Estética Facial e Corporal
Estética Facial e Corporal
Estética Facial e Corporal
Estetica
Mariar Nogueira
O CONSUMO DE COSMÉT ICOS E PERFUMARIA: MOT IVAÇÕES E HÁBIT OS FEMININOS Document o Sist …
LEIDIANE SANT OS
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1 INTRODUÇAO
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A estética estuda racionalmente o belo e o sentimento que desperta nos
indivíduos. Desta forma surge o uso da estética como sinônimo de beleza. E desde
a antiguidade até os dias atuais o sentido desta palavra vem tornando-se cada vez
mais claro entre as pessoas, estética e beleza estão sempre ligadas. O ramo da
estética vem sendo objeto de estudo.
Durante séculos a constante preocupação com a aparência, padrões de
beleza impostos pela mídia, associada com o desejo da eterna juventude, vem
fazendo com que o mercado da estética aumente cada dia a sua demanda de
produtos cosméticos e tratamentos. Gerações de homens e mulheres procurando
por tecnologias, tratamentos e produtos avançados que possam lhe oferecer a
aparência perfeita.
O objetivo deste trabalho acadêmico é resgatar um pouco da história da
estética, onde através deste estudo será possível conhecer sua evolução, da
antiguidade até os dias atuais. Verificar quais os tratamentos estéticos, profissionais
da área de estética e produtos cosméticos são mais procurados. Pois os clientes
exigem produtos e tratamentos eficazes, e profissionais especializados em
cosmetologia estética.
Por meio desta pesquisa busca-se estimular o interesse das pessoas em
saber mais sobre a história da beleza, produtos, tratamentos e até mesmo incentivá-
las a conhecer o campo de atuação do tecnólogo em cosmetologia estética e sua
formação, possibilitando assim que outros estudos possam ser realizados,
explorando o belo universo da estética.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
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2.1 A história da Estética
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2.2 O belo, a beleza
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Hegel acreditava que a beleza muda de face e de aspecto através dos
tempos e essa mudança depende mais da cultura e da visão do mundo presentes
em determinada época do que de uma exigência interna do belo (CHIES, 2008).
Cardoso (2006, p. 13) ressalta que “a beleza e a jovialidade tem rompido
barreiras étnicas e sociais, fazendo com que um padrão de beleza se estabeleça de
acordo com as concepções culturais e sociais do mercado atual”.
A beleza muda sempre, e muda dentro de cada indivíduo. Assim, deve-se
definir o que significa beleza para o corpo, não deixando que predominem as
determinações estéticas impostas pelo mercado. Modelar-se segundo um
estereótipo, desprezando o conhecimento e o próprio interior, acaba impedindo que
a verdadeira identidade se manifeste (MATARAZZO, 1998).
Existem vários gêneros de beleza, cor, forma, expressão, e até beleza moral.
Mas Hesíodo (Poeta Grego da Idade Média) em seus poemas se referia unicamente
da beleza exterior: os traços e as cores. É belo aquilo cuja harmonia impressiona os
olhos (BAYER, 1995).
De acordo com Vigarello (2006) os relevos revelam uma “invenção do corpo”.
Por volta de 1420 a beleza ganhou novas formas, onde começaram a ser
valorizadas as curvas do corpo, surgindo uma nova maneira de reproduzir a
presença carnal, ou seja, o jogo com as massas físicas, a cor a espessura das
formas e arredondamentos, formando a estética do corpo.
De acordo com Cabeda (2004 apud ARAÚJO, 2007) as mulheres mantêm-se
num estado de vigilância constante em relação à imagem não só de seu corpo,
como também do corpo das outras, pois o corpo da outra mulher pode revelar o que
falta na sua própria imagem.
A beleza física pode ser considerada o ícone da perfeição humana. O culto ao
corpo com todos seus rituais e sacrifícios envolvem, além da busca por melhores
condições de saúde, também uma intensa preocupação com a aparência (SOUSA,
2007).
Vive-se num momento em que o culto ao corpo e a beleza se tornaram quase
uma obrigação. Seja no consumo, nos lazeres, na publicidade, o corpo tornou-se um
objeto de tratamento, de manipulação e de encenação. A mídia faz com que a
sociedade contemporânea intensifique a preocupação com a aparência do corpo,
colocando como um dos elementos centrais da vida das pessoas (ARAÚJO, 2007).
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Ser belo ou bela não significa se parecer com alguém, mas, se sentir bem
com o seu corpo, encontrar os produtos que correspondam a sua personalidade. O
predomínio do bem-estar é considerado fator primordial no mercado de beleza
(VIGARELLO, 2006). Já para Hegel (1999) o belo não era visto como necessário
para si, e sim apenas como mero agrado subjetivo, ou uma sensação casual.
Diante deste cenário, as pessoas procuram por tratamentos estéticos faciais e
corporais, visando elevar a auto-estima, deixando-as mais felizes e realizadas com
sua própria aparência. Com essa demanda em alta, os profissionais da área de
estética buscam informar-se e atualizar-se e dentro deste propósito fazer com que a
área de estética aumente ainda mais sua gama de produtos, aparelhos e
tratamentos.
Hoje em dia a beleza estética já deixa de ser uma vaidade fútil, e passa a ser
prioridade básica para o ser humano. É possível ficar em sintonia com o bem estar
físico, mental e espiritual por meio dos tratamentos oferecidos.
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A medicina e a tecnologia proporcionam um aumento de longevidade, porém
após uma determinada idade, são inevitáveis as marcas do tempo, as rugas,
manchas e a flacidez facial acometem a todos, sem exceções (CARDOSO, 2006).
Nas ultimas décadas, a indústria da beleza investiu milhões de dólares em
tecnologia, oferecendo tratamentos estéticos corporais e faciais, aliados aos
produtos cosméticos, para proporcionar às pessoas esses resultados tão desejados,
que não visam apenas a busca de um corpo bonito ou perfeito, mas também uma
melhora da auto-estima e da qualidade de vida.
A história mostra que desde o antigo Egito até o século XXI, o consumo de
produtos de beleza e tratamentos estéticos tornou-se rotina em todas as classes
sociais. Naquela época, os egípcios recorriam por tratamentos através de gordura
animal e vegetal, cera de abelha, mel e leite no preparo de cremes para a pele.
Eram todos produtos de base simples, e seu uso correspondia muito mais do que
beleza estética. Era uma maneira de se preparar para contemplar os Deuses
(VANDONI, 2010).
Como sempre existiu a preocupação com a beleza, varias pessoas
trabalhavam para encontrar tratamentos e produtos que possam melhorar a
aparência física, e de lá para cá, os cosméticos e tratamentos ficaram mais
requintados e usados principalmente com o intuito estético.
No século XVIII, no ano de 1779, o médico e professor de Anatomia em
Bolonha (Itália), Luigi Galvani cirurgião e obstetra, e também conhecido como (pai
da eletrofisiologia) assim chamado devido suas descobertas. Descobriu em suas
habilidades experimentais e conseguiu provocar contrações no músculo da coxa de
uma rã. Para experiência utilizou um suporte feito de dois metais diferentes. O
instrumento ficou conhecido como arco galvânico. Galvani “publica em 1974” Sobre
o emprego e a atividade do arco condutor na contração do músculo (SILVA, [199-].
Nesta época já existia eletricidade, mas era desconhecido que no corpo
humano houvesse qualquer tipo de corrente elétrica. Foi em cima desta eletricidade
e com vários estudos que outros cientistas descobriram aparelhos para serem
utilizados em tratamentos estéticos.
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Na concepção de Silva [199-], em 1885 Heinrich Hertz através de seus
estudos observa propriedades das ondas eletromagnéticas geradas por uma bobina
de indução. Nesta experiência observou as referidas ondas serem refletidas,
refratadas e polarizadas. Diante disso em 1887 August Svant Arrhenius, cientista
sueco propõe a teoria da ionização.
A partir de 1900 muitos pesquisadores se destacam pelas maravilhas e
múltiplas invenções que agora se desfruta.
Nos anos 30 começaram a ser encontrados aparelhos elétricos utilizados em
tratamentos estéticos. Eram aparelhos de alta freqüência com eletrodos de
fulguração (faiscamento) e aparelhos de corrente contínua para depilação definitiva
através da eletrólise. (WINTER, [200-]).
A drenagem linfática foi desenvolvida pelo Dr. Emil Vodder, fisioterapeuta, a
partir de 1939, onde iniciou a técnica experimental ao tratar pacientes com gripe e
sinusite, através da manipulação dos seus gânglios (FAÇANHA, 2003).
Por volta dos anos 40 ocorreu o lançamento da técnica do eletrolifting que foi
desenvolvida através de comprovação científica pelo Dr. H. Pierantoni (1952) na
época houve dúvidas sobre sua eficácia e sobre os testes que antecederam o
lançamento, mas nos dia atuais sabe-se que os resultados são comprovadamente
positivos e de domínio universal (SILVA, [199-].
A partir dos anos 50, surgiram aparelhos específicos para finalidades
estéticas. E em 1955 em um congresso em Baden–Baden, na Alemanha foi
apresentada a iontoforese.
No Brasil, no inicio dos anos 60 Anne Marie Klotz, filha do Cônsul Frances,
criou a primeira escola brasileira para a formação de esteticistas. Também criou
duas fábricas, uma de produtos, a France Bel, que fornecia produtos em embalagem
profissional, e a outra de aparelhos estéticos, a Vigilex, que foi a primeira fábrica a
produzir aparelhagem específica para o esteticista. Produzia o Desincrustabel,
corrente galvânica numa caixinha de madeira, e o Vacuobel, um aparelho de
ventosas para sucção e pulverização (WINTER, [200-].
Por volta de 1973, o brasileiro, proprietário de uma indústria voltada ao ramo
da estética e fisioterapia João da Matta e Silva Junior, desenvolveu o primeiro curso
de Eletroterapia Aplicada em Estética, onde conseguiu mostrar aos profissionais da
área estética uma linguagem prática e dirigida as suas necessidades, bem como a
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adaptação e colocação dos instrumentos em malas compactas com alta freqüência e
desincrusti. Mais tarde ele produziu um laboratório facial completo em uma só mala,
usando uma fonte única de conexão na rede em um só painel, mas com circuitos
independentes mantendo suas características (SILVA, [199-]).
João da Matta Silva Junior foi o grande construtor de aparelhos de
eletroterapia voltada para estética e buscou a orientação de esteticistas, para
desenvolver cada vez mais aparelhos específicos para estes tratamentos. Em 1986
e 1987 uma brasileira, acadêmica em enfermagem Marizilda Toledo Silva publica os
mais importantes trabalhos editados em língua portuguesa, Eletroterapia em estética
facial e Eletroterapia em estética corporal. Prof. Waldtraud Ritter Winter publica
Eletrocosmética (SILVA, [199-]).
A partir de 1990 Howard Murad começou usar em seus pacientes os alfa
hidroxiácidos (AHAS) este produto acelera o processo de remoção das células
mortas. Era uma formula desenvolvida por ele, aplicada somente em seu
consultório. Foi a partir disto que criou uma linha de produtos cosméticos baseados
em (AHAS) Tratamento Profissional de Esfoliação Rápida com AHAS como produto
para uso doméstico (MURAD, 2006).
Já no século XXI no ano de 2001 acontece uma verdadeira revolução
tecnológica. O desenvolvimento de produtos cosméticos com alta tecnologia
capazes de proporcionar a sensação de bem estar à pele. O investimento cada vez
maior em pesquisas e na criação de novas matérias-primas e princípios ativos mais
potentes e revolucionários. Esse avanço inclui a manipulação genética em prol da
estética. E, a partir de todo respaldo científico, as células-tronco derivadas de
plantas são a nova pedida no mundo cosmético (VANDONI, 2010).
Em meados do ano de 2002, nos laboratórios da KLD, surge um equipamento
chamado Manthus, destinado a medicina estética que possibilita o tratamento da
gordura localizada e celulite através de procedimento indolor não invasivo. É uma
combinação simultânea do Ultra-Som com as Correntes Estereodinâmicas, onde as
formas de onda e freqüências foram elaboradas para maximizar os resultados,
promovem a sonoporação e macroporação (técnicas inovadoras que aceleram a
obtenção dos resultados) (ESTÉTICA FISIOTERÁPICA, 2010).
Também surge nessa última década o Phydias, um aparelho de
eletroestimulação computadorizado de média frequência (Corrente Russa) que
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promove o estímulo de vários grupos musculares e trabalha todos os tipos de fibras.
Os eletrodos são colocados no sentido da fibra muscular e acoplados à pele com gel
condutor. Através de contrações mantidas e sustentadas, ocorre o aumento da
circulação sanguínea e oxigenação dos tecidos, aumento da resistência e tônus
muscular. Tem como objetivo diminuir a flacidez, tonificar a musculatura e modelar o
corpo em curto espaço de tempo (ONODERA, 2010).
Os tempos mudaram. A busca por tratamentos estéticos tem aumentado de
forma significativa nas ultimas décadas, isso porque se está vivendo numa cultura
em que a aparência jovem imposta pela mídia é extremamente valorizada. Diante
disso a indústria cosmética, farmacêutica, e as formulações químicas cresceram
muito e dominaram o mercado e a cosmética passou a atingir mais profundamente
as necessidades dos clientes, repondo as perdas causadas pelo tempo, idade,
estresse, e fatores psicossomáticos.
Goosens (2004, p.43-44) comenta que:
3 METODOLOGIA
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Além disso, busca a identificação de fatores que determinam ou que
contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Por meio da literatura disponível, foi
possível obter noções sobre a história da estética, do belo e da beleza, da estética
facial e corporal, verificar o que os autores escrevem a respeito e comparar com os
tratamentos estéticos atuais.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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ARAÚJO, Celmo Antônio. Corpo: espaço de sacrifícios aos deuses e ao mercado.
Goiás, 2007. 181f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ciências da
Religião)– Universidade Católica de Goiás, 2007.
CHAUI, Marilena. Convite a filosofia. 13. ed. Rio de Janeiro: Ática, 2003.
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MUNRAD, Howard. Livre de rugas para sempre: programa dermatológico de 5
minutos em 5 semanas. São Paulo: Prestígio, 2006.
SOUSA, Manuela Silva Ferreira de. A busca pela cirurgia plástica estética: um
sintoma da sociedade contemporânea. São Paulo, 2007. 201f. Tese (Doutorado em
Psicologia Clínica) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2007.
VANDONI, Ana Lia. Cosméticos: de onde vem e para onde vão? 2010. Disponível
em:
<http://www.gestaodoluxo.com.br/gestao_luxo_novo/segmentos/cosmeticos/cosmeti
cos.asp>. Acesso em: 05 jun. 2010.
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