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DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

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Núcleo de Educação a Distância
R. Maria Matos, nº 345 - Loja 05
Centro, Cel. Fabriciano - MG, 35170-111

DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS


www.graduacao.faculdadeunica.com.br | 0800 724 2300

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO.


Material Didático: Ayeska Machado
Processo Criativo: Pedro Henrique Coelho Fernandes
Diagramação: Ayrton Nícolas Bardales Neves

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira, Gerente Geral: Riane Lopes,
Gerente de Expansão: Ribana Reis, Gerente Comercial e Marketing: João Victor Nogueira

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo


importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! .

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!

Professora Silvia Cristina da Silva


O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.
Embora o conceito de Educação à Distância não seja novo, é
verdade que, com a extensão e a implementação de novas tecnologias
no setor educacional, esse formato assumiu uma nova dimensão, razão
pela qual indivíduos, governos e as instituições voltaram-se, de maneira
especial, para explorar o potencial oferecido pela educação à distância.
Inserem-se, nesta unidade, os desafios e oportunidades de ensino a
distância no ensino superior. O autor trabalha em estreita colaboração
com os alunos no ensino a distância há muitos anos e ficou interessado
pela maneira que os alunos lidam com os desafios em comparação às
oportunidades oferecidas pelo ensino a distância. O principal objetivo
deste capítulo é investigar as oportunidades e os desafios do ensino a
distância. Nos últimos anos, tem havido um interesse crescente nessa
modalidade, no ensino superior.

Tecnologia; Formação Continuada; Ensino


Apresentação do módulo ______________________________________ 10
CAPÍTULO 01
ASPECTOS DO ENSINO SUPERIOR

A Universidade na sociedade ___________________________________ 12


O Ensino Superior no Brasil ____________________________________ 14
Ensino Superior: Finalidades ___________________________________ 16
Organização Interna e seu Funcionamento (Ensino, pesquisa e
extensão) _____________________________________________________ 17
Recapitulando _________________________________________________ 27
CAPÍTULO 02
DIDÁTICA E PRATICAS PEDAGOGICAS NO ENSINO SUPERIOR

Didática como Ciência no Ensino Superior ______________________ 32


A Metodologia na Docência Universitária _______________________ 37
A Metodologia Dialética ________________________________________ 37
Educação Universitária _________________________________________ 40
Planejamentos do Ensino ______________________________________ 41
Avaliação e Aprendizagem na Educação Superior _______________ 44
Recapitulando _________________________________________________ 46
CAPÍTULO 03
TECNOLOGIAS E RECURSOS DIDÁTICOS
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS
Ensino a Distância _____________________________________________ 50
Ambiente Virtual de Aprendizagem e Tecnologias para o Ensino 53
Interações em sala de aula EAD e Presencial: o papel dos
professores e dos alunos _______________________________________ 54
Desafios do Ensino a Distância ________________________________ 55
Formação de Professor no Ensino Superior _____________________ 58
Recapitulando _________________________________________________ 60
Considerações Finais __________________________________________ 65
Fechando Unidade ____________________________________________ 70
Referências ___________________________________________________ 74

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Abordaremos, nesta Unidade, o ensino superior no Brasil. Até o
final do século XIX existiam apenas 24 estabelecimentos de ensino su-
perior no Brasil com cerca de 10.000 estudantes. A partir daí, a iniciativa
privada criou seus próprios estabelecimentos de ensino superior graças à
possibilidade legal disciplinada pela Constituição da República (1891). As
instituições privadas surgiram da iniciativa das elites locais e confessionais
católicas (Teixeira, 1969).
O sistema educacional paulista surgiu nessa época e representou
a primeira grande ruptura com o modelo de escolas submetidas ao controle
do governo central. Dentre os cursos criados em São Paulo, nesse perío-
do, constam os de Engenharia Civil, Elétrica e Mecânica (1896), da atual
Universidade Mackenzie, que é confessional presbiteriana. Nos 30 anos
seguintes, o sistema educacional apresentou uma expansão considerável,
passando de 24 escolas isoladas a 133, 86 das quais criadas na década
de 1920 (Teixeira, 1969).
A partir da Lei nº 4.024/60 – a primeira Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional –, começou a se delinear um modelo federativo da
administração da educação nacional. Nas legislações que a sucederam –
Leis nº 5.692/71 e nº 5.540/68 – esse modelo veio se consolidando num
sistema em que o ensino superior fi cou sob a tutela da União e o ensino
de 1º e 2º graus a cargo dos Estados.
Com a Lei nº 9.394/96, verificou-se uma ampliação do princípio
federativo, aumentando a responsabilidade da administração municipal na
gerência e condução da educação básica da sua população, bem como,
transferindo para os sistemas estaduais a supervisão e a gerência dos
Conselhos Estaduais de Educação sobre as Instituições de Ensino Supe-
rior mantidas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios.
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A formação do professor e a busca pela melhoria na qualidade


do trabalho que realiza vem sendo discutida há algum tempo, mas uma
discussão sistemática sobre o tema é recente e emergiu com mais força,
no cenário nacional, somente na década de 1980. No que concerne ao
ensino superior, o que se propunha, era uma ampla reforma do sistema,
substituindo escolas autônomas por universidades, com espaço para o
desenvolvimento das ciências básicas e da pesquisa, além de formação
profissional. Nesse mesmo contexto, insere-se a discussão sobre a expan-
são e o papel da educação superior e da docência nesse nível de ensino
(Durham, 2005).
Quando falamos em formação de professores, a primeira coisa
que nos vem à cabeça é a formação de professores para a docência na
Educação Básica. A formação exigida para a docência no ensino superior
tem sido restrita ao conhecimento aprofundado da disciplina a ser ensina-
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da, sendo este conhecimento prático decorrente do exercício profissional
ou teórico, resultante do exercício acadêmico.
Pouco tem-se exigido dos docentes de ensino superior em termos
de conhecimentos pedagógicos. A cada dia, ampliam-se mais as exigên-
cias de que o professor universitário tenha títulos de mestre e doutor, no
entanto, há ainda um grande questionamento: se esta titulação, da maneira
como vem acontecendo nos cursos stricto - sensu, contribui efetivamente
para a melhoria da qualidade didática do professor no ensino superior.

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ASPECTOS DO ENSINO
SUPERIOR
A UNIVERSIDADE NA SOCIEDADE
Toda sociedade precisa se desenvolver para sobreviver. Na
medida em que o desenvolvimento deve ter por base a sustentabilida-
de, ele deve atender às necessidades do presente sem comprometer
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a capacidade das gerações futuras de atender às delas; ele deve ser


economicamente eficiente, socialmente equitativo e ecologicamente to-
lerável. Todadia, ditas necessidades nem sempre são econômicas,
sociais ou ecológicas. Elas podem relacionar-se ao conhecimento cien-
tífico, daí a importância da Universidade na sociedade e seu papel no
desenvolvimento nacional.

A universidade tem sua origem na da Idade Média. Segundo


Nunes (1979), as Universidades com seus estatutos, organização ju-
rídica e os graus acadêmicos surgiram, espontaneamente, no seio da
cristandade medieval. Nesse sentido, impossível dissociar a criação da
universidade da igreja, no seu contexto instituição, eis que era o gru-
po historicamente dominante naquele período, sendo autorizadas por
bulas papais. Seguindo este entendimento, ressalta o autor que o pro-
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cesso de instrumentalização do conhecimento ocorre quando essa cos-
movisão dominante, esse ideal de homem – aliado à nobreza – trans-
fere-se para as instituições de ensino, eis que o currículo das escolas
medievais culminava com o estudo da Sagrada Escritura e a convicção
de que só a Bíblia continha a verdadeira e salutar sabedoria. ...............
Não obstante, tornaram-se substanciais para a construção do conheci-
mento ocidental porque havia estudiosos nelas preocupados, priorita-
riamente, com o desenvolvimento da ciência nos currículos e eram en-
contradas nas sete artes liberais, notadamente, Aritmética, Geometria,
Astronomia, Lógica, Gramática, Música e Retórica, responsabilizadas
pela formação profissional nas áreas de Teologia, Direito e Medicina.

O surgimento das universidades modernas datam do período


de 1500-1800, na Europa, o que possibilitou a dissipação do pensamen-
to crítico e acabou por originar o Renascimento e, tempos após, o tarde
o Iluminismo.

A despeito da imprecisão dos registros, historicamente, credi-


ta-se que o início na difusão das universidades pela Europa ocorreu no
século XII, com a fundação da Universidade de Paris. Embora já sem
vínculos com a Igreja (não católicas), necessitavam receber o aval do
clero ou do governo para o funcionamento, dedicando-se originariamen-
te ao ensino da medicina, das leis, da astronomia e da lógica. Em 1700,
as mais conhecidas destacavam-se por divulgar suas revistas científi-
cas. Considerada a melhor Universidade da Europa e a 1ª melhor uni-
versidade do Mundo , fundada em 1090 , Oxford é a universidade mais
antiga de língua inglesa.

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Como um lugar também de liberdade, independência e refle-
xão, a Universidade é um instrumento de mudança que, respeitando
os valores que promove, estimula todas as formas de inovação, sejam
elas tecnológicas ou sociais. Ao fazer isso, presta imensurável serviço
à sociedade.

A junção entre o mercado profissional e o universo acadê-


mico se faz substancial ao estímulo de profissionais com espírito de
inovação, partindo-se da premissa que é a contribuição de vários
agentes econômicos e sociais, com diferentes tipos de informações e
conhecimentos, permitam a sua materialização.

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O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL
No Brasil colônia desenvolveu-se apenas atividades escolares
de catequese de indígenas, conduzidas por sacerdotes Jesuítas, por
quase 300 anos, até 1792, quando veio a ocorrer a expulsão dos Jesuí-
tas do Brasil. Membros de famílias brasileiras abastadas eram enviados
para obter educação em outros países, principalmente Portugal.
O primeiro colégio jesuíta foi fundado na Bahia em 1550, ser-
vindo de modelo e inspiração para os outros colégios a serem criados
pelo país posteriormente e os cursos oferecidos eram segundo Paim
(1987):

Chegava tão-somente ao que hoje se denomina de ensino médio de tipo


clássico. Apenas nos colégios de Bahia e do Rio de Janeiro ministrava-se o
curso de artes, intermediário entre o de humanidades e os superiores. Para
as carreiras eclesiásticas, entretanto, existiam cursos superiores de teologia
e ciências sagradas, tanto no Colégio Central da Bahia como nos seminários
maiores. Para os que não se destinavam ao sacerdócio só restava o caminho
das universidades europeias. (p. 214)

De acordo com França (2008), foi com a Proclamação da Re-


pública (1889) que a educação começou a ser prioridade para o Estado.
Com o regime republicano, cada Estado da Federação passou a ter
sua própria Constituição, com governos eleitos e forças políticas autô-
nomas. As transformações ocorridas na área educacional durante esse
período foram positivas.
Na Reforma Antônio Carlos (1841), a pesquisa científica pas-
sou a ter mais importância. A investigação científica era realizada por
institutos de pesquisa sem vínculo com o ensino superior (França, 2008).
A criação do ensino superior no Brasil ocorreu no período Im-
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perial, com a transferência da sede do poder no ano de 1808, época


em que cursos de ensino superior foram instalados no Rio de janeiro e
na Bahia a fim de atender a formação das pessoas que compunham as
classes dominantes, para qualifica-las ao exercício do poder, formação
de especialistas para a produção de bens, e a formação de profissionais
liberais.
Foi criado, em 1808, o curso Médico de Cirurgia na Bahia e no
mesmo ano é instituído no Rio de Janeiro o Hospital Militar, uma escola
Anatômica, Cirúrgica e Médica. Após, tem-se a instalação, na Bahia e
Rio de Janeiro, dois centros médicos cirúrgicos, matrizes das atuais Fa-
culdades de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da
Universidade Federal da Bahia. Em 1810, é instituída a Academia Real
Militar na qual se implantou o início da atual Escola de Engenharia da

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Universidade Federal do Rio de Janeiro. (Villanova, 1948)
O sistema universitário é composto por instituições públicas
(federais ou estaduais), católicas e privadas. A estrutura compreende
universidades, faculdades e instituições isoladas. O objetivo do ensino
superior, no Brasil, é implantar ensino, pesquisa e extensão, embora
a pesquisa seja principalmente realizada em instituições federais. As
universidades também oferecem cursos de curta duração em diversas
disciplinas, atendendo a população universitária e a comunidade.
As carreiras do ensino superior são integradas em blocos,
como:

Ciências Biológicas e Saúde (Ciências Biológicas e da Saúde);


Ciências Exatas da Terra (Ciências Exatas);
Ciências Humanas e Sociais (Ciências Humanas e Sociais);
Ciências Sociais Aplicadas (Ciências Sociais Aplicadas) e
Engenharias e Tecnologias (Engenharia e Tecnologias).

O Conselho Federal de Educação (CFE) determina o currículo


mínimo e a alocação de tempo para os diferentes cursos. Cada institui-
ção tem a liberdade de incluir assuntos adicionais. No ano de 1998, foi
criado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com a finalidade de
avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica, po-
dendo participar do referido exame alunos que estão concluindo ou que
já concluíram o ensino médio em anos anteriores. O Enem é utilizado
como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer
a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Aproxima-
damente, 500 (quinhentas) universidades já utilizam o resultado desse
exame como critério para selecionar o ingresso no ensino superior, seja
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complementando ou até substituindo o vestibular.
Na Constituição de 1988, foi determinado que os empréstimos
estudantis, anteriormente financiados pelo Fundo de Assistência Social,
seriam alocados a partir dos recursos do Ministério da Educação e ad-
ministrados pela Caixa Econômica Federal. Os empréstimos são usa-
dos principalmente pelos estudantes para pagar as mensalidades em
universidade ou faculdades particulares, que se utilizam de um progra-
ma de financiamento chamado Financiamento Estudantil (FIES), que foi
criado no ano de 1999.
A pós-graduação já se destacou como uma referência na edu-
cação brasileira. Nos anos 50, por exemplo, as Fundações Ford e Ro-
ckefeller concederam bolsas para levar estudantes brasileiros para os
Estados Unidos para seus estudos de pós-graduação. Fundos foram
concedidos por vários órgãos públicos para financiar estudos de pós-
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-graduação no exterior e internamente, órgão esses nos quais se in-
cluíam a FINEP, FAPESP, CNPQ e CAPES.
Muitas universidades têm seus próprios programas de mestra-
do e doutorado. Os programas de pós-graduação são avaliados e, de
acordo com seu desempenho, recebem recursos públicos em quantida-
des maiores ou menores para promover pesquisas e pagar bolsas de
estudo para seus alunos.

ENSINO SUPERIOR: FINALIDADES


A educação, acima de qualquer lei que lhe venha a reger, é
matéria com disciplina constitucional. A constituição federal (BRASIL,
1988), elenca a educação como um direito social e, como os demais,
tem por premissa garantir uma melhor condição de vida e trabalho à
população.
Segundo leciona Moraes (2009):

Direitos sociais são direitos fundamentais do homem, caracterizando-se


como verdadeiras liberdades positivas, de observância obrigatória em um
Estado Social de Direito, tendo por finalidade a melhoria de condições de
vida aos hipossuficientes, visando à concretização da igualdade social, e são
consagrados como fundamentos do Estado democrático, pelo art. 1º, IV, da
Constituição Federal. (p. 195).

As normas que não são auto executáveis exigem providências


legislativas ulteriores para sua aplicabilidade. Assim explicava Rui Bar-
bosa (apud BONAVIDES, 2012):

Não há, numa Constituição, cláusulas a que se deva atribuir meramente o


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valor moral de conselhos, avisos ou lições. Todas têm a força imperativa de


regras. Muitas, porém, não revestem dos meios de ação essenciais ao seu
exercício, os direitos, que outorgam, ou os encargos, que impõem: estabe-
lecem competências, atribuições, poderes, cujo uso tem de aguardar que a
Legislatura segundo seu critério, os habilite a exercer. A Constituição não se
executa a si mesma: antes requer a ação legislativa, para lhe tornar efetivos
os preceitos (p. 216).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB


(BRASIL, 1996) ressalta, em seu conteúdo, a figura do educando como
sendo a de maior relevância na atividade educacional, dispondo que a
educação, na condição de dever da família e do Estado, possui inspira-
ção nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana.

Estabelece finalidades específicas, a saber:


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I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do
pensamento reflexivo;
II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a
inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento
da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o de-
senvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e,
desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do
ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional
e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos
que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do co-
nhecimento de cada geração;
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em parti-
cular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade
e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à
difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pes-
quisa científica e tecnológica geradas na instituição.
VIII - atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação
básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização
de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão
que aproximem os dois níveis escolares. (art. 43).

A última finalidade foi inserida


pela Lei nº 13.174/2015 (BRASIL, 2015), contudo, se contradiz
ao que foi estabelecido nos artigos 10 e 11, porquanto a oferta adequada
de educação básica, compreendendo a educação infantil e os ensinos
fundamental e médio, é atribuição legal dos Estados, do Distrito Federal
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e dos Municípios.
A Educação superior contempla tão somente a educação esco-
lar, sendo justificável por conter objetivos específicos e voltados para a
cultura de transformação, trabalhando conhecimentos, atitudes e valo-
res. Em síntese, é uma educação destinada a aperfeiçoar competências
voltadas ao mundo do trabalho, além da perspectiva de pesquisa.

ORGANIZAÇÃO INTERNA E SEU FUNCIONAMENTO (ENSINO,


PESQUISA E EXTENSÃO)
De acordo com a Constituição Federal (BRASIL, 1988), as uni-
versidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de
gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indisso-
ciabilidade entre ensino, pesquisa e extensão (art.207, caput). Nesse

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contexto, cabe a elas a criar, organizar e extinguir cursos; elaborar es-
tatutos; atribuir graus, expedir e registrar diplomas; fixar currículos de
cursos e seus programas; fixar o número de vagas; celebrar contratos,
acordos e convênios; administrar rendimentos; programar pesquisas e
atividades de extensão; contratar e dispensar de professores; definir
planos de carreira.

A LDB define que as universidades são instituições pluridis-


ciplinares de formação dos quadros profissionais de nível superior, de
pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano. E ain-
da, que devem atender a três requisitos: um terço do corpo docente
com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; igual percentual
enquadrado em regime de tempo integral; produção intelectual institu-
cionalizada.
A avaliação é considerada fundamental. Nesse sentido, dispõe
que se deve buscar a implementação de processos com vistas à melho-
ria do ensino e à qualidade, sob a responsabilidade da União, assegurar
processo de avaliação de instituições em todo território nacional.

Pelo Decreto n.º 3.860 (BRASIL, 2001), o Ministério da Educa-


ção é órgão
responsável pela coordenação da avaliação de cursos,
programas e instituições de ensino superior. A avaliação de cur-
sos e instituições de ensino superior está sob a organização e execução
do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP).
O último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes
(Enade), a que submetidos os formandos dos cursos de graduação,
foi aplicado pela instituição no ano de 2017. Das 2.066 instituições de
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ensino superior em avaliação, apenas 34 – o equivalente a 1,6% do to-


tal – obtiveram a nota máxima, em uma escala que varia de 1 a 5. Das
instituições restantes, 278 receberam notas 1 ou 2, fi cando abaixo do
limite de qualidade estabelecido pelo Sinaes.

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Figura 1 - Instituições por faixa do IGC 2017

Fonte: UOL (2018)

À legislação permitiu-se uma maior flexibilização do ensino su-


perior, ao ceder espaço à iniciativa privada, resultando posteriormente
na edição do Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, regulamentando
o ensino a distância não presencial – EaD, sob o credenciamento e au-
torização do MEC.
O contexto socioeconômico do mundo globalizado exige a pro-
fissionalização, fazendo surgir também a especialização, como fruto da
integração com as inovações e tecnológicas que se apresentam em
constante movimento:

...a ampliação da demanda também é resultante de outras forças, como a


necessidade de aquisição de competências essenciais para enfrentar um
mercado de trabalho instável e cada vez mais seletivo e excludente, as trans-

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formações no conteúdo das ocupações e nas profissões, trazendo de volta
para os bancos escolares uma população adulta, as facilidades que o desen-
volvimento das tecnologias de informação e comunicação apresentam para
o campo do ensino em termos de aumento da capacidade de atendimento
das instituições (estimulando as experiências com ensino a distância) e, final-
mente, no campo cultural, a combinação de todos estes vetores que incidem
sobre os anseios e expectativas dos estudantes e de suas famílias: “em cada
faixa de renda familiar, um número maior de jovens aspira a prosseguir seus
estudos além do secundário” (Porto e Régnier, 2003, p. 17).

A representação da UNESCO, no Brasil, articula permanente


diálogo com o poder público, universidades e instituições de ensino e
pesquisa e, em decorrência dessa parceria com o CNE – Conselho Na-
cional de Educação, publicou, em 2012, uma coletânea de artigos sob
o título de “Desafios e perspectivas da educação superior brasileira
19
para a próxima década 2011/2020”, assentando que o compromisso
social da universidade com o avanço do conhecimento e com a inova-
ção precisa alcançar as suas salas de aula de graduação e pós-gradua-
ção.
O processo de ensino-aprendizagem não pode desvincular-
-se dos processos de investigação acadêmica e, por consequência, é
necessário que seja compreendido como um desafio à inovação. Os
meios tecnológicos contemporâneos viabilizam essas relações em no-
vas bases, mas o desafio é maior ainda:

O sentido da relação educação-comunicação vai além das possibilidades


oferecidas pelas mídias contemporâneas e dos níveis segmentados dos sis-
temas educacionais atuais. Ultrapassa a tentativa de ordenação dos conte-
údos escolares e a profusão/confusão dos dados disponíveis em múltiplas
bases. O ato comunicativo com fins educacionais realiza-se na ação precisa
que lhe dá sentido: o diálogo, a troca e a convergência comunicativa, a par-
ceria e as múltiplas conexões entre as pessoas, unidas pelo objetivo comum
de aprender e de conviver (Kenski, 2008).

Para fins de estatística, o Ministério de Educação do Brasil de-


fine que as instituições de Ensino Superior estão classificadas da se-
guinte forma:

Públicas (federais, estaduais e municipais);


Privadas (podendo ser comunitárias, que incluem em sua enti-
dade mantenedora representantes da comunidade; confessionais, que
atendem a uma orientação ideológica; filantrópicas, que prestam servi-
ços à população, em caráter complementar às atividades do Estado e
particulares).
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De acordo com Decreto nº 5.773 (BRASIL, 2006), faculdades e


centros universitários são entidades com enfoque na oferta de gradua-
ção, mediante a supervisão do Ministério da Educação (MEC), enquan-
to as universidades possuem mais autonomia e ofertam, não apenas
graduação, mas também pesquisa e extensão.

20
Figura 2 - Estrutura da Educação Brasileira

Fonte: SlideShare (2011)

A graduação: são cursos que conferem o diploma do ensino


superior, com duração média de 4 a 5 anos e oferece a maior quanti-
dade de conhecimento teórico e prático. Uma vez concluído, é possível
fazer cursos de pós-graduação e MBA. As formas de ingresso são atra-
vés de vestibular, Enem e Sisu.
Oferecem a titulação de:
Bacharelado: forma profissionais e pesquisadores para o mer-
cado de trabalho;
Licenciatura: forma professores para o ensino fundamental e
médio;
Tecnólogo: cursos com tempo de duração menor se compa- DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

rados ao bacharelado e licenciatura, que forma profissionais em áreas


específicas do mercado.

Existem formas de conseguir cursar a graduação com descon-


to. São elas:
Quero Bolsa (bolsas de estudo sem processo seletivo);
Prouni (bolsas de estudo para os melhores no Enem);
Fies (financiamento para os melhores no Enem).

Não há dúvidas de que a educação superior possui considerá-


vel relevância no currículo de um indivíduo, quer em razão da exigência
do mercado ou de trabalho, quer pelo próprio desenvolvimento pessoal.

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Contudo, ocorrem circunstâncias em que um curso de bacharelado no
formato tradicional possa não atender às expectativas e necessidades
apresentadas. Enquanto a graduação tradicional possui foco mais am-
plo em elementos teóricos e conceituais, a tecnológica privilegia o de-
senvolvimento de competências profissionais, de acordo com as de-
mandas do mercado.
Uma das vantagens dos cursos superiores de tecnologia é a
redução no tempo em o aluno faz uma graduação e garante lugar no
mercado de trabalho. Os tecnólogos foram pensados para atender à
demanda por mão de obra qualificada dos mais diversos setores da
economia brasileira. Em apenas dois anos e meio de estudos, em mé-
dia, é possível a obtenção de um diploma de nível superior e, com maior
perspectiva, uma vaga de emprego tão logo ocorra a conclusão e a
formatura.
A especialização é um curso de pós-graduação lato sensu
que informa, atualiza e capacita o profissional que está no mercado de
trabalho. Diferentemente da graduação, generalista por excelência, a
especialização define habilidades técnicas específicas a determinado
tema, com programas nas mais diversas áreas de conhecimento, sendo
recomendado aos alunos que almejam seguir uma carreira acadêmica,
quer lecionando ou atuando em projetos, pesquisas, etc.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), as pós-gra-
duações também incluem os cursos designados como MBA (Mas-
ter Business Administration). É um curso lato sensu voltado para
quem quer aprimorar conhecimentos de administração e obter
uma visão aprofundada e global do mundo corporativo, sendo ge-
ralmente procurado por empresários, executivos e gestores. Com
duração mínima de 360 horas, ao final do curso, o aluno obterá
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

certificado e não diploma. São abertos a candidatos diplomados


em cursos superiores e que atendam às exigências das institui-
ções de ensino, consoante a LDB. As aulas à distância não de-
vem exceder 20% da carga horária.
Neste curso o profissional vai aprender como administrar uma
empresa, que poderá ser seu negócio próprio ou trabalhar em um gran-
de grupo. O MBA é um curso oneroso, e varia de acordo com a ma-
téria escolhida, a escola, a duração e a qualidade do mesmo. Existe
um ranking anual onde são apresentadas as melhores escolas e univer-
sidade de MBA no mundo, sob o título de “Global MBA Ranking”.
O MEC permite que os cursos latu sensu sejam ministrados
em cursos presenciais ou à distância, de modo que o certificado será
o mesmo, tanto para quem frequentou uma instituição física como para
quem concluiu o ensino a distância (cursos online).
22
O mestrado é um curso analítico e de pesquisa. O mestrado
tradicional é voltado para áreas de interesse acadêmico e é conside-
rado um passo para quem tem interesse em seguir a carreira docen-
te. Atualmente, já é possível encontrar o mestrado profissional, que
tem como foco a formação de profissionais com uma visão analítica,
conhecimentos teóricos e atuação prática sobre uma determinada área.
A duração é de cerca 24 meses, exigindo pesquisa consistente que será
transformada em uma dissertação sobre um tema específico, trabalho
que será defendido, ao final do curso, por uma banca rigorosa.
Para se candidatar a uma vaga de mestrado, seja no Brasil ou
em outro país, é comum ao processo seletivo a realização das seguin-
tes etapas:
Inscrição
Provas
Currículo acadêmico e profissional
Pré-Projeto ou Memorial
Entrevista Resultado

Para conseguir um bom curso, e bolsa de estudos, o candidato


deve apresentar ótimo histórico escolar e, de preferência, ter realiza-
do, durante a graduação, programa de iniciação científica. A prova de
proficiência em inglês geralmente apresenta características peculiares
e as instituições que preparam os testes, com o objetivo de fazer uma
triagem efetiva entre os candidatos, inserem estruturas complexas de
gramática e interpretação de textos de nível avançado.
Além de assistir às aulas, cabe ao aluno reservar o seu tempo
para a leitura e participação em palestras, conferências e congressos.
O estudante é acompanhado por um orientador, que o introduz num
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS
grupo de pesquisa já desenvolvida pela instituição, ajuda-o a selecionar
as disciplinas e acompanha a redação da dissertação de conclusão do
curso.
O Doutorado é o passo seguinte ao mestrado, denomina-
do PhD, Doctor of Philosophy. É um grau acadêmico conquistado por
quem demonstra a capacidade de desenvolver novo conhecimento
científico. Enquanto no mestrado o estudante tem contato com os prin-
cipais caminhos teóricos e a produção intelectual, no doutorado ele vai
dedicar-se ao trabalho de criar conhecimento e adicionar novas desco-
bertas ao que é discutido na academia. A duração de um doutorado é
de 4 a 5 anos, com uma carga horária de aulas bem reduzida, já que a
maior parte do trabalho é realizar as leituras necessárias, pesquisar e
escrever a tese, geralmente com dedicação de modo exclusivo.

23
É permitido cursar o doutorado após a graduação, sem passar
pelo mestrado, caso a instituição de ensino considerar relevante a pro-
posta de pesquisa do candidato a aluno. Na maioria das instituições,
contudo, a preferência é que se tenha o título de mestre. A seleção
inclui análise do currículo, aprovação do projeto de pesquisa e entrevis-
ta. Pode haver uma prova de conhecimentos específicos e gerais. Os
programas mais conceituados exigem o domínio de, pelo menos, dois
idiomas estrangeiros.
A extensão universitária é um meio de interação que deve exis-
tir entre a universidade e a comunidade na qual está inserida. É uma
espécie de ponte permanente entre a universidade e os diversos se-
tores da sociedade. Funciona como uma via de duas mãos, em que a
Universidade leva conhecimentos e/ou assistência à comunidade, e re-
cebe dela influxos positivos como retroalimentação tais como suas reais
necessidades, seus anseios, aspirações e também aprendendo com o
saber dessas comunidades.
Ocorre, em realidade, uma troca de saber, em que a universi-
dade também aprende com a comunidade sobre os valores e a cultu-
ra dessa comunidade. Assim, a universidade pode planejar e executar
as atividades de extensão respeitando e não violando esses valores e
cultura. Por meio da Extensão, a universidade influencia e também é
influenciada pela própria comunidade, significando dizer que permite
uma troca de valores entre a universidade e o meio.
Além dos cursos de graduação e pós-graduação, a Universi-
dade oferece, também, cursos de formação, capacitação e qualificação
para o público, bem como elabora e administra projetos sociais e am-
bientais articulados para a comunidade. Outra função social importante
da Universidade é a elaboração e articulação de políticas públicas por
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

meio da participação em fóruns, consultorias e núcleos específicos de


atuação. Assim, além da sua importância como geradora de políticas
públicas, a Extensão Universitária deve servir como instrumento de in-
serção social, aproximando a academia das comunidades adjacentes.
O artigo 207 da Constituição, ao preceituar que “...as univer-
sidades obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão”, propõe que as universidades sejam conduzidas,
associando e integrando as atividades de ensino, extensão e pesquisa
de maneira que se complementem, para bem formar seus profissionais
universitários.
Como detém o conhecimento, o transmite, por meio do ensi-
no, aos educandos. Através da pesquisa faz aprimorar os conhecimen-
tos então existentes, são produzidos novos saberes. Pelo ensino, são
conduzidos esses aprimoramentos e os novos conhecimentos aos edu-
24
candos. Por meio da extensão, é fomentada a difusão, socialização e
democratização do conhecimento, bem assim, das novas descobertas à
comunidade. A Extensão também propicia a complementação da forma-
ção dos universitários, dada nas atividades de ensino, com a aplicação
prática.
De maneira geral, as universidades têm um departamento es-
pecífico para gestão das atividades e projetos de extensão universitá-
ria. Ali, os alunos podem obter informações sobre tudo que está sendo
realizado pela instituição nesse sentido e, inclusive, candidatar-se para
participar.
Todos os projetos de extensão universitária são coordenados
e acompanhados por professores e profissionais das respectivas áreas
do conhecimento a qual se destinam. Qualquer aluno universitário pode
participar das atividades de extensão; dependendo do projeto, há, inclu-
sive, a possibilidade de receber uma bolsa-auxílio. Os requisitos para se
candidatar variam bastante e dependem de cada projeto. Dentre outras,
podemos elencar as seguintes ações de extensão:
- Cursos, palestras e conferências;
- Cursos de ensino a distância;
- Cursos de verão, ou sazonais;
- Colônia de férias;
- Viagens de estudo;
- Campus avançados;
- Associações de ex-alunos;
- Apresentações musicais, teatrais e feiras;
- Programas e eventos culturais e esportivos;
- Universidades volantes;
- Escolas e hospitais flutuantes, etc.
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS
Seu caráter mais prático, naturalmente, funciona para enrique-
cer o currículo de quem participa e serve de base para eventualmente
conseguir uma vaga de estágio ou em uma iniciação científica. Existem
projetos de extensão que complementam o ensino em algumas unida-
des.
Faculdades de engenharia mecânica, como exemplo, não con-
tam com aulas aprofundadas de automobilística ou aeronáutica, mas
possuem grupos de extensão ligados às competições da SAE de fabri-
cação de automóveis ou aviões de rádio controle, o que ajuda os alunos
envolvidos a direcionarem seus estudos para essas áreas.
Com base nessa diretriz conclui-se que a educação superior
tem como um de seus princípios formar cidadãos conscientes, capazes
de contribuir ativamente para melhoria de nossa sociedade. Para que
25
isso ocorra, as Universidades, segundo a legislação, deve estar apoia-
da sobre o tripé, ensino, pesquisa e extensão, que juntos constituem o
eixo fundamental da Universidade Brasileira e de forma alguma pode
ser compartimentado (Moita; Andrade, 2009).
Infelizmente, os dados mostram que muitos pós-graduados es-
tão sem um lugar no mercado de trabalho. Mesmo os mais bem qua-
lificados profissionais têm dificuldades para encontrar um emprego no
país. Por isso, não é exagero afirmar que o Brasil está formando mes-
tres e doutores para o desemprego. A frase é de Silvio Meira, profes-
sor do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE) e da Escola de Direito do Rio da FGV. Os números demonstram
isso friamente: enquanto no mundo a taxa de desocupação desse grupo
gira em torno de 2%, por aqui, a média é de 25%. Os mestres estão em
situação ainda pior: 35% fora do mercado de trabalho (Soares, 2019).
Pesquisa promovida pelo Centro de Gestão e Estudos Estra-
tégicos (CGEE, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Co-
municações), publicada em 2014, consta que já havia 445.562 mestres
titulados contra 293.381 empregados. Neste mesmo intervalo, forma-
ram-se 168.143 contra 126.902 empregados.
Segundo o último levantamento organizado pela Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes, do gover-
no federal), no ano de 2017, foram titulados no país 50.306 mestres,
21.591 doutores e 10.841 no mestrado profissional. Segundo a asses-
soria, nos últimos anos, a Capes tem mantido o orçamento em cerca de
R$ 4 bilhões, e o número de bolsas seguiu estável. Logo, a título de úl-
tima informação, são 93,5 mil bolsistas na pós-graduação no Brasil e no
exterior, número que também tem se mantido estável nos últimos anos.
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

26
QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO 1
Ano: 2014 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2014 -
UFF - Técnico em Assuntos Educacionais
Na década de 1990, frente aos desafios que se impunham no final
do século XX, a universidade enfrentava crises que demonstravam
a necessidade de reforma. As crises são:
I da hegemonia.
II da legitimidade.
III institucional.
IV de infraestrutura.
Dentre as afirmativas acima descritas:
(A) somente I e II estão corretas.
(B) somente I, II e III estão corretas.
(C) todas estão corretas.
(D) somente II e III estão corretas.

QUESTÃO 2
Ano: 2014 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: IF-SP
Prova: FUNDEP - 2014 - IF-SP - Professor - Pedagogia
Considerando-se as reflexões de Silva Júnior e Sguissardi (2001)
sobre a educação superior no Brasil, analise as seguintes afirma-
tivas.
I. Ocorreu uma mercantilização do saber e do ensino superior nas
últimas décadas.
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II. A qualidade dos cursos está relacionada à dedicação de prefe-
rência integral do corpo docente e aos altos níveis de qualificação
profissional.
III. A autonomia universitária é vista como indissociável da demo-
cracia interna dos Institutos de Ensino Superior.
A partir dessa análise, conclui-se que estão CORRETAS
(A) I e II apenas.
(B) I e III apenas.
(C) II e III apenas.
(D) I, II e III.

QUESTÃO 3
Ano: 2017 Banca: CCV-UFC Órgão: UFC Prova: CCV-UFC - 2017 -
UFC - Psicólogo - Escolar e Educacional
27
A Educação Superior tem como finalidade central a formação para
a vida em sociedade, o que implica em uma inserção ativa de seus
indivíduos no sentido de transformá-la, para superar as limitações
que lhe impedem de ser um espaço de crescimento coletivo e indi-
vidual. Analise as proposições abaixo e marque a opção incorreta.
(A) Podem ser considerados tipos de intervenção da Psicologia Escolar
no ensino superior uma assessoria ao Plano de Desenvolvimento Insti-
tucional (PDI) e aos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs).
(B) O processo educativo tem como objetivo norteador colocar-se como
instrumento de organização, reorganização e ressignificação de valores
e conceitos que permitirão aos estudantes uma atuação consciente e
intencional no contexto em que estão inseridos.
(C) Podem ser consideradas dimensões de intervenção institucional da
Psicologia Escolar na Educação Superior a gestão de políticas, progra-
mas e processos educacionais na IES. Também as propostas pedagó-
gicas e funcionamento do curso e o perfil do estudante.
(D) Embora se apresente a importância do campo de atuação da Psico-
logia Escolar nas IESs, seu reconhecimento como importante colabora-
dora diante dos atuais desafios que enfrentam é praticamente inexisten-
te nos principais centros urbanos brasileiros.

QUESTÃO 4
Ano: 2015 Banca: COMPERVE Órgão: UFRN Prova: COMPERVE -
2015 - UFRN - Técnico em Assuntos Educacionais
Leia as afirmações a seguir, relacionadas ao funcionamento das
instituições da educação superior.
I O ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo,
duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo.
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II Antes de cada período letivo, as instituições devem informar aos


interessados os programas dos cursos e demais componentes
curriculares.
III Os cursos de graduação, no período noturno, devem ter padrões
de qualidade diferentes do período diurno.
IV Nas instituições públicas de educação superior, o professor fica
obrigado ao mínimo de quatro horas semanais de aula.
Das afirmações, estão corretas
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) III e IV.

28
QUESTÃO 5
Ano: 2010 Banca: IFC Órgão: IFC-SC Provas: IFC - 2010 - IFC-SC -
Professor - Geografia
Tendo por base a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
assinale a alternativa INCORRETA sobre a formação dos profissio-
nais da educação:
(A) A formação de profissionais de educação para administração, pla-
nejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a edu-
cação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em
nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida,
nesta formação, a base comum nacional.
(B) A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em
nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em univer-
sidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação
mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro
primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na
modalidade Normal.
(C) A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prá-
tica de ensino de, no mínimo, duzentas horas.
(D) Os institutos superiores de educação manterão cursos formadores
de profissionais para a educação básica, inclusive o curso normal supe-
rior, destinado à formação de docentes para a educação infantil e para
as primeiras séries do ensino fundamental.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


Sabendo que a lei federal de número 9235/17 dispõe sobre o exer-
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cício das funções de regulação, supervisão e avaliação das insti-
tuições de educação superior e dos cursos superiores de gradua-
ção e de pós-graduação no sistema federal de ensino, especifique
quais são as funções do CNE.

TREINO INÉDITO
Assunto: INEP
Assinale a alternativa correta que indica adequadamente uma das
funções do INEP.
(A) conceber, planejar, coordenar e operacionalizar as ações destinadas
à avaliação de IES, de cursos de graduação e de escolas de governo;
(B) conceber e planejar, apenas as ações destinadas à avaliação de
IES, de cursos de graduação e de escolas de governo;
29
(C) conceber, apenas as ações destinadas à avaliação de IES, de cur-
sos de graduação e de escolas de governo;
(D) conceber e operacionalizar, apenas as ações destinadas à avalia-
ção de IES, de cursos de graduação e de escolas de governo;
(E) NDE

NA MÍDIA
DECRETO Nº 9.235, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere
o art. 84, caput , inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto
no art. 9º, caput , incisos VI, VIII e IX, e no art. 46, da Lei nº 9.394, de
20 de dezembro de 1996, na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, na
Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004.DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO
SISTEMA FEDERAL DE ENSINO
Art. 1º Este Decreto dispõe sobre o exercício das funções de regulação,
supervisão e avaliação das instituições de educação superior - IES e
dos cursos superiores de graduação e de pós-graduação lato sensu,
nas modalidades presencial e a distância, no sistema federal de ensino.
§ 1º A regulação será realizada por meio de atos autorizativos de
funcionamento de IES e de oferta de cursos superiores de graduação
e de pós-graduação lato sensu no sistema federal de ensino, a fim de
promover a igualdade de condições de acesso, de garantir o padrão de
qualidade das instituições e dos cursos e de estimular o pluralismo de
ideias e de concepções pedagógicas e a coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino.
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

Fonte: BRASIL
Data: 2017
Leia na íntegra em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2017/Decreto/D9235.htm

NA PRÁTICA
EDUCAÇÃO INFANTIL: LEGISLAÇÃO E PRÁTICA PEDAGÓGICA
Dados preliminares mostram que 75% das professoras que responde-
ram à pesquisa disseram alfabetizar seus alunos, o que nos leva a infe-
rir que há uma preocupação em preparar as crianças para o ensino fun-
damental, o que não constitui, segundo a LDB, finalidade da educação
infantil. Um aspecto interessante apresentado nos resultados é que a
preocupação em alfabetizar está presente mesmo entre as professoras
30
que possuem formação em Pedagogia.

OLIVEIRA, Maria Izete de. Educação infantil: legislação e práti-


ca pedagógica. Psicol. educ. São Paulo, n. 27, p. 53-70, dez. 2008.
Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttex-
t&pid=S1414-69752008000200004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 09
out. 2019.

PARA SABER MAIS


Filme: Sociedade dos poetas mortos
Peça de teatro: Vida de professor
Acesse os links: https://youtu.be/l7L5rve1IEA
https://youtu.be/uASK8hkxHDE

DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

31
DIDÁTICA E PRATICAS
PEDAGOGICAS NO ENSINO
SUPERIOR
DIDÁTICA COMO CIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR
A dialética aplicada à metodologia científica, tem a finalidade de
analisar, de modo crítico, os acontecimentos descritos através de um fe-
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

nômeno, de forma mais aprofundada, descrevendo o fenômeno e suas


causas e suas consequências, a fim de entender a realidade em sua tota-
lidade.
Nesse sentido, através do método dialético podemos rever o pas-
sado diante dos acontecimentos ocorridos no presente, facilitando o ques-
tionamento sobre o futuro em relação aos repetidos assuntos estudados.
Considerada uma ciência que estuda os saberes necessários á
prática docente a Didática é um dos principais instrumentos para a forma-
ção do professor, pois é nela que se baseiam para adquirir os ensinamen-
tos necessários para a prática. De acordo com Libâneo (1990, p. 26) “a
didática trata da teoria geral do ensino”. Como disciplina é entendida como
um estudo sistematizado, intencional, de investigação e de prática (LIBÂ-
NEO, 1990).

32
Ainda, nesta mesma linha de pensamento, Pimenta et al, diz que:

A didática, como área da pedagogia, estuda o fenômeno ensino. As recentes


modificações nos sistemas escolares e, especialmente, na área de forma-
ção de professores configuram uma “explosão didática”. Sua ressignifica-
ção aponta para um balanço do ensino como prática social, das pesquisas e
das transformações que têm provocado na prática social de ensinar (2013,
p.146).

No entendimento de Luzuriaga (2001), a Didática originaria-


mente significou a arte de ensinar. Durante muito tempo, ensinou-se
conforme certas regras e normas, porém estas tinham mais um caráter
empírico, pessoal ou procediam da tradição de modelos ou da habilida-
de pessoal. Somente a partir do século XVII, Comenius estabeleceu a
Didática sobre as bases gerais, denominando precisamente de Didática
Magna, que era uma espécie de manual escrito em um livro elaborado
com a pretensão de ensinar tudo a todos. A Didática Magna foi a prin-
cipal obra de Comenius, que compreendia não apenas os métodos e
regras de ensinar, mas também a totalidade ação educativa.
Segundo Gil (2010, p.2) didática é a “arte de ensinar”. Ele se-
gue citando Comenius, que afirmava que didática é a “arte de ensinar
tudo a todos” e Masetto, que diz que didática “é o estudo do processo de
ensino-aprendizagem em sala de aula e de seus resultados”. Falando
acerca de didática Libâneo diz:

A didática é uma disciplina que estuda o processo de ensino no seu conjunto,


no qual os objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas da aula se
relacionam entre si de modo a criar as condições e os modos de garantir aos
alunos uma aprendizagem significativa. Ela ajuda o professor na direção e

DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS


orientação das tarefas do ensino e da aprendizagem, fornecendo-lhe segu-
rança profissional. (LIBÂNEO, 2002, p.5).

A palavra Didática refere-se à ordem, clareza, simplificação e


costuma, portanto, também conotar rigor, bitolamento, limitação, qua-
dratura. Se ela adquiriu significados negativos, supõe-se que a origem
deles esteja na práxis, ou seja, no exercício regular da Didática, em
todos os níveis de ensino, seria responsável pelo seu desprestígio ou
má fama. Realmente, muitos manuais de Didática estão cheios de itens
e subitens, regras e conselhos: o professor deve, o professor não deve
e ficam, portanto, muito próximos dos receituários ou listagens de per-
missões e proibições, tentando inutilmente disfarçar o seu vazio atrás
de excessivo formalismo.
A Didática associa-se à ciência desde o momento em que os

33
homens passaram a questionar, de forma exaustiva, todas as formas
possíveis de se ensinar algo a alguém. De modo que, ela passou a es-
tar presente quando o homem organizou a maneira de transmitir seus
conhecimentos ao exercitar uma prática pedagógica – uma Didática.
Libâneo (2007) aponta que a Didática tem como objeto de es-
tudo o processo de ensino, finalidades, pedagogias, condição e meios
de direção e organização do ensino e aprendizagem, pelos quais se as-
seguram a mediação docente de objetivos, os conteúdos e os métodos
para atingir a efetivação da assimilação dos conhecimentos.
Apesar da discussão de como ensinar e como sistematizar o
ensino ter sido uma preocupação dos educadores desde que se orga-
nizou a relação pedagógica, a Didática é considerada uma teoria do
ensino apenas a partir do século XVII:

a história da Didática está ligada ao aparecimento do ensino – no decorrer do


desenvolvimento da sociedade, da produção e das ciências - como atividade
planejada e intencional dedicada à instrução.[...] Na chamada Antiguidade
Clássica ( gregos e romanos) e no período medieval também se desenvol-
vem formas de ação pedagógicas, em escolas, mosteiros, igrejas, universi-
dades. Entretanto, até meados do século XVII não podemos falar de Didática
como teoria do ensino, que sistematize o pensamento didático e o estudo
científico das formas de ensinar (LIBÂNEO, 1994, p. 54- 55).

Não há dúvidas sobre a complexidade do trabalho docente


frente às atribuições que lhe são exigidas. Neste contexto Veiga (2006,
p. 2), menciona que a “[...] docência universitária exige a indissociabili-
dade entre ensino, pesquisa e extensão, faz parte dessa característica
integradora a produção do conhecimento bem como sua socialização”.
A indissociabilidade aponta para a atividade reflexiva e problematizada
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

do futuro profissional.
A autora salienta, ainda, que formar professores universitários
implica compreender a importância do papel da docência, proporcio-
nando um aprofundamento científico aliado ao conhecimento pedagógi-
co, que os capacite a responder questões fundamentais da universida-
de como instituição social, uma prática social que implica as ideias de
formação, reflexão, e crítica.
Com os levantamentos que são realizados ao longo dos cur-
sos fica claro as deficiências na formação do professor universitário. É
comum que a maioria das críticas nesses cursos em relação aos profes-
sores refere-se à falta de didática, por essa razão muito professor vem
realizando cursos de didática do ensino superior.
A prática pedagógica no Ensino Superior passa por diversos
desafios, visto que, precisa sempre articular ensino, pesquisa e exten-
34
são e, por outro lado, a ausência de preocupação explícita das autori-
dades educacionais com a preparação de professores para o Ensino
Superior. As autoridades acreditam que o corpo discente das escolas
superiores é constituído por adultos, não precisando tanto de dedicação
quanto no corpo discente do ensino básico, constituído por crianças
e adolescentes. Os alunos do ensino superior, por já possuírem uma
“personalidade formada” e por saberem o que pretendem, não exigi-
riam de seus professores mais do que competência para transmitir os
conhecimentos e para sanar suas dúvidas, caso esse muito controverso
quando posto em prática.
Segundo ALTHAUS (2004), a ação didática no ensino superior
é pautada pelas tensões enfrentadas no cotidiano universitário e conso-
lida-se pelo o que é inerente à extensão: “A autêntica ação de estender
o conhecimento, via extensão universitária, operacionaliza-se por meio
de umas práxis dialética (mediadora entre universidade-sociedade-uni-
versidade) de produção/reprodução crítica do conhecimento” (RAYS,
2003, p.3). Segundo BORBA e SILVA ([s.d]):

Quando nos referimos às necessidades dos estudos didáticos dirigidos ao


ensino de nível superior, a sua aplicação e investigação aos problemas pe-
dagógicos deve levar cada docente a fazer uma autocrítica e a tomar cons-
ciência de suas responsabilidades, e principalmente buscar a melhor forma
de desempenhar suas funções e por sua vez fazer experiências pedagógicas
que vise aperfeiçoar os diversos tipos de atividades que caracterizam tais
funções, em particular podemos citar as voltadas à sistematização e trans-
missão do conhecimento, sem deixar em segundo plano ou de lado as res-
ponsabilidades propriamente educativas.

Frente a esse cenário, Cunha, Brito e Cicillini (2006) afirmam


DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS
que a formação pedagógica para o professor da educação superior é
quase inexistente e isto recai na grande dificuldade de o docente en-
frentar os desafios de sua profissão. Assim, evidenciamos que o profes-
sor da atualidade precisa alargar seu repertório de conhecimentos, visto
que ter o título acadêmico apenas não garante uma atuação qualificada
em sala de aula.
A “Didática do Ensino Superior” volta-se para aos alunos dos
cursos de graduação e pós-graduação, com o objetivo de analisar, mi-
nuciosamente, e refletir sobre o panorama da educação nacional, a fim
de capacitar os docentes e interessados em atuar nas áreas de ensi-
no, pesquisa ou gestão, sendo possível uma melhor compreensão das
competências, habilidades e atividades necessárias para atuação no
ensino. A partir dessas disposições, Nóvoa (2009) recomenda fatores
importantes para alicerçar programas de formação de professores:

35
A formação de professores precisa articular teoria e prática, a
partir da análise de situações concretas do cotidiano escolar, à procura
de um conhecimento pertinente na reelaboração desse conhecimento,
traduzindo um processo de inovação;
É relevante que a formação de professores passe para “dentro
da formação”, isto é, ser conduzida e planejada pelos próprios professo-
res, de forma que os principiantes aprendam com os mais experientes;
A formação de professores necessita valorizar o trabalho em
equipe, pois a reflexão e o trabalho coletivo transformam-se em conhe-
cimento profissional, instigando processos de mudança e práticas con-
cretas de intervenção.
A formação precisa incentivar os professores a darem visibili-
dade social ao seu trabalho, a aprenderem a se comunicar com o pú-
blico, “a ter uma voz pública, a conquistar a sociedade para o trabalho
educativo, comunicar para fora da escola” (NÓVOA, 2009, p. 43).

Considera-se a docência, independentemente do nível de en-


sino em que ela aconteça, uma ação humana. Reconhecer a dimensão
humana da docência é admitir e assumir que ela se constitui históri-
ca e socialmente e, por conseguinte, a formação é parte integrante da
identidade profissional do professor; é a “humana docência, onde ser
educador é ser o mestre de obras do projeto arquitetado para sermos
humanos”. (NÓVOA, 2009)
Veiga (2006) defende a formação do futuro professor univer-
sitário articulando conhecimento da área especifica e conhecimentos
pedagógicos para que eles possam compreender e realizar, efetiva-
mente, um trabalho que contemple a indissociabilidade entre o ensino,
a pesquisa e a extensão, condição, segundo a autora, indispensável à
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

atividade reflexiva, problematizadora e inerente à docência.


Faz parte dessa característica integradora a produção do co-
nhecimento bem como sua socialização. Articula componentes curricu-
lares e projetos de pesquisa e de intervenção, levando em conta que a
realidade social não é objetivo de uma disciplina, e isso exige o empre-
go de uma pluralidade metodológica.
Ainda que pese, as discussões e proposições advindas de inú-
meras pesquisas, as entrevistas com os pós-graduandos que tinham
experiência docente no ensino superior evidenciaram que eles se con-
sideravam pouco capazes de articular o ensino, a pesquisa e a exten-
são nas instituições públicas de ensino superior onde trabalhavam, em
função das inúmeras exigências administrativas, burocráticas e, princi-
palmente nas instituições da rede particular, pois o trabalho docente é
exclusivo ao ensino.
36
Contudo, o que fica evidenciado, no mais das vezes, nesses
processos de capacitação, ainda é uma didática pautada no domínio
que o professor tem da sua área de formação e especialização. Os
próprios concursos de ingresso à carreira universitária exigem este do-
mínio, embora tal proficiência no conhecimento científico não garanta a
sua tradução adequada em saber acadêmico, por parte do aluno e da
comunidade. E, sem negar a importância desse conhecimento, conside-
ramos que a didática universitária precisa ir além disso.

A METODOLOGIA NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA


A Metodologia nos dá juízos de realidade, e a Didática nos dá
juízos de valor. Juízos de realidade são juízos descritivos e constatati-
vos. Juízos de valor são juízos que estabelecem valores ou normas. A
partir dessa diferenciação, concluímos que podemos ser metodologis-
tas sem sermos didáticos, mas não podemos ser didáticos sem sermos
metodologistas, pois não podemos julgar sem conhecer. Por isso, o es-
tudo da Metodologia é importante por uma razão muito simples: para
escolher o método mais adequado de ensino precisamos conhecer os
métodos existentes.
Para efetivação do ensino e aprendizagem deve-se destacar
que é muito importante a interação do aluno e professor. Além disso,
é possível ocorrer uma relação dialética, na qual o papel do professor
e do aluno se unam e estimulem a aprendizagem, através das tarefas
contínuas dos sujeitos, de tal forma que o processo interligue o aluno
ao objeto de estudo.
Assim, espera-se do professor:

DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS


Que tenha conhecimento de várias técnicas ou estratégias, bem como o do-
mínio do uso destas para poder utilizá-las em aula; Que desenvolva capa-
cidade de adaptação das diversas técnicas, modificando-as naquilo que for
necessário para que possam ser usadas com aproveitamento pelos alunos
individualmente ou em grupos; Que, pelo conhecimento e domínio prático de
muitas técnicas e por sua capacidade de adaptação das técnicas existentes,
se torne capaz de criar novas técnicas que melhor respondam às necessida-
des de seus alunos. Afinal, técnicas são instrumentos e como tais podem ser
criadas por aqueles que vão usá-las (MASETTO, 2012, p. 103).

A METODOLOGIA DIALÉTICA
Sobre a metodologia dialética entende-se o conhecimento não
pode ser transferido, porém construído nas suas ligações com o outro e
com o mundo. Nesse diapasão:
Quando o estudante se confronta com um tópico de estudo, o professor pode

37
esperar que ele apresente, a respeito do mesmo, apenas uma visão inicial,
caótica, não elaborada ou sincrética, e que se encontra em níveis diferencia-
dos entre os alunos. Com a vivência de sistemáticos processos de análise
a respeito do objeto de estudo, passa a reconstruir essa visão inicial, que
é superada por uma nova visão, ou seja, uma síntese. A síntese, embora
seja qualitativamente superior à visão sincrética inicial, é sempre provisória,
pois o pensamento está em constante movimento e, consequentemente, em
constante alteração. Quanto mais situações de análises forem experiências,
maiores chances o aluno terá de construir sínteses mais elaboradas. O cami-
nho da síncrese para a síntese, qualitativamente superior, via análise, é ope-
racionalizado nas diferentes estratégias que o professor organiza, visando
sistematizar o saber escolar. É um caminho que se processa no pensamento
e pelo pensamento do aluno, sob a orientação e acompanhamento do pro-
fessor, possibilitando o concreto pensado. (ANASTASIOU, 2005, p. 09, grifos
no original).

Uma metodologia na perspectiva dialética baseia-se em outra


concepção de homem e de conhecimento. Entende o homem como um
ser ativo e de relações. Assim, entende que o conhecimento não é “trans-
ferido” ou “depositado” pelo outro (conforme a concepção tradicional), nem
é “inventado” pelo sujeito (concepção espontaneísta), mas sim que o co-
nhecimento é construído pelo sujeito na sua relação com os outros e com
o mundo.
Isso significa que o conteúdo que o professor apresenta preci-
sa ser trabalhado, refletido, reelaborado pelo aluno, para se constituir em
conhecimento dele. Caso contrário, o educando não aprende, podendo,
quando muito, apresentar um comportamento condicionado, baseado na
memória superficial.
O professor, ao organizar sua aula e propor uma avaliação, tem
que considerar as etapas que o aluno irá percorrer, a partir de sua vivência
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

social, de seu conhecimento prévio. Esse processo tem que ser entendido
de forma dinâmica e não estática ou como um ritual burocrático que to-
dos devem, necessariamente, cumprir, tendo como parâmetro um modelo
ideal. Assim, a teoria dialética do conhecimento nos aponta que o conhe-
cimento se dá, basicamente, em três grandes momentos: a Síncrese, a
Análise e a Síntese.
A mobilização para o conhecimento – a síncrese da teoria dialéti-
ca - procura estabelecer um vínculo inicial entre o aluno e o objeto de estu-
do através de uma provocação, de uma pergunta instigadora. Vasconcellos
(2002) acredita que realizar uma tarefa sem saber o porquê é uma situação
típica do trabalho alienado que acaba por exigir do aluno memorização e
não inteligência. Nesta etapa, é preciso resgatar a realidade concreta do
aluno, seja ela coletiva ou pessoal e considerar que os alunos já possuem
uma concepção, ainda que não científica, sobre o conteúdo abordado.
38
Vasconcellos (2002, p. 39) considera que “o papel específico do
educador não se restringe à informação que oferece, mas exige sua in-
serção num projeto social (...) para que o educando possa continuar au-
tonomamente a elaboração do conhecimento”. Neste processo, cabe ao
professor provocar a abertura para a aprendizagem e colocar meios que
possibilitem e direcionem esta etapa.
Uma metodologia dialética poderia ser expressa através de três
grandes momentos que, na verdade, devem corresponder mais a três
grandes dimensões ou preocupações do educador no decorrer do trabalho
pedagógico, já que não os podemos separar de forma absoluta, a não ser
para fins de melhor compreensão da especificidade de cada um. Como
superação da metodologia tradicional, exige-se pois:
Mobilização para o Conhecimento.
Construção do Conhecimento.
Elaboração da Síntese do Conhecimento.

A mobilização se coloca como um momento especificamente pe-


dagógico, em relação à teoria dialética do conhecimento, uma vez que esta
supõe o interesse do sujeito em conhecer. De modo geral, na situação pe-
dagógica este interesse tem que ser provocado. Visa possibilitar o vínculo
significativo inicial entre sujeito e o objeto (“approche”), provocar, acordar,
desequilibrar, fazer a “corte”. O trabalho inicial do educador é tornar o obje-
to em questão, objeto de conhecimento para aquele sujeito. Aqui é neces-
sário todo um esforço para dar significação inicial, para que o sujeito leve
em conta o objeto como um desafio. Trata-se de estabelecer um primeiro
nível de significação, em que o sujeito chegue a elaborar as primeiras re-
presentações mentais do objeto a ser conhecido.
Construção do Conhecimento é possibilitar o confronto de co-
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS
nhecimento entre o sujeito e o objeto, onde o educando possa penetrar no
objeto, compreendê-lo em suas relações internas e externas, captar-lhe
a essência. Trata-se aqui de um segundo nível de interação, onde o su-
jeito deve construir o conhecimento através da elaboração de relações o
mais totalizantes possível. Conhecer é estabelecer relações; quanto mais
abrangentes e complexas forem as relações, melhor o sujeito estará co-
nhecendo. O educador deve colaborar com o educando na decifração, na
construção da representação mental do objeto em estudo.
Elaboração da Síntese do Conhecimento é ajudar o educando
a elaborar e explicitar a síntese do conhecimento. É a dimensão relativa à
sistematização dos conhecimentos que vêm sendo adquiridos, bem como
da sua expressão. O trabalho de síntese é fundamental para a compreen-
são concreta do objeto. Por seu lado, a expressão constante dessas sín-
teses (ainda que provisórias) é também fundamental, para possibilitar a
39
interação do educador com o caminho de construção de conhecimento que
o educando está fazendo.
Acreditar que tais notas ou conceitos possam, por si só, explicar
o rendimento do aluno e justificar uma decisão de aprovação ou retenção,
sem que sejam analisados o processo de ensino-aprendizagem, as con-
dições oferecidas para promover a aprendizagem do aluno, a relevância
deste resultado na continuidade de estudos, é, sobretudo, tornar o proces-
so avaliativo extremamente reducionista, reduzindo as possibilidades de
professores e alunos tornarem-se detentores de maiores conhecimentos
sobre aprendizagem e ensino. (ZACHARIAS, s/d, p.2).
De uma forma geral, o método dialético está aplicado de uma for-
ma mais presente nas ciências humanas, que buscam entender de uma
forma mais intensa o porquê, para quê e como os fatos se apresentam, e
como o seu acontecimento se torna uma questão de interesse científico e
social (DINIZ; SILVA, 2008).

EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA
Um conjunto de normas tem de ser formulado para regular esse
sistema, aplicando-se a todas as universidades, públicas ou privadas,
e incorporando todas as universidades que fazem parte do sistema de
produção do conhecimento superior, como institutos de pesquisa, em-
presas, hospitais, repartições públicas e entidades de formação de nível
superior. O sistema brasileiro deve atuar no sentido de garantir autono-
mia a cada entidade, devendo, entretanto, criar um conjunto harmônico,
capaz de funcionar com sinergia, evitando as dispersões características
do momento atual (Buarque, 2003).
Zabalza (2004) atribui três funções aos professores universi-
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tários: o ensino (docência), a pesquisa e a administração em diversos


setores da instituição. Acrescento ainda a função de orientação acadê-
mica: monografias, dissertações e teses. Novas funções agregam-se a
estas, tornando mais complexo o exercício profissional:

o que alguns chamaram de business (busca de financiamento, negociação de


projetos e convênios com empresas e instituições, assessorias, participação
como especialistas em diversas instâncias científicas, etc.). E as relações
institucionais (que são entendidas de diferentes maneiras: da representação
da própria universidade nas inúmeras áreas em que é exigida até a criação
e a manutenção de uma ampla rede de relações com outras universidades,
empresas e instituições buscando reforçar o caráter teórico e prático da for-
mação e, em alguns casos, seu caráter internacional). (Ibidem, p.109).

40
A docência universitária requer a indissociabilidade entre en-
sino, pesquisa e extensão. Essa característica integra a produção do
conhecimento bem como sua socialização. A indissociabilidade direcio-
na-se para atividade reflexiva e problematizadora do futuro profissional.
A Articulação dos componentes curriculares e projetos de pesquisa e de
intervenção, deve levar em conta que a realidade social não é objetivo
de uma disciplina e isso exige o emprego de uma pluralidade metodo-
lógica.
A pesquisa e a extensão devem ser inseridas na docência, vis-
to a necessidade de interrogar o que se encontra fora do ângulo ime-
diato de visão. Não se trata de pensar na extensão como diluição de
ações - para uso externo - daquilo que a “ universidade produzir de bom.
O conhecimento científico produzido pela universidade não é para mera
divulgação, mas é para a melhoria de sua capacidade de decisão.

PLANEJAMENTOS DO ENSINO
O planejamento é essencial para qualquer organização e tam-
bém é a maneira mais segura de atingir metas. Mas também pode ser
um pesadelo institucional quando, em vez de ser um facilitador do tra-
balho, torna-se um obstáculo para o desempenho e o crescimento or-
ganizacional. Basicamente, porque a maioria das pessoas dentro da
universidade não sabe como usá-lo (implementação sem treinamento
adequado), não sabe por que elas precisam usá-lo (falta de comunica-
ção interna) e, pior ainda, não querem usá-lo isto.
Gandin (1997) defende a ideia de que existem planejadores,
executores e avaliadores. Contudo, ele acredita que nesse grupo há
poucos planejadores e muitos executores. Há pessoas dispostas ape-

DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS


nas em mandar, estão sempre apontando a direção a ser seguida se-
gundo seu pensamento. O sujeito dotado de consciência crítica, não se
deixa levar por essa situação, ao contrário da pessoa ingênua ou mítica
que vai se deixar manipular.
Planejar não se limita apenas ao ato de fabricar planos, vai
além do colocar ideias no papel, preparar atividade para serem execu-
tadas dentro ou fora da sala de aula. Com o planejamento não se reduz
à elaboração, estende-se também à execução e à avaliação.
Existem fatores mais importantes que determinam o sucesso
do planejamento estratégico no superior. A competência dos funcioná-
rios, a cultura do campus, o orçamento e os regulamentos também são
elementos essenciais que podem ajudar as universidades a cumprir
seus objetivos e - ainda mais importante - a sustentar esse sucesso
a tempo de serem reconhecidos pela sociedade como uma instituição

41
fundamental para o bem-estar comum.
O planejamento estratégico é um processo sistemático para
projetar o futuro das instituições de ensino superior. Em geral, espera-se
que o plano estratégico envolva uma abordagem coerente, consistente
e cuidadosa para garantir as aspirações de longo prazo da organização.
De acordo com Santana, (1986. P. 26) o planejamento é dividi-
do em três etapas: A primeira é a preparação ou estruturação do plano
de Trabalho Docente. Esta etapa é onde o professor prevê como será
desenvolvido o seu trabalho durante certo período. O professor relacio-
na os conteúdos que serão trabalhados e como serão trabalhados, ou
seja, busca uma metodologia adequada, recursos didáticos e tecnoló-
gicos que contribuam para melhor desenvolvimento dos conteúdos. Na
sequência é determinado os objetivos a serem alcançados, viabilizando
estratégias para que no decorrer do trabalho os objetivos sejam atingi-
dos.
Kourganoff entre outros autores, vem chamando a nossa aten-
ção sobre a necessidade de um estudo sistemático dos problemas didá-
ticos em nível superior. Segundo ele:

“A aplicação do espírito de investigação aos problemas pedagógicos


deve levar cada docente a fazer uma autocrítica, a tomar consciência
de suas responsabilidades, a repensar a maneira como desempenha
suas funções e a fazer experiências pedagógicas que visem aperfei-
çoar os diversos tipos de atividades que caracterizam tais funções,
em particular, as voltadas à sistematização e transmissão do saber,
sem esquecer das responsabilidades propriamente educativas. Por
esta razão, é particularmente urgente melhorar o preparo pedagógico
dos docentes... O número de seminários e outras atividades similares
sobre o ensino universitário é pequeno quando comparado com o
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número de outras iniciativas da mesma natureza dirigidas às diferen-


tes especialidades da investigação. Como recomenda o “Rapport of
Berkeley”, alguns seminários pedagógicos apropriados aos diferen-
tes tipos de disciplinas deveriam formar parte da rotina de cada do-
cente universitário. Uma das preocupações de tais encontros deveria
ser um inventário pedagógico internacional dos melhores métodos já
utilizados nos diversos países” (1972. p. 84).

Uma parte significativa do planejamento e preparação está


realizando pesquisas. O estudo da teoria educacional e o exame das
melhores práticas ajudam a definir e moldar sua própria ensino. Estudar
o conteúdo que você ensina em profundidade também ajudará você a
crescer e melhorar.
Como professor, você deve ter o conteúdo que ensina domina-
do. Você deve entender o que está ensinando, por que está ensinando
42
e deve criar um plano de como apresentá-lo aos seus alunos todos
os dias. Isso acaba beneficiando seus alunos. É seu trabalho como
professor não apenas apresentar as informações, mas apresentar de
uma maneira que ressoe com os alunos e faça com que seja importante
o suficiente para que eles desejem aprender. Isso ocorre através do
planejamento, preparação e experiência.
Uma das razões mais importantes para planejar é que o pro-
fessor precisa identificar seus objetivos para a lição. Os professores
precisam saber o que querem que seus alunos possam fazer no final
da lição que não podiam fazer antes. Aqui estão mais algumas razões
pelas quais o planejamento é importante:

dá ao professor a oportunidade de prever possíveis problemas


e, portanto, considerar soluções
garante que a lição seja equilibrada e apropriada para a aula
dá confiança ao professor
o planejamento é geralmente uma boa prática e um sinal de
profissionalismo

O plano de aula define “o que” o professor espera alcançar


ao longo da lição e o “como” ele espera alcançá-lo. Geralmente, eles
estão na forma escrita, mas não precisam ser. Professores novos ou
inexperientes podem querer ou ser solicitados a produzir planos muito
detalhados - mostrando claramente o que está acontecendo em um de-
terminado momento da lição. No entanto, em um ambiente de ensino
realista, talvez seja impraticável considerar esses detalhes no planeja-
mento diário.

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Diferença entre Planejamento e Estratégia

A estratégia, como conceito, fica entre a missão e os planos


operacionais. E historicamente no ensino superior, tem sido negligen-
ciado nas conversas sobre cada um. Uma declaração de missão ins-
titucional diz por que existe uma faculdade ou universidade; esse é o
propósito. Os melhores transmitem ações específicas em relação ao
público-alvo, além de articular resultados.
A estratégia é o caminho a cumprir nessa missão. É o plano
de jogo que contém respostas para perguntas-chave, como em quais
áreas você se envolverá (graduação, pós-graduação; assistência mé-
dica, humanidades; artes liberais, profissionais; local, nacional, global;
adulto, idade tradicional etc.) e como você vai ter sucesso? As opera-
ções são as etapas para implementar a estratégia e, portanto, cumprir a
43
missão. Muitos planos estratégicos da universidade são principalmente
resultados ou ideais (ou “listas de desejos” não financiadas),
Estratégia tem inúmeras definições, e as pessoas que traba-
lham com estratégia em outros contextos, como assistência médica ou
setor corporativo, geralmente discordam de seu significado. Mas o que
fica claro em muitas definições concorrentes é que a estratégia:

é o elo entre a missão e as realidades do mercado competitivo


externo;
trata de escolhas associadas à direção organizacional e
3) difere das operações.

O problema com muitos planos estratégicos de faculdades e


universidades é que eles não articulam escolhas; eles são internamen-
te, não focados externamente e são confusos pelas operações. Embora
prioridades operacionais importantes sejam frequentemente avançadas
nos planos estratégicos tradicionais - como a criação de um modelo de
negócios financeiramente sustentável, alavancando a tecnologia ou o
aumento de matrículas -elas não são uma estratégia.
Estratégia é o objetivo para o qual você executará essas eta-
pas operacionais. As operações abordam como fazer as coisas corre-
tamente, enquanto a estratégia é sobre as coisas certas a serem feitas.

AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO SUPERIOR

De acordo com Bloom (1982), a avaliação é um método de


adquirir e processar evidências necessárias para melhorar o ensino
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e aprendizagem; inclui uma grande variedade de evidências que vão


além do exame usual de papel e lápis. É um auxílio para clarificar os
objetivos significativos e as metas educacionais, e é um processo para
determinar em que medida os alunos estão se desenvolvendo dos mo-
dos desejados; é um sistema de controle de qualidade, pelo qual pode
ser determinada, etapa por etapa do processo ensino-aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem na educação superior, de modo
geral, ainda deveria avançar das práticas focalizadas que Luckesi
(1994) denominou de “verificação da aprendizagem”. A avaliação preci-
sa ser exercida como uma “produção de sentidos”, o que não pode estar
restrito à utilização de instrumentos que apenas explicam o passado.
Além disso, a avaliação precisa guardar relação com as finali-
dades sociais mais amplas da educação, com o que desejamos no futu-
ro. Finalmente, a adesão a uma ou outra forma de avaliação necessita

44
ser vista também como um ato moral, pois nossas escolhas qualificam
o modo como vemos e interagimos com nossos alunos.
Apesar de ser quase unânime a ideia de que a avaliação é uma
prática indispensável ao processo de escolarização, a ação avaliativa
continua sendo um tema polêmico. Há uma intensa crítica aos procedi-
mentos e instrumentos de avaliação frequentemente usados na sala de
aula, que muitas vezes se fazem acompanhar da sinalização de novas
diretrizes ou de novas propostas de ação. O olhar para essas alterna-
tivas precisa estar atento aos discursos e às práticas para evitar que a
perspectiva técnica continue colocando na sombra a perspectiva ética.
Há vários níveis de relacionamento entre avaliação e aprendi-
zagem. Diversos estudos sobre a avaliação da aprendizagem na edu-
cação superior sugerem a existência de uma relação estreita entre as
práticas de avaliação exercidas pelos professores e os diferentes níveis
de desenvolvimento dos estudantes no decorrer da graduação. Tais
práticas podem influenciar, por exemplo, a natureza das experiências
de aprendizagem experimentada pelos alunos, como eles se envolvem
com os estudos, que conhecimentos são importantes e como se veem
no ensino universitário.
Logo, analisar a programática da avaliação é primeiramente
considerar ações e decisões que ela fundamenta de imediato e que atin-
gem pessoas bem definidas. Sobre esse ponto deve-se, evidentemen-
te, distinguir as situações: a pragmática da avaliação contínua durante
o ano escolar remete de início, ao andamento da aula, à progressão no
programa, à manutenção da ordem e, às vezes, à individualização da
aprendizagem.

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45
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2015 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2015 - IF-PA -
Professor - Pedagogia
Sabe-se que a disciplina Didática faz parte dos currículos de Licen-
ciaturas e que ela faz uso de saberes de diversas áreas do conheci-
mento humano sendo, portanto, um conjunto de saberes aparente-
mente constituído e sistematizado. De acordo com Libâneo (1992),
seu objeto é:
(A) O ensino, em sua totalidade.
(B) A educação em geral.
(C) As disciplinas.
(D) Todas as alternativas estão corretas.

QUESTÃO 2
Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: Secretaria da Criança - DF
Prova: FUNIVERSA - 2015 - Secretaria da Criança - DF - Especialis-
ta Socioeducativo - Artes Plásticas
Assinale a alternativa que apresenta corretamente as diferenças
fundamentais existentes entre a didática tradicional e a didática
moderna.
(A) A didática moderna sustenta a concepção de que o ensinar predo-
mina sobre o aprender, enquanto na didática tradicional o aprender é o
objetivo principal.
(B) A didática moderna reforça a premissa de que o professor ainda é
um ser superior que ensina a ignorantes. Para a didática tradicional, o
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educador e o educando constroem o conhecimento em conjunto.


(C) Na didática moderna, por meio dos recursos pedagógicos, o edu-
cando recebe passivamente os conhecimentos. A didática tradicional
deixa a responsabilidade da escolha para o educando.
(D) Para a didática moderna, a mídia e o game, entre outros, colaboram
para tornar a aprendizagem motivadora e envolvente. Para a didática
tradicional, o professor detém o poder do conhecimento.

QUESTÃO 3
Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Suzano - SP Prova:
VUNESP - 2015 - Prefeitura de Suzano - SP - Professor de Educação
Básica Adjunto
O professor deve ter propostas claras sobre o que, quando e como
ensinar e avaliar, a fim de possibilitar o planejamento de atividades
46
de ensino para a aprendizagem de maneira adequada e coerente
com seus objetivos. Nesse sentido, é correto afirmar que
(A) o ensino deve potencializar a aprendizagem.
(B) a aprendizagem deve se ajustar ao ensino.
(C) as técnicas de ensino fortalecem o professor.
(D) a motivação do aluno fortalece a sequência didática.

QUESTÃO 4
Ano: 2019 Banca: CS-UFG Órgão: IF Goiano Prova: CS-UFG - 2019
- IF Goiano - Técnico em Assuntos Educacionais
O trabalho docente é uma das modalidades específicas da prática
educativa mais ampla que ocorre na sociedade, por isso, não pode
ser tratado como atividade restrita ao espaço da sala de aula. A
disciplina que sistematiza e orienta a organização pedagógica é a
didática. Qual o objeto de estudo da didática?
(A) O processo pedagógico
(B) O processo de ensino.
(C) O planejamento de ensino.
(D) O plano de aula.

Questão 5
Ano: 2016 Banca: FACET Concursos Órgão: Prefeitura de Marca-
ção - PB Prova: FACET Concursos - 2016 - Prefeitura de Marcação
- PB - Professor de Ciências
De acordo com a formação profissional do professor para o traba-
lho didático em sala de aula, há duas dimensões, assinale a alter-
nativa correta que contém as duas dimensões.
(A) A primeira destas dimensões é a teórico-científica formada de co-
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nhecimentos de filosofia, sociologia, história da educação e pedagogia.
A segunda é a técnico–prática, que representa o trabalho docente in-
cluindo a didática, metodologias, pesquisa e outras facetas práticas do
trabalho do professor.
(B) A didática não é a mediação entre as dimensões teórico-científica e
a prática docente.
(C) A teórico-científica formada de conhecimentos de filosofia, sociolo-
gia, matemática e pedagogia. A segunda é a técnico–prática, que repre-
senta o trabalho docente incluindo a didática, excluindo metodologias.
(D) Libâneo (1994, p.3) define a didática como a mediação entre as
dimensões teórico-científica e a prática docente. Uma envolve desde a
filosofia a matemática e a outra o trabalho docente excluindo a
metodologia.

47
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

Partindo do pressuposto que a avaliação diagnóstica é um instru-


mento que tem por objetivo identificar elementos que auxiliam o
processo de construção do conhecimento/ aprendizagem do alu-
no, especifique os métodos de aplicação da avaliação diagnóstica.

TREINO INÉDITO

Assunto: Avaliação diagnóstica


Assinale a alternativa que indica corretamente o objetivo da avaliação
diagnóstica.
(A) Identificar habilidades e ainda, competências que o aluno domina
(B) Identificar habilidades e ainda, competências que o aluno não do-
mina
(C) Identificar inabilidades e competências que o aluno domina
(D) Identificar habilidades e ainda, incompetências que o aluno domina
(E) NDA

NA MÍDIA

O QUE É AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DE ACORDO COM AUTO-


RES DA PEDAGOGIA
• Luckesi, (1978): a avaliação é definida como um julgamento de valor
sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma toma-
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da de decisão.
• Sarrabbi, 1971: a avaliação educativa é um processo complexo, que
começa com a formulação de objetivos e requer a elaboração de meios
para obter evidência de resultados, interpretação dos resultados para
saber em que medida foram os objetivos alcançados e formulação de
um juízo de valor.
• Juracy C. Marques, 1956: é um processo contínuo, sistemático, com-
preensivo, comparativo, cumulativo, informativo e global, que permite
avaliar o conhecimento do aluno.
• Bradfield e Moredock, 1963: a avaliação significa a uma dimensão
mensurável do comportamento em relação a um padrão de natureza
social ou científica.

Fonte: Maria Angélica


48
Data: 2017
Leia na íntegra em: https://canaldoensino.com.br/blog/o-que-e-e-quais-
-os-tipos-de-avaliacao-da-aprendizagem

NA PRÁTICA

AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO


DE APRENDIZAGEM DO ALUNO

Existem três tipos de avaliação, entre os quais o professor pode optar


por um para aplicar em sua sala de aula: avaliação diagnóstica, ava-
liação formativa e avaliação somativa. A diagnóstica possibilita ao pro-
fessor identificar progressos e dificuldades por parte do aluno. Já a for-
mativa, busca identificar as principais insuficiências de aprendizagens
iniciais necessárias para o aprendizado de outros conhecimentos.

Fonte: José Amadeu da Silva Filho, Celeciano da Silva Ferreira, Régia


Maria Gomes Moreira, Sheila Maria Gonçalves da Silva.
Data: 2012
Disponível em:
http://editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/
f7b399b81548477eec9e94f5cfccffc7_1919.pdf

PARA SABER MAIS


Filme: A onda
Peça de teatro: Trabalho: eu topo
Acesse os links: https://youtu.be/AHL2Ltq0TwE
https://youtu.be/cB9yhs9m5T8?t=1
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

49
TECNOLOGIA E RECURSOS
DIDÁTICOS
ENSINO A DISTÂNCIA
Para entender o que é Educação à Distância, Moran (2009, p.
1) a define como “[...] o processo de ensino e aprendizagem, mediado
por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/
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ou temporalmente”. Salienta, ainda, que é mais conveniente sua aplica-


ção para educação de adultos, por terem mais consolidado a aprendiza-
gem individual de pesquisa. A figura 3 ilustra bem como essa interação
ocorre nos dias atuais.

50
Figura 3 – EAD na Formação Superior de Ensino

Fonte: Voz do Planalto (2019).

Entende-se que não se pode pensar em avanços sociais sig-


nificativos sem que haja acesso às tecnologias, e é a educação online
que vai favorecer a aproximação das mídias por um contingente cada
vez maior de sujeitos, que se tornarão capazes de atribuir-lhes novos
significados com a transformação de sua visão de mundo. Conforme
afirma Guatarri (2008, p.16):

As evoluções tecnológicas, conjugadas a experimentações sociais desses


novos domínios, são talvez capazes de nos fazer sair do período opressivo
atual e de nos fazer entrar nessa era pós-mídia, caracterizada por uma apro-
priação e uma resingularização da utilização da mídia.
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O ensino a distância, é uma alternativa de educação, na qual


os principais elementos incluem a separação física de professores e
alunos durante a instrução e o uso de várias tecnologias para facilitar a
comunicação entre aluno e professor. Tradicionalmente, o ensino a dis-
tância tem se concentrado em estudantes não tradicionais, como traba-
lhadores em período integral, militares e não residentes ou indivíduos
em regiões remotas que não podem participar de palestras em sala de
aula. No entanto, o ensino a distância tornou-se uma parte estabelecida
do mundo educacional, com tendências apontando para o crescimento
contínuo, principalmente no Ensino Superior.
O ensino a distância é, por definição, realizado por meio de insti-
tuições; não é um estudo individual ou um ambiente de aprendizado não

51
acadêmico. As instituições também podem ou não oferecer instruções
tradicionais em sala de aula, mas são elegíveis para credenciamento
pelas mesmas agências que empregam métodos tradicionais.
A educação a distância, como qualquer outra educação, esta-
belece um grupo de aprendizado, às vezes chamado de comunidade
de aprendizado, composta por alunos, professor e recursos instrucio-
nais - ou seja, livros, áudio, vídeo e gráficos que permitem ao aluno
acessar o conteúdo da instrução.
Um dos primeiros assessores tecnológicos da educação foi o
slide lanterna (por exemplo, o Lanterna de Linnebach), usada no século
XIX nas aulas de chautauqua e nas escolas de liceu para adultos e em
shows itinerantes de barracas de palestras em todo o mundo para pro-
jetar imagens em qualquer superfície conveniente; esses assessores
visuais se mostraram particularmente úteis na educação de audiências
semiletradas. No início do século XX, as teorias da aprendizagem co-
meçaram a se concentrar em abordagens visuais da instrução, em con-
traste com as práticas de recitação oral que ainda dominavam as salas
de aula tradicionais.
Gonzalez (2005) define que a Educação a distância é uma es-
tratégia de sistemas educativos que irá ofertar a educação a setores ou
a um grupo de pessoas que possuem dificuldades de acesso à educa-
ção presencial, complementando os conceitos abordados anteriormen-
te.
O Brasil é pródigo em exemplos de professores muito com-
petentes no uso de tecnologias e educação a distância. Mas, quase
sempre, eles foram vistos como grupos de excêntricos ou visionários,
que se dedicaram às pesquisas nesse campo sem apoio oficial – quan-
do muito, alcançavam a piedosa complacência dos gestores. Algumas
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vezes, os grupos que atuavam na área, disputavam entre si, em vez de


unidos, buscarem a sensibilização dos dirigentes. O resultado disso foi
que a educação a distância ficou sendo uma ilha em nossas universida-
des e instituições. (MEC, 2003).
Quanto à modalidade de Educação a Distância (EaD), atual-
mente, a definição que se destaca e marca de forma simples e clara, é
encontrada no site do Ministério da Educação (MEC, 2005):

Educação a Distância é a modalidade educacional na qual alunos e profes-


sores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessá-
ria a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Essa
modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada
na Educação Básica (educação de jovens e adultos, educação profissional
técnica de nível médio) e na Educação Superior.
(BRASIL, 2005).

52
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM E TECNOLOGIAS PARA
O ENSINO
Segundo Moran (2006), p. 25, a educação online pode ser apli-
cada desde a educação infantil até o ensino superior, contemplando
não só a educação formal, como também a não formal e a educação
corporativa, viabilizando tanto cursos totalmente a distância, quanto se-
mipresenciais e presenciais:

Uma estratégia pedagógica dinâmica é realizada com programas que sejam


atualizados permanentemente, respondendo ao acelerado ritmo de mudança
da sociedade do conhecimento e do mercado de trabalho atual, superando
assim o anacronismo em que, cedo ou tarde, caem os conteúdos e progra-
mas dos sistemas presenciais.

Como salienta LÉVY (1999), p. 17:

tornam-se necessárias duas grandes reformas dos sistemas de edu-


cação e formação. Primeiro, a adaptação dos dispositivos e do es-
pírito do aprendizado aberto e a distância (AAD) no cotidiano e no
ordinário da educação. É verdade que o AAD explora certas técnicas
do ensino a distância, inclusive a hipermídia, as redes interativas de
comunicação e todas as tecnologias intelectuais da cybercultura. O
essencial, porém, reside num novo estilo de pedagogia que favoreça,
ao mesmo tempo, os aprendizados personalizados e o aprendiza-
do cooperativo em rede. Nesse quadro, o docente vê-se chamado
a tornar-se um animador da inteligência coletiva de seus grupos de
alunos, em vez de um dispensador direto de conhecimentos.

Conforme Carvalho et al. (2011), várias são as possibilidades


de se implementar e usar os métodos de ensino EAD. Ementas de disci-
plinas específicas se adequam perfeitamente aos moldes desse tipo de DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

ensino, de modo que a utilização de recursos computacionais favoreça


o aprendizado quando comparados ao ensino presencial. Muitas ferra-
mentas que teriam dificuldades de estarem disponíveis para o aluno em
sala de aula, são acessadas por estes de maneira rápida, através de
aplicativos e softwares.
Diversos recursos virtuais auxiliam na aquisição da informação,
por meio de chats, correio eletrônico, fóruns e plataformas de buscas
como o Google, garantindo assim uma extensa flexibilidade do proces-
so de ensino-aprendizagem entre o aluno e o professor. A EAD, em nos-
so país, ganhou novos rumos e contornos a partir da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) e, posteriormente, de
alguns decretos (n°2949, n°2561, n°5622) que detalharam o funciona-

53
mento desta modalidade de ensino.
E. P. Arruda (2015) ainda relata que o decreto nº 5.622/2005
possibilitou a oferta de cursos à distância em todos os níveis. O referido
dispositivo legal, mesmo cercado de cuidados, possibilitou um cresci-
mento incomum a esta modalidade educacional, provavelmente devido
a uma demanda reprimida pela lacuna ocorrida entre 2001 e 2005, pe-
ríodo em que o número de cursos à distância pouco cresceu no Brasil,
saltando de 14 em 2001 para 189 em 2005. Para se ter uma ideia, de
2005 ao ano seguinte o número de cursos cresceu para 349, ou seja,
quase dobrou. Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
(INEP), órgão do governo federal, para o ano de 2013, mostravam que
naquele ano o número de cursos superiores à distância já ultrapassava
1,2 mil.
Mudar a forma de ensinar e de aprender com tecnologias é co-
laborar para que professores e alunos nas escolas e nas organizações
transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem.
É ajudar os alunos na construção da sua identidade, do seu caminho
pessoal e profissional do seu projeto de vida, no desenvolvimento das
habilidades de compreensão, emoção e comunicação que lhes permi-
tam encontrar seus espaços pessoais, sociais e de trabalho e tornar-se
cidadãos realizados e produtivos (MORAN, 2006).
A educação a distância também deve ser vista como uma for-
ma de respeito ao ritmo e à forma de aprender, já que a configuração da
educação presencial coloca obstáculos ao pleno desenvolvimento do
estilo de aprendizagem do aluno, já que homogeneíza os estudantes —
como se todos aprendessem no mesmo tempo e de modo igual.
No ensino a distância, existem tarefas de leitura e compreen-
são de texto, exercícios que exigem maior raciocínio e atividades de
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elaboração de resumos, por exemplo — cada qual exigindo habilidades


cognitivas específicas.
O Ensino Superior a distância deve ser reconhecido e regula-
mentado pelo Ministério da Educação (MEC). Dessa forma, ele cumpre
todas as exigências, seja no conteúdo ou na carga horária, que um cur-
so no formato tradicional. Por isso, não há diferença entre os diplomas.

INTERAÇÕES EM SALA DE AULA EAD E PRESENCIAL: O PAPEL


DOS PROFESSORES E DOS ALUNOS
Embora as práticas de ensino a distância sejam teoricamente
aceitas como um modelo para auxiliar na educação formal, uma pesqui-
sa aprofundada deve ser conduzida sobre as práticas de ambos os sis-
temas de ensino, sendo EAD e presencial, e os efeitos dessas práticas

54
em estudantes e professores devem ser medido. No ensino a distância,
são importantes o conhecimento e as tecnologias interativas, bem como
a capacidade dos professores e alunos de usar essas tecnologias inte-
rativas. O foco em uma metodologia para educação a distância geral-
mente se torna um foco em tecnologia.
O ensino a distância aberto está agora amplamente disponível
na maior parte do mundo e muitos adultos que trabalham optam pelo
ensino a distância para obter qualificações. Com as prioridades con-
correntes de trabalho, casa e escola, os adultos em todos os lugares
desejam educação com um alto grau de flexibilidade e acessibilidade. A
estrutura do ODL oferece aos alunos a maior flexibilidade. Isso lhes dá
controle sobre o tempo, o local e o ritmo de sua educação. No entanto,
aprender a distância não é isento de desafios (Dzakiria, Kasim, Moha-
med & Christopher, 2013).
À medida que os alunos em um ambiente de EAD iniciam o
trabalho de aprendizado, precisam de acesso contínuo a professores,
bibliotecas e outros recursos dos alunos. Os alunos devem ter acesso
adequado aos recursos apropriados para apoiar seu aprendizado. A
instituição de ensino deve avaliar a capacidade dos alunos de obter
sucesso no aprendizado on-line.
A maioria das instituições de ensino a distância espera que os
alunos interajam principalmente por meio de suas ferramentas tecno-
lógicas on-line prescritas, a fim de aprender com sucesso e alcançar o
resultado pretendido. Espera-se que os alunos interajam ativamente on-
-line com outros alunos, professores, universidade, conteúdo e material
de estudo para obter sucesso acadêmico.
A instituição do EAD prescreve o fórum de discussão como
um link para a interatividade on-line entre os alunos e entre o aluno e o
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professor. Os professores e o pessoal da administração da universidade
postam informações na página do fórum de discussão, e os alunos são
incentivados a formar grupos de estudo e são lembrados a fazer suas
tarefas para facilitar o aprendizado. As atividades nos fóruns de discus-
são também ajudam os alunos a compartilhar seus conhecimentos e
aprender uns com os outros. .

DESAFIOS DO ENSINO A DISTÂNCIA


Um problema secundário na educação a distância é a falta de
comunicação aluno-aluno. As aulas tradicionais geralmente são minis-
tradas em ambientes de grupo, onde os alunos podem aprender e com-
partilhar informações com seus colegas. É certo que a metodologia de
ensino nas formas anteriores de instrução vistas no início do ensino a

55
distância geralmente não dependia de muita interação ponto a ponto.
No entanto, em várias partes do mundo, assuntos como filoso-
fia, idiomas e debate foram ensinados com a confiança nas interações
ponto a ponto. Sem essa interação, os programas de educação a dis-
tância serviriam apenas como meios de transferência de informações, e
não como uma classe verdadeira.
Para muitos, uma comunidade física de alunos em uma sala
de aula tradicional é uma fonte importante de motivação, criatividade
e comprometimento com o aprendizado. No entanto, no ensino a
distância, essa comunidade é problematizada porque existe no mundo
virtual, pelo qual os alunos são estimulados a participar de atividades de
aprendizado e a um diálogo aberto mediado pela passividade do mundo
virtual. Este ambiente de aprendizagem carece da conexão emocional
e física entre os alunos que é cultivada por meio de comunicação verbal
e não verbal. O processo de aprendizagem, como resultado, é diferente
e, em alguns casos, mais lento.
Na maioria dos dias, nossa motivação e compromisso com o
aprendizado são constantemente testados. Já estive em situações em
que não queria, por toda a minha vida, concluir uma tarefa porque me
sentia exausta e esgotada. Eu só queria dormir e comer. Essa é uma
experiência comum para muitos alunos, especialmente aqueles em um
ambiente de ensino a distância. Ainda, nesse ambiente, os professores
precisam ter o apoio da gerência, para que, por sua vez, possam apoiar
seus alunos através da personalização do curso e da atenção individual.
De preferência, isso deve ocorrer através de videoconferência
ao vivo - ou pelo menos através de e-mails regulares (individuais). Isso
mantém os alunos envolvidos e permite que os professores forneçam
feedback individual e os ajudem a resolver problemas de aprendizagem,
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além de oferecer aos alunos uma conexão humana durante o curso.


Duas tendências são observadas na literatura sobre o impacto
da integração de tecnologia na prática pedagógica. A primeira é que,
contrariamente às expectativas, as abordagens de ensino em contex-
tos de e-learning não estão necessariamente sendo transformadas ou
alteradas para melhor (Conole, 2007). Em vez disso, há uma persistên-
cia dos modos tradicionais de ensino e, em alguns casos, resistência
total à inovação educacional.
Em um estudo sobre o uso do AVA por professores de uma
universidade na Irlanda, Blin & Munro (2008) descobriram que o uso do-
minante do AVA era para a disseminação de materiais relacionados ao
curso distribuídos anteriormente pela Intranet ou no papel (veja também
Sharpe et al. al., 2006).
Hedberg (2006) cita os resultados da pesquisa indicando que
56
para a maioria de mais de 20, Com 100 estudantes e 800 funcionários
pesquisados em cinco grandes universidades tecnológicas da Austrália,
o aprendizado on-line significou o fornecimento de informações on-line e
discussões não moderadas.
Kirkwood, observa que “Apesar do enorme investimento em
infraestrutura por governos e instituições individuais, existem níveis de-
cepcionantes de aceitação, engajamento e desenvolvimento limitado de
‘comunidades de aprendizagem’” em ambos os campus contextos de
aprendizagem e DE (2009, p. 109).
O maior desafio para as instituições de ensino em direção ao
ensino a distância é adotar uma visão, políticas e procedimentos singu-
lares para a sua implementação. Em geral, o planejamento do ensino
a distância é focado em questões de orçamento e de pessoal, e não
nas questões pedagógicas críticas do ensino a distância. No entanto, o
ODL é muito mais do que apenas um modo ou método de ensino; é um
campo educacional distinto e coerente, focado em novos métodos de
entrega com uma filosofia pedagógica

Desafios enfrentados pelos alunos

Insegurança quanto ao aprendizado devido à razões como


perturbações da vida familiar, irrelevância percebida de seus estudos e
falta de apoio dos empregadores. Não há contato pessoal com profes-
sores e os alunos têm problemas no auto avaliação.
O conteúdo do curso afeta a persistência do aluno e os ma-
teriais do curso mal projetados contribuem para as taxas de desgaste
dos alunos, assim como o sentimento de estar isolado, já relatado por
estudantes da modalidade de ensino a distância, pois eles sentem falta
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da colaboração de uma comunidade escolar maior e de uma parte im-
portante de suas vidas sociais.

Desafios enfrentados pelo professor

Interesse e motivação não são fatores de sucesso reservados


apenas para o aluno, mesmo os professores precisam do mesmo. Pro-
jetar material de ensino a distância aumenta a carga de trabalho de
professores, que já possuem material para salas de aula tradicionais.
O corpo docente deve atender às necessidades dos alunos a
distância, sem contato pessoal. O corpo docente pode perceber o en-
sino a distância como uma ameaça à posse do serviço e ao pessoal de
recursos humanos. Os professores têm menos respeito pelos acadêmi-
cos dos cursos a distância. Isso pode ser aprimorado, fazendo com que
57
os programas a distância tenham um processo de admissão semelhan-
te aos cursos presenciais.

Desafios enfrentados pela universidade / instituição

As pessoas acreditam que os cursos a distância são inferiores


aos cursos tradicionais e isso reduz a motivação de professores e alu-
nos. Para provar que a crença está errada, as universidades precisam
garantir a qualidade do conteúdo e a oferta desses cursos, compatíveis
com o aprendizado regular em sala de aula, no campus.
Embora as universidades compreendam alguns dos desafios
enfrentados pelos estudantes, elas têm desafios próprios que os impe-
dem de resolver os problemas de alunos e professores. Há conectivi-
dade/rede confiável à Internet para transportar grande quantidade de
conteúdo de aprendizado.
Atualmente é difícil encontrar alguém que não tenha feito um
curso on-line. Alunos do ensino fundamental e médio, estudantes de
graduação, pós-graduação, doutorandos e adultos com empregos em
período integral ou em regime de meio período estão procurando pro-
gramas de educação a distância em busca de uma solução de baixo
custo, apoio, flexibilidade e estabilidade para sua continuidade.
Alguns dos desafios que os programas de educação a distân-
cia enfrentam incluem a avaliação de alunos, segurança em exames,
suporte a alunos, questões técnicas e conhecimento em informática. No
entanto, com o software de avaliação correto, os programas de educa-
ção a distância podem começar a enfrentar esses desafios um a um.
Por fim, o ensino aberto e a distância se transformará gradual-
mente em um campo de aprendizado on-line no futuro. A conectividade
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com a Internet e a flexibilidade no programa seriam os maiores facilita-


dores do aprendizado on-line.

TECNOLOGIAS E MÍDIAS EDUCACIONAIS


O ambiente digital, baseado na aplicação intensa e ampla de
tecnologia de informação e comunicação, está afetando o processo
educacional em várias e profundas dimensões. Este efeito pode ser
estudado com base nos seguintes fatos: a educação não é algo que
acontece somente na juventude; o conhecimento tende a tornar-se ob-
soleto exigindo um ambiente que permita o aprendizado contínuo; a
educação e o entretenimento estão convergindo para um mesmo am-
biente; a entrega de instruções educacionais está sendo alterada para
um meio eletrônico e mais informal; e os acessos eletrônicos a bases

58
de conhecimento estão sendo viabilizados de forma fácil, barata e livre
(KALAKOTA e WHINSTON, 1996).
De acordo com Evans (2002), todo processo educacional diz
respeito à tecnologia. Nesse sentido, a EAD tem se desenvolvido pa-
ralelamente, juntamente com as tecnologias de comunicação, utilizan-
do meios como o correio, rádio, televisão, telefone e, agora, as novas
tecnologias, chamadas de tecnologias de informação e comunicação
(TICs). Segundo Evans (2002),

“[…] a palavra tecnologia significa mais do que mero hardware ou ferramen-


ta. Tecnologia significa a lógica, compreensão ou ciência do uso de ferra-
mentas particulares, portanto, sons, por exemplo, são as ferramentas da
linguagem (a tecnologia: a lógica, compreensão ou ciência dos sons para
construir palavras e significados). Portanto, as tecnologias educacionais, são
as maneiras as quais nós entendemos como usar ferramentas particulares,
como a impressa, as salas de aula, os retroprojetores, os computadores,
para propósitos educacionais”. (EVANS, 2002, p.7).

Assim, em termos de representação do conhecimento,


podemos pensar nos seguintes meios para fins educacionais:
Áudio
Gráficos
Informática
Texto
Vídeo

Dentro de cada uma dessas mídias, existem


subsistemas, como:

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áudio: sons, fala
gráficos: diagramas, fotografias, desenhos, pôsteres, grafite
informática: animação, simulações, fóruns de discussão
on-line, mundos virtuais.
texto: livros didáticos, romances, poemas
vídeo: programas de televisão, clipes do YouTube,
‘cabeças falantes’

O professor precisa deixar de ser o repassador de conhecimen-


to – um computador pode fazer isso e o faz muito mais eficientemente
do que o professor – e passar a ser o criador de ambientes de apren-
dizagem e o facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do
aluno (VALENTE, 1993, p.6). Masetto (2001, p. 23) explica o que já se
pensou a respeito da tecnologia junto ao sistema educativo:
59
[...] tempos houve em que se pensou que a tecnologia resolveria todos os
problemas da educação, e outros em que se negou totalmente qualquer vali-
dade para essa mesma tecnologia, dizendo-se ser suficiente que o professor
dominasse um conteúdo e o transmitisse aos alunos, hoje, encontramos em
uma situação que defende a necessidade de sermos eficientes e queremos
que nossos objetivos sejam atingidos da forma mais completa e adequada
possível, e para isso, não podemos abrir mão da ajuda de uma tecnologia
pertinente.

FORMAÇÃO DE PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR


Morosini (2000, p. 12) ao questionar

quem é o professor universitário, no âmbito de sua formação didática [...]


parte-se do princípio de que sua competência advém do domínio da área de
conhecimento, na qual atua”. Nos cursos de licenciatura, dentre as discipli-
nas específicas, uma de notório destaque é a disciplina de Didática. Em Di-
dática, os discentes, futuros docentes, aprendem “técnicas” para o exercício
da docência. A Didática investiga os fundamentos, as condições e os modos
de realizar a educação mediante o ensino.

O professor deste século necessita compreender que existem


novos desafios a serem alcançados entre eles identificar o colapso das
velhas certezas, da docência obsoleta orientadas por paradigmas indi-
vidualistas, centralistas e transmissores de verdades absolutas. O pro-
fessor deve ser um profissional diferente, com competências científica,
pedagógica e didática e está estruturada de maneira que possa permitir
o docente refletir a prática pedagógica adaptando-a aos desafios de
enfrentar os novos problemas, conviver com as incertezas, com a tran-
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sitoriedade dos conhecimentos e com as situações ambíguas e confli-


tuosas.
Na formação de professores, são necessários momentos de
discussão em que haja troca de conhecimentos e de práticas, para que
possam juntos, analisar seus caminhos pedagógicos. Numa profissio-
nalização docente, não há aulas a serem lecionadas, e sim, momentos
de reflexão para analisar como está sendo o trabalho em sala de aula,
pois o desenvolvimento docente se dá por meio da reflexão e da avalia-
ção das próprias práticas. Esse processo possibilita que sejam eviden-
ciados os embriões para seu aprimoramento e para a formulação de
soluções inovadoras.
Segundo Tardif (2002), toda a formação docente não são au-
las, em que os professores viram alunos para aprender a trabalhar, mas
“[...] parceiros e atores de sua própria formação, que eles vão definir em

60
sua própria linguagem e em função de seus próprios objetivos.

[...] Noutras palavras, o que se propõe é considerar os professores como su-


jeitos que possuem, utilizam e produzem saberes específicos ao seu ofício,
seu trabalho. A grande importância dessa perspectiva reside no fato de os
professore ocuparem, na escola, uma posição fundamental em relação ao
conjunto dos agentes escolares: em seu trabalho cotidiano com os alunos,
são eles os principais atores e mediadores da cultura e dos saberes esco-
lares. Em suma, é sobre os ombros deles que repousa no fim das contas, a
missão educativa da escola. (TARDIF, 2002. p. 228).

Em continuidade ao pensamento de Pimenta, os novos de-


safios para a docência, o domínio restrito de uma área científica do
conhecimento não é suficiente. O professor deve desenvolver também
um saber pedagógico e um saber político. Este possibilita ao docente,
pela ação educativa, a construção da consciência, numa sociedade glo-
balizada, complexa e contraditória. Conscientes, docentes e discentes
fazem-se sujeitos da educação. O saber-fazer pedagógico, por sua vez,
possibilita ao educando a apreensão e a contextualização do conheci-
mento científico elaborado.

Importância da Formação Continuada

A formação continuada é necessária para o desenvolvimento


profissional dos professores ao longo de toda sua carreira docente, ―
para que estes possam acompanhar a mudança, rever e renovar os
seus próprios conhecimentos, destrezas e perspectivas sobre o bom
ensino.
O processo formativo continuado faz com que o docente tenha
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confrontos entre o seu modelo pedagógico de referência com o modelo
pedagógico do formador, resultando desse confronto um novo modelo
pedagógico personalizado (Flores, 1999) que é o seu modelo pedagó-
gico ressignificado a partir dos conhecimentos adquiridos durante sua
formação continuada. Partindo do princípio que a formação continuada
perdure durante toda a carreira profissional do docente, esses confron-
tos passarão a fazer parte do cotidiano do professor, já que a educação
e o mundo são dinâmicos, estão em constante transformação.
No processo de Formação Continuada efetivo é contemplar as
três áreas da formação docente: a dimensão científica, a dimensão pe-
dagógica e a dimensão pessoal.
A dimensão científica volta-se para o desenvolvimento e atua-
lização dos conteúdos a serem ensinados e da forma pela qual o ser
humano aprende. Os professores precisam estar atualizados com os

61
conteúdos e com às descobertas das ciências. A dimensão pedagógica
se ocupa dos métodos, técnicas e recursos de ensino. Um sem fim de
possibilidades metodológicas se apresentam aos professores em fun-
ção do avanço da tecnologia em todas as áreas. A atividade de troca de
experiências através de oficinas e workshops mostra-se bastante eficaz
na concretização dessa dimensão.
A formação continuada é, segundo Nóvoa, (1991), Freire,
(1991) e Mello, (1994) saída possível para a melhoria da qualidade
do ensino, dentro do contexto educacional contemporâneo; é recente o
bastante para não dispor ainda de mais teorias consistentes, provavel-
mente, ainda em processo. É uma tentativa de resgatar a figura do
mestre, tão carente do respeito devido a sua profissão, tão desgastada
em nossos dias.
O profissional consciente sabe que sua formação não termina
na Universidade. Esta lhe aponta caminhos, fornece conceitos e
ideias, a matéria-prima de sua especialidade. O resto é por sua con-
ta. “Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente
se faz educador, a gente se forma, como educador, permanente-
mente, na prática e na reflexão da prática”. (Freire, 1996, p. 58).
A formação continuada de professores não pode prescindir da
dimensão pessoal através de atividades que permitam profundas refle-
xões sobre crenças, valores e atitudes que permeiam a ação docente.
Assim, ainda em acordo com Delors (2003), ao tratar do pro-
fessor e seu fazer explicita que para ser eficaz terá de recorrer a com-
petências pedagógicas muito diversas e a qualidades humanas como
autoridade, paciência e humildade, melhorar a qualidade e a motivação
dos professores deve, pois ser uma prioridade em todos os países. Par-
tindo dessa afirmação podemos compreender que para bem realizar
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suas atividades é necessário que busque novas formas de trabalhar


conteúdos, assim, podendo tornar o cotidiano mais leve.
Em consonância a isso Freire, (1996, p. 43), afirma que “na for-
mação permanente dos professores, o momento fundamental é a refle-
xão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou
de ontem que se pode melhorar a próxima prática”. Assim, é necessário
que os docentes saiam do dito comodismo de uma prática constante e
imutável, e (re) planejem suas ações dentro da sala de aula para que
alcance melhor os educandos.
De acordo com Sanmartí (2009) ensinar, aprender e avaliar,
são na realidade, três processos inseparáveis. Portanto, é necessário
sempre repensar a prática pedagógica. É evidente que a necessidade
de avaliação constante por parte dos professores quanto a sua meto-
dologia, da sua maneira de ensinar, se o mesmo está correspondendo
62
ao resultado final que é a aprendizagem do aluno. Muitas vezes, o pro-
fessor fica em dúvida quantos aos seus saberes, se estão a altura da
necessidade do estudante e é aí que nota-se a importância da troca de
informações entre a equipe de trabalho.

Gráfico 1 – Evolução do número de matrículas em cursos de


graduação, segundo a modalidade de Ensino no Brasil, entre 2003 e
2014.

Fonte: Censo 2014 (ROSINI; FIGUEIREDO; AMARAL, 2016, p. 3)

De acordo com os dados apresentados no Gráfico 1, a par-


ticipação da modalidade de ensino a distância aumentou 4,61 pontos
percentuais entre 2008 e 2014. Naquele ano, a quantidade de matrícu-
las no Ensino a Distância (727.961) representava 12,53% do total de
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS
matrículas em cursos de Graduação (5.808.017 – considerando as duas
modalidades). Já no último ano da amostra, os matriculados em EaD
(1.341.842) representavam 17,14% do total (7.828.013). Vale destacar
que foi em 2012 que a EaD atingiu seu primeiro milhão de matrículas.

63
Tabela 1 - Sinopses Estatísticas da Educação Superior – Graduação -
2017

Fonte: INEP (2019).

Notas:
(1) Não constam dados de cursos de Área Básica de
Ingressantes;
(2) Não incluem os docentes que atuam exclusivamente na
Pós-Graduação Lato Sensu;
(3) Corresponde ao número de vínculos de docentes a
Instituições de Educação Superior;
(4) Quantidade de CPFs distintos dos docentes em exercício
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

em cada Categoria Administrativa, podendo um docente estar em duas


ou mais categorias diferentes. O total não é a soma das diferentes ca-
tegorias.

64
QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IFF Prova: CESPE - 2018 - IFF -
Técnico em Assuntos Educacionais
A educação a distância está entre as modalidades de atuação
com maior índice de crescimento nos últimos anos. Com o surgi-
mento das novas tecnologias de informação e comunicação, essa
modalidade de ensino/aprendizagem sofreu modificações que
ampliaram suas vantagens e reduziram suas desvantagens. Entre
as possíveis desvantagens apontadas pelos especialistas está
(A) a alta relação custo-benefício.
(B) a ausência de comunicação direta.
(C) a baixa sociabilização.
(D) a dificuldade de estudo em grupo.

QUESTÃO 2
Ano: 2016 Banca: FUNIVERSA Órgão: IF-AP Prova: FUNIVERSA -
2016 - IF-AP - Técnico em Assuntos Educacionais
Acerca da educação a distância, assinale a alternativa correta.
(A) Nos cursos superiores ofertados na modalidade a distância, as ati-
vidades presenciais são optativas de acordo com o projeto de cada ins-
tituição.
(B) As universidades estaduais só poderão ofertar cursos superiores
a distância se autorizadas pelos respectivos conselhos estaduais de
educação.
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS
(C) A educação a distância poderá ser ofertada na educação básica, na
educação especial, na educação profissional e na educação superior,
inclusive para cursos de mestrado e doutorado.
(D) Os cursos no nível básico a distância nas modalidades de educação
de jovens e adultos, educação especial e educação profissional só po-
derão ser ofertados quando autorizados pelo Ministério da Educação.

QUESTÃO 3
Ano: 2014 Banca: FEPESE Órgão: MPE-SC Prova: FEPESE - 2014
- MPE-SC - Analista - Pedagogia - Reaplicação
Cada vez mais utilizada no Brasil, a modalidade de Educação a
Distância tem se tornado um instrumento fundamental de promo-
ção de oportunidades para muitos indivíduos, colaborando assim
no processo de democratização do ensino.
65
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F )
sobre essa modalidade.
( ) A Educação a Distância é modalidade educacional efetivada
através da intensa utilização de meios e tecnologias de informa-
ção e da comunicação, com estudantes e professores, desenvol-
vendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.
( ) As atividades obrigatórias, compreendendo avaliação, está-
gios, defesa de trabalhos ou prática em laboratório, conforme o
art. 1° , § 1° , deverão ser monitoradas, através de câmeras, para
que os professores e demais profissionais da instituição possam
analisar o desempenho dos alunos.
( ) A criação de cursos superiores em direito, medicina, odonto-
logia e psicologia, inclusive em universidades e centros univer-
sitários, deverá ser submetida, respectivamente, à manifestação
do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ou do
Conselho Nacional de Saúde.
( ) Polo de apoio presencial é a unidade operacional que funciona
exclusivamente no País para o desenvolvimento centralizado de
atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e
programas ofertados a distância.
( ) A matrícula em cursos a distância para educação básica de
jovens e adultos poderá ser feita independentemente de escola-
rização anterior, obedecida a idade mínima e mediante avaliação
do aluno, que permita sua inscrição na etapa adequada, conforme
normas do respectivo sistema de ensino.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima
para baixo.
(A) V • V • F • V • F
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

(B) V • F • V • F • V
(C) F • V • F • V • V
(D) F • F • V • V • F

QUESTÃO 4
Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: AL-MS Prova: FCC - 2016 - AL-MS -
Analista em Recursos Humanos
A Educação à Distância − EaD é normatizada pela Lei de Diretri-
zes e Bases da Educação Nacional e tem, como características
básicas, a separação física entre o professor e o aluno e a utili-
zação de meios técnicos para a comunicação. São tecnologias
utilizadas nas diversas gerações de EaD, usualmente narradas na
literatura:
(A) distributivas, interativas e colaborativas.
66
(B) padronizadas, individualizadas e customizadas.
(C) fechadas, compartilhadas e abertas.
(D) segmentadas, integradas e globais.

QUESTÃO 5
Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: UEG Prova: FUNIVERSA -
2015 - UEG - Analista de Gestão Administrativa - Pedagogia
A educação a distância (EaD) é um processo de ensino-aprendi-
zagem mediado por tecnologias nas quais professores e alunos
estão separados espacial e(ou) temporalmente. Considerando
essa informação, assinale a alternativa correta.
(A) Com a educação a distância, há a possibilidade de interação on-line.
Esse é um processo de mudança uniforme e fácil que depende apenas
da motivação e da vontade das pessoas.
(B) Com o avanço das tecnologias de comunicação virtual, o conceito
de presencialidade se altera, mudando o conceito de curso, de aula, que
passa a existir em um tempo e em um espaço cada vez mais flexíveis.
(C) Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), proporcionados pe-
las novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), são os úni-
cos meios de realização da educação a distância.
(D) Os cursos oferecidos na modalidade a distância não são os mesmos
daqueles ofertados presencialmente, porque as aulas práticas não po-
dem ser realizadas por meio de ambientes virtuais.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

Sabendo que o ensino EAD cresce de maneira significativa no Brasil,


DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS
explique o que é e, ainda, qual a função do AVA.

TREINO INÉDITO

Assunto: EAD
Sobre o significado da sigla AVA, assinale a alternativa correspondente.
(A) Ambiente virtual de aprendizagem
(B) Ambiente veicular de aprendizagem
(C) Ambiente veicular autônomo
(D) Ambiente variável de aprendizagem
(E) NDA

67
NA MÍDIA

COMO FUNCIONA O EAD?

O EAD funciona de uma forma prática e simples. Para o ingresso em um


curso EAD, o aluno precisa de um computador com acesso à internet e
conhecimentos básicos de informática. Ao garantir esta primeira parte,
o restante é mais simples ainda. Após a escolha do curso, da instituição
e da aprovação no processo seletivo, faz-se o acesso ao site. Pronto,
surge um ambiente inovador e dinâmico, onde serão disponibilizadas
inúmeras ferramentas, como áreas com conteúdo de aulas, exercícios
e trabalhos.
Fonte: https://www.ead.com.br/ead/o-que-e-ead.html
Fonte: ENADE
Data: Sem data
Leia na íntegra em: https://www.ead.com.br/ead/o-que-e-ead.html

NA PRÁTICA
EAD
A plataforma mais utilizada é a Moodle, por ser gratuita e de software
aberto, mas há outras, como Blackboard e TelEduc. Cabe à instituição
de ensino customizar a plataforma e agregar os recursos necessários.
Ela traz seções para o material pedagógico (como os textos e exercí-
cios), para videoaulas, para transmitir aulas ao vivo, para acessar as
notas de trabalhos e provas, área de suporte técnico e de apoio peda-
gógico, além de outras áreas que a instituição pode criar.
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

Fonte: Guia do estudante


Data: 2018
Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/universidades/ead-
-como-funciona-uma-graduacao-a-distancia/

PARA SABER MAIS


Filme: Entre os muros da escola
Peça de teatro: Sala de aula
Acesse os links: https://youtu.be/GitE0S0Dqkg
https://youtu.be/YUkgXmrFcBQ

CONSIDERAÇÕES FINAIS
68
Para minimizar os desafios enfrentados pelo ensino a distância, o
uso da tecnologia deve ser incentivado. A infraestrutura pode ser
atualizada com a introdução de tecnologia moderna, conexão rá-
pida à Internet, fornecimento contínuo de energia, segurança, ma-
nutenção regular e administração eficiente de ensino a distância.
As universidades a distância devem fornecer um laboratório de
informática equipado com número suficiente de computadores e
conectado à Internet rapidamente. Professores e estudantes tam-
bém devem ter habilidades e confiança para usar equipamentos
eletrônicos e ter o conhecimento necessário sobre o método em
que as informações são entregues. Logo, a tecnologia também
pode ser usada para melhorar a qualidade da educação tradicio-
nal, em vez de alterar os métodos de instrução.

DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

69
GABARITOS
CAPÍTULO 01

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
B D D A C

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE

Segundo o artigo 6º da Lei 9235/2017, compete ao CNE:


I - exercer atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento
ao Ministro de Estado da Educação nos temas afetos à regulação e à
supervisão da educação superior, inclusive nos casos omissos e nas
dúvidas surgidas na aplicação das disposições deste Decreto;
II - deliberar, por meio da Câmara de Educação Superior, sobre pedidos
de credenciamento, recredenciamento e descredenciamento de IES e
autorização de oferta de cursos vinculadas a credenciamentos;
III - propor diretrizes e deliberar sobre a elaboração dos instrumentos
de avaliação para credenciamento e recredenciamento de instituições a
serem elaborados pelo Inep;
IV - recomendar, por meio da Câmara de Educação Superior, providên-
cias da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior
do Ministério da Educação, quando não satisfeito o padrão de qualida-
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

de para credenciamento e recredenciamento de universidades, centros


universitários e faculdades;
V - deliberar, por meio da Câmara de Educação Superior, sobre a in-
clusão e a exclusão de denominação de curso do catálogo de cursos
superiores de tecnologia, nos termos do art. 101;
VI - julgar, por meio da Câmara de Educação Superior, recursos a ele
dirigidos nas hipóteses previstas neste Decreto; e
VII - analisar e propor ao Ministério da Educação questões relativas à
aplicação da legislação da educação superior.
Parágrafo único. As decisões da Câmara de Educação Superior de que
trata o inciso II do caput serão passíveis de recurso ao Conselho Pleno
do CNE, na forma do art. 9º, § 2º, alínea “e”, da Lei nº 4.024, de 20 de
dezembro de 1961, e do regimento interno do CNE.

70
TREINO INÉDITO

Gabarito: A
Justificativa:
A alternativa correta é a letra A, tendo em vista que no artigo 7º da
lei 9235/2017 está disposto que compete ao Inep: I - conceber, plane-
jar, coordenar e operacionalizar: a) as ações destinadas à avaliação de
IES, de cursos de graduação e de escolas de governo; e b) o Exame
Nacional de Desempenho dos Estudantes - Enade, os exames e as
avaliações de estudantes de cursos de graduação; II - conceber, plane-
jar, coordenar, operacionalizar e avaliar: a) os indicadores referentes à
educação superior decorrentes de exames e insumos provenientes de
bases de dados oficiais, em consonância com a legislação vigente; e) a
constituição e a manutenção de bancos de avaliadores e colaboradores
especializados, incluída a designação das comissões de avaliação; III
- elaborar e submeter à aprovação do Ministro de Estado da Educação
os instrumentos de avaliação externa in loco , em consonância com
as diretrizes propostas pela Secretaria de Regulação e Supervisão da
Educação Superior e pelos outros órgãos competentes do Ministério
da Educação; IV - conceber, planejar, avaliar e atualizar os indicadores
dos instrumentos de avaliação externa in loco , em consonância com
as diretrizes propostas pela Secretaria de Regulação e Supervisão da
Educação Superior do Ministério da Educação; V - presidir a Comissão
Técnica de Acompanhamento da Avaliação - CTAA, nos termos do art.
85; e VI - planejar, coordenar, operacionalizar e avaliar as ações ne-
cessárias à consecução de suas finalidades. As alternativas B, C e D
estão incorretas, vez que seu texto é o contrário do que vem expresso
no artigo acima mencionado. Já a alternativa E está errada, pois infor-
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS
ma que não há alternativa correta, entretanto, a alternativa “a” dispõe a
veracidade das informações analisadas.

CAPÍTULO 02

QUESTÕES DE CONCURSOS

1 2 3 4 5
A D A B A

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PA-


DRÃO DE RESPOSTA

71
Entrevistas com alunos, ex-professores, orientadores, pais e familiares;
Exercícios ou simulações para identificar colegas com quem o aluno se
relaciona;
Consulta ao histórico escolar/ficha de anotações da vida escolar do alu-
no;
Observações dos alunos, particularmente durante os primeiros dias de
aula;
Questionários, perguntas e conversa com alunos.

TREINO INÉDITO

Gabarito: A
Justificativa:

A alternativa correta é a letra A, tendo em vista que é importante obser-


var que, em ambas as possibilidades interpretativas, a avaliação diag-
nóstica é um instrumento da interação pedagógica que tem como foco
parte de um percurso da aprendizagem, visando à delimitação de pontos
de partida e/ou de retomada para o ensino. Para ser qualificada como
diagnóstica, uma avaliação precisa privilegiar os processos de ensino e
aprendizagem e não a indicação de notas, classificações ou hierarqui-
zações. À avaliação diagnóstica caberia contribuir para a identificação
de habilidades e/ou competências que o aluno já domina, auxiliando na
apreensão daquilo que precisa ser ensinado. Na concepção diagnósti-
ca de avaliação, a apreensão de dificuldades de aprendizagem, visa à
delimitação de estratégias voltadas à sua superação e não à produção
de classificações ou hierarquias de excelência. As alternativas B, C, D
estão erradas, pois não especifica adequadamente a definição de ava-
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

liação diagnóstica e, por fim, a alternativa E está errada, pois diferente


do que dispõe na alternativa em análise, existe veracidade no especifi-
cado na alternativa “A”.

CAPÍTULO 03

QUESTÕES DE CONCURSOS

1 2 3 4 5
C C B A B

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

72
O ambiente virtual de aprendizagem é composto por um conjunto de
ferramentas disponíveis na internet. É nesta página da internet (ou
software) que estão dispostos os conteúdos e cursos online. Neste
local também é permitida a interação dos alunos entre si e com os
professores. O ambiente virtual de aprendizagem e ensino possibilita
aos professores o acompanhamento dos seus alunos. Isso traz para o
acadêmico a tutela em seu aprendizado, essencial para a compreensão
do conteúdo.
Fonte: EADBOX
Data: 2016
Disponível em: https://eadbox.com/o-que-e-ambiente-virtual-de-apren-
dizagem/

TREINO INÉDITO

Gabarito: A
Justificativa:

A alternativa “a” está correta, pois o significado da sigla AVA é ambiente


virtual da aprendizagem que tem por objetivo específico simular o fun-
cionamento de uma sala de aula. As alternativas B, C, D estão erradas,
pois não especifica adequadamente a denominação da sigla e, por fim,
a alternativa E está errada, pois diferente do que dispõe na alternativa
em análise, existe veracidade no especificado na alternativa “A”.

DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR- GRUPO PROMINAS

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