3-Tecnicas Basicas de Marcenaria
3-Tecnicas Basicas de Marcenaria
3-Tecnicas Basicas de Marcenaria
Apostila de Marcenaria
3 – Técnicas Básicas de Marcenaria
www.editoraprofissionalizante.com.br
Índice
www.editoraprofissionalizante.com.br
Suporte para armação
Limar II
Afiação de ferramentas
Folheado
Um espeque que prolonga o banco de trabalho
Madeiras nobres
Madeiras para objetos preciosos
Madeira
Sugestão para marceneiros
Elementos de fixação
Peças de rotação para móveis
Recursos para a colocação de fixações I
Como aplicar os nós de marinheiro.
Colocação de parafusos II
Acessórios superpostos para a junção de madeira
Como escolher a bucha mais adequada a cada caso
Acessórios complementares para portas de armários
Dobradiças que não precisam de encaixe.
Outros dispositivos giratórios para móveis
Nada mais fácil do que fixações superpostas
Trilhos para facilitar deslizamentos
www.editoraprofissionalizante.com.br
Página 2
Editora Profissionalizante
Página 3
As uniões feitas com traves e espigões são tão sólidas como
as outras mais vulgarmente utilizadas. No entanto, se a armação de
madeira vai ficar à vista, é muito mais bonito realizarmos tais
encaixes à moda dos carpinteiros antigos.
Foto 1 Foto 2
Foto 1. Esta junção em forma de rabo de andorinha pode
resistir a qualquer tração. Se efetuarmos um trabalho meticuloso de
marcação, recorte e encaixe, não será necessária qualquer outra
fixação adicional.
Foto 2. A forma mais tradicional de unir vigas é a que utiliza
furo e espigão. Para reforçar um encaixe deste tipo podemos perfurar
simultaneamente o furo e o espigão, introduzindo depois sesse
orifício um cravo que vai segurar o espigão.
Foto 3. É assim que construímos a cimalha de um telhado
com armação de cavalete. Os caibros ou vigas são cortados à meia-
madeira e fixados com cravos. As traves colocadas de ambos os
lados dão ainda maior resistência à montagem.
Foto 3 Foto 4
www.editoraprofissionalizante.com.br
Foto 4. A parte do caibro que constitui a calha tem que resistir
a grandes pressões, devido à sua posição inclinada; deve, por isso,
ser reforçado com três cravos. A cunha triangular de esforço dá um
acabamento mais sólido e perfeito ao telhado.
Foto 5. É assim que fica depois de concluído. Este tipo de
junção é muito mais fácil de montar do que a junção à meia-madeira.
Colocamos primeiro o caibro entre as tábuas, seguramos com
grampos, perfuramos e fixamos com parafusos.
Foto 5 Foto 6
Foto 7 Foto 8
Página 5
A) Encaixe em ângulo com corte obliquo;
B) Cruz à meia-madeira;
C) Encaixe em rabo de andorinha para ligação com tapume;
D) Encaixe em rabo de andorinha em ângulo.
Foto 9. Montagem de um teto baixo numa casa de madeira. A
viga corrida na horizontal é fixada com cravos e parafusos.
www.editoraprofissionalizante.com.br
Página 6
Nas ferramentas manuais é como se as limas e grosas
carecessem de interesse. No entanto cada um dos tipos tem uma
utilização específica e não pode ser usada de qualquer modo
As formas das limas grosas variam segundo o trabalho que
temos que executar.
Independentemente da forma das grosas e das limas, existem
três tipos de granulosidades: densa (bastardão), média (ou semifina)
e fina. Estas duas últimas são as que se destinam aos trabalhos de
acabamento, enquanto a primeira serve para desbastar. As formas
clássicas são: plana (retangular), de meia-cana, quadrada, triangular
e redonda (que nos casos de granulosidade densa recebe o nome de
rabo de rato)
Limas e grosas são umas ferramentas tão comuns e de um
aspecto tão simples e elementar, que pode parecer supérfluo indicar
como devem ser utilizados. No entanto, qualquer aprendiz de
carpinteiro ou metalúrgico começa pela utilização correta de ambos
os instrumentos.
Devemos limar com ambas as mãos embora a ferramenta só
tenha um cabo. Com uma mão segurando o cabo, empurramos para
trabalhar o material, enquanto com a outra, colocada no extremo da
lâmina, dirigimos, equilibramos e apoiamos a ferramenta em função
da resistência que oferece o material que estamos trabalhando.
O trabalho de limar feito com as mãos, operação na qual os
antebraços operam à maneira de alavancas, deve ser feito de modo
que o plano ou superfície que trabalhamos se encontra na altura da
cintura, requisito sem o qual os esforços de carga dos braços,
somados à instabilidade do corpo, mal assentado sobre a pélvis,
resultarão numa falta de precisão e acentuarão os defeitos do
trabalho. Como ocorre para serrar, a pressão deve ser exercida no
movimento do avanço, deslocando os cotovelos dentro do mesmo
plano horizontal para evitar uma curvatura na superfície da lima. a
amplitude do movimento deve envolver toda a superfície que
estamos limando, sem produzirmos nenhum desequilíbrio no corpo.
O movimento para trás (na direção do corpo) deve ser feito sem
atacar o material e se constituirá unicamente na recuperação do
equilíbrio do gesto, que de novo voltará a permitir com precisão a
projeção do movimento para a frente. As diferentes passagens
sucessivas e a habilidade com a ferramenta serão o que permitem
obter um trabalho perfeito. Precisamos treinar visto que limar não é
tão fácil como parece e graças ao tempo que dispendemos
conseguiremos obter o “golpe de lima” que estabelece a diferença
entre um novato e uma pessoa já treinada no uso da ferramenta.
Depois de termos limado no sentido transversal, acabamos
com rápido movimento de vaivém em todo o deu comprimento, até
que tenham desaparecido as marcas produzidas pela primeira
limagem. Devemos usar depois uma lima de granulosidade fina,
mantida perpendicularmente sobre a superfície em que trabalhamos.
A última operação consistirá em polir com tela esmeril ou lixa,
enrolando a lima com muita força para arredondar as arestas. Para
os arredondados convexos utilizamos uma lima plana e para os
arredondados côncavos a lima meia-cana ou redonda, segundo o
grau da curvatura.
Observação importante. As grosas são limas que são
utilizadas especialmente para trabalhar a madeira.
Foto 1. As formas de lima ou grosas variam de acordo de
acordo com o trabalho que necessitamos executar.
www.editoraprofissionalizante.com.br
Página 8
Detalhes do grão
Foto 2
Foto 3
Foto 4
Foto 5
Foto 6
Foto 7 Foto 8
Página 10
Foto 8. Dependendo do tipo de trabalho, de desbaste ou de
acabamento, utilizamos um tipo de lima determinado e aplicamos um
esforço diferente.
Foto 9. Decomposição do limado oblíquo. A lima progride em
sentido oblíquo na direção do comprimento da peça.
Foto 9 Foto 10
www.editoraprofissionalizante.com.br
Página 11
Somente poderemos realizar um trabalho correto e perfeito
com ferramentas de excelente qualidade e previamente bem afiadas,
pelo que devemos passar periodicamente em revista. As máquinas
universais, além de outros acessórios contam com diversos
elementos para a afiação de dureza e granulação variadas. Para um
polimento perfeito, costumam-se utilizar pedras especiais, que
asseguram resultados perfeitos.
Foto 1
Foto 2 Foto 3
Foto 3. As ferramentas metálicas normais afiam-se com um
disco de carborundo. Os metais duros, com um disco de carboneto
de silício (não representado na foto 2). Para tirar os dentes e afiar,
usam-se pedras de granulação, dureza e composição variadas.
Foto 4. As goivas costumam amolar-se geralmente com
pedras de conformação especial. Também existem pedras naturais
para se amolarem com água ou azeite e pedras artificiais para se
amolarem de preferência com água e azeite.
Foto 5. Afiar com pedras sem operação preliminar. Isso
somente é possível quando a pedra possui uma granulação grossa.
Os cortes arredondados (por exemplo, do machado) amolam-se
passando a pedra sobre a lâmina. Afiar e polir são uma única fase do
trabalho.
Foto 4 Foto 5
Foto 8 Foto 9
Foto 10 Foto 11
Foto 12 Foto 13
A
goiabeira brilha com um fulgor próprio entre as
madeiras utilizadas na confecção de móveis. De
grande finura, elegante raiado e odor agradável,
apresenta um animado contraste de cores claras e escuras ao
mesmo tempo que permite um acabamento perfeito. Estas são as
qualidades externas desta madeira nobre, apoiadas pela cotação que
alcança no mercado e pelo reconhecimento de que goza entre os
profissionais que trabalham com ela. Apesar de que trabalhar com a
goiabeira não seja fácil, pois costuma ser muito dura e exige
atenções constantes, como por exemplo saber distinguir
perfeitamente as costaneiras das peças centrais.
O que significa costaneiras?
Costaneiras significam tábuas feitas da primeira e última
parte de um tronco serrado, que geralmente se apresenta com falhas,
e mais estreita que as demais; casqueiras.
Costaneiras são também cada uma das ripas de madeira que
atravessa os barrotes no telhado.
A goiabeira procede da América do Sul e das índias Orientais,
quer dizer, daquelas terras onde o navegador Cristovam Colombo
acreditou ter chegado na sua viagem de descobrimento. Mas
também existem goiabeiras no Oriente e na África, embora seja de
assinalar a cor escura que apresenta a autêntica goiabeira do Rio,
quase marmórea, que a diferencia das outras espécies semelhantes,
mais amarelentas e de textura mais grosseira e com tendência a
rachar.
Já se disse que é uma das madeiras mais caras, tanto maciça
como em chapas. Nesta modalidade há que ter em conta as suas
características de flexão e de simetria nos raios.
Página 29
A madeira de faia é das mais comuns em todos os países
europeus. Com faia faz-se uma grande quantidade de objetos
(botões, colheres, cabides, escovas etc.). Atualmente continua-se
utilizando muito, mesmo para assoalhos, apesar da concorrência de
novos materiais.
Em finais do século passado e princípios deste, e agora de
novo, os móveis de faia curva invadiram o mundo pela sua fácil
montagem e por serem relativamente mais baratos do que aqueles
outros, tão pesados, que antes se fabricavam. Hoje volta a estar em
moda o móvel “vianense! Ou “Thonet”
A faia vaporizada consegue maior estabilidade do que a que
não sofre este processo, que tem tendência a deformar-se quando é
cortada em tábuas de pouca espessura.
Apesar das suas excelentes condições e das suas grandes
possibilidades construtivas, a faia é uma madeira que nunca
alcançou preços elevados, pelo que é muito aconselhada para o
marceneiro de bricolage que queira realizar construções resistentes.
Zebrado
A textura desta madeira é listrada como uma zebra;
extraordinariamente bela, cresce de modo espontâneo nas matas
brasileiras. Devido ao seu veio peculiar e à sua notável resistência,
esta madeira tão valiosa só se emprega em pequenas quantidades e
em superfícies reduzidas, como por exemplo em trabalhos de
marchetaria.
Marchetaria (provavelmente, do francês marqueterie) é a arte
ou técnica de ornamentar as superfícies planas de móveis, painéis,
pisos, tetos, através da aplicação de materiais diversos, tais como:
madeira, metais, madrepérola, pedras, plásticos, marfim e chifres de
animais, tendo como principal suporte a madeira.
www.editoraprofissionalizante.com.br
Página36
Pau-rosado
O verdadeiro pau-rosado apresenta uma intensa cor vermelha
que, infelizmente, se começa a perder quando está muito tempo em
contato com a luz e com o ar. Por isso, realizam-se com esta madeira
objetos que permanecerão guardados em estojos ou que só se
utilizarão de vez em quando; por exemplo, uma flauta. Existe também
o falso pau-rosado, ou madeira da Bahia.
Ébano
O ébano tem muita semelhança com a madeira de ameixoeira.
Procede de países exóticos como o Ceilão, a ilha Maurício e o
arquipélago da Malásia. Apresenta grandes vantagens como
participante na construção de bons instrumentos musicais
Página 37
Oliveira
A oliveira, árvore típica dos países mediterrânicos,
proporciona uma madeira muito particular e que pode ser bem
aproveitada pelo marceneiro para a realização de pequenos objetos,
especialmente peças torneadas. A sua textura, muito característica,
realça e dá vigor a objetos tais como peças de xadrez, estojos
talhados, caixas, cinzeiros etc.
Urze
Os celtas e os franceses conseguiram que esta madeira se
tornasse famosa. Trata-se de uma aricácia que cresce na Espanha,
em outras zonas do sul da Europa e em países da África do Norte. A
raiz é a parte que se utiliza normalmente para a execução de talhas
e, sobretudo, para a confecção de cachimbos. Os fumadores de
cachimbos sabem apreciar as suas qualidades.
Pau-santo
Esta madeira é uma das mais duras que existem. Há artesãos
especializados que se dedicam a elaborar pequenos objetos com
este tipo de madeira preciosa, procedente da América Central e da
América do Sul. Antigamente, a madeira de pau-santo foi muito
empregada para a construção de hélices de barcos e de bolas.
www.editoraprofissionalizante.com.br
Página 39
Trabalho de materiais
Madeira
Nem toda a madeira é igual. Os marceneiros sabem disso
muito bem. Existem aproximadamente 700 tipos de coníferas e
300.000 tipos de árvores de folha caduca: as diferenças de estrutura,
resistência e composição orgânica determinam o comportamento do
material. O técnico distingue entre madeiras úteis e não úteis,
segundo cada aplicação. Portanto, é conveniente dar indicações ao
marceneiro para que saiba como deve fazer com a “sua” peça de
madeira.
Para cortar a “madeira teca”, trabalha-se com uma serra provida de dentes de
metal duro.
Teca
Esta madeira utiliza-se muito para móveis e decoração interior
devido a sua cor bonita e quente. Mas cada vez se utiliza mais
também como material para a construção de janelas e portas, porque
aguenta intempéries, resiste bem ao ataque dos insetos e tem boa
“capacidade de conservação” (não mingua depois de seca). Outra
vantagem: a teca é muito facilmente trabalhada.
Serrar e furar. A teca tem inclusões minerais que cegam
rapidamente as ferramentas normais . Por isso, só se deverá
trabalhar com serras de metal duro (ver foto acima) Para fazer
buracos de grande diâmetro também se deve utilizar uma broca de
metal duro: para furos correntes, basta o uso de brocas normais para
madeiras.
Tratamento superficial. Polir com folha de lixa a água
(granulação 400), depois de ter aplicado óleo de teca na madeira até
a sua saturação. Consegue-se assim que penetre mais do que
aplicando-a com um simples pano. (também se eliminam as manchas
de umidade.)
Colagem. Os óleos essenciais de madeira de teca dificultam a
colagem. Por isso, as uniões coladas deverão ser feitas com mais
cuidado e devemos conseguir que os encaixes entrem com uma
pressão superior à das outras madeiras.
Atenção!
Os trapos impregnados de óleo de teca inflamam-se
espontaneamente; depois do seu uso devemos queimá-los com
cuidado ou lançá-los fora embebido em água.
Roble
As escassas peças que sobrevivem em oficinas antigas
demonstram que o roble é uma das madeiras mais duras e
resistentes.
Trabalho. O roble pode ser trabalhado com ferramentas
convencionais e colado normalmente. As uniões (por exemplo, os
espigões) não podem ser demasiado apertados, porque a madeira
se abre facilmente.
Precaução: a umidade, em combinação com metais ferrosos
(ferramentas e elementos de abrasão), provoca colorações azuladas.
Branqueamento. Com este tratamento superficial, destaca-se
o veio do roble. A superfície, quando não foi tratada, assim como
tingida ou chamuscada, reveste-se com uma camada de base com
verniz de proteção contra a luz e, depois de seco, é cuidadosamente
polido. Em seguida, elimina-se o pó dos poros com uma escova.
Página 40
Depois disto, prepara-se uma
massa de alvaiade em pó e base para
enchimento dos poros. Com uma boneca
de trapo que não solte farrapos, esfrega-
se nesta pasta transversalmente aos
veios nos poros (conforme a figura ao
lado).
Limpa-se rapidamente o excesso com um trapo limpo; só
devem ficar “caiados” os poros, e não toda a superfície (conforme a
foto logo abaixo) se for necessário, pode-se limpar a madeira
cuidadosamente com agarras ou outra substância ou produto que
possa substituí-lo.
Página 41
Vaporizado. A técnica mais utilizada para a mudança de cor
do roble é o vaporizado (veja as duas fotos abaixo, à esquerda, roble
vaporizado; à direita roble não vaporizado) Deste modo atua-se
sobre o conteúdo de tanino da madeira por meio de vapores de uma
solução aquosa de amoníaco a 25 ou 30%.
Goiabeira
Uma das madeiras mais decorativas, mas também mais caras, é a
goiabeira. Só é utilizada para decoração de interiores e para
foleados. Como muitas outras madeiras tropicais, é dura, resistente
às intempéries e de muita duração.
A escala de cores dos diferentes tipos de goiabeira vai desde
o castanho-amarelado até o violeta.
Trabalho. Apesar da sua grande resistência, a goiabeira não
é difícil de trabalhar. Pode tornear-se (foto da página anterior) e polir-
se. Sempre que seja possível, utilizar ferramentas de metal duro.
A goiabeira, assim como a teca, contém óleos essenciais que
dificultam a colagem.
Tratamento superficial. Em todas as técnicas devemos
observar: os poros não devem ser “enchidos precipitadamente”.
Caso contrário, desaparece o aspecto cálido da madeira e adquire
um aspecto descaído. Se quisermos envernizar goiabeira, convém
utilizar sempre um verniz especial (laca nitro celulósica) para
superfícies de poros abertos.
Sugestão
A goiabeira contém determinados agentes (perturbadores)
inibidores, que impedem uma boa secagem da película de verniz de
poliéster.
Se desejarmos aplicar o referido verniz de poliéster –
devemos tapar a superfície! – isso poderá ser realizado se
aplicarmos em primeiro lugar umas três camadas de isolante DD.
Este processo deverá ser também aplicado a outros tipos de madeira
que contenham agentes inibidores: teca, ébano de Makasar, wengé
e afzélia.
Pinho
Para qualquer marceneiro, o pinho é a madeira por
excelência. Na Europa, é a mais utilizada de todas as madeiras úteis.
E tão adequada para a decoração de interiores e mobiliário
como para a construção.
Trabalho. Pode ser muito bem
trabalhada com qualquer tipo de
ferramentas. Entretanto devemos
prestar atenção ao veio, como em
todas as madeiras. Ao aplainar a
contraveio, arranca-se uma parte do
material. Só se consegue uma
superfície lisa trabalhando no seu
sentido (veja-se o desenho ao lado).
Se utilizarmos madeira de pinho para
portas e janelas devemos pintá-las ou
impregná-las de novo em cada dois ou
três anos, já que, não recebendo este tratamento contínuo, o pinho
não resiste às intempéries.
www.editoraprofissionalizante.com.br
O pinho escurece rapidamente; os vernizes resistentes à luz
também não impedem esse escurecimento.
Mordentar e tingir. O pinho admite muito bem os banhos de
cor; não obstante, ao tingir a madeira produz-se um resultado
negativo, já que os poros brandos, que normalmente são mais claros,
escurecem mais do que as fibras mais escuras. Quando se deseja
um resultado inverso, devemos aplicar-lhe um “banho duplo”.
Portanto, convém detectar a presença de resina, pois esta não
absorve o tingimento e a superfície aparecerá manchada.
Pode-se contrabalançar a resina de modo muito simples:
aplica-se uma solução a 3% de “pedra de sabão”, deixando que atue
durante 5 minutos, até impregnar por completo a superfície.
Em seguida, passa-se uma escova de raízes, na direção da
fibra, até se produzir uma densa saponificação. Levar esta espuma
com água tépida e, alguns minutos
depois, deixar secar completamente a
superfície.
Eliminar nós. O pinho apresenta
uns nós com uma certa frequência. Para
os eliminar torna-se necessária uma
broca especial e tacos de madeira
transversal de medidas diferentes que o
próprio pode realizar (veja-se a foto ao
lado).
Se o nó for tão grande que não se possa tapar com um taco,
procede-se do seguinte modo: primeiro coloca-se um taco e em
seguida faz-se outro furo de modo a cobrir-se todo o nó e parte do
primeiro taco. Seguindo esta técnica, pode-se encher grandes nós
com tacos sucessivos. Por exemplo, se tivermos que eliminar uma
forcadura (um nó inclinado na madeira), colocamos com frequência
três tacos reunidos uns atrás dos outros.
Os nódulos de resina (buracos cheios de resina) devem ser
eliminados sem qualquer dúvida, porque estragam as superfícies
envernizadas. Um nódulo vertical é furado e raspado. Os nódulos de
resina inclinados são de acesso difícil. O melhor será não utilizar a
tábua afetada, porque a resina que não é totalmente retirada voltará
a sair.
Sugestão
Frequentemente, o pinho apresenta uma coloração azulada.
Neste caso a madeira está atacada por fungos. Se bem que a
qualidade da madeira não se veja muito afetada por isso, não deveria
ser utilizada para construções de armar. Para neutralizar o ataque
dos fungos pode-se aplicar um líquido especial que detenha a sua
proliferação, antes aplicar a base e o verniz.
Limba
A limba, apesar de não ser muito divulgada, é uma das
madeiras que o marceneiro trabalha com mais gosto, visto por ser
muito branda . Mas esta madeira só pode ser utilizada para interiores,
pois não resiste às intempéries e é facilmente atacada pelos fungos
Trabalho. A limba é trabalhada com facilidade com todos os
tipos de ferramentas. Só devemos prestar atenção ao final, pois
nestes pontos tende a quebrar.
Tratamento superficial. Dada a sua propensão para ser
atacada por fungos, deve ser tratada antes de qualquer trabalho, com
um líquido fungicida. A madeira pode tingir-se facilmente com
corantes e é envernizada sem dificuldade.
Sugestão
A limba é utilizada frequentemente em portas exteriores. Para
isso será melhor outra madeira, parecida à limba, chamada afo, um
pouco mais dura que a primeira (foto superior: à de baixo, afo; à de
cima, limba). O afo tem uma estrutura mais lisa do que a limba, mas
é mais sólida. A diferença de cor entre as duas madeiras é muito
pouca.
Acaju
O acaju foi a madeira com que se fizeram os móveis mais
valiosos. O brilho dourado desta madeira confere um matiz muito
apreciado a todas as peças. Neste aspecto, nunca deixou de
satisfazer, inclusive quando é utilizada para janelas e portas, como
acontece com frequência.
Além disso, o acaju é duro, resistente, sólido e suporta as
intempéries e o ataque de insetos e fungos. Como sucede que tem
uma grande dureza, utiliza-se muito na construção de urnas.
Trabalho. As principais dificuldades
para trabalhar o acaju advém do crescimento
rotativo da madeira (veja-se o sedenho ao
lado), pelo que os veios nem sempre estão
na mesma direção.
Só se consegue uma superfície sem
irregularidades se aplainarmos as peças a partir de cada
extremidade. Caso contrário, a madeira surge áspera e pouco
apresentável (veja-se a foto logo abaixo).
Guia de deslize
Ao abrir as gavetas, logicamente estas roçam com as guias
que as suporta. Estas guias e a superfície contígua, ou seja, a
superfície mais próxima (até uma altura de 2 cm) deveriam ser
revestidas com uma tira ou ângulo de material sintético.
www.editoraprofissionalizante.com.br
Página 49
Ângulo de madeira
Os ângulos de madeira precisam ser verificados de vez em
quando para vermos se eles se deslocam. Uma maneira de fazer esta
verificação é colocar o ângulo na borda direita de uma placa e traçar
uma linha ao longo da borda. Inverter o ângulo (veja-se o desenho
logo abaixo) e verificar se a linha traçada e a borda do ângulo
coincidem. Caso contrário, devemos corrigir o ângulo.
Buracos Circulares
Um rebaixe ou furo na madeira é polido de modo muito
simples: envolver um bocado cilíndrico de madeira, de pequeno
diâmetro, em lixa de papel e passá-lo de um lado para o outro do
buraco. Assim não se produzirão ressaltos.
Colagem
Se as peças são envernizadas antes da colagem, as zonas a
colar deverão ficar sem verniz: aplicar fita autocolante, de modo a
revestir a zona que é preciso preservar.
Fechos magnéticos fortes
Algumas portas de armários têm fechos magnéticos
demasiado fortes: colar sobre eles um pedaço de fita adesiva
transparente tipo “durex”.
Final da lição sobre sugestão para marceneiros
Elementos de fixação
Eis aqui um tipo de fixação especial na qual a união entre as
peças não é obtida por compressão, mas simplesmente por
penetração e ajuste de elementos que encaixam perfeitamente entre
si. Na realidade é utilizada somente para uniões entre peças de
bastante peso e nas quais a força da gravidade é fundamental para
consolidar a união do encaixe. À esquerda e no centro, elementos de
armar utilizados na união das travas de cama (na cabeceira e nos
pés). À direita, elementos de suporte para prateleiras ou estantes
sustentadas pelos extremos. Todas estas fixações são diretamente
aparafusadas as peças que unem e às vezes é também necessário
fazermos um encaixe.
Diversas versões de
parafusos com cabeça
cruciformes (aparafusados em
direção axial ou em direção ao
normal ao eixo – como o
parafuso de armar): parafusos
de cabeça Allen (com
alojamento hexagonal) e de
ranhura simples com porcas que
embutem por roscas e parafuso
com duas cabeças cegas.
Na fotografia logo abaixo, você verá diferentes tipos de
fixações que são embutidas por simples furação, sem ser necessário
abrirmos entalhes com o formão. Na parte superior e à esquerda
fixação de elementos plásticos que são unidos por pressão. À direita,
diversas formas de fixações cuja consolidação é feita por giro
excêntrico, de uma forquilha que é retida quando comprimimos o
botão do parafuso enroscado numa porca previamente embutida no
outro elemento que uniremos. Na parte inferior, vários modelos de
fixações na qual a união é feita por giro do parafuso, utilizando
sistemas análogos ao de armar, ou com parafuso comum com
ranhura diametral.
As fixações superpostas mostradas na foto acima, não
necessitam de entalhes nem furos para serem utilizadas na união de
duas peças. Cada uma das duas peças básicas da fixação é unida
por simples aplicação de parafusos. São fixações de colocação muito
fácil pelo menos experimentado, se bem que precisam de muita
firmeza como é demonstrado na página anterior. Observemos que a
maior parte delas se baseia no princípio de aplicação do parafuso de
armar.
Na foto abaixo nós vemos diversos tipos de fixações ou de
simples uniões por encaixe ou por encaixe e parafuso. Graças a
algumas dessas fixações, a desmontagem das peças que integram
o móvel é muito mais rápida do que com qualquer outro tipo de
fixações que requer que afrouxemos um parafuso ou giremos um
retentor. Acima, à esquerda, uma fixação à base de taco de expansão
metálico que é embutido num furo e que retém a outra peça
diretamente com parafuso.
Página 56
A seguir, mostraremos várias representações dos últimos
exemplos destes tipos de fixações feitas por superposição e
parafuso. São fixações que deverão ser devidamente conhecidas
pelo marceneiro que deseja ser eficiente ou necessita de máquinas
para fazer furos meticulosos como se requer para embutir outros
tipos de fixações.
Outra maneira de simplificar a colocação de fixações
embutidas foi a supressão de caixas retangulares que devem ser
feitas manualmente com formão (ou industrialmente com fresas de
cadeia ou outras máquinas especiais). Esta simplificação baseia-se
essencialmente em peças redondas cuja inserção requer a ação de
brocas ou fresas acionadas por uma simples furadeira elétrica.
Basta fazermos três furos numa peça e dois de diferente
espessura na outra peça para conseguirmos embutir os elementos
que permitem uma fixação estável, de armar e desarmar entre as
diferentes partes de um móvel ou construção. Uma boa parte das
fixações expostas corresponde a este sistema. Algumas delas
utilizam ainda o de cabeça romana (parafuso de armar) e outras
consolidam a união por meio de um excêntrico.
Este tipo de fixação muito sólido e de fácil colocação quando
dispomos de uma furadeira elétrica e de algumas brocas ou fresas
adequadas, deve ser bem conhecida pelo marceneiro que necessite
realizar a montagem de móveis, tanto em madeira maciça quanto em
laminado e até aglomerado.
Finalmente citaremos outro sistema de união muito divulgado
recentemente, que consiste na aplicação dos parafusos Allen com
roscas especiais que por sua vez são aparafusados num dos
elementos a ser unido. As principais variedades estão expostas nas
fotos deste capítulo junto com outras de aplicação de parafusos
simples com fêmeas cegas (quer dizer, que escondem o parafuso no
seio da sua cabeça, proporcionando um acabamento bastante mais
bonito e perfeito).
Final da lição sobre elementos de fixação
Página 57
Materiais: Para facilitar a rotação das
partes deslocáveis para móveis, assim
como os elementos de carpintaria,
recorremos a peças que recebem diversos
nomes segundo a sua forma, maneira como
são fixadas e como efetuam a rotação:
dobradiças, pernos, gonzos, pivôs, lemes
etc.
Muitas inovações nas peças de
rotação se diferenciam das antigas peças
tradicionalmente utilizadas, já que a rotação
não é realizada através de uma simples abertura radial, mas por um
duplo jogo de pontos articulados, graças aos quais a folha da porta
não só gira, como se desloca, como as ilustradas que mostraremos
no final deste capítulo.
Dobradiça fixa
Página 58
Dobradiça sem espelho
Página 60
É um elemento de rotação tradicional, muito utilizado para unir
portas superpostas. É constituída por perfis de metal cravado com
um perno provido de arremates finais. Permite uma abertura de porta
de 180º
Dobradiça invisível para embutir
Página 62
Dobradiça fixa dupla e plana
www.editoraprofissionalizante.com.br
Página 64
Dobradiça só com um espelho quebrado
Foto 2
Foto 2. Se for necessário realizar várias fixações em um
mesmo elemento de móvel, será conveniente fazermos uns moldes,
porque deste modo evitaremos marcações repetidas e os possíveis
erros que isso implica. Um pedaço de aglomerado servirá para o
caso.
Página 70
Foto 3
Foto 3. A madeira mais simples de determinarmos a
espessura de um elemento vertical é a utilização do mesmo elemento
para realizar o traçado (em baixo). Da mesma forma um traço feito
na metade da sua espessura determinará o centro onde devemos
fazer os furos para as peças em que são aparafusados os tubos (em
cima).
Foto 4
www.editoraprofissionalizante.com.br
Página 71
Foto 5
Foto 5. Nesta ilustração mostramos a forma de realizar um
alojamento para embutir a caixa do acessório de fixação com uma
broca que corresponde exatamente ao diâmetro da caixa.
Foto 6
Foto 6. Perfuração do alojamento onde embutimos a peça
para receber o tubo por simples rotação. Neste caso concreto
utilizamos a furadeira elétrica com uma broca de 10 mm.
www.editoraprofissionalizante.com.br
Página 72
Foto 7. Modo de realização de perfuração por onde deve
passar o tubo, o qual deverá ser recebido na caixa do acessório. O
furo também é feito com a furadeira elétrica fixa e com uma broca de
6 mm que corresponde corretamente ao tubo mencionado.
Foto 8
Foto 8. Entalhe das peças por simples percussão com
martelo, após introduzirmos um pouco de cola no interior do
alojamento. A cola que escorrer será retirada com um pano úmido.
Página 73
Foto 9
Foto 9. Os tubos são aparafusados nas suas respectivas
peças e unidos por rosca às caixas. As cabeças dos tubos
apresentam uma ranhura que facilita girá-los com uma chave de
fenda.
Foto 10
Foto 10. Para unirmos os dois elementos do móvel bastará
passarmos os tubos pelos orifícios correspondentes do elemento em
que estão embutidas as caixas e girando o excêntrico nelas contido.
Final da lição sobre recursos para a colocação de fixações II
Página 74
Trabalhos manuais
Estropos
Os Estropos são anéis corrediços situados na extremidade de
um cabo ou de uma corda o que torna a sua aplicação muito variada.
O estripo mais conhecido e utilizado é o chamado às de guia: a sua
característica principal reside em servir, tanto para enganchar um
cabo quanto para “conter”, ou melhor, segurar, certos objetos no seu
centro.
Por exemplo, usam-se estropos para segurar um cabo e uma
estaca, amarrar um cabo à alça de um balde, segurar chaves, fazer
uma argola para pendurar um objeto previamente amarrado etc.
Outros nós têm a particularidade de formarem dois estropos
ou centros. Entre estes destacam-se o às de guia pelo centro ou
balso pelo centro, bem conhecido dos alpinistas, porque permite
suspender e sustentar um homem. Neste caso, cada perna deverá
passar por um centro diferente.
Outras aplicações neste nó são semelhantes à do às de guia,
como acontece quando temos que suspender separadamente, numa
mesma corda, vários objetos.
Nós corrediços
Os nós que descrevemos até agora não apertam os objetos
que passam pelo seu centro.
Quando é necessário que o nó corra ao longo da corda onde
foi feito convém recorrer ao ás de guia para laço, formado a partir
do ás de guia ou nó de 7 voltas, bastante adequado à certas
ocasiões
Nós de encurtamento
É utilizado, como seu nome indica, para reduzir o
comprimento de um cabo sem a necessidade de cortá-lo, ou para
que certas zonas deterioradas não suportem qualquer tipo de tração.
Estes nós chamam-se de margarida e apresentam grande número
de variações possíveis. Em todas elas, porém, é necessário manter
as extremidades esticadas para que não se desfaçam.
Nós de ajustamento
Servem para unir dois cabos de diâmetros iguais ou
diferentes. O mais simples é o nó plano. Nem sempre nos dá a
máxima segurança, principalmente quando feito com cabos de fibra
sintética, sendo extremamente difícil desfazê-lo se o cabo estiver
molhado.
Quando os cabos têm diâmetros diferentes aconselhamos
utilizar o nó de volta de escota, simples ou duplo, que oferecem uma
segurança absoluta. A volta de escota possui uma infinidade de
aplicações na vida cotidiana, desde a simples encomenda postal até
cordas dos bagageiros, passando pelos cordões das cortinas ou pelo
aproveitamento dos restos de barbante que há em qualquer casa.
Quando se torna necessária uma união firme, mas facilmente
desmontável, deve empregar-se o nó de caracol, sobre o qual não
será necessário fazermos qualquer comentário devido à sua
aplicação.
Quando se trata de unirmos cabos de diâmetros diferentes, o
nó de pescador oferece maior segurança, sendo mesmo incrível que
este nó tão simples (formado por dois meios nós) seja tão eficaz.
Nós de união
Este é um tipo de nó pouco homogêneo, mas quase todos que
o integram são utilizados para segurar fortemente a extremidade de
um cabo a um corpo, quer seja uma âncora, uma argola, um pau, ou
dois, ou vários corpos rígidos unidos entre si.
Entre estes destacamos o belestrique (também chamado de
volta de belestrique), que pode ser simples ou duplo. Como o
belestrique simples nem sempre é muito seguro, é preferível utilizar
o duplo. Como os outros nós, parece impossível que o belestrique
duplo suporte os esforços a que costuma ser submetido. A sua
utilização é extremamente variada: como fecho de sacos ou bolsas,
para amarrar as tampas dos vidros de conserva, juntar diversas varas
de pesca, segurar cordas e paus etc.
Há muitos nós de união que são conhecidos. Para maior
familiarização e compreensão do leitor anexamos os esquemas
perfeitos destes nós de união.
No entanto, sem querermos estar dando lições,
recomendamos especialmente aos automobilistas que estudem com
atençãoestes nós de união, pois poderão resolver muitos problemas,
quando chegar a hora de prender malas e pacotes de vários
tamanhos no bagageiro do seu carro e em outras situações.
É quanse impossível enumerar e classificar todos os nós
existentes. Há um autor – Clifflord – que na obra mais completa sobre
a materia, The Ashley Book of Knots ( O livro dos nós), enumera e
descreve 3850 nós. No nosso caso, escolhemos os nós de
marinheiro por acreditarmos que – ao reunir as características
apresentadas inicialmente – poderiam ser os mais úteis para os
leitores, além de desvendarmos um pouco do mistério que parece
pairar sobre esta maravilhosa invenção.
Foi precisamente o desconhecimento da sua extrema
simplicidade que criou esta áurea à sua volta. Achá-los difíceis é
revelar um profundo desconhecimento das suas características.
Se observarmos atentamente os desenhos que acompanham
este texto, será possível reparar como é simples fazer estes nós de
marinheiro. E mais, se essa observação for acompanhada com um
pedaço de corda na mão com o qual iremos fazendo os nós à medida
que os estudamos, podemos facilmente perceber que são de tal
simplicidade que será mesmo difícil esquecê-los
Aqui está a magia dos nós de marinheiro: é que sendo tão
fáceis de fazer e de recordar, logo se tornam imprescindíveis na vida
cotidiana.
Página 80
1. nó de grinalda ou de frade; 2. lasca; rabo de vaca, (pode ser
utilizado também como margarida); 4. às de guia; 5. às de guia pelo
centro ou balso pelo centro; 6. cote duplo com costura; 7. laço de
calabre; 8. cote de laço; 9. cote com costura; 10. cote de cauda de
porco; 11. às de guia para laço; 12. nó de verdugo; 13. cote de guarda
marinha; 14. volta de braçada ou de carpinteiro;
Página 81
15. nó plano; 16. volta de escota; 17. nó de pescador; 18. volta dupla
de escota; 19. nó de caracol; 20. grupo duplo de calabre; 21. volta de
braçada ou nó de carpinteiro; 22. balestrique; 23. nó de envergue;
24. meio cote; 25. às de guia para laço duplo; 26. volta de pescador;
27. volta dentada; 28. balestrique duplo; 29. margaridas.
www.editoraprofissionalizante.com.br
Página 82
No quadro superior: como fazer um às de guia. Quando é bem
conhecido, este nó passa a ser o mais utilizado, pois tanto permite
enganchar como ser ligado a argolas ou prender objetos no seu
centro (chaves, por exemplo). No esquema imediatamente acima
destas linhas: as fazes da execução de um às de guia pelo centro ou
balso pelo centro. Depois de feitos dois centros, é possível içar um
homem – passando uma perna por cada um – ou prender no mesmo
nó, mas em centros diferentes, pequenos objetos.
Página 83
No quadro acima à esquerda: nó plano. Empregado quando
dois cabos têm a mesma grossura. No quadro à direita: volta de
escota. É a união mais segura quando os dois cabos têm
características diferentes.
Página 84
1. ligação de uma corda a um pino de metal; 2. fixação de
extremidade de uma corda a uma “pipa” ou a um T; 3. e 4. nós de
fixação rápida de uma corda a uma argola, barra, estaca, bagageiro
etc. (meio nós + cotes); 5. e 6. nós de ligação permanente de uma
corda a uma argola; 7. maneira simples e segura de colocar uma
corda em um gancho de elevação (inspirado na volta dentada); 8.
ligação de dois cabos que trabalham em direções diferentes; 9.
retenção de objetos em forma de T (volta de braçada + dois meios
nós); 10. forma de atar a corda de um arco (dois balestrique em
cadeia); 11. forma de pear um animal sem machucá-lo; 12.
apreensão de objetos de forma irregular (volta de braçada + meios
nós); 13. suporte do assento de um trapézio ou de quaisquer outros
objetos com orifícios, tais como chaves, correntes etc. (às de guia);
14. como prender uma corda a uma estaca que se encontra na
mesma direção (variante do balestrique); 15. maneira cômoda e
segura de manejar objetos cilíndricos; 16. como prender e pendurar
objetos cilíndricos (balestrique + ás de guia); 17. como fechar a boca
de um saco, bolsa, taleiga etc. (balestrique duplo);
A) B)
C)
Figuras A), B) e C). Em cima à esquerda: como unir
longitudinalmente duas cordas. Este sistema é também válido para
corpos rígidos. Por cima: maneira de arrematar a extremidade de
uma corda, para que não se desfie. Outra forma é a utilização de um
nó de balestrique, que pode ser arrematado, por sua vez, com um nó
de rabo de vaca. Quando este reveste uma textura rígida ou flexível
é denominada ligamento sem nó.
Final da lição sobre como aplicar os nós de marinheiro
Colocação de Parafusos II
Esta união entre
dois elementos de
fixação é muito
sólida, pois permite
comprimir um amplo
setor semicircular
contra o encaixe,
também circular,
onde introduzimos o
elemento embutido.
Eis outra variedade
de colocação de
parafusos especiais
diferente da descrita
anteriormente (“Recurso para a clocação de parafusos”). A principal
diferença entre ambas reside na forma de conseguirmos apertar os
elementos de união do acessório utilizado. Enquanto nesse caso o
aperto era conseguido por uma rotação excêntrica, aqui empregamos
o enroscamento.
Na realidade, o trabalho com este parafuso embutido é de
mais fácil realização do que com o tradicional sistema de rosca de
cabeça romana, (ou cabeça de morto), utilizado principalmente para
ligar partes de armários, peças de cama e outros móveis que têm de
ser desmontados para serem transportados ou mudados de lugar. No
entanto, a sua eficácia é muito semelhante, mas com a enorme
vantagem que, para conseguir o encaixe são necessários
ferramentas muito mais simples e ajustamentos menos minuciosos.
É, portanto, ideal para o marceneiro que geralmente tem ao seu
dispor essas ferramentas, quer se trate de uma máquina universal
elétrica ou manual.
As ferramentas necessárias são, mais precisamente, uma
broca correspondente ao orifício da braçadeira com porca interior que
recebe a rosca de apertar, e uma fresa ou uma broca com um
diâmetro correspondente ao do acessório quase semicircular que se
ajusta a essa rosca de aperto.
A cavidade para encaixar esta peça é conseguida por
deslocamento longitudinal, visto que, para maior comodidade do
encaixe da peça, convém que o orifício seja um pouco oblongo em
vez de perfeitamente circular. (Oblongo ou oblongado significa: cujo
comprimento é maior do que a largura e por isso é não perfeitamente
redondo). No entanto, se aceitarmos forçar um pouco a entrada da
rosca com o respectivo acessório, o orifício em questão pode ser
obtido com uma única perfuração.
Se realizarmos as perfurações com máquina universal é mais
aconselhável que este se encontre fixo na sua coluna. Como as
perfurações são aqui sempre efetuadas pelas faces das peças, esse
acessório permite efetuá-las com a máxima precisão.
É fundamental que os traçados sejam precisos. Para tanto
devemos marcar bem os centros das perfurações onde devemos
apontar a broca. É igualmente decisivo estabelecer os limites de
profundidade, de modo que os acessórios de fixação fiquem
perfeitamente nivelados, portanto, nem salientes nem afundados no
encaixe.
A braçadeira que recebe a rosca de fixação está roscada
internamente para receber, e é roscada externamente para se
encaixar com segurança no orifício que lhe corresponde. Sendo
assim, o diâmetro dessa perfuração deverá corresponder ao do eixo
não abainhado, de modo que as aletas se vão incrustando nas fibras
da madeira.
Depois de efetuadas as perfurações e os dois elementos de
fixação se encontrarem dispostos nos respectivos encaixes, a união
já poderá ser conseguida por meio da rotação da rosca, utilizando
para isso, um punção ou um prego grosso, que correspondam ao
diâmetro dos orifícios existentes na cabeça da rosca.
Foto 1
Foto 2 Foto 3
Chapas perfuradas
Permitem realizar uniões de madeira em ângulo reto e
oblíquo. São utilizadas samblagens a topo, (que é a união de diversas
peças de marcenaria pelas suas extremidades) bem como para
ligações de peças de espessura considerável. Podem ser
encontradas em diversos tamanhos e, se for necessário, também
podem ser cortadas e ajustadas às medidas mais convenientes pois,
para isso, basta uma serra para metais. Também podem ser
dobradas e utilizadas para reforço de cantos interiores.
www.editoraprofissionalizante.com.br
Página 94
Chapas perfuradas
Cravos reforçados
Cravos reforçados
Trata-se de cravos metálicos cujas extremidades
apresentam um aro dotado de uma série de dentes
dobrados.
Este conunto de dentes fica cravado na parte exterior da peça
de madeira que desejamaos unir com outra. Esses cravos costumam
também ser dotados de uma rosca na outra extremidade onde
podemos aplicar uma porca.
Depois dos dentes perfeitamente cravados pela junção das
duas peças, a cavilha fica completamente imobilizada, o que permite
apertar convenientemente a porca que prende a outra peça de
madeira.
Estes cravos podem ser encontrados com os mais variados
diâmetros destinados às mais variadas aplicações, porém, todas de
grande utilidade.
Página 95
Acessórios de canto
1. este esquadro tem os lados desiguais e é utilizado para
reforçar uniões entre peças de madeira de larguras desiguais ou de
diferentes espessuras, repartindo assim, de modo mais equilibrado,
as cargas que devem suportar as vigas e traves da obra. Podem ser
encontradas em vários tamanhos.
Anéis de união
Trata-se de uns anéis dotados de puas muito
resistentes e que são cravados simplesmente
nas duas peças de madeira que desejamos
unir.
Servem para unir entre si peças de diferentes
tamanhos (quer em largura quer em
comprimento) com a máxima segurança e sem
qualquer perigo.
Estes anéis são acessíveis em determinadas medidas e
diferentes diâmetros, sendo que a maior resistência às trações
corresponde neste caso aos anéis de maior diâmetro.
Acessórios de encaixe
1. este tipo de acessório é utilizado de preferência para a
montagem de armações de telhados, sobretudo quando temos de
fazer montagens adicionais com vigas suplementares a uma obra já
existente. Podem ser encontrados em diversas medidas tanto quanto
ao comprimento quanto à largura das patilhas
2. Este acessório de encaixe foi especialmente concebido
para a junção de vigas e vigotas metálicas com outras de madeira. A
patilha que deve ser fixada a madeira é muito mais larga do que a
que suporta a vigota de ferro e é dotada de orifícios de dois tamanhos
para poder ser consolidada com pregos e roscas de lado a lado.
3. Para conseguirmos uma consolidação perfeita de todos
estes acessórios utilizamos pregos especiais para encaixe que já
cravados, oferecem grande resistência ao serem forçados. Para isso,
o corpo do prego dispõe de dentes em forma de espiral, que é
introduzido entre as fibras da madeira proporcionando assim uma
fixação bastante estável.
Página 98
Final da lição sobre acessórios superpostos para a junção de
madeiras.
Material
Como escolher a bucha mais
adequada a cada caso
Sem buchas não é possível proceder a qualquer fixação
estável em um teto, parede ou chão. Existem no mercado inúmeras
variedades de buchas e não será de mais afirmar que para cada caso
especial existe um tipo específico. Nestas páginas procuramos
apresentar os tipos mais representativos.
Existem no mercado inúmeras variedades de buchas
produzidas por diferentes fabricantes e destinadas às mais distintas
aplicações. Existem as buchas simples – e, portanto, mais baratas –
que, se bem que satisfaçam algumas das necessidades elementares,
não são suficientemente resistentes quando estamos a lidar com
esforços de tração de certa importância, ou quando se destinam a
materiais que se desfazem com facilidade ou são muito moles. Além
disso, há buchas que são verdadeiros sistemas de fixação
destinados a locais de difícil retenção, que são, por isso, muito mais
caras e cuja utilização, em pontos nos quais a segurança que
proporcionam não é absolutamente indispensável, se torna um
verdadeiro desperdício.
www.editoraprofissionalizante.com.br
Página 106
Materiais
Dobradiças que não precisam de encaixe
www.editoraprofissionalizante.com.br
Depois de desmontarmos o eixo rotativo, basta colocarmos
novamente cada uma das chapas sobre a guarnição e no canto, ajustando
cuidadosamente as pontas com as marcas deixadas pela operação
anterior.
Materiais
Outros dispositivos giratórios para
móveis.
Foto 1
Na foto acima podemos ver diversos exemplos de compassos
para sustentar portas de abater do tipo das de escrivaninha. Alguns
desses acessórios são compassos propriamente ditos enquanto
outros, apesar de receberem também essa designação, são de fato
braços articulados que deslizam sobre um ponto de rotação. Ao
comprá-los é fundamental lembrarmos os esforços a que estão
sujeitas, bem como a maneira de realizar a fixação das respectivas
extremidades. Se essas fixações se reduzem a alguns parafusos, a
resistência a grandes esforços será mínima e o painel que serve de
borda, depois de baixado, só poderá ser considerado como simples
base para pendurar qualquer elemento pouco pesado. As fixações
como dispositivo expansível são muito mais seguras e eficazes,
permitindo esforços muito maiores.
Ao lado dos acessórios mais comuns utilizados para abrir e
fechar portas verticais e horizontais (tampos como os utilizados em
caixotes e arcas et.), existem outros, concebidos particularmente
para casos especiais de portas horizontais, como por exemplo para
móveis de toca-discos, portas de escrivaninhas adequadamente
resistentes, de forma a permitirem o trabalho normal sobre elas,
portas superiores para armários que se abrem para cima e que
possam ser deixadas abertas enquanto procuramos qualquer coisa
dentro do móvel, sem termos que segurá-las de qualquer modo etc.
Nas fotos em anexo apresentamos as principais amostras
deste tipo de acessórios existentes no mercado bem como alguns
esquemas de montagem para os dispositivos cujo funcionamento
não podemos entender diretamente a partir de sua simples fotografia.
Referimo-nos especialmente aos situados na parte superior da foto
2, que servem para sustentar portas basculantes situadas na parte
superior de armários encaixados na parede: tratam-se de dispositivos
que permitem que a porta, ao ser aberta, fique automaticamente
segura na posição adequada a permitir o fácil acesso ao interior do
móvel; o que se torna particularmente útil se tivermos em conta que
geralmente, nestes casos, é indispensável termos de nos empoleirar
sobre um banco ou escada, o que limita o raio de ação dos braços.
Podemos dizer que na foto apresentada na primeira página
desta lição, a foto 1 se encontram praticamente todos os dispositivos
que permitem a abertura de uma porta basculante (de secretária ou
escrivaninha) e que garantem, com maior ou menor segurança, que
a porta, depois de aberta, suporta perfeitamente o peso necessário
para que possamos trabalhar à vontade sobre ela. Geralmente, os
pontos de fixação destes elementos giratórios em forma de
compasso costumam situar-se na parte interna da porta de abater, e
na parte interior das ilhargas (laterais) do móvel. Devem ser
colocados em ambos os lados para proporcionarem maior
estabilidade de suporte e resistência frente aos pesos que tenham
que sustentar. É por isso que a maioria desses acessórios são aos
pares, ou seja, apresentam-se em conjuntos simétricos para o lado
direito e para o lado esquerdo de cada peça.
Foto 2
Os sistemas apresentados na foto 2 correspondem a
dispositivos de sustentação de portas da parte superior de armários
que não necessitam de outros acessórios complementares para se
manterem abertas. Nos desenhos abaixo foto 3, podemos ver os
processos da sua colocação.
Foto 3
Foto 4
Eis outros sistemas de sustentação para portas basculantes que
se levantam e que, por meio de diversos sistemas (dentes, molas de
pressão), permitem que a porta fique bem segura quando aberta. Alguns
desses sistemas são utilizados com frequência em tampas de móveis de
toca discos.
Sugestão
A erosão provocada pelas roscas dos parafusos ao receberem
e transmitirem as trações de diversas espécies, acaba por produzir o
esfarelamento da base de fixação e mesmo a expulsão do parafuso.
Existem, porém, vários meios de ultrapassar esta situação:
a) Introduzir umas pequenas buchas ou mesmo aparas de
madeira com cola no orifício (de preferência resina epóxida de dois
componentes). Depois que a cola secar lixamos o que tenha ficado
de fora e introduzimos novamente o parafuso.
b) Utilizar uma massa de dois componentes à base de
poliéster (também denominada madeira sintética). Depois de feita a
mistura dos dois componentes, introduzimos no orifício e, sem
esperar que seque, introduzimos então o parafuso. Essa massa, ao
secar, constituirá como que um molde de roscado parafuso,
permitindo assim que seja retirado com toda a facilidade sempre que
for necessário.
c) Misturar com resina epóxida de dois componentes
enchendo o orifício defeituoso. Depois de seca, essa mistura
oferecerá muita resistência à entrada do parafuso, penetração que
poderá ser ajudada ao fazermos um pequeno orifício com uma broca
de calibre um pouco inferior ao do cano do parafuso (quer dizer,
descontada a rosca).
Página 118
A esquerda, depois de colocadas as duas partes da fixação
basta encaixá-las. Não importa se a parte macho custa a entrar. A
operação é facilitada pela forma cônica da peça de penetração. À
direita, depois de encaixadas as duas partes da fixação, basta
segurá-las introduzindo a tampa nas ranhuras que funcionam como
trilho para o seu deslizamento. Devemos exercer pressão, porque a
separação entre as bordas é menor do que a existente entre as bases
das ranhuras.
É evidente que, para começar, temos que fazer referência de
que com estas fixações superpostas nunca conseguimos uma
retenção tão perfeita dos elementos unidos, como com as fixações
nas quais os diferentes elementos ficam embutidos e encaixam
dentro dos respectivos e adequados orifícios ou encaixes realizados
previamente.
Em geral, as fixações embutidas proporcionam uma
compressão mecânica semelhante à exercida pelos seus diversos
componentes sobre as peças onde se encaixam. Ao contrário, as
fixações superpostas proporcionam uma união entre as diversas
peças por simples contato entre elas ocasionando mesmo inúmeras
folgas se não trabalhamos com perfeição.
Estes tipos de fixações permitem, de fato, resolver com
grande rapidez os problemas levantados pela junção ou ligação de
estruturas para formar um corpo construtivo ao qual não será exigida
uma grande resistência aos esforços de tração, de transporte ou
arrastamento de um lado para o outro, agitação etc., sendo mesmo
particularmente satisfatórias para a realização de um caixilho,
armação ou armário que ficarão estáticos e destinados, de
preferência, a receber exteriormente outras formas de reforço
(fixações em paredes, utilização de qualquer outro reforço da junta
que comprima as paredes do corpo etc.).
Outro dos inconvenientes das fixações superpostas reside no
fato de que o acessório fica saliente no interior da superfície que
reúne, o que por vezes pode ser um obstáculo para o aproveitamento
integral de todo o espaço interior, pois as partes salientes impedem
o acesso aos cantos de reunião das placas ou painéis unidos por
esse processo.
Apesar destes inconvenientes relevantes, serão muitos os
casos em que as fixações sobrepostas serão o recurso mais indicado
para resolver rapidamente certos problemas de montagem, levando,
porém, em consideração as limitações apontadas, particularmente
com relação à utilização de elementos auxiliares e à sua
contraindicação para móveis destinados a constantes deslocações
ou deslocamentos.
Nas fotos em anexo podemos verificar a extrema facilidade
das operações viáveis na colocação deste tipo de fixações. Apesar
do sistema mecânico de realização da fixação poder variar bastante
de uns casos para outros, este tipo de acessórios sempre tem em
comum a forma de retenção utilizada: a simples utilização de
parafusos que prendem cada parte do acessório ao elemento
estrutural que fica, por esse meio, ligado aos outro.
Bastará, portanto, dispormos o acessório exatamente no
ponto de encontro dos elementos da armação, marcarmos os pontos
de introdução dos parafusos, fixando separadamente cada uma das
partes e, finalmente, encaixando-as realizando a união final que pode
ainda obedecer a sistemas mecânicos muito diferentes: cunha,
pressão, excêntrico, parafusos etc.
O mais importante a considerarmos nestas fixações,
particularmente no momento da colocação, é a exatidão com que
todo o trabalho deverá ser feito, para que o mecanismo atue com a
máxima eficácia. Para isso devemos dispor primeiro os diversos
elementos segurando-os o mais ajustável possível, utilizando todos
os acessórios de retenção disponíveis: grampos, roscas etc. Além
disso, a marcação dos pontos destinados aos parafusos é também
fundamental, porque estes devem desempenhar uma função de
alavanca, evitando que a parte da fixação que é aparafusada fique
minimamente solta, mesmo que seja necessário um pouco a entrada
e posterior encaixe das partes de fixação.
Foto 1
www.editoraprofissionalizante.com.br
Foto 1. Guias metálicas com esquadros especialmente
concebidos para serem incorporados às gavetas que devem receber
peso e graças às quais podemos prescindir de laterais e fundos de
uma gaveta tradicional.
Foto 2
Foto 2. Exemplo de montagem de acessórios montado na foto
anterior. Sua aplicação em gavetas de cozinha e de despensa
permite a utilização de cestos metálicos facilmente desalojáveis e
transportáveis. Podem adaptar-se a bacias de lava-louças, deixando
o interior das mesmas desembaraçado após ter-se cumprido o ciclo
de lavagem.
Foto 3.
Foto 3. Esta guia para gaveta permite, graças à pequena
placa que tem incorporada, reter ou soltar uma gaveta convencional
de madeira. Portanto, a retenção se consegue sem fixação por
parafusos.
Foto 4 Foto 5
Fotos 4 e 5. Guias metálicas para serem fixadas nas laterais
das gavetas e nas paredes do móvel que as recebe. O mecanismo
da esquerda é simples, enquanto o da direita permite tirar totalmente
a cravilha da gaveta fora do corpo do móvel para poder manipular em
seu interior mais comodamente.
Constituem uma grande ajuda para o marceneiro as guias
metálicas que são adquiridas já preparadas para a sua fixação em
móveis de gavetas ou em mesas de ampliar superficialmente, já que
evitam difíceis trabalhos de ajustes com sarrafos de madeira dura, tal
como fizeram os artesãos até há bem pouco tempo e ainda continua
a fazer-se na reprodução de móveis de estilo.
Atualmente o fabricante de móveis modernos não vacila em
recorrer a estes sistemas de guias metálicas, as quais, apesar do seu
custo, poupam-lhe uma série de trabalhos de manipulação e ajuste
da madeira que encarecem ainda mais a mercadoria
Existem três tipos básicos de guias metálicas:
1º) as que podem ser fixadas na parte superior (quer dizer, na
face inferior de uma tábua) para que o outro elemento da guia leve
suspenso o elemento que desejamos deslocar (gaveta ou bandeira);
2º) as que são fixadas nas paredes dos móveis, de modo que
os elementos descartáveis são firmados nas laterais da gaveta ou do
tabuleiro que queremos retirar;
Página 123
3º) as que descansam sobre uma base ou solo,
descarregando, portanto, todo o peso sobre a parte inferior, sobre a
guia. Convém estudar a solução mais adequada segundo cada
utilização.
Para a aplicação das guias do segundo tipo devemos
considerar a grossura total que formamos os diversos elementos
descartáveis que as compõem, para deduzi-los das larguras das
gavetas ou bandejas às quais queremos aplicá-los, pois entre as
paredes do móvel e as laterais das gavetas deve ficar sempre a folga
necessária para que caiba a largura total da guia. Por outro lado, nas
guias do primeiro tipo esta folga deverá ser observada para a parte
superior ou também para a parte superior e as laterais ao mesmo
tempo, segundo as guias sejam colocadas separadas ou não dos
cantos do armário que recebe as gavetas ou bandejas. Podemos
dizer o mesmo para as guias que são fixadas nas bases do móvel,
mas neste caso convém deixar a folga existente na parte inferior.
As guias para mesa de ampliar devem ser fixadas na parte
inferior dos tampos da mesa, feitas solidárias, ao mesmo tempo, em
algum elemento da armação fixa que as sustenta.
Os desenhos esquemáticos aqui anexados oferecem três
tipos de solução para a realização de mesas ampliáveis mediante
guias metálicas no lugar das convencionais guias lisas de madeira.
Observamos que na figura inferior existem, por sua vez, duas
maneiras de utilizar as guias: fixando-as na armação da base e
descartando unicamente as duas metades do tampo superior ou
então a armação está partida e cada metade da mesa se descarta
com sua correspondente metade do tampo, criando-se entre ambos
os elementos descartáveis um só vazio unido pelas próprias guias,
sobre as quais os elementos de ampliação devem ser diretamente
incorporado.
Foto 6. Sistema de montagem rápida de uma gaveta numa
guia metálica previamente colocada nas paredes do móvel por
simples alojamento de um buraco da gaveta numa espiga que possui
a guia.
Página 124
Foto 6
Foto 7
Foto 7. Seção da guia representada no desenho 6, em que se
vê claramente a espiga na qual se retém a gaveta cujas laterais
descansam neste momento no perfil realizado em “L”.
Foto 8 Foto 9
Foto 8. Guias concebidas para o deslizamento de tábuas
extensíveis que sobressaem de um plano de trabalho para ampliar
sua superfície. Neste caso, a fixação se realiza por baixo da tábua, e
não lateralmente.
Foto 9. Jogo de guias metálicas para mesas de extensão. Tais
guias podem ser simples ou duplas ou triplas em função da distância
necessária para separar as alas da mesa.
Foto 11.
Foto 11. Esquema de montagem de uma guia metálica numa
tradicional mesa ampliável com pedestal central, cujas abas se
abrem pelo centro.
Foto 12. Esquemas de montagens de diferentes tipos de
mesas ampliáveis. Na parte superior: mesa aberta pelo centro, cujo
tampo complementar foi incorporado e que basta pivotar e desdobrar
para obtermos uma superfície maior do a normal. No meio: utilização
de uma guia metálica para uma mesa com tampo dobrável em forma
de livro, cuja superfície, uma vez desdobrada, é o dobro da normal.
Abaixo: Abaixo: mesa para cuja ampliação superficial, muito
importante, recebeu uma guia lisa de vários elementos que permitem
incorporar sucessivos tampos para obter diferentes tamanhos
superficiais.
Foto 12
www.editoraprofissionalizante.com.br
Página 127