Projeto Casamento Coletivo - Versão 2018. Março
Projeto Casamento Coletivo - Versão 2018. Março
Projeto Casamento Coletivo - Versão 2018. Março
Manaus – AM / 2018
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1. IDENTIFICAÇÃO
1.1 – Instituição Proponente: Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos -
SEMMASDH.
1.3 – Endereço: Avenida Airão, s/n – esquina com a Rua Ferreira Pena – Centro.
2. Objetivo
Proceder à divulgação do Evento Casamento Civil Coletivo Civil nos Centros de Referência da
Assistência Social – CRAS, Centros de Referência Especial da Assistência Social – CREAS e
Cozinhas Comunitárias, a fim de socializar a informação entre os usuários do equipamento e
alcançar da divulgação e o real interesse dos casais na oficialização da União estável;
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Possibilitar ao casal interessado no Casamento Civil Coletivo a oportunidade de discutir e
conhecer direitos e deveres por meio do instrumental técnico da Roda de Conversas,
especialmente, em assuntos relacionados aos Direitos Humanos e Cidadania;
Discutir e dialogar com os casais propostos, sobre temas atinentes ao planejamento familiar,
promoção da igualdade de gênero, racial, social e combate a todas as formas de violência e
preconceitos, baseando-se no respeito à dignidade da pessoa humana;
3. PÚBLICO ALVO:
4. JUSTIFICATIVA:
A família é o primeiro espaço de convivência do ser humano, sendo esse, a referência fundamental
para qualquer criança, que independente de sua configuração, aprende e incorpora valores morais e éticos por
meio das interações estabelecidas pelo núcleo familiar, pelas vivências e experiências afetivas, representações,
juízos e expectativas. A família é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral
dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando.
É nesse espaço de convivência, interações e trocas que suscitam os aportes afetivos e, sobretudo
materiais, necessários ao desenvolvimento e bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel
decisivo na educação formal e informal do indivíduo. Nesse espaço é que são absorvidos os valores éticos e
humanitários que os acompanhará pela extensão da vida. Embora a sociedade venha passando por diversas e
constantes transformações sociais e culturais, ainda prevalece no inconsciente coletivo de algumas pessoas,
sentimentos discriminatórios e de desconforto emocional, ocasionados pela ausência do Casamento Civil e
religioso, culturalmente conhecido como “de papel passado”.
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Nesse sentido, o Projeto Casamento Civil Coletivo em questão visa promover a regularização jurídica
de cento e cinquenta (150) casais, heterossexuais e homoafetivos, que não têm oportunidade de oficializar a união,
contribuindo para a realização dos mesmos, legitimando sua vida conjugal. De acordo com Maria Berenice Dias, a
sexualidade e orientação sexual do indivíduo integram a sua própria natureza. Desta forma, proibir ou restringi-
las significa impedir o exercício de um direito da personalidade. Consagrado o direito à igualdade na própria
Constituição da República, não se podem limitar direitos de uma pessoa em razão de sua orientação sexual.
Em 05 de maio de 2011 foi proferida decisão histórica no Supremo Tribunal Federal. Os dez Ministros
votantes no julgamento da ADPF 132 e da ADI 4277 manifestaram-se pela procedência das aludidas ações
constitucionais, reconhecendo a união homoafetiva como entidade familiar e aplicando a esta o regime
concernente à união estável entre homem e mulher. Com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal
(STF), o Conselho Nacional de Justiça, em 14 de maio de 2013 prolatou Resolução que obriga cartórios de todo
o país a celebrarem casamento homoafetivo, bem como, a conversão da união homoafetiva em casamento civil,
com a celebração do Contrato, onde expressam a vontade de estabelecer vínculo conjugal.
Desta feita verifica-se, pois, que tanto as decisões do STF, no julgamento da ADPF n° 132 e da ADI n°
4277 quanto a Resolução CNJ n° 175/2013, constituem verdadeiros avanços no reconhecimento do direito à
sexualidade e orientação sexual e fortalecimento do direito à igualdade. Além disso, coadunam-se,
perfeitamente, com a função social da família, atual paradigma constitucional para constituição da entidade
familiar.
Destarte, não obstante a lacuna constitucional e legal, no que se refere à menção expressa ao
casamento e à união estável homoafetivos, o Poder Judiciário, com base nos princípios constitucionais,
sobretudo no princípio da igualdade, da dignidade da pessoa humana, da não discriminação e da concretização
do princípio fundamental à felicidade por meio do afeto, reconheceu as uniões afetivas como entidades
familiares equivalentes ao casamento e à união estável heterossexual. Dessa forma, como devido, o Estado
adotou ações positivas no sentido de asseverar respeito à diversidade humana e combater a homofobia.
5. METODOLOGIA:
5.1. Elaboração e aprovação do Projeto pelo Gestor da Pasta e demais Instâncias Municipais:
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5.2. Formação da Equipe Organizadora do Evento;
Esse item refere-se à composição de um Grupo de Trabalho (GT), composto por 10 (dez) integrantes,
sendo 01 (um) representante do Gabinete do Secretário, 01 (um) representante da Subsecretaria Operacional da
SEMMASDH, 01 (um) representante da Assessoria Jurídica, 01 (um) representante do Planejamento e Vigilância
Socioassistencial da SEMMASDH, 02 (dois) representantes do Departamento de Proteção Social Básica
(DPSB), três (3) representantes do Departamento de Direitos Humanos (DDH), um (1) representante do
Departamento Administrativo e Financeiro (DAF) com a formação e competências reconhecias pelo Gestor da
Pasta, assumindo como atribuição, a tarefas peculiares à organização e realização do Casamento Civil Coletivo,
com a prática de atos e intervenções voltados para a concretização das ações previamente definidas, cuidando
para que não se estabeleça situações impeditivas da sequencia de outras ações subsequentes.
5.5. Apoio aos casais na regularização dos documentos necessários para participação no Projeto;
5.6. Encaminhamento ao Cartório das documentações dos casais para publicação do Edital de
Proclamas;
Essa etapa do processo consolida a intenção dos casais em relação à regularização da união
estável. O encaminhamento da documentação aos Cartórios precede a publicação do Edital de
Proclamas, constante no Art. 1.527 do CC, sendo afixado durante 15 dias nas circunscrições
do registro civil dos nubentes e ainda, na imprensa local para conhecimento da sociedade.
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5.7. Participação no Projeto Educação em Direitos Humanos;
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6 – DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA (Original e Cópia):
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7 – RECURSOS MATERIAIS, FINANCEIROS HUMANOS:
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VALOR UNIT. TOTAL
ITEM DISCRIMINAÇÃO DE SERVIÇOS QTD
(R$) (R$)
1. Gerador de Energia, partida elétrica 1
2. Rádio Comunicador. 6
TOTAL - -
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7.6. Serviço de Cobertura, Iluminação, Sonorização, Climatização e Banheiros Químicos:
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7.9 – Material Gráfico:
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7.11 – Cooperação Interinstitucional - Serviços Públicos:
8. CRONOGRAMA
9. RESULTADOS ESPERADOS
O Projeto em questão espera proporcionar aos casais contemplados com o Casamento Civil Coletivo, a
regularização do regime conjugal, visando o fortalecimento da família, garantindo a sua inclusão social e a
garantia de proteção do Estado. O Código Civil de 2002 prevê a finalidade do casamento, de acordo com o
artigo 1.511:
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A data da realização do Casamento Civil Coletivo será no dia 23 de Março de 2018, as 18h00, no Parque Municipal do Idoso, localizado
a Rua Rio Mar, s/nº - Nossa Senhora das Graças/Manaus-AM.
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“O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de
direitos e deveres dos cônjuges.”
Espera-se, ainda, que a participação dessas famílias nos Projetos e Serviços ofertados pela
SEMMASDH tenha efetivo impacto, no sentido de propiciar o acesso às informações e a extensão do
conhecimento, com vistas ao desenvolvimento e ao fortalecimento de vínculos familiares e comunitários por
meio de uma formação social e política dos participantes, de forma a assegurar a proteção e promoção do (da)
cidadão (ã), fortalecendo o exercício da cidadania e a quebra de paradigmas, preconceitos enraizados, latentes
e ofensivos.
10. AVALIAÇÃO.
A avaliação do Projeto será realizada por meio de instrumentais próprios, criados pelo Grupo de
Trabalho (Comissão de Avaliação), Coordenado pelo Departamento de Direitos Humanos, sendo esse recurso
metodologicamente programado, será o referencial, que apresentará os resultados da eficácia, consolidada pelo
aprimoramento dos procedimentos adotados pelos Departamentos de Proteção Social Básica, Especial,
Cozinhas Comunitárias e ainda, pelo DDH, por meio do Projeto “A Educação em Direitos Humanos para a
Valorização Humana”, que visa potencializar a família em relação ao exercício dos direitos fundamentais.
Os resultados deverão ser apresentados em forma de Relatórios pelas Equipes, com vistas a analisar o
comportamento das famílias que participaram do Casamento Civil Coletivo, tendo como parâmetro, o grau de
satisfação das famílias antes e durante a realização deste Projeto.
Ciente:
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REFERÊNCIA:
Código Civil.
http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/2002/L10406.htm
O julgamento da ADPF 132 e da ADI 4277 e seus reflexos na seara do casamento civil
https://arpen-sp.jusbrasil.com.br/noticias/2978105/artigo-o-julgamento-da-adpf-132-e-da-adi-
4277-e-seus-reflexos-na-seara-do-casamento-civil
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