Decreto Nº 4.339-2002 - Política Nacional Da Biodiversidade
Decreto Nº 4.339-2002 - Política Nacional Da Biodiversidade
Decreto Nº 4.339-2002 - Política Nacional Da Biodiversidade
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e
o
Considerando o disposto no art. 225 da Constituição, na Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981,
que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, na Declaração do Rio e na Agenda 21,
ambas assinadas pelo Brasil em 1992, durante a CNUMAD, e nas demais normas vigentes relativas à
biodiversidade; e
DECRETA:
o
Art. 1 Ficam instituídos, conforme o disposto no Anexo a este Decreto, princípios e diretrizes
para a implementação, na forma da lei, da Política Nacional da Biodiversidade, com a participação
dos governos federal, distrital, estaduais e municipais, e da sociedade civil.
o
Art. 2 Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
o o
Brasília, 22 de agosto de 2002; 181 da Independência e 114 da República.
II - as nações têm o direito soberano de explorar seus próprios recursos biológicos, segundo
suas políticas de meio ambiente e desenvolvimento;
III - as nações são responsáveis pela conservação de sua biodiversidade e por assegurar que
atividades sob sua jurisdição ou controle não causem dano ao meio ambiente e à biodiversidade de
outras nações ou de áreas além dos limites da jurisdição nacional;
IV - a conservação e a utilização sustentável da biodiversidade são uma preocupação comum à
humanidade, mas com responsabilidades diferenciadas, cabendo aos países desenvolvidos o aporte
de recursos financeiros novos e adicionais e a facilitação do acesso adequado às tecnologias
pertinentes para atender às necessidades dos países em desenvolvimento;
V - todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se, ao Poder Público e à coletividade, o dever de
defendê-lo e de preservá-lo para as presentes e as futuras gerações;
VI - os objetivos de manejo de solos, águas e recursos biológicos são uma questão de escolha
da sociedade, devendo envolver todos os setores relevantes da sociedade e todas as disciplinas
científicas e considerar todas as formas de informação relevantes, incluindo os conhecimentos
científicos, tradicionais e locais, inovações e costumes;
VIII - onde exista evidência científica consistente de risco sério e irreversível à diversidade
biológica, o Poder Público determinará medidas eficazes em termos de custo para evitar a
degradação ambiental;
XI - o homem faz parte da natureza e está presente nos diferentes ecossistemas brasileiros há
mais de dez mil anos, e todos estes ecossistemas foram e estão sendo alterados por ele em maior ou
menor escala;
XIV - o valor de uso da biodiversidade é determinado pelos valores culturais e inclui valor de uso
direto e indireto, de opção de uso futuro e, ainda, valor intrínseco, incluindo os valores ecológico,
genético, social, econômico, científico, educacional, cultural, recreativo e estético;
XVI - a gestão dos ecossistemas deve buscar o equilíbrio apropriado entre a conservação e a
utilização sustentável da biodiversidade, e os ecossistemas devem ser administrados dentro dos
limites de seu funcionamento;
III - investimentos substanciais são necessários para conservar a diversidade biológica, dos
quais resultarão, conseqüentemente, benefícios ambientais, econômicos e sociais;
VII - a gestão dos ecossistemas deve ser implementada nas escalas espaciais e temporais
apropriadas e os objetivos para o gerenciamento de ecossistemas devem ser estabelecidos a longo
prazo, reconhecendo que mudanças são inevitáveis.
VIII - a gestão dos ecossistemas deve se concentrar nas estruturas, nos processos e nos
relacionamentos funcionais dentro dos ecossistemas, usar práticas gerenciais adaptativas e
assegurar a cooperação intersetorial;
IX - criar-se-ão condições para permitir o acesso aos recursos genéticos e para a utilização
ambientalmente saudável destes por outros países que sejam Partes Contratantes da Convenção
sobre Diversidade Biológica, evitando-se a imposição de restrições contrárias aos objetivos da
Convenção.
8. Diretrizes específicas por bioma poderão ser estabelecidas nos Planos de Ação, quando da
implementação da Política.
Objetivos Específicos:
10.1.2. Promover e apoiar pesquisas voltadas a estudos taxonômicos de todas as espécies que
ocorrem no Brasil e para a caracterização e classificação da biodiversidade brasileira.
10.1.11. Apoiar a formação de recursos humanos nas áreas de taxonomia, incluindo taxônomos
e auxiliares (parataxônomos).
Objetivos Específicos:
10.2.4. Promover pesquisas para determinar o efeito da dinâmica das mudanças globais sobre a
biodiversidade e a participação das espécies nos processos de fluxo de matéria e energia e de
homeostase nos ecossistemas.
10.2.5. Promover pesquisas sobre os efeitos das alterações ambientais causadas pela
fragmentação de habitats na perda da biodiversidade, com ênfase nas áreas com maiores níveis de
desconhecimento, de degradação e de perda de recursos genéticos.
10.2.7. Promover e apoiar a pesquisa sobre impacto das alterações ambientais na produção
agropecuária e na saúde humana, com ênfase em dados para as análises de risco promovidas pelos
órgãos competentes das áreas ambiental, sanitária e fitossanitária.
10.3. Terceira diretriz: Promoção de pesquisas para a gestão da biodiversidade. Apoio à
produção de informação e de conhecimento sobre os componentes da biodiversidade nos diferentes
biomas para subsidiar a gestão da biodiversidade.
Objetivos Específicos:
10.3.5. Promover e apoiar pesquisas sobre sanidade da vida silvestre e estabelecer mecanismos
para que seus dados sejam incorporados na gestão da biodiversidade.
10.3.7. Apoiar estudos sobre o valor dos componentes da biodiversidade e dos serviços
ambientais associados.
Objetivos Específicos:
10.4.5. Promover iniciativas que agreguem povos indígenas, quilombolas, outras comunidades
locais e comunidades científicas para informar e fazer intercâmbio dos aspectos legais e científicos
sobre a pesquisa da biodiversidade e sobre as atividades de bioprospecção.
Objetivos Específicos:
11.1.5. Promover e apoiar estudos de melhoria dos sistemas de uso e de ocupação da terra,
assegurando a conservação da biodiversidade e sua utilização sustentável, em áreas fora de
unidades de conservação de proteção integral e inclusive em terras indígenas, quilombolas e de
outras comunidades locais, com especial atenção às zonas de amortecimento de unidades de
conservação.
11.1.6. Propor uma agenda de implementação de áreas e ações prioritárias para conservação da
biodiversidade em cada estado e bioma brasileiro.
11.1.8. Fortalecer mecanismos de incentivos para o setor privado e para comunidades locais
com adoção de iniciativas voltadas à conservação da biodiversidade.
11.1.12. Articular ações com o órgão responsável pelo controle sanitário e fitossanitário com
vistas à troca de informações para impedir a entrada no país de espécies exóticas invasoras que
possam afetar a biodiversidade.
Objetivos Específicos:
11.2.3. Apoiar as ações do órgão oficial de controle fitossanitário com vistas a evitar a introdução
de pragas e espécies exóticas invasoras em áreas no entorno e no interior de unidades de
conservação.
11.2.9. Incentivar e apoiar a criação de unidades de conservação marinhas com diversos graus
de restrição e de exploração.
Objetivos Específicos:
11.3.2. Identificar áreas para criação de novas unidades de conservação, baseando-se nas
necessidades das espécies ameaçadas.
11.3.6. Implementar ações para maior proteção de espécies ameaçadas dentro e fora de
unidades de conservação.
11.3.9. Estabelecer medidas de proteção das espécies ameaçadas nas terras indígenas e nas
terras de quilombolas.
11.4. Quarta diretriz: Conservação ex situ de espécies. Consolidação de ações de
conservação ex situ de espécies e de sua variabilidade genética, com ênfase nas espécies
ameaçadas e nas espécies com potencial de uso econômico, em conformidade com os objetivos
específicos estabelecidos nas diretrizes do Componente 5.
Objetivos Específicos:
11.4.1. Desenvolver estudos para a conservação ex situ de espécies, com ênfase nas espécies
ameaçadas e nas espécies com potencial de uso econômico.
11.4.4. Integrar iniciativas, planos e programas de conservação ex situ de espécies, com ênfase
nas espécies ameaçadas e nas espécies com potencial de uso econômico.
11.4.7. Integrar jardins botânicos, zoológicos e criadouros de vida silvestre aos planos nacionais
de conservação de recursos genéticos animais e vegetais e de pesquisa ambiental, especialmente
em áreas de alto endemismo.
11.4.17. Integrar as ações de conservação ex situ com as ações de gestão do acesso a recursos
genéticos e repartição de benefícios derivados da utilização do conhecimento tradicional.
11.4.18. Apoiar as ações de órgão oficial de controle sanitário e fitossanitário no que diz respeito
ao controle de espécies invasoras ou pragas.
Objetivos Específicos:
11.5.1. Promover estudos para a avaliação da efetividade dos instrumentos econômicos para a
conservação da biodiversidade.
11.5.2. Criar e consolidar legislação específica relativa ao uso de instrumentos econômicos que
visem ao estímulo à conservação da biodiversidade, associado ao processo de reforma tributária.
11.5.6. Estimular mecanismos para reversão dos benefícios da cobrança pública pelo uso de
serviços ambientais da biodiversidade para a sua conservação.
12. Objetivo Geral: Promover mecanismos e instrumentos que envolvam todos os setores
governamentais e não-governamentais, públicos e privados, que atuam na utilização de componentes
da biodiversidade, visando que toda utilização de componentes da biodiversidade seja sustentável e
considerando não apenas seu valor econômico, mas também os valores ambientais, sociais e
culturais da biodiversidade.
12.1. Primeira diretriz: Gestão da biotecnologia e da biossegurança. Elaboração e
implementação de instrumentos e mecanismos jurídicos e econômicos que incentivem o
desenvolvimento de um setor nacional de biotecnologia competitivo e de excelência, com
biossegurança e com atenção para as oportunidades de utilização sustentável de componentes do
patrimônio genético, em conformidade com a legislação vigente e com as diretrizes e objetivos
específicos estabelecidos no Componente 5.
Objetivos Específicos:
12.2. Segunda diretriz: Gestão da utilização sustentável dos recursos biológicos. Estruturação de
sistemas reguladores da utilização dos recursos da biodiversidade.
Objetivos Específicos:
12.2.6. Promover programas de apoio a pequenas e médias empresas, que utilizem recursos da
biodiversidade de forma sustentável.
12.2.7. Promover instrumentos para assegurar que atividades turísticas sejam compatíveis com
a conservação e a utilização sustentável da biodiversidade.
Objetivos Específicos:
12.3.1. Criar e consolidar legislação específica, relativa ao uso de instrumentos econômicos que
visem ao estímulo à utilização sustentável da biodiversidade.
12.3.2. Criar e fortalecer mecanismos de incentivos fiscais e de crédito, para criação e aplicação
de tecnologias, empreendimentos e programas relacionados com a utilização sustentável da
biodiversidade.
Objetivos Específicos:
12.4.1. Aprimorar métodos e criar novas tecnologias para a utilização de recursos biológicos,
eliminando ou minimizando os impactos causados à biodiversidade.
12.4.4. Estabelecer critérios para que os planos de manejo de exploração de qualquer recurso
biológico incluam o monitoramento dos processos de recuperação destes recursos.
Objetivos Específicos:
13.1.1. Apoiar o desenvolvimento de metodologias e de indicadores para o monitoramento dos
componentes da biodiversidade dos ecossistemas e dos impactos ambientais responsáveis pela sua
degradação, inclusive aqueles causados pela introdução de espécies exóticas invasoras e de
espécies-problema.
13.1.5. Instituir sistema de monitoramento do impacto das mudanças globais sobre distribuição,
abundância e extinção de espécies.
13.1.6. Implantar sistema de identificação, monitoramento e controle das áreas de reserva legal
e de preservação permanente.
13.1.8. Apoiar as ações do órgão oficial responsável pela sanidade e pela fitossanidade com
vistas em monitorar espécies exóticas invasoras para prevenir e mitigar os impactos de pragas e
doenças na biodiversidade.
Objetivos Específicos:
13.2.1. Criar capacidade nos órgãos responsáveis pelo licenciamento ambiental no país para
avaliação de impacto sobre a biodiversidade.
13.2.9. Desenvolver estudos de impacto ambiental e implementar medidas de controle dos riscos
associados ao desenvolvimento biotecnológico sobre a biodiversidade, especialmente quanto à
utilização de organismos geneticamente modificados, quando potencialmente causador de
significativa degradação do meio ambiente.
13.2.10. Aperfeiçoar procedimentos e normas de coleta de espécies nativas com fins técnico-
científicos com vistas na mitigação de seu potencial impacto sobre a biodiversidade.
13.2.16. Apoiar ações de zoneamento e identificação de áreas críticas, por bacias hidrográficas,
para conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos.
13.2.18. Apoiar estudos de impacto sobre a biodiversidade nas diferentes bacias hidrográficas,
sobretudo nas matas ribeirinhas, cabeceiras, olhos d´água e outras áreas de preservação
permanente e em áreas críticas para a conservação de recursos hídricos.
Objetivos Específicos:
13.3.9. Criar unidades florestais nos estados brasileiros, para produção e fornecimento de
sementes e mudas para a execução de projetos de restauração ambiental e recuperação de áreas
degradadas, apoiados por universidades e centros de pesquisa no país.
14. Objetivo Geral: Permitir o acesso controlado aos recursos genéticos, aos componentes do
patrimônio genético e aos conhecimentos tradicionais associados com vistas à agregação de valor
mediante pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico e de forma que a sociedade brasileira,
em particular os povos indígenas, quilombolas e outras comunidades locais, possam compartilhar,
justa e eqüitativamente, dos benefícios derivados do acesso aos recursos genéticos, aos
componentes do patrimônio genético e aos conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade.
14.1. Primeira diretriz: Acesso aos recursos genéticos e repartição de benefícios derivados da
utilização dos recursos genéticos. Estabelecimento de um sistema controlado de acesso e de
repartição justa e eqüitativa de benefícios oriundos da utilização de recursos genéticos e de
componentes do patrimônio genético, que promova a agregação de valor mediante pesquisa
científica e desenvolvimento tecnológico e que contribua para a conservação e para a utilização
sustentável da biodiversidade.
Objetivos Específicos:
14.1.1. Regulamentar e aplicar lei específica, e demais legislações necessárias, elaboradas com
ampla participação da sociedade brasileira, em particular da comunidade acadêmica, do setor
empresarial, dos povos indígenas, quilombolas e outras comunidades locais, para normalizar a
relação entre provedor e usuário de recursos genéticos, de componentes do patrimônio genético e de
conhecimentos tradicionais associados, e para estabelecer as bases legais para repartição justa e
eqüitativa de benefícios derivados da utilização destes.
14.1.2. Estabelecer mecanismos legais e institucionais para maior publicidade e para viabilizar a
participação da sociedade civil (organizações não-governamentais, povos indígenas, quilombolas e
outras comunidades locais, setor acadêmico e setor privado) nos conselhos, comitês e órgãos
colegiados que tratam do tema de gestão dos recursos genéticos e dos componentes do patrimônio
genético.
Objetivos Específicos:
14.2.1. Estabelecer e implementar um regime legal sui generis de proteção a direitos intelectuais
coletivos relativos à biodiversidade de povos indígenas, quilombolas e outras comunidades locais,
com a ampla participação destas comunidades e povos.
14.2.7. Estabelecer, quando couber e com a participação direta dos detentores do conhecimento
tradicional, mecanismo de cadastramento de conhecimentos tradicionais, inovações e práticas,
associados à biodiversidade, de povos indígenas, quilombolas e outras comunidades locais, e de seu
potencial para uso comercial, como uma das formas de prova quanto à origem destes conhecimentos.
14.2.9. Elaborar e implementar código de ética para trabalho com povos indígenas, quilombolas
e outras comunidades locais, com a participação destes.
15. Objetivo Geral: Sistematizar, integrar e difundir informações sobre a biodiversidade, seu
potencial para desenvolvimento e a necessidade de sua conservação e de sua utilização sustentável,
bem como da repartição dos benefícios derivados da utilização de recursos genéticos, de
componentes do patrimônio genético e do conhecimento tradicional associado, nos diversos níveis de
educação, bem como junto à população e aos tomadores de decisão.
Objetivos Específicos:
15.1.1. Difundir informações para todos os setores da sociedade sobre biodiversidade brasileira.
15.1.3. Instituir e manter permanentemente atualizada uma rede de informação sobre gestão da
biodiversidade, promovendo e facilitando o acesso a uma base de dados disponível em meio
eletrônico, integrando-a com iniciativas já existentes.
15.1.4. Identificar e catalogar as coleções biológicas (herbários, coleções zoológicas, de
microrganismos e de germoplasma) existentes no país, seguida de padronização e integração das
informações sobre as mesmas.
15.1.5. Mapear e manter bancos de dados sobre variedade locais, parentes silvestres das
plantas nacionais cultivadas e de cultivares de uso atual ou potencial.
15.1.6. Instituir e implementar mecanismos para facilitar o acesso às informações sobre coleções
de componentes da biodiversidade brasileira existentes no exterior e, quando couber, a repatriação
do material associado à informação.
Objetivos Específicos:
15.2.1. Promover e apoiar campanhas nacionais, regionais e locais para valorização e difusão de
conhecimentos sobre a biodiversidade, ressaltando a importância e o valor da heterogeneidade dos
diferentes biomas para a conservação e para a utilização sustentável da biodiversidade.
15.2.4. Criar novos estímulos, tais como prêmios e concursos, que promovam o envolvimento
das populações na defesa das espécies ameaçadas e dos biomas submetidos a pressão antrópica,
levando-se em consideração as especificidades regionais.
15.2.12. Promover a integração das ações de fiscalização do meio ambiente com programas de
educação ambiental, no que se refere à biodiversidade.
Objetivos Específicos:
15.3.1. Fortalecer o uso do tema biodiversidade como conteúdo do tema transversal meio
ambiente proposto por parâmetros e diretrizes curriculares nas políticas de formação continuada de
professores.
15.3.7. Promover a capacitação dos técnicos de extensão rural e dos agentes de saúde sobre o
tema "biodiversidade".
15.3.8. Promover iniciativas para articulação das instituições envolvidas com educação
ambiental (instituições de ensino, de pesquisa, de conservação e da sociedade civil) em uma rede de
centros de educação ambiental, para tratar do tema "biodiversidade".
15.3.9. Estabelecer a integração entre os ministérios e os demais órgãos de governo para a
articulação das políticas educacionais de gestão da biodiversidade.
Objetivos Específicos:
16.1.1. Recuperar a capacidade dos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA
para executar sua missão em relação ao licenciamento e à fiscalização da biodiversidade.
16.1.2. Aprimorar a definição das competências dos diversos órgãos de governo de forma a
prevenir eventuais conflitos de competência quando da aplicação da legislação ambiental pertinente à
biodiversidade.
16.1.7. Adequar a infra-estrutura das instituições que trabalham com recursos genéticos,
componentes do patrimônio genético e conhecimentos tradicionais para conservar de forma segura, a
curto, a médio e em longo prazo, espécies de interesse socioeconômico e as culturas de povos
indígenas, quilombolas e outras comunidades locais do país.
16.1.13. Criar estímulos à gestão da biodiversidade, tais como prêmios a pesquisas e projetos
de conservação e utilização sustentável.
16.1.15. Apoiar a criação de centros de documentação especializados para cada um dos biomas
brasileiros para facilitar a cooperação científica dentro e fora do país.
Objetivos Específicos:
16.2.7. Promover a ampla divulgação dos termos da legislação de acesso aos recursos
genéticos, aos componentes do patrimônio genético e aos conhecimentos tradicionais associados
junto aos setores relacionados a esta temática.
16.2.8. Promover cursos e treinamentos para servidores públicos, inclusive juízes, membros do
Ministério Público, polícia federal, civil e militar nos campos de gestão e proteção da biodiversidade.
16.2.9. Promover e apoiar a formação de recursos humanos voltados para o desenvolvimento e
a disseminação de redes de informação sobre biodiversidade.
16.2.13. Apoiar a cooperação entre o setor público e o privado para formação e fixação de
recursos humanos voltados para o desempenho de atividades de pesquisa em gestão da
biodiversidade, especialmente no que tange à utilização de recursos biológicos, manutenção e
utilização dos bancos de germoplasma.
Objetivos Específicos:
16.3.4. Promover o aperfeiçoamento do arcabouço legal brasileiro no que diz respeito ao acesso
à tecnologia e à transferência de tecnologias.
16.3.5. Estabelecer iniciativa nacional para disseminar o uso de tecnologias de domínio público
úteis à gestão da biodiversidade.
Objetivos Específicos:
16.4.3. Apoiar estudo para a criação de um fundo fiduciário ou outros mecanismos equivalentes,
capazes de garantir a estabilidade financeira para implementação e manutenção de unidades de
conservação, inclusive para regularização fundiária.
16.4.4. Estimular a criação de fundos ou outros mecanismos, geridos de forma participativa por
povos indígenas, quilombolas e outras comunidades locais, que promovam a repartição justa e
eqüitativa de benefícios, monetários ou não, decorrentes do acesso aos recursos genéticos, aos
componentes do patrimônio genético e aos conhecimentos tradicionais associados.
16.4.7. Estimular a criação de linhas de financiamento por parte dos órgãos de fomento à
pesquisa, direcionadas à implementação dos planos de pesquisa e à gestão da biodiversidade em
unidades de conservação e em seu entorno.
Objetivos Específicos:
16.5.4. Apoiar a negociação de acordos e convênios, justos e com benefícios para o país, para o
intercâmbio de conhecimentos e transferências de tecnologia com centros de pesquisa internacionais
e estrangeiros.
16.5.5. Fortalecer a cooperação internacional em pesquisas, programas e projetos relacionados
com o conhecimento e com a gestão da biodiversidade, e agregação de valor aos seus componentes,
em conformidade com as diretrizes do Componente 5.
Objetivos Específicos:
17.1. Muitas iniciativas institucionais em andamento no Brasil têm relação com os propósitos da
Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB e com as diretrizes e objetivos desta Política Nacional
da Biodiversidade. Planos, políticas e programas setoriais necessitam de ser integrados, de forma a
evitar-se a duplicação ou o conflito entre ações. A Política Nacional da Biodiversidade requer que
mecanismos participativos sejam fortalecidos ou criados para que se articule a ação da sociedade em
prol dos objetivos da CDB. A implementação desta política depende da atuação de diversos setores e
ministérios do Governo Federal, segundo suas competências legais, bem como dos Governos
Estaduais, do Distrito Federal, dos Governos Municipais e da sociedade civil.
17.2. Tendo em vista o conjunto de atores e políticas públicas que, direta ou indiretamente,
guardam interesse com a gestão da biodiversidade e, portanto, com os compromissos assumidos
pelo Brasil na implementação da CDB, é necessário que a implementação da Política propicie a
criação ou o fortalecimento de arranjos institucionais que assegurem legitimidade e sustentabilidade
no cumprimento dos objetivos da CDB, no que se refere à conservação e à utilização sustentável da
biodiversidade e à repartição justa e eqüitativa dos benefícios decorrentes de sua utilização.
c) monitorar, inclusive com indicadores, a execução das ações previstas na Política Nacional da
Biodiversidade;
d) formular e implementar programas e projetos em apoio à execução das ações previstas na
Política Nacional da Biodiversidade e propor e negociar recursos financeiros;
e) articular-se com os demais ministérios afetos aos temas tratados para a elaboração e
encaminhamento de propostas de criação ou modificação de instrumentos legais necessários à boa
execução da Política Nacional da Biodiversidade;
17.5. Buscará, igualmente, essa instância colegiada cuidar para que os princípios e os objetivos
da Política Nacional da Biodiversidade sejam cumpridos, prestando assistência técnica em apoio aos
agentes públicos e privados responsáveis pela execução de seus componentes no território nacional.