Num Bairro Moderno - Analise
Num Bairro Moderno - Analise
Num Bairro Moderno - Analise
Orientação de leitura
Caracterização do bairro
- adjetivação expressiva;
- sinestesia – brancuras quentes;
- estrangeirismo de intenção irónica;
- metonímia;
- exclamação irónica.
“Eu descia, / Sem muita pressa, para o meu emprego.” (vs. 12 e 13)
Classe social em que se integra o “narrador”.
Atira um cobre lívido/ oxidado/ que vem bater nas faces duns alperces
- valor expressivo das metáforas:
- A moeda com a qual o criado , morador da cidade, paga à rapariga
é pálida e estragada (doente) em oposição às faces dos alperces
que sugerem cor, saúde. Poderemos então ver, no gesto do criado
que atira a moeda às faces dos alperces, um símbolo da relação
mercantil e, simultaneamente sobranceira que a cidade tem com o
campo. Apesar disso, é o campo que representa a saúde, enquanto
a cidade representa a doença.
A atenção antes presa na vendedeira é, pelo gesto do criado, deslocada
para o cabaz da fruta que se humaniza num pujante “novo corpo orgânico” de
Mulher-Mãe
- significado desse olhar metamorfoseante – ao ver no cabaz de
fruta e legumes que a vendedeira trouxe para a cidade, um corpo de
mulher-mãe, o sujeito poético vê o campo como a Terra-mãe, pujante
de vida, palpitante e fértil.