Análise de Falhas - Correias
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ANÁLISE DE QUEBRAS
Se você troca suas correias pelo menos mais de uma vez ao ano, é hora de investigar seu acionamento.
Reconhecer a causa da deterioração da correia poderá ser um desafio. Nesta seção, iremos determinar,
demonstrar e realizar um diagnóstico de alguns dos culpados comuns mais populares, assim você
estará pronto para corrigir o problema e adotar o protocolo preventivo para futuras ocorrências.
A figura 1 mostra uma falha de correia a 45 graus irregular, que é característica do cabo de tração, no final
de sua vida útil . Os dentes da correia sincronizadora também poderiam quebrar, mas neste caso,
considera-se ser um tipo imperfeito de quebra.
Depois de um determinado tempo de execução, os dentes da correia poderiam estar gastos, embora
eles devam manter a sua forma e tamanho originais, fibras salientes do revestimento poderiam atribuir
aos dentes da correia uma aparência distorcida como vemos na figura 2.
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ANÁLISE DE QUEBRAS
Não é necessária nenhuma ação corretiva para correias de longo período de uso. A vida útil da correia
pode variar expressivamente, dependendo da aplicação, devido a diversos fatores, incluindo o
ambiente, a condição da polia, o nível de potência transmitida, a tensão de instalação da correia, o
alinhamento do eixo, e até mesmo devido à forma como a correia foi manuseada antes e durante a
instalação.
Ÿ Falhas de vinco da Correia
Uma falha de correia do tipo “vinco” muito se assemelha a uma ruptura à tração em linha reta como
mostrado na Figura 3. Este tipo de ruptura pode acontecer quando os cabos de tração da correia são
instalados em torno de um diâmetro muito pequeno, um ângulo de rotação curto traz muitas forças de
compressão sobre os cabos de tração, fazendo com que as fibras individuais reduzam a resistência à
tração da correia.
Danos causados por vinco são frequentemente resultantes do mau manuseio da correia, tensão de
instalação da correia inadequada, diâmetros de polia sub-mínimos, e/ou a entrada de objetos estranhos
dentro da transmissão.
Vinco pode ocorrer devido ao manuseio incorreto, após práticas inadequadas de armazenamento,
acondicionamento e manuseio da correia ou ainda durante a instalação.
Uso de correias sub-tensionadas pode permitir que os dentes da correia saiam das polias até que uma
tensão nominal da correia seja alcançada. Isto é chamado “auto-tensionamento”. Quando uma correia
estiver se auto-tensionando, os dentes saem das ranhuras da polia, então a tensão do vão força os
dentes de volta para a polia, nesse momento em que os dentes da correia estão voltando,
frequentemente resulta em um ponto flexão acentuado e momentâneo, que pode resultar em ruptura do
cabo de tração da correia.
Submeter correias à diâmetros de flexão sub-mínimos, também pode resultar em falha do cabo de
tração ou no vinco (polias sincronizadas ou tensionadores), ou mesmo flexionar a correia manualmente
de maneira ríspida.
Essas cargas de choque são a reação de altas tensões na correia e podem atuar como um catalisador
para danos. Enquanto acionamentos em correia em V convencionais podem mostrar deslizamento sob
condições de carga de torque máximo, correias síncronas devem transmitir a magnitude global das
cargas de pico.
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ANÁLISE DE QUEBRAS
Os “trancos” podem ocorrer em quebras da correia com uma aparência irregular e estranha, como
ilustrado na figura 4.
A figura 5 mostra como as fissuras à raiz causadas por carga de choque podem proliferar através dos
dentes.
Fissuras formadas nas bases dos dentes, pode mover-se em direção às pontas ocasionando o
cisalhamento.
As cargas de choque poderiam ser criadas pela operação do equipamento acionado ou poderiam
resultar de condições ocasionais, como obstrução. Se as cargas de choque da unidade não puderem
ser excluídas, a resistência à tração da correia pode precisar ser elevada ou a correia de transmissão
alterada com um sistema de acionamento por correia em V mais indulgente capaz de deslizamento
intermitente.
Nesta parte, nos concentraremos sobre os efeitos do tensionamento inadequado da correia – desde a
aplicação de tensão de instalação excessiva até a tensão insuficiente – para ajudar a evitar a falha
prematuro da correia.
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Ÿ Alta Tensão de Instalação de Correia
Aplicar tensão de instalação excessiva a uma correia sincronizada, pode resultar em cisalhamento do
dente da correia ou, por vezes, em uma ruptura por estresse. Muitas correias que tiveram excesso de
tensão, exibem sinais evidentes de que as polias desgastaram as as áreas de repouso da correia.
A figura 6 exibe as áreas de repouso achatadas e uma fissura que se formou na raiz do dente. Uma
fissura de raiz se propaga ao longo do elemento de tração até a próxima fissura de raiz em seguida, os
dentes da correia irão se separar do corpo da correia e frequentemente cairão.
A figura 7 mostra uma correia que foi muito tensionada em grandes polias. O desgaste da área de
repouso de correia é excessivo e revelam os elementos de tração individuais. Portanto, para antecipar
problemas de desgaste de correia como estes, adequados níveis de tensão de instalação de correia
devem ser encontrados e definidos com precisão.
Atribuir uma tensão de instalação baixa para correias que operam em sistemas de acionamento de
moderado a pesadamente carregados, também pode resultar em danos intempestivos. Tensão
insuficiente pode criar “rotação de dente”, quando os dentes da correia saem de suas respectivas
ranhuras da polia (auto-tensionamento) e as cargas do acionamento não são aplicadas em suas raízes.
As cargas do acionamento empurram ainda mais para baixo os lados dos dentes da correia, fazendo
com que os dentes da correia se curvem (como um trampolim) e “girem”. A rotação do dente da correia
pode resultar na dilaceração de borracha na base dos dentes da correia abaixo do componente de
tração.
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À medida que as lacerações da borracha se propagam, os dentes da correia neste momento começam a
separar-se do corpo da correia em tiras, como mostra a figura 8. Danos devido à rotação do dente
importantes podem assemelhar-se à falhas causadas por uma baixa adesão de borracha aos cabos de
tração.
À medida que os dentes saem das ranhuras das polias para o auto-tensionamento, o engate da correia
ou o “pulo” dos dentes podem acontecer, então, o rompimento da borracha e a separação do dente da
correia podem ocorrer. Se o engrenamento da correia não ocorrer e a correia continuar a girar durante o
auto-tensionamento, um considerável desgaste do dente frequentemente ocorre. Este desgaste do
dente é referido como “desgaste tipo gancho”, tal como ilustrado na Figura 9.
Danos à correia do tipo “desgaste de ganho”, resultam da baixa tensão de instalação da correia ou de
estruturas frágeis da unidade. Se ocorrer flexão da distância entre centros enquanto o sistema do
acionamento estiver sob carga, a tensão estará diminuindo.
Aumentar os níveis de tensão de instalação da correia muitas vezes antecipa danos prematuros à
correia, devido à rotação dos dentes e ao desgaste tipo gancho. Se o aperfeiçoamento do nível de
tensão de instalação da correia não evitar esse tipo de dano, a estrutura da unidade não pode ser rígida o
suficiente para antecipar a deflexão. Um suporte estrutural adicional pode ser necessário para atualizar
o desempenho da correia. Se não for aplicável aumentar os níveis de tensão de instalação da correia,
melhorar os diâmetros da polia permitirá que cargas de acionamento mais elevadas sejam transmitidas
com uma tensão de correia mais baixa.
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Ÿ Desalinhamento da polia
Correias que trabalham em unidades com desalinhamento de eixo ou com polias cônicas, geralmente
apresentam um padrão de desgaste irregular pelos lados dos dentes da correia e compactação irregular
nas áreas de repouso (entre os dentes da correia) causados pela aplicação irregular de carga. Tais
danos ocorrem frequentemente a partir de fissuras de raiz dos dentes ou de lacerações iniciadas no lado
da correia que estiver realizando a maior parte da tensão e proliferando para a largura da correia,
resultando finalmente na divisão do dente. Uma borda da correia também pode mostrar desgaste
significativo causado por força de apoio e pode até rolar para cima ou tentar subir o flange da polia.
A Figura 10 ilustra o importante desgaste da borda da correia a partir de uma considerável força de apoio.
Correias que trabalham em polias flangeadas com desalinhamento paralelo, poderiam exibir desgaste
de borda da correia exagerado em ambas as bordas se a correia estiver comprimida entre os flanges
voltados um para o outro. Falhas à correia poderiam, então, acontecer por fissuras da raiz do dente ou
rasgos que iniciam a partir de ambas as extremidades da correia. Estas lacerações provavelmente
poderiam estender-se através de toda a largura da correia, resultando em cisalhamento do dente.
Correias que operam em uma associação de polias flangeadas e não flangeadas com desalinhamento
paralelo, poderão funcionar ou seguir curso parcialmente fora da(s) polia(s) não-flangeada(s). A parte da
correia que permanece engrenada na(s) polia(s) não-flangeada(s) suportará toda a carga de operação e
poderá desenvolver uma área concentrada de desgaste após funcionar desta forma por um determinado
período.
A figura 11 ilustra o desgaste concentrado através da maior parte da face do dente da correia com uma
porção relativamente não desgastada. Uma fissura de raiz também foi desenvolvida abaixo da área
desgastada. Isto pode vir a resultar em danos prematuros à correia causados por estresse ou fadiga ao
dente.
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ANÁLISE DE QUEBRAS
Falhas à correia precoces resultantes de polias desgastadas ou fora de especificação, são difíceis de
serem identificadas. Isto é parcialmente causado pelo fato de que as polias quase nunca são
cuidadosamente verificadas quando uma correia falha. Danos à correia precoces são quase sempre
identificados como sendo apenas culpa da correia.
Correias que são aplicadas em polias que estão fora dos requisitos dimensionais, frequentemente
mostram um alto nível de desgaste no lado do dente com o flanco do revestimento, expondo uma
aparência distorcida ou descamada, como ilustrado na figura 12.
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Correias trapezoidais (XL, L, H) falharão principalmente devido à fissuras na raiz do dente e
cisalhamento de dente. No entanto, quebras de tração não são raras.
A maior taxa de desgaste de polia poder acontecer devido a correias que foram montadas com alta
tensão de instalação.
Após um longo período de tempo, as correias, por vezes o revestimento dos dentes ou a cobertura, se
desgastam. Correias nessa condição mostram que um desgaste significativo de polia também poderia
ter acontecido. Correias desgastadas a este ponto também, ocasionalmente, permitem que os
elementos de tração da correia, ao entrar em contato com a polia, possam gerar um desgaste aos
dentes. Um sulco ao longo polia podera aparecer, como mostrado na Figura 14.
Atenção: Superfícies desgastadas na polia podem se tornar muito afiadas. É melhor usar uma chave de
fenda ou outra ferramenta para sentir o sulco, de modo a prevenir cortes aos dedos. Quando um sulco na
superfície for encontrado, as da polias devem ser trocadas.
As polias que se desgastam mais rapidamente são normalmente encontradas em ambientes abrasivos
como, cerâmicas e setor vidreiro.
Polias de uso geral mostram uma redução no diâmetro do acabamento exterior, bem como o desgaste
do dente. Uma falha de correia usual nas polias desgastadas, exibe um desgaste de repouso polido e
poderia ter dentes desgastados ao ponto de distorção dimensional extrema (desgaste tipo gancho).
Para prolongar a vida útil da polia em ambientes abrasivos, ela pode ser revestida com um acabamento
de cromo duro.
Outro sinal de desgaste considerável de polia é quando a vida útil de uma nova correia é evidentemente
reduzida em comparação às correias anteriores. Quando isso acontece, deve-se verificar
cuidadosamente as polias quanto a desgaste extremo.
Correias que trabalham em polias com desgaste radial, estão expostas a um aumento cíclico de queda
na tensão à medida que as polias giram. Tensões de pico cíclico criam áreas de repouso com uma
aparência achatada.
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Cisalhamento de dente e áreas de repouso achatadas são visíveis na Figura 15. Uma condição de área
de repouso achatada poderia aparecer de modo semelhante às correias com execução sob tensões
elevadas.
Nesta parte, nos concentraremos às condições ambientais – itens estranhos, degradação do ambiente,
calor e degradação química que podem impactar negativamente suas correias.
Ÿ Atmosfera abrasiva
Correias com execução em ambientes abrasivos em aplicações como peneiras vibratórias de fundição,
equipamentos de processamento de taconita, e máquinas de mineração de fosfato, geralmente
mostram um alto nível de desgaste de lateral de dente e de repouso de correia. Áreas desgastadas
geralmente têm uma aparência polida.
A figura 16 mostra uma correia Sincron-Chain, com considerável desgaste, que funciona em um
ambiente abrasivo extremo. O desgaste da polia é rápido em ambientes abrasivos, portanto, devem ser
trocadas juntamente com as correias.
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Ÿ Degradação pelo calor
Quando correias de borracha estão em ambientes com altas temperaturas (superiores a 85 °C), a
borracha endurece resultando em fissura à parte posterior devido à flexão. Estas fissuras normalmente
permanecem paralelas até os dentes da correia e acontecem basicamente em áreas de repouso (entre
os dentes da correia), como mostra a figura 17.
As correias basicamente falham por causa de cisalhamento do dente, que muitas vezes leva à fratura do
cabo de tração.
Construções correia de borracha de alta temperatura estão disponíveis. Esta concepção de correia
especial ajuda a melhorar a vida útil. Para definir se uma construção especial de correia para alta
temperatura, entre em contato com um representante.
Ÿ Degradação química
Ÿ Objetos estranhos
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A introdução de itens estranhos entre uma correia e a polia muitas vezes danifica tanto os dentes da
correia e quanto os cabos de tração. Cabos de tração são frequentemente fraturados internamente
(figura 18) ou falham posteriormente devido ao vinco, tal como ilustrado na figura 19.
Uma vez que uma parte dos cabos de tração tenha sido fraturada, a resistência à tração restante da
correia foi seriamente reduzida. Isto resulta geralmente em uma redução no tempo de vida útil. Se o
dano de detritos for perceptível, a correia deve ser trocada e as polias inspecionadas e se necessário
também substituí-las.
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