Aula 06 - Motores de Corrente Contínua
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𝑃𝐴 = 𝑅𝐴 𝐼𝐴 2
2 𝑃𝐶𝑂𝐵𝑅𝐸 = 𝑃𝐴 + 𝑃𝐹
𝑃𝐹 = 𝑅𝐹 𝐼𝐹
𝑃𝑄𝐸 = 𝑉𝑄𝐸 𝐼𝐴
3 - Perdas no núcleo
4 - Perdas mecânicas
• Perdas por ventilação, causadas pelo atrito entre as partes móveis da máquina e o ar
contido dentro do motor
5 - Perdas suplementares
Rendimento da máquina
Interpolo
Enrolamentos do campo série
Enrolamentos do campo shunt
Culatra do estator
Enrolamentos de compensação
Enrolamentos de armadura
Rotor
Polo do estator
Eixo
SIMULAÇÃO DE UM MOTOR CC COM ELEMENTOS FINITOS
Resultados para operação com carga nominal Resultados para operação sem carga (a vazio)
SIMULAÇÃO DE UM MOTOR CC COM ELEMENTOS FINITOS
CIRCUITO EQUIVALENTE DE UM MOTOR CC
𝐸𝐴 = 𝐾𝜙𝜔𝑚 ⇒ 𝐸𝐴 ∝ 𝜙
ℱ = 𝑁𝐹 𝐼𝐹 ⇒ 𝐼𝐹 ∝ ℱ
TIPOS DE MOTORES CC
𝑉𝐹 𝑉𝑇 = 𝐸𝐴 + 𝑅𝐴 𝐼𝐴
𝐼𝐹 =
𝑅𝐹
𝐼𝐿 = 𝐼𝐴
MOTOR CC EM DERIVAÇÃO (SHUNT)
𝑉𝑇 𝑉𝑇 = 𝐸𝐴 + 𝑅𝐴 𝐼𝐴
𝐼𝐹 =
𝑅𝐹
𝐼𝐿 = 𝐼𝐴 + 𝐼𝐹
CARACTERÍSTICA DE TERMINAL DO MOTOR CC EM DERIVAÇÃO
𝑇𝑖𝑛𝑑 aumenta até se igualar ao conjugado da carga 𝑇𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 , em uma velocidade mais baixa
𝜔𝑚 ′ < 𝜔𝑚
𝑉𝑇 = 𝐸𝐴 + 𝑅𝐴 𝐼𝐴
𝑇𝑖𝑛𝑑
𝑉𝑇 = 𝐾𝜙𝜔𝑚 + 𝑅𝐴
𝐾𝜙
Isolando 𝜔𝑚 , temos:
𝑉𝑇 𝑅𝐴
𝜔𝑚 = − 𝑇
2 𝑖𝑛𝑑
𝐾𝜙 𝐾𝜙
𝑉𝑇 250
𝐼𝐴 = 𝐼𝐿 − 𝐼𝐹 = 𝐼𝐿 − = 100 − = 95 𝐴
𝑅𝐹 50
𝐸𝐴 = 𝑉𝑇 − 𝑅𝐴 𝐼𝐴 = 250 − 0,06 × 95 = 244,3 𝑉
𝐸𝐴2 244,3
𝑛𝑚2 = 𝑛𝑚1 = × 1200 = 1173 𝑟𝑝𝑚
𝐸𝐴1 250
CARACTERÍSTICA DE TERMINAL - EXEMPLO 1
𝑉𝑇 250
𝐼𝐴 = 𝐼𝐿 − 𝐼𝐹 = 𝐼𝐿 − = 200 − = 195 𝐴 238,3
𝑅𝐹 50 𝑛𝑚2 = × 1200 = 1144 𝑟𝑝𝑚
250
𝐸𝐴 = 𝑉𝑇 − 𝑅𝐴 𝐼𝐴 = 250 − 0,06 × 195 = 238,3 𝑉
𝑉𝑇 250
𝐼𝐴 = 𝐼𝐿 − 𝐼𝐹 = 𝐼𝐿 − = 300 − = 295 𝐴 232,3
𝑅𝐹 50 𝑛𝑚2 = × 1200 = 1115 𝑟𝑝𝑚
250
𝐸𝐴 = 𝑉𝑇 − 𝑅𝐴 𝐼𝐴 = 250 − 0,06 × 295 = 232,3 𝑉
CARACTERÍSTICA DE TERMINAL - EXEMPLO 1
𝐸𝐴 𝐼𝐴 𝐸𝐴 𝐼𝐴
𝑃𝑐𝑜𝑛𝑣 = 𝐸𝐴 𝐼𝐴 = 𝑇𝑖𝑛𝑑 𝜔𝑚 ⇒ 𝑇𝑖𝑛𝑑 = =
𝜔𝑚 2𝜋
𝑛
60 𝑚
244,3 × 95
𝑇𝑖𝑛𝑑−100𝐴 = = 190 𝑁. 𝑚
2𝜋
× 1173
60
238,3 × 195
𝑇𝑖𝑛𝑑−200𝐴 = = 388 𝑁. 𝑚
2𝜋
× 1144
60
232,3 × 295
𝑇𝑖𝑛𝑑−300𝐴 = = 587 𝑁. 𝑚
2𝜋
× 1115
60
ANÁLISE NÃO LINEAR DO MOTOR CC EM DERIVAÇÃO
1. O fluxo 𝜙 e a tensão interna gerada 𝐸𝐴 são funções não lineares da força magnetomotriz ℱ.
2. Alterações em ℱ provoca efeitos não lineares em 𝜙 e 𝐸𝐴 .
ℱ𝑙í𝑞 = 𝑁𝐹 𝐼𝐹 − ℱ𝑅𝐴
ℱ𝑙í𝑞 = Força magnetomotriz total (líquida)
𝑁𝐹 𝐼𝐹 = Força magnetomotriz gerada pela corrente de campo
ℱ𝑅𝐴 = Força magnetomotriz originária da reação de armadura
Como a curva de magnetização da máquina é normalmente expressa com 𝐸𝐴 em função da
∗
corrente de campo, define-se uma corrente de campo equivalente 𝐼𝐹 :
𝑉𝑇 250
𝐼𝐴 = 𝐼𝐿 − 𝐼𝐹 = 𝐼𝐿 − = 200 − = 200 − 5 = 195 𝐴
𝑅𝐹 50
𝐸𝐴 = 𝑉𝑇 − 𝑅𝐴 𝐼𝐴 = 250 − 0,06 × 195 = 238,3 𝑉
Para 𝐼𝐿 = 200 A, a força magnetomotriz gerada pela reação de armadura é ℱ𝑅𝐴 = 840 A•e, logo:
∗ ℱ𝑅𝐴 840
𝐼𝐹 = 𝐼𝐹 − =5− = 4,3 𝐴 (corrente de campo efetiva)
𝑁𝐹 1200
De acordo com a curva de magnetização do motor, essa corrente efetiva produz uma tensão
interna 𝐸𝐴0 = 233 V para uma velocidade de 1200 rpm. Portanto:
𝐸𝐴 238,3
𝑛𝑚 = 𝑛𝑚0 = × 1200 = 1227 𝑟𝑝𝑚
𝐸𝐴0 233
CARACTERÍSTICA DE TERMINAL - EXEMPLO 2
b) Como essa velocidade pode ser comparada com a do motor anterior (Exemplo 1) para
uma corrente de carga de 200 A?
No exemplo 1, a velocidade do motor era de 1144 rpm para uma corrente de entrada de 200 A.
Neste exemplo 2, a velocidade do motor é de 1227 rpm para o mesmo valor de corrente.
Métodos:
𝑉𝑇
𝐼𝐹 ↓ = (corrente de campo diminui) ⇒ 𝜙 ↓ (fluxo gerado diminui)
𝑅𝐹 ↑
𝑇𝑖𝑛𝑑 ? = 𝐾 (𝜙 ↓)(𝐼𝐴 ↑)
MÉTODO 1 - AJUSTE DA RESISTÊNCIA DE CAMPO
❑ Exemplo numérico
𝐸𝐴 ↓ = 𝐾𝜙 ↓ 𝜔𝑚 ⇒ 𝐸𝐴2 = 0,99𝐸𝐴1
𝑉𝑇 − 𝐸𝐴 ↑
𝐸𝐴 ↑ ⇒ redução da corrente de armadura 𝐼𝐴 ↓ =
𝑅𝐴
𝜔𝑚 ↑ ⇒ 𝐸𝐴 ↑ = 𝐾 𝜙 𝜔𝑚 ↑
𝑉𝑇 − 𝐸𝐴 ↑
𝐸𝐴 ↑ ⇒ 𝐼𝐴 ↓ =
𝑅𝐴
𝐼𝐴 ↓ ⇒ 𝑇𝑖𝑛𝑑 ↓ = 𝐾 𝜙 𝐼𝐴 ↓
O conjugado induzido irá diminuir até
O que acontecerá com o motor se a tensão 𝑉𝐴 for
se igualar ao conjugado da carga e o
incrementada?
motor terminará operando em uma
𝑉𝐴 ↑ −𝐸𝐴 velocidade maior.
𝐼𝐴 ↑= (corrente de armadura aumenta)
𝑅𝐴 𝑇𝑖𝑛𝑑 = 𝑇𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 ⇒ 𝜔𝑚2 > 𝜔𝑚1
𝑇𝑖𝑛𝑑 ↑ = 𝐾 𝜙 𝐼𝐴 ↑ (conjugado induzido aumenta)
MÉTODO 2 - AJUSTE DA TENSÃO DE ARMADURA
𝑉𝑇 𝑅𝐴
𝜔𝑚 = − 𝑇
2 𝑖𝑛𝑑
𝐾𝜙 𝐾𝜙
𝑅𝐴 ′ = 𝑅𝐴 + 𝑅𝑠
𝑉𝑇 𝑅𝐴 ′
𝜔𝑚 ′ = − 2
𝑇𝑖𝑛𝑑
𝐾𝜙 𝐾𝜙
O aumento de 𝑅𝐴 para 𝑅𝐴′ provoca uma
alteração na inclinação da reta da
característica de terminal de velocidade
do motor versus conjugado.
OBS: Este método de controle de velocidade não é muito comum porque as perdas no resistor
em série são elevadas.
LIMITES DE POTÊNCIA E CONJUGADO
𝜙 = 𝑐𝐼𝐴
𝑐 = constante de proporcionalidade
𝑇𝑖𝑛𝑑 = 𝐾𝜙𝐼𝐴
𝑇𝑖𝑛𝑑 = 𝐾𝑐𝐼𝐴 2
Como o conjugado é proporcional ao
𝐼𝐴 = 𝐼𝑆 = 𝐼𝐿 quadrado da corrente, o motor série
fornece mais conjugado por ampère
𝑉𝑇 = 𝐸𝐴 + (𝑅𝐴 + 𝑅𝑆 )𝐼𝐴
do que os demais motores CC.
Por isso, o motor CC série costuma ser
bastante utilizado em aplicações que
requerem conjugados mais elevados.
CARACTERÍSTICA DE TERMINAL DO MOTOR CC SÉRIE
2 𝑇𝑖𝑛𝑑 𝑐 𝑇𝑖𝑛𝑑
𝑇𝑖𝑛𝑑 = 𝐾𝑐𝐼𝐴 ⇒ 𝐼𝐴 = 𝑉𝑇 = 𝐾 𝑇𝑖𝑛𝑑 𝜔𝑚 + (𝑅𝐴 + 𝑅𝑆 )
𝐾𝑐 𝐾 𝐾𝑐
𝑉𝑇 = 𝐸𝐴 + (𝑅𝐴 + 𝑅𝑆 )𝐼𝐴 𝑅𝐴 + 𝑅𝑆
𝐾𝑐 𝑇𝑖𝑛𝑑 𝜔𝑚 = 𝑉𝑇 − 𝑇𝑖𝑛𝑑
𝑇𝑖𝑛𝑑 𝐾𝑐
𝑉𝑇 = 𝐾𝜙𝜔𝑚 + (𝑅𝐴 + 𝑅𝑆 )
𝐾𝑐 𝑉𝑇 1 𝑅𝐴 + 𝑅𝑆
𝜙 𝐾 2 𝜔𝑚 = −
𝐼𝐴 = ⇒ 𝑇𝑖𝑛𝑑 = 𝜙 𝐾𝑐 𝑇𝑖𝑛𝑑 𝐾𝑐
𝑐 𝑐
𝑐 OBS. 1: A velocidade do motor CC série varia
𝜙= 𝑇𝑖𝑛𝑑 com o inverso da raiz quadrada do conjugado.
𝐾 OBS. 2: Nunca deve-se deixar o motor CC série
operar sem carga, pois quando o conjugado vai
a zero, sua velocidade vai para infinito.
CARACTERÍSTICA DE TERMINAL DO MOTOR CC SÉRIE
ANÁLISE NÃO LINEAR DO MOTOR CC SÉRIE - EXEMPLO
𝐸𝐴 246
𝑛𝑚 = 𝑛𝑚0 = × 1200 = 3690 𝑟𝑝𝑚
𝐸𝐴0 80
𝐸𝐴 𝐼𝐴 𝐸𝐴 𝐼𝐴 246 × 50
𝑃𝑐𝑜𝑛𝑣 = 𝐸𝐴 𝐼𝐴 = 𝑇𝑖𝑛𝑑 𝜔𝑚 ⇒ 𝑇𝑖𝑛𝑑 = = = = 31,8 𝑁. 𝑚
𝜔𝑚 2𝜋 2𝜋
𝑛𝑚 × 3690
60 60
ANÁLISE NÃO LINEAR DO MOTOR CC SÉRIE - EXEMPLO
𝑉𝑇 ↑ 1 𝑅𝐴 + 𝑅𝑆
𝜔𝑚 ↑ = − (um aumento em 𝑉𝑇 gera um aumento em 𝜔𝑚 )
𝐾𝑐 𝑇𝑖𝑛𝑑 𝐾𝑐
𝑉𝑇 = 𝐸𝐴 + (𝑅𝐴 + 𝑅𝑆 )𝐼𝐴 ℱ𝑙í𝑞 = ℱ𝐹 ± ℱ𝑆𝐸 − ℱ𝑅𝐴 OBS: Usar sinal positivo quando o
motor for composto cumulativo e
𝐼𝐴 = 𝐼𝐿 − 𝐼𝐹 ∗ 𝑁𝑆𝐸 ℱ𝑅𝐴 sinal negativo quando o motor for
𝐼𝐹 = 𝐼𝐹 ± 𝐼𝐴 −
𝑉𝑇 𝑁𝐹 𝑁𝐹 composto diferencial.
𝐼𝐹 =
𝑅𝐹
CARACTERÍSTICA DE TERMINAL DO MOTOR CC COMPOSTO CUMULATIVO
No motor CC composto cumulativo (ou aditivo), há uma componente de fluxo que é constante
e outra que é proporcional à sua corrente de armadura (e portanto à sua carga). Dessa forma,
o motor composto cumulativo tem um conjugado de partida mais elevado do que um
motor em derivação (cujo fluxo é constante), mas um conjugado de partida mais baixo do
que o de um motor série (cujo fluxo inteiro é proporcional à corrente de armadura).
CARACTERÍSTICA DE TERMINAL DO MOTOR CC COMPOSTO DIFERENCIAL
𝐼𝐴 = 0 𝐴 ⇒ 𝐸𝐴 = 𝑉𝑇 = 250 𝑉
Analisando a curva de magnetização, para produzir essa tensão de 250 V na velocidade
de 1200 rpm, a corrente de campo será:
𝐼𝐹 = 5 𝐴
b) Se o motor for composto cumulativo, qual será sua velocidade quando 𝐼𝐴 = 200 A.
∗ 𝑁𝑆𝐸 ℱ𝑅𝐴 3 0
𝐼𝐹 = 𝐼𝐹 + 𝐼𝐴 − =5+ × 200 − = 5,6 𝐴
𝑁𝐹 𝑁𝐹 1000 1000
ANÁLISE NÃO LINEAR DO MOTOR CC COMPOSTO - EXEMPLO
c) Se o motor for composto diferencial, qual será sua velocidade quando 𝐼𝐴 = 200 A.
∗ 𝑁𝑆𝐸 ℱ𝑅𝐴 3 0
𝐼𝐹 = 𝐼𝐹 − 𝐼𝐴 − =5− × 200 − = 4,4 𝐴
𝑁𝐹 𝑁𝐹 1000 1000
𝐼𝐹 ∗ = 4,4 𝐴 ⇒ 𝐸𝐴0 = 236 𝑉 (pela curva de magnetização, para 1200 rpm)
𝐸𝐴 242
𝑛𝑚 = 𝑛𝑚0 = × 1200 = 1230 𝑟𝑝𝑚
𝐸𝐴0 236
OBS: A velocidade do motor CC composto cumulativo diminui com a carga, ao passo
que a velocidade do motor CC composto diferencial aumenta com a carga.
CONTROLE DE VELOCIDADE DO MOTOR CC COMPOSTO CUMULATIVO
Circuito equivalente
Como o fluxo 𝜙 é fixo pelos ímãs
permanentes (não pode ser alterado):
𝐸𝐴 = 𝐾𝜙𝜔𝑚 = 𝐾𝑚 𝜔𝑚
𝑇𝑖𝑛𝑑 = 𝐾𝜙𝐼𝐴 = 𝐾𝑚 𝐼𝐴
Em que: 𝐾𝑚 = 𝐾𝜙
MOTOR CC DE ÍMÃ PERMANENTE
Vantagens:
Desvantagens: