Classificação Bibliográfica
Classificação Bibliográfica
Classificação Bibliográfica
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
2.2 Codificação........................................................................................... 4
4.3 Confidencial.......................................................................................... 8
5 ARQUIVAMENTO ....................................................................................... 9
5.2 Ordenação:........................................................................................... 9
1
11 CLASSIFICAÇÃO DE RANGANATHAN ................................................ 17
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 27
2
1 INTRODUÇÃO
2 O QUE É CLASSIFICAÇÃO?
3
Está previsto pelo CONARQ que a classificação deve ser realizada por
servidores treinados, de acordo com as seguintes operações:
2.1 Estudo
2.2 Codificação
IMPORTANTE! Quando o documento possuir anexo (s), este (s) deverá (ão)
receber a anotação do (s) código (s) correspondente (s).
Segundo Paes (2002, p. 20), os documentos podem ser classificados da
seguinte maneira:
2.3 Curiosidade:
Fonte: www.tfarma.it
a) Escritos ou textuais.
b) Cartográfico (perfis/mapas).
c) Iconográficos (imagem estática/cartazes).
d) Filmográficos (filmes).
e) Sonoros; (CDs, Fita Cassete).
f) Micrográficos (microfilme).
g) Informáticos.
4.1 Ultrassecreto
4.2 Secreto
4.3 Confidencial
4.4 Reservado
Esta classificação diz respeito aos assuntos que não devem ser do
conhecimento do público em geral. Recebem essa classificação, entre outros, partes
de planos, programas e projetos e suas respectivas ordens de execução; cartas,
fotografias aéreas e negativos que indiquem instalações importantes (PAES, 2005, p.
30).
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5 ARQUIVAMENTO
Fonte: www.tudouberaba.com.br
5.1 Inspeção:
Consiste no exame do (s) documento (s) para verificar se o (s) mesmo (s) se
destina (m) realmente ao arquivamento, se possui (em) anexo (s) e se a classificação
atribuída será mantida ou alterada.
5.2 Ordenação:
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Após a ordenação, os documentos classificados sob o mesmo código formarão
dossiês acondicionados em capas apropriadas com prendedores plásticos, com
exceção dos processos e volumes. Os dados referentes ao seu conteúdo (código,
assunto e, se for o caso, nome de pessoa, órgão, firma ou lugar) serão registrados na
capa de forma a facilitar sua identificação. Os dossiês, processos e volumes serão
arquivados em pastas suspensas ou em caixas, de acordo com suas dimensões.
Esta operação possibilita: – racionalizar o arquivamento, uma vez que numa
mesma pasta poderão ser arquivados vários dossiês correspondentes ao mesmo
grupo ou subclasse, diminuindo, assim, o número de pastas.
Exemplo:
Pasta: 061 – PRODUÇÃO EDITORIAL
Dossiês: 061.1 – EDITORAÇÃO. PROGRAMAÇÃO VISUAL
061.2 – DISTRIBUIÇÃO. PROMOÇÃO. DIVULGAÇÃO – organizar
internamente cada pasta, separando os documentos referentes a cada pessoa, órgão,
firma ou lugar, sempre que a quantidade de documentos justificar e desde que
relativos a um mesmo assunto.
Exemplo:
Pasta: 021.2 – EXAMES DE SELEÇÃO
Dossiês: Será criado um dossiê para cada tipo de exame e título de concurso,
ordenados alfabeticamente.
5.3 Arquivamento:
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6 ROTINAS CORRESPONDENTES ÀS OPERAÇÕES DE ARQUIVAMENTO
Fonte: papouniv.com.br
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folha de referência, arquivada em pasta suspensa, no assunto
correspondente, repetindo a operação sempre que chegar um novo
número.
8 FOLHA DE REFERÊNCIA
Especificações:
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Cor BRANCA
Via UMA
Formato A-4
Utilização ANVERSO
Instruções para preenchimento:
CÓDIGO DO ASSUNTO: indicar o código de classificação referente ao
assunto sob o qual a folha de referência estará arquivada, e que
corresponde realmente ao assunto secundário do documento.
RESUMO DO ASSUNTO: descrever resumidamente o conteúdo do
documento.
DADOS DO DOCUMENTO:
NÚMERO: indicar o número do documento a ser arquivado. Se não
houver, indicar s.n.
DATA: indicar a data do documento.
ESPÉCIE: indicar a espécie do documento: ofício, carta, memorando,
relatório, aviso ou outra.
REMETENTE: indicar o nome completo e a sigla do órgão de origem do
documento, ou seja, do órgão onde foi assinado o documento.
DESTINATÁRIO: indicar o setor para onde foi destinado o documento.
VER: indicar o código de classificação referente ao assunto sob o qual o
documento está arquivado.
Especificações:
Cor BRANCA
Via DUAS
Formato 11 x 15,5cm
Utilização ANVERSO
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CLASSIFICAÇÃO: indicar o código de classificação referente ao assunto
do documento a ser emprestado.
RESUMO DO ASSUNTO: descrever resumidamente o conteúdo do
documento.
REQUISITADO POR: indicar o nome do órgão/unidade administrativa e
do servidor responsável pela solicitação.
DATA: indicar a data do empréstimo.
ENCAMINHADO POR: indicar o nome completo do servidor do arquivo
que está efetuando o empréstimo e a assinatura deste.
RECEBIDO POR: indicar o nome completo do servidor que está
recebendo o documento e a assinatura deste.
DEVOLVIDO EM: indicar a data da devolução do documento.
Fonte: 2.bp.blogspot.com
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James Duff Brown nasceu em Edimburgo, na Escócia, concluiu seus estudos
com doze ou treze anos, após sua formação dedicou sua vida a leitura,
particularmente em biblioteconomia, música e literatura. Trabalhou para vários
editores e livrarias de bibliotecas, logo começou a trabalhar como assistente na
Biblioteca Mitchaell Glasgow. Depois se mudou para Londres para trabalhar na
Biblioteca Pública Clerkernwell. Ele criou dois sistemas de classificação que não
servia para coleções grandes, por serem muito rígido: “Quinn-Brown Classification” e
“Adjustable Classification”.
Posteriormente idealizou um sistema de classificação intitulado de “Subject
Classification” que teve sua primeira publicação em 1906 considerada, na época, um
bom sistema de classificação, sendo usado em muitas bibliotecas inglesas por vários
anos, na qual introduziu o livre acesso às estantes. (BARBOSA, 1969).
Na época o bibliotecário Brown chegou a ser reconhecido como Dewey da
Inglaterra, pois tinha energia surpreendente, mostrava-se comprometido, e
interessado em todos os aspectos da biblioteca e da biblioteconomia, foi um dos
primeiros a escrever livros sobre biblioteconomia e o criador do único sistema de
classificação do país.
A partir desta posição, foi reconhecido e prestigiado no mundo das bibliotecas
e da biblioteconomia, pois no final do século XIX e no início do XX na Inglaterra, deu
contribuição muito importante para a área da biblioteconomia.
Fonte: www.febab.org.br
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De acordo com o que foi explanado acima, percebemos que James Duff Brown
se destacou por ter elaborado o sistema de classificação, “Sbject Classification”
(Classificação de Assunto), no qual trouxe o desenvolvimento na biblioteconomia
dando subsídio para a evolução de outros sistemas.
Fonte: mlb-s1-p.mlstatic.com
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Seu sistema é dividido em quatro grandes classes: Filosofia; Ciência; História;
Tecnologia e Arte.
As obras gerais dos outros sistemas são chamadas por Bliss de Classes
numéricas anteriores.
Em suma, a classificação de Bliss dá liberdade ao classificador, porém,
infelizmente, seu sistema não apresenta explicações nem exemplos de sua aplicação,
tornando-o de difícil aprendizado.
11 CLASSIFICAÇÃO DE RANGANATHAN
Fonte: www.icarlibrary.nic.in
O mais atual sistema de classificação foi criado pelo indiano Shiyali Ramanrita
Ranganathan. Nascido em 1892, Ranganathan estudou na Hind High School, em
Shiali, e conseguiu a graduação em matemática no Christian College, da Universidade
de Madras.
Com a sua nomeação, em 1924, de bibliotecário da Madras University Library,
Ranganathan começou a desencadear um profundo interesse na área de
Biblioteconomia, principalmente por classificações e administração de bibliotecas,
passando então a estudar na School of Librarianship, da Universidade de Londres.
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Seguindo conselhos de Berwick Sayers, “Ranganathan dedicou-se à leitura de
obras de Biblioteconomia, estagiou na Croydon Public Libraries e visitou diversas
bibliotecas da Grã-Bretanha” (PIEDADE, 1977, p.156).
A partir desta divergência, Ranganathan idealizou um sistema de classificação
analítico-sintético, o qual motivou profunda mudança nos estudos teóricos de
classificação. A necessidade de criar um novo sistema, surgiu dos estudos dos
sistemas até então existentes, observando suas aplicabilidades em várias bibliotecas
e verificando as limitações de cada um quanto à abrangência de todos os aspectos
de um assunto.
O seu sistema, considerado bem mais elástico que os demais, adotou “o uso
dos dois pontos (:) como símbolo para correlacionar ideias diferentes” (BARBOSA,
1969, p. 165). Daí sua nomeação, Colon Classification ou Classificação dos Dois
Pontos.
Em 1925, ao voltar da Índia, aplicou seu novo sistema de classificação na
Universidade de Madras. Reconheceu que Bliss teria influenciado nas suas teorias de
classificação.
A numeração do capítulo foi feita de forma paralela, sempre com o capítulo
seguinte retomando o anterior.
A primeira edição da Colon Classification data de 1933, seguindo com edições
revisadas e acrescentadas até 1960.
Sua estrutura está dividida em 41 classes principais (main classes). A notação
é mista, utilizando algarismos arábicos, letras maiúsculas e minúsculas, letras gregas
e sinais gráficos, além de indicadores especiais de faceta. Ela é totalmente
expressiva, hierárquica e altamente mnemônica. “É o único esquema com uma série
completa de regras explícitas” (LANGRIDGE, 1977, p. 91). As tabelas auxiliares são
divididas em subdivisões geográficas, políticas, orientadas, fisiográficas, cronológicas,
por línguas e comuns.
Ranganathan reconhece cinco tipos de relacionamento entre assuntos: 1.
General; 2. Bias; 3. Comparacion; 4. Difference; 5. Influencing.
Sua empregabilidade atual é em bibliotecas da Índia, porém exercendo forte
influência sobre estudiosos e autores de classificações nos atuais estudos.
O que pode ser destacado, é que este sistema é pioneiro da classificação
moderna e ainda o único esquema geral completamente facetado, além de ser único
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quanto à coerência e sistematização. Ele certamente exercerá a mais forte atração
naquele que procura a perfeição.
12 LIBRARY OF CONGRESS
Fonte: blogs.loc.gov
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especialistas, derivando daí as pequenas diferenças que ocorrem de uma classe para
outra.
As classes são publicadas independentemente umas das outras, e cada uma
tem seu próprio índice, sofrendo revisões e acréscimos, conforme a expansão do
acervo, publicadas quadrimestralmente no L.C. Classification: Addition and changes.
Em sua estrutura a ordem alfabética é frequentemente utilizada. Na notação, a
classificação é mista, contendo letras maiúsculas, e algarismos arábicos, de 1 a 9.999,
precedidos por um ponto, chamada de números-de-Cutter, por ser semelhante as
conhecidas Author marks, projetadas por Cutter.
A Classificação da Library of Congress baseou-se em 21 classes principais,
representadas de A-Z, exceto pelas letras I, O, N, X e Y, deixadas para futuras
expansões, sendo igualmente adotada por diversas bibliotecas dos EUA e no mundo.
O sistema da Biblioteca do Congresso tem a flexibilidade para classificar
qualquer tipo de material, é muito detalhado, bastante enumerativo, porém recorrente
à síntese, quando aplicada suas inúmeras tabelas auxiliares. É um esquema prático,
para aqueles que acreditam em soluções simples.
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Fonte: linux2.fbi.fh-koeln.de
Fonte: www.web2learning.net
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Exceto por obras gerais e ficção, as obras são classificadas principalmente por
assunto, com extensões para relações entre assuntos, local, época ou tipo de
material, produzindo números de classificação de no mínimo três dígitos e de tamanho
máximo indeterminado, com um ponto decimal antes do quarto dígito.
Como qualquer sistema de classificação, a CDD tem seus pontos negativos e
positivos. Para tanto, aqui, vale salientar apenas os pontos positivos, como sua grande
flexibilidade, o sistema de Dewey é altamente memorizável e sempre atualizado por
novas edições ou por suplementos.
Fonte: 1.bp.blogspot.com
A Classificação Decimal Universal surgiu no início do ano 1892. Foi criada pelo
advogado belga Paul Otlet (1868-1944) e o professor Henri La Fontaine (1853-1843).
Ambos tinham um interesse em comum, pois compreendendo a necessidade de
melhorar a organização para o controle da bibliografia, fundaram Office International
de Bibliographie, com a finalidade de organizar uma bibliografia universal que foi
intitulada de Repertoire Bibliographique universal. (PIEDADE, 1977).
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Essa classificação tinha seu controle por assunto, para atender melhor às
necessidades dos pesquisadores. Na Europa o catálogo era em forma de livro
ordenado segundo um sistema de classificação, a ampliação da bibliografia em ficha
significou uma inovação para os europeus.
No ano de 1895, foi realizada a primeira Conferência Internacional Bibliográfica
em Bruxelas. Nessa conferência foi criado o Instituto Internacional de Bibliografia (IIB),
contando com a presença de nomes ilustres da bibliografia Internacional. (BARBOSA,
1969).
Otlet e La Fotaine converteram o repertório recortando as referências do
Cataloguo of Prinded Books do British Museum e montando-os em fichas, mas como
precisavam de um sistema metódico para ordenação de fichas, utilizaram a
Classificação Decimal de Dewey como subsídio para elaboração e ordenação da
Classificação Decimal Universal, que antes era conhecida como Classificação de
Bruxelas. Em 1905 foi publicada a primeira edição do novo sistema que vem passando
por transformações e expansão a cada edição lançada, comprovando-se que hoje, é
um sistema de classificação utilizado em várias bibliotecas no mundo.
Nesse contexto, percebe-se que a CDU foi originada da Classificação de
Dewey, e, segundo Sales (apud PIEDADE, 2008) [...] um sistema hierárquico, com
base filosófica, mas que devido ao emprego de sinais gráficos, esboça uma tentativa
de classificação em facetas, que surge conscientemente apenas com a Classificação
de Dois Pontos de Ranganathan. A maior articulação veiculada por meio de
dispositivos sintagmáticos para traduzir linguagem natural por meio de notações, fez
com que a CDU se tornasse o primeiro sistema de classificação a viabilizar a síntese
de dois ou mais assuntos. Com suas divisões de classes principais e subdivisões
derivadas da CDD, a CDU avança a Classificação preconizada por Dewey ao adotar
em suas notações sistemas semióticos que cumprem funções distintas de
relacionamento entre os assuntos. As notações da CDU podem ser formadas por
números, letras, símbolos gregos, marcas de pontuação, ou ainda a combinação de
todos.
24
Fonte: 3.bp.blogspot.com
“Qualquer que seja a sua forma externa a essência de uma biblioteca é uma
coleção de materiais organizados para uso” (McGarry, 1999, p.111). Hoje, no mundo
moderno, onde a gestão da informação é uma das principais atividades do profissional
da informação, o seu papel social, conforme sugerido por Barretto (1999) é também o
de gerenciar estoques da informação, para uso. A disseminação é a segunda vertente
da preservação, para preservar é preciso dar a conhecer e efetivar a sua utilização.
Antes da era digital as coleções e o acesso a elas desenvolviam-se de forma
isolada. Na nova era, esse desenvolvimento será coordenado, haverá também a
necessidade de fazer hiperligações para mapear os recursos informacionais de outras
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bibliotecas que possam complementar as falhas e atender a todas as necessidades
de uso (Cunha, 1999, p.259).
Os fundamentos da ciência da biblioteca, a Biblioteconomia, baseiam-se na
disponibilização de acervos de documentos para uso, e podem ser resumidos
como se segue:
Que a biblioteca existe principalmente para tornar possível o uso, por um
dado público, de suas coleções de documentos;
Que os conhecimentos contidos nos documentos e mantidos nas
bibliotecas devem ser transferidos;
Que a função social da biblioteca enquanto uma instituição social está,
principalmente, em ser a interface, ou a mediadora entre indivíduos e o
conhecimento que eles necessitam (Miksa, 1991; Oliveira, 1998).
As Diretrizes para promoção de Redes de Conteúdos Informacionais destacam
os seguintes pontos relacionados ao acesso informacional:
1. Viabilizar o acesso às fontes de conhecimento, informações e dados
produzidos/registrados pelo Governo, pela Sociedade e pelos indivíduos que
constituem a nação brasileira;
2. Criar canais próprios para os deficientes físicos, analfabetos e cidadãos
de menor poder aquisitivo, para prover a justiça nas oportunidades de acesso à
informação;
3. Promover o acesso à produção artística, cultural e científica produzidas
por nossas instituições, seja mediante a oferta de metodologias/tecnologias para
sua organização seja mediante o financiamento de projetos prioritários.
O Programa Sociedade da Informação do Brasil tem dentre os seus objetivos
qualitativos globais - o de Educação para a Sociedade da Informação. Este objetivo
desafia o desenvolvimento de um programa de treinamento e formação para o mundo
virtual, desde a preparação de especialistas em Tecnologias da Informação para
projeto, construção, instalação, operação e manutenção de sistemas e serviços
digitais em rede até a popularização em massa dos elementos essenciais da
Sociedade da Informação, essencial para o acesso de todos ao mundo informatizado
e conectado.
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BIBLIOGRAFIA
PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1986. 162 p.
27
SALES, Rodrigues de. Tesauro e ontologias sob a luz da teoria comunicativa da
terminologia. 2008. 210 f. Dissertação (Mestrado em ciência da informação) –
Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Ciência da informação e
documentação, Florianópolis, 2008.
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