2º Trabalho de Introdução Ao Estudo de História (2021-22)
2º Trabalho de Introdução Ao Estudo de História (2021-22)
2º Trabalho de Introdução Ao Estudo de História (2021-22)
Normas APA
Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor.
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Índice
1. Introdução .......................................................................................................................... 4
3. Conclusão ........................................................................................................................ 12
Partindo deste pressuposto, o presente trabalho versará sobre o tema: a história e a política: o
lugar da história face ao poder político e a ideologia. Assim sendo, ao longo do
desenvolvimento são abordados os seguintes conteúdos: o poder político; conceito de
política; o poder político na concepção de Hannah Arendt; características do poder político;
ideologia e, características da ideologia.
1.1. Objectivos
O trabalho apresenta os seguintes objectivos: geral e específico.
1.2. Metodologias
Para a produção deste trabalho, o estudante obedeceu a seguinte metodologia: leitura de
manuais e obras que também destacam o tema emabordagem e pesquisa em sítios de internet.
O estudante guiou-se também com o manual das normas APA‟s 6ª edição da U.C.M
recomendado pela instituição.
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2. A História e a Política: O Lugar da História Face ao Poder Político e a Ideologia
O Segundo MARTINS (S/D), a História com H maiúsculo não pode ser
exercitada como apoio a um projecto político ou a outra finalidade
qualquer. Muitos bons historiadores falharam por esse motivo. Ela é um bem
em si, e essa é a melhor forma dela ser buscada por quem a deseja. Como a
ginástica é boa para o corpo, a História é boa para a mente.
Com estas palavras, entendo que a História na sua essência não pode ser confundida ou misturada
com a política nem com o poder pois trata-se de duas ciências bem diferentes mas com uma relação
estreitamente unilateral.
Em seu sentido social, a ideia de poder está conectada à possibilidade ou à capacidade geral
de agir, à habilidade de um indivíduo de determinar o comportamento de outro indivíduo.
Nesse sentido, o ser humano não é apenas o sujeito capaz de exercer poder, mas é também
objecto sobre o qual o poder é exercido.
Assim sendo, por meio de uma perspectiva de fenómeno social, o poder é uma relação entre
seres humanos em que o aspecto determinante é a capacidade de agir ou influenciar a acção
do outro.
Partindo deste conceito, entendo que é nessa perspectiva que a ideia de política aproxima-se
e, às vezes, confunde-se com a de poder. As distinções são bastante finas, mas as formas
possíveis de manifestação de poder, em algumas instâncias, afastam-se bastante da ideia de
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política. O exercício do poder por meio da violência física, por exemplo, não pode ser visto
como manifestação política. Cabe a nós, portanto, definir o que é, então, política.
De acordo com SILVA (2016), a análise da história política actualmente produzida mostra ainda um
dilema presente há muito tempo: em política, lidamos com sujeitos individuais ou transindividuais.
Hoje, como no passado, as respostas são variáveis.
Para Foucault citado por Rocha e Seren (s/d), são as praticas sociais que
determinam o aparecimento de formas de subjectividade que se definem
como estruturas epocais do saber; praticas essas que, a certa altura, são
assumidas e proporcionadas pelo poder politico que empunha a "verdade do
saber"oficialmente institucionalizado; ou seja, sendo sabido que é no
desenvolvimento da acção das sociedades que se verifica a evolução dos
modos de pensar e do próprio aparelho conceptual, tornando-se sensível,
pouco a pouco, uma evolução da mentalidade, é neste momento que o Estado
intervém, identificando-se com esta mudança e desenvolvendo os novos
saberes como modelos institucionais, como e o caso do modelo cientifico.
Isto envolve uma apertada articulação entre a prática política e outras
práticas de natureza discursiva - teorias, códigos, proibições, ideologias,
ciência – que Ihe são exteriores.
Assim, o estudante entende que o poder político cria condições políticas, económicas e
sociais de existência que permitem a formação de sujeitos do conhecimento. Os novos
modelos de verdade são definidos e passam a circular pela comunidade, tornando possível
que a sua evolução venha influenciar o domínio político e, naturalmente, o cientifico.
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Dessa forma, a própria sociedade adquire um duplo caráter, conforme sua vinculação com a
superestrutura.
A administração pública;
O Judiciário e; conjunto de suas leis;
A censura;
Polícia e;
As forças armadas, bem como sua presença no cotidiano, etc.
A coerção não se restringe ao mero uso da força física bruta, ela abrange não apenas a
polícia, mas também as leis, normas administrativas, impostos, obrigações, censura. Os
instrumentos de violência do Estado são as armas e todo o aparato repressivo, mas também
sua administração burocrática, racional e legal.
Outra das mais discutidas e debatidas interpretações do termo política é a do jurista alemão
Carl Shmitt, que enxerga a política como uma relação amigo-inimigo entre aqueles que
estão envolvidos. Com base nessa concepção da relação amigo-inimigo, a esfera política
estaria constituída pelo constante antagonismo entre as partes em conflito, diante do qual a
actividade principal dos envolvidos seria a associação entre os que possuem semelhanças em
relação aos seus objectivos, a defesa dos “amigos” e o combate aos “inimigos”, colocados do
lado oposto do “campo de batalha”.
Ou ainda no sentido mais lacto, que é o que usamos todos os dias, poder significa capacidade
para agir de determinado modo ainda que algo/alguém se oponha (sismo: o poder da
natureza). Significa isto que o poder é uma relação entre dois objectos (pessoas ou não), em
que um deles tem a faculdade de gerar consequências sobre o outro. Mesmo que este outro
não deseje essas consequências.
Dessa forma, a política pressupõe, como diria Kant, “mentalidade alargada”, ou seja, o
esforço de “pensar no lugar e na posição dos outros em vez de estar de acordo consigo
mesmo”. Nesta perspectiva, a política implica a persuasão e rompe com a estrutura
monológica e singular da verdade moral e filosófica, isto é, “com a necessidade do
pensamento racional estar de acordo consigo mesmo”, um princípio já descoberto por
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Sócrates: “Se sou um, é melhor estar em desacordo com o mundo do que em desacordo
comigo mesmo”.
Exclusividade;
Universalidade e;
Inclusividade.
2.1.3.1. A Exclusividade
A exclusividade indica a necessidade da soberania absoluta, isto é, não permite concorrência
quanto ao uso legítimo da força, exige o monopólio da violência pelo Estado.
2.1.3.2. A Universalidade
A universalidade consiste na capacidade do poder político tomar decisões, consideradas
legítimas, quanto à distribuição dos recursos (não apenas económicos); decisões que só
podem ser tomadas pelo Estado e que são válidas para todos os membros da colectividade.
2.1.3.3. A Inclusividade
A inclusividade diz respeito à possibilidade de interferir, de modo imperativo, nas esferas de
actuação dos indivíduos e de condicionar sua acção através do ordenamento jurídico, de
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normas primárias e secundárias ditadas pelo aparato administrativo. Ou seja, o poder político
inviabiliza tentativas dos membros do Estado subtraírem-se ao seu domínio.
2.2. Ideologia
Para SILVA, “Ideologias são sistemas de ideias conexas com a acção, que
compreendem tipicamente um programa e uma estratégia de actuação,
destinados a mudar ou a defender a ordem política existente". Ou por outra,
são sistemas de crenças explícitas, integradas e coerentes, que justificam o
exercício do poder, explicam e julgam os acontecimentos históricos,
identificam o que é bom e o que é mau em política, definem as relações entre
política e outros campos de actividade, e fornecem uma orientação para a
acção".
É uma representação colectiva do que deve ser a vida em sociedade, em especial quanto ao
exercício concreto do poder político.
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2.2.1.3. Efectividade e influxo histórico-social
As Ideologias visam a actuação concreta (seja acção ou inacção) sobre a realidade
(mudando-a ou conservando-a).
As ideologias orientam o comportamento político, dão-lhe sentido e previsibilidade.
Têm de ter tido impacto na história. Uma ideologia tem necessariamente um “peso
objectivamente verificável na vida social”, têm de ter estado presente nas grandes
lutas políticas da Humanidade.
Segundo Bobbio, a esquerda é mais igualitária que a direita. O que não quer dizer
que a direita não possa defender a igualdade e que a esquerda não defenda algumas
limitações à igualdade. Logo, o que interessa é o grau de Igualdade defendido. Os
indivíduos considerados iguais podem ser todos, muitos ou poucos, ou um só; os
bens a distribuir igualmente podem ser direitos, vantagens económicas, posições de
poder; os critérios de igualdade podem ser a necessidade, o mérito, a capacidade, a
classe social o esforço e em última hipótese a ausência de qualquer critério”.
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3. Conclusão
Através deste tema: a história e a política: o lugar da história face ao poder político e a
ideologia, o estudante aprendeu que; a História na sua essência não pode ser confundida ou
misturada com a política nem com o poder pois trata-se de duas ciências bem diferentes mas
com uma relação estreitamente unilateral.
Ademais, o poder pode ser entendido tanto no sentido social, isto é, nas relações dos seres
humanos em sociedade, em que passa a ter um sentido muito mais específico, quanto sob
uma perspectiva instrumental, que diz respeito à capacidade do ser humano de controlar a
natureza e seus recursos.
Assim, o poder político cria condições políticas, económicas e sociais de existência que
permitem a formação de sujeitos do conhecimento. Os novos modelos de verdade são
definidos e passam a circular pela comunidade, tornando possível que a sua evolução venha
influenciar o domínio político e, naturalmente, o cientifico.
Indo para o conceito de política, entende-se que é bastante abrangente quando associado ao
campo das acções dos sujeitos de uma sociedade. Alguns autores consideram que toda acção
de mediação de conflito realizada no meio social que não lance mão de violência física é um
acto político.
Contudo, política se refere à cidade, é a ciência de governar as coisas da cidade e diz respeito
ao exercício da soberania num determinado território ao acto de legislar e à gerência dos
recursos comuns.
Por último, o estudante percebeu que as ideologias são sistemas de ideias conexas com a
acção, que compreendem tipicamente um programa e uma estratégia de actuação, destinados
a mudar ou a defender a ordem política existente.
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4. Referência Bibliográfica
BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de
Política. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998, p. 318-319 (vol. 1).
SILVA, Antonio Ozaí Da et all (2016), O que é Poder Político? Escolar Editora_ Lisboa
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