CursoApometria Auxílio Espiritual
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APOMETRIA
- Caracteres do Auxílio Espiritual e da Reforma
Íntima -
- 2016 -
476. Mas, não pode acontecer que a fascinação exercida pelo mau Espírito seja
de tal ordem que o subjugado não a perceba? Sendo assim, poderá uma terceira
pessoa fazer que cesse a sujeição da outra? E, nesse caso, qual deve ser a
condição dessa terceira pessoa?
“Sendo ela um homem de bem, a sua vontade poderá ter eficácia, desde que apele
para o concurso dos bons Espíritos, porque, quanto mais digna for a pessoa, tanto
maior poder terá sobre os Espíritos imperfeitos, para afastá-los, e sobre os bons, para
os atrair.
Todavia, nada poderá, se o que estiver subjugado não lhe prestar o seu concurso. Há
pessoas a quem agrada uma dependência que lhes lisonjeia os gostos e os desejos.
Qualquer, porém, que seja o caso, aquele que não tiver puro o coração nenhuma
influência exercerá. Os bons Espíritos não lhe atendem ao chamado e os maus não o
temem.” (LE)
478. Pessoas há, animadas de boas intenções e que, nada obstante, não deixam
de ser obsidiadas. Qual, então, o melhor meio de nos livrarmos dos Espíritos
obsessores?
“Cansar-lhes a paciência, nenhum valor lhes dar às sugestões, mostrar-lhes que
perdem o tempo. Em vendo que nada conseguem, afastam-se.” (LE)
Sabendo ser transitória a vida corporal e que as tribulações que lhe são inerentes
constituem meios de alcançarmos melhor estado, os Espíritos mais se afligem pelos
nossos males devidos a causas de ordem moral, do que pelos nossos sofrimentos
físicos, todos passageiros.
495-...Eles se acham ao vosso lado por ordem de Deus. Foi Deus quem aí os colocou
e, aí permanecendo por amor de Deus, desempenham bela, porém
penosa missão. Sim, onde quer que estejais, estarão convosco. Nem nos cárceres,
nem nos hospitais, nem nos lugares de devassidão, nem na solidão, estais separados
... Ah! se conhecêsseis bem esta verdade! Quanto vos ajudaria nos momentos de crise!
Quanto vos livraria dos maus Espíritos!...
... Interrogai os vossos anjos guardiães; estabelecei entre eles e vós essa terna
intimidade que reina entre os melhores amigos. Não penseis em lhes ocultar nada, pois
que eles têm o olhar de Deus e não podeis enganá-los. Pensai no futuro; procurai
adiantar-vos na vida presente.
Tendes guias, segui-los, que a meta não vos pode faltar, porquanto essa meta é o
próprio
Deus.... ...Não receeis fatigar-nos com as vossas perguntas. Ao contrário, procurai estar
sempre em relação conosco. Sereis assim mais fortes e mais felizes. São essas
comunicações de cada um com o seu Espírito familiar que fazem sejam médiuns todos
os homens, médiuns ignorados hoje, mas que se manifestarão mais tarde e se
espalharão qual oceano sem margens, levando de roldão a incredulidade e a
ignorância.... (trecho da questão no LE)
500. Momentos haverá em que o Espírito deixe de precisar, de então por diante,
do seu protetor?
“Sim, quando ele atinge o ponto de poder guiar-se a si mesmo, como sucede ao
estudante, para o qual um momento chega em que não mais precisa de mestre. Isso,
porém, não se dá na Terra.” (LE)
518. Assim como são atraídos, pela simpatia, para certos indivíduos, são-no
igualmente os Espíritos, por motivos particulares, para as reuniões de
indivíduos?
“Os Espíritos preferem estar no meio dos que se lhes assemelham. Acham-se aí mais
à vontade e mais certos de serem ouvidos. É pelas suas tendências que o homem atrai
os Espíritos e isso quer esteja só, quer faça parte de um todo coletivo, como uma
sociedade, uma cidade, ou um povo. Portanto, as sociedades, as cidades e os povos
são, de acordo com as paixões e o caráter neles predominantes, assistidos por
Espíritos mais ou menos elevados. Os Espíritos imperfeitos se afastam dos que os
repelem. Segue-se que o aperfeiçoamento moral das coletividades, como o dos
indivíduos, tende a afastar os maus Espíritos e a atrair os bons, que estimulam e
alimentam nelas o sentimento do bem, como outros lhes podem insuflar as paixões
grosseiras.”
MODELO
625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir
de guia e modelo?
“Jesus.”
Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode
aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que
ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de
quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.
a) - Como é que certas pessoas, que oram muito, são, não obstante, de mau
caráter, ciosas, invejosas, impertinentes, carentes de benevolência e de
indulgência e até, algumas vezes, viciosas?
“O essencial não é orar muito, mas orar bem. Essas pessoas supõem que todo o mérito
está na longura da prece e fecham os olhos para os seus próprios defeitos. Fazem da
prece uma ocupação, um emprego do tempo, nunca, porém, um estudo de si mesmas.
A ineficácia, em tais casos, não é do remédio, sim da maneira por que o aplicam.”
909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más
inclinações?
“Sim, e, freqüentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a
vontade. Ah! Quão poucos dentre vós fazem esforços!”
910. Pode o homem achar nos Espíritos eficaz assistência para triunfar de suas
paixões?
“Se o pedir a Deus e ao seu bom gênio, com sinceridade, os bons Espíritos lhe virão
certamente em auxílio, porquanto é essa a missão deles.” (459)
911. Não haverá paixões tão vivas e irresistíveis, que a vontade seja impotente
para dominá-las?
“Há muitas pessoas que dizem: Quero, mas a vontade só lhes está nos lábios.
Querem, porém muito satisfeitas ficam que não seja como “querem”. Quando o homem
crê que não pode vencer as suas paixões, é que seu Espírito se compraz nelas, em
consequência da sua inferioridade. Compreende a sua natureza espiritual aquele que
as procura reprimir.
Vencê-las é, para ele, uma vitória do Espírito sobre a matéria.” (LE)
Conhecimento de si mesmo
919. Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida
e de resistir à atração do mal?
“Um sábio da antigüidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”
Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e
inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu
anjo de guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar,
porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-
vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância,
sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes
“Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e,
finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa
consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.
Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a
qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não na poderia
ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na
aplicação de Sua justiça. Procurai também saber o que dela pensam os vossos
semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto esses nenhum
interesse têm em mascarar a verdade e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado
como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria
um amigo. Perscrute, conseguintemente, a sua consciência aquele que se sinta
possuído do desejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores,
como do seu jardim arranca as ervas daninhas; dê balanço no seu dia moral para, a
exemplo do comerciante, avaliar suas perdas e seus lucros e eu vos asseguro que a
conta destes será mais avultada que a daquelas. Se puder dizer que foi bom o seu dia,
poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida. “Formulai, pois,
de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las. Justo é
que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna.
Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na
velhice? Não constitui esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos
faz suportar fadigas e privações temporárias? Pois bem! Que é esse descanso de
alguns dias, turbado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação com o que
espera o homem de bem? Não valerá este outro a pena de alguns esforços? Sei haver
muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro. Ora, esta exatamente a
idéia que estamos encarregados de eliminar do vosso íntimo, visto desejarmos fazer
que compreendais esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida em vossa alma.
Por isso foi que primeiro chamamos a vossa atenção por meio de fenômenos capazes
de ferir-vos os sentidos e que agora vos damos instruções, que cada um de vós se
acha encarregado de espalhar. Com este objetivo é que ditamos O Livro dos Espíritos.”
MAIS SEGREDOS....
822. Sendo iguais perante a lei de Deus, devem os homens ser iguais também
REPOUSO
682. Sendo uma necessidade para todo aquele que trabalha, o repouso não é
também uma lei da Natureza?
“Sem dúvida. O repouso serve para a reparação das forças do corpo e também é
necessário para dar um pouco mais de liberdade à inteligência, a fim de que se eleve
acima da matéria.”
822. Sendo iguais perante a lei de Deus, devem os homens ser iguais também
perante as leis humanas?
“O primeiro princípio de justiça é este: Não façais aos outros o que não quereríeis
que vos fizessem.”
AGRADECIMENTO
535. Quando algo de venturoso nos sucede é ao Espírito nosso protetor que
devemos agradecê-lo?
“Agradecei primeiramente a Deus, sem cuja permissão nada se faz; depois aos bons
Espíritos que foram os agentes da sua vontade.”
Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem
contar com qualquer retribuição, e sacrifica seus interesses à justiça.
Se sob a sua dependência a ordem social colocou outros homens, trata-os com
bondade e complacência, porque são seus iguais perante Deus. Usa da sua autoridade
para lhes levantar o moral e não para os esmagar com seu orgulho.
Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Se, efetivamente, seguindo
o conselho de Santo Agostinho, interrogássemos mais amiúde a nossa consciência,
veríamos quantas vezes falimos sem que o suspeitemos, unicamente por não
perscrutarmos a natureza e o móvel dos nossos atos.
A forma interrogativa tem alguma coisa de mais preciso do que qualquer máxima, que
muitas vezes deixamos de aplicar a nós mesmos. Aquela exige respostas categóricas,
por um sim ou não, que não abrem lugar para qualquer alternativa e que são outros
tantos argumentos pessoais. E, pela soma que derem as respostas, poderemos
computar a soma de bem ou de mal que existe em nós.
A perda de um dedo mínimo, quando se esteja prestando um serviço, apaga mais faltas
do que o suplício da carne suportado durante anos, com objetivo exclusivamente
pessoal. (726)
“Só por meio do bem se repara o mal e a reparação nenhum mérito apresenta, se não
atinge o homem nem no seu orgulho, nem no seus interesses materiais.
“De que serve, para sua justificação, que restitua, depois de morrer, os bens mal
adquiridos, quando se lhe tornaram inúteis e deles tirou todo o proveito?
“De que lhe serve privar-se de alguns gozos fúteis, de algumas superfluidades, se
permanece integral o dano que causou a outrem?