Livro Técnica Dietética UFPE
Livro Técnica Dietética UFPE
Livro Técnica Dietética UFPE
TÉCNICA DIETÉTICA:
UM GUIA PRÁTICO
Alda
A MINHA FAMÍLIA,
EM ESPECIAL A RICARDO AUGUSTO
Silvana
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO x
1. NOÇÕES BÁSICAS DE ANÁLISE 5
SENSORIAL
2. MEDIDAS E INDICADORES BÁSICOS 14
3. TÉCNICAS BÁSICAS DE PREPARO DE 25
ALIMENTOS
4. ÓLEOS E GORDURAS 30
5. AÇÚCARES E OUTROS PRODUTOS PARA 38
ADOÇAR
6. BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS 46
7. OVOS 55
8. CARNES 63
9. LATICÍNIOS 76
10. FRUTAS E HORTALIÇAS 84
11. GRÃOS, FARINHAS E AMIDO 95
12. ESPECIARIAS E ERVAS 105
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 115
APRESENTAÇÃO
A
técnica dietética é matéria básica para as ações do
nutricionista que trabalham com dietética, nutrição clínica,
administração de unidades de alimentação e nutrição,
nutrição em saúde pública, além de profissionais da gastronomia e
hotelaria.
O seu objetivo é avaliar as transformações físico-químicas e
organolépticas durante o processamento de alimentos preservando
sua qualidade nutricional. Logo, a técnica dietética é um
instrumento para aplicação de conhecimentos de Ciência e
Tecnologia de Alimentos.
O presente trabalho é resultado da vivência acadêmica nas
disciplinas Técnica Dietética e Noções de Química de Alimentos e
Bebidas dos cursos de graduação em Nutrição e Hotelaria da
UFPE, contemplando assuntos como as técnicas básicas
empregadas no preparo dos alimentos, indicadores básicos
empregados em técnica dietética, noções de análise sensorial até o
estudo das modificações químicas, nutricionais e sensoriais dos
alimentos de origem animal e vegetal.
Dessa forma, espera-se que o aluno possa compreender melhor a
relação entre os conhecimentos teóricos e práticos obtidos durante
sua formação acadêmica.
As autoras
D
iversos métodos podem ser empregados para avaliar
objetivamente a qualidade dos alimentos, são métodos
químicos, físicos, físico-químicos, biológicos e
microbiológicos. Estes não dependem da percepção dos indivíduos,
utilizam instrumentos, padrões e normas de referência e em geral,
são de alto custo por necessitarem de uma boa infra-estrutura
laboratorial.
A análise sensorial mede a resposta do consumidor frente
aos alimentos, é uma avaliação subjetiva que pode ser realizada nas
unidades produtoras de refeição, com menor custo e mais
facilidades. Surgiu durante a Segunda Guerra Mundial ao se
constatar que as tropas rejeitavam suas refeições pré-elaboradas,
apesar de estarem devidamente balanceadas. Pesquisando as
causas, concluíu-se que o problema era a perda da qualidade
organoléptica de alguns alimentos da dieta ofertada. Desde então,
muitos estudos foram realizados nesta área. Hoje, a análise
sensorial é usada para medir, analisar e interpretar as reações
produzidas pelas características dos alimentos e materiais, como
elas são percebidas pelos órgãos da visão, olfato, gosto, tato e
audição.
Percepção sensorial
Visão
O primeiro contato do consumidor com o alimento é por
este sentido. Para cada alimento ele espera uma aparência
específica (cor, forma, volume, por exemplo), que represente a
qualidade do produto.
Essa resposta se deve à estrutura e fisiologia do olho. A
retina, membrana interna do olho, é constituída por um tecido
pigmentado, com receptores nervosos, cones (para luz diurna e
cores) e bastonetes (visão noturna), que se comunicam com o
sistema nervoso central por meio do nervo óptico. É importante
lembrar que algumas pessoas têm deficiência ou cegueira para
certas cores (ex: daltonismo), o que deve ser considerado na
escolha dos provadores.
Olfato
O aroma corresponde a interações de substâncias voláteis
dos alimentos com os quimiorreceptores olfativos, localizados na
mucosa das narinas. Sabe-se que os receptores olfativos são
capazes de responder a mais de dez mil substâncias, algumas delas
em concentrações ínfimas, a exemplo da mercaptana (molécula
contendo enxofre), cuja percepção é de uma partícula em 460
milhões de partes de ar.
Com treinamento, o homem pode identificar distintas
concentrações e inúmeros aromas. Para testes de preparação de
equipes, de forma geral, aroma é classificado em grupos básicos
com seus respectivos padrões: fragrante (metilsalicilato), sulfuroso
(etildissulfeto), etéreo (propanol), queimante (guaiacol), doce
Gustação
Em geral, as substâncias que conferem sabor são
hidrossolúveis e pouco voláteis. São cinco os gostos básicos,
umami, doce, salgado, ácido e amargo, cuja percepção ocorre mais
intensamente em diferentes regiões da língua (Quadro 1). O
umami, pouco conhecido, é uma combinação distinta com
qualquer dos demais sabores básicos e se refere a resposta de
certos aminoácidos como o glutamato e aspartato, atuando como
potencializadores do sabor.
O sabor é percebido pelos sistemas sensoriais químicos,
encontrados na cavidade bucal e concentrados na língua. Estes
receptores são mais ou menos sensíveis a determinados sabores,
mas não apresentam diferenças morfológicas significativas que
expliquem sua funcionalidade. As substâncias sápidas têm padrões
estereoquímicos como a unidade sápida (relação AH/B), formam
pontes de hidrogênio e ligações lipofílicas (região γ) com os
receptores.
A percepção gustativa de adstringência, descrita como
sensação de secura e encurtamento do tecido oral, ocorre pela
associação de polifenóis e proteínas, formando precipitados ou
agregados na saliva. A sensação picante ou queimante de algumas
especiarias e hortaliças são devidas a inúmeras substâncias, das
quais as mais estudadas são provenientes de pimentas (a Capsicum
sp e a Piper nigrum possuem capsaicina e piperina,
respectivamente) e do gengibre (no Zingiber officinale é
encontrado o gingerol). O efeito refrescante de certas hortaliças é
representado pelo alcanfor e o mentol, esta última substância é
encontrada na menta.
Em testes sensoriais, as substâncias químicas mais utilizadas
como representantes dos cinco gostos estão apresentadas no
esquema 1.
Sensação cutânea
Quando o alimento é posto na boca, por sensibilidade tátil,
pode ser avaliado quanto a textura, forma, peso, temperatura e
consistência. Na cavidade bucal encontram-se receptores de
pressão, tato, frio, calor e vibração.
Audição
O som que se produz ao mastigar ou apalpar muitos
alimentos é um atributo muito apreciado pelos consumidores. Por
outro lado, a presença de sons estranhos no ambiente pode irritar ou
dispersar a atenção dos juízes do painel sensorial.
Painel sensorial
Amostras
As amostras devem ser elaboradas e servidas o mais
uniforme possível em utensílios neutros, seguindo um padrão pré-
estabelecido, evitando que o provador seja tendencioso em sua
avaliação. A codificação é de suma importância, as amostras
devem receber códigos aleatórios. Quando a análise incluir
identificação de odor, colocam-se amostras em pequenos
recipientes fechados de fácil abertura de modo a permitir a
formação de “head space” com os compostos voláteis do aroma.
Testes sensoriais
persistência de um atributo.
Aplica-se a amostras em que a percepção dos atributos continua por um
determinado tempo.
Percepção retardada
São apresentadas amostras individualmente para identificação de um
atributo.
Aplica-se a amostras em que a percepção dos atributos ocorre após um
determinado tempo.
2. MEDIDAS E INDICADORES
BÁSICOS
O
uso de técnicas para determinação de peso e volume dos
alimentos, bem como de indicadores básicos, objetiva um
maior controle da produção de refeições, envolvendo desde
o planejamento de compras da matéria-prima até características
sensoriais do produto final. Portanto, deve ser sempre lembrado
que as informações seguintes e sua prática, apesar de simples, são
bastante valiosas para atuação do profissional.
Peso e Volume
Valores médios
Diluição/Percentuais
“Per capita”
Bacalhau
-bolinho/risoto/ salada 60
-ensopado 80
-forno 100
Densidade
Absorção de gordura
Óleo Absorvido(g) =
peso inicial óleo (g) – peso final óleo (g) - peso óleo absorvido pelo papel (g)
TOTAL
Item do cardápio: Tempo de preparo:
Padrão da preparação: Tempo de cocção:
Grau de dificuldade: Indicador de conversão:
Observação:
29
(Verso)
ALIMENTO QUANTIDADE COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Calorias Proteína Carboidrato Lipídios Gordura Fibra Sódio
saturada
TOTAL
Operações prévias:
Técnica de preparo:
Características sensoriais:
Porcionamento:
EXERCÍCIOS
A
limentos produzidos e manipulados sem condições
higiênico-sanitárias adequadas, representam um grande
perigo aos consumidores. As boas práticas devem ser
aplicadas desde a obtenção das matérias-primas até o consumo, de
modo a identificar os perigos potenciais à segurança do alimento,
estabelecendo pontos críticos de controle, que devem ser
monitorados em todo o processo, adequando-o e reajustando-o para
que no final seja obtido um alimento seguro e de boa qualidade.
Para uma melhor execução das preparações e experimentos é
importante conhecer a terminologia empregada na área, para tanto
há inúmeras publicações apresentando técnicas e significados.
Pré-preparo
Seleção
A qualidade das preparações é dependente de cada
ingrediente utilizado, pois apenas boas matérias-primas geram bons
produtos. Logo, são necessários cuidados no momento da seleção:
• considere aspectos como: temperatura, aparência, presença
de matérias estranhas, cor, odor, textura e sabor;
• leia sempre as informações do rótulo, principalmente a data
de validade do produto;
• rejeite embalagens sujas, amassadas, estufadas,
enferrujadas, trincadas, furadas, abertas e com outros sinais
de alteração.
Descongelamento
Essa operação pode ser feita com a matéria-prima em
geladeira (por 12 a 24 horas), no forno de microondas ou bem
embalada, em água fria corrente por 4h.
Dessalgue
O dessalgue pode ser realizado em água sob refrigeração ou
por meio de fervura. Também pode ocorrer em água à temperatura
ambiente, trocando-a a cada 2 horas.
União
Unir ou misturar consiste na operação em que um ou mais
ingredientes se dispersam entre si, resultando numa mistura
uniforme. A eleição dos equipamentos para essa atividade é
dependente do grau de dificuldade de união dos ingredientes.
O termo amassar ou sovar se aplica ao preparo de massas.
Bater é referente à união de ingredientes de difícil mistura.
Cocção
Calor úmido1
Refere-se à cocção em água ou vapor, com ou sem pressão.
Nesse método, além das perdas ou alterações promovidas pela ação
do calor, há uma maior redução do valor nutricional do alimento
em função da dissolução dos nutrientes que é dependente da razão
alimento/água e tempo de cocção.
Calor seco
O alimento é cozido em gordura ou ar quente que promove
a sua desidratação. Quando o alimento é cozido em gordura, os
métodos classificam-se em: saltear, fritar e fritar por imersão. O
termo saltear significa submeter o alimento a pequenas quantidades
de gordura mantendo o utensílio em constante movimento.
Calor misto
O alimento é submetido ao calor seco com gordura seguido
do calor úmido. Os métodos usuais, numa ordem crescente de
quantidade de água adicionada, são refogar, brasear e ensopar.
1Outra forma de aplicação do calor úmido é o branqueamento, entretanto, este não deve
promover a cocção e sim, reduzir a carga microbiana, atividade enzimática entre outros.
Manutenção
4. ÓLEOS E GORDURAS
Ó
leos e gorduras são ésteres constituídos por ácidos graxos e
glicerol. Podem ser de origem animal (banha de porco,
manteiga, toucinho) ou de origem vegetal (óleo, margarina,
gordura vegetal hidrogenada, creme vegetal, azeite de oliva, azeite
de oliva extra virgem).
Na gordura oriunda do leite de ruminantes há
predominância dos ácidos palmítico, oléico e esteárico, mas é a
única de origem animal com quantidades apreciáveis de ácidos
graxos de cadeia curta (C4-C12) e presença de ácidos graxos
ramificados e ímpares.
As banhas e sebos, provenientes de gorduras de reserva de
animais como o boi, possuem grande quantidade de ácidos graxos
C16 e C18, teor intermediário de ácidos insaturados (oléico e
linoléico) e pequena quantidade de ácidos ímpares.
Os óleos obtidos de animais marinhos, geralmente possuem
grande quantidade de ácidos graxos poliinsaturados de cadeia
longa, com até seis duplas ligações.
Em algumas espécies de palmeira a extração de lipídios
resulta em produtos ricos em ácido láurico, constituindo o grupo
das gorduras láuricas, a exemplo do coco.
Um outro grupo de lipídios é o dos ácidos oléico e
linoléicos, são óleos obtidos de vegetais, onde há predominância
Características
3 Ponto de fumaça: durante o aquecimento há pirólise, observada como uma densa fumaça
branca. O glicerol, livre por hidrólise dos ácidos graxos, é desidratado, formando
CALOR→
acroleína, um volátil irritante da mucosa gástrica (GLICEROL ACROLEÍNA +
2H2O).
Cuidados na fritura
A ação antinutricional da fritura está no aumento de
compostos com configuração trans, compostos poliméricos e
triacilgliceróis oxidados, e na redução de ácidos graxos essenciais.
Considerando esses efeitos indesejáveis, a ANVISA (Informe
Técnico nº 11, de 5 de outubro de 2004, Assunto: Óleos e Gorduras
Utilizados em Frituras) apresenta a seguinte recomendação.
EXERCÍCIOS
Experimento 1
• Objetivo
Determinar o ponto de ebulição e de fumaça de diversas
gorduras.
• Material
Margarina, margarina light, manteiga, óleo, banha, azeite de
oliva e creme vegetal.
• Método
Colocar cada gordura em uma frigideira.
Medir o tempo e a temperatura de fervura (depois de
derretidas).
Observar a presença de fumaça branca.
• AVALIAÇÃO:
Classificar em ordem crescente a temperatura do ponto de
ebulição e fumaça das gorduras.
Experimento 2
• Objetivo
Avaliar o efeito de diferentes tipos de gorduras sobre as
características sensoriais de frituras.
• Material
Batata inglesa (6 unidades); manteiga; margarina e óleo.
• Método
Descascar as batatas.
Cortar em palitos e dividir em três partes.
Fritar em: manteiga, óleo e margarina.
• Avaliação
Deguste as batatas fritas e relacione as características sensoriais
com os diferentes tipos de gordura empregado na fritura.
Experimento 3
• Objetivo
Identificar a influência da temperatura inicial de cocção e
tipo de óleo sobre a qualidade do alimento.
• Material
Batata inglesa (1 kg); óleo novo e óleo usado; sal; papel
absorvente e proveta.
• Método
Descascar as batatas.
Cortar em palitos e dividir em três porções.
Pesar as batatas antes e após a fritura.
Pesar 200mL de óleo antes e após a fritura para cada tipo de
fritura: óleo novo frio; óleo novo quente e óleo usado quente (o
óleo quente deve atingir uma temperatura em torno de 180ºC).
Pesar o papel absorvente antes e após a fritura.
• Avaliação
Calcular o teor de óleo absorvido pelo alimento e relacionar
com tipo de óleo utilizado.
Experimento 4
• Objetivo
Avaliar o poder amaciante da gordura.
• Material
Farinha de trigo; margarina; óleo; queijo parmesão ralado.
• Método.
Misturar 200g de farinha de trigo, 50g de queijo parmesão, 50g
de margarina até obter uma massa uniforme que não grude nas
mãos, se necessário adicionar água. Modelar e assar no forno pré-
aquecido. Proceder como nos itens anteriores, mas alterar o teor de
gordura por: 100g de margarina e 50 mL de óleo
• Avaliação
Degustar e descrever o papel da gordura sobre a qualidade
sensorial da preparação.
O
s carboidratos representam 75% do peso seco das plantas,
mas a sacarose está presente em pequenas quantidades.
Logo, no consumo de alimentos ‘in natura” é baixa a sua
ingestão. Os alimentos processados podem ter uma elevado teor
desta substância por adição como ingrediente.
Comercialmente, o termo açúcar corresponde à sacarose
obtida a partir do caldo de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum
L.) ou de beterraba (Beta alba L.), podendo se mostrar em diversas
granulometrias e formas de apresentação. Também são
considerados açúcares os monossacarídeos e demais dissacarídeos,
devendo ser designado o nome do carboidrato correspondente.
Produtos
Açúcar refinado
O açúcar refinado corresponde ao açúcar de coloração
branca. Pode ser amorfo ou granulado. O açúcar amorfo também
conhecido como açúcar de confeiteiro, apresenta dissolução rápida,
granulometria fina e brancura excelente. Utilizado no consumo
doméstico, para preparações como bolos, confeitos, caldas
transparentes e incolores, é disponível puro ou adicionado de até
30% de amido ou fosfato de cálcio, para inibir o efeito
higroscópico.
Açúcar invertido
Obtido da sacarose por hidrólise por ácidos diluídos ou ação
da enzima invertase, corresponde a uma mistura líquida de glicose
e frutose (Esquema 2), com maior doçura que a matéria-prima
original.
Rapadura
É o produto sólido obtido pela concentração do caldo de
cana-de-açúcar, podendo ser adicionado de outro ingrediente desde
que não o descaracterize.
Melado e Melaço
Melado é o produto obtido pela concentração do caldo de
cana-de-açúcar ou a partir da rapadura derretida, enquanto o
melaço é um subproduto resultante da produção de açúcar. São
utilizados em coberturas, bolos e sobremesas.
Adoçante de Mesa
É o produto formulado para conferir sabor doce aos
alimentos e bebidas, constituído de edulcorantes previstos na
legislação. Os adoçantes são constituídos basicamente por
edulcorantes e agentes de corpo. Estes últimos, também chamados
de veículos, são compostos utilizados com a finalidade de diluir os
edulcorantes dando volume ao produto (exemplos: água, lactose,
glicose, maltodextrina e manitol).
Os edulcorantes são substâncias químicas com poder
adoçante muito superior à sacarose (Quadro 10), sendo necessária,
portanto, uma quantidade muito menor para se obter a mesma
doçura desta, com a vantagem de ter menos ou nenhuma caloria.
Podem ser divididos em dois grupos distintos: não-calóricos
(sacarina, ciclamato, acessulfame-k, sucralose e esteviosídeo) e
calóricos (frutose, sorbitol e aspartame). Suas características
(alguns exemplos apresentados no quadro 11) devem ser
consideradas para aplicação culinária, um destaque é estabilidade
térmica, visto que certas substâncias podem ser modificadas e,
conseqüentemente, perder a doçura.
Caramelização
MELANOIDINA
Caldas e balas
EXERCÍCIOS
Experimento 1
• Objetivo
Avaliar a influência da temperatura sobre as características dos
produtos açucarados.
• Material
Açúcar refinado cristal
• Método
Preparar em fogo brando quatro produtos açucarados,
utilizando 50g de açúcar e 150mL de água até atingir a temperatura
desejada:
Produto 1 –calda em fio 106oC
Produto 2- bala mole 116 a 118 oC
Produto 3 – bala dura 125 oC
Produto 4 – caramelo 160 a 170 oC
Colocar em água fria.
• Avaliação
Descrever as características dos produtos obtidos.
Experimento 2
• Objetivo
Avaliar a qualidade do merengue utilizando diferentes tipos de
açúcar.
• Material
Clara (3 unidades); açúcar refinado cristal (30g); açúcar
refinado amorfo (30g) e açúcar demerara (30g).
• Método
Bater as claras individualmente, em ponto de neve firme,
adicionar os diferentes tipos de açúcar e misturar bem.
• Avaliação
Relatar as características do merengue em função do tipo de
açúcar utilizado.
Experimento 3
• Objetivo
Verificar o ponto de fusão e cristalização da sacarose por calor
seco.
• Material
Açúcar refinado cristal (100g); açúcar refinado amorfo (100g);
açúcar demerara (100g) e margarina (para untar).
• Método
Aquecer o açúcar em fogo brando, misturar suavemente até
fusão e caramelização (anotar o tempo de cada processo).
Retirar do fogo e colocar em pratos untados.
• Avaliação
Citar em ordem crescente o tempo e a temperatura do ponto de
fusão e cristalização dos diferentes tipos de açúcares.
Experimento 4
• Objetivo
Avaliar a influência do edulcorante sobre a qualidade sensorial
do doce de fruta.
• Material
Abacaxi, açúcar refinado cristal, adoçante à base de aspartame
e adoçante à base de ciclamato e sacarina sódica.
• Método
Preparar os doces de abacaxi, utilizando as seguintes
quantidades: abacaxi (200g) e açúcar (100g).
Substituir o açúcar pela quantidade equivalente do adoçante
segundo o fabricante, adicionando água se necessário.
• Avaliação
Degustar os produtos e descrever suas características
organolépticas.
A
s bebidas são partes integrantes do cardápio e, excetuando a
água, se dividem em bebidas alcoólicas e bebidas não
alcoólicas, sendo estas últimas diferenciadas pelo teor de
álcool, que não deve ser superior a 0,5%, segundo a legislação
vigente. Dentre as bebidas não alcoólicas estão cafés, chás, sucos,
refrescos e vitaminas, que se distinguem quanto à matéria-prima e
método empregado em sua obtenção.
Chás
Misturas de chás
São obtidas por mistura de chás de várias plantações na
mesma região, chás de diferentes origens geográficas ou espécies
vegetais; cada um dos ingredientes contribui com uma
característica própria para a mistura. A Earl Grey, uma mistura de
chás adicionada da essência de bergamota (Citrus bergamia), é
uma das mais aceitas do mundo.
Mate
Outro chá bastante empregado é o tradicional mate (Ilex
paraguayensis). A infusão do mate verde, conhecida como
chimarrão é preparada em cuia de porongo e sorvida através da
bomba (tubo metálico com um ralo na extremidade inferior). Dessa
Café
Percolação
O pó de café é colocado no centro de um equipamento
moka, em um fogão, a água entra em ebulição e pressiona o
café líquido para um recipiente. É a forma mais utilizada na
Europa, conhecida no Brasil como café italiano.
Prensagem
Em um recipiente de vidro se coloca o pó de café misturado
com água quente não fervente e em seguida introduz-se um
filtro que é pressionado por um êmbolo que separa o pó do
café já pronto para consumo. É conhecido como prensa
francesa.
Fina/Média Filtração
EXERCÍCIOS
Experimento 1
• Objetivo
Avaliar as características sensoriais do café obtido por
diferentes métodos.
• Material
Café em pó, açúcar, água, coador e percolador.
• Método
Fazer 500 mL de café a 8%, segundo as diferentes técnicas.
1- Colocar o pó em coador de papel e passar a água quente.
2-Ferver o café em água e passar em coador de papel.
3-Ferver o café, desligar o fogo e adicionar 1 colher de sopa de
água fria, para decantar o pó.
4- Por o café no percolador e levar ao fogo.
Quando prontos, adicionar açúcar a 10%.
• Avaliação
Degustar e relacionar os métodos com as características
sensoriais dos cafés.
Experimento 2
• Objetivo
Avaliar o efeito do ácido sobre a coloração de bebidas com
elevado teor de taninos.
• Material
Chá mate em sachê, suco de limão e água.
• Método
Colocar dois recipientes com 150mL de água quente e 1 sachê
de chá para cada um deles. Tampar os recipientes por 15 min.
Em um deles adicionar uma colher de sopa de suco de limão.
• Avaliação
Relatar as características sensoriais das preparações e a ação do
ácido sobre as mesmas.
Experimento 3
• Objetivo
Avaliar a concentração de diferentes sucos quanto aos
parâmetros físicos e sensoriais.
• Material
Fruta ao natural, suco pasteurizado, polpa de fruta congelada,
açúcar e refratômetro.
• Método
Preparar 200 mL de suco com as diferentes matérias-primas nas
seguintes proporções: 25, 50 e 75%. Colocar 10% de açúcar.
Determinar o ºBrix de cada preparação.
• Avaliação
Degustar e relacionar as características sensoriais e o teor de
sólidos solúveis com as diferentes concentrações utilizadas para
obtenção dos sucos.
Experimento 4
• Objetivo
Avaliar influência do método de obtenção de refresco cítrico
sobre o sabor.
• Material
Limão e açúcar.
• Método
Preparar 200 mL de refresco de limão:
1- Extrair o suco de meio limão em extrator de cítricos.
Preparar o refresco e adoçar (10% de açúcar).
2- Liquidificar 150 mL de água, 10% de açúcar e meio limão.
Coar.
Deixar as preparações em repouso a temperatura ambiente por
três horas.
• Avaliação
Degustar e relacionar o sabor ao método obtenção dos
refrescos.
7. OVOS
N
a alimentação humana é consumido o ovo branco de
galinha, ovo vermelho de galinha caipira, ovo de codorna e
ovo com adição de PUFA-ômega 3. A composição química
destes ovos é semelhante, exceto a do ovo de codorna que
apresenta maior quantidade de lipídio.
A clara representa 60% do peso total do ovo e, conforme o
quadro 16 é composta predominantemente por água e proteínas
como a ovoalbumina, conoalbumina, ovomucóide, lisozima,
ovomucina, avidina, ovoglobulina e outras.
Propriedades funcionais
Firme com picos Espuma firme, pequenas bolhas, branca, Merengues moles,
úmidos picos pouco firmes angel cake
Efeito do armazenamento
EXERCÍCIOS
Experimento 1
• Objetivo
Verificar o efeito do pH do meio de cocção sobre as
características da clara do ovo
• Material
Ovo (3 unidades), leite pasteurizado, vinagre e sal.
• Método
Colocar em uma panela 200mL de água. Quando iniciar a
fervura reduzir a chama do fogo e quebrar um ovo para cozinhar
nesta água.
Repetir as operações, adicionando 3 colher de sopa de vinagre à
água de cocção. Repetir as operações, substituindo água por leite.
• Avaliação
Descrever o efeito do leite e vinagre sobre a textura e coloração
da clara do ovo poché.
Experimento 2
• Objetivo
Identificar o efeito de ingredientes e tempo de postura do ovo
sobre o sistema espuma.
• Material
Clara (5 unidades de ovos frescos e 1 unidade de ovo com
tempo de postura avançado – armazenado por 21 dias a temperatura
ambiente), gema, sal, açúcar e óleo.
• Método
Bater a clara em ponto firme de acordo com o esquema abaixo.
1 2 3 4 5 6
Apenas a Clara + 1 Clara + 1 Clara + 1 Clara + 1 Clara do ovo
clara colher de colher de colher de colher de armazenado
chá de chá de chá de chá de
água gema óleo açúcar
Experimento 3
• Objetivo
Verificar o efeito de ingredientes sobre o poder emulsificante
da gema.
• Material
Ovos (4 unidades), vinagre, sal, açúcar, mingau de amido de
milho (a 10%) e óleo.
• Método
1- Misturar uma gema com 3g de açúcar e 1g de sal. Adicionar 7
mL da vinagre e bater bem. Adicionar por gotejamento lento
25 g de óleo e bater constantemente. Repitir a operação com
mais 50 g de óleo. Acrescentar mais 7 mL de vinagre e bater.
Adicionar por gotejamento lento mais 25 g de óleo e bater
constantemente.
2- Repetir o experimento anterior substituindo a gema por 10g de
gema e 10g de clara.
3- Repetir o experimento anterior substituindo a gema por 10g de
gema e 10g de mingau de amido.
4- Repetir o experimento anterior retirando o vinagre.
• Avaliação
Avaliar a ação dos ingredientes sobre qualidade da emulsão.
Experimento 4
• Objetivo
Avaliar a influência do tempo de cocção sobre as características
dos ovos cozidos na casca.
• Material
Ovos (4 unidades).
• Método
Colocar os ovos para cozinhar durante 5, 10, 20 minutos
contados após fervura da água. Em seguida resfriá-los em água
corrente e descascá-los.
Repetir o experimento de 20 minutos, mas deixá-lo esfriar a
temperatura ambiente.
• Avaliação
Justificar as diferenças sensoriais obtidas com os diferentes
tempos de cocção dos ovos.
8. CARNES
O
termo carne corresponde a músculos e vísceras de animais
comestíveis, logo compreende carne bovina, suína, frango,
peixe e outros animais. É inadequado determinar sua
qualidade sem considerar os aspectos relativos à preferência do
consumidor. Esta preferência é representada pelo “flavor”, cor,
textura e suculência da carne. Destes atributos, a textura é o que
mais contribui para aceitação pós-cocção dos diferentes tipos de
carne.
Ela é determinada pela genética, idade, sexo, tipo de
músculo, condições de pré-preparo e método de cocção. A
variabilidade na dureza de um músculo não é tão significativa na
carne de pescado, suína, ovina e bovina jovens, quanto em bovinos
Proteínas da carne
Coloração da carne
Flavor da carne
5Para carne bovina é sugerido: 0 a 2ºC por 2 a 3 semanas, 7ºC por 5 a 6 dias, 13ºC por 3 a
4 dias e 20 ºC por 2 dias.
EXERCÍCIOS
Experimento 1
• Objetivo
Avaliar o efeito do sal sobre a retenção de água da carne.
• Material
Carne bovina traseira moída (900g), sal, pimenta do reino e
alho.
• Método
Dividir a carne em três porções. Em uma delas adicionar apenas
pimenta e alho. Na segunda colocar também 1% de sal. Na última
adicionar 5% de sal. Modelar e pesar os bolos de carne. Assar em
tabuleiro untado e polvilhado em forno brando pelo mesmo
período. Esfriar e pesar os bolinhos.
• Avaliação
Comparar as mudanças de peso e de textura dos bolos de carne.
Experimento 2
• Objetivo
Verificar o efeito do ácido e enzima sobre a textura da carne.
• Material
Filé de peixe, carne bovina do tipo chã de fora, abacaxi,
vinagre, alho, sal, óleo e amaciante comercial.
• Método
Dividir a carne bovina em quatro porções. Deixar uma das
porções em repouso no vinagre por no mínimo 12 horas, outra
porção em repouso com amaciante comercial pelo tempo sugerido
pelo fabricante. A terceira porção deve ser envolta na polpa do
abacaxi durante 30 minutos e a última porção apenas com alho e
sal. Fritar. Repetir o processo com o peixe.
• Avaliação
Degustar e avaliar a textura em função dos amaciantes
empregados.
Experimento 3
• Objetivo
Avaliar o efeito do tipo de cocção sobre a textura e coloração
da carne.
• Material
Peito de frango, peixe baixo teor de gordura, peixe alto teor de
gordura, alho, óleo e sal.
• Método
Limpar as carnes, em seguida condimentar e dividir em três
porções.
Fritar uma porção em óleo.
Cozinhar uma porção em vapor.
Cozinhar uma porção em água.
• Avaliação
Observar a aparência, degustar e relacionar com o tipo de
cocção empregada.
Experimento 4
• Objetivo
Avaliar a influência do colágeno sobre a qualidade sensorial da
carne.
• Material
Músculo bovino, cebola, alho, óleo e sal.
• Método
Cortar a carne em cubos, condimentar e dividir em duas
porções.
Fritar uma porção em óleo.
Cozinhar uma porção em água.
• Avaliação
Observar a aparência, degustar e relacionar com o tipo de
cocção empregada.
9. LATICÍNIOS
C
omercialmente, o termo leite se aplica a secreção de
glândulas mamárias, excetuando o leite de retenção e o
colostro. É uma mistura contendo uma emulsão (de glóbulos
de gordura dispersos na fase aquosa), uma suspensão (de micelas
de caseína, proteínas globulares e partículas lipoprotéicas) e a fase
líquida que é uma solução de lactose, proteínas hidrossolúveis,
minerais e outros componentes.
Composição
Iogurte natural 90 4 3
Iogurte natural desnatado 90 4 0,5
Manteiga 16 0.8 81
Queijo brie 48 21 30
Queijo coalho 40 29 25
Queijo emmental 37 28 27
Queijo minas frescal 56 17 20
Queijo parmesão 21 35 33
Queijo prato 40 29 26
Queijo ricota6 73 13 8
Requeijão cremoso 62 10 23
Derivados do leite
7São quatro tipos de moléculas de caseína, α-s1, α-s2, β e κ. As primeiras são proteínas
hidrofóbicas que precipitam pelo cálcio. A κ-caseína íntegra é estável na presença de
cálcio. Para se manterem em suspensão no leite são organizadas em micélios.
EXERCÍCIOS
Experimento 1
• Objetivo
Verificar o efeito do processamento sobre a qualidade do leite
utilizado como ingrediente.
• Material
Leite (200mL): esterilizado integral, esterilizado desnatado,
pasteurizado integral, pasteurizado desnatado, em pó integral
reconstituído, em pó desnatado reconstituído. Manteiga, farinha de
trigo e sal.
• Método
Para cada tipo de leite: derreter a manteiga (10g) adicionar
farinha (10g) e sal (1,5g), mexer bem. Adicionar o leite
gradualmente e mexer bem. Levar para banho-maria e cozinhar até
o molho atingir 90ºC, tampar e cozinhar por mais 5 minutos.
Avaliar ainda quente.
• Avaliação
Avaliar o efeito do processamento sobre as características
organolépticas do leite.
Experimento 2
• Objetivo
Avaliar o efeito do pH sobre as proteínas do leite.
• Material
Leite pasteurizado (600mL), vinagre (2 colheres de sopa),
bicarbonato de sódio (2 colheres de chá).
• Método
Dividir o leite em 3 porções de 200 mL e aplicar diferentes
tratamentos para fervura: 1- leite puro, 2-leite com vinagre, 3-
leite com bicarbonato.
• Avaliação
Descrever as alterações promovidas pela mudança de pH.
Experimento 3
• Objetivo
Avaliar a influência da espécie animal sobre a qualidade do
queijo.
• Material
Leite de vaca esterilizado (1L), leite de cabra esterilizado (1L),
vinagre (100 mL), sal, manteiga e orégano.
• Método
Dividir o vinagre em 2 porções e adicionar a cada leite.
Levar ao fogo para coagular, até início da fervura.
Coar em filtro de papel e pressionar o coágulo de caseína para
eliminação do soro.
Adicionar sal, manteiga e orégano a gosto, modelar e esfriar.
• Avaliação
Descrever e justificar as diferenças entre os queijos.
Experimento 4
• Objetivo
Avaliar a influência do método de processamento sobre a
qualidade do produto fermentado.
• Material
Leite de vaca pasteurizado (1 litro), iogurte natural (1 copo).
• Método
Dividir o leite em 2 porções.
1- Adicionar duas colheres de sopa de iogurte a uma das
porções. Levar ao fogo para aquecer até 40ºC. Colocar na
iogurteira por quatro horas ou segundo o tempo recomendado pelo
equipamento.
2- Colocar a outra porção em recipiente aberto, coberto com
peneira. Deixar em ambiente limpo, a temperatura ambiente de 24 a
30 horas.
• Avaliação
Descrever e justificar as diferenças entre a coalhada e o iogurte.
N
os vegetais superiores, os órgãos principais são a raiz, o
caule, as folhas, as flores e os frutos. Para consumo
humano, com exceção destes últimos, os demais órgãos são
agrupados como hortaliças. Os termos "fruto" e "fruta" não
correspondem a mesma informação. Aplica-se “fruta” à forma de
consumo usual dos frutos ao natural, em sucos e na sua maioria, em
preparações adocicadas. Muitos frutos não são reconhecidos pela
população como frutas (exemplo abóbora). No sentido
morfológico, não apenas aquelas estruturas conhecidas como frutas
(maçã, laranja, banana), mas também as conhecidas como
leguminosas (feijão, ervilha, amendoim), cereais (arroz, milho,
trigo.) e diversas hortaliças (tomate, abóbora, quiabo) são frutos.
Os frutos agregados, derivados de muitos ovários de uma
única flor (morango, pinha, framboesa) e múltiplos ou
infrutescências, formados por muitos ovários amadurecidos,
pertencentes a uma inflorescência (amora, abacaxi, figo) são
constituídos de conjuntos de frutos simples, que podem ser
identificados individualmente, de acordo com suas características.
Os frutos que não se originam do crescimento do ovário, mas
derivam do desenvolvimento de estruturas como o hipanto (maçã) e
pedúnculo floral (caju), bem como os oriundos de conjunto de
frutos, costumam ser chamados de pseudofrutos.
PPO
EXERCÍCIOS
Experimento 1
• Objetivo
Observar o escurecimento enzimático e sua inibição.
• Material
Batata inglesa, maçã vermelha e limão.
• Método
Descascar as maçãs e as batatas.Cortar em fatias
finas.Dividir em 7 porções e submeter aos tratamentos abaixo,
anotando qualquer mudança de cor ao final de 30 e 60 minutos.
TEMPERATURA TRATAMENTOS
Ambiente Sem tratamento Submersa em Submersa em água com
água 30% de suco de limão
Refrigeração Sem tratamento Submersa em Submersa em água com
água 30% de suco de limão
Ebulição Submersa em água em ebulição durante dois minutos
• Avaliação
Observar as mudanças na coloração dos vegetais em função dos
tratamentos aplicados.
Experimento 2
• Objetivo
Identificar alterações de cor em função do ingrediente
adicionado e tipo de cocção.
• Material
Beterraba, vagem, repolho branco, cenoura, espinafre, sal,
vinagre e bicarbonato de sódio.
• Método
Fazer a toalete dos vegetais (reserve uma beterraba com casca).
Cortar em pedaços, reservar uma porção crua para controle e
realizar os seguintes tratamentos (separadamente): 1-com pouca
água em ebulição: com sal (controle), com sal e duas colheres de
sopa de vinagre, com sal e uma colher de chá de bicarbonato;
115
Experimento 3
• Objetivo
Avaliar a influência do método de cocção nas características
sensoriais de hortaliças.
• Material
Batata inglesa, cenoura e sal
• Método
Fazer a toalete dos vegetais. Cortar em pedaços e cozinhar
adicionando sal em:
1. Vapor sem pressão
2. Panela comum com muita água
3. Panela comum com pouca água
4. Microondas
• Avaliação
Avaliar as alterações sensoriais correlacionando-as aos métodos
de cocção.
Experimento 4
• Objetivo
Identificar o teor de pectina em frutas.
• Material
Goiaba verde e madura, pêra verde e muito madura, albedo do
maracujá.
• Método
Triturar em multiprocessador a fruta com 150mL de água, levar
ao fogo, ferver por 20 minutos e filtrar em gaze. Ao filtrado obtido
E
sse grupo de alimentos é a base da alimentação mundial,
contemplando o trigo e seus derivados, o arroz, o milho e a
soja.
Grãos
Farinhas e amido
Panificação
EXERCÍCIOS
Experimento 1
• Objetivo
Observar o efeito do beneficiamento sobre a qualidade e
rendimento da preparação.
• Material
Arroz parboilizado (100g), arroz polido (100g), arroz integral
(100g), sal, alho e óleo.
• Método
Dividir cada tipo de arroz em duas partes (50g) e proceder a
cocção (pesar ao final):
1- cozinhar o arroz água em ebulição, com sal (panela semi -
tampada), escorrer a água,
2- refogar o arroz, adicionar 3 a 4 vezes o volume em água,
cozinhar até a água evaporar (panela semi-tampada).
• Avaliação
Comparar o efeito do beneficiamento sobre a qualidade e
rendimento da preparação
Experimento 2
• Objetivo
Comparar diferentes técnicas de cocção de leguminosas.
• Material
Feijão mulatinho, lentilha, alho, sal.
• Método
Realizar os tratamentos seguintes para cada leguminosa.
1. Sem remolho, cocção em panela de pressão.
2. Remolho de 12 horas, cocção em panela de pressão.
3. Ebulição por 3 minutos, seguido de remolho por 1 hora
(cocção em panela comum com tampa).
• Avaliação
Experimento 3
• Objetivo
Observar o efeito de diferentes ingredientes sobre a formação do
gel do amido.
• Material
Amido de mandioca, amido de milho, vinagre, açúcar e óleo.
• Método
Realizar os seguintes tratamentos (com cada tipo de amido)
para 200mL de água.
1. Cocção com 10% de amido
2. Cocção com 10% de amido, 5% de vinagre.
3. Cocção com 10% de amido, 10% de açúcar
4. Cocção com 10% de amido, 5% de óleo
• Avaliação
Comparar o tempo de cocção e consistência das preparações em
função do tipo de amido e ingredientes.
Experimento 4
• Objetivo
Avaliar a qualidade sensorial do pão com diferentes
ingredientes.
• Material
Farinha de trigo, sal, água, fermento biológico, leite, margarina
e açúcar.
• Método
1. Misturar os ingredientes: sal (1%), água (qs), farinha de
trigo (200g), agente de crescimento (segundo o rótulo);
amassar, deixar em repouso por 1 hora; sovar a cada 15
minutos; assar em forno pré- aquecido.
N
a culinária alguns ingredientes são utilizados para agregar
sabor ou aroma aos alimentos e bebidas, estes são
conhecidos como ervas e especiarias, cuja distinção
clássica reside no fato de que os constituintes do segundo grupo são
desprovidos de clorofila. São produtos constituídos de partes de
uma ou mais espécies vegetais, não tendo a maioria qualquer valor
nutritivo em função da pequena quantidade utilizada.
Genericamente são chamadas de temperos nas receitas doces ou
salgadas (Quadro 36). Pelo seu emprego como aromatizantes de
licores destacam-se: Absinto, Anisette (Anis), Kummel (cominho e
erva-doce), Pernod (anis) e o Ouzo (anis).
Algumas espécies e seus subprodutos como óleos
essenciais, extratos e composto químico isolado, além do aroma e
sabor pronunciados, possuem propriedades inibitórias do
crescimento de microrganismos (a exemplo do louro, cravo,
manjericão, manjerona, alecrim, sálvia, coentro, canela, menta,
pimentas) e também antioxidantes (a exemplo do coentro,
orégano). Os componentes químicos responsáveis por estas
propriedades são álcoois, aldeídos, ésteres, terpenos, fenóis, ácidos
orgânicos e outros ainda não identificados.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
SITES CONSULTADOS
http://www.abic.com.br
http://www.anvisa.gov.br
http://www.ciadaescola.com.br
http://www.gastronomiabrasil.com
http://www.nutrinews.com.br
http://www.professores.unisanta.br
http://www.qmc.ufsc.br