
ELEMENTOS DA FÍSICA
273
ELEMENTOS DA FÍSICA
274
ELEMENTOS DA FÍSICA
que une esta ao Sol) varre uma área do período de revolução de um satélite artificial
espaço menor no inverno do que no verão, colocado em órbita circular da terra naquela
para o mesmo período de 24 horas. altitude é de aproximadamente:
III ) Como a distância média da Terra ao Sol A) 90 min.; B) 90 s.; C) 22 h.;
é de 3,00.10 9 km, pela 3a lei de Kepler D) 24 h.; E) 12 h.
conclui-se que o “ano” de Urano é igual a 20
vezes o ano da Terra. E48) (ITA-97) O primeiro planeta descoberto
IV ) As leis de Kepler não fazem referência à fora do sistema solar, 51 Pegasi B, órbita a
força de interação entre o Sol e os planetas. estrela 51 Pegasi, completando uma
Verifique quais as afirmações que estão revolução a cada 4,2 dias. A descoberta do
corretas e assinale a opção correspondente. 51 Pegasi B, feita por meios
a) I e IV estão corretas. espectroscópicos, foi confirmada logo em
b) Só a I está correta. seguida por observação direta do movimento
c) II e IV estão corretas. periódico da estrela devido ao planeta que a
d) Só a IV está correta. órbita. Conclui-se que 51 Pegasi B órbita a
e) II e III estão corretas. estrela 51 Pegasi à 1/20 da distância entre o
Sol e a Terra. Considere as seguintes
E45) (ITA-89) Um astronauta faz experiências afirmações: se o semi-eixo maior da órbita do
dentro do seu satélite esférico, que está em planeta 51 Pegasi B fosse 4 vezes maior do
órbita circular ao redor da Terra. Colocando que é, então:
com cuidado um objeto de massa mo bem no I - A amplitude do movimento periódico da
centro do satélite o astronauta observa que o estrela 51 Pegasi, como visto da Terra, seria
objeto mantém sua posição ao longo do 4 vezes maior do que é.
tempo. Baseado na 2a lei de Newton, um II - A velocidade máxima associada ao
observador no Sol tenta explicar esse fato movimento periódico da estrela 51 Pegasi,
com as hipóteses abaixo. Qual delas é como visto da Terra, seria 4 vezes maior do
correta ? que é.
a) Não existem forças atuando sobre o objeto III - O período de revolução do planeta 51
(o próprio astronauta sente-se imponderável). Pegasi B seria de 33,6 dias.
b) Se a força de gravitação da Terra Das afirmativas mencionadas:
m a) Apenas I é correta.
Fg = G —p—- está atuando sobre o objeto e
b) Apenas I e II são corretas.
este fica imóvel é porque existe uma força c) Apenas I e III são corretas.
centrífuga oposta que a equilibra. d) Apenas II e III são corretas.
c) A carcaça do satélite serve de blindagem e) As informações fornecidas são
contra qualquer força externa. insuficientes para concluir quais são corretas.
d) As forças aplicadas pelo Sol e pela Lua
equilibram a atração da Terra. E49) (ITA-08) A estrela anã vermelha Gliese
e) A força que age sobre o satélite é a da 581 possui um planeta que, num período de
gravitação, mas a velocidade tangencial v do 13 dias terrestres, realiza em torno da estrela
Mt m
M-r mi uma órbita circular, cujo raio é igual a 1/14 da
satélite deve ser tal que mv! / r = G —!—2
“P"" distância média entre o Sol e a Terra.
Sabendo que a massa do planeta é
E46) (ITA-92) Na 3a lei de Kepler, a constante aproximadamente igual à da Terra, pode-se
de proporcionalidade entre o cubo do semi- dizer que a razão entre as massas da Gliese
eixo maior da elipse (a) descrita por um 581 e do nosso Sol é de aproximadamente:
planeta e o quadrado do período (P) de a) 0,05 b) 0,1 c) 0,6 d) 0,3 e)4,0
translação do planeta pode ser deduzida do
caso particular do movimento circular. Sendo E50) Supondo que as órbitas da Terra e da
G a constante da gravitação universal, M a Lua são aproximadamente circulares, achar a
massa do Sol, R o raio do Sol temos: relação entre as massas do Sol e da Terra.
a) (a3/p2) = (GMR)/4rt2 b) (a3/p2) = (GR)/4n2 Sabe-se que a Lua dá 13 voltas ao redor da
c) (a3/p2) = (GM)/2n2 d) (a3/p2) = (GM2)/R terra durante um ano e que a distância do Sol
e) (a3/p2) = (GM)/4n2 à Terra é 390 vezes maior que a distância da
Lua à Terra.
E47) (ITA-71) Considerando os dados e o a)3,5.105 b)6,0.106 c) 1,9.104
resultado da questão anterior verifique que o d)7,3.105 e) 9,4.10“
275
ELEMENTOS DA FÍSICA
276
ELEMENTOS DA FÍSICA
Note e adote;
■CO- lano* 3.14xl0’s.
na O módulo da força gravitacional F entre dois corpos de massas e Mt, sendo r a
distância entre eles, é dado por F • G Mt MJr3.
Considere as órbitas circulares.
Terra
Para essa condição, determine
P
a) T em função da constante gravitacional G,
v0 da massa MS do Sol e da distância R entre a
Terra e o Sol;
VN
|VA b) o valor de A em rad/s;
c) a expressão do módulo Fr da força
gravitacional resultante que age sobre o
Determine, em função de M, G e Ro ,
satélite, em função de G, Ms, MT, m, R e d,
a) a velocidade Vo com que o conjunto atinge
sendo MT e m, respectivamente, as massas
o ponto P.
da Terra e do satélite e d a distância entre a
b) a velocidade VN, de N, em sua órbita
circular. Terra
e o satélite.
c) a velocidade VA, de A, logo após se
separar de N.
F7) (Unicamp-08) Observações astronômicas
indicam que as velocidades de rotação das
F5) (Fuvest-07) Recentemente Plutão foi
estrelas em torno de galáxias são
“rebaixado", perdendo sua classificação como
incompatíveis com a distribuição de massa
planeta. Para avaliar os efeitos da gravidade
visível das galáxias, sugerindo que grande
em Plutão, considere suas características
parte da matéria do Universo é escura, isto é,
físicas, comparadas com as da Terra, que
matéria que não interage com a luz. O
estão apresentadas, com valores
movimento de rotação das estrelas resulta da
aproximados, no quadro ao lado.____________
, . . - ... . r- GMm
Massa da Terra (Mr) = 500 x Massa de Plutão (MP) força de atraçao gravitacional FG=-—,
Raio da Terra (RT) = 5 x Raio de Plutão (RP) que as galáxias exercem sobre elas. A curva
a) Determine o peso, na superfície de Plutão no gráfico abaixo mostra como a força
(PP), de uma massa que na superfície da gravitacional que uma galáxia de massa M
Terra pesa 40N (PT = 40N). exerce sobre uma estrela externa à galáxia,
b) Estime a altura máxima H, em metros, que deve variar em função da distância r da
uma bola, lançada verticalmente com estrela em relação ao centro da galáxia,
velocidade V, atingiría em Plutão. Na Terra, considerando-se m = 1,0 x 103Okg para a
essa mesma bola, lançada com a mesma massa da estrela. A constante de gravitação
velocidade, atinge uma altura hT = 1,5m. G vale 6,7 * 10-11m3kg“1 s-2.
1,0 x 10“ TV— ------ 1 - 1------ ------ ------ r-1
277
............ ......
ELEMENTOS DA FÍSICA
a seguir ilustram a situação de maior por estar no plano equatorial terrestre, sendo
afastamento e a de maior aproximação dos que o satélite que a executa está sempre
planetas, considerando que suas órbitas são acima do mesmo ponto no equador da
circulares, que o raio da órbita terrestre (RT) superfície terrestre. Considere que a órbita
mede 1,5.1011m e que o raio da órbita de geoestacionária tem um raio r = 42000 km.
Júpiter (RJ) equivale a 7,5.1011m. a) Calcule a aceleração centrípeta de um
Maior afastamento
satélite em órbita circular geoestacionária.
b) A energia mecânica de um satélite de
massa m em órbita circular em torno da terra
é dada por E = - GMm/2r, em que r é o raio
da órbita, M = 6 * 1024 kg é a massa da Terra
e G = 6,7 x 1O~11 Nm2/kg2. O raio de órbita de
satélites comuns de observação (não
geoestacionários) é tipicamente de 7000 km.
Calcule a energia adicional necessária para
Maior aproximação colocar um satélite de 200 kg de massa em
uma órbita geoestacionária, em comparação
a colocá-lo em uma órbita comum de
observação.
F9) (Unicamp-12) De acordo com a terceira centro da Terra. Calcule a razão — entre o
FgP
lei de Kepler, o período de revolução e o raio
da órbita desses planetas em tomo do Sol módulo da força gravitacional com que a
3 Terra atrai a sonda e o módulo da força
= (Rj. gravitacional com que Plutão atrai a sonda.
obedecem à relação
Tj e Tt
I
TtJ rt.
, em que
gravitacional, pode-se concluir que o período A) maior que a força gravitacional que a Terra
de rotação de Fobos será dado por: exerce sobre a Lua por um fator de cerca de
a) JÜÉ b)
3nr3
c)
37tr2 20.
B) maior que a força gravitacional que a Terra
VGpR VGpR2 GpR3 exerce sobre a Lua por um fator de cerca de
1 3 nr 3 2.
d) .E
VGpR
e)J-
’ ij,GpR3
C) igual à força gravitacional que a Terra
exerce sobre a Lua.
D) menor que a força gravitacional que a
F13) (Santa Casa-SP) Considere o sistema Terra exerce sobre a Lua por um fator de
SOL-TERRA. Admita que o movimento da cerca de 2.
Terra em torno do Sol seja circular e E) menor que a força gravitacional que a
uniforme. Despreza os efeitos de outros Terra exerce sobre a Lua por um fator de
corpos do sistema solar. Suponha conhecidos cerca de 20.
os valores de:
r = raio da Terra; F16) (UFU-00) Um astronauta observou que o
R = distância entre os centros da Terra e do período de um pêndulo simples, em um dos
Sol; pólos do planeta Alfa, era duas vezes maior
P = densidade da Terra; que o período deste pêndulo, quando medido
T = período de revolução da Terra em torno nos pólos da Terra. Sabendo-se que o dia
do Sol; desse planeta é 3 vezes menor que o dia
Podemos afirmar que a força de atração terrestre, e a aceleração centrípeta é 18
média, exercida pelo Sol sobre a Terra, é: vezes maior do que a aceleração centrípeta
2n Rpr ti3 Rp x 16n3 Rpr3 na Terra, medidas no equador dos dois
a) b) c) planetas, podemos afirmar sobre a massa do
5 t ' TtV T2
planeta Alfa (ma) em relação à massa da
16n Rp
d) e) nda Terra (mT):
TT a) ma = 4mT b) ma = 2mT
c) ma = mT d) ma = 0,5mT
F14) (UFPR-16) Sabemos que em nosso
universo a força gravitacional entre uma F17) (Ciaba-17) A energia mecânica de um
estrela de massa M e um planeta de massa m satélite (S) de massa igual a 3x105 g que
varia com o inverso do quadrado da distância descreve uma órbita elíptica em torno da
R entre eles. Considere a hipótese em que a Terra (T) é igual a -2,0x1010 J. O semieixo
força gravitacional variasse com o inverso do maior da elipse vale 16x103 km e o menor
cubo da distância R e que os planetas 9x103 km. Determine a energia cinética do
descrevessem órbitas circulares em torno da satélite no perigeu em função da constante
estrela. gravitacional G. Dado: MTena = 6x1024 kg.
a) Deduza, para esse caso hipotético, uma
equação literal análoga à terceira lei de
Kepler. Perigeu O Apogeu
b) Utilizando a resposta do item (a) e Terra
considerando dois planetas orbitando essa -------- Satélite
estrela, um deles com órbita de raio Ri e o
a) 2x101°(101°G - 1) b) 2x1010(G -1010)
outro com órbita de raio R2 = 2Rn determine a
c) 2x101o(102G - 1) d) 2x102(G -102)
razão entre os períodos de suas órbitas.
e) 2x102(102G- 1)
F15) (UESPI-10) Considere que as massas
F18) (AFA-01) A partir da superfície da Terra,
da Terra e do Sol sejam respectivamente
iguais a 6 x 1024 kg e 2 x io30 kg. Considere, um foguete, sem propulsão, de massa m, é
ainda, que as distâncias médias da Terra à lançado verticalmente, com velocidade v0 e
Lua e do Sol à Lua sejam respectivamente atinge uma altitude máxima igual ao raio R da
iguais a 4 x 108 m e 1,5 x io11 m. Com base Terra. Sendo M a massa da Terra e G a
nesses dados, pode-se concluir que, constante de gravitação universal, o módulo
tipicamente, a força gravitacional que o Sol de v0 é dado por
exerce sobre a Lua é: lÕM . , ÍGM . |3GM .. 3GM
a) hr b)í2R c) d) 2R
279
ELEMENTOS DA FÍSICA
280
^ELEMENTOS DA FÍSICA
L___
— ■■■
1,0 m e casca B de raio rB = 3,0 m, ambas F25) (ITA-79) Deseja-se colocar em órbita da
com massa M e com os centros em x = 0. Em Terra um satélite Sr e, em órbita da Lua um
x = 20 m, tem-se o centro de uma esfera satélite SL, de modo que ambos tenham o
maciça de raio rc = 2,0 m e massa 81M. mesmo período de revolução. Determine a
Considere agora, uma partícula de massa m menor distância de Srà superfície da Terra.
colocada em x = 2,0 m. Sendo G a constante
gravitacional, qual a força gravitacional F26) (ITA-80) Um foguete lançado
resultante sobre a partícula? verticalmente, da superfície da Terra, atinge
. GMm uma altitude máxima igual a três vezes o raio
a) —-— para a direita. R da Terra. Calcular a velocidade inicial do
4
GMm foguete.
b) para a direita. ( )A.V = 3GM ( )B.V = 4GM
2 2R 3 R
GMm ( )C.V = 2GM ( )D.V = '3GM
c) para a esquerda.
2 3R 4R
d) G^m V = \/ G M
para a esquerda. ( )E.
R
e) zero.
F27) (ITA-82) Sendo R o raio da Terra,
F23) (ITA-61) Um satélite artificial de 4,00 x suposta esférica, G a constante da gravitação
103 kg está descrevendo, em torno da Terra, universal, g, a aceleração da queda livre de
um corpo no Equador, g2 a aceleração de
uma trajetória circular, cujo plano com o do
queda livre no pólo Norte, M a massa da
equador, com velocidade angular uniforme e
a uma distância de 4,00 x 103 km da Terra, podemos afirmar que:
superfície terrestre. Sabendo-se que o raio da A) g, = G M/R2 B)
Terra (suposta esférica) é 6,4 x 103 km, sua G
densidade média 5,5 g cm'3 e a constante C) g2 é nula D) g, é nula
gravitacional 6,7 x 10'11 N.m2.kg'2 , calcular: GM
I) A velocidade de satélite em relação a um e) -^- = gi + g2
r\
observador situado no equador, quando ele
passa pelo zênite, no caso em que a Terra e F28) (ITA-86) Se colocarmos um satélite
o satélite giram:
artificial de massa “mu girando ao redor de
A - no mesmo sentido Marte (6,37.1023 kg) numa órbita circular, a
B - em sentidos opostos
relação entre o módulo de sua energia
II) A energia total do satélite em relação ao
cinética (T) e o módulo de sua energia
sistema inercial com origem no centro da
potencial gravitacional (U) será:
Terra.
A) T = U/2 B) T = 2U C) T = U/2m
III) Os períodos do satélite para o observador
D) T= mU E) T = U
acima referido, nos casos A e B, de I.
F29) (ITA-77) Um satélite artificial descreve
F24) (ITA-74) A energia potencial de um
uma órbita circular em torno da Terra com
corpo de massa m na superfície da Terra é
- GMtm/R-r. No infinito essa energia potencial período T = A.Tt.yjlRIg , onde R é o raio da
é nula. Considerando-se o princípio de Terra e g a aceleração da gravidade na
conservação da energia (cinética + potencial), superfície terrestre. A que altura acima da
que velocidade deve ser dada a esse corpo superfície se encontra o satélite?
de massa m (velocidade de escape) para
que ele se livre da atração da terra, isto é, F30) (ITA-91) Considere um planeta cuja
chegue ao infinito com v = 0 ? massa é o triplo da massa da Terra e seu
G = 6,67 x 10’11 N.m2.kg'2; raio, o dobro do raio da Terra. Determine a
Mt = 6,0x1 O24 kg; RT = 6,4 x 106 m. relação entre a velocidade de escape deste
Despreze o atrito com a atmosfera. planeta e a da terra (Vp/vT) e a relação entre a
A)13,1m/s B) 1,13x103m/s aceleração gravitacional na superfície do
C)1l,3km/s D)113km/s planeta e a da Terra (gp/gT).
E) Depende do ângulo de lançamento.
281
—^'-'TEXTÍTr"’.' : - —....................
ELEMENTOS DA FÍSICA
4nR l)
+—
O D. f f2
Então, está(ão) correta(s), apenas:
\1/2 a) a afirmativa I. d) as afirmativas I e II.
( )E- f' = MJ
f2—4nR b) a afirmativa II.
c) a afirmativa III.
e) as afirmativas I e III.
F32) (ITA-93) Qual seria o período (T) de F35) (ITA-10) Considere um segmento de reta
rotação da Terra em torno do seu eixo, para que liga o centro de qualquer planeta do
que um objeto apoiado sobre a superfície da sistema solar ao centro do Sol. De acordo
Terra no equador ficasse desprovido de com a 2o Lei de Kepler, tal segmento percorre
peso? áreas iguais em tempos iguais.Considere,
Dados: raio da Terra: 6,4.103 km; massa da então, que em dado instante deixasse de
terra: 6,0.1024 kg; constante de gravitação existir o efeito da gravitação entre o Sol e o
universal: planeta.
6,7.10‘11 N.m2/kg2. Assinale a alternativa correta.
a) T = 48 h b)T = 12h c)T=1,4h a) O segmento de reta em questão
d)T = 2,8h e)T= 0 continuaria a percorrer áreas iguais em
tempos iguais.
F33) (ITA-02) Um dos fenômenos da b) A órbita do planeta continuaria a ser
dinâmica de galáxias, considerado como elíptica, porém com focos diferentes e a 2a Lei
evidência da existência de matéria escura, é de Kepler continuaria válida.
que estrelas giram em torno do centro de uma c) A órbita do planeta deixaria de ser elíptica
galáxia com a mesma velocidade angular, e a 2a Lei de Kepler não seria mais válida.
independentemente de sua distância ao d) A 2a Lei de Kepler só é válida quando se
centro. Sejam IVh e M2 as porções de massa considera uma força que depende do inverso
(uniformemente distribuída) da galáxia no do quadrado das distâncias entre os corpos e,
interior de esferas de raios R e 2R, portanto, deixaria de ser válida.
respectivamente. Nestas condições, a relação e) O planeta iria se dirigir em direção ao Sol.
entre essas massas é dada por.
a) M2 = M-|. b) M2 = 2MV c) M2 = 4Mj. F36) (ITA-09) Desde os idos de 1930,
d) M2 = 8M1. e)M2=16M1. observações astronômicas indicam a
existência da chamada matéria escura. Tal
F34) (ITA-03) Sabe-se que da atração matéria não emite luz, mas a sua presença é
gravitacional da lua sobre a camada de água inferida pela influência gravitacional que ela
282
ELEMENTOS DA FÍSICA
283
ELEMENTOS DA FÍSICA
D) duas vezes o valor na superfície da Terra. da Lua a força resultante no foguete, devido
E) igual ao valor na superfície da Terra. às atrações da Terra e da Lua, é nula.
284
ELEMENTOS DA FÍSICA
D
2-— 1 dT,L
Fm =GMLm—j—
0 aT.L
(1-A)2 dT.L .
R R
Considerando que----- «1 (isto é, ------ pode
dT,L dT.L
285
ELEMENTOS DA FÍSICA
k 0 .
r
Gm
a) a = ■---------- 2
2 4
1+—
m )
b) a =
Gm'
r
2| 4
1+—
m I
Í2M 3 k rn J
BÍ Gm ,. Gm
_p_ I JD
I
c) a d) a=-j-
3 3 2(. m )
k -4 I- 4 r 1+—
l m)
A) + 9GM2 /2D; B) - 9GM2 Z2D; Gm’
e) a
C)+ GM2/2D; D)-GM2/2D;
E) Nenhum dos valores acima.
A10) (ITA-88) Duas estrelas de massa m e
A7) (ITA-84) Um planeta descreve uma órbita 2 m respectivamente, separadas por uma
elíptica em torno de uma estrela cuja massa é distância d e bastante afastadas de qualquer
muito maior que a massa do planeta. Seja r a outra massa considerável, executam
distância entre a estrela e o planeta, num movimentos circulares em torno do centro de
ponto genérico da órbita, e V a velocidade do massa comum. Nestas condições, o tempo
planeta no mesmo ponto. Sabendo-se que a e T para uma revolução completa, a velocidade
b são, respectivamente, os valores mínimo e v (2m) da estrela maior, bem como a energia
máximo de r e v, o valor mínimo de v, pode- mínima W para separar completamente as
se afirmar que o produto vr satisfaz a relação: duas estrelas são:
T v (2m) W
P
a)2ndj-^— /Gm 2Gm2
r, Y3Gm N3d~ d
V1
£ 2^ Gm2
J b
N 3d d
Gm2
I
C) “JS /Gm
\~3d~
+------
d
286
ELEMENTOS DA FÍSICA
Gm2
2 IÕ” centro (R, < d < R:). O mócuto da força
d”dJS X 3d
,fGm
d~
Gm2
gravitacionai entre as massas é:
e) +------
X 3Gm X 3d d
2nR2
b) v
P Vô i p
c)v=(1f+1} 2kR2
P
d)v=|J + l] 2,-tR;
P '
R2v02 R2Vo
a)
2GM - RV02
R2V2 sen
b)
2GM + RV02
R2v02
e)v = íl-1) 2nR2
P
287
................................................................... — ----— - ■
ELEMENTOS DA FÍSICA
e) mg ^1-|^2a>2R/g-(a>2R/g)2j
sen2 X V1 I
A15) (ITA-12) Boa parte das estrelas do A18) (IME-85) Um planeta hipotético, esférico
Universo formam binários nos quais duas e de massa homogênea, com massa
estrelas giram em torno do centro de massa específica de 2500 kgf/m3 e raio de 10000 km,
comum, CM. Considere duas estrelas completa seu movimento de rotação em 16
esféricas de um sistema binário em que cada horas e 40 minutos. Calcular a que altura
qual descreve um órbita circularem torno deve ser colocado um satélite artificial para
desse centro. Sobre tal sistema são feitas que mantenha, enquanto em órbita, distâncias
duas afirmações: constantes em relação a estações de
I. O período de revolução é o mesmo para as rastreamento fixas na superfície do planeta.
duas estrelas e depende apenas da distância Considerar: n = 3,0 e k = 6400.10" 14
entre elas, da massa total deste binário e da m3/kg.s2 (constante gravitacional)
constante gravitacional.
II. Considere que R, e R2 são os vetores A19) (IME-09) Um planeta de massa m e raio
que ligam o CM ao respectivo centro de cada r gravita ao redor de uma estrela de massa M
estrela. Num certo intervalo de tempo At, o em uma órbita circular de raio R e período T.
raio vetor R, varre uma certa área A. Durante Um pêndulo simples de comprimento L
apresenta, sobre a superfície do planeta, um
este mesmo intervalo de tempo, o raio vetor
período de oscilação t. Dado que a constante
R2 também varre uma área igual a A. de gravitação universal é G e que a
Diante destas duas proposições, assinale a aceleração da gravidade, na superfície do
alternativa correta. planeta, é g, as massas da estrela e do
A) As afirmações I e II são falsas. planeta são, respectivamente:
B) Apenas a afirmação I é verdadeira. 4n2r2R 4n2Lr2 , . 4rt2R3 4rt2L2r
C) Apenas a afirmação II é verdadeira. a) e —5----- b) —=— e
T2G t2G T2G t2G
D) As afirmações I e II são verdadeiras, mas a
II não justifica a I. 4tt2R3 4rt2Lr2 4rt2rR2 4tt2L3
c) e d) e
E) As afirmações I e II são verdadeiras e, t2g t2G
além disso, a II justifica a I. 47t2rR2 47t2L2r
e) e
T2G t2G
A16) (ITA-13) Uma lua de massa m de um
planeta distante, de massa M > m, descreve
A20) (IME-10) Três satélites orbitam ao redor
uma órbita elíptica com semieixo maior a e
da Terra: o satélite S, em uma órbita elíptica
semieixo menor b, perfazendo um sistema de
energia E. A lei das áreas de Kepler relaciona com o semi-eixo maior ai e o semi-eixo menor
a velocidade v da lua no apogeu com sua bi; o satélite S2 em outra órbita elíptica com
semi-eixo maior a2 e semi-eixo menor b2; e o
288
L_.
■ES.JELEMENTOS DA FÍSICA
289
ELEMENTOS DA FÍSICA
290
ELEMENTOS DA FÍSICA
B A
r»
30112 km/h I
/
Terra ik
B A
600 km
3744 km a) a excentricidade da trajetória orbital;
b) a velocidade do satélite no apogeu.
384 km
291
I
ELEMENTOS DA FÍSICA I
6 Mm 9 Mm ------------------ n
a) Determine a velocidade de vôo livre que o / 8r0
292
ELEMENTOS DA FÍSICA
massa da Terra, b) Mostre ainda que, se a no ponto X, para poder pousar como
transferência de uma órbita para outra é feita requerido.
colocando-se a espaçonave numa órbita de Método 1 Método 2
transição semi-elíptica AB, as energias AEa e
AEb que devem ser fornecidas em A e B são,
respectivamente:
aea=-Ü- AE e AEb = AE.
rl+r2
293
MMh ELEMENTOS DA FÍSICA
294
ELEMENTOS DA FÍSICA
d) -^(1^1,1^2-27^1^2)
b) -|(MlM2+27M1M2)
c) -^(M,-M2+2>/M1M2)
295
ELEMENTOS DA FÍSICA
HIDROSTÁTICA
INTRODUÇÃO
A matéria pode ser classificada por sua forma física como um sólido, um líquido ou um
gás. As moléculas dos sólidos, à temperaturas e pressões ordinárias, têm a atração forte entre
elas e permanecem em posição fixa relativa a uma outra. Logo, um sólido tem um volume e forma
definidos e sofre deformações finitas sob a ação de uma força. As moléculas dos líquidos a
pressões e temperaturas ordinárias têm pouca atração entre elas e trocam de posição relativa
uma a outra. Em consequência, os líquidos têm o seu volume definido pelo recipiente que o
contém
As moléculas dos gases, à temperaturas e pressões ordinárias, possuem atração muito
pequena e o movimento é devido ao acaso. Assim, os gases não possuem volume nem formato
definitivo, adotam a forma do recipiente de armazenamento por completo.
Devido os líquidos e os gases, à temperaturas e pressões ordinárias, não resistem à ação
de um esforço cortante e contínuo, deformando de acordo com sua ação, denomina-se os mesmo
de fluidos.
O ramo da Física que estuda os efeitos das forças que atuam sobre os fluidos se
denomina Mecânica de Fluidos, tradicionalmente subdividida em duas partes: hidrostática e
hidrodinâmica.
Hidrostática: estuda o equilíbrio dos fluidos sob a ação de forças estacionárias.
Hidrodinâmica: estuda o movimento de fluidos e as causas que produzem seu movimento.
Densidade de um corpo é definido como a razão entre sua massa m e seu volume total V
(incluindo possíveis regiões com ausência de massa). Normalmente é simbolizada pelas letras p,
p ou d. Neste livro, densidade será designada por p. Logo:
m
P=V
kci
No sistema internacional de unidades, a unidade de densidade é —.
m
Massa específica é definida para cada material como a razão entre a massa e o volume,
porém no volume considera-se apenas a parte ocupada pelo material, excluindo possíveis partes
ocas. Pela definição, é possível perceber uma sutil diferença entre densidade e massa específica.
A massa específica, embora definida de forma análoga à densidade, é propriedade de uma
substância, e não de um objeto. Supõe-se, pois, que o material seja homogêneo e isotrópico ao
longo de todo o volume considerado para o cálculo, e que este seja maciço. Um objeto oco pode
ter densidade muito diferente da massa específica do material que os compõem, a exemplo os
navios. Por exemplo, a massa específica do ferro é 7,8 kg/m3, porém um navio, que é construído
basicamente a partir do ferro, por possuir mais regiões ocas do que maciças, apresenta uma
densidade muito inferior ao da massa específica do ferro.
É possível utilizar uma escala de densidades relativas em relação a alguma substância.
Para determinar a densidade relativa do objeto A em relação ao objeto B basta fazer a divisão
entre suas densidades:
PrAB = P*
Pb
Por ser a razão entre duas grandezas de mesma unidade, a densidade relativa é uma
grandeza unidimensional.
296
ELEMENTOS DA FÍSICA
É muito comum trabalhar com a densidade relativa à água em situações em que se está
analisando a flutuabilidade de um objeto quando abandonado sobre a água. Como a densidade
da água é 1000 kg/m3, se é afirmado que a densidade de um objeto com relação a água é 1,2,
segue que sua densidade absoluta é 1200 kg/m3,
Peso específico é definido como o produto da massa específica pela gravidade y = pg,
onde a unidade do peso específico é N/m3.
PRESSÃO
Os fluidos não suportam esforços cortantes ou de tensão, devido a isso, o único esforço
que se pode exercer sobre um objeto submergido em um fluido estático é o que tende a comprimir
o objeto em todas as direções. Em outras palavras, a força que exerce o fluido estático sobre um
objeto sempre é perpendicular às superfícies do objeto, como ilustrado na figura abaixo.
Cl
Se imaginarmos uma superfície dentro do fluido, a matéria fluida a cada lado da superfície
exerce forças iguais e opostas. Considere uma superfície pequena de área dA centrada em um
ponto no fluido, a força normal que o fluido exerce sobre cada lado é dFj..
^dFx
dA
^dF±
Definimos a pressão p nesse ponto como a força normal por unidade de área, ou seja, a
razão entre dF± e dA:
d^
P
dA
1 pascal = 1 Pa = N/m2
297
ELEMENTOS DA FÍSICA
pressão atmosférica normal ao nível do mar (valor médio) é 1 atmosfera (atm), definida
exatamente como 101,325 Pa.
IPgAdy
-y=0
Esta equaçao indica que se y aumenta, p diminui; ou seja, conforme mais se desce no
fluido, a pressão aumenta, como já era esperado.
h
, 1
y
y
,-o|
Então:
298
ELEMENTOS DA FÍSICA
Pi = Po + pgh
PRINCÍPIO DE PASCAL
A £ ^2
P
- F*=F^
A, A2
Barômetro
299
ELEMENTOS DA FÍSICA
pessoas podem crer. Pelo contrario, a pressão atmosférica possui um papel importante em
numerosos aparatos e máquinas da vida diária.
vácuo
pressão =0
h — '60 nun
pressão po
Vs i
No extremo superior do tubo existe vácuo. Existem apenas duas forças que atuam na
coluna de mercúrio que está no tubo, a força do mercúrio que está no recipiente e o próprio peso
do mercúrio no interior da coluna. Como o mercúrio está em equilíbrio no interior do tubo:
Como a densidade do mercúrio é pHg = 13,6 g/cm3, g vale aproximadamente 9,8 m/s2 e h =
760 mm, encontra-se p0 = 1,1013.105 Pa = 1 atm.
Barômetro de mercúrio em U
p0 = h mmHg
300
ELEMENTOS DA FÍSICA
vácuo
Pa
Manômetro em U de líquido
A coluna em U contém um líquido (líquido manométrico), por exemplo água, de modo que
na situação de equilíbrio, quando a pressão p no recipiente que contém um gás é maior que a
atmosférica, a condição de equilíbrio indicada na figura é p = p0 + pLgh, de modo que, de posse da
altura h, teremos uma medida da pressão relativa.
Pa
A pressão relativa à atmosférica será p - p0 = pugh. A pressão absoluta p pode também ser
calculada por esta expressão se a pressão atmosférica é medida por um barômetro. Se a pressão
no recipiente que contém o gás é menor que a atmosférica, a situação de equilíbrio será como se
indica na figura seguinte, de modo que a condição de equilíbrio será p + pLgh = p0, dando para a
pressão relativa p - p0 = - pLgh, um valor negativo que implica que a pressão no interior do
recipiente é menor que a atmosférica. Igualmente, se pode calcular a pressão absoluta se a
pressão atmosférica é conhecida: p = p0 - pigh.
301
^ ELEMENTOS DA FÍSICA
p
li
/í
Vasos Comunicantes
Vaso comunicante é um sistema em forma de U, formado por dutos que não necessitam
possuir o mesmo formato. Quando se tem um único líquido em equilíbrio contido no recipiente, a
altura alcançada por esse líquido em equilíbrio em diversos vasos comunicantes é a mesma,
qualquer que seja a forma de seção do ramo. E, mais importante ainda, para todos os pontos do
líquido que estão na mesma altura, obtém-se também a mesma pressão.
h h
líquido 2
tl2
h. líquido 1
É possível relacionar as alturas dos líquidos nos dois vasos. Para tanto, basta observar
que dois pontos no líquido 1 na mesma possuem a mesma pressão. Logo, existe uma linha
isobárica horizontal que passa pela região de contato dos líquidos, fazendo com que a coluna de
altura h, do líquido 1 possua mesma pressão que a coluna de altura h2 líquido 2.
Desta forma, dois líquidos imiscíveis em vasos comunicantes atingem alturas inversamente
proporcionais às suas massas específicas (ou densidades).
302
ELEMENTOS DA FÍSICA
As forças horizontais, causadas pela pressão sobre superfícies verticais em contato com o
fluido, aumentam linealmente com a profundidade, de modo que as forças estão distribuídas de
forma não uniformes sobre as superfícies verticais. A resultante desse sistema de forças paralelas
é, em geral, uma força paralela aplicada em um ponto chamado centro de pressão, respeito ao
qual o torque das forças distribuídas é equivalente ao torque da força resultante.
O O
yP
y y
Para o caso de comportas e situações similares, a força devido à pressão atmosférica atua
por ambos os lados, e então a omitiremos da análise, por não contribuir com a força horizontal
atuando sobre a superfície. A figura seguinte ilustra uma situação típica, onde pelo interior de uma
superfície existe um fluido e pelo exterior está a atmosfera.
superfície do fluido
|y
Considere uma comporta vertical, de largura L e altura h, que encerra água, de densidade
p. Da definição de pressão segue que F = JpdA, ou seja, a força é igual a área do gráfico da
pressão pela área. Como a pressão aumenta de forma linear com a profundidade, o gráfico da
pressão pela área é uma reta que passa pela origem do gráfico p x A:
“P
pgh
HWKaussi
303
ELEMENTOS DA FÍSICA
Logo, a força sobre a superfície vertical da comporta, devido à pressão da água, é igual a
área de um triângulo de base Lh e altura pgh:
F (Lh)(pgh) pgLh2
=> F=
2 2
Note que pgLh2 é o valor da força, devido a ação do fluido, no fundo de um recipiente de
altura h e cuja base possui as mesmas dimensões da comporta: L e h. Deste modo, a força
resultante na comporta vertical é metade da força no fundo do recipiente que possui as mesmas
dimensões da comporta.
Para cálculo da impulsão hidrostática sobre uma superfície curva, as forças elementares
de pressão são decompostas na componente vertical e numa componente horizontal que será a
resultante de todas as forças horizontais. A resultante das componentes horizontais é a impulsão
hidrostática horizontal, Fh e a resultante das componentes verticais é a impulsão hidrostática
vertical, Fv.
h a + p = 909
dF
1a
No caso mais geral de uma superfície curva, a pressão num dado ponto da superfície
premida pode identificar-se com a pressão em uma área elementar plana, dA. A força elementar
de pressão que atua sobre essa área elementar é determinada por:
dF = pdA
p = pgh
e a força elementar de pressão que atua sobre a área elementar dA com centro no ponto referido
é determinada por:
dF = pdA = pg hdA
304
ELEMENTOS DA FÍSICA
O fator dAcosa representa a projeção vertical da área elementar sobre um plano horizontal
e designa-se por dAv.
O fator V h dA representa o produto de uma área horizontal por uma altura do líquido, ou
seja o volume do líquido acima da projeção, sobre um plano horizontal, da área elementar.
Considerando a área elementar plana (dimensões muito pequenas) o volume referido coincide
com o volume de líquido acima da área elementar. Deste modo, a componente vertical da força
elementar de pressão é igual ao peso do volume do líquido acima da área elementar.
dFv = pg h Av
A resultante da componente vertical das forças de pressão sobre toda a superfície é obtida
pela integração da equação anterior a toda a área:
Fv
O fator h dAh representa o produto de uma área vertical (projeção da área elementar sobre
um plano vertical) pela distância do centro de gravidade dessa área a um dado eixo. A resultante
da componente horizontal das forças de pressão sobre toda a superfície curva é obtida pela
integração da equação anterior a toda a área.
Fh — JAdFh — pgJhdAh
A
305
ELEMENTOS DA FÍSICA
Perceba que JhdAh é a projeção da área da superfície curva em um plano vertical. Assim,
A
a componente horizontal da força hidrostática sobre a superfície curva é igual (em intensidade e
linha de ação) à força que age sobre sua projeção vertical.
Fh
í Ah
m rn _ Mp
pV = nRT => p—= —RT P~ RT
p M
306
^elementos da física
0 PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES
Quando um objeto é imerso em um fluido (um líquido ou um gás), experimenta uma força
ascendente da flutuabilidade porque a pressão no fundo do objeto é maior que na parte superior.
0 grande cientista grego Arquimedes (287-212 AC) fez uma observação, atualmente conhecida
como o princípio de Arquimedes:
Para ver que isto é verdade, considere uma porção pequena de água em um recipiente
como se mostra na figura. A água sobre esta porção atua para baixo com uma força igual ao seu
peso. A água abaixo da porção empurra esta para cima. Sabendo que a porção de água está em
equilíbrio, a força para cima equilibra as forças para baixo:
F, + P = F2
1^2
A força resultante, com sentido para cima, devido ao fluido se chama força Empuxo, e
possui valor E = F2 - Fi = P, onde P é o peso da porção de fluido considerado. Se a porção de
água de peso P é substituída por um objeto da mesma geometria, este objeto também sentiría a
mesma força do empuxo para cima E = P. Assim, a força de empuxo E é igual ao peso da porção
deslocada de fluido, ou seja,
E = mLg = pLgVLD,
onde pL é a densidade do fluido e VLD é o volume do corpo submergido (que equivale ao volume
do líquido deslocado).
Se o peso do objeto é maior que P (o peso do fluido deslocado), o objeto afundará.
Entretanto, o corpo sempre experimenta a força de empuxo, razão pela qual um objeto sente estar
menos pesado quando submergido que quando fora da água. Se o peso do objeto é menor que o
peso de água deslocada, quando o corpo é submergido totalmente, o mesmo experimentará uma
força para cima e flutuará até a superfície. Parte do objeto ficará acima do nível a superfície. A
parte submergida do corpo desloca um peso de fluido igual ao peso do objeto.
É
CE
307
ELEMENTOS DA FÍSICA
Afunda ou Flutua?
No cotidiano, é muito comum afirmar que corpos relativamente pesados afundam quando
colocados no seio de um fluido. Entretanto, esse conceito está errado, uma vez que não é apenas
o peso que influencia no fato do corpo afundar ou flutuar em um fluido, mas sim sua densidade
relativa ao fluido em questão.
Considere que um corpo de densidade pc é colocado totalmente no interior de um fluido de
densidade pL. Neste corpo atuam duas forças: peso P e empuxo É .
Pc h-x
|P|=|E| => pcgV = pLgVLD => pcgAh = pLgA(h - x) =>
Pl h
Note que, para um corpo que flutua no líquido, o percentual do volume do corpo que está
imerso no fluido é igual a razão —, que é a densidade relativa do corpo em relação ao fluido. Se
Pl
a área da seção transversal do corpo for constante, a razão — é igual ao percentual da altura
Pl
imersa do corpo.
308
ELEMENTOS DA FÍSICA
Considere a situação em que um corpo está sobre o ralo de uma pia, vedando a passagem
de qualquer tipo de fluido pelo ralo. Quando a torneira é aberta, a água passará a encher a pia. O
corpo irá deslocar uma certa quantidade de água igual ao seu volume imerso, porém a água não
estará em contato com todos os pontos do corpo. Lembre que na demonstração da expressão do
empuxo é necessário que existam duas forças verticais: F, com sentido para baixo e F2 com
sentido para cima, ambas devido à ação da pressão do fluido sobre a superfície do corpo. Neste
exemplo, existe apenas F-], uma vez que a água não está em contato com a parte inferior do
corpo. Por mais que você considere que exista ar na região do ralo, a pressão devido apenas ao
contato com o ar será muito inferior se considerássemos que a água estivesse em contato com
todos os pontos da superfície do corpo.
Do exposto, fica claro que para o princípio de Arquimedes ser válido é necessário que
todos os pontos do corpo considerado devem estar envolto pelo fluido. Caso contrário, como o
exemplo mencionado, o princípio de Arquimedes não é válido.
P.
b Ê
£
a) Estável. Ocorre quando o centro de gravidade do corpo está por baixo do centro de empuxo,
para una pequena rotação o par de forças tenderá a retornar o corpo a sua posição inicial.
b) Instável. Ocorre quando o centro de gravidade do corpo está por cima do centro de empuxo
para uma pequena rotação o par de forças tenderá a fazer girar o corpo para uma nova posição
de equilíbrio.
c) Indiferente. Ocorre, por exemplo, para uma esfera, onde o peso e a força de empuxo são
sempre colineares ao ser aplicada qualquer rotação.
309
ELEMENTOS DA FÍSICA i
*
TRANSLAÇÃO DE FLUIDOS
Um fluido pode estar sujeito a translação ou rotação com aceleração constante sem
movimento relativo entre partículas. Esta condição de equilíbrio relativo faz com que o fluido esteja
livre de esforços cortantes e se aplicam as leis da hidrostática, levando em consideração os
efeitos da aceleração.
Translação Horizontal
Se o recipiente que contem um líquido de densidade p se traslada horizontalmente com
aceleração constante ax, a superfície inicialmente horizontal se inclina com uma inclinação que
será calculada posteriormente.
ãx
hi e-
PiA L p2A
ãx
y
ie/
I / e_
â
figura 1 figura 2
310
_ ELEMENTOS DA FÍSICA
d
P = p.g.h = p.ae(.sen0. = p-7ax +g2-d
senô
Translação Vertical
Se o recipiente que contem um líquido de densidade p se move com aceleração vertical ay
ascendente, a superfície livre permanece horizontal. A pressão é constante em planos horizontais,
porém é diferente de quando está em repouso.
lpiA
TPzA
í av
p2A - p,A - pLAg = pl_Aay p2-Pi = pgL 1+—
i g
[ av
p = p0 + pgh 1+—
l 9
Se a aceleração ay for para baixo, o valor da pressão será dado por
í av
p = p0 +pgh 1—y-
l g
para 0 < ay < g. Se ay > g o liquido perde contato com o fundo do recipiente e assim p = p0.
311
ELEMENTOS DA FÍSICA
No eixo y:
co2x dy
De (1) e (2) segue que tgS = ■----- . Porém, como tg0 = —:
' ’ g dx
y 2 x
dy co2x <o2 . co2x2
=> dy= — xdx Jdy = — Jxdx y’^T + C
dx g g o 9 o
Para calcular a constante C basta reparar que a parábola passa pelo ponto (0, 0). Deste
modo segue que C = 0, fazendo com que a equação da parábola seja:
<b2x2
y“ 2g
( w2x2
p = pg(h + y) => p = pg h + ———
l 2g
312
(T-------------- ' '----------------------- ’ ' ........................ • -- ■ ■ ■
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER1) (Unesp-13) O sifão é um dispositivo que permite transferir um líquido de um recipiente mais
alto para outro mais baixo, por meio, por exemplo, de uma mangueira cheia do mesmo líquido. Na
figura, que representa, esquematicamente, um sifão utilizado para transferir água de um recipiente
sobre uma mesa para outro no piso, R é um registro que, quando fechado, impede o movimento
da água. Quando o registro é aberto, a diferença de pressão entre os pontos A e B provoca o
escoamento da água para o recipiente de baixo.
R
AB
0.4 m
1,2 m
________ ________ ,
Considere que os dois recipientes estejam abertos para a atmosfera, que a densidade da água
seja igual a 103 kg/m3 e que g = 10 m/s2. De acordo com as medidas indicadas na figura, com o
registro R fechado, a diferença de pressão PA - Pb. entre os pontos A e B, em pascal, é igual a
a) 4000. b) 10000. c) 2000. d) 8000. e) 12000.
Solução:
As pressões em A e B podem se calculadas observando as colunas de água:
i) Po = Pa + pghA 105 = pA + 103 10.0,4 => pA = 6000 Pa
Ü) Po = Pb + pghB 105 = pB + 103.10.1,2 => pB = -2000 Pa
Logo: Pa — Pb = 6000 — (— 2000) = 8000 Pa
Obs: Não há nenhum problema em uma pressão assumir valor negativo, basta que exista algum
dispositivo de sucção, como é o caso do sifão.
ER2) (ITA-87) Um tanque fechado de altura h2 e área de secção S comunica-se com um tubo
aberto na outra extremidade, conforme a figura. O tanque está inteiramente cheio de óleo, cuja
altura no tubo aberto, acima da base do tanque, é h-,. São conhecidos, além de h, e h2: a pressão
atmosférica local, a qual equivale a uma altura H de mercúrio de massa específica pm, a massa
específica po do óleo, a aceleração da gravidade g. Nessas condições, a pressão na face inferior
da tampa S é:
t
h2
313
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER3) (ITA-03) Num barômetro elementar de Torricelli, a coluna de mercúrio possui uma altura H,
que se altera para X quando este barômetro é mergulhado num líquido de densidade D, cujo nível
se eleva a uma altura h, como mostra a figura. Sendo d a densidade do mercúrio, determine em
função de H, D e d a altura do líquido, no caso de esta coincidir com a altura X da coluna de
mercúrio.
h "
x
O'" „
Solução:
Fazendo o equilíbrio de pressões na superfície do mercúrio: d.g.X = d.g.H + D.g.h
Pa
SOLUÇÃO IDEAL:
a) I) Sendo a compreensão isotérmica, tem-se no primeiro experimento:
II) No equilíbrio do recipiente: mg + Pa.A = Par. A => Par = Ü29 + Pa (II) que substituindo em (I):
A
Pa.L = L (= Pa.A.L
t=
-T9- + 1 m.g + Pa.A
A "a APa
b) I) No equilíbrio do recipiente, tem-se: mg + A.P’ext
, “ Par-A (III)
II) Pelo princípio de Stevin:
314
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER5) (ITA-94) Um tubo de secção constante de área igual A foi conectado a um outro tubo de
secção constante de área 4 vezes maior, formando um U. Inicialmente mercúrio cuja densidade é
13,6 g/cm3 foi introduzido até que as superfícies nos dois ramos ficassem 32,0 cm abaixo das
extremidades superiores. Em seguida, o tubo mais fino foi completado até a boca com água cuja
densidade é 1,00 g/cm3. Nestas condições, a elevação do nível de mercúrio no tubo mais largo foi
de:
a) 8,00 cm b) 3,72 cm c) 3,33 cm d) 0,60 cm e) 0,50 cm
Solução: Alternativa E
32 cm x
O volume de mercúrio acima do nível original é igual ao volume de água abaixo do nível original:
A.y = 4A.x => y = 4x
A coluna de mercúrio de comprimento y + 32 possui mesma pressão que a coluna de mercúrio de
comprimento y + x:
PA.g.(y + 32) = pM.g.(x + y) (1,00)(4x + 32) = (13,6)(5x) => 4x + 32 = 68x => 64x = 32 =>
x = 0,50 cm
A () 0 m.
B()9/16m. A
C () 3/8 m.
D()1/4m.
E () 1/8 m.
B
Solução: Alternativa D
Como a esfera está em equilíbrio:
V
P+FZL=EA+EB => M.g + k.Ax = pA.g.^-+p
g B - g - V2 V V
=* k.Ax = 4 p - + P g - - mg =>
ER7) (ITA-16) Um cubo de peso P1t construído com um material cuja densidade é p1f dispõe de
numa região vazia em seu interior e, quando inteiramente imerso em um líquido de densidade p2
seu peso reduz-se a P2. Assinale a expressão com o volume da região vazia deste cubo.
315
----- .vy: V's-íir^U-r...... - •
ELEMENTOS DA FÍSICA
b) .pi p2— c) Pl P2 P2
gp2 gpi gpi gp2 gp2 gp2
d) P; ~ Pl P; e) P; ~ Pl P;
gpi gpi gpi gp2
Solução: Alternativa A
A densidade do material de densidade p1 é dada por:
(l)Pl=^-mi => x = V- — (I)
V-x Pi
O empuxo é dada por:
(ll)E = P1-P2 => p2.g.V = P1-P2 (II)
p2g
Substituindo II em I, temos:
p2g Pi-g
ER8) (ITA-07) A figura mostra uma bolinha de massa m = 10g presa por um fio que a matem
totalmente submersa no líquido (2), cuja densidade é cinco vezes a densidade do líquido (1),
imiscível, que se encontra acima. A bolina tem a mesma densidade do líquido (1) e sua
extremidade superior se encontra a uma profundidade h em relação à superfície livre. Rompido o
fio, a extremidade superior da bolinha corta a superfície livre do líquido (1) com velocidade de 8,0
m/s. Considere aceleração da gravidade g = 10 m/s2 h, = 20cm, e despreze qualquer resistência
ao movimento de ascensão a bolinha, bem como o efeito da aceleração sofrida pela mesma ao
atravessar a interface dos líquidos. Determine a profundidade h.
A
h hl (D
i
m’Q (2)
Solução:
i) Como o efeito da aceleração é desprezível ao atravessar a interface de separação dos líquidos,
o problema se resume em calcular o deslocamento da bolinha no interior do líquido (2).
ii) Cálculo da aceleração em (2): E - P = m. a2 => õpT.g.m/pi - m.g = m.a2 => a2 = 4g
Substituindo em Torricelli:
v2 = 2.4g . Ah => Ah = 0,8m, sendo assim
h = hi + Ah => h = 0,2 + 0,8 = 1,0m.
ER9) (IME-86) Um corpo homogêneo é lançado, do ponto A na figura, com uma velocidade v que
forma um ângulo de 45° abaixo da horizontal. O corpo percorre uma distância 2x, sob a água, e
sai para o ar, onde percorre uma distância x, até cair novamente sobre a superfície líquida.
Desprezando as resistências, da água e do ar, ao movimento do corpo, determine a massa
específica deste. Dado: págua = 1,0 x 103kg/m3
A •
ãgua
Solução:
316
^ elementos da física
* vela
água
♦ Al
ER11) (IME-95) Um objeto, feito de uma liga de ouro e prata com massa de 400 gramas é imerso
em óleo, cuja massa específica vale 0,8 kg/dm3. Observa-se uma perda aparente de peso
correspondente a 25g de massa. Determine o percentual de ouro e de prata usado na liga,
sabendo-se que a massa específica do ouro é de 20 g/cm3 e a da prata é de 10 g/cm3.
Solução:
Quando totalmente imerso o volume deslocado de óleo é igual ao volume de ouro mais o volume
de prata:
mAP 25 mo mp
Xies - Vo + Vp m0 + 2mp = 625 =>
Póleo Po Pp 0,8 20 10
m0 = 625 - 2mp
Como m0 + mp = 400 => 625 - 2mp + mp = 400 => mp = 225 g => mo=175g
Calculando os percentuais
— = — = 0,4375 e x ta=^_ = —
^ouro 0,5625
mT 400 prat mT 400
Conclui-se, então, que a liga é formada de 43,75% de ouro e 56,25% de prata
ER12) (ITA-09) Uma balsa tem o formato de um prisma reto de comprimento L e seção
transversal como vista na figura. Quando sem carga, ela submerge parcialmente até a uma
profundidade h0. Sendo p a massa específica da água e g a aceleração da gravidade, e supondo
seja mantido o equilíbrio hidrostático, assinale a carga P que a balsa suporta quando submersa a
uma profundidade h,.
317
- - - ... - . . . .
^ELEMENTOS DA FÍSICA
Ai
A()
Solução: Alternativa D
I----- x------- 1
hj
1) tg
0 x' x
x' hotgff
e x = h, tg
e
2 h0 h 2
II) Volumes imersos:
Vo= 2x-*kL=h*tg(|) L e V, = 2x'^ = hftg
III) No equilíbrio:
P = AE = pg.AV P=Pg(V1-V0) => P= pgL (h?-h*)tg[J]
No movimento de subida:
(da d
II) da.g.V - d’.g.V’= d’.a.V’ => a = gM--1
Igualando:
da 2d-da d _2d-da
l d. yl d' d d' d1 d d' da
Deste modo:
m'
V'-V _ d' = m' d _1,1m' d d d . d í
(m' .) d . d ííAm A .
Xí-1
V v m m d' i.. d'
m d' d' d' m d' d' m
d
AV 2d-da Am d
— + 1 -1
V da m )
318
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER14) (IME-87) Uma barra uniforme e delgada AB de 3,6 m de comprimento, pesando 120 N, é
segura na extremidade B por um cabo, possuindo na extremidade A um peso de chumbo de 60 N.
A barra flutua, em água, com metade do seu comprimento submerso, como é mostrado na figura
abaixo. Desprezando o empuxo sobre o chumbo, calcule:
a) o valor da força de tração no cabo. zzzzzz z z.z z
b) o volume total da barra.
ãgua
Solução:
a) O momento das forças no ponto B deve ser zero:
MB = 0 => P.sen 0.(L/2) - E.sen 0.(3L/4) + Pc.sen 0.L
120/2-3E/4 +60 = 0 => E = 160N
Equilíbrio de translação no eixo y:
Fy = 0 => T = P + Pc-E = 120 + 60—160 = 20 N
b) E = pgV/2 => 160 = 103.10.V/2 => V = 0,032 m3
ER16) (IME-86) O cilindro circular reto da figura, de altura h e raio R, totalmente submerso no
recipiente de água de altura H, ao ser ligado por um cabo aos dois blocos de mesmo material e
massa m passa a flutuar, mantendo submersos 5/6 de sua altura. Quando o mesmo cilindro,
mantido preso, totalmente fora do recipiente, com sua superfície inferior coincidindo com a
superfície da água e ligado aos mesmos dois blocos, é liberado, passa a flutuar, mantendo
submersos 4/6 de sua altura. Sabendo-se que a superfície inclinada onde estão apoiados os
blocos é rugosa, determine o coeficiente de atrito entre os blocos e a superfície inclinada.
319
ELEMENTOS DA FÍSICA
“í [ H
2R—► 0 A
te
Solução:
Analisando as situações de equilíbrio apresentadas:
. „ 5V
Pt-Fat = P-E1 2mgsen0 - 2mgpcos0 = P - pag-— - 6‘
Pt + Fat = P-E2 4V
2mgsen0 + 2mgpcos0 = P-p,g----
6
C5 4 PaOrcR21'1 nPaR2h
4mgpcos0 = pagV ---
\. o o 6 24mcos0
ER17) (ITA-14) Um cilindro de altura h e raio a, com água até uma certa altura, gira com
velocidade angular co constante. Qual o valor máximo de a> para que a água não transborde,
sabendo que neste limite a altura z (ver figura) é igual a h/3 + a>2a2/(4g)? Dado: num referencial
que gira com o cilindro, e, portanto, considerando a força centrífuga, todos os pontos da superfície
da água têm a mesma energia potencial.
A ( ) w = ^2ghl(3a2)
B () W = ^4ga/(9/72)
h
C ( ) W = ^4ga/(3h2)
D ( ) W = ^4gh/(3a2)
I
E () w = /(9a2) <■
Solução: Alternativa D
2a
I Tome um diferencial Am de água que está na superfície livre, quando em
I
I rotação.
I / Pelo equilíbrio tem-se que tge = ^ = -A^ - =>
I
I
I
iHe1 N lg0 = ^ => =>
11___ g dx g
dy=^dx =>y = ^ + k,ondek = h-z=^-^
g 2g 3 4g
i I
1----------- ■— 2h
Assim, a equação da parábola é y=-^-+———
ER18) (ITA-14) Uma esfera de massa m tampa um buraco circular de raio r no fundo de um
recipiente cheio de água de massa específica p. Baixando-se lentamente o nível da água, num
dado momento a esfera se desprende do fundo do recipiente. Assinale a alternativa que expressa
320
ELEMENTOS DA FÍSICA
a altura h do nível de água para que isto aconteça, sabendo que o topo de esfera, a uma altura a
do fundo do recipiente, permanece sempre coberto de água.
A( )m/(pjta2)
B( )m/(pnr2)
C( ) ajSr2 + a2) / (Ôr2)
//
D( ) a 12 - m/(p7tr2) a
E ( ) a (Sr2 + a2) / (ôr2) - m/(p7tr2)
1a Solução: Alternativa E
Como já foi demonstrado na parte teórica deste livro, a força
vertical sobre a esfera é igual ao peso do líquido sobre a esfera.
I p> Note, porém que parte do líquido provoca uma força ascendente
I
na esfera. Assim, o empuxo resultante é igual a P2 - Pv
Observando as dimensões indicadas na figura, segue que:
2R-2x = a- x => x = 2R-a
Como R - x = a - R então:
R2 = r2 + (a - R)2= r2 + a2 - 2aR + R2 => R=
2a
r2+a2 a2_r2
Assim: R-x=a-R= a -
2a 2a
r2 + a2 r2
Analogamente: x = 2R - a =-------------a = —
a a
O sólido de peso Pi é a subtração entre um cilindro e um segmento esférico:
r2Í3r2 r4
pg7tx(3r2 +x2) (a2-r2) +? =>
P1 = pgn[h-(2R-2x)]- => P| = pg" r2h-r2
6 a 6a
P1=^r
1 6a
6ah - 6a2 + 6r2 - 3r2 —y
a
r4 pgrçr2 C
6a
6ah-6a2 +3r2
,4 '
E = ^E(3r2a2+a4-6r2ah)
2a Solução: Alternativa E
Existe uma maneira mais curta de fazer essa questão. Perceba que o principio de Arquimedes
não é válido, uma vez que uma parte da esfera não está envolta pelo líquido. Essa parte da esfera
321
ELEMENTOS DA FÍSICA
que está abaixo do buraco faz com o empuxo seja menor quando comparado com a situação em
que a esfera está toda imersa no líquido. Para o cálculo do empuxo pode-se desconsiderar a parte
da esfera que está abaixo do buraco, sobrando assim um segmento esférico de uma base. A
parcela da força de empuxo que deixa de atuar na esfera é igual ao produto da pressão no fundo
do recipiente pela área da base do segmento esférico (seção do buraco):
mg = pgVcalota-(pgh)nr2 => mg = pg^(3r2 + a2)-pgh7tr2 => nphr2 =^(3r2+a2)-m =>
6 6
a(3r2 +a2) m
h=
êr2 pjtr2
■-F
h
D 4-
água
Solução:
a) E = pgVLD = pgah2/2
b) Os pontos de aplicação do empuxo e do peso são os centros de gravidade da parte submersa
do objeto e de todo o objeto, respectivamente. Assim, adotando um sistema tridimensional com
origem em A tem-se:
xE = a/2, yE = (0 + 0 + h)/3 = h/3 e zE = (0 + h + h)/3 = 2h/3 => E = (a/2, h/3, 2h/3)
xP = a/2, yP = (0 + 0 + a)/3 = a/3 e zP = (0 + a + a)/3 = 2a/3 => P = (a/2, a/3, 2a/3)
c) Do equilíbrio de forças: F, + F2 + E = P => Fi + F2 = mg - pgah2/2
h2 h ._ a_ (2m-ph3)g
Se E o ponto médio de AD: £ me = 0 pg—a.- + F2.a-mg- = 0 f2 =>
O ó 6
(4m - ph3 - 3ph2a)g
1" 6
322
ELEMENTOS DA FÍSICA
1
y
T '^72
a
I
g
I
b
I e I
*1
l
Solução:
P Equilíbrio de translação: P + P, + P2 = E, + E2 =>
E, x E2 P + 0,8pg(a/2)ab + 0,8pga2b = pgab(a/2 - y) + pgab(a - y) x2 =>
2P + 2,4gpa2b = pga2b - 2pgaby + 2pga2b - 2pgaby =>
, , 3pqa2b P
-C.
4pgaby = 0,6pga2b - 2P => pgaby = ——----- --
Pi
Pz Momento em relação ao centro de gravidade da viga esquerda:
- P.x - P2./ + E2.í = 0 => Px = (E2 - P2)í =>
Px = [p.g.a.b(a - y) - 0,8p.g.a2.b]€ => Px = (pga2b - pgaby - 0,8pga2b)£ =>
pga2b 3pga2b pY pga2b, PL pga2b
Px x= +1-
5 20 2 20 2 10P 2
ER21) (IME-03) Um pequeno bloco pesando 50 N está preso por uma corda em um plano
inclinado, como mostra a figura. No instante t = 0 s, a corda se rompe. Em t = 1s , o bloco atinge o
liquido e submerge instantaneamente. Sabendo que o empuxo sobre o bloco é de 50 N, e que o
coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e a parte emersa do plano inclinado é 0,4, determine a
distância percorrida pelo bloco a partir do instante inicial até t = 3 s.
Dado: Aceleração da gravidade g = 10 m/ s2.
superifcie
do liquido
Solução.
0 movimento do corpo da parte emersa é uniformemente acelerado e sua aceleração pode ser
determinada por:
Pt-Fat = m.ai => m.g.sen 45o-m.g.p.cos 45° = m.ai a, = g(sen 45° - p.cos 45°)
( Í5
a =10-0,4— => a1=3V2 m/s2
2 2 J
A velocidade com que o corpo atinge o líquido é: v-| = = (3^2)(1) v, = 3V2 m/s
art2 (3j2)(1)
w v t2 3\/2
A distância percorrida até atingir o líquido é: d, = ' => d, = m
2 2
Como 0 empuxo é igual ao peso do corpo, então o movimento na parte imersa é uniforme, cuja
velocidade é igual a velocidade final do movimento na parte emersa, ou seja, v2 = v, = 3^2 m/s.
323
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER22) (IME-02) Um conjunto é constituído por dois cubos colados. O cubo base, de lado L,
recebe, sobre o centro da sua face superior, o centro da face inferior do segundo cubo de lado
L/4. Tal conjunto é imerso em um grande reservatório onde se encontram dois líquidos imiscíveis,
com massas específicas pA e pB, sendo pA < pB- A altura da coluna do líquido A é 9L/8. Em uma
primeira situação, deixa-se o conjunto livre e, no equilíbrio, constata-se que somente o cubo maior
se encontra totalmente imerso, como mostra a figura 1. Uma força F é uniformemente aplicada
sobre a face superior do cubo menor, até que todo o conjunto fique imerso, na posição
representada na figura 2. Determine a variação desta força quando a experiência for realizada na
Terra e em um planeta X, nas mesmas condições de temperatura e pressão.
Obs.: admita que a imersão dos blocos não altere as alturas das colunas dos líquidos.
Dados:massa da Terra = MT
massa do planeta X = Mx
raio da Terra = RT
raio do planeta X = Rx
aceleração da gravidade na Terra = g
F
L/4
l
L 9U8 9L/8
Figura 1 Figura 2
Solução:
Na primeira experiência o sistema está em equilíbrio: P = E-i = pA.g.L3
Na segunda experiência:
nr
z, \3
Ft= E2-P= pA.g.l - I +pA-g.L2.l ■
( 9L Q 12|í L 9L"í ,3
- +pB.g.L2 L + --— -pA.g.L
8 V 4
h- 8 J
o
p _ Pb-9-L 7.pA.g.L
T 8 64
GMTm
Rt MT R2x
Vamos agora determinar a relação entre as forças nos dois planetas: — =
Rx GMxm Mx Rt
Rx
r- M.X ( Rt 'l|-Fr-T =F|-T —
r- M M.x f
M R
R2t .
Desta forma: AF = Fx-FT = FT— [^1-1
Lmt Rx
324
BF”" - - - - ... ...
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER23) (IME-17)
Er
D.
E I F
A
ir I ir r~n
!□ p p -p- X? p□
\
Ol
Pl j.. 1 1 4
1 5,5
5.5 I.________ 10.5
0 sistema apresentado na figura encontra-se em equilíbrio estático, sendo composto por quatro
corpos homogêneos, com seção reta na forma “+ I M E”. O corpo “+" está totalmente imerso em
um líquido e sustentado pela extremidade A de um fio flexível ABC, de peso desprezível, que
passa sem atrito por polias fixas ideais. Sabe-se que, no ponto B, o fio forma um ângulo de 90o e
sustenta parcialmente o peso do corpo “M”. Finalmente, na extremidade C, o fio é fixado a uma
plataforma rígida de peso desprezível e ponto de apoio O, onde os corpos “I M E” estão apoiados.
Diante do exposto, determine:
a) a intensidade da força de tração no fio BD;
b) a intensidade da força de cada base do corpo “M” sobre a plataforma.
Observação:
• dimensão das cotas dos corpos “+ I M E” na figura em unidade de comprimento (u.c.);
• considere fios e polias ideais; e
• existem dois meios cubos compondo a letra “ M ”
Dados:
aceleração da gravidade: g ; massa específica dos corpos “+ I M E”: p ;
massa específica do líquido: pL = p/9 ; espessura dos corpos “+ I M E”: 1 u.c.; e
comprimento dos fios DE = DF.
Solução:
Ti <t2
D, Tbd
T? 1 Tsy Tpy
I
A n 1 I Ü TT~1
p £ 1 p ~n jLT2
t O í
N, Fo F
|n6
■ t~t~ ç
P+ Pi 1 J4 4
5,5,
5.5 10,5
325
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER24) (IME-15)
///////////////////A
Corpo ///
*■' I 11
2a
3<7 2a 3a
c
is/ 2a Corpo/í'
Corpo 11 2n ,
Corpo / a
a a
0A- 2a
4
Ih
2a 3a
Quatro corpos rígidos e homogêneos (I, II, III e IV) de massa específica p0, todos com espessura a
(profundidade em relação à figura), encontram-se em equilíbrio estático, com dimensões de seção
reta representadas na figura. Os corpos I, II e IV apresentam seção reta quadrada, sendo: o corpo
I apoiado em um plano inclinado sem atrito e sustentado por um fio ideal; o corpo II apoiado no
êmbolo menor de diâmetro 2a de uma prensa hidráulica que contém um líquido ideal; e o corpo IV
imerso em um tanque contendo dois líquidos de massa específica Pt e p2. O corpo III apresenta
seção reta em forma de H e encontra-se pivotado exatamente no ponto correspondente ao seu
centro de gravidade. Um sistema de molas ideais, comprimido de x, atua sobre o corpo III. O
sistema de molas é composto por três molas idênticas de constante elástica Kt associadas a outra
mola de constante elástica K2. No vértice superior direito do corpo III encontra-se uma força
proveniente de um cabo ideal associado a um conjunto de polias ideais que sustentam o corpo
imerso em dois líquidos imiscíveis. A parte inferior direita do corpo III se encontra imersa em um
dos líquidos e a parte inferior esquerda está totalmente apoiada sobre o êmbolo maior de diâmetro
3a da prensa hidráulica. Determine o ângulo p do plano inclinado em função das variáveis
enunciadas, assumindo a condição de equilíbrio estático na geometria apresentada e a
aceleração da gravidade como g.
326
ELEMENTOS DA FÍSICA
Solução:
i) Empuxo no corpo III: E = pig4a3 = 4p,ga3
F4 ii) Analisando as forças que atuam no corpo IV segue que:
2T2 = pog4a3 — pig2a3 — pzg2a3 => T2 = (2go — — p2)ga3
2a 3a iii) Equilíbrio no corpo I: T, = migsen p = 4p<jga3sen p
T
♦ 3KdK2
iv) No sistema de molas: Fe = Keq.x
2a 3K, + K2
v) Devido à prensa hidráulica pode-se determinar F:
a
= => Po9a3 _ F => F 9Po9a3
=> F
2a S2 S3 n(2a)2 rt(3a)2 4
4 4
EMo = 0
I E vi) Calculando momento em relação ao centro de gravidade do
corpo III:
=> T,.a + Fe.2a - F.2a + E.2a-T2.4a = 0 =>
3K1K2 x -1P0ga3 + 8Flga3 - 4(2p0 - gl - p2 )ga3 = 0 =>
4poga3 sen 0 + 2
SK^Kj
ER25) (IME-06) A figura ilustra uma barra de comprimento L= 2m com seção reta quadrada de
lado a = 0,1 m e massa específica p = 1,20 g/cm3, suspensa por uma mola com constante elástica
K= 100N/m. A barra apresenta movimento somente no eixo vertical y e encontra-se parcialmente
submersa num tanque com líquido de massa específica pf = 1,00g/cm3. Em um certo instante,
observa-se que a mola está distendida de Ay = 0,9m, que o comprimento da parte submersa da
barra é Ls = 1,6m e que a velocidade da barra é v = 1m/s no sentido vertical indicado na figura.
Determine os comprimentos máximo (Lmax) e mínimo (Lmim) da barra que ficam submersos durante
o movimento.
Mola
P
L
'•1 y i1
Pf
327
ELEMENTOS DA FÍSICA
Solução:
E| O gráfico do empuxo em relação a parte submersa do corpo é dado ao
lado. Assim, a energia armazenada pela água devido ao movimento de
descida do corpo para um Ax qualquer é igual a
E.Ax p,.g.a2.Ax.Ax (1000)(10)(0,1)2Ax2 50 ^2
2 2 “ 2 "
>X A massa do corpo é dada por m = p.g.L.a2 = (1200)(10)(2)(0,01 ) = 24
Ax kg.
Seja x a distância percorrida pelo corpo desde o instante fornecido
(quando Ay = 0,9 m) até a situação em que o valor de L é máximo. Pela conservação da energia
+ 5O.LS2 + ^ + mgx = + 5O.(LS + x)2 =>
mecânica:
ER26) (IME-04) Cinco cubos idênticos, de aresta L e massa específica p, estão dispostos em um
sistema em equilíbrio, como mostra a figura. Uma mola de constante elástica k é comprimida e
ligada ao centro do cubo, que se encontra sobre o pistão do cilindro maior de diâmetro D de um
dispositivo hidráulico. Os demais cilindros deste dispositivo são idênticos e possuem diâmetro d.
Em uma das extremidades do dispositivo hidráulico existe um cubo suspenso por um braço de
alavanca. Na outra extremidade existe outro cubo ligado a fios ideais e a um conjunto de roldanas.
Este conjunto mantém suspenso um cubo totalmente imerso em um líquido de massa específica
p. Sendo g a aceleração da gravidade e desprezando as massas, pistões, fios e roldanas,
determine:
1 - a relação La/Lb dos comprimentos do braço de alavanca no equilíbrio em função de p e p.;
2-o comprimento Ax de compressão da mola para o equilíbrio;
La Lb
k
Q
L
mesmo nd D
Dispositivo hidráulico
Solução:
1. Analisemos inicialmente o sistema formado pelos blocos ligados pelo conjunto de roldanas.
Se T é a tração no fio, no bloco da direita temos: 2T = P - E => 2T = pgL3 - pgL3
Se N é a normal do bloco da esquerda com o pistão:
N = (p + p)gL3
T = P-N => 2T = 2pgL3-2N => pgL3 - pgL3 = 2pgL3 - 2N
2
Pelo princípio da ação e reação, o módulo da força exercida pelo líquido sobre este pistão é N.
328
. ELEMENTOS DA FÍSICA
Pelo princípio de Pascal, podemos afirmar que a força que o líquido exerce sobre o pistão mais a
esquerda é igual à força exercida pelo líquido sobre o pistão mais à direita (cujo módulo é N), uma
vez que as áreas destes dois pistões são iguais. Assim, analisando o equilíbrio na alavanca:
La _ M~P
P.La = (P - N).Lb •Lb =>
Lb 2p
2. Seja N’ a força que o líquido exerce sobre o pistão central.
Analisando a prensa hidráulica formada pelo pistão central e o pistão mais a direita, temos:
2
N’ N
N •.Ní°f => N..<PiP)süfÊ
nD2 Ttd2 IdJ 2 d
4 ~4~
(p + p)gL3D>:2
Como a mola está comprimida: k.Ax = N’ - P => k.Ax = - - p.g.L3
2d2
k_[p(D2 -2d2) + pD2]gL3
2kd2
ER27) (IME-04) Um tanque contém 2 líquidos imiscíveis, Lí e L2, com massas específicas pt e p2,
respectivamente, estando o líquido L2 em contato com o fundo do tanque. Um cubo totalmente
imerso no líquido Li é solto e, após 2 segundos, sua face inferior toca a interface dos líquidos.
Sabendo que a distância percorrida pelo cubo desde o instante em que é solto tocar o fundo do
tanque é de 31 m, pede-se:
1 - esboce o gráfico da velocidade v do cubo em função da distância percorrida pelo mesmo, para
o todo o percurso;
2- mostre, no gráfico, as coordenadas dos pontos correspondentes às seguintes situações: (a) a
face inferior do cubo toca a interface dos líquidos; (b) a face superior do cubo toca a interface dos
líquidos e (c) o cubo toca o fundo do tanque.
Dados: pt = 2000 kg/m3 e p2 = 3000 kg/m3;
massa específica do cubo: pcubo = 4000 kg/m3;
volume do cubo: Vcubo = 1m3;
aceleração da gravidade: g = 10 m/s2.
Solução:
I) Cálculo da aceleração do corpo quando em movimento nos líquidos:
De acordo com a Segunda lei de Newton, temos que:
^resultante ~ 01.8 P-E = m.a => pc.g.V - pLg.V = pc.V.a => a = g. 1-Pl I
PcJ
Temos então que no líquido (1), a, = 5,0 m/s2 e no líquido (2) a2 = 2,5 m/s2.
Quando o corpo está totalmente imerso no líquido 1, a velocidade como função da distância é
dada por:
v = j2.avx => v = 7l0x 0 < x < 10 m
II) Do instante t = 2s até o instante em que a face superior do cubo coincide com a superfície de
separação dos líquidos, a aceleração é variável, sendo dada por:
m.a = mg - (F2 - FJ => pc.V.a = pc.g.V —(p2 —Pi).S
Pc V.a = pc.g.V-[p2.g.x-p,.g.(1 - Ax)] => a = 5-2,5.Ax
III) Cálculo das velocidades e dos deslocamentos:
a) no instante em que a face inferior do cubo coincide com a superfície de separação dos líquidos
(t = 2,Os), temos que:
v2 = v0 + at => v2 = 5.2 => v2 = 10 m/s. PorTorricelli: v22 = 2.a.AS => AS = 10m.
b) Durante a passagem de um líquido para o outro, calculemos o trabalho realizado pela força
resultante, cujo gráfico:
**
329
ELEMENTOS DA FÍSICA
4 F(N)
O trabalho de F é numericamente igual à área da curva:
20.000
WF = (20000+ 10000).(1/2) => WF= 15000 J
Pelo Teorema da energia cinética temos que:
10.000 mv? mv? dcnnn 4000v2 4000.102
I WF = —- _.—z 115000
5QQ0 == -------------2.------------------- =>
I 2 2 2 2
I
*■ , X
Quando o cubo está totalmente no segundo líquido, a velocidade como função da distância é dada
por: \i = y]^l+2.a.x => v = -/l07,5 + 5x 11m<x<31m
Quando o cubo está entre os dois líquidos:
a = 5-2,5.Ax => a = 5-2,5.(x-10) => a = 30-2,5.x 10m<x<11m
^^ = 30-2,5.x => v dv = (30 - 2,5.x)dx => J^vdv = jiX()(30-2,5.x)dx
vdv = =>
v2 102
•y--!^- = 30(x-10)-1,25.(x 2-102) => v = V-250 + 60x-2,5x2 10 m < x < 11 m
c) Do instante em que a face superior do cubo coincide com a superfície de separação dos
líquidos até o instante em que ele atinge o fundo do tanque temos, por Torricelli:
v42 = v32 + 2.a.As => v42 = 107,5 + 2(2,5)(20) => v4 = 14,4m/s
O esboço do gráfico pedido está abaixo:
v(m/s)
14,4
10,4
10
*d (m)
10 11 31
330
í
ELEMENTOS DA FÍSICA
I F“ " F
b) (h,/h2) = (d2/di) - 1 h.
a) Qual a pressão sobre o mergulhador?
b) Qual a variação de pressão sobre o peixe h:
c) (hi/h2) = (d2/di)
nas posições A e B.?
d) (hi/h2) = (d2/di) + 1
E4) (AFA-15) A figura abaixo representa um
macaco Jiidráulico constituído de dois pistões e) (hi/h2) = (d,/d2)
A e B de raios Ra = 60 cm e Rb = 240 cm,
respectivamente. Esse dispositivo será E7) (UFRJ-07) Dois fugitivos devem atravessar
utilizado para elevar a uma altura de 2 m, em um lago sem serem notados. Para tal,
relação à posição inicial, um veículo de massa
emborcam um pequeno barco, que afunda
igual a 1 tonelada devido à aplicação de uma
com o auxílio de pesos adicionais. O barco
força F . Despreze as massas dos pistões, emborcado mantém, aprisionada em seu
todos os atritos e considere que o líquido seja interior, uma certa quantidade de ar, como
incompressível. mostra a figura.
331
ELEMENTOS DA FÍSICA
MB*-.,:
170 cm
I
3h I
II
T
h
1
1 Mercúrio
332
1 ELEMENTOS DA FÍSICA
.*---------
material de massa específica igual a 10.000 cilindro vale:
kg/m3. As paredes laterais são de chapa muito
fina, de massa desprezível, e tem 30 cm de r
altura, medida a partir da parte inferior da 9
chapa do fundo, como mostra, hn
esquematicamente, a figura. O recipiente está
h
inicialmente vazio e flutua na água, mantendo
seu eixo vertical. A massa específica da água
vale 1.000 kg/m3 e a aceleração da gravidade
II
vale 10 m/s2. Despreze os efeitos da
densidade do ar.
a) Determine a altura h da parte do recipiente (Pl + 2P2) JS (pl + 2P2)
que permanece imersa na água. a) ’ 3
2
b) Se colocarmos água dentro do recipiente à (Pl + P2) 2(p| + P2)
razão de 1,0 litro/segundo, depois de quanto b) e)
tempo o recipiente afundará? 2 3
(2P1 + P2)
c)
nr 3
ar
E15) (Fuvest-00) Uma bolinha de isopor é
30cm mantida submersa, em um tanque, por um fio
__ ... Jç___ r h água preso ao fundo. O tanque contém um líquido
de densidade p igual é da água. A bolinha, de
agua volume V = 200 cm3 e massa m = 40 g, tem
E13) (Fuvest-98) Considere uma mola ideal de seu centro mantido a uma distância Ho = 50 cm
comprimento Lo = 35 cm presa no fundo de da superfície (figura 1). Cortando o fio,
uma piscina vazia (Fig. 1). Prende-se sobre a observa-se que a bolinha sobe, salta fora do
mola um recipiente cilíndrico de massa m = líquido, e que seu centro atinge uma altura h =
750 g, altura h = 12,5 cm e secção transversal 30 cm acima da superfície (figura 2).
externa S = 300 cm2, ficando a mola com Desprezando os efeitos do ar, determine:
comprimento Li = 20 cm (Fig. 2). Quando,
enchendo-se a piscina o nível da água atinge a
altura H, começa a entrar água no recipiente
(Fig. 3). Dados: págua =1,0 g/cm3; g = 10 7?
«o
m/s2. __'kl
a) Qual o valor da tensão T na mola, em N T
quando começa a entrar água no recipiente?
figura 2
b) Qual o valor da altura H em cm? figura 1
(situação final)
(situação inicial)
iT
f-
»TU etc.).
b) A energia mecânica E (em joules) dissipada
entre a situação inicial e a final.
/'ZZZZZZZZz ZZ/ZZZZZZZZZZZZZZz
E16) (Unicamp-87) Um ancoradouro para
Figura 1 Figura 2 Figura 3 barco possui um acesso para passageiros feito
de uma tábua homogênea de 6,0 m de
E14) (Fuvest-98) Um recipiente contém dois comprimento e 50 kg de massa. A margem ela
líquidos I e II de massas específicas se prende a uma articulação A e apóia-se no
(densidades) pi e pz respectivamente. Um lado oposto sobre um pequeno suporte ligado
cilindro maciço de altura h se encontra em a um cubo de “isopor” de 1 m de lado,
equilíbrio na região da interface entre os flutuando na água, conforme a figura.
Pergunta-se:
líquidos, como mostra a figura. Podemos
afirmar que a massa específica do material do
333
ELEMENTOS DA FÍSICA
s 5m
1* volumétrica 8,0 g/cm3. Conforme indica a
figura, o objeto encontra-se em repouso,
i
parcialmente submerso na água, cuja
densidade volumétrica é 1,0g/cm3.
1
_ X ■ nível da igua
1 m
334
ELEMENTOS DA FÍSICA
a) 0
b) 0,6
c)1,6
d) 2,5
E22) (Escola Naval-98) As esferas maciças A Sabendo-se que a massa total do balão
e B, que têm o mesmo volume e foram coladas, (incluindo o gás) é de 1,6 kg, considerando o
estão em equilíbrio, imersas na água ar como uma camada uniforme de densidade
(densidade da água é igual a 1,0 g/cm3). igual a 1,3 kg/m3, pode-se afirmar que ao
Quando a cola as une se desfaz, a esfera B liberar o balão, ele
sobe e passa a flutuar, com a terça parte de a) ficará em repouso na posição onde está.
seu volume imerso na água. As densidades b) subirá com uma aceleração de 6,25 m/s2
das esferas A e B valem, respectivamente, c) subirá com velocidade constante.
d) descerá com aceleração de 6,25 m/s2
335
ELEMENTOS DA FÍSICA
336
ELEMENTOS DA FÍSICA
H fig.12
inteiramente maciço e homogêneo, de
densidade d, está em equilíbrio como indica a
figura. O volume da parte de S imersa no
A) da > db e db > dc líquido de densidade di é um fração r do
B) da < db e db > dc
volume tal de S. A fração r é:
C) da > db e db < dc
A)r =
D) da < db e db < dc
E) da — db = dc B)r_W,’
E31) (ITA-68) Um tubo de ensaio contendo
água e uma esfera de cortiça, vai girar com
velocidade angular constante em torno do eixo
s
vertical E de uma “centrífuga”. Supondo que d| —d
d- dj
com o tubo ainda parado a esfera de cortiça E)r =
está em P. Quando o movimento se inicia a d,-d2
esfera:
E34) (ITA-84) Colocou-se uma certa
E quantidade de bolinhas de chumbo numa
p seringa plástica e o volume lido na própria
■
escala da seringa foi Vi. A seguir, derramam-
se as bolinhas de chumbo numa vasilha e
colocou-se água na seringa até o volume V2.
Finalmente, juntaram-se ao volume de água
A) permanece em P. contido na seringa todas as bolinhas de
B) se desloca afastando-se do eixo.
chumbo deixadas na vasilha. O volume
C) se desloca aproximando-se do eixo.
resultante das bolinhas de chumbo mais água,
D) oscila em torno do ponto P.
lido na escala da seringa foi Vj. Nestas
E) se desloca afastando-se ou aproximando-se
condições, pode-se afirmar que o "volume
do eixo conforme o sentido da rotação.
ocupado pelas bolinhas de chumbo" e o
"espaço ocupado pelo ar entre as bolinhas"
E32) (ITA-78) Uma bola de pingue-pongue, de
são, respectivamente:
massa desprezível e volume “V” permanece
imersa num líquido de densidade específica,
conforme “p”, por meio de um fio fino, flexível e
de massa desprezível, conforme a figura (I).
Este sistema é acelerado constante “ã”, para Vt
a direita.
A) V, - V3 e Vi - v2 - v3
B) V2 - V3 e Vi - v2 + v3
(n) C) V3 - Vi e Vi - v2 - v3
(D w’ D) V3 - V2 e V, + v2 - v3
Nestas condições, pode-se afirmar que o E) V3 - V2 6 v, - v2 - v3
esquema correto e a respectiva tensão “T” no
fio serão: E35) (ITA-87) Um bloco de urânio de peso 10N
A) esquema II, T = pV(g2 + a2)1/2; está suspenso a um dinamômetro e submerso
em mercúrio de massa específica 13,6 x 103
B) esquema III, T = pV(g2 + a2)1/2;
Kg/m3. A leitura no dinamômetro é 2,9N. Então,
C) esquema II, T = pV(gcos 0 + a);
a massa específica do urânio é:
337
ELEMENTOS DA FÍSICA
«— água
♦-mercúrio
E36) (ITA-95) Num recipiente temos dois E39) (ITA-03) Um balão contendo gás hélio é
líquidos não miscíveis com massas específicas fixado, por meio de um fio leve, ao piso de um
pi < p2. Um objeto de volume V e massa vagão completamente fechado. O fio
específica p sendo pi < p < p2 fica em permanece na vertical enquanto o vagão se
equilíbrio com uma parte em contato com o movimenta com velocidade constante, como
líquido 1 e outra com o líquido 2 como mostra mostra a figura. Se o vagão é acelerado para
a figura. Os volumes Vi e V2 das partes do frente, pode-se afirmar que, em relação a ele,
objeto que ficam imersos em 1 e 2 são o balão.
respectivamente:
a) Ví = V(pi/p)
V2 = V(p2/p)
b) Vl= V (p2- p,)/(p2- p) Pi
2
V2 = V (p2 - pi)/(p - P1 ) V, a) se movimenta para trás e a tração no fio
c) V1 = V (p2 - pi)/(p2 + p<) aumenta.
V2 = V (p - Pl)/(P2 + pi) V2 b) se movimenta para trás e a tração no fio não
d) V1 = V (p2 - p)/(p2 + pi) muda.
P2
V2 = V (p + p,)/(p2 + pi) c) se movimenta para frente e a tração no fio
e) V1 = V (p2 - p)/(p2 - pi) aumenta.
V2 = V (p - Pl)/(P2 - pi) d) se movimenta para frente e a tração no fio
não muda.
E37) (ITA-97) Um vaso comunicante em forma e) permanece na posição vertical.
de U possui duas colunas da mesma altura h =
42,0 cm, preenchidas com água até a metade. E40) (ITA-01) Um pequeno barco de massa
Em seguida, adiciona-se óleo de massa igual a 60 kg tem o formato de uma caixa de
específica igual a 0,80 g/cm3 a uma das base retangular cujo comprimento é 2,0 m e a
colunas até a coluna estar totalmente largura 0,80 m. A profundidade do barco é de
preenchida, conforme a figura B. A coluna de 0,23 m. Posto para flutuar em uma lagoa, com
óleo terá comprimento de: um tripulante de 1078 N e um lastro, observa-
A
se o nível da água a 20 cm acima do fundo do
B
barco. O melhor valor que representa a massa
óleo —♦ do lastro em kg é
42 cm
a) 260 b)210 c) 198 d) 150
«------ água e) indeterminado, pois o barco afundaria com o
peso deste tripulante
a) 14,0 cm. b) 16,8 cm. c) 28,0 cm E41) (ITA-10) Uma esfera maciça de massa
d) 35,0 cm. e) 37,8 cm. específica p e volume V está imersa ente dois
líquidos, cujas massas específicas são pi e P2,
E38) (ITA-98) Um cilindro maciço flutua respectivamente, estando suspensa por uma
verticalmente, com estabilidade, com uma corda e uma mola de constante elástica K,
338
I
«■& ELEMENTOS DA FÍSICA
conforme mostra a figura. No equilíbrio, 70% material de densidade relativa à água igual a
do volume da esfera está no líquido 1 e 30 % 9,0 pesa 90 N. Quando totalmente imerso em
no líquido 2. Sendo g a aceleração da água, o seu peso aparente é de 70 N.
gravidade, determine a força de tração na Considere a aceleração local da gravidade g
corda. = 10 m/s2 e a massa específica da água igual
a 1 g/cm3 .
60° a) Faça o diagrama das forças que atuam no
corpo imerso na água e identifique essas
forças;
b) Conclua, por cálculo, se o corpo é oco ou
maciço.
Pi
E45) (IME-07)
p2
C)
x
E44) (IME-98) Um corpo constituído de um
339
ELEMENTOS DA FÍSICA
Situação / Situação //
Um cone de base circular, de vértice V e altura
h é parcialmente imerso em um líquido de
massa específica p, conforme as situações I e
II, apresentadas na figura acima. Em ambas as
Ao aplicar uma força vertical para baixo sobre
situações, o cone está em equilíbrio estático e
o êmbolo, ele se move, de forma que a nova
seu eixo cruza a superfície do líquido,
posição de equilíbrio do sistema é melhor
perpendicularmente, no ponto A. A razão entre
representada pela alternativa
o comprimento do segmento VA e a altura h do
cone é dada por
a) 2/3 b) 1/2 c) 1/3
d)1/V2 e)1/^2
1
340
ELEMENTOS DA FÍSICA
l‘ I H a) Vã b) Vã c)
V3
d) Vã e) Vã
E- :
10 cm
54 T
'ií
20 cm
F1) (Fatec-SP) Tem-se um bloco de gelo a 0 15 cm
°C, completamente imerso em água,
inicialmente a 10 °C, ligado por uma mola,
como mostra a figura.
Figura 1
líquido estranho
L
óleo
5 cm
is T
|__ | <— gelo 10 cm
água §
água 20.5 cm
í
À medida que o gelo derrete:
a) o comprimento L da mola diminui
b) o comprimento L da mola não se altera Figura 2
c) o comprimento L da mola aumenta Depois de fazer seus cálculos descobriu que a
d) não se pode prever o que ocorrerá com o densidade do líquido estranho valia, em g/cm3,
comprimento da mola, uma vez que não é a) a) 0,20. b) 0,30. c) 0,40. d) 0,50.
fornecido o valor da sua constante elástica.
e) nda F4) (EsPCEx-14) No interior de um recipiente
vazio, é colocado um cubo de material
F2) (Puc-SP) O esquema mostra o recipiente homogêneo de aresta igual a 0,40 m e massa
que contém água de densidade 1 g/cm3. Uma M = 40 kg. O cubo está preso a uma mola
esfera oca, feita de material de densidade 2 ideal, de massa desprezível, fixada no teto de
g/cm3, tem raio externo R e raio interno r. Para modo que ele fique suspenso no interior do
que a esfera fique em equilíbrio em qualquer recipiente, conforme representado no desenho
341
ELEMENTOS DA FÍSICA
342
ELEMENTOS DA FÍSICA
isfeí hi
’ h‘
IJ
água
o
th
C2
•10 -
C1
.60”
Uma pequena esfera é totalmente imersa em
meio líquido de densidade puq e, então,
liberada a partir do repouso. A aceleração da
(30°
esfera é medida para vários líquidos, sendo o
--------\
resultado apresentado no gráfico acima.
(A)^ Vã
(B)t Sabendo que o volume da esfera é 3,0 x 10'
3m3, a massa da esfera, em kg, é
(A) 2,0 (B) 3,5 (C) 4,0
c=
abaixo consiste em dois êmbolos, de massas
desprezíveis, de áreas Ai e A2, fechando
5,0cm
completamente as aberturas de um tubo em U
cilíndrico. O óleo no interior de tubo está 3,0cm
contaminado com certa quantidade de álcool
etílico, formando assim uma pequena coluna
de altura h logo abaixo do embolo de área A2 =
5.Ai. Considere os líquidos incompreensíveis.
Para que os êmbolos estejam à mesma altura
Na figura acima, tem-se a representação de
H, um pequeno bloco de massa m = 30
um tubo em “U” que contém dois líquidos
gramas foi colocado sobre o êmbolo de área
imisciveis, 1 e 2. A densidade do liquido
maior. O volume, em litros, de álcool etílico no
menos denso é d. A figura também exibe duas
interior do tubo é
E —
m
álcool
A2
esferas maciças, A e B, de mesmo volume,
que estão ligadas por um fio ideal tensionado.
A esfera A está totalmente imersa do liquido 1
e a esfera B tem 3/4 de seu volume imerso no
liquido 2. Sabendo que as esferas estão em
H equilíbrio estático e que a esfera A tem
densidade 2d/3, qual a densidade da esfera B?
óleo
(A) 7d/6 (B) 4d/3 (C) 3d/2
IH M W tWtWmH BI ft-K kAJUUULW IMMKRMKBIIR HAJUWIW (D) 5d/3 (E) 2d
Dados: p áicooi = 0,80 g/cm3; p<jieo= 0,90 g/ cm3.
(A) 0,20 (B) 0,30 (C) 0,50 F11) (ITA-52) São dados: um sólido, de forma
esférica, de massa “m” e de volume “V”; um
(D) 1,0 (E)1,5
sólido, de forma cúbica, de massa “M” e de
mesmo volume “V”; uma roldana, com eixo
horizontal, que pode girar livremente (sem
atrito) em torno desse eixo; um pedaço de fio
flexível que se apoia sobre a roldana; um vaso
343
ELEMENTOS DA FÍSICA
344
ELEMENTOS DA FÍSICA
afirmar que o objeto contém a seguinte massa Procure abaixo uma das situações que
de ouro: corresponda à altura h.
A) 177g B) 118g C) 236g "fi t
D) 308g E) 54,Og Condição h k
a) I 0,0 cm
F17) (ITA-88) Um aparelho comumente usado b) II 42,0 cm T
para se testar a solução de baterias de carro, c) III 100,0 cm R a
acha-se esquematizado na figura ao lado. d) II 50,0 cm
Consta de um tubo de vidro cilíndrico (V) e) I 24,0 cm
dotado de um bulbo de borracha (B) para a
sucção do líquido. O conjdkito flutuante (E) de
massa 4,8 g consta de uma porção A de
volume 3,0 cm3 presa numa extremidade de F19) (ITA-89) Numa experiência de
um estilete de 10,0 cm de comprimento e Arquimedes foi montado o arranjo abaixo.
secção reta de 0,20 cm2. Quando o conjunto Dentro de um frasco contendo água foi
flutuante a presenta a metade da haste fora do colocada uma esfera de vidro (ei) de raio
o
líquido, a massa específica da solução será de: externo n, contendo um líquido de massa
específica p, = 1,10 g/cm 3, que é a mesma
do próprio vidro. Ainda dentro dessa esfera
está mergulhada outra esfera (62) de plástico,
de massa específica p2 < p, e raio
r? = 0,5 n, de modo que todo o volume de ei é
preenchido. Qual deve ser o valor de p, para
f
x que o sistema permaneça em equilíbrio no seio
---------- V da água ?
E E a = 10,0 cm
a—x
L li í a)
b)
c)
1,0 g/cm 3
0,55 g/cm 3
0,90 g/cm 3
d) 0,40 g/cm 3
e) 0,30 g/cm 3
345
ELEMENTOS DA FÍSICA
b) p g H rt d2.
c) 9/8
d) 1
c) (p g H n R d )/2. 2r u D5Z
d) (pg H it R2)/2.
H
4 t
e) 9/2
7T
e) (p g H n d2)/8. émbolo
346
ELEMENTOS DA FÍSICA
de aço pesando 7000 N e com peso específico A figura acima apresenta um bloco preso a um
de 70 N/dm3. O peso específico da água é de cabo inextensível e apoiado em um plano
10 N/dm3 inclinado. O cabo passa por uma roldana de
dimensões desprezíveis, tendo sua outra
extremidade presa à estrutura de um sistema
de vasos comunicantes. Os vasos estão
preenchidos com um líquido e fechados por
dois pistões de massas desprezíveis e
F30) (IME-88) Uma esfera oca, de ferro, pesa equilibrados à mesma altura. O sistema é
300 N. Na água seu peso aparente é de 200 N. montado de forma que a força de tração no
Calcule o volume da parte oca da esfera. cabo seja paralela ao plano inclinado e que
Dados: massa específica do ferro = 7,8.103 não haja esforço de flexão na haste que
kg/m3 g = 10 m/s2. prende a roldana. A expressão da força F que
mantém o sistema em equilíbrio, em função
F31) (IME-09) dos dados a seguir, é:
L. Dados:
• Aceleração da gravidade: g;
• Massa do corpo: m;
• Inclinação do plano de apoio: 9;
Nível da chapa • Áreas dos pistões: A, e A2.
Água L a) -^-mgsen20 b) ^f-mgcos2 0
— L/2 A2
4 V
Uma chapa de metal com densidade
peça sólida
c) 2-^-mgsen20
A2
d) 2—mgcos2 0
A2
347
■N ELEMENTOS DA FÍSICA
líquido de massa específica dt_, onde dA > dt_ > existe uma pedra de volume V e densidade
de. Os centros das esferas estão a uma pP > pa. Suponha que o recipiente é cilíndrico
mesma vertical e a espessura da camada com área da seção transversal igual a S. O
líquida é h. A pressão atmosférica é pat e a que ocorre com o nível da água no recipiente
aceleração da gravidade local é g. Libertam-se quando a pedra é retirada da lata e colocada
as duas esferas simultaneamente. Despreza- no fundo do recipiente?
se a resistência dissipadora oferecida pelo
líquido ao movimento das esferas. Determinar
a distância d entre o ponto de encontro das
o H
H H’
esferas e a superfície livre do líquido.
Oa
a) Não altera
h
b) Aumenta em ——
s Pa
Qb c) Aumenta em —
Pa
F34) Uma bola de borracha, de massa m e
raio R, submerge-se em água (densidade p) a V _ Pa
d) Diminui em —
uma profundidade h e solta-se. Em que altura, . pp,
a partir da superfície da água, saltará a bola?
Não se considera a resistência da água e do ar . . . V p,
e) Diminui em ——
no movimento. S Pp
348
r . ELEMENTOS DA FÍSICA
349
ELEMENTOS DA FÍSICA
d
1 W4 T
T
aj
óleo
água
a
—>
F46) Uma pequena esfera com densidade F49) Para o sistema representado na figura a
relativa (razão entre a densidade de um corpo seguir, que consiste em um pequeno balão, de
e a densidade da água) pi > 1 é solta na massa m e volume V, preso no fundo de um
superfície livre de um recipiente, de altura h, recipiente que contém um líquido de densidade
contendo água. No mesmo instante é solta d e que tem uma aceleração a, analise as
outra esfera pequena com densidade relativa afirmações:
p2 < 1 do fundo do recipiente. Em que ponto, a ã~*
partir do fundo do recipiente, as esferas irão se
encontrar? Desprezar os efeitos da
viscosidade do fluido e as dimensões da esfera. m
a) 0,6da e 2,4da b) 0,3da e 1,5da F50) Numa região ao nível do mar, a pressão
c) 0,3da e 2da d) 0,5da e 2da atmosférica vale 1,01. 105 N/m2 e g = 9,81 m/s2.
e) 0,5da e 2,4da Repete-se a experiência de Torricelli,
dispondo-se o tubo do barômetro conforme
F48) A figura ilustra um carro com o formato de representa figura.
um cubo, contendo água até % da sua Vácuo__
capacidade máxima. Em seguida, o cubo
passa a se mover com aceleração a para a u •L/
S Atmosfera
direita, o que causa uma inclinação da 2*
superfície da água. Determinar a maior
aceleração com que se pode empurrar esse
carro sem que a água chegue a transbordar,
Mercúrio
em função da aceleração g da gravidade
A distância L entre os pontos 1 e 2 vale 151
350
L
ELEMENTOS DA FÍSICA
ir
a) 5 N b) 40 N c) 10 N
d) 20 N e) 50 N
A1) (UFPA-06) Ao brincar com um cilindro de
madeira de densidade pc e altura h, em um
F52) O comprimento original de uma mola é 25
cm. A mola apresenta uma elongação de 2 cm tanque com água de densidade pa, você
se uma força de 1 N é exercida sobre ela. Um perceberá que o cilindro flutua, em equilíbrio,
tanque é cheio de água e um extremo da mola conforme indica a figura I. Caso você dê um
é fixado ao teto, a 30 cm da superfície da água. leve toque na face superior e emersa (figura II),
Um bloco de madeira de 32 g e densidade 0,4 notará que o cilindro, após imergir uma certa
g/cm3 é fixado no outro extremo da mola. A profundidade, oscilará por algum tempo,
altura do bloco é 5 cm. Determine a altura da sujeito a uma força restauradora de
parte emersa do bloco. intensidade do tipo F = kx, tal qual um
oscilador harmônico típico. A aplicação do
modelo de um oscilador harmônico simples é
bastante razoável para se descrever o
30 cm
movimento de sobe e desce do cilindro, sujeito
ao campo gravitacional g, se a água for
considerada um líquido ideal. Tendo por base
essa situação, pode-se prever que o período
de oscilação do cilindro é
h'
F53) Um tubo em U, cujas seções transversais
dos tubos verticais valem 4 cm2 e 20 cm2,
contém mercúrio (densidade Dh9 = 13,6 g/cm3) .i
x
em um mesmo nível nos tubos. No tubo de
maior seção são lentamente despejados 816
gramas de água, cuja densidade é Dágua =1,0
Figura I Figura II
g/cm3.
|(mc +na)gh '(1 + Mc)h
a) 2n / Mc b) 2rc
Ma9
351
ELEMENTOS DA FÍSICA
352
Ih». ELEMENTOS DA FÍSICA
353
ELEMENTOS DA FÍSICA
L F Li
í
^'1
A15) (ITA-86) Um tubo capilar de comprimento
5a é fechado em ambas as extremidades e
contém ar seco que preenche o espaço no
fig. 1 fig 2 tubo não ocupado por uma coluna de mercúrio
( )A. 2 / 3 cm ; 1 / 3 cm ; 9,0 g.cm-3. de massa específica p e comprimento a.
( )B. 1 / 3 cm ; 2 / 3 cm ; 8,0 g.cm’3. Quando o tubo está na posição horizontal, as
( )C. 0,4cm; 0,6cm; 8,0 g.cm-3. colunas de ar seco medem 2a cada.
( )D. 2 / 3 cm ; 1 / 3 cm ; 8,0 g.cm’3 . Levantando-se lentamente o tubo à posição
( ) E. 0,4 cm ; 0,6 cm ; 9,0 g.cm-3 . vertical as colunas de ar têm comprimento a e
3a. Nessas condições, a pressão no tubo
A13) (ITA-82) Dois recipientes cilíndricos de capilar quando em posição horizontal é:
raios R e r, estão cheios de água. O de raio de
r, que tem altura h e massa desprezível, está
ar
T
3a
dentro do de raio R, e sua tampa superior está 2a -► <-2a->
ao nível da superfície livre do outro. Puxa-se
lentamente para cima o cilindro menor até que ar p ar 1 1
sua tampa inferior coincida com a superfície a a P
livre da água do cilindro maior. Se a
aceleração da gravidade é g e a densidade da
água é d, podemos dizer que os trabalhos T ar
realizados respectivamente pela força peso do
A ) 3g p a/4 D ) 4g p a/3
cilindro menor e pelo empuxo foram:
B ) 2g p a/5 E ) 4g p a/5
a) - nr2pgh2 e zero
C ) 2g p a/3
b) - 7tr2pgh2 e + nr2pgh2
c) -nr2pgh2f 1-^j- A16) (ITA-88) Dois blocos, A e B, homogêneos
e + nr2pgh2
e de massa específica 3,5 g/cm3 e 6,5 g/cm3,
respectivamente, foram colados um no outro e
r2 +nr2pgh2
d) -nr2pgh2 1-—j- e o conjunto resultante foi colocado no fundo
R2 2 (rugoso) de um recipiente, como mostra a
figura. O bloco A tem formato de um
e) +nr2pgh2l 1-^- e - nr2pgh2 paralelepípedo retangular de altura 2a, largura
a e espessura a. O bloco B tem formato de um
cubo de aresta a. Coloca-se, cuidadosamente,
A14) (ITA-84) Um sistema de vasos água no recipiente até uma altura h, de modo
comunicantes contém mercúrio metálico em A, que o sistema constituído pelos dois blocos A
de massa específica 13,6 g.cm-3, e água em B e B permaneça em equilíbrio, isto é, não tombe.
de massa específica 1,0 g.cm-3. As secções O valor máximo de h é:
transversais A e B tem áreas Sa = 50 cm2 e SB
354
ELEMENTOS DA FÍSICA
Si
a) T = pgf S1S2/(S1 -S2).
a) 0 b) 0,25a c) 0,5a
d) 0,75a e) a b) T = p g £ (S,)2/(S1 — S2).
c) T = p g í (S2)2 /(S1). í
A17) (ITA-88) Uma haste homogênea e
uniforme de comprimento L, secção reta de d) T = pgí(Si)2 /(S2).
área A, e massa específica p é livre de girar e) T = p g t (S2)2/(S1 - S2). S2
em torno de um eixo horizontal fixo num ponto
P localizado a uma distância d = L/2 abaixo da
A20) (ITA-95) Um recipiente formado de duas
superfície de um líquido de massa específica p
partes cilíndricas sem fundo, de massa m =
= 2p. Na situação de equilíbrio estável, a haste
1,00kg cujas dimensões estão representadas
forma com a vertical um ângulo 3 igual a:
na figura encontra-se sobre uma mesa lisa
com sua extremidade inferior bem ajustada à
superfície da mesa. Coloca-se um líquido no
recipiente e quando o nível do mesmo atinge
uma altura h = 0,050 m, o recipiente sob ação
do líquido se levanta. A massa específica
desse líquido é, em g/cm3:
( ) A. 45° ( ) B. 60° ( ) C. 30° a) O,13
( ) D. 75° ( ) E. 15°
b) 0,64 T
h ►JO.lOm-*
A18) (ITA-88) Dois baldes cilíndricos idênticos,
com as suas bases apoiadas na mesma c) 2,55
superfície plana, contêm água até as alturas
e /i2, respectivamente. A área de cada base é d) 0,85 0.20m
A. Faz-se a conexão entre as bases dos dois
baldes com o auxílio de uma fina mangueira. e) 0,16
Denotando a aceleração da gravidade por g e
a massa específica da água por p, o trabalho A21) (ITA-05) Um projétil de densidade pp é
realizado pela gravidade no processo de lançado com um ângulo a em relação à
equalização dos níveis será: horizontal no interior de um recipiente vazio. A
seguir, o recipiente é preenchido com um
superfluido de densidade ps, e o mesmo
projétil é novamente lançado dentro dele, só
Th,
que sob um ângulo p em relação à horizontal.
Observa-se, então, que, para uma velocidade
inicial v do projétil, de mesmo módulo que a
do experimento anterior, não se altera a
liiiiiiniiiil
distância alcançada pelo projétil (veja figura).
Sabendo que são nulas as forças de atrito num
( ) A. pAg(h,-h2j’ /4 superfluido, podemos então afirmar, com
( ) B. pAg(h, -h 2, /2 relação ao ângulo p de lançamento do projétil,
) C. nulo. que
(
( ) D. pAgíh, + h2l/ 4
( ) E. pAgjh, +hd/2
355
ELEMENTOS DA FÍSICA
8
dentro do recipiente contendo o líquido.
C
356
ELEMENTOS DA FÍSICA
357
ELEMENTOS DA FÍSICA
I
I
S P,
A34) Um carro tanque parcialmente cheio de h
um líquido homogêneo percorre com
aceleração constante um declive retilíneo de
estrada, inclinado de um ângulo 0 em relação
horizonte e que possui coeficiente de atrito
M
cinético igual a p. Determinar o ângulo a que a
A37) Uma tábua, que tem um dos extremos
superfície livre do líquido, suposto em
equilíbrio, forma com o horizonte. fora da água, apoia-se em uma pedra. A tábua
tem comprimento l. Uma parte da tábua de
comprimento a encontra-se acima do ponto de
apoio. Que parte da tábua encontra-se
submersa, se o peso específico da madeira é
d?
358
ELEMENTOS DA FÍSICA
----------------------------------------------------- —
colocado sobre o 2o embolo.
H|h- i|i
359
^ ELEMENTOS DA FÍSICA
.Jllf-/ 360
ELEMENTOS DA FÍSICA
25 cm
S Determine:
Figura 1 Figura 2
361
ELEMENTOS DA FÍSICA
í
comprimento £ ao longo do tubo.
Obs: Suponha que a aceleração da gravidade
local é g A
s s
a) 1,0 a b) 0,8 a c) 0,5 a
d) 0,2 a e) 0,1 a
362
ELEMENTOS DA FÍSICA
extremidade livre desta prende-se uma esfera densidade p, até uma altura 4r. Determine a
oca de raio r e centro 0; o raio r é suposto força mínima para levantar a esfera.
pequeno em confronto com E0 = R. A esfera
contém um líquido de densidade absoluta d,
que a preenche pela metade; o espaço
4r
restante é preenchido por fluido gasoso de
densidade desprezível, e que exerce pressão
Po. O sistema está sujeito à ação da gravidade
e é posto a girar com velocidade angular w
constante. Determine o valor da maior pressão
encontrada no líquido.
A63) Uma comporta retangular é usada para
O
E
represar água (densidade p). A comporta foi
instalada apresentando uma inclinação 0 com
a) p = po + d.g.r relação à vertical. Calcule a força que a água
b) p = po + d(g + w2.R)r exerce sobre uma área retangular da comporta,
c) p = po + d.w2.R.r cujos lados horizontais passam por dois pontos
que estão à distâncias yi e y2 do ponto O.
d) p = p0 + d^/g2 +w4.R2.r
-^O
. , g.w2.R
e) p = p0 + d ——5—.r
g + w2.R
2r
363
ELEMENTOS DA FÍSICA
HIDRODINÂMICA
FLUXO DE FLUIDO
EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE
T
v2Aí
*1 FT
li
1
2
"A2
Consideremos um tubo de fluxo constante de um líquido não viscoso, tal como mostrado
na figura. Sejam 1 e 2 dois setores cujas seções possuem áreas transversais ao fluxo Aj e A2,
com velocidades v, e v2, respectivamente. Considere as porções sombreadas dos líquidos em 1 e
em 2. Em um intervalo de tempo At a massa do líquido Am, passa pela seção 1 e a massa Am2
que passa pela seção 2 devem ser iguais, uma vez que as mesmas partículas são as que se
movem no tubo de fluxo, sem que alguma ingresse ou saia. Assim:
Am, = Am2 => PiAVt = p2AV2 p^ViAt = p2A2v2At => piAíV, = p2A2v2
364
ELEMENTOS DA FÍSICA
O produto Av é a taxa de fluxo de volume dV/dt, ou seja, a velocidade com que o volume
cruza uma seção do tubo:
dV
Av (taxa de fluxo volumétrica)
dt
La taxa de fluxo de massa é o fluxo de massa por unidade de tempo através de uma seção
transversal, sendo igual à densidade p multiplicada pela taxa de fluxo volumétrica dV/dt.
A equação indica que a taxa de fluxo volumétrica tem o mesmo valor em todos os pontos
ao longo do tubo de fluxo. Se a seção transversal de um tubo de fluxo diminui, a velocidade
aumenta e vice-versa. A parte profunda de um rio tem maior área transversal e uma correnteza
mais lenta que a parte superficial, porém as taxas de fluxo volumétricas são iguais nos dois pontos.
EQUAÇÃO DE BERNOULLI
Limitaremos o estudo dos fluidos em movimento a certas condições ideais. Nosso modelo
supõe que os fluidos são incompressíveis, não viscosos e que o movimento é laminar. A primeira
condição por um lado garante que a densidade seja constante em todo momento e por outro que
si for aplicado a gases (que são altamente compressíveis), a pressão não deve variar ao longo do
processo para que não varie a densidade do gás. A segunda e a terceira condição do fluido não
viscoso e movimento laminar elimina a possibilidade de perdas de energia por atrito e permite
aplicar o principio da conservação da energia.
Este teorema foi demonstrado pelo físico e matemático suíço Daniel Bernoulli, que em
1738 encontrou a relação fundamental entre a pressão, a altura e a velocidade de um fluido ideal.
Este teorema demonstra que estas variáveis não podem modificar-se independentemente uma da
outra.
=À2 A.v:
V'.
A,
R
A.v,
f.
1
Imaginemos que o fluido ideal circula por um tubo de fluxo como o que mostra a figura.
Consideremos uma pequena porção de fluido de volume V que ingressa pela seção A,. Ao final do
intervalo de tempo At o fluido ocupará uma nova posição saindo pela seção A2 dentro do tubo.
Este movimento se deve as porções inferiores do líquido do tubo de fluxo exercem uma força F,
sobre o volume V, força que, em termos da pressão p2, pode expressar-se como pi.A1( e está
aplicada no sentido da direção da corrente.
365
ELEMENTOS DA FÍSICA
Além disso, o fluxo deste sistema é laminar e o fluido é não viscoso, portanto, não existe
trabalho de forças de atrito e é possível aplicar o teorema do trabalho e energia.
Desde que os pontos 1 e 2 são pontos arbitrários dentro do tubo de fluxo esta equação que
relaciona a pressão, a velocidade e a altura de um fluido vale para todos os pontos do sistema.
Como consequência:
v2
P + pgy + p— = constante (equação de Bernoulli)
Teorema de Torricelli
|B.
VA VB
pA + pgyA + p-=pb + pgyB + py
366
ELEMENTOS DA FÍSICA
Os valores das variáveis para o ponto A são pA = p0, yA e vA = 0 (a velocidade com que o
nível do líquido abaixa é muito lenta). Os valores correspondentes ao ponto B são pB = p0 (o fluido
expelido está em contato com o ar), yB e vB, que é a nossa incógnita. Substituindo na equação de
Bernoulli:
VB
Po+pgyA=Po + P9yB + P-^- vB=>/2g(yA-yB)
Este resultado é conhecido como teorema de Torricelli. Note que a expressão é análoga à
de um sólido em queda livre, fato que já era esperado pois o teorema de Bernoulli é demonstrado
a partir da conservação da energia mecânica. Este mesmo resultado é encontrado considerando
que o orifício está localizado no fundo do recipiente.
Alcances Iguais
T"
L
,7
rz
A| B
y
' 8.0 cm
AÍOT
8.0 cm
/'
_ CT
.____ lA.Qcm
367
ELEMENTOS DA FÍSICA
Venturi
A figura ilustra um medidor Venturi, que é usado para medir a velocidade de fluxo em um
tubo. Um líquido de densidade p flui por um tubo de seção transversal Av Em uma região a área
se reduz a A2 e se instala um manômetro. O objetivo é deduzir a expressão da velocidade do fluxo
v-, em termos das áreas transversais e A2 e a diferença de altura h do líquido nos dois tubos
verticais do manômetro.
R___
h
y2-
2"“PT
A?
V? V2
Pi+pgyi + py = p2+pgy2 + py => X+w^+p = X + pgh + ^g< + p A
2 2
V? h V2
-^-?-
— = gh + -
2 2
Tubo de Pitot
Tubo de Pitot é um instrumento destinado a medir a velocidade dos gases que circulam por
um tubo. Consiste em um tubo manométrico que se conecta, como indica a figura, o tubo por onde
circula o gás.
a b
v v
0 y.=yb
H
!!
s
368
E....
ELEMENTOS DA FÍSICA
va vb
Pa + pgya + p-y = Pb+pgyb + py
=> v 2gh
A figura mostra linhas de fluxo ao redor de um corte de uma asa de um avião. As linhas se
aproximam sobre a asa, que corresponde a uma maior velocidade do fluxo e uma pressão
reduzida nesta região, análoga à região mais estreita do medidor Venturi. A força que atua sobre a
parte inferior da asa é maior que a que atua sobre a parte superior. Existe uma força resultante
para cima, conhecida como força de sustentação. A sustentação não se deve somente ao impulso
do ar que incide na parte inferior da asa, sendo que a pressão reduzida na superfície superior da
asa acaba por contribuir mais na sustentação.
P\
Pt
Qg
i h2-
;
11 Jj
p\
50 Ap
Pt
369
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER1) (UFPA-05) Não era novidade para ninguém que a velocidade de escoamento do rio mudava
ao longo de seu curso. Para projetar uma ponte sobre determinado trecho do rio Tuandeua, uma
equipe de técnicos fez algumas medidas e João ficou sabendo que a área transversal ao rio,
naquele trecho, media 500 m2 e a velocidade média da água na vazante era de 1 m/s. Como já
sabia que em frente a sua casa a velocidade média na vazante era 2 m/s, fazendo aproximações
para uma situação ideal, conclui-se que a área transversal do rio, em frente à casa de João, é
igual a
a) 250 m2. b) 300 m2. c) 500 m2. d) 750 m2. e) 1000 m2.
Solução: Alternativa A
Pela equação da continuidade: A-iV-i = A2v2 => 500.1 =A2.2 => A2 = 250 m2
ER2) (AFA-96) Nas paredes laterais de um tanque cilíndrico de altura H e raio R = 3 m, são feitos
oito furos de 15 cm de raio à mesma profundidade. Sendo v a velocidade com que a água
colocada nesse tanque escoa em cada furo e v0 a velocidade com que o nível da água baixa no
tanque pode-se afirmar que a razão v/v0 é:
a) 20 b) 30 c) 40 d) 50
Solução: Alternativa D
v (3)2
Pela equação da continuidade: A^, = A2v2 => 7tR2v0 = Srci^v = 50
v0 8(0,15)2
ER3) (Unipam) Uma lata cheia de água até uma altura h tem um furo situado a uma altura y de
sua base, como mostra o desenho. Sabe-se da hidrodinâmica que a velocidade de disparo da
água é dada por v = ^/2g(h - y). Sendo x o alcance horizontal do jato de água, é correto afirmar
que o maior alcance será obtido quando y for igual a:
^1
g x2 g x2 yh-y2
v = —— =>
=> y = — - ------------
v x 2.
2 v2 2 2g(h-y) \ g
O valor máximo de x ocorre para o valor máximo de yh - y2, ou seja, para y = h/2
ER4) (AFA-96) Em um tubo de Pitot escoa ar de massa específica 1,0 kg/m3. Se a diferença de
pressão for 800 Pa, o valor da velocidade, em m/s, será:
a) 20 b) 30 c) 40 d) 50
Solução: Alternativa C
Pela equação de Bernoulli:
V2 (1)va2
Pa+pgya+py=Pb+pgyb+py => Py = Pb-Pa 800 => va = 40 m/s
2
370
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER5) (UFPA-95) Em 5 minutos, um carro tanque descarrega 5000 litros de gasolina, através de
um mangote cuja seção transversal tem área igual a 0,00267 m2 (ver figura abaixo). Pergunta-se:
c .....................................
a) Qual a vazão volumétrica média desse escoamento, em litros/segundo?
b) Considerando os dados indicados na figura e g = 9,8 m/s2, qual a vazão volumétrica, em
litros/segundo, no início do processo de descarga do combustível, quando o nível de líquido no
tanque está no ponto A?
Solução:
. AV 5000
a) Q = -—• = 16,67 €/s
At 5.60
v2 v2
b) Pela equação de Bernoulli segue que pA +pgyA +p-^- = pc +pgyc +P~^~< or|de pA = 105 N/m2,
v2
yA = 2,5 m, vA = 0, pB = 1 N/m2 e yc = 0: 105 +1039,8.2,5 + 0 = 105 + 0 + 103-^- vc = 7 m/s
Deste modo, Qo = vc.A = 7.(0,00267) = 0,01869 m3/s = 18,69 m3/s
ER6) (UFPA-96) A figura abaixo representa um grande reservatório de água de uma represa, com
uma canalização nele acoplada, cujas áreas das secções são 900 cm2 em 1 e 600 cm2 em 2.
Admita que a água possa ser considerada um fluido ideal e que escoe em regime permanente.
Sabendo-se que a aceleração da gravidade vale 10 m/s2 e que a pressão atmosférica é igual a
105 N/m2, pede-se:
4*
i
i
: ycm*. 15,n I
31,25
2
a) A velocidade, em m/s, com que a água flui no ponto 2
b) A vazão, em m3/s, da água
c) A pressão, em N/m2, no ponto 1
Solução:
a) Como a área da superfície livre da água na represa é muito maior que as áreas dos pontos 1 e
2, pode-se considerar que a velocidade da água na superfície livre da represa é nula. Deste modo,
segue que v2 = ^2gh2 = 72.10.31,35 = 7625 = 25 m/s
b) Q = A2v2 = 600.10'4.25 = 1,5 m3/s
c) Pela equação da continuidade: A,Vt = A2v2 = Q => 900.10>’4.v1 = 1,5 => v, = 16,67 m/s
y°
Xo
v?“
Pela equação de Bernoulli: p0+pgy0+P^- = Pi+ P~^
/O '
=>
2
371
ELEMENTOS DA FÍSICA
ER7) (AFA-96) O ar escoa na parte superior de uma asa de avião com velocidade de 50ms "1. Na
parte inferior da velocidade vale 40ms-1. A área de asa é de 20m2, e a massa específica do ar,
1,03 kgm’3. Se o avião estiver voando em linha reta e atitude constante, a massa do avião, em kg,
será:
a)927 b)1027 c) 1127 e)1227
Solução: Alternativa A
Pela equação de Bernoulli, considerando pontos a mesma altura:
Pa+WÍ + Py = Pb+^9< + Py => Pb ~ Pa = P(Va~ Vb ' = (1’ °3)(5° ~ 40 } 463,5 Pa
Como o avião voa em linha reta: mg = (pb - pa)S => m.10 = (463,5)(20) = 9270 N => m = 927 kg
ER8) (ITA-16) Um estudante usa um tubo de Pitot esquematizado na figura para medir a
velocidade do ar em um túnel de vento. A densidade do ar é igual a 1,2 kg/m3 e a densidade do
líquido é 1,2 x 10"4 kg/m3, sendo h = 10cm. Nessas condições a velocidade do ar é
aproximadamente igual a
ar
líquido I*
a) 1,4 m/s. b) 14 m/s c) 1,4 x102 m/s d) 1,4 x 103 m/s e) 1,4 x 104 m/s
Solução: Alternativa c
Pela equação de Bernoulli:
Par»2 Par»2 2.pliq.g.AH
Ap = MiiqgAH o= u = 1,4.102 m/s
2 2 Par
ER9) (ITA-16) Um cilindro vertical de seção reta de área A,, fechado, contendo gás e água é
posto sobre um carrinho que pode se movimentar horizontalmente sem atrito. A uma profundidade
h do cilindro, há um pequeno orifício de área A2 por onde escoa a água. Num certo instante a
pressão do gás é p, a massa da água, Ma e a massa restante do sistema, M. Determine a
aceleração do carrinho nesse instante mencionando em função dos parâmetros dados. Justifique
as aproximações eventualmente realizadas.
Solução:
A, I. Aplicando Bernoulli nos pontos 1 e 2:
22
p + pgh + ^y- = Patm + , como.
gás
A
1
A-, Ví = A2 V2, tem-se que Vi = — v2, que substituído , fica:
Aj
A;
T-
T agu
h
v2 =
2(ngh + p-patm)
íi A2
2
■* v7 II. Da conservação do momento linear aplicado ao sistema para um
intervalo de tempo infinitesimal, temos:
(M + Ma)dv = dm.v2, mas dm = p.dv = p.A2.v2.dt, então
372
r ELEMENTOS DA FÍSICA
1
ER10) (ITA-18) Na figura, o tanque em forma de tronco de cone, com 10,0 cm de raio da base,
contém água até o nível de altura h = 500 cm, com 100 cm de raio da superfície livre.
Removendo-se a tampa da base, a água começa a escoar e, nesse instante, a pressão no nível a
15,0 cm de altura é de
Pb + P9^b
pvl pv2
Patm+~^ Pb = Palm - PghB +1 vc 1 V2
2
,2
1 o3 Tt.0,12
PB =105 -103.10.0,15 + -^-.102 1- => pB = 129kPa
n.0,1272
ER11) (IME-18)
->
> v
aMMMMOBMV’
373
ELEMENTOS DA FÍSICA
374
n ELEMENTOS DA FÍSICA
GABARITOS
K
Exercícios de Embasamento
E1)E E2) A E3) VFFVF
E4) D E5) E E6) C
E7) C E8) 21 E9) B
E10) E E11) 5,0 E12) C
E13) E E14) C E15) C
E16) A E17) D
E18) a) 2 km; b) 1,96%; c) erro na cronometragem E19) B
E20) B E21) C E22) D
E23) B E24) E E25) A
E26) B E27) 9 E28) C
E29) B E30) B E31) C
E32) B E33) A E34) C
Exercícios de Fixação
F1) a) 72 km/h; b) 3 m F2) B F3) D
F4) a) 0,5 m/s; b) 0,83 m/s; c) 0,67 m/s F5) A
F6) E F7) "B F8) D
F9) B F10) B F11) C
F12) B F13) D F14) B
F15) D F16) D F17) 3000 m
F18) A F19) B F20) C
F21) D F22) C F23) C
F24) B F25) C F26) C
F27) C F28) B F29) C
F30) 100/v F31) E F32) D
Exercícios de Aprofundamento
A1) A A2) E A3) B
A4) D A5) B A6) B
A9) t 2D/v(l-(u/v)2)
A7) C A8) A
A10) u = v/(2.sen a) a = v2/(2ísen3 a) A11) v,/v2 = 3/5
A12) 102 km A13) a) 1,25 s; b) 125 m; c) 3,84 projéteis/segundo
A14) B A15) D A16) A
A17) C A18) C
v,v,-Jd2 -e2 ± v2 ^d2v2 - f2v2
A19) arc cos (€/y), onde y - ---------------- ------------------------- A20) B
375
ELEMENTOS DA FÍSICA
V/.-VÍ, v 1 > 7 •
Exercícios de Embasamento
E1) E E2) A E3) A
E4) a) 50 m; b) 3,125 m/sz E5) 50 E6) 80 s
E7) 32 E8) 12 E9) a) 240 km/h; c) 60 m/s
E10) a) 32 km/h; b) 400 s E11) C E12) a) 1,5 km/s; b) 10 m/s2
E13) C E14) B E15) B
E16) D E17) C E18) E
E19) A E20) D E21) A
E22) E E23) E E24) A
E25) A E26) D E27) A
E28) a) 0,05 m/s2; b) 20 km E29) B E30) C
Exercícios de Fixação
F1) a) 0,48 m/s2; b) 1,2 m F2) a) - 3 m/s2; b) 2,491 m/s2 F3) a)2s;b)1,2m
F4) a) 9,92 km; b) 1,5 m/s2 F5) E F6) B
m/s2,; b), d’< d
F7), 3____ F8) D
F9) a)x1(t) = 6.t x2(t) = 25 + t2/2; b)v1(t) = 6m/s v2(t) = t; c) t = 6 s
F10) D F11) D F12) A
F13) E F14) 5 km F15) D
F16) a) 9,5 s; b) 279,5 m F17) C F18) D
F19) C F20) B F21) B
F22) D F23) A F24) A
F25) B F26) A F27) D
F28) D F29) C F30) E
F31) B F32) C F33) C
F34) B
Exercícios de Aprofundamento
A1) VFFFV A2) C A3) CECEECE
A4) A
avançar sinal vermelho; deixar de dar preferência de passagem a pedestre que esteja na faixa;
A5)
transitar em rodovias com velocidade acima de 50% da máxima permitida em vias públicas.
A6) 20 s A7) D A8) A
A9) E A10) E A11) E
A12) C A13) E A14) D
A15) B A16) D A17) E
A18) C A19) 120meses A20) 100s
A21) a) ,/30 s; b) 5yÍ2 m; c) d, = d2 = 5m A22) E
__ v2 (1 1' abt
A25) a = 5,5m/s2; v0 = 8,25m/s; As = 220m A26) — a + b e------
' 2 a+b
A28) D A29) E A30) A
A31) C A32) E
A33) u = v/(2.sen a) a = v2/(2ísen3 a)
A34) a) - 66 m, 149 m/s e 228 m/s2
A35) 248 m, 72 m/s e - 383 m/s2
A36) 0,667 s, 0,259 m e — 8,56 m/s A37) 1 s < t < 4 s
A38) x = t4/108 + 10t + 24 e v = t3/27 + 10 A39) a) 5,89 m/s; b) 1,772 m
A40) a) 48 m3/s2; b) 21,6 m; c) 4,9 m/s
A41) a)-0,0525 m/s2; b) 6,17 s A42) a) 2,36v0T; b) O,363vo
A43) a) 1 s; b) 0 s A45) a) 16^29 m; b) 2V181 m/s
A46) a) 22,5 m/s; b) 10/3 m/s2; c) 10/3 m/s2
376
ELEMENTOS DA FÍSICA
----- —
Exercícios de Embasamento
E1) D E2) D E3) D
E4) D E5) 4s e 40 m/s E6) B
E7) 3,2 m E8) 20 m/s E9) 5 m/s
E10) 4s E11) E E12) B
E13) A E14) D E15) 3125 m
E16) 25 m/s E17) B E18) E
E19) D E20) 3 E21) 4
E22) D E23) 72 km/h E24) E
E25) C E26) 0,25 E27) a) 22 s; b) 44 s
E28) E E29) E E30) C
E31) D E32) A E33) E
E34) C E35) D E36) D
E37) B E38) C E39) 2,0 m/s
E40) 2000 m E41) 34,6 m/s
Exercícios de Fixação
F1) a) 0,6 s; b) 120 km/h F2) a) 1,6 s; b) 8 m/s; c) 3,2 m
F3) a) 0,4 s; b) 2 s F4) a) H(t) = 5t, h(t) = 10t - St2, h'(t) = 15t — St2; b) 1,5 s
F5) a) 0,8 s; b) 2,4 m/s; c) 6 m/s
F6) a) 0,5 s; b) 6 m/s; c) 0,67 s F7) 21 m/s
F8) 5.10“2s F9) E
F10) a) 6 m/s; b) arc tg 0,2; c) 1,8 m F11) 8%
F12) B F13) D F14) D
F15) C F16) C F17) C
F18) C F19) B F20) A
F21) A F22) D F23) C
F24) E F25) qualquer valor de d F26) D
F27) E F28) 2000 m F29) 8 m/S
F30) c) 0,30 s F31) 1000 m F32) a) 0,78 s b) 0,66 s
Exercícios de Aprofundamento
A1) 218 m A2) B A3) C
A4) a) 24 m/s; b) 49 m A5) A A6) 28
v2 _ vgcos2e
A43) Sim A44) x=—5— e y
g.tgO 2gsen20
377
ELEMENTOS DA FÍSICA
g(R2+16H2) 2h
A45) A46) a) — í b) 90' a, onde a é o ângulo de lançamento
8H vy
A .7 t. û
k.
Exercícios de Embasamento
E1) A E2) B E3) B
E4) C E5) E E6) B
E7) 50 E8) 11 min E9) 16
E10) E E11) B E12) D
E13) A E14) D E15) 3.10 3 m/s
E16) C E17) A E18) B
E19) D E20) B E21) D
E22) D
Exercícios de Fixação
F1) E F2) D F3) B
F4) E F5) A F6) 6
F7) E F8) E F9) C
F10) 60n F11) 51 min F12) A
F13) A F14) C F15) E
F16) C F17) D F18) D
F19) C F20) a) 2L/c; b) 1/2NV; c) 3.108 m/s
F21) a) 4,5 m/s2; b) 5 m/s; c) arc cos 0,8
F22) «X
a) 47
17,5 km/s; b) 1,7.104 s; c) 2181
C Ixrv^M- KY 4 7 4ÍT
F23) D
F24) C F25) E
Exercícios de Aprofundamento
A1) B A2) C A3) D
A4) B A5) A A6) E
A7) C A8) D A9) E
A10) A A11) D A12) C
A13) A A14) C A15) C
A16) v = 20a/2 m/s A17) a = - 4n rad/s2, At = 5 s A18) D
■ ■
Exercícios de Embasamento
E1) A E2) B E3) A
E4) A E5) B E6) T = 270 N e T = 300 N
E7) B E8) C E9) D
E10) 150 N E11) C E12) D
E13) 22 E14) A E15) E
E16) A E17) D E18) C
E19) E E20) E E21) C
E22) C E23) D E24) E
E25) 990 N E26) a) 1.5.105 N; b) 0.5.105 N E27) A
E28) E E29) 3m E30) B
E31) C E32) E E33) E
378
ELEMENTOS DA FÍSICA
Exercícios de Fixação
F1) D F2) a) MP = 8 N.cm e Mc = 0; b) 0,5 N; c) 0,87 N
F3) 6 min F4) «\ C IA8 M-
a)5.10 A C -in0 M m
eN; b) 4,5.10° N.m
F5) a) 20000 N; b) 7,5.10° Pa F6) D
F7) A F8) 320 kg F9) 90
F10) a) 1,0 m; b) traseira F11) b) 36 cm; c) 4 kg F12) a) 2; b) 600 N
F13) A F14) A F15) B
F16) A F17) D F18) B
F19) A F20) B F21) D
F22) C F23) D F24) B
F25) C F26) D
F27) 1°) desequilíbrio; 2°) equilíbrio para p S 0,5; 3o) desequilíbrio
F28) A F29) B F30) E
F31) C F32) B F33) A
F34) D F35) (1 + 73/3)W F36) D
F37) D F38) A F39) B
F40) A F41) E F42) A
F43) D F44) C F45) A
F46) C F47) a) 0.6P2; b)0,6 F48) B
Exercícios de Aprofundamento
A1) b)2,14m A2) E A3) C
A4) A A5) 30 kgf A6) E
A7) D A8) C A9) B
A10) A A11) A
A12) PE = 200 N, Ra = 215 N, RB = 0 e Rc = 185 N A13) 2V2R
A14) arc tg 1/4 A15) e/4 A16) a)2,4m; b) 3,0 m
a r,rr\ /õ 13 L3 2577 (2573 + 2) . -j~- N
A17) a) Ppiaca = 125073
i ------- Z"
Ne Ptioeo = 50 N; b) T =
106 — 106 3
A18>
A21) B
GH *«)
I) não subir: F < P.tg (a + 0), onde tg 0 = p; ll)não tombe para cima: F < P(b + a.tg a)/2a
A23)
III) não desça: F > P.tg (a - 0); IV) não tombe para baixo: F > P.(a.tg a - b)/[2.(a + b.tg a)]
■ A25) tga = Sen(l/^------ e sen(l/R)
A24) h = — 2'2-73 ’ ma/mb+cos(l/R) tgp =
mb /m, +cos(l/R)
R P
A26) tg 9 = (a - bg1g2)/(a + b)n, A27) sen9 = ——-
' l+ R P +Q
A28) cos 9 = (I + 7l2 + 32r2) / 8r A29) P.cos a/[2.sen (a - P)]
a^ + bT^
A31) A32) tg 9 = (P2.cotg a - Pí.cotg P)/(P, + P2)
379
ELEMENTOS DA FÍSICA
Exercícios de Embasamento
E1) 48 E2) 16 E3) E
E4) A E5) D E6) D
E7) a) P, A; b) t, t2 = U < ts E8) E E9) a) 4,44 anos; b) curto
E10) D E11) a) 80 min; b) 640 min E12) E
E13) a) 0,4; b) 250m; c) 7,9s E14) D E15) D
E16) A E17) B E18) E
E19) A E20) E E21) 240 dias
E22) B E23) A E24) B
E25) D E26) A E27) E
E28) C E29) B E30) B
E31) B E32) B E33) D
E34) B E35) A E36) E
E37) D E38) B E39) A
E40) B E41) B E42) A
E43) A E44) D E45) E
E46) E E47) D E48) C
E49) D E50) A
Exercícios de Fixação
F1) E F2) B F3) b) 3; c) 3n2D3/GT2
F4) a) 72gm/r0 ; b) 7gm/r0 ; c) (2V2 -i)7gm/r0 F5) a) 2 N; 30 m
, ÍGM. Ms Mt
F6) 7 rad/s; c) Gm
F"’ a> (R-d)2 d2
F7) a) 1,5.1O40 kg; b) 8.10“ m/s F8) B
F9) B F10) a) 0,2 m/s2; b) 4,8.1012 J
F11) a) 0,015; b) 200 m/s F12) E F13) C
F14) a) -i- = cte; b) 1/4
F15) B F16) C
R
F17) nula F18) A F19) A
F20) A F21) E F22) E
F23) I) vA = 5,8 km/s vB = 6,7 km/s; II) - 3.9.1O10 J; III) TA = 3,3 h TB 2,6 h
F24) C F25) 1,1.106m F26) A
F27) B F28) A F29) R
380
r ELEMENTOS DA FÍSICA
Exercícios de Aprofundamento
A1) a) 5GMm/9R; b) 5GMm/9R - 2tc2R2cos2 e.m/T■2: A2) 9/5
A3) D A4) A
A5) ve = 7,216 km/s p = 4,037.10l'2 kg/m',3 g = 3,82.106 km/s2 Ag = 0,24 km/s'.2
A6) D A7) B A8) A
A9) B A10) E A11) A
A12) E A13) A A14) D
A15) B A16) A A17) Vz/v, = (1 - e)/(1 + e)
A18) h = 30000 km A19) C A20) D
fGM(a-c) lGM(a + c)
A21) C A22) e
a(a + c) a(a-c)
/GM(R + 3h) .
A23) B A24) a) V R(R + h) ;’ b) não; c) sim
A25) A A26) D
A27) v, = m2
|2GÍ1_ C /2Gp 1")
v2 =m,
m2lj r0J m,^r r0J
A28) a) F = -(■47tGpm X: b)T = ^
3
A29) h = R^Tx/Gp/(GpT2-3n)-ij A30) 2.1030 kg
GmM 1
A31) 2R(JS/TL)2'3 -H-2R0 A32) 1-
8(1-R/2d)2
a) x, = 2a, x2 = 2a/3; b) Não, apenas no infinito; c) U = - Gm1m2/a; d) fazendo a origem em
A33)
4m, plano x = 4a/5
I 2GMr2 [ 2GMr1 A35) | = e
A34) vmin =
ri(r,+r2) r2('i + r2) 2 Tt
n (R + r)3 GMg(mx+mM)
A54) - A55) - A56) 1/2
4R
r V 8g
381
ELEMENTOS DA FÍSICA
A57) C A58) A
Vp^2
A59) a) vo = 0; b) GM = 2v02/; c) GM > v02í; d) í se GM 2 2v02f e caso contrário
Gm-v02f
A60) C
Exercícios de Embasamento
E1) C E2) E E3) a) 150 kPa; b) 0
E4) C E5) C E6) C
E7) 5,00.103 N/m2 E8) A E9) a) 2,41.105 Pa; b)48,2 N
E10) 11,2 m E11) C E12) a) 20 cm; b)100s
E13) a) 30 N; b) 107,5 m E14) D E15) a) 2 m; b) 0,6 J
E16) a)300N;b)4cm E17) a) 2 N; b) 400 g E18) C
E19) a) 15 g; b) 5,0 cm E20) D E21) D
E22) D E23) D E24) B
E25) A E26) C E27) C
E28) B E29) B E30) B
E31) C E32) A E33) E
E34) D E35) C E36) E
E37) D E38) C E39) C
/õ
E40) D E41) ^-gV(p-0,7p,-0,3p2) E42) E
Exercícios de Fixação
F1) C F2) B F3) A
F4) E F5) E F6) E
F7) E F8) B F9) E
F10) A F11) d + (M - m)V F12) A
F13) B F14) C F15) E
F16) 308 g F17) B F18) B
F19) E F20) E F21) E
F22) A F23) E F24) A
F25) C F26) C F27) 3s
p4nR3
F28) h -m F29) 30 F30) 6.2.10’3 m 3
3
F31) A F32) C
F33) d = 2R + [dB(dA - dL)(h - 4R)]/[dL(dA - dB)] F34) x = m)h/m !
F35) h=H^7 F36) 10 F37) C
nV(Pb-Pa)
F38) F39) Síípzhz — pihi)/p2(Si + S2)
PaA
P-P' _p_
F40) 2,04 cm
F41> gd' gd
F42) a)p,=V3;b)pe-gc = 0,04 F43) E
382
ELEMENTOS DA FÍSICA
Exercícios de Aprofundamento
A1) D A2) A A3) 0,8
.1/2
A4) x = /(1 - Pc/ga) A5) B
mA A7) a) 9,604.10a J; b) 7/9
A6) a) íb) — COS0 + pe
cos0 + pesen9 ’ cos0 + pesen0S,
A8) E A9) D A10) A
A11) A A12) D A13) Nula
A14) E A15) A A16) C
A17) A A18) Nula A19) A
A20) D A21) B A22) B
t [-0,1.p.a2.b
A23) a) 8,6 cm; b) = 0,1 cm A24) - +1 A25) 0,8 m
2 P J
A28)
A26) D A27) h0-
U djAda Pa L1+r-A0J
A29) a) 10 cm; b) 12 rad/s A30) L/10 do centro de B A31) [y,d, + (y2-yi)d2]/y2
, . ,d AdH ph h sen0-pCOS0
A32) a) H—; b) A33) A34) sen a =
D' (Ai + A2)D 2p/3-pgh 2 V1 + p2
x=^ey=-^
A35) D A36) A37)
pgs pos + p
a(l-2a) Pi(Po ~P2)V
A37) l-a- (€-a)2- A38)
do P2(Pi ~P2)si
D PaV-M
—+
A45) 3R A46) 2 mfl-—| A47) E
l Pc)
A59) D A60)
(pd-pa)hD2 A61) npgr2[h-y]
Pa d2
15
A62) P + ^rrpgr3 pgL(y2-y?)c°s8
A63) A64) p = arctg1/2
8 2
383
Marcelo Rufino de Oliveira nasceu em
1976 em Manaus-AM. Apesar de sua
família ser radicada em Belém, já residiu
em 9 cidades, devido às transferências
de trabalho de seus pais. Ingressou em
1994 no Instituto Tecnológico de
Aeronáutica (ITA), onde graduou-se em
Eng. Mecânica-Aeronáutica em 1999.
Desde então trabalha, como
coordenador e professor de matemática
e física, com turmas preparatórios para
concursos militares e olimpíadas
científicas em Belém. Em 2000 assumiu
a coordenação regional da Olimpíada
Brasileira de Matemática no estado do
Pará, sendo também responsável pela
organização da Olimpíada Paraense de
Matemática. Em 2002 participou da
banca corretora da Olimpíada de
Matemática do Cone Sul, realizada em
Fortaleza-CE.
A partir de 2007 se dedicou a escrever
livros, de matemática e física, voltados
para concursos militares e olimpíadas
científicas, lançando mais de uma
dezena de títulos, que têm fortalecido o
estudo de muitas gerações de alunos.
Aproveita suas poucas horas vagas
para cultivar seus hobbies, como ouvir
um bom rock n’ roll e viajar de
motocicleta com seus amigos do Pará
Moto Clube.
I9.
■III 788591____
936731