Determinação Da Exigência EDPB para Tilápia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR PALOTINA
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AQUICULTURA E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

WILLIAM FRANCO CARNEIRO

Determinação da exigência de proteína/energia digestível para a tilápia do


Nilo com rações a base de farelo de soja e milho

Palotina
2016
WILLIAM FRANCO CARNEIRO

Determinação da exigência de proteína/energia digestível para a tilápia do


Nilo com rações a base de farelo de soja e milho

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Aquicultura e Desenvolvimento
Sustentável do Setor Palotina, Departamento de
Zootecnia da Universidade Federal do Paraná,
como requisito parcial para obtenção do título
de Mestre em Aquicultura e Desenvolvimento
Sustentável.
Área de concentração: Produção de organismos
aquáticos
Orientador: Prof. Dr. Fábio Meurer
Coorientadora: Prof.ª Dr.ª Leda Maria
Saragiotto Colpini

Palotina
2016
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Carneiro, William Franco


C289 Determinação da exigência de proteína /energia digestível
para a tilápia do Nilo com rações a base de farelo de soja e
milho / William Franco Carneiro. - Palotina, 2016.
62f.

Orientador: Fábio Meurer


Coorientador: Leda Maria Saragiotto Colpini
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Paraná,
Setor Palotina, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura e
Desenvolvimento Sustentável.

1. Aquicultura. 2. Nutrição. 3. Oreochromis niloticus.


I. Meurer, Fábio. II. Colpini, Leda Maria Saragiotto. III. Universidade
Federal do Paraná.

CDU 639.3

Ficha catalográfica elaborada por Aparecida Pereira dos Santos – CRB 9/1653
Agradecimentos

À minha família, pelo grande exemplo de vida, educação, incentivo e apoio nos
momentos mais difíceis;

À Tharyn, que como sempre demonstrou muita paciência nos momentos essenciais,
respeito pelo meu trabalho e, por muitas vezes me ajudou;

Ao Prof. Dr. Fábio Meurer, pela orientação, paciência, confiança, conselhos concedidos
e pela amizade tornando possível a realização deste trabalho;

Aos companheiros de Laboratório em Palotina: Marcos, Rafael, Petra, Ramon, Isabeli,


Gilson e Zilli, pela ajuda no trabalho;

Aos estagiários do Laboratório de Pesquisa em Jandaia do Sul: Antônio, Luiz e João


Victor pela ajuda nas análises bromatológicas;

À minha coorientadora Profa. Dra. Leda pelo auxílio e conselhos na realização das
análises bromatológicas;

Ao Prof. Dr. Rodrigo Thom pelas conversas e ajuda nas análises estatísticas;

Ao CNPq, pelo financiamento da pesquisa;

À CAPES pela bolsa concedida,

Aos demais colegas que de alguma forma contribuíram com o trabalho.


“Try not.
Do… or do not.
There is no try.”
Yoda
Determinação da exigência de proteína/energia digestível para a tilápia do
Nilo com rações a base de farelo de soja e milho

RESUMO

Nos últimos anos, os estudos sobre a aquicultura aumentaram rapidamente, principalmente na


área de piscicultura, que é o setor da produção de alimentos que mais cresce hoje no mundo.
Neste contexto, a produção mundial de tilápias tem se destacado, especialmente na utilização
eficiente dos alimentos de origem vegetal e dos carboidratos da dieta usados como fonte de
energia, que reduz os custos com a alimentação. Este trabalho teve como objetivo determinar a
exigência de proteína e energia digestíveis para a tilápia do Nilo de 200 a 450g, com dietas a
base de soja e milho. Para isso, foram formuladas vinte rações com cinco níveis de proteína
digestível (PD): 14, 19, 24, 29 e 34% e quatro de energia digestível (ED): 2.600, 2.800, 3.000
e 3.200Kcal/ kg-1. Foram distribuídas 360 tilápias do Nilo, revertidas sexualmente, em 60
unidades experimentais de polietileno com 1.000L de volume útil cada. Os animais foram
alimentados às 8h, 13h e 17h de cada dia, a temperatura e o oxigênio avaliados diariamente e
as demais variáveis semanalmente. Ao final de 96 dias de experimento, foram observadas
interações entre PDxED (p<0,05) para peso final (PF), ganho de peso (GP), ganho de peso
diário (GPD), gordura visceral (GV), rendimento de filé (RF), taxa de crescimento específico
(TCE), conversão alimentar aparente (CAA) e taxa de eficiência proteica (TEP). Os teores de
umidade, proteína, extrato etéreo e matéria mineral dos filés e da carcaça foram analisados e
apresentaram interação entre PDxED apenas para proteína bruta em ambos os casos. O melhor
desempenho dos animais foi verificado com o tratamento de 24% de PD e 3.000Kcal/ kg-1 de
ED, o RF aumentou de forma significativa (p<0,05) com o aumento dos níveis de PD na dieta.
O tratamento com 34% de PD e 2.600Kcal/ kg-1 de ED apresentou o melhor RF e a TEP
diminuiu com o aumento dos níveis de PD nas dietas. Para a composição de carcaça, a maior
deposição de proteína foi com o tratamento de 29% de PD e 2.800Kcal/ kg-1 de ED, diferindo
significativamente (p<0,05) dos demais. Para a composição de proteína bruta do filé o
tratamento com 34% de PD e 2.600Kcal/ kg-1 de ED apresentou os maiores valores,
diferentemente dos demais tratamentos (p<0,05). Com base nesses resultados verificados para
o desempenho produtivo dos animais, recomenda-se a utilização de 24% de PD e 3.000Kcal/
kg-1 de ED para tilápias de 200g a 450g.

Palavras-chave: aquicultura, nutrição, Oreochromis niloticus


Determination of protein requirement/digestible energy for Nile tilapia with
diets based on soybean meal and corn

ABSTRACT

In recent years, studies about aquaculture increased rapidly, especially in the pisciculture area,
which is the sector of food production fastest growing in the world today. In this context, the
world production of tilapia has been outstanding, especially in the efficient use of plant foods
and dietary carbohydrates as an energy source, which reduces the cost of feeding. This study
aimed to determine the requirement of protein and digestible energy for Nile tilapia from 200
to 450g, with diets based on soybean and corn. For this, twenty diets were formulated with five
levels of digestible protein (PD): 14; 19; 24; 29 and 34% and four digestible energy (ED): 2,600;
2,800; 3,000 and 3,200 Kcal/ kg-1. 360 Nile tilapias were distributed in 60 experimental units
of polyethylene with 1,000L- of useful volume each. The animals were fed at 8h, 13h and 17h
each day, the temperature and oxygen were evaluated daily and the other variables weekly. At
the end of 96 days of the experiment, interactions were observed between PDxED (p<0.05) for
final weight (PF), weight gain (GP), daily weight gain (GPD), visceral fat (GV), fillet yield
(RF), specific growth rate (TCE), apparent feed conversion (CAA) and protein efficiency ratio
(TEP). The moisture levels, protein, ether extract and mineral matter of fillets and carcasses
were analyzed and presented interaction between PDxED only for crude protein in both cases.
The best performance of the animals was verified with the treatment of 24% of PD and
3,000Kcal/ kg-1 of DE, RF increased significantly (p<0.05) with increasing of PD levels in the
diet. The treatment with 34% of PD and 2.600Kcal/ kg-1 of ED showed the best RF and TEP
decreased with increasing of PD levels in the diets. For the carcass composition, the higher
protein deposition was with the treatment of 29% of PD and 2,800Kcal/ kg-1 of ED, significantly
different (p<0.05) from the others. For crude protein fillet composition the treatment with 34%
of PD and 2,600Kcal/ kg-1 of ED showed the highest values, unlike the other treatments
(p<0.05). Based on these results verified for the productive performance of the animals, it is
recommended to use 24% of PD and 3,000Kcal/ kg-1 of ED for tilapia from 200 to 450g.

Keywords: aquaculture, nutrition, Oreochromis niloticus


LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Unidades produtivas de tilápia (pontos no mapa) em todo o território nacional (área
clara no mapa representa locais onde não houve recenseamento). Fonte: Ministério da Pesca e
Aquicultura, Censo Aquícola Nacional, 2012. ......................................................................... 14

Figura 2. Parâmetros de qualidade de água ao longo do período experimental ....................... 30

Figura 3. Interação PDxED para peso final médio de tilápias do Nilo, alimentadas com
diferentes níveis de proteína e energia digestível. .................................................................... 33

Figura 4. Interação PDxED para ganho de peso de tilápias do Nilo, alimentadas com diferentes
níveis de proteína e energia digestível ...................................................................................... 34

Figura 5. Interação PDxED para ganho de peso diário de tilápias do Nilo, alimentadas com
diferentes níveis de proteína e energia digestível ..................................................................... 34

Figura 6. Gordura visceral de tilápias do Nilo, alimentadas com diferentes níveis de proteína e
energia digestível. ..................................................................................................................... 34

Figura 7. Interação PDxED para rendimento de filé de tilápias do Nilo, alimentadas com
diferentes níveis de PD e ED. ................................................................................................... 35

Figura 8. Interação PDxED para taxa de crescimento especifico de tilápias do Nilo, alimentadas
com diferentes níveis de PD e ED ............................................................................................ 35

Figura 9. Interação entre PDxED para conversão alimentar de tilápias do Nilo, alimentadas com
diferentes níveis de proteína digestível e energia digestível .................................................... 36

Figura 10. Conversão alimentar de tilápias do Nilo, alimentadas com diferentes níveis de
proteína digestível independentemente do nível energético ..................................................... 36

Figura 11. Interação entre PDxED para taxa de eficiência proteica de tilápias do Nilo,
alimentadas com diferentes níveis de proteína digestível e energia digestível ........................ 37

Figura 12. Interação entre PDxED para proteína bruta na carcaça de tilápias do Nilo,
alimentadas com diferentes níveis de proteína digestível e energia digestível. ....................... 38
Figura 13. Interação entre PDxED para proteína bruta no filé de tilápias do Nilo, alimentadas
com diferentes níveis de proteína e energia digestíveis. .......................................................... 40
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Exigência de proteína para tilápia do Nilo, proteína bruta (PB) e digestível (PD). . 18

Tabela 2. Composição alimentar das rações com níveis crescentes de proteína e energia
digestíveis para tilápia do Nilo. ................................................................................................ 25

Tabela 3. Composição centesimal das rações com níveis crescentes de proteína e energia
digestíveis para tilápia do Nilo, com base na matéria natural. ................................................. 26

Tabela 4. Medidas corporais de tilápia do Nilo alimentadas com níveis crescentes de proteína e
energia digestíveis. ................................................................................................................... 31

Tabela 5. Desempenho de tilápias alimentadas com rações com níveis crescentes de proteína e
energia digestíveis para tilápia do Nilo. ................................................................................... 32

Tabela 6. Composição centesimal das carcaças de tilápia do Nilo alimentadas com níveis
crescentes de proteína e energia digestíveis, com base na matéria natural. ............................. 38

Tabela 7. Composição centesimal de filés de tilápia do Nilo alimentadas com níveis crescentes
de proteína e energia digestíveis, com base na matéria natural. ............................................... 39

Tabela 8. Glicose plasmática de tilápia do Nilo alimentadas com níveis crescentes de proteína
e energia digestíveis, com base na matéria natural................................................................... 40
Dissertação elaborada e formatada conforme as
normas da ABNT, disponível em:
<http://www.campuspalotina.ufpr.br/sites/default/
files/RefABNT.pdf>
SUMÁRIO
1 Introdução ........................................................................................................................ 11
2 Referencial Teórico ......................................................................................................... 12
2.1 Aquicultura mundial e brasileira..................................................................................... 12
2.2 Tilápia ............................................................................................................................. 12
2.3 Alimentação de peixes .................................................................................................... 14
2.3.1 Proteína .................................................................................................................... 15
2.3.2 Energia ..................................................................................................................... 19
2.3.4 Relação energia/ proteína ......................................................................................... 21
3 Material e Métodos .............................................................................................................. 23
3.1 Localização e período experimental ............................................................................... 23
3.2 Material biológico e instalações...................................................................................... 24
3.3 Rações, processamento e manejo alimentar.................................................................... 24
3.4 Qualidade de água ........................................................................................................... 27
3.5 Desempenho zootécnico ................................................................................................. 28
3.6 Determinação da composição química corporal e do filé ............................................... 29
3.7 Colheita do sangue .......................................................................................................... 29
3.8 Análise estatística ........................................................................................................... 30
4 Resultados ........................................................................................................................ 30
4.1 Qualidade de água ........................................................................................................... 30
4.2 Desempenho zootécnico ................................................................................................. 31
4.3 Composição química da carcaça e filé ............................................................................ 37
4.4 Glicose plasmática .......................................................................................................... 40
5 Discussão .............................................................................................................................. 41
5.1 Qualidade de água ........................................................................................................... 41
5.2 Desempenho zootécnico ................................................................................................. 41
5.3 Avaliação química da carcaça e do filé........................................................................... 45
5.4 Glicose plasmática .......................................................................................................... 45
5.5 Correlações entre os parâmetros de desempenho e composição bromatológica ............ 46
6 Conclusões ............................................................................................................................ 47
Referências .............................................................................................................................. 48
11

1 INTRODUÇÃO

Apesar do Brasil possuir uma extensa área oceânica equivalente a 8.400km e uma área
de 5.500.000 hectares de lâmina d’água (BRASIL, 2013), possui uma produção anual de
pescados abaixo de outros países da América Latina, como Peru, Chile e México (MPA, 2012).
A produção de pescado no Brasil em 2009 foi de 1.264.765 toneladas, sendo que 394.340
toneladas foram provenientes da aquicultura continental (MPA, 2012).
A atividade aquícola encontra-se pouco estruturada, com dificuldades na obtenção de
licenças, manejo inadequado e carência de assistência técnica qualificada (SIDONIO et al.,
2012). Além disso, de acordo com os mesmos autores, com uma política de pesquisa e
desenvolvimento para espécies com potencial e uma profissionalização da atividade, a
aquicultura no Brasil poderá ser bastante desenvolvida. A exportação de tilápia do Nilo
(Oreochromis niloticus ) no primeiro trimestre de 2016 já ultrapassou o total de exportação no
ano de 2015. As exportações de tilápia no Brasil durante os primeiros três meses de 2016
totalizaram 188,8 toneladas no valor de USD 1,5 milhões, enquanto no mesmo período em 2015
exportações totais foram de 5 toneladas no valor de USD 49 500 (+3.675% e 2.872%,
respectivamente) (EMBRAPA, 2016). Esse crescimento na produção de tilápias é devido a um
aumento nas pesquisas da sua cadeia produtiva e ao desenvolvimento de variedades melhoradas
(ALMEIDA et al., 2014).
A produção da tilápia Nilo apresenta como grandes vantagens o rápido crescimento, a
rusticidade e uma boa conversão alimentar (VIEIRA et al. 2005). Além desses fatores
favoráveis ao cultivo de tilápia, outros são o baixo custo quando comparado a outras espécies,
o custo com a produção de alevinos, alimentação e a qualidade da carne (LAHAV e RA’NAM,
1997). As tilápias utilizam eficientemente os alimentos de origem vegetal (PEZZATO, 2001) e
os carboidratos da dieta como fonte de energia (VIOLA e ARIELI, 1983, SHIAU, 1997),
quando comparadas as outras espécies de peixes comumente cultivados (DEGANI e REVACH,
1991), o que reduz os custos com a alimentação.
Em criações comercias de tilápia do Nilo são encontradas rações com aproximadamente
32% de proteína bruta em fase de engorda e terminação, nível acima do recomendado na
literatura, sobretudo se considerar o hábito alimentar onívoro da tilápia. Como esse peixe
dispensa um elevado teor de proteína para satisfazer suas necessidades, muitos estudos estão
sendo realizados para determinar a sua exigência adequada, principalmente com alimentos de
12

origem vegetal, que visa reduzir os custos de produção. Desse modo, este trabalho objetivou
determinar a exigência de proteína e energia digestíveis para tilápia do Nilo de 200 a 450g.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Aquicultura mundial e brasileira

A aquicultura mundial apresentou no período de 1969 a 2009 uma taxa de crescimento


de 3,2% (FAO, 2012). Já em 2012, a produção de pescado foi de 158 milhões de toneladas e
destas, 136,2 milhões de toneladas foram destinadas a alimentação humana; deste quantitativo,
aproximadamente 69,6 milhões de toneladas foram oriundas da pesca e as outras 66,6 milhões
de toneladas da produção aquícola (FAO, 2014). Todo esse crescimento se deve a um aumento
populacional, de renda e a conscientização dos benefícios proporcionados pelo consumo de
pescado (IBGE, 2013).
A produção de pescado brasileira em 2010 foi de aproximadamente 1,25 milhões de
toneladas de pescado, sendo 38% cultivados. O Produto Interno Bruto (PIB) gerado pela
atividade foi de aproximadamente USD 2,7 bilhões e mobilizou um total de 800 mil
profissionais entre pescadores e aquicultores, gerando aproximadamente 3,5 milhões de
empregos diretos e indiretos. O crescimento da aquicultura no período de 2003 a 2009 foi de
278 mil toneladas para 415 mil, respectivamente (MPA, 2010).
Já a produção da piscicultura atingiu 60,2% de crescimento apenas no período de 2007
a 2009. Dentre as diversas espécies cultivadas comercialmente no Brasil, a tilápia do Nilo ocupa
o primeiro lugar, como espécie mais produzida no país e, isoladamente, a sua produção
aumentou 105% somente entre 2003 e 2009 (MPA 2010).

2.2 Tilápia

As tilápias são originárias da África e do Oriente Médio e as primeiras pesquisas com


enfoque na sua criação tiveram início no Congo Belga (atual Zaire) no começo do século XIX.
A partir da década de 20, o Quênia intensificou a produção de tilápia, mas a sua difusão para
outros locais do mundo ocorreu a partir da Malásia (CAMPO, 2006).
No estado de São Paulo, na década de 50, chegaram as primeiras espécies de tilápia,
provenientes do Congo Belga, através de um programa chamado “peixamento” da empresa
13

“Light”, atual Eletropaulo (AZEVEDO, 1955). A tilápia do Nilo, introduzida duas décadas mais
tarde, foram trazidas da Costa do Marfim pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca
(DNOCS), que realizava o “programa brasileiro de produção de juvenis”, DNOCS, e importou
60 espécimes de O. niloticus (MAINARDES-PINTO,1989; CASTAGNOLLI, 1992), sendo
uma das espécies que mais se adaptou ao nosso clima, devido a sua alta prolificidade e
precocidade sexual. Foram introduzidas com objetivo de povoar reservatórios públicos, no
entanto sua disseminação ocorreu de forma desordenada, ocorrendo vários problemas de
anomalias genéticas e perda de variabilidade genética devido à dificuldade de evitar
acasalamento entre indivíduos parentes (OLIVEIRA et al., 2011).
A expansão da tilapicultura no Brasil ocorreu somente na década de 90, com a
importação de tilápias (WAGNER et al., 2004). Foram introduzidos cerca de 20.800 indivíduos
de O. niloticus variedade Chitralada, importados do Agricultural and Aquatic Systems, do
“Asian Institute of Technology” (AIT), com sede na Tailândia (BORGES et al., 2005;
ZIMMERMANN, 1999). Em 2005 a variedade GIFT (genetically improved farmed tilapia) foi
introduzida no Brasil, com a importação de 480 indivíduos (RESENDE et al., 2010).
O sucesso obtido na produção de tilápias se deve ao conhecimento de técnicas de
reversão sexual, em que eram produzidos plantéis monossexo. A possibilidade de produzir
peixes para pesque-pague e indústrias de filetagem no Sul e Sudeste por um preço alto também
contribuiu para o desenvolvimento da tilapicultura (LOVSHIN, 2000). A tilápia do Nilo
apresentou bons resultados na piscicultura brasileira devido a sua rusticidade, crescimento
rápido, fácil adaptação ao confinamento (OLIVEIRA et al., 2007), resistência a temperaturas
elevadas, baixa concentração de oxigênio dissolvido e alta concentração de amônia na água.
Além disso, é capaz de utilizar a produtividade primária dos viveiros e possui características
que permitam a sua utilização em ensaios científicos, devido às facilidades de manejo e de
reprodução ao longo do ano (POPMA e PHELPS 1998).
Atualmente, a O. niloticus representa mais de 90% das tilápias cultivadas no Brasil
(MPA, 2008), onde foram encontradas cerca de 8.855 unidades produtivas dessa espécie
(Figura 1), com destaque a região Sul, que corresponde a 41% do total e possui a maior parte
destas unidades (MPA, 2012).
14

Figura 1. Unidades produtivas de tilápia (pontos no mapa) em todo o território nacional (área clara no
mapa representa locais onde não houve recenseamento). Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura,
Censo Aquícola Nacional, 2012.

Em relação ao mercado, o principal produto da tilapicultura, o filé, é bem aceito pelo


consumidor, pois possui boas características organolépticas e nutritivas, como, carne saborosa,
textura firme, baixo teor de gordura e ausência de espinhos intramusculares em forma de “Y”
(mioceptos). Esse peixe é amplamente consumido no Brasil, Europa e Estados Unidos e é
comercializado a partir de 350g; apresenta excelente rendimento de filé, que pode variar entre
30 a 40% em exemplares com peso médio de 450g (HILSDORF 1995).
A tilápia possui hábito alimentar onívoro e fácil aceitação de dietas artificiais, sendo
capaz de aproveitar o amido como fonte de energia (TACHIBANA, 2007). Pode ser cultivada
tanto em água doce como estuarina ou salobra (EL-ZAEEM et al. 2013, DE OCA et al., 2015).

2.3 Alimentação de peixes

O manejo alimentar adequado requer conhecimentos básicos sobre a espécie a ser criada
e é influenciada por diversos fatores. Pelo alto custo das dietas (50 a 70%), a alimentação
representa um item importante, principalmente nos sistemas mais intensivos, sendo necessário
considerar o desempenho e também a influência do manejo alimentar sobre a qualidade da água
(MOREIRA, 2001; El-SAYED, 2006).
O alto custo das rações para a aquicultura é causado principalmente, pelo preço dos
ingredientes proteicos e do custo de processamento. Isso leva a uma incessante busca por
15

ingredientes alternativos que permitam a produção de rações economicamente viáveis para a


obtenção de peixes com preços compatíveis ao mercado consumidor.
Para cada ingrediente utilizado na formulação de rações, além do valor nutricional
determinado por análises proximais, é imprescindível considerar as alterações decorrentes da
presença de fatores antinutricionais, os quais podem mudar significativamente a disponibilidade
dos nutrientes da dieta (PEZZATO, 2001).
A digestibilidade é outro aspecto de extrema importância na avaliação dos alimentos
(DEGANI et al., 1997) quanto a sua eficiência biológica (HANLEY, 1987). O valor nutricional
dos alimentos baseia-se não somente na composição química, mas também na quantidade de
nutrientes e de energia que o peixe pode absorver e utilizar (NRC, 2011).
Para formulação rigorosa de dietas são requeridas pesquisas adicionais com relação a
exigência nutricional de cada espécie. Sem dados precisos de digestibilidade dos alimentos,
muitas rações são formuladas com superdosagens de ingredientes, elevando o custo da dieta,
ou subdosagens ocasionando redução no crescimento e desempenho dos animais. É
imprescindível a utilização de ingredientes altamente digestíveis em condições de cultivo
intensivo em que a acumulação de alimentos não digeridos polui a água, aumentando o custo
de tratamento da mesma, além de elevar a chance de ocorrerem patologias nos peixes, o que
pode causar mortalidade (ALBERNAZ, 2000).
Com o crescimento vertiginoso da aquicultura mundial, a utilização de alimentos de
origem vegetal podem melhorar a eficiência da produção, além do barateamento dos custos com
as rações. No Brasil, o uso de sistemas de produção cada vez mais intensivos, tem pressionado
os fabricantes de alimentos a elaborar dietas nutricionalmente completas de alta digestibilidade,
específicas para cada fase de crescimento (ONO, 1998).

2.3.1 Proteína

As proteínas possuem importante papel nos processos biológicos, uma vez que as
transformações moleculares que definem o metabolismo celular são mediadas pela catálise
proteica. Proteínas são moléculas complexas e muito versáteis nos sistemas vivos, pois atuam
em diversas funções essenciais como: catalisadores, no transporte e armazenamento de outras
moléculas (oxigênio) e as que geram força mecânica e eletroquímica (VOET et al., 2014).
As proteínas são consideradas os principais constituintes orgânicos dos tecidos dos
peixes e quando digeridas, são hidrolisadas em aminoácidos livres, que serão distribuídos por
meio da corrente sanguínea para os órgãos e tecidos. Com isso, serão formadas novas proteínas,
16

destinadas ao crescimento, reprodução e manutenção. Estas funções consistem na formação e


manutenção dos tecidos, formação de anticorpos, hormônios, enzimas, transporte de minerais
e, para peixes carnívoros, são fontes de energia (NRC, 2011).
Considerada o componente mais importante dos tecidos, a proteína é o macro nutriente
essencial na dieta. Sua exigência é priorizada em estudos nutricionais por apresentar o mais alto
custo alimentar, uma vez que o nível utilizado é significativamente alto em um sistema
piscícola, comparado a animais terrestres. O preço da ração está relacionado principalmente ao
teor de proteína, de modo que a alimentação dos peixes pode ter um custo de produção acima
de 60% (RIBEIRO et al., 2012; FERREIRA et al., 2013). Dessa forma, um dos principais
objetivos na nutrição de peixes é a utilização de uma fonte de proteína de qualidade que
apresente alta digestibilidade e bom balanço de aminoácidos, obtendo assim máxima
incorporação e bom aproveitamento para o crescimento corporal e desempenho dos animais.
As rações de peixes, em relação a aves e suínos, possuem elevado teor de proteína, sendo
os valores mais elevados para espécies carnívoras. As dietas devem conter entre 24 e 50% de
proteína bruta (MOREIRA, 2001; NRC, 2011; PEZZATO et al., 2004). A elevada exigência
proteica na dieta pode ser explicada pelo fato de os peixes apresentarem um consumo inferior
de energia, principalmente por não precisarem manter a regulação da temperatura corpórea,
como no caso dos animais homeotérmico e serem capazes de utilizar mais eficientemente a
proteína como fonte de energia, uma vez que a excreção dos subprodutos do metabolismo dos
aminoácidos (íon amônio – NH4+ ou amônia não ionizada – NH3) é feito passivamente pelas
brânquias, com reduzido custo energético (PEZZATO et al., 2004).
Os trabalhos científicos têm demonstrado grandes variações na exigência proteicas para
mesma espécie, que ocorre pela falta de padronização das condições experimentais
(MOREIRA, 2001). A determinação da exigência proteica para todas as fases de crescimento
dos peixes é bastante complexa, visto que muitos fatores podem influenciar essa exigência,
entre eles destacam-se a temperatura, pois peixes em temperatura de conforto térmico
necessitam de maior aporte de proteína para o crescimento; a fase que o animal se encontra,
uma vez que peixes mais jovens necessitam de mais proteína para o crescimento que peixes
adultos; as formas de arraçoamento empregadas, considerada fundamental pois na alimentação
ad libitum todos os peixes tem acesso a alimentação, visto que em alimentações controladas
nem todos os animais consomem a mesma quantidade de alimento (BROWN e ROBINSON,
1989; FRACALOSSI e CYRINO, 2013; REBOUÇAS et al., 2013). Quando estabelecidas as
exigências e empregado o fornecimento adequado deste nutriente, além de reduzir os custos de
17

produção pode–se diminuir a excreção de nutrientes ao ambiente aquático (GONÇALVES e


FURUYA, 2004).
A proteína deve ter prioridade em estudos de nutrição, por estar diretamente relacionada
com o ganho de peso (MEYER e FRACALOSSI, 2004). Devido ao seu elevado custo, devem
ser incorporadas nas dietas de peixes somente o necessário para mantença normal e
crescimento, com o uso de proteína como fonte energética sendo indesejável (WATANABE,
2002).
Várias pesquisas foram realizadas para a determinação das exigências em proteína para
tilápia do Nilo (Tabela 1). A maioria foi realizada com peixes na fase de larva ou alevino e sob
diferentes condições alimentares, principalmente quanto à fonte proteica utilizada nas rações.
18

Tabela 1. Exigência de proteína para tilápia do Nilo, proteína bruta (PB) e digestível (PD).
PD (%) PB (%) Peso (g) Fonte proteica Referência

- 28-30 Larvas Farinha de peixe De Silva e Pereira (1985)


- 30 3,5-10 Caseína Wang et al. (1985)
- 34 1–5 Farinha de peixe De Silva et al. (1989)
- 30-40 0,8-40,0 Farinha de peixe Siddiqui et al. (1988)
- 40 0,51 Farelo de soja + Farinha de peixe Al Hafedh (1999)
- 38,6 Pós larvas Far. Peixe¹ + F. Soja² + Far. Visc.³ Hayashi et al. (2002)
- 20,0 28 60-427 F. peixe / Silagem peixe / F. soja² Assano (2004)
- 27,5 125 Farelo de soja + Farelo de trigo Furuya et al. (2005)
- 25 61,9 Farelo de soja + Farelo de trigo El‐Saidy e Gaber (2005)
- 28 0,8 Farelo de soja Bomfim et al. (2008)
- 42 0,011 Farelo de Soja + Farinha de Vísceras Meurer et al. (2008)
22,0 - 30 F. Soja²+L. Cana4+ F. Algodão5/Protenose Gonçalves et al. (2009)
- 36/32 60-170g/170-700 Ração Comercial Freato et al. (2012)
- 30 7,44 Farelo de soja +Farinha de peixe Li Yan et al. (2013)
29,3/31,04 - Pós larvas/ 0,84-6,5 Farelo de soja Bueno Junior (2014)
29 - 32 - 450 a 800 F. Soja²+F. trigo6+ F. Car. Ossos7+F. Visc.³ Koch et al. (2014)
28,9 – 27,5 - 148 F. Soja²+ F. Trigo+F. Aves8 Fernandes Junior et al. (2016)
1
Farinha de peixe, Farelo de soja, Farinha de Vísceras, Levedura de Cana, Farelo de algodão, Farelo de Trigo, 7Farinha de Carne e ossos,
2 3 4 5 6
8
Farinha de aves.
19

2.3.2 Energia

Uma das condições necessárias para que os processos fisiológicos estejam em


funcionamento é o suprimento constante de energia, que é obtida pelos peixes através do
alimento ingerido ou de reservas corporais na forma de gordura, proteína e glicogênio
(KAUSHIK e MÉDALE, 1994). As funções metabólicas dos peixes são sustentadas pela
energia oriunda basicamente de fontes de proteínas, carboidratos, lipídeos e seus constituintes,
os ácidos graxos (TOCHER, 2003).
A energia não é considerada um nutriente, mas o resultado da oxidação de componentes
orgânicos do alimento consumido ou das reservas corporais de proteína, gorduras e glicogênio
(SMITH, 1989; KAUSHIK e MÉDALE, 1994;). A energia é de fundamental importância para
a realização das funções bioquímicas, fisiológicas, formação de novos tecidos, manutenção do
balanço osmótico indispensável à sobrevivência, crescimento e reprodução (SAMPAIO, 1998,
BICUDO, 2008).
Os peixes por serem animais pecilotérmicos não necessitam manter a temperatura
corporal constante, exigindo deste modo menos energia dietética. Quando comparados a
animais terrestres, como mamíferos e aves, apresentam menor gasto de energia para manterem
a sua postura na água (LOVELL, 19881; PANNEVIS e HOULIHAN, 1992).
A amônia, o resíduo nitrogenado primário do catabolismo proteico em peixes
(BUTTERY e LINDSAY, 2013), é facilmente liberada para água através da difusão pelas
brânquias, quando o gradiente de concentração é favorável (HARGREAVES e KUCUK, 2001).
Desta forma apresentam um gasto energético inferior ao de mamíferos e aves que excretam
ureia e ácido úrico respectivamente. A exigência energética dos peixes varia de acordo com a
idade, peso, espécie e temperatura da água, que influencia diretamente a temperatura corpórea
e consequentemente a taxa de metabolismo (WEBSTER e LIM, 2002).
As principais fontes de energia não proteica utilizadas são os lipídeos e carboidratos, de
modo que este último apresenta menor custo, tem boa disponibilidade e são fontes rápidas de
energia (MOHANTA et al., 2009). Além disso, os carboidratos podem ser adicionados às dietas
e são eficientemente utilizados como energia pelos peixes onívoros (KROGDAHL et al., 2005).
Alguns carboidratos apresentam propriedades aglutinantes, característica de grande interesse
na confecção das dietas, principalmente no processo de extrusão.
Contrariamente a essas características dos carboidratos, altos níveis de lipídeos como
fonte de energia podem trazer problemas durante a extrusão das rações e também afetar a
qualidade corpórea do animal (ERFANULLAH e JAFRI, 1998; MOHANTA et al., 2009).
20

A utilização de carboidratos apresenta diferenças entre os peixes, as quais são


influenciadas pela fonte e complexidade dos carboidratos (RAWLES e GATLIM III, 1998).
Espécies tropicais de água doce, onívoras e herbívoras utilizam carboidratos de forma mais
eficiente quando comparadas a espécies de água fria, carnívoras e peixes marinhos (WILSON,
1994).
Peixes carnívoros e de águas frias apresentam secreção e atividade de amilase limitadas
ao trato intestinal, sendo suficiente apenas para digerir pequenas quantidades de carboidratos.
Outro aspecto que dificulta a digestão desses nutrientes nos peixes carnívoros é que seu trato
gastrintestinal é bastante curto, impossibilitando a adequada digestão e absorção dos
carboidratos mais complexos
No entanto, em alguns estudos foram relatados melhor utilização de alimento e retenção
de proteína em truta-arco-íris (Oncorhynchus mykiss), salmão do Atlântico (Salmo salar),
enguia europeia (Anguilla anguilla) e carpas indianas (Catla catla, Labeo rohita) alimentados
com baixos níveis de carboidratos quando comparados a dietas sem carboidratos (BERGOT,
1979; DEGANI e VIOLA, 1987; HEMRE et al., 1995; ERFANULLAH e JAFRI, 1998).
Os peixes apresentam uma digestão relativamente rápida de carboidratos. A atividade
da enzima -amilase tem sua produção restrita ao pâncreas e intestino, principalmente, em
espécies onívoras e herbívoras (Seixas Filho, et al., 1999). A maior parcela da digestão ocorre
principalmente no intestino e cecos pilóricos (SILVEIRA et al., 2009). As secreções intestinais
contêm um grande número de enzimas, incluindo as três maiores classes, que são as proteases,
as lipases e as carboxilases. As glândulas de Lieberkühn secretam enzimas intracelulares como
a sacarase, maltase, oligo-1,6-glicosidase, entre outras. Há uma abundância de carboxilases nas
espécies herbívoras, ocorrendo o contrário com os carnívoros, presumivelmente devido às
diferenças no hábito alimentar. As enzimas necessárias para a degradação da maioria dos
carboidratos da dieta são as dissacarídeos, endoglicosidases e oligossacarídeos (RIBEIRO et
al., 2012).
Os lipídeos têm papel fundamental na fisiologia de peixes, pois somado a proteína são
considerados os principais constituintes orgânicos dos tecidos corporais (GARCIA et al., 2013),
podendo ser armazenados no fígado e serem mobilizados rapidamente para lipoproteínas e
ácidos graxos livres, de modo a serem utilizados por outros tecidos (VAN RAAIJ et al.,1995).
Os processos de digestão, absorção e transporte de lipídeos em peixes são similares aos
processos observados em mamíferos, com algumas diferenças em função da complexidade do
trato digestivo e das diferenças anatômicas dos pescados quando comparadas às várias espécies.
Esta variabilidade ocorre em função do hábito alimentar dos animais (peixes onívoros,
21

herbívoros ou carnívoros), que determina, entre outros aspectos, o comprimento do trato


digestivo e a produção enzimática de cada espécie (Ribeiro et al., 2007).
Em um estudo sobre o desempenho de larvas de tilápia do Nilo (21,0 ± 4,0 mg) durante
a fase de reversão sexual, com cinco níveis de energia digestível (ED):3.300, 3.525, 3.750,
3.975 e 4.200 Kcal/ kg-1, o aumento nos níveis de ED proporcionou a redução no desempenho
(BOSCOLO et al. 2005). Já os estudos que utilizaram alevinos de tilápia do Nilo (0,62 ± 0,12
g) alimentadas com seis dietas (2.900, 3.025, 3.150, 3.275 e 3.400 kcal de ED) não
apresentaram diferenças para os parâmetros de desempenho avaliados (BOSCOLO et al.,
2006).
Diferentes fontes de energia (lipídeos e carboidratos) para juvenis de tilápia do Nilo em
dietas com mesma relação P:E, com níveis de energia (20,12; 16,61 e 13,71 KJ/g de dieta),
proporcionaram o melhor desempenho com 16,61 KJ/g de dieta e o lipídeo como fonte de
energia (TRAN-DUY et al., 2008). Van Trung e colaboradores (2011) afirmam que exigência
diária de ED pela tilápia do Nilo em diferentes classes de peso, 10,0; 50,0; 100,0; 500,0 e 1000,0
g foi de 7,74; 19,48; 29,14; 75,36 e 114,33 kJ/peixe/dia, respectivamente.
Segundo Teixeira e colaboradores (2013), o aumento dos níveis de energia levou a um
incremento no teor de lipídio e à redução dos níveis de proteína corporal de juvenis de surubim
Pseudoplatystoma sp., a exigência determinada para o melhor ganho de peso foi com 4.850 kcal
kg-1 de EB.
Da Silva Camargo e colaboradores (1998) propuseram que o nível de 3.300 kcal de
energia metabolizável em dietas para tambaqui (Colossoma macropomum), de 30 a 180g,
proporcionaram melhores resultados para ganho de peso e conversão alimentar aparente.
McGoogan e Gatlin III (1999) testaram cinco dietas (3.610; 3.800; 3.990; 4.200 e 4.390
Kcal/ kg-1 de ED) para juvenis de red drum (Sciaenops ocellatus), com peso inicial de 35 g. Os
autores concluíram que os níveis energéticos não proporcionaram diferenças no ganho de peso
e eficiência alimentar; entretanto ocorreu um aumento nos índices de gordura visceral conforme
os níveis de energia aumentaram nas dietas.

2.3.4 Relação energia/ proteína

Atualmente, os peixes de cultivo têm apresentado carcaças com elevado teor de gordura
visceral, o que torna essencial o estudo entre a relação proteína/energia na produção de peixes.
O consumo de alimentos está diretamente influenciado pela quantidade de energia na
dieta, uma vez que uma dieta que apresenta baixa relação entre E/P mostra redução na taxa de
22

crescimento e de deposição proteica, parte da proteína será consumida como fonte energética
(NRC, 2011).
Dietas com excesso de energia não proteica e alta relação E/P pode levar a inibição da
ingestão voluntária antes que haja o consumo da quantidade suficiente de aminoácidos (PAGE
e ANDREWS, 1973). Isso pode causar um acúmulo excessivo de lipídeos e prejudicar a
utilização de outros nutrientes, visto que os níveis de consumo são determinados pela energia
total disponível na dieta (LOVELL, 1988; COLIN et al., 1993).
Os níveis de consumo alimentar com base no conteúdo calórico das dietas foram
observados por Lee e Putnam (1973) em estudo com trutas. Os mesmos autores relataram que
a utilização da proteína e a taxa de retenção proteica aumentaram com os maiores níveis de
amido na ração, mostrando efeito poupador da proteína pelo amido, característica essa
recomendada, considerando que seria mais econômico para a produção de peixes (SAMPAIO,
1998). Nesse sentido Meyer e Fracalossi (2004) também relataram que estudos que variaram as
concentrações de energia e proteína demonstraram que os peixes têm capacidade de economizar
proteína à medida que outras fontes de energia, tais como carboidratos e lipídeos, são incluídas
às dietas.
É de suma importância o fornecimento de uma dieta com adequada relação
energia/proteína para que se obtenha uma produção de peixes com bom desempenho e altos
rendimentos de carcaça e filé. Assim, como uma possível diminuição no custo de produção
através da redução do preço das rações utilizadas comercialmente, é possível existir uma
produção sustentável e com menor descarga de nutrientes para o meio aquático (DE SILVA et
al., 1989).
Diversos estudos avaliaram os efeitos de diferentes relações energia/proteína. Nas
variadas condições e formas de formulações de dietas os valores para relação energia/proteína
nesse trabalho oscilou entre 6,9 – 14,256 kcal ED/g proteína bruta ou proteína digestível
(GONÇALVES, 2007).
Para tilápia do Nilo é recomendada 22% de proteína digestível e 3.000 Kcal/ kg-1 de
energia digestível, com base no conceito de proteína ideal, desde que respeitada a exigência dos
demais nutrientes e que sejam utilizados alimentos de alto valor biológico (GONÇALVES et
al., 2009).
Testando dietas com diferentes níveis de PB e ED (30, 35, 40, 45 e 50% de PB e 3.000,
4.000 e 5.000 Kcal/ kg-1 ED) para pós larvas de tilápia do Nilo (O. niloticus) foi observado nas
dietas contendo 3.000Kcal/ kg-1 o pior crescimento e as melhores com as dietas de 35 e 40% de
proteína bruta. As dietas com 45% de proteína bruta e 4.000 Kcal/ kg-1 de energia digestível
23

apresentaram o melhor desempenho (EL SAYED e TESHIMA, 1992).


Dietas com 35% de PB e 3.500 Kcal/ kg-1 de ED proporcionaram melhores resultados
para desempenho zootécnico em alevinos de piavuçu (Leporinus macrocephalus)
(BITTENCOURT et al., 2010). Alevinos de lambari (Astyanax bimaculatus) apresentaram um
melhor desempenho com dietas contendo 2.900 kcal kg-1 de ED com 32 ou 38% de PB
(COTAN et al., 2006).
Reidel e colaboradores (2010) testaram seis dietas (25; 30 e 35% de PB e 3.250 e 3.500
Kcal/ kg-1 de ED) determinaram que o maior rendimento de tronco para jundiás (Rhamdia
quelen) foi obtido em dietas com 30% de PB, independentemente do nível energético. Os
mesmos autores relatam que os melhores resultados foram proporcionados pelas dietas
contendo 30,0% PB e 3.250 kcal ED/kg-1 de ração.
Apesar dos vários estudos realizados, é difícil interpretar qual a melhor relação
energia/proteína, dado que, a forma de avaliação é diferente em cada estudo, sendo essas
diferenças relacionadas à espécie, hábito alimentar, peso dos peixes, ingredientes, forma de
apresentação dos nutrientes (bruto, digestível, metabolizável), entre outros (GONÇALVES,
2007).
O uso de rações a base de farelo de soja e milho para a alimentação da tilápia do Nilo é
uma grande vantagem do ponto de vista econômico. São ingredientes que apresentam pouca
variação no valor nutricional, o que facilita a formulação em locais onde não há possibilidade
de realizar análises centesimais. Ao contrário de ingredientes vegetais, a variação na
composição é muito instável, em alimentos de origem animal. Além da variação encontrada nas
farinhas de peixe, esta pode conter contaminantes orgânicos e/ou químicos, como metais
pesados, os quais tendem a acumular desde os níveis tróficos iniciais.
Com isso, objetivou-se determinar a exigência de proteína e energia digestíveis para
tilápia do Nilo de 200 a 450g, com rações a base de farelo de soja e milho.

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Localização e período experimental

O experimento foi conduzido no Laboratório de Sistemas de Produção do Pescado da


Universidade Federal do Paraná, Setor Palotina, no período de janeiro a maio de 2015,
totalizando 96 dias. Foi aprovado na Comissão de Ética e Uso de Animais da Universidade
24

Federal do Paraná, Setor Palotina, em 26 de abril de 2013, sob protocolo n°05/2013-


CEUA/Palotina.

3.2 Material biológico e instalações

Foram utilizados 360 juvenis de tilápia do Nilo, linhagem GIFT, provenientes de uma
população monosexo masculina, de uma piscicultura comercial (Piscicultura Demarco). Antes
do período experimental os peixes foram aclimatados por aproximadamente 60 dias nas
unidades experimentais. Ao atingirem o peso médio de 200g ± 10g foram distribuídos em um
delineamento fatorial 5x4 com três repetições, utilizando 60 caixas de polietileno com 1.000
litros de volume útil.
A aeração de cada unidade experimental era composta por uma mangueira de silicone
com uma pedra porosa, ligadas a uma tubulação conectada a um soprador elétrico (1 cv). As
unidades experimentais foram acopladas a um sistema de recirculação com filtragem física e
biológica de água. Foram utilizados 4 caixas de 2.000L, as duas primeiras para remoção das
partículas maiores em suspensão e as duas últimas para filtragem biológica. Após passar pelo
sistema de filtragem, a água era conduzida para 2 tanques com 30 m³ de volume útil, para
decantação e nova filtragem biológica por meio de macrófitas aquáticas (Eichornia crassipes),
de onde eram bombeados para o sistema novamente, cada tanque de decantação continha uma
bomba elétrica (3/4 cv).
3.3 Rações, processamento e manejo alimentar

Os alimentos foram processados em moinho de facas e martelos (peneiras com


granulometria de 0,5mm) e após a moagem foram acondicionados em sacos plásticos e
mantidos ao abrigo do sol e calor até a sua utilização. As rações experimentais foram compostas
pelos seguintes níveis de energia digestível: 2.600, 2.800, 3.000, e 3.200 kcal e pelos níveis
crescentes de proteína digestível: 14, 19, 24, 29 e 34% (Tabela 2 e 3).
25

Tabela 2. Composição alimentar das rações com níveis crescentes de proteína e energia digestíveis para tilápia do Nilo.
Composição em alimentos
Proteína Energia
digestível(%) Farelo de Farelo de Celulose CaHPO4 Premix®¹ Óleo de BHT² Calcário Sal
digestível(Kcal/ kg-1)
soja Milho soja
2600 22,46 62,99 10,69 2,79 0,5 0 0,01 0,45 0,5
2800 21,11 70,94 4,11 2,731 0,5 0 0,01 0,08 0,5
14
3000 20,54 74,26 0 2,71 0,5 1,37 0,01 0,10 0,5
3200 21,30 69,82 0 2,74 0,5 5,04 0,01 0,08 0,5

2600 36,76 48,60 10,99 2,521 0,5 0 0,01 0,11 0,5


2800 35,41 56,54 4,42 2,46 0,5 0 0,01 0,01 0,5
19
3000 34,75 60,42 0 2,43 0,5 1,20 0,01 0,17 0,5
3200 35,50 55,98 0 2,46 0,5 4,88 0,01 0,15 0,5

2600 51,06 34,19 11,30 2,25 0,5 0 0,01 0,17 0,5


2800 49,17 42,14 4,72 2,2 0,5 0 0,01 0,22 0,5
24
3000 48,96 46,59 0 2,16 0,5 1,03 0,01 0,24 0,5
3200 49,71 42,15 0 2,20 0,5 4,71 0,01 0,22 0,5

2600 65,36 19,80 11,59 1,983 0,5 0 0,01 0,24 0,5


2800 64,01 27,74 4,03 1,92 0,5 0 0,01 0,28 0,5
29
3000 63,16 32,75 0 1,88 0,5 0,87 0,01 0,31 0,5
3200 63,91 28,32 0 1,91 0,5 4,54 0,01 0,29 0,5

2600 79,66 11,89 11,90 1,71 0,5 0 0,01 0,30 0,5


2800 78,31 13,34 5,32 1,65 0,5 0 0,01 0,35 0,5
34
3000 77,36 18,92 0 1,61 0,5 0,70 0,01 0,38 0,5
3200 78,12 14,48 0 1,645 0,5 4,37 0,01 0,35 0,5
¹Complemento vitamínico e mineral, níveis de garantia por quilograma do produto: vit. A -1.200.000 UI; vit. D3 - 200.000 UI; vit. E - 12.000 mg; vit. K3 - 2.400
mg; vit. B1 - 4.800 mg; vit. B2 - 4.800 mg; vit. B6 - 4.000 mg; vit. B12 - 4.800 mg; ácido fólico - 1.200 mg; pantotenato de cálcio - 12.000mg; vit. C - 48.000
mg; biotina - 48 mg; colina - 65.000 mg; niacina -24.000 mg; Fe -10.000 mg; Cu - 6.000 mg; Mn - 4.000 mg; Zn - 6.000 mg; I -20 mg; Co - 2 mg; Se -20
mg.²BHT = Butil Hidroxi Tolueno. CaHPO4, fosfato bicálcico.
26

Tabela 3. Composição centesimal das rações com níveis crescentes de proteína e energia digestíveis
para tilápia do Nilo, com base na matéria natural. (Continua)
Energia Composição Centesimal
Proteína
digestível (Kcal/ EB2 MS3 EE4
digestível (%) PB1 (%) MM5 (%)
kg-1) (%) (%) (%)
14 2.600 16,62 3779,53 90,13 2,22 5,15
2.800 16,74 3839,58 89,79 2,39 5,59
3.000 16,21 3952,43 90,18 3,67 5,55
3.200 16,83 4156,04 90,10 7,04 5,00

19 2.600 22,33 3830,67 89,94 1,76 6,32


2.800 22,42 3890,32 89,60 2,30 4,90
3.000 22,63 3997,67 90,14 3,65 4,88
3.200 22,60 4200,15 88,49 7,01 5,67

24 2.600 26,29 3885,19 89,26 1,93 6,13


2.800 27,76 3942,15 89,59 1,48 6,31
3.000 27,94 4049,06 88,17 3,14 7,66
3.200 27,11 4246,84 89,26 6,33 6,45

29 2.600 33,16 3921,02 88,93 1,08 6,73


2.800 32,82 3976,07 89,15 1,74 6,85
3.000 32,66 4081,53 88,50 2,34 7,64
3.200 32,87 4282,70 89,27 6,62 6,74

34 2.600 38,19 3983,66 89,68 1,11 7,47


2.800 38,36 4040,59 88,83 1,18 7,66
3.000 38,31 4132,39 89,03 2,21 7,30
3.200 38,56 4333,94 88,80 5,59 7,36
Nutrientes calculados (%)
Proteína Energia
Fibra Metionina
digestível (%) digestível (Kcal/ Amido Gordura Lisina
bruta Cistina
kg-1)
2.600 42,27 3,20 2,55 0,78 0,51
14 2.800 47,05 3,50 2,63 0,79 0,53
3.000 49,03 5,00 2,66 0,75 0,53
3.200 46,37 8,4 2,62 0,76 0,53

2.600 35,23 2,92 3,12 1,1 0,64


2.800 40,00 3,23 3,19 1,1 0,65
19 3.000 42,33 4,58 3,23 1,1 0,66
3.200 39,67 1,1 0,65
8,04 3,19

24 2.600 28,19 2,64 3,68 1,4 0,77


2.800 32,96 2,95 3,74 1,4 0,78
3.000 35,63 4,15 3,80 1,4 0,79
3.200 32,97 7,61 3,76 1,4 0,78

2.600 21,15 2,36 4,25 1,8 0,90


2.800 25,92 2,66 4,33 1,8 0,91
29 3.000 28,93 3,72 4,37 1,8 0,92
3.200 26,27 7,19 4,33 1,8 0,91
27

Tabela 3 - Composição centesimal das rações com níveis crescentes de proteína e energia digestíveis para tilápia
do Nilo, com base na matéria natural. (Conclusão)
Energia Nutrientes calculados (%)
Proteína
digestível (Kcal/ Metionina
digestível (%) Amido Gordura Fibra Lisina
kg-1) Cistina
2.600 14,12 2,07 4,82 2,2 1,0
2.800 18,84 2,38 4,84 2,2 1,0
34
3.000 22,23 3,29 4,94 2,2 1,0
3.200 19,57 6,76 4,90 2,2 1,0
1
Proteína bruta; 2Energia bruta; 3Matéria seca; 4Extrato etéreo; 5Matéria mineral; 6Fósforo total, 7Fibra
bruta.

As rações foram formuladas a base de farelo de soja, milho, óleo de soja, fosfato
bicálcico (CaHPO4), calcário calcítico, pré-mistura vitamínica-mineral e sal comum. Os
ingredientes foram pesados, misturados em um misturador experimental, após a
homogeneização foram adicionados cerca de 220 mL de água a temperatura ambiente, por
quilograma de ração e posteriormente peneiradas 2 vezes. Após esse procedimento, a mistura
foi extrudada em uma extrusora laboratorial modelo “EX LABORATÓRIO” (Exteec®
Máquinas) com capacidade de 15 kg/h. A velocidade das facas foi ajustada em 20 Hz e a
temperatura em 90 °C. A matriz utilizada no processamento continha uma espessura de 4 mm.
Após o processo de extrusão, as rações foram secas em estufa de ventilação forçada
por 12 horas, e em seguida embaladas em sacos plásticos e armazenadas sob refrigeração até a
sua utilização. As rações foram analisadas (Tabela 2) quanto aos valores de proteína bruta,
energia bruta, gordura, cinzas e umidade, de acordo com a metodologia da Association of
Official Analytical Chemists, AOAC (2000).
O arraçoamento foi ad libitum, de duas a três vezes ao dia (8h, 13h e 18h), sendo o
primeiro horário descartado em dias onde a temperatura da água encontrava-se abaixo do
recomendado para uma boa alimentação dos animais (219 °C).
.
3.4 Qualidade de água

A temperatura e oxigênio dissolvido foram mensurados diariamente as 7h00 e as 18h00


com auxílio de oximêtro portátil (ALFAKIT AT 315), o pH e a condutividade semanalmente,
por meio de medidores eletrônicos (pHmetro de bancada digital TECNOPON mPA 210,
condutivímetro de bancada digital TECNOPON MCA -150P). Variáveis químicas da qualidade
de água como nitrogênio amoniacal, dureza e alcalinidade foram avaliados semanalmente, por
meio de espectrofotometria no laboratório de Limnologia e Qualidade de água, da Universidade
Federal do Paraná – Setor Palotina.
28

Alcalinidade total e dureza foram determinadas por titulação segundo Macêdo (2003).
A amônia foi determinada segundo Grasshoff e colaboradores (2009) e o nitrito foi determinado
segundo Baumgarten e colaboradores (1996).
A cada 15 dias foi realizado uma sifonagem em cada unidade experimental e a cada 30
dias uma sifonagem nos tanques de decantação, para a retirada do material orgânico depositado
no fundo dos mesmos.

3.5 Desempenho zootécnico

Ao final do período experimental, as tilápias foram mantidas em jejum por 24 horas e


posteriormente realizado a colheita do sangue de dois animais por caixa, o restante dos animais
foram anestesiados em eugenol (100 mg/L-1). Após isto, os peixes foram pesados
individualmente, por meio de balança digital (0,01 g) e medidos com ictiômetro para determinar
o comprimento total.
• Comprimento total (CT), compreendido entre a extremidade anterior da cabeça e o
final da nadadeira caudal;
• Comprimento padrão (CP), compreendido entre a extremidade anterior da cabeça e o
menor perímetro do pedúnculo (inserção da nadadeira caudal);
• Altura do corpo (AL), medida à frente do 1º raio da nadadeira dorsal,
• Largura do corpo (LA), aferida na região do 1º raio da nadadeira dorsal.
As variáveis de desempenho produtivo avaliadas foram:
 Conversão alimentar aparente (CAA) (kg:kg): Quantidade de ração
fornecida/ganho de biomassa;
 Peso final médio (kg): Biomassa final/número de peixes ao término do
experimento;
 Sobrevivência (%): (número de peixes final/inicial) x 100;
 Rendimento de filé (%): (peso do filé/peso dos animal) x 100;
 Gordura visceral (%): (peso gordura visceral/peso animal) x 100.
Para determinar o ganho de peso, ganho de peso diário, consumo diário de ração e taxa
de crescimento específico foram utilizadas as expressões descritas por Jauncey e Ross (1982):
GP = PF – PI
Leia-se: GP = Ganho de peso (g); PF = Peso final (g); PI = Peso inicial (g).
GPD = GP/PER
29

Leia-se: GPD (g) = Ganho de peso diário; PER = Período experimental.


TCE = 100x (In PF) – (In PI)/ Per
Leia-se: TCE (%) = Taxa de crescimento específico; PER = Período experimental. ln =
Logaritmo neperiano.
TEP= Ganho de peso/consumo de proteína.
Leia-se: TEP = Taxa de eficiência proteica; PER = ganho de peso (g)/proteína
consumida (g)

3.6 Determinação da composição química corporal e do filé

As análises de umidade (UM) proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE) e matéria mineral
(MM) das carcaças e filé foram realizadas no Laboratório de Pesquisa, da Universidade Federal
do Paraná, campus Avançado de Jandaia do Sul.
Para preparação das amostras, as carcaças e filés foram moídos em moedor de carne até
se obter uma mistura homogênea. Posteriormente foram realizadas as referidas análises
seguindo a metodologia da Association of Official Analytical Chemists, AOAC (2000).

3.7 Colheita do sangue

Para a colheita de sangue os peixes foram mantidos em jejum por 24h, previamente
anestesiados com eugenol, conforme descrito anteriormente. A coleta de sangue foi realizada
com seringas lavadas com heparina sódica. Foram coletados sangue de dois animais por unidade
experimental.
A via de acesso utilizada para colheita foi através da veia caudal logo após o orifício
anal. Foram retirados 2 mL-1 de sangue por peixe, com auxílio de uma agulha de 0,3 mm. Após
a coleta, o sangue foi armazenado sob refrigeração (4 °C) evitando assim a hemólise.
Para avaliação bioquímica da glicose foi utilizado o plasma do sangue conservado com
EDTA (10%) separado por centrifugação a 3000 RPM/5 minutos. As análises foram realizadas
utilizando o kit para glicose sanguínea Bioliquid® específicos (Pinhais PR/BR), e a leitura foi
realizada por espectrofotômetro automático (MINDRAY BS120) no laboratório de Análises
Clinicas do Hospital Veterinário da UFPR Setor Palotina.
30

3.8 Análise estatística

Os dados obtidos ao final do experimento foram submetidos a análise estatística com


base no teste t-student por meio do software MATLAB R2010a (MathWorks, 2010). O teste t-
student trata-se de um teste de hipótese nula para verificar se as amostras são aleatórias com
distribuição normal e média zero. A rejeição da hipótese nula para uma amostra (com um nível
de significância de 5% para o presente trabalho) implica que esta é estatisticamente
significativa. Análise de regressão foi realizada com o software Statistica 13.0 (StatSoft. 2016).

4 RESULTADOS

4.1 Qualidade de água

Os parâmetros de qualidade de água não apresentaram diferença estatística (p>0,05)


entre os tratamentos, provavelmente devido ao sistema utilizado ser de recirculação. A dureza
se manteve entre 39,952 ± 2,137 mg L-1 CaCO3, alcalinidade 91,072 ± 4,02 mg L-1 CaCO3,
nitrito 0,058 ± 0,007 mg/ L-1, amônia 0,097 ± 0,046 mg/ L-1, condutividade 82 μS/ cm,
temperatura média da água ficou em 24,34 ± 1,65 °C, para o mínimo registrado e 27,11 °C ±
1,65, com média diária de 25,95 ± 1,03°C, oxigênio dissolvido (OD) manteve uma média de
5,36 ± 0,97 mg/L-1 e o pH 7,7± 0,05.

Figura 2. Parâmetros de qualidade de água ao longo do período experimental


31

4.2 Desempenho zootécnico

A sobrevivência média foi acima de 90%, não sendo afetada (P>0,05) pelos diferentes
níveis de PD e ED. Os resultados para medidas corporais (Tabela 4) e desempenho zootécnico
(Tabela 5) ao final do experimento, apresentaram interações (p<0,05) apenas para os
parâmetros de desempenho, exceto ganho de peso diário. Para medidas corporais não foram
constatadas interações (p>0,05) em nenhum dos tratamentos testados.

Tabela 4. Medidas corporais de tilápia do Nilo alimentadas com níveis


crescentes de proteína e energia digestíveis.
Proteína Variáveis
Energia 1ns
digestível CT CP2ns AL3ns LA4ns
digestível (Kcal/ kg-1)
(%) (cm) (cm) (cm) (cm)
2.600 25,48 20,72 8,59 3,87
2.800 26,90 21,76 8,69 3,86
14
3.000 26,09 21,52 8,72 3,88
3.200 25,83 21,28 8,83 4,09

2.600 25,87 20,88 8,54 3,74


2.800 25,87 21,07 8,71 3,89
19
3.000 26,04 20,99 8,61 3,84
3.200 27,45 22,39 9,12 4,04

2.600 25,86 21,07 8,62 3,75


2.800 27,03 22,17 9,00 4,05
24
3.000 26,84 21,86 9,02 3,91
3.200 27,87 22,42 9,44 4,24

2.600 26,05 21,03 8,56 3,83


2.800 27,03 22,03 9,19 3,97
29
3.000 26,61 21,51 8,85 4,02
3.200 27,04 22,43 9,05 4,20

2.600 26,06 21,25 8,64 3,96


2.800 26,27 21,02 8,63 3,72
34
3.000 27,30 22,34 9,14 4,06
3.200 26,76 21,84 9,14 3,94
CV* 0,045 0,048 0,050 0,061
1
Comprimento final; Comprimento padrão; Altura, Largura ns Não significativo.
2 3 4
32

Tabela 5. Desempenho de tilápias alimentadas com rações com níveis crescentes de proteína e energia digestíveis para tilápia do Nilo.
Proteína Energia VARIÁVEIS
digestível (%) digestível (Kcal/ kg-1) PF1 GP2 GPD ns RF4 GV5 CAA6 TCE7 TEP8 SOB.ns
(g) (g) (g) (%) (%) (kg:kg) (%) (%) (%)
2.600 351,69 151,69 1,67 28,92 3,02 1,35 2,54 4,68 100,00
2.800 378,36 178,36 1,66 28,99 2,66 1,21 2,57 4,90 90,47
14 3.000 363,69 163,69 1,90 27,62 3,17 1,29 2,56 4,85 95,24
3.200 386,74 186,74 1,86 30,54 2,66 1,20 2,58 5,18 95,24

2.600 361,34 161,34 1,68 30,16 2,03 1,25 2,55 3,90 90,47
2.800 397,70 197,70 2,06 30,16 2,15 1,17 2,60 4,65 90,47
19
3.000 378,27 178,28 1,86 30,22 2,35 1,23 2,57 3,88 90,47
3.200 437,56 237,57 2,47 29,12 2,58 1,14 2,64 5,13 90,47

2.600 405,81 205,81 2,14 28,19 3,22 1,28 2,61 3,78 95,24
2.800 423,19 223,19 2,32 29,48 3,20 1,19 2,62 3,56 95,24
24
3.000 448,81 248,82 2,59 32,60 2,12 1,23 2,65 2,90 90,47
3.200 427,10 227,11 2,37 30,93 2,69 1,20 2,63 3,59 95,24

2.600 371,40 171,41 1,79 32,12 3,36 1,11 2,57 2,42 90,47
2.800 432,41 232,42 2,42 31,62 2,22 1,24 2,63 2,75 100,00
29
3.000 425,55 225,55 2,35 32,12 2,45 1,27 2,63 2,24 95,24
3.200 402,13 202,13 2,11 30,75 2,80 1,14 2,60 2,32 90,47

2.600 360,33 160,34 1,67 32,34 3,02 1,28 2,55 1,70 90,47
2.800 359,37 159,37 1,66 31,77 3,23 1,34 2,55 1,62 90,47
34
3.000 429,43 229,44 2,39 31,10 3,01 1,21 2,63 1,86 90,47
3.200 400,24 200,25 2,09 32,41 2,58 1,33 2,59 1,53 90,47
CV* 0,11 0,21 0,21 0,06 0,23 0,12 0,01 0,42 0,03
1
Peso Final Médio = 0,9378p - 0.0159e + 419,4571 ,R² 0,51, 2Ganho de Peso = 0,9722p + 0,0653e – 15,5457 R² 0,51, 3Ganho de Peso Diário = 0,0102p +
0,0007e – 0,1661 R² 0,5, 4Rendimento Filé = 0,0753p - 0.0013e + 31.8248 R² 0,84, 5Gordura Visceral = 0,0180p - 0,0008e + 4,6739 R² 0,4, 6Conversão Alimentar
Aparente = 2,173 - 0,08435x + 0,001788x² R² = 0,63, 7Taxa de Crescimento Específico = 0,0009p + 0,0001e + 2.3570 R² 0,5, 8Taxa de Eficiência Proteica -
0,1680p + 0,0002e + 6,8133 r² 0,7 *Coeficiente de variação. ns Não significativo.
33

Os valores para peso final médio variaram de 351a 448g. O grupo de peixes que recebeu
a dieta 24% de PD e 3.000Kcal/ kg-1 de ED apresentou o maior peso final médio, diferindo
estatisticamente dos demais tratamentos (p<0,05) (Figura 3).

Figura 3. Interação PDxED para peso final médio de tilápias do Nilo, alimentadas com diferentes níveis de proteína
e energia digestível.
O ganho de peso (Figura 4) e ganho de peso diário (Figura 5) foram influenciados
(p<0,05) pelos diferentes níveis de proteína e energia digestíveis das rações. Estes parâmetros
apresentaram os melhores resultados quando receberam dietas contendo 24% de PD e
3.000Kcal/ kg-1 de ED.

Figura 4. Interação PDxED para ganho de peso de tilápias do Nilo, alimentadas com diferentes níveis de proteína
e energia digestível
34

Figura 5. Interação PDxED para ganho de peso diário de tilápias do Nilo, alimentadas com diferentes níveis de
proteína e energia digestível

Os níveis de gordura visceral nas tilápias sofreram influência pelos tratamentos (Figura
6). As dietas com 19% de PD e 2.600Kcal/ kg-1 de ED apresentaram os menores índices para
este parâmetro (Figura 6).

Figura 6. Gordura visceral de tilápias do Nilo, alimentadas com diferentes níveis de proteína e energia digestível.

Os rendimentos de filé (RF) apresentaram interações (p<0,05) nos diferentes


tratamentos. Com um RF de 32,60% e 32,41%, as dietas com 24 e 34% de PD/3.000 e
35

2.600Kcal/ kg-1 de ED, respectivamente, apresentaram as maiores médias em comparação aos


demais tratamentos (Figura 7).

Figura 7. Interação PDxED para rendimento de filé de tilápias do Nilo, alimentadas com diferentes níveis de PD e
ED.

Foram constatadas interações para taxa de crescimento específico (TCE) (Figura 8). O
melhor resultado obtido para TCE foi com 24% de PD e 3.000Kcal/ kg-1.

Figura 8. Interação PDxED para taxa de crescimento especifico de tilápias do Nilo, alimentadas com diferentes
níveis de PD e ED.

A conversão alimentar aparente (CAA) mostrou interação entre PD e ED (Figura 9),


apresentando o melhor tratamento o de 24% de PD e 3.000Kcal/ kg-1 de ED. CAA também
36

apresentou efeito quadrático para PD. O ponto de mínima determinado para CAA foi com
23,6% de PD. (Figura 10).

Figura 9. Interação entre PDxED para conversão alimentar de tilápias do Nilo, alimentadas com diferentes níveis
de proteína digestível e energia digestível

y = 2,173 - 0,08435x + 0,001788x²


R² = 0,62

23,6%

Figura 10. Conversão alimentar de tilápias do Nilo, alimentadas com diferentes níveis de proteína digestível
independentemente do nível energético

Com o aumento dos níveis de PD e ED, observou-se uma redução na taxa de eficiência
proteica (TEP) (Figura 11). O tratamento 14% de PD e 3.200Kcal/ kg-1 de ED foi determinado
como o melhor nível para TEP, diferindo (p<0,05) dos demais tratamentos.
37

Figura 11. Interação entre PDxED para taxa de eficiência proteica de tilápias do Nilo, alimentadas com diferentes
níveis de proteína digestível e energia digestível.

4.3 Composição química da carcaça e filé

Na composição química da carcaça (Tabela 6) foram constatadas interações apenas para


proteína bruta (p<0,05). O melhor tratamento determinado foi o de 29% de PD e 3.000Kcal/
kg-1 de ED (Figura 12).

Figura 12. Interação entre PDxED para proteína bruta na carcaça de tilápias do Nilo, alimentadas com diferentes
níveis de proteína digestível e energia digestível.
38

Tabela 6. Composição centesimal das carcaças de tilápia do Nilo alimentadas com níveis
crescentes de proteína e energia digestíveis, com base na matéria natural.

Proteína Energia Composição Centesimal


ns
digestível digestível PB EE2ns MM3ns UM4ns
(%) (Kcal/ kg-1) (%) (%) (%) (%)
2.600 16,77 3,57 4,85 67,87
2.800 14,71 3,93 4,49 69,49
14
3.000 16,80 3,52 4,12 69,97
3.200 16,51 4,49 4,86 69,10

2.600 15,53 3,38 4,27 71,06


2.800 17,01 3,70 5,03 68,85
19
3.000 16,49 3,39 5,01 70,70
3.200 16,62 3,61 5,09 72,07

2.600 16,05 3,78 4,92 72,12


2.800 16,70 3,07 4,28 72,50
24
3.000 16,98 3,42 5,04 71,94
3.200 16,34 3,40 4,47 72,64

2.600 16,84 3,86 4,01 69,83


2.800 16,41 3,69 4,27 72,94
29
3.000 17,16 4,11 4,72 72,51
3.200 16,96 2,84 4,78 71,09

2.600 16,28 3,90 4,82 72,17


2.800 15,81 3,83 4,64 72,85
34
3.000 16,48 3,08 4,28 71,88
3.200 16,48 3,06 4,58 71,11
CV* 0,05 0,37 0,14 3,20
1 2 3 4
Proteína bruta Extrato etéreo, Matéria mineral, Umidade, * Coeficiente de variação,
ns
não significativo.

Na composição química do filé, só foram constatadas interações para proteína bruta no


filé (Tabela 7). A maior retenção de proteína no filé foi determinada no tratamento contendo
34% de PD e 2.600Kcal/ kg-1 de ED (Figura 13).
39

Figura 13. Interação entre PDxED para proteína bruta no filé de tilápias do Nilo, alimentadas com diferentes níveis
de proteína e energia digestíveis.

Tabela 7 Composição centesimal de filés de tilápia do Nilo alimentadas com níveis crescentes de
proteína e energia digestíveis, com base na matéria natural.
Composição Centesimal
Proteína Energia 1
digestível (%) digestível (Kcal/ kg-1) PB EE2ns MM3ns UM4ns
(%) (%) (%) (%)
2.600 18,57 0,77 1,24 78,40
2.800 21,73 0,42 1,34 78,25
14
3.000 20,10 0,41 1,34 78,55
3.200 20,42 0,62 1,32 78,12

19 2.600 20,75 0,16 1,62 78,44


2.800 20,16 0,37 1,24 78,34
3.000 19,36 0,42 1,36 79,00

2.600 20,28 0,51 1,25 78,25


24 2.800 22,41 0,57 1,31 77,99
3.000 22,52 0,64 1,88 79,21
3.200 22,85 0,56 1,30 78,72

2.600 21,18 0,41 1,37 78,53


2.800 20,73 0,53 1,31 79,25
29
3.000 19,53 0,51 1,36 78,44
3.200 20,34 0,45 1,24 78,24

2.600 23,6 0,47 1,24 78,58


2.800 20,43 0,53 1,69 78,27
34
3.000 20,66 0,50 1,30 77,27
3.200 19,10 0,68 1,28 78,12
CV* 0,10 0,46 0,19 0,01
1 2 3
Proteína bruta 0,0358p + 0,0001e + 19,6286 r² 0,54, Extrato etéreo, Matéria mineral,
4
Umidade. * Coeficiente de variação, ns não significativo.
40

4.4 Glicose plasmática

Os valores de concentração da glicose plasmática (Tabela 8) não apresentaram nenhuma


interação (p>0,05). Os valores médios ficaram em 53,89 ± 21,14 mg dL-1, dentro da
normalidade para espécie.

Tabela 8. Glicose plasmática de tilápia do Nilo alimentadas com níveis crescentes de proteína e
energia digestíveis, com base na matéria natural.

Energia Concentração de Glicose


Proteína
digestível Glicosens
digestível (%)
(Kcal/ kg-1) (mg dL-1)
2.600 62,50
2.800 42,90
14 3.000 54,35
3.200 64,18

2.600 36,31
2.800 44,96
19
3.000 52,38
3.200 47,61

2.600 48,90
2.800 52,93
24
3.000 60,26
3.200 39,36

2.600 61,70
2.800 77,40
29
3.000 60,46
3.200 57,42

2.600 49,71
2.800 66,15
34
3.000 42,46
3.200 54,81
CV* 0,39
*CV: Coeficiente de variação. ns Não significativo.
41

5 DISCUSSÃO

5.1 Qualidade de água

A temperatura média da água (25,95 ± 1,6 °C) manteve-se adequada para tilápia do Nilo
(EL-SAYED, 2006; BOYD e TUCKER, 2012; WORKAGEGN, 2012). Entretanto, houve
momentos em que as temperaturas foram inferiores a 19 ºC. Nessas ocasiões a primeira
alimentação (às 8h) foi suspensa. O oxigênio dissolvido permaneceu dentro dos níveis
recomendados por Greiner e Timmons (1998) para o funcionamento adequado de sistemas de
recirculação e dentro da faixa recomendada para a espécie utilizada no experimento
(SIPAÚBA-TAVARES, 1995; EL SAYED, 2006).
Os valores encontrados para nitrito ficaram bem abaixo do máximo recomendado por
Sipaúba-Tavares (1995) em sistemas de produção de peixes. Os níveis de amônia
permaneceram abaixo do nível prejudicial (SCHMITTOU e SOWINSKI, 1991; PEREIRA e
MERCANTE, 2005) e dentro dos limites toleráveis para tilápia do Nilo (KUBITZA, 1998).
Com médias para dureza de 39,9 ± 2,1 e alcalinidade 91,1 ± 4,0 mg L-1 CaCO3, os dados
observados no presente estudo encontram-se dentro dos limites preconizados por Albanez e
Matos (2007). Os valores obtidos para o pH 7,7 ± 0,05, ficaram dentro dos limites aceitáveis
para a criação da espécie. Lopes e colaboradores (2001) afirmam que o pH entre 6,5 a 9,0 é
usualmente sugerida para a criação de peixes, podendo diferir para diferentes espécies.
Com base nas médias encontradas no experimento pode-se considerar que a água
utilizada encontra-se dentro dos limites aceitáveis de efluentes oriundos de sistemas de criação
de organismos aquáticos, segundo a Resolução CONAMA n° 357/2005, que estabelece
condições e padrões de lançamento de efluentes.

5.2 Desempenho zootécnico

A concentração ótima de proteína para peixes está marcada por um balanço entre energia
digestível e proteína bruta (CHO et al., 1985). Um excesso de energia não proteica pode levar
a inibição da ingestão voluntária, já que os níveis da ingesta são determinados
fundamentalmente pela energia total disponível na ração, antes que haja o consumo de
quantidade suficiente de proteína pelo animal (PORTZ e FURUYA, 2013).
Quando a dieta é deficiente em energia em relação a proteína, resulta em redução da
taxa de crescimento, visto que a proteína será usada para a manutenção energética (NRC, 2011).
42

De Silva e colaboradores (1991), afirmam que a energia pode ser utilizada como fator poupador
de proteína para a tilápia do Nilo, como verificado neste trabalho, em que foram observados
efeitos significativos para os parâmetros de desempenho produtivo, corroborando com os
resultados obtidos para a tilápia (Oreochromis aureus) (DUPREE et al., 1978), bagre do canal
(Ictalurus punctatus) (WINFREE e STICKNEY, 1981), tilápia vermelha (De SILVA et al.,
1991); tucunaré (Cichla sp.) (SAMPAIO, 1998) e para tilápia do Nilo (FERNANDES JUNIOR
et al., 2016).
A melhor média para o peso final foi encontrada com 24% de PB e 3.000Kcal/ kg-1 de
ED. Com base na composição centesimal das rações (Tabela 2), o tratamento com 24% de
proteína e 3.000Kcal/ kg-1 de energia digestível, equivale a 27,97% de proteína bruta e
3.942Kcal/ kg-1 de energia bruta. Resultados semelhantes a esses foram encontrados por Al
Hafedh (1999), que recomenda 30% de PB e 4.000Kcal/ kg-1 de EB para um crescimento
adequado de tilápias adultas.
Siddiqui et al. (1988) observaram correlações positivas entre peso final e diferentes
níveis de proteína para juvenis de tilápia do Nilo, cujas dietas com 30% de proteína bruta
apresentaram os melhores resultados. De acordo com Righetti e colaboradores (2011), é
possível reduzir de 26% para 24% de proteína digestível em dietas para tilápias do Nilo de 100
a 500g sem afetar o desempenho. Entretanto, El-Saidy e Gaber (2005) avaliaram dois níveis de
proteína bruta (25 e 30%) com um nível de energia bruta (4.060 Kcal/ kg-1) e não observaram
diferença estatística no peso final de tilápias do Nilo.
Os maiores ganhos de peso e de peso diário foram observados no tratamento com 24%
de PD e 3.000Kcal/ kg-1 de ED, resultados próximos aos verificados por Yan e colaboradores
(2013), testaram nove dietas com diferentes níveis de energia e proteína para juvenis de tilápia
e encontraram o maior ganho de peso em dietas contendo 30% de proteína bruta e 2.800Kcal/
kg-1 de energia bruta. Gonçalves e colaboradores (2009) ao testarem 4 níveis de proteína
digestível (22, 26, 30 e 34% PD) e 3 níveis de energia digestível (3.000, 3.300 e 3.600 Kcal/
kg-1), não verificaram interação para ganho de peso em tilápias com peso final de
aproximadamente 180 g.
Meyer e Fracalossi (2004) observaram diferenças estatísticas no ganho de peso com o
aumento da proteína bruta da dieta, avaliando níveis PB entre 26 e 41% e energia digestível de
3.200 e 3.650 Kcal/ kg-1 para jundiá (Rhamdia quelen). Estes autores observaram máximo
ganho de peso para os peixes alimentados com 33% de PB e 3.650 Kcal/ kg-1 de ED e 37% de
PB e 3.200Kcal/ kg-1 de ED de dieta, respectivamente. Entretanto, ao avaliarem o consumo
43

alimentar de jundiás observaram que houve uma redução no consumo à medida que o nível
proteico da dieta aumentou.
O menor índice de gordura visceral encontrado nas dietas com 19% de proteína e 2.600
Kcal/ kg-1 de energia digestíveis, pode ser devido às características da formulação das dietas,
as rações com baixa energia continham material inerte fibroso (celulose) em sua composição,
que possui um alto poder de arraste de gorduras e sais biliares podendo prejudicar a absorção
de gordura da ração (BOSCOLO et al., 2004). Alguns estudos relacionam a gordura visceral
como forma de quantificar o estoque energético (lipídeos) (NEMATIPOUR et al., 1992;
BIDINOTTO et al., 1997). No entanto o excesso de gordura na carcaça é, atualmente, uma
característica indesejável. Apesar disso, deve-se manter um nível que não afete as
características organolépticas da carne. Quando encontrado excesso de gordura na carcaça, esta
acumula-se principalmente no tecido adiposo da cavidade abdominal, o que diminui a
percentagem de rendimento de filé e, consequentemente, o valor comercial do peixe (MEURER
et al., 2002).
A maior deposição de gordura na carcaça encontrada foi no tratamento de 29% de PD e
2.600 Kcal/ kg-1 de ED, já Yamamoto et al. (2005), encontraram menor teor de gordura corporal
em peixes alimentados com a ração de maior nível proteico (menor ED/PB), possivelmente,
devido à maior quantidade de aminoácidos excedentes para o catabolismo, que pode resultar
em maior incremento calórico e menor fração execedente de energia líquida para ser depositada
como gordura corporal (Bureau et al. 2000; Dabrowski e Guderley 2002). De Silva et al. (2002),
afirmam que altos níveis de energia podem causar deposição excessiva de gordura na carcaça.
Diferentemente, nessa pesquisa os níveis de 3.000 e 3.200 Kcal/ kg-1, sendo os dois maiores
níveis de energia testados, não apresentaram diferenças significativas em relação aos menores
níveis (2.600 e 2.800 Kcal/ kg-1).
Os melhores rendimentos de filé foram proporcionados pelos tratamentos com 24% de
PD e 3.000 Kcal/ kg-1 de ED e 34% de PD e 3.000Kcal/ kg-1 de ED (p<0,05). Também verificou-
se que com o aumento dos níveis de PD, sem levar em consideração os níveis de ED nas dietas,
houve um aumento no rendimento dos filés (Figura 7), corroborando com Fernandes Junior et
al. (2016) e Gonçalves et al. (2009). Os valores obtidos nesse experimento, estão dentro dos
resultados descritos por Gonçalves e colaboradores (2009). Ribeiro et al. (1998) observaram
que em diferentes categorias de peso, o rendimento de filé aumentou em função do peso sendo
que na menor classe (150-350 g) o rendimento foi de 31,49% e 33,67% na maior classe (751-
950 g).
44

Rendimentos de filé muito superiores foram relatados por Contreras-Guzmán (1994),


com valores de até 42%. Freitas et al. (1979) e Freitas e Gurgel (1984) mencionam que o
aproveitamento da carne da tilápia do Nilo oscila entre 40% a 41%.
A maior relação ED:PD obtida pela dieta 14% de PD e 3.200Kcal/ kg-1 de ED (22,86
kcal de ED/ g de proteína digestível na dieta) pode ter sido responsável pelo menor RF, pois o
excesso de energia não proteica, como consequência da formulação com alta relação ED:PB,
pode inibir a ingestão voluntária antes do consumo suficiente da dieta e principalmente dos
aminoácidos, que podem ter sido insuficientes para garantir a síntese proteica em animais que
consumiram a dieta com menores níveis proteicos (PAGE e ANDREWS, 1973).
A proporção de proteína anabolizada e catalisada depende do requerimento proteico do
peixe, o conteúdo proteico da dieta, a proporção de aminoácidos e a quantidade de energia
disponível de outras fontes assim como gordura e carboidratos, Herpher (1988). O catabolismo
de aminoácido é favorecido pela carência de energia de carboidratos e de gordura da dieta.
Dessa maneira, dietas embora adequadas em proteína, mas com nível inadequado de energia,
podem ser insuficientes para permitir o anabolismo e consequentemente será utilizada para
energia, Steffens (1987). Por outro lado a redução ou interrupção do crescimento e diminuição
do peso ocorre quando o fornecimento de proteína é exíguo na dieta em relação a exigência.
Essa redução ocorre devido à retirada de proteína de tecidos menos vitais (músculo) para manter
as funções de tecidos mais vitais (HALVER 2002; PERES, 2011).
O efeito quadrático encontrado para CAA, tanto na interação para PDxED quanto
somente para o nível isolado de PD comprovam o relatos acima, de que o déficit e o excesso de
proteína prejudicaram o desempenho dos animais. Variação quadrática da CAA dos peixes, em
razão do aumento do nível de proteína da dieta, também foi observada por diferentes autores
(FURUYA et al., 2000; SÁ e FRACALOSSI, 2002; BOMFIM et al., 2005; KOCH, 2013,
FERNANDES JUNIOR et al., 2016).
Com a diminuição do teor de proteína na dieta houve aumento da taxa de eficiência
proteica (TEP). Esse fato demonstra que os carboidratos, presentes em maior quantidade nas
dietas com baixos níveis proteicos foram capazes de economizar a proteína como fonte
energética.
Segundo Bomfim e colaboradores (2008), a maior eficiência proteica com a redução do
teor de proteína da ração pode ser atribuída à redução dos aminoácidos excedentes às exigências
do animal que, provavelmente, não contribuiriam para a formação de tecido magro e seriam
catabolizados. Essa pesquisa apresentou resultados semelhantes a alguns estudos, em que foi
observada elevação da TEP quando se reduziu o teor de PB da dieta (EL-DAHHAR e LOVELL
45

1995; FURUYA et al., 1996; FERNANDES et al., 2000; FURUYA et al., 2000; SÁ e
FRACALOSSI, 2002; FURUYA et al., 2005; BOTARO et al., 2007).

5.3 Avaliação química da carcaça e do filé

A composição bromatológica, expressa pelos teores de proteína, lipídeo, cinzas e


umidade pode determinar o status nutricional dos animais submetidos a tratamentos
experimentais. São parâmetros de fácil determinação e que refletem o real ganho qualitativo
desses animais (RIBEIRO, 2014).
As características de composição química da carne de peixes ainda não são de grande
interesse, no entanto, a obtenção desses dados é importante nos processos de conservação e
elaboração do produto (SANTOS et al., 2001). Burkert e colaboradores (2008) destacaram que
a composição química da carne é influenciada por muitos fatores bióticos e abióticos, onde a
ração é muito importante, pois, quando formulada adequadamente, permite maior eficiência no
uso de seus nutrientes tornando a composição química do corpo e da carne de peixes mais
apropriada para conservação e para o consumo humano.
Os tratamentos não promoveram diferenças na composição de extrato etéreo, matéria
mineral, e umidade das carcaças, no entanto para proteína bruta foram constatadas interações
entre os tratamentos. Segundo o NRC (2011) quando os níveis de proteína encontram-se abaixo
do recomendado, poderá haver falta de aminoácidos para síntese proteica, ocasionando uma
redução na deposição de proteína na carcaça. A baixa deposição de proteína na carcaça também
corrobora com os resultados encontrados para rendimento de filé, onde o mesmo tratamento
resultou nos menores rendimentos.
Para composição química dos filés, as dietas, não apresentaram diferenças para extrato
etéreo, matéria mineral e umidade, para proteína bruta foram constatadas interações (p<0,05).
Os valores obtidos foram semelhantes aos encontrados por Robinson e Li (1997), Santos et al.
(2001) e Burkert et al. (2008).

5.4 Glicose plasmática

Todos os tecidos orgânicos, exceto o epitelial e o cartilaginoso, são banhados pelo


sangue, devido a essa condição fisiológica, seu estudo é de suma importância para avaliação do
estado de saúde dos peixes. Com este propósito, vários pesquisadores têm utilizado a
46

hematologia clínica como método de avaliação das exigências nutricionais, tais como
requerimentos de minerais para tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus ) (HISANO et al., 2007).
Quando acontece algum tipo de modificação intrínseca, pode ocorrer elevação da
glicose no plasma sanguíneo e elevação na produção de lactato (AGRAHARI et al., 2007).
Porém, essas composições na composição bioquímica do sangue acontecem rapidamente, em
alguns segundos, quando os peixes sofrem alguma manipulação (VELISEK et al.,2011).
Apesar de vários autores relatarem uma hiperglicemia pós-prandial por várias horas
(KAUSHIK e OLIVA-TELES, 1985; BRAUGE et al., 1994), os níveis de concentração da
glicose plasmática (53,89 ± 21,14 mg dL-1) no presente estudo não apresentaram interações
entre os tratamentos. Os níveis de glicose plasmática, 24h após a última alimentação ficaram
próximas aos relatados como referência para a espécie, que é de 38,1mg dL-1 (TAVARES‐
DIAS, 2015).

5.5 Correlações entre os parâmetros de desempenho e composição bromatológica

A exigência de PD/ED para PF/GP e RF apresentou diferença entre as dietas em relação


a composição química da carcaça e filé, ambos os parâmetros avaliados de grande importância
na produção. Os parâmetros de PF/GP/RF obtiveram exigência semelhante, onde as dietas com
24% de PD e 3.000Kcal/ kg-1 apresentaram os melhores ganhos.
Entretanto, o tratamento de 34% de PD e 2.600 Kcal/ kg-1 não diferiu estatisticamente
do 24% PD e 3.000 Kcal/ kg-1 para RF. Quando comparado as dietas que proporcionaram os
melhores GP/PF e RF, apresentam cerca de 22,5% proteína bruta do filé, para 23,6 % de
proteína no tratamento de 34% de PD e 2.600 Kcal/ kg-1, resultados que em valores absolutos
são muito semelhantes.
Essa divergência entre os parâmetros pode ser devido a influência do balanço de
aminoácidos essenciais. Como as dietas eram constituídas a base de ingredientes vegetais pode
ter ocorrido carência em lisina, que é um aminoácido limitante nesses compostos (GATLIN et
al., 2007). O maior nível proteico das dietas determinou o maior teor de PB nos filés, cuja
resposta possivelmente foi obtida em função das dietas com elevado teor de proteína
apresentarem as maiores concentrações de lisina na composição.
Como relatado por Michelato e colaboradores (2016), a suplementação de lisina em
dietas para tilápias do Nilo (270 a 550g) favoreceram a síntese proteica, melhorando a produção
de carne das tilápias. Uma maior deposição de proteína no filé foi observada por Furuya e
colaboradores (2013) em tilápias (86 a 227 g) suplementadas com lisina digestível na dieta.
47

Há poucas informações sobre a exigência nutricional na fase de engorda para tilápias,


uma vez que a maioria dos estudos com esses peixes são realizados na fase inicial. Além disso,
apesar de no Brasil o principal produto da indústria da tilapicultura ser o filé, são também
escassas as informações encontradas na literatura a respeito da utilização da variável RF como
parâmetro para determinar a exigência dos animais.
O filé representa a porção mais nobre da tilápia, tendo grande aceitação do mercado
consumidor, apresenta carne branca de textura firme e sem espinhos em “Y”, baixa quantidade
de gordura (Hildsorf, 1995).
Desse modo, a possibilidade da adequação da exigência nutricional para que os animais
apresentem bom desempenho e uma boa qualidade de carcaça e filé, oferece novas
possibilidades de estudo, como o balanceamento adequado dos aminoácidos essenciais em
dietas com ingredientes vegetais.

6 CONCLUSÕES

Os resultados obtidos nesse estudo demonstram a possibilidade de utilização de rações


a base de farelo de soja e milho, com 24% de PD e 3.000Kcal/ kg-1 de ED para tilápia do Nilo
entre 200 e 450g de peso vivo.
48

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