Introdução Ao Serviço Social. 2019

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UNIJORGE

SERVIÇO SOCIAL

KARLA KARINE ALVES DE SOUSA BRANDÃO

INTRODUÇÃO AO SERVIÇO SOCIAL

Salvador
2019
UNIJORGE
SERVIÇO SOCIAL

KARLA KARINE ALVES DE SOUSA BRANDÃO

INTRODUÇÃO AO SERVIÇO SOCIAL

Pesquisa apresentada ao Curso de


Serviço Social, Universidade
UNIJORGE, como requisito parcial para
obtenção a disciplina de Introdução ao
Serviço Social, trabalho sobre a
importância do Programa Bolsa Família.

Salvador
2019
TEXTO CRÍTICO
Apresentação
Caro estudante,
O objetivo de nossa disciplina é Refletir sobre o processo
histórico, teórico e metodológico de desenvolvimento do Serviço
Social e as consequências desse processo para a formação e
atuação do profissional.
Aprendemos que as políticas sociais são uma resposta política
para as demandas da classe trabalhadora e das lutas sociais e
que Inicialmente o atendimento a tais demandas ocorria através
de ações paliativas e assistencialistas promovidas pela igreja.
Na contemporaneidade as ações são realizadas através de
programas, projetos e serviços sociais, e o assistente social atua
diretamente junto a esses programas e na sociedade junto a
qualquer cidadão que tenha sofrido violação de seus direitos
sociais, contrariando o imaginário social.
Nesta perspectiva convido você a realizar, com entusiasmo
nosso Trabalho da Disciplina.
Atenciosamente,
Profa. Rita Nascimento
 
Situação problema:
Conforme os conteúdos de nossa disciplina o assistente social
atua junto a indivíduos, grupos ou comunidades, legitimando os
direitos de acesso às necessidades sociais, a partir da
elaboração, implementação e avaliação das políticas sociais.
Dentre os diversos programas nos quais a/o assistente social
exerce sua ação profissional encontra-se o programa Bolsa
Família, que, na atualidade, tem sido muito discutido por diversos
setores da sociedade, ora com críticas desfavoráveis, ora
apoiando a existência e importância do programa.
Diante do exposto, proponho como Trabalho da Disciplina a
elaboração de um texto dissertativo e crítico que aponte a
importância do Programa Bolsa Família para a população
mais vulnerável, bem como a importância da atuação do
assistente social no programa. Para nortear sua elaboração,
considere o conceito de mínimos sociais nas perspectiva restrita
e na cidadã e analise se o programa é um direito do usuário ou
uma prática caritativa, justificando.
Procedimentos para elaboração do TD:

1. Realizara a leitura do conteúdo da disciplina


2. Ler o texto PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA: Superando a
pobreza e reduzindo a privação de Capacidades. Disponível
em: http://www.cressmg.org.br/arquivos/simposio/PROGRAM
A%20BOLSA%20FAM%C3%8DLIA%20Superando%20a
%20pobreza%20e%20reduzindo%20a%20priva
%C3%A7%C3%A3o%20de%20capacidades.pdf (Links para
um site externo)Links para um site externo Acesso em 12/
05 /2019
3. Ler YASBEK, Maria Carmelita. O PROGRAMA FOME ZERO
NO CONTEXTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS.
Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/spp/v18n2/a11v18n2.pdf (Links
para um site externo)Links para um site externo    Acesso em:
10/05/2019
4. Elabore um texto com, no máximo, três laudas, de forma
que atenda as solicitações explicitas na proposta do Trabalho.
5. O trabalho deverá ser enviado sob o formato de word.

Lembre-se: 

1. O trabalho deve conter: capa e folha de rosto.  


2. Deve ser digitado em fonte Times New Roman ou Arial,
tamanho 12, espaço entre linhas 1,5 cm. Margens superior e
esquerda 3,0 cm e inferior e direita 2,0 cm.
Orientações Gerais para a realização da atividade:

 Salve o arquivo com a atividade no seu computador e envie para o seu Tutor.
Para isso clique no botão "Enviar Tarefa", no canto superior direito e anexe o
arquivo no campo indicado.
 Essa atividade é pontuada.
 Trabalhos que apresentarem transcrições de textos sem a devida referência,
segundo as normas da ABNT 6023, serão desconsiderados para correção, ou
seja, será atribuída nota zero ao trabalho. Para mais informações, consulte a
cartilha “Cartilha Plágio (Links para um site externo)Links para um site externo ”.
 O Trabalho deverá ser postado somente no local específico no Ambiente
Virtual de Aprendizagem. Veja a data de entrega no Calendário de atividades,
ou então, consulte o seu tutor.
 O Trabalho que não for postado/enviado até o prazo terá nota zero, assim
como aqueles que forem apenas salvos e não enviados para correção na data
estipulada no calendário da disciplina.
 O Trabalho da disciplina vale 100 (cem) pontos e compõe as Avaliações
Online.
No Brasil, o PBF é o exemplo mais contundente desse modelo de política social, cuja gestão e
operacionalização envolve diretamente o exercício profissional dos assistentes sociais no
âmbito da política de assistência social, desencadeando, como nos lembra Raichelis (2010), ao
se referir as redefinições das políticas sociais, novas requisições, demandas e possibilidades
ao trabalho do assistente social. Em outros termos, o trabalho do assistente social na
operacionalização do Bolsa Família não é alheio a tendência global das políticas sociais, ao
contrário, seu formato focalizado e condicionado representa a expressão máxima da
reconfiguração das políticas sociais contemporâneas, imbuídas de argumentos de corte liberal
ou neoliberal e, consequentemente, antagônicas aos argumentos de políticas sociais
influenciadas pela lógica da universalidade, como é o caso da Política Pública de Assistência
Social e dos princípios do Código de ética profissional. A execução das atuais políticas por
assistentes sociais pelo prisma da ética suscita situações concretas, que envolvem finalidades
ético-políticas conflitantes, polarizadas entre os valores da lógica focalizada e condicionada
do PBFe os princípios do Código de ética do Serviço Social. A dimensão ética intrínseca ao
modelo condicionado e focalizado do PBF apresenta uma natureza comum aos atuais
programas de transferência de renda (PTR) em expansão global; o beneficiário, sujeito
passivo, é transmutado em ativo diante as exigências a serem cumpridas para o recebimento
do benefício.

O Centro de Referência da Assistência Social - CRAS é uma unidade pública estatal


localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada ao
atendimento socioassistencial de famílias. O CRAS é o principal equipamento de
desenvolvimento dos serviços sócio assistenciais da proteção social básica. Constitui espaço
de concretização dos direito sócio assistenciais nos territórios, materializando a política de
assistência social. No CRAS, portanto, deve ser necessariamente ofertado o PAIF, podendo
ser ofertados outros serviços, programas, benefícios e projetos conforme disponibilidade de
espaço físico e de profissionais qualificados para implementá-los, e desde que não
prejudiquem a execução do PAIF e nem ocupem os espaços a ele destinados. Os demais
serviços socioeducativos, ações complementares e projetos de proteção básica desenvolvidos
no território de abrangência do CRAS devem ser a ele referenciados. Trabalho de Conclusão
de Curso 8 Sabe-se que o CRAS é a porta de entrada para os programas sociais funcionando
como um “braço” da Secretaria Municipal de Cidadania. É uma unidade pública da política de
assistência social, de base municipal, integrante do SUAS – Sistema Único de Assistência
Social, localizado em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinado à
prestação de serviços e programas sócio assistenciais de proteção social básica às famílias e
indivíduos, e à articulação destes serviços no seu território de abrangência, e uma atuação
inter setorial na perspectiva de potencializar a proteção social. O CRAS é uma unidade que
oferta e referencia serviços e ações, de caráter protetivo, preventivo e proativo. Possui funções
exclusivas de oferta pública do trabalho social com famílias do PAIF, estando, também, sob
sua responsabilidade a gestão territorial da rede socioassistencial de proteção social básica. O
público a ser atendido nesses espaços são famílias e indivíduos que estejam em situação de
vulnerabilidade e risco social decorrente de pobreza (ausência de renda), privação (precário
ou nulo acesso aos serviços), fragilização de vínculos relacionais ou de pertencimento
(discriminações etárias, étnicas, de gênero, por deficiência etc.). Cabe ressaltar que o
atendimento às famílias deve priorizar aquelas beneficiárias do Programa Bolsa Família e
outros programas de transferência de renda, se houver. Além dos elementos já sinalizados,
vale ressaltar, que para a garantia do desenvolvimento de suas atividades, os CRAS possuem
diretrizes nacionais a serem seguidas, tais como: um espaço físico adequado (estrutura,
horário de funcionamento e identificação), equipe de profissionais para gerir e executar os
programas, projetos, benefícios e serviços sócio-assistenciais e uma metodologia de trabalho
específica - o PAIF - para a realização do trabalho social realizado com as famílias. A
Assistência Social é realizada de forma descentralizada e participativa, cabendo a
coordenação e normatizações gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos
respectivos programas, projetos serviços e benefícios aos estados e municípios.

Discorrer sobre os desafios para consolidação dos princípios do Código de Ética do Serviço
Social no âmbito da intervenção profissional na gestão do PBF no âmbito da Política de
Assistência Social implica reconhecer que a inserção e atribuições do assistente social na
Política de Assistência Social não se processam isoladas e desconectadas das transformações
conceituais e operacionais que afetam as políticas sociais contemporâneas, cujo
direcionamento atual é orientado por intervenções minimalistas, focalizadas, e de ativação dos
mais pobres. Nesse estudo privilegia-se a variável ética da execução das políticas sociais
contemporâneas, caracterizadas pela modelo que impõe atividades de retribuição dos
benefícios recebidos do Estado, como é o caso do maior3 programa de transferência de renda
brasileiro, o Programa Bolsa Família (PBF).

As desigualdades sociais geradas pelo sistema capitalista de produção e reprodução das


relações sociais entre as classes – que detêm o poder e os que necessitam vender a sua força
de trabalho para viver – produz e reproduz um contingente de famílias desprotegidas, pois na
conjuntura econômica atual vivenciase a flexibilidade no emprego, para a redução do quadro
de funcionários e aumento dos serviços terceirizados, aumento de desempregados que não
possuem uma educação e/ou qualificação adequada para investidura de cargos que antes
necessitavam de uma escolarização de nível baixo em que na atualidade já se eleva os pontos
de classificação educacional para adequar-se ao emprego almejado. Assim, no âmbito
familiar, concomitante ao processo de produção e reprodução do capital, realiza-se de forma
determinada e determinante o processo histórico de produção e reprodução da pobreza dessas
famílias e, com ela, agravam-se as condições de vida – saúde precária, alimentação
insuficiente ou nula – fome; condições de moradia inabitáveis sem infra-estrutura básica;
êxodo escolar das crianças para trabalhar e ajudar na renda doméstica – exploração do
trabalho infantil; violências – exploração sexual; aumento de dependentes químicos;
dificuldades na acessibilidade a projetos, programas, instituições, unidades básicas de saúde,
etc.. Ou seja, a exclusão social.

Todo o projeto teve como pressuposto básico a mudança de atitude, requerendo um processo
educacional em que a educação continuada, o trabalho com visitas domiciliares e a
organização das documentações das famílias do Programa Bolsa Família apresentaram-se
como os métodos mais condizentes eficazes para atingir os objetivos propostos, ou seja, a
busca da emancipação dos sujeitos sociais beneficiários do PBF pela regularização de seus
cadastros veiculando informações dos direitos de acesso e das condicionalidades para
permanência no Programa Bolsa Família. Trata-se de aprender e ter outro olhar sobre o
ambiente e sobre as maneiras de como eles se relacionam ao trabalhar com essas famílias o
exercício da cidadania ativa, a horizontalidade nas tomadas de decisão, o trabalho em rede, a
coresponsabilidade e a cooperação, entre outros - precisa ser internalizada essa contribuição
do profissional assistente social no PBF para que possam permear as atitudes cotidianas dos
envolvidos numa co-responsabilidade para a emancipação dos usuários deste programa do
Governo Federal.

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