0% acharam este documento útil (0 voto)
32 visualizações54 páginas

Aula 9a

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 54

Diagrama TTT e CCT

Engenharia e Ciência dos Materiais I


Profa.Dra. Lauralice Canale
TRANSFORMAÇÕES DE FASES
EM METAIS E
MICROESTRUTURAS
Transformação de fase em
metais
Tratamento térmico (tempo/temperatura)

Microestrutura

Propriedades
Transformação de fase em
metais
• Dependente da difusão , sem modificações
na composição de fase ou números de fase
presentes: solidificação de metal puro,
transformações alotrópicas, recristalização,
etc.

• Dependente da difusão, composição e/ou


número de fases: transformações eutetóides

• Sem difusão: produz uma fase metaestável


por movimentos cooperativos de átomos na
estrutura. (transformação martensítica).
Transformação de fase
em metais
As transformações de fase dependentes
da difusão não ocorrem
instantaneamente.

A microestrutura final depende da taxa de


aquecimento e resfriamento.

Muitas transformações de fase envolvem


mudança em composição, assim é
necessária uma redistribuição de átomos
via difusão.
O processo de tranformação
de fase envolve:

Nucleação de uma nova


fase: formação de pequenas
partículas (núcleos) da nova
fase. Esses núcleos são
formados em contornos de
grão e em outros defeitos.

Crescimento de uma nova


fase às expensas da
original.
• Fases metaestáveis podem ser formadas
como um resultado de mudanças muitos
rápidas de temperatura. A microestrutura é
fortemente afetada pela taxa de
resfriamento.

As condições de equilíbrio caracterizadas


pelo diagrama de fases ocorrem apenas
quando o resfriamento é dado em taxas
extremamente lentas, o que para fins
práticos é inviável
Um resfriamento fora do equilíbrio
pode ocasionar:

• Ocorrências de fases ou transformações em


temperaturas diferentes daquela prevista no
diagrama

• Existência a temperatura ambiente de fases que


não aparecem no diagrama (fases metaestáveis)
CURVAS TTT

 As curvas TTT estabelecem relações


entre a temperatura em que ocorre a
transformação da austenita e a
estrutura e propriedades das fases
produzidas com o tempo.

 As transformações se processam à
temperatura constante
CURVAS TTT

início

final
Diagrama de Transformação
isotérmica para uma liga Fe-C de
composição Eutetóide
 A transformação de austenita em
perlita ocorre apenas se a liga for
super resfriada até abaixo da
temperatura do eutetóide

 À esquerda da curva do início de


transformação apenas austenita
estará presente, enquanto que a
direita da curva do término de
transformação apenas existirá
perlita.Entre as duas curvas
ambos estão presentes
CURVAS TTT
Usando uma família de curvas em S a diferentes
temperaturas os diagramas TTT são construídos.
A baixas temperaturas a
transformação ocorre mais
cedo (é controlada pela taxa de
nucleação) e o crescimento de
grão (que é controlado pela
difusão) é reduzido.

Difusão lenta a baixas


temperaturas leva a uma
estrutura mais fina com
espaçamento lamelar menor –
perlita fina.

A altas temperaturas, altas


taxas de difusão permitem um
maior crescimento de grão e
maior espaçamento lamelar –
perlita grossa.
TRANSFORMAÇÃO
ISOTÉRMICA DE LIGA Fe-C (eutetóide)
BAINITA
• À medida que a
temperatura de
transformação é
reduzida após a
formação de perlita fina,
um novo
microconstituinte é
formado: a bainita
• Como ocorre na perlita a
microestrutura da
bainita consiste nas fases
ferrita e cementita, mas
os arranjos são
diferentes
• No diagrama de
transformação
isotérmica a bainita se
forma abaixo do
“joelho” enquanto a
perlita se forma acima
 Para temperaturas entre
BAINITA 300 graus C e 540 graus
C a bainita se forma
como uma série de
agulhas de ferrita
separadas por partículas
alongadas de
cementita(bainita
superior)
Para temperaturas
BAINITA entre 200 graus C e 300
graus C a ferrita
encontra-se em placas
e partículas finas de
cementita se formam no
interior dessas placas
(bainita inferior)
MARTENSITA AUSTENITA

- A martensita se forma
quando o resfriamento for
rápido o suficiente de
forma a evitar a difusão
do carbono, ficando o MARTENSITA
mesmo retido em solução.
Como conseqüência disso,
ocorre a transformação TRANSFORMAÇÃO
polimórfica mostrada ao ALOTRÓPICA COM
AUMENTO DE VOLUME,
lado. que leva à concentração de tensões

- Como a martensita não


envolve difusão, a sua
formação ocorre
instantaneamente
(independente do tempo).
MARTENSITA
 Sendo uma fase fora de equilíbrio, a martensita não
aparece no diagrama de fases Fe – C.

 Martensita se forma quando a austenita é


rapidamente resfriada a temperatura ambiente.

 Forma-se instantaneamente quando a requerida


baixa temperatura é atingida.

 A transformação não envolve difusão, é


 atérmica, forma-se por escorregamento de
 planos da austenita. Velocidade de
 transformação próxima à velocidade do som.
• Martensita é metaestável, pode persistir
indefinidamente na temperatura ambiente, mas se
transformará em fases de equilíbrio se um
recozimento a altas temperaturas for realizado.

• A martensita pode coexistir com outras


microestruturas do sistema Fe-C.

• Há duas morfologias da martensita


Fotomicrografia de uma liga de memória de
forma (69%Cu-26%Zn-5%Al), mostrando as agulhas
de martensita numa matriz de austenita
MARTENSITA EM FORMA DE RIPAS
 Para ligas que contêm menos
do que cerca de 0,6%de C, os
grãos de martensita se formam
como ripas
 São placas longas e finas, tais
como as lâminas de uma folha
 Os detalhes microestruturais
são muito finos e técnicas de
micrografia eletrônica devem
ser aplicadas para a análise
dessa microestrutura
MARTENSITA EM FORMA LENTICULAR
 A martensita lenticular(ou em
placas) é encontrada em ligas
ferro-carbono com
concentrações maiores que
0,6% de C
 Na fotomicrografia pode-se
observar os grãos de
martensita em forma de
agulhas(regiões escuras) e
austenita que não se
transformou durante o
resfriamento (regiões claras)
denominada austenita retida
 O início da transformação
martensítica está representado por
uma linha horizontal designada por
M(start).

 Duas outras linhas horizontais e


tracejadas representadas por
M(50%) e M(90%) indicam os
percentuais da transformação de
austenita em martensita

 As temperaturas nas quais estão


localizadas variam de acordo com o
material, mas são relativamente
baixas, pois a difusão de carbono
deve ser inexistente
CURVA TTT
para outros aços

Para outras composições que não a eutetóide, fases


pró eutetódes coexistem com a perlita.

Para os aços hipoeutetóides há a ferrita.

Para os aços hipereutetóides há a cementita.


RESFRIAMENTO CONTÍNUO
• A maioria dos tratamentos
térmicos para os aços envolve o
resfriamento contínuo de uma
amostra até a temperatura
ambiente
• Um diagrama de transformação
isotérmica só é válido para
temperatura constante e tal
diagrama deve ser modificado
para transformaçõs com mudanças
constantes de temperaturas
• No resfriamento contínuo o
tempo exigido para que uma
reação tenha seu início e o seu
término é retardado e as curvas
são deslocadas para tempos mais
longos e temperaturas menores
RESFRIAMENTO CONTÍNUO
• A transformação tem início
após um período de tempo que
corresponde à intersecção da
curva de resfriamento com a
curva de início da reação, e
termina com o cruzamento da
curva com o término da
transformação

• Para qualquer curva de


resfriamento que passe por
AB a austenita não reagida
transforma-se em martensita
RESFRIAMENTO CONTÍNUO
• Para o resfriamento contínuo de
uma liga de aço existe uma taxa
de têmpera crítica que
representa a taxa mínima de
têmpera para se produzir uma
estrutura totalmente
martensítica

• Para taxas de resfriamento


superiores à crítica existirá
apenas martensita. Além disso
existirá uma faixa de taxas em
que perlita e martensita são
produzidos e finalmente uma
estrutura totalmente perlítica
se desenvolve para baixas
taxas de resfriamento
RESFRIAMENTO CONTÍNUO

A (FORNO)= Perlita grossa


B (AR)= Perlita + fina (+
dura que a anterior)
C(AR SOPRADO)= Perlita +
fina que a anterior
D (ÓLEO)= Perlita +
martensita
E (ÁGUA)= Martensita
PROPRIEDADES MECÂNICAS

• Uma vez que a cementita é mais frágil, o aumento


do seu teor resultará em uma diminuição de
ductilidade

• A perlita grosseira é mais dúctil que a perlita fina,


pois existe uma maior restrição à deformação
plástica na perlita fina
PROPRIEDADES MECÂNICAS

 A martensita é mais dura, mais resistente e mais frágil.


A sua dureza depende do teor de carbono para aços
com até aproximadamente 0,6% de C

 Essas propriedades são atribuídas aos átomos de


carbono intersticiais que restringem o movimento de
discordâncias

 A martensita revenida possui partículas de cementita


extremamente pequenas, o que lhe dá uma melhor
ductilidade e tenacidade

Você também pode gostar