Relatório Prática Física Geral I

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 11

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Kelysson Lucas Ferreira Dias

Contagem, 2020
Kelysson Lucas Ferreira Dias

Física geral I: Relatório do Trabalho Prático I

Relatório referente à aula de sábado,


dia 14/03/2020, sobre “Movimento de
um projétil”, na disciplina de Física
Geral I, no curso de Engenharia
Mecânica, na Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais.

Professor: Euzimar Marcelo Leite.

Contagem, 2020
RESUMO

A experiência realizada tem como principal objetivo analisar e entender sobre


as características que determinam o movimento de um projétil, obtendo, a partir disso,
o que está por trás de tal movimento, ou seja, porque o projétil descreve aquele
formato com o decorrer do tempo, por exemplo!? E, para isso, foi utilizada uma esfera
de aço, onde, a partir de um lançamento oblíquo, foi observado o trajeto descrito pelo
mesmo, discutindo sobre as possíveis causas para tal feito.

Palavras-chave: Movimento. Projétil.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 5
2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................................................... 6
2.1. Objetivo geral ........................................................................................................................... 6
2.2. Materiais e Procedimentos ..................................................................................................... 6
2.3. Resultados ................................................................................................................................ 7
3. CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 11
1. INTRODUÇÃO

Todo e qualquer movimento realizado seja por um projétil, um objeto qualquer,


tem um por quê. Por trás daquele movimento há uma série de fatores que o fazem ser
daquela maneira. E, nessa experiência, foram estudados alguns desses “por quês”.

Por exemplo, por qual motivo uma esfera quando jogada pra cima, em
situações do dia a dia, cai após um tempo? Por que que quando lançada obliquamente
ela descreve uma trajetória parabólica?

Isso está relacionado às leis de movimento da Física, as quais explicam como


esse fenômeno acontece. Além disso, graças a essas leis os movimentos são
definidos como movimento retilíneo uniforme (MRU), onde a aceleração é nula, ou
movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV), onde a aceleração é não nula.

Nisso, caso seja MRU, adota-se a lei que descreve a seguinte fórmula:

d = V0 . t + d 0

Onde:

- d é a distância final;
- d0 é a distância inicial;
- V0 é a velocidade inicial;
- t é a variação do tempo.

Caso seja MRUV adota-se a lei que descreve as seguintes fórmulas:

 d = 0,5 . a . t2 + V0 . t + d0 ,
 V = V0 + a . t
 V2 = V02 + 2 . a . Δd

Onde:

- d0 é a medida inicial;
- d é a medida final;
- Δd é a variação da distância;
- V0 é a velocidade inicial;
- V é a velocidade final;
- a é a aceleração;
- t é a variação do tempo analisado.
2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Objetivo geral

Analisar a velocidade, aceleração de uma esfera em uma distância e tempo


pré-determinados, estudando os forças atuantes no projétil.

2.2. Materiais e Procedimentos

Materiais e instrumentos utilizados na experiência

 Esfera de aço de pequeno porte;


 Trena;
 Software Tracker.

Procedimentos

Primeiramente, reservou-se uma área adequada para realizar o lançamento da


esfera. Com isso concluído, mediu-se a distância entre duas marcações feitas em um
plano com a trena e a esfera foi lançada obliquamente paralela ao mesmo. Além disso,
o arremesso foi filmado para posterior análise no Tracker.

Com a filmagem em mãos, as medidas foram repassadas para o software por


meio da fita de calibração, os eixos coordenados foram criados e definido o centro de
massa do objeto, ou seja, o centro da esfera. Com isso, foram gerados os dados
necessários para o estudo.

A saber, como o lançamento não foi realizado exatamente “colado” ao plano,


tornou-se necessário calcular um fator de correção da medida para que fossem
lançadas no software. A medida que na realidade era de 1000 mm, no software ficou
com 983 mm.

Onde:

𝑑
𝑋=𝐹• 𝐷

- X é a medida a ser lançada no software;


- D é a menor distância da câmera até a marcação;
- d é a menor distância da câmera até a esfera;
- F é a medida da marcação.
2.3. Resultados

O lançamento oblíquo da esfera resultou em um movimento com formato


parabólico. Para ser calculada a V0 da esfera é preciso analisar os dois eixos
coordenados separadamente, o X e o Y, sendo a fórmula:

V0 2 = V0,X 2 + V0,Y 2

Onde:

- V0 é a velocidade inicial;
- V0,X é a velocidade inicial com relação ao eixo X;
- V0,Y é a velocidade inicial com relação ao eixo Y.

 Representação do movimento da esfera

Representação do movimento da esfera

Sentido de lançamento

 Gráfico X(t)

Gráfico X(t)
 Tabela X x t

Sendo o gráfico X(t) de 1° grau ele obedece a equação de tipo X = A . t + B.


Tratando-se de um MRU, ele pode ser representado pela seguinte equação:

X = V0,X . t + X0

Onde:

- V0,X é a velocidade inicial com relação ao eixo X;


- X0 é a medida do X inicial;
- X é a medida do X final;
- t é a variação do tempo analisado.

O software, apresenta os valores gerando a seguinte formula X(t) é X = - 1603


. t + 828. Em que V0,X = - 1603 mm/s ou -1,603 m/s.
 Gráfico Y(t)

Gráfico Y(t)

 Tabela Y x t
Sendo o gráfico Y(t) de 2° grau, obedece a equação de tipo Y = A . t2 + B . t +
C. Tratando-se de um MRUV, pode ser representado como:

Y = 0,5 . a . t2 + V0,Y . t + Y0

Onde:

- V0,Y é a velocidade inicial com relação ao eixo Y;


- a é a aceleração;
- Y0 é a medida do Y inicial;
- Y é a medida do Y final;
- t é a variação do tempo analisado.

O software, apresenta os valores gerando a seguinte formula Y(t) é Y = - 4846


t2
. + 2168 . t + 38,82. No qual a derivada desta formula retorna que V0,y = 2168 mm/s
ou 2,168 m/s. E a segunda derivada que é a aceleração = -9,692 m/s2.

Sendo possível calcular a velocidade inicial da esfera e o ângulo inicial (ϴ)de


lançamento.

Como V0 2 = V0,X 2 + V0,Y 2, Vo = √𝑉𝑜,X 2 + V0,Y 2 . Então:

Vo = √𝑉𝑜,X 2 + V0,Y 2
Vo = √(−1,603) 2 + 2,168 2
Vo = √(−1,603) 2 + 2,168 2

𝐕𝐨 ~ 𝟐, 𝟕𝟎 𝒎/𝒔

ϴ = tg-1 (𝑉𝑜, 𝑦 ÷ 𝑉𝑜, 𝑥) . Então:

ϴ = tg-1 (2168 ÷ [−1603])


ϴ ~ − 𝟓𝟑, 𝟓𝟐 °
3. CONCLUSÃO

Analisando os resultados obtidos, é possível observar que o movimento da


esfera é de formato parabólico, com aceleração em x constante e em y alterada devido
à gravidade.

No qual os valores demostram a prática das teorias explicadas em sala de aula.


Como por exemplo o fato de a velocidade inicial do lançamento da esfera em relação
a Y atingir o valor de 0 no pico do gráfico devido a força contraria da gravidade
exercida sobre a esfera, e após o ponto mais alto atingindo a velocidade zero a esfera
começar a ganhar a aceleração da gravidade em direção a terra, sendo um movimento
retilíneo uniformemente variado (MRUV).

E sua velocidade permanecer constante avaliando o movimento na coordenada


X, visto que a força do atrito e peso da esfera não interferem significativamente no
movimento. Sendo um movimento retilíneo uniforme (MRU)

Através do software é possível calcular virtualmente os valores quase precisos


do movimento. No qual o programa apresenta os dados “a” e “b” da função de primeiro
grau e A, B e C da equação de segundo, além da projeção dos gráficos de acordo
com os valores calculados pelo software.

Você também pode gostar