2.5 Adaptacoes de Levadas Ritmicas Do Tamborim
2.5 Adaptacoes de Levadas Ritmicas Do Tamborim
2.5 Adaptacoes de Levadas Ritmicas Do Tamborim
bateria
Arthur Teles Leppaus
arthurtelesleppaus@gmail.com
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo propor diferentes padrões de acompanhamento do samba
na bateria através da adaptação de levadas rítmicas que são executadas nos instrumentos típicos da
percussão do gênero samba, destacando as possibilidades de performance geradas pelas combinações
de levadas do tamborim. Os conjuntos de levadas de tamborins podem ser executados de maneira
sobreposta na bateria produzindo padrões de acompanhamento, o que contribui de maneira
significativa para o desenvolvimento da técnica da bateria.
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Figura 4 – Imagem do instrumento denominado tamborim .
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Imagem disponível em STUDIO SOM JOÃO (2018).
Anais do 16º Colóquio de Pesquisa do PPGM/UFRJ – Vol. 2 – Processos Criativos – p. 51
Adaptações de levadas rítmicas do tamborim para bateria
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Imagem disponível em ROTA DA AMIZADE (2018).
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As paradinhas são momentos em que a bateria da escola mantêm apenas um ou dois naipes de
instrumentos repicando, como a caixa de guerra ou os tamborins (ZEH, 2006, p. 170).
Anais do 16º Colóquio de Pesquisa do PPGM/UFRJ – Vol. 2 – Processos Criativos – p. 52
Adaptações de levadas rítmicas do tamborim para bateria
Figura 7 - Exemplo musical (a) com o tamborim executando a rítmica da melodia. Transcrição feita
da canção Contos de Areia samba enredo da Portela de 1984.
Figura 8 – Exemplo musical (b) com o tamborim preenchendo espaços da rítmica executada na
melodia. Transcrição feita da canção É Hoje, samba enredo da União da Ilha do Governador de 1982.
Figura 9 – Exemplo musical (c) com o fraseado do tamborim diferente da rítmica executada na
melodia da canção. Transcrição feita da canção Kizomba samba enredo da Vila Isabel de 1988.
Figura 10 – Levada rítmica executada em uníssono pelos tamborins em escolas de samba, com
acentos nos contratempos.
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Imagem disponível em CATACRA LIVRE (2018).
Anais do 16º Colóquio de Pesquisa do PPGM/UFRJ – Vol. 2 – Processos Criativos – p. 54
Adaptações de levadas rítmicas do tamborim para bateria
Figura 16 – Levada de tamborim conhecida como teleco-teco com variação no segundo compasso.
Figura 17 – Levada de tamborim que começa com fraseado articulado em grupo de três toques.
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também estão presentes na caixa, mantendo a manulação que é utilizada no
tamborim como base para levada na caixa (Figura 21).
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Termo utilizado para fazer referência às sequências executadas pelas mãos e pés do músico para percutir os
instrumentos. Um exemplo de manulação seria uma sequência de três toques com a mão direita seguida por um
toque com a mão esquerda (DDDE).
Figura 22 – Exemplo de levadas do trio de tamborins executados por Luna, Marçal e Elizeu
(PELLON, 2003, p. 36).
Figura 23 – Exemplo de fraseado de dois tamborins executados na música Esta Melodia (BARROS,
2015, p. 144).
Figura 24 – Levada executada por Marçal, Luna e Elizeu denominada como Ping Pong no trabalho
de Barros (2015, p. 151).
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Padrão rítmico que consiste em executar a primeira e quarta semicolcheia para cada tempo do
compasso, esse padrão é utilizado frequentemente por bateristas no bumbo para tocar samba, como
observa-se nos métodos de Gomes (2008, p. 16), Lima (2008, p. 11) e Rocha (2013, p. 85).
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O termo faz referência aos diversos formatos utilizados para posicionamento de tambores e pratos da
bateria e ajuda a descrever as ocasiões em que outros instrumentos típicos da percussão são anexados
à montagem da bateria.
Anais do 16º Colóquio de Pesquisa do PPGM/UFRJ – Vol. 2 – Processos Criativos – p. 59
Adaptações de levadas rítmicas do tamborim para bateria
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Figura 25 – Jingle Kick adaptado ao pedal de bumbo .
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Imagem disponível em MERCADO LIVRE (2017)
Figura 28 – Adaptação para bateria de duas levadas de tamborim, uma levada de ganzá e levada de
surdo.
utiliza os mesmos padrões rítmicos que o anterior, porém neste caso, a intenção é
manter a sonoridade do samba batucado (Figura 29).
Figura 29 – Adaptação dos padrões rítmicos da figura 28 utilizando timbres de caixa e tamborim.
Figura 33 – Adaptação criada utilizando duas levadas de tamborins sobrepostas, típicas de roda de
samba.
Figura 34 – Adaptação criada combinando três levadas do tamborim no contexto de escola de samba
e roda de samba.
Referências
AQUINO, Thiago Ferreira de. Luciano Perone: Batucada, identidade, mediação. Tese
(Doutorado em Música) – Programa de Pós-Graduação em Música da escola de Comunicação
e Artes Universidade de São Paulo, 2014.
BARROS, Vinicius de C. O uso do tamborim por Mestre Marçal: legado e estudo
interpretativo. Dissertação (Mestrado em música) – Universidade Estadual de Campinas,
Instituto de Arte, 2015.
BARSALINI, Leandro. Modos de Execução da Bateria no Samba. São Paulo, 2014. Tese
(Doutorado em música) - UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas Instituto de
Artes.
CATACRA LIVRE. Disponível em:
<https://www.google.com.br/search?tbm=isch&sa=1&ei=m2ePWqvDG9DywASw8ZOYAg
&q=tamborim+roda+de+samba&oq=tamborim+roda+de+samba&gs_l=psy-ab.3..0i24k1.311
67.34890.0.35148.18.9.1.8.8.0.175.906.0j6.6.0....0...1c.1.64.psy-ab..3.14.849...0j0i67k1.0.Pez
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D’ANUNCIAÇÃO, Luiz. Melódica Percussiva. Norma de concepção para a escrita dos
instrumentos populares brasileiros de percussão com som de altura indeterminada. Rio de
Janeiro: Melódica Percussiva, 2008 (Manual de Percussão,v. V., Caderno 1).
GOMES, Sérgio. Novos caminhos da bateria brasileira. São Paulo: Irmãos Vitale, 2008.
LIMA, Realcino (Nenê). A bateria brasileira no século XXI. São Paulo: Edição do autor,
2008.
MERCADO LIVRE (2017). Disponível em:
<https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-891498273-batedor-de-bumbo-e-pandeirola-lp-ji
ngle-kick-lp182-para-usar-_JM> Acesso em 15/03/2017.