Relatório Final - Matheus Lima

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE

DO NORTE – IFRN
CAMPUS MOSSORÓ
CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM MECÂNICA

MATHEUS VINICIUS LIMA DE OLIVEIRA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

MOSSORÓ/RN
SETEMBRO/2020
MATHEUS VINICIUS LIMA DE OLIVERIA
MATRÍCULA 20181022020010

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Relatório apresentado ao Instituto Federal de


Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do
Norte, Campus Mossoró, como requisito para
conclusão do Curso Técnico em Mecânica na
modalidade integrado, conforme regulamento da
Instituição.

Orientador: Profo Me. Felipe Bento de


Albuquerque

MOSSORÓ/RN
SETEMBRO/2020
RESUMO

Este relatório descreve o período de estágio curricular não-obrigatório, requisitado pelo


Instituto Federal do Rio Grande do Norte, para cessão da certificação de conclusão do ensino
médio integrado ao curso técnico em mecânica. Refere-se, assim, a um estágio técnico
supervisionado, concedido pela empresa Haifa Construções e Comercio Eireli, tendo como
objetivo a obtenção de experiência profissional, através da realização e auxílio técnico em
atividades da empresa, como realização de manutenções e construções de motores, elaboração
de projetos e conservação da oficina. O relatório descreve o cotidiano do discente no decorrer
do processo de estágio e justifica cada atividade realizada. Sob orientação do supervisor de
estágio e do professor orientador, objetiva-se uma vivência prática que introduza o discente no
ambiente profissional e permita a aplicação de dados teóricos em técnicas concretas.

Palavras-chave: Experiência Profissional; Máquinas; Ambiente de trabalho.


Sumário

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 5

2. DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................... 6

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ....................................................................... 6

2.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .......................................... 8

2.2.1 REPARO EM MOTORES INDUSTRIAIS ......................................................... 8

2.2.2 FICHA TÉCNICA ................................................................................................ 9

2.2.3 TROCA DE ROLAMENTO (ENCAIXE POR PRESSÃO TÉRMICA) ............. 9

2.2.4 SOLDA ELÉTRICA .......................................................................................... 11

2.2.5 SOLDA DE OXIGÊNIO .................................................................................... 12

2.2.6 LIMPEZA E ABERTURA DE TRANSFORMADORES ................................. 12

2.2.7 REBOBINAGEM DE MOTORES ELÉTRICOS .............................................. 14

3. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 19

4. REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 20
1. INTRODUÇÃO

O estágio é um processo de aprendizagem, é uma transição entre a teoria e a prática que


proporciona ao estudante o complemento do aprendizado, uma vez que relaciona o
conhecimento adquirido durante o curso Técnico Integrado em Mecânica com a prática
cotidiana na empresa. Verifica-se, assim, na prática a teoria estudada no que se refere a medição
de instrumentos mecânicos, manutenção de equipamentos, bem como aperfeiçoar o
conhecimento básico sobre operação desses equipamentos por meio de tarefas práticas de
instalação, conserto e regulagem dessas máquinas.
O presente relatório documenta atividades realizadas na oficina da empresa Haifa
Construções e Comercio Eireli, relativo à prática profissional. Durante a realização dessas
atividades foi presenciado pelo discente os conteúdos acadêmicos de forma prática,
propiciando, desta forma, a aquisição de conhecimentos e atitudes relacionadas com a área do
curso e do mercado dela. Além disso, permitiu reter melhor o conhecimento sobre a profissão,
através da experiência adquirida durante o estágio, solidificando, dessa forma, o processo
educativo que fora realizado durante o curso, assegurando a preparação de um profissional para
o mercado de trabalho.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

Criada em 2016 pelo atual CEO da empresa, Duylio Maxmiliano Maia Leite, a Haifa
Construções e Comercio Eireli foi um projeto iniciado com a prestação de serviços de forma
autônoma, com um “know-how” bastante diversificado em vários segmentos, além da atuação
em grandes empresas e indústrias nacionais e multinacionais. A construção desse sonho teve
início em 1991, através de desenhos técnicos, topografia na área de projetos rurais e
levantamentos. No ano de 2016, Duylio Maia junto com os seus associados juntaram-se para
construir a Haifa Construções e Comercio Eireli, agregando, então, mais conhecimento e
experiência a esse projeto.
Atualmente, a Haifa é uma empresa focada na gestão de projetos e execução para
construção e montagem eletromecânica. De origem brasileira, ela sedia-se na cidade de
Mossoró, no Rio Grande do Norte – RN, visando ser referência regional no seu segmento de
atuação e na preservação do meio ambiente, tendo a preferência dos clientes e colaboradores.
A empresa foi desenvolvida com o objetivo de inovar soluções com excelência na
elaboração para projetos de energia elétrica, gestão de obras, construção e montagem
eletromecânica. Tem como principais focos o cumprimento de prazos, a qualidade do serviço e
o controle de custos.
Por possuir corpo técnico e diretoria com mais de 25 anos de experiência, atividades
diversificadas, estrutura sólida e atuação nos setores de Construção, Engenharia e Projetos, a
Haifa chega ao mercado atual com ideias inovadoras, baseadas em preceitos sólidos de
eficiência, eficácia e sustentabilidade, que buscam atender a sua demanda sempre com
satisfação e qualidade.

Figura 01 – Haifa Construções e Comercio Eireli

Fonte: Dados do autor, 2020.


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A oficina de reparo e construções de motores - representado nas figuras 2 e 3 - é uma
das dependências da Haifa Construções, nesta se deu a prática profissional documentada neste
relatório. No local descrito, foi realizado o estudo prático de vários motores, bem como a
manutenção, fabricação e restauração deles.

Figura 02 – Oficina de reparo e construções de motores

Fonte: Dados do autor, 2020.

Figura 03 – Oficina de reparo e construções de motores

Fonte: Dados do autor, 2020.

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2.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

2.2.1 REPARO EM MOTORES INDUSTRIAIS

Figura 04 – Reparo em Motor industrial

Fonte: Dados do autor, 2020.

Durante o estágio foi possível presenciar e executar várias manutenções preventivas


e/ou corretivas em motores provenientes da indústria local. Destacavam-se aqueles provindos
da indústria salineira regional, pois, devido ao seu alto estado corrosivo, demandavam maior
trabalho e cuidado na realização do reparo. Esse processo é bastante demorado e delicado,
porém se for feito com as ferramentas e com a técnica correta o risco de haver algum problema
durante o processo diminui. De início, se realiza os testes no equipamento que chegou
apresentando falhas. É importante destacar que essa atividade, como qualquer outra dentro da
oficina, é necessário a utilização dos equipamentos de proteção individual – EPI´s –, por
exemplo nessa ocasião, que foi usado a luva e as botas.
Dessa maneira, uma das características que podem indicar a necessidade de reparo é
quando o motor apresenta falhas na sua rotação, falta de potência, ruído metálico ou mesmo
não dispara, o que vai indicar um possível problema elétrico, sendo necessário, após a
verificação no multímetro, a rebobinagem do motor.
Ao se comprovar esses problemas, o motor será desmontado, limpo e se iniciará o
processo de reparo. Em geral, é preciso somente a rebobinagem do motor, dessa forma, ele será
desmontado, limpo e assim se iniciará o processo. Depois ele é montado, limpo novamente e

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acontecerá a sua lubrificação. Por fim, será necessário somente fazer o teste final e observar se
o motor continua a apresentar falhas.

2.2.2 FICHA TÉCNICA

O aluno estagiário ficou responsável por preencher a ficha técnica de manutenção do


motor. Nela, o aluno estagiário e o supervisor do estágio, colocaram as principais informações
do equipamento, como sua potência, tipo de ligação, fabricante, empresa proprietário do motor,
os defeitos que ele apresentava e o material que seria utilizado para o seu reparo. Essa ficha era
enviada para o setor administrativo da empresa para, assim, efetuar o orçamento que será
entregue ao cliente.
Na ficha apresentava os principais defeitos, dessa forma era possível que o setor
administrativo orçasse o serviço. Ele é orçado verificando os seguintes problemas:
• Calota: se está amassado ou quebrada;
• Ventoinha: se está quebrada;
• Tampas: se estão quebradas ou tem a necessidade de serem embuchadas no local onde
vão os rolamentos;
• Rolamentos: se estão com folga ou travadas;
• Eixo: gasto no lugar no lugar onde vai os rolamentos ou inclinado.
• Induzido: se estiver rompido;
• Bobinagem: se realmente estiver queimado;
• Mão de obra e tempo gasto para a desmontagem e montagem do motor.

2.2.3 TROCA DE ROLAMENTO (ENCAIXE POR PRESSÃO TÉRMICA)

Com certeza o rolamento é uma das principais peças de máquinas industriais, seu uso
acaba sendo obrigatório, ele assegura o desempenho correto trabalhando em cima para ter a
maior eficiência possível. A mudança de rolamentos é a principal parte do cuidado com
equipamentos industriais, dando visão que eles são peças que tem seu desgaste ao longo do
tempo. Claramente, além disso, há pessoas que tem seus problemas em suas máquinas por causa
de erros na hora da montagem também a falta de manutenção. A presença de sujeira, um longo
tempo de produção e excesso de carga são uns dos fatores que, somados a ausência de alguns
processos preventivos, tem a sua contribuição para a deterioração do rolamento.

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Na oficina foi presenciado vários motores que necessitavam da troca do rolamento, eles
apresentavam, em geral, a emissão de barulhos mais altos que o usual, sendo assim, por isso,
identificado rapidamente que o rolamento presente na máquina estava desgastado. O processo
da troca se inicia com o extrator de rolamento externo, conhecido também como saca, ele é
acoplado ao rolamento e, com o auxílio de uma chave L, é rosqueado até pressionar o rolamento
e forçar a sua saída. Após retirada da peça desgastada é hora de iniciar o trabalho para colocar
o novo rolamento no eixo.

Figura 05 – Aquecedor Indutivo

Fonte: Dados do autor, 2020.

Há diversas técnicas de montagem, desde uma montagem totalmente manual,


montagens hidráulicas ou até por expansão/resfriamento térmico. O mais usado durante o
estágio foi o encaixe por expansão térmica. Nesse processo foi usado o aquecedor indutivo,
representado na figura 05, para que o rolamento seja aquecido até que o diâmetro do furo fique
maior que o diâmetro do eixo. Assim o rolamento é facilmente deslizado pelo eixo, até a posição
desejada. Com o resfriamento da peça, o rolamento fixa-se firmemente no eixo. Este método
pode ser o mais adequado para rolamento de grande porte. É importante lembrar que é
imprescindível a lubrificação, caso não seja feita teremos sérios problemas. Por fim, vale
ressaltar que jamais se deve esquentar o rolamento com fogo, pois, obviamente, irá danificá-lo.

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Figura 06 – Rolamento desgastado

Fonte: Dados do autor, 2020.

2.2.4 SOLDA ELÉTRICA

Foram presenciadas várias ocasiões em que a solda elétrica foi bastante necessária. Em
geral, usava-se quando o motor chegava com alguma avaria, geralmente as máquinas que
necessitavam desse processo eram as provindas das indústrias salineiras devido ao seu alto
estado de corrosão. Sempre era importante verificar os equipamentos de proteção individual –
EPIs –, certificando sempre se estavam em perfeitas condições de uso. Para este trabalho, os
EPIs necessários são os seguintes: Máscara de solda com lente de proteção; óculos de proteção;
abafador de ruído ou protetor auricular; botas com solado isolante; avental; mangotes;
perneiras; luvas em couro.
Outro ponto importante é a proibição do uso de qualquer acessório no corpo. O uso
desses objetos pode render uma queimadura ao trabalhador caso aconteça uma descarga de
corrente provocada pela máquina de solda.
Por fim, era instalado um inibidor de corrente antes de iniciar o processo de soldagem,
para evitar danos em componentes elétricos e eletrônicos da máquina. Para facilitar a abertura
do arco elétrico era eliminado toda tinta ou ferrugem, já que ele é mais difícil abrir em
superfícies sujas e pela perda de resistência da solda em superfícies contaminadas.

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2.2.5 SOLDA DE OXIGÊNIO

Como já citado no item anterior, o uso do equipamento de proteção individual – EPIs –


é indispensável em qualquer processo de soldagem.
Durante o estágio presenciei bastante o uso da solda de oxigênio, muitas vezes utilizada
para alguma parte da lataria do motor que sofreu avaria ou até está em alto estado de corrosão,
nesse último caso substitui o material oxidado e depois aplica a solda oxigênio/acetileno, em
seguida é passado a lixa para fazer o acabamento da solda e tirar suas rebarbas.
Esse tipo de solda é feito por meio da fusão ou erosão de materiais metálicos que ocorre
por meio de uma chama proveniente da queima de uma mistura de gases. Os gases comumente
utilizados nessa solda são o oxigênio e o acetileno, os principais equipamentos são o maçarico,
os cilindros de oxigênio e as mangueiras.
É necessário que a área esteja livre de impurezas, caso contrário haverá dificuldade para
estabilização do arco elétrico, comprometendo a solda.

Figura 07 – Solda de oxigênio

Fonte: Dados do autor, 2020.

2.2.6 LIMPEZA E ABERTURA DE TRANSFORMADORES

Essa tarefa foi a única realizada fora da oficina, tive que me deslocar para outro setor
durante esse tempo, pois estava faltando mão de obra naquele local e o supervisor me orientou
a ajudar nesse serviço. Foi um trabalho simples, porém muito delicado.

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A abertura do transformador inicia-se com a retirada dos conectores de alta tensão e em
seguida as presilhas que prendem a tampa principal, retirando a mesma.
Com a utilização de uma bomba (ou sistema similar), retira-se o óleo contido no tanque
do transformador, vaziando-o em tambores, os quais são encaminhados posteriormente para
regeneração.
Em seguida retiram-se os terminais de BT e os parafusos que prendem a parte ativa no
tanque e com o auxílio de uma talha, retira-se a parte ativa do interior do tanque. Procede-se
então a identificação do mesmo com os dados de placa através de etiqueta.
Depois é só realizar a limpeza do tanque, tampas, isoladores e terminais de AT e BT.
Por último realiza a desmontagem da parte ativa, no qual observa-se na etiqueta qual a
fase que foi orçada para que se iniciem os reparos.
Inicia-se a desmontagem, soltando-se os prisioneiros que prendem o chassi superior, em
seguida retira-se o mesmo.
Retiram-se as chapas de aço de silício da culatra superior, de forma a não os danificar,
retirando-se as bobinas de AT e BT a serem feitas.
Realizando a desmontagem, é feito à coleta, por meio de um micrômetro, de dados do
diâmetro externo, altura e o número de espiras de BT, diâmetro interno e altura da bobina de
AT, para que sejam calculados os dados de bobinagem, procurando manter o mais próximo do
original.
Por fim, com o auxílio de produtos desengraxastes, pulveriza-se a parte ativa,
procurando obter uma boa limpeza.

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Figura 08 – limpeza e abertura de transformadores

Fonte: Dados do autor, 2020.

2.2.7 REBOBINAGEM DE MOTORES ELÉTRICOS

Essa atividade não estava no plano, mas o supervisor de estágio achou essencial que
fosse feita, uma vez que era um serviço muito demandado na empresa e contribuiria para o meu
conhecimento. De início, foi sentido um pouco de dificuldade, mas durou pouco, logo viu-se
preparado para tal função.
Primeiramente, o motor é testado com o multímetro para confirmar o curto circuito entre
as espiras. Já confirmado o curto, inicia-se a coleta de dados do motor. Ela é realizada na placa
de identificação, onde são encontradas as informações como: CV, RPM, polos tensão, modelo
e marca.
Posteriormente, será coletado o número de espiras, bobinas, jogos, passe, o esquema de
ligações, as camadas de bobinas se forem simples, duplas ou mistas e a bitola do condutor de
cobre. Para identificar a bitola do fio é utilizado o micrômetro. Depois, após o supervisor me

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fornecer a tabela de equivalência, é realizada a conversão de milímetros para AWG –
representado na figura 08 –.
Figura 09 – Tabela de equivalência

Fonte: https://document.onl/documents/tabela-de-equivalencia-de-cabos-eletricos-de-mm-para-awg.html

Após a retirada de todos os dados é realizado a retirada da bobinagem do motor


utilizando martelo e talhadeira, tendo sempre o cuidado para não danificar as ranhuras. Corta-
se o lado onde existem ligações, para na hora de colocar as bombinhas saber o local exato da
saída dos cabos.
Já sem fiação é realizada a limpeza das ranhuras tirando o isolante derretido ou outro
tipo de sujeira, deixando o mais limpo possível, para na hora de colocar as bobinas ter maior
facilidade.

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Figura 10 – Limpeza dos motores

Fonte: Dados do autor, 2020.

Figura 11 – Bobinas sendo cortadas

Fonte: Dados do autor, 2020.

Em seguida, com o estator totalmente limpo será iniciada a isolação das ranhuras com
poliéster. As ranhuras têm que ser totalmente preenchidas com o material isolante para não
haver riscos de choque, fugas de corrente do condutor com a carcaça e para ser igual ou
semelhante à da fábrica.

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Com os dados descritos no 3º parágrafo se faz a confecção de um molde, então, coloca-
se esse molde no eixo do equipamento – bobinadeira – e aperta-se de forma que fique presa,
garantindo que a bobina não se solte. Para iniciar a bobinagem, zera-se a conta giro e observa-
se o sentido do enrolamento, visando manter a polaridade. Mantém-se o fio bem tencionado
para que a bobina tenha boa resistência mecânica.

Figura 12 – Bobinadeira

Fonte: Dados do autor, 2020.


Após ser feito um jogo de bobinas é iniciada a colocação dentro do estator para ver se o
tamanho dela ficou ideal, se estiver certa será feita todas as outras.
As bobinas são colocadas manualmente com o auxílio de uma espátula, tomando todo o
cuidado devido para não raspar o esmalte que existe no condutor.
Ao término da colocação de cada bobina, deverá ser colocado o isolante final para
fixação dela. Logo após ter colocadas todas as bobinas, será iniciada a isolação entre elas com
papel pressphan. A isolação entre bobinas ajuda na proteção contra curtos circuitos entre fase,
umidade na fiação e contra falhas no condutor de cobre. Após a realização do isolamento das
bobinas, deve-se amarrar com barbante, para dar maior firmeza no bobinado, pois um fio solto
pode encostar-se à carcaça possibilitando a fuga de corrente ou gerando curto entre as bobinas.
Depois de isoladas, são iniciadas as ligações dos terminais das bobinas, verificando a
tensão, polos e modelos como: em série ou paralelos.
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O verniz utilizado é específico de alta temperatura utilizada para motores e tem várias
finalidades como: tornar o bobinado mais sólido, proteger o bobinado contra umidade e garantir
um perfeito isolamento.
Após o envernizamento o estator é levado para a estufa de secagem, onde ele fica lá por
um período de secagem que varia conforme seu tamanho de carcaça.
Por fim, deverá ser feito a montagem do motor e inicia o período de testes. O
procedimento é iniciado com o rotor livre, é testada a corrente das três fases com o amperímetro.
Em seguida, é visto se existe fuga de corrente na carcaça. Se nos testes der tudo positivo, o
motor estará pronto.

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3. CONCLUSÃO

Diferentemente de um emprego comum, o estágio é uma oportunidade de aprendizado


prático e desenvolvimento das competências teóricas vistas em sala de aula, desse modo, a
realização dessa prática possibilitou ampliar os conhecimentos adquiridos durante o curso de
forma sólida, obtendo resultado que validaram todos os conceitos mecânicos da parte didática.
O aluno estagiário teve a oportunidade de desenvolver vários procedimentos. Algumas
atividades não haviam tido contato anteriormente, porém foi buscado o conhecimento com os
profissionais ali presente e otimizado o trabalho. As áreas de maior contato durante o período
do estágio foram os componentes mecânicos, solda e componentes elétricos. Nessas atividades
realizadas foi adquirido conhecimentos bastante aprofundados e detalhados, tais como as
ordens e nomes de tipos de ferramentas, Equipamentos de Proteção Individual – EPI –, tipos de
ligações elétricas, bobinagem e diferentes tipos de soldas, instrumentos tecnológicos de
medição e os desafios encontrados no dia-a-dia de um profissional técnico em mecânica em um
ambiente de trabalho.
Portanto, o estágio foi uma grande oportunidade de complementar e aperfeiçoar a
formação acadêmica, profissional e pessoal. Nele foi possível ter um contato direto com
mercado de trabalho, além de vivenciar o dia-a-dia na oficina e conhecer profissionais
experientes nessa área. Por fim, ratifico que o estágio foi altamente enriquecedor e permitiu um
grande desenvolvimento técnico-profissional.

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4. REFERÊNCIAS

BRAZIL DOCUMENT. Tabela de Equivalência de Cabos Elétricos de mm² para AWG.


Disponível em: <https://document.onl/documents/tabela-de-equivalencia-de-cabos-eletricos-
de-mm-para-awg.html>. Acesso em: 02/09/2020.

EDUCABRASIL. Dicas sobre como fazer o relatório de estágio. Disponível em:


<https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/noticias/dicas-sobre-como-fazer-o-relatorio-
de-estagio-da-faculdade>. Acesso em:02/09/2020.

CHAPMAN, J. Stephen. Fundamentos de Máquinas Elétricas. 5. Ed. Porto Alegre: AMGH,


2013. 700p. Acesso em: 03/09/2020.

OLIVEIRA, C. José. Transformadores: Teoria e Ensaios. 2. Ed. Rio de Janeiro, 2018. 188p.
Acesso em: 03/09/2020

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FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO

DADOS DO RELATÓRIO CIENTÍFICO

Título e subtítulo: Relatório de Estágio

Autor: Matheus Vinicius Lima de Oliveira

Orientador de Estágio: Felipe Bento de Albuquerque


Instituição e endereço completo: Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte-IFRN.
R. Raimundo Firmino de Oliveira, 400 - Conjunto Ulrick Graff, Mossoró - RN,
59628-330.
Supervisor de Campo: José Klauber Nobrega de Queiroz
Resumo: Este relatório descreve o período de estágio curricular não-obrigatório,
requisitado pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte, para cessão da
certificação de conclusão do ensino médio integrado ao curso técnico em
mecânica. Refere-se, assim, a um estágio técnico supervisionado, concedido pela
empresa Haifa Construções e Comercio Eireli, tendo como objetivo a obtenção de
experiência profissional, através da realização e auxílio técnico em atividades da
empresa, como realização de manutenções e construções de motores, elaboração
de projetos e conservação da oficina. O relatório descreve o cotidiano do discente
no decorrer do processo de estágio e justifica cada atividade realizada. Sob
orientação do supervisor de estágio e do professor orientador, objetiva-se uma
vivência prática que introduza o discente no ambiente profissional e permita a
aplicação de dados teóricos em técnicas concretas.
Palavras-chaves/descritores: Experiência Profissional; Máquinas; Ambiente de
trabalho.
Período de Execução

Início: 10/03/2020 Término: 10/09/2020

Jornada de trabalho: 4h/dia Horas semanais: 20h/semana

Total de horas:

Observações/ notas:

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FOLHA DE ASSINATURAS

Matheus Vinicius Lima de Oliveira


(Estagiário)

Felipe Bento de Albuquerque


(Professor Orientador)

José Klauber Nobrega de Queiroz


(Supervisor de Estágio)

“Declaro que são verdadeiras as informações prestadas neste relatório”.

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