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Ventilação Mecânica Não Invasiva: Bianca Dantas Beatriz Damasceno

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Ventilação Mecânica

Não Invasiva
Bianca Dantas
Beatriz Damasceno
Definição
● Utiliza o mesmo principio VMI;

● Pressão Positiva nas vias aéreas;

● Não utiliza meios invasivos;

● Interfaces não invasiva, sem necessidade de IOT ou TQT.


Objetivos
● Diminuição do trabalho respiratório;
● Repouso dos músculos respiratórios;
● Melhora das trocas gasosas;
● E em doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), a diminuição
da Auto-Peep.
Indicações
● Bom nível de consciência do ● Patologias
paciente
● Deve ser utilizada para ● Dpoc Agudizada
evitar IOT e VMI ● Doenças neuromusculares
● Desconforto respiratório ● Deformidades da caixa torácica
com o uso da musculatura ● Asma grave
acessória. ● Falência diafragmática
● PH < 7,35 e PaCO2 >45 ● Edema agudo de pulmão cardiogênico
mmHg; ● Alterações respiratórias com hipoxemia
● Redução de PaO2; ● Lesão pulmonar aguda
● Fr > 25 irpm. ● Desmame precoce
● Apneia obstrutiva do sono
● Escolha do paciente em não ser entubado
Contraindicações
● Absolutas (sempre evitar) ● Relativas (analisar caso a caso risco x benefício)

● Necessidade de intubação de ● Incapacidade de cooperar, proteger as vias aéreas,


emergência; ou secreções abundantes;
● Parada cardíaca ou ● Rebaixamento de nível de consciência
respiratória. ● Falências orgânicas não respiratórias
(encefalopatia, arritmias malignas ou hemorragia
digestivas graves com instabilidade
hemodinâmica);
● Cirurgia facial ou neurológica;
● Trauma ou deformidade facial;
● Alto risco de broncoaspiração;
● Obstrução de vias aéreas superiores;
● Anastomose de esôfago recente.
Interfaces
● Nasal : ● Facial : ● Total Face:

● Claustrofobia ● Menos toleradas ● Uso em pacientes com


● Má adaptação á mascara ● Causa claustrofobia lesões cutâneas
facial ● Maior risco de aspiração ● Vantagem de diminuir
● Mais usadas em de vômito escape aéreo
ventilação domiciliar ● Mais usada ● Reinalação de CO2
● Permite comunicação e ● Maior demanda de VC
alimentação ● Algumas máscaras
● Podem limitar o uso apresentam orifício de
● Mais confortável exalação que diminui a
● Resistência das narinas reinalação de CO2.
ao fluxo de ar
Critérios de Interrupção

• Instabilidade
Hemodinâmica
• Necessidade de IOT
• Aspiração
• Lesões de pele
• Rebaixamento de nivel de
consciência
Ventiladores
● CPAP

● Pressão contínua nas vias aéreas


● Necessita de total independência do paciente para respirar
● Aplicada por um gerador de fluxo contínuo
● VC depende do esforço respiratório do paciente
● Ventilador mantém uma pressão superior a pressão barométrica durante
todo o ciclo ventilatório
● A maior pressão na via aérea alcançar maiores volumes pulmonares;
● Aumento dos volumes pulmonares melhora na relação V/Q.
● Pode ser aplicado no VM como modo espontâneo.
● Ajustes da Utilização do
CPAP
● Principais indicações do
CPAP ● Aparelho mais novos necessário
apenas ajuste do CPAP e FiO2;
● EAP cardiogênico; ● Pressão intra-alveolar na expiração
● PO de Cirurgia Abdominal; é de 3 a 5 mmHg;
● Apneia do Sono Leve/Moderada. ● Em pacientes com SDRA, IRpA e
EAP os estudos preconizam valor
de CPAP inicial de 10cmH2O
progredindo 2,5 cmH2O até
melhora da hipoxemia.
Ventiladores e Modos Ventilatórios
● BIPAP

● Fornece dois níveis de pressão, uma de suporte inspiratório (IPAP –


inspiratory positive airways pressure) e uma de suporte expiratório (EPAP ou
PEEP – expiratory positive airways pressure).
● Ajustes da Utilização do
BIPAP
● Principais indicações do
BIPAP ● Iniciar IPAP com pressão menor que
25 cmH2O

● Nas hipercapnias agudas; ● VC 8 a 10mL/Kg e Fr menor que 28

● Para descanso da musculatura irpm;

respiratória; ● EPAP com valor mínimo de 5

● EAP cardiogênico; cmH2O;

● Infecções de imunossuprimidos. ● Sempre monitorar o paciente e


observar se há melhora do quadro
ou se apresenta falha da VNI.
Modos Ventilatórios
● Assistido: o paciente realiza todos os movimentos ventilatórios e o
ventilador auxilia insuflando volumes.

● Assistido-Controlado: o paciente desencadeia alguns movimentos


ventilatórios e o ventilador realiza os restantes.

● Controlado: o ventilador realiza todos os movimentos ventilatórios.


VNI no DPOC Agudizado
● Podemos considerar o modo BIPAP.

● 1 - Para prevenir a acidose respiratória aguda, ou seja, quando a tensão


arterial de CO2 (PaCO2) está normal ou elevada, mas o pH está normal;
● 2 - Para prevenir a intubação endotraqueal e ventilação mecânica invasiva
em pacientes com acidose leve a moderada e dificuldade respiratória,.
● 3 - Como alternativa à ventilação invasiva em pacientes com acidose grave e
dificuldade respiratória mais grave.
Casos de IRpA
● Em pacientes com pH de 7,25–7,35, na ausência de uma causa metabólica
para a acidose, normalmente não são considerados como primeira
alternativa a intubação e VMI, podendo ser antes utilizado uma VNI Bipap.

● As melhoras ocorrem nas primeiras 1-4hrs.

● Geralmente programa-se o ventilador com uma (EPAP) de 4 cm H2O e uma


(IPAP) de 10 -12 cm H2O, que será ajustada de acordo com a evolução clínica
e gasométrica do paciente, podendo atingir valores até 30 cmH2O (IPAP).
Deve-se ainda administrar a Fio2, de modo a manter saturações periféricas
acima de 90%.
Casos de EAP cardiogênico
● As recomendações atuais são de que a utilização de CPAP (5-10 cm2 H2O)
deve ser considerada para os doentes com EAP e insuficiência respiratória
hipoxêmica que não respondem à terapêutica habitual

● Já a ventilação não invasiva bilevel (BiPAP) deve ser considerada apenas nos
doentes com hipercapnia ou insuficiência respiratória persistente após a
utilização de CPAP, com EPAP de 5-10 e IPAP até 15 cm H2O visando diminuir
a necessidade de intubação endotraqueal.
Casos de Asma Aguda
● Nesses casos a VNI é usada, juntamente com o tratamento farmacológico
convencional, com o objetivo de diminuir o trabalho muscular respiratório,
que é muito aumentado durante os episódios de broncoconstrição aguda,
para melhorar a ventilação, diminuir a sensação de dispneia e evitar a
intubação e a ventilação mecânica invasiva.
Desmame

● Facilitador de retirada de VM para portadores de DPOC.


● Prevenir falha na extubação.
● Falência respiratória.
Referências

DIRETRIZES BRASILEIRAS DE Ventilação Mecânica – 2013

FERREIRA, Susana; NOGUEIRA, Carla; CONDE, Sara e TAVEIRA, Natália. Ventilação


Não Invasiva. Rev Port Pneumol [online]. 2009, vol.15, n.4, pp.655-667. ISSN 0873-
2159.

Rochwerg B, Brochard L, Elliott MW, et al. Official ERS/ATS clinical practice


guidelines: noninvasive ventilation for acute respiratory failure. Eur Respir J 2017;
50: 1602426

Sean P. Keenan , MD MSc, Tasnim Sinuff , MD PhD, Karen EA Burns . Diretrizes de


prática clínica para o uso de ventilação com pressão positiva não invasiva e pressão
positiva contínua não invasiva nas vias aéreas no ambiente de tratamento
intensivo. 22 de fevereiro de 2011; 183 (3): E195 – E214.
OBRIGADA !

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